Jornal O GOl / Maio 2016

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“O Gol Varzeano, há 12 anos cobrindo a várzea.”

Maio de 2016

Água Santa:

a expectativa para o retorno triunfal A equipe de Diadema foi a sensação no inicio do campeonato, mas não conseguiu manter o padrão de jogo para se manter na elite do Paulista, e continua sendo o orgulho da cidade. Página 3

Super Copa Pioneer 2016

São Carlos de Guaianases conquista um dos títulos mais importantes de 2016. Página 5

Rubilene completa 35 anos.

Veja a história de um dos times mais tradicionais da zona sul de São Paulo, o Esporte Clube Rubilene e seus projetos sociais, que vão desde o futebol até escolinha de ballet. Página 4

O GOL parabeniza todos os trabalhadores e as mães, neste mês de maio.


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Do retorno do Gol aos parabéns às mamães e aos trabalhadores Salve, salve rapaziada! Ou se você é uma leitora, seja muito bem vinda a este espaço. Depois de um hiato de meses, o jornal O Gol Varzeano está de volta e agora também temos um novo site, que aos poucos vai sendo moldado com as notícias do esporte amador. Falar da várzea é falar de cultura, é muito mais que uma simples, bola, um campo e 22 jogadores, é paixão. Esta paixão, em muitos amantes da redondinha, começou há tempos, quando os bairros tinham vários campinhos de terra batida, a molecada com seus kichutes brincavam de “Dois na linha e um no gol”, “Gol a Gol”, “Melê” (em alguns bairros era “Três dentro e três fora”, e quando tinha asfalto eram aqueles golzinhos feitos por chinelos havaianas. É esta a essência do

futebol, simplicidade e diversão. Estamos no mês do Trabalhador e também das Comemorações do Dia das Mães, aliás, esta data deve ser comemorado todos os dias, pois nossas mães são sagradas. Não tínhamos uma data melhor para voltarmos a compartilhar as simplicidades de histórias que tratam da pelota e homenagear os trabalhadores e as mulheres guerreiras que tanto amamos. Nós, do Gol Varzeano queremos contar mais histórias, compartilhar momentos e equipes que fizeram história em nossa comunidade. Mesmo há dois anos sem publicarmos o jornal físico, ele nunca deixou de estar na internet em forma de blog. Neste período surgiram outros companheiros competentes que fazem um ótimo

trabalho, como a Várzea Pedia, Jornal da Várzea, Futebol é coisa séria, o Eduardo com o Papo de Bola, o Jogada da Fé, com o companheiro Leonardo, entre outros profissionais e pessoas envolvidas que fazem um ótimo trabalho, que valorizam o futebol amador e o eleva a um outro patamar cultural. Estamos aqui também para colaborar e vamos falar da simplicidade da bola, desde o jogo “contra” realizado na rua, assim como festivais e curiosidades da bola de uma forma geral. Portanto amigos divirtam-se com esta leitura, pois ela foi feita de forma especial para você, meu amigo, ou minha amiga leitora, boa leitura.

Destaque da Web do mês

Garota Gol Todas as edições o Gol traz para vocês a garota destaque da web. Nesta edição a imagem veiculada na net que faz sucesso entre os boleiros. fonte: http://osnetodovelhobarreiro.blogspot.com. br/2010/11/futebol-e-jogo-pra-mulher.html

SÉRGIO PIRES Editor do jornal O GOL

Expediente

Jornalista Responsável: Sérgio Pires - MTb 28492 Fone: 96161-8345 Diretor de Redação e Editor Sérgio Pires

Diretor Comercial Antonio Carlos, o Neném - 94785-0059 Representante Comercial João Evangelista - 98186-7312 Diagramação Dario M. Handa - 99502-0187


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Água Santa: representando a comunidade no Paulistão INFOGLOBO

Jogadores do Água Santa comemoram um dos gols da goleada de 4 a 1 no Palmeiras.

A equipe do Água Santa de Diadema foi o “xodó” do Campeonato Paulista deste ano, mesmo não conseguindo permanecer na Série A1, para 2017, a equipe conquistou não só os torcedores de São Paulo, mas tornou-se conhecida para o Brasil. O time está se recompondo para disputara Copa Paulista, que dará vaga na Série D do Brasileiro ao campeão, mas deverá utilizar a base do time sub-20. O Paulistão para o Água Santa começou no final do ano passado, quando houve o sorteio das chaves do campeonato e não constava o nome da equipe. Todos se perguntaram sobre a equipe de Diadema e o que poderia acontecer com a sua participação, devido à situação do Estádio do Inamar.

Tempos depois, parte das arquibancadas do estádio caiu e o time novamente correu o risco de não participar. SUPERAÇÃO –Tempos depois, com o trabalho árduo da diretoria do clube, o Estádio do Inamar ficou pronto e um dos mais belos do estado de

São Paulo. Estava tudo pronto, para a alegria de toda a comunidade de Diadema, São Paulo e simpatizantes do caçula da primeira divisão. ESTREIA– A estreia do time na primeira divisão do Campeonato Paulista aconteceu no dia 30 de janeiro, contra a Ferroviária. O placar foi de 1 x 0, com o gol de Tchô, de pênalti. Tudo indicava que a equipe iria emplacar, pois por muito tempo ficou em segundo lugar em seu grupo, chegando a criar várias expectativas nos torcedores. Depois de altos e baixos no campeonato e uma campanha regular, o Água Santa faria a sua melhor partida no campeonato no dia 27 de março contra o Palmeiras, quando ganhou de 4 x 1. Esta vitória ascendeu à possibilidade da permanência da equipe, como também a classificação em segundo lugar no grupo.

Porém, as partidas seguintes não foram boas e o time de Diadema deixou escapar pontos importantes em casa. Dos quinze jogos disputados, otime terminou o campeonato com 16 pontos ganhos, sendo quatro vitórias, quatro empates e sete derrotas; teve 16 gols pró e sofreu 28, acabou o torneio com 35,6%.

EXPECTATIVA DE RETORNO –No facebook oficial do Água Santa, informa que o time está em planejamento para 2017 para o retorno triunfante em 2018. São estes também os votos do jornal O Gol Varzeano e de todos os diademenses e amantes do bom, futebol.


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E.C. Rubilene 35 anos de luta, conquistas, amizades e glórias Luta, conquistas e glórias, são algumas “palavras chave” para o Esporte Clube Rubilene, que completa 35 anos de atividades neste 1º de maio. Nestes anos, a comunidade testemunhou não apenas as conquistas dentro de campo de um dos times mais tradicionais da zona sul, mas a vitória da comunidade, que conseguiu direitos à cidadania de muitos jovens e crianças, além de melhorias para o bairro por meio de ações sociais, entre outras conquistas. A história deste clube começa nos anos 80, quando foi instaurado no bairro um conjunto habitacional e os moradores necessitavam de um projeto social, foi aí que Sissão e um grupo de pessoas, fundaram o Esporte Clube Rubilene, que era não era apenas um time, mas sim, um projeto esportivo. De acordo com um dos representantes da diretoria do time, Prof. Anildo Sales, os moradores, em alusão ao bairro, colocaram o rubi, como escudo do time. “O rubi é um símbolo de luz”, comentou. Desde os anos 80, o futebol era o dia a dia dos moradores do bairro, além disto, a equipe organizava festas juninas na rua e todo a comunidade participava das festas que eram lotadas. Nesta época, as ruas do bairro não possuíam asfalto e no local havia uma lagoa. Foi no governo da prefeita Luiza Erundina

(1989/1993) que o bairro começou a ser asfaltado e a área do Rubilene serviu de canteiro de obras. “Isto ajudou a assorear o terreno que ficou viável para a construção do campo e a nossa sede, que ficou concluída em meados dos anos 90”, disse Anildo. UNIÃO - Teve um momento que houve uma divisão do grupo de moradores e em 1986, foi criada a Associação dos Moradores do Jardim Rubilene e em 1992 com o Serginho do Rubilene na presidência os grupos se uniram e se tornaram apenas “um”. “Hoje lutamos e atuamos na área esportiva e em vários projetos sociais voltados para toda a comunidade”, relata o professor. TRADIÇÃO NOS CAMPOS – Dentro das quatro linhas, o Rubilene é um dos times mais tradicionais da zona sul. O time tornou-se conhecido em toda região metropolitana de São Paulo e chegou a ficar mais de 20 partidas invictas. Atualmente, o Rubilene possui um espaço estruturado para a comunidade, com quadra para locação, escolinha de futebol para crianças de 8 a 17 anos; Amigos para Sempre, que tem o futebol como ferramenta de integração da comunidade; Futebol Social; Ballet Rubi, para as crianças a partir de 6 anos de idade; Capoeira e Caminhada Rubilene, que acontece todos os dias das 6h às 8h da manhã. Para conhecer o Rubilene, marcar jogos amistosos, locação de qua-

Dentro das quatro linhas, o Rubilene é um dos times mais tradicionais da zona sul. O time tornou-se conhecido em toda região metropolitana de São Paulo e chegou a ficar mais de 20 partidas invictas.

Crianças da escolinha de futebol do Rubilene, um dos projetos sociais que conta com a participação da comunidade

dras e mais informações sobre os projetos sociais e as escolinhas de futebol, ballet e capoeira, entrar em contato com o clube, localizado na Rua Valentino Fioravanti, 79 - Jardim Rubilene, São Paulo – Telefone para contato - 5672-9470. AGENDA DO RUBILENE PARA MAIO Dia 1º de Maio almoço da diretoria Dia 8 de maio - Jogo veterano em SBC campo Nacional Dia 14 de maio - Festival esportivo do mês de aniversário Dia 20 de maio -Jogo e churrasco Rubilene Society x Pioneer Dia 28 de Maio - Abertura da Copa Serginho apresentação da capoeira e ballet

Serginho do Rubilene

A luta pelo futebol e a comunidade Cicero Sergio Cavalcante, mais conhecido como Serginho do Rubilene (196...2015) foi e ainda é uma dos responsáveis pelo desenvolvimento do Jardim Rubilene. Todas as pessoas que trabalham com o futebol na zona sul de São Paulo e Diadema, reconhecem a luta e o trabalho de Serginho para o desenvolvimento da comunidade do jardim Rubilene. Para o comerciante de Diadema Mohamed, Serginho foi exemplo de humildade e dedicação. “Era visível o amor ao próximo, pois ajudava toda a comunidade. Ele está fazendo muita falta à comunidade do Rubilene, Vila Lola, Santa Lúcia e Cidade Ademar”, relatou emocionado Mohamed. Para o amigo de Serginho, Alexandre Veríssimo da Silva, conhecido como Cafu, relata que Serginho era um “pai”. “Ele era uma pessoa que ajudava todo mundo e eu me incluo nisto, pois ele me ajudou muito. Hoje sou professor da escolinha de futebol do Rubilene, ele montou este projeto e devo isto a ele. Ele representou e ainda representa, pois estendeu a mão a todos”, finalizou.


São Carlos é campeão da Copa Pionner 2016 A Super Copa Pioneer, disputada entre os meses de janeiro e abril, teve a equipe do São Carlos de Guaianases como campeão, ao derrotar a equipe do combinado do Dorotéia por 3 a 1. O torneio foi destaque na zona sul de São Paulo e reuniu equipes de toda a grande São Paulo, não só pela participação de equipes tradicionais, mas pela organização de um trabalho profissional e exemplar de Sergio Pioneer, um dos idealizadores do evento e também um dos responsáveis pela equipe local Pionner Futebol Clube, que completa estes 35 anos, e o torneio é uma das comemorações da equipe. Antes do evento, Sérgio já planejava para que a Super Copa Pioneer fosse bem aceita pela comunidade e o mais importante, sem violência. De acordo com ele, a intenção era fazer uma grande festa no dia 5 de junho, data do aniversário da equipe, porém o sonho foi mais alto, e acabou se transformando em uma Super Copa. Toda esta organização contou com a ajuda de várias pessoas, inclusive todos os seus diretores. Tudo aconteceu perfeitamente, patrocinadores, comissão dos árbitros e representantes das equipes deram a aval. “A ideia de montar este campeonato este ano foi para come-

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O sucesso do torneio se deu pela ótima organização, tanto para os clubes, como para os torcedores que lotaram o CDC Dorotéia durante o torneio.

São Carlos de Guaianazes é campeão da I Super Copa Pioneer ao derrotar o Dorotéia por 3 x 1.

morar o aniversário do Pionner e ainda vamos fazer várias ações e festas no decorrer do ano. Esta foi uma ideia que eu tive de fazer um supercampeonato, com grandes times das quatros zonas de São Paulo, tirando o Pionner da copa, agente só organizando”, disse Sérgio Pioneer. COPA KAISER- Durante o torneio, muitos equiparavam a Super Copa Pioneer com a Copa Kaiser, que, para o Sérgio Pioneer, não há comparações. “A Kaiser deixou um buraco que ninguém vai tirar. Infe-

lizmente, pois é inigualável”, afirmou. Uma preocupação da organização foi um banheiro exclusivo para as mulheres, pois em muitos campos, este sanitário não existe, ou são usados pelos próprios atletas como vestiário. “Eu vou com aos campos como meu namorado que é jogador Veja e tem alguns campos que as meninas imagens e a vão procurar algum comércio ou pa- matéria do daria para utilizar o banheiro. Aqui jogo estamos sendo respeitadas”, comentou Aline Dias de Souza.

Ouça o depoimento do jogo


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Democrático – O clube amador que enfrentou CSKA, Dínamo nos maiores estádios da Rússia Em 1995 era repórter esportivo do Diadema Jornal, era um simples foca (iniciante no jornalismo) e conheci o presidente do time amador de Diadema, o Democrático Atlético Clube, Francisco Elizeu de Oliveira, ele bateu na redação do jornal e me chamou na recepção com uma carta nas mãos. Era um convite para participar de uma turnê na Rússia. Achei estranho e desconfiei, mas logo em seguida descobri vários fatos sensacionais que revolucionou o futebol amador. Em dezembro de 1994, a seleção de máster da Rússia esteve no Brasil para disputar um torneio quadrangular para comemorar o aniversário da cidade de São Bernardo. Os times que participaram foram: Seleção do Mesc, Seleção de São Bernardo, Seleção da Rússia e o Democrático. Neste torneio, os Russos foram campeões

do quadrangular, e elogiaram o time de Diadema, pois foi a única equipe que conseguiu empatar com os russos. Os gringos foram convidados até a sede do Democrático onde fizeram uma grande festa, regado a pizza, cervejas e caipirinhas e fizeram uma grande amizade. Meses depois veio o convite, e Francisco me contou empolgado sobre a delegação que poderia representar o time amador na turnê. Na época, a Rússia estava se abrindo ao mundo após a Perestroika (reforma e abertura econômica), e o time brasileiro foi notícia nos principais jornais de Moscou. Ex-atletas profissionais foram convidados para compor o elenco, como Pedrinho (ex-Inter de Limeira), Alves (ex- Portuguesa e Atlético Mineiro), João Paulo (ex-Santos), entre outros atletas profissionais e amadores.

A turnê aconteceu de 8 a 18 de agosto de 1995, o time de Diadema, apesar de não ter conseguido bons resultados em campo, teve o privilégio de ser a primeira equipe estrangeira a jogar na cidade de Razahd, que fica a 220 quilômetros de Moscou, onde fez um amistoso com a seleção local no dia em que a cidade completava 900 anos, quando houve uma grande festa. O time do Democrático perdeu os três amistosos, mas para a surpresa de todos enfrentou equipes tradicionais da Rússia. Jogou com o CSKA, perdeu por 2 x 0; contra o Dínamo de Moscou, o placar foi de 4 x 0 para os russos e a equipe de Razahd, o placar foi de 1 x 0 para o time local. Todos os jornais locais davam destaque para a presença do time brasileiro que estava na cidade representando o Brasil. O sucesso da pre-

sença dos brasileiros foi tamanho, que eles, davam autógrafos para os torcedores que foram às partidas. Em 2005, conversei com o ex-jogador José Carlos da Silva, e ele ficou surpreso ao saber que enfrentaria o CSKA. “Quando os russos chegaram levamos um susto, pois pensávamos que iríamos jogar com um time qualquer, mas era o CSKA, foi um susto”, relembrou. O ex-atleta do Democrático, Augusto Toldo, diz que a experiência na Rússia foi inesquecível. “Eles são festeiros, um povo cordial, possuem uma juventude bonita e um povo bem vestido”, relatou. Milton Bigucci, que fez parte da delegação, disse que o tratamento e a receptividade mostrou o quanto o brasileiro é querido na Rússia. “Quando dávamos autógrafos nas bolas, papeis e camisas, não éramos nós, era a imagem

As aventuras do time de Diadema que representou o Brasil em turnê na Rússia durante a Perestroika

do Brasil, querido pelos amantes do futebol”, disse. Eder Santana, outro atleta que esteve na delegação, disse que a experiência foi única. “Fomos bem recepcionados tanto pelas autoridades locais, quanto para a imprensa e torcedores. Foi um feito, pois na época nunca tinha saído do Brasil e para o Democrático foi fantástico, pois entrou para a história”, finalizou.


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CDC Ferradura: escolinha de futebol formando cidadãos Qual a criança que não sonha em se tornar um jogador de futebol famoso como Neymar ou Messi? Ou ainda, jogar no seu time do coração, marcar gols em uma final de campeonato e ser aplaudido pela torcida? Pois é, a escolinha de futebol proporciona sonhos, lazer, amizades, diversão e o mais importante: cidadania. Não importa o quão bom o garoto possa ser com as bolas nos pés, o importante é ela se transformar em um cidadão de bem, respeitando o direito do próximo. Esta é a essência da Escolinha de Futebol do CDC Ferradura, na Vila Santa Catarina, na Zona Sul de São Paulo, que atende cerca de 300 crianças das categorias sub 7 ao sub 17. De acordo com Claudio Marzo da Silva, o Professor Dinho, uma das disciplinas da escola é a cidadania. “Aqui não é praticado apenas o futebol, mas também a formação de um bom caráter na criança, para que ela se transforme em um bom cidadão”, comentou. Segundo Dinho, todos os alunos para se matricularem, precisam estu-

dar e tirar boas notas. “Além disto, é necessário respeitar os professores e os mais velhos do CDC e também ter um bom comportamento em casa com os irmãos e familiares”, relatou. Toda esta disciplina, o Professor Dinho conheceu na Ásia, onde já atuou como jogador de futebol profissional e também como técnico em alguns clubes naquela região. “Morei muitos anos na Ásia e recebi uma boa educação. Toda prática disciplinar aplicamos junto aos alunos, que trata do respeito ao próximo. Trazemos esta orientação além do futebol social para melhor educação das crianças”, informou. EXPERIÊNCIA O Professor Dinho passar aos garotos sua longa experiência como atleta profissional. “Comecei nas categorias de base do Bragantino; joguei na Portuguesa; Palmeiras e depois fui jogar no Japão por três temporadas. Ao retornar ao Brasil, estudei e seguir a carreira de treinador”, revelou. Como técnico, Dinho atuou nas

categorias de base de alguns clubes, como o São Bernardo, Guarani, Ituano, e outros. “Também atuei em alguns clubes fora do país como Koreia do Sul, Portugal e Vietnã. Ao receber o convite para desenvolver este projeto no CDC Ferradura, aceitei logo de cara, pois é um ótimo desafio, e este trabalho já vai completar 3 anos”, disse. Hoje, com os campos reformados e com a grama sintética, a pratica do

futebol ficou mais fácil. “Anos atrás os campos eram de terra. Hoje a maioria dos campos é sintética e a dificuldade é menor em relação ao passado. Antes, o domínio e o tempo da bola eram mais difíceis, hoje são mais fáceis. A bola desliza no campo, assim como os fundamentos, que agora são mais fáceis de serem desenvolvidos”, comentou. Interessados - O projeto funciona as segundas, quartas e sextas-feiras.

Quem estuda pela manhã treina à tarde e quem estuda à tarde, treina pela manhã. As 8h treina o sub 9; depois treina o sub 11, sub 13 e o sub 15. Funciona das 8h às 11h15 no período da manhã e das 14h até às 17h15, as outras categorias. Os pais das crianças que estiverem interessadas podem comparecer ao CDC e procurar o professor Dinho ou falar com o Prof. Júlio.

Museu do Futebol, uma opção de lazer para os amantes da bola Localizado no bairro de Higienópolis, o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Pacaembu, foi inaugurado no dia 27 de abril de 1940 e até hoje é utilizado pelos principais clubes da capital paulista. Em 2008, foi inaugurado o Museu do Futebol, um projeto que ocupa área de 6,9 mil metros quadrados embaixo das arquibancadas do estádio. Sua arquitetura se destaca por integrar os espaços: o teto é a própria arquibancada, uma passarela liga os lados leste e oeste do prédio e permite uma bela visão da Praça Charles Miller. Três eixos norteiam o passeio pelo museu: Emoção, História e Diversão. O visitante começa o percurso no saguão de entrada, batizado de Sala do Torcedor, onde estão reunidos objetos utilizados pelos torcedores como chaveiros, cinzeiros, flâmulas, broches e bandeiras. Depois de torcer, é hora de se sentir entre os ídolos. A pessoa circula entre grandes painéis suspensos

da Sala Anjos Barrocos, nos quais são exibidas as imagens em movimento de craques como Pelé, Falcão, Zico, Bebeto, Didi, Romário, Ronaldo, Gilmar, Gérson, Sócrates, Rivelino. Personalidades como Zagalo, Armando Nogueira, Galvão Bueno, Juca Kfouri, Arnaldo César Coelho, Daniel Piza, João Gordo, Marcelo Tas e Ruy Castro narraram seus gols preferidos. Suas vozes podem ser ouvidas na Sala dos Gols. Gravações originais de Ary

Barroso, Fiori Gigliotti, Oduvaldo Cozzi, Waldir Amaral, Jorge Cury e Osmar Santos estão disponíveis na Sala do Rádio. SERVIÇO: Estádio do Pacaembu Museu do Futebol; End.: Praça Charles Miller, s/nº – Pacaembu – zona Oeste – São Paulo. Horário de funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 17h (com permanência até as 18h). Tel.: (11) 36633848. E-mail: contato@museudofutebol.org.br. Site: www.museudofutebol. org.br


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Palmeirinha bate por 1 a 0 o Renegados

zeram uma grande festa, regado a pizza, cervejas e caipirinhas e fizeram uma grande amizade. Meses depois veio o convite, e Francisco me contou empolgado sobre a delegação que poderia representar o time amador na turnê. Na época, a Rússia estava se abrindo ao mundo após a Perestroika (reforma e abertura econômica), e o time brasileiro foi notícia nos principais jornais de Moscou. Ex-atletas profissionais foram convidados para compor o elenco, como Pedrinho (ex-Inter de Limeira), Alves (ex- Portuguesa e Atlético Mineiro), João Paulo (ex-Santos), entre outros atletas profissionais e amadores. A turnê aconteceu de 8 a 18 de agosto de 1995, o time de Diadema, apesar de não ter conseguido bons resultados em campo, teve o privilégio de ser a primeira equipe estrangeira a jogar na cidade de Razahd, que fica a 220 quilômetros de Moscou, onde fez um amistoso com a seleção local no dia em que a cidade completava 900 anos, quando houve

uma grande festa. O time do Democrático perdeu os três amistosos, mas para a surpresa de todos enfrentou equipes tradicionais da Rússia. Jogou com o CSKA, perdeu por 2 x 0; contra o Dínamo de Moscou, o placar foi de 4 x 0 para os russos e a equipe de Razahd, o placar foi de 1 x 0 para o time local. Todos os jornais locais davam destaque para a presença do time brasileiro que estava na cidade representando o Brasil. O sucesso da presença dos brasileiros foi tamanho, que eles, davam autógrafos para os torcedores que foram às partidas. Em 2005, conversei com o ex-jogador José Carlos da Silva, e ele ficou surpreso ao saber que enfrentaria o CSKA. “Quando os russos chegaram levamos um susto, pois pensávamos que iríamos jogar com um time qualquer, mas era o CSKA, foi um susto”, relembrou. O ex-atleta do Democrático, Augusto Toldo, diz que a experiência na Rússia foi inesquecível. “Eles são festeiros, um povo cordial, possuem

Em 1995 era repórter esportivo do Diadema Jornal, era um simples foca (iniciante no jornalismo) e conheci o presidente do time amador de Diadema, o Democrático Atlético Clube, Francisco Elizeu de Oliveira, ele bateu na redação do jornal e me chamou na recepção com uma carta nas mãos. Era um convite para participar de uma turnê na Rússia. Achei estranho e desconfiei, mas logo em seguida descobri vários fatos sensacionais que revolucionou o futebol amador. Em dezembro de 1994, a seleção de máster da Rússia esteve no Brasil para disputar um torneio quadrangular para comemorar o aniversário da cidade de São Bernardo. Os times que participaram foram: Seleção do Mesc, Seleção de São Bernardo, Seleção da Rússia e o Democrático. Neste torneio, os Russos foram campeões do quadrangular, e elogiaram o time de Diadema, pois foi a única equipe que conseguiu empatar com os russos. Os gringos foram convidados até a sede do Democrático onde fi-

20ª Copa Leões da Zona Sul 2016 segue a todo vapor

uma juventude bonita e um povo bem vestido”, relatou. Milton Bigucci, que fez parte da delegação, disse que o tratamento e a receptividade mostrou o quanto o brasileiro é querido na Rússia. “Quando dávamos autógrafos nas bolas, papeis e camisas, não éramos nós, era a imagem do Brasil, querido pelos amantes do futebol”, disse.

Eder Santana, outro atleta que esteve na delegação, disse que a experiência foi única. “Fomos bem recepcionados tanto pelas autoridades locais, quanto para a imprensa e torcedores. Foi um feito, pois na época nunca tinha saído do Brasil e para o Democrático foi fantástico, pois entrou para a história”, finalizou. Por Eduardo Lima


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Xl Garotos realiza festival de 40 anos no CDC Jardim Mirna

Na última quinta-feira, dia 21 de abril, o Xl Garotos do Jd. Mirna realizou festival aniversáriode 40 anos no CDC Jardim Mirna(Ildeo Ribeiro) da região Varginha- Grajaú, na zona sul da capital paulista SP, com presença de seis jogos com equipes da zona sul SP, na grande festa doXlGarotos, que tem um histórico brilhante de títulos importantes. É mais que merecido esta grande festa de aniversário com equipes convidadas que se confrontaram na mais pura alegria dentro das quatros linhas do CDC Jardim Mirna. Foramgrandes jogos, que começaram com propósitos de um festival emocionante para o torcedor, que prestigia o bom futebol, efeito disso, são as torcidas que compareceram em bom número para assistir. Antes de a bola rolar as torcidas agitavam e incentivavam seus jogadores que entraram no gramado no clima festivo. VEJA O PLACAR DA RODADA: Master Mirna 0x Master Gatusa/ Veteranos Mirna 5x3 Veterano Vazame/Novatos 2 x 0 Milan Diadema/A.A. Cruz Azul (Chác. Cocaia) 1(0)X(2)1 A.E. Ouro Preto (Iporanga) / Ponte Preta d. Mirna 0 (10) x (9 ) 0 Atlético do Castro Alves.

A partida que a nossa reportagem acompanhou foiA.A. Cruz Azul (Chác. Cocaia) 1(0)X(2)1 A.E. Ouro Preto (Iporanga) foi um jogo equilibrado com chances para cada lado, com as duas equipes modificadas e com jogadores poupados para outras competições, se tratando de duas belas equipes brilhantes na várzea, efeito disso, foi uma partida equilibrada, com jogo solto, eletrizante como também, taticamente, que foi muito bom com jogadas geniais no brilhantismo dos seus jogadorese agradou a quem viu. Outro belo jogo aconteceu às 13h no penúltimo jogo do dia, entre Atlético Castro Alves e Ponte Preta do d. Mirna. Foi um lindo jogo bonito de se ver, posso dizer uma partida completa, taticamente. Vale se destacar que

a Ponte Preta do Mirna está voltando depois de um período parada e voltou bem, unindo da experiência dos seus jogadores, uns mais jovens, outros mais maduros. Já a equipe do Atlético do Jd. Castro Alves jogou bem, sendo superior na segunda etapa, não veio toda completa para a partida, mas fez um bom papel em campo, bem dirigida pela sua diretoria, taticamente bem postada em campo é uma forte equipe da região do Grajaú SP. O resultado desta partida levou a disputa para as penalidades, onde saiu vencedora depois de muitos pênaltis cobrados:Ponte Preta d. Mirna 0 (10 x 9) 0 Atlético do Castro Alves. Por Eduardo Lima

Festival reuniu vários times da região


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Projeto “Sou Varzeano” resgata essência da várzea O Projeto revolucionário no futebol amador, chamado “Sou Varzeano”, pretende revolucionar o futebol amador que está cada vez mais semelhante ao futebol profissional. O projeto quer resgatar a essência do futebol de várzea, valorizando os atletas e os clubes, fazendo que o jogador represente o time e seu bairro. Para isto, os times não mais pagarão para os atletas, mas oferecendo benefícios, como: cursos profissionalizantes, academia com acompanhamento de profissionais do esporte, nutricionistas, psicólogos e médicos, além de parceria com empresas para a recolocação profissional no mercado de trabalho. Sendo assim, os times teriam verbas para investir não em jogadores, mas sim na comunidade. Um dos integrantes deste projeto é Fábio Júnior, idealizador do projeto e diretor das categorias de base do E.C. Piraporinha Mohamed - Eu estava na sede do Sete de Setembro e conheci o Projeto Sou Varzeano e me identifiquei, pois a várzea não pode se profissionali-

zar. Acabou aquele tempo em que o atleta vinha procurar o clube porque amava o bairro e a vila. O atleta vai procurar o time que pode pagar mais, infelizmenteagremiações com poder aquisitivo maior, insistem em pagar atletas e destroem o futebol varzeano, tornando difícil de montar uma equipe competitiva sem pagar jogador.O Fábio colocou isto no papel e montou um estatuto. Hoje temos o Sete de Setembro e o Piraporinha, Santa Terezinha e alguns outros clubes de Diadema que já estão com esta visão, em todas as divisões do futebol amador da cidade. Mohamed - O projeto consiste em que? Qual a maneira que vamos ajudar os jogadores, sendo que não podemos ajudar financeiramente. Fábio Júnior - O projeto consiste no princípio da ajuda de empresas para cursos profissionalizantes para os jogadores, assim como um banco de empregos onde ele pode ser realocado profissionalmente. Seria montado uma associaçãocom estatuto para pedir auxílio para os órgãos es-

taduais, federais ou municipais, para auxilio, como um projeto social. Mohamed – Conheci o projeto na festa do título do Sete de Setembro, em 2015, quando vi vários jogadores e pessoas que jogaram pela identidade do clube, que não pagou nenhum jogador e fomos campeões do Campeonato Amador.Quando recebi o convite para a presidência do clube, uma das considerações era que eu não iria pagar jogador, pois não concordo com esta política, pois o jogador tem que ter identidade com o time e com o bairro. Mohamed - No que consiste o Sou Varzeano e o que trazer para os clubes, jogadores e a várzea de Diadema? Como beneficio, o clube ganha um jogador que vai vestir a camisa do time com orgulho. O clube vai ter uma redução de gastos em benefícios da comunidade e, acima de tudo o atleta vai representar a comunidade e vai ter uma identidade. O projeto consiste em etapas: não pagar salário ao jogador, ele não vai receber luvas para assumir uma agremiação e não recebe benefícios individuais. Quando se paga um jogador amador, não está tendo uma fidelidade, pois, se outro clube oferece mais, ele troca de camisa com facilidade. Como associação haverá um trabalho educacional com estrutura, academia para os atletas e cursos profissionalizantes, além de recolocação profissional no mercado de trabalho. Haverá um estatuto específico para divulgar para que mais equipes possam aderir a este projeto para angariar fundos junto às empresas e comércios, a fim de receber incentivos fiscais e federais, e com apoio de empresas que podem abater em seu imposto de renda. Seria criada ainda a primeira Academia Sou Varzeano, voltada exclusivamente para os jogadores do futebol amador, com profissionais capacitados, nutricionistas, psicólogos e demais profissionais que possam acompanhar atletas amadores filiados a esta nova entidade.


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Hip Hop e futebol Uma combinação que dá certo

É comum em torneios de basquetebol a presença de MCs e DJ’sfazendo a trilha sonora destes eventos com um bom hip hop. Nos últimos tempos, o futebol tem aderido esta tendência, principalmente o futebol amador, como aconteceu na Primeira Super Copa Pioneer 2016, onde uma equipe de DJ’s comandavam as pick ups rolando além do velho e bom, funk, samba, MPB e é claro: hip hop. De acordo com Wilson Roberto Levy, o MC Levy, diretor cultural da Zulu Nation Brasil e coordenador do Fórum de Promoções de Igualdade Racial de Diadema, o hip hop e o

futebol tem uma ligação importante, assim como nos Estados Unidos que tem uma ligação direta com o basquete de rua. “No Brasil, temos o basquete de rua e agora o futebol, e a música, a discotecagem e os MCs fazem uma animação e também traz o conhecimento cultural e artístico que é típico do jovem”, comentou. De acordo com Levy há umaum número representativo de jovens que curtem o hip hop, de 13 a 19 anos. “Então não é só com o basquete, mas também o skate, que tem uma presença marcante do hip hop através da música que é o rap e os MCs”, relata.

Segundo Levy, no basquete, a viagem de uma bola que o atleta faz uma enterrada ou um toco, tem haver com um drible no futebol. “Ou seja, no futebol este drible ou uma defesa do goleiro seria a manobra mais radical que um atleta pode fazer, além do gol”, comentou. FESTIVAL DE HIP HOP E FUTEBOL – Levy informa a toda a comunidade que em breve acontecerá um festival de futebol com muito hip hop no Jardim Rubilene. “Acontecerá um festival de Djs na quadra do Rubilene em partidas de futebol, basta ficar atento nas agendas do clube”, finalizou.

Imel Running: correr com um propósito

Equipe da Igreja Metodista Livre de Diadema participa de vários eventos durante o ano

A Equipe Imel Running, equipe de corrida da Igreja Metodista Livre de Diadema, foi fundada em 10 de julho de 2013 e, nasceu, a princípio, com a necessidade de unir os amigos em provas de corrida de rua, já que temos vários núcleos que treinam separadamente e algunsno parque Ibirapuera, outros em Diadema, Santo André, entre outros locais. A criação desses minis grupos se dá em função de conveniência de horários, proximidades, afinidades,etc. Dênis Sousa, um dos integrantes da Imel relata o propósito da equipe.

“Além de um melhor condicionamento físico e de bem-estar, e trazer pessoas através do esporte para conhecer um pouco mais sobre o evangelho, de uma forma simples e natural”, relatou. Denis informa ainda que o grupo participa de provas durante o ano. “Juntamos toda a equipe, para participar da Maratona de revezamento do Pão de Açúcar, São Silvestre e provas que são definidas no decorrer do ano”, informou. Caso deseje entrar em contato, acesse nossa página no facebook:

https://www.facebook.com/imel. running?fref=ts

OGOLvarzeano 11

Para Levy, o hip hop está ganhando espaço no futebol



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