Catálogo da exposição "11ª Vitória em Arte"

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11o Vitória em Arte 18.08—11.10.2015



11o Vitória em Arte 18.08—11.10.2015



Realizar a exposição Vitória em Arte no Centro Cultural Sesc Glória evidencia a continuidade, proporcionada por esse espaço, do incentivo à produção local que, tão sólida e múltipla, ainda desenha o acesso e o conhecimento do grande público que por aqui passa. Com parceria do Instituto Sincades e apoio da Prefeitura Municipal de Vitória, o objetivo desta exposição é incentivar a reflexão acerca da arte contemporânea, reiterando a importância do entendimento do artista profissional no campo das Artes, proporcionando uma experiência imersiva entre a arte, o artista e o público, mediados por instituições que há muito constroem uma plataforma para a fruição das artes visuais no Espírito Santo. Para esta edição, as ações se voltam não somente para a exposição dos trabalhos, que são apresentados nos espaços expositivos do Centro Cultural Sesc Glória e da Casa Porto das Artes Plásticas mas, também, em propostas que atentam refletir poeticamente o espaço urbano do Centro da cidade. Por meio de encontros com curadores, artistas, educadores, produtores e pensadores do campo, Vitória em Arte se volta para entender a atuação do artista na contemporaneidade e as práticas que o convergem ou o delimitam no sistema das artes no Brasil. A partir da seleção de propostas de artistas que aqui habitam e desenvolvem suas poéticas, a mostra apresenta os diálogos entre os sindicalizados no Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo, artistas que há muito produzem e expõem e outros que iniciam seu percurso, todos com os homenageados para a 11ª edição da exposição: Rosana Paste e Antônio Rosa. Essa interlocução entre arte contemporânea e cultura popular busca dizer sobre a indiscutível importância da poesia – em todas as suas linguagens – para o desenvolvimento do olhar frente ao que nos rodeia. Experimentar a percepção do dia a dia é transformá-la em mais um motivo para percorrer a vida. Ao se pensar a exposição Vitória em Arte para o ano de 2015, a intenção se debruçou,

sobretudo, em promover encontros e tornar sólida e visível a necessidade de uma exposição de artes visuais: mostrar que o mundo pode ser além e que pensar o nosso terreno de possibilidades no dia a dia é e deve ser tão primordial quanto o enfrentamento do mundo. Centro Cultural Sesc Glória Departamento Regional | Sesc ES Dar suporte ao artista do Espírito Santo sempre foi o foco dos projetos apoiados ou realizados pelo Instituto Sincades. A iniciativa do Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo (Sindiappes), em sua décima primeira edição, é exemplar neste sentido. A entidade, que representa os artistas plásticos do nosso estado, mantém vivo o seu esforço em dar visibilidade à criatividade de seus filiados, os artistas. A cada edição, a exposição Vitória em Arte vem aprimorando o projeto. Desta vez, a parceria com o Centro Cultural Sesc Glória agrega valor, especialmente pelo nobre espaço expositivo. O envolvimento da Prefeitura, que abre a linda Casa Porto das Artes Plásticas, espalha pela capital a sensibilidade e a materialidade artística de dezenas de artistas, muitos dos quais desenvolvem atividades profissionais diversas enquanto expõem a magia de sua arte. O projeto curatorial estabelece, definitivamente, um novo marco para o aprimoramento e a melhoria da qualidade dos trabalhos. Receber artistas de todo o Espírito Santo possibilita aos amantes da arte reconhecer o belo universo criativo dos nossos talentos. A qualidade das obras registradas neste catálogo nos dá a certeza de que o arranjo institucional e o esforço individual e coletivo valem a pena. Contem sempre conosco. Idalberto Moro Presidente — Instituto Sincades


Cada edição do Vitória em Arte nos coloca diante da alegria do encontro, do coletivo, da diversidade em nossa massa artística e outros prazeres. Assim passamos por vários espaços, nos adaptando em suas características e oportunidades. Desde a última edição, no Palácio Anchieta, a mostra passou a ser bienal. E em cada espaço que nos acolhe enquanto artistas expositores experimentamos uma nova forma de apresentar ao público uma mostra em nível cada vez melhor aprimorado. Isto trouxe profissionalismo e responsabilidades curatoriais. Agora, acolhidos pelo Centro Cultural Sesc-Glória, chegamos a uma possibilidade de nos inovar, acreditando que enquanto artistas podemos muito mais do que apresentar o mais do mesmo, arriscando novos olhares e diálogos para nossa produção visual. Fundamental foi a Coordenação de Artes Plásticas do Sesc escolher uma Curadora, que juntas estudaram, pesquisaram e buscaram com carinho uma forma de unidade no coletivo, de forma critica , criteriosa e imparcial para interpretar plástica x conceito, permitindo que as obras dos artistas participantes dialoguem com as obras dos artistas homenageados. O Sindiappes agradece a todos os envolvidos, especialmente ao Sesc-Glória por receber os Artistas Plásticos Capixabas, O Instituto Sincades por sempre acreditar na arte e na cultura, à Casa Porto das Artes Plásticas-Semc-PMV por aderir e somar à mostra e a todos os Artistas que mandaram suas obras, sindicalizados ou não, que todos sintam parte deste momento. Carlos Benevides Lima Junior Presidente do Sindiappes A Casa Porto das Artes Plásticas ostenta, orgulhosamente, o endereço que marca o início do corredor cultural do Centro de Vitória. A localização privilegiada, o prédio centenário, a estreita ligação com o mar e os horizontes que se colocam desde a sua

reforma e reinauguração, em maio de 2014, confirmam todos os dias a importância do espaço no processo de revitalização da região histórica da cidade. A parceria que agora se apresenta com o Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo (Sindiappes), o Centro Cultural Sesc Glória e o Instituto Sincades para a realização da 11ª edição da mostra Vitória em Arte é mais um importante passo em direção ao fortalecimento do corredor cultural do Centro. É, também, um momento único no aprofundamento do diálogo entre entidades que, cada uma a seu modo, trabalham pela arte produzida em solo capixaba. Mudanças significativas acompanham a 11ª edição do projeto idealizado pelo Sindiappes, no início dos anos 2000, para dar visibilidade ao trabalho de seus associados. As obras, selecionadas a partir de um edital que ampliou a participação dos artistas, ocuparão os espaços expositivos da Casa Porto e do Sesc Glória e também o espaço público, com três intervenções urbanas em áreas abertas. As escolhas desta edição evidenciam ainda a profícua aproximação entre arte contemporânea e cultura popular: ao mesmo tempo em que homenageia uma artista visual como Rosana Paste, reconhece a importância dos saberes populares, na figura do artesão Antônio Rosa. Abrir as portas para o Vitória em Arte contribui para, uma vez mais, reafirmar a Casa Porto como lugar de valorização, divulgação e discussão da arte contemporânea do Espírito Santo. Nossa participação em um projeto deste relevo reforça, por fim, uma das marcas centrais da atual gestão municipal: estimular que visitantes e moradores ocupem os espaços do Centro e se apropriem da cultura que pulsa na parte histórica da capital. Ana Laura Nahas Secretária Municipal de Cultura


Sumário

Apresentação, 6 Artistas homenageados, 9 Antônio Rosa (1900 — ?) Memórias e afetividades de um escultor de brinquedos, 11 Rosana Paste (1967­—) O gesto me basta, 27 Artistas selecionados, 35 Centro Cultural Sesc Glória, 36 Casa Porto das Artes Plásticas, 98 Propostas Urbanas, 133 Crítica, 140 Instinto de Pele e Carne Hereditária, 141 Versão em inglês, 144 Índice de obras por artistas, 152


Apresentação


Como traduzir Vitória em arte? O crítico de arte Hal Foster1 comentou, recentemente, o impasse que os museus (ou galerias e centros culturais) vivem ao lidar com a diversidade da produção em arte contemporânea: quais ações e objetos serão apresentados? Como prever e dimensionar espaços expositivos? E, ainda mais importante, como apresentar essa variedade ao público? Nesse sentido, podemos compreender esse ambicioso projeto como uma autorreflexão. A seleção, realizada em parceria com a equipe do Centro Cultural Sesc Glória e o Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo (Sindiappes), buscou dar conta da pluralidade de partidos, meios e apresentações que as obras de arte podem assumir. É a primeira vez que a exposição se abre para os artistas de Vitória na forma de uma chamada pública. O projeto, que teve por objetivo, nos últimos 11 anos, tornar-se uma vitrine para a produção dos artistas filiados ao Sindiappes, apresenta nesta edição uma nova proposta. O 11º Vitória em Arte exibe obras de artistas de várias partes do Estado em dois espaços expositivos e também pelo Centro de Vitória simultaneamente, expandindo-se para a cidade e seus transeuntes ao contemplar a modalidade de propostas urbanas. Com a intenção de provocar reflexões sobre a produção de arte local e suas interlocuções com outros lugares e linguagens, a exposição também se desdobrará em encontros com artistas, críticos e curadores, cujo objetivo é debater questões sobre crítica, mercado de arte e curadoria contemporânea. Os artistas homenageados nesta edição dão o tom do instigante encontro entre arte popular e arte contemporânea, proposta curatorial da mostra. Ambos emprestam seus repertórios repletos de afetividades para traçarmos uma resposta à questão no início do texto. As obras de Antônio Rosa e Rosana Paste, presentes tanto no Sesc Glória quanto na Casa Porto das Artes Plásticas, foram escolhidas levando em consideração seus aspectos familiares, afetivos e manuais. Antônio Rosa (in memoriam), artesão de Conceição da Barra, 1  In: “Museus sem fim”, Revista Piauí, junho de 2015

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é apresentado por meio de objetos que o fizeram conhecido pelo Brasil: utensílios e pequenas esculturas entalhadas em madeira, cujo esmero nos detalhes e sensibilidade nas representações de elementos de seu cotidiano impressionam. Animais, pessoas, objetos utilitários e a figura icônica do sanfoneiro com a perna dobrada (interpretação de sua condição física combinada à homenagem ao amigo que o acompanhava nos bailes em sua cidade natal) demonstram habilidade técnica e olhar apurado. A rusticidade desses elementos encontra reflexos nos materiais polidos de Rosana Paste, em que o orgânico e o inorgânico, metal, pelos, madeira e outros, intencionam criar uma trajetória de aproximação entre seu íntimo e o público. É o tempo que esculpe o corpo da artista, como comenta em sua publicação eumuseu (2014). Rosana Paste, que possui uma produção em diversos meios (entre eles escultura, vídeo, performance e fotografia), traz a questão da memória genética, expressão que usa para designar as marcas de afeto trazidas em seu corpo, nascidas ou cultivadas por ela. É assim que o gosto pelas relações pessoais é passado adiante: na forma como escolhe trabalhar o próprio corpo e o corpo de outras pessoas como suporte; em fotografias fragmentadas nas quais registra a mãe e o filho (e que o espectador é convidado a desvendar os rastros de semelhanças e diferenças); nas miniaturas dos objetos do convívio doméstico e nas texturas e temperaturas evocadas pelo veludo, pela madeira ou pelo aço. Traduzir Vitória em arte, por fim, seria falar sobre as motivações que este lugar, enquanto paisagem urbana e afetiva, inspira sua presença na produção local. Cenas registradas em trajetos cotidianos pela cidade, manifestações culturais, o corpo feminino e as belezas naturais da ilha aparecem em diversas obras pela exposição. Contudo, deixando de lado um possível regionalismo, é interessante perceber como os artistas marcam suas presenças em cenários outros, seja pelo Brasil ou por outros países. A qualidade e pluralidade dessa produção (aqui, claramente apresentada como fragmento) é sintomática dessa situação. Estamos aqui e estamos no mundo. E o que mais vem por aí? Clara Sampaio Curadora

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Artistas homenageados



Antônio Rosa 1900 — ?

Memórias e afetividades de um escultor de brinquedos

Demorei tanto para compreender a razão da ira do meu pai quando pedi ao seu João Cinza que instalasse um cata-vento na torre da antena de televisão no nosso quintal em Conceição da Barra, nos idos anos 70. O cata-vento era uma dupla de bonecos que se digladiava numa luta de facões. E eu tinha descoberto esse brinquedo guardado no sótão da venda do meu avô. Junto a ele havia outro com bonecos serrando madeiras e um terceiro girando uma roda multicolorida. Todos tinham feições estranhas, rostos disformes e que mais pareciam os personagens do reis-de-bois. Eram brinquedos colecionáveis dele que eu jamais poderia colocar em prática pelas intempéries que os destruiriam. Eram os brinquedos do Antônio Rosa. Antônio Rosa, que na minha infância a gente chamava de A.R., como ele assinava suas peças. E eu, filatelista desde então, associava esse A.R. ao despacho aéreo de correspondências via Correios, numa inocência tacanha do que seriam as suas iniciais. Lá em casa eram presença maciça os utensílios de Antônio Rosa: gamelas de frutas e verduras nos balcões da cozinha, pilão de madeira e machucador de alho, esfregador de roupas, fruteira, colheres e garfos de pau. Tudo com entalhes e a “marca registrada”, além dos diversos brinquedos e reco-recos que permearam nossa infância. Entre os brinquedos, tatus, gambás, peixes, pássaros, coelhos, pacas, jabutis e quase toda a fauna barrense que já se extinguia com o reflorestamento de eucaliptos, todos esses artefatos eram produzidos com sobras de madeiras das serrarias da Cimbarra, no Pai João, onde ele morava. Com meu grupinho de meninos travessos íamos de bicicleta até o Pai João, na busca de goiabas, cajus e cambucás pelos quintais da beira da estrada. E o casebre do Antônio Rosa era parada obrigatória. Ele sempre na janela com sua goivinha e fazendo bonecos, diante à parede com quadros de santos e fitas coloridas de Ticumbi. A parada era para comer cocadas de dona Evangelina e comprar mais “bichinhos” para a coleção. Lembro-me que custavam baratinhos e eu comprava sempre. Muitos meninos da minha geração compravam esses bichinhos. Até um tempo em que ele veio passear em Vitória,

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saiu no jornal e na revista O Cruzeiro, ganhou fama e, por sugestão de alguém, passou a só entalhar sanfoneiros fazendo o “4”. Eu não entendia muito e nem gostava daquele boneco que não me dizia nada. La em casa teve de todos os tipos: gordos, magros, pequenos, grandes, com e sem sanfona. Na casa de quase todo mundo tinha um. Muito tempo depois fui descobrir que essa peça chegou a ser troféu da Emcatur, antiga Empresa Capixaba de Turismo, e peça de arte popular contemplada por artistas, historiadores, jornalistas e gente mais sabida. Então passei a ter mais cuidado com uma delas que restava na estante lá de casa e me apoderei da única até os dias atuais. Passei a conhecer o que chamamos de “arte popular”, a entender a produção de esculturas e modelagens feitas por homens e mulheres que, sem jamais terem frequentado escolas de arte, criam obras de reconhecido valor estético e artístico. Gente do povo, pessoas com poucos recursos econômicos, que vivem no interior do país ou na periferia dos grandes centros urbanos e para quem “arte” significa, antes de mais nada, trabalho. Foi com esse trabalho que Antônio Rosa conseguiu sobreviver. Foi com sua arte, de utensílios e de brinquedos que agradou a muitos e que recebeu o título de “O Aleijadinho de Conceição da Barra”, em alusão ao escultor barroco. Uma arte pura e simples como o ambiente em que viveu. O tempo passou, os meninos cresceram, o escultor morreu e os brinquedos ficaram por algum canto das casas de Conceição da Barra. De certo, outras crianças não herdaram. Não eram brinquedos agradáveis aos olhos das novas gerações. Vez ou outra avistava um utensilio aqui, outra peça acolá..., até que sobrou quase nada além da memória. E esse pouco é o que se assoma aos acervos dispersos e trancafiados, públicos e privados, para relembrar numa mostra esse encanto de infância. De uma infância de “brinquedos artísticos”. De uma infância matreira às margens do rio Cricaré. Carlos Benevides Lima Junior

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Peixe / Fish Entalhe sobre madeira / Wood carving 23 x 11 cm s/d (date unknown) Acervo Carlos Benevides / Carlos Benevides collection

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O peixe / The fish Entalhe sobre madeira / Wood carving 16,5 x 35 x 3 cm 1975 Acervo Galeria Homero Massena / Collection of Galeria Homero Massena

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O homem e o cavalo / The man and the horse Entalhe sobre madeira / Wood carving 10 x 17 x 4 cm s/d (date unknown) Acervo Maria Helena Lindenberg / Maria Helena Lindenberg collection

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Placa de mesa / Table sign Entalhe sobre madeira / Wood carving 27 x 17 x 10 cm s/d (date unknown) Acervo RogĂŠrio Medeiros / RogĂŠrio Medeiros collection

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Casa com figura humana / House with human figure Entalhe sobre madeira / Wood carving 21 x 13 x 10 cm s/d (date unknown) Acervo RogĂŠrio Medeiros / RogĂŠrio Medeiros collection

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Sanfoneiro / Accordion player Entalhe sobre madeira / Wood carving 32 x 7,5 x 6,5 cm s/d (date unknown) Acervo Terezinha Calixte / Terezinha Calixte collection

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Sanfoneiro / Accordion player Entalhe sobre madeira / Wood carving 40 x 10 x 10 cm s/d (date unknown) Acervo Carlos Benevides / Carlos Benevides collection

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Sanfoneiro / Accordion player Entalhe sobre madeira / Wood carving 22 x 9 x 6 cm s/d (date unknown) Acervo Terezinha Calixte / Terezinha Calixte collection

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Colher de pau / Wooden spoon Entalhe sobre madeira / Wood carving 43 x 4,5 cm s/d (date unknown) Acervo Carlos Benevides / Carlos Benevides collection

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Colher de pau / Wooden spoon Entalhe sobre madeira / Wood carving 39 x 5,5 cm s/d (date unknown) Acervo Carlos Benevides / Carlos Benevides collection

Legenda faltante

Colher de pau / Wooden spoon Entalhe sobre madeira / Wood carving 39 x 5,5 cm s/d (date unknown) Acervo Carlos Benevides / Carlos Benevides collection

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Figa / Fingers crossed Entalhe sobre madeira / Wood carving 18 x 04 x 3,5 cm s/d (date unknown) Acervo Thereza Serra / Thereza Serra collection

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“Socador” de pilão / Pestle crush Entalhe sobre madeira / Wood carving 25 x 0,5 cm s/d (date unknown) Acervo Thereza Serra / Thereza Serra collection

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Rosana Paste 1967­—

O gesto me basta

Fico a me perguntar a forma para escrever sobre um artista e sua poética sem falar-lhe, quando minha proximidade com ambos se daria, naturalmente, com idas e vindas de e-mails – daqueles que nos fazem lembrar como é trocar cartas – ou por uma direta conversa ou contato telefônico. Essas ocasiões não ocorreram e, no debruçar na obra que a mim chegou e na memória que habito de conversas e escritos da artista que me restam, coloco-me na prepotência e na margem ao erro de dizer e contar – brevemente – sobre o gesto de Rosana Paste. Afinal, a reflexão que parte de um trabalho artístico, parafraseando Moacir dos Anjos, “é um ato que se destina, portanto, a um inevitável fracasso, e cujo praticante não pode almejar mais do que, a cada nova tentativa de realizá-lo, “falhar melhor” e de modo mais afirmativo e claro”1. Lembro-me de uma conversa para um vídeo2 entre o crítico Frederico Morais e o artista Cildo Meireles, quando se questionavam sobre o que é mais importante: o artista e a obra ou apenas a obra? Concordando com Frederico, mas também não discordando de Cildo, penso que tanto o artista quanto a sua obra são fatos inegáveis para a fruição de seus contextos, que se retroalimentam. Rosana, em sua obra-publicação eumuseu rosana paste, revela lúcida o imbricamento entre seu trabalho de arte e sua vida como mulher e como artista. Essa nuance, que perpassa – se não toda – a sua poética, é assunto que diz tanto do seu eu que, caso sua trajetória não a fizesse artista, sua vontade infinda de vida tornaria seu corpo como campo poético, um alcance do “se” na possibilidade do olhar estético. Entender-se como experiência artística é o pulso próprio de sua potência. Se a experiência é o que nos passa, nos acontece

1  ANJOS, Moacir dos. Crítica, Moacir dos Anjos / [coordenação da série e apresentação Luiza Mello & Marisa Mello] – Rio de Janeiro: Automatica, 2010, p. 20. 2  DOMINGO com Frederico Morais, Um. Direção: Guilherme Coelho. Matizar Produções Artísticas. Rio de Janeiro - RJ, 2011. 60 min. Son, Color, Formato: DVD.

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Série: Geografia genética / Series: Genetic geography Impressão em canvas / Print on canvas 92 x 68 cm 2013—2015 Foto / Photo: Jocimar Nalesso

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e nos toca, como nos diz Jorge Larrosa3, Rosana navega na experiência de um atravessar de afetos, em que o outro pode estar demasiadamente presente. Como nas fotografias da série geografia genética (2013/2015), que apresentam as mãos da mãe, do filho e da própria artista, as camadas de memórias afetivas revelam seu estado: um corpo/ tempo que não se pode lutar contra. Suas marcas são seus elos, sua história como uma pintura em constante processo. Entre rainhas (2014) é exemplar da precisa entrega na percepção crítica do sensível. O vermelho veludo nas pequenas cadeiras em aço, contraponto do inox impermeável, é também o prazer da malícia e da sensatez, o rouge dos lábios tão presente em sua boca e risada etéreas, pulsante nos trabalhos objetos da artista. Não importa, eu amo! (1994), não apresentado nessa exposição mas contido em eumuseu e referencial de sua poética, ecoa voz e grafia que desvelam a necessidade de se doar atenta ao mundo, à redoma das coisas e sentimentos, ao vislumbre do horizonte que aconchega e engana. O corpo de Rosana Paste é território poético. Em o corpo, trabalho de 1998, seus pés, nariz, boca, seios, vulva e marcas respondem ao tempo que esculpe as medidas de sua existência. O título Se eu não tivesse nascido, à página 14 de eumuseu, reverbera as indagações de cada detalhe do ar que penetra, da razão que pressiona. Essa busca e pesquisa do mundo é sugerida em DoNA rosana (2014), uma cadeira quase impossível de se sentar que nos coloca no porquê do tempo e num desejo de criança: agir o presente, minha possibilidade de estado incerto entre o real e o imaginário. É bem possível entrever em a ilha (1999) o contato de memórias entre a matéria e o imaterial. Ao conjugar contrastes, a intimidade dessa singularidade e incoerência táteis constrói um desconforto ao passo que um refúgio contingente. Pode-se não falar do belo estético, mas sim de um terreno que convoca contextos: Rosana une, nesse trabalho, o chumbo à madeira sobrevivente oriunda do mangue, o sururu da praia que rememora a maresia e seu cabelo autorreferente. Em a ilha, os opostos não existem como no contraste de materiais que o artista Nuno Ramos tanto endossa em sua obra. Em Rosana a união é das distâncias que o espaço e o tempo dissolvem e que ressurgem numa efusão afetiva com o lugar. Perceber a imagem mais nítida do afeto passível de entrega que oferece Rosana Paste é, verdadeiramente, o caminhar em cartografias na espessura do sensível. Renan Andrade

3  BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Tradução de João Wanderley Geraldi. Revista Brasileira de Educação, n.º 19. Rio de Janeiro: Anped, 2002, p. 21.

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DoNA rosana Madeira, tecido veludo / Wood, velvet 2,50 x 50 x 50 cm 2014

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Entre rainhas / Amongst queens Aรงo inox, tecido veludo / Stainless steel, velvet 26 x 10 x 10 cm 2014

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Olho de gato / Cat’s eye Aço inox, vidro / Stainless steel, glass 15 x 4 cm aprox 2005

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O livro de chumbo / Lead book Chumbo, pele de coelho / Lead, rabbit fur 31 x 21 cm 2011


A ilha / The island Chumbo, madeira de mangue, sururu da praia, cabelo de Rosana / Lead, mangrove swamp wood, beach sururu clam, Rosana’s hair 15 x 15 x 15 cm 1999

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Artistas selecionados


Centro Cultural Sesc Glรณria






Cacá Benevides Pin-up Técnica mista, tecido e encáustica / Mixed media, fabric and hot wax painting 37 x 64 cm 2015

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Re Henri Nave Submarina (Série Estudos tridimensionais sobre a criatividade no tempo/espaço) / Submarine Ship (Three-dimensional studies on creativity in time/space series)

Objet trouvé e assemblage / Found object and assemblage 19 x 18 x 16 cm 2015

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Re Henri Entranhamento (Série Estudos tridimensionais sobre a criatividade no tempo/espaço) / Entanglement (Threedimensional studies on creativity in time/space series) Objet trouvé e assemblage / Found object and assemblage 31 x 29 x 13 cm 2015

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Teresinha Mazzei Diรกlogo / Dialogue Impressรฃo Fineart sobre canvas / Fineart print on canvas 80 x 53 x 4 cm 2014

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Dayse Resende Saudade (Série Fios de Chumbo — Fious Nous) / Nostalgia (Lead threads series — Fious Nous) Acrílica sobre tela / Acrylic on canvas 21,5 x 30,2 cm 2014

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Tamara Chagas Natureza, In-certeza / Nature, Un-certainty Fotografia com intervenção digital / Photography with digital intervention 30,4 x 40,6 x 4 cm 2014

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Cristina Bastos Território, caos e arte (Série frames) / Territory, chaos and art (Frames series) 5 x 5 x 3 cm (cada / each — 18 frames) 2015

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Liliane Neto Maia Rendas / Lace TĂŠcnica mista / Mixed media 60 x 80 cm 2015

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Renato Ren Judith Krantz — Skrupel Acrílica sobre capa de livro impresso / Acrylic on print book cover 29,5 x 37 x 5 cm 2015

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Ivna Messina Perspectivas 01 / Perspectives 01 Vídeo performance / Video performance 1’ 2014

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Márcio Antonelli Ex-voto Objeto, técnica mista / Object, mixed media 40 x 20 x 08 cm 2015

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Mara PerpĂŠtua Casa 48 / House 48 Desenho sobre tecido / Drawing on fabric 143 x 36 cm 2015

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Zuilton Ferreira Laรงo Vermelho / Red lace Escultura / Sculpture 60 x 66 x 51 cm 2015

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Isabela Bimbatto SĂŠrie Passagem / Passage Series Caneta hidrogrĂĄfica sobre papel / Felt tip pen on paper 29,5 x 25 cm 2015

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Iraci Salla Broto / Bud Desenho / Drawing 71,5 x 55 cm 2015

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Casé Lontra Marques A fala que me falta fertiliza o fôlego / The utterance that fails me fertilizes the breath Tinta caligráfica sobre papel / Caligraphy ink on paper 45 x 33 cm 2015

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Aýla Lourenço Que não se vê / What is not seen Nylon costurado em papel / Nylon sewn on paper 14,5 x 158,5 cm 2015

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Luara Monteiro Absorto / Absorbed Fotografia / Photography — Tríptico / Triptych 20 x 30 cm (cada / each) 2015

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Ana de Sena Mineral AcrĂ­lica sobre tela / Acrylic on canvas 73 x 43 cm 2015

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Ana Lúcia Gonçalves Equilíbrio / Balance Acrílica e bordado sobre tela / Acrylic and embroidery on canvas 80 x 50 cm 2015

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Rogério Rodrigues Uná Cerâmica / Ceramic 26,5 x 21 x 18 cm 2015

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Natanael de Souza As três sentenças / The three sentences Xilogravura / Wood engraving 29,7 x 42 cm 2014

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Margarette Mattos Um desejo chamado VitĂłria / A desire called VitĂłria MinĂŠrio de ferro e pigmentos sobre tela / Iron ore and pigments on canvas 100 x 60 cm 2014

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Lucy Dal’Orto Geo. L Técnica mista / Mixed technique 40 x 40 cm 2015

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Béja Atmosfera de cores / Atmosphere of colors Técnica mista / Mixed media 60 x 60 cm 2014

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JocĂŠlia Pozzi A Ă guia / The Eagle Mosaico / Mosaic 40 x 27 x 2 cm 2015

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Abinair Callegari Homens, plantas e animais / Men, plants and animals Xilogravura / Wood engraving 40,8 x 30 cm (cada / each) 2014

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Ariana Margoto Eu colecionรกvel 02 / Collectible Me 02 Xilogravura sobre papel / Wood engraving on paper 44 x 46 cm 2008

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Ariana Margoto Eu colecionĂĄvel 05 / Collective Me 05 ImpressĂŁo sobre papel (poema autoral) / Print on paper, authorial poem 33 x 24 cm 2015

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Ariana Margoto Eu colecionรกvel 04 / Collectible Me 04 20 Cadernos Artesanais / 20 Handmade notebooks 10,5 x 7,5 cm (10 notebooks) e 15 x 10,5 cm (10 notebooks) 2015

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Ariana Margoto Eu colecionรกvel 04 / Collectible Me 04 Objeto / Object 33 x 11,5 x 7,5 cm 2009


Ludmila Cayres Contextura / Contexture Fotografia (instalação em site-specific) / Photography (site-specific installation) 24,12 x 18,57 cm 2015

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Grasie Fink Canibalismo / Cannibalism TĂŠcnica mista / Mixed media 29,6 x 42 cm 2012

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Moema Selfie Ă“leo sobre tela / Oil on canvas 75 x 55 cm 2014

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Hilquias Scardua Homenagem Lusitana: A Domingos Pinho / Portuguese homage: To Domingos Pinho TĂŠcnica mista sobre tecido / Mixed media on fabric 53 x 34 cm 2013

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Luís Keiper Estudo Trencadís / Trencadís study Serigrafia / Screen printing 59,5 x 43 cm 2015

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Ana Valença Sem título / Untitled Técnica mista / Mixed media 42 x 50,2 cm 2015

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Regina Caus Convento de São Francisco / São Francisco convent Técnica mista / Mixed media 50 x 50 cm 2010

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Regina Nunes Convento da Penha / Penha Convent Mosaico de papel Paranรก sobre MDF / Mosaic of Paranรก paper on plywood 48 x 36,5 cm 2010

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Andrea Doria Senhora das Alegrias / Lady of Joys AcrĂ­lica sobre tela / Acrylic on canvas 83,5 x 43,5 cm 2014

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Ângela Gomes Vitória da saúde / Health’s victory Acrílica sobre tela / Acrylic on canvas 34 x 54 cm 2015

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Thaynã Targa Janela / Window Instalação — áudio e vídeo / Installation — audio and video Dimensões variadas/ Various sizes 2014

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Elaine Sohelo Mãos, barro, panela / Hands, clay and pot Cerâmica sobre MDF / Ceramic on plywood 39,5 x 49,5 x 11,5 cm 2012

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R. Beling Panelas de Barro / Clay pots Aquarela sobre papel / Watercolor on paper 33,2 x 33,3 cm 2015

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Jansen Lube Congo, PatrimĂ´nio Capixaba / Congo, Espirito Santo Heritage Fotografia / Photography 48 x 38 cm (cada / each) 2014

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Vania Caus Pandeirista do Baile de Congo / Tambourine player at Congo ball Acrílica e óleo sobre tela / Acrylic and oil on screen 65 x 55 cm 2015

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Christina Lemos Bailarina / Ballet dancer Fotografia / Photography 70 x 80 cm 2015

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Izete Meriguetti Lembranças / Memories Acrílica sobre tela / Acrylic on screen 48,5 x 58 cm 2014

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Romรกrio Batista Lavagem cerebral / Brainwashing Colagem e pintura sobre eucatex / Collage and painting on Eucatex 70 x 54 x 7 cm 2015

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Júlio Braga Momento de indignação / Moment of indignation Óleo sobre tela / Oil on canvas 52 x 71,5 2015

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Angela Pandolfi Sem tĂ­tulo / Untitled TĂŠcnica mista / Mixed media 32 x 23 cm 2015

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Wania Soriano Muralha / Wall AcrĂ­lica sobre tela / Acrylic on canvas 50 x 70 cm 2015

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Janete Ribeiro Pontes de Vitória — Ponte da Passagem / Vitória bridges — Ponte da Passagem Técnica mista / Mixed technique 59 x 79 cm 2015

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AurĂŠlia Carvalho Pedra do Lagarto / Lizard Stone Ă“leo sobre tela / Oil on canvas 47,5 x 67,5 cm 2015

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Sandra Resende Nova Riqueza / New wealth Óleo sobre tela / Oil on screen 60 x 50 cm 2015

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Gianni Cepile Terminal da CPVV / CPVV Terminal Óleo sobre tela / Oil on canvas 40 x 70 cm 2013

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Casa Porto das Artes Plรกsticas





Vânia Vica Cadeira suspensa / Suspended chair Instalação / Installation Aprox. / Approx. 3 x 4 x 5 m 2015

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Kyria Oliveira Vestígios V (Série Hospedeira) / Vestiges V (Host series) Corte a laser em aço Corten / Laser cut on Corten steel 80 x 80 x 12 cm 2015

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Gustavo Pizzol Valores / Values Oco-gravura sobre poliestireno / Heliogravure on polystyrene 54,5 x 42,5 cm (cada gravura / each engraving) 2014

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Deborah Moreira Campos de batalha / Battle Fields Aquarela sobre papel / Watercolor on paper 42 x 29,7 cm 2015

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Jocimar Nalesso Para Rosana / To Rosana MĂĄrmore sintĂŠtico / Synthetic marble 15 x 25 x 8 cm 2012

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Nona Rostagno Liberdade / Freedom Aquarela sobre papel / Watercolor on paper 54 x 69,5 cm 2015

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Khalil Rodor Hide Impressão sobre papel fotográfico / Print on photographic paper 65 x 47 cm 2014—2015

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Anna Maria Villa-Forte Paisagem de FĂŠ / Faith landscape Ă“leo sobre tela / Oil on canvas 70 x 50 cm 2015

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Lacunha Casa de Pedra em Jacaraípe / Stone House in Jacaraípe Acrílica sobre tela / Acrylic on canvas 60 x 80 cm 2015

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Andréa Barros Galpão das Paneleiras / Pot makers’ warehouse Acrílica sobre tela / Acrylic on canvas 60 x 90 cm 2014

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Karini Miranda O canto da cigarra / The cicada sings Escultura e รณleo sobre tela / Sculpture and oil on canvas 22,5 x 19,9 x 3 cm 2015

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Israel Scardua Sois anjo, que me tenta, e nĂŁo me guarda / You are an angel, who tempts me, and does not keep me Desenho sobre tela / Drawing on canvas 60 x 80 cm 2015

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Doria Scardua Vista da Ponte / Views from the bridge AcrĂ­lica sobre tela / Acrylic on canvas 27,5 x 32,5 cm 2010

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Bianca Romano Draisine em cenas do cotidiano (Série Draisines) / Draisine in everyday scene (Draisines series) Acrílica sobre textura contemporânea / Acrylic on contemporary texture) 60 x 80 cm

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Carmélia Mazzei Lembranças do Parque / Memories of the park Óleo sobre tela / Oil on canvas 53 x 73,5 cm 2015

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Lucy Aguirre Convento da Penha / Convento da Penha Desenho aquarelado sobre papel / Watercolor drawing on paper 30 x 36,7 cm 2015

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Marcia Wolff Perin Giramundo Relevo em gesso sobre aรงo / Plaster relief on steel 18 x 18 x 1,5 cm 2015

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Tatiana Seabra Raízes / Roots Técnica mista / Mixed media 30 x 23 cm 2015

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Katia Bobbio Santuário de Santo Antônio / Santo Antonio Sanctuary Óleo sobre tela / Oil on screen 33 x 43 cm 2015

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Heloisa Monjardim Tempo de Glรณria / Glory days ร leo sobre tela / Oil on canvas 60 x 80 cm 2015

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Eva Andreão Passos Sesc Glória Acrílica sobre tela / Acrylic on canvas 56 x 75,5 cm 2015

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César Viola Oh, Glória! Acrílica sobre tela / Acrylic on canvas 36 x 36 cm 2015

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Christine Ribeiro O Baile: fantasia, ilusĂŁo e saudade / The Ball: fantasy, illusion and nostalgia AcrĂ­lica sobre tela / Acrylic on screen 60 x 80 cm 2015

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Sergio Câmara Jogo da Paixão / The game of passion Objeto / Object 42 x 29 x 16 cm 2013

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Cida Ramaldes Quer provar? Qual o seu número? / Want to try? What is your number? Apropriação e cerâmica / Appropriation and ceramics 20 x 25 x 10 cm 2009

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DioGo Novais Poéticas do Corpo / Body poetics Homem tecnológico / Technological man Fotografia / Photography (20 x 30 cm) Vídeo / Video 7’39’’

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Gabriel Hand Corpo em Síntese: Extensão e Acepção / Body in synthesis: Extension and Meaning Vídeo / Video 4’41’’ 2015

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Carla Roncarati Quarto do Afago / Room of Caresses Instalação / Installation 210 x 70 x 70 cm 2012

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Rick Rodrigues Sem tĂ­tulo / Untitled Dobraduras / Foldings 300 dobraduras em papel / 300 paper foldings 1,5 x 1,5 x 1,5 cm (cada / each) 2015

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Propostas Urbanas


Lourdes Alves Veste Urbana Intervenção com acolchoados em postes de iluminação

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Lílian Casotti e Roberta Portela Bonecas de Louça Performance

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Coletivo ZIN (Jean Pereira e Renato Ren) Parquímetros Intervenção com adesivos sobre parquímetros

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Crítica


Instinto de Pele e Carne Hereditária

Cabe-nos rejeitar os preconceitos seculares, que situam o corpo no mundo e o vidente no corpo ou, inversamente, o mundo e o corpo do vidente como dentro de uma caixa. Onde colocar o limite do corpo e do mundo, já que o mundo é carne?1

Quando ouço que a Cultura é a Pele do Mundo, duas ideias pipocam de imediato em minha cabeça. A primeira diz que deve haver um “instinto de pele” que exala de todas as coisas a nossa volta. A segunda reflete que, com essa exalação toda, as coisas sentidas/pensadas são mesmo a “carne do mundo”. Com essas ideias, debruço-me sobre as peças reunidas para a décima primeira edição do Vitória em Arte. São trabalhos feitos com a direção (o comando) da percepção e apresentam uma profusão de suportes e aparências, pela qual podemos encontrar variadas formas de brincar com o toque e com o olhar. Sem a obrigação de estabelecer rígidas fronteiras críticas sobre essas brincadeiras, esboçarei abaixo alguns aspectos da mostra ou, como prefiro, alguns “elementos”. A Materialidade: esse talvez deva ser o primeiro elemento a ser evidenciado, tanto por nos facilitar a fala sobre o que vemos quanto por misturar todos os sentidos do corpo. Nas peças e intervenções entregues ao público, a técnica dá lugar à indicação da intimidade entre o sujeito que faz e o sujeito que é feito, a matéria que se move com o mundo e a matéria transformada por esse movimento. O que você vê e toca não é um ser sem vínculos, mas vestígios dos gestos íntimos de criadores; O Respiro: como segundo elemento, atentemos para o fato de que a grande maioria dos trabalhos que compõe Vitória em Arte, e isso não de hoje, dão suas primeiras golfadas de ar. Nesse passeio inaugural, nós obervamos as reações dessas criaturas, umas às outras. Pela primeira vez elas se dão conta de que existem situações nas quais devem dividir seu modo de mostrar o que são. O ar que o visitante e o passante respiram sai dos pulmões de seres recém-nascidos; 1

MERLEAU-PONTY. O Visível e o Invisível. São Paulo: Perspectiva, 2007, p. 134.

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A Terra: quando falamos da materialidade ressaltada pelas propostas expostas, não afirmamos uma solidez pontual, mas sim a incorporação palpável de sensibilidades. Os títulos e descrições dos seres abrigados por essa mostra apontam mundos pessoais que se enamoram e que se grudam ao corpo do habitante. De “Mineral” a “Rendas”, do “Que não se vê” a “Broto”, de “A fala que me falta fertiliza o fôlego” ao “Estudo Trecandís” ou qualquer outra relação instável que seja afirmada, a Terra se faz e se espalha no Mundo; A Mão: já na proposta inicial dessa mostra, a interação com a poesia do mundo através do gesto sobre a superfície se mostrou um delimitador potente. Costurar, pisar, abraçar, caminhar, pintar, amassar, riscar, montar, desmontar, recortar, fixar, demonstrar. Os verbos que acodem às necessidades e aos anseios desses criadores lhes concedem permissões para manusear a realidade, ou seja, afirmarem “estou aqui”; A Presença: como o oposto de simulações rarefeitas, as peças que observam os visitantes e passantes arrastam pedaços de seus criadores. Sem obedecer à injusta regra contemporânea de abandono da representação, esses trabalhos usam da singeleza de presentificar uma ótica momentânea de seu proponente para erigir elos, passagens e reflexos; O Estar Junto: o que essa presença carreia é uma convivência respeitosa, a qual não almeja eliminar por completo a distância entre antagonistas e entre solitários. Através da capa de discrepância evidenciada em análises estritamente morfológicas ou estruturais, podemos perceber os processos individuais dos trabalhos. Isso, por certo, é fundamental para estabelecer diálogos. Se “estou junto” é porque há algo além de mim na mesma paisagem em que me encontro; A Troca Entre Gerações: o elemento de convivência nos lembra de um dos principais ganhos dessa edição do Vitória em Arte. É importante sempre reafirmar que vivenciamos uma quantidade imensurável de temporalidades. Se há épocas específicas para diferentes maneiras de sentir, talvez seja como há temporada de pipas, que explode durante as férias escolares, mas não impede que o vento beije o papel de seda durante o restante do ano; O Espírito-Carne: a sobrevivência para além de um só tempo, em um “conjunto de épocas”, surge em negrito quando interpomos entre nosso olhar e os objetos o filtro da incerteza. Caso o observador queira almas apartadas de corpos, ou corpos mumificados em vitrines, as salas expositivas estarão vazias. Caso ele queira visitar uma cidade em expansão, dentro e fora das paredes, encontrará alguns espíritos encarnados e alguns invólucros inflados pelos ares da expressão; O Dar Vida: esse sopro de vida movimenta e dá voz aos objetos dispostos pela cidade interna e pela cidade externa. Diante dessa metáfora da exposição como cidade imaginária, qualquer arco que

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almeje abarcar tematicamente todos os seus habitantes estará fadado à frustração ou ao engano. Ainda assim, se posicionamos nas duas pontas de um arco os processos de criação dos homenageados (Rosana Paste e Antônio Rosa), os quais serviram de bússola para os proponentes, vislumbraremos o “sopro de vida sobre a matéria que guarda a memória” como uma luz que reacende em cada um dos trabalhos; A Madeira Hereditária: dar vida, ou configurar um jeito de ser de algo amorfo, é escrever uma memória fundamental. Há uma curiosa irmandade entre as palavras madeira e matéria. Num passado supostamente distante, os gregos continham no termo hilé (ύλη) tanto o sentido de madeira quanto de matéria sem forma. Hilé era a madeira guardada nos depósitos dos carpinteiros. Antes de ser processada pelo artífice para aderir a um perfil (eidos, είδος) reconhecível, a madeira-matéria não possuía forma de ser. Após o processo de informação, essa madeira respeitaria uma memória e, até se dissolver nas areias do tempo, responderia às mãos que um dia lhe disseram “Assim isto pisará a Terra deste Mundo”.

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English version


11o Vitória em Arte 18.08—11.10.2015

Centro Cultural Sesc Glória Putting together an exhibition such as Vitória em Arte at Centro Cultural Sesc Glória highlights how this venue continuously encourages the local artistic production that, despite being so solid and diverse, is still rehearsing the access and knowledge of the public that goes through the venue. In a partnership with Instituto Sincades and support from Prefeitura Municipal de Vitória, the objective of this exhibition is to encourage the reflection on contemporary art, emphasizing the understanding of the professional artist, while providing an immersive experience in the arts, the artist and the public, mediated by institutions that for long have been building a platform of appreciation of visual arts in Espírito Santo. For this edition, the actions are focused not only on the display of art pieces on show at the exhibition rooms at Centro Cultural Sesc Glória and Casa Porto das Artes Plásticas, but also on initiatives that attempt to reflect poetically the urban space of Vitória’s historic district. Through meetings with curators, artists, educators, producers and luminaries of the field, Vitória em Arte seeks to understand the role of the artist in the present and the practices that lead them to converge or be limited within the arts system in Brazil. Departing from the selection of proposals of artists who live and develop their poetics here, the show presents the dialogues between the artists unionized by Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo, both those who have for long been showing their work and those who are beginning their journey, all of them with the artists paid being homage to during the 11th edition of the exhibition, namely Rosana Paste and Antônio Rosa. This dialogue between contemporary

art and popular culture seeks to exalt the unquestionable importance of poetry, in all of its possible forms, for the development of our gaze towards all that surrounds us. Experimenting with the perception of daily life is to transform it in another reason to go through life. During the process of thinking up the 2015 edition of Vitória em arte, the intention was mainly to promote meetings and to make clearly visible the need for an exhibition of visual arts: to show that the world can go further, and that thinking through the range of possibilities in daily life is as important as taking up the challenges set by the world. Centro Cultural Sesc Glória Regional Department | Sesc ES

Instituto Sincades Supporting Espirito Santo’s artists has always been the focus of the projects that Sincades supports or makes. The initiative of Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo (Sindiappes), now in its eleventh edition, is a good example of that. The entity, which represents the fine artists based in our state, keeps alive their efforts to give visibility to the creativity of its artist members. With every edition, the exhibition Vitória em Arte has been improving the concept of the project. This time, the partnership with Centro Cultural Sesc Glória adds more value, especially because of the impressive exhibition space. Support from the City of Vitória, which opens the doors of the gorgeous Casa Porto das Artes Plásticas, brings to the capital city the sensitivity and artistic materials by tens of artists, many of whom develop a range of professional activities while they show their artistic magic. The curatorial project definitely establishes a new watershed for the improvement of the quality of the works. To welcome artists from all over the state gives art lovers an opportunity to recognize the beautiful creative universe of our talents.

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The number of pieces recorded in this catalogue makes us certain that the institutional arrangements and the collective and individual efforts pay handsomely. You can always count on us. Idalberto Moro President — Instituto Sincades

Opening the doors to Vitória em Arte reinforces, once again, Casa Porto as a place of empowerment, publicity and discussion of contemporary art in Espírito Santo. Our contribution to a project of such platitude strengthens a key aspect of the current municipal administration: encouraging visitors and local dwellers to occupy the old city center’s area and to take ownership of the culture that pulses in the historic part of the capital city.

Casa Porto das Artes Plásticas Casa Porto das Artes Plásticas proudly bears the address that marks the beginning of the cultural hub in Vitória’s historic district. Its privileged location, century-old building, the close link with the sea and the new possibilities created since its was rebuilt and reopened in May 2014, reinforce continuously the importance of the venue in the regeneration process of the city’s old quarter. The partnership with Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo (Sindiappes), Centro Cultural Sesc Glória and Instituto Sincades for the presentation of the 11th edition of the Vitória em Arte exhibiion is another important step towards strengthening the old city center’s cultural hub. It is also a unique moment of a closer dialogue between various entities which, in their own way, work for the art produced in Espírito Santo state. Important changes have been introduced to the 11th edition of the project conceived by Sindiappes in the early 2000’s to increase visibility of its members. The works were selected through an open call that expanded the participation of artists and will occupy the exhibition rooms of Casa Porto and Sesc Glória. They will also occupy public sites with three outdoor urban interventions. The choices for this edition highlight the beneficial approximation of contemporary art and popular culture: while it pays homage to an artist like Rosana Paste, it recognizes the importance of popular knowledge through the presence of Antônio Rosa.

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Ana Laura Nahas Culture Secretary

Curatorship How to translate Vitória into art? Art critic Hal Foster1 recently said that the impasse that museums (as well as galleries and cultural centers) are faced with when dealing with the diversity of contemporary art production is: which actions and objects will be presented? How to project and dimension exhibition spaces? More importantly, how to present this variety to the public? In this sense, we can understand this ambitious project as a type of self-reflection. The selection, carried out in partnership with the staff at Centro Cultural Sesc Glória and Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo (Sindiappes) took into account the plurality of parties, means and presentations that a work of art can take on. It is the first time that the exhibition is open to Vitória-based artists through a public call for applications. Over the last 11 years, the project has aimed at becoming a display for the production by artists affiliated with Sindiappes. For this edition, it has a new mission. The 11th Vitória em arte simultaneously shows the work of artists from various parts of Espírito Santo state across two exhibition venues as well as Vitória’s old center, expanding it to the city and passers-by. With the intention of provoking reflections on local art 1  In: “Endless museums”, Revista Piauí, june 2015.


production and its interfaces with other places and languages, the exhibition will also include meetings with artists, critics and curators whose objective is to discuss issues on criticism, the art market and contemporary curatorship. The artists paid homage to in this edition set the tone of the instigating meeting between popular and contemporary art, the curatorial focus of the show. Both lend their repertories rich in affection to help us find an answer to the question asked at the beginning of the text. Antônio Rosa and Rosana Paste’s works, on display both at Sesc Glória and Casa Porto das Artes Plásticas, were chosen based on considerations of their familiar, affective and manual aspects. Antônio Rosa (in memoriam), an artisan from Conceição da Barra, is presented through objects that made him famous throughout Brazil: utensils and small sculptures carved in wood, impressive for their attention to detail and sensitive representations of elements of daily life. Animals, people, utilitarian objects and the iconic figure of the accordion player with a folded leg (an interpretation of his own physical condition and the homage paid to the friend who accompanied him to the balls in his hometown) demonstrate his technical skills and sophisticated eye. The rusticity of those elements are reflected in the polished materials used by Rosana Paste, where the organic and inorganic, metal, fur, wood and other materials aim at creating a trajectory of approximation between her private sphere and the public. It is time sculpting the artist’s body, as she comments in her book eumuseu (2014). Rosana Paste, whose production covers several media, including sculpture, video, performance and photography, brings up the issue of genetic memory, an expression she uses to describe the affection marks on her body, both natural and cultivated ones. This is how her taste for personal relations is passed along: in the way she chooses to work her own body and the body of other people as support; in fragmented photographs where she records mother and son (the spectator is invited to

unveil the traces of similarity and differences); in the miniatures of objects in domestic life and the textures and temperatures evoked by velvet, wood and steel. Finally, translating Vitória em arte would be talking about the motivations that this place, both as urban and affective landscape, inspires its way into local artistic production. Scenes recorded in daily routes across the city, cultural expressions, the female body and the natural beauties of the island are recurring motifs in several exhibition pieces. However, leaving aside a possible regionalism, it is interesting to note how the artists establish their presences in other settings, be it in Brazil or abroad. The quality of the diversity of this production (here clearly presented as a fragment) is symptomatic of this situation. We are here and we are in the world. What else is coming up? Clara Sampaio Curator

Honored at the 11th edition

Antônio Rosa (1900 — ?) Memories and affections of a sculptor of toys It took me a long time to understand why my father was so angry when I asked Mr. João Cinza to instal a toy windmill on top of our TV aerial in the backyard of our house in Conceição da Barra, sometime in the now distant 1970s. The windmill was a pair of dummies that fought with big knives. I had found that toy in the attic of my grandfather’s store, where he had been keeping it. Together with it, there were other dummies sawing wood and another one spinning a multicolored wheel. Those were his collectible toys that I could never make use of as they could be destroyed in accidents. They were toys made by Antônio Rosa. Antônio Rosa’s utensils were massively present in my house: fruit and vegetable platters on the kitchen counter, wooden pestle

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and garlic crusher, washboard, fruit bowl, wooden spoons and forks. Amongst the toys were armadilloes, skunks, fish, birds, rabbits, rodents, tortoises and almost the whole of the local fauna on the verge of going extinct as the area was being reforested with eucalyptus trees. All of those artifacts were made with wood waste from sawmills in Cimbarra, at Pai João, which is where he lived. With my small group of friends, we cycled to Pai João to pick guavas, cashews and cambucás from the fruit gardens along the way. Antônio Rosa’s small house was a compulsory stop. He was always at the window with his corn extractor, making dummies, sitting in front of the wall decorated with saints and colorful Ticumbi ribbons. We stopped there to eat coconut candy made by Mrs. Evangelina and buy a few more toy pets for our collection. Until the day when he came to Vitória, got featured in the local newspaper and O Cruzeiro magazine, became famous and, by someone’s suggestion, started to dedicated himself exclusively to engraving accordion players doing the “4”. I didn’t quite get it and didn’t even like that dummy very much as it didn’t say anything to me. In my house we had all types: fat, thin, small, big, with or without accordion. Almost everybody had one of those. I started to grasp what we call “popular art”, and understand the production of sculptures and models made by men and women who, although they had never set foot in an art school, created pieces that were acknowledged for their aesthetic and artistic value. Antônio Rosa earned his living with this work. His art, utensils and toys pleased many people and he was awarded the title “O Aleijadinho de Conceição da Barra” in reference to the barroque sculptor. Time went by, the boys grew, the sculptor died and the toys are to be found in Conceição da Barra homes. Every now and then I would see one piece here, another one there … until there was nothing left but a memory of it. And this small amount adds to the scatter of storedaway private and public collections, reviving

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our memories through the exhibition of enchanted childhood memories. A childhood of “artistic toys”. A playful childhood on the banks of the river Cricaré. Carlos Benevides Lima Junior

Rosana Paste (1967 —) The gesture is enough for me I keep asking myself about how one should write about an artist and their poetics without actually speaking to them. Typically, I would get close to them through a long exchange of emails (those that remind us of how writing letters would have been like), a face-to-face conversation or perhaps a telephone contact. Those occasions did not actually materialize. When I delved into the work that has come to me and the memory I have of the remaining conversations and writings by the artist, I put myself at an arrogant, error-prone place by speaking and telling – briefly – about Rosana Paste’s gesture. After all, any reflection made on an artistic piece of work is, to paraphrase Moacir dos Anjos, “an act bound for inevitable failure, and whose agent cannot aim higher, at every new attempt, at nothing but to ‘fail better’ and in a clearer and more affirmative way”. I remember a video conversation2 between the art critic Frederico Morais and the artist Cildo Meireles, when they questioned what is more important: the artist and the work, or just the work? In agreement with Frederico, and not in disagreement with Cildo, I think that both artist and their work are undeniable facts for the enjoyment of their contexts, which feed back into each other. In her book piece eumuseu rosana paste, Rosana reveals lucidly the interweaving of her art and life as a woman and artist. This nuance

2  DOMINGO com Frederico Morais, Um. Direção: Guilherme Coelho. Matizar Produ`ções Artísticas. Rio de Janeiro - RJ, 2011. 60 min. Son, Color, Formato: DVD.


that spans almost all of her poetics is a subject that says a lot about her in the sense that, were she not an artist, her endless desire for life would turn her body into a poetic field, reaching “if” in the possibility of the aesthetic gaze. Understanding itself as an artistic experience is the pulse of its potency. If experience is what passes through us, happens to us and touches us, as Jorge Larrosa puts it, Rosana navigates through the experience of crisscrossing affections, where the other can be excessively present. As in the photographs of the series geografia genética (genetic geography, 2013/2015), which show the hands of the mother, the son and the artist’s own, the layers of affective memories reveal their state: a body/time we cannot fight against. Their marks are their bonds, their history is a painting in constant process. Entre rainhas (Amongst queens, 2014) epitomizes the precise delivery of the critical perception of the sensitive. The red velvet on the small steel chairs, a counterpoint to the impermeable stainless steel, is also the pleasure of malice and sensibility, the ever-present red lips on her mouth and ethereal laughter, pulsing across the object-works of the artist. Não importa, eu amo! (It doesn’t matter, I love!,1994), not on display in this show but included in eumuseu and a reference piece in her poetics, echoes the voice and the writing that unveil the need to consciously give herself to the world, to the bell jar of things and feelings, to the beholding of the horizon that soothes and cheats. Rosana Paste’s body is poetic territory. In the 1998 piece o corpo (the body), her feet, nose, mouth breasts, vulva and body marks respond to time as it sculpts the measurements of her existence. The title Se eu não tivesse nascido (If I hadn’t been born), on page 14 of eumuseu, echoes the questionings of each detail of the air that penetrates, the reason that presses. This search for and research of the world is suggested in DoNA rosana (2014), a chair that is almost impossible to sit on, making us realize the reason of time and inspiring a childish desire: acting out the present, my

possibility of an uncertain state between the real and the imaginary. It is possible to get a glimpse in a ilha (the island, 1999) of the memory contact between the material and immaterial. Upon conjugating contrasts, the intimacy of this singularity and tactile incoherence creates a discomfort as a contingent refuge. One may not talk about aesthetic beauty, but rather of a terrain that evokes contexts: in this work, Rosana unites lead and wood rescued from the mangrove swamp, the beach sururu clam that revives the memory of the salty air and the self-referencing hair. In a ilha, opposites do not exist as they do in the contrast of materials that the artist Nuno Ramos embraces in his work. With Rosana, we have the joining of the distances, which space and time dissolve and then reappear in an affective effusion with the place. To perceive the clearest image of the affection subject to delivery that Rosana Paste offers is, truly, treading cartographies in the thickness of the sensitive. Renan Andrade

CRITIC

Skin Instinct and Hereditary Flesh We must reject secular prejudices that place the body in the world and the seer in the body, or, conversely, the world and the body of the seer in a box. Where draw a line between body and world, since the world is flesh?3

When I hear that Culture is the Skin of the World, two ideas immediately pop up in my mind. The first says there must be a “skin instinct” that is exuded from all the things around us. The second argues that, with all this exuding, the things that are felt/thought are actually the “flesh of the world”. It is with those ideas in mind that I address the pieces gathered 3  MERLEAU-PONTY. O Visível e o Invisível (The Visible and the Invisible). São Paulo: Perspectiva, 2007, p. 134.

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for the eleventh edition of Vitória em Arte. They are works made under the direction (command) of perception. They present an abundance of media and appearances, giving us various ways to play with the touch and the gaze. With no obligation to establish rigid critical frontiers on those sensorial games, I will lay down below some aspects of the show, or better, some elements, as I prefer to call them. The Materiality: probably this is the first element that should be highlighted, because it makes it easier to speak about what we see and mix all the senses in the body. With the pieces and interventions delivered to the public, technique gives way to the indication of intimacy between the “doing” subject and the “done” subject. The material that moves with the world and the material transformed by this movement. What you see and don’t touch is not a being without ties, but vestiges of the creators’ intimate gestures. The Breathing: as a second element, let’s pay attention to the fact that most of the pieces in Vitória em Arte, and this is nothing new, are taking their first gasps of air. In this debut outing, we can see how these creatures react when they see each other. For the first time they realize there are situations where they must share their way of showing what they are. The air that visitors and passers-by breathe in comes from the lungs of newborns. The Earth: when we speak about the materiality enhanced by the projects on display, we do not assert an exact solidity, but rather the palpable inclusion of sensitivities. The titles and descriptions of the beings harbored in the show point to personal worlds that fancy each other and attach themselves to the body of the inhabitant. From “Mineral” to “Laces”, from “What Is Not Seen” to “Bud”, from “The Utterance That Fertilizes The Breath” to “Trencandís Study” or any other unstable relationship that is being asserted, the Earth makes and spreads itself across the World; The Hand: from the initial concept of the show, the interaction with the world’s poetry

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through the gesture on the surface revealed itself to be a powerful guideline. Sewing, stepping, hugging, walking, painting, squeezing, tracing, mounting, cutting, binding, showing. The verbs that meet the needs and the cravings of these creators give them permissions to manipulate reality, that is, to say: “I am here”; The Presence: like the opposite of rarefied simulations, the pieces that observe the visitors and passers-by bring along pieces of their creators. Ignoring the unfair contemporary rule of forgoing representation, these pieces use the simplicity of making present a momentary viewpoint of the one who proposes it to erect bonds, passages and reflexes; Being Together: what this presence brings is a respectful coexistence, which does not aim at eliminating completely the distance between antagonists and loners. Through the appearance of discrepancy made evident by the strictly morphological and structural analysis, we can note the individual processes of the works. This is essential to establish a dialogue. If “I am together” is because there is something besides me in the landscape I find myself in. The Exchange Between Generations: the coexistence element reminds us of one of the main gains in this edition of Vitória em Arte. It is always important to reassert the fact that we experience an immeasurable amount of temporalities. If there are specific times for different ways of feeling, perhaps that is similar to a season of kite-flying, which kicks off during school holidays. But that doesn’t mean the wind cannot kiss the tissue paper during the rest of the year; The Fleshy-Spirit: the survival beyond a single time period, in a “set of eras”, appears in bold lettering when we place the filter of uncertainty between our gaze and the objects. Should the observer want souls unattached to their bodies, or mummified bodies on window displays, the exhibition rooms will be empty. Should they want to visit a city in expansion, within and outside the walls, he will find some incarnate spirits and some casings inflated by the air of expression;


The Giving of Life: this breath of life moves and gives voice to the objects displayed in the internal city and the external city. In the face of this metaphor of the exhibition as an imaginary city, any attempt to cover the themes of its inhabitants is fated to frustration and mistake. Even so, if we place at the opposite ends of an arc the creative processes of the two honored artists (Rosana Paste e Antônio Rosa), who were the applicant artists’ compass, we will see the “breath of life on the substance that keeps the memory” like a light that relights each one of the works; The Hereditary Wood: giving life, or configuring the way of being of an amorphous thing, is writing a fundamental memory. There is a curious fraternity between the words wood (“madeira”) and matter (“matéria”). In a supposedly distant past, the Greek expressed with the term hilé (ύλη) both the meaning of wood or shapeless matter. Hilé was the wood kept in the storage of carpenters. Before being processed by the tradesman to acquire a recognisable profile (eidos, είδος) the woodmatter had no shape “to be”. After the process of information, the wood would respect a memory and, until it dissolved in the sands of time, it would answer to the hands that had once said: “Thus will this tread the Earth in this World”. Rodrigo Hipólito

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Ă?ndice de obras por artistas


A Abinair Callegari, 68 Ana de Sena, 60 Ana Lúcia Gonçalves, 61 Ana Valença, 78 Andréa Barros, 113 Andrea Doria, 81 Ângela Gomes, 82 Angela Pandolfi, 92 Anna Maria Villa-Forte, 111 Ariana Margoto, 70, 71, 72 Aurélia Carvalho, 95 Aýla Lourenço, 58 B Béja, 66 Bianca Romano, 117 C Cacá Benevides, 41 Carla Roncarati, 131 Carmélia Mazzei, 118 Casé Lontra Marques, 57 César Viola, 125 Christina Lemos, 88 Christine Ribeiro, 126 Cida Ramaldes, 128 Coletivo ZIN, 138 Cristina Bastos, 47 D Dayse Resende, 45 Deborah Moreira, 106 DioGo Novais, 129 Doria Scardua, 116 E Elaine Sohelo, 84 Eva Andreão Passos, 124 G Gabriel Hand, 130 Gianni Cepile, 97 Grasie Fink, 74 Gustavo Pizzol, 104

H Heloisa Monjardim, 123 Hilquias Scardua, 76 I Iraci Salla, 56 Isabela Bimbatto, 54 Israel Scardua, 115 Ivna Messina, 50 Izete Meriguetti, 89 J Janete Ribeiro, 94 Jansen Lube, 86 Jean Pereira, 138 Jocélia Pozzi, 67 Jocimar Nalesso, 108 Júlio Braga, 91 K Karini Miranda, 114 Katia Bobbio, 122 Khalil Rodor, 110 Kyria Oliveira, 103 L Lacunha, 112 Lílian Casotti, 136 Liliane Neto Maia, 48 Lourdes Alves, 134 Luara Monteiro, 59 Lucy Aguirre, 119 Lucy Dal’Orto, 65 Ludmila Cayres, 73 Luís Keiper, 77

R R. Beling, 85 Regina Caus, 79 Regina Nunes, 80 Re Henri, 42, 43 Renato Ren, 49, 138 Rick Rodrigues, 132 Roberta Portela, 136 Rogério Rodrigues, 62 Romário Batista, 90 S Sandra Resende, 96 Sergio Câmara, 127 T Tamara Chagas, 46 Tatiana Seabra, 121 Teresinha Mazzei, 44 Thaynã Targa, 83 V Vania Caus, 87 Vânia Vica, 102 W Wania Soriano, 93 Z Zuilton Ferreira, 53

M Mara Perpétua, 52 Marcia Wolff Perin, 120 Márcio Antonelli, 51 Margarette Mattos, 64 Moema, 75 N Natanael de Souza, 63 Nona Rostagno, 109

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11o Vitória em Arte 18.08—11.10.2015

Sesc Departamento Nacional | National Sesc Department

Instituto Sincades Presidente | President

Presidente do Conselho Nacional | President of National Board

Idalberto Luiz Moro

Antônio Oliveira Santos

Vice-Presidente | Vice President

Carlos Antônio Marianelli Diretor Geral | General Officer

Maron Emile Abi-Abib

Primeiro Tesoureiro | First Treasurer

Renato Vianna Maia Diretor da Coordenadoria de Educação e Cultura | Education and Culture Coordination Officer

Gerente Executivo | Executive Manager

Dorval Uliana

Nivaldo da Costa Pereira Gerente de Cultura | Culture Manager

Coordenadora de Programas e Projetos | Special Projects Coordinator

Márcia Costa Rodrigues

Ivete Paganini

Coordenador Técnico de Cultura para o ES | Technical Culture Coordinator for the State of Espírito Santo

Coordenadora de Projetos | Project Manager

Lívia Caetano Brunoro

Marco Aurélio Lopes Fialho Assessora de Comunicação | Press Assessoria Técnica em Artes Visuais | Technical Visual Arts Office

Roberta Fachetti

Lúcia Mattos Caroline Souza Leidiane Carvalho

Assistente de Projetos | Project Assistant

Sesc Departamento Regional no Espírito Santo | Regional Department of Sesc in the State of Espírito Santo Presidente do Conselho Regional | President of Regional Board

Bruna Casoli Patrícia Soares Lúcio Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo — Sindiappes Presidente | President

Carlos Benevides Lima Júnior

José Lino Sepulcri Vice-Presidente | Vice President Diretor do Departamento Regional | Officer of Regional Department

Cesar Viola Maio

Gutman Uchôa de Mendonça

Comissão Organizadora | Organization Team

Gerente de Cultura | Culture Manager

Celso Adolfo Salles Ramos Liliane Neto Maia Bernadette Rubim Teixeira

Beatriz de Oliveira Santos Coordenadora de Cultura | Culture Coordinator

Colette Dantas

Pesquisa Histórica sobre o Artesão Antônio Rosa | Historical Research on the Artisan Antônio Rosa

Gerente de Unidade | Unit Manager

Carlos Benevides Lima Júnior

Paulo Neves Cruz Assessoria Técnica em Artes Visuais | Technical Visual Arts Office

Elaine Pinheiro Renan Andrade Thiago Arruda Estagiárias de Artes Visuais | Visual Arts trainees

Giani Piol Thaís Oliveira


Prefeitura Municipal de Vitória | The City of Vitória

Exposição

Prefeito Municipal de Vitória | Mayor of Vitória

Idealização | Concept

Luciano Rezende Vice-Prefeito Municipal de Vitória | Vice Mayor of Vitória

Waguinho Ito Secretária de Cultura de Vitória | Secretary of Culture

Casamelancia Produções Sindicato dos Artistas Plásticos do

Revisão de Textos | Proofreading

Espírito Santo (Sindiappes)

Marília Carreiro

Concepção da 11a Edição | Concept of

Versão para o Inglês | English Version

11th Edition

Lobo Pasolini

Equipe de Artes Visuais do Centro Cultural Sesc Glória

Ana Laura Nahas Subsecretária de Cultura de Vitória | Vice Secretary of Culture

Art Clamur Clara Sampaio

Assessor de Comunicação | Press

Leonardo Vais

Sesc ES

Rodrigo Hipólito Programa Educativo | Educational Projeto Expográfico | Exhibition Design

Program

Fabrício Coradello (Casa do Lago) Arte-educadora Convidada | Guest Art

Coordenadora | Manager

Kênia Lyra

Transporte | Transportation

Ilha Locadora Texto Crítico | Critical Essay

Erlon Paschoal Casa Porto das Artes Plásticas

Comunicação Visual | Visual Displays

Curadoria | Curatorship

Leliane Krohling Vieira Secretário Executivo | Executive Secretary

Filmagem e Edição de Vídeo | Video

Design Gráfico | Graphic Design

Educator

Felipe Gomes

Stela Maris Sanmartin

Werllen Castro Mediadores | Mediators

Equipe de Arte-educação | Art education Staff

Produção Executiva | Executive

Aýla Lourenço

Production

Beatriz Bueno

Coordenação | Team Leader

Juranda Alegro

Ian Rocha

Rachel Silva Mattos Mediadores | Mediators

Jéssica Silva Barbosa João Fraga Raíssa Conrado Acervo e Patrimônio | Collection and Assets

Bernadette Rubim Teixeira

Karenn Amorim Preparação Técnica do Espaço |

Karoline Leite

Technical Support

Luca Peçanha

PM Móveis (marcenaria)

Rafael Dias

Pires Pinturas e Reparos (pintura) Agradecimentos | Acknowledgements Montagem | Installation

Carlos Benevides, Celso Perota,

Tuca Sarmento

Cida Petroni, Katia Bobbio, Maria Helena Lindenberg, Rogerio

Acessibilidade Cultural | Cultural Accessibility

Iluminação | Lightning

Medeiros, Rosana Paste, Terezinha

Lilian Menenguci

BeLight

Calixte e Thereza Serra (Acervos Particulares), Franquilândia Raft

Equipe Administrativa | Office Staff

Ana Cristina Boldi Veiga dos Santos Rafael Ramos

Fotografia | Photography

(Acervo Galeria Homero Massena),

Edson Chagas

Lara Brotas e Sandra Matias (Acervo Galeria Matias Brotas)

Projeto QR Code e Site | QR Code Project and Website

David Ruiz Torres Intérpretes para Videoguia em Libras | Sign Language Interpreter

Jefferson Bruno Moreira Santana Valquiria Avancini


O miolo deste livro foi impresso no Inverno de 2015, em papel Color Plus Marfim 80g/m2 e Offset 90g/m2, pela Cromo Gráfica e Editora (PR). Para compôr as páginas, foram utilizadas as tipografias Aileron para título e Quiroga para texto, ambas da TipoType.



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