4, 5 e 6 | JUNHO | 2014 Cantar Cássia Eller é mais do que simplesmente uma homenagem, mas uma oportunidade de passar minha própria história a limpo no palco. Afinal, são poucos os artistas que me influenciaram em um nível tão profundo quanto Cássia, do seu canto à sua coragem e irreverência. Aprendi a tocar violão ao som de Malandragem, O segundo sol, Por enquanto. Mais do que isso, naquele momento seminal dos anos 90, vi que o rock vai bem com o samba e que Nirvana e Luiz Melodia convivem numa boa lado a lado. Porque a força do intérprete determina os limites da musicalidade e do repertório, e isso acabou se tornando meu norte e meu mote para cantar. Não sei o que seria da música se não fosse a Cássia. Eu me lembro de vibrar a cada aparição dela na televisão, porque aquele ser me dizia muito e não havia nada nem parecido. Tinha os discos, as revistinhas de violão especiais. E é disso que se trata o show que estamos levantando. Uma oportunidade de voltar a este lugar e cantar outra vez estas canções com as pessoas. E se emocionar a cada uma delas. Muito se fala das influências por aí, mas - como diz a canção de Péricles Cavalcanti: "Não há nenhuma outra hipótese que eu não considere, mas o que eu queria mesmo ser é a Cássia Eller". Filipe Catto
FILIPE CATTO Iniciou sua carreira cedo, tocando em bailes ao lado do pai. Em 2009 lançou, para download gratuito, o EP Saga, e mudou-se para São Paulo. Com uma das principais vozes da música popular brasileira, seu timbre raro de contratenor chama atenção de público e crítica. Seu álbum de estreia, Fôlego, foi lançado em 2011, e em 2013 gravou o DVD Entre cabelos, olhos e furacões, lançado neste palco.