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bedtime fright jogos_janeiro2021



sobre o jogo

por REVstudio e Game e Arte

Você se lembra quando ficou num lugar escuro pela primeira vez? Bedtime Fright parte de uma história que todes devem reconhecer. Enquanto criança, um quarto escuro pode nos assustar muito, trazendo à nossa cabeça a ideia de monstros. Enquanto adulta ou adulto, um quarto sem luz pode nos remeter à um espaço de solidão, de estar sozinhe no mundo. Um mundo sem símbolos, sem movimento, sem nada. Monstros? Claro! Diante desta situação, nada mais justo do que pensarmos em imagens assustadoras. O filósofo Pascal, lá entre os anos de 1623 e 1662, nos dizia: “a nossa natureza é o movimento; o completo repouso é a morte”. E se há algo que não podemos explicar, esse algo é o término de nossa própria existência.


Contudo, Bedtime Fright nos provoca a pensar o contrário. No apagar das luzes, o jogo começa. Não, não podemos deixar todas as luzes da casa acesa a noite inteira, pois haja energia elétrica para isso. Então corremos, de uma sala à outra, o mais rápido possível. Lutamos com o monstro, mas lutamos com inteligência. Afinal, como dar porrada na solidão poderia dar certo?

sobre os desenvolvedores REVstudio é um estúdio de desenvolvimento de jogos independentes localizado em São Paulo (SP). O grupo foi fundado no início de 2017 por colegas de graduação que desde 2012 vêm trabalhando juntes. Com um time diverso, o grupo busca construir jogos sempre de maneira horizontal, democrática e colaborativa, apostando na cooperação entre a equipe como meio para a construção de jogos que expressam a individualidade e criatividade de cada pessoa envolvida.

imagens © divulgação


curiosidades

Dentro da indústria de videogames, há vários formatos possíveis de monetização. Quais você conhece? Originalmente lançado na plataforma itch.io, Bedtime Fright adotou o modelo pague o quanto quiser sendo possível, inclusive, baixar o jogo gratuitamente. Com esse formato, a intenção do pessoal da REVstudio é a remoção da barreira financeira, promovendo acesso à mais pessoas. Além disso, o formato contribui para a ideia de responsabilidade compartilhada, ou seja: se você puder, pague pelo uso da obra e contribua com o grupo. Caso não possa neste momento, você também não ficará sem acesso! Quantos jogos da curadoria Lugar de Jogo você já jogou? Aposto que muitos, não é? Pois certamente você já percebeu que as mecânicas dos jogos apresentados variam bastante. E justamente por não seguir as mesmas lógicas de outros jogos que vemos por aí, Bedtime Fright traz mecânicas que atraem pessoas mais diversas, mostrando que é possível construir jogos mais acessíveis para todes.

Quando olhamos para os gráficos de um jogo, geralmente conseguimos associar algumas ideias à ele. Claro, nem sempre as coisas são o que parecem ser, não é mesmo? Bedtime Fright adota um aspecto de gráficos que remete ao retrô, utilizando um estilo chamado pixel art. Ao misturar a temática do game com esse estilo, o jogo dialoga com dois públicos diferentes: a pessoa adulta que teve o videogame presente na infância, e a criança de hoje que se familiariza com a personagem Kiddo e o medo do escuro. Essa ponte que o universo do jogo propõe, provoca uma interação saudável entre gerações diferentes!

Muitas histórias do nosso dia a dia e que passam desapercebidas deram origem à grandes jogos. Alguns, inclusive, são tão grandes que todas as pessoas provavelmente já ouviram falar. Mas a maioria deles são jogos independentes, construídos por uma ou poucas pessoas, e que representam um infinito de ideias. Agora, observe as coisas pequenas do dia a dia… já pensou em criar um game sobre isso? Você conhece a artista que criou os gráficos de Bedtime Fright? Não? Como assim? Giulia Yamasaki, ou Chu, é uma das grandes referências da cena brasileira de desenvolvimento de games. Além de Bedtime, Chu criou algumas cenas de Dandara e também participou das artes de Relic Hunters, jogo lançado para diversas plataformas, como PC e Nintendo Switch.

textos REVstudio e Game e Arte • imagens © divulgação/REVstudio


Esta série apresenta conteúdos por meio da interface dos videogames, trazendo manifestações das artes e da cultura pelo viés da pluralidade de narrativas desenvolvidas sob o olhar da diversidade. Com curadoria do Sesc São Paulo e de Tainá Felix e Jaderson Souza, da Game e Arte, a programação conta com um ciclo de debates pelo Centro de Pesquisa e Formação, entre 17/11 e 01/12/2020, e conteúdos disponíveis nas plataformas do Sesc Digital, com jogos para download, sob produção do Sesc Avenida Paulista. Todas as atividades são gratuitas e em ambiente virtual.



conheça os outros jogos do projeto e baixe grátis sesc.digital/lugardejogo


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