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11. EVANGELIZANDO AS SEITASAVALIAÇÃO
EVANGELISMO
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EVANGELIZANDO AS SEITAS
Como um velho escritor da Inglaterra expressou: “O modo pelo qual o evangelho parecia pretender ser igualmente preservado e perpetuado na terra, não foi por ter sido guardado ciumentamente por uma ordem eleita e transmitido cautelosamente a alguns escolhidos, nas por ter sido amplamente divulgado e tão densamente semeado, que seria impossível, pela própria extensão de sua disseminação, ser meramente arraigado. O evangelho não foi designado para ser como o fogo perpétuo no templo, para ser vigiado com assiduidade zelosa e ser alimentado somente com óleo especial; mas ao contrário, seu propósito é ser como a luz que brilha e queima, para ser colocada sobre cada colina que deveria brilhar muito mais e ser mais luminosa na brisa, e continuar se espalhando assim sobre o território circundante de forma que nada neste mundo jamais pudesse ser capaz de o extinguir ou ocultar”.
A intenção de conquistar é característica do Evangelho, e em decorrência dessa verdade, todo cristão deve ter esse propósito em seu coração, o de alcançar cada indivíduo para Cristo, e isso inclui os que pertencem às seitas. Sabemos que todo grupo a ser alcançado existem dificuldades particulares, com relação às seitas também há. Conhecer um pouco destas particularidades podem nos ajudar nesta árdua missão.
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Vejamos alguns princípios básicos para o trabalho de evangelização de seitas:
11.1 ALGUNS PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O TRABALHO DE EVANGELIZAÇÃO DE SEITAS
1) Amar os sectários - Querer desmascará-los, desacreditá-los ou mostrar superioridade intelectual é algo reprovável. Desmascarar a mentira é uma coisa, resgatar os que estão presos nela, é outra. Temos que ter a visão do apóstolo Paulo em (Romanos 10.1-4), pois embora reconhecendo o engano no qual os judeus de sua época viviam, o apóstolo orava a Deus por sua salvação e reconhecia-os não como pessoas perversas, mas como pessoas que tinham zelo por Deus, sem, contudo terem conhecimento da verdade.
2) Manter-se humilde - Mansidão e temor são os dois requisitos apontados nas Escrituras, como elementos básicos para testemunhar (1 Pedro 3.15).
Quando a evangelização se transforma em discussão, então já perdeu o foco e só restará desconfiança e inimizade. Claro que ouviremos certas coisas que nos inflamarão o coração. Mas o “domínio próprio” é essencial nestas horas. Caso você não tenha alguma resposta às afirmações dos sectários, não adianta tentar inventar argumentos incabíveis porque isto só servirá para trazer descrédito. O melhor mesmo é dizer que trará a resposta depois ou calar-se e voltar na questão em outra ocasião. Nós não sabemos tudo e esta atitude de humildade é importante para gerar confiança.
3) Foco específico - O Evangelho não muda, mas o evangelismo sim. Drogados, alcoólatras, jovens, estudantes, esportistas - todos são grupos específicos que têm suas próprias características e a mensagem precisa se adequar a eles. Paulo ensinou a nos assemelharmos com aqueles para quem estamos pregando o Evangelho (1 Coríntios 9.19-23). Cada seita tem a
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sua peculiaridade, sua forma de pensar. Não só os ensinos que são diferentes, os sentimentos também e mesmo a forma de pensar. As Testemunhas de Jeová, por exemplo, teoricamente só admite a Bíblia como Palavra de Deus, ainda que na prática atribuam o mesmo valor aos escritos de sua organização. Os mórmons também dizem crer na Bíblia como Palavra de Deus, mas pouco a usam e onde esta os contradiz, eles alegam erros de tradução. Quanto aos kardecistas, embora utilizem citações bíblicas, não a tem em grande conta. Dessa forma, cada um destes grupos deve ser tratado conforme a sua maneira de pensar.
4) Preparação - As seitas são fortemente doutrinadas. Suas mentes estão cheias de falsos conceitos que lhes impedem de aceitar passivamente as verdades bíblicas. Estes falsos conceitos são verdadeiras fortalezas, que impedem seus pensamentos de serem cativos para Cristo como disse Paulo: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10.4-5). O crente precisa estar “preparado para responder” (apologize – “defender”) sua fé (1 Pedro 3.15). É necessário que todo cristão conheça muito as doutrinas centrais do Cristianismo, quanto às doutrinas daqueles a quem se pretende alcançar. Apologética é uma disciplina que requer uma contínua aprendizagem.
5) Paciência - A obstinação dos sectários pode levar o evangelista a perder a calma e começar a atacar ou a simplesmente desistir de seu trabalho. Mais do que qualquer outro tipo de pessoa, a evangelização do adepto das seitas requer tempo para dar resultado. Muitas vezes, você nem mesmo verá o resultado de imediato, pois só virá com o tempo, talvez diante de uma circunstância que o levará a cogitar nas coisas que ouviu. Temos que ter consciência que se trata de um terreno com o solo mais duro que os demais. Quem entrar nesta tarefa, não deve ter pressa.