Dança | Cruzamentos - Edição 1

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encontro de artistas de diferentes contextos



com Flavia Pinheiro e Thiane Nascimento dia 4.10.2019 | sexta, 14h30 e 21h30 | auditório

Antílope de Flávia Pinheiro (PE) e

Antílope. Em estado de dança.

Posição de Armazenamento de Thiane

Animal fabuloso em fuga constante.

Nascimento (SP) estabelecem um espaço

Musculatura poderosa dos membros

instalativo onde o discurso do corpo é

inferiores. Movimento sublime em alta

expandido em hackeamentos e qualidades

velocidade. Sempre com medo mesmo

corporais singulares. Ambas apostam nas

em manada. Sobre a miséria da condição

ressonâncias da radicalidade, invocando

humana. Fugir, escapar, sobreviver.

corpos que não cessam de ser deslocados pela presença e pela pergunta “como manter a vitalidade do encontro?”.

ficha técnica ≈ criação e performance Flávia Pinheiro; programação e ruídos Leandro Oliván; artista sonoro Yuri Bruscky; pesquisadores Leandro Oliván e Flávia Pinheiro; coordenador da pesquisa Claudio Lacerda;

Enquanto Flávia parte de um olhar para

design gráfico Guilherme Luigi; Desenhos Renato Valle.

a tecnologia, onde sensores biométricos e ópticos produzem parâmetros que moldam sonoridades no espaço na prática do biofeedback, Thiane realiza um estudo utilizando termos técnicos dados à posição de uma galinha no momento do chocamento dos ovos. O encontro de um antílope e uma galinha dá a dimensão das estratégias de crítica e re-invenção dessas artistas atuando num cenário que funciona na lógica primitiva das manadas, na desumanização e no devir animal.

Posição de Armazenamento articula de modo irônico e crítico as relações entre corpo e gênero. Parte de termos sexistas que relacionam a mulher à um animal cuja carne serve de alimento diário para diversos povos, cujo corpo é também utilizado em rituais religiosos. A fertilidade versus infertilidade, potencial de voo e a incapacidade de voar, o sagrado e o profano servem como exploração de uma qualidade corporal precária e instável. ficha técnica ≈ concepção e performance Thiane Nascimento; design de som Manuel Pessoa; criação de luz Camille Laurent.

Fotos: Micaela Wernicke e Amanda Pietra

Antílope + Posição de Armazenamento



com Luciana Hoppe e Maria Ângela de Ambrosis dias 5 e 6.10.2019 | sábado, 19h30 | domingo, 18h30 | auditório

Os dois espetáculos constituem uma base

Não posso esqu cer

comum de criação e pesquisa advindas do

Da árvore e da mulher, da bacia às bacias, o

estudo proporcionado pela abordagem

espetáculo se realiza pelo movimento da(s)

somática do Body-Mind Centering® (BMC) ,

personagem(ns) por sua bacia e deslocamentos

que fundamentou a pesquisa corporal de

entre bacias gerando encontros, criando

ambas as artistas. Embora sejam de áreas

uma sequência de paisagens corporais que

diferentes das artes cênicas - Maria Ângela

tocam primeiro a percepção e os sentidos.

de Ambrosis do teatro e Luciana Hoppe da dança - as artistas são reconhecidas por

ficha técnica ≈ atriz Maria Ângela de Ambrosis; encenadora Valéria Braga dos Santos; dramaturgia e iluminação

relacionar esta abordagem como material

Kleber Damaso; técnica de luz Juliana Morimoto; diretora

cênico tendo o corpo como eixo de criação

de arte Carolina Fonseca; direção musical Marcos

cênica. Maria Ângela de Ambrosis traduz

Galvão; preparação corporal Camila Vinhas Itavo.

esta experiência numa perspectiva do teatro contemporâneo e Luciana Hoppe, por sua vez, cria a partir do olhar da dança contemporânea. Esta base comum das artistas da cena tem uma estética que traz elementos da dramaturgia corporificada, que é sustentada pela base física gerada pelo BMC®.

Bestiário Vibração, respiração pelas células, esponja e fluxo interno, pulsação por meio da água, estrela-do-mar, coluna leve, peixes, anfíbios, lagartos, mamíferos, uma profusão de animais como desdobramento da evolução das espécies contida na evolução humana. O que nos aproxima dos animais? O que nos aproxima do humano? Somos desdobramento da mesma matéria? Partindo da ideia de que somos uma coleção de animais, os bestiários da Idade Média entram para borrar o limite entre o homem e o bicho provocando uma visceralidade ao movimento. ficha técnica ≈ coreografia e direção Luciana Cristina Hoppe; orientação de pesquisa Silvia Maria Geraldi; trilha sonora Haroldo Paraguassu de Souza; iluminação Juliana Morimoto; figurino Felipe Longo.

Fotos: Fabricia Vilarinho

Bestiário + Não posso esqu cer


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