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— Tom Boechat
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Ignez Capovilla Orlando Farya Miro Soares Bruno Zorzal
Dinâmicas da fotografia em contexto de viagem
Dynamics of photography in context of travel
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Centro Cultural Sesc Glória Av. Jerônimo Monteiro, 428 Centro, Vitória, ES — Brasil 29010-002
sesc-es.com.br
Dinâmicas da fotografia em contexto de viagem
Dynamics of photography in context of travel
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte – CIP Centro Cultural Sesc Glória (David Rocha – CRB 713/ES) Imagem-Passagem: dinâmicas da fotografia em contexto de viagem / textos de Eder Chiodetto; Miro Soares [tradução Flavia Wanzeller Kunsch; revisão em português Tiago Zanoli]. – Vitória, ES: Centro Cultural Sesc Glória, 2016. 112 p. : il.
Edição bilíngue: português/ inglês. Catálogo da exposição realizada no Centro Cultural Sesc Glória, Vitória/ ES, de 25 de outubro a 23 de dezembro de 2016. Artistas expositores: Tom Boechat, Ignez Capovilla, Orlando Farya, Miro Soares, Bruno Zorzal
ISBN 978-85-69009-02-3 1. Artes visuais. 2. Fotografia brasileira. 3. Fotografia contemporânea — exposição. I. Título. II. Boechat, Tom. III. Capovilla, Ignez. IV. Farya, Orlando. V. Soares, Miro. VI. Zorzal, Bruno. 69009
CDD: 779.9
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25 de Outubro a 23 de Dezembro, 2016 October 25 to December 23, 2016 Vitória, ES
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Dinâmicas da fotografia em contexto de viagem
Tom Boechat Ignez Capovilla Orlando Farya Miro Soares Bruno Zorzal
Eder Chiodetto Miro Soares
Dynamics of photography in context of travel
Centro Cultural Sesc Glรณria
O Centro Cultural Sesc Glória celebra seu segundo ano de atividades com a exposição Imagem—Passagem: dinâmicas da fotografia em contexto de viagem. Por meio das obras dos artistas capixabas Tom Boechat, Ignez Capovilla, Orlando Farya, Miro Soares e Bruno Zorzal, a exposição revela diferentes trajetórias, percursos, referências e experiências sob um ponto de partida (ou de retorno) comum: a ilha de Vitória. Imagem—Passagem potencializa a relação entre atmosferas distintas e evidencia a produção recente de artistas conectados ao seu tempo. Ao reunir artistas-fotógrafos que versam sobre imersões, vivências, conexões e impressões acerca de sua localidade e de outros ambientes ao redor do mundo, esta exposição inédita apresenta visões de contextos tão específicos quanto universais. Imagem—Passagem propõe, assim, a discussão de um campo ampliado na fotografia. Com esta mostra, o Centro Cultural Sesc Glória reforça o seu compromisso de dar visibilidade à produção artística local e oferece ao público uma programação pautada na diversidade, no diálogo e no intercâmbio entre artistas, linguagens e propostas, estimulando a fruição artística e consolidando-se como polo difusor das artes visuais no Espírito Santo.
Centro Cultural Sesc Glória celebrates its second year of activities with the exhibition Imagem—Passagem: dynamics of photography in context of travel. With artworks by the Capixaba artists Tom Boechat, Ignez Capovilla, Orlando Farya, Miro Soares and Bruno Zorzal, the exhibition reveals different trajectories, journeys, references and experience, from a common starting (or returning) point: the island of Vitória. Imagem—Passagem intensifies the relationship between distinct atmospheres and gives visibility to the recent contemporary production of artists connected with their time. By gathering photographer-artists who discuss immersion, experience, connections and impressions concerning their locality and other environments around the world, this unprecedented exhibition presents views of contexts both specific and timeless. Imagem—Passagem proposes, thus, the discussion about an expanded field in photography. With this display, Centro Cultural Sesc Glória reinforces its commitment with giving visibility to the local artistic production and offers the public a program based on diversity, dialog and the exchange between artists, languages and proposals, stimulating artistic fruition and consolidating itself as a promoter of the visual arts in Espírito Santo.
Apresentação Introduction
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Artistas Artists
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Tom Boechat Ignez Capovilla Orlando Farya Miro Soares Bruno Zorzal
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Principais exposições
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Crítica Critical essay
Main exhibitions
Imagem — Passagem: dinâmicas da fotografia em contexto de viagem
Image — Passage: dynamics of photography in context of travel
Metáfora da vida, a viagem é um movimento físico e mental de aspectos múltiplos: é uma escolha, um caminho de aprendizagem, um rito de passagem, um exílio voluntário; é uma necessidade, uma obrigação, um exílio de fato; é uma fuga, uma volta; um momento de lazer, um simples produto de consumo. Sob a perspectiva do movimento voluntário, a viagem realiza a ânsia de descoberta de outras geografias e culturas ao mesmo tempo que a necessidade de ruptura com o cotidiano, com o ambiente estável, com o rentável. Ela responde ao desejo do indivíduo de transformar sua própria visão do mundo, de realizar a experiência da alteridade (a verdadeira experiência da diversidade, como nos ensina Victor Segalen), de se colocar diante do acaso, do imprevisto, do desconhecido, de sair de sua zona de conforto (se desfazer do cobertor macio do hábito, como diz Vilém Flusser). Ela responde a questões essenciais e existenciais. A viagem é, assim, uma passagem não apenas para outra destinação, mas para um outro devir, não somente um meio para se chegar a outro lugar, mas um fim em si mesmo. Um lugar-momento de abertura e de possibilidades. Viajar então para se perder, se transformar, enfim, para se encontrar. A rica iconografia da viagem ao longo da história, em diferentes campos, testemunha esse desejo pelo outro lugar além do aqui. Na história da arte europeia, a viagem serviu reiteradamente como fonte de inspiração para escritores e pintores, motivados pelo exotismo do mun-
As a metaphor for life, traveling is a physical and mental movement of multiple aspects: it is a choice, a road to apprenticeship, a rite of passage, a voluntary exile; it is a necessity, an obligation, an actual exile; it is an escape, a return; a moment of leisure, a simple commodity. Under the perspective of the voluntary movement, traveling fulfills the eagerness for the discovery of other geographies and cultures, at the same time as the necessity of rupturing with daily life, with stable environments, with what is profitable. It answers one’s desire to transform their own view of the world, to live the experience of alterity (the true experience of diversity, as taught by Victor Segalen), to put oneself in front of chance, of the unpredictable, of the unknown, to leave the comfort zone (to dispose of the soft blanket of habit, as it is said by Vilém Flusser). It answers to essential and existential questions. Traveling is, thus, a passage not only to another destination, but to a new becoming, it is not only a way to get to another place, but an end in itself. A moment-place of openness and possibilities. Therefore, travel to lose yourself, transform yourself, that is, to find yourself. The rich iconography of traveling throughout history, in different fields, witnesses this desire for the other place that is beyond what is here. In the history of European Art, traveling has repeatedly served as a source of inspiration for writers and painters, driven by the exoticism of the Eastern World, or the New World of America. Today, as pointed by
Miro Soares
Miro Soares
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do oriental ou do novo mundo americano. Hoje, como observa Nicolas Bourriaud, a viagem é onipresente nas obras contemporâneas, seja como forma, seja como iconografia, seja como método. Um número crescente de artistas escolhe o deslocamento como uma estratégia privilegiada no processo de criação. A viagem é o motor de uma criação que busca alargar as fronteiras ao mesmo tempo geográficas, geopolíticas e artísticas. Tudo começa longe daqui. Essa posição artística se funda na necessidade poética da partida. O ateliê do artista se desmaterializa e deixa de ser o lugar de criação. A viagem estimula e determina uma criação nômade. Combinando o processo de trabalho com a própria experiência pessoal, o artista produz formas que fazem elogio de uma experiência direta do mundo. Nesse sentido, o percurso, a caminhada, o itinerário é não apenas um tema das obras, mas uma experiência efetiva a ser vivida, um espaço de experimentação em busca de novas formas. Na verdade, a viagem se tornou uma forma artística em si. Para os artistas, viajar é uma busca de imagens de outras paisagens naturais ou urbanas, um meio para investigar questões ligadas à identidade, à história e à memória, e sempre proporcionar uma abordagem reflexiva sobre a arte e o processo de criação. Para além da arte, essas práticas artísticas desenvolvidas em contexto de viagem são um testemunho do estado do mundo atual. Elas demonstram como as dinâmicas de lugar tomam expressão no campo da fotografia, numa época em que se observa um grande fluxo de população através do mundo, principalmente por razões pós-coloniais, pela massificação do turismo e pelo estabelecimento de novas redes no circuito da arte, que fazem deslocar também os artistas. Na era da globalização e do turismo de massa, em que, como afirma Susan Sontag, a fotografia se tornou um divertimento de massa e a experiência da viagem foi reduzida a uma estratégia para acumular fotos, o desafio é oferecer elementos que ajudem a construir um
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Nicolas Bourriaud, traveling is omnipresent in contemporary works, either as form, or as iconography, or as method. A growing number of artists choose displacement as a privileged strategy during the creative process. Traveling is the engine for artistic practices that aim to broaden its frontiers that are, at the same time, geographic, political and artistic. It all starts far from here. This artistic position is based on the poetic need for departure. The artist’s studio is dematerialized and ceases being the place of creation. Traveling stimulates and determines a nomadic creation. By combining the working process with their own personal experience, the artist produces artistic forms that are complimentary about direct experiences of the world. To this end, the journey, the walk, the itinerary is not only a theme for the artworks, but an effective experience to be lived, a space of experimentation in search of new artistic forms. As a matter of fact, traveling has become a new artistic form in itself. For artists, traveling is a search for images of other natural or urban landscapes, a means for investigating questions regarding identity, history and memory, and always providing a reflexive approach about art and the creative process. Besides art, these artistic practices developed in a context of travel, are a testimony of today’s world state. They show how the place dynamics gain expression in photography, in a time that a great population flow throughout the world can be observed, especially for post-colonial reasons, for the massification of tourism and for the establishing of new networks in the art circuit, which also put the artist in movement. In the era of globalization and mass tourism, in which, according to Susan Sontag, photography has become a mass entertainment and the travel experience has been reduced to a strategy to accumulate pictures, the challenge is to offer elements that help building a view of the world that is both critical and poetic, and that also collaborate with the struggle against suppressing local particularisms
olhar ao mesmo tempo crítico e poético sobre o mundo e que colabore na luta contra a supressão dos particularismos locais e a homogeneização estética. Sempre fundadas na dialética do local e do global, essas práticas podem: oferecer uma atitude crítica com relação a noções estabelecidas e à transformação de instituições tradicionais (família, terra natal, nação etc.); sugerir um ceticismo com relação à estabilidade, à certeza e à ordem; reafirmar o fim dos grandes discursos; e sinalizar a passagem de uma identidade nacional para uma identidade multicultural, do indivíduo ancorado a suas raízes àquele que se libera de parte de sua cultura, ao mesmo tempo em que integra partes de outras culturas.
and the aesthetic homogenization. Always founded on the dialects of what is local and global, these practices may: offer a critical attitude in regards to the established notions and to the transformation of traditional institutions (family, homeland, nation, etc.); suggest skepticism in regards to stability, to certainty, to the order; reaffirm the end of great discourses; signal the passage from a national identity to a multicultural one, from the individual anchored to their roots to the one who breaks free from part of their culture, at the same time integrating themselves into parts of other cultures.
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— Tom Boechat
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É graduado em Artes Visuais (2011) e mestre em Artes (2013) pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Morou em Nova York de 1993 a 1997, quando estudou no International Center of Photography. Por mais de quinze anos desenvolveu inúmeros trabalhos comerciais para agências de publicidade e trabalhos editoriais para revistas e jornais de circulação nacional e internacional. Atualmente é professor do Departamento de Artes Visuais da Ufes, onde desenvolve pesquisa sobre a relação entre fotografia documentária e arte contemporânea. Já participou de exposições no Museu Vale, na Galeria Homero Massena, no Museu de Arte do Espírito Santo (Maes), na Galeria de Arte e Pesquisa da Ufes (GAP) e na OÁ Galeria. Possui trabalhos produzidos em Nova York, Rio de Janeiro, Tóquio, Bangalore e Vitória. É representado em Vitória pela OÁ Galeria.
Boechat has a degree in Visual Arts (2011) and a Master’s in Arts (2013) from Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). He lived in New York from 1993 to 1997, when he went to the International Center of Photography. From 1997 until 2013, he worked as a professional photographer on assignments for advertising agencies as well as for national and international magazines and newspapers. He is a Photography professor at the Department of Visual Arts at UFES, where he teaches and researches on the relationship between documentary photography and contemporary art. His work has been shown at Museu Vale, Galeria Homero Massena, Museu de Arte do Espírito Santo (MAES), Galeria de Arte e Pesquisada UFES (GAP) and at OÁ Galeria. He is represented in Vitoria by OÁ Galeria.
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Toquiotas
Tokyoites
2005—2006
2005—2006
Impressão jato de tinta em papel fosco a partir de fotografia digital, políptico com tamanho total de 190 x 300 cm
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Inkjet print on matte paper from digital files, polyptych with a total size of 190 x 300 cm
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— Ignez Capovilla
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Professora de fotografia na Universidade de Vila Velha (UVV), mestranda em Artes pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), especialista em educação, graduada em Artes Visuais, pela Ufes, e em Fotografia, pela UVV. Utiliza a fotografia para desenvolver trabalhos artísticos, individuais ou em colaboração. Encontra nela possibilidade de diálogo com o outro, organiza e desorganiza o mundo por meio da imagem técnica. Participa de diversas exposições coletivas desde 2006. Em 2014, foi convidada para documentar o acervo da Galeria de Arte Espaço Universitário. Em 2013, montou sua primeira individual, “por novos horizontes”, participou da residência artística na Nuvem — Estação Rural de Arte e Tecnologia e do projeto “Isso não é flamenco”, de Ivna Messina, que dialoga com fotografia, vídeo, dança e teatro. Em 2011, foi premiada com Bolsa Ateliê em Artes Visuais, da Secult-ES.
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Professor of Photography at Universidade de Vila Velha (UVV), MA student of Arts at Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), she has a Postgraduate certificate in Education and a degree in Visual Arts from UFES, and also a degree in Photography from UVV. She utilizes photography to develop solo and collaborative art works. She finds [in photography] the possibility to dialogue with the Other, she organizes and disorganizes the world using the technical image. She has participated in various group exhibitions since 2006. In 2014, she was invited to document the collection of the Galeria de Arte Espaço Universitário. In 2013, she assembled her first solo exhibition, “por novos horizontes”, and she participated in the artistic residency at Nuvem — Estação Rural de Arte e Tecnologia and in the project “Isso não é um flamenco”, by Ivna Messina, which dialogues with photography, video, dance and theater. In 2011, she was granted the Bolsa Ateliê em Artes Visuais, from Secult-ES.
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Santa Maria de Jetibรก
Santa Maria de Jetibรก
2016
2016
Fotografia
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Photography
Prova de contato
Contact proof
2014—2016
2014—2016
Vídeo
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Video
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— Orlando Farya — — —
É professor adjunto do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Atualmente está em fase de conclusão do doutoramento na Escola de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Graduado em Artes Plásticas pela Ufes, é especialista em conservação de bens culturais móveis, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em História da Arte e Arquitetura no Brasil e mestre em História Social da Cultura, pela PUCRio. Participou de oficinas no Galpão do Museu de Arte Moderna (MAM) e na Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Rio de Janeiro. Desde os anos 80, participa de salões de artes plásticas, festivais de arte, cinema e vídeo, exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior.
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Farya is an adjunct professor at the Arts Center of Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Currently he is concluding his PhD at Escola de Belas Artes at Universidade de Lisboa. He has a degree in Fine Arts from UFES, a postgraduate certificate in conservation of mobile cultural properties from Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a postgraduate certificate in History of Art and Architecture in Brazil and a Master’s in Social History of Culture from PUC-Rio. He has participated in workshops at Galpão do Museu de Arte Moderna (MAM) and at Escola de Artes Visuais of Parque Laje, Rio de Janeiro. Since the 80s he has participated in Fine Arts salons, art, cinema and video festivals, and also in group and solo exhibitions in Brazil and abroad.
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SĂŠrie Acheiropoieton
Acheiropoieton Series
2016 Lisboa
2016 Lisbon
Câmeras iPhone 6S e Moto G
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iPhone 6S and Moto G Cameras
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— — Miro Soares — —
Artista visual, filmmaker, pesquisador e viajante, trabalha na interseção dos campos da fotografia, do cinema, do vídeo e das novas mídias, explorando os conceitos de mobilidade e de arte contextual. É doutor em Artes e Ciências da Arte pela Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne. É mestre em Artes pela École Supérieure d’Art de Grenoble e mestre em Artes e Mídias Digitais pela Université Paris 1. Seus trabalhos têm sido exibidos em exposições, festivais de cinema e festivais de arte e tecnologia em mais de vinte países. Entre outros reconhecimentos, foi premiado pela Fundação Bienal de São Paulo, teve trabalho comissionado pelo Centre Pompidou e recebeu bolsa de produção da Bergen Kommune. Realizou oito residências artísticas em sete países: Finlândia, Alemanha, Noruega, Eslovênia, Lituânia, Letônia e Países Baixos.
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Visual artist, filmmaker, researcher and traveler, Miro Soares works in the intersection of the fields of photography, cinema, video and new media, exploring the concepts of mobility and contextual art. Soares is a Doctor in Arts and Sciences of Art from Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne. He holds two Master’s degrees: in Arts from École Supérieure d’Art de Grenoble and in Arts and Digital Media from Université Paris 1. His work has been exhibited in shows, film festivals, art and technology festivals in more than twenty countries. Among other recognitions, he has been awarded by Fundação Bienal de São Paulo, commissioned by Centre Pompidou and granted by Bergen Kommune. He has participated in eight artistic residencies in seven countries: Finland, Germany, Norway, Slovenia, Lithuania, Latvia and the Netherlands.
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Reservat贸rio de Mem贸rias
Memory Pool
2016 Daugavpils, Let么nia
2016 Daugavpils, Latvia
Com o apoio do Centro de Arte Mark Rothko. Daugavpils, Let么nia
With the support of Daugavpils Mark Rothko Art Centre, Latvia
Fotografia digital, 100 x 150 cm
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Digital photography, 100 x 150 cm
Campos Liminares
Liminal Fields
2016 [2009] EslovĂŞnia, CroĂĄcia e Hungria
2016 [2009] Slovenia, Croatia and Hungary
Filme Super 8 transferido para 4K, mudo, 3 min.
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Super 8 film transferred to 4K, silent, 3 min.
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— Bruno Zorzal
É doutor em Estética, Ciência e Tecnologia das Artes Plásticas e Fotografia, pela Universidade Paris 8, na França, com uma pesquisa sobre exploração artística de fotografias já existentes. É mestre com especialidade em Estética e História das Artes Plásticas e Fotografia, pela Paris 8, pós-graduado em fotografia pela Escola Romana de Fotografia, na Itália, e bacharel em Comunicação Social/Jornalismo, pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Fotógrafo, artista e pesquisador membro do Laboratório Arte das Imagens e Arte Contemporânea, da Paris 8, explora as potencialidades estéticas singulares e paradigmáticas da fotografia como meio de expressão. Experiências com diferentes dispositivos e convergências na fotografia de outras artes, como vídeo e pintura, são alguns dos caminhos que investiga, teórica e artisticamente. Expõe, desde 2007, no Brasil e no exterior. É representado em Vitória pela Galeria OÁ.
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Zorzal is a Doctor in Photography and Fine Arts Aesthetics, Science and technology from University Paris 8, France, and his research consisted in the artistic exploring of already existing photographs. He has a Master’s in Aesthetics and History of Fine Arts and Photography, from Paris 8, a postgraduate certificate in Photography from Roman School of Photography, Italy, and a Bachelor’s in Social Communication/ Journalism from Federal University of Espírito Santo (UFES). Photographer, artist and researcher member of the Arts of Images and Contemporary Art Laboratory, in Paris 8, he explores the paradigmatic and singular aesthetic potentialities of photography as a means of expression. Some of the fields he investigates, both theoretic and artistically, are experiments held with different devices and also the convergence in the photographing of other arts, such as video and painting. His work has been exposed in Brazil and abroad since 2007. He is represented in Vitória by Galeria OÁ.
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Nรณs, os Vizinhos de Pier Paolo
We, the Neighbors of Pier Paolo
jato de tinta, 36 x 940 cm (conjunto)
on inkjet print, 36 x 940 cm (set)
Fotografia analรณgica e digital em impressรฃo
2016 (2006-2010)
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Analogue and digital photography
2016 (2006-2010)
Crítica
Critical essay
Lançar-se à deriva sempre. Menos pela incapacidade de enraizar-se em algum espaço geográfico ou simbólico definido, mais pela astuta compreensão de que a mutação constante é, inexoravelmente, uma condição humana per si. Perder-se infinitas vezes é, paradoxalmente, a forma mais segura de encontrar-se em alguma esquina inesperada desse labirinto. Imagem—Passagem flagra elipses em movimento de cinco artistas. Ao lançarem-se no mundo e se exporem ao fortuito, suas identidades culturais locais ganham novos aportes. Descortina-se um mundo prenhe de novas possibilidades, encontros inesperados, um jogo de autoanálise que os transforma e finda, após essa jornada subjetiva, a alterar por completo a visão que tinham na origem. Jamais, afinal, regressamos ao mesmo lugar do qual saímos. Bruno Zorzal encadeia imagens que suscitam um longa-metragem do qual foram subtraídos vários fotogramas. A história inconclusa, que o espectador é impelido a completar, sabendo de antemão que não há um caminho lógico a percorrer a não ser o da sua própria experiência, serve de metáfora para o sentimento de expatriação. As fotografias que compõem esse pseudofilme de tropeços, intitulado “Nós, os Vizinhos de Pier Paolo”, foram obtidas num jogo especular entre os desvãos da deriva de Zorzal pela Itália, tendo a obra de Pasolini como bússola
Always cast yourself adrift. Not quite for the incapacity to take root in a defined space, whether it is a geographic or a symbolic one, but for the astute understanding that constant mutation is inexorably a human condition. Losing yourself countless times is, paradoxically, the most secure way to find yourself, even in an unexpected corner of this maze. Imagem—Passagem captures the moving ellipsis of five artists. As they cast themselves in the world and get exposed to fortune, their local cultural identities gain new contributions. A new world unveils, pregnant with new possibilities, unexpected encounters, a self-analysis game that transforms them and ends up, after this subjective journey, completely changing the view they had from the origin. After all, we never return to the same place we left. Bruno Zorzal intertwines images that evoke a feature film from which various frames were subtracted. The inconclusive story, which impels the spectator to conclude it, knowing beforehand that there is not a logic way to go unless the one of their own experience, serves as a metaphor to the feeling of expatriation. The photographs that compose this stumbling pseudo film, entitled “We, the Neighbors of Pier Paolo”, were obtained from a specular game between the nooks of Zorzal’s drifting in Italy, having Pasolini’s work as an erratic compass. In an amphetamine-like rhythm, mournful sceneries succeed one another, images that seem to be
Eder Chiodetto
Eder Chiodetto
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errática. Em ritmo anfetamínico, sucedem-se cenários lúgubres, imagens que parecem recuperadas de um álbum familiar arruinado, personagens atônitos, promessas não cumpridas de encontros, a usura do tempo e memórias de temporalidade inexata. Todos os símbolos se apresentam recobertos por uma atmosfera sinistra e sedutora. O desconhecido e o inconsciente emergem, enfim, com a força da sedução daquilo que nos amedronta. Essa pregnância possível que as imagens de Zorzal buscam validar é diametralmente oposta ao esvaziamento e às memórias descartáveis promovidas pela geração automática de imagens no contemporâneo, investigadas por Ignez Capovilla, e o método de edição que ela propõe em “Prova de Contato”. A percepção do que é descartável e daquilo que deve ser resguardado como memória afetiva na errância pelo mundo interpela e configura os diários de bordo desses cinco viajantes. Miro Soares, em seu “Reservatório de Memórias”, realizado na Letônia, flagra certas disjunções próprias de um país que ainda busca sua identidade após tornar-se independente da União Soviética, há menos de três décadas. Em desoladoras imagens de uma piscina pública, na qual moradores do entorno depositam lixos domésticos, Soares espalha fotografias vernaculares e cartões postais. Dessa forma, o artista capta e reativa, por meio do enfático abandono, as aspirações e a luta inglória pela reafirmação de um espaço de sociabilidade e perenidade, atribuindo aos despojos uma conexão atávica com o destino dos agentes dessa história social. Contraponto sintomático da deriva, que ora leva ao esvaziamento da alteridade na paisagem, ora reivindica sua reinserção no mundo, é o que promovem as séries “Toquiotas”, de Tom Boechat, e “Acheiropoieton”, de Orlando da Rosa Farya. Boechat circunscreve seu ensaio à cidade de Tóquio, que surge reconstruída à golpes de luz noturna e moldada por uma arquitetura que parece feita mais para enclau-
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recovered from a ruined family album, astonished characters, unfulfilled promises of encounters, the usury of time and memories of inexact temporalities. All the symbols present themselves covered by a sinister and seductive atmosphere. The unknown and the unconscious emerge, ultimately, with the force of seduction of what frightens us. This possible pregnancy that Zorzal’s images aim to validate is diametrically opposed to the emptying and to the disposable memories promoted by the automatic generation of images in this contemporary time, investigated by Ignez Capovilla, and the edition method she proposes in “Contact Proof”. The perception of what is disposable and of what must be protected as an affective memory while wandering the world, questions and configures the logs of these five travelers. Miro Soares, in his “Memory Pool” made in Latvia, catches certain disjunctions particular to a country that still searches for its identity after becoming independent from the Soviet Union, less than three decades ago. In desolate images of a public pool, in which locals deposited household waste, Soares spreads vernacular photographs and postcards. This way, the artist captures and reactivates, by means of the emphatic abandonment, the aspirations and the inglorious struggle for the reaffirmation of a space for sociability and continuity, attributing to the spoilage an atavistic connection with the destination of the agents of this social history. A symptomatic counterpoint of drifting, that sometimes leads to the emptying of alterity in the landscape, and other times claims its reintegration into the world, is what the series “Tokyoites”, by Tom Boechat, and “Acheiropoieton”, by Orlando da Rosa Farya, promote. Boechat circumscribes his essay to Tokyo, a city that appears reconstructed by punches of nocturnal lights and shaped by an architecture that seems to be made to cloister rather than to shelter the men who built it. As movie scenes that seem to precede the climax of a
surar do que para abrigar os homens que a construíram. Como cenas de cinema que parecem anteceder o clímax de um evento sinistro, o fotógrafo cria uma constelação de ícones que orbitam entre o temor e o fascínio daquilo que se oculta, mas pulsam na latência do devir. Seria essa antessala enigmática do trágico a sensação que aguça os sentidos dos viajantes que se lançam sem um destino claro pelo mundo? Esse destino indeterminado, que filia-se psicanaliticamente à busca obsessiva por um eu reconhecível diante do espelho e em meio à multidão, vislumbra um lugar possível para aportar em “Acheiropoieton”, termo que, segundo a tradição cristã, refere-se aos ícones que surgem de forma misteriosa, sem a participação da mão humana. Nessa série, a silhueta de Farya funde-se com elementos naturais para criar um corpo-paisagem, corpo-vegetal, corpo-relva e corpo-rocha, para aludir a um nostálgico e irreconciliável retorno ao princípio fundador do homem e do cosmos. Na deriva, enfim, alcançamos a transcendência.
sinister event, the photographer creates a constellation of icons that orbit around the fear and the fascination for what is hidden, and yet pulse in the latency of what is to come. Would this enigmatic anteroom of tragedy be the sensation that sharpens the senses of travelers that cast themselves into the world without a clear destination? This undetermined destination, that psychoanalytically joins the obsessive search for an unrecognizable self in front of the mirror and among the crowd, glances at a possible place to land in “Acheiropoieton”, a term that, according to Christian tradition, refers to the icons that appear mysteriously, without the participation of the human hand. In this series, Farya’s silhouette merges with natural elements to create a landscape-body, a vegetal-body, a grass-body and a rock-body, alluding to a nostalgic and irreconcilable return to the founding principle of men and the cosmos. By drifting, we finally reach transcendence.
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Principais exposições Main exhibitions
— Tom Boechat
— Ignez Capovilla
Exposições Coletivas Group Exhibitions
Exposições Coletivas Group Exhibitions
2016 Cá Entre Nós
2016 Luz Negra
Vira Lattes
2015 Afetos
Vitória, ES, Brasil / Brazil
Museu de Arte do Espírito Santo (Maes).
2013 Por novos horizontes
OÁ Galeria. Vitória, ES, Brasil / Brazil
Galeria de Arte e Pesquisa da Ufes (GAP).
2011 Edital 11
Vitória, ES, Brasil / Brazil
Má Companhia. Vitória, ES, Brasil / Brazil Emparede Galeria. Vitória, ES, Brasil / Brazil
1º Salão Capixaba de Fotografia
Casa Porto. Vitória, ES, Brasil / Brazil Memorial da Paz. Vitória, ES, Brasil / Brazil
2008 1+7 Arte Contemporânea no Espírito Santo
Fragmentos
2009 Grande Hotel
2012 Olhos da Rua
Museu Vale. Vila Velha, ES, Brasil / Brazil
Galeria Homero Massena. Vitória, ES, Brasil / Brazil
Galeria Ana Terra. Vitória, ES. Brasil / Brazil
Salvador, BA, Brasil / Brazil
2011 Base 2: Plataforma de Experimentação
Anexo à Galeria Homero Massena. Vitória,
ES, Brasil / Brazil
Oriundi
Casa da Cultura. Anchieta. ES, Brasil / Brazil
Edital 11
Museu de Arte do Espírito Santo (Maes). Vitória, ES, Brasil / Brazil
2010 Visões Contemporâneas
Galeria Homero Massena. Vitória, ES, Brasil
/ Brazil
108
— Orlando Farya
— Miro Soares
— Bruno Zorzal
Exposições Individuais Solo Exhibitions
Exposições Individuais Solo Exhibitions
Exposição individual Solo Exhibition
2008 Berlin-Brasilien
2015 Itinerários Imprecisos e Imagens
2010 Screens
Weisser Elephant. Berlim, Alemanha
Possíveis — Filmes de Miro Soares
/ Germany
2005 Passagens e Itinerários da Arte
Museu Vale. Vila Velha, ES, Brasil / Brazil
Exposições Coletivas Group Exhibitions
(MAM). Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Brazil
Exposições coletivas Group Exhibitions
Stiftelsen 3,14 — International
2015 Frame Foto Festival
Noruega / Norway
2014 Terra Quieta Terra Inquieta
2009 Imprecise Itineraries
Contemporary Art Foundation. Bergen,
Papel-papéis
Exposições Coletivas Group Exhibitions
2015 A noiva
2016 1st International Photography Symposium
/ Lisbon, Portugal
Casa de Macau. Lisboa / Lisbon, Portugal Museu Arqueológico do Carmo. Lisboa
/ Lisbon, Portugal Petit déjeuner
Maison du Portugal. Paris, França / France
Daugavpils Mark Rothko Art Centre. Daugavpils, Letônia / Latvia
2012 FILE — Festival Internacional de
2014 Promenade
Theatre de Neuilly. Paris, França / France Tapete Vermelho
Museu Arqueológico do Carmo. Lisboa / Lisbon, Portugal
2010 Rendez-Vous
Galeria Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória, ES, Brasil / Brazil
2004 5ª Bienal de Video y Nuevas Medias Santiago, Chile
Vitória, ES, Brasil / Brazil
2012 Fotografia Brasileira Contemporânea Festival Internacional de Fotografia de
Porto Alegre. Porto Alegre, RS, Brasil / Brazil
Repenser l’ordinaire
Couvent des Cordeliers. Paris, França / France
São Paulo, SP, Brasil / Brazil
2010 Lo Crudo Cocido
Oi Futuro Ipanema. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Dwelling in Possibility
Berlim, Alemanha / Germany
IX Festival Internazionale di Fotografia di
Roma. Roma, Itália / Italy
/ Brazil
Depo / Tütün Deposu Ek Bina. Istambul
2010 Frantumazione
Amber’11 – Art and Technology Festival / Instanbul, Turquia / Turkey
2009 Espectador em Trânsito – Videoinstalações Museu de Arte do Espírito Santo (Maes).
Museu de Arte do Espírito Santo (Maes).
2011 Transperformance
Salsomaggiore Terme. Parma, Itália / Italy
Linguagem Eletrônica
Centro Cultural Fiesp Ruth Cardoso.
/ Brazil
Rīgas Mākslas Telpa. Riga, Letônia / Latvia
2011 Além-Mar / Aizjūras / Overseas
2016 Jardim do Éden
Museu Arqueológico do Carmo. Lisboa
Galeria Homero Massena. Vitória, ES, Brasil
Cinemateca do Museu de Arte Moderna
Vitória, ES, Brasil / Brazil Festival Pocket Films
DeVERcidade
Fortaleza, CE, Brasil / Brazil Galeria Bibli. Roma, Itália / Italy
2009 Festival Brazil on Screen
Massachusetts College of Art and Design. Boston, Estados Unidos / United States
Forum des Images. Paris, França / France Hors Pistes
Centre Pompidou. Paris, França / France
109
Imagem — Passagem
Sesc | Serviço Social do Comércio
dinâmicas da fotografia em contexto de viagem
Nacional Department
Presidente do Conselho Regional
Presidente do Conselho Nacional
José Lino Sepulcri
dynamics of photography in context of travel
Departamento Nacional
President of the National Board
Departamento Regional no Espírito Santo Regional Department in Espírito Santo
President of Regional Board
Antonio Oliveira Santos
Diretor do Departamento Regional
Diretor-Geral
Gutman Uchôa de Mendonça
General Director
Director of the Regional Department
Carlos Artexes Simões
Gerente do Centro Cultural Sesc Glória
Chefe do Departamento de Cultura
Carlos Bermudes
Head of the Department of Culture
Manager of Centro Cultural Sesc Glória
Marcia Costa Rodrigues
Coordenadora de Cultura
Assessora em Artes Visuais
Rita Sarmento
Visual Arts Office
Coordinator of Culture
Caroline Souza
Assessora em Artes Visuais
Estagiário
Elaine Pinheiro
Trainee
Nathan Gomes
Visual Arts Office
Assistente em Artes Visuais Visual Art Assistant
Thiago Arruda
Assessora de Imprensa Press
Ivana Esteves
110
EXPOSIÇÃO Exhibition
Concepção
Conceived by
Tom Boechat Ignez Capovilla Orlando Farya Miro Soares Bruno Zorzal Projeto Project
Carlos Dalla | Clareia Produções Produção executiva
Executive production
Fabrício Coradello | Casa do Lago Texto de apresentação Presentation text
Miro Soares Texto crítico
Montagem
Instituições parcerias
Casa do Lago
Antonio Mendel | Espaço-Luz
Seme – Secretaria Municipal de Educação de Vitória Sedu – Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo Polo Arte na Escola – Espírito Santo
Fotografias para catálogo
Agradecimentos
Edson Chagas
Tom Boechat agradece/thanks: Simone Neiva, Pablo Carneiro, Humberto Capai, Usina de Imagem, Thais Hilal, OÁ Galeria e/and Alexandre Emerick. Ignez Capovilla agradece/thanks: Marcia Capovilla, Simone Guimarães, Ellen Flegler, Igor Allochio, Virgilio Libardi e/and Gabriel Menotti. Orlando Farya agradece/thanks: Bruno Zorzal. Miro Soares agradece/thanks: Daugavpils Mark Rothko Art Centre, Letônia/Latvia. Bruno Zorzal agradece/ thanks: Marcos Sacramento, Andrea Pratizzoli, Lina Pallotta e/and Nazario Dal Poz (Scuola Romana di Fotografia). Centro Cultural Sesc Glória agradece/thanks: Renan Andrade e David Rocha.
Installation
Iluminação Lighting
Catalog pictures
Revisão de textos Proofreading
Tiago Zanoli Versão para o Inglês English version
Flávia Wanzeller Kunsch Comunicação visual
Visual communication
Art Clamur
Critical essay
Programa Educativo
Projeto expográfico
Arte-educadora convidada
Júlio Schmidt | Casa do Lago
Ana Luiza Bringuente
Eder Chiodetto Exhibition design
Educational programme
Mediadores
Gomes+Castro+Lorenção
Karenn Amorim Juan Gonçalves Thaís de Oliveira Giani Piol
Preparação técnica do espaço Technical support
Ana Capucho Adriano Schroeder Christiano Schroeder Impressão e molduras Printing and framing
Vitória Fine Art
Acknowledgments
Guest art educator
Design gráfico
Graphic design
Partner institutions
Mediators
Mediadores voluntários Volunteer mediators
Léa Araujo Jefferson Koscky Luca Peçanha
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Este catálogo foi impresso na primavera de 2016 pela Grafitusa, em Vitória – ES, com miolo em papel Suzano Couche Fosco 170 g/m2 e composto com a tipografia Aktiv Grotesk (Dalton Maag).
This catalog was printed in the spring of 2016 by Grafitusa, in Vitória – ES, its book block in paper Suzano Couche Fosco 170g/m2 and composed with typeface Aktive Grotesk (Dalton Maag).
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