aís Brockveld Gomes
JARDINS TERAPÊUTICOS Praça Nicolau De Moraes Barros
Trabalho de Conclusão de Graduação apresentado ao Centro Universitário Senac, para obtenção do grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.
Orientadora: Profª . Marcella de Moraes Ocke Mussnich
SÃO PAULO 2017
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AGRADECIMENTOS
A meus amigos e minha família, que desde o princípio torceram por mim, por esse projeto, e acreditaram nisso. Cada um de vocês desempenharam um papel importante nessa trajetória. Obrigada a cada palavra, entusiasmo, e por a cada instante acreditarem nisso e em mim. Vocês são anjos em vida.
A minha orientadora Marcella, que não agradeço somente por esse ano, mas ao longo de toda minha formação, por toda sua compreensão, delicadeza, por cada passo que me auxiliou a seguir. Todo seu conhecimento foi possível para tornarmos esse projeto mais consistente e verdadeiro.
A equipe Namaskar, com quem me foi possível enxergar a importância de cada passo, cada aprendizado, perdas e ganhos. Obrigada pelos conhecimentos aí adquiridos, por cada palavra de sabedoria, e acima de tudo, por desempenharem um papel muito grande em minha caminhada até aqui.
Dedico esse te a Almir Carlos der que a natureza sa vida, e que foi a
trabalho à todos vocês, dedico principalmenBrockveld, com quem me foi permitido compreenexerce um importantíssimo papel de cura em nospartir disso, que surgiu toda a essencia desse projeto. 3
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RESUMO Com o passar dos anos e o desenvolvimento desenfreado de nossas cidades, a arborização foi cedendo seu espaço às novas construções, e com o tempo, seus benefícios foram cada vez mais esquecidos e pouco explorados. Resgatarmos a importância da vegetação em nossa cidade, o bem causado por ela e a cura agregada é de suma importância para nossa qualidade de vida e de nossas gerações.
ABSTRACT
A natureza exerce de modo geral uma função terapêutica, auxiliando na redução do estresse, no tratamento e recuperação de pacientes. Um grande fator causado pela natureza, é também, a diminuição considerável no uso de medicamentos. Uma obra arquitetônica que possibilita a interação do indivíduo com a área externa, a vegetação e seus conjuntos, oferece sensação de liberdade e de bem-estar ao mesmo.
With time and the uncontrolled growth of our cities, the afforestation gave in its space to new buildings, and with time, its bene ts were forgotten and less explored. We brought back the importance of vegetation in our city, the utilities that the vegetation brings and the cure attached to it, it’s from utmost importance to our generation’s quality of life.
O objetivo desse projeto é mostrar a importância dos jardins e os benefícios que ele é capaz de trazer aos usuários, tanto se forem projetados em espaços públicos quanto em espaços privados. E mais especi camente desenvolver um projeto para uma Praça na cidade de São Paulo que é vizinha à uma entidade que atende pessoas com paralisia cerebral e que pode oferecer, não só para a entidade, mas para a cidade, um espaço terapêutico.
e nature, in a general scope has a therapeutic role, helping in the reduction, in the treatment and in healing of patients. A great fator caused by nature is also the considerable decrease in the use of pharmaceutical medicine. An architectural work that makes possible the interaction with an individual with the outdoor environment, the vegetation and its features, offers the feeling of freedom and well-being.
Palavras-chave: Jardins terapêuticos, áreas verdes, bem-estar.
e objective of this project is to show the importance of gardens and the bene ts that they are able to bring to the users, being projected in public spaces or privates spaces. And more speci cally develop a project of a Square in the city of São Paulo, next to an entity that treats people that suffers from cerebral palsy and that can offer, not only for the entity but for the city, a therapeutic space.
Keywords: erapeutic gardens, green areas, well-being. 5
INTRODUÇÃO__________________________________________________08 CAPÍTULO I - O SURGIMENTO DAS PRAÇAS E JARDINS________________________10 CAPÍTULO II -JARDINS TERAPÊUTICOS____________________________________14 CAPÍTULO III -JARDINS TERAPÊUTICOS PELO MUNDO_________________________18 THE CHILDREN’S GARDEN_________________________________________21 JARDIM SENSORIAL DA W.E. CARTER SCHOOL_________________________22 HOSPITAL DARCY VARGAS________________________________________24 JARDIM DAS IRMÃS, HOSPITAL SANTA CATARINA______________________26 SOLO SAGRADO________________________________________________27 6
CAPÍTULO IV -PRAÇA NICOLAU DE MORAES BARROS________________________28 FRATERNIDADE IRMÃ CLARA_____________________________________32 BAIRRO BARRA FUNDA - CONTEXTO HISTÓRICO______________________34 ARCO DO TIETÊ________________________________________________36 CAPÍTULO V - JARDINS TERAPÊUTICOS NA PÇA NICOLAU DE MORAES BARROS ___ 38 PROPOSIÇÃO PRELIMINAR______________________________________ 40 ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO____________________________________44 O PROJETO___________________________________________________46 CONSIDERAÇÕES FINAIS______________________________________________52 LISTA DE IMAGENS__________________________________________________54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS________________________________________58
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‘’Os jardins para as grandes cidades são como escapadas da civilização. Entre duas árvores o homem é inteiramente diverso do homem entre duas vitrines. ‘’ JOÃO DO RIO 1908 (APUD SEGAWA 1996, PAG 225)
No dicionário Michaelis a arquitetura é definida como “arte e ciência de projetar e supervisionar a construção de edifícios ou outras estruturas que, por envolverem uma ordenação plástica aliada a concepções técnicas e funcionais, possam expressar os valores estéticos e as necessidades práticas das sociedades em seus diferentes momentos e, desse modo, abrigar os diversos tipos de atividades humanas; arquitetônica.“ De acordo com essa premissa, penso que ao decorrer de nossa formação, uma das maiores características de um Arquiteto, seja ele paisagista ou urbanista, é poder enxergar com o olhar do outro. É termos em nossas mãos a chance de melhorar a qualidade de vida, e oferecer à sociedade um local, (seja cidade, parque, ou ambientes fechados e particulares), de qualidade e bem-estar.
[...] o Homem sempre fracassou em todos seus intentos cientí cos e buscou inutilmente a ciência de curar por meios diferentes dos naturais. Ele deixou de lado esse imenso poder radiante que as plantas têm [...] WEOR, Samuel Aun (MEDICINA OCULTA, PÁG 08)
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Precisamos beneficiar a sociedade num todo, independente da área em que o projeto está inserido. Nossa sociedade precisa resgatar a ideia de que para uma cidade tão urbanizada e industrializada como São Paulo o verde é tão importante quanto à construção de concreto. Os parques, as praças e os jardins aliviam os níveis de estresse tão acumulado por uma sociedade tão focada e determinada em suas conquistas profissionais. Um local para descanso, bem-estar e distração, nos faz “desligar”, nem que seja um pouco, da Era da preocupação, do desgaste emocional. De acordo com Margarete Amorim (2001, p. 38), professora de geografia da UNESP, Universidade Estadual Paulista, a falta de vegetação traz consequências negativas para o meio ambiente urbano como: “alterações do clima local, enchentes, deslizamentos e falta de áreas de lazer para a população”. Os jardins terapêuticos, além de beneficiar a saúde do indivíduo, são capazes de unir e incluir a sociedade de diversos níveis hierárquicos, interesses e modo de viver. E mesmo que construído para um determinado público como método de cura, em hospitais psiquiátricos, por exemplo, todos podem ser beneficiados, incluir-se e usufruir desse espaço. Esta pesquisa está estruturada em capítulos que ressaltam a importância e benefícios do jardim terapêutico. No primeiro capítulo é abordado o surgimento dos jardins e praças, seus usos e qual era a importância deles para a sociedade; Em seguida abordamos com mais ênfase a importância dos jardins terapêuticos, seus benefícios e os métodos para a projeção desse espaço; No terceiro capitulo são mostrados alguns dos Jardins Terapêuticos já construídos e espalhados pelo mundo, quais suas principais abordagens, usuários e formas de construção. Os dois últimos capítulos apresentam o local escolhido para desenvolvimento do projeto e sua finalidades. Como base para esse projeto tem como principais autores e pesquisadores de estudo, o Arquiteto e Pesquisador Hugo Segawa, o Psicólogo ambiental Roger Ulrich e a Professora Clare Cooper Marcus.
Entre as obras púbicas devemos considerar os passeios públicos, nos quais os jovens se exercitam [...] e onde os velhos caminham para tomar ar ou, se estão enfermos são conduzidos para recuperar a saúde. Celsus, o médico, diz que é melhor se exercitar ao ar livre que em um lugar fechado; mas que se deve exercitar mais comodamente na sombra... ARBERTI, 1485 (APUD SEGAWA,1996 PAG 43)
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O SURGIMENTO DAS PRAÇAS E JARDINS 11
Os espaços livres existentes nas cidades e marcados pelas aglomerações humanas estavam, em geral, relacionados à existência de mercados populares (comércio) ou ao entorno de igrejas e catedrais, que representavam o centro das cidades. As primeiras áreas projetadas para cumprirem o papel que hoje é dado às praças provavelm ente ocorreram na Antiguidade Clássica: a Ágora, para os gregos, e o Fórum, para os romanos.
Figura 1: Representação da Ágora Grega
A Ágora grega era a Praça principal que constituía a cidade grega, um espaço livre de edificações e configurada pela presença de mercados e feiras livres. Sendo, no entanto, o elemento de constituição do espaço urbano, é nela que os cidadãos gregos convivem entre si, onde ocorrem as discussões políticas e as assembleias populares. 12
O Foro era a região central das localidades do Império Romano, onde se situavam os edifícios administrativos e judiciais, além dos principais estabelecimentos do comércio. Diferenciava-se da Ágora grega conforme o espaço de discussão não restringia-se a praça pública, mas o espaço fechado dos edifícios. No contexto das cidades nas quais ambos os espaços se inseriam, possuíam um aspecto simbólico relevante na cultura de cada um dos povos: a materialização da ideia de Público.
Figura 2: Representação do Fórum Romano.
Uma forte característica das praças, tanto na idade média quanto no renascimento, é que não eram arborizadas. A arborização ‘’pertencia’’ aos locais privados – palácios e conventos (parques privados). A praça é um espaço de reunião, construído para e pela sociedade, que contém marcação de trajetos, ponto de chegada e partida, concentração e dispersão.
Esse espaço, existente há milênios, utilizado por civilizações de distintas maneiras, nunca deixou de exercer a sua mais importante função: a de integração e sociabilidade. Considerando que praças são espaços abertos, públicos e urbanos destinados ao lazer e ao convívio da população (LIMA, 1994; APUD MACEDO e ROBBA, 2002), sua função primordial é a de aproximar e reunir as pessoas, seja por motivo cultural, econômico (comércio), político ou social. Até meados do século XVIII o espaço dos jardins restringia-se ao entorno dos palácios europeus, que nem sempre estavam inseridos no contexto urbano. No Brasil, os jardins estavam restritos às propriedades religiosas e aos quintais residenciais, neles predominava o plantio de árvores frutíferas, hortaliças e medicinais. Existiam também alguns hortos e jardins botânicos, que cumpriam apenas funções de pesquisa e investigação da flora nativa. (Praças Brasileiras, Macedo e Robba, PAG 23) De acordo com Segawa (1996) as primeiras tentativas da coroa portuguesa de organizar jardins no Brasil estão relacionadas com a preocupação do final do século XVIII em fomentar o conhecimento sobre as possibilidades econômicas da flora local e a exótica. A iniciativa tinha um caráter cientifico agrícola e econômico: o objetivo era implementar hortos-botânicos em que se pudessem aclimatar plantas úteis ao desenvolvimento do comércio de especiarias na Europa e ampliar novas variedades nativas que pudessem competir com as culturas tradicionais no Oriente. (Ao amor do publico, jardins no Brasil. 1996 PAG 109 - 110)
A partir dos anos de 1783, o primeiro parque ajardinado do Brasil, o Passeio Público do Rio de Janeiro foi o grande ponto de encontro da população carioca nos séculos XVIII e XIX. Foi projetado por um dos maiores artistas do período colonial brasileiro: Mestre Valentim da Fonseca e Silva. A criação do Passeio valorizou aquela região. Em pouco tempo o jardim se tornou o grande ponto de encontro da sociedade setecentista do Rio de Janeiro e em 1786, aconteceram no Passeio grandes festas em comemoração ao casamento de D. João VI e Carlota Joaquina. O passeio Público não se prestava para emoldurar nenhum monumento – ao contrário, como um subordinado da hierarquia colonial, era um monumento à vegetação, à natureza, monumento a si mesmo (SEGAWA, Hugo 1996). De acordo com Macedo e Robba, em Praças Brasileiras, desde a antiguidade o jardim era um espaço destinado à meditação e à contemplação da natureza, ainda que essa natureza fosse uma recriação humana do ambiente selvagem. O jardim representava a metáfora do Éden, atraindo para si uma imagem do paraíso e de tranquilidade celestial.
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JARDINS TERAPÊUTICOS 15
Os jardins terapêuticos são áreas projetadas para proporcionar bem-estar e contribuir para a recuperação da saúde de um determinado público. Os locais de construção são normalmente em hospitais infantis, psiquiátricos, clínicas de repouso, de reabilitação, asilos e até em regiões com alto índice de violência. Os espaços livres são, por definição, áreas que oferecem um bem-estar de um modo geral e podem ser terapêuticos por definição (espaço de descompressão do dia a dia, áreas de reflexão, contato com a natureza, etc.). Os jardins promovem a interação social e o sentimento comunitário, além de trazer diversos benefícios para a saúde do indivíduo, dando uma maior atenção nas relações corpo-mente, como por exemplo: reduzir a pressão sanguínea; normalizar os batimentos cardíacos; relaxamento dos músculos; ativar o cérebro; liberação de endorfinas, substâncias que promovem bem-estar; exercer um papel socia16
Para um grupo de pacientes que foram submetidos a cirurgias, durante a recuperação aqueles que permaneceram em quartos que ‘’ A natureza, a paisagem e o jardim podem ser vipossibilitavam a visão da naturesualizados por sua dimensão mítica, pelo seu poder za através da janela do hospital tievocativo, por inspirar emoções e sentimentos. ‘’ veram menor tempo de internação (SEGAWA, Hugo - 1996, PAG 223) pós-operatório, receberam menos comentários negativos na avaliação A pesquisa de Roger Ulrich das enfermeiras e necessitaram de (1984), psicólogo ambiental, o autor ao menor quantidade de analgésicos. Já longo dos anos, recolheu uma grande os pacientes que estavam em quarquantidade de dados para garantir que tos com janelas sem vista para qualos pacientes que tinham acesso à naquer tipo de vegetação, não apretureza recuperaram a saúde mais rásentaram esse mesmo progresso. pido do que os outros que não tinham. Esse estudo foi realizado em um De acordo com Ulrich (1999), hospital na Pensilvânia, entre 1972 e com o surgimento de hospitais ver1981, foi demonstrado que o contato ticalizados, houve clara diminuição com a natureza diminui a quantidade de espaços ao ar livre em ambientes de medicamentos tomados durante um hospitalares. Em razão do avanço tratamento, além de reduzir o tempo de técnico cientifico, designers e admitamento, além de reduzir o tempo de nistradores hospitalares preocupamrecuperação do paciente e de dimi-se especialmente com a funcionanuir a complexidade de problemas lidade do ambiente, dando pouca como a ansiedade e a depressão, muiatenção às necessidades emocionais tas vezes ocasionadas por tratamene psicológicas dos pacientes, visitantos agressivos como a quimioterapia. tes e funcionários do corpo clinico. lizado e determinante no tratamento de pessoas com algum distúrbio psicológico.
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JARDINS TERAPÊUTICOS PELO MUNDO 19
Segundo Clare Cooper Marcus (2000), a variedade de caminhos, a possibilidade de interação através da estimulação dos sentidos e a capacidade de prover espaços semiprivados, que são as conexões e espaços de transições entre os espaços públicos e os espaços privados, são algumas das características importantes que compõem os jardins terapêuticos. No entanto um jardim com essas características necessita de cautela para a escolha das plantas, e dos materiais utilizados, pois o ambiente deve ser confortável e prover um espaço que seja familiar aos usuários. Marcus ainda cita a importância de o arquiteto estar ciente do contexto cultural da maioria dos pacientes da instituição. Uma das importantes características dos jardins terapêuticos é o seu local de projeção, área onde o projeto estará inserido. O jardim dos fundos é aconselhável para pacientes de instituição psiquiátrica e de Alzheimer, aonde a sensação de segurança é importante. O jardim frontal é, segundo ela, mais adequado aos asilos e hospitais geriátricos, porque possibilitam a interação com o mundo externo.
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THE CHILDREN’S GARDEN, LEGACY EMANUEL MEDICAL CENTER PORTLAND, OREGON, ESTADOS UNIDOS. The Children’s Garden é um Hospital pediátrico pertencente a um sistema de saúde sem fins lucrativos que presta serviços na área do desenvolvimento e reabilitação de crianças: fisioterapia, terapia ocupacional e terapia da fala. Uma das grandes características na composição do jardim deste hospital é a utilização das plantas, que são de espécies resistentes a pragas, o que evita o uso de pesticidas para a manutenção do jardim. O jardim é um espaço projetado e animado pela temática do Mágico de Oz. Tanto em cores, elementos e mobiliários. É composto por diferentes zonas de estadia e de atividades para os frequentadores.
Figura 5: Área de estadia.
Figura 6 : Área de passagem.
Figura 7 : Entrada do e Children’s Garden
21 Figura 3: Fonte de água, elemento decorativo.
Figura 4: Tin Man, personagem de Omágico de OZ
JARDIM SENSORIAL DA W.E. CARTER SCHOOL BOSTON, ESTADOS UNIDOS. Em 2008, premiado nos Therapeutic Garden Design Award, pela American Horticultural Therapy Association, O Jardim Sensorial da W.E. Carter School, escola pública que acolhe jovens (entre 12 e os 22 anos) com deficiências e necessidades especiais, procura servir as necessidades especificas dos jovens com atrasos profundos de desenvolvimento e multi deficiência, através de estratégias de estimulação sensorial que vão ao encontro das necessidades de aprendizagem de cada aluno. A Carter School promove diversas atividades em seu jardim, entre elas a de horticultura terapêutica: plantação, rega e colheita que auxiliam o treino da mobilidade ocular e para atividades em grupo. O design do Jardim é organizado em torno de um caminho em formato de oito que leva os alunos a uma variedade de áreas. No entanto os professores podem utilizar salas de aula ao livre, sombreadas por pérgulas cobertas de videira.
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FIigura 8 e 9 : Planta da W.E. Carter School.
Figura 10: Áreas de passage e estadia do Jardim.
Figura 11: Área de passagem cercada por vegetação.
Figura 12 : Vista geral da W.E. Carter School.
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HOSPITAL DARCY VARGAS SÃO PAULO, BRASIL. O Hospital Darcy, primeiramente chamado Hospital Infantil Morumby foi inaugurado no ano de 1958 e renomeado em homenagem a primeira dama, esposa do ex-presidente Getúlio Vargas. Foi projetado para ser o mais moderno hospital infantil. E naquele tempo já havia preocupação com a humanização, e com o acolhimento das crianças, foi colocado aparelhos de som em todos os quartos para que eles pudessem ouvir músicas e histórias infantis. HOSPITAL INFANTIL DARCY VARGAS (Site/Histórico) O Hospital ganhou seu jardim terapêutico no ano de 2015, um espaço que conta com 90m², elaborado pelos arquitetos André Rogov e Vinícius Patrial, e as paisagistas Aline Sini e Emi Ishigai. Além da área verde, trata-se do primeiro espaço de saúde com grafite. As paredes foram grafitadas por artistas urbanos como Chivitz, Miau, Flavio Samelo e Jay.
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A ideia inicial para o jardim terapêutico, destinado a pais, pacientes e funcionários, surgiu de uma união entre a voluntária Monica Mallart, que mantém o projeto “Mamãe Que Fez”, destinado a oferecer o ensino de trabalhos manuais às mães que aguardam no hospital os filhos em tratamento de hemodiálise e o empresário Roger Mancha que é voluntário do “Patas Therapeutas” , projeto onde donos de animais podem inscrevê-los para levar diversão às crianças no hospital. Além desse projeto, Mancha mantém ainda um projeto pessoal chamado “Firstpush”, que conecta pessoas com o intuito de mobilizar causas. O Hospital Darcy Vargas é Focado em tratar doenças de alta complexidade, como nefrologia, diabetes e câncer infantil. E em seu jardim contém além do grafite, lavanda (que transmite tranquilidade), plantas frutíferas, como jabuticabeira, romã e acerola, que além de servir de alimentação, atraem pássaros, despertando assim a atração positiva.
Figura 13: Grรก te inserido no hospital.
Figura 15: Grรก te inserido nos hospital.
Figura 14: รกrea de estadia e espera.
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JARDIM DAS IRMÃS, HOSPITAL SANTA CATARINA SÃO PAULO, BRASIL.
Figura 16 : Área de estadia. Figura 18 : área de passagem.
O jardim localizado no Hospital Santa Catarina, conta com cerca de 4.000 M², sendo a segunda maior área verde da Avenida Paulista, perdendo em tamanho somente para o Parque Trianon. Há cerca de 180 árvores: como ciprestes, cerejeiras, pinheiros e palmeiras. 100 tipos de planta, a exemplo de jasmim, camélia, antúrio, hortênsia e gardênia, e sete espécies de ave (sabiá, periquito, papagaio, bem-te-vi, pardal, beija-flor). O jardim conta ainda um acervo histórico da instituição - que completou 110 anos de fundação -, com equipamentos utilizados pelos médicos em décadas passadas. 26
Figura 17 : Fonte d´àgua.
SOLO SAGRADO SÃO PAULO, BRASIL
Inaugurado em 1995, o Solo Sagrado fo construído pela IMBB (Igreja Messiânica Mundia do Brasil) em São Paulo, numa área de 327.500 metros quadrados, prezando pela preservação am biental e aliando a beleza natural à beleza das cons truções e jardins criados pela inspiração humana
Seu Templo comporta até 25 mil pesso as, e é nele que são realizados os cultos. às mar gens da represa de Guarapiranga, combinan do a natureza com as construções de concreto Hoje, o local é considerado um dos maio res espaços para a contemplação da nature za e meditação existentes no Brasil. Harmoni zando a beleza do Ocidente com a do Oriente
“A paz reina de tal forma, que é possível ouvir o som da natureza, sentir a pul sação da vida, enquanto se passeia entre ca choeiras, quedas d’água, pontes e caminhos
Figura 19 : vista aérea do Solo Sagrado
(IMBB
Figura 20: Templo Messiânico
Figura 21: Composição de passagem, vegetação e espelho ‘água.
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PRAÇA NICOLAU DE MORAES BARROS
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A Praça Nicolau de Moraes Barros, localizada entre a Rua do Bosque, Rua dos Americanos e delimitada também pela linha férrea da CPTM no bairro Barra Funda, da capital paulista, pertencente à Prefeitura Regional da Sé, é uma área identificada como zona de interesse social tipo 3 (ZEIS-3).
Figura 22 : Vista aérea de praça.
A região é cercada por grandes pontos de encontro da capital, sendo eles, Metro Barra Funda, Allianz Parque, Memorial da América Latina, Sambódromo do Anhembi, Parque da Luz entre outros e além de ser uma região de uso misto, com comércios, serviços e residências, encontra-se com um forte potencial de crescimento. 30 Figura 23: Condições atuais da praça.
Atualmente a Praça encontra-se dividida por um muro. Um pertencente à SPTrans (municipal), que foram destinados cerca de 3 mil m² para a fundação da Fraternidade Irmã Clara durante a gestão Serra-Kassab, e outro a Cohab-SP (estadual), que conta com quase 10.000 m². Na data de seu decreto a praça tinha a metragem de 24 mil m², atualmente a área aberta ao público conta com 12 mil m². Consequentemente nos mapas de zoneamento oficiais da prefeitura a praça não consta demarcada como tal.
Figura 24: Praça Nicolau de Moraes Barros
Entre tantas questões que a Praça Nicolau de Moraes Barros aborda, a mais insistente tem sido de sua manutenção, atualmente a praça encontra-se praticamente abandonada pelo poder público, e conta com o auxílio de moradores para a organização de eventos, como plantio, hortas, feiras e demais atividades. As maiores reinvindicações dos moradores são: melhoria da iluminação pública, colocação de mobiliários urbanos de lazer/descanso (brinquedos para crianças, equipamentos para atividade esportiva como barras e bancos) para o uso comunitário do espaço; mais ações de segurança na praça; plantio de árvores e cuidados de jardinagem; Figura 25 : Grá te inserido no muro da praça.
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FRATERNIDADE IRMÃ CLARA
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Figura 26 : Acesso da Fraternidade à praça.
A FIC, fundada no ano de 1982, conta com sua Matriz localizada na Rua do Bosque Nº 855, vizinha da Praça Nicolau de Moraes Barros. Presta assistência à pessoas com paralisia cerebral e seu centro de reabilitação é composto por: Fisiatria, Enfermagem, Fisioterapia (motora/respiratória/hidroterapia), Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Pedagogia e Musicoterapia. Profissionais e pacientes da FIC utilizam a praça como métodos de passeio e bem-estar. Como nos explica o Dr. Arthur Frazão, Clínico geral, a paralisia cerebral é uma lesão neurológica geralmente causada pela falta de oxigênio no cérebro ou isquemia cerebral que pode acontecer durante a gravidez, trabalho de parto ou até a criança completar 2 anos. A criança com paralisia cerebral possui uma forte rigidez muscular, alterações do movimento, postura, falta de equilíbrio, falta de coordenação e movimentos involuntários, necessitando de cuidados durante toda a vida.
A paralisia cerebral pode ser encontrada em diversos níveis, desde a mas grave, até a mais amena. A criança apresenta limitações sensoriais e perspectivas, e pode apresentar comprometimento visual e auditivo. Pacientes e funcinarios da FIC, utilizam da Praça Nicolau de Moraes Barros como uma atividade de passeio e distração. Um dos métodos que esse projeto pode ajuda-los é que um ambiente bem projetado, com equipamentos e acessibilidade adequada, a interação proporcionada nesse ambiente,podem ajuda-los a terem um ambiente mais tranquilo, prazeroso, e acima de tudo, menos estressante. Permitir um ambiente acolhedor, encanta os olhos daquele que esta em fase de aprendizado e cura. O Jardim Tterapêutico na Nicolau de Moraes Barros tem como sua principal função, auxiliar na diminuição do extresse, isso incluindo todo e qualquer usuário (pcientes da pacientes, funcio
narios e acompanhantes da F.I.C, moradores, trabalhadores da região, e toda a população, que de um certo modo ou outro, necessitam e/ou queiram ter uma qualidade de vida mais equilibrada. Como já citado, as praças e parques em si já contam com um grande poder de cura e bem-estar ao indivíduo, colocando a vegetação ideal, mobiliários e trazer o jardim terapêutico é de suma importância para agregar o bem-estar não somente para aquelas que estão necessitados da cura. Mas proporcionar aos demais esse prazer e satisfação no dia-a-dia. Portanto a escolha da Praça Nicolau de Moraes Barros se justifica por seu um local ideal para essa junção: pacientes da Fraternidade Irmã Clara e moradores da região (em processo de transformação urbana), que buscam não apenas agregar mais área verde, mas o bem-estar, um local para atividades esportivas, entre outros.
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BAIRRO BARRA FUNDA - CONTEXTO HISTÓRICO Por volta de 1850, a área da Barra Funda era a grande Chácara Carvalho, pertencente ao conselheiro Antônio Prado. Luigi Puci, responsável pelo projeto do museu do Ipiranga, foi contratado para realizar o projeto da sede da casa-grande da chácara. Atualmente a residência é ocupada por uma escola. Em 1902, com a instalação do primeiro bonde elétrico de São Paulo que ligava a região ao largo de São Bento, houve uma intensicação comercial no local, Com os trilhos e os moradores vieram também as indústrias, o que fez a região crescer depressa e desordenadamente. Nos últimos anos do século XIX, a chácara foi loteada. Com a industrialização e a passagem dos trilhos da São Paulo Railway, a Barra Funda passou a ser, junto com o Brás e a Mooca, um desses bairros que misturam fábricas e moradias e como cita Regina Meyer tinham um traçado urbano especí co, onde a rua desdobrava-se, multiplicava-se em vilas, passagens, vielas, ruelas e pátios. O nome do bairro dá-se por conta de antigamente a barra do rio Tietê na região era muito funda. 34
Figura 27 : Foto da antiga casa grande da Chácara do Carvalho
Figura 29: Primeiro bonde elétrico de São Paulo
Após os anos 20, a região sofreu uma desvalorização, sobrevivendo apenas de mecânicas, marcenarias e indústrias têxteis de pequeno porte. Décadas mais tarde a Barra Funda foi novamente povoada e passou a ser destacar pelo recém-construído Terminal de Ônibus e pelas linhas de trem e metrô que se instalaram no distrito. Outro fator impulsionador para o bairro foi a construção do Memorial da América Latina em 1989 e outros centros culturais e econômicos, como o Teatro São Pedro (que já existia desde 1917), o já extinto parque de diversões Play Center, o Parque Antártica (atual Allianz Parque, novo estádio do Palmeiras, clube residente próximo ao bairro), entre outros.
A partir dos anos 90, outras grandes empresas e negócios se xaram no bairro, tais quais: os estúdios da Rede Record, o Parque da Água Branca, o SESC Pompéia e o Shopping West Plaza. Além disso, a Barra Funda ainda é conhecida por ser um dos berços do samba paulista. A Camisa Verde Branca foi fundada no bairro em 1953 e, em localidades próximas, surgiram as escolas de samba Vai-Vai e Águia de Ouro. Rodas de samba e capoeira eram realizadas no Largo da Banana, con rmando a tradição que foi estabelecida no bairro.
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ARCO DO TIETÊ O local do projeto encontra-se dentro do perímetro do Arco do Tietê, que é uma das mais estratégicas áreas da cidade de São Paulo. O Arco do Tietê tem como objetivos busca na melhoria da qualidade de vida, promoção de adensamento populacional em região com grande número de oferta de empregos e aumento das atividades econômicas e sociais desta região da cidade. Podemos ressaltar que a região encontra-se em forte crescimento, pois veri ca-se um processo de transformação econômica e de padrões de uso e ocupação do solo, com necessidade de equilíbrio na relação entre emprego e moradia, integração do sistema viário local e conexão com os terminais de transporte público, permitindo a melhoria da mobilidade, a qualicação urbanística dos espaços públicos a integração de bairros e a interligação de equipamentos públicos.
Figura 30 : Foto aérea da Marginal Tietê
https://br.pinterest.com/ pin/268316090277587132/ “Há um divisor (o rio) estabelecendo territórios distintos. Não queremos olhar para o rio como um divisor, mas como parte integrante de um sistema economicamente mais homogêneo”, Fernando de Mello Franco, secretário de Desenvolvimento Urbano
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Caracterizada por ser uma região onde se implantou o sistema ferroviário e o parque industrial que revolucionou a economia da cidade no século XX, o Arco do Tietê visa o estímulo ao emprego na indústria e suas atividades econômicas agregadas devem ocorrer, incen-
tivando sua modernização e a chegada de novas indústrias e empresas. paralelas às ações de preservação, proteção e recuperação do nosso patrimônio cultural. Para sanar a carência de áreas verdes ao longo do trecho, foram elaboradas diretrizes em relação aos espaços públicos arborizados, como a recuperação de praças existentes, a implantação de parques lineares ao longo de rios, a demarcação de praças oriundas de parcelamento e de praças vinculadas aos túneis e viadutos que visam amenizar seus impactos na paisagem.
Figura 31: Perímetro do Arcô do Tietê em relação à São Paulo.
Com o intuito de diminuir o dé cit habitacional, foram de nidas estratégias de implantação de novas unidades de HIS (Habitação de Interesse Social) distribuídas pelo território, sendo uma delas, vizinha à praça Nicolau de Moraes Barros.
Figura 32 : Perímetro do Arcô do Tietê
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JARDIM TERAPÊUTICO NA PRAÇA NICOLAU DE MORAES BARROS 39
PROPOSIÇÃO PRELIMINAR Desde o ínicio da elaboração, o grande objetivo é resgatar a importância da arborização nessa praça e propor um desenho quali cado para ela, melhorar seu uso e implementar novos equipamentos. O objetivo é oferecer à cidade um ambiente seguro, tranquilo e prazeroso. É de grande importância ampliar o acesso à praça, atualmente ela conta com acesso apenas por sua lateral, localizada na Rua do
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Bosque, readequar a pavimentação, melhorar o mobiliário e principalmente sua paisagem. O esquema a seguir mostra a ideia preliminar para a composição e setorização do projeto. Ainda que esse tenha sido uma idéia desenvolvida no ínicio do projeto, é a partir daqui que ca de nido seus setores, uxos e essência de desenho.
Figura 35 : Maquete de estudo 1
Figura 34 : Projeto preliminar
Figura 36: Maquete de estudo 1
Seguindo a proposta com locais para permanência/ descanso, mirante e lago, no projeto preliminar havia a proposta de conduzir o usuário por toda a praça, induzindo-o através do caminho vermelho e sensorial. Permitindo assim, que o transeunte usufrui-se de toda a praça e passando por todos os pontos.
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Figura 37 : Croqui e estudo de nĂveis
Figura 38 : Planta
Chegando mais proximo ao qu temos hoje, lapidamos o projeto, de nimos mais detalhadamente cada espaço, oque seriam eles e quais suas caracteristicas. 42
Figura 39: Maquete de estudo 2
Figura 40: Maquete de estudo 2
43 Figura 41: Maquete de estudo 2
ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO De acordo com Clare Cooper Marcus, devemos seguir alguns métodos para execução do Jardim Terapêutico, sendo eles o uso correto de determinadas plantas, como por exemplo, as medicinais –camomila e equinácea - e as relaxantes – entre elas, lavanda e erva-cidreira). Como o objetivo desse projeto não é focado nas espécies da plantas e sim, nas atividades que desempenham melhor os campos da visão, audição e cheiro, proponho aqui a tabela de vegetações que disponham melhor de cada uma dessas atividades.
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Figura 43: Locais para descanso - com vegetação.
Figura 44: Pérgola arborizada.
Figura 45 : Boa iluminação na praça, incluindo no mobiliário e vegetaçã
Figura 46 : Espelho d’água: proporcionando bem-estar, tranquilidade eum local visualmente agradável.
Figura 47: Locais de decanso às margens do espelho d’água (grama e desenho de piso).
Figura 48 : Deck de madeira (áreas de descanso e contemplação)
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O PROJETO Contando com sua entrada existente e o acesso à FIC, haverá mais uma entrada (com cerca de 30 m ) entre a Rua do Bosque e Rua dos Americanos. Serão quatro níveis existente, o da rua (nível 0,00), o da praça (1,00), os espelhos d’água que estão abaixo do nível (- 0,50) e o último e mais alto que é onde se encontra o mirante, local de observação, contemplação e relaxamento (2,00). Em seu desenho destacam-se dois traçados: as curvas e as linhas retas não ortogonais. As curvas que nos traz uma sensação de leveza, continuidade e uidez, estão de nindo a tematica geral da praça, e as linhas retas não ortogonais encontram-se, principalmente, nos locais de descanso. A partir da ligação de um local ao outro (um deck, uma curva e vegetação) temos os desenhos de piso, representados por tres tons de cinza (médio, claro e escuro). As cores do projeto também foram ecolhidas de acordo com a leveza desenvolvida por elas. Trabalhando principalmente no cinza, o marrom para o deck de madeira, terracota para passagens entre um e outro e azul para a água. Permitindo assim, que a própria vegetação diga por sí só e desempenhe todo seu papel “artistico”.
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Figura 49 : Piso intertravado
Figura 50 : Piso intertravado vermelho, utilizao na areas de passagens entre decks
Figura 51 : Deck de madeira
Figura 52 : Piso de concreto (entradas e rampa)
N
Figura 53 : Planta geral (desenho de piso e nĂveis) / ESC: 1:250
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O PROJETO
Para a implemenação do Jardim Terapeutico, voltado também para questões de estresse, a praça foi sub-dividida em elementos que compõem essas caracteristica e despertem os sentidos dos usuários, como por exemplo: * Audição: espelho d’água, cascata e arvores como bambu ou palmeira. Um local com piso molhado, permitindo assim, o contato direto com a água. * Visão: permitindo que do mirante, um local em que se possa observar toda apraça, porém há todo uma calmaria e relaxamento, o observador veja toda a mescla de vegetação e componentes da praça, vendo também um tapete de vegetação, com muitas cores. Outro item importante é mantendo os desenho já existentes no muro que delimita cptm x praça. * Olfato: Nas entradas e ao decorrer de toda a praça, estão postas arvores e arbustos (como por exemplo a gardenia e jasmim-manga) que desde o inicio ja despertem o olfato.
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* Paladar: Na horta, que já é uma atividade existente da Nicolau de Moraes, vamos trabalhar as questões do paladar, incluindo assim, planta, rega e colheita, atividades consideradas também terapêuticas. Barreiras com Vegetação: atualmente toda a praça é cercada por gradil, senso assim substituida por barreiras de vegetação (arbusto e árvores de grande e médio porte), permitindo grades apenas na divisão entre a praça e a Fundação Irmã C
N
Figura 54 : Planta geral (arborização)
/ ESC: 1:250
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ENTRADA
E
VISTA
AÉREA
Nos permitindo observar o Mirante ao fundo, a entrada da Rua do Bosque com a Rua dos Americanos, com seus 30 metros, nos dá uma visão mais ampla também do mobiliário , da vegetação e do espelho d’água e sua cascata. Pela vista aérea de um dos trechos, conseguimos observar toda a mescla de vegetação, desenho de piso e as linhas retas e curvas que desenvolvem esse projeto.
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Figura 55 : Entrada principal da praça.
Figura 56 : Vista aérea da praça.
LOCAL
DE
ATIVIDADES
E
HORTA
Na extremidade à Rua do Bosque, permitindo um local mais descontraído, com mais barulho, para encontros, pique-niques, concentra-se a praça das atividades. Nela podemos observar também a barreira de vegetação (praça x rua) . Figura 57 : Vista da praça
Figura 58 : Horta
A Horta, que esta localizada bem ao lado da Fundação Irmã Clara, é um método de terapia de grupo, em que os pacientes estão, de fato, plantando/cuidadando de uma horta ou um jardim durante a sessão, trabalhando termos como paciencia, cuidado e dedicação. Em seu entorno temos os caixotes mais altos, permitindo que cadeirante possam praticar essas atividades , o jardim vertical e podemos também, observar os ipês localizados ao fundo, dando assim, ínicio as vegetações que desenvolvem o campo da visão.
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A Praça Nicolau de Moraes Barros apresenta um forte potencial para crescimento, no entanto, atualmente não se encontra em devidas condições para um uso agradável e adequado à população. Com os estudos realizados e poder observar mais de perto as necessidades dos frequentadores têm sido de grande auxilio para uma proposta à esse projeto. Os estudos de caso têm sido de grande importância para uma melhor compreensão e abordagem ao tema. Observar e aprofundar em determinado projetos voltados à cura e bem-estar tem auxiliado para uma melhor compreensão e uma noção maior na criação e preparo do programa de necessidades e de como a uidez dos espaços do projeto deverá ocorrer. Agregar um projeto à população, melhorar a qualidade de seus equipamentos, acessos entre outras melhorias, trazer a Fundação F.I.C e agregar a seus pacientes e funcionários um ambiente agradável e terapêutico é de grande importância para as pesquisas e fundamentações desse projeto.
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LISTA DE IMAGENS Figura 1- Representação da Ágora Grega____________________________12 Figura 12- Vista geral da W.E. Carter School___________________________23 Fonte: Material de aula Fonte: http://www.db-la.com Figura 2- Representação do Fórum Romano_________________________12 Figura 13- gra te inserido no hospital________________________________25 Fonte: http://luporaih.blogspot.com.br Fonte: http://ciclovivo.com.br Figura 3-Fonte de água, elemento decorativo________________________ 21 Figura 14- Área de estadia e espera__________________________________ 25 Fonte: pinterest.com Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br Figura 4- Tim Man, personagem de O mágico de OZ__________________21 Figura 15- Grá te inserido no hospital_______________________________25 Fonte: https://www.waymarking.com Fonte: http://ciclovivo.com.br Figura 5- Área estadia___________________________________________21 Figura 16- Área de estadia_________________________________________26 Fonte: http://media.oregonlive.com Fonte: http://www.hospitalsantacatarina.org.br Figura 6- Area de passagem______________________________________21 Figura 17- Fonte d’água___________________________________________ 26 Fonte: http: //www.asla.org/Portland Fonte: http://www.hospitalsantacatarina.org.br Figura 7 – Entrada ao jardim_____________________________________21 Figura 18- Área de passagem_______________________________________26 Fonte: http://www.healinglandscapes.org Fonte: http://vejasp.abril.com.br Figuras: 8 e 9- Planta da W.E. Carter School_________________________22 Figura 19- Vista aérea do Solo Sagrado_______________________________ 27 Fonte: http://www.db-la.com Fonte: http://www.messianica.org.br Figuras 10- Área de passagem e estadia do jardim____________________23 Figura 20- Templo Messiânico______________________________________27 Fonte: http://www.db-la.com Fonte: http://www.messianica.org.br Figura 11- Área de passagem cercada por vegetação___________________23 Figura 21- Composição de passagem, vegetação e espelho d’água___________27 Fonte: http://www.db-la.com Fonte: http://www.messianica.org.br
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Figura 22 - Vista aérea de praça___________________________________30 Figura 32- Perímetro do Arcô do Tietê_____________________________35 Fonte: facebook.com/parqueareião Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/cidades/2013/02/projeto Figura 23- Condições atuais da praça______________________________ 30 Figura 33- Fluxograma e setorização da praça________________________40 Fonte: facebook.com/parqueareião Fonte: Autoria própria Figura 24- A praça Nicolau de Moraes Barros _______________________ 31 Figura 34- Projeto preliminar ____________________________________41 Fonte: Marcella Ocke Fonte: Autoria própria Figura 25- Grá te inserido no muro da praça________________________31 Figura 35- Maquete de estudo 1__________________________________ 41 Fonte: Marcella Ocke Fonte: Autoria própria Figura 26-Acesso da Fraternidade à praça___________________________32 Figura 36- Maquete de estudo 1__________________________________ 41 Fonte: Arquivo pessoal 2017 Fonte: Autoria própria Figura 27 - Foto da antiga casa grande da Chácara do Carvalho__________34 Figura 37- Croqui / estudo de níveis_______________________________42 Fonte: https://br.pinterest.com (foto não datada) Fonte: Autoria própria Figura 28- Foto atual da casa grande da Chácara do Carvalho___________34 Figura 38- Planta______________________________________________42 Fonte: http://sao-paulo.estadao.com.br (foto não datada) Fonte: Autoria própria Figura 29- Primeiro bonde elétrico de São Paulo______________________35 Figura 39 à 41- Maquete de estudo 2_______________________________43 Fonte: http://www.lopes.com.br (foto não datada) Fonte: Autoria própria Figura 30- Foto aérea da Marginal Tietê______________________________36 Figura 42- Tabela de vegetação___________________________________ 44 Fonte: pinterest.com/catracalivre Fonte: Autoria própria - Imagens: http://minhasplantas.com.br Figura 31- Perímetro do Arcô do Tietê em relação à São Paulo__________ 37 Figura 43- Locais para descanso - com vegetação____________________ 45 Fonte: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br Fonte: https://br.pinterest.com/sansiripublic
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LISTA DE IMAGENS Figura 44- Pérgola arborizada____________________________________45 Figura 54- Planta geral (arborização) ________________________________49 Fonte: Autoria própria / Arborização: http://www.freepngimg.com Fonte: http://br.pinterest.com/contemporist Figura 45-Boa iluminação na praça, incluindo no mobiliário e vegetação__ 45 Figura 55- Entrada principal da praça________________________________50 Fonte: Autoria própria Fonte: http://br.pinterest.com/alexandraotani (Arborização/Pessoas: mrcutout.com - http://www.freepngimg.com) Figura 46- Espelho d’água________________________________________45 Figura 56- Vista aérea da praça_____________________________________ 50 Fonte: http://br.pinterest.com - (Würth La Rioja Museum Gardens) Fonte: Autoria própria Figura 47- Locais de decanso às margens do espelho d’água_____________45 (Arborização/Pessoas: mrcutout.com - http://www.freepngimg.com) Fonte: http://media.oregonlive.com Figura 57- Vista da praça__________________________________________51 Figura 48- Area de passagem_____________________________________45 Fonte: Autoria própria (Arborização/Pessoas: mrcutout.com - http://www.freepngimg.com) Fonte: http: //www.asla.org/Portland Figura 49– Piso intertravado ____________________________________ 46 Figura 58- Horta ________________________________________________51 Fonte: Autoria própria Fonte: http://br.pinterest.com (Arborização/Pessoas: mrcutout.com - http://www.freepngimg.com) Figuras 50- Piso intertravado vermelho_____________________________46 Imagem de capa Fonte: http://br.pinterest.com Fonte: http://br.pinterest.com Figura 51- Deck de madeira_____________________________________ 46 Fonte: http://br.pinterest.com Figura 52- Piso de concreto (entrada e rampas)_______________________46 Fonte: http://br.pinterest.com Figura 53- Planta geral (desenho de piso e níveis)_____________________47 Fonte: Autoria própria
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS SHAN, Viviane Li Xiao. Naturação em jardins terapêuticos no contexto socioambiental de unidades hospitalareshttp://monogra as.poli.ufrj.br/monogra as/monopoli10013458.pdf SEGAWA, Hugo, 1996. Ao amor do público, jardins no Brasil. Fapesp, Studio Nobel MARCUS, Clare Cooper, 2000. Gardens and Health. Edição 2000 da World Health Design BRUNING, Jaime, 2003. Existem doenças incuráveis? Editora Grá ca Expoente. LÓPEZ, María Tránsito. MÁÑEZ, Carlota, 2010. Plantas medicinais em casa. MACEDO, Silvio Soares. ROBBA, Fabio, 2002. Praças Brasileiras - Public Squares in Brazil http://jardimdecalateia.com.br/biblioteca-jardim-de-calateia/clare-cooper-marcus-e-os-jardins-terapeuticos/ http://www.paisagismodigital.com/noticias/default.aspx?CodNot=331 http://www.passeiopublico.com
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http://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/viewFile/835/849 http://www.uesb.br/ ower/historico.html https://www.asla.org/Portland/site.aspx?id=43609 (AMERICAN SOCIETY OF LANDSCAPE ARCHITECTS) http://blog.oregonlive.com/kympokorny/2010/10/healing.html http://www.db-la.com/2nd%20index.htm http://www.spbairros.com.br/barra-funda/ http://minhasplantas.com.br
http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,a-historia-da-barra-funda,1758602 http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/estruturacao-metropolitana/arco-tiete/arco-tiete-plano-de-melhoramentos-viarios
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