ABRIGO EMERGENCIAL TEMPORÁRIO l Arquitetura efêmera para situações emergenciais no Brasil

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ABRIGO EMERGENCIAL TEMPORÁRIO ARQUITETURA EFÊMERA PARA SITUAÇÕES EMERGENCIAIS NO BRASIL

Beatriz de Araújo Francisco Orientador: Gabriel Pedrosa Trabalho de Conclusão de Curso Bacharel em Arquitetura e Urbanismo Centro Universitário SENAC São Paulo Novembro de 2017

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Agradeço e dedico este trabalho a todos que de alguma forma, contribuíram para a realização de um dos meus sonhos. À minha família, em especial meus pais, por todo apoio, carinho, força, paciência e por nunca me deixarem desistir. A todos meus amigos que me acompanharam desde sempre, por entenderem as minhas ausências e por todo apoio, mesmo de longe. Aos meus futuros colegas de profissão, especialmente aqueles que me acompanharam ao longo destes cinco anos, Brenda Piedade, Lucas Patriota, Yago Scorsato, Lucas Cassarin, Julia Bonvicini, Isabel Galindo, Sally Charanek, Fernanda Torres e Paola Palmiere. por compartilharem comigo momentos de alegrias e transformarem os problemas e momentos difíceis em algo mais leve, por todo companheirismo ( principalmente nas noites não dormidas e ataques de ansiedade) e por todo conhecimento compartilhado. Ao meu orientador Gabriel Pedrosa, por ter uma paciência e “coração” de uma avó, e a todos os professores e profissionais do Centro Universitário Senac, por compartilharem todo conhecimento e experiência, por toda inspiração, todas as orientações, broncas e elogios, por contribuírem comigo toda a motivação para este meu primeiro passo.

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RESUMO

SUMMARY

Desastres são cada vez mais frequentemente parte de nossa realidade, gerando inúmeros mortos, grandes consequências econômicas e muitos desabrigados, que acabam dependendo da provisão de abrigos para se estabelecerem temporariamente. A finalidade deste trabalho é o estudo do que vem sendo produzido em termos de habitações emergenciais temporárias e de que elas devem suprir às populações desabrigadas, para, a partir dessa análise, desenvolver uma proposta de abrigo temporário emergencial que responda às condições de desastres que atingem o território brasileiro.

Disasters are increasingly part of our reality, leading to countless deaths, major economic consequences and many homeless people, who end up depending on the provision of shelters to settle temporarily. The purpose of this work is to study what has been produced in terms of temporary emergency housing and what they must provide to the homeless populations, so that, from this analysis, they develop a proposal of emergency temporary shelter that responds to the disasters that affect the Brazilian territory.

Palavras chave: Abrigo, desastres, habitação mínima, arquitetura de emergência, arquitetura efêmera e estruturas temporárias, Brasil.

Keywords: Shelter, disasters, minimal housing, emergency architecture, ephemeral architecture and temporary structures, Brazil.

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SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO

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2 - HABITAÇÕES TRANSPORTÁVEIS – EVOLUÇÃO

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3 - HABITAÇÕES EM CARÁTER EMERGENCIAL

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4 - REFERÊNCIAS

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2.1 - POVOS NÔMADES 2.2 - OS ABRIGOS MILITARES 2.2.1 - OS ABRIGOS DESENVOLVIDOS NO PÓS-GUERRA 2.3 - OS ABRIGOS MÉDICOS

3.1 - RECOMENDAÇÕES GERAIS 3.2 - TIPOS DE ABRIGOS 3.2.1 - CONSTRUÇÕES IN LOCO 3.2.2 – KITS 3.2.1 – MODULE 3.2.2 - FLAT-PACK 3.2.3 – TENSILE 3.2.4 – PNEUMATIC

4.1 - PAPER LOG HOUSE 4.2 - NEPAL HOUSE 4.3 - SOE KER TIE HOUSE 4.4 - ABRIGOS DE EMERGÊNCIA DE PAPEL PARA ACNUR – CAMPO DE REFUGIADOS DE BYUMBA, RUANDA 4.5 - ABRIGOS DE PAPEL – JAPÃO 4.6 - PORT-A-BACH 4.7 - BETTER SHELTER 4.8 - EXO

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5 - PROJETO

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6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

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7 - BIBLIOGRAFIA

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8 - LISTA DE ABREVIATURAS

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9 - LISTA DE FIGURAS

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5.1 - BRASIL EM FOCO - MAPEAMENTO DOS DESASTRES 5.2 - O PROJETO - PRIMEIROS ESTUDOS - MANDALA PANTOGRÁFICA 5.3- PRIMEIROS ESTUDOS DE ABRIGO 5.4 - O PROJETO - PRIMEIROS ESTUDOS - PAINEL PANTOGRÁFICO 5.5- PRIMEIROS ESTUDOS DE ABRIGO - ESTUDOS DA ESTRUTURA PARA POSSÍVEL ABRIGO 5.6 - MOBILIÁRIO PARA DESABRIGADOS 5.7 – NOVA REFERÊNCIA 5.8 - O ABRIGO - PROJETO

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1. INTRODUÇÃO

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Este trabalho pretende fazer uma breve discussão das questões que percorrem as possíveis causas e conseqüências dos desastres, e as formas de atendimento à população desabrigada: os abrigos temporários emergenciais. Desde sua origem a humanidade luta pela sobrevivência. Ao longo do tempo desenvolvemos tecnologia e conhecimento necessário para nos proteger desses desastres. De acordo com a PNPDEC¹desastre é o resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos, materiais e/ou ambientais e prejuízos econômicos e sociais. Porém “nem todo fenômeno natural é perigoso ao homem, eles só se tornam uma ameaça quando afetam diretamente uma comunidade” (ANDERS, 2007 p. 32)². Com o aumento do crescimento desordenado das cidades, o aumento populacional e o desenvolvimento econômico imediatista e com a falta de infraestrutura para a implantação desse desenvolvimento, seus danos se tornaram cada vez mais devastadores. Os desastres geram situações de emergência, como alterações intensas e graves das condições de normalidade em um determinado município, estado ou região, o que compromete parcialmente a sua capacidade de resposta, de acordo com o Manual de Desastres – Volume I, Desastres Naturais³. Eles geram graves conseqüências como numerosos mortos, feridos e também grandes perdas econômicas. Segundo o relatório da UNDP4, 75% da população

mundial residem em áreas que já foram afetadas por ciclones, enchentes, secas ou terremotos entre os anos de 1980 e 2000. Dados do EM – DAT5 mostram que os desastres se agravaram a partir de 1960, período de grande urbanização e de intensa atividade econômica. Os desastres naturais também geram desabrigados. Segundo dados da ONU6, em 2013 aproximadamente 20 milhões de pessoas ficaram desabrigadas no mundo. Desabrigado é aquele que é sobrevivente de uma situação de desastre, e que acaba dependendo das providências do Estado para a obtenção de moradias provisórias e suportes como alimentação, vestuário e etc. As guerras e conflitos são outro tipo de desastre que geram desabrigados. São causados diretamente pelo homem. Geram situações de perigo forçando a população que reside nesses locais a fugir à procura de ajuda e de abrigo em zonas seguras. Nos últimos anos foram propostas diversas soluções de abrigos emergenciais, devido ao aumento significativo de catástrofes. É objetivo deste trabalho analisar o que vem sendo produzido em termos de habitação temporária emergencial, e como esta produção supre as necessidades da população atingida. Analisando as situações de uma forma global, mas com enfoque de projeto para o Brasil. A partir dessa reflexão, pretendese desenvolver uma proposta de abrigo emergencial temporário que possa atender às vítimas desses fenômenos. Assim, o trabalho se divide em duas partes: o enquadramento teórico e uma proposta de projeto.

¹PNPDEC - Política Nacional de Proteção e Defesa Civil ²ANDERS, Gustavo Caminati. Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo,Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007 ³Manual O Manual de Desastres Naturais - Volume I, apresentado pela Defesa Civil.

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UNDP- United Nations Development Programme (Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas. 5 EM-DAT – Emergency Events Database: Em 1988, o CRED - Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres (em inglês Centre for Research on the Epidemiology of Disasters). 6 ONU - Organização das Nações Unidas : organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional, criada em 1945.

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2 . HABITAÇÕES TRANSPORTÁVEIS – EVOLUÇÃO 2.1 - POVOS NÔMADES Há milhares de anos os primeiros homens eram adaptados a um clima topical, por isso não necessitavam de abrigos, a não ser o uso das próprias cavernas (ANDERS, 2007 p. 42). Foram as severas mudanças climáticas ocorridas no planeta associadas a movimentos migratórios causados pela à procura por alimentos que causaram a necessidade da criação de abrigos. Anders (2007) explica que antes de uma completa mudança nos padrões de subsistência, com o domínio da agricultura e a domesticação de animais, o homem era habituado a um modo de vida transitório, nômades. E que, entre 30.000 a 10.000anos atrás, surgem assentamentos, com cabanas e tendas, possivelmente os primeiros assentamentos permanentes. O nomadismo era parte da cultura de diversas sociedades, algumas o mantinham por necessidade e outras por opção, e essa mudança resultou na completa mudança em seus estilos de vida e em suas moradias (ANDERS, 2007 p.43). Os abrigos dos povos nômades apresentavam muitos desafios construtivos, pois precisam ser duráveis, leves, flexíveis e capazes de ser transportados de maneira simples, o que não significa que os abrigos e suas posses não tenham conforto e beleza (ANDERS, 2007 p.43). O autor destaca três formas vernaculares de habitações desmontáveis e portáteis: - as tendas Tipi, dos índios norte-americanos; - as tendas dos povos nômades do deserto norteafricanos; - as tendas Yurt, dos povos asiáticos.

2.1.1 - AS TENDAS TIPI, DOS ÍNDIOS NORTE-AMERICANOS As tendas Tipi foram desenvolvidas pelos índios das planícies norte americanas. Eram tendas cônicas feitas de peles, seu tamanho e complexidade variavam devido às características de cada tribo; Sua estrutura era feita por 3 ou 4 varas principais, sendo complementada por varas secundárias amarradas ao topo, podendo ser erguida em 5 minutos; Sua cobertura era feita de pele de búfalo, era colocada de forma cônica e demorava 15 minutos para ser finalizada (ANDERS, 2007 p.43).

Figura 1:Tenda TIPI. Fonte disponível em <http://www.redbeardsranch.com/tipi_(3.jpg > (apud ANDERS, 2007) Figura 2:Processo esquemático de construção de uma tenda TIPI. Fonte: KRONENBURG (1995 apud ANDERS, 2007)

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2.1.2 - AS TENDAS DOS POVOS NÔMADES DO DESERTO NORTE AFRICANO Foram desenvolvidas pelos povos nômades do deserto norte africano que regularmente deslocavamse com seus rebanhos para pastagens (ANDERS,2007, p.45). Segundo Kronenburg (1995 apud ANDERS, 2007) “Os Beduínos não possuem nada que não possa ser transportado por duas pessoas”. “...tradicionalmente rejeitavam as habitações em povoados sedentários, pois acreditavam que somente a sua existência nômade era a verdadeiramente “livre”(ANDERS, 2007,p.45).

ou arbustos enterrados; As paredes eram suspensas ao redor da tenda e suas bases cobertas com areia ou pedras, podiam ser erguidas para a ventilação ou completamente fechadas no caso de tempestades de areia; Suas divisões internas eram feitas por cortinas, sendo possível criar inúmeros compartimentos ou apenas um grande espaço livre (ANDERS, 2007, p.46).

2.1.3 - AS TENDAS YURT, DOS POVOS ASIÁTICOS Eram habitações portáteis tradicionalmente utilizadas por tribos de pastores do Irã até a Mongólia, era uma cabana circular com estrutura interna de madeira, facilmente transportável pois a estrutura treliçada das paredes tinha juntas articuladas que contraíam para quando fossem transportadas e expandiam para a utilização; Eram extremamente sólidas quando montadas; A estrutura de sua cobertura era feita por varas presas a uma coroa circular, coberta com feltro ou lã e tinham um formato ligeiramente abobadado (ANDERS, 2007,p.47).

Figura 3: Tenda Nômade em um encontro tribal em Marrocos Fonte: SHELTER PUBLICATIONS (1973 apud ANDERS, 2007) Figura 4: Tenda Nômade, detalhe dos tirantes e prendedores; alguns ancorados por pedras Fonte: SHELTER PUBLICATIONS (1973 apud ANDERS, 2007)

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A tenda era feita um tecido composto por tiras, de aproximadamente 70 cm de largura costuradas, formando uma cobertura resistente à tração exercida pelos tirantes e prendedores, esse tecido era erguido por varas que tinham uma espécie de sapata nas pontas, que distribuíam a carga exercida por ele; A tenda era tensionada por pinos cravados no terreno que, em alguns casos, eram ancorados por pedras

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Figura 5: Tenda YURT Fonte disponível em <http://www.trekearth.com/gallery//Asia/Kyrgyzstan/photo105872.htm>(apud ANDERS, 2007) Figura 6: Tenda YURT, Esquema estrutural e de montagem. Fonte disponível em<http://www.motherearthnews.com/library/2002_ December_January/Tipis__Yurts >(apud ANDERS, 2007)

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2.2 - OS ABRIGOS MILITARES O uso militar teve também importante papel para o desenvolvimento das habitações transportáveis. Segundo Kronenburg (1995 apud ANDERS, 2007), “a construção de edifícios militares influenciou diretamente a construção de edifícios desmontáveis”. “A produção de abrigos portáteis no século XIX melhorou muito a vida dos soldados em termos de condição de moradia em campo” (ANDERS, 2007 p.48). “Nos conflitos do século XX, alguns fatores como o crescimento acelerado de pessoas envolvidas em operações militares, aliado à falta de materiais convencionais por questões logísticas e ao impacto da tecnologia no aparato militar instigaram o desenvolvimento de novas técnicas na provisão de abrigos portáteis” (ANDERS, 2007 p.48).

No início da Primeira Guerra Mundial, os soldados eram acomodados em barracas mesmo já se tendo planos de desenvolvimento e instalação de abrigos militares, porque os primeiros abrigos que surgiram tinham a estrutura em madeira o que dificultava seu transporte, devido a seu peso, além de terem montagem complicada. (ANDERS, 2007 p.48). O primeiro abrigo militar de grande êxito foi o Nissen Hut, desenvolvido pelo engenheiro canadense Nissen Hut. Era produzido a partir de poucos componentes, todos de chapas de ferro corrugado intercambiáveis: cobertura semicircular e dois fechamentos, sendo que em um dos dois eram colocadas uma porta e duas janelas; O piso era montado com painéis de madeira intercambiáveis, apoiados em berços longitudinais; Com dimensões

de 8,2m x 4,9m, tinha sua montagem concluída em até quatro horas, por quatro homens, utilizando como ferramenta apenas uma chave de boca (ANDERS, 2007 p.49).

Figura 7: Abrigo Nissen Hut Fonte disponível em <www.ibiblio.org/hyperwar/USA/USA-E-Logistics1/ img/USA-E-Logistics1-p25>(apud ANDERS, 2007) Figura 8: Elevação e seção de um abrigo Nissen Hut Fonte: KRONENBURG (1995 apud ANDERS, 2007)

Até 1917, 20.000 abrigos Nissen estavam em uso, acomodando mais de 500.000 soldados, sua estrutura utilizava componentes de fácil fabricação, intercambiáveis, e que eram modulares, facilitando sua montagem, foi um sucesso e substituiu todos os abrigos criados até então (ANDERS, 2007 p.49). “No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial houve grande escassez de aço, material intensamente consumido pela indústria bélica, e iniciaram-se novas pesquisas para o desenvolvimento de abrigos com materiais alternativos” (ANDERS 2007, p 49).

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2.2.1 - OS ABRIGOS DESENVOLVIDOS NO PÓS-GUERRA A destruição que a segunda guerra causou acabou gerando uma grande necessidade deste tipo de projeto. “Influenciados pelo desenvolvimento de técnicas de pré-fabricação nesse período, e, consequentemente, pela possibilidade da produção em massa com uma sensível melhora na estandardização de materiais e componentes, alguns arquitetos inovadores desenvolveram inúmeros projetos de abrigos portáteis” (ANDERS 2007, p 51).

Buckminster Fuller, arquiteto alemão, desenvolveu durante a Segunda Guerra Mundial diversos abrigos temporários transportáveis para uso militar. Segundo Crowther (1999, apud ANDERS, 2007), seu objetivo era utilizar a tecnologia de produção em massa em tempos de paz, para o uso na produção de habitações. Anders explica que “seu trabalho tinha duas principais preocupações: introduzir novos métodos de produção de habitações acessíveis (baixo custo de produção) e baixo peso” (ANDERS, 2007, p 51). Fuller desenvolveu a Wichita House, no fim da década de 40. Era para ser produzida em massa com componentes industrializados “leves” (que não pesassem mais de 5 kg cada), sua montagem era feita por seis pessoas e demorava um dia, muitas foram encomendadas, porém apenas dois protótipos foram construídos (ANDERS 2007, p 52).

Figura 9: Protótipo da Wichita House montado em 1946 em Kansas, nos EUA. Fonte: KRONENBURG (1995 apud ANDERS, 2007)

Cedric Price, em 1961 desenvolve a Fun Palace, um centro comunitário de aproximadamente 2.000m², projetado para que seu layout pudesse ter variações, abrigando diferentes usos; sua estrutura espacial de aço deixava os auditórios suspensos com pisos, paredes, coberturas e passarelas móveis” (ANDERS 2007, p 52). O trabalho do arquiteto Cedric Price serviu de referencial para as gerações seguintes, ao aplicar conceitos e tecnologias industriais para alcançar flexibilidade e portabilidade (ANDERS 2007, p 52).

Figura 10: Corte Esquemático do Fun Palace. Fonte: KRONENBURG (1995 apud ANDERS, 2007)

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No início dos anos 60, o trauma da Segunda Guerra Mundial ia se diluindo, e alguns países do “Primeiro Mundo” entravam em um período de grande expansão econômica e tecnológica, incentivando o desenvolvimento nos meios de transporte e de comunicação (JUNQUEIRA 2011, p.25). Entusiasmados com os efeitos desse progresso, muitos arquitetos norte-americanos viam a arquitetura tradicional como obsoleta e achavam que era necessária uma transformação. Junqueira afirma que: A arquitetura, entendida tradicionalmente como a arte e a ciência de planejar e construir o habitat artificial do homem, sempre foi pensada pelos arquitetos a partir de princípios fundamentais como a rigidez, a estaticidade, a estabilidade e a durabilidade. As mudanças econômicas, sociais e culturais da época solicitavam novas alternativas de planejamento espacial fundamentadas em princípios como a mobilidade, a flexibilidade, a instabilidade, a mutabilidade, a instantaneidade, a efemeridade, a obsolescência e a reciclagem (JUNQUEIRA 2011, p.25).

O grupo de arquitetos ingleses Archigram, foi um dos muitos influenciados pelo trabalho de Cedric Price. Eles projetaram nos anos 60 e 70 diversos edifícios adaptáveis e temporários. Peter Cook, Warren Chalk, Ron Herron, Dennis Crompton, Michael Webb e David Green foram seus principais membros (JUNQUEIRA 2011, p.26). A partir de 1965, o grupo se interessou por unidades residenciais autônomas, mais flexíveis, práticas e adaptáveis (JUNQUEIRA 2011, p.26). Greene desenvolveu em 1965 a Living Pod Project, que tinha alguns pontos em comum com a estratégia pré-fabricada. Era uma cápsula hermética com um formato orgânico, feita em resina armada de fibra de vidro, com layout flexível para múltiplos usos.

Figura 11: Croqui de David Greene para o Living Pod Project. Fonte disponível em <http://www.archigram.net/>(apud CALAPEZ,2013)

Figura 12: Maquete de estudo, Living Pod Project. Fonte disponível em <http://www.archigram.net/>(apud CALAPEZ,2013)

2.3 - OS ABRIGOS MÉDICOS Devido às guerras, tornou-se necessário a criação de abrigos médicos que pudessem ser transportados e fossem de rápida montagem. O exército norteamericano nos anos 60 desenvolveu uma unidade hospitalar chamada Medical Unit, Self-contained, Transportable (MUST). Era uma unidade portátil e desmontável que tinha as paredes infláveis revestidas com alumínio e foi muito utilizada nas guerras do Vietnã e do Golfo. (ANDERS, 2007, p.50)

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Figura 13: Unidade móvel hospitalar no Vietnã. Fonte: ANDERS (2007)

Atualmente, a organização Médicos Sem fronteiras (MSF) é a mais atuante ao levar cuidados de saúde a pessoas em necessidade de ajuda médica humanitária em meio a conflitos armados, epidemias, desastres naturais, desnutrição e exclusão do acesso a cuidados de saúde. Situações de emergência pedem respostas rápidas, com atendimento médico especializado e apoio logístico, mas falhas crônicas no sistema de saúde local, como a escassez de instalações ou de profissionais qualificados e a inexistência da oferta de serviços gratuitos para populações sem recursos financeiros, também podem motivar a atuação da organização7. O MSF determina, de acordo com sua própria avaliação, onde, quando e como agir. Quando a atuação se dá em resposta a uma emergência repentina, como uma catástrofe natural, ela pode ser viabilizada entre 48 e 72 horas. A organização utiliza kits personalizados e adaptados para cada contexto. Os kits contêm medicamentos, suprimentos e equipamentos básicos como a montagem de um hospital inflável ou de uma tenda médica – hospitalar.

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Figura 14 e 15: Exemplo de tenda médica inflável. Fonte disponível em <https://portuguese.alibaba.com/product-detail/ one-time-inflate-inflatable-red-cross-tent-inflatable-hospital-tent-inflatable-tent-for-emergency-60236589665.html> Acesso em : 13 de Março de 2017.

Figura 16: Tenda de assistência médica montada no Porto da Praia, Ilhas Canárias para dar assistência a 42 imigrantes clandestinos. Fonte disponível em <http://asemana.sapo.cv/spip.php?article2454> Acesso em : 13 de Março de 2017.

Figura 17: Exemplo de tenda médica montada para a exposição “Campo de Refugiados no Coração da Cidade” dos médicos sem fronteiras. Fonte disponível em https://noticias.uol.com.br/album/2013/09/06/exposicao-de-ong-humanitaria-simula-campo-de-refugiados-em-sao-paulo.htm#fotoNav=1> Acesso em : 13 de Março de 2017.

7MST- Médicos Sem fronteiras, Quem somos, disponível em <http://www.msf. org.br/quem-somos>

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3. HABITAÇÕES EM CARÁTER EMERGENCIAL Hoje não existe um direito explícito de abrigo, porém ele está implícito na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH 1948 – Universal Declaration of Human Rights) 8 e em outros documentos elaborados por organizações multilaterais, como a ONU9 e a União Européia (UE) 10 e por países individuais (ANDERS, 2007, p.50). Segundo o artigo 3° da DUDH “Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. O artigo 22º explica que: Hoje não existe um direito explícito de abrigo, porém ele está implícito na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH 1948 – Universal Declaration of Human Rights)8 e em outros documentos elaborados por organizações multilaterais, como a ONU9 e 10 a União Européia (UE) e por países individuais (ANDERS, 2007, p.50). Segundo o artigo 3° da DUDH “Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. O artigo 22º explica que: Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país.

Porém é no artigo 25 em que o documento mais se aproxima da idéia de um abrigo ao citar o direito ao “alojamento” que deve assegurar saúde, bem estar ao individuo e sua família, conforme segue:

Declaração Direitos Humanos (DUDH - Universal Declaration of Human Rights) é a Declaração Universal dos Direitos Humanos documento adotado em 1948 pela ONU. 9 ONU - Organização das Nações Unidas : organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional, criada em 1945. 10 UE - União Européia: é uma união econômica e política de 28 Estadosmembros independentes situados principalmente na Europa criada em 1957. 8

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Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou em outros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.

Em 1996, aconteceu em Wisconsin, Estados Unidos da América (EUA), a Primeira Conferência Internacional de Abrigos Emergenciais. Nela institui-se que: Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou em outros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.

Segundo Davis11 (1980 apud GODOY, 2017 p 12), existe três respostas para esse tipo de situação: - A imediata – período de socorro imediato - A Temporária – período de reabilitação - A permanente – período de reconstrução A resposta imediata é o momento de socorro imediato onde a primeira coisa a se fazer é o estabelecimento de um local seguro para os desabrigados. A resposta Temporária é DAVIS, Ian – Arquitectura de Emergência, 1980 – especialista em abrigos de emergência, reconstrução e redução de riscos dos desastres. 11

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a transição entre o momento imediatamente posterior ao desastre e o período de reconstrução, é o momento da implantação dos abrigos emergenciais temporários, providos de infraestrutura suficiente para dar suportes a essas vitimas durante o processo de solução definitiva de sua situação. A resposta permanente é a total reconstrução e restabelecimento das vítimas em suas moradias. A UNDRO12 (apud GODOY, 2017 p 12) também estabeleceu quatro fases de respostas: - Fase 0 – momento anterior ao desastre, momento de prevenção e preparação de ações rápidas; - Fase 1 – até o quinto dia após o acontecimento; -Fase 2 – do sexto dia ao terceiro; - Fase 3 – período de reconstrução. O socorro às vítimas e as decisões imediatas tomadas logo após os desastres costumam influenciar nos acontecimentos a longo prazo (JUNQUEIRA 2011, p.31). Davis (1978, apud JUNQUEIRA, 2013) ressalta que “[...] desde o princípio o refúgio deve ser considerado como um processo e não como um fim”. Em situações de emergência são tomadas providências imediatas para manter a população em segurança. Segundo Babister (2002)13, essas são as respostas possíveis nestas situações emergenciais: - Reparação e reabilitação de casas - desde que as casa estejam totalmente fora de perigo, e se encontrem em uma situação que só necessita de reparos e reconstrução. São distribuídos materiais básicos para os reparos e as pessoas podem permanecer; - Autoliquidação - quando as pessoas podem encontrar abrigo temporário sem assistência, quando podem ficar na casa de parentes e amigos, podendo receber auxilio

na forma de utensílios domésticos ou camas extras; - Conversão de edifícios - é a conversão de edifícios em abrigos comuns, podendo ser edifícios públicos ou privados, como, por exemplo, escolas, hotéis, clubes...; Assentamentos temporários – construção d s acampamentos temporários de desabrigados, providos de abrigo e recursos. Os desastres de grande impacto atualmente recebem auxílio da ONU e de algumas organizações não-governamentais e de ajuda humanitária, como o Architectes de l’urgence14 e Arquitetos sem Fronteira15(JUNQUEIRA, 2011, p.31). Após os desastres, são utilizados recursos da cartografia para identificar o fenômeno ocorrido, as proporções dele, sua extensão territorial e a dimensão da população afetada. São colhidos dados e informações sobre o local, através de registros fotográficos e documentos, para que se identifique as necessidades e prioridades da população afetada e o grau dos danos e prejuízos (ROMERO, 2009, apud JUNQUEIRA, 2002) e em seguida, são tomadas providências imediatas para manter a população em segurança, por meio das respostas de abrigos até que suas habitações estejam reconstruídas (JUNQUEIRA, 2011, p.31). Começa, então, a fase de elaboração dos projetos para reconstrução e readequação das edificações, que, em alguns casos, necessitam apenas restauração. Para o desenvolvimento do projeto, são levadas em consideração as particularidades de cada local, como potencialidades, mão-de-obra disponível e materiais disponíveis no lugar e adequados para a situação (JUNQUEIRA, 2011, p.31).

UNDRO - United Nations Disaster Relief Organization, Natural Disaters and Vulnerability Analysis, 1980. – Organização das Nações Unidas para o Socorro em Desastres. Desastres Naturais e Análise de Vulnerabilidade, 1980.) 13 Babister , Elizabeth - The emergency shelter procces with application to case studies in Macedonia and Afeghanistan, 2002.

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Architectes de l’urgence - Arquitetos de Emergência: Grupo de ajuda humanitária fundado em abril de 2001 por arquitetos franceses que se inspiraram em ajudar a reconstruir as casas de seus vizinhos que haviam sido atingidos por desastres. Já atuaram em 19 países e possuem sede em três: França, Canadá e Austrália.) 15 Arquitetos sem Fronteira : Organização não-governamental criada no final de 199I.

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3.1 - RECOMENDAÇÕES GERAIS Segundo Babister (2002), existem necessidades essenciais que devem ser supridas pelo abrigo emergencial para que ele seja totalmente eficiente: - Proteção de elementos externos - o abrigo deve ser desenvolvido de maneira apropriada ao clima, contexto cultural e às características do local. - Preservação da dignidade – o abrigo deve ser desenvolvido de forma que o afetado possa ter privacidade e segurança, de modo que “[...] a permeabilidade do abrigo seja controlada pelo próprio usuário” (ANDERS, 2007, p. 56). - Orientação e identidade – é importante lembrar que o indivíduo encontra-se em um estado de choque, confuso e até traumatizado. Assim, o abrigo deve estimular o foco e a atenção para que ele possa assumir o controle da situação, identificando suas necessidades futuras (ANDERS, 2007, p. 56). É importante que ele enxergue no abrigo um lar mesmo que temporário, dando-lhe conforto e segurança. Babister (2002) ainda cita outros critérios fundamentais que os abrigos devem cumprir: Rápido fornecimento; Baixo custo; Executável; Adaptável.

3.2 - TIPOS DE ABRIGOS Anders afirma que há duas linhas de pensamento em relação à construção de um abrigo emergencial: uma que sugere intervenção mínima, somente o suporte à vida, e outra que propõe a intervenção planejada e mais adequada, com a ressalva de que pode gerar certa dependência (ANDERS, 2007, p. 61).

Na primeira proposta, são adotadas construções in loco, que utilizam materiais de baixo custo que estejam disponíveis ou no local do desastre ou próximo. Na segunda proposta, predomina o uso de Kits pré-fabricados fornecidos aos desabrigados (ANDERS, 2007, p. 61). A partir dessas duas linhas de pensamento, os abrigos são classificados em dois grupos: as construções in Loco e os Kits.

3.2.1 - Construções in Loco “São os abrigos que podem ser construídos com materiais disponíveis no local. Os custos são mais baixos. Esses materiais podem ser reciclados pela população local após o período de emergência” (Anders 2007, p 60). São exemplos de abrigos deste tipo os projetos mostrados nos itens 4 .1, 4.2 e 4.3.

3.2.2 - Kits Devem ser duráveis, estocados e transportados em unidades pequenas, leves, com aparência de temporário e aceitabilidade cultural. Kronenburg (1995, apud JUNQUEIRA, 2013) os agrupa em quatro categorias: Module, Flat-pack, Tensile e Pneumatic.

3.2.2.1 - Module Freitas (2009, apud JUNQUEIRA, 2013) define o sistema Module como aquele que é entregue praticamente pronto, ou seja, suas peças não necessitam ser montadas. São unidades habitacionais independentes,

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necessitam apenas ser conectadas às redes de água, esgoto e eletricidade. Podem ser modulares, conectado-se a outras, e aumentando, assim, seu tamanho. As unidades são transportadas por caminhões, helicóptero ou avião.

Figura 18: Exemplo de abrigo Module - Unidade MSS - Mobile Shelter Systems Fonte disponível em < https://www.army-technology.com/contractors/field/mobile/>(apud ANDERS,2007).

Figura 19: Exemplo de abrigo Module - Unidade MSS - Abrigo formado por várias unidades modulares da MSS prontos, desenvolvido pela Força Área Real Norueguesa. Fonte disponível em <https://www.army-technology.com/contractors/field/mobile/>(apud ANDERS,2007).

3.2.2.2 - Flat-Pack São semelhantes ao sistema Module, porém se diferenciam pelo fato de seus componentes serem entregues desmontados, o que reduz seu tamanho para transporte. A qualidade e a eficiência desse sistema depende de sua montagem, que deve ser executada de maneira (JUNQUEIRA, 2013).

Figura 20: Abrigo COGIN, desenvolvido pelo exército americano, desmontado para transporte. Fonte disponível em <https://www.army-technology.com/contractors/ field/cogi>(apud ANDERS,2007).

Figura 20: Abrigo COGIN, desenvolvido pelo exército americano, desmontado para transporte. Fonte disponível em <https://www.army-technology.com/contractors/ field/cogi>(apud ANDERS,2007).

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3.2.2.3 - TENSILE

3.2.2.4 - PNEUMATIC

É considerado por Freitas (2009) mais flexível, pois a solução construtiva mais empregada para esse sistema é a de uma armação rígida que sustenta uma fina membrana, como uma espécie de tenda. Existem variações mais elaboradas, mas todas consistem nesses dois elementos básicos: armação rígida de aço ou alumínio que trabalha à compressão e uma membrana de lona ou poliéster tensionada presa à armação (JUNQUEIRA, 2013).

São estruturas infláveis, cuja membrana fica sob a pressão exercida pelo ar. É uma estrutura leve, fácil de transportar de rápida montagem. Porém é dependente do fornecimento do ar, o suprimento precisa ser constante e pode estar propícia a eventuais esvaziamentos, em função de furos acidentais causados pela mobília ou de falhas no fornecimento do ar (JUNQUEIRA, 2013).

Fonte

disponível

Figura 22: Tendas. em <https://www.wordshelters.org/photo.asp>(apud ANDERS,2007).

Figura 23: Abrigo inflável desenvolvido pela empresa americana ITEK. Fonte disponível em <https://www.itek-usa.com/emergency/>(apud ANDERS,2007).

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4 . REFERÊNCIAS Nesse capítulo analiso alguns projetos que servirão como referência para o desenvolvimento do projeto final, um abrigo emergencial de caráter temporário a ser implantado no Brasil. Os estudos mostrados a seguir resultam de pesquisas em sites de arquitetura e design. Eles exemplificam idéias, novidades de equipamentos emergenciais, abrigos móveis e design sustentável. As referências abrangem diferentes materiais, estruturas e raciocínios.

4 .1 - PAPER LOG HOUSE

Figura 24: Paper Log House, maquete ilustrativa. Fonte disponível em <https://www.behance.net/gallery/47456181/ Study-of-the-Paper-Log-House-by-Shigeru-Ban-2015> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

Ficha técnica: Projeto: Paperlog House (Abrigo de Papel) Autor: Shigeru Ban Local: Kobe, Japão Ano: 1995 Área interna: Cerca de 16m² Materiais: Engradados plásticos de bebida, cheios de areia; Madeira de pallets; Tubos de papel; Lona plástica. Caráter: Sistema In Loco Custo: Abaixo de US$ 2000 O arquiteto Shigeru Ban desenvolveu em 1995 um abrigo temporário para as vítimas do terremoto que devastou Kobe, uma das principais cidades do Japão, deixando mais de 6 400 mortos, 35 mil feridos e 300 mil desabrigados. Descrição do projeto: O critério adotado para o projeto exigia que fosse barato, que pudesse ser montado por qualquer pessoa e que fosse de rápida construção. Cada habitação foi construída entre seis e dez horas e com 16m² de espaço interno. Processo Construtivo e Materiais: - Sua fundação é constituída por engradados plásticos de bebida preenchidos com sacos de areia; - As paredes são feitas de tubos de papel grosso postos na vertical, de 106mm de diâmetro e 4mm de espessura; para isolamento térmico foi posta uma fita de esponja impermeável feita com adesivo colocada entre os tubos ; - A cobertura feita por uma lona plástica é presa na estrutura de tesouras, feitas também pelos tubos de papelão.

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Figura 26 e 27 : Paper Log House, Kobe, Japão 1995. Área interna com cerca de 16m². Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/br/01-185116/ projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

As habitações também foram implantadas na Turquia em 1999 onde houve um terremoto que teve seu epicentro na cidade de İzmit deixando cerca de 17 mil mortos e meio milhão de pessoas desabrigadas, e na Índia que também sofreu com abalos sísmicos em 2001, matando cerca de 15 mil pessoas e deixando milhares de desabrigados. Em cada contexto em que foram inseridas elas sofreram alterações, permitidas pela flexibilidade do projeto. Na Turquia a unidade passou a ter 3m x 6m, precisou ser um pouco maior devido ao padrão da madeira usada para construção no país e a altura média de sua população, (segundo dados antropométricos, trata-se do país onde com a população de maior altura média). Esta versão do projeto também teve maior isolamento térmico, proporcionado por fibras de vidro colocadas no teto e por papelão e folhas de plástico desfiado inseridas dentro dos tubos.

Figura 28 e 29: Paper Log House, Turquia, 1999. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/br/01-185116/ projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

O abrigo construído na Índia também se diferenciou bastante do original, sobretudo na base e no telhado. Nesta unidade, no lugar dos engradados plásticos de bebidas, foram usados os escombros dos edifícios destruídos para a fundação, pois os engradados não foram encontrados na área. A base foi revestida com um piso de barro tradicional da região e o telhado foi construído com uma esteira de cana sobre as vigas de bambu e uma lona de plástico para cobertura, com outra esteira de cana sobre ela. Através das empenas foi fornecida a ventilação, por pequenos furos nas esteiras que permitiam a circulação de ar.

Figura 30: Paper Log House, Índia, 2010. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/br/01-185116/ projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

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4.2 - NEPAL HOUSE

Figura 31: Abrigos de borracha no Nepal, maquete eletrônica. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/772540/ shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-de-borracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

Ficha técnica: Projeto: Nepal House Autor: Volunteer Architects Network (VAN) Local: Nepal Ano: 2015 Área interna: Aproximadamente 29m² Materiais:Estruturas modulares de madeira; Tijolos de Borracha; Tubos de papelão, Placas de madeira; Palha. Caráter: Sistema In Loco Custo: Custo não divulgado Em 2015 dois terremotos atingiram o Nepal matando mais de 8 500 pessoas e deixando mais de mil feridos. O abrigo foi desenvolvido pela organização humanitária Volunteer Architects Network (VAN), de Shigeru Ban. Os abrigos deveriam entrar em processo de construção em agosto de 2015.

Descrição do projeto: A Nepal House foi projetada para ser de rápida e fácil montagem, o abrigo poderia ser construído por qualquer pessoa rapidamente e a ocupação poderia ser imediata. Os materiais utilizados barateiam a habitação e são sustentáveis. O abrigo tem aproximadamente 29 m² de área interna e é constituído por dois dormitórios, uma área social e um banheiro. Processo Construtivo e Materiais: - Composto por uma série de quadros estruturais modulares de madeira que se conectam; - O fechamento das paredes é feito por tijolos de borracha reciclada; - A cobertura é apoiada por treliças de tubos de papelão, seu fechamento é feito por placas de madeira que recebem uma cobertura natural, de palha; - Uma esquadria formada por palhetas inclinadas e paralelas de madeira, na lateral da cobertura, permite a ventilação dos ambientes.

Figura 32 e 33:Abrigos de borracha no Nepal, maquete. Detalhe da cobertura, seu fechamento e da esquadria lateral para ventilação. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/772540/ shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-de-borracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017

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Figura 34 e 35: Abrigo de borracha no Nepal, maquete eletrônica, espaço interno. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/772540/shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-de-borracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

Figura 36: Abrigos de borracha no Nepal, maquete eletrônica. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/772540/shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-de-borracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

4.2 - NEPAL HOUSE

Figura 37: Soe Ker Tie House, Tailândia. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com/25748/soe-ker-tie-house-tyin-tegnestue/soe-ker-tie-house-noh-bo-tak-thailand-7> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

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Ficha técnica: Projeto: Soe Ker Tie House (Casas das borboletas) Autor: TYIN Tegnestue Architects Local: Noh Bo, Tailândia Ano: Novembro 2008 - Fevereiro 2009 Área interna: Aproximadamente 29m² Materiais: Revestimento em Bambu; Estrutura préfabricada de madeira e aço, que são conectadas por parafusos; Telhado metálico pré-fabricado; Fundação estruturada sobre pneus velhos e concreto. Caráter: Sistema In Loco Custo: 10 000 US$ O Soe Ker Tie House é um projeto que abriga um orfanato para 24 crianças em Noh Bo, Tailândia, uma pequena aldeia na fronteira tailandesa birmanesa onde a maioria dos habitantes era de refugiados, muitos deles crianças. O projeto foi realizado pela TYIN Tegnestue Architects, organização humanitária sem fins lucrativos que trabalha através da arquitetura. Descrição do projeto: A idéia principal do projeto era recriar de alguma forma o que essas crianças teriam experimentado em uma situação mais normal, onde cada uma tivesse seu próprio espaço privado, um lugar onde pudessem interagir, brincar e identificar como um lar. As casas receberam, dos habitantes locais, o nome de Casas das Borboletas (Soe Ker Tie House), por sua aparência. O projeto é constituído por 6 unidades, os componentes de sua estrutura são pré fabricados e a montagem foi executada no próprio local de implantação. Foram utilizados alguns materiais e técnicas.

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Processo Construtivo e Materiais: - Os edifícios são elevados do chão, em quatro fundações fundidas em pneus velhos e concreto, o que elimina os problemas com a umidade; - A construção de madeira e ferro é pré-fabricada e montada no local, usando parafusos para garantir precisão razoável e força; - Nas fachadas foi usada a tecelagem de bambu, técnica usada em casas e artesanato locais. A maioria do bambu é colhida dentro de alguns quilômetros do local; - O telhado possui águas invertidas, o que proporciona ventilação natural e captação de águas pluviais; - O projeto faz uso de cores em seu acabamento e entre os módulos foram criados espaços de lazer e convivência.

Figura 38 e 39: Soe Ker Tie House ( Casa das borboletas), Noh Bo, Tailândia e corte esquematico. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com/25748/soe-kertie-house-tyin-tegnestue/soe-ker-tie-house-noh-bo-tak-thailand-7> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

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Figura 40 e 41: As seis unidades construídas e espaço interno. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com/25748/soe-kertie-house-tyin-tegnestue/soe-ker-tie-house-noh-bo-tak-thailand-7> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

4.4 - Abrigos de Emergência de Papel para ACNUR – Campo de Refugiados de Byumba, Ruanda

Figura 42: Abrigos de Emergência de Papel para ACNUR – Campo de Refugiados de Byumba, Ruanda, 1999 Fonte disponível em <http://www.archdaily.com.br/br/01-185116/ projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

Ficha técnica: Projeto: Abrigos de Emergência de Papel para ACNUR – Campo de Refugiados de Byumba, Ruanda. Autor: Shigeru Ban. Local: Ruanda Ano: 1999 Materiais: Tubos de papel; Ligação de PVC; Cordas e Lona.

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Caráter: Abrigo - sistema Tensile Custo: Custo não divulgado Em 1994 mais de 2 milhões de pessoas ficaram sem casa quando eclodiu a guerra civil em Ruanda. Descrição do projeto: Shigeru Ban começou a desenvolver estruturas emergenciais, utilizando materiais alternativos e de baixo custo, como o tubo de papelão que podia ser fabricados por pequenas máquinas no próprio local de implantação dos abrigos, o que reduziria os custos para o transporte de materiais. A ACNUR aprovou a proposta e os abrigos de emergência foram construídos. Processo Construtivo e Materiais: A estrutura basicamente era composta por tubos de papelão, conectados por junções de PVC e tensionados por cabos de aço. As tendas eram revestidas por uma lona para o abrigo da chuva.

Figura 43 e 44: Abrigos de Emergência de Papel para ACNUR – Campo de Refugiados de Byumba, Ruanda, 1999 Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/br/01-185116/ projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

4.5 - ABRIGOS DE PAPEL - JAPÃO

Figura 45: Tendas elaboradas por Shigeru Ban, 2011. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/br/01-185116/ projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. 2017.

Ficha técnica: Projeto: Abrigo de Papel Japão Autor: Shigeru Ban Local: Japão Ano: 2011 Materiais: Tubos de papel; Cordas e Lona. Caráter: Abrigo - sistema Tensile Custo: Custo não divulgado

Em 2011 o Japão foi vítima de um grande terremoto que gerou um tsunami e causou uma grande destruição, matando cerca de 288 pessoas e deixando muitos desabrigados. Como primeira medida, foram improvisadas moradias em ginásios. Porém, a população não poderia passar meses vivendo em uma situação sem privacidade e com alta densidade. O arquiteto Shigeru Ban então desenvolveu tendas que fossem de rápida montagem e usassem materiais de baixo custo.

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Descrição do projeto: O projeto cria simples partições, feitas de tubos de papel e cortinas de lona para criar os espaços privados de cada família. Processo Construtivo e Materiais: A estrutura é constituída por tubos de papelão, sua ligação é feita por cordas que os amarram e seu “fechamento” é feito por tecido, dando privacidade às vítimas.

4.6 - PORT-A-BACH

Figura 49: PORT-A-BACH Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop.com/port-abach> Acesso em: 19 de Abril de 2017.

Figura 46 e 47: Antes e depois Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/br/01-185116/ projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

Figura 48: Aqui foi usado outro tipo de tecido para fazer a separação. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/br/01-185116/ projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em: 17 de Abril de 2017.

Ficha técnica: Projeto: PORT-A-BACH Autor:Atelier Workshop Local: China e Nova Zelândia. Ano: 2013 Materiais: Caixa de aço - container; Sistema de tela de tecido, Lona; Equipado com mobiliários de madeira e aço inox. Caráter: Abrigo Portátil de Container - sistema module Custo: Custo não divulgado Em 2003 o escritório Atelier Workshop desenvolveu um projeto de micro unidade habitacional montada dentro de um container. Descrição do projeto: Desenvolvida para em seu mínimo espaço fornecer o máximo de conforto, a unidade pode abrigar até dois adultos e duas crianças. Seu interior é composto de móveis de madeira planejados para

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compatilibizar os espaços, e conta com uma cozinha de aço inoxidável, um banheiro com chuveiro, pia e vaso. A unidade é equipada com painéis solares e turbinas de vento, possuindo energia, água e esgoto independentes, e é transportada por caminhão ou helicóptero. Processo Construtivo e Materiais: - caixa de aço - container; - Sua fundação é feita por 6 bases de blocos de concreto; - Provida de um sistema de telas (lona) para a expansão de seu interior.

Fonte

Figura 50 e 51: PORT-A-BACH, unidade semi aberta. disponível em <http://www.atelierworkshop.com/port-abach> Acesso em: 19 de Abril de 2017.

Figura 52 e 53: PORT-A-BACH em montagem. Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop.com/port-abach> Acesso em: 19 de Abril de 2017

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Figura 54 e 55: Detalhe para as novas áreas criadas, ainda sem a cobertura,unidade totalmente expandida com o sistema de lona fazendo a cobertura para as novas áreas. Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop.com/port-abach> Acesso em: 19 de Abril de 2017

Figura 56 e 55: PORT-A-BACH,detalhe para os móveis de madeira planejados. Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop.com/port-abach> Acesso em: 19 de Abril de 2017

Fonte

Figura 57 e 58: PORT-A-BACH, interior. disponível em <http://www.atelierworkshop.com/port-abach> Acesso em: 19 de Abril de 2017

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4.6 - PORT-A-BACH

Figura 59: Abrigo Better Shelter, desenvolvido pela fundação IKEA com a UNCHR Fonte disponível em <https://translate.google.com.br/translate?hl=ptBR&sl=en&u=http://www.bettershelter.org/&prev=search > Acesso em: 19 de Abril de 2017.

Ficha técnica: Projeto: Better Shelter Autor:Fundação IKEA com a UNCHR Ano: 2005 Materiais: O telhado e as paredes são feitos de painéis de plástico; A estrutura de aço é modular; Rede metálica; painel solar. Caráter: Sistema Kit – Flat-Pack É um abrigo de emergência projetado pela fundação IKEA com a UNCHR, ganhador do prêmio de melhor design de 2016 e melhor design de arquitetura, do museu de design Beazley, em Londres. Vem sendo usado em muitas situações emergenciais para a assistência de refugiados de guerra. Descrição do projeto: É um abrigo flexível, adaptável e modular. Pode ser montado no local de implantação e não depende de mão de obra especializada. Sua montagem é

Sua montagem é rápida, demora em média quatro horas e depende de 4 pessoas. Possui 17m² e abriga até cinco pessoas. Processo Construtivo e Materiais: - O quadro leve do Abrigo é feito de aço galvanizado. Pode ser ancorado ao solo e suporta chuva, neve e ventos fortes. - O telhado e as paredes são feitos de plásticos tratados com proteção UV para a redução de sua deterioração pela luz solar; - Sua estrutura de aço é modular e intercambiável; - Sobre a cobertura existe uma rede metálica que reflete o calor de dia e o retém durante a noite; - e comporta um painel solar que capta a energia necessária para acender a lâmpada existente no interior do abrigo.

Figura 60 e 61: Abrigo Better Shelter montagem. Fonte disponível em <https://translate.google.com.br/translate?hl=ptBR&sl=en&u=http://www.bettershelter.org/&prev=search> Acesso em: 24 de Abril de 2017.

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Figura 62 e 63: Abrigo Better Shelter, as unidades possuem cerca de 17m² e abrigam até cinco pessoas. Fonte disponível em <https://translate.google.com.br/translate?hl=ptBR&sl=en&u=http://www.bettershelter.org/&prev=search> Acesso em: 24 de Abril de 2017.

4.8 - EXO

Projetado pela Reaction Housing System, baseia-se em um sistema de abrigos de emergência, constituído por unidades de alojamento, chamadas de “Exos”. Descrição do projeto: São módulos, com área de 7,2m², que podem se conectar e receber outras funções, sanitários e cozinhas. Seu interior é composto por dois conjuntos de beliches dobráveis fixados as suas paredes. Seus elementos são transportados separadamente, o que facilita seu armazenamento por empilhamento. Seu tempo de montagem é de 2 minutos e depende de 4 pessoas. Processo Construtivo e Materiais: É composto por dois elementos leves de uma mistura de metal e plástico, a base para o chão e a “tampa”; -Sua porta e parte de sua cobertura são de vidro translúcido temperado, para iluminação natural.

Figura 64: Abrigo Exo, Projetado pela Reaction Housing System, 2013. Fonte disponível em <http://www.keywordsuggests.

Ficha técnica Projeto: Exos Autor: Reaction Housing System Ano: 2013 Área interna: 7,2m² Materiais: Seus elementos são compostos de uma mistura de metal e plástico; Vidro translúcido temperado. Caráter: Sistema Kit – Flat-Pack

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Figura 65: Abrigo Exo, exemplo de como eles podem se conectar e receber outras funções, como instalações sanitários e cozinhas. Fonte disponível em <http://newatlas.com/reaction-exoemergency-housing/22726/> Acesso em: 24 de Abril de 2017.

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Figura 66: Abrigo Exo, seu design permite o armazenamento com fácil capacidade de empilhamento. Fonte disponível em < http://newatlas.com/reaction-exoemergency-housing/22726/> Acesso em: 24 de Abril de 2017.

Figura 67: Abrigo Exo, seus elementos são transportados separadamente, para facilitar seu transporte e armazenamento. Fonte disponível em <https://www.google.com.br/

Figura 68: Abrigo Exo, seu interior composto por 2 conjuntos de beliches dobráveis. Fonte disponível em <http://fortune.com/2015/03/04/reactionhousing/> Acesso em: 24 de Abril de 2017

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5 - PROJETO Como resultado da pesquisa apresentada o objeto de estudo é a criação de um abrigo emergencial de caráter temporário voltado para ser implantado no Brasil para atender as populações desabrigadas decorrentes dos desastres naturais que aqui ocorrem.

5.1 - BRASIL EM FOCO - MAPEAMENTO DOS DESASTRES Junqueira explica que “a vulnerabilidade aos fenômenos naturais a que o Brasil está exposto é reflexo direto do perfil de desenvolvimento, no qual o país se encaixa, essa característica é aplicada também a países subdesenvolvidos.” Pois refletem as condições socioeconômicas desses países, que tem predomínio de elevado adensamento populacional em áreas de risco, falta de planejamento urbano e falta de investimentos em saúde e educação. Esses são fatores que acabam aumentando a vulnerabilidade das comunidades, que se tornam cada vez mais expostas aos perigos naturais e se tornam mais propícias a ter um elevado número de vítimas quando ocorre um desastre (JUNQUEIRA, 2011, p.15). Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, as grandes regiões do país apresentam diferentes características quanto aos desastres. Na região Norte, por exemplo, prevalece a ocorrência de incêndios florestais e inundações, no Nordeste, secas e inundações, no Centro-Oeste, incêndios florestais, no Sudeste, deslizamentos e inundações e no Sul, inundações, vendavais e granizo (JUNQUEIRA, 2011, p.14).

Entre os anos de 1900 e 2006 foram registrados 150 desastres no Brasil, sendo que 84% deles foram computados a partir da década de 70, o que demonstra um aumento considerável de desastres nas últimas décadas. Também foram registradas, neste período, 8.183 vítimas fatais e um prejuízo de cerca de 10 bilhões de dólares (MARCELINO, 2007 apud JUNQUEIRA, 2011, p.14). Segundo dados do EM-DAT foram registrados 5.720 mortes e mais de 15 milhões de pessoas desabrigadas entre os anos 1960 e 2008 (GODOY, 2016, p.6). Legenda: IN – Inundação; ES – Escorregamento; TE – Tempestade; SE – Seca; TX - Temperatura extrema; IF – Incêndio florestal; VU – Vulcanismo; TR – Terremoto; RE - Ressaca. Figura 69: Tipos de desastres naturais ocorridos no Brasil (1900-2006). Fonte disponível em: EM-DAT (MARCELINO, 2007 apud JUNQUEIRA, 2011) Legenda: NO – Norte; CO – Centro Oeste; NE – Nordeste; SE – Sudeste; SU–Sul.

Figura 70: Distribuições das ocorrências de desastres naturais no Brasil (1900-2006). Fonte disponível em: EM-DAT (MARCELINO, 2007 apud JUNQUEIRA, 2011)

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Segundo os gráficos da EM-DAT os tipos de desastre mais freqüentes foram as inundações (59% dos registros) e os escorregamentos (14%), e mais de 60% deles ocorreram no Sul e no Sudeste do país. “Segundo dados do EM-DAT, o Brasil é um dos países do mundo mais atingidos por eventos hidro-metrológicos” (GODOY, 2016, p.6). “A maioria dos desastres no Brasil (mais de 80%) está associada às instabilidades atmosféricas severas, que são responsáveis pelo desencadeamento de inundações, vendavais, tornados, granizos e escorregamentos. Com exceção das inundações graduais, são fenômenos súbitos e violentos que causam grande mortalidade e destruição, pois não há tempo para as pessoas procurarem abrigos ou salvarem parte dos bens existente em suas casas” (JUNQUEIRA 2011, p.16).

Esses dados comprovam que o Brasil é alvo de diversas catástrofes que são provocadas por ações humanas como, por exemplo, as mudanças climáticas que são causadas pela degradação ambiental e pelo processo de urbanização desenfreado e não planejado (GODOY, 2016, p.6). Os abrigos temporários no Brasil são de responsabilidade do órgão Municipal de Defesa Civil (COMDEC ou SINPDEC), que tem competência municipal, estadual ou federal, e pode receber a colaboração de entidades humanitárias e privadas (GODOY, 2016, p.10). A assistência aos desabrigados por catástrofes naturais que atingem o país, que são cada vez mais frequentes, é considerada insuficiente. Godoy afirma que as ações tomadas ainda são incapazes de minimizar o sofrimento das vítimas e não conseguem providenciar

todas as condições necessárias para auxiliá-las. Godoy afirma que os abrigos infelizmente ainda não são feitos de forma ideal, pois há falhas em sua infraestrutura, higiene, alimentação, assistências médica e psicossocial e ainda a maioria tem problemas com super lotação, afetando a privacidade o que gera um local inadequado para as famílias desabrigadas (GODOY, 2016, p.10).

5.2 - O PROJETO - PRIMEIROS ESTUDOS MANDALA PANTOGRÁFICA O partido do meu projeto é priorizar a agilidade de montagem e desmontagem do abrigo e seu armazenamento. Para projetá-lo me baseei nas estruturas pantagráficas - estruturas que se se comprimem e se expandem rapidamente. Meu primeiro estudo foi uma mandalaque sua estrutura pantográfica feita de arame com dobras e amarrações dava origem há diversas formas.

30 Figura 71, 72 e 73: Fotos autorais (2017)

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5.3- PRIMEIROS ESTUDOS DE ABRIGO

Figura 74: Croquis desenvolvidos pela aluna (2017).

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5.4 - O PROJETO - PRIMEIROS ESTUDOS PAINEL PANTOGRÁFICO O Painel Backdrop é painel modular portátil utilizado em coletivas de imprensa, ações promocionais, feiras, stands e apresentações. Sua estrutura é de alumínio pantográfica expansível montada e desmontada em até 15 minutos, ele acompanha um case para transporte, que pode ser despachado por carro ou até avião para outras regiões e um tem jogo de réguas de ferro para sistema

de trava e fixação das chapas através de imãs.

Fonte

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Figuras 75, 76,78, 79,80 e 81: Painel Backdrop disponível em <http://www.carvalhoprintoffice.com.br/painelbackdrop/>> Acesso em: 22 de Agosto de 2017.

Figuras 82,83 e 84: Montagem do Painel Backdrop Fonte disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=1qxtsUfMizQ> Acesso em: 22 de Agosto de 2017.

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5.5- PRIMEIROS ESTUDOS DE ABRIGO ESTUDOS DA ESTRUTURA PARA POSSÍVEL ABRIGO

Figuras 85,86 e 87 Croquis desenvolvidos pela aluna (2017).

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5.6 - MOBILIÁRIO PARA DESABRIGADOS Mobiliários temporários para desabrigados desenvolvido por estudantes de design de mobiliário do terceiro ano da Universidade de Lahti da Finlândia, Instituto de Design, são soluções temporárias usando apenas madeira compensada e papelão ondulado. Fabricação de baixo custo, rápida e fácil, sem ferramentas necessárias. Proposta de mobiliário que poderia ser implantado no abrigo.

Figura 88,89,90 e 91:Mobiliário para desabrigados. Fonte disponível em <www.designboom.com/design/designnobis-tentativepost-disaster-shelter-07-11-2015/>.

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5.7 – NOVA REFERÊNCIA

Abrigo desenvolvido pelo Estúdio de Designnobis, estúdio focado em sustentabilidade, é uma unidade de catástrofe compacta especificamente criada para as linhas de frente da ajuda. Provisório, feito de conchas de fibra de vidro seladas com um tecido durável resistente às intempéries com enchimento de perlita isolada termicamente. O telhado tem capacidades de coleta de água e fornece o interior com luz natural e ventilação. O solo é colocado com pavimentos compostos isolados termicamente, recicláveis, auxiliados por pernas que elevam a unidade acima do solo. É desmontável para formando uma caixa e facilmente transportável. Cada abrigo oferece espaço para 2 pessoas. Figura 92,93,94 e 95: Abrio,estúdio de Designnobis Fonte disponível em < https://www.designboom.com/design/designnobistentative-post-disaster-shelter-07-11-2015/.>

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5.8 - O ABRIGO PROJETO O projeto desenvolvido é um abrigo para situações temporárias emergenciais no Brasil. O partido é a agilidade e facilidade de montagem e armazenamento. Baseei-me nas medidas de container, para melhorar a logística de entrega, utilizando dimensões adequadas ao transporte. Estudei estruturas pantográficas, que sãos estruturas que se contraem e expandem com maior agilidade – e sem depender, na maioria das vezes, de ferramentas. A idéia é que o abrigo seja levado praticamente pronto até o lugar de sua implantação, chegando em seu formato contraído, e podendo ser carregado e montado por 6 pessoas. Seu processo de montagem é constituído por 3 etapas: 1° Estrutura A base e o piso do abrigo são de borracha de pneus reciclados moldados na injetora. Neles se localizam a estrutura responsável pela compressão e expansão do abrigo, os trilhos, localizados na lateral do abrigo onde são fixadoas perfis de aço (réguas) barrasperfis de aço. Para que o abrigo se eleve, conservando seu alinhamento, barras metálicas os perfis correm nos trilhos, fazendo um movimento em X que empurra a cobertura do abrigo para cima. Seis barras são encaixadas nas argolas laterais para impulsionar a cobertura do abrigo para cima, e são as únicas ferramentas necessárias para sua montagem. Quando a estrutura já está elevada são postos pinos de travamento nos trilhos, o que mantém a estabilidade da estrutura, ao impedir que ela se feche de volta.

2° Paredes e barras de sustentação Depois desta parte da estrutura ser fixada é hora de complementá-la e montar as paredes laterais, são divididas em 3 partes de polipropileno e uma janela em veneziana e porta com estruturas metálicasem aço, que trazem iluminação natural e permitem a ventilação, lembrando que o maior período de chuvas que geram deslizamentos e enchentes ocorrem no verão, época de intenso calor. Os perfis internos destasAs paredes ainda ajudam a sustentar a coberturao telhado. 3° Lona de fechamento O último passo é a lona de fechamento que é presa nas laterais. Os Ilhós das bordas da lona são presos nos ganchos de fixação das extremidades do abrigo. Esse sistema é proposto como possível forma de setorização do interior do abrigo, criando diferentes possibilidadesproposta de layouts. Agora o abrigo está pronto para uso, seu tempo de montagem é estimado em 10 minutos e é planejado para ser ocupado por até 6 pessoas, em um tempo previsto de ocupação de até 6 meses. Sua montagem é feita por 6 pessoas e seu peso é de 180 kilos. O telhadoA cobertura feitao de polipropileno, as barras deos perfis de aço e os trilhos superiores pesam aproximadamente 401 kilos, o que facilita o movimento de erguê-la, ou seja, o esforço de carregar o abrigo até o local de sua implantação é significativamente maior que o de sua montagem, que pode ser feita pelos próprios usuários, o que. Ffacilitariando e agilizariando oseu processo de implantação. Além disso, a cobertura apresenta ele também tem uma inclinação de 0,5% da direita para esquerda e uma inclinação de 0,5% para um dreno de pvc de 100 milímetros de diâmetro para o despejo de águas pluviais e possível captação.

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Depois de o abrigo ser utilizado, as paredes, e a lona são retiradas e postas dentro do abrigo, os pinos de travamento dos trilhos são retirados fazendo com que as roldanas “andem” no trilho, movimento que faz com que a estrutura seja comprimida, e, quando elas chegam a outra extremidade, do mesmo os pinos são colocados novamente, fixando-as, movimento esse que faz com que a estrutura seja comprimida, assim ele volta a ser uma na posição de caixa, em que o abrigo e é recolhido para ser armazenado, podendo ser utilizado novamente. Sua implantação é indicada para terrenos previamente planos ou em terrenos que recebam algum tipo de tratamento para se tornarem planos, como solo batido. Exemplos de lugares para serem implantados: Quadras abertas, galpões, estacionamentos e, campos de futebol...

CROQUIS INICIAIS

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CROQUIS INICIAIS

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CROQUIS INICIAIS

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DESENHOS TÉCNICOS

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ABRIGO MODELADO

ABRIGO DE CARÁTER EMERGENCIAL TEMPORÁRIO

POSSIVEL CAPTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR

RÁPIDA MONTAGEM

POSSIVEL CAPTAÇÃO PLUVIAL

DURÁVEL E REUTILIZÁVEL

SUSTENTÁVEL

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LogĂ­stica de entrega Entregue por meio de kits, sendo transportado por:

Abrigo comprimido, podendo ser armazenado por empilhamento. Empilhando 6 atinge-se uma altura equivalente a de um container

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ETAPAS DE MONTAGEM

1° Implantação e abertura da “caixa” do abrigo e começo do levantamento, ainda manualmente.

2° levantamento feito pelas barras pelas 6 barras encaixadas nas argolas laterais para impulsionar a cobertura do abrigo para cima.

3° Estrutura já elevada, postos pinos de travamento nos trilhos, para estabilidade da estrutura.

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DIAGRAMA DE MONTAGEM

Diagrama de montagem de levantament e encaixes das paredes. Por elas serem soltas permite a liberdade do usuário de montá-las de acordo com sua necessidade e preferência. O que possibilita a criação de diversos layouts e o acoplamento de outra unidade, sendo expansível.

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Simulação de área interna e possível mobiliário.

Exemplo de implantação do abrigo em espaços urbanos consolidados.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como um abrigo é necessário e de como ele deveria fazer parte das políticas de segurança nacionais. A pesquisa também mostrou como conhecer o próprio território e os desastres que mais o atingem é importante para a proteção de seus habitantes, porque possibilita a criação de respostas mais rápidas e eficientes. O estudo sobre as primeiras formas de habitação transportável foi extremamente significativo, pois trouxe questões a serem abordadas no futuro projeto, como a montagem do abrigo, dando importância para o tempo e a complexidade deste processo. Outro aspecto decorrente desta pesquisa foi a necessidade de racionalização do espaço e da utilização dos materiais, preferencialmente leves, para que os abrigos possam ser transportados, tema aprofundado quando abordadas as questões de pré fabricação, no capítulo dos abrigos militares e do desenvolvimento que eles sofreram no pós guerra. Os estudos de caso mostraram situações de emprego de diferentes materiais e técnicas construtivas, que respondem de forma eficiente às necessidades dos desabrigados, além de serem sustentáveis, o que também pretendo para minha proposta de abrigo. Além destas necessidades que o abrigo precisa suprir, é importante incorporar a questão da recuperação da saúde física e mental desses indivíduos e grupos, mostrando que uma arquitetura de emergência tem não somente a funções de construir estruturas emergenciais mas também a de ajudar no restabelecimento das vítimas. O abrigo precisa oferecer não apenas a segurança física, devendo também gerar um ambiente seguro, em que seus futuros habitantes possam enxergar, mais que um abrigo temporário, um lar temporário.

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7. BIBLIOGRAFIA ANDERS, Gustavo Caminati. Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. BABISTER, Elizabeth. The emergency shelter procces with application to case studies in Macedonia and Afeghanistan. Malden: Blackwell Publishing, 2003. CASTRO, Antonio Luiz Coimbra de. Manual de desastres. Volume 1 – Desastres naturais. Brasília, 2003. EM-DAT - Emergency Events Database. CALAPEZ,André de Castro. Arquitectura sobre rodas o arquitecto e a habitação móvel. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) - Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), Portugal,2013. Médicos Sem Fronteiras ( MST): O que somos , disponível em < http://www.msf.org.br/quem-somos> Acesso em : 13 de março de 2017. UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME (UNDP). Reducing desaster risk: a challenge for development, a global report. Bureau for Crisis Prevention and Recovery. New York: UNDP, 2004.

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8. LISTA DE ABREVIATURAS PNPDEC - Política Nacional de Proteção e Defesa Civil UNDP – United Nations Development Programme (Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas) EM-DAT - Emergency Events Database ONU - Organização das Nações Unidas UE - União Européia MST - Médicos Sem Fronteiras DUDH - Universal Declaration of Human Rights (Declaração Direitos Humanos) UNDRO - United Nations Disaster Relief Organization, Natural Disaters and Vulnerability Analysis (Organização das Nações Unidas para o Socorro em Desastres. Desastres Naturais e Análise de Vulnerabilidade) EUA - Estados Unidos da América

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9. LISTA DE FIGURAS Figura 1:Tenda TIPI. Fonte disponível em <http://www.redbeardsranch. com/tipi_(3.jpg> Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 2:Processo esquemático de construção de uma tenda TIPI. Fonte: KRONENBURG ,1995. Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo,Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 3:Tenda Nômade em um encontro tribal em Marrocos Fonte: SHELTER PUBLICATIONS, 1973. Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo,Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 4: Tenda Nômade, detalhe dos tirantes e prendedores; alguns ancorados por pedras. Fonte: SHELTER PUBLICATIONS ,1973.Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação(Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo,Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

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Figura 5: Tenda YURT Fonte disponível em < http://www.trekearth.com/ gallery//Asia/Kyrgyzstan/photo105872.htm > Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 6: Tenda YURT, Esquema estrutural e de montagem. Fonte disponível em <http://www.motherearthnews. com/library/2002_December_January/Tipis__Yurts > Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 7: Abrigo Nissen Hut Fonte disponível em < www.ibiblio.org/hyperwar/ USA/USA-E-Logistics1/img/USA-E-Logistics1-p25 > Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 8: Elevação e seção de um abrigo Nissen Hut Fonte: KRONENBURG, 1995 . Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 9: Protótipo da Wichita House montado em 1946 em Kansas, nos EUA.

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Figura 9: Protótipo da Wichita House montado em 1946 em Kansas, nos EUA. Fonte: KRONENBURG, 1995. Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 10: Corte Esquemático do Fun Palace. Fonte: KRONENBURG, 1995. Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 11: Croqui de David Greene para o Living Pod Project. Fonte disponível em < http://www.archigram.net/ > Apud CALAPEZ, 2013, Arquitectura sobre rodas o arquitecto e a habitação móvel. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) - Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), Portugal,2013. Figura 12: Maquete de estudo, Living Pod Project. Fonte disponível em < http://www.archigram.net/> Apud CALAPEZ, 2013, Arquitectura sobre rodas o arquitecto e a habitação móvel. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) - Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), Portugal,2013.

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Figura 13: Unidade móvel hospitalar no Vietnã. Fonte: ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

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Figura 14 e 15: Exemplo de tenda médica inflável. Fonte disponível em < https://portuguese.alibaba. com/product-detail/one-time-inflate-inflatable-redcross-tent-inflatable-hospital-tent-inflatable-tentfor-emergency-60236589665.html> Acesso em : 13 de março de 2017. Figura 16: Tenda de assistência médica montada no Porto da Praia, Ilhas Canárias para dar assistência a 42 imigrantes clandestinos. Fonte disponível em <http://asemana.sapo.cv/spip. php?article2454> Acesso em : 13 de março de 2017. Figura 17: Exemplo de tenda médica montada para a exposição “Campo de Refugiados no Coração da Cidade” dos médicos sem fronteiras. Fonte disponível em < https://noticias.uol.com.br/ album/2013/09/06/exposicao-de-ong-humanitariasimula-campo-de-refugiados-em-sao-paulo. htm#fotoNav=1 > Acesso em : 13 de março de 2017. Figura 18: Exemplo de abrigo Module - Unidade MSS - Mobile Shelter Systems Fonte disponível em < https://www.army technology. com/contractors/field/mobile/> Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 19: Exemplo de abrigo Module - Unidade MSS - Abrigo formado por várias unidades modulares da MSS prontos, desenvolvido pela Força Área Real Norueguesa. Fonte disponível em <https://www.army-technology. com/contractors/field/mobile/> Apud ANDERS,

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Figura 20: Abrigo COGIN, desenvolvido pelo exército americano, desmontado para transporte. Fonte disponível em <https://www.army-technology. com/contractors/field/cogi> Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 21: Abrigo COGIN, podendo ser montado como uma unidade independente ou pode ser conectado para formar grandes abrigos. Fonte disponível em <https://www.army-technology. com/contractors/field/cogin> Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 22: Tendas. Fonte disponível em< https://www.wordshelters.org/ photo.asp> Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Figura 23: Abrigo inflável desenvolvido pela empresa americana ITEK. Fonte disponível em <https://www.itek-usa.com/ emergency/ >Apud ANDERS, 2007, Abrigos temporários de caráter emergencial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

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Figura 24: Paper Log House, maquete ilustrativa. Fonte disponível em <https://www.behance.net/ gallery/47456181/Study-of-the-Paper-Log-Houseby-Shigeru-Ban-2015> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 25: Paper Log House sistema de montagem. Fonte disponível em <https://www.behance.net/ gallery/47456181/Study-of-the-Paper-Log-Houseby-Shigeru-Ban-2015> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 26: Paper Log House, Kobe, Japão 1995. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com. br/br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeruban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 27: Paper Log House, Kobe, Japão, área interna com cerca de 16m². Fonte disponível em < http://www.archdaily.com. br/br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeruban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 28: Paper Log House, Turquia, 1999. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com. br/br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeruban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 29: Paper Log House, Turquia, 1999. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com. br/br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeruban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 30: Paper Log House, Índia, 2010. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com. br/br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeruban> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

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Figura 31: Abrigos de borracha no Nepal, maquete eletrônica. Projeto concebido pela organização humanitária Volunteer Architects Network (VAN) Fonte disponível em <http://www.archdaily.com. br/br/772540/shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-deborracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017.. Figura 32:Abrigos de borracha no Nepal, maquete. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com. br/br/772540/shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-deborracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 33:Abrigos de borracha no Nepal, maquete. Detalhe da cobertura, seu fechamento e da esquadria lateral para ventilação. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com. br/br/772540/shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-deborracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 34:Abrigos de borracha no Nepal, maquete eletrônica, espaço interno. Detalhe da cobertura, seu fechamento em placas de madeira e para os tijolos de borracha reciclada. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com. br/br/772540/shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-deborracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 35: Abrigos de borracha no Nepal, maquete. Detalhe para a área do abrigo que conste em dois dormitórios, uma área social e um banheiro. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com. br/br/772540/shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-deborracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

Figura 36: Abrigos de borracha no Nepal, maquete eletrônica. Fonte disponível em <http://www.archdaily.com. br/br/772540/shigeru-ban-propoe-abrigos-feitos-deborracha-no-nepal> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 37: Soe Ker Tie House ( Casa das borboletas), Noh Bo, Tailândia. Fonte disponível em <http://www.archdaily. com/25748/soe-ker-tie-house-tyin-tegnestue/soeker-tie-house-noh-bo-tak-thailand-7> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 38: Soe Ker Tie House ( Casa das borboletas), Noh Bo, Tailândia. Fonte disponível em <http://www.archdaily. com/25748/soe-ker-tie-house-tyin-tegnestue/soeker-tie-house-noh-bo-tak-thailand-7> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 39: Corte Soe Ker Tie House ( Casa das borboletas), Noh Bo, Tailândia. Fonte disponível em <http://www.archdaily. com/25748/soe-ker-tie-house-tyin-tegnestue/soeker-tie-house-noh-bo-tak-thailand-7 > Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 40: As seis unidades construídas. Soe Ker Tie House ( Casa das borboletas), Noh Bo, Tailândia. Fonte disponível em <http://www.archdaily. com/25748/soe-ker-tie-house-tyin-tegnestue/soeker-tie-house-noh-bo-tak-thailand-7> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

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Figura 41: Soe Ker Tie House ( Casa das borboletas), Noh Bo, Tailândia. Espaço interno. Fonte disponível em <http://www.archdaily. com/25748/soe-ker-tie-house-tyin-tegnestue/soe-kertie-house-noh-bo-tak-thailand-7> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 42: Abrigos de Emergência de Papel para ACNUR – Campo de Refugiados de Byumba, Ruanda, 1999 Fonte disponível em <http://www.archdaily.com.br/ br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 43: Abrigos de Emergência de Papel para ACNUR – Campo de Refugiados de Byumba, Ruanda, 1999 Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/ br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 44: Abrigos de Emergência de Papel para ACNUR – Campo de Refugiados de Byumba, Ruanda, 1999 Fonte disponível em <http://www.archdaily.com.br/ br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 45: Tendas elaboradas por Shigeru Ban, 2011. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/ br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 46 e 47: Antes e depois Fonte disponível em < http://www.archdaily.com.br/ br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeru-ban> Acesso em : 17 de Abril de 2017.

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Figura 48: Aqui foi usado outro tipo de tecido para fazer a separação. Fonte disponível em < http://www.archdaily.com. br/br/01-185116/projetos-humanitarios-de-shigeruban> Acesso em : 17 de Abril de 2017. Figura 49: PORT-A-BACH Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017. Figura 50: PORT-A-BACH Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017 Figura 51: PORT-A-BACH, unidade semi aberta. Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017 Figura 52: PORT-A-BACH Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017 Figura 53: PORT-A-BACH Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017 Figura 54: PORT-A-BACH, detalhe para as novas áreas criadas, ainda sem a cobertura Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017 Figura 55: PORT-A-BACH, unidade totalmente expandida com o sistema de lona fazendo a cobertura para as novas áreas. Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017.

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Figura 56: PORT-A-BACH Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017 Figura 57: PORT-A-BACH, interior. Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017 Figura 58: PORT-A-BACH. Fonte disponível em <http://www.atelierworkshop. com/port-a-bach> Acesso em: 19 de Abril de 2017 Figura 59: Abrigo Better Shelter, desenvolvido pela fundação IKEA com a UNCHR Fonte disponível em <https://translate.google.com.br/ translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.bettershelter. org/&prev=search > Acesso em: 19 de Abril de 2017 Figura 60: Abrigo Better Shelter sendo montado. Fonte disponível em <https://translate.google.com.br/ translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.bettershelter. org/&prev=search> Acesso em: 24 de Abril de 2017 Figura 61: Abrigo Better Shelter, sistema de montagem. Fonte disponível em <https://translate.google.com.br/ translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.bettershelter. org/&prev=search> Acesso em: 24 de Abril de 2017. Figura 62: Abrigo Better Shelter, área interna, as unidades possuem cerca de 17m² e abrigam até cinco pessoas. Fonte disponível em <https://translate.google.com.br/ translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.bettershelter. org/&prev=search> Acesso em: 24 de Abril de 2017.

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Figura 63: Abrigo Better Shelter. Fonte disponível em <https://translate.google.com.br/ translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.bettershelter. org/&prev=search> Acesso em: 24 de Abril de 2017.

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Figura 64: Abrigo Exo, Projetado pela Reaction Housing System, 2013. Fonte disponível em <http://www.keywordsuggests. com//> Acesso em: 24 de Abril de 2017. Figura 65: Abrigo Exo, exemplo de como eles podem se conectar e receber outras funções, como instalações sanitários e cozinhas. Fonte disponível em <http://newatlas.com/reactionexo-emergency-housing/22726/> Acesso em: 24 de Abril de 2017. Figura 66: Abrigo Exo, seu design permite o armazenamento com fácil capacidade de empilhamento. Fonte disponível em < http://newatlas.com/reactionexo-emergency-housing/22726/> Acesso em: 24 de Abril de 2017. Figura 67: Abrigo Exo, seus elementos são transportados separadamente, para facilitar seu transporte e armazenamento. Fonte disponível em <https://www.google.com.br/ Figura 68: Abrigo Exo, seu interior composto por 2 conjuntos de beliches dobráveis. Fonte disponível em <http://fortune.com/2015/03/04/ reaction-housing/> Acesso em: 24 de Abril de 2017. Figura 69: Tipos de desastres naturais ocorridos no Brasil (1900-2006). Fonte disponível em: EM-DAT (MARCELINO, 2007 apud JUNQUEIRA, 2011, Abrigo emergencial temporário. Dissertação (Trabalho Final de Graduação III em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Ciências de Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT/ UNESP), Presidente Prudente, 2011.

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Figura 70: Distribuições das ocorrências de desastres naturais no Brasil (1900-2006). Fonte disponível em: EM-DAT (MARCELINO, 2007 apud JUNQUEIRA, 2011, Abrigo emergencial temporário. Dissertação (Trabalho Final de Graduação III em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Ciências de Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT/ UNESP), Presidente Prudente, 2011. Figura 71, 72 e 73: Fotos autorais (2017) Figura 74: Croquis desenvolvidos pela aluna (2017). Figura 75, 76,78, 79,80 e 81: Painel Backdrop Fonte disponível em <http://www.carvalhoprintoffice. com.br/painel-backdrop/>> Acesso em: 22 de Agosto de 2017. Figura 82,83 e 84: Montagem do Painel Backdrop Fonte disponível em < https://www.youtube.com/ watch?v=1qxtsUfMizQ> Acesso em: 22 de Agosto de 2017. Figura 85,86 e 87 Croquis desenvolvidos pela aluna (2017). Figura 88,89,90 e 91:Mobiliário para desabrigados. Fonte disponível em www.designboom.com/ design/designnobis-tentative-post-disastershelter-07-11-2015> Figura 92,93,94 e 95: Abrio,estúdio de Designnobis Fonte disponível em < https://www.designboom. com/design/designnobis-tentative-post-disastershelter-07-11-2015/.>.

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