A dramaturgia em um panorama contemporâneo brasileiro agosto a dezembro | 2019
• Educação
• Dramaturgas - da produção nos anos de chumbo à atualidade • Performatividade
• Geração 1980 e 1990
2019
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Dramaturgias em foco A dramaturgia produzida por um povo, em determinada época, pode ser uma fonte relevante de informações sobre seus aspectos sociais, políticos, culturais e afetivos. Ao construir uma representação de mundo, sendo um espelho ou um dispositivo de contestação da realidade, essas produções simbólicas transmitem para seus contemporâneos e para as gerações futuras muito mais que ideias e concepções de momento. Nesse sentido, a dramaturgia, como uma espécie de metáfora abrangente, permite transportar o público a tempos e lugares distintos, revelando os caminhos diversos percorridos pela humanidade. Neste mesmo lugar está a dramaturgia contemporânea brasileira das últimas cinco décadas, e é sobre ela que o projeto Dramaturgias se desenvolve. Em sua segunda edição, o Dramaturgias aborda obras brasileiras dos anos 1960 até produções performáticas atuais, a partir de quatro eixos temáticos: possibilidades educativas, dramaturgia de mulheres, geração 1980/90 e dramaturgia performática. Atividades e encontros de debate e imersão complementam a proposta, assim como as ações formativas com diferentes públicos, incluindo educadores e escolares da rede pública. Para o Sesc, dar visibilidade e valorizar as potencialidades da dramaturgia contemporânea brasileira, alinhavadas em um amplo espectro de ações de fruição e apreciação estética, denota um compromisso com o presente e, também, com a preservação da memória. Ao acolher diferentes formas de leituras e abordagens, reafirma a importância da educação sensível para o desenvolvimento de cidadãos mais saudáveis, conscientes e participativos. Danilo Santos de Miranda Diretor do Sesc São Paulo 5
Dramaturgias 2 Drama/turgia: O ofício de criar ação. Esta é uma das significações e sentidos possíveis da palavra que nomeia este evento, que chega, neste ano, acrescido do número 2. Sim, este é o segundo ano do Dramaturgias. Uma ação fundamental, que reúne, em um mesmo espaço, dramaturgias com origens, estruturas e formas de se pensar a cena absolutamente distintas entre si. Logo, é uma real e rara oportunidade de conhecer algumas das obras escritas em nosso país, além de permitir o acesso às presenças físicas e textuais, de dramaturgas e dramaturgos, por meio de mesas de debate, oficinas, apresentação de peças, feira de livros, performances, ocupações cênicas, ateliês de contato e ciclos de leituras. O Dramaturgias também se dá como registro histórico fundamental do que foi e está sendo produzido no país. Foi pensando nisso, aliás, que neste ano, fundamentou-se o evento sobre as premissas abaixo: • A educação: Com uma reflexão sobre o aspecto pedagógico da Dramaturgia, com ações de intervenção em ambientes escolares, além de debates sobre o tema. • Dramaturgas: Reflexão sobre processos criativos e proposições para o futuro. • A geração intermediária da Dramaturgia Brasileira: Com foco nas dramaturgias produzidas nas décadas de 70 e 80, entre o teatro político e o pós-dramático. • Dramaturgia performativa: A construção dramatúrgica a partir da escrita do corpo.
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Nessa edição do Dramaturgias, haverá o lançamento do livro Maratona de Dramaturgia, que apresenta um registro da maratona de discussões ocorrida nos encontros da primeira edição, quando também foram gravados Podcasts, que recriados e editados pelo Sesc Digital estarão, no futuro, nas plataformas digitais. Teremos ainda o lançamento da revista Dramaturgias 1, com textos produzidos por dramaturgas, dramaturgos, críticos, intérpretes e pesquisadores especialmente para esta publicação, que foi editada por Mariana Delfini. Com uma preocupação com a pesquisa de outras vozes, nem sempre tão visíveis e/ou audíveis, notadamente de dramaturgias feitas por mulheres, registramos enorme gratidão e admiração por Neide Almeida e Salloma Salomão, bem como à equipe do Museu Afro Brasil, pelo apoio e empenho na árdua tarefa de encontrar registros das dramaturgias produzidas por dramaturgas negras em nosso país. Foi através do empenho destas pessoas que conseguimos chegar até a dramaturgia de Carolina Maria de Jesus (com a “descoberta de cinco peças de teatro escritas por ela”, inéditas), e Thereza Santos, dramaturga de E Agora Falamos Nós, por exemplo. Esperamos que este evento seja, dentre muitas outras ações já em curso, um meio que permita o acesso às produções dramatúrgicas resultantes de experiências existenciais, artísticas e sociais variadas. Trata-se de um dever histórico e ético de todas as pessoas que trabalham pela arte em nosso país. Oxalá possamos nos enxergar como sujeitos históricos, atuantes, capazes de promover alguma diferença naquilo que parece impossível. E seguir criando narrativas férteis de outros imaginários, construindo outros mundos possíveis, novos acordos para novas sociabilidades. Curadoria 7
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9 Abertura 12
Desconstruindo Muros
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Teatro para Crianças Teatro Mínimo
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Mostra de Dramaturgia Performativa
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Ciclo de Leituras Fernando Bonassi
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Ciclo de Leituras Dramaturgas nos Anos de Chumbo
51 Ateliês Imersões Dramatúrgicas 66
Rodas de Conversa
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Feira de Publicações
85 Programação setembro a dezembro
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Abertura
Dia 8 de agosto de 2019
19h Convivência Grátis Livre
20h30 Convivência Grátis Livre
Lançamentos do livro Maratona de Dramaturgia, uma coedição entre a Editora Cobogó e as Edições Sesc, organizado por Isabel Diegues, Zé Fernando Azevedo e Kil Abreu a partir da Maratona de Entrevistas, realizada na primeira edição do projeto; e da revista Dramaturgias 1, que reúne e sistematiza o conhecimento produzido ao longo da primeira edição do projeto, além de apresentar textos inéditos e artigos inspirados por aquela programação.
Apresentação da performance de leitura ManiFestas, realizada a partir do manifesto da dramaturgia feminista, escrito por Carolina Bianchi, Claudia Schapira e Dione Carlos, com Carlota Joaquina, Naloana Lima, Thais Dias e direção de Antonia Mattos; e do espetáculo Quando Quebra Queima, da ColetivA Ocupação.
21h
Quando Quebra Queima
Ginásio
É uma “dança-luta” coletiva construída a partir das vivências de estudantes no processo de ocupações e manifestações do movimento secundarista entre 2015 e 2016. A montagem desloca para a cena a experiência que tiveram dentro das escolas ocupadas, criando uma narrativa coletiva e comum a partir da perspectiva de quem viveu intensamente o dia a dia do movimento, nas escolas e nas ruas.
Grátis - Retirada de ingressos com 1h
de antecedência na bilheteria. 14 anos
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JMA Photography
Ficha técnica ≈ Direção: Martha Kiss Perrone. Performance e criação: Abraão
Santos, Alicia Esteves, Alvim Silva, Ariane Fachinetto, Beatriz Camelo, Gabriela Fernandes, Ícaro Pio, Letícia Karen, Lilith Cristina, Marcela Jesus, Matheus
Maciel, Mel Oliveira, Mayara Baptista e Pedro Veríssimo. Dramaturgia: ColetivA Ocupação. Preparação Corporal: Martha Kiss Perrone e Natália Mendonça.
Iluminação: Alessandra Domingues e Diogo Terra. Assistência de Iluminação:
Beatriz Camelo. Operador de Iuz: Jaya Baptista | Som e performance: Live, André Dias liveira e Heitor de Andrade. Preparação vocal: Abraão Santos. Fotos em
cena: Alicia Esteves. Vídeo: Martha Kiss Perrone. Colaboração musical: Fronte
Violeta. Figurino: Lu Mugayar, ColetivA Ocupação e Gabriela Cherubini. Produção: Otávio Bontempo, Lilith Cristina, ColetivA Ocupação e Bom Tempo Produções.
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Desconstruindo Muros
Os aspectos pedagógicos da dramaturgia e a filosofia da educação colocados em foco por meio de ações teatrais na unidade, em escolas públicas estaduais e no CEU Meninos, em Heliópolis.
Mauricio Fidalgo
CérebroCoração
Dias 12 e 13/8 Segunda e terça, 20h Apresentação no CEU Meninos, em Heliópolis Grátis 14 anos
CérebroCoração Trata-se de uma peça-conferência, um caminho percorrido entre o teatro e a sala de aula a partir da memória, das alteridades, dos modos de aprendizagem, da sensibilização e do entendimento científico-poético do mundo. Como uma professora, a atriz entra em cena como numa aula e discorre sobre a ciência, a biologia do cérebro, mas também sobre o emotivo e o afeto. Resultado de um processo de escrita conjunta, de textos recortados, leituras e vivências da atriz Mariana Lima em parceria com os diretores Renato Linhares e Enrique Diaz, o trabalho resgata, em sua essência, lugares potencialmente transformadores: o teatro e a sala de aula; o cérebro e o coração. Ficha técnica ≈ Atuação e dramaturgia: Mariana Lima. Direção e colaboração dramatúrgica: Renato Linhares e Enrique Diaz. Cenografia:
Dina Salem Levy. Iluminação: Beto Bruel. Vídeos e projeções: Paola Barreto e Lucas Canavarro. Trilha sonora: Lucas Marcier. Figurino: Marina
Franco. Assistência de direção: Luisa Espíndula. Preparação Corporal: Laura Samy. Consultoria em arte contemporânea: Luisa Duarte.
Operadora de vídeo: Lina Kaplan. Operadora de luz: Luana Della Crist. Operadora de som:
Joana Guimarães. Produção e administração: Quintal Produções. Direção geral: Verônica Prates. Coordenação artística: Valencia
Losada. Produção executiva: Thiago Miyamoto
e Nely Coelho. Diretor de palco: Iuri Wander.
Camareira e contrarregra: Conceição Telles.
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O Homem de Uniforme Escolar Aborda a homofobia, apresentando uma aula de bullying homofóbico a que o público assiste: o que é, como praticar e quais as suas consequências. A peça, que fala da intolerância e de sua manifestação em três instâncias (Escola, Lei e Estado), é o primeiro dos três atos do texto 3 Maneiras de Tocar no Assunto e propõe uma interlocução direta com o público: o que há, afinal, de tão incômodo, maléfico e repugnante na homossexualidade? Por que, ao longo dos tempos, ela teve sempre de ser punida? Por que em alguns países, em pleno século 21, a homossexualidade é considerada crime passível de pena de morte? Por que a orientação sexual de uma pessoa a transforma num cidadão de segunda classe, com menos direitos que o resto da população? Por que a interdição de uma manifestação tão simples de existência?
Dias 15 e 16/8 Quinta e sexta, 11h e 13h30 Apresentação na Escola Estadual Manuela Lacerda Vergueiro, em Heliópolis Grátis 14 anos
Ficha Técnica ≈ Texto e atuação: Leonardo Netto. Direção: Fabiano de Freitas.
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Dias 15 e 16/8 Quinta e sexta, 10h e 14h30 Apresentação no CEU Meninos, em Heliópolis Grátis 12 anos
Giz Gis é o apelido de Gislaine. E é também aquilo que ela carrega no corpo. Gislaine é professora do curso supletivo de uma escola pública. Ela é professora de Adão, um jovem pedreiro. Gis costuma dizer que sua mãe “desenhou” seu magistério todo de branco, até que a vida se mostrou completamente cinza fora do papel. Para Adão, a vida sempre foi cinza, cheia de pó de construção. A relação entre professora e aluno é o grande condutor dessa história e a causa de uma tragédia. O texto procura redimensionar as noções de tempo e de espaço para contar a história do desejo de uma professora e de um aluno. Ficha Técnica ≈ Dramaturgia: Maria Shu.
Elenco: Ana Flavia Cavalcanti, Felipe Frazão, Tatiane Villela e Victor Albuquerque.
De 20 a 23/8 Terça a sexta, 14h-18h
Curso Teatro e Alimentação Com o GAL - Grupo de Arte Livre
Grátis
Oficinas de formação pessoal e profissional para jovens em escrita, interpretação, produção executiva em teatro, associadas à questão da alimentação orgânica, segurança alimentar e à proteção das florestas.
14 anos
O GAL é um coletivo formado pelos artistas
Ação no CEU Meninos, em Heliópolis
Ana Flavia Cavalcanti, Felipe Frazão e Victor
Albuquerque. O GAL teve início em 2013 com o
objetivo de mediar ideias e formatos entre o teatro, a performance e as dramaturgias pessoais. 18
Ocupação Elagalinha Elagalinha
Uma fábula escolar com crítica ao vivo A história Uma galinha de seis anos vai à escola pela primeira vez. No caminho, é feita prisioneira por um monstro. Sua jaula vira sala de aula e o que ela ensina vem do coração. A peça - para todas as idades - brinca com o conceito das fábulas, onde animais têm características humanas. Com muito humor e desconstrução narrativa, seu tema principal é a Educação. Uma dupla de Críticos comenta as ações, num enredo paralelo.
De 10/8 a 1/9 Sábados e domingos, 16h Dias 20 e 21/8 Terça e quarta, 10h e 14h30 Praça Grátis Livre
Uma fábula desconexa A origem da palavra vem do verbo latim fabulare, que significa narrar ou falar. Fábulas são composições curtas, escritas em prosa ou versos, com caráter educativo em que os personagens são animais com características humanas. As fábulas surgiram numa época em que a liberdade de expressão era limitada. Assim, era comum usar histórias para criticar a sociedade, os costumes e o governo sem represálias. Elas serviam como código para que os mais fracos pudessem se contrapor aos mais fortes. 19
Maria Clara Diniz
Elagalinha é um texto de teatro para todas as idades, com referências próprias da fábula, onde animais tem características humanas, mas subverte a todo momento sua estrutura. O personagem principal é uma galinha com as mais sensíveis qualidades humanas. Já o vilão da história é um homem cheio dos piores instintos animais. Seu tema é a eterna crise das relações entre fortes e fracos, adultos e crianças, novo e velho, com foco sobre o conceito de Educação. O que sustenta a história, sua metáfora, é a discussão sobre nosso mundo, costumes, a forma como educamos e, principalmente, a barbárie de nossa relação com a infância. 20
O texto foi premiado pelo Proac - Edital de Publicação Literária do Governo do Estado de São Paulo e sua primeira leitura pública aconteceu no Projeto Dramaturgias, no Sesc Ipiranga, em 2018. Cia Bendita Unindo as experiências acumuladas ao longo de 25 anos de carreira, Jackie Obrigon e Marcelo Romagnoli juntaram-se e criaram a Cia Bendita. Parceiros desde a época em que estudaram na ECA-USP, convidaram artistas que sempre acompanharam a trajetória de ambos em suas diversas montagens. Com foco em novas dramaturgias voltadas para infância e família, a Cia Bendita estreou, em 2012, Terremota, que discute temas importantes na formação da criança. Em 2017, com Gagá, tratou de camadas sensíveis a dois universos particulares: a velhice e a infância. A Cia Bendita é, assim, fruto de longa troca artística e de descoberta de novas possibilidades cênicas, tendo como linha de pesquisa a criação de espetáculos com linguagem crítica e poética voltada ao Brasil contemporâneo. Ficha Técnica ≈ Texto e direção: Marcelo Romagnoli. Elenco: Jackie Obrigon, Guto Togniazollo, Joaquim Lino, Georgette Fadel (ou Cris Rocha) e Pascoal da Conceição. Música ao vivo: Gui Calzavara e Bruno Garcia (Granja Sounds). Cenário e luz: Marisa Bentivegna. Figurinos: Chris Aizner. Música original e trilha: Dr Morris. Projeto gráfico: Andrea Pedro. Fotografia: Maria Clara Diniz. Técnica
de som: Maria Rose Lopes. Assistente de cenografia: Amanda
Vieira. Cenotecnia: Cesar Rezende Santana (Basquiat). Costura:
Ateliê Judite de Lima. Produção executiva: Corpo Rastreado e
Murilo Chevalier. Realização: 6Cia Bendita e Corpo Rastreado.
Lançamento do Livro Elagalinha
De Marcelo Romagnoli. Editora Patuá Lançamento do livro com o texto da
Dia 10/8 Sábado, 17h
peça, logo após a estreia do espetáculo 21
Aulas Abertas As aulas abertas são gratuitas e recebem alunos de escolas públicas e particulares, de Heliópolis e entorno, com educadores, coordenadores pedagógicos e pessoas interessadas nas práticas da educação e do teatro e também na relação entre elas.
Dia 13/8 Terça, 13h Praça Grátis Livre
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Educação Infantil Promove Criatividade? com Bel Linares
A educação promove a Criatividade quando favorece e propicia espaço e tempo à experiência, à brincadeira e à pesquisa da criança; quando dá condições para o exercício de sua autoria e autonomia nas diferentes situações e relações vividas na rotina escolar. Neste sentido, a Educação Infantil é espaço potencialmente privilegiado para a formação da criança como indivíduo e como ser social, cidadão criativo e ativo, capaz não só de aprender, mas também de produzir cultura. Se entendemos que a criança pode, através de suas experiências e expressões, conhecer e desenvolver a si própria e seu papel no coletivo, ser criativa e autônoma, esta possibilidade se ancora em relações de escuta, cuidado, continência, afeto, confiança e liberdade.
Bel Linares é psicóloga pela PUC - SP, professora e escolar na rede municipal de São Paulo. Desde
1982, é diretora e responsável pelo Projeto Político Pedagógico de Recreio, Berçário e Educação
Infantil. Autora de livros infantis, aborda questões como o nascimento de irmãos, entrada na escola, adoção, separação dos pais.
Divulgação
O Tempo da Arte de Educar
Dia 15/8 Quinta, 13h
Walter apresenta, nesta aula, ideias para pensar a relação entre tempo, infância e educação. Dessa forma convida a pensar uma arte infantil para educar a partir de uma suspensão do tempo cronológico e uma afirmação de um tempo aiónico para se viver um pouco de aion em chronos: um tempo de infância, arte, amor, educação e filosofia.
Praça
com Walter Omar Kohan
Grátis Livre
Walter Omar Kohan é professor titular da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Cientista de Nosso Estado na Faperj. É pós-
doutor pelas Universidades de Paris 8 (França) e British Columbia (Canada). Atual Coeditor do periódico childhood & philosophy, foi
Presidente do Conselho Internacional para a
Divulgação
Investigação Filosófica com crianças (ICPIC).
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Dia 17/8 Sábado, 13h Praça Grátis Livre
Conhecendo as Escolas Indígenas com Poty Poran
A educadora Poty Poran apresenta a realidade das escolas indígenas, compartilhando com o público algumas práticas pedagógicas diferenciadas e inovações vindas do diálogo com os modos tradicionais de educar, além das dificuldades enfrentadas para se elaborar materiais didáticos e efetivar o direito ao ensino intercultural e bilíngue em suas comunidades. Poty Poran é filha de mãe Guarani e pai Krena, estudou sempre em escolas não indígenas, tornou-se professora antes de fazer dois
cursos superiores: Pedagogia na PUC-SP e
Magistério superior indígena na USP. É mãe
de três crianças (sua mais linda e importante
obra), foi professora e gestora das três escolas indígenas da capital. Atualmente moro na Divulgação
aldeia Krukutu, extremo sul de São Paulo, e
leciono para 3° ano do ensino fundamental I.
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Como Superar os Obstáculos na Educação com Bel Santos Mayer
Bel Santos Mayer fala sobre antigos e atuais desafios para que nos tornemos um país de leitores/as. De forma dialogada, apresenta iniciativas que têm feito a diferença na promoção do acesso à leitura.
Dia 18/8 Domingo, 13h Praça Grátis Livre
Bel Santos Mayer é educadora social, mestranda do Programa de Pós-
graduação em Turismo (PPGTur/EACH/
USP), tem especialização em Pedagogia Social e é graduada em Ciências
Matemáticas e em Turismo. Há mais de 20 anos coordena o Instituto Brasileiro
Paula Carrubba
de Estudos e Apoio Comunitário – IBEAC, criando e desenvolvendo projetos de formação em Direitos Humanos.
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Teatro para Crianças Teatro Mínimo
Criado em 2011, o Teatro Mínimo tem como característica montagens de pequeno porte, que destacam a dramaturgia, interpretação e a proximidade entre público e artistas. O projeto ganhou o Prêmio Aplauso Brasil 2019 na categoria Destaque.
Tide Gugliano
Quando Eu Morrer Vou Contar Tudo a Deus
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Dias 11 e 18/8 Domingos, 11h
Quando Eu Morrer Vou Contar Tudo a Deus
Teatro
Baseado em uma história real, o espetáculo conta as aventuras de Abou, um menino africano que foi encontrado dentro de uma mala tentando entrar no continente europeu. Ao som de tambores e violão, quatro atores contam a história desse menino refugiado que, com sua mala Ilê – companheira, abrigo e animal de estimação –, enfrenta dificuldades com criatividade e coragem.
Ingressos: R$ 17
R$ 8,50 [meia entrada]
R$ 5 [credencial plena] Grátis para crianças até 12 anos Livre
Ficha técnica ≈ Texto: Maria Shu. Direção:
Ícaro Rodrigues. Atores - Criadores: Ailton Barros, Filipe Ramos, Jhonny Salaberg
e Marina Esteves. Instrumentistas: Ana
Paula Marcelino e Anderson Sales. Direção
musical e Trilha sonora: Cristiano Gouveia.
Preparação vocal: Renata Éssis. Preparação corporal: Mariane Oliveira. Cenografia
e Figurino: Eliseu Weide. Assistência de cenografia e figurino: Carolina Emídio
e Iasmin Ianovale. Criação e operação de luz: Kenny Rogers. Foto e vídeo: Tide Gugliano. Produção executiva: Marina Esteves. Assessoria de imprensa: Elcio
Silva. Realização da produção: Secretaria
de Cultura, Prêmio Zé Renato, Cooperativa Paulista de Teatro e O Bonde.
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A Valsa de Lili Eliana Zagui e Lili são mulheres comuns e têm questões iguais às de qualquer outro ser humano: a necessidade de amar e ser amada, a relação com a Morte, o que fazer com a própria vida, como conseguir o próprio sustento com seu trabalho etc. A única coisa que as distingue das demais pessoas é que ambas só mexem os músculos do pescoço e da cabeça, apesar de terem total sensibilidade em todo o corpo. Elas tiveram pólio quando completaram um ano e nove meses de idade. Lili é uma personagem escrita por Aimar Labaki, inspirado no livro autobiográfico Pulmão de Aço, de Eliana Zagui (Ed. Belaletra, 2012).
De 15/8 a 1/9 Quintas e sextas, 21h30 Sábados, 19h30 Domingos, 18h30 Auditório Ingressos: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 14 anos
Ficha técnica ≈ Texto: Aimar Labaki. Com:
Débora Duboc. Direção: Débora Dubois.
Cenografia e figurino objeto: Márcio Vinicius.
Assistente cenografia e figurino objeto: André Aires. Iluminação: Aline Santini. Assessoria
corporal: Doria Gark. Fotografia: João Caldas Fº.
Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Produção Executiva: Fabrício Síndice. Direção de Produção: Edinho Rodrigues (Brancalyone Produções).
Agradecimento ≈ Adelaide Venturi, Alessandra Labaki, Ana Landi, Antonia Labaki, André Acioli,
Carol Badra, Debora Cardoso, Eliana Zagui, Elias Andreato, Família Dubois, Gael e Martin Dubois
Kurlat, Gustavo Kurlat, GpeteanH, Livraria Zaccara, Marcio Aurelio, Marcos Awad, Maria Elisa Pessoa
Labaki, Mariangela Abbatepaulo, Silvonê Chaves, Paula Souza Lopes, Paulo Henrique Machado,
São Francisco Sistemas de Saúde, Toni Venturi, Theo Duboc G Venturi e Otto Duboc G Venturi.
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A Valsa de Lili
João Caldas
Diante da política, da violência cotidiana e institucional, da crise ecológica, da crise de paradigma tecnológico, da eterna luta de classes e dos achaques do corpo, a impotência é quase um default. E, no entanto, nos movemos. A Valsa de Lili é uma homenagem a mulheres como Eliana Zagui, Débora Duboc, Débora Dubois, Marielle Franco, Luisa Erundina, Eva Sopher, Chiquinha Gonzaga, Duca Rachid, Agnes Zulianni, Maria Rita Khel e Consuelo de Castro. Mulheres que não desistem da luta – nem abrem mão de serem felizes. Aimar Labaki
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Mostra de Dramaturgia Performativa
Peças teatrais que privilegiam a ação e a imagem, por vezes prescindindo do texto, como base dramatúrgica.
Eli Firmeza
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A Mesa Em uma mesa de debates televisiva, uma mãe de santo negra, um cientista terraplanista, uma mãe solteira PhD em Harvard e uma bióloga trans não binária, mediados por uma figura autoritária, conversam sobre temas atuais: feminismo, negritude, sexualidades, religiões, política internacional e a crise humanitária mundial.
Dias 9, 10 e 11/8 Sexta e sábado, 21h Domingo, 18h Teatro Ingressos: R$ 30
R$ 15 [meia entrada]
R$ 9 [credencial plena] 14 anos
Ficha técnica ≈ Texto e Direção: Leonarda Glück. Elenco: Nina Ribas, Simone Magalhães, Stéfano
Belo, Tiago Luz e Leonarda Glück. Cenário: Kátia
Horn. Figurinos: Fabianna Pescara e Renata Skrobot. Trilha Original e Operação de Som: Jo Mistinguett. Iluminação e Operação de Luz: Wagner Corrêa.
Produtores Associados: Igor Augustho e Leonarda Glück. Coordenador de Produção: Igor Augustho.
Produção Executiva e Assessoria Jurídica: Ivanês
Mattos. Assistente de Produção: Izadora Figueiredo. Costureira (Figurinos): Rose Matias. Costureira
(Cenário): Natália de Castro. Técnicas de Palco: Bruna Lima e Lara Gutierrez. Fotógrafo (Divulgação): Eli
Firmeza. Registro em Vídeo: Thiago Bezerra Benites. Realização e Produção: Pomeiro Gestão Cultural.
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Dias 22 e 23/8 Quinta e sexta, 21h Teatro Ingressos: R$ 30
R$ 15 [meia entrada]
R$ 9 [credencial plena] 16 anos
Violento adjetivo. 1. que ocorre com uma força extrema ou uma enorme intensidade. 2. em que se emprega força bruta; brutal, feroz. 3. que possui grande força, grande poder de ataque ou de destruição. 4. falta de moderação, excessivamente enfático; veemente. 5. que apresenta agitação intensa; agitado, revolto, tumultuoso. 6. que perde facilmente o controle sobre si mesmo; irascível, colérico. 7. que contraria o direito e a justiça. 8. diz-se da morte causada pela força ou por acidente. Ficha técnica ≈ Atuação: Preto Amparo. Direção:
Alexandre De Sena. Dramaturgia: Alexandre de
Sena e Preto Amparo. Produção: Grazi Medrado.
Registro em Foto e Vídeo: Pablo Bernardo. Assessoria dramatúrgica: Aline Vila Real. Preparação
corporal: Wallison Culu/Cia Fusion De Danças Urbanas. Assessoria trilha sonora: Barulhista.
Iluminação: Preto Amparo. Ilustração: Cata Preta.
Assessoria de imprensa: Alessandra Brito.
Pablo Bernard
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Michel Igielka
Feminino Abjeto 2 Na continuidade da pesquisa de Feminino Abjeto 1, o espetáculo trata do lado masculino. Encenado apenas por homens, apresenta imagens de poder e submissão, rejeição e adesão ao feminino, plasmados na figura de uma mãe, e pergunta: de que forma o seu apagamento ou endeusamento pode revelar aspectos da constituição do masculino?
Dias 24 e 25/8 Sábado, 21h Domingo, 18h Teatro Ingressos: R$ 30
R$ 15 [meia entrada]
R$ 9 [credencial plena] 18 anos
Ficha técnica ≈ Direção e concepção: Janaina Leite. Atores/performers/autores: Alexandre Lindo, André Medeiros Martins, André Saboya, Carlos Jordão, Chico Lima, Dante Paccola, Eduardo Joly, Ernani
Sanchez, Filipe Rossato, Guilherme Reges, Gustavo
Braunstein, Jeffe Grochovs, João Duarte, João Pedro Ribeiro, Leonardo Vasconcelos, Lucas Asseituno,
Lucas França, Marco Barreto, Nuno Lima e Thompson Loiola. Assistência de direção: Ramilla Souza.
Dramaturgismo: Janaina Leite. Iluminação: Maíra do
Nascimento e Marcus Garcia. Fotografia: André Cherri. 35
Dias 29 e 30/8 Quinta e sexta, 21h Teatro Ingressos: R$ 30
R$ 15 [meia entrada]
R$ 9 [credencial plena] 16 anos
Cuidado com Neguin Uma obra em processo, uma potência criativa que parte da vivência e do deslocamento de um jovem artista, preto e favelado subindo e descendo a favela diariamente para ocupar a cidade. Ficha técnica ≈ Performers: Kelson
Succi (ator) e Fernando Alves (músico). Equipe: Brenno Erick e Clark Succi.
João Julio Mello
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Leonardo Waintrub
Plantar Cavalos para Colher Sementes
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Dias 31/8 e 1/9 Sábado, 21h Domingo, 18h Teatro Ingressos: R$ 30
R$ 15 [meia entrada]
R$ 9 [credencial plena] 18 anos
Plantar Cavalos para Colher Sementes Livremente inspirada no manifesto Falo pela Minha Diferença, do ativista chileno Pedro Lemebel, a montagem é uma peça-manifesto na qual cada artista traduz seu lugar de fala, revelando a vivência como algo que se inscreve no corpo e na carne, tendo a experiência como discurso. Ficha técnica ≈ Direção, concepção e pesquisa: Ronaldo Serruya. Assistente de direção: Bruno Canabarro. Manifestantes: Ailton Barros, Ana Vitória Prudente, Bruno Canabarro, Camila
Couto, Carlos Jordão, Ericka Leal, Gabi Costa, Helena Agalenéa, Mateus Menezes, Patrícia Cretti e Tatiana Ribeiro. Iluminação: Dimitri
Luppi Slavov. Operação de Luz: Paloma Dantas. Fotografia: Jonatas Marques e Leonardo Waintrub. Produção: Gabi Costa, Mateus
Menezes e Tatiana Ribeiro. Material de redes sociais: Camila Couto. Apoio: Grupo XIX de Teatro. Agradecimento: Vana Medeiros.
Ao final das apresentações dos dias 11, 22, 25, 29 e 31/8, há uma conversa mediada por Maria Fernanda Vomero. Maria Fernanda Vomero é jornalista, performer e mestra em Artes pela Universidade de São Paulo (USP), na área de Pedagogia Teatral. Trabalha como provocadora cênica na
Companhia de Teatro Heliópolis desde 2014. É
curadora do eixo Ações Pedagógicas na Mostra
Internacional de Teatro de São Paulo desde 2015
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Ciclo de Leituras Fernando Bonassi Leituras dramĂĄticas de trĂŞs obras que compĂľem uma trilogia de solos do autor.
Monólogos e Diálogos Espetacular mesmo, no teatro, é a presença física do ator e da equipe. A ideia de se fantasiar “uma quarta parede”, criar uma separação qualquer, por mais sutil que seja, entre palco e plateia não é apenas infantil e autoritária, mas inútil e tola. Isso porque o teatro, por contar com atores e técnicos no espaço/ tempo da encenação, está sempre em risco: o risco de que o combinado escape a alguém dos bastidores, que o espectador reaja de forma incisiva e inesperada e até que o ator/intérprete decida, de momento, experimentar uma outra (e inédita) saída... Uma peça de teatro, de teatro verdadeiro, essencial, para mim, está sempre prestes a “não acontecer”, a degenerar em caos, e não em representação; em dispersão e não em conhecimento, como desejamos. É este risco, esta mistura de tensão e excitação, percebi, que faz com que cada espetáculo seja diferente do anterior, que estimula atores e técnicos a repetir e torcer para que tudo saia de novo, e bem - ou, pelo menos, ao gosto da maioria.
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Roberto Setton
É por isso que os textos O Incrível Menino da Fotografia, que estreou em 2006, Literatura Contemporânea, de 2008 e o inédito Prótese, supostos monólogos, abolem esta ideia separatista entre palco e plateia e se voltam para o espectador, se dirigem claramente a ele, estabelecendo assim um diálogo sobre suas crises e especulações. Porque também foram textos/personagens concebidos como momentos de crise, de perguntas, de dúvidas os três colhem seres paralisados por suas fraquezas e incertezas: o “menino da fotografia”, com receio do futuro, prefere ficar preso numa imagem da época da escola, tomada durante a última ditadura militar; o escritor de Literatura Contemporânea permanece escravo do trabalho servil e repetitivo, e em Prótese, a personagem tornou-se dependente de algo que ela não conhece, mas que não quer mais retirar do corpo... É na busca de entender a sua, a nossa imobilidade, de se libertar ou de se recolher covardemente a esta paralisia que reside o fundamento destes três monólogos, ou melhor, destes três diálogos propostos aos cidadãos espectadores. Com o meu abraço fraterno, Fernando Bonassi
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Roberto Setton
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O Incrível Menino Preso na Fotografia
Dia 9/8 Sexta, 21h30
Numa determinada manhã de 1936… ou seria 1965?…1913?…1973 talvez?, um menino foi convocado ao pátio de seu Grupo Escolar. Ele deveria esperar em fila até poder se sentar numa espécie de cenário montado a um canto: uma cadeira simples, uma mesa diante dele; bandeiras e símbolos nacionais ao redor. Mas o registro fotográfico, quase uma cerimônia oficial para os estudantes do período, transforma-se num terrível pesadelo para nosso personagem. Paralisado no tempo, o Incrível Menino na Fotografia relata o que entreviu da História recente do país.
Auditório Ingressos: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena]
Ficha técnica ≈ Concepção cênica: Daniela
Garcia, Davi de Brito, Eucir de Souza, Fernando
Bonassi, Marcelo Pellegrini, Marlene Salgado e
Vivien Buckup. Texto e direção: Fernando Bonassi. Interpretação: Eucir de Souza. Preparação corporal: Vivien Buckup. Direção de arte,
cenografia e figurino: Daniela Garcia. Música
original e produção musical: Marcelo Pellegrini. Iluminação: Davi de Brito. Fotografia: Roberto
Setton. Direção de produção: Marlene Salgado.
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Dias 15 e 16/8 Quinta e sexta, 20h Praça Grátis Livre
Prótese Prótese é um monólogo, a voz de uma personagem meio gente, talvez mulher, meio máquina, talvez paciente, que desafia os conhecimentos científicos dos médicos. Foram eles que detectaram nela uma doença e uma ausência desconhecida, que a preencheram com diagnósticos e próteses e que agora, porque acham que venceram a maldita da moléstia, querem tirar dela aquilo que lhe colocaram dentro. Acontece que tudo aquilo que colocaram nela se tornou muito querido e a nossa personagem vai se rebelar para não se separar de nada que possui, por pior que seja ou estranho que pareça. Ficha técnica ≈ Texto: Fernando Bonassi.
Interpretação: Thereza Piffer. Direção: Vivien Buckup. Produção: Marlene Salgado.
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Reflexões e apontamentos do autor Prótese é um monólogo sobre esse algo que nos falta e que é constantemente preenchido, sem sucesso, de geração para geração, criando-nos essa confusão sobre aquilo que é ser ou não ser... A prótese em questão é o que cada um de nós gostaríamos de nos enfiar goela adentro para nos amansar... Todos queremos ser melhores do que somos... É uma espécie de doença. Por isso queremos que essa personagem doente vire gente em cena, de preferência numa cena híbrida, misturada com a realidade... A figura poderá surgir montada numa cadeira de rodas, ligada a tubos de soro, respiradores computadorizados e marca-passos eletrônicos, entre outros tantos aparelhos barulhentos, diante dos nossos queridos doutores espectadores... Mas, não se iludam: todos serão examinados de algum modo! Afinal, medicina é coisa séria. Coisa que se apoia em laudos científicos, que poderão ser mencionados e conferidos a qualquer momento. Muito cuidado: a ciência destes tempos quer fazer com que sintamos nada! Mas... Estaremos preparados para tudo isso?
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Dia 11/8 Domingo, 18h30 Auditório Ingressos: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena]
Literatura Contemporânea O escritor contemporâneo desperta para mais um dia de sua lida. Queria ficar cultivando seu “ócio criativo”, mas a “vida produtiva” o chama para pôr-se em pé. Em pé ele até tenta ficar, enquanto sua mulher segue para o trabalho e os filhos para a escola. Só, mais só do que nunca, ele precisa (por uma série de razões materiais e espirituais) escrever sua coluna diária. Mete-se cheio de energia em seu escritório num quarto de fundos, perdido em meio aos prédios da cidade e aos livros de sua estante. Parece que vai criar um grande texto para o usufruto espetacular da posteridade, dadas as suas grandiosas aspirações, preocupações ou pretensões literárias! Mas não será tão fácil... Se por um lado nosso personagem pode se dar ao luxo de possuir uma série de confortos contemporâneos, fruto do desenvolvimento recente de um país carente e deficitário em termos educacionais, isso não parece consolá-lo, já que vê, no mesmo movimento que lhe dá o sustento, o progressivo engessamento e coerção de sua atividade. Ficha técnica ≈ Concepção cênica: César Figueiredo,
Daniela Garcia, Fernando Bonassi, Marcelo
Pellegrini, Marlene Salgado, Ricardo Morañez, Paulo Pansani e Vivien Buckup. Texto e direção: Fernando Bonassi. Interpretação: César Figueiredo. Direção de movimento: Vivien Buckup. Direção de arte,
cenografia e figurino: Daniela Garcia. Música original
e produção musical: Marcelo Pellegrini. Guitarra: Bruno Bontempi. Iluminação: Ricardo Morañez. Cenotecnia e
operação de som: Paulo Pansani. Fotografia: Roberto
Setton. Direção de produção: Marlene Salgado. 46
Ciclo de Leituras Dramaturgas nos Anos de Chumbo
Em fins de 1969, em artigo publicado no Jornal da Tarde, o crítico Sábato Magaldi celebrou quatro novos autores e considerou aquele o “ano do autor teatral brasileiro”. Mas desses autores três eram autoras. Este ciclo reúne leituras dramáticas de obras de quatro autoras brasileiras que escreveram entre o final da década de 1960 e início dos anos 1970. Busca ser um “registro coletivo da visão das mulheres sobre o mundo”, nas palavras da autora portuguesa Maria Isabel Barreno.
Dia 15/8 Quinta, 21h Teatro Ingressos: R$ 30
R$ 15 [meia entrada]
R$ 9 [credencial plena] 16 anos
Obrigado Senhor Vigário
De Carolina Maria de Jesus Direção: Naruna Costa Com Grupo Clariô de Teatro Mediação: Raffaella Fernandez Convidada: Vera Eunice de Jesus Lima Uma meta leitura. Esta é a proposta da encenação do texto Obrigado Senhor Vigário: Uma trupe de atores negros, resolve homenagear uma das maiores escritoras negras brasileiras. Carolina Maria de Jesus lendo e comentando um dos textos de teatro escrito pela autora do clássico Quarto de Despejo A história é sobre Clara, a jovem órfã, herdeira de João Ruiz que teve os bens de herança confiados a tutores, no caso, o tio Manoel, irmão de João Ruiz e a esposa Helena, que a mantém sob condições de exploração para serviços domésticos. Ficha técnica ≈ Elenco: Grupo Clariô de Teatro.
Direção: Naruna Costa. Equipe: Martinha Soares, Cleydson Catarina, Naloana Lima, Alexandre Souza, Washington Gabriel e Sandro Lima.
Divulgação
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Naruna Costa é atriz, cantora e diretora. Formada
na EAD-Escola de Arte Dramática, é Cofundadora do
Espaço Clariô e do Grupo Clariô de Teatro, referência da militância negra da cultura periférica de SP.
Lidera o grupo de pesquisa de música urbana de raiz popular Clarianas, que lançou seu primeiro disco
Girandêra em 2012. Recentemente ganhou o prêmio
APCA, na categoria melhor direção, pela montagem do espetáculo Buraquinhos ou O Vento é Inimigo do
Picumã de Johnny Sallaberg, espetáculo que também premiou a diretora no Prêmio Aplauso Brasil 2019. Grupo Clariô de Teatro é um coletivo de arte
resistente que busca, através da cena e da troca
com outros coletivos, discutir a arte produzida pela periferia, na periferia e para a periferia. É um grupo
marcado pela teimosia, que desde 2002 segue com o objetivo de produzir e pensar o teatro nas bordas da metrópole. Suas produções tentam traduzir e questionar as inquietações políticas e artísticas do coletivo que, mescladas com sua condição,
precária, propõem um caminho de estética própria, típica da “quebrada”. Seu trabalho se concentra
em Taboão da Serra, cidade dormitório, periferia
da região metropolitana do Estado de São Paulo,
onde se localiza o Espaço Clariô, sede mantida pelo grupo desde 2005, local de formação e produção de pensamento junto à comunidade, carente de equipamentos voltados para esses fins.
Raffaella Fernandez é pós-doutoranda no Programa Avançado de Cultura Contemporânea da UFRJ. Atua na Universidade das Quebradas e na Faculdade de
Letras como docente de Literatura e Teoria Literária. Estuda o espólio literário de Carolina Maria de
Jesus desde 1999. É autora de A Poética de Resíduos de Carolina Maria de Jesus (2019). Organizou os dois últimos livros da autora: Onde Estaes
Felicidade? (2014) e Meu Sonho É Escrever (2018). Vera Eunice de Jesus é filha de Carolina
Maria de Jesus e professora de educação infantil e ensinos fundamental e médio.
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Dia 16/8 Sexta, 21h Teatro Ingressos: R$ 30
R$ 15 [meia entrada]
R$ 9 [credencial plena] 16 anos
Enquanto se Vai Morrer
De Renata Palottini Direção: Thiago Vasconcelos, com a Cia. Antropofágica Mediação: Renata Palottini Enquanto se Vai Morrer foi escrita em 1972 pela dramaturga e poeta Renata Palottini a partir de sua experiência na Faculdade de Direito e censurada no ano seguinte. A peça traz à cena os problemas da pena de morte e da tortura e é um convite ao pensamento sobre uma das grandes discussões da atualidade: a repressão e a liberdade. Companhia Antropofágica é um grupo de teatro
de São Paulo fundado em 2002. Tem sua trajetória calcada no espírito do Manifesto Antropofágico.
Seus mais de 20 espetáculos configuram um jogo permanente entre a História da Arte e a História
da Humanidade, na busca por uma teatralidade brasileira contemporânea, interessada em
explorar as possibilidades criativas contidas na tensão entre as esferas do teatro político, da
indústria cultural e das vanguardas estéticas. Ficha técnica ≈ Direção: Thiago Reis Vasconcelos. Texto: Renata Palottini. Elenco: Alessandra
Queiroz, Danilo Santos, Deborah Hathner, Fabi
Ribeiro, Flávia Ulhôa, Giovanna Perasso, Jaques Cardeal, Martha Guijarro, Mauro Britto, Rafael
Frederico, Rafael Graciola, Renata Adrianna, Ruth
Melchior e Suelen Moreira. Direção Musical: Lucas
Vasconcelos. Músicos: Bruno Miotto, Bruno Mota e Lucas Vasconcelos. Produção: Maria Tereza Urias.
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Fala Baixo, Senão Eu Grito De Leilah Assumpção Direção: Solange Dias Mediação: Renata Palottini
Mariazinha tem uma vida simples sem grandes expectativas. Solteira, virgem, vive sozinha em um quarto mal conservado de uma pensão para moças. Em uma noite, seu quarto é invadido por um homem com uma arma na mão, que a faz repensar suas fantasias e sonhos. No prefácio de Da Fala ao Grito, livro que contém três peças da autora, o crítico Sábato Magaldi escreve sobre Mariazinha: “Como ela não enfrenta o presente, refugia-se nas canções da meninice e nos objetos herdados da antiga opulência familiar. A vida mesmo, na plenitude, com a imensa carga de amor e desamor, Mariazinha não conhece”. A peça é de 1969.
Dia 17/8 Sábado, 21h Teatro Ingressos: R$ 30
R$ 15 [meia entrada]
R$ 9 [credencial plena] 16 anos
Ficha técnica ≈ Direção: Solange Dias. Atuação: Cássio Castelan e Edi Cardoso. Iluminação:
Cássio Castelan. Operador de Luz: Dida Onofre.
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Dia 18/8 Domingo, 18h Teatro Ingressos: R$ 30
R$ 15 [meia entrada]
R$ 9 [credencial plena] 16 anos
A Morte do Patriarca
De Hilda Hilst Com a Cia. Pessoal do Faroeste Direção: Paulo Faria Leitura dramatúrgica performativa do texto A Morte Do Patriarca, de Hilda Hilst. A obra, de 1969, é uma alegoria filosófica: o Demônio é personagem, e a humanidade se encontra num estado de total desesperança. Escrita durante o período da ditatura militar, a peça é parte do conjunto de oito peças da autora, de enredos pouco aparentes, personagens substantivos demais e a mistura de lírico, épico e dramático num mesmo fôlego. Cia Pessoal do Faroeste foi fundada em de janeiro de 1998 e completou 20 anos
de existência na cidade de São Paulo em
2016, com o objetivo de realizar trabalhos
artísticos que reflitam momentos históricos da sociedade brasileira, de modo a
produzir intervenções que valorizem a
cidade, o centro de São Paulo e a relação de pertencimento com essa região.
Ficha técnica ≈ Elenco: Mel Lisboa (Demônio), Neusa Velasco (Papa), Clodd Dias (Cardeal), Thais Aguiar (Monsenhor), Beto Magnani
(Anjo 1 e Jovem) e Francisco Kokocht (Anjo 2 e Jovem). Direção musical: Felipe Chacon. Músicos: Gabriel Parreira (cello) e Débora Predella (violino). Produção: Ana Maria Santana. Administração: Mari Aguillar.
Iluminação: Tomate Saraiva e Paulo Faria.
Cenário, figurino e direção-geral: Paulo Faria.
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Ateliês e Imersões Dramatúrgicas Dramaturgas e dramaturgos juntam-se ao público para desenvolver em teoria e prática a escrita teatral. Diferentes formatos e métodos de trabalho suscitam e provocam o público à construção dramatúrgica.
De 9 a 11/8 Sexta a domingo, 13h-16h
Ateliê 1 - Dramaturgias híbridas e performativas
Sala 5
A oficina parte de referências como os dramaturgos Angélica Liddell e Sergio Blanco, além da experiência de Janaína Leite em trabalhos como Conversas com Meu Pai e Stabat Mater, para pensar a potência do material documental na produção de dramaturgias híbridas e performativas, que trabalham nos limites entre arte e vida, acontecimento e representação, experiência e registro.
Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Com Janaína Leite
Janaína Leite é atriz, diretora e
dramaturgista, uma das fundadoras do Grupo XIX de Teatro de São Paulo. Com os espetáculos Festa de Separação:
Um Documentário Cênico e Conversas
com Meu Pai, iniciou sua pesquisa sobre o documentário e o uso de material Janaína Leite
autobiográfico no teatro. É autora do livro Autoescrituras Performativas: Do Diário à
Cena, publicado pela Editora Perspectiva. Acaba de estrear o espetáculo Stabat
Mater, que teve seu texto contemplado
pelo Edital de Dramaturgia para Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo e integrou a Mostra Internacional de São Paulo (MITsp) em 2019.
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Ateliê 2 - Black Brecht Com Eugênio Lima
Processo de imersão poético-político que aborda temas relacionados à negritude e a seus desdobramentos. Ao final dos três encontros, os participantes criam uma intervenção a partir de uma perspectiva afro-brasileira diaspórica da obra e dos procedimentos de Bertolt Brecht. Materiais disparadores: O Julgamento de Luculus (Brecht), Estudos sobre o Teatro (Brecht), A Crítica da Razão Negra (Achille Mbembe), O Fardo da Raça (Achille Mbembe), A Liberdade É uma Luta Constante (Angela Davis), Discurso sobre o Colonialismo (Aimé Cesaire) e A Elite do Atraso (Jessé de Oliveira).
De 9 a 11/8 Sexta a domingo, 15h-18h Espaço de Tecnologias e Artes Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Eugênio Lima é dramaturgo, ator, diretor de teatro, coreógrafo, DJ e pesquisador. É membro fundador
do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, da Frente 3 de Fevereiro e diretor do Coletivo Legítima Defesa.
João Luis Guimarães
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Dia 10/8 Sábado, 18h-21h Espaço de Tecnologias e Artes Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Ateliê de Contato 1 Transições e Transcrições Da Realidade à Cena Com Luh Maza e Cidinha Silva Relator: Arthur Murtinho
Um encontro para pensar estratégias de ação e criação na hora de trabalhar a escrita a partir de materiais como relatos, notícias e fatos históricos que revelam demandas urgentes de grupos que enfrentam desigualdades (de raça, gênero e classe) e têm no teatro um meio de representatividade. Quais instrumentos para realizar uma curadoria, edição e formatação dessas pautas sociais, elevandoas de discurso à cena de fato? O encontro estimula a investigação das potencialidades poéticas e dramáticas da realidade e oferece algumas técnicas criativas para a dramaturgia. Cidinha da Silva é prosadora, editora e dramaturga. Publicou, entre outros:
Africanidades e Relações Raciais: Insumos
para Políticas Públicas na Área do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas no Brasil (livro de
referência, 2014); Um Exu em Nova York (contos, 2018), a série Melhores Crônicas de Cidinha da Silva, Exuzilhar (vol. 1) e Pra Começar (vol. 2) e Divulgação
# Parem de nos Matar! (2019, 2ª edição). Suas peças, Sangoma, Saúde às Mulheres Negras, Engravidei, Pari Cavalos e Aprendi a Voar
sem Asas e Os Coloridos, foram encenadas por grupos de teatro negro de São Paulo.
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Luh Maza é autora de A Memória dos Meninos, Três T3mpos e Carne Viva, entre outros.
Colaborou com Os Satyros em Cabaret
Transperipatético (2018) e com o Coletivo
Negro em F.A.L.A. (2018). Sua dramaturgia
integra a coleção Primeiras Obras (Imprensa Oficial, 2009). Assinou a versão brasileira de
Divulgação
Kiwi (Editora Benfazeja, 2016), de Daniel Danis,
ganhadora do Prêmio Aplauso Brasil. Participa da antologia Dramaturgia Negra (Editora
Funarte, 2019). Roteirista da série Sessão de
Terapia (Globoplay/GNT, 2019) e da campanha 35 (Fauna, 2019), com trilha sonora de Liniker.
Arthur Murtinho é dramaturgo em formação pela SP Escola de Teatro. Integra o Núcleo de Dramaturgia do Sesi-SP, sob orientação de
Marici Salomão, e o Núcleo de Dramaturgia
da Escola Livre de Teatro, sob orientação de Dione Carlos. Integrou o Projeto Conexões
como jovem conselheiro entre 2016 e 2018,
Divulgação
apresentando-se com os textos Ele Escreveu
um Texto sobre Jovens, de Alexandre Dal Farra, e Extremismo, de Anders Lustgarten. Em 2018, integrou a mostra de dramaturgia da Escola Livre de Teatro no Sesc Ipiranga, dentro da
programação do Dramaturgias com o texto Eu Repetiria Seus Passos até Perder Minha Voz.
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Dia 11/8 Domingo, 13h-16h Sala 1 Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
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Ateliê de Contato 2 Estimular a Diferença Com Ave Terrena Alves e Leonarda Glück Relatora: Drica Czech
Trabalhando com várias linguagens de escrita, as dramaturgas Ave Terrena e Leonarda Glück forjaram o conceito de translinguagem para orientar os participantes do ateliê a produzirem fragmentos de texto em diversos gêneros textuais: poesia, prosa, manifesto, diálogo etc. As duas dramaturgas leem todos os fragmentos produzidos no momento da atividade e pensam numa conexão entre eles, utilizando a técnica de montagem para criar um texto Frankestein, no qual as transições é que conferem um sentido de continuidade ao todo. O tema a partir do qual os participantes produzirão o texto é o conceito de passabilidade – em outras palavras, o modo como a sociedade percebe e julga.
Ave Terrena Alves é dramaturga, poeta, atriz,
diretora e orientadora do Núcleo de Texto e Cena
na Escola Livre de Teatro de Santo André. É autora das peças Máquina Branca (2019), As 3 Uiaras de
SP City (2018), Lugar da Chuva (2018), O Corpo que
o Rio Levou (2017) e O Amor Canibal (2015), além do
livro de poesias Segunda Queda (2018), que ganhou Luciana Bati
versão cênica em happening literoaudiovisual.
Também dirigiu o espetáculo Virada Cena Trans
(2019) e integrou o elenco do filme Tlazolteótl, com
previsão de estreia em 2019. Há quatro anos integra o grupo Laboratório de Técnica Dramática. Ainda participa de projetos com outros grupos, como o
Agrupamento Andar 7 e o Agrupamento Cynétiko. Leonarda Glück é atriz, dramaturga, performer, curadora e diretora teatral graduada pela
Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Trabalha com a fusão entre linguagens artísticas, como teatro, dança, performance, literatura, música, vídeo,
artes visuais e cibernéticas, bem como as suas
Verônica Rodrigues
estreitas relações com o corpo e suas ressonâncias afetivas. Foi artista residente e fundadora do
Espaço Cultural Casa Selvática de 2012 a 2019, em Curitiba. Recebeu prêmios da Fundação Cultural
de Curitiba, da Fundação Nacional das Artes e de programas como o Rumos Itaú Cultural. Em 2016, lançou, em parceria com a Editora Dybbuk, seu
primeiro livro de dramaturgia, A Perfodrama de
Leonarda Glück - Literaturas Dramáticas de Uma
Mulher (Trans) de Teatro, contendo seis peças para teatro, além de um ensaio fotográfico exclusivo. Drica Czech é atriz, dramaturga e jornalista,
formada pela Faculdade Cásper Líbero e pelo
INDAC Escola de Atores. Atuou em Fissura, dirigida por Maria Amélia Farah, Os Veranistas, direção
de Renato Andrade, e O Espectador Condenado à
Morte, direção de Thiago Ledier para a Companhia Teatro da Dispersão, da qual é cofundadora.
Lucas Silvestre
Apresentou na mostra Dramaturgias parte do seu texto Tarântulas ou Meu Amor Jorra de Muitos
Braços. Integra o Núcleo de Dramaturgia da ELT - Escola Livre de Teatro, coordenado por Dione
Carlos, e do SESI, coordenado por Marici Salomão. 59
Dia 13/8 Terça, 13h-19h Espaço de Tecnologias e Artes Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Imersão Dramatúrgica 1 O Texto Teatral Contemporâneo: A Utopia em Cena Com Aderbal Freire-Filho
Considerações teóricas sobre a (re) invenção do teatro, a poética da cena ilimitada, a provocação da imaginação, o conjunto texto-cena e exercícios para uma prática ilimitada. Um encontro de dramaturga(o)s e interessada(o)s na discussão e na criação de dramaturgia a partir de experiência pessoal compartilhada. Aderbal Freire-Filho é autor, diretor e ator de teatro. Criou mais de cem espetáculos, com textos de
autores clássicos e contemporâneos, entre eles Hamlet, Macbeth (Shakespeare); O Congresso
dos Intelectuais e Na Selva das Cidades (Brecht). Entre suas peças encenadas estão No Verão de
96, Isabel, Cãocoisa e a Coisa Homem e Depois do A. Persichetti
Filme. Coordenou a comissão que criou o Curso de Direção Teatral da UFRJ. Estreia em setembro, com sua direção e dramaturgia, espetáculo do grupo
uruguaio El Galpón com textos de Eduardo Galeano. Ganhou inúmeros prêmios e, em 2009, recebeu a
Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura.
Neste ano foi o homenageado do Prêmio Shell-Rio.
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Ateliê 3 - Experimentos em Dramaturgia
De 13 a 15/8 Terça a quinta, 13h-16h
Por meio de leituras, audições e reflexões, debruça-se sobre a investigação das potencialidades da palavra escrita, a partir do processo criativo da dramaturga que orienta o ateliê. Aborda um breve histórico sobre diferentes poéticas dramatúrgicas, escritura dramática e escritura cênica, leitura e discussão de textos dramatúrgicos, além da composição de dramaturgia em exercícios práticos.
Sala 5
Com Leda Maria Martins
Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Leda Maria Martins é poetisa, ensaísta e
dramaturga. Doutora em Letras e Literatura
Comparada pela UFMG, em 1991, Mestre em
Artes pela Indiana University, Estados Unidos, em 1981, pós-doutorada em Performances
Studies pela New York University, Tisch School
of the Arts, Department of Performance Studies, Luiza Ananda
entre 1999-2000 e 2009-2010. É professora aposentada da UFMG, onde lecionou de
1993 a 2018. Foi professora visitante da New York University, Tish School of the Arts, em
2010; coordenadora do programa de Pós-
Graduação em Letras: Estudos Literários, da Fale/UFMG de 2010 a 2012; diretora de Ação
Cultural da UFMG de 2014 a 2018; e presidente das Comissões de Criação e de Implantação do Curso de Graduação em Artes Cênicas da UFMG, entre 1987 e 1989. É autora de
vários livros, capítulos de livros e de ensaios
publicados no Brasil e no exterior. Em 2017, foi criado o Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras, patrocinado pelo BDMG.
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De 13 a 15/8 Terça a quinta, 18h-21h Sala 5 Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Ateliê 4 - Entrelaços Dramatúrgicos: A Escrita Teatral como Tessitura de Vidas Com Victor Nóvoa
Cada artista recebe estímulos criativos para desenvolver um breve texto dramatúrgico, entrelaçando diversas proposições de escrita. Esses disparadores dissonantes se inspiram nas narrativas de vida dos participantes e são ressignificados por provocações imagéticas, sonoras e textuais, que buscam fissurar a escrita inicial do participante e propor novas camadas de sentido ao texto. Ao final, cada integrante terá criado um texto teatral rapsódico, buscando um aprofundamento de sua potencialidade narrativa, a partir do convívio de criação. Victor Nóvoa, formado em 2006 como ator pela ECA-USP e mestrando em Artes Cênicas pela
Unesp. Desde 2011 trabalha na companhia A Digna como dramaturgo. Seus textos foram montados
por diretores de destaque da cena nacional: Carla Candiotto, Domingos Montagner, Luiz Fernando
Marques, Kiko Marques, Rogério Tarifa, Verônica Helena Cardoso
Veloso etc. Publicou dois textos teatrais, Condomínio Nova Era e Verniz Náutico para Tufos de Cabelo – por este último recebeu o 5º Prêmio Aplauso
Brasil de melhor dramaturgia. Foi contemplado pelo Proac de publicação de livro na categoria dramaturgia com o texto Estilhaços de Janela
Fervem no Céu da Minha Boca, com lançamento
previsto para este ano. Atualmente é coordenador de Artes Cênicas da Universidade Nove de julho.
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Ateliê de Contato 3 Quebra-Cabeça
Com Ronaldo Serruya e Leonardo Netto Relator: Dimitri Luppi Slavov A partir de peças-chaves relacionadas aos 40 anos do Movimento LGBTQI+ no Brasil (1978-2018), busca-se pensar cenas e situações dramatúrgicas que se iniciam na ordem privada e reverberam o corpo político. A dinâmica proposta parte do sorteio de três dessas peças, gerando uma discussão coletiva que estabelece os elementos dramatúrgicos essenciais (situação, personagens, conflito). Para cada uma das peças, faz-se um exercício diferente de cocriação da cena com os participantes, estabelecendo uma escrita colaborativa a partir da temática de gênero, presente nos trabalhos e pesquisas dos dois dramaturgos.
Dia 14/8 Quarta, 18h-21h Sala 2 Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Leonardo Netto é ator, diretor e dramaturgo. Seus últimos trabalhos como ato incluem Conselho de Classe e Insetos (ambos com a Cia. dos
Atores), A Santa Joana dos Matadouros (direção de Marina Vianna e Diogo Liberano) e Entonces Bailemos (com o autor e diretor argentino
Martín Flores Cárdenas). É autor e diretor de
Dalton Valério
Para os que Estão em Casa, A Ordem Natural
das Coisas (Prêmio Cesgranrio de Melhor Texto Nacional Inédito, em 2018, além de indicações aos prêmios Shell e APTR) e Três Maneiras de
Tocar no Assunto, que estreia em outubro no Rio de Janeiro, sob a direção de Fabiano de Freitas.
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Ronaldo Serruya é dramaturgo do Grupo XIX de Teatro e do Teatro Kunyn (SP), com uma
pesquisa voltada à questão queer nas artes cênicas. Autor das peças Dizer e Não Pedir
Segredo, Orgia ou de Como os Corpos Podem Substituir as Ideias (indicado ao prêmio APCA Jonatas Marques
de melhor peça de 2016), Desmesura (Prêmio
Suzy Capó no 25º O Festival MIX da Diversidade) e Hoje o Escuro Vai Atrasar para que Possamos Conversar. Há três anos desenvolve pesquisa
sobre lugares de fala e representatividade, o que gerou o espetáculo Plantar Cavalos para Colher Sementes e o projeto Novas Poéticas para o HIV,
residência que visa criar textos sobre a questão do HIV/Aids sob perspectivas não historicistas.
Dimitri Luppi Slavov é aprendiz dos Núcleos de Direção Teatral e Dramaturgia da Escola Livre
de Teatro de Santo André. É ator formado pelo Instituto de Arte e Ciência (Indac) e graduado em Comunicação Visual na Faculdade Belas
Artes de São Paulo. Dos mais recentes trabalhos, destacam-se, como iluminador: Hoje o Escuro Vai Atrasar, Para que Possamos Conversar e Lala Cunha
Plantar Cavalos para Colher Sementes, do Grupo XIX de Teatro. Como diretor: Minha Vizinha, que Vive Sozinha e Paf (em que é codramaturgo).
Atualmente está em processo de criação como iluminador do Projeto Espetáculo das Fábricas de Cultura Cidade Tiradentes e Itaim Paulista.
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Ateliê 5 – Olhares: Uma Prática Dramatúrgica para Ressignificar Figuras e Espaços Com Fernando Aveiro
A partir de pontos em comum, os participantes são incentivados a investigar as possibilidades para um mesmo personagem e espaço. O experimento visa descobrir as realidades singulares que nascem do ponto de vista de cada dramaturgo criador. A proposta é tomar o “eu” e o “outro” como matéria-prima para a investigação da escrita e dimensionar esses olhares à estrutura dramatúrgica. O material criado na pesquisa será compartilhado, em formato de leitura, com interessados não inscritos no ateliê.
De 16 a 18/8 Sexta a domingo, 10h-13h Espaço de Tecnologias e Artes Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Fernando Aveiro é dramaturgo, diretor e
ator. Integrou, durante seis anos, o CPT-Sesc, dirigido por Antunes Filho, onde atuou em
diversas montagens. Fez parte do Núcleo de
Dramaturgia Sesi-British Council, coordenado
por Marici Salomão, no qual escreveu o texto Em Herbert Baratella
Abrigo, dirigido por Johana Albuquerque, com temporada no Sesi-SP. É autor de Hospedeira, dirigido por Georgette Fadel, autor e diretor
de Obra sobre Ruínas e Ex-Gordo, ambos com o Núcleo de Pesquisa Caxote. É Orientador de
Teatro do Programa de Qualificação em Artes, sob curadoria de Sérgio Ferrara, desde 2017.
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De 16 a 18/8 Sexta a domingo, 13h-16h
Ateliê 6 - Estrutura Dramática: Ateliê de Criação Literária
Sala 5
Com enfoque na estrutura do texto teatral, aborda técnicas específicas de leitura e escrita de textos, não apenas como literatura, mas como matériaprima a ser levada à cena – com características estruturais que o tornam comparável a uma partitura musical e que não podem ser detectados por métodos de leitura e de análise estritamente literários. Baseado no livro Para Trás e para Frente, de David Ball, e sem exigência de conhecimentos prévios, o ateliê se concentra em exercícios práticos de escrita, que abordam a estase, o conflito dramático e a construção dos personagens.
Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Com Priscila Gontijo
Priscila Gontijo é carioca radicada em São Paulo, escritora, dramaturga, roteirista e pesquisadora. Mestre em Literatura e Crítica Literária, com licenciatura em Letras (PUC/SP), integrou o
Núcleo de Dramaturgia do CPT e é fundadora da
Companhia da Mentira, na qual escreveu Soslaio Angelica Colombo
(ganhador do Prêmio Myriam Muniz da Funarte
em 2007). Teve textos encenados por Walter Lima
Jr. (A Vida Dela), Eric Lenate (Funâmbulas), Márcia Abujamra (C+A+T+R+A+C+A), Suzan Damasceno
(Uma Noite sem o Aspirador de Pó), Mario Vedoya (A Vida Dela) e Fernanda D’Umbra (Deadline).
Seu primeiro romance, Peixe Cego (7Letras),
foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2017 e do Prêmio Sesc de Literatura 2016.
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Imersão Dramatúrgica 3 A Dramaturgia do Debate Com Aldri Anunciação
Dividido em três módulos que se baseiam na poética de escrita pesquisada pelo dramaturgo. Nesse exercício, a narrativa se configura pelo embate de ideias das personagens de ficção, e o espectador (ou leitor) encontra-se na posição de mediador. Por meio da dinâmica de estímulo à criação, os participantes são motivados a desenvolver personagensdebatedores, situações dramáticas de confinamento e embates de ideias, iniciando o percurso de escrita dos seus próprios textos teatrais.
Dia 17/8 Sábado, 15h-21h Espaço de Tecnologias e Artes Inscrições: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Aldri Anunciação é ator e dramaturgo baiano. Teve encenados seus textos Namíbia, Não!, O Campo
de Batalha: A Fantástica História de Interrupção de uma Guerra Bem-Sucedida, A Mulher do Fundo do Mar, Peles Negras, Máscaras Brancas e Embarque
Imediato. No cinema e na TV, foi roteirista do longametragem Medida Provisória e do especial para
Ricardo Simões
TV Dois de Julho - Caminhos da Liberdade. É um dos cinco únicos autores baianos (ao lado de
Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro) a receber
o primeiro lugar na categoria de obra de ficção no Prêmio Jabuti de Literatura. Em 2018 venceu, com o longa-metragem Ilha (Rosza Filmes), o
Candango de melhor ator de longa-metragem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Realiza anualmente o Festival Dramaturgias da Melanina Acentuada, que reúne dramaturgos
negros contemporâneos em rodas de conversa.
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Rodas de Conversa e Oficinas
Rodas de Conversas Dramaturgia e Performance Cruzando Fronteiras Com Kelson Succi e Preto Amparo Mediação: Ana Flávia Cavalcanti Discussão e exposição de formas da construção dramatúrgica que passam antes pela experiência da ação, compõem-se de roteiros, por vezes não verbais, e funcionam como disparadores da criação de peças teatrais.
Dia 9/8 Sexta, 17h Praça Grátis Livre
Cria do Complexo do Alemão (RJ), Kelson Succi é idealizador, ator-performer, dramaturgo e
curador do movimento de arte Cuidado com Neguin. Estudou no Teatro O Tablado e no
Coletivo Brecha e foi convidado da People’s
Palace Projects para ser artista residente, no João Julio Mello
projeto Creative Lab, em Londres. Em julho
de 2018, foi convidado para protagonizar o longa-metragem Selvagem (Pietá Filmes).
Foi protagonista do filme de Baco Exu do
Blues, Bluesman, premiado no GP em Cannes, e fez parte do núcleo de protagonistas da série Cinema de Enredo, dirigida por Luiz
Antonio Pilar. Atualmente divide seu tempo entre a peça Filhos D Medea (em cartaz
no Rio), dirigida por Marco André Nunes, e a criação de sua nova dramaturgia.
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Preto Amparo é ator, diretor e iluminador
teatral. Natural do município de Patrocínio, localizado no Triângulo Mineiro, iniciou sua carreira como intérprete na Cia. Máxima de Teatro. É graduado em artes cênicas
pela Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) e, atualmente, cursa o bacharelado
Antônio Cardoso
em Humanidades da Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia AfroBrasileira (Unilab). Também é articulador
e coordenador técnico da segundaPreta, além de atuar como pesquisador da
arte marginal e de dramaturgias negras. Desde 2017, atua no solo Violento.
Ana Flávia Cavalcanti é atriz, performer, diretora e roteirista. Consciente de seu papel como artista, usa a arte para
dar voz às minorias em seus projetos autorais, como as performances A
Babá Quer Passear e SERVIÇAL. Como atriz, tem projetos em andamento no Carlo Locatelli
circuito comercial e como roteirista,
participou do núcleo de desenvolvimento dirigido por Anna Muylaert e Marcelo Caetano para a série inédita ZEBRA.
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Espaços da Dramaturgia Com Celso Frateschi, Mário Bortolotto e Renato Borghi Mediação: Pedro Granato
Conversa sobre a dramaturgia produzida nos anos 1980 e 1990 e a importância do estabelecimento de lugares fixos e permanentes para o desenvolvimento da dramaturgia.
Dia 9/8 Sexta, 19h Praça Grátis Livre
Celso Frateschi é ator, diretor e autor. Estreou
no Teatro de Arena, em 1970, em Teatro Jornal 1ª Edição, de Augusto Boal. Trabalhou com os
principais diretores do teatro brasileiro, como
Fernando Peixoto, José Renato, Elias Andreato, Márcio Aurélio, Enrique Diaz, José Possi Neto e
Rudifran Pompeu. Premiado em Os Imigrantes (1977), Prêmio Mambembe de Melhor Projeto
Bob Souza
(1978), Prêmio Shell de Melhor Ator (1996). Desde 1999, com Sylvia Moreira, dirige o Ágora Teatro.
Mário Bortolotto é escritor, compositor,
diretor com mais de 80 peças – 50 de sua
autoria e espetáculos de autores como: Tracy Letts, Sam Shepard, Jon Fosse, Nick Silver,
Reinaldo Moraes, Marcelo Mirisola, Daniel
Galera, Lourenço Mutarelli, Daniel Pelizzari, Marçal Aquino e Cristiano Baldi –, além de
Divulgação
sonoplasta e Iluminador. Em 1982, fundou o Grupo Cemitério de Automóveis de Teatro, onde atua como diretor até hoje. Ganhou
os prêmios Shell de melhor autor em 2000 e
APCA, no mesmo ano, pelo conjunto da obra.
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Renato Borghi é ator, dramaturgo, diretor, produtor e pesquisador teatral. Fundou o
Teatro Oficina em 1958, juntamente com José Celso Martinez Corrêa. Com Estér Góes deu
início ao Teatro Vivo e durante a década de
1980, lançou-se como dramaturgo e escreveu
peças como a Estrela Dalva e Lobo de Ray Ban. Roberto Setton
Em 1993, criou o Teatro Promíscuo com o ator
Elcio Nogueira Seixas, companhia que alterna clássicos de Shakespeare, Tchekhov, Brecht, Beckett dentre outros, com obras de novos
dramaturgos do Brasil e da América Latina. Pedro Granato é diretor formado em Cinema e Vídeo pela ECA-USP. Participou do Directors
LAB no Lincoln Center, em Nova York, em 2014. É
Coordenador de Centros Culturais e Teatros da Cidade de São Paulo e dirige o teatro Pequeno Ato. Foi presidente do Motin - Movimento dos Teatro Independentes e dirigiu e escreveu as Micaela Wernicke
peças: Fortes Batidas, premiado pela APCA
como melhor espetáculo em espaço não
convencional e vencedora do troféu especial
pela experimentação de linguagem no Prêmio
São Paulo; 11 Selvagens, indicada ao Prêmio São
Paulo como melhor dramaturgia; Distopia Brasil, ganhadora do Prêmio Cleyde Yáconis; Você Não Está Aqui, As Lágrimas Quentes de Amor que Só
Meu Secador Sabe Enxugar e Vermelho Labirinto.
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O texto de teatro: da encenação ao livro
Dia 10/8 Sábado, 15h
Com Pedro Kosovski e Sol Miranda Mediação: Isabel Diegues
Convivência
Pedro Kosovski nasceu em 1983. Dramaturgo,
Grátis
PUC-RIO e do Teatro O Tablado. Em 2005, funda
Livre
diretor teatral e professor de artes cênicas da
Aquela Cia. de Teatro, em parceria com Marco André Nunes. Suas obras foram apresentadas
nos principais festivais do Brasil e em Portugal
e Colômbia. Três de suas peças que formam a
“trilogia da cidade” (Cara de Cavalo, Caranguejo
Overdrive, Guanabara Canibal) estão publicadas pela editora Cobogó na coleção Dramaturgias. Ganhador de dois prêmios Shell 2015 e 2017
(Caranguejo Overdrive e Tripas). Em 2019, está
Elisa Mendes
indicado ao Prêmio APCA pela dramaturgia
da peça Kintsugi, 100 memórias e ao Prêmio Shell pela texto da peça Eu, Moby Dick.
Sol Miranda é atriz, produtora, realizadora.
Formada em Letras, aventura-se no campo da
escrita com textos poéticos e dramáticos. Para a Cia Emu de Teatro escreveu Mercedes (2016)
para espetáculo homônimo e o livro Mercedes: a história de Mercedes Baptista sob a ótica negra como poética cênica do Grupo Emú. É uma
Diogo Nunes
das autoras na Antologia Dramaturgia Negra
(2019) da Funarte e da Flupp. É cofundadora do Grupo Emú e da premiada Segunda Black.
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Dia 10/8 Sábado, 19h Praça Grátis Livre
Dramaturgia dos Anos 1980 e 1990
Com Bosco Brasil e Mario Viana Mediação: Marcelo Rubens Paiva Conversa sobre a dramaturgia produzida nos anos 1980 e 1990. Bosco Brasil é autor de teatro, rádio,
cinema e TV. Formado em Teoria do Teatro
(Dramaturgia e Crítica Teatral) pela Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP), teve peças encenadas em diversos países, recebeu os
prêmios Shell e Molière de 1994, por Budro, e os prêmios Shell e APCA de 2001, por Novas Lenise Pinheiro
Diretrizes em Tempos de Paz. No cinema foi
laureado em 2012 no Diva Film Festival, Chile,
por Máscara Negra, e pela Academia Brasileira de Cinema em 2010, por Tempos de Paz.
Mario Viana é dramaturgo, roteirista e jornalista paulistano. Estreou como autor nas Jornadas Sesc de Teatro 1993, com Ifigônia. Escreveu Um Chopes, Dois Pastel e uma Porção de
Bobagem, Pantagruel e O Pior de S. Paulo,
com o grupo Parlapatões, além de Vestir o Pai, Carro de Paulista e O Campeão de Dominó do
Arquivo Pessoal
Alaska. Na TV, foi colaborador de Lauro César Muniz, Aimar Labaki, Rosane Svartman, Paulo Halm e Cao Hamburger (Emmy de Melhor
Novela Teen para Malhação Viva a Diferença). Também é autor dos livros Natureza Morta e
Outras Peças Curtas e O Tio do Pavê e Outras Crônicas, ambas pela Giostri Editora.
Marcelo Rubens Paiva, escritor, roteirista e dramaturgo, nasceu em 1959 em São Paulo. Estudou Rádio e TV na Escola de
Comunicações e Artes da USP, frequentou
o mestrado de Teoria Literária da Unicamp, Arquivo Pessoal
curso de dramaturgia do Centro de Pesquisas Teatrais do Sesc-SP e o Knight Fellow Program da Universidade de Stanford, Califórnia. 74
Ler dramaturgia para escrever dramaturgia
Dia 11/8 Domingo, 14h
Com Diogo Liberano e Mariana Lima Mediação: Isabel Diegues
Convivência
Mariana Lima é atriz e produtora. No cinema,
Grátis
Jorge Furtado e Júlio Bressane, como Olga,
Livre
trabalhou em produções de Daniela Thomas, Sedução da Carne e A Suprema Felicidade.
Também integrou diversas produções televisivas
dentre séries e novelas. Cordel Encantado, Sessão de Terapia e O Rebu são algumas delas. Em
2018 estreou sua primeira dramaturgia como
autora em Cérebro Coração, peça-conferência indicada a diversos prêmios e vencedora nas
categorias melhor atriz e cenário no Cesgranrio. Na carreira teatral, fez parte do grupo Teatro
da Vertigem por 10 anos, e já colaborou com diretores como Antônio Araújo, Enrique Diaz,
Fernando Young
Márcio Abreu e Felipe Hirsch. Atuou nas peças
O Livro de Jó, A Paixão segundo G.H., Nômades
(co-produtora), Os Realistas e venceu o Prêmio Shell de Melhor Atriz por Pterodátilos, em 2011.
Isabel Diegues é diretora editorial da Cobogó.
Formada em Letras pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro, atuou como roteirista,
produtora e diretora de cinema. Em sua produção cinematográfica, destacam-se os premiados curtas-metragens Vila Isabel (1998) e Marina (2003), dos quais foi roteirista e diretora, e
Simon Schwyzer
Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz, do qual foi produtora. Em 2016, lançou o livro Diário de uma digressão (Uma viagem ao sertão do
Piauí da Serra das Confusões até o mar), parte do Projeto Piauí, viagem que resultou em uma exposição de mesmo nome, e também Arte Brasileira para Crianças, livro de atividades
escrito a partir de artistas brasileiros, em conjunto com Mini Kert, Priscila Lopes e Marcia Fortes.
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Dia 13/8 Terça, 17h Praça Grátis Livre
Encontro Marcado Dramaturgia e Hip-Hop
Com Jé Oliveira e Eugênio Lima Mediação: Guilherme Botelho Onde texto dramático e rap se encontram? Onde se encontram rap e texto dramático? Se a canção faz parte da dramaturgia do século 20, o rap e o spoken word podem ser considerados a musicalidade da palavra na dramaturgia pós-dramática? Jé Oliveira é ator, diretor, dramaturgo, compositor
e escritor. Está graduando-se em Ciências Sociais, pela Universidade de São Paulo. Publicou junto ao Coletivo Negro o livro Negras Dramaturgias
em 2016. No ano seguinte, foi contemplado com o 6º Prêmio Questão de Crítica por Farinha com
Açúcar ou Sobre a Sustança de Meninos e Homens Marilia Lino
– obra tributária ao legado dos Racionais MC`s.
Guilherme Botelho é Bacharel em História pela PUC-SP, Mestre em Filosofia pela
USP e DJ desde 1995. Membro do coletivo
Suatitude, dedicado à pesquisa e à prática
da cultura hip-hop na cidade de São Paulo,
Cleia Badu
atua como pesquisador e discotecário
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Sonoridades e Afrografias
Com Maria Thais e Neide Almeida Mediação: Leda Maria Martins São discutidos conceitos que abordam o fazer teatral em uma perspectiva anterior ao seu surgimento na Grécia antiga. Com a participação do Projeto Espetáculo da Fábrica de Cultura da Brasilândia.
Dia 14/8 Quarta, 17h Praça Grátis Livre
Maria Thais é professora do Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP. Dirigiu,
com a Cia Teatro Balagan, os espetáculos
Programa Pentesiléia - Treinamento para a Batalha Final, Recusa (Prêmio Shell 2012 de
direção), Prometheus - A Tragédia do Fogo,
Západ - A Tragédia do Poder e Tauromaquia. Ale Catan
Publicou Na Cena do Dr. Dapertutto: Poética e Pedagogia em V.E. Meierhold (2009) e o
livro Balagan - Cia de Teatro (2014). Como pedagoga e diretora atua em países
como Itália, França, Colômbia e Rússia. Neide Almeida é escritora, poeta, educadora e produtora cultural. Socióloga e mestre em Linguística Aplicada, atua como docente, pesquisadora e consultora nas áreas de
leitura, literatura, direitos humanos e relações étnico-raciais. Atualmente coordena o
Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil
Osmar Moura
e, pela Fio.de.Contas Produções, promove ações e eventos, entre eles o Projeto
Literatura à Flor da Pele, que em outubro de 2019 homenageará o poeta Paulo Colina.
Publicou, em 2018, o livro Nós: 20 Poemas e
uma Oferenda, pela Ciclo Contínuo Editorial; em 2017, a zine Nambuê, pela MoriZines.
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Dia 15/8 Quinta, 17h Praça Grátis Livre
A Crítica da Dramaturgia
Com Amilton Azevedo, Leandro Nunes Mediação: Diogo Liberano e Ave Terrena Alves Dramaturgos questionam críticos. Oportunidade de dramaturgos colocarem em questão algumas críticas que seus trabalhos receberam e, diante dos próprios críticos, desenvolverem uma investigação sobre critérios e relevância da crítica atual. Amilton de Azevedo é artista-pesquisador,
crítico e professor. Leciona na Escola Superior de Artes Célia Helena, é Mestre em Artes da
Cena (2019), especialista em Direção Teatral
(2014) e Bacharel em Artes Cênicas (2013). Há dois anos, criou a plataforma ruína acesa,
onde regularmente publica reflexões sobre
espetáculos. De lá para cá, colaborou com a Divulgação
Folha de S.Paulo e em festivais do Sesc como o Mirada (Santos, 2018) e Cidade em Cena
(São José dos Campos, 2018). Acredita que a
crítica é poética e deslocamento, provocadora cúmplice da obra e convite ao teatro.
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Leandro Nunes é jornalista, repórter de teatro e cultura do Caderno 2, do jornal O Estado de S. Paulo. É autor do blog de resenhas teatrais Café-Teatro, no portal do Estadão, e tem
especialização em Fundamentos da Cultura e Tiago Queiroz/Estadão
das Artes pela Unesp. Começou na cobertura
teatral em 2012, no blog Rato-Letrado. Dois anos
depois, assinou a dramaturgia do espetáculo La
Loba, baseado na obra de Clarissa Pinkola Estés, para a oficina de balé da Fábrica de Cultura -
Sapopemba. De 2014 a 2016, escreveu resenhas
sobre espetáculos para publicação digital Antro Positivo. Desde então, já atuou na cobertura do
Mime Festival, em Londres, do Festival de Curitiba, do Festival Internacional de São José do Rio
Preto, do Cena Contemporânea (Brasília), da
Mostra Internacional de Teatro de São Paulo e do Mirada - Festival de Artes Cênicas de Santos. Foi
jurado na categoria Teatro no Prêmio Governador do Estado para a Cultura em 2017 e integrou a comissão do Programa de Ação Cultural
(Proac) - Publicação de Conteúdo Cultural. Diogo Liberano nasceu em Vassouras (RJ),
em 1987. É ator, curador, diretor, dramaturgo, professor e produtor teatral. Atualmente, é
doutorando do Programa de Pós-Graduação
em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PPGLCC/PUC-Rio), onde investiga
Thaís Grechi
questões relacionadas à dramaturgia
contemporânea. É diretor artístico e de produção da companhia carioca Teatro Inominável,
coordenador do Núcleo de Dramaturgia Firjan Sesi e professor da Faculdade CAL de Artes Cênicas. Por seu trabalho, foi indicado aos
principais prêmios de teatro do Rio de Janeiro: Shell, Cesgranrio, APTR e Questão de Crítica.
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Dia 16/8 Sexta, 16h Praça Grátis Livre
Manancial da Dramaturgia
Com Ângela Ribeiro, Ave Terrena Alves, Cidinha Silva, Claudia Barral, Leonarda Glück, Lucienne Guedes, Luh Maza, Michelle Ferreira, Priscila Gontijo, Renata Martins, Sonia de Azevedo e Silvia Gomez Mediação: Dione Carlos Rodadas de comentários a partir de questões lançadas pela mediadora. Angela Ribeiro é publicitária, formada na UFPa com especialização em criação- redação
e direção de arte - pela ESPM. Dramaturga
formada pelo Sesi Britsh Council contemplada como autora pelo Prêmio Shell em 2018 com o
texto REFLUXO, teve a experiência durante um ano na Oficina da Palavra na Casa Mario de Andrade coordenada pelos dramaturgos Alexandre Dal Tico Dias
Farra e Cassio Pires. Formada pela Escola de Arte
Dramática da USP e pelo CPT, Centro de Pesquisa Teatral, dirigido por Antunes Filho. Desde 2005 integra a Cia. Bruta de Arte e desde 2012 faz
parte do Grupo de Pesquisa de Cinema AP43. Claudia Barral é escritora e psicanalista. Atua em diversos campos da produção literária como dramaturga, roteirista e
poetisa. Suas peças de teatro contam com premiações e montagens no Brasil e em
países como Itália, Portugal, Inglaterra e Peru. Publicações em poesia incluem os livros O
Coração da Baleia (Ed. P55, 2011) e Primavera Alê Nohvais
em Vão (Ed. Penalux, 2015), entre outros.
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Lucienne Guedes Fahrer é dramaturga,
atriz, diretora, professora e pesquisadora. É
graduada e doutora pela USP, atriz fundadora do Teatro da Vertigem, grupo com o qual
realizou os espetáculos O Paraíso Perdido (1992), Apocalipse 1,11 (2000), A Última Palavra é a
Penúltima 2.0 (2014), Enquanto Ela Dormia (2017), Max Fahrer
entre outras colaborações. Lucienne Guedes tem trabalhado como artista colaboradora
com vários grupos na Cidade de São Paulo,
como por exemplo o Teatro de Narradores, Cia.
Balagan e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. Michelle Ferreira é atriz, dramaturga, roteirista e diretora. Formada pela Escola de Arte
Dramática da USP, cursou Ciências Sociais na
mesma universidade e foi integrante do Núcleo de Dramaturgia do CPT, com coordenação de
Antunes Filho. Foi duas vezes finalista do Prêmio Luso- Brasileiro de Dramaturgia, indicada ao
Mari Caldas
prêmio Shell de melhor autora em 2013. Com
13 peças escritas e apenas uma inédita, suas
obras já foram encenadas por Cacá Carvalho, Mario Bortolotto, Hugo Possolo, Lee Taylor,
Isabel Teixeira, Eric Lenate, Ramiro Silveira, José
Roberto Jardim, Maria Maya e Nelson Baskerville. Atualmente dirige sua peça 4 da espécie.
Renata Martins é formada em Cinema e PósGraduada em Linguagens da Arte pela USP.
Criadora da premiada websérie Empoderadas. Integrou a equipe de roteirista da série Pedro e Bianca, ganhadora dos Prêmios Emmy Kids Internacional, Prix Jeunesse Ibero-
americano e Internacional. Dirigiu e roteirizou Daisy Serena
o curta-metragem Aquém das nuvens,
premiado e exibido em mais de dez países.
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Sonia Azevedo tem sessenta e oito anos. Seu trabalho sempre esteve ligado às pessoas e ao fascínio que exercem com seus corpos,
seus rostos e suas histórias. Publicou cinco
livros, dois sobre seu trabalho com teatro e três de ficção. Escreveu textos para a cena, Amilton de Azevedo
algo entre a poesia e a dança. O último
deles foi publicado em 2018: Trezentos e
sessenta graus ou as muitas mortes e vidas de Sofia. Tem três filhos, quatro netos, uma
nora, uma grande quantidade de perguntas e sonhos e um amor enorme pela vida.
Silvia Gomez sempre atuou como jornalista e
dramaturga. De 2003 a 2011, integrou o Círculo de Dramaturgia do Centro de Pesquisas
Teatrais (CPT-Sesc), onde escreveu e viu
encenada a peça O céu cinco minutos antes da tempestade, publicada no livro Círculo
de Dramaturgia, em 2006, pela Editora Sesc,
e traduzida para o espanhol, francês, sueco, McCredie
alemão, inglês, italiano e mandarim. Escreveu e encenou ainda peças como Marte, você está aí? e Mantenha fora do alcance do
bebê, esta vencedora dos prêmios de melhor dramaturgia APCA 2015 e Aplauso Brasil 2015. Dione Carlos é Dramaturga formada pela SP Escola de Teatro. Cursou Jornalismo
na Universidade Metodista de São Paulo.
Atua como dramaturga em parceria com cias de teatro. É orientadora artística do
Núcleo de Dramaturgia da Escola Livre de Santo André e dramaturga convidada do
projeto espetáculo da Fábrica de Cultura da Lilian Dias
Brasilândia. Possui quinze textos encenados, publicações em revistas, sites e coletâneas de dramaturgia. Lançou seu primeiro livro em 2017: Dramaturgias do Front, com três peças. Em 2019, integrou a publicação
Dramaturgia Negra, com o texto Ialodês,
escrito para a Cia Capulanas de ArteNegra.
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Oficinas Livro em Performance O Teatro no Interior do Texto Com Ligia Souza Oliveira
A oficina tem o objetivo de experimentar as possibilidades de escrita dramatúrgica explorando a página em branco como espaço de criação.
Dias 15 e 16/8 Quinta e sexta, 16h-20h Convivência Livre
Ligia Souza Oliveira é dramaturga,
professora e pesquisadora. Doutora em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo, com estágio de pesquisa em Literatura
Francesa na Université Paris 8 (Vincennes/ Saint Denis), mestre em Literatura pela
Arquivo Pessoal
Universidade Federal do Paraná e graduada em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná. Publicou Encontros Diários,
Personne e Outros Sons; encenou Reflexos e Para Ler aos Trinta. É coordenadora do Núcleo de Dramaturgia do Sesi Paraná.
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Dias 17 e 18/8 Sábado, 16h-20h Domingo, 14h-18h
O Papel e a Cena da Palavra no Livro-Poema
Convivência
Edição de livro-poemas priorizando a ação rítmica das palavras sobre o espaço das páginas. O corpo do livro é determinado pelo caráter performativo dessa relação, considerando a palavra em cena e as variáveis de espaço e tempo que surgem nos processos gráficos e plásticos em experimentação.
Livre
Com Julia Panades
Julia Panades é artista plástica, professora e
escritora, Bacharel em Artes Plásticas, mestra
em Artes Visuais e doutora em Estudos Literários. Atua como editora e ilustradora desde 2014. Foi finalista do Prêmio Jabuti na categoria
ilustração pelo livro Névoa e Assobio. Conduz oficinas de livros de artista desde 2010. Sua Pablo Lobato
mais recente exposição individual, Corpo
em Obra, está no Centro Cultural São Paulo.
Seu último livro-poema, Imagino Veneza, foi publicado em 2019 pela Modular Edições.
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Feira de Publicações
De 8 a 18/8 Quinta a sábado, 13h-21h30 Domingo, 13h-18h Convivência Grátis Livre
Feira de Publicações
Curadoria: Isabel Diegues Organização: Editora Cobogó Apoio: Livraria Blooks Exposição e venda de livros com textos teatrais, publicados por editoras ou de forma independente. Também oferece um espaço aberto ao público para conversas com editores e dramaturgos, além de oficinas sobre a publicação de livros em dramaturgia. Editoras presentes: ∙ 7 Letras
∙ Editora
∙ N-1
∙ Atrito Art
∙ EDUERJ
∙ Nova Fronteira
∙ Balão
∙ Folias D’Arte
∙ Alameda ∙ Azougue Editorial
∙ Bertrand
∙ Boitempo ∙ Cândido
∙ Carambaia
∙ Cia das Letras
∙ EDUSP
∙ Fortunela ∙ Funarte ∙ Giostri
∙ Global
∙ Grupo XIX de Teatro
∙ Nandyala
∙ Oficina Raquel ∙ Patuá
∙ Paz e Terra
∙ Peixoto Neto ∙ Perspectiva ∙ Phármakon ∙ Pontos de
Fiandeiras
∙ Cia Fagulha
∙ Hedra
∙ Record
∙ Civilização
∙ Iluminuras
∙ Sesi-SP
∙ Circuito
Brasileira
∙ Cobogó
∙ Horizonte
∙ Imprensa Oficial
∙ Relicário ∙ Teatro
Caleidoscópio
∙ Coletivo
∙ jabuticaba
∙ Teatro D’Aldeia
∙ Dobra
∙ Jorge Zahar
∙ Temporal
Negro
Editorial
∙ Dulcina
∙ Edições
de Janeiro
∙ Javali Editor
∙ L&PM
∙ Lamparina Luminosa
∙ Edições
∙ Leya
∙ Edições Sesc
∙ Martin Claret
Primata
∙ Editora 34
86
Dybbuk
∙ Malê
∙ Martins Fontes ∙ Moinhos
∙ Teatro Galpão
∙ Terceiro Nome ∙ Todavia ∙ UNESP
∙ Unicamp
∙ Via Leitura ∙ Vozes
∙ WMF Martins Fontes
∙ Zouk
Programação setembro a dezembro
setembro
Curva Histórica Consuelo de Castro Leituras cênicas de três obras da autora. Idealizada por Lenise Pinheiro
Consuelo de Castro em Cuba, 1997 - Arquivo Pessoal.
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Prova de Fogo (1968) De Consuelo de Castro Direção: Abílio Tavares
Primeira experiência cênica da autora, Prova de Fogo é uma narrativa que entrelaça os planos político e afetivo de um grupo de jovens e ingênuos estudantes organizados em um grêmio no ano de 1968. Diante dos conflitos existentes naquele microcosmo, será preciso encontrar os caminhos que levam à transformação desejada pelo grupo.
Dia 21/9 Sábado, 21h-23h30 Galpão Ingressos: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Abílio Tavares é diretor teatral, ator, pesquisador, autor, professor universitário e gestor cultural. Tem graduação, mestrado e doutorado em
Artes Cênicas pela ECA-USP. Ganhou o Prêmio Tese Destaque USP 2013, pela pesquisa de
doutorado orientada por Jacó Guinsburg, com
quem também organizou sete volumes da obra Arquivo Pessoal
de Anatol Rosenfeld, publicados pela Editora
Perspectiva. Foi diretor do Tusp, de 1989 a 2006, e do Grupo Tusp, com o qual dirigiu, entre outros, os espetáculos: Prova de Fogo (de Consuelo
de Castro; 1997), Horizonte (de Antônio Rogério
Toscano; 2000) e Interior (de Abílio Tavares; 2002). Dirigiu e coordenou espetáculos profissionais e projetos culturais no Brasil e no México.
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Dia 22/9 Domingo, 18h30 Galpão Ingressos: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Aviso Prévio (1987)
De Consuelo de Castro Direção: Clara Carvalho Nesta obra, Consuelo de Castro rompe pela primeira vez com os ditames do teatro realista, apresentando em cena um casal alegórico, Ela e Oz, que assume diferentes papéis possíveis em uma relação homem-mulher, sempre na iminência da separação. Clara Carvalho é atriz e diretora radicada em
São Paulo. Ao longo de sua carreira de mais de
30 anos como integrante do Grupo Tapa, recebeu prêmios como o Shell, APCA, Mambembe e
Aplauso Brasil. Dirigiu os espetáculos “Ricardo
III ou Cenas da Vida de Meierhold” (2019, CCSP),
tendo o ator Rogério Brito indicado ao Prêmio Shell Antonio Milena
de melhor ator; Condomínio Visniec (2019, Sesc Ipiranga), indicado ao prêmio APCA de melhor
direção; A Reação, de Lucy Prebble (2015, teatro
Vivo); A Máquina Tchékhov, de Matéi Visniec, em
2015; e Órfãos, de Dennis Kelly, em 2011 (montagem vencedora do Festival de Teatro Cultura Inglesa).
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Uma Lei Chamada Mulher: Maria da Penha (2013) De Consuelo de Castro Direção: Lenise Pinheiro
Uma das últimas peças escritas por Consuelo, a obra tem como inspiração a história de Maria da Penha e seu livro Sobrevivi! Posso Contar, sobre a violência doméstica que sofreu durante 23 anos. A narrativa atravessa, do início ao fim, a relação da mulher com seu agressor. O abuso sofrido por Maria dá margem a um panorama amplo, sobre a evolução de uma relação abusiva que atinge o ápice numa dupla tentativa de feminicídio.
Dias 27 e 28/9 Sexta e sábado, 21h-23h30 Galpão Ingressos: R$ 20
R$ 10 [meia entrada]
R$ 6 [credencial plena] 16 anos
Lenise Pinheiro, fotógrafa e diretora desde 1983,
vem retratando o que há de mais expressivo nos palcos brasileiros. Desde de 2015, dedica-se à
direção teatral. Colabora para o jornal Folha de
S.Paulo, no caderno Ilustrada e com o Cacilda Blog de Teatro. É autora indicada ao Prêmio Jabuti 2015,
Lenise Pinheiro
com o livro Fotografias Teatro Oficina, lançado
em 2014, pela Imprensa Oficial. Também lançou
os livros Fotografia de Palco 1 (2008) e Fotografia de Palco 2 (2016), lançados pelas Edições Sesc.
Em 2018, venceu o Prêmio Governador do Estado.
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Curso De 17 a 27/9 Terças a sextas, 19h-22h
Curso de Dramaturgia Com Eloisa Elena
Eloisa Elena é integrante da Cia Barracão
Cultural, na qual atua, há 16 anos, como atriz, produtora e dramaturga. Seu texto Entre,
dirigido por Yara de Novaes e Carlos Gradim, está indicado aos Prêmios Shell e APCA de
melhor dramaturgia de 2019. Assinou o texto
do espetáculo infantil Já pra Cama!, ganhador do APCA de melhor espetáculo infantil de texto original de 2015 e a adaptação de Cacoete, de
Eva Furnari. Como atriz, além de Entre, atuou nos
espetáculos Nós, com direção de Cris Lozano, On Arquivo Pessoal
Love e Facas nas Galinhas, com encenação de
Francisco Medeiros, A Mulher que Ri, dirigido por Yara de Novaes, A Condessa e o Bandoleiro e Já pra Cama!, com direção de Fernando Escrich.
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outubro
Ciclo de Leituras Inéditas para Crianças Leituras encenadas de peças para crianças com bate-papo entre público e artistas ao final.
Vovó Não Sabe Ler
Dia 5/10 Sábado, 16h-18h
Vovó não aprendeu a ler. Aprendeu a trabalhar muito cedo, a cozinhar, a casar, a ter filhos, a cuidar deles, a ter netos... Não, a ler ela não aprendeu, mas aprendeu a amar os livros e carregá-los por toda parte. E inventar histórias que não estavam nos livros.
Praça
De Carlos Canhameiro
Grátis Livre
Carlos Canhameiro é ator, dramaturgo e diretor.
Integrante da Cia. Les Commediens Tropicales há mais de 15 anos e da Cia. De Feitos há dez anos,
teve encenados os textos Antideus (selecionado na 3ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos
Cênicos do CCSP), Ensaio Sobre a Queda, Penélope
Vergueiro, Concílio da Destruição (finalista do
Jonas Golfeto
Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia em 2010) e O Canto das Mulheres do Asfalto, entre outros.
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Dia 6/10 Domingo, 16h-18h
Meu Reino por um Cavalo
Praça
Livremente inspirado em Ricardo III, de William Shakespeare, a peça conta a história de um nobre ambicioso que não mede esforços para se tornar rei. Sempre acompanhado do seu cavalo guitarrista ele vai eliminando todos que encontra no seu caminho rumo à coroa.
Grátis Livre
De Ângelo Brandini
Ângelo Brandini é mineiro de Paracatu,
formado pela EAD - Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo. Fundador e
diretor da Cia. Vagalum Tum Tum, fez formação de palhaço com grandes mestres do Brasil e
do exterior. Ganhador dos Prêmios APCA 2007 e Prêmio Femsa (melhor texto adaptado), por João Caldas
Othelito, Prêmio Femsa 2008 (melhor texto
adaptado) por Senhor Dodói, Prêmio Femsa
2010 (melhor direção) por O Bobo do Rei, Prêmio Femsa 2011 (melhor direção) por O Príncipe da Dinamarca, Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014 (melhor direção e melhor espetáculo) e Prêmio APCA 2014
(melhor espetáculo com texto adaptado) por Bruxas da Escócia, prêmio APCA 2016
(melhor espetáculo com texto adaptado)
e Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro
Infantil e Jovem 2017 por Henriques. Autor do livro para crianças O Bobo do Rei, pela Cia.
das Letrinhas, considerado o melhor livro de teatro para crianças em 2015 pela FNLIJ -
Fundação Nacional do Livro Infantojuvenil.
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As Más Companhias
Dia 12/10 Sábado, 16h-18h
A peça conta a história de Pedro Paulo, um menino de onze anos que, após afundar o seu navio de brinquedo, recebe a visita misteriosa de quatro piratas náufragos. Os piratas são acolhidos pelo garoto, passando a dormir em seu quarto e a conviver com a pequena família composta pelo menino e sua mãe. Aos poucos, os dias de intensa convivência fazem com que os dois lados se afetem e se transformem mutuamente.
Praça
De Rhena de Faria
Grátis Livre
Rhena de Faria é improvisadora, palhaça
e diretora teatral. Desde 2009 dedica-se à
direção de espetáculos com uma dramaturgia construída durante os ensaios, juntos com os
atores. Foi assim com Bagagem (2018), solo do
ator Marcio Ballas; Mary e os Monstros Marinhos
(2018), infantil escrito em parceria com as atrizes Arquivo Pessoal
da Cia Delas de Teatro, vencedor do APCA como melhor espetáculo infantil com texto original; O
Pavão Misterioso (2015), adaptação do romance homônimo da literatura de cordel feita em
parceria com o grupo circense Namakaca; e Sobre Tomates Tamancos e Tesouras (2009), solo de palhaça interpretado por Andrea
Macera. As Más Companhias (2019), ainda
inédito, é o primeiro texto escrito solitariamente antes dos ensaios e foi criado especialmente para os atores que vão interpretá-lo.
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De 15 a 25/10 Terรงas a sextas, 19h-22h
Curso de Dramaturgia para Crianรงas com ร ngelo Brandini
Cursos de oito encontros ministrados por dramaturgos ou dramaturgas. Para interessados em dramaturgia para crianรงas
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novembro
Leitura E Agora Falamos Nós (1971) com As Capulanas De Eduardo de Oliveira e Thereza Santos
Dia 10/11 Domingo, 16h-18h
A peça, estruturada em duas partes, Do Cativeiro à Liberdade e Da Liberdade ao Reconhecimento, realiza uma nova abordagem sobre a história do Brasil. Aqui, os autores são os negros, desde o sequestro dos escravizados até a abolição da escravatura, além de personagens contemporâneos, expostos a situações cotidianas que revelam a manutenção da estrutura racista do país.
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Mostra do Núcleo de Dramaturgia da Escola Livre de Teatro de Santo André De 5 a 26/11 Terças, 20h-22h Grátis - Retirada de convites com 1h de antecedência. 16 anos
Apresentações de textos performáticos curtos, criados, desenvolvidos, dirigidos e encenados por aprendizes do núcleo, tendo como base a figura de Rosa Maria Egipcíaca de Santa Cruz, primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil – Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas, publicado no século 18. Rosa Courana nasceu na Costa da Mina, na África. Chegou ao Brasil como escravizada, aos seis anos, desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, onde viveu por cerca de 15 anos. Após ser vendida novamente, passou a se prostituir em Minas Gerais, sofreu um acidente que desencadeou uma série de delírios místicos, nos quais afirmava ouvir vozes e ter visões, o que atraía um grande público. Rosa passou a andar acompanhada de um exorcista, o padre Francisco Gonçalves Lopes, que viajou com ela por várias cidades e diferentes estados do país. No Rio de Janeiro, conheceu um frei franciscano, Agostinho de São José, que se tornou seu mentor espiritual.
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Em 1751, fundou o Recolhimento do Parto, local destinado a receber ex-prostitutas. Rosa escreveu Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas, um livro de 250 páginas, que depois foi qualificado como heresia – o que a levou a ser julgada nos Tribunais da Inquisição, em Portugal. Em 1765, seu processo inquisitório foi encerrado e ela desapareceu. Rosa é conhecida como “a flor do Rio de Janeiro”, modo como os freis franciscanos, carinhosamente, a chamavam, além de “a santa africana do Brasil” e “Madre Rosa”. Sua “ordem religiosa” atraía mulheres pobres, negras e pardas. A Escola Livre de Teatro atua na formação de jovens dramaturgos e dramaturgas. Seu Núcleo de Dramaturgia há 29 anos forma artistas atuantes no cenário artístico nacional e faz parcerias com o Sesc na articulação e na realização de projetos envolvendo a formação artística-pedagógica e a circulação de trabalhos construídos por aprendizes e egressos, além de artistas orientadores atuantes na instituição. Artista orientadora: Dione Carlos
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Curso De 12 a 21/11 Terças a sextas, 19h-22h
Curso de Dramaturgia Negra Com Salloma Salomão
Salomão Jovino da Silva – “Salloma” – possui
graduação, mestrado e doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com estágio no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Músico e educador, produz eventos artísticos de
temática negra e afrodiaspórica e atualmente tem contrato de trabalho por tempo
indeterminado na Fundação Santo André,
ministrando aulas nos cursos de graduação e pós-graduação em História e Relações
Internacionais. Foi consultor da Secretaria
de Educação do Município de São Paulo, tem experiência em produção e gestão cultural e formação acadêmica e continuada de
professores na área de História, com ênfase em História do Brasil, Império e República. Desenvolve trabalhos com as temáticas: culturas musicais de origem africanas,
dramaturgia e teatro negros, políticas e práticas culturais negras nos séculos 19 Grazi Ribeiro
e 20, identidades étnicas e movimentos
negros urbanos, sociabilidades negras em São Paulo e musicalidades africanas.
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dezembro
Leitura e Ateliê Carro de Paulista De Mário Viana Direção: Jairo Mattos
Dia 1/12 Domingo, 16h-18h
A comédia, que estreou em 2003, mostra as enrascadas em que se envolvem quatro rapazes da zona leste de São Paulo decididos a paquerar as “minas” dos Jardins. Em um carro velho, a turma acaba envolvida em confusões, da Radial Leste à Rua Augusta.
Ateliê de Dramaturgia Com Mário Viana
De 3 a 13/12 Terças a sextas, 19h-21h
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SESC - SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
Administração Regional no Estado de São Paulo PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL Abram Szajman
DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL Danilo Santos de Miranda SUPERINTENDENTES
TÉCNICO-SOCIAL Joel Naimayer Padula COMUNICAÇÃO SOCIAL Ivan Giannini ADMINISTRAÇÃO Luiz Deoclécio Massaro Galina
ASSESSORIA TÉCNICA E DE PLANEJAMENTO Sergio José Battistelli GERENTES
AÇÃO CULTURAL Rosana Paulo da Cunha ESTUDOS E
DESENVOLVIMENTO Marta Raquel Colabone ARTES GRÁFICAS Hélcio Magalhães DIFUSÃO E PROMOÇÃO Marcos Ribeiro de Carvalho SESC DIGITAL Gilberto Paschoal EDIÇÕES SESC Iã
Paulo Ribeiro SESC IPIRANGA Antonio Carlos Martinelli Jr. DRAMATURGIAS
CURADORIA Affonso Lobo Chaves, Dione Carlos, Sérgio Luis V. Oliveira e Tommy Della Pietra ORGANIZAÇÃO E PESQUISA FEIRA DE PUBLICAÇÕES Isabel Diegues EQUIPE SESC
Clivia Ramiro, Érica Dias, Mildred Gonzalez, Salete dos Anjos e Vanusa Soares Souza
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Sesc Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822
Tel.: +55 11 3340.2000 /sescipiranga sescsp.org.br/ipiranga
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