GABRIEL LIMA GARCIA
BIXIGA MULTIFUNCIONAL uma proposta de ocupação
Trabalho final de conclusão de curso desenvolvido sob orientação do Prof. Ms. Ralf Flôres no Centro Universitário Senac Santo Amaro do curso de Arquitetura e Urbanismo
São Paulo, 2017
Dedico este trabalho a meus queridos amigos, professores e familiares que durante todos estes anos, de alguma forma, contribuiram para a conclusĂŁo deste projeto.
sumário resumo_____________________________________________________ 8 abstract____________________________________________________ 9 Introdução_________________________________________________ 10 1.objetivos_________________________________________________ 12 2_objetos de estudo________________________________________
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3_estudos de caso_________________________________________
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4_proposta_________________________________________________ 45 5_projeto___________________________________________________ 55 6.considerações finais_____________________________________
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7.bibliografia_______________________________________________ 83 8.anexos___________________________________________________ 84
resumo Este trabalho irá abordar um histórico da região do Bixiga, desde seu surgimento até a atualidade, após isso, é feito um mapeamento de locais passiveis a receberem um projeto de intervenção e então, após selecionado o lugar, é desenvolvido um estudo mais aprofundado sobre a quadra escolhida, sua localização e relação com a cidade e os objetos de estudo, no caso, os bens tombados. O projeto irá trabalhar a relação das edificações históricas com o entorno, visando propor uma ocupação que privilegie e destaque as mesmas, encontrando relações rítmicas e volumétricas com o existente.
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abstract Bixiga Multifuncional addresses a history of the Bixiga region, from its inception to the present, after which a mapping of sites likely to receive an intervention project is made, and then, after selecting the place, a more in-depth study is developed within the chosen location, with its geographical location in relation to the city and its listed assets. The project addresses the relationship between historic buildings and the surrounding areas, aiming to propose an occupation that privileges and highlights them, finding rhythmic and volumetric relationships with the existing one.
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Introdução O bairro do Bixiga mistura uma série de caracteristicas que o destacam como um dos pontos históricos mais importantes da consolidação do centro urbano do município de São Paulo, seja pela multiculturalidade existente em suas ruas, herança dos mais diversos ocupantes, ou pela riqueza arquitetônica espalhadas pela região. Este produto é fruto da coleta de informações das mais diversas fontes, que visam auxiliar no desenvolvimento do projeto de intervenção. Dividido em fatos históricos, o trabalho permeia do macro ao micro de uma determinada quadra que abriga um conjunto de edificações históricas que foram engolidas por seu entorno. Com o auxilio destas análises e os estudos de caso, estas edificações serão o suporte da intervenção de ocupação proposta. Assim, verificaremos os partidos do projeto e as relações com o existente que a implantação sugere.
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1.objetivos proposta de estudo
A cidade de São Paulo é conhecida por sua diversidade cultural que se reflete também em sua arquitetura. Caminhar pelo Centro é uma experiência histórica. Algumas regiões mantiveram características do início da “modernização” da metrópole, alguns bairros são capazes de contar fatos curiosos através de suas edificações, ou mesmo costumes que sobreviveram com o passar dos anos, como é o caso do bairro do Bixiga. O Bixiga sempre está presente no imaginário dos paulistas, o famoso bairro italiano foi palco de uma série de acontecimentos para o desenvolvimento cultural da cidade. Atualmente, vive um conflito entre o mercado imobiliário e o apelo histórico. A verticalização inibiu as construções antigas. Houve insalubridade gerada pelos sombreamentos das grandes espigas construídas junto às casas. Muitas dessas construções acabaram ruindo ou virando estacionamentos, especulando a valorização do seu entorno cada vez mais. A demanda por moradias sociais em regiões consolidadas por infraestrutura está cada vez mais em pauta atualmente, e em conjunto com a aprovação do plano diretor de 2010 que prevê, principalmente, uso misto em regiões centrais, não faz mais sentido a existência de lotes vazios ou sem uso em determinadas áreas. O desenvolvimento da proposta visava permear o bairro à procura de construções de algum interesse arquitetônico com a possibilidade intervenção projetual que potencialize seu uso, de acordo com o novo plano, dando assim uma função para um imóvel em situação de ruína ou abandono. Foram visitadas algumas ruas do Bixiga e as que mais chamaram a atenção, principalmente pelas diferenças em gabaritos e tipologias na mesma quadra, foram destacadas e analisadas a seguir:
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Rua Genebra
Rua Fortaleza
O primeiro conjunto de casas está localizado próximo da rua Dona Maria Paula, marcado em lilás no mapa. Atualmente, quatro dessas construções abrigam espécies de pensões. Uma delas está em completo abandono. Elas estão implantadas em um nível muito acima do da rua, possivelmente sua construção é anterior ao plano de avenidas de Prestes Maia e Ulhôa Cintra.
Na rua Fortaleza existe um conjunto de cinco casas operarias geminadas. Estão bem preservadas, embora abandonadas, e sua localização é excelente para o conceito do projeto havendo, inclusive, áreas vazias próximas, onde seria possível a implantação de alguma edificação anexa. No entanto, o gabarito da quadra é baixo, e em conjunto com a tv. dos Arquitetos, qualquer intervenção poderia alterar radicalmente a tipologia existente na região.
Na marcação azul existem duas casas geminadas que atualmente têm função comercial. Ao final da rua, na marcação verde, encontramos outra construção que aparenta ser anterior ao plano de avenidas, possui características ecléticas, e embora atualmente esteja desocupada e com características de abandono, ainda mantém boa parte de seus detalhes construtivos. O lote em que está inserida é bastante é estreito, porém comprido.
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Rua Santo Amaro e Tv. Noschese Encontramos na rua Santo Amaro dois casarões; o primeiro, na esquina com a Tv. Noschese (azul escuro), atualmente possui um bar no andar térreo. O andar superior encontra-se desocupado. O segundo (indicado em azul claro) pertence ao sindicato dos engenheiros e atualmente serve como depósito de documentos do mesmo. Na Tv. Noschese, encontramos o que sobreviveu de uma vila operaria, um conjunto de casas ocupadas mas em situação de cortiço. A rua mantém as características de sua abertura, estreita e sem intenção de circulação de veículos, embora atualmente, isso seja possível. Rua dos Franceses Encontramos na rua dos Franceses, na esquina com a rua Ulisses Paranhos (marcação verde), um edifício de oito pavimentos, atualmente encontra-se desocupado e em reforma, possivelmente um projeto de retrofit. Na marcação lilás encontramos somente a fachada do que seriam duas casas geminadas, em situação de abandono e ruína.
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Esse espaço foi definido como objeto de estudo da implantação por conta da localização privilegiada, das possibilidades de intervenção no entorno, por conta do grande número de lotes vazios e pela aparente importância histórica que essas edificações apresentam. A partir da escolha, foram iniciados os processos de reconhecimento da área e das edificações existentes.
1.1_histรณrico do bairro 15
1.1_histórico do bairro Bairro e Ocupação Não existe consenso sobre a origem do nome Bixiga, mas há três hipóteses comumente associadas a tal: A primeira, consta que a região foi povoada por pessoas portadoras da doença varíola, que até então, era conhecida como bixiga; outra hipótese, é de que um antigo proprietário, chamado de Antônio Manuel foi portador de varíola também, ficando conhecido como Antônio Bixiga, e posteriormente, adotou o nome à sua propriedade; a última fala que, na rua Santo Amaro, existia um matadouro inaugurado em 1773 que vendia bexigas de bois, usadas para diversas finalidades. Por essa razão, o local ficou conhecido por comercializar o produto sendo apelidado assim. Sabe-se, porém, que oficialmente a região recebeu o nome em 1792, pois durante uma transação de terras em documentos oficiais, a então conhecida chácara do Gusmão aparece como chácara do Bixiga. 1810 A chácara do Bixiga ficava ao sudoeste daquilo que era chamado no início do século XIX de cidade nova. Sua extensão era permeada, na época, pelo caminho de Santo Amaro e pelo Rio Saracura, sendo o Largo dos Piques e a atual Rua Estados Unidos suas delimitações geográficas. Era no Largo dos Piques, posteriormente Largo Riachuelo e atual Praça da Bandeira, que ocorriam aos domingos um mercado de escravos (em meados do séc. XIX). Muitos conseguiam escapar das feiras e buscavam abrigo nos morros do Bixiga, que durante esse momento, possuíam topografia bastante íngreme e eram cercados de vegetação densa. Justamente por esse motivo e por eser próximo do centro urbano consolidado, a região tornara-se famosa pela caça de animais silvestres e escravos foragidos, como pontua o historiador Ernani Silva Bruno. “É coisa menos sabida, contudo, que, nas mesmas terras entre as ruas da Consolação e Santo Amaro, caçavam-se veados, perdizes e ‘até escravos fugidos’.” (BRUNO, Ernani Silva – Histórias e Tradições de São Paulo, pág. 89)
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Rio Anhangabaú
Córrego do Bixiga
Caminho para Santo Amaro
Córrego do Saracura
Foi em primeiro de outubro de 1878, que Antônio José Leite Braga, com a presença do então imperador D. Pedro II, iniciou o loteamento de toda a extensão da chácara do Bixiga, numa época em que já existiam algumas ocupações tímidas, principalmente de quilombos formados por escravos fugitivos às margens do córrego da saracura, atual 9 de julho.
Largo dos Piques
1810
A área continha lotes estreitos e longos, que apresentavam valores mais baratos que os existentes no triângulo histórico, área hoje correspondente a região da Sé, por esta razão, após a abolição da escravatura em 1888, eram terras acessíveis a escravos libertos e aos imigrantes recém-chegados ao país. Com a esperança de oportunidades em uma nova terra, muitos deles acabam vindo para São Paulo em busca de trabalho, primeiramente no campo, e posteriormente nas indústrias localizadas no centro da cidade. Pouco a pouco, a ocupação da região do Bixiga foi se dando no convívio misto entre escravos libertos e imigrantes, principalmente italianos, que buscavam uma dinâmica diferente das ocupações comuns de vilas operarias, como na região da Pompéia, por exemplo. Embora, em sua maioria uma ocupação residencial, era comum encontrar construções de uso misto, tendo um pequeno comércio, na maioria das vezes artesanal, no térreo e um uso residencial no andar de cima. É também muito precoce o aparecimento de cortiços no bairro. Foi em dezembro de 1910 que por um decreto municipal a região passa a ser denominado de subdistrito da Bela Vista, aquilo que hoje chamamos de bairro do Bixiga é na verdade uma classificação ideológica de um espaço delimitado pelas crenças culturais regionais e não geográfica-material. Em meados dos anos 70, o bairro recebe uma grande quantidade de migrantes vindos do norte e nordeste, trabalhadores, em sua maioria, da construção civil, trazendo ainda mais diversidade cultural para o bairro.
1875
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Atualmente, sua ocupação é de aproximadamente 70 mil habitantes, sendo um dos polos culturais e boêmios mais antigos da cidade. É conhecido principalmente pelas tradições culturais italianas, com festas típicas e a grande quantidade de cantinas espalhadas por suas ruas. Como herança da cultura negra, temos a escola de samba da Vai-Vai, surgida de uma provocação entre times de várzea de futebol, comuns na segunda metade do século XIX. Assim, a Vai-Vai carrega a herança quilombola de seus ancestrais, que fizeram as primeiras ocupações às margens do córrego saracura, e que mesmo sendo os primeiros habitantes da região, muitas vezes são omitidos ou ignorados pela história. Por fim, e não menos importante, ocorreu também no Bixiga o berço de grande parte dos movimentos cênicos da cidade. O bairro abriga o TBC (teatro brasileiro de comédia), hoje fechado; o Teatro Ruth Escobar e o Teatro Oficina, que revolucionaram a cultura teatral brasileira com suas peças contestadoras e inovadoras num período de extrema censura, a ditadura militar.
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1880
1.2_histรณrico da quadra 19
1.2_histórico da quadra Através de observação de mapas, podemos entender a transformação das quadras com o passar dos anos. Percebemos a expansão das rodovias e o parcelamento dos lotes além das intervenções mais violentas com quarteirões menores, como na construção da Praça da Bandeira, ou no alargamento das ruas e construções de grandes avenidas. Observaremos a seguir, a transformação da quadra entre as ruas Asdrubal do Nascimento, Maria Paula e Santo Amaro.
1842 - destaque para a quadra de interesse. Percebemos a vegetação densa e a ausência de construções no entorno.
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1868 - ainda demonstra ausência de construções em sua área, dez anos antes do início do loteamento do bairro.
1897 - após o loteamento, em 1878, já avistamos algumas das ruas que existem até hoje, como a Asdrubal Nascimento, que é um dos acessos da Travessa Noschese, ainda inexistente nesse ano, e a Rua Maria Paula.
1905 - não existe grande transformação, de 1897 à 1905, apenas a mudança provisória do nome da rua Asdrubal Nascimento para rua São Francisco.
1930 - neste mapa, já observamos os objetos de estudo demarcados em tom mais escuro. Rua Asdrubal do Nascimento volta a ter seu nome original e a rua Maria Paula termina na Rua Genebra.
1954 - observamos o alargamento e ampliação da Rua Maria Paula, a projeção da Av. 23 de Maio; já houveram as remoções para a construção da praça da Bandeira. Na quadra poucas mudanças acontecem.
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1972 - Já podemos observar a Praça da Bandeira consolidada e a 23 de 1992 - Observamos a divisão da quadra, onde atualmente encontra-se maio; o viaduto Dona Paulina também aparece. a Redbull Station, e o projeto do terminal de ônibus Bandeira.
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2017 - situação atual da quadra
1.3_situação atual da quadra 23
1.3_situação atual da quadra Foi feito um levantamento da situação atual da quadra, onde ela está inserida na cidade, e as principais vias e equipamentos próximos a ela. Desta maneira, além de mapearmos a sua localização, conseguimos analisar as necessidades do entorno, e com isso, poderemos propor em nosso projeto equipamentos que complementem a infraestrutura local. mapa de vias de acesso
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Através do mapa de zoneamento, localizamos a quais zonas a quadra pertence, sendo elas: ZC – Zonas de Centralidade – São porções do território que ficam localizadas fora dos eixos de estruturação da transformação urbana destinadas à promoção de atividades típicas de áreas centrais ou subcentrais regionais ou de bairros. Nela, pretende-se promover majoritariamente os usos não residenciais, com densidades construtiva e demográfica médias, promovendo a qualificação paisagística e dos espaços públicos. ZEIS-3 – Promove em regiões com imóveis ociosos, deteriorados ou de cortiços em locais com infraestrutura urbana consolidada, a recuperação de moradias e fixação da população no local, aproveitando-se da estrutura urbana pré-existente. ZEIS -5 – Desenvolvido no plano diretor estratégico, são áreas destinadas a atender o mercado popular de construção civil em parceria com a iniciativa privada. Com a assistência de programas governamentais, esses produtos devem atender famílias que ganham de três a dez salários mínimos. 25
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2_objetos de estudo
2_objetos de estudo
2.1_rua santo amaro casarão nº15 Através de pesquisas no arquivo histórico municipal de São Paulo, foi feito o levantamento das possíveis ocupações do terreno, que anteriormente a 1940 era de numeração 1.
O levantamento a seguir foi feito através de pesquisas nos órgãos públicos de preservação como o CONDEPHAT, CONPRESP – DPH e IPHAN, além de pesquisas efetuadas no arquivo histórico municipal, para levantamento de documentações e plantas. Algumas informações não são comuns em todos os órgãos, há conflito entre os dados referentes aos bens tombados, por esta razão, trabalharemos com os materiais levantados. Rua Santo Amaro. A Rua Santo Amaro possui cerca de 900m de extensão, ela começa na Av. 23 de Maio e termina na Rua Jaceguai, atualmente é um vestígio do que já foi conhecido como estrada, ou caminho de Santo Amaro... estrada que ligava o Centro de São Paulo ao então município de Santo Amaro. Com o tempo, a estrada foi dividida em três segmentos que conhecemos atualmente como a R. Santo Amaro, Av. Brigadeiro Luís Antônio e a Av. Santo Amaro. É nela que estão localizados dois dos objetos de estudo desta pesquisa.
A localização desse casarão coincide com a estalagem da estrada de Santo Amaro. Por meio da documentação levantada, foram encontrados registros em 1917 de interesse da sra. Vicencia Antônia de Jesus, um pedido de transferência de relógio de água, mas sem muitas informações a respeito do sobrado em questão. Não há como confirmar se o mesmo ainda era a estalagem. Em 1923, existe outra documentação, emitido por Michele Noschese, solicitando a demolição de prédio existente, possivelmente para a construção do casarão que existe hoje no local. Em registros fotográficos, a existência do casarão já aparece em 1927. Com isso, podemos supor que a construção data 1924 à 1926. Ele possivelmente pertenceu ao anexo da Fábrica Noschese, que estava localizada no interior da quadra, onde existe a Travessa Noschese. Atualmente o imóvel encontra-se preservado e funciona ali uma lanchonete/bar no térreo; a parte superior do imóvel encontra-se desocupada.
Dados de tombamento: Setor: 005 Quadra: 017 Lote: 0053-6 Nível de preservação do imóvel: não informado. Descrição dos atos de tombamento do imóvel: A.E. DO LARGO DA MEMORIA (A.E. RES. SC S/N/75 - SO CONDEPHAAT) Endereço secundário: AMARO 11 A 15, R. SANTO C/ NOSCHESE 5, TRAV. Endereço oficial: R. Sto. Amaro 00011, comp. E 15. Subprefeitura da Sé. Situação do imóvel: Número do IPTU ativo nos bancos de dados da Prefeitura no Município de São Paulo.
2.1_rua santo amaro casarão n º15
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As plantas e elevações a seguir são baseadas em levantamentos de fachada e não nas plantas originais pois as mesmas são posteriores a 1923. Por essa razão, ainda não estão disponiveis no Arquivo Histórico Municipal. Os demais documentos referentes ao casarão estão localizados nos anexos. 28
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2.2_rua santo amaro casarão nº45 Através de pesquisas no arquivo histórico municipal, foi feito um levantamento a respeito das possíveis ocupações do terreno, que anteriormente a 1940 era de numeração 7. Sabe-se que em 1920, a pedido de Aguiar & Diciatteo, possivelmente uma construtora ou escritório de arquitetura, fora feita a solicitação de demolição de um prédio existente no local. Posteriormente, em 1921, aparece o encaminhamento de projeto para a construção de uma residência também emitidos por Aguiar & Diciatteo. A construção seria encomendada por Donato Plastino, um alfaiate com algum renome nos anos de 1920 a 1930 que possuiu um ateliê, que levava seu nome Donato Plastino & Cia. Alfaiataria, na rua Xavier de Toledo, e também, na rua Direita em 1921. Até 2002, o imóvel servia como residência e abrigou os descendentes do alfaiate, que por já apresentarem idade avançada, optaram por vender o imóvel para o SEESP (Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo). Do período até 2009, funcionou no térreo do imóvel um bar/restaurante, que ocasionou na descaracterização da fachada original. Atualmente, a parte superior do imóvel encontra-se lacrada, para evitar invasões e o térreo funciona como depósito de documentação do SEESP.
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2.2_rua santo amaro casarão n º47
Dados de tombamento: Setor: 005 Quadra: 017 Lote: 0048-1 Nível de preservação do imóvel: tombado Descrição dos atos de tombamento do imóvel: RES. 22/02 - TOMB. DO BAIRRO DA BELA VISTA; A.E. DO LARGO DA MEMORIA (A.E. RES. SC S/M/75 - SO CONDEPHAAT) Endereço secundário: Amaro 43, R.Santo. Endereço oficial:R. Sto. Amaro 00043, comp. E 47. Subprefeitura da Sé. Situação do imóvel: Número do IPTU ativo nos bancos de dados da Prefeitura no Município de São Paulo. As plantas e elevações a seguir são baseadas nas originais presentes no anexo deste trabalho.
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2.3_tv. noschese Por meio de pesquisas no arquivo histórico municipal, foi feito um levantamento a respeito das possíveis ocupações do terreno. Antes de 1918, a travessa não existia. Em 1910, a pedido de Miguel Noschese, há registro da solicitação de construção de uma fábrica. Até então, as pesquisas feitas apontavam que a fábrica Souza Noschese fora uma Metalúrgica, que, em 1910, fundada por Antonio Sousa Noschese, chegou a ter alguma importância no desenvolvimento industrial do estado de São Paulo. No entanto, as plantas encontradas no arquivo histórico municipal indicam outra coisa. Embora as datas sejam as mesmas, e o sobrenome dos solicitantes também, não há material que garanta relação familiar entre Miguem e Antonio Noschese, sabe-se apenas, que o material encontrado descreve a construção de uma fábrica de tecidos elásticos. Antes de 1918, o acesso ao miolo da quadra era pela rua Asdrubal do Nascimento, rua paralela a 23 de maio (atualmente). Antes disso, em 1911, Michele Noschese solicita a construção de nove casas com intuito de serem abrigos noturnos para os funcionários da fábrica. A próxima solicitação encontrada foi em 1918, quando aparece pela primeira vez o nome da Travessa Noschese. Através de pesquisas em logradouros e mapas antigos, não encontramos registros da rua anteriormente à data, nem mesmo com outro nome. A solicitação de 1918, referia-se à construção de uma extensão da fábrica já existente.
Atualmente o pouco que restou na travessa Noschese são as características de uma rua bastante estreita e com angulações pouco convencionais, que não eram planejadas para a circulação de veículos, há também quatro edificações remanescentes, as casas de número 2, 4, 6 e 8. Tanto a fábrica quanto os outros sobrados foram demolidos e transformados em estacionamento. Embora danificadas e um pouco transformadas, as casas ainda possuem algumas de suas características construtivas originais.
2.3_tv. noschese
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Dados de tombamento: Setor: 005 Quadra: 017 Lote: 0055-2 Nível de preservação do imóvel: não informado. Descrição dos atos de tombamento do imóvel: não informado. Endereço secundário: não informado.Endereço oficial:TV. Noschese, 0001 complemento C. Subprefeitura da Sé. Situação do imóvel: Código do IPTU pesquisado está CANCELADO nos Bancos (Cadastro IPTU) da PMSP. Dados de tombamento: Setor: 005 Quadra: 017 Lote: 0056-0 Nível de preservação do imóvel: não informado. Descrição dos atos de tombamento do imóvel: não informado. Endereço secundário: não informado.Endereço oficial:TV. Noschese, 0001 complemento B. Subprefeitura da Sé. Situação do imóvel: Código do IPTU pesquisado está CANCELADO nos Bancos (Cadastro IPTU) da PMSP.
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Dados de tombamento: Setor: 005 Quadra: 017 Lote: 0057-9 Nível de preservação do imóvel: não informado. Descrição dos atos de tombamento do imóvel: não informado. Endereço secundário: não informado. Endereço oficial:TV. Noschese, 0001 complemento A. Subprefeitura da Sé. Situação do imóvel: Código do IPTU pesquisado está CANCELADO nos Bancos (Cadastro IPTU) da PMSP. Dados de tombamento: Setor: 005 Quadra: 017 Lote: 0058-7 Nível de preservação do imóvel: não informado. Descrição dos atos de tombamento do imóvel: não informado. Endereço secundário: não informado. Endereço oficial:TV. Noschese, 0001 complemento E 1D. Subprefeitura da Sé. Situação do imóvel: Código do IPTU pesquisado está CANCELADO nos Bancos (Cadastro IPTU) da PMSP.
As plantas e elevaçþes a seguir são baseadas nas originais presentes no anexo deste trabalho.
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As plantas e elevações a seguir são baseadas em levantamentos de fachada e nas plantas originais, de acordo com a situação atual da vila.
2.4_perĂmetro
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Dentro deste perímetro, verificamos que as zonas existentes são ZC e ZEIS-5, contabilizando uma área total de:
2.4_perímetro
Proposta de intervenção. Primeiramente foi feito um levantamento na quadra para análise de quais seriam as possíveis áreas de intervenção. Com este levantamento foi estabelecido o perímetro de trabalho e contagem da metragem que poderá ser utilizada no projeto além da análise do que poderia ser removido para a aplicação da proposta.
ZC :4.449,609m² ZEIS-5: 5.190,803m² área total: 9.640,412m² Coeficiente de aproveitamento máximo: C.A.(máx.) ZC: 8.889,218m² C.A.(máx.) ZEIS-5: 20.763,212m² área total: 29.662,43m²
Vazios. Imóvel não tombado mas de interesse. Imóveis tombados. 38
Edificações removidas para projeto.
3.estudos de caso_ 3.1_patio bellavista 39
3_estudos de caso 3.1_patio bellavista
O projeto do plan3 arquitectos para o Patio Bellavista, em Santiago, Chile, é uma ampliação de um programa já existente na região. Por ser um polo boêmio e noturno na cidade, a proposta era desenvolver um programa com lojas, bares e restaurantes que atraísse os mais diversos públicos. O projeto envolve intervenção em patrimônio, com a restauração das fachadas existentes é dado um valor de continuídade e diversidade ao espaço, uma vez que diferentes períodos e estilos arquitetônicos conversam em armonia com o projeto final.
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Projeto: Patio Bellavista Arquitetura: Plan3 Arquitectos Ano de projeto: 2009 Área: 9.309,0m² Local: Santiago, Chile
3.2_rue des suisses
Rue des Suisses é um complexo residêncial que possui acesso por duas ruas, a Rue des Suisses e a Rue Jonquoy. A implantação do projeto se adequa as construções vizinhas, respeitando alturas e ritmos, as fachadas voltadas a rua revelam o acesso ao miolo da quadra, onde outra parte do programa, de 57 unidades, se desenvolve.
3.estudos de caso_ 3.2_rue des suisses
Projeto: Rue des Suisses Arquitetura: Herzog & de Meuron Ano de projeto: 1999/2000 Área: 8.419,0m² Local: Paris, Fraça
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3.3_praça das artes
A praça das artes é um complexo multicultural, desenvolvido para abrigar as Escolas de Dança e Música e os corpos artisticos do Teatro Municipal, em São Paulo. O projeto engloba duas construções históricas, o antigo Conservatório Dramático Musical de São Paulo e o antigo Cine Kino, que farão parte de seu programa, pois uma etapa do projeto ainda não foi concluída. O conjunto integra as sedes das Orquestras Sinfônica Municipal e Experimental de Repertório, dos Corais Lírico e Paulistano, do Balé da Cidade e do Quarteto de Cordas. Abriga também as Escolas Municipais de Música e de Dança, o Museu do Teatro, o Centro de Documentação Artística, além de restaurantes, estacionamento subterrâneo e áreas de convivência. Sua volumetria é idependente, permeia a frende das ruas e oferece ao público uma praça no miolo da quadra, permitindo que o mesmo percorra as ruas que circundam o projeto por dentro dele. As alturas das edificações acompanham o gabarito do entorno.
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3.estudos de caso_ 3.3_praça das artes
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4. proposta
4_proposta A proposta a seguir foi elaborada de acordo com as informações recolhidas durante todo o processo de análise do quarteirão e do bairro. Ela visa proteger os bens existentes por meio da arquitetura a seu entorno, e proporcionar ao pedestre uma nova alternativa de espaço público. O projeto é uma sugestão de ocupação do local em que buscamos criar um espaço confortável e necessário em um grande centro urbanizado como São Paulo, retomando a escala do pedestre, oferecendo um percurso arborizado e seguro, longe das vias movimentadas, através do miolo da quadra. Considerando os conflitos existentes no centro de São Paulo, a busca por moradia, ocupação dos espaços públicos e a importância histórica do bairro do Bixiga, o projeto visa desenvolver um empreendimento multifuncional com foco em habitação no perímetro demarcado. Assim, esta proposta abraçará as edificações históricas mencionadas anteriormente, que passarão por processos de recuperação e integração com o programa proposto. Criando um ambiente misto, será possível integrar algum tipo de vivência com os usuários do terminal Bandeira, tornando a região mais receptiva em horários alternativos, havendo circulação 24 horas no local, auxiliando inclusive, em novas programações para equipamentos culturais existentes nas proximidades, como a RedBull station, ou a praça da câmara municipal por exemplo. Um uso institucional também é proposto, nele a ideia de desenvolver um espaço que promova oficinas, palestras e outras atividades voltadas a requalificação profissional para a população local, seja ela em condição de rua ou não. Deste modo, criamos também um ciclo de novos usuários do espaço, tornando sua ocupação sempre renovada e ativa, auxiliando ainda mais seu desenvolvimento.
Empenas Cegas Previsão de fluxos Miolo da quadra Percurso solar
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4.1_partido A verticalização agressiva que vem ocorrendo ao redor de toda a cidade leva a pensar sobre o futuro de regiões como o Bixiga, caracterizadas por construções históricas de gabarito baixo que vem sido demolidas ou sobrepostas pelo mercado imobiliário, em conjunto com a carência de espaços públicos livres que possam ser ocupados pelas pessoas. Estes são pontos fundamentais do desenvolvimento deste partido. O partido visa desenvolver um miolo de quadra amplo, com áreas verdes e permeáveis, que possa receber pessoas em seu interior. Criando um fluxo de pedestres, torna-se possível percorrer as ruas Santo Amaro, Asdrubal do Nascimento e Maria Paula, por um percurso mais tranquilo e seguro, longe das vias movimentadas. Buscando relações de alturas com as edificações do entorno, o partido propõe uma releitura dos bens tombados através da volumetria e dos ritmos das novas construções, e ao mesmo tempo, visa verticalizar o interior desta quadra, destacando as construções tombadas que estão faceando as ruas principais.
circulação patrimônio áreas verdes miolo da quadra relação com edificações existentes
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Após definida a área de intervenção, foi feito um levantamento do entorno para verificarmos o que manter na quadra e aquilo que poderia ser removido. Como observamos na página 34, no capitulo 2.4_perimetro, observamos a existência de muitos estacionamentos no local. Eles ocupam uma enorme área útil no solo, que poderia ser utilizada de outra maneira, principalmente de acordo com o que a ZC e a ZEIS-5, promovem. Há uma necessidade clara de adensamento das regiões centrais, principalmente voltadas a habitação. A existência de espaços grandes como estes não fazem sentido em serem utilizadas como estacionamentos, ainda mais em uma região como esta, que está suprida por grande infraestrutura de transporte público, como visto no capitulo 1.3_situação atual da quadra, página 20. A seguir, vemos um diagrama indicando as edificações a serem removidas, e na página seguinte, como estão os bens tombados atualmente.
situação atual da quadra
4.2_estudo de desocupação
edificações a serem removidas edificações tombadas
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rua santo amaro
tv. noschese_ lado do casarĂŁo n15
tv. noschese_ lado da vila 48
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Seguindo o partido, os primeiros estudos foram referentes ao desenvolvimento de uma relação das edificações tombadas com o projeto proposto. Buscamos retomar a dinâmica existente nos acessos do miolo da quadra, construções de gabarito baixo que direcionam o pedestre até a praça central. 50
estudo de ocupação relaçõe com edificações tombadas
4.3_estudos de ocupação
relação com edificações tombadas edificações tombadas
estudo de ocupação relaçõe com entorno
Após encontrar a relação com os bens tombados, passamos a procurar relações com o entorno consolidado, por ser uma quadra bastante verticalizada, e também por ser uma área com necessidade de adensamento, verticalizamos nos pontos demonstrados no diagrama ao lado, utilizando os edifícios vizinhos como referência, sem ultrapassar seus limites de altura.
relação com entorno edificações tombadas
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estudo de ocupação distribuição de funções
A sugestão de uso é de acordo com o que está descrito no diagrama ao lado, a ideia é desenvolver usos mistos, onde haja sempre um uso comercial no térreo de qualquer que seja a edificação no conjunto proposto.
institucional
habitação
serviços
edificações tombadas
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5_projeto A primeira etapa deste trabalho foi verificar as curvas de nível da quadra, enfrentamos um desnível de 13 metros de altura distribuidos em toda sua extensão. Abaixo, encontramos a correção das curvas de nível que irão receber nossa intervenção.
a mari
rua asd ruba l do nas cime nto
rua
A idceia é uma ocupação da quadra. Asxsim, apresentaremos os térreos gerados pela intervenção, mas não entraremos em detalhes de plantas de cada uma das unidades implantadas, no entanto, apresentaremos características de fachada que as edificações receberiam caso fossem concebidas.
a paul
A seguir, encontraremos as plantas referentes a cada um dos quatro térreos formados, destacando a relação do fluxo dos pedestres e ao acesso das edificações, além das elevações deste complexo.
737,00
739,00
rua santo amaro
741,00
743,00
745,00
747,00
749,
ula a pa mari rua
asd ruba l do nas cim e nto
739,00
740,00
rua
738,00
739,00
740,00
737,00
738,00
739,00
736,00
737,00
738,00 739,00
primeiro tĂŠrreo escala 1:500 rua santo amaro
rua
asd ruba l do nas cim e nto
ula a pa mari rua
740,00
740,00 740,00
742,00
740,00
741,00
rua santo amaro
742,00
segundo tĂŠrreo escala 1:500
rua
asd ruba l do nas cim e nto
ula a pa mari rua
743,00
744,00
743,00
terceiro tĂŠrreo escala 1:500 rua santo amaro
rua
asd ruba l do nas cim e nto
ula a pa mari rua 749,00 748,00
747,00
747,00
quarto tĂŠrreo escala 1:500 rua santo amaro
rua
asd ruba l do nas cim e nto
ula a pa mari rua
implantação escala 1:500 rua santo amaro
elevação rua asdrubal do nascimento escala 1:500
elevação rua santo amaro escala 1:500
elevação rua maria paula escala 1:500
elevação travessa noschese 1 escala 1:500
elevação travessa noschese 2 escala 1:500
76
RUA SANTO AMARO
RUA SANTO AMARO, ACESSO A TV. NOSCHESE
77
PRAÇA CENTRAL, FRENTE A VILA OPERÁRIA
PRAÇA CENTRAL, A RUA MARIA PAULA 78
RUA ASDRUBAL DO NASCIMENTO, ACESSO A TV. NOSCHESE
RUA ASDRUBAL DO NASCIMENTO 79
ACESSO RUA MARIA PAULA
VILA OPERARIA 80
81
6.considerações finais. O Projeto está inserido no bairro do Bixiga, região de São Paulo que passou por inúmeras transformações ao longo dos anos, deixando rastros históricos, comn bastante diversiadde cultural e cultura pulsante, viva. Por meio de estudos cartográficos, estudamos o desenvolvimento de uma quadra específica do Bixiga, localizado entre as ruas Maria Paula, Asdrubal do Nascimento e Santo Amaro, próximas ao terminal Bandeira e às avenidas 9 de julho e 23 de maio. Embora as edificações históricas possuam gabarito baixo, o entorno é permeado por diversas construções de gabarito mais alto que acabam prejudicando ou mesmo apagando a presença de imóveis tombados. Com o resultado dos levantamentos, a proposta de ocupação visa priorizar as edificações históricas existentes, criando relação de alturas nas margens da quadra e verticalizando no interior da mesma, Assim, criamos pontos de observação desses bens, além de propor ritmos arquitetônicos semelhantes nas edificações projetadas. O miolo da quadra serve como uma praça central que oferece aos pedestres um refúgio das vias movimentadas do entorno, além de proporcionar grande área verde, algo essencial para grandes centros urbanos. Também promove a permeabilidade do pedestre na área, possibilitando que se possa cruzar as ruas Maria Paula, Santo Amaro e Asdrubal do Nascimento pelo interior da praça. Uma vez inseridas no Centro de São Paulo, os usos indicados são mistos, com serviços e e comércio nos andares térreos e residencial nos andares superiores. É proposto também o uso institucional que está localizado na rua Asdrubal do Nascimento, função atribuída a atender os moradores do complexo desenvolvido na quadra.
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83
8.anexos 8.1_ documentos referentes rua santo amaro casarĂŁo nÂş15
84
8.2_ documentos referentes rua santo amaro casarĂŁo nÂş45
85
86
87
8.3_ documentos referentes ao complexo noschese
88
89
90
91
92
93
94
95
8.4 mapas de sĂŁo paulo
96
97
98
99
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101
102
103