IV Seminário para as Infâncias

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Seminário Para as

Infâncias

17 E 18 DE AGOSTO 2016

foto: Cesar Delamonica


foto: Cesar Delamonica


O princípio da vida e o que precisamos (re)apre(e)nder A complexidade, singularidade e potência dos primeiros anos de vida vêm ganhando foco e um olhar mais dedicado nos mais variados campos – não só na educação e nas artes, mas na sociologia, na economia, na política. Como princípio comum, emerge a necessidade de repensar e ressignificar este conceito social e moderno que é a infância. O que é ser criança? O que é ter infância? Como pensar a criança e a infância contemporaneamente? Quais os conceitos em disputa que as envolvem? Num exercício semântico, proposições sobre e para a infância agora demandam pensar e agir de/com/para as infâncias. Se as discussões sobre protagonismo infantil não são novas, principalmente ao campo da educação, sua prática é especialmente desafiadora quando se trata da primeira infância. Desafio que se intensifica quando esse protagonismo é estendido aos processos educativos, artísticos e também sociais. Como pensar os bebês e as crianças entre 0 a 6 anos como atores sociais e protagonistas de suas próprias vidas? A partir disso, abre-se campo para sua cultura de pares, a potência natural de produção, compartilhamento e interação que há diretamente entre elas, desde que nascem. Assim, como propiciar que crianças e adultos - sejam educadores, artistas, pais, familiares, entre outros - possam alternar de protagonismo em suas relações? Como outros elementos – como o próprio espaço físico – também se tornam mediadores e aliados nesses processos? E, se per se não é possível pensar indivíduos sem considerar as redes que os envolvem, mais ainda quando falamos de elos recém-saídos da materialidade do corpo, como é possível promover interações produtivas com e entre as famílias, com toda a diversidade das reconfigurações familiares contemporâneas? Para as muitas perguntas, abrem-se não poucas possibilidades. A educação e as artes trazem alguns caminhos nos quais têm investigado e investido: a corporalidade e seus saberes, as multisensorialidades, a reconexão com os ambientes e elementos naturais, o jogo, a relação lúdica e estética com o espaço, a vivência cotidiana enquanto experiência estética – pois, como afirma a educadora Anne Marie Holm, análogos à produção artística contemporânea são os próprios processos naturais de investigação, descoberta e experimentação das crianças, ou vice-versa. Percursos que podem nos trazer reflexões e ações transversais e integradoras, em sintonia com a complexa e sistêmica maneira de descobrir e apreender o mundo que emerge nessa fase, de forma a não adormecer a potência sensível que nos é intrínseca nos primeiros anos de vida.


PROGRAMAÇÃO


DIA 17 DE AGOSTO

9h

9h até

11h30

O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL - IMPLICAÇÕES NA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO Maria da Graça de Souza Horn A palestra abordará a reflexão acerca da organização dos espaços externos e internos das Instituições de Educação Infantil enquanto parceiros pedagógicos dos educadores, e as implicações advindas do Currículo da Educação Infantil: concepção de Educação Infantil; concepção de currículo; organização dos espaços internos e externos; indicações bibliográficas. Currículo Professora dos cursos de Especialização em Educação Infantil UFRGS, membro Comissão Editorial da Revista Pátio Infantil, membro do Conselho Editorial da Revista Projeto e revisora técnica de livros editados pela ARTMED /Porto Alegre. A ACOLHIDA NO COTIDIANO DA CRECHE: OS BEBÊS E SUAS INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS Cisele Ortiz Reflexão sobre o processo de acolhimentos dos bebes na creche diariamente no atendimento de suas necessidades de cuidados , brincadeiras e interações. Como organizar a rotina de forma a atender as necessidades individuais e dos agrupamentos? Como valorizar as iniciativas das crianças? Os bebês e suas competências. Currículo Cisele Ortiz, psicóloga, especialista em educação infantil, coautora de o livro Ser professor de Bebes – cuidar, educar e brincar uma única ação, professora da pós-graduação do Instituto Singularidades, coordenadora adjunta do Instituto Avisa Lá.


ARTE NA PRIMEIRA INFÂNCIA Diana Tubenchlak Este encontro abordará questões fundamentais da produção artística de crianças pequenas; tais como ateliê de percurso (a criança como protagonista), abordagem de Anne Marie Holm; crianças pequenas e as exposições de arte. Na primeira parte, será feita uma apresentação dos temas e discussão sobre as possibilidades de desenvolvimento de propostas artísticas para esta faixa etária. Na segunda parte, será realizado um ateliê ao ar livre e um bate-papo sobre as produções artísticas e possibilidades de desdobramentos em espaço escolar. Currículo Mestranda na linha de pesquisa Processos artísticos, experiências educacionais e mediação cultural no Instituto de Artes da UNESP; especialista em Linguagens artísticas contemporâneas: ensino/aprendizagem pela Faculdade Santa Marcelina e licenciada em Educação Artística pela UERJ. Desenvolve oficinas e atividades em projetos sociais, ONGs, museus e espaços culturais desde 2001 e seu foco de atuação é em mediação em arte contemporânea, formação de docentes e elaboração de propostas artísticas para todas as faixas etárias. Faz parte do GPIHMAE (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Imagem, História e Memória, Mediação, Arte e Educação) do IA-UNESP. OFICINA DE FORMAÇÃO EM VIVÊNCIAS COM A NATUREZA Ana Carolina Tomé Destinada à formação de professores, essa oficina tem como objetivo oferecer uma base reflexiva e orientações práticas de como trabalhar fora da sala de aula. As atividades vivenciais são transversais e integradoras, permitindo que o educador amplie sua capacidade de percepção adquirindo um olhar sutil e delicado sobre os processos vivos com os quais interage no cotidiano. A partir desse aprendizado poderá elaborar soluções práticas para trabalhar com seus alunos. Currículo Pedagoga, especialista em psicomotricidade e educação lúdica. Participa de diversas formações sobre primeira infância, brincar e arte para crianças. Estuda a abordagem Pikler. Trabalhou em Escolas da Floresta Inglesa. Coordena o programa Ser Criança é Natural, do Instituto Romã, que incentiva o contato entre criança e natureza. Atua como formadora de professores incentivando explorar o outro lado da escola: o lado de fora. Acredita no poder da infância e que o mundo pode ser melhor.


14h

até

16h30

FAMÍLIA E ESCOLA: UMA INTERAÇÃO PRODUTIVA Cisele Ortiz Reflexões sobre a família contemporânea e suas necessidades. A importância da família para a criança. Como a escola pode promover uma interação produtiva com a família em torno da saúde , bem estar e educação dos bebês? Como se organizar para que as famílias convivam com a escola diminuindo conflitos e preconceitos? Currículo Cisele Ortiz, psicóloga, especialista em educação infantil, coautora de o livro Ser professor de Bebes – cuidar, educar e brincar uma única ação, professora da pós-graduação do Instituto Singularidades, coordenadora adjunta do Instituto Avisa Lá. O ESPAÇO COMO EDUCADOR: SABORES, CORES, SONS E AROMAS Maria da Graça de Souza Horn A palestra terá como foco a organização do espaço enquanto parceiro pedagógico do educador, no entendimento de que organizá-lo em áreas circunscritas descentraliza a ação docente. Currículo Professora dos cursos de Especialização em Educação Infantil UFRGS, membro Comissão Editorial da Revista Pátio Infantil, membro do Conselho Editorial da Revista Projeto e revisora técnica de livros editados pela ARTMED /Porto Alegre. ARTE NA PRIMEIRA INFÂNCIA Diana Tubenchlak Este encontro abordará questões fundamentais da produção artística de crianças pequenas; tais como ateliê de percurso (a criança como protagonista), abordagem de Anne Marie Holm; crianças pequenas e as exposições de arte. Na primeira parte, será feita uma apresentação dos temas e discussão sobre as possibilidades de desenvolvimento de propostas artísticas para esta faixa etária. Na segunda parte, será realizado um ateliê ao ar livre e um bate-papo sobre as produções artísticas e possibilidades de desdobramentos em espaço escolar. Currículo Mestranda na linha de pesquisa “Processos artísticos, experiências educacionais e mediação cultural” no Instituto de Artes da UNESP; especialista em Linguagens artísticas contemporâneas: ensino/aprendizagem pela Faculdade Santa Marcelina e licenciada em Educação Artística pela UERJ. Desenvolve oficinas e atividades em projetos sociais, ONGs, museus e espaços culturais desde 2001 e seu foco de atuação é em mediação em arte contemporânea, formação de docentes e elaboração de propostas artísticas para todas as faixas etárias. Faz parte do GPIHMAE (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Imagem, História e Memória, Mediação, Arte e Educação) do IA-UNESP.


OFICINA DE FORMAÇÃO EM VIVÊNCIAS COM A NATUREZA Ana Carolina Tomé Destinada à formação de professores, essa oficina tem como objetivo oferecer uma base reflexiva e orientações práticas de como trabalhar fora da sala de aula. As atividades vivenciais são transversais e integradoras, permitindo que o educador amplie sua capacidade de percepção adquirindo um olhar sutil e delicado sobre os processos vivos com os quais interage no cotidiano. A partir desse aprendizado poderá elaborar soluções práticas para trabalhar com seus alunos. Currículo Pedagoga, especialista em psicomotricidade e educação lúdica. Participa de diversas formações sobre primeira infância, brincar e arte para crianças. Estuda a abordagem Pikler. Trabalhou em Escolas da Floresta Inglesa. Coordena o programa Ser Criança é Natural, do Instituto Romã, que incentiva o contato entre criança e natureza. Atua como formadora de professores incentivando explorar o outro lado da escola: o lado de fora. Acredita no poder da infância e que o mundo pode ser melhor.

14h30

16h30

até

18h

PARTILHANDO BOAS PRÁTICAS Espaço de encontro, troca e compartilhamento entre os participantes do Seminário, com apresentações de projetos para a primeira infância atualmente desenvolvidos na cidade de Santos. Com educadores da UME Maria Dolores, Escola Companhia da Criança, Centro Social Marista Lar Feliz, programas Espaço de Brincar e Esporte Criança do Sesc Santos.


foto: Cris Glass


DIA 18 DE AGOSTO

9h

até

11h30

PROTAGONISMO COMPARTILHADO ENTRE PROFESSOR, ALUNOS E CONHECIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM CONVITE E UM DESAFIO Gabriel Junqueira Filho A relação pedagógica não se produz sem três elementos fundamentais – professor, alunos e conhecimento. Todos os três deveriam exercer seu papel de protagonista nessa relação. No entanto, o que temos vivido é a preponderância e a alternância do protagonismo de um deles a cada momento da história da educação infantil, delegando aos outros dois o papel de coadjuvantes. Por que e como garantir que os três sejam protagonistas nessa relação? Currículo Pedagogo, mestre e doutor em Educação pela PUC-SP. Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Autor de “Linguagens geradoras: seleção e articulação de conteúdos em educação infantil”. A SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA NO BRASIL Anete Abramowicz A Sociologia da Infância como campo teórico contemporâneo no Brasil discute temas relativos a criança e a infância. Como este campo teórico se desenvolve no Brasil e nos países da Europa? A criança é protagonista da sua vida, como a sociologia entende isto? Como pensar a criança como ator social? Quais os temas atuais propostos para a pesquisa e as práticas com as crianças e as infâncias, são alguns dos percursos que a palestra seguirá. Currículo Professora Titular da UFSCar. Socióloga formada pela USP de São Paulo. Doutora em Educação pela UNICAMP com pós-doutorado em Sociologia da Infância na Universidade Paris-Descartes em Paris. Bolsista Produtividade em Pesquisa nível 1c do CNPq. Autora de vários livros e artigos, é também editora Chefe da REVEDUC (Revista Eletrônica de Educação) do programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar.


CORPORALIDADE INFANTIL E ESPAÇOS RELACIONAIS: ENTRE O BRINCAR E A CRIAÇÃO ARTÍSTICA Grupo Em Quanta Neste workshop, propomos uma imersão na corporalidade infantil e na sua relação lúdica e estética com o espaço. A partir dos estudos sobre a coordenação motora de Marie-Madeleine Béziers e do conceito sobre o espaço relacional de D.W.Winicott buscamos o encontro de um “corpo-criança” que vivencie o espaço enquanto jogo e dança, trazendo também a ideia de performatividade infantil, colocada por Marina Marcondes Machado. Currículo O Núcleo Quanta surgiu em 2009, com o objetivo de investigar ambientes estéticos que oferecessem uma relação performativa com as crianças pequenas, relacionando os campos da dança, da encenação e da educação. Seus trabalhos aliam a investigação sobre dança, performatividade e espaço cênico à pesquisa sobre a experiência estética na primeira infância, contemplando intervenções artísticas em sala de aula poderia criar interações pedagógicas no processo de construção do conhecimento. Entre seus trabalhos estão Projeto Poeira, de 2010, contemplado com a VIII Edição da Lei Municipal de Fomento à Dança da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e Em Quanta, contemplado pelo Prêmio Rumos Itaú Cultural, na categoria Dança para Crianças. Já se apresentaram no SESC Santos, na Mostra de Artes para Crianças do O Que É O Que É, na Bienal internacional de Dança do Ceará, nas Bibliotecas Municipais da cidade de São Paulo, dentro do Projeto São Paulo Carinhosa, e no 4º Forinho do Itaú Cultural.

14h

até

16h30

CRIANÇA E INFÂNCIA, UM DEBATE NECESSÁRIO Anete Abramowicz O que é ser criança, como entender a criança a partir dos estudos de Philippe Ariès que nos propõe um conceito denominado: sentimento da infância para mostrar que a infância é um conceito social e moderno. Como pensar a criança e a infância contemporaneamente? Quais são os conceitos em disputa para pensar a criança e a infância? O que é ter infância? São temas que a palestra pretende abordar. Currículo Professora Titular da UFSCar. Socióloga formada pela USP de São Paulo. Doutora em Educação pela UNICAMP com pós-doutorado em Sociologia da Infância na Universidade Paris-Descartes em Paris. Bolsista Produtividade em Pesquisa nível 1c do CNPq. Autora de vários livros e artigos, é também editora Chefe da REVEDUC (Revista Eletrônica de Educação) do programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar.


A CULTURA DE PARES NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL Gabriel Junqueira Filho Cultura de pares é uma expressão cunhada por William A. Corsaro, sociólogo da infância, para indicar “um conjunto estável de atividades ou rotinas, artefatos, valores e preocupações que as crianças produzem e compartilham em interação com as demais.” Manuel J. Sarmento, também sociólogo da infância, complementa dizendo que a cultura de pares permite que as crianças se apropriem, representem e reproduzam o mundo em que estão inseridas, permitindo-lhes que exorcizem medos, representem fantasias e cenas do cotidiano, “que assim funcionam como terapias para lidar com experiências negativas”. É sobre elas e seus efeitos sobre o desenvolvimento infantil que iremos conversar. Currículo Pedagogo, mestre e doutor em Educação pela PUC-SP. Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Autor de “Linguagens geradoras: seleção e articulação de conteúdos em educação infantil”. CORPORALIDADE INFANTIL E ESPAÇOS RELACIONAIS: ENTRE O BRINCAR E A CRIAÇÃO ARTÍSTICA Grupo Em Quanta Neste workshop, propomos uma imersão na corporalidade infantil e na sua relação lúdica e estética com o espaço. A partir dos estudos sobre a coordenação motora de Marie-Madeleine Béziers e do conceito sobre o espaço relacional de D.W.Winicott buscamos o encontro de um “corpo-criança” que vivencie o espaço enquanto jogo e dança, trazendo também a ideia de performatividade infantil, colocada por Marina Marcondes Machado. Currículo O Núcleo Quanta surgiu em 2009, com o objetivo de investigar ambientes estéticos que oferecessem uma relação performativa com as crianças pequenas, relacionando os campos da dança, da encenação e da educação.


Em Quanta (espetáculo)

19h

O espetáculo é um jogo, uma visita, uma instalação – uma proposta diferente que atinge em cheio os sentidos das crianças pequenas (mais especificamente a primeira infância, de 0 a 5 anos), mas sempre em parceria com seus familiares. Da leveza das nuvens à sonoridade das águas, do calor do sol à surpresa do esconde-esconde, a experiência abre lugar para uma iniciação estética. Aos poucos, as crianças são convidadas a participar, explorando o espaço, compondo danças espontâneas, sons e brincadeiras, de tal forma que deixa de existir palco e plateia, resultando em uma interação viva e performática, plena de possibilidades. O sentido encontrado para os elementos cênicos e para a corporalidade dos bailarinos se renova pela interferência das crianças e de seus pais em cada visitação. Um espetáculo compreendido como jam session, onde o público é - ao mesmo tempo - espectador e jogador. Coordenado por Suzana Schmidt, o Núcleo Quanta se formou em 2009, como núcleo de pesquisa dentro do grupo Minik Momdó. Ficha Técnica Concepção original e coordenação geral: Suzana Schmidt. Coordenação de encenação: Wilson Julião. Elenco: Paulo Petrella, Thaís Póvoa e Marko Concá. Concepção em artes visuais: Wilson Julião. Música: Marko Concá. Iluminação: Décio Filho. Currículo O Núcleo Quanta surgiu em 2009, com o objetivo de investigar ambientes estéticos que oferecessem uma relação performativa com as crianças pequenas, relacionando os campos da dança, da encenação e da educação. Seus trabalhos aliam a investigação sobre dança, performatividade e espaço cênico à pesquisa sobre a experiência estética na primeira infância, contemplando intervenções artísticas em sala de aula poderia criar interações pedagógicas no processe de construção do conhecimento. Entre seus trabalhos estão Projeto Poeira, de 2010, contemplado com a VIII Edição da Lei Municipal de Fomento à Dança da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e Em Quanta, contemplado pelo Prêmio Rumos Itaú Cultural, na categoria Dança para Crianças. Já se apresentaram no SESC Santos, na Mostra de Artes para Crianças do O Que É O Que É, na Bienal internacional de Dança do Ceará, nas Bibliotecas Municipais da cidade de São Paulo, dentro do Projeto São Paulo Carinhosa, e no 4º Forinho do Itaú Cultural.


O

d i t odo a

DA ESCUTA DA MATÉRIA AOS ESCOMBROS DO SER (INSTALAÇÃO) Marcelo Armani Instalação sonora “silenciosa” site specific composta por cadeiras escolares, carcaças metálicas de alto-falantes e bases de concreto. Permeando os campos da land art, do ready made, da arte conceitual e da arte sonora, a instalação pontua questões pertinentes às ações desenvolvidas em âmbito social que se desenvolve nos planos educacionais sejam esses frutos de políticas privadas ou públicas, das ações individuais / coletivas no campo da educação e em imersões e diálogos que estabelecem “pontes” com a antropologia, a sociologia e a “psicologia do objeto”. Representa um contra discurso aos processos que envolvem a caracterização de “obra de arte”, articulando uma ruptura com esses padrões e conduzindo o indivíduo a questionamentos das qualidades tradicionais de conceitos clássicos, de funcionalidades e de seu próprio caráter no sistema e nas ações educacionais cotidianas. Remete às condições de limitações, do engessamento das mobilidades sociais ainda presentes no ambiente da educação e traz uma crítica direta a imobilidade/ausência dessas por parte da sociedade ou dos governantes. A ausência do ato de apenas dispender o tempo na apreciação. Concretando-se, assim, as pernas, nos tornamos servos da estática que admitem um posicionamento geoestacionário em relação ao próprio conforto. Currículo Marcelo Armani é artista sonoro, produtor eletroacústico e músico improvisador. Seus projetos retratam questões políticas, sociais,religiosas, geográficas e culturais, vinculadas as relações do homem com o tempo e o espaço em narrativas que lidam com a construção de mapeamentos sonoros efêmeros presente na rede do convívio humano, em suas condições ambientais e arquitetônicas. O artista transita por diferentes linguagens em seus processos artísticos, produzindo hibridismos com a escultura, vídeo arte, performance, fotografia, literatura e desenho sempre entrelaçados com percepções sonoras.


foto: Marcelo Armani


Inscrições de 29 de julho a 14 de agosto, no portal do Sesc Mais informações: sescsp.org.br/sescsantos solmarista.org.br Compartilhe #seminarioparaasinfancias


Sesc Santos

Realização:

Rua Conselheiro Ribas, 136 CEP 11040-900 - Santos SP Tel.: 13 3278 9800 /sescsantos

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