Despertar | Éveil

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13 de marÇo a 1o de junho de 2014

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All beings circulate through each other (Diderot, D'Alembert's Dream)

Tous les ĂŠtres circulent les uns dans les autres (Diderot, Le rĂŠve de d'Alembert)

Todos os seres circulam uns nos outros (Diderot, Sonho de D'Alembert)

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artistas

chico macmurtrie ingrid bachmann jane tingley jean-pierre gauthier paula gaetano adi steve daniels sylvie parent curadoria

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o simulacro da vida O despertar é o instante que separa dois estados dos seres vivos, o limiar entre a aparente inatividade do sono e os movimentos que definem a vigília. O termo também pode ser compreendido de uma maneira ontológica, como o instante que demarca o nascimento a partir do qual os organismos vivos alcançam suas existências individuais. A exposição Despertar/Éveil busca, nesse instante específico, a inspiração que infla para depois esvaziar, que contrai e em seguida descontrai os corpos mecânicos e eletrônicos que, ao simularem processos fisiológicos, colocam a questão: o que distingue a vida dos aparatos técnicos com os quais convivemos cada vez mais visceralmente? O estranhamento decorrente do embate com objetos que respiram, reagem à presença e se movem é fruto da combinação de conhecimentos técnicos com uma proposta estética: com os fluxos biológicos transpostos para as máquinas, nossa condição de seres animados adquire uma dimensão trágica. Estaria essa representação apontando para a fragilidade dos movimentos que nos mantêm vivos? Com curadoria de Sylvie Parent, numa parceria do Sesc com o grupo canadense Molior, a exposição apresenta obras dos artistas Ingrid Bachmann, Jane Tingley, Jean-Pierre Gauthier, Paula Gaetano Adi e Steve Daniels, e conta ainda com uma criação site specific de autoria de Chico MacMurtrie. Para o Sesc, explorar essa natureza de reflexões permite colocar em perspectiva a característica contemporânea do longo esforço humano pela manipulação da vida, o que conduz a importantes questões morais e éticas essenciais para se pensar aonde vamos.

Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do Sesc São Paulo

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THE SIMULACRUM OF LIFE

LE SIMULACRE DE LA VIE

Awakening is the intermediate state in the transition between two conditions of living beings, the threshold between the apparent inactivity of sleep and the movements of vigil. The term can also be understood, from an ontological perspective, as the coming alive of organisms as they become individual beings.

L’éveil est cet instant séparant deux états des êtres vivants, le seuil entre l’apparente inactivité du sommeil et les mouvements définissant la veille. Il peut également être compris, de manière ontologique, comme une naissance, le moment à partir duquel un organisme accède à son existence individuelle.

The exhibition Despertar/Éveil/Alive seeks, in this particular instance of transition, the inspiration that inflates and then deflates, contracts and then relaxes the mechanical and electronic bodies, and while simulating physiological processes, raises the question: What distinguishes the life of tech devices with which we coexist in increasingly visceral manner?

L’exposition Despertar/Éveil cherche en cet instant spécifique l’inspiration qui gonfle puis vide, contracte puis décontracte les corps mécaniques et électroniques, lesquels, du fait qu’ils simulent des processus physiologiques, posent la question : qu’est-ce qui distingue la vie de ces appareils techniques avec lesquels notre coexistence devient de plus en plus viscérale?

The defamiliarization one feels on coming upon objects that breathe, move and react in one’s presence stems from the combination of technical expertise with an aesthetic proposal: with biological flows transposed into machinery, our condition of animated beings attains a tragic dimension. Would this representation indicate the frailty of the movements that keep us alive?

L’étrangeté suscitée par la confrontation à des objets qui respirent, réagissent à la présence et se déplacent est le fruit de la combinaison de connaissances techniques et d’une proposition esthétique : une fois les flux biologiques transposés dans des machines, notre condition d’êtres animés se revêt d’une dimension tragique. Cette représentation indiquerait-elle la fragilité des mouvements qui nous maintiennent en vie ?

This exhibition curated by Sylvie Parent was made possible by Sesc in partnership with Canadian-based producer Molior. It presents works by artists Ingrid Bachmann, Jane Tingley, Jean-Pierre Gauthier, Paula Gaetano Adi, and Steve Daniels, as well as a site specific project by Chico MacMurtrie. For Sesc, delving into reflections of this nature is a way to put in perspective the contemporary and characteristic human quest to manipulate life, which in turn brings forth significant moral issues and fundamental ethics for our current thinking.

Danilo Santos de Miranda Regional Director of Sesc São Paulo

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Sous le commissariat de Sylvie Parent, en un partenariat entre le Sesc et le producteur canadien Molior, cette exposition présente des œuvres d’Ingrid Bachmann, de Jane Tingley, de Jean-Pierre Gauthier, de Paula Gaetano Adi et de Steve Daniels, ainsi qu’une création in situ de Chico MacMurtrie. Pour le Sesc, explorer des réflexions de cette nature permet de mettre en perspective la caractéristique contemporaine du long effort humain pour manipuler la vie, ce qui soulève d’importantes questions morales et éthiques essentielles pour penser où nous allons.

Danilo Santos de Miranda Directeur Régional du Sesc São Paulo

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DEspertar / Éveil A mostra Despertar/Éveil é inspirada por um momento distante e primordial: a origem da vida, o despertar da matéria. Parece que a comunidade científica não consegue chegar a um acordo sobre a teoria atual no que se refere a esse momento extraordinário. A abiogênese, estudo sobre o surgimento da vida a partir de matéria não viva, tem considerado várias hipóteses, das quais a sopa primordial é a mais conhecida. De sua parte, pesquisadores no campo da biologia sintética procuram produzir formas de vida artificiais, mas os resultados até agora têm sido inconclusivos. Até o momento, a passagem do inorgânico para a vida permanece um enigma, e este mistério continua a despertar nossa curiosidade. É a força motriz por trás dos muitos esforços para explicar, reproduzir e imaginar esse salto. No que lhes diz respeito, os artistas certamente não reivindicam a solução desse enigma. Não obstante, é assunto de reflexão para muitos. Dar vida a objetos ou materiais amorfos, que somente se tornam notáveis no momento em que o artista começa a remodelá-los, é uma forma de se abordar, por analogia, esse momento de inflexão no qual o inerte ganha vida. O processo de criação desperta o que estava dormente, aguardando o futuro, e ativa seu potencial de transformação, agitando-o com vitalidade e refletindo vida naqueles que o contemplam. Conclama essa centelha de vida que surgiu há tempos para desarranjar a matéria e despertá-la de seu sono tranquilo. Mais especificamente, alguns criadores usam o movimento para conferir a suas obras uma aparência viva, com maior eloquência. A lenda de Golem, as estátuas de Dédalo, os filmes de Frankenstein (“está vivo!”), os fantoches e autômatos antropomórficos, desde o passado até o presente, são produtos da imaginação em que o vivo é entendido por meio do movimento, dotando de vida essas criaturas adormecidas. A figura humana é a referência por excelência dessas produções, coerente com a visão profundamente arraigada da humanidade de que a maior realização da vida é mais bem compreendida através da representação antropomórfica. Com esta mostra, escolhemos um ponto de vista muito distante de tal tendência. Na verdade, as obras selecionadas para Despertar/Éveil apresentam formas vivas em seu estado nascente e impreciso e, assim, distanciam-se da figura humana para voltar aos primórdios do mundo orgânico.

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The exhibition Despertar/Éveil/Alive is inspired by a distant and primordial moment: the origin of life, the coming alive of matter. It appears that the scientific community can not fully agree on a current theory regarding this extraordinary moment. Abiogenesis, the study of how life arose from non-living matter, has considered several hypotheses among which the primordial soup is the most well known. For their part, researchers in the field of synthetic biology are attempting to produce life forms artificially, but the results have been inconclusive up to now. To this day the passage from the inorganic to the living remains enigmatic and this mystery continues to arouse our curiosity. It has been the driving force behind many efforts to explain, reproduce and imagine this leap.

L’exposition Despertar/Éveil est inspirée d’un moment lointain et primordial, celui de l’origine de la vie, de l’éveil de la matière. Il semble bien qu’aucune théorie actuelle sur ce moment extraordinaire n’arrive à satisfaire complètement la communauté scientifique. L’abiogenèse, étude de la génération de la vie à partir du non-vivant, se penche sur plusieurs hypothèses telles que la soupe primitive, la plus connue parmi tant d’autres. De leur côté, les chercheurs du domaine de la biologie synthétique tentent de produire des formes de vie artificiellement, avec des résultats non concluants. Encore aujourd’hui le passage de l’inorganique au vivant demeure énigmatique et ce mystère continue d’alimenter notre curiosité. Il a été le motif de nombreux efforts pour l’expliquer, le reproduire et l’imaginer.

As far as they are concerned, artists of course do not claim to solve this enigma. It is nevertheless something many among them reflect about. To bring life to objects or formless materials, which only become remarkable once an artist begins to reshape them, is a means to approach, by analogy, this turning point where the inert becomes animated. The process of creation awakens what was dormant and awaiting a future, and activates its potential to become something else, stirring with vitality and reflecting life in those who contemplate it. It summons this spark of life which emerged a long time ago to disrupt and awaken matter from its quiet slumber.

Bien entendu, les artistes, pour leur part, n’ont pas la prétention de vouloir élucider cette énigme. Elle habite toutefois la réflexion de plusieurs d’entre eux. Faire vivre des matériaux informes ou des objets, qui ne se distinguent pas beaucoup par leur originalité jusqu’au moment où ils sont pris en charge par l’artiste, est une façon de se rapprocher, par analogie, de ce moment où l’inerte devient animé. Le processus de création active ce qui était au repos en attente d’un destin, doté du potentiel de devenir autre chose qui vibre et rejoint le vivant dans celui qui le contemple. Il fait appel à cette étincelle du vivant qui un jour s’est manifestée pour chambouler la tranquillité de la matière.

More specifically, some creators use movement to give their works a life-like appearance in a more eloquent manner. The legend of the Golem, Daedalus’ statues, the Frankenstein movies (“it’s alive!”), the anthropomorphic puppets and automatons from the past to today, are the products of the imagination in which the living is understood through movement, endowing these sleeping creatures with life. The human figure is the reference par excellence in these productions, which is consistent with mankind’s deep seated view that life’s ultimate accomplishment is best expressed by anthropomorphic representation. With this exhibition we have chosen a standpoint that is far removed from this tendency. In fact, the works chosen for Despertar/ Éveil present living forms in their nascent, imprecise states and thus take leave of the human figure to return to the beginnings of the organic world.

Certains créateurs, plus spécifiquement, ont recours au mouvement pour apparenter leurs œuvres au vivant d’une manière plus éloquente. La légende du Golem, les statues de Dédale, les films de Frankenstein («it’s alive! »), les marionnettes et les automates anthropomorphes, d’hier à aujourd’hui, sont des productions de l’imaginaire qui conçoivent le vivant au moyen du mouvement, en dotant de vie leurs créatures endormies. La figure humaine est la référence par excellence dans ces productions, tant le souhait des hommes d’accomplir ce qu’ils perçoivent comme l’ouvrage ultime du vivant passe par la représentation anthropomorphique. Le parti pris de l’exposition s’écarte grandement de cette tendance. En effet, les œuvres qui ont été choisies pour Despertar/Éveil sont plutôt parmi celles qui proposent des formes de vie naissantes et hésitantes, qui s’éloignent de la figure humaine pour revenir aux balbutiements du monde organique.

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A exposição reúne obras cinéticas e robóticas que empregam o movimento para expressar a essência da vida. Por meio de várias tecnologias, essas obras fazem com que seus componentes se movam, chacoalhem, contorçam e desdobrem de forma a evocar processos biológicos e seres vivos primitivos. São da ordem pré, sub ou talvez até intra-humana. Nem mesmo uma única dessas obras representa uma espécie animal ou um órgão ou organismo identificável. Graças a essa imprecisão semântica e formas rudimentares, elas nos confrontam com a vida em sua dimensão secreta e íntima. A vida começa com pequenas matérias. Embora se desdobrem em um processo que reconfigura o espaço circundante e nos incorpora, os enormes arcos orgânicos de Chico MacMurtrie também possuem uma afinidade formal com a arquitetura corporal interna, lembrando espaços celulares, musculares ou esqueléticos. Por sua vez, as delicadas criaturas que compõem as instalações de Steve Daniels tendem mais a evocar pequenos organismos ou insetos, por exemplo. Atraem a atenção, estimulam a observação e causam surpresa. Ao caminhar pela mostra, o espectador nunca tem plena certeza de que tipo de ser unicelular, espécie animal ou órgão interno se trata. Permanece no nível diminuto – seja devido às dimensões objetivas dos componentes ou à escala a que aludem –, enquanto vai sendo progressivamente imerso em um espaço completo e animado. As esguias criaturas de Jane Tingley, agarrando-se ao piso ou às paredes, criam um ambiente vivo, uma ecologia na qual cada ser está vinculado aos outros. É difícil determinar se as esculturas de Ingrid Bachmann, de variadas formas e dimensões, constituem a figura de um organismo em vários estágios de desenvolvimento ou se assumem várias posturas, ou ainda se são criaturas diferentes e ao mesmo tempo semelhantes. Elas compõem seu próprio mundo orgânico assumindo diferentes formatos, de acordo com o tempo ou o espaço, convidando o espectador a refletir sobre a afinidade que une os seres vivos. É através de micromovimentos em suas entranhas – inscritos no espaço circundante por meio do som transmitido por pequenos microfones e alto-falantes – que as esculturas de Jean-Pierre Gauthier ganham vida. A ambientação sonora, na qual o espectador ouvinte está imerso, lembra um meio natural instável e em constante mutação. Já a obra Anima, de Paula Gaetano Adi, com sua forma singular no meio da sala em que é exibida, abraça o entorno e forçosamente seduz os visitantes através da atração e fascinação que exerce sobre eles. Essa membrana, que se expande e contrai de acordo com o ritmo da respiração, em si e por si representa um organismo vivo em sua expressão mais simples, elementar tanto na forma como no movimento, com uma capacidade de expansão que ultrapassa os limites físicos.

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The exhibition brings together kinetic and robotic works which use movement to express the essence of the living. By way of various technologies, these works cause their components to move, shake, wriggle and unfold in a way that evokes biological processes and primitive living beings. They are of the order of the pre, the sub or maybe the intrahuman. Not a single work among them even represents an animal species or a recognizable organ or organism. Thanks to this semantic imprecision and the rudimentary forms, they confront us with the living in its secret and intimate dimension. Life begins with small matters. Though Chico MacMurtrie’s big organic arches unfold in a process that reconfigures the surrounding space and incorporates us, they also have a formal affinity with inner bodily architecture, recalling cellular, muscular or skeletal spaces. For their part, the delicate creatures which make up Steve Daniels installations are more likely to evoke small organisms or insects, for instance. They attract attention, stimulate observation and elicit surprise. In walking through the exhibition, one is never quite certain with what sort of single-cell being, animal species or internal organ one is dealing with. One remains on the level of the minute—either because of the objective dimensions of the components or the scale they allude to—all the while being progressively immersed in a full and animated space. Jane Tingley’s slender creatures, clinging on the floor or the walls, create a living milieu, an ecology in which each of the beings is linked to the others. It is hard to determine whether Ingrid Bachmann’s sculptures, of various forms and dimensions, are the figure of one organism in various stages of development or assuming various postures, or rather of several, yet similar creatures. They make up their own organic world taking on different shapes according to time or space, and which invite one to reflect about the kinship that links living things. It is through micro-movements in the entrails of his sculptures—expressed via sound in the surrounding space by way of small microphones and speakers—that Jean-Pierre Gauthier’s sculptures come to life. The sound ambiance, in which the viewer and listener is immersed, recalls an unstable and constantly transforming natural milieu. For its part, Anima by Paula Gaetano Adi, with its unique shape in the middle of the room where it is displayed, embraces its surrounding space and forcefully draws visitors in through the attraction and fascination it exerts upon them. This membrane, which expands and contracts to the rhythm of its breathing, in and of itself represents a living organism in its simplest expression; elementary in both shape and movement, its has an expansion capacity that goes beyond its physical limits.

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L’exposition réunit des œuvres cinétiques et robotiques qui utilisent le mouvement pour exprimer le vivant dans ce qu’il a de fondamental. Avec l’aide de technologies diverses, ces œuvres font bouger, remuer, osciller et se déployer leurs composantes de manière à évoquer les processus biologiques et les êtres vivants primitifs. Elles sont de l’ordre de l’avant, du sous ou peut-être de l’intrahumain. Aucune d’elles ne représente même une espèce animale, un organe ou un organisme reconnaissable. Grâce à cette imprécision sémantique et des formes rudimentaires, elles nous plongent dans le secret et l’intimité du vivant. La vie commence dans le petit. Les grandes arches organiques de Chico MacMurtrie se déploient peut-être dans l’espace de manière à le reconfigurer et à nous incorporer, mais elles partagent néanmoins une affinité formelle avec une architecture intérieure, rappelant celle d’une cellule, d’un muscle ou d’un squelette. Les créatures délicates qui forment l’installation de Steve Daniels sont quant à elles plus à même d’évoquer de petits organismes ou des insectes, par exemple. Elles invitent à un rapprochement, à l’observation et à l’étonnement. En parcourant l’exposition, on ne sait jamais très bien à quel être unicellulaire, espèce animale primitive ou organe interne on a affaire. On reste dans le petit – soit en raison des dimensions objectives des composantes ou de l’échelle à laquelle elles font allusion – tout en étant progressivement enveloppé par un espace plein et animé. Les créatures effilées de Jane Tingley, agrippées au sol ou aux murs, créent un milieu vivant, une écologie où chaque être est lié aux autres. On peut se demander si les sculptures d’Ingrid Bachmann, de formes et dimensions différentes, figurent un même organisme à divers stades de développement ou dans des postures variées, ou alors des espèces étrangères mais apparentées. Elles forment leur propre univers organique, aux manifestations différenciées par le temps ou l’espace, et invitent à considérer la parenté des êtres vivants. C’est par des micro-mouvements dans les entrailles de ses sculptures, révélés sous forme sonore dans l’espace environnant par de petits microphones et haut-parleurs, que s’éveillent les œuvres de Jean-Pierre Gauthier. L’ambiance sonore dans laquelle baigne le spectateur et auditeur rappelle un milieu naturel instable en continuelle transformation. Pour sa part, Anima de Paula Gaetano Adi, avec son unique forme au cœur de la pièce où elle se trouve, a la faculté d’embrasser l’espace qui l’entoure et d’aspirer les visiteurs vers elle, tant elle détient un pouvoir d’attraction et de fascination. Cette membrane qui se tend et s’écrase au rythme de sa respiration figure à elle seule un organisme vivant dans sa plus simple expression ; élémentaire dans sa forme comme dans son mouvement, elle a un pouvoir d’expansion qui dépasse ses limites physiques.

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Entre os movimentos biomiméticos de que essas obras se valem, a ação vital de respirar está presente nos trabalhos de Gauthier, Gaetano Adi, Bachmann e MacMurtrie por meio de mecanismos pneumáticos ou motorizados. O movimento eminentemente fundamental da respiração reafirma a vivacidade de maneira repetitiva e insistente. As peles que sobem e descem, as bolsas que inflam e murcham, os tubos que esticam e encolhem, as cavidades que são preenchidas e esvaziadas em um ritmo lento e constante, cada movimento desses significa que a Natureza escolheu se manter viva. Movimentos biomecânicos igualmente sutis e restritos caracterizam outros projetos. Simples gestos de alcance limitado se inspiram em sistemas biológicos e processos vivos. As ações de subir e abrir (Daniels, Tingley) e de escorregar, empurrar e vibrar (Bachmann, Gauthier), por exemplo, demonstram uma vontade de participar de um ambiente, conectar-se com o entorno e intercambiar com os semelhantes. Esses comportamentos sociais, juntamente com a multiplicação e a propagação, simbolizam crescimento e regeneração, que são fenômenos naturais essenciais destinados a manter a vida e assegurar a sobrevivência. As obras da mostra também se caracterizam pela sensibilidade. Equipadas com sensores e dispositivos retroalimentadores, percebem e reagem ao ambiente, algumas vezes de forma instantânea e decifrável e, em outras, obedecendo a uma coreografia que nos escapa. Muitas são interativas, outras funcionam de acordo com sua lógica interna e várias parecem nos ignorar, preferindo descansar. O caráter imprevisível e a diversidade dessas ações e reações se aproximam da complexidade comportamental dos organismos vivos. Cada uma dessas obras se desnuda por inteiro: interiores são expostos, componentes ficam totalmente visíveis e o avesso é voltado para fora. As superfícies (Gaetano Adi, Bachmann, MacMurtrie) são, na verdade, interfaces, pois o que cobrem não está oculto. Antes de tudo, há o ar propriamente dito, mesmo se invisível e intangível, que circula pelas membranas do lado externo para o interno e vice-versa. Há, então, os mecanismos, que, quando não estão visíveis, permanecem secundários, pois neste caso a tecnologia não é um fim em si e por si. Em outros casos, é difícil distinguir se os invólucros que são mostrados representam a superfície externa de órgãos ou organismos internos. O que é certo é que estamos, sem sombra de dúvida, no lado interno (do lado externo, ou no lado externo do lado interno). Além disso, o que se pode depreender das delicadas estruturas metálicas (endoesqueleto ou exoesqueleto?) e dos fios visíveis nas obras de Daniels, Gauthier e Tingley? Desnudadas, essas criaturas parecem exibir as entranhas. Por vários meios, esses projetos dão a impressão de estarem no centro da vida e nos convidam a fazer a conexão com nossas próprias funções vitais.

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Among the biomimetic movements these works make use of, the vital action of breathing is present in the works of Gauthier, Gaetano Adi, Bachmann and MacMurtrie by way of pneumatic or motorized mechanisms. The eminently fundamental respiration movement affirms aliveness in a repetitive and insistent manner. The skins which rise and descend, the pouches which inflate and deflate, the tubes which stretch and collapse, the cavities which are filled and emptied according to a slow and sustained rhythm, each take up this means which Nature has chosen to keep itself alive. Equally subtle and restrained biomechanical movements characterize other projects. Simple gestures of a limited range, take inspiration in biological systems and living processes. The rising and opening actions (Daniels, Tingley) and those of sliding, pushing and vibrating (Bachmann, Gauthier), for example, demonstrate a will to participate in an environment, to connect with one’s surroundings and exchange with one’s fellow creatures. These social behaviours, in combination with multiplication and propagations, symbolize growth and regeneration, which are fundamental natural phenomena aimed at maintaining life and ensuring survival. The works of the exhibition are also characterized by their sensibility. Equipped with sensors and feedback devices, they perceive and respond to their environment, sometimes is an instantaneous and decipherable way, and at others according to a choreography that escapes us. Many are interactive, others function according to their internal logic and several seem to ignore us, preferring to rest instead. The unpredictable character and diversity of these actions and reactions approach the behavioral complexity of living organisms. Each of these works lays bare all that is it is: interiors are exposed, components are fully visible, and the inside is turned outwards. The surfaces (Gaetano Adi, Bachmann, MacMurtrie) are actually interfaces, because what they cover is not hidden. First of all, there is the very real air, even if invisible and intangible, which circulates through the membranes from the outside to the inside, and vice versa. Then there are the mechanisms, which when they are not visible, remain secondary, for in this case the technology is not an end in and of itself. In the other cases, it is hard to distinguish if the envelopes which we are shown represent the external surface of organs or internal organisms. What’s certain, is that we are undoubtedly on the inside (of the outside, or on the outside of the inside). Also what is one to make of the fine metallic structures (endoskeleton or exoskeleton?) and the visible wires in the works by Daniels, Gauthier and Tingley? Stripped of their skins, these creatures appear to exhibit their entrails. Through various means, these projects give one the impression of being at the heart of the living and invite us to make a connection with our own vital functions.

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Parmi les mouvements biomimétiques employés par ces œuvres, ceux de la respiration, comme action vitale, se retrouvent dans les œuvres de Gauthier, Gaetano Adi, Bachmann et MacMurtrie au moyen de technologies pneumatiques ou de mécanismes motorisés. Mouvement fondamental s’il en est, la respiration affirme le vivant de manière répétitive et insistante. Les peaux qui se soulèvent et s’abaissent, les poches qui se dilatent et se dégonflent, les tubes qui s’étirent et s’écrasent, les cavités qui se remplissent et se vident dans un rythme lent et soutenu reprennent à leur compte ce moyen élu par la Nature pour se maintenir et exister. Des mouvements biomécaniques, tout aussi subtils et retenus, caractérisent d’autres projets. Ces gestes simples, au vocabulaire limité, s’inspirent des systèmes biologiques et des processus vivants. Les actions de se dresser et de s’ouvrir (Daniels, Tingley), de glisser, pousser et vibrer (Bachmann, Gauthier), par exemple, manifestent une volonté de prendre part à un environnement, d’atteindre son milieu et d’échanger avec ses semblables. Ces comportements sociaux, associés à la multiplication et à la propagation, symbolisent l’accroissement et la régénération, phénomènes naturels fondamentaux visant la continuité et la survie. Les œuvres de l’exposition se caractérisent aussi par leur sensibilité. Dotées de capteurs et de dispositifs de rétroaction, elles perçoivent leur environnement et y répondent, parfois de manière instantanée et lisible, à d’autres moments selon une chorégraphie qui nous échappe. Plusieurs sont interactives, d’autres fonctionnent selon leur logique interne et certaines semblent nous ignorer, préférant le repos. Le caractère imprévisible et la diversité de ces actions et réactions se rapprochent de la complexité des comportements adoptés par les organismes vivants. Chacune de ces œuvres nous donne accès à tout ce qu’elle est: leur intérieur est exposé, leurs composantes sont à découvert, leur dedans est retourné. Les surfaces (Gaetano Adi, Bachmann, MacMurtrie) sont en vérité des interfaces, puisque ce qu’elles recouvrent n’est pas dissimulé. D’abord, il y a l’air, bien réel quoique invisible et intangible, qui circule dans ces membranes de l’extérieur à l’intérieur, et vice versa. Puis des mécanismes qui, lorsqu’ils ne sont pas apparents, demeurent secondaires, car ici la technique n’est pas une fin en soi. Du reste, on ne sait plus très bien si les enveloppes qu’on nous fait voir figurent des surfaces externes d’organes ou des organismes internes. Chose certaine, nous sommes bel et bien à l’intérieur (de l’extérieur, ou à l’extérieur de l’intérieur). Que dire aussi des fines structures métalliques (endosquelettes ou exosquelettes ?) et des fils apparents dans les œuvres de Daniels, Gauthier et Tingley ? Dépouillées de leurs peaux, ces créatures semblent nous faire voir leurs entrailles. Par divers moyens, ces projets donnent l’impression d’être dans l’intimité du vivant et invitent à établir une connexion avec nos propres fonctions vitales.

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Este desnudar também envolve os materiais e tecnologias. Componentes fabricados industrialmente jamais escondem sua origem manufaturada. Tais projetos não procuram superar o mundo natural e jamais alegam estar concorrendo com seres vivos. Sua óbvia artificialidade cria uma distância que os coloca claramente no campo da ficção, uma ficção cuja trama se desenrola no limiar da vida. As obras propõem uma relação bem física, imediata e envolvente, uma relação que se renova de um projeto ao próximo. Não há uma única imagem nessas instalações que prontamente conduza o espectador ao domínio representacional. É como se todos fizéssemos parte desses ambientes em que o pensamento é suspenso em sua compreensão sobre as coisas. Essa imprecisão e caráter multirreferencial das obras também impedem que a representação interfira na percepção dos projetos pelo espectador e se fixe em sua mente. Esse aspecto eminentemente físico e sensorial permite ao espectador identificar-se com as obras e vivenciar uma continuidade orgânica. Todos os seres vivos compartilham sua origem orgânica. Mas podemos ir além e conceber que também somos essa matéria que um dia decidiu ganhar vida. O vivo também existe no não vivo, desde o início da história até os nossos dias, através dos objetos que fabricamos e obras de arte que criamos nos restos sedimentados daqueles que – não importando a espécie – nos precederam, no ar que respiramos. Sylvie Parent

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This laying bare also involves the materials and technologies. The industrially made components never hide their manufactured origin. These projects do not try to outdo the natural world and they never claim to be in competition with living beings. Their obvious artificiality creates a distance that places them clearly within the field of fiction, a fiction whose plot unfolds at the threshold of life. The works propose a very physical, immediate and enveloping relation, a relation that is renewed from one project to the next. There is not a single image in these installations that immediately leads one into a representational realm. It as though we were fully a part of these environments in which thought is suspended in its grasp over things. This vagueness and multi-referential character of the works also prevents representation from intervening in one’s perception of the projects and fixing one’s mind. This primarily physical and sensory aspect allows the viewer to identify with the works and to experience an organic continuity. All living beings have a shared organic origin. But we can go even further and conceive that we are also this matter that one day decided to come alive. The living is also in the non-living, from the beginning of history to present time, through the objects we make and works of art we create in the sedimented remains of those who – regardless of their species – preceded us, in the air that we breathe.

Cette mise à nu concerne aussi celle des matériaux et des techniques. De fabrication industrielle, ces composantes ne dissimulent jamais leur origine manufacturée. Ces projets n’entrent pas en compétition avec le monde naturel et à aucun moment ne prétendent concurrencer le vivant. Leur artificialité évidente joue en faveur d’une distance qui les assimile sans équivoque au champ de la fiction, fiction dont la trame se situe au seuil de la vie. Les œuvres proposent un rapport très physique, immédiat et enveloppant, rapport qui est renouvelé d’un projet à l’autre. Dans ces installations, aucune image ne nous entraîne immédiatement du côté de la représentation. Comme si nous faisions intégralement partie de ces environnements, le recul cognitif ne cherche pas à prendre le dessus. Le flou sémantique et le caractère multiréférentiel des œuvres empêchent aussi la représentation de s’interposer dans le contact avec les projets et l’esprit de se fixer. Cet appel avant tout physique et sensoriel permet au spectateur de s’identifier à elles et de faire l’expérience d’une continuité organique. Tous les êtres vivants ont une origine commune. Mais nous pouvons aller encore plus loin et concevoir que nous sommes aussi cette matière qui un jour a décidé de s’éveiller. Le vivant est aussi dans le non-vivant, du début de l’Histoire jusqu’à ce moment présent, à travers les objets que nous façonnons et les œuvres d’art que nous créons, dans les restes sédimentés de ceux – quelle que soit leur espèce – qui nous ont précédés, dans l’air que nous respirons.

Sylvie Parent Sylvie Parent

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Foto/Photo: Ed Figueiredo

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chico macmurtrie organic arches

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Chico macmurtrie Chico MacMurtrie é internacionalmente reconhecido por suas instalações de grande escala, performáticas e cinéticas, além das esculturas públicas interativas. Formou-se pela UCLA (Novas Formas e Conceitos) em 1987 e apresentou amplamente sua obra nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Foi contemplado com bolsas de estudos e prêmios da Fundação Rockefeller, da Fundação Daniel Langlois, da National Endowment for the Arts, da Fundación Telefonica / Vida Life, CEC Artslink e Ars Electronica. MacMurtrie é diretor artístico da ARW (Amorphic Robot Works), mostra coletiva que fundou em 1991, composta por artistas, cientistas e engenheiros. As instalações de novas mídias de MacMurtrie/ARW foram exibidas em inúmeros museus, inclusive no Museo Reina Sofía (Madri, 2008), Museu Nacional de Artes da China (Beijing, 2008), Galeria Wood Street (mostra individual, Pittsburgh, 2009), Museo Universitário de Arte Contemporáneo (MUAC) (Cidade do México, 2009), Galeria Nacional da Macedônia (mostra individual, Skopje, 2010), Bienal ZER01 (San José, 2010), Beall Center for Art and Technology (mostra individual, Irvine, Califórnia, 2011), Galeria Richard L. Nelson / UC Davis (Califórnia, 2011), 9ª Bienal de Xangai (Power Station of Art, 2012) e MOCA (Tucson, Arizona, 2013).

Chico MacMurtrie is internationally recognized for his large-scale, performative, kinetic installations, and interactive public sculptures. He graduated from UCLA (New Forms and Concepts) in 1987, and has exhibited widely in America, Europe, and Asia. He has received fellowships and awards from the Rockefeller Foundation, the Daniel Langlois Foundation, the National Endowment for the Arts, the Fundación Telefonica / Vida Life, CEC Artslink and Ars Electronica. MacMurtrie is the Artistic Director of Amorphic Robot Works (ARW), a collective he founded in 1991, comprised of artists, scientists and engineers. MacMurtrie’s / ARW’s new media installations have been exhibited in numerous museums including: Reina Sofia Museum, Madrid (2008), National Art Museum of China, Beijing (2008), Wood Street Gallery, Pittsburgh (solo show; 2009), Museo Universitario de Arte Contemporáneo (MUAC), Mexico City (2009), The National Gallery of Macedonia, Skopje (solo show; 2010), ZER01 Biennial, San Jose (2010), Beall Center for Art and Technology, Irvine, CA (solo show; 2011), Richard L. Nelson Gallery / UC Davis, CA (2011), 9th Shanghai Biennale, Power Station of Art, (2012), MOCA, Tucson, AZ (2013).

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Chico MacMurtrie est un artiste reconnu internationalement pour ses projets de grande envergure, ses performances, ses installations cinétiques et ses sculptures publiques interactives. Il est détenteur d’une maîtrise dans le cadre du programme New Forms and Concepts de l’UCLA. Depuis 1987, il a largement exposé ses œuvres en Amérique, en Europe et en Asie et a obtenu le soutien de la fondation Rockefeller, du National Endowment for the Arts, de la fondation Daniel Langlois, de la Fundación Telefónica / VIDA, de CEC ArtsLink et de Ars Electronica. Chico MacMurtrie est également le directeur artistique de Amorphic Robot Works (ARW), un collectif qu’il a fondé en 1991 et qui réunit des artistes, des scientifiques et des ingénieurs. Les installations de MacMurtrie et de ARW ont été présentées à plusieurs occasions, notamment au musée Reina Sofia à Madrid (2008), au National Art Museum of China de Beijing (2008), aux Wood Street Galleries de Pittsburgh (2009), au Museo Universitario Arte Contemporáneo (MUAC) à Mexico City (2009), à la National Gallery of Macedonia à Skopje (2010), lors de l’événement ZERO1 Biennial de San Jose (2010), au Beall Center for Art + Technology à Irvine en Californie (2011), à la Richard L. Nelson Gallery / UC Davis en Californie (2011), à la 9e biennale de Shanghai, au Power Station of Art (2012) et au MOCA de Tucson en Arizona (2013).

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organic arches ARCOS ORGÂNICOS 2014 Criado especificamente para a exposição, Organic Arches [Arcos Orgânicos] é um grande projeto montado no saguão do Sesc Santana. É um ambiente arquitetônico cinético que recompõe continuamente o espaço em que está exposto. Concebido com tecnologias pneumáticas, o projeto faz uso de materiais flexíveis e resistentes que se adaptam às formas mutantes da instalação. Colocada em movimento por meio de inflação e deflação progressivas, a estrutura expande-se até atingir seu estado máximo, em que assume o formato de uma série de arcos flutuantes. Em seus estágios diferentes de expansão ou contração, a obra mostra uma configuração de formas orgânicas em constante mudança. Os visitantes podem decidir visualizar a instalação por dentro ou por fora para observar suas lentas metamorfoses. O projeto cria correspondências entre estruturas arquitetônicas abertas (arcos, escavações, túneis) e orgânicas (esqueletos, músculos), que são interligadas enquanto as formas progressivamente surgem ou desaparecem. O projeto Arcos Orgânicos baseia-se nas afinidades entre o ambiente construído e orgânico, e nos incentiva a conectar um com o outro e rastrear as continuidades formais entre as construções arquitetônicas e o mundo biológico. O projeto inspira-se em processos vivos, tais como a respiração e o crescimento, ao enfatizar sua natureza instável e cíclica.

Created specifically for the exhibition, Organic Arches is a major project set up in the Sesc Santana hall. It is a kinetic architectural environment that continuously recomposes the space in which it is displayed. Conceived with pneumatic technologies, the project uses flexible and resistant materials which adapt to the installation’s changing forms. Put into motion through progressive inflation and deflation, the structure expands until it attains its maximal state in which it takes on the shape of a series of floating arches. At its different stages of expansion or contraction, the installation displays a configuration of constantly changing organic forms. Visitors can decide to view the work from its inside or its outside in order to view its slow metamorphoses. The project creates correspondences between open architectural structures (arches, caves, tunnels) and organic ones (skeletons, muscles), which are interlinked as the forms progressively emerge or disappear. Organic Arches is based on the affinities between the built and organic environment, and it encourages us to refer one to the other and to trace the formal continuities between the architectural constructions and the biological world. The project takes inspiration in living processes, such as breathing and growth by emphasizing their unstable and cyclical nature.

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Réalisé spécifiquement pour l’exposition, Organic Arches est un projet d’envergure installé dans le hall du Sesc Santana. Il s’agit d’un environnement architectural cinétique qui recompose continuellement l’espace dans lequel il prend place. Conçu avec des technologies pneumatiques, le projet utilise un matériau souple et résistant qui s’adapte aux formes changeantes de l’installation. Animée par l’entrée ou la sortie progressive d’air, la structure se gonfle pour atteindre son déploiement maximal et prendre la forme d’une suite d’arches flottantes. À ses différents stades de développement ou de repliement, l’installation fait voir une configuration aux formes organiques toujours différentes. Les spectateurs sont accueillis dans l’œuvre ou se placent à l’extérieur de celle-ci et assistent à ses métamorphoses lentes. Le projet crée des correspondances entre structures architecturales ouvertes (arches, cavernes, tunnels) et organiques (squelettes, muscles), les unes étant liées aux autres à mesure que les formes se font ou se défont. Organic Arches mise sur les affinités entre le monde construit et le vivant, invite à passer d’une référence à une autre, à établir des continuités formelles entre les constructions architecturales et l’univers biologique. Le projet s’inspire des processus vivants comme la respiration et la croissance en faisant valoir leur caractère instable et cyclique.

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Foto/Photo: Alexandre Nunis

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CHICO MACMURTRIE / Amorphic Robot Works Organic Arches [Arcos Org창nicos] Foto/Photo: Ed Figueiredo

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Foto/Photo: Wojtek Gwiazda

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ingrid bachmann pelt (bestiary)

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Foto/Photo: Ed Figueiredo

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ingrid bachmann Ingrid Bachmann é uma artista que realiza instalações multidisciplinares e cujos interesses transitam por tecnologias obsoletas e mídias digitais. Sua obra associa novas mídias com práticas artísticas tradicionais e explora as relações mutantes entre o artista, o público e o artefato. Expôs sua obra nacional e internacionalmente em mostras e festivais no Canadá, Europa, Estados Unidos, Ásia e América Latina, inclusive na 11ª Bienal de Havana (2012), Manifestation International d’Art 6 em Québec (2012), Lab 30 em Augsburgo, Alemanha (2010) e na Southern Alberta Art Gallery (2010). Também atuou como editora e escritora: é coeditora de Material Matters (YYZ Books, 1998, 1999 e 2011) e contribuiu com ensaios para várias antologias e periódicos, inclusive The Object of Labor (MIT Press, 2007). Foi palestrante convidada em instituições como o Centro de Artes de Banff, ISEA (Simpósio Internacional de Artes Eletrônicas), Goldsmiths College (Universidade de Londres), Wollongong University (Austrália), Universidade de Maryland (Baltimore) e The School of the Art Institute of Chicago, entre outras. Foi professora visitante em Estudos de Fibras e Materiais na School of the Art Institute of Chicago e atualmente é professora adjunta no Departamento de Artes em Estúdio na Concordia University, Montreal. É também uma das fundadoras do Hexagram: Instituto de Pesquisa e Criação nas Artes Midiáticas e diretora do Institute of Everyday Life.

Ingrid Bachmann is a multidisciplinary installation artist whose interests span obsolete technologies and digital media. Her work combines new media with traditional art practices and explores the shifting relationships between artist, audience and artifact. She has exhibited her work nationally and internationally in exhibitions and festivals in Canada, Europe, the United States, Asia, and Latin America including the 11th Havana Biennial (2012), Manifestation International d’art 6 in Quebec City (2012), Lab 30 in Augsburg, Germany (2010) and the Southern Alberta Art Gallery (2010). Bachmann has also made contributions as an editor and writer; she is the co-editor of Material Matters (YYZ Books, 1998, 1999, 2011) and has contributed essays to several anthologies and periodicals including The Object of Labor, MIT Press 2007. She has been a guest speaker at such venues as the Banff Center for the Arts, ISEA (The International Symposium of Electronic Arts), Goldsmiths College (University of London), University of Wollongong, Australia, and the University of Maryland at Baltimore, The School of the Art Institute of Chicago, among others. She has been visiting professor in Fiber and Material Studies at The School of the Art Institute of Chicago and is currently Associate Professor in the Studio Arts Department at Concordia University in Montreal. She is also a founding member of Hexagram: Institute for Research and Creation in the Media Arts and is the Director of the Institute of Everyday Life.

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Ingrid Bachmann est une artiste interdisciplinaire intéressée aussi bien par les technologies désuètes que par les médias numériques. Son travail intègre les nouveaux médias aux pratiques artistiques traditionnelles et explore les relations mouvantes entre l’artiste, le public et l’artéfact. Elle a présenté ses projets sur les scènes nationale et internationale dans des expositions et festivals au Canada, en Europe, aux États-Unis, en Asie et en Amérique latine, notamment à la 11e biennale de La Havane (2012), à la Manif d’art de Québec (2012), au lab30 à Augsbourg en Allemagne (2010) et à la Southern Alberta Art Gallery (2010). Ingrid Bachmann s’est aussi fait connaître par son travail de rédactrice et d’auteure. Elle est co-rédactrice de Material Matters (YYZ Books, 1998, 1999, 2011) et a rédigé plusieurs essais publiés dans des anthologies et des périodiques, tels que The Object of Labor, paru chez MIT Press en 2007. Elle a été conférencière invitée, entre autres, au Banff Centre, à ISEA (International Symposium on Electronic Art), au Goldsmiths College de l’Université de Londres, à l’Université de Wollongong en Australie, à l’Université du Maryland à Baltimore et à la School of the Art Institute of Chicago, où elle a également été professeure invitée dans le département Fiber and Material Studies. Elle occupe présentement le poste de professeure associée dans le département Studio Arts à l’Université Concordia de Montréal. Elle est aussi membre fondatrice du Centre de recherche en arts médiatiques Hexagram de l’Université du Québec à Montréal et dirige l’Institute of Everyday Life.

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pelt (Bestiary) PELAGEM (BESTIÁRIO) 2012 A instalação de Ingrid Bachmann é formada por várias esculturas feitas com o mesmo material: mantas de borracha preta de neoprene cobertas com cerdas longas e flexíveis. A instalação faz lembrar a pelagem espinhosa de certos animais, pelos abundantes, membranas ciliadas de animais marinhos ou organismos unicelulares. Lançando mão de material sintético, a artista molda criaturas que referenciam animais de múltiplas formas. Compostas por formas e dimensões variáveis, estas esculturas assumem comportamentos que também as distinguem umas das outras. Graças aos pequenos mecanismos ocultos em sua membrana de cobertura, elas se movimentam de maneira semelhante a seres vivos. Seus movimentos, variando de lentos e hesitantes a nervosos e agitados, expressam uma realidade interna (uma função vital ou uma emoção) ou uma reação da pele (agitação, defesa ou proteção) ao ambiente. O aspecto peludo destaca ainda mais a natureza sensitiva da pele e sua função como interface entre o interior e o exterior. Exibidas em pedestais, suspensas ou penduradas em paredes, essas criaturas compõem um acervo de organismos pseudovivos semelhantes a espécimes de laboratório expostos em museus de história natural, em oficinas de taxidermistas ou como troféus de caça e, portanto, testemunham nosso fascínio pelos seres vivos.

Ingrid Bachmann’s installation is comprised of several sculptures made out of the same material: black rubber neoprene sheets covered with long flexible bristles. It recalls spine-covered animal coats, abundant furs, ciliated membranes of marine animals or single-cell organisms. Using a synthetic material the artist fashions creatures which reference animals in multiple ways. These sculptures, made up of variable forms and dimensions, take on behaviours that also distinguish them from one another. Thanks to small mechanisms hidden within their covering membrane, these sculptures move in a manner that resembles living beings. Their movements, ranging from the slow and hesitant to the nervous and excited, express an inner reality (a vital function or an emotion) or a skin reaction (excitement, defense or protection) to their environment. The hairiness further underscores the skin’s sensitive nature and its role as an interface between inside and outside. Displayed on pedestals, suspended or wall-mounted, these creatures make up a collection of pseudo-living organisms which resemble laboratory specimens exhibited in natural history museums, in a taxidermists’ workshop or as hunting trophies, and thus bear witness to our fascination with living beings.

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L’installation d’Ingrid Bachmann est composée de plusieurs sculptures fabriquées avec le même matériau, des feuilles de caoutchouc néoprène noir recouvertes de longs brins souples. Ces sculptures rappellent des peaux animales hérissées de poils, des fourrures abondantes, les membranes ciliées des organismes marins ou unicellulaires. À partir d’une matière synthétique, l’artiste réalise des créatures qui renvoient à de multiples références animales. De formes et de dimensions variées, ces sculptures adoptent des comportements qui les distinguent aussi les unes des autres. Grâce à de petits mécanismes dissimulés à l’intérieur de leur enveloppe, elles bougent de manière à évoquer des êtres vivants. Leurs mouvements, tantôt lents et retenus ou au contraire nerveux et agités, expriment une réalité interne (une fonction vitale ou une émotion) ou une réaction cutanée (d’excitation, de défense ou de protection) à leur environnement. La pilosité contribue à accentuer le caractère sensible de la peau et son rôle d’interface entre l’intérieur et l’extérieur. Disposées sur des socles, suspendues ou fixées au mur, ces créatures forment une collection d’organismes pseudo-vivants qui s’apparentent aux spécimens exposés en laboratoire, dans les musées d’histoire naturelle, à l’atelier du taxidermiste ou comme trophées de chasse, et témoignent de notre fascination pour le vivant.

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Foto/Photo: Ed Figueiredo

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INGRID BACHMANN Pelt (Bestiary) [Pelagem (Bestiรกrio)] Foto/Photo: Ed Figueiredo

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Foto/Photo: Ed Figueiredo

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jane tingley peripheral response

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jane tingley Jane Tingley concluiu o mestrado em Artes (MFA) pela Concordia University em 2006. Em seu trabalho, ela emprega novas mídias, escultura e instalações para explorar ideias que envolvem identidade e experiência contemporâneas. É cofundadora do Modern Nomads, e participou de mostras e festivais no Canadá, Ásia e Europa, inclusive na Translife – Trienal Internacional de Artes Midiáticas do Museu Nacional de Arte da China em Beijing, na embaixada canadense e na Galeria Le Deco em Tóquio, Japão, no Festival Break 2.3 em Ljubljana, Eslovênia, no Festival Elektra, em Montreal, e na Künstlerhaus, em Viena, Áustria. Foi contemplada com o prêmio Kenneth Finkelstein em escultura e contou com o apoio de uma série de agências de financiamento, inclusive o Manitoba Arts Council, o Conseil des Arts et des Lettres du Québec e o Canada Council for the Arts.

Jane Tingley, who received her MFA from Concordia University in 2006, uses new media, sculpture, and installation to explore ideas involving identity and contemporary experience. She is one of the founding members of the Modern Nomads and has participated in exhibitions and festivals in Canada, Asia, and Europe, including Translife – International Triennial of Media Art at the National Art museum of China in Beijing, the Canadian Embassy and Gallerie Le Deco in Tokyo, Japan, Festival Break 2.3 in Ljubljana, Slovenia, Elektra Festival in Montreal, and the Künstlerhaus in Vienna, Austria. She was awarded the Kenneth Finkelstein Prize in sculpture, and has received support from a number of funding agencies, including the Manitoba Arts Council, Conseil des arts et des lettres du Québec, and the Canada Council for the Arts.

Détentrice d’une maîtrise de l’Université Concordia (2006), Jane Tingley utilise les nouveaux médias, la sculpture et l’installation dans sa pratique artistique afin d’explorer les idées touchant l’identité et l’expérience contemporaine. Elle est un des membres fondateurs du collectif Modern Nomads et a participé à plusieurs expositions et festivals au Canada, en Asie et en Europe. Elle faisait partie de l’exposition TransLife – International Triennial of New Media Art au National Art Museum of China de Beijing, a exposé à l’ambassade canadienne et à la galerie Le Déco à Tokyo ainsi qu’au Künstlerhaus de Vienne, et a participé au festival Break 2.3 à Ljubljana en Slovénie et au festival Elektra à Montréal, notamment. Elle a obtenu le prix Kenneth Finkelstein en sculpture, et a reçu le soutien du Conseil des arts du Manitoba, du Conseil des arts et des lettres du Québec et du Conseil des arts du Canada.

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Foto/Photo: Ed Figueiredo

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Foto/Photo: Maria Fernanda Miserochi

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peripheral response Resposta Periférica 2006 Peripheral Response [Resposta Periférica] apresenta um conjunto de esculturas metálicas espalhadas pelo chão e pelas paredes. As obras são conectadas por redes elétricas e de computador. Diferentes em suas formas e dimensões, evocam galhos e raízes de árvores, assim como espécies animais rastejantes ou trepadoras. Essas pequenas criaturas com braços finos respondem aos movimentos dos visitantes emitindo cliques que lembram o som de passos, breves gritos ou chamados repetitivos de pequenos animais reagindo ao meio ambiente. Esses seres híbridos formados por estruturas visíveis se reduzem ao seu estado esquelético e aos desenhos que produzem no espaço para revelar melhor seus sistemas e conexões fundamentais. A referência ao sistema nervoso é também explicitada no emaranhado de fios e redes, como se a instalação tornasse possível visualizar os impulsos e trocas interconectadas que ocorrem em um organismo vivo. As esculturas tornam-se as extremidades nervosas ou interseções, cada uma delas sendo definida por sua função e localização. Seja no ambiente natural em que muitas espécies vegetais e animais vivem lado a lado ou nas profundezas do sistema nervoso, a instalação conduz os espectadores em uma jornada por um mundo essencial e íntimo em que a interdependência dos componentes é trazida à tona.

Peripheral Response presents a set of metallic sculptures displayed on the floor and the walls. The works are linked through electrical and computer networks. Distinct in their forms and dimensions, they evoke both tree branches and roots as well as crawling or climbing animal species. These small creatures with thin arms, respond to visitors’ movements by emitting clicks that recall the sound of footsteps, brief screams or repetitive calls of small animals reacting to their environment. These hybrid beings, which consist of visible structures, are reduced to their skeletal state and to the drawings they produce in the space to better reveal their systems and their fundamental links. The reference to the nervous system is also made explicit in the intertwining of wires and networks, as though the installation made it possible to visualize the impulses and interconnected exchanges that occur in a living organism. The sculptures become the nerve endings or intersections, each being defined by its function and location. Whether it be in a natural milieu where many plant and animal species live side by side or in the depths of the nervous system, the installation takes viewers on a journey through a pared-down and intimate world in which the components’ interdependence is brought to the fore.

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Peripheral Response propose un ensemble de sculptures métalliques réparties au sol et sur les murs, reliées entre elles par des réseaux électriques et informatiques. Distinctes dans leurs formes et leurs dimensions, elles évoquent aussi bien les racines ou les branches des arbres que des espèces animales rampantes ou grimpantes. Comme de petites créatures aux bras effilés, elles s’agitent en fonction des déplacements des visiteurs en émettant des claquements qui rappellent des clapotis, des bruits de pas, des cris brefs ou des appels répétitifs de petites bêtes réagissant à leur environnement. Ces êtres hybrides aux structures exposées sont réduits à leur squelette, aux dessins qu’ils produisent dans l’espace pour mieux révéler leurs systèmes et leurs liens fondamentaux. La référence au système nerveux s’impose aussi devant l’enchevêtrement des fils et des réseaux, comme si l’installation permettait de visualiser les impulsions et échanges interconnectés se produisant à l’intérieur d’un organisme vivant. Les sculptures deviennent des terminaisons ou des carrefours nerveux, chacune étant définie par sa fonction et sa localisation. Quel que soit l’univers évoqué – milieu naturel où se côtoient de multiples espèces végétales et animales ou profondeurs du système nerveux –, l’installation plonge le spectateur dans un monde dépouillé et intime qui exprime l’interdépendance des composantes entre elles.

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JANE TINGLEY Peripheral Response [Resposta Periférica] Foto/Photo: Ed Figueiredo Suporte técnico / Technical support / Support technique: Groupe Molior e/and/et Martin Peach Patrocínio / Funding / Sponsoring Manitoba Arts Council, PEO, CIAM

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Foto/Photo: David Jacques

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jean-pierre gauthier hypoxia

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jean-pierre gauthier Nascido em Matane (Québec, Canadá) em 1965, o artista de Montreal Jean-Pierre Gauthier, que atua no cenário das artes contemporâneas desde meados de 1990, apresenta uma prática híbrida que incorpora artes plásticas e audiovisuais. Foi contemplado com o prestigiado Sobey Art Award em 2004 e também recebeu os prêmios Victor Martyn Lynch-Stauton, em 2006, e Louis-Comtois, em 2012. Exibe suas instalações audiovisuais e cinéticas no Canadá, Europa, Ásia e Estados Unidos. Participou com destaque de grandes exposições em grupo, como a Bienal de Montreal (2000), Electrohype (na Lunds Konsthall, 2006), Transmediale.06 – Smile Machines (na Akademie der Künste em Berlim, 2006), Tonspur_expanded (em Viena, Áustria, 2010), Manif d’Art (Québec, 2012), FIMAV (em Victoriaville, Québec, 2012), Festival Internacional de Arte Eletrônica (FILE) (em São Paulo, 2012) e Electrohype (no Värnhemstorgets Elektroniska Skulpturpark em Malmö, Suécia, 2013). Uma retrospectiva de sua obra, intitulada Jean-Pierre Gauthier: Machines at Play, foi organizada pelo Musée d’Art Contemporain de Montreal e exibida em cinco museus canadenses e no Akron Art Museum (Ohio, EUA). O artista é representado pela Galeria Jack Shainman, em Nova York. Sua última exposição individual em Manhattan foi considerada pelo Village Voice como uma das melhores mostras de 2011.

Born in Matane (Quebec, Canada) in 1965, Montreal artist Jean-Pierre Gauthier, who has been active in the contemporary art scene since the mid-1990s, has a hybrid practice that incorporates visual and audio arts. He was the winner of the prestigious Sobey Art Award in 2004, and was also the recipient of the Victor Martyn Lynch-Stauton Award in 2006 and Louis-Comtois Award in 2012. He has exhibited his audio and kinetic installations across Canada, in Europe, Asia and America. He has notbaly participated in major group expositions such as the Biennale de Montréal (2000), Electrohype (2006) in Lunds Konsthall, Transmediale.06 – Smile Machines at Akademie der Künste in Berlin (2006), Tonspur_expanded in Vienna, Austria (2010), Manif d’art in Quebec City (2012), FIMAV (2012) in Victoriaville, Quebec, File Festival in São Paulo, Brazil (2012) and Electrohype (2013) at Värnhemstorgets Elektroniska Skulpturpark in Malmö, Sweden. A retrospective of his work entitled JeanPierre Gauthier: Machines at Play was organized by the Musée d’art contemporain de Montréal and was shown in five Canadian Museums and at the Akron Art Museum (Ohio,USA). The artist is represented by Jack Shainman Gallery in New York. His last solo show in New York was considered by the Village Voice as one of the best shows in 2011.

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Né à Matane (Québec, Canada) en 1965, Jean-Pierre Gauthier est présent sur la scène de l’art contemporain depuis le milieu des années 1990. Il poursuit une démarche hybride intégrant les arts visuels et sonores. Gagnant du prestigieux prix Sobey Art Award en 2004, il a également reçu le prix Victor-Martyn-Lynch-Staunton en 2006 ainsi que le prix Louis-Comtois en 2012. Ses installations sonores et cinétiques ont été présentées à travers le Canada, en Europe, en Asie et en Amérique, notamment lors de la Biennale de Montréal (2000), à Electrohype (2006) au Lunds konsthall en Suède, à transmediale.06 – Smile Machines à l’Akademie der Künste de Berlin (2006), à TONSPUR_expanded à Vienne (2010), à la Manif d’art de Québec (2012), au FIMAV (2012), au File Festival de São Paulo (2012), et à Electrohype (2013) au Värnhemstorgets Elektroniska Skulpturpark à Malmö, en Suède. Une exposition bilan de son travail a été présentée au Musée d’art contemporain de Montréal en 2007. Cette exposition, mise en circulation par le MACM et intitulée Jean-Pierre Gauthier: Machines à l’œuvre / Machines at Play, a été présentée par la suite au Akron Art Museum en Ohio et à la Mendel Art Gallery de Saskatoon en 2009, puis à la Art Gallery of Nova Scotia à Halifax et à la Art Gallery of Grande Prairie en Alberta, en 2010. L’artiste est représenté par la Jack Shainman Gallery à New York. Sa dernière exposition personnelle dans cette galerie a été considérée comme l’une des meilleures de 2011 par le Village Voice.

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Foto/Photo: Jean Pierre Gauthier

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Foto/Photo: Jean Pierre Gauthier

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hypoxia (#3 and #4) HIPÓXIA (#3 E #4) 2011 As duas esculturas de Jean-Pierre Gauthier apresentadas na exposição são obras cinéticas que usam o ar para a criação de efeitos sonoros. Semelhantes a uma trompa que foi desmontada de forma bizarra, cada uma dessas esculturas é formada por um tubo metálico curvo enxertado com tanques de silicone, assim como circuitos eletrônicos e redes elétricas e pneumáticas que controlam dispositivos sonoros. Impulsionadas por movimentos internos, as variações de ar ao redor dos pequenos microfones criam sons de fenômenos naturais surpreendentes (vento, marulho etc.) ou sons animais (gorjeios de pássaros, vozes de pequenos mamíferos). Perante essas esculturas, o espectador tem a impressão de estar em um ambiente natural. Os componentes estão repletos de referências ao mundo orgânico: o tubo enrolando-se e desenrolando-se enquanto desenha uma figura que evoca uma caixa torácica ou um esqueleto; os fios semelhantes a fibras nervosas ou vasos sanguíneos; as bolsas infladas e esvaziadas semelhantes a pulmões ou órgãos vitais; os pequenos alto-falantes em movimento e vibração, extensões reminiscentes das extremidades sensoriais como a boca ou ouvidos. Embora essas esculturas se pareçam com organismos vivos, não escondem o fato de que são fabricadas e compostas por materiais industriais e técnicos. São instrumentos de sopro que dão forma à vida pelo som.

The two sculptures by Jean-Pierre Gauthier presented in the exhibition are kinetic works which use air to create sound effects. Resembling a French horn that has been taken apart in a bizarre way, each of these sculptures consist of a curved metal tube with grafted-on silicone tanks as well as electronic circuits, and electrical and pneumatic networks which control sound devices. The air variations around the small microphones triggered by the internal movements create surprising natural phenomena sounds (moving wind, a breaking wave, etc.) or animal sounds (bird chirps, cries of small mammals). Before these sculptures the viewer has the impression of being in a natural environment. The components are replete with references to the organic world: the tube coiling up and unfurling as it draws a figure which evokes a ribcage or a skeleton; the threads resembling nerve fibers or blood vessels; the inflated and deflated pouches recalling lungs or vital organs; the small moving and vibrating speakers which are extensions reminiscent of sensory extremities such as the mouth or ears. Though these sculptures resemble living organisms, they do not hide the fact that they are manufactured and made up of industrial and technical materials. They are wind instruments that give shape to life through sound.

Les deux sculptures de Jean-Pierre Gauthier présentées dans l’exposition sont des œuvres cinétiques qui utilisent l’air pour créer des effets sonores. Constituées d’un tube en métal courbé auquel sont greffés des réservoirs de silicone ainsi que des circuits électroniques et des réseaux électriques et pneumatiques contrôlant des dispositifs sonores, elles ressemblent à des cors d’harmonie désarticulés de manière fantaisiste. Les mouvements internes des composantes des sculptures produisent des variations d’air qui, une fois captées par de petits microphones, créent des sons surprenants rappelant des bruits naturels (mouvement du vent, chute d’une vague) ou animaliers (piaillements d’oiseaux, cris de petits mammifères). Face à ces œuvres, le spectateur semble se retrouver dans un environnement naturel. Nombreuses sont les références au monde organique liées aux composantes : tube s’enroulant et se déployant selon un dessin dans l’espace, pouvant évoquer une cage thoracique ou un squelette ; fils rappelant les réseaux nerveux ou sanguins ; gaines se gonflant et se vidant, faisant penser à des poumons ou autres organes vitaux ; petits haut-parleurs s’animant et vibrant, agissant comme des extensions et s’apparentant à des extrémités sensibles comme la bouche ou l’oreille. Ces sculptures ressemblent à des organismes vivants tout en ne dissimulant pas leur origine fabriquée ni les matériaux industriels et techniques qui les composent. Elles sont des instruments à vent, des aérophones destinés à figurer le vivant par le sonore.

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JEAN-PIERRE GAUTHIER Hypoxia #3 and #4 [Hip贸xia #3 e #4] Foto/Photo: Ed Figueiredo

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Foto/Photo: Paula Gaetano Adi

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paula gaetano adi anima

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Foto/Photo: Ed Figueiredo

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paula gaetano adi Nascida na Argentina, Paula Gaetano Adi é artista e pesquisadora que trabalha com esculturas, performances, instalações interativas e robóticas. Usando o corpo humano e não humano como ponto de partida, sua obra lida com diferentes estudos culturais de ciência tecnológica, particularmente no que se refere a como os afetos e efeitos discursivos estão inscritos na subjetividade humana e como podem se refletir através da arte. Sua obra foi apresentada internacionalmente em mostras em Beijing, Berlim, Madri, Moscou, Estocolmo, São Paulo, Nova York, Poznan e Buenos Aires, entre outras cidades. Foi contemplada com inúmeros prêmios e honras, inclusive o 1º Prêmio de VIDA 9.0 (concurso internacional de Arte & Vida Artificial), o 1º Prêmio do LIMBØ (Museu de Arte Moderna de Buenos Aires), a Dotação Nacional para as Artes, a Bolsa de Estudos do Fergus Memorial em 2009 e 2010 e a Verba de Incentivo para Produção Artística de 2012 para Artistas Ibero-Americanos, oferecida pela organização VIDA 14.0. Atualmente, Gaetano Adi é professora adjunta do Studio Art of the College of Visual Arts and Design da University of North Texas (UNT), onde coordena a área de Novas Mídias. Também na UNT, ingressou recentemente na Iniciativa de Pesquisas Avançadas em Tecnologia e Artes (iARTA).

Born in Argentina, Paula Gaetano Adi is an artist and researcher working in sculpture, performance, interactive installation and robotics. Using the human and nonhuman body as a point of departure, her work deals with different cultural studies of technoscience particularly in regard to how its discursive effects and affects are inscribed in human subjectivity and how these can be reflected through art. Her work has been presented internationally in exhibitions in Beijing, Berlin, Madrid, Moscow, Stockholm, São Paulo, New York, Poznan, Buenos Aires, among others. She was the recipient of numerous grants and honours, including the First Prize of VIDA 9.0—the international competition on Art & Artificial life, the First Prize of LIMBØ—Museum of Modern Art of Buenos Aires, the National Endowment for the Arts, the Fergus Memorial Scholarship in 2009 and 2010, and the 2012 Artistic production Incentive Grant for IberoAmerican Artists awarded by VIDA 14.0. Currently, Gaetano Adi is Assistant Professor of Studio Art at the University of North Texas, College of Visual Arts and Design, where she coordinates the New Media Area. Also at UNT, she has recently joined the Initiative for Advanced Research in Technology and the Arts (iARTA).

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Née en Argentine, Paula Gaetano Adi est artiste et chercheure dans les domaines de la sculpture, de la performance, et des installations interactives et robotiques. Elle utilise le corps humain et non humain comme point de départ de ses recherches, et s’intéresse aux effets discursifs et aux impacts affectifs des technosciences sur la subjectivité humaine et dans l’art. Ses œuvres ont été présentées sur la scène internationale à Beijing, Berlin, Madrid, Moscou, Stockholm, São Paulo, New York, Poznan et Buenos Aires, entre autres. Elle a reçu de nombreux prix et bourses, tels que le premier prix à la compétition VIDA 9.0 sur l’art et la vie artificielle, organisée par la Fundación Telefónica, et le premier prix LIMbØ du Musée d’art moderne de Buenos Aires, la bourse Fergus Memorial en 2009 et 2010 de même que la bourse accordée à un artiste ibéroaméricain dans le cadre de la compétition VIDA 14.0. À l’heure actuelle, Paula Gaetano Adi est professeure adjointe dans le programme de Studio Art du College of Visual Arts and Design de l’Université de North Texas, où elle coordonne le secteur réservé aux nouveaux médias. À cette université, elle s’est également jointe au groupe Initiative for Advanced Research in Technology and the Arts (iARTA).

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anima ANIMA 2009 Anima é uma obra robótica interativa formada por um único elemento. No espaço da instalação, os espectadores encontram uma forma esférica reclinada e maleável que parece pender de um pedestal. Quando o espectador se aproxima de Anima, a obra infla e começa a se contrair e expandir de maneira semelhante à respiração, como se estivesse inspirando e expirando. Os espectadores aproximam-se mais e descobrem seu único orifício, um pequeno buraco que abre e fecha ao ritmo da “respiração”. Anima é, acima de tudo, um robô que respira, uma máquina que respira e que expressa seu estado íntimo pela qualidade dessa respiração: profunda ou superficial, brusca ou fluida, intermitente ou contínua. Baseia-se na ideia de que a vida está ligada à respiração e propõe que ela possa ser expressa pelas qualidades dessa respiração. A obra cor de carne evoca um órgão interno como o pulmão, um animal marinho ou um organismo unicelular, embora não se possa discernir o que realmente seja. Trata-se de algo familiar, visceral, assim como uma forma de vida primitiva. Certamente nos envolve em um encontro direto, um diálogo, uma comunicação que implica uma linguagem corporal que nos faz refletir sobre nosso próprio estado como organismo vivo.

Anima is an interactive robotic work comprised of a single element. In the installation space viewers encounter a reclined and supple spherical form which seems to be sagging on a pedestal. In approaching Anima, the work inflates and then begins to contract and expand in a breathlike manner, as though it were breathing in and out. Viewers approach it and discover its only orifice, a small hole that opens and closes to the rhythm of its “breathing.” Anima is above all a robot that breathes, a breathing machine which expresses its intimate state through the quality of this breathing: deep or shallow, jerky or fluid, intermittent or continuous. Anima is based on the idea that life is linked to breath and proposes that it can be expressed by the qualities of this breath. The flesh-coloured work can evoke an internal organ such as a lung, a marine animal or a single-cell organism, though one can not discern what it really is. It is something familiar, something visceral as well as a primitive life form. It certainly engages us in a direct encounter, a dialogue, a communication that involves a body language which makes us reflect on our own state as living organisms.

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Composée d’un seul élément, Anima est une œuvre robotique interactive. Dans l’espace d’installation, les spectateurs se retrouvent face à une forme sphérique allongée et souple qui semble affaissée sur un socle. Lorsqu’ils approchent, l’œuvre se gonfle, puis se met à se contracter et à se dilater à la manière d’un mouvement de respiration, comme si elle se remplissait d’air et se vidait. En se penchant pour la considérer, ils découvrent un orifice unique, petit trou qui s’ouvre et se ferme au rythme de sa « respiration ». Anima est avant tout un robot qui respire, une machine à respirer et dont les états intimes passent par la qualité de cette respiration, longue ou brève, saccadée ou fluide, suspendue ou continue. Anima prend appui sur l’idée que la vie est liée au souffle et propose qu’elle puisse s’exprimer par les caractéristiques de ce souffle. De couleur chair, l’œuvre peut évoquer un organe interne comme un poumon, un animal marin ou un organisme unicellulaire, sans qu’il soit possible d’identifier ce qu’elle est réellement. Elle est quelque chose de familier, de viscéral, une forme primitive du vivant. Assurément, elle engage un face-à-face avec le visiteur, un dialogue, une communication qui se fait dans un langage corporel et qui le questionne dans sa condition organique.

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Foto/Photo: Maria Fernanda Miserochi

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PAULA GAETANO ADI Anima Foto/Photo: Ed Figueiredo

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Foto/Photo: Ottawa Art Gallery

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steve daniels SeSSILe

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steve daniels Steve Daniels emprega tecnologias eletrônicas e de comunicação para criar agentes de hardware, esculturas cinéticas, espaços ubíquos e eventos em rede. Atualmente se interessa por possibilidades não utilitárias de dispositivos sociais DIY (Faça Você Mesmo). Por meio de sua prática, o artista justapõe diferentes sistemas de conhecimento e experiências em um esforço para revelar suas estruturas e premissas subjacentes. Apresentou sua obra em galerias e festivais, inclusive no Ontario Science Centre (Toronto), Future Sonic (Reino Unido), DorkBot (Toronto), Bay Area Maker Faire (EUA), thelivingeffect (Ottawa Art Gallery), Elektra (Montreal), Subtle Technologies (Toronto) e Common Pulse (Toronto). Sua obra foi incluída recentemente na mostra MACHines, no Centre des Arts, em Enghien-les-Bains (França). Daniels é atualmente professor assistente e diretor do Programa de Novas Mídias na RTA School of Media, da Ryerson University. Ministra curso sobre Mídias Maleáveis, Computação Física, Telepresença e Objetos em Rede. É bacharel pela University of Manitoba (Zoologia, Ecologia Comportamental) e pós-graduado pelo programa de Mídias Integradas da OCAD, em Toronto.

Steve Daniels uses electronics and communication technologies to create hardware agents, kinetic sculptures, ubiquitous spaces and networked events. He is currently interested in the non-utilitarian possibilities of DIY social devices. Through his practice Daniels juxtaposes disparate knowledge systems and experiences in an effort to reveal their underlying structures and assumptions. Daniels has presented his work in galleries and festivals including at the Ontario Science Centre (Toronto), Future Sonic (UK), DorkBot (Toronto), Bay Area Maker Faire (USA), thelivingeffect (Ottawa Art Gallery), Elektra (Montreal), Subtle Technologies (Toronto), and Common Pulse (Toronto). His work was recently included in the MACHines show at the Centre des Arts, Enghien-les-Bains (France). Daniels is currently assistant professor and Director of the New Media program in the RTA School of Media Ryerson University. Daniels teaches courses in Malleable Media, Physical Computing, Telepresence and Networked Objects. He holds an MSc from the University of Manitoba (Zoology, Behavioural Ecology) and is a graduate of the Integrated Media program at OCAD in Toronto.

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Steve Daniels emploie les technologies électroniques et les outils de communication pour créer des sculptures cinétiques, des espaces informatisés et des événements en réseau. Il s’intéresse présentement aux possibilités des instruments sociaux bricolés n’ayant aucune valeur utilitaire. Dans sa pratique, il juxtapose des systèmes issus de connaissances et d’expériences disparates afin de révéler leurs structures et présupposés sous-jacents. L’artiste a présenté ses œuvres dans plusieurs expositions, galeries et festivals, notamment au Centre des sciences de l’Ontario (Toronto), à Futuresonic (Royaume-Uni), à Dorkbot (Toronto), au Bay Area Maker Faire (États-Unis), à la Galerie d’art d’Ottawa (thelivingeffect), à Elektra (Montréal), à Subtle Technologies (Toronto) et à Common Pulse (Toronto). Récemment, il participait à l’exposition MACHines au Centre des arts d’Enghien-les-Bains (France). Steve Daniels occupe également un poste de professeur adjoint et le poste de directeur du programme en nouveaux médias à la RTA School de l’Université Ryerson. Il enseigne les médias malléables, l’informatique physique, la téléprésence et les objets en réseau. Il détient une maîtrise de l’Université du Manitoba et est diplômé du programme des médias intégrés de l’OCAD à Toronto.

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Foto/Photo: Ottawa Art Gallery

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sessile SÉSSIL 2008-2011 Sessile [Séssil] exibe vários elementos idênticos colocados em uma parede. Sensíveis à luz, estes elementos são equipados com membros que se erguem como reação à sombra lançada pelo visitante e, portanto, funcionam como se fossem um mecanismo de defesa. Essas pequenas criaturas também se comunicam entre si e conseguem detectar, influenciar ou ser influenciadas pelo comportamento de suas criaturas similares. No processo, criam circuitos de retroalimentação que algumas vezes dão origem a eventos surpreendentes. Os espectadores testemunham um movimento sincronizado ou um efeito de reverberação, como se o movimento passasse de um elemento para outro. Outras vezes, seus gestos parecem caóticos e difíceis de entender. É exatamente por causa desse comportamento imprevisível que eles tanto se parecem com organismos vivos, interagindo e adaptando-se constantemente com o meio ambiente. Devido à sua aparência e movimentos delicados, essas criaturas são parecidas com insetos. Seu comportamento social também parece se inspirar em organismos que vivem em colônias, como as abelhas ou as formigas, já que cada inseto está fundamentalmente ligado aos outros naquilo que se pode chamar de um superorganismo. Vistas individualmente, essas criaturas são de interesse limitado: é principalmente como entidades colaborativas e de partilha de informações que demonstram sua significância. Usando métodos de inteligência distribuída dos quais surge um sistema de retroalimentação, essa colônia artificial funciona de acordo com sua própria ecologia ao imitar processos complexos do mundo biológico.

Foto/Photo: Aaron Mason

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Sessile displays several identical elements placed on a wall. Sensitive to light, these elements are equipped with limbs that rise in reaction to the shadow cast by the visitor and thus function somewhat like a defense mechanism. These little creatures also communicate between each other and can detect, influence or be influenced by the behaviour of their fellow creatures. In the process they create feedback loops which sometimes give rise to surprising events. Viewers witness a synchronized movement or a reverberation effect, as if the movement passed from one element to the other. At other times, their gestures seem chaotic and hard to understand. It is precisely because of this unpredictable behaviour that they so closely resemble living organisms which are constantly interacting with and adapting to their environment. Due to their delicate appearance and movements these creatures look like insects. Their social behaviour also seems to be inspired by organisms that live in colonies, such as bees or ants, since each one of them is fundamentally linked to the others in what can be called a superorganism. Viewed individually these creatures are of limited interest, it is rather as collaborative and information-sharing entities that they prove to be significant. Using distributed intelligence methods from which a feedback system emerges, this artificial colony functions according to its own ecology by imitating complex processes of the biological world.

Sessile montre plusieurs petits éléments identiques disposés sur un mur. Sensibles à la luminosité, ils sont pourvus de bras qui se dressent en réponse à l’ombre portée du visiteur comme par un mécanisme de défense. Ces petites créatures communiquent aussi les unes avec les autres et ont la capacité de détecter le comportement de leurs semblables, de l’influencer et d’être influencées à leur tour, créant ainsi des boucles de rétroaction qui donnent lieu à des événements parfois déroutants. Le visiteur assiste à un mouvement synchronisé ou alors à un effet de réverbération, comme si le mouvement se déplaçait de l’une à l’autre. À d’autres moments, leurs gestes paraissent chaotiques et difficiles à comprendre. C’est précisément le caractère imprévisible de leurs comportements qui les rend si proches des organismes vivants, en connexion et en adaptation continuelles avec leur environnement. De par leur apparence délicate et leurs mouvements, ces créatures ressemblent à des insectes. Leur comportement social semble inspiré, lui aussi, de celui des colonies d’abeilles ou de fourmis, chacune étant liée fondamentalement aux autres, comme au sein d’un superorganisme. D’un intérêt individuel limité, les unités gagnent en impact grâce au partage de l’information et à la collaboration. Utilisant les méthodes d’intelligence distribuée donnant naissance à un système de retours en boucle, cette colonie artificielle fonctionne selon sa propre écologie en imitant des processus complexes du monde vivant.

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STEVE DANIELS Sessile [Séssil] Foto/Photo: Ed Figueiredo

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ficha tÉcnica OBRAS

orGANIC ArCHES Arcos Orgânicos 2014 Instalação robótica inflável Tecido tensionado Tedlar, software (MaxMSP, Abelton Live) e hardware (válvulas, eletrônicos, peças usinadas e conectores) Equipe da obra Amorphic Robot Works: Chico MacMurtrie (diretor de arte), Luise Kaunert (representante do artista e gerente do projeto), Bill Bowen (software e hardware), Mathew Galindo (técnico de infláveis) e Zyia Zhang Zhongyuan (técnico de infláveis) Esta obra é uma coprodução do Sesc São Paulo, Automatica e Molior em 2014 e realizada em parceria com o Sesc São Paulo, Automatica e Molior, com o apoio do Conseil des Arts et des Lettres du Québec e do Canada Council for the Arts. Inflatable installation High tensile Tedlar fabric, software (MaxMSP, Abelton Live), hardware (valves, electronics, custom machined fittings, connectors) Team of Amorphic Robot Works : Chico MacMurtrie, Artistic Director Luise Kaunert, Artist Representative, Project Manager Bill Bowen, Software, Hardware Mathew Galindo, Inflatables technician Zyia Zhang Zhongyuan, Inflatables technician This Work has been coproduced with Sesc São Paulo, Automatica and Molior in 2014 and is presented in collaboration with Sesc São Paulo, Automatica and Molior with the support of Conseil des arts et des lettres du Québec and the Canada Council for the Arts.

Installation gonflable Feuilles de Tedlar à haute malléabilité, logiciel (MaxMSP, Abelton Live), matériel électronique (valves, composantes électroniques, raccords conçus sur mesure, connecteurs) Équipe de Amorphic Robot Works : Chico MacMurtrie, directeur artistique Luise Kaunert, agent artistique, directrice de projet Bill Bowen, logiciel, matériel électronique Mathew Galindo, technicien, composantes gonflables Zyia Zhang Zhongyuan, technicienne, composantes gonflables Cette oeuvre a été co-produite par le Sesc São Paulo, Automatica et Molior en 2014. Elle est présentée en collaboration avec le Sesc São Paulo, Automatica et Molior avec le soutien du Conseil des arts et des lettres du Québec et du Conseil des arts du Canada.

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pELT (Bestiary) PELAGEM (Bestiário) 2012 Instalação cinética e interativa Manta de neoprene, nylon, aço, motores, sensores, feltro, tubo de fibra de vidro e microcontroles Equipe: Sarah Comfort, Dana Dal Bo, Chris Flower, Martin Peach, Jonathan Villeneuve e AF Wauthy Agradecimento: Canada Council for the Arts, FQRSC Realizado em parceria com o Sesc São Paulo, Automatica e Molior, com o apoio do Conseil des Arts et des Lettres du Québec e do Canada Council for the Arts. Kinetic and Interactive Installation Neoprene rubber, nylon, steel, motors, sensors, felt, fibreglass tubing, microcontrollers Team: Sarah Comfort, Dana Dal Bo, Chris Flower, Martin Peach, Jonathan Villeneuve, AF Wauthy Thanks to: Canada Council for the Arts, FQRSC Presented in collaboration with Sesc São Paulo, Automatica and Molior with the support of Conseil des arts et des lettres du Québec and Canada Council for the Arts.

Installation cinétique et interactive Caoutchouc néoprène, nylon, acier, moteurs, capteurs, feutre, tubes en fibre de verre, microcontrôleurs Équipe: Sarah Comfort, Dana Dal Bo, Chris Flower, Martin Peach, Jonathan Villeneuve, AF Wauthy Remerciements: Conseil des arts du Canada, FQRSC Présenté en collaboration avec le Sesc São Paulo, Automatica et Molior avec le soutien du Conseil des arts et des lettres du Québec et du Conseil des arts du Canada.

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peripheral response Resposta Periférica 2006 Instalação robótica Aço, eletrônicos, computador e interfaces especialmente construídas Equipe: agradecimento especial a Martin Peach Agradecimento: Manitoba Arts Council, PEO, CIAM Realizado em parceria com o Sesc São Paulo, Automatica e Molior, com o apoio do Conseil des Arts et des Lettres du Québec e do Canada Council for the Arts. Robotic Installation Steel, electronics, computer and custom built interfaces Team: Special thanks to Martin Peach Thanks to: Manitoba Arts Council, PEO, CIAM Presented in collaboration with Sesc São Paulo, Automatica and Molior with the support of Conseil des arts et des lettres du Québec and Canada Council for the Arts.

Installation robotique Acier, composantes électroniques, ordinateur, interfaces faites sur mesure Équipe: Remerciement spécial à Martin Peach Remerciements: Manitoba arts Council, PEO, CIAM Présenté en collaboration avec le Sesc São Paulo, Automatica et Molior avec le soutien du Conseil des arts et des lettres du Québec et du Conseil des arts du Canada.

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Hypoxia (#3 and #4) Hipóxia (#3 e #4) 2011 Instalação cinética e sonora Tubos de metal, alto-falantes, cabos, motores, microfone, amplificador, compressor de ar para aquários, mangueira trançada expansível e silicone Equipe: David Jacques (tubos de metal), Pascal Audet (programação) Agradecimento: Canada Council for the Arts Realizado em parceria com o Sesc São Paulo, Automatica e Molior, com o apoio do Conseil des Arts et des Lettres du Québec e do Canada Council for the Arts. Sound and kinetic installation Metal tubing, speakers, cables, motors, microphone, amplifier, aquarium compressor (air), expandable braided sleeving, silicone Team: David Jacques (Metal tubing), Pascal Audet (Programming) Thanks to: Canada Council for the Arts Presented in collaboration with Sesc São Paulo, Automatica and Molior with the support of Conseil des arts et des lettres du Québec and Canada Council for the Arts.

Installation cinétique et sonore Tube de metal, haut-parleurs, cables, moteurs, microphone, amplificateur, compresseur d’aquarium (air), gaine tressée extensible, silicone Équipe: David Jacques (tubes de metal), Pascal Audet (programmation) Remerciements: Conseil des arts du Canada Présenté en collaboration avec le Sesc São Paulo, Automatica et Molior avec le soutien du Conseil des arts et des lettres du Québec et du Conseil des arts du Canada.

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Anima ANIMA 2009

Agente robótico autônomo Borracha de silicone, pigmentos, ventilador, mecanismos e eletrônicos customizados Realizado em parceria com o Sesc São Paulo, Automatica e Molior, com o apoio do Conseil des Arts et des Lettres du Québec e do Canada Council for the Arts. Autonomous Robotic Agent Silicon rubber, pigments, fan, custom mechanics and electronics Presented in collaboration with Sesc São Paulo, Automatica and Molior with the support of Conseil des arts et des lettres du Québec and Canada Council for the Arts.

Agent robotique autonome Caoutchouc de silicium, pigments, ventilateur, composantes mécaniques et électroniques faites sur mesure Présenté en collaboration avec le Sesc São Paulo, Automatica et Molior avec le soutien du Conseil des arts et des lettres du Québec et du Conseil des arts du Canada.

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Sessile Séssil 2008-2011 Escultura cinética Motores, eletrônicos customizados, cortadora CNC para PVC, ABS e nylon Realizado em parceria com o Sesc São Paulo, Automatica e Molior, com o apoio do Conseil des Arts et des Lettres du Québec e do Canada Council for the Arts. Kinetic sculpture Motors, custom electronics, CNC cut PVC, ABS and Nylon Presented in collaboration with Sesc São Paulo, Automatica and Molior with the support of Conseil des arts et des lettres du Québec and Canada Council for the Arts.

Sculpture cinétique Moteurs, composantes électroniques fabriquées sur mesure, PVC coupé avec une machine CNC, ABS, nylon Présenté en collaboration avec le Sesc São Paulo, Automatica et Molior avec le soutien du Conseil des arts et des lettres du Québec et du Conseil des arts du Canada.

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ficha tÉcnica PROJETO

Serviço Social do Comércio / The Social Service of Commerce / Service Social du commerce Administração Regional no Estado de São Paulo / Regional Administration in São Paulo State / Administration Régionale de l’État de São Paulo Presidente do Conselho Regional / President of the Regional Council / Président du Conseil régional Abram Szajman Diretor Regional / Regional Director / Directeur régional Danilo Santos de Miranda Superintendentes / Superintendents / Surintendants Técnico-Social / Social Technician / Technico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social / Social Communication / Communication Sociale Ivan Giannini Administração / Administration Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento / Technical and Planning Consultant / Conseil technique et planification Sérgio José Battistelli Gerentes / Managers / Gérants Artes Visuais e Tecnologia / Visual Arts and Technology / Arts visuels et de la technologie Juliana Braga Adjunta / Deputy Manager/ Adjoint Nilva Luz Assistentes /Assistants Melina Marson, Gustavo Torrezan Estudos e Desenvolvimento / Studies and Development / Études et développement Marta Colabone Adjunto / Deputy Manager / Adjoint Iã Paulo Ribeiro Artes Gráficas / Graphic Center / Arts Graphiques Hélcio Magalhães Adjunta / Deputy Manager / Adjoint Karina Musumeci Relações Internacionais / International Affairs / Affaires Étrangères Aurea Leszczynski Vieira Gonçalves Santana Lilia Marcia Barra Adjunto / Deputy Manager / Adjoint Mario Fernandes da Silva

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DESPERTAR - ÉVEIL - ALIVE Artistas / Artists / Artistes Chico MacMurtrie, Ingrid Bachmann, Jane Tingley, Jean-Pierre Gauthier, Paula Gaetano Adi, Steve Daniels Sesc Santana Coordenadores de Área / Area Coordinators / Coordonnateurs Suzana Garcia, Silvan Oliveira da Silva, Viviane Gabarron, Rodrigo Augusto C. Souza, Alcione Pereira Müzel Teixeira Equipe / Staff Talita Rebizzi, Daniele Queiroz Curadoria / Curator / Commissaire Sylvie Parent Expografia / Exhibition Design / Expographie Artificio Vasco Caldeira, Ana Lucia Bortoletto, Maria Fernanda Miserochi, Zildete Mesquita Projeto Gráfico / Graphic Design / Conception graphique Studio Meios Julio Miquelini, Maria Fernanda Miserochi Designer de Iluminação / Lighting Designer / Conception d’éclairage Design da Luz Estúdio Fernanda Carvalho, Renata Fongaro Montagem / Set-up Team / Assemblage Coordenação / Coordination Sergio Santos, Marta Bruno Equipe / Team Andre Cruz, Cesar Lopes, Eduardo Domingues Junior, João Rebello, Jeff Lemes, Jorge Garcia, Mauro Cesar Silva, Mike Rocha, Rodolfo Martins Alves

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Produção / Production Groupe Molior (Québec, Canada) Diretora / Director / Directrice Andrée Duchaine Diretora Adjunta / Assistant Director / Directrice Adjointe Aurélie Besson Diretor Técnico / Technical Director / Directeur Technique Danny Perreault Automatica (Brasil) Direção-geral / Director General / Directrice générale Luiza Mello Produção / Production Arthur Moura Gestão / Manager / Gestion Marisa S. Mello Projeto Educativo / Educational Project / Projet éducatif Acontemporânea Cultural Coordenação / Coordination Marcela Tiboni Supervisores / Supervisors / Superviseurs Gabriela Piernikarz, Ricardo Hino Educadores / Educators / Éducateurs Juliana Nersessian, Antônio Sandoval, Talita Gouveia, Caio Araujo, Diermany D’Alessandro Catálogo / Catalog / Catalogue Texto / Text / Texte Sylvie Parent Revisão / Proofreading / Révision Duda Costa, Francine Carbouès Tradução / Translation / Traduction Alain François, Bernard Schütze, Izabel Murat Burbridge

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REALIZAÇÃO

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STEVE DANIELS Sessile [SĂŠssil] Foto/Photo: Aaron Mason

Sesc Santana Av. Luiz Dummont Villares, 579 CEP 02085-100 Tel (11) 2971 8700 email@santana.sescsp.org.br sescsp.org.br @sescsantana /sescsantana

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