Revista TEC arts Senhorinha

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Ano 1 Edição 1 Agosto/Setembro 2013 Distribuição Gratuita Edição Independente

TECNOLOGIA

e música

Modelo “score orientation”, permite a interação entre performer e computador em músicas com eletrônica em tempo real.

Colégio Batista Mineiro implementa em 2013 o Projeto

BATISTA DIGITAL

TECNOLOGIA da informação

Enquanto a geração “ Baby Bommers se esforça para interagir com os equipamentos da informção digital, a geração “alfa” já nasce brincando com esses equipamentos.

em suas unidades.



EDITORIAL

Direção Geral professor Daniel Passini

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ejam bem vindos a primeira edição da revista TEC Arts. Ela foi elaborada como trabalho final do curso de InDesign, da Escola de Computação Seven BH sob orientação do professor Daniel Passini. Aproveitamos para parabenizar o Grupo de professores e colaboradores da Escola pelos dois anos de Seven BH, completados neste mês de agosto, com competência e tecnologia. Falando nisso esta edição da TEC arts traz para seus leitores um pouco do que há de mais novo acontecendo entre nós, cidadãos do mundo globalizado.

Criação , Diagramação Capa Redação Senhorinha Gervásio

Instituição de ensino Seven BH Computção Gráfica

Em nossa aldeia global, nossa querida Belo Horizonte, destacamos duas matérias de suma importância. Na área da educação trazemos um pouquinho do que faz o Colégio Batista Mineiro em termos de tecnologia da informação com o projeto BATISTA DIGITAL. Já na área da música, mostraremos o belíssimo trabalho de pesquisa de dois alunos de música da UFMG, juntando percussão e computador. Finalmente , a matéria de capa traz um assunto essencial para os que estao antenados com a influência da tecnologia na vida de todos independente da geração a que pertencem. Mais uma vez sejam bem vindos a essa edição! Sintam-se à vontade para deixar comentários e sugestãos a respeito. Senhorinha Gervásio EDITORA senhorinhabh@gmail.com


SUMÁRIO

TECNOLOGIA

e música 6

Os alunos percussionistas Breno Bragança e José Henrique orientados pelo professor Fernando Rocha desenvolvem pesquisa que permite a interação do músico com o computador em tempo real.

Projeto BATISTA DIGITAL 11 Colégio Batista Mineiro implementa em 2013 o Projeto Batista Digital em suas unidades.

TECNOLOGIA

da informação 13 Dos “Baby Bomer aos “Alfa” - uma visão geral das mudanças na tecnologia da informação


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MÚSICA E TECNOLOGIA A Interação entre performer e computador em obras eletrônicas

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Isto é o que dois alunos de percussão da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais desenvolvem como pesquisa:

a interação do músico com o computador em tempo real. Os alunos percussionistas Breno Bragança e José Henrique são orientados nesta pesquisa pelo professor Fernando Rocha que já correu mundo em busca de conhecimento musical. Em 2008, concluiu o seu doutorado em música pela McGill University (Montreal, Canadá) com pesquisa em performance de obras para percussão e recursos eletrônicos, carregando em sua bagagem, além disso, um mestrado em música pela UFMG e um Bacharelado em Percussão pela UNESP. Ao longo se sua carreira, tem se dedicado especialmente à performance de música contemporânea, participando, como solista ou membro de grupo de câmara, de inúmeros festivais, tanto no Brasil quanto no exterior (USA, Canadá, Argentina, França e Portugal). De volta ao Brasil em 98, realizou vários concertos de percussão solo em Belo Horizonte, São Paulo e Brasília e criou o Grupo de Percussão da UFMG, com o qual se apresentou nos prin-

cipais teatros de Belo Horizonte assim como em eventos internacionais ligados à percussão. Um olhar criativo e analítico sobre modelos de ‘score orientation’ em obras eletrônicas mistas” A pesquisa feita por Breno Bragança e José Henrique: objetiva trabalhar com a interação entre performer e computador em músicas com eletrônica em tempo real. O modelo usado na pesquisa é chamado de “score orientation”, em que o computador sincroniza suas ações com o performer em momentos estruturais da obra, através da detecção de certos elementos de performance pré- determinados. O foco do trabalho se deu em três modelos de “score orientation” citados por Pestova (2008). Segundo ela a comunicação pode ser feita por: 1. Pedal ou teclado midi; 2. Análise de características do próprio áudio da performance (inferindo características musicais como dinâmica, registro, densidade e ataques). 7


3. Sensores diversos (como de pressão ou de efeitos de granulação e de glissandos, se misturanmovimento); do com os sons reais do triângulo. Seção 3: O computador fica sozinho e transforma aos poucos os sons dos ataques em um som contínuo que desaparece gradualmente.

Tendo como proposta estudar estes três modelos de interação os alunos construíram a partir de estudos de casos que aliam questões de composição, performance e tecnologia a criação artística como uma etapa da metodologia do projeto. Assim, para cada um dos três modelos de interação foram compostas e apresentadas em concertos novas obras para percussão e eletrônica em tempo real. Desta forma, os performers vivenciaram todas as etapas do processo de criação de uma obra eletrônica mista: composição, programação, performance e montagem (e operação) de um sistema de som para concerto.

- Utilização de “janelas de segurança flexivas” Essas janelas estabelecem um tempo mínimo e máximo para cada seção. Isso evita que a performance seja interrompida por um defeito no pedal midi (idéia de Kimura, 2003) Em decorrência das características dos efeitos e da sincronização a peça é muito aberta à improvisação. Segundo modelo de interação: Análise de características do próprio áudio da performance (inferindo características musicais como dinâmica, registro, densidade e ataques). - Exemplos do repertório: SprachSchlag (Hans Tutschku), Traces IV (Martin Matalon), Anamorfoses (Sérgio Freire)

A pesquisa dos dois alunos se deu em quatro etapas, sendo a primeira constituída de pesquisa bibliográfica ampla sobre música eletrônica mista, performance de obras com eletrônica e sobre repertório. Em seguida se dedicaram ao estudo do software e ambiente de programação MAX/MSP, passando ao trabalho de composição e performance de peças, construídas sobre os três modelos de Peça criada: score-orientation identificados na bibliografia, Tempestade em copo d’água (Breno Bragança) culminando na reflexão sobre os diversos problemas e soluções encontrados no processo composi- Uso de um medidr de ‘densidade’ (acúmulo de cional e de performance. notas ao longo do tempo – função ‘leaky integrator’ – integrador de vazão) Primeiro Modelo de Score Orientation: O performer fica livre para controlar a densidade Uso de pedal por performer para disparar arqui- do improviso (computador responde à densidade vos de áudio e/ou processamentos de som proposta pelo performer) Exemplos do repertório: Six Japanese Gardens O valor do leaky integrator também é usado para (Kaija Saariaho), Spiked (Glenn Hackbarth), Wooden Stars (Geof Holbrook) Peça criada: Ceu (José Henrique Soares Viana) Triângulo e eletrônica em tempo real Três seções sincronizadas com o performer através do pedal midi Seção 1: Reprodução em delay dos sons gravados em tempo real de um rulo de triângulo. Seção 2: Os sons gravados desaparecem gradualmente e o computador passa a gravar os sons de ataques agora tocados no instrumento. Aos poucos o computador passa a tocar os novos sons com 8


guiar a passagem para a seção seguinte da peça. • Medidor de dinâmica: O computador lê a dinâmica do performer e usa esta informação para controlar parâmetros dos processamentos sonoros. No início da peça a dinâmica controla aspectos da espacialização do som, no caso, a velocidade com que o som passa de uma caixa para outra. • Identificador de subdivisão: A partir de um andamento dado pelo performer (através do uso do pedal), o computador improvisa usando subdivisões deste pulso em 2, 3, 4 ou 6. O perfomer pode controlar qual subdivisão o computador irá usar no seu improviso. Isto é feito porque o computador consegue detectar os ataques produzidos pelo performer e a subdivisão do pulso que ele está usando. Na seção final da peça o pulso do improviso do computador passa a ser controlado pela velocidade dos ataques tocados pelo performer. which the words of the poem are masked, appeaTerceiro modelo de interação: Uso de sensores ring clearly only when they are randomly trigge- Exemplos do repertório: Laplace Tiger (Alexanred by the notes F#, E, D and C, produced by the der Schubert), Le cirque du tambour (Roland Aukalimba. zet), A Caixa de Pandora (Sérgio Freire), Nocturno Esquematico (F. Garcia Lorca) Hinojo, serpiente y junco Aroma, rastro y penumbra. Aire, tierra y soledad (la escalla llega a la luna) Fernando Rocha e Ricardo Cortés: A la luna (2007).

- Peça estudada no projeto: A la luna, de Fernando Rocha e Ricardo Cortés Fernando Rocha e Ricardo Cortés: A la luna (2007) A la luna is a structured improvisation for hyper -kalimba and electronic sounds. The hyper-kalimba, a work in progress undertaken by Fernando Rocha and Joseph Malloch, consists of a kalimba augmented by a piezo microphone and pressure sensors. The data from these sensors is processed electronically by a custom made Max/MSP patch. The result is an instrument that combines the traditional sound and performance of the kalimba with new electronic sound and performance capabilities. The structure of the piece is based on the poem ‘Noturno Esquematico’ by Frederico Garcia Lorca. The words of the poem (in the voice of Raquel Gorgojo) were manipulated electronically by Ricardo Cortés to create a rich texture of electronic sounds, which are combined with the sounds produced in real-time by the hyper-kalimba. The result is an atmosphere of dream and mystery, in

Primeira versão: Sons pré-gravados + kalimba + processamentos sincronizados com o tape + detecção das alturas (C-D-E-F#) para disparar as palavras do texto Segunda versão: uso de pedal para disparar os processamentos (maior liberdade para o intérprete) Terceira versão: Sensores instalados na kalimba (e mapeamento adequado) permitem ao performer controlar todos os processamentos. Grande liberdade para o intérprete. - Fernando Rocha e Ricardo Cortés: A la luna (2007) - Hyperkalimba é um novo instrumento que 9


tem que ser dominado pelo perfomer. - “The more unfamiliar the technology is to the musician, the more disruptive – even for a brilliant and skilled performer” (Mcnutt, 2003) - Maiores informações sobre a hyper-kalimba: - ROCHA, Fernando; MALLOCH, Joseph . THE HYPER-KALIMBA: DEVELOPING AN AUGMENTED INSTRUMENT FROM A PERFORMER S PERSPECTIVE. In: 6th Sound and Music Computing Conference, 2009, Porto - Portugal. Proceedings of the 6th Sound and Music Computing Conference, 2009. p. 25-29.

develop new skills and flexibility.” (Mcnutt, 2003) Além disso espera-se fomentar a performance dessa música e aumentar o repertório existente na literatura. Referência bibliográfica básica: - Kimura, Mari. “Creative Process and Performance Practice of Interactive Computer Music: A Performer’s Tale.” Organised Sound 8, 3: (2003) 289– 296.

- McNutt, Elizabeth. “Performing Electroacoustic Music: A Wider View of Interactivity.” Organised Análise dos Resultados e possíveis desdobra- Sound 8, 3: (2003) 297– 304. mentos: - Winkler, Todd. Composing Interactive MuA partir da análise da bibliografia e dos estudos de sic: Techniques and Ideas using Max”. Cambridcaso já realizados, algumas observações já podem ge, Massachusetts; London, England: MIT Press, ser enunciadas: 1989. - O foco na interação muitas vezes estimula uma - Pestova, Xenia. “Models of Interaction in Works valorização da improvisação e de uma estética for Piano and Live Eletronics”. McGill University, mais aberta à indeterminação; Montreal, 2008. - O domínio de certos conhecimentos ligados a tecnologia musical pode ser muito útil (quando - Garnett, Guy E. “The Aesthetics of Interactive não essencial) ao performer deste repertório; Computer Music.” Computer Music Journal 25, 1: - Além da prática do seu instrumento, o performer (2001) 21–33. tem que ter tempo e condições para se familiarizar - Rowe, Robert. Interactive Music Systems: Machicom o equipamento utilizado; ne Listening and Composing. Cambridge, Massachusetts and London, England: MIT Press, 1993. - O software utilizado influencia bastante o resul- Agradecimentos: UFMG (Programa de Pós-Gratado da obra. duação em Música), Fundação Itaú Cultural e Por fim, esperamos que o levantamento de discus- Fundep (Bolsa de Iniciação à Pesquisa em Artes) sões relacionadas à composição e à performance http://www.fernandorocha.info/pt/biografia. da música eletrônica mista possam diminuir as html dificuldades encontradas por performers que venham a trabalhar com esse repertório. “Performing with technology requires players to

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om o objetivo de promover a reflexão e ações referentes à tecnologia da informação, no contexto educacional o Colégio Batista Mineiro implementa em 2013 o Projeto Batista Digital em suas unidades.

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s alunos da unidade Buritis já fazem uso de iPads como mais um recurso didático. Imersos no mundo digital, o uso da tecnologia proporciona aprender de forma dinâmica e ágil.

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nova solução educacional é uma parceria entre o Colégio Batista com o sistema Uno Internacional, e pretende potencializar o aprendizado do aluno acompanhando as exigências do mundo atual.

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parceria com o Uno Internacional garante ao Colégio Batista acesso às tecnologias de outras empresas de classe mundial e do primeiro nível em educação como: Aplle, Discorery Education, Animal Planet, ETS Toefl, Avalia, Epson, WWF e i-lexium.

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AS GERAÇÕES e a tecnologia DA INFORMAÇÃO

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surgimento da internet aconteceu no período da Guerra Fria ocorrido entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) a 1991. Esse avanço tecnológico se deu graças aos interesses militares de se criar uma comunicação alternativa, caso os meios tradicionais de telecomunicações sofressem algum ataque inimigo e fossem destruídos. Muito embora tenha sido criada para fins militares, nas décadas de 1970 e 1980 tornou-se um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e professores universitários, principalmente dos EUA, trocavam ideias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial. Mas foi na década de 1990 que aconteceu sua expansão através do surgimento de vários navegadores , passando a ser utilizada por vários segmentos sociais proporcionando, estudos e entretenimento: Estudantes buscavam informações para pesquisas escolares; desempregados iniciaram a busca de empregos através de sites de agências de empregos ou enviando currículos por e-mail; as empresas descobriram um excelente caminho para melhorar seus lucros com as vendas online; amantes dos jogos se divertiam em sites de games e as salas de chat tornaram-se pontos de encontro para um bate-papo virtual a qualquer momento. Em 2006 surge uma nova era na internet com as redes sociais, primeiro o Orkut , depois o Face book e o Twitter. A partir de 2010, um novo serviço virou febre no mundo da Internet. Conhecidos como sites de compras coletivas, eles fazem intermediação entre consumidores e empresas.

Senhorinha Gervásio

O certo é que nos dias atuais é impossível pensar no mundo sem a Internet. Ela faz parte dos lares, empresas e escolas do mundo todo, possibilitando o acesso a informações e notícias de todos os lugares com apenas alguns cliques. Estar conectado a rede mundial passou a ser uma necessidade de estrema importância. Esse “mundo novo” tem se apresentado para muitos como uma fascinante descoberta de novas possibilidades de interação social a partir da inclusão digital.

CLASSIFICAÇÃO DAS GERAÇÕES Houve um tempo em que uma geração era definida a cada 25 anos, porém, nos dias de hoje os especialistas apontam que uma nova geração surge a cada 10 anos. Nas empresas, isso implica em pessoas de diferentes idades e costumes, vivendo em um mesmo ambiente de trabalho, trocando experiências e gerenciando conflitos em períodos cada vez menores.

Geração Baby Boomer

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geração Baby Boomers, são os nascidos logo após o término da segunda Guerra mundial. O termo em inglês pode ser traduzido livremente como “explosão de bebês”, fenômeno social ocorrido nos Estados Unidos no final da Segunda Guerra, ocasião em que os soldados voltaram para suas casas e conceberam filhos em uma mesma época. Os Boomers também são identificados como inventores da era “paz e amor”,

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pois tinham aversão aos conflitos armados. Preferiam a música, as artes e todas as outras formas de cultura como instrumentos para a evolução humana. Por outro lado se apresenta como uma geração contemporânea ao nascimento da tecnologia, muito embora não tivesse acesso a ela. Caracterizam por gostarem de um emprego fixo e estável e terem seus valores fortemente embasados no tempo de serviço, preferindo o reconhecimento por sua experiência e não por sua capacidade de inovação.

tadores dessa área social; •individualistas sem perda da convivência em grupo; •exigem com mais rigor os seus direitos; •busca incessante pela liberdade.

Geração Y

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efere-se a uma determinada geração, nascida entre os anos de 1980 e 2000. São os filhos da Geração X e netos dos Baby Boomers. Como é uma geração nova ainda não há uma conceituação clara Estudiosos do comportamento geração X é filha dos Baby humano, com algumas variações, de suas características a não ser pelo Bomeers e surge já fazendo datam o nascimento dos integran- fato que nasceram em um mundo que uso dos recursos tecnolótes da geração x entre os anos de estava se transformando em uma rede gicos promovidos por sua 1960 a 1980. Essa geração viven- global. A Internet, e-mails, redes de precursora. Esta classificação surgiu relacionamento, recursos digitais, fizeciou no Brasil acontecimentos a partir de um estudo promovido por como as “Diretas Já” e o fim da ram com que a geração Y fizesse miuma revista Britânica e realizado pela lhares de amigos ao redor do mundo, ditadura. socióloga Jane Deverson. A ideia era Primeira geração que domina e sem ao menos terem saído da frente classificar a geração de adolescentes gosta de lidar com computadores de seus computadores. Foi uma geraconsiderados muito rebeldes para os ção que em pouco tempo de vida já e equipamentos eletrônicos; padrões da época. Por serem filhos presenciou os maiores avanços na tecde uma geração mais comportada, o nologia e diversas quebras de paradigestudo causou a recusa da revista que o havia enco- ma do mercado de trabalho. Por conseguinte, num mendado, pois para ela os resultados foram fortes ambiente tão inovador, a Geração Y se individualiza demais. Diante disso Jane Deverson resolveu publi- ao apresentar caracteríscá-lo junto com correspondente americano Charles ticas como capacidade A Internet, e-mails, redes de Hamblett, dando-lhe o nome de geração X. Não se em fazer várias coisas sabe ao certo o porquê desta classificação, mas pode ao mesmo tempo, como relacionamento, recursos digiser uma referência ao X utilizado na matemática, ouvir música, navegar na tais, fizeram com que a geração Y fizesse milhares de amigos ao como uma incógnita a ser descoberta. Estudiosos do internet, ler os e-mails, redor do mundo, sem ao menos comportamento humano, com algumas variações, entre várias outras que, terem saído da frente de seus datam o nascimento dos integrantes da geração x em tese, não atrapalham computadores. entre os anos de 1960 a 1980. Essa geração vivenciou os seus afazeres profissiono Brasil acontecimentos como as “Diretas Já” e o nais. Essa geração tamfim da ditadura. bém apresenta um desejo São estas as principais características encontradas na constante por novas exgeração denominada X: periências, o que no trabalho resulta em querer uma •busca um equilíbrio entre os âmbitos profissional e ascensão rápida, que a promova de cargos em perípessoal; odos relativamente curtos e de maneira contínua. A •não visualiza carreira extensa na mesma empresa; mobilidade nas comunicações é outra característica •empreendedores muito independentes e centrados; associada ao consumo da Geração Y. A definição foi •altamente pragmáticos, gostam de praticar a teoria; criada por uma revista de publicidade e propaganda •tem como principal competência a liderança; Norte Americana, que definiu em 1993, os hábitos •apreciam desafios e o trabalho em equipe; de consumo dos adolescentes da época. Como eram •primeira geração que domina e gosta de lidar com filhos dos integrantes da geração X usou-se a prócomputadores e equipamentos eletrônicos; xima letra do alfabeto para denomina-la. Entre as •Quando determinam um objetivo, trabalham com principais características da Geração Y evidenciam entusiasmo; as seguintes: •esperam sempre por um feedback; - Estão sempre conectados; •fiel aos ideais pessoais, distinto dos obje - procuram informação fácil e imediata; tivos organizacionais; - preferem computadores a livros; •Indiferentes às questões políti - Preferem e-mails a cartas; cas, se mantém expec- - digitam ao invés de escrever. - vivem em redes de relacionamento.

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Geração X

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A Geração Z é contemporânea a uma realidade conectada à Internet, em que os valores familiares, como sentar-se à mesa e conversar com os pais, não são tão expressivos quanto aos contatos virtuais estaA geração Z, apesar de ter recebido essa denomibelecidos pelos jovens na Web. Se a vida no virtual é nação com a próxima letra do alfabeto da geração fácil e bem desenvolvida, muitas vezes a vida no real Y, não é considerada filha desta geração. Não está definida por uma época, mas sim por um hábito de é prejudicada pelo não desenvolvimento de habilidades em relacionamentos interpessoais. Vive-se virtucomportamento. A letra Z indica uma geração de almente aquilo que a realidade não permite. Talvez pessoas preocupadas cada vez mais com a conecdaí venha o fascínio dos jovens por jogos tividade com os outros de forma perfantasiosos onde estes podem ser o que manente e estão preocupadas com a Enquanto as gerações quiserem, sem censura ou reprimenda. ecologia e com o meio ambiente. Assim, anteriores se conectavam pessoas da geração Z acabam trazendo com o mundo através de traços de comportamento das gerações um computador de mesa a É também chamada de Geração Silencioanteriores, aliado a uma forte Respongeração Z está constante- sa, talvez pelo fato de estarem sempre de sabilidade Social e preocupação com o mente disponível e conec- fones de ouvido (seja em ônibus, universimeio ambiente e sustentabilidade do tada através de dispositivos dades, em casa...), escutarem pouco e planeta. móveis. falarem menos ainda – pode ser definida como aquela que tende ao egocentrismo, preocupando-se somente consigo mesmo Enquanto as gerações anteriores se conectavam com na maioria das vezes. o mundo através de um computador de mesa a geração Z está constantemente disponível e conectada através de dispositivos móveis. Sua noção de grupo Os jovens da Geração Z apresentam um passa a ser virtual. Enquanto as gerações anteriores tem comportamento social de forma coletiva, a ge- perfil mais imediatista. Querem ração Z passa a possuir, cada um seus proprios equi- tudo para agora e não têm paciência com pamentos.

Geração Z

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os mais velhos quando estes precisam de ajuda com algum equipamento eletrônico ou algum novo recurso da informática. Alguns sociólogos datam o nascimento das pessoas da geração Z como sendo no final do século XX entre 1990 a 2009, muito embora ser Z tenha mais a ver com estilo de vida do que com data de nascimento.

Geração Alfa

A

última letra do alfabeto latino foi usada para a classificação da geração Z, que letras usar para classificar as gerações que se seguirão a partir de 2010? A solução encontrada pelos sociólogos foi usar o alfabeto grego. Assim a geração nascida a partir de 2010 recebeu o nome de Alfa (primeira letra do alfabeto grego) Segundo os estudiosos esta geração será caracterizada pela instrução e educação. NenhuSegundo os estudiosos esta ma outra teve tanto acesso geração será caracterizada ao conhecimento humano pela instrução e educação. como esta que agora começa Nenhuma outra teve tanto a se formar. acesso ao conhecimento A geração Alfa será composhumano como esta que ta tanto de filhos da geração agora começa a se formar. y como da Z e nascerão em um mundo conectado em rede.

tos do que sua data de nascimento. Sendo assim independente da geração a que a pessoa pertença, para ter sucesso profissional de forma geral, ela precisa se relacionar bem com a tecnologia de informação e a capacidade de trabalhar em equipe. Nestes dois quesitos encontramos características da geração Z e X. Em qualquer que seja a organização multisetorial, nenhum profissional é dotado de todas as competências necessárias a todos os seus processos, desde o atendimento até a produção. A evolução profissional individual sempre depende do aprendizado, que por sua vez depende da troca de experiências. Essa troca só é possível de pessoa para pessoa independente de sua faixa etária. Todas as gerações têm a ensinar umas às outras e feliz daquele que é capaz de ouvir corretamente e se impor corretamente e o comportamento correto é aquele que visa o equilíbrio, sem excessos. As gerações mais antigas precisam entender que o mais novo possui os atributos da inovação, da energia, da motivação e da habilidade em lidar com o novo. Hoje tudo está conectado e as tarefas a serem executadas pelas pessoas dependem dessa conexão. Já os mais novos, independente da sua competência e da sua aptidão para o exercício aprimorado de suas funções, precisam atingir o equilíbrio através da sobriedade dos mais velhos. Referências

A

Conclusão

tualmente, muitos líderes e pessoas comuns das gerações Baby Boomer e X estão se tornando cada vez mais Y. Isso devido ao crescimento exponencial do volume de informações que devem ser consumidas diária e instantaneamente. Como é o caso de Dady Martins uma mulher que já na terceira idade e sem experiência com a computação, com um pouco de esforço próprio e ajuda de sua filha navega em sua página do face book com facilidade e alegria. Testemunha aos de sua idade que sua vida ganhou um novo significado a partir de então. Na verdade a classificação das várias gerações está mais relacionada aos hábitos e comportamen-

-http://www.tecmundo.com.br/curiosidade/2391-o-que-e-a-geracao-z-.htm#ixzz2a1EPFSk5 -http://dinheiro.br.msn.com/fotos/galeria-de-fotos.aspx?cp-documentid=23983357&page=4#image=5 -http://www.coisaetale.com.br/2012/04/as-geracoes-baby-boomer-x-y-e-z/ Patricia Canarim (@patriciacanarim), jornalista atuante em marketing e presença digital. Responsável pela comunicação dos portais do Grupo AssociadosWeb, como o Nautilos Marketing Digital. Mantém o blog Patricia Canarim. - See more at: http://webinsider.com.br/2012/04/07/o-nascimento-da-internetcomecou-na-2a-guerra-mundial/#sthash.zLQ0PjeU.dpuf

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