V Seminário das Infâncias 2017

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Seminário Para as

Infâncias

8 E 9 DE NOVEMBRO 2017

foto: Cesar Delamonica



Se a centralidade, o protagonismo e a participação nos processos educativos das crianças são paradigmas da educação na contemporaneidade, é preciso antes ativar uma escuta aberta e sensível a elas, entendê-la como construtora de cultura - cultura própria que, para acessar, é preciso reativar sensibilidades e canais que muitas vezes escapam ao reconhecível e traduzível pelo paradigma do mundo adulto. Para entendê-las, é também necessário abrir essa compreensão e diálogo à comunidade e ao território que habitam, compreendendo o tecido de relações nas quais as crianças estão integradas – em que estão não só inseridas, mas são também agentes participativos, interferentes e criadores. Com isso, poder olhar, dialogar e agir com esses territórios, culturas e comunidades como campos privilegiados da intervenção socioeducativa. Se entendemos as crianças como protagonistas dos processos educativos e de seus territórios, por que não pensarmos, também, nas estruturas sociopolíticas que as atravessam? Propiciar às crianças viver e exercitar sua experiência cidadã é oferecer possibilidade para que elas sejam, no presente, atrizes e autoras das suas vidas e do cotidiano das cidades? Para isso, a escuta sensível e aberta deve ser estendida aos agentes dessas estruturas e redes: demais coabitantes e também o poder público, através de políticas que garantam voz e espaços de participação às crianças, seu reconhecimento enquanto indivíduos autônomos, cidadãos e detentoras de direitos, demandas, desejos e potências. No âmbito da educação, diante das atuais discussões em torno das propostas de reforma da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Educação Infantil, faz parte dessa escuta sensível rediscutir e reafirmar aspectos centrais à cultura e linguagem da criança, como o livre brincar, além do olhar qualitativo para as relações de vínculo e cuidado entre crianças, educadores e familiares. O entendimento da criança enquanto ser integral (em suas dimensões físicas, emocionais, suas relações familiares, socioculturais e de seu território) reafirma a necessidade da estruturação de políticas públicas integradas, em âmbito intersetorial (educação, assistência social, cultura, saúde). E, se falamos de protagonismo às crianças, é preciso que esse protagonismo seja vivido nos processos, nas diferentes esferas e com todos os agentes neles envolvidos: do processo educativo à gestão e às políticas públicas; de educadores com crianças, de gestores com seus educadores; e do poder público com a sociedade civil, incluindo novamente as próprias crianças. Ao que parece árduo e complexo, há experiências que nos mostram possibilidades, como os Parques Sonoros de São Paulo, construídos de forma conjunta com os professores da rede de educação infantil do município, ou o Plano de Cultura para a Infância do Ceará, da Secretaria Estadual de Cultura, primeiro plano de cultura para a infância do território nacional, estruturado a partir de um amplo debate do Governo do Ceará com a sociedade.


Ou ainda outras iniciativas, de ação direta da sociedade civil: pais e mães que buscam construir alternativas de educar e criar processos de vida fora do sistema escolar, entendendo o território e a comunidade como agentes educadores, bem como comunidades que possuem outras linguagens e modos de relação e que desejam, dentro e através do ambiente educativo, fortalecer e preservar suas culturas e cosmogonias, como na educação indígena. Como essas experiências diversas podem dialogar e se inspirar mutuamente, para alargar os horizontes possíveis para as crianças viverem? (Ou de vivermos com as crianças?) De ambientes favoráveis a crianças que vivem e são, no presente, sujeitos ativos e potentes em seu fazer, exercendo a potência do pensamento infantil no ato criador? Como essas outras possibilidades de construir relações e processos educativos se desdobram em pautar um olhar à outras relações e modos de habitar as cidades que fogem do âmbito utilitário? Esses eixos reflexivos norteiam a programação do V Seminário para as Infâncias. Uma parceria entre o Sesc, a Secretaria de Educação da Prefeitura de Santos, a Organização Mundial para Educação Pré-Escolar – OMEP Baixada Santista e o Centro Social Marista Lar Feliz da Rede Marista de Solidariedade, com apoio do Conselho Municipal de Educação (CME) e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santos (CMDCA). Trata-se de um encontro de formação de educadores, gestores da primeira infância, pais e demais interessados em busca da melhoria da qualidade na educação de crianças de 0 a 6 anos, como direito universal e dever do estado e de toda a sociedade. Realizado desde 2013, tem o intuito de promover a discussão e a reflexão sobre a infância em seus diversos âmbitos – na contemporaneidade, políticas públicas, qualidade social da educação infantil, tempo e espaços de brincar –, além de compartilhar boas práticas realizadas com crianças de zero a seis anos na educação formal, não formal, na família e em espaços públicos.


PROGRAMAÇÃO


DIA 8 DE NOVEMBRO

9h-11h

9h

9h até

19h

O Brincar e a Cultura Infantil em Reggio Emilia Josiane del Corso Quantas linguagens as crianças usam para brincar? Quais as linguagens da infância? E, dentre elas a do brincar que revela a potência do pensamento infantil em sua mais genuína produção: o ato criador. A abordagem reggiana concebe uma criança ativa e potente em seu fazer, uma criança que é, no presente, sujeito ativo em seu processo de aprendizagem, possui linguagens próprias e precisa de adultos que compreendam e dialoguem com essas linguagens. Ter o cotidiano com cenário lúdico para as mais infinitas brincadeiras simbólicas é uma necessidade de toda criança, como isso acontece nas escolas de infância de Reggio Emilia? Conceber a Infância como categoria da sociologia é um movimento novo que traz à criança o seu protagonismo em sua cultura. A criança constrói cultura, cultura de infância, com linguagens próprias que comunicam formas de ver e interpretar o mundo. Neste encontro alguns princípios reggianos sobre a cultura da infância e a linguagem do brincar serão abordados na conversa. Josiane del Corso é fundadora e Diretora do Ateliê Carambola Escola de Educação Infantil. Pedagoga pela PUC, pós-graduada em Artes e especialista em Linguagens da Arte. Estudiosa da Infância e da abordagem de Reggio Emilia. Professora universitária e membro da Comissão Gestora do Fórum Municipal de Educação Infantil da cidade de São


Paulo. Teatro (750 lugares) Territórios e Infâncias Marco Antônio Barbosa Conversa em roda sobre territórios e infâncias. No primeiro dia, a partir da metodologia participativa, a proposta é envolver os participantes, entendendo-os como o conjunto de trabalhadores que atuam com crianças, refletindo, apropriando e ampliando olhares sobre os diferentes territórios e culturas onde habitam as crianças. Na continuidade da conversa, no segundo dia, propõe-se subsidiar os participantes para a superação da concepção conservadora que limita pensar o território como limite/espaço geográfico e compreendê-lo como objeto privilegiado da intervenção socioeducativa e espaço dinâmico de participação das crianças. Importante: Nesta atividade, como a proposta se inicia no dia 8 (quarta) e tem sequencia no dia 9 (quinta). Os interessados em se inscrever deverão ter disponibilidade para participar nos dois dias de atividade. Marco Antônio Barbosa é Diretor do Centro Educacional Eunice Benato da Rede Marista de Solidariedade - RMS, foi Assessor Social da RMS por nove anos e Membro da Coordenação do Fórum Paranaense de Economia Solidária (gestão 2012/2014). Assistente Social formado pela Faculdade Paulista de Serviços Social (1993), Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007), e Especialista em Políticas Públicas pela Universidade Federal de Tocantins e UNICAMP (2012). Sala 2 (50 lugares) Parques Sonoros: uma experiência de criação coletiva nas Unidades de Educação infantil da cidade de São Paulo Sonia Larrubia Os Parques Sonoros são um projeto realizado desde 2014 nas Unidades de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, que proporcionam à criança experiências sensoriais de exploração musical livre. A partir dessa experiência, serão discutidas propostas de como trabalhar a percepção sonora no cotidiano da educação infantil e as experiências e descobertas das meninas, dos meninos e dos adultos envolvidos na formação in loco nos horários coletivos das unidades educacionais. Proporcionar também reflexões e discussões sobre o movimento musical no currículo e nas propostas pedagógicas ofertadas aos bebês e crianças. Sonia Larrubia foi coordenadora da Divisão de Orientação Técnica da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo Sala 3 (30 lugares) Educação nos três primeiros anos: Contribuições da Abordagem Pikler Os Movimentos Livres do Bebê e o Corpo do Educador Suzana Soares


Este ciclo de quatro encontros traz contribuições da abordagem criada pela pediatra húngara Emmi Pikler para a educação nos três primeiros anos. Por meio de elementos da abordagem Pikler e do estudo do desenvolvimento infantil, será proposta uma reflexão sobre a criança e seu desenvolvimento e apresentar meios de apoiá-lo. Neste encontro, serão propostos estudos de movimento por meio de observação de fotografias de bebês, estudo das alavancas corporais, relação do movimento com a força de gravidade, e uma sensibilização corporal do educador para favorecer a observação da criança pequena em movimento. (OBS.: As inscrições devem ser feitas separadamente para cada uma das atividades do ciclo.) Suzana Macedo Soares é especialista em Educação Infantil pelo Instituto Vera Cruz, é graduada em Comunicação Social pela PUC-SP e Pós-Graduada pela ECA-USP. Desde 2004 trabalha com formação continuada de educadores infantis. A partir de 2011 se dedica com mais ênfase à Educação de 0 a 3 anos, com base na Abordagem Emmi Pikler e em 2013 aprofundou-se com Anna Tardos, em Budapeste. Membro da Rede Pikler Brasil e da Red Pikler Nuestra America, também integra o Conselho Consultivo da Aliança pela Infância e a Rede Cultura Infância da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI). Dá consultoria em Educação Infantil. De 2013 a 2015, ministrou curso de extensão universitária no Instituto Vera Cruz: “Subsídios para compreender a linguagem corporal da criança de 0 a 3 anos”, utilizando elementos da abordagem de Emmi Pikler e a linguagem da Eutonia. Coautora de livros sobre Educação Infantil, entre os quais: A Primeira Infância na Cultura de Paz, Estudos e Reflexões de Lóczy e O Acolhimento de bebês: práticas e reflexões compartilhadas. Autora do livro “Vínculo, movimento e autonomia – Educação até 3 anos”. Sala 32 (20 lugares)

11h30 a 12h30

Encontro de boas práticas Espaço de encontro, troca e compartilhamento entre os participantes do Seminário, com apresentações de projetos para a primeira infância desenvolvidos na Baixada Santista. “A educação integral e a formação política na primeira infância” Com Cássio Viana, educador do Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência “O quintal na escola: Uma proposta de vivências do brincar na Educação Integral”, com Fabíola Teixeira, Diretora da Escola de Educação Infantil - UME Rio Grande do Sul, da Prefeitura Municipal de Cubatão. “A Educação física do aluno com Transtorno do Espectro Autista”, com Alexandre Dias Nunes de Melo, professor de Educação Física da Prefeitura Municipal de Praia Grande Teatro (750 lugares)


14h a 16h

Mesa Redonda: Políticas Públicas para as Infâncias Marco Antonio Barbosa, Sonia Larrubia e Rachel Gadelha. Mediação: Audrey Kleys Mesa redonda para discutir as atuais políticas públicas para a primeira infância a e possibilidades de implementação e articulação de ações intersetoriais nos âmbitos da educação, saúde, assistência e cultura. Para essa roda, serão trazidas experiências nos âmbitos municipal, estadual e federal, de iniciativas do poder público e participação da sociedade civil. Na abertura da mesa, será feita a apresentação da campanha Defenda-se, desenvolvida pela Rede Marista de Solidariedade, com o objetivo de contribuir com as políticas de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, especialmente no campo da prevenção. Marco Antônio Barbosa é Diretor do Centro Educacional Eunice Benato da Rede Marista de Solidariedade - RMS, foi Assessor Social da RMS por nove anos e Membro da Coordenação do Fórum Paranaense de Economia Solidária (gestão 2012/2014). Assistente Social formado pela Faculdade Paulista de Serviços Social (1993), Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007), e Especialista em Políticas Públicas pela Universidade Federal de Tocantins e UNICAMP (2012). Sonia Larrubia foi coordenadora do Divisão de Orientação Técnica da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Rachel Gadelha é membro do grupo gestor do Plano de Cultura para a Infância do Ceará, da Secretaria Estadual de Cultura do Ceará, primeiro plano de cultura para a infância do território nacional. É mestre em Políticas Públicas e Sociedade na Universidade Estadual do Ceará (UECE), graduada em Antropologia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-SP). Audrey Kleys é jornalista, professora, bacharel em Direito, pós-graduada em Formação de Professores em Educação à Distância e em Fortalecimento de Conselho de Escola, pela Universidade Federal de São Carlos. Trabalhou por 15 anos na TV Tribuna e quase quatro anos na Secretaria de Educação de Santos (SEDUC), como Secretária Adjunta. Atualmente é vereadora do município de Santos. Teatro (750 lugares) É aprendendo que se ensina! Ana Thomaz e Fabio Marcoff Como pais, artistas e educadores, estamos há 25 anos arriscando o caminho da constante aprendizagem ao entrar na relação com o outro. Criamos nossos filhos fora do sistema escolar e estamos ampliando nossa vivência com outras famílias. Nossa chave é viver sempre em aprendizagem em todas as nossas relações e cultivarmos o caminho da criação. Nesse encontro vamos compartilhar nossa perspectiva do processo da vida fora da escola e da criação de uma outra realidade. Criamos uma oportunidade singular de viver com crianças fora do sistema escolar e acompanhar seu desenvolvimento integral.


Testemunhamos crianças aprendendo a ler e a escrever sem serem ensinadas, assim como todo o desenvolvimento intelectual que é tão natural nas crianças. A partir de nossas experiências, queremos compartilhar nossos processos com pais e educadores acreditando que isso poderá trazer à luz questões que estão sendo olhada por todos nós. Ana Thomaz e Fabio Marcoff são parceiros de vida, pais, artistas, educadores e criadores do projeto Amalaya - amalaya.art.br. Com grande experiência na área artística e educacional, desenvolvem vivências para adultos e crianças, criando espaço de experimentação da vida como obra de arte. Com os filhos aprenderam a confiar na capacidade plena de desenvolvimento íntegro e na alteridade das crianças. Perceberam que todo o trabalho para uma mudança significativa depende da mudança do adulto. Hoje confiam que o adulto é capaz de transmutar e criar uma nova realidade de uma sociedade responsável e afetiva. Sala 1 (100 lugares) A Documentação Pedagógica como um processo de aprendizagem na educação infantil Rosemary da Silva Melo e Karollyne Persaud Vieira Diálogo sobre a Documentação Pedagógica na educação infantil. Quando o professor/ educador registra, produz informações sobre os processos de aprendizagem dos educandos e produz subsídios para sua própria formação. Para as famílias, o registro apresenta-se como instrumento que lhes permite conhecer melhor a criança no espaço socioeducativo. Para o educando, é o olhar do educador sobre sua trajetória. A documentação pedagógica possibilita: revisão das práticas, dinamização e melhoria constante dos processos de formação, identificação dos pontos que demandam maior aprimoramento e registro da história dos educandos construída com e por eles. Rosemary da Silva Melo é pedagoga pela Universidade Metropolitana de Santos e educadora do Centro Social Marista Lar Feliz. Karollyne Persaud Vieira é pedagoga formada pela Universidade Santa Cecília educadora do Centro Social Marista Lar Feliz. Sala 2 (50 lugares) Educação nos três primeiros anos: Contribuições da Abordagem Pikler Construção do vínculo afetivo durante os cuidados Suzana Soares Este ciclo de quatro encontros traz contribuições da abordagem criada pela pediatra húngara Emmi Pikler para a educação nos três primeiros anos. Por meio de elementos da abordagem Pikler e do estudo do desenvolvimento infantil, será proposta uma reflexão sobre a criança e seu desenvolvimento e apresentar meios de apoiá-lo. Neste encontro, serão propostos estudos de movimento por meio de observação de fotografias de bebês, estudo das alavancas corporais, relação do movimento com a força de gravidade, e uma sensibilização corporal do educador para favorecer a observação da criança pequena e


movimento. (OBS.: As inscrições devem ser feitas separadamente para cada uma das atividades do ciclo.) Suzana Macedo Soaresé especialista em Educação Infantil pelo Instituto Vera Cruz, é graduada em Comunicação Social pela PUC-SP e Pós-Graduada pela ECA-USP. Desde 2004 trabalha com formação continuada de educadores infantis. A partir de 2011 se dedica com mais ênfase à Educação de 0 a 3 anos, com base na Abordagem Emmi Pikler e em 2013 aprofundou-se com Anna Tardos, em Budapeste. Membro da Rede Pikler Brasil e da Red Pikler Nuestra America, também integra o Conselho Consultivo da Aliança pela Infância e a Rede Cultura Infância da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI). Dá consultoria em Educação Infantil. De 2013 a 2015, ministrou curso de extensão universitária no Instituto Vera Cruz: “Subsídios para compreender a linguagem corporal da criança de 0 a 3 anos”, utilizando elementos da abordagem de Emmi Pikler e a linguagem da Eutonia. Co-autora de livros sobre Educação Infantil, entre os quais: A Primeira Infância na Cultura de Paz, Estudos e Reflexões de Lóczy e O Acolhimento de bebês: práticas e reflexões compartilhadas. Autora do livro “Vínculo, movimento e autonomia – Educação até 3 anos”. Sala 32

19h

Espetáculo Cuco Com Cia Caixa de Elefantes Inspirado no universo da primeira infância, o espetáculo “Cuco” propõe um diálogo com a linguagem dos bebês, colocando-os como protagonistas e centro do processo de criação, mesmo quando na condição de espectadores junto a seus pais. Dirigida por Mário de Ballentti, sob orientação pedagógica de Paulo Fochi, a montagem tem Ana Luiza Bergmann e Bruna Baliari no elenco e trilha sonora de Marcelo Delacroix e Beto Chedid. OBS: Os ingressos são gratuitos e estarão disponíveis para retirada no dia do espetáculo, a partir das 10h, no Sesc Santos. Limitado a dois ingressos por pessoa. Teatro



DIA 9 DE NOVEMBRO

9h

até

19h

9h a 11h

A Participação das crianças começa na primeira infância Adriana Friedman As crianças como atoras e autoras das suas vidas estão permanentemente se expressando e passando diversas mensagens. Várias ciências de conhecimento vêem refletindo à respeito da importância de dar voz às crianças e garantir espaços de participação. Questões como ética, respeito, aprender a observar, escutar e compreender o que as crianças expressam através das suas narrativas e linguagens são temas prioritários quando pensamos e trabalhamos para e pela infância. Compreender a importância do contexto, da diversidade cultural e da ressignificação de espaços, atividades e programas, a partir das manifestações infantis, é ponto de partida para o trabalho junto às crianças hoje. Adriana Friedmann é Doutora em Antropologia, Mestre em Educação e pedagoga.
Apaixonada pelas crianças e pelo brincar atua, desde os anos 80, como formadora, pesquisadora e consultora junto a fundações, ONGs, escolas, universidades e secretarias de educação, cultura e saúde. Criadora e coordenadora do Mapa da Infância Brasileira e do NEPSID (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento), impulsiona e mapeia diversidade de iniciativas e forma empreendedores na área. Atualmente desenvolve pesquisas com crianças, formando especialistas na escuta de crianças. Tem vários livros publicados, dentre eles: “Quem está na escuta”, “Linguagens e culturas infantis”, “História do percurso da Sociologia e da Antropologia da Infância”, “O olhar antropológico por dentro da infância”, “O desenvolvimento da criança através do brincar” e “A arte de brincar”. Teatro (750 lugares)


Territórios e Infâncias Marco Antônio Barbosa Conversa em roda sobre territórios e infâncias. No primeiro dia, a partir da metodologia participativa, a proposta é envolver os participantes, entendendo-os como o conjunto de trabalhadores que atuam com crianças, refletindo, apropriando e ampliando olhares sobre os diferentes territórios e culturas onde habitam as crianças. Na continuidade da conversa, no segundo dia, propõe-se subsidiar os participantes para a superação da concepção conservadora que limita pensar o território como limite/espaço geográfico e compreendê-lo como objeto privilegiado da intervenção socioeducativa e espaço dinâmico de participação das crianças. Importante: Nesta atividade, como a proposta se inicia no dia 8 (quarta) e tem sequencia no dia 9 (quinta). Os interessados em se inscrever deverão ter disponibilidade para participar nos dois dias de atividade. Marco Antônio Barbosa é Diretor do Centro Educacional Eunice Benato da Rede Marista de Solidariedade - RMS, foi Assessor Social da RMS por nove anos e Membro da Coordenação do Fórum Paranaense de Economia Solidária (gestão 2012/2014). Assistente Social formado pela Faculdade Paulista de Serviços Social (1993), Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007), e Especialista em Políticas Públicas pela Universidade Federal de Tocantins e UNICAMP (2012). Sala 2 (50 lugares) Educação nos três primeiros anos: Contribuições da Abordagem Pikler O Desenvolvimento Psicomotor do bebê Suzana Soares Este ciclo de quatro encontros traz contribuições da abordagem criada pela pediatra húngara Emmi Pikler para a educação nos três primeiros anos. Por meio de elementos da abordagem Pikler e do estudo do desenvolvimento infantil, será proposta uma reflexão sobre a criança e seu desenvolvimento e apresentar meios de apoiá-lo. Neste encontro, será discutido o desenvolvimento psicomotor do bebê de acordo com a abordagem Pikler: as etapas do desenvolvimento, a tabela de desenvolvimento segundo Emmi Pikler e estudos de caso. (OBS.: As inscrições devem ser feitas separadamente para cada uma das atividades do ciclo.) Suzana Macedo Soares é especialista em Educação Infantil pelo Instituto Vera Cruz, é graduada em Comunicação Social pela PUC-SP e Pós-Graduada pela ECA-USP. Desde 2004 trabalha com formação continuada de educadores infantis. A partir de 2011 se dedica com mais ênfase à Educação de 0 a 3 anos, com base na Abordagem Emmi Pikler e em 2013 aprofundou-se com Anna Tardos, em Budapeste. Membro da Rede Pikler Brasil e da Red Pikler Nuestra America, também integra o Conselho Consultivo da Aliança pela Infância e a Rede Cultura Infância da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI). Dá consultoria em Educação Infantil. De 2013 a 2015, ministrou curso de extensão universitária no Instituto


Vera Cruz: “Subsídios para compreender a linguagem corporal da criança de 0 a 3 anos”, utilizando elementos da abordagem de Emmi Pikler e a linguagem da Eutonia. Coautora de livros sobre Educação Infantil, entre os quais: A Primeira Infância na Cultura de Paz, Estudos e Reflexões de Lóczy e O Acolhimento de bebês: práticas e reflexões compartilhadas. Autora do livro “Vínculo, movimento e autonomia – Educação até 3 anos”. Sala 32 (20 lugares)

11h30 a 12h30

Encontro de boas práticas Espaço de encontro, troca e compartilhamento entre os participantes do Seminário, com apresentações de projetos para a primeira infância desenvolvidos na Baixada Santista. Vivência Oasis Morro Santa Maria - Urban 95, com Natasha Gabriel, co-fundadora e facilitadora do Instituto Elos Histórias, muitas histórias: A construção da identidade do aluno negro na Educação Infantil, com Adriano Gonzaga da Costa, professor da Prefeitura Municipal de Bertioga Experiências e Linguagens Musicais para Família e Bebês, com Edvânia dos Santos, professora da Prefeitura Municipal de Itanhém

14h a 16h

Avaliar na Educação Infantil Silvana Augusto O que dizem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e a Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil sobre avaliação? O que é avaliar contexto e o que é avaliar aprendizagem na Educação Infantil? Silvana Augusto é doutoranda do programa de Linguagem e Educação pela FEUSP e Mestre em Educação na área de Didática e Teorias do Ensino e Formação de professores pela mesma universidade. Especialista em Educação a distância pelo Centro de Tecnologia SENAC – Rio de Janeiro. Bacharel em Filosofia pela FFLCH-USP. Foi coordenadora pedagógica do eixo de formação profissional do programa ADI Magistério e membro do grupo de assessoria do programa Rede em Rede, ambos na prefeitura municipal de São Paulo. Desenvolveu e coordenou a proposta pedagógica dos cursos a distância do Instituto Avisa lá. Atualmente é assessora pedagógica de redes municipais de ensino para o segmento de Educação Infantil; desenvolve projetos de formação de equipes técnicas, coordenadores pedagógicos e professores; consultora da BNCC, MEC. Produz materiais de apoio para a formação de professores e é coautora do livro Língua Portuguesa nos


anos iniciais do Ensino Fundamental: dez desafios para ensinar, da coleção, Nós da Educação; o Trabalho do professor de Educação Infantil e autora de Ver depois de olhar, a formação do olhar do professor de Educação Infantil para os desenhos das crianças. Teatro (750 lugares) Educação Indígena Juscelino Peralta, Isaque Karai Jeguaka Bolantim e Cristine Takuá Falar em educação indígena é mais que falar sobre educação para indígenas. Como os povos indígenas estão se organizando para garantir que a escola seja um espaço de transmissão das histórias e das culturas dos povos indígenas e consequente valorização e fortalecimento dessas culturas? Quais os desafios e possibilidades de se trabalhar com a manutenção da cultura, diante das demandas de parâmetros curriculares? No que a educação indígena pode contribuir para experiências de educação em outros espaços educativos formais ou não formais? Essas questões serão debatidas a partir das experiências do CECI - Centro De Educação E Cultura Indígena Tenondé Porã, em Parelheiros (São Paulo), e da EE Indígena Txeru Ba’e Kua-I, na Terra Indígena Ribeirão Silveira, divisa dos municípios de Bertioga e São Sebastião. Juscelino Peralta e Isaque Karai Jeguaka Bolantim são, respectivamente, Educador e Coordenador Cultural do Ceci/Ceii Tenonde Porã. Em 2001, as lideranças indígenas Guarani da cidade de São Paulo procuraram a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo com o desejo de construir um centro de educação e cultura diferenciado, essencialmente indígena, objetivando reafirmar e fortalecer as raízes e a autonomia do povo Guarani. Foram acolhidos nos seus propósitos e, assim, concebeu-se o Centro de Educação e Cultura Indígena - CECI. Visando construir e fortalecer uma política de inclusão das diferentes etnias, tanto o Projeto Arquitetônico quanto a Proposta Pedagógica foram construídas conjuntamente entre técnicos de SME e as lideranças indígenas de cada aldeia Guarani. Cristine Takuá é professora indígena. Formada em Filosofia pela UNESP, ministra aulas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia na EE Indígena Txeru Ba’e Kua-I, DER Santos, pertencente à Terra Indígena Ribeirão Silveira, na divisa de Bertioga e São Sebastião. Sala 1 (100 lugares) Cuidar e Educar: como os gestores podem, de fato, integrar estes campos no cotidiano da Educação Infantil Elza Corsi O que é preciso olhar e construir cotidianamente para que o cuidado perpasse a educação de adultos e crianças dentro das escolas de Educação Infantil. Elza Corsi é nutricionista e bióloga formada pela USP, com especialização em Saúde Pública. Foi diretora e supervisora da rede de creches em São Paulo. Fundadora e formadora do Instituto Avisa Lá, possui extensa experiência como formadora de gestores da Educação Infantil. É autora de vários artigos da revista AvisaLá. O Instituto AvisaLá desde 1986 vem contribuindo para qualificar a prática pedagógica das redes públicas de Educação Infantil. Vários membros da equipe técnica do Avisa


Lá colaboraram intensamente com a elaboração dos Referenciais Curriculares para a Educação Infantil do MEC (1998), com os programas de formação e currículo da Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo. O Instituto Avisa Lá participa ativamente de programas do MEC tais como Indique para Educação Infantil e Ensino Fundamental em parceria com a ONG Ação Educativa, Diretrizes em ação em parceria com o UNICEF. Auditório (100 lugares) Educação nos três primeiros anos: Contribuições da Abordagem Pikler Brincadeiras e brinquedos dos bebês Suzana Soares Este ciclo de quatro encontros traz contribuições da abordagem criada pela pediatra húngara Emmi Pikler para a educação nos três primeiros anos. Por meio de elementos da abordagem Pikler e do estudo do desenvolvimento infantil, será proposta uma reflexão sobre a criança e seu desenvolvimento e apresentar meios de apoiá-lo. Neste encontro, o foco são as brincadeiras e os brinquedos dos bebês segundo as proposições de Emii Pikler: como brincam os bebês, o desenvolvimento do processo do brincar, os brinquedos não estruturados ou objetos para brincar. (OBS.: As inscrições devem ser feitas separadamente para cada uma das atividades do ciclo.) Suzana Macedo Soares é especialista em Educação Infantil pelo Instituto Vera Cruz, é graduada em Comunicação Social pela PUC-SP e Pós-Graduada pela ECA-USP. Desde 2004 trabalha com formação continuada de educadores infantis. A partir de 2011 se dedica com mais ênfase à Educação de 0 a 3 anos, com base na Abordagem Emmi Pikler e em 2013 aprofundou-se com Anna Tardos, em Budapeste. Membro da Rede Pikler Brasil e da Red Pikler Nuestra America, também integra o Conselho Consultivo da Aliança pela Infância e a Rede Cultura Infância da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI). Dá consultoria em Educação Infantil. De 2013 a 2015, ministrou curso de extensão universitária no Instituto Vera Cruz: “Subsídios para compreender a linguagem corporal da criança de 0 a 3 anos”, utilizando elementos da abordagem de Emmi Pikler e a linguagem da Eutonia. Co-autora de livros sobre Educação Infantil, entre os quais: A Primeira Infância na Cultura de Paz, Estudos e Reflexões de Lóczy e O Acolhimento de bebês: práticas e reflexões compartilhadas. Autora do livro “Vínculo, movimento e autonomia – Educação até 3 anos”. Sala 32 (20 lugares)


19h

Espetáculo Cuco, com Cia Caixa de Elefantes Inspirado no universo da primeira infância, o espetáculo “Cuco” propõe um diálogo com a linguagem dos bebês, colocando-os como protagonistas e centro do processo de criação, mesmo quando na condição de espectadores junto a seus pais. Dirigida por Mário de Ballentti, sob orientação pedagógica de Paulo Fochi, a montagem tem Ana Luiza Bergmann e Bruna Baliari no elenco e trilha sonora de Marcelo Delacroix e Beto Chedid. OBS: Os ingressos são gratuitos e estarão disponíveis para retirada no dia do espetáculo, a partir das 10h, no Sesc Santos. Limitado a dois ingressos por pessoa. Teatro (60 lugares)



Inscrições de 24 de outubro a 1 de novembro no portal do Sesc Mais informações: sescsp.org.br/sescsantos solmarista.org.br Compartilhe #seminarioparaasinfancias


fotos Cesar Delamonica

Sesc Santos

Rua Conselheiro Ribas, 136 CEP 11040-900 - Santos SP Tel.: 13 3278 9800 /sescsantos

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