MARÇO | ABRIL | 2017 Sábados, 18h30 Auditório
SÉRIE CONCERTOS
Mulheres na Pauta Com o intuito de fortalecer o universo da música erudita e difundir as ações do Centro de Música do Sesc Vila Mariana, a Série Concertos busca aproximar o público num processo de ampliação de repertório e formação musical. A programação da série propõe um diálogo entre formas, estilos, gêneros e estéticas diversas. Transita pela história da música erudita sem criar relações hierárquicas entre as produções de cada período, valorizando assim a diversidade presente no universo cultural da música de concerto. A cada bimestre a Série Concertos proporciona um mergulho em um aspecto desse universo, seja ele um repertório específico, uma formação instrumental ou um período histórico. Dentro da descrição de cada concerto, o público encontrará um pequeno glossário com informações que podem contribuir para uma melhor fruição e compreensão da música apresentada. Durante os meses de março e abril a série é dedicada a produção de mulheres compositoras que fizeram parte da história da música ocidental, influenciando movimentos estéticos e dando suas contribuições, como tantos outros compositores. A presença feminina nesse ramo se faz presente desde o século XI (certamente mesmo antes, mas as composições não eram autorais anteriormente a esse período), com a grande Hildegarda de Bingen, até o período contemporâneo, passando pelas barrocas Barbara Strozzi, Francesca Caccini, pelas românticas Clara Schumann e Fanny Mendelssohn, dentre muitas outras. Além dos concertos, essa série inclui também um curso com a jornalista e pesquisadora especializada em música de concerto, Camila Fresca.
4 de março Confissões O programa busca desvendar o aspecto feminino del seicento italiano, período no qual se buscava em música a extrema eloquência, a fim de exprimir de maneira convincente e apropriada os seus versos complexos e, de tão humanos, dramáticos. Para tal, não haveria melhor compositora para se apoiar do que Barbara Strozzi, virtuosíssima cantatrice. Nascida em um universo de criatividade, fermento intelectual e liberdade artística, ficou conhecida como cantora e compositora, legando-nos oito livros de obras vocais. O concerto também conta com outra compositora do período, Francesca Caccini. O grupo é formado por duas sopranos, contralto, tenor, baixo e acompanhamento de cravo no baixo contínuo. A direção artística e musical é do cravista Pedro Diniz. Giulia Gomes soprano Nae Matakas soprano Marcela Rahal mezzo soprano Éder Augusto Marcos tenor Guilherme Roberto baixo Pedro Diniz cravo Glossário Baixo contínuo: técnica de acompanhamento através de cifras realizada por instrumentos harmônicos, comumente utilizados para este fim, como o cravo ou a teorba. Nessa técnica, a partitura informava somente as notas fundamentais desse acompanhamento, e cabia ao instrumentista improvisar a partir dessas informações. Repertório Barbara Strozzi (1619–1977 È Pazzo Il Mio Core Silentio Nocivo Francesca Caccini (1587-1641 Io mi distruggo et ardo Barbara Strozzi L’Affetto Umano 4
Francesca Caccini Chi desia di saper chi cosa é amore Lasciatemi qui solo Barbara Strozzi Con le belle non ci vuol fretta Le tre grazie a Venere
Barbara Strozzi Il Contrasto de’ Cinque Sensi
Manuscritos utilizados: Francesca Caccini il primo libro delle musiche (Florença, 1618) Barbara Strozzi il primo libro de madrigali _ opus 1 (Veneza, 1644) Barbara Strozzi Arie _ opus 8 (Veneza, 1664)
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Francesca Caccini Dov’Io credea le mie speranze vere
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11 de março Safo Novella O grupo formado por Marília Vargas, soprano, e Silvana Scarinci, alaúdes, dedica-se à execução da música vocal italiana do século XVII, com ênfase na produção da compositora Barbara Strozzi, dentro dos princípios da performance historicamente orientada. O ano de 1600 é considerado marco das grandes mudanças que encerram o estilo renascentista e inauguram o barroco. A grande ruptura deu-se, inicialmente, em poucas cidades do norte da Itália, onde a aristocracia mostrava-se receptiva a inovações, de modo que alguns poucos compositores puderam dedicar-se com vigor à arte de vanguarda. As mudanças radicais que o Barroco assistiu, tiveram sua origem ligada intrinsecamente ao fascínio pela voz, principalmente a feminina. O século XVII assistiu a um breve resplandecer do papel feminino que pode ser vislumbrado em todas as esferas culturais, na pintura (basta lembrar Artemisia Gentileschi), na literatura, no teatro e na música. A compositora Barbara Strozzi pode ser vista, por um lado, como uma personagem típica do seicento italiano, e paradoxalmente, como uma mulher muito além de sua época. Marília Vargas soprano Silvana Scarinci arquialaúde Glossário Performance historicamente orientada: abordagem de execução musical, utilizada principalmente na música renascentista e barroca, em que o intérprete busca, a partir de pesquisa em documentos e tratados de época, aproximar ao máximo sua performance da que era realizada no período em que a música foi composta, procurando uma sonoridade autêntica. Repertório Barbara Strozzi (1619–1977) Apresso ai molli argenti Giovanni Girolamo Kapsberger (1580-1651) Tocatta 2
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Barbara Strozzi Amor dormiglione L’Amante secreto L’eraclito amoroso Giovanni Girolamo Kapsberger Tocatta 4
Alessandro Piccinini (1566-1638) Aria di Saravanda in varie partite
Barbara Strozzi Giusta negativa L’ Astratto
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Barbara Strozzi Lagrime mie
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18 de março Orquestra de Cordas Laetare Formada em 2007, a Orquestra de Cordas Laetare, cujo nome significa “alegrar” e também “se alegrar”, é constituída por vinte e seis músicos (violinistas, violistas, violoncelistas e contrabaixistas), regidos pela Maestrina Muriel Waldman. Em 2016, dentre outros projetos, a Orquestra se dedicou à pesquisa de compositoras. Além de nomes mais conhecidos (ainda que pouco tocados), como Clara Schumann e Fanny Mendelssohn Hensel, encontraram nomes menos divulgados, como as americanas Amy Marcy Fay e Margaret Ruthven Lang, a francesa Cécile Chaminade, a da Venezuelana Teresa Carreño (mais conhecida como virtuose do piano, Carreño deixou, no entanto, numerosas obras não só para o seu instrumento, mas também para diversas formações instrumentais), a israelense Tsippi Fleischer e sua obra Hexapticon III. Escrita numa linguagem vanguardista, essa obra ilustra o papel da mulher na música de hoje, abordando as fronteiras da pesquisa estética na criação musical. Entre outras contemporâneas pesquisadas, estão a brasileira Silvia de Lucca e a italiana Eliana Mangano. Não poderia faltar neste panorama Chiquinha Gonzaga que, além de compositora talentosíssima, foi pioneira na luta das mulheres pela igualdade social e profissional. Muriel Waldman regência Orquestra Laetare violino, viola, violoncelo e contrabaixo Glossário Orquestra de cordas: formação orquestral composta somente de instrumentos de cordas friccionadas: primeiros violinos, segundos violinos, violas, violoncelos e contrabaixos. Pode ser considerada uma das muitas formações de orquestras de câmara. Repertório Clara Schumann (1819-1896) Polonaise op.1, n. 2
Fanny Mendelssohn Hensel (1805-1847) Andante con espressione
Louise Dumont Farrenc (1804-1875) Impromptu em si menor
Cecile Chaminade (1857-1944) Scarf Dance
Amy Marcy Beach (1867-1944) Gavotte, op. 36, nº2
Margareth Ruthven Lang (1867-1972) Twilight; Starlight
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Christine Snowdin Aspire for strings
Clara Gottschalk Peterson (1835-1910) Staccato Polk
Silvia de Lucca Sun d’Oro Suite
Tereza Carreño (1857-1917) Andante con larghezza
Eliana Mangano Pavane
Chiquinha Gonzaga (1847-1935) Atraente
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Svetslava Kapralova Allegro con variazioni
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25 de março Duo Ouvir Estrelas Formado pela mezzo-soprano Clarissa Cabral e pela pianista Eliana Monteiro da Silva, o Duo é dedicado à pesquisa de repertório de compositoras de diversas partes do mundo. Nesse recital, apresenta obras eruditas de Compositoras Latino-americanas, com peças para canto e piano e também para piano solo de autoras de 5 países do continente - Brasil, Argentina, Uruguai, México e Venezuela -, abarcando mais de um século de música, do final do século XIX ao início do XXI. O nome do Duo é uma homenagem à compositora e pesquisadora Nilceia Baroncelli, especialista no tema mulheres compositoras e autora da canção Ouvir Estrelas. Clarissa Cabral mezzo soprano Eliana Monteiro piano Glossário Mezzo-soprano: classificação vocal referente ao registro que se encontra entre a voz feminina mais aguda (soprano) e a mais grave (contralto). Programa Kilza Setti (Brasil, 1932) Trova de muito amor para um amado senhor A Estrela Cantiga Na palma da mão uma estrela Cacilda Borges Barbosa (Brasil, 1914-2010) Estudo Diorama nº 2 Estudo Brasileiro nº 1 Eunice Katunda (Brasil, 1915-1990) Canto Praiano Três momentos em New York Yvette Souviron (Argentina) Carnavalito Al banco solitário 10
Gisela Hernandez (Cuba, 1912-1921) Solo por el Rocio Transito Gabriela Ortiz (México, 1964) Prelúdio nº 1 Maria Galli (Uruguai) Lontananza Graciela Paraskevaídis (Uruguai, 1940) ...a hombros del ruiseñor Modesta Bor (Venezuela, 1926-1998) Si el silencio fuera mio Suspiro quando te miro
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1 de abril Duo Prismas Mistérios de Gaya O duo formado pela cantora Joana Maris e pelo pianista Marcos Pantaleoni dedica-se à experimentação e à diluição das fronteiras entre o erudito e o popular, em uma busca por novas perspectivas para a interpretação da canção de câmara. Nesse concerto, apresentam peças de compositoras da França, da Venezuela e do Brasil, com destaque para obras eruditas que fazem citações do repertório popular, além de outras classificadas a priori como repertório popular, mas cuja construção formal e harmônica remetem à música de concerto. O duo mistura performance cênica e musical, e colocando lado a lado peças modernas e líricas de autoras como Nadia Boulanger, a famosa professora de Astor Piazzola, experimentais, como as Minimal Songs, da brasileira Michelle Agnes, e releituras dos olhares de compositoras do universo popular, como Lea Freire e Joyce. Joana Mariz voz Marcos Pantaleoni piano Glossário Canção de Câmara: Música de câmara, em geral, é aquela composta para conjuntos musicais de pequeno porte, próprias para as salas (ou câmaras). A produção camerística pode ser instrumental ou vocal. Nesse último caso, em que há predominância da melodia vocal, o termo utilizado é Canção de Câmara. Repertório Ilza Nogueira (Brasil, 1948) / Texto de Walt Whitman That music always ‘round me Lina Pires de Campos (Brasil, 1918-2003) / Texto de Cecília Meireles Retrato Nadia Boulanger (França, 1887-1979) / Texto de Camille Mauclair Le couteau 12
Isabel Aretz (Argentina/ Venezuela, 1909-2005) / Textos recolhidos nas serras do Peru Três cantos índios Dinorá de Carvalho (Brasil, 1905-1980) / Texto do folclore maranhense Pobre cego Lea Freire (Brasil, 1957) Espiral (interlúdio) - releitura livre por Joana Mariz e Marcos Pantaleoni
Lilli Boulanger (França, 1893-1918) / Texto de Maurice Maeterlinck Reflets
Blanca Estrella de Mescoli (Venezuela, 1910-1986) / Texto de M.F. Rugeles Cita
Michelle Agnes (Brasil) / Texto de Francisco Alvim e Pedro Fragelli Minimal songs Spark Why’d you come? Wandrers Nachtlied News Wanna see?
Cirlei de Hollanda (Brasil) / Texto de Carlos Drummond de Andrade As sem-razões do amor Por que? Lembrete As sem-razões do amor Mudança
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Joyce (Brasil, 1948) Mistérios - releitura livre por Joana Mariz e Marcos Pantaleoni
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8 de abril Duo Bandel Gouveia Em atividade há 13 anos, o duo formado por Renato Bandel e Horácio Gouveia dedica seu trabalho ao repertório específico para essa formação: viola e piano. Nesse concerto, apresentam peças de compositoras dos séculos XIX e XX, de diferentes nacionalidades, dentre Alemanha, França, Rússia, Inglaterra e Brasil. Dentre elas, destaque para Hélène Fleury-Roy (1876-1957), a primeira mulher a ser admitida e premiada (com o terceiro lugar) no prestigioso Prêmio de Roma, competição que laureou, dentre outros, Debussy e Lili Boulanger, outra compositora francesa que será executada neste programa, e que foi a primeira a receber o primeiro prêmio do mesmo concurso. Também integra o repertório do concerto Rebecca Clarke (1886-1979), inglesa, foi compositora e violista, uma das primeiras mulheres instrumentistas a atuar em uma orquestra profissional. Influenciada pelas harmonias e cores do Impressionismo, suas obras revelam cuidado no trabalho motívico e contrapontístico. Renato Bandel viola Horácio Gouveia piano Glossário Impressionismo: tendência estética da música de concerto que teve lugar principalmente na França, entre o final do século XIX e início do XX , tendo como principal representante o compositor Debussy. Sua principal característica é a sugestão no lugar da emoção explícita (em oposição romantismo, movimento que o antecedeu). Motivo: fragmento rítmico e/ou melódico utilizado como base para uma variação ou desenvolvimento, de modo a ser repetido muitas vezes no decorrer da peça, apresentado de diferentes maneiras (outras tonalidades, mais lentos, mais rápidos, invertidos, etc). Contraponto: técnica de composição que trabalha com sobreposição de melodias. Foi muito utilizada no período barroco, aos poucos caindo em desuso e sendo substituída pela harmonia, em que uma melodia é acompanhada por encadeamento de acordes.
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Luise Adolpha Le Beau (1850-1927) Três Peças op. 26 para viola e piano Nachtstück Träumerei Polonaise Hélène Fleury-Roy (1876-1957) Fantasia de concerto op. 18 para viola e piano
Lili Boulanger (1893-1918) Noturno para viola e piano (original violino e piano): Assez lent Sofia Gubaidulina (1931) Dos Brinquedos musicais para piano solo nº 9 Pica-pau nº 8 O urso ao contrabaixo e a negra Rebecca Clarke (1886-1979) Passacaglia sobre uma melodia inglesa antiga para viola e piano Chiquinha Gonzaga (1847-1935)/arranjos de Francisca Aquino 2 Polcas para viola e piano Não insistas, rapariga! Atraente
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Repertório Clara Schumann (1819-1896) Três Romances op. 22 para viola e piano (original violino e piano) Andante molto Allegretto (Mit zartem Vortrage) Leidenschaftlich schnell
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29 de abril O Compositor é Vivo! Série bimestral de encontros em que um compositor de música de concerto é convidado a discorrer a respeito de seu processo de criação. Para ilustrar sua fala, composições de sua autoria são executadas por um conjunto camerístico ou um solista. Composições de Nilceia Baroncelli A compositora, arranjadora, pesquisadora e escritora discorre a respeito de sua obra e de seu processo criativo. Para ilustrar sua fala, o bate papo conta com performance de Sylvia Maltese (piano), Clarissa Cabral (voz) e Ronaldo Modolo Jr. (violino). Desde 1976 a artista dedica-se a pesquisar obras de mulheres compositoras, tendo publicado em 1987 o livro Mulheres Compositoras - elenco e repertório.
Programa Nilceia Baroncelli Elegia Convidativa Adagio Tocata em Choro Amor é Fogo... (Soneto de Luiz Vaz de Camões) Ouvir estrelas (texto de Olavo Bilac) Carroça de tolda (texto de Helena Kolody) Minha imagem belle-èpoque (texto de Nilcéia C. S. Baroncelli) 16
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Sylvia Maltese piano Ronaldo Modolo Jr violino Clarissa Cabral mezzo soprano
Curso MULHERES COMPOSITORAS: UMA HISTÓRIA SOB O PONTO DE VISTA DO GÊNERO: De Hildegard von Bingen (1098-1179) à modernidade O curso aborda a presença feminina na música, com foco nas compositoras, partindo da abadessa Hildegard von Bingen e seguindo da Renascença à modernidade. Destaque para a compositora brasileira Chiquinha Gonzaga, bem como para artistas que ficaram à sombra de maridos e irmãos famosos, como Clara Schumann, Fanny Mendelssohn e Anna Maria Mozart. Sempre que possível, será feito um paralelo com a situação das mulheres criadoras em outras esferas artísticas, como a literatura e a pintura. Com Camila Frésca. De 21/3 a 18/4, terças, 19h às 21h30 Sala 2, 5º Andar - Torre A Grátis - Credencial Plena R$20 - Outros
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Inscrição na Central de Atendimento a partir de 7/3.
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MÚSICOS Camila Frésca Doutora e mestre em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), bacharel em História e Comunicação Social – Jornalismo, atua como jornalista e pesquisadora especializada em música de concerto. É colaboradora da Revista Concerto. Entre 2012 e 2016 foi coordenadora musical da Rádio Cultura FM e roteirista do programa Clássicos, da TV Cultura. Ministra cursos e palestras sobre música brasileira e é curadora da série de câmara Em Concerto, do Sesc São Carlos. É autora dos livros Uma extraordinária revelação de arte: Flausino Vale e o violino brasileiro (Annablume, 2010) e Música nas montanhas: 40 anos do Festival de Inverno de Campos do Jordão (Santa Marcelina Cultura, 2009). Idealizou e dirigiu o CD Flausino Vale e o violino brasileiro (Petrobras/Selo Clássicos), de Cláudio Cruz, vencedor do Prêmio Bravo! Prime 2011 na categoria música erudita. Clarissa Cabral Em 1993 ingressou na Escola Municipal de Música onde estudou piano, flauta transversal e atualmente estuda cravo. Cursou, no Departamento de Música da USP, Bacharelado em Piano, orientada pelo prof. Dr. Amilcar Zani Netto. Atualmente desenvolve seu trabalho técnico vocal com Rosa Dominguez e Ulrich Messthaler (Basel –Suíça). Atuou como solista à frente da Camerata Antiqua de Curitiba, Camerata Fukuda e OSESP. Em 2011 recebeu o título de Mestre em música pela USP com a dissertação intitulada Os Lieder de Clara Schumannn. Éder Augusto Marcos Tendo iniciado sua trajetória no Coro Juvenil da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo em 2010, desde 2014 é bolsista do Coral Jovem do Estado de São Paulo. Em 2013 ingressou na Escola Municipal de Música de São Paulo na classe de canto de Caio Ferraz e em 2014 ingressou na Universidade de São Paulo no bacharelado em canto lírico. Em 2015 participou da 1ª Academia de Canto em Trancoso (BA), sob direção do Mozarteum Brasileiro em parceria com a Chorakademie Lübeck. É integrante do Coro Lírico Paulista.
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Eliana Monteiro Pianista, professora de piano e pesquisadora, é Mestre e Doutora em Música pela ECA - USP, com auxílio FAPESP, e autora do livro Clara Schumann: compositora x mulher de compositor. Desde 2016 faz pesquisa de Pós-Doutorado na ECA-USP sobre Compositoras Latino-americanas, além de ministrar disciplina sobre Música Latino-americana do século XX. Participou de congressos e simpósios em diversas cidades do Brasil, assim como em Lisboa (Portugal) e Tucson (EUA). É membro atuante do Grupo Polymnia e do Grupo Sonora, ambos voltados ao estudo e divulgação da composição de mulheres. Giulia Gomes Bacharelanda em Canto Erudito do Instituto de Artes da UNESP, integrou o Coro Juvenil da OSESP, assim como o Coro Jovem do Estado de São Paulo. Estudou na Academia de Ópera do Theatro São Pedro e na EMESP-Tom Jobim. Participou da 1ª e 2ª edição do Festival de Campos do Jordão e da 1ª Academia de Canto em Trancoso. Integrou o Trio Barroca Paixão sob direção do Cravista Nicolau de Figueiredo. Estreou obras contemporâneas de Jean Goldenbaum e Achille Picchi. Atualmente é integrante do Coro Acadêmico da OSESP, estuda com Francisco Campos, e atua como maestrina assistente, preparadora vocal do Coro e Orquestra Jubal. Guilherme Roberto Formado em violino na Escola Municipal de Musica de São Paulo, foi integrante do Coro infantil e do Coral Juvenil da OSESP. Atualmente é bacharelando em Regência pela UNESP e é academista do Teatro del Lago (Chile) e do Instrumenta Verano (México), e integra o Coro Acadêmico da OSESP, o Coral Jovem do Estado e o World Youth Choir. Horácio Gouveia Doutor pela USP, estudou em Freiburg, Alemanha. Atua como recitalista, camerista e solista junto a orquestras e ensembles como a Camerata Aberta, Orquestra Experimental de Repertório, Sinfônica de Porto Alegre e Percorso Ensemble, com repertório que se estende de Bach a autores contemporâneos. Foi premiado em vários concursos de piano nacionais e internacionais, entre eles Melhor Intérprete de Música Brasileira no Concurso Internacional Guiomar Novaes. É professor da Faam e da Emesp. Integra o Percorso Ensemble desde 2006 e o Trio Arqué desde 2007.
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Joana Mariz Cantora lírica e popular, especialista em voz pela PUC-SP e doutora em performance vocal pelo Instituto de Artes da UNESP, aperfeiçoou-se em atuação integrada em voz pelo CEVSP e certificou-se em Somatic Voicework com a renomada Jeanie LoVetri. Realiza intensa pesquisa vocal, tanto no âmbito acadêmico quanto no prático, tendo obtido prêmio de melhor trabalho no simpósio internacional Comet. É co-coordenadora do coletivo de ações em voz Vocal-SP e professora de canto erudito e popular do curso de canto e da pósgraduação em Canção Popular da Faculdade Santa Marcelina (SP). Marcela Rahal A cantora estudou em instituições relevantes do cenário musical brasileiro, como Conservatório Dramático e Musical de Tatuí e Universidade de São Paulo, no curso de canto lírico. Em 2013 ingressou no Opera Studio da EMESP. Em maio do mesmo ano ganhou o primeiro lugar no Concurso Internacional Bauru-Atlanta Competition e, em outubro, ficou em quarto lugar no X Concurso Nacional Villa Lobos. Ao final de 2015 interpretou a personagem Miss Todd da Ópera The old Maid and the Thief, de Gian Carlo Menotti, na UNESP. Marcos Pantaleoni Pianista, compositor, arranjador e bacharel em composição e regência, após receber prêmios nacionais como instrumentista, recentemente tem se dedicado também à regência, aperfeiçoando-se na Bard College (EUA) e atuando à frente da Orquestra do Espaço Musical. Integra, como compositor, o grupo de experimentação de artes integradas Dinergia, e sua atuação na área de composição rendeu-lhe interpretações no Brasil e no exterior (Suécia, Espanha). Marília Vargas Uma das mais ativas e respeitadas sopranos de sua geração, foi premiada nos concursos Bidu Sayão, Maria Callas, Friedl Wald Stifftung e Margherite Meyer. Apresentou-se em diversos países europeus, da América Latina, Japão e China. Possui extensa discografia como solista, e inúmeras gravações para rádio e TV brasileiras e europeias (TV Brasil, TV Cultura, Arte, TVE, Mezzo). Em 2014 lançou um CD de canções brasileiras ao lado do pianista e compositor André Mehmari. Atua como professora de Canto Lírico e da Oficina de Música Barroca da Escola Municipal de Música de São Paulo, professora de Canto Barroco na Escola de Música do Estado de São Paulo e preparadora vocal do Coral Jovem do Estado.
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Muriel Waldman Graduada em música pela Faculdade Santa Marcelina, obteve o título de Mestre em Musicologia e Práticas Interpretativas pela ECA - USP. Completou o Curso de Composição e Regência de Orquestra da Universidade Livre de Música Tom Jobim e concluiu o único curso completo de Regência de Orquestra ministrado no Brasil pelo Maestro Eleazar de Carvalho. Como bolsista, cursou Análise e Regência das Cantatas de Johann Sebastian Bach, na Internationale BachAkademie de Stuttgart (Alemanha), onde trabalhou com o célebre Maestro Helmuth Rilling. Atualmente dirige a Orquestra de Cordas Laetare e os Corais Canticorum Jubilum e Vox Aeterna. Nae Matakas Tendo iniciado seus estudos de canto na Escola Municipal de Música de São Paulo, teve aulas com Nicolau de Figueiredo e Lidia Schaffer. Atualmente é orientada por Maria Lucia Waldow e cursa Canto Barroco na EMESP com Marilia Vargas. Participou de diversos festivais no Brasil e na Alemanha e foi selecionada como bolsista para a Chorakademie Lübeck. Integra o Coro Acadêmico da OSESP e o Coro Jovem do Estado de São Paulo. Nilceia Baroncelli Escritora e musicista radicada em São Paulo, é diplomada em Piano pelo Conservatório Musical Campinas e Bacharel em Língua e Literatura de Expressão Portuguesa pela Universidade de São Paulo. Dedica-se desde 1976 a pesquisar obras de mulheres compositoras. Publicou em 1987 o livro Mulheres Compositoras – elenco e repertório, editado por Roswitha Kempf Editores e subvencionado pelo Ministério da Cultura. Em 1992, produziu e apresentou pela Rádio Cultura FM de São Paulo a série de mesmo nome, reprisada em 1993. No Teatro Municipal de São Paulo, foi Chefe do Arquivo de Partituras e pianista da Escola Municipal de Bailados. Pedro Diniz Mestre pela Staatliche Hochschule für Musik - Trössingen (Alemanha) em “Teclas Históricas” (2015), na classe de Marieke Spaans e Diego de Ares e em “Música Medieval e Renascentista” (2015), na classe de Kees Boeke e Claudia Caffagni. Em 2010 estudou cravo com o Prof. Alessandro Santoro na Escola de Música do Estado de São Paulo. Bacharelou-se no curso de cravo pela Universidade Estadual de Campinas sob orientação da Profa. Dra. Helena Jank (2010). Formou-se em cravo na Escola Municipal de Música de São Paulo sob orientação da Profa. Terezinha Saghaard (2010). Desde 2002 atua no conjunto de Música Antiga da ECAUSP, sob supervisão de Mônica Lucas e Sérgio Carvalho.
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Renato Bandel O violista, aos 20 anos, recebeu bolsa para estudar na Orquestra-Academia da Orquestra Filarmônica de Berlim. Atuou também como camerista na Philharmonie Berlin e em Frankfurt (Alemanha). Estudou na Universidade de Artes de Berlim e, após se formar com nota máxima, passou a integrar a classe de solistas. Graduou-se com o título de mestre. Recebeu o Prêmio Carlos Gomes - Melhor Conjunto de Câmara em 2006, como integrante do Quarteto Camargo Guarnieri. Durante sua estadia de sete anos em Berlim integrou a Ensemble Oriol Berlin, realizando concertos na Alemanha, México e Portugal. Atuou também como músico convidado na Orquestra Gulbenkian (Lisboa / Portugal). Coordenou as edições de 2009, 2010 e 2011 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Ronaldo Modolo Jr. O violinista integrou as orquestras Bachiana Filarmônica SESI-SP e a Orquestra Jovem Municipal de São Paulo, sob regência de Erica Hindrickson. Em 2016 passou a ter aulas com o Prof. Gabriel Gurun, na Escola Municipal de Música de São Paulo. É instrutor de violino e Prática de conjunto na Escola de Música VOX, de Suzano, e também Spalla e Concertino na Orquestra Acadêmica de Suzano, sob regência de Rafael Vícole, desde 2014. Dedica-se especialmente à pesquisa de música de câmara. Silvana Scarinci A musicista viveu vários anos nos EUA, onde fundou um grupo composto somente por mulheres, interpretando música escrita por mulheres. Seu grupo, Anima Fortis, foi premiado pela associação norte-americana Early Music America. Estuda a música do século XVII sob perspectivas interdisciplinares, com ênfase em literatura, gênero e a tradição clássica. Sua pesquisa de doutorado resultou na publicação de um livro e CD com a música de Barbara Strozzi, compositora e cantora do século XVII (Safo Novella: uma poética do abandono nos lamentos de Barbara Strozzi; Veneza, 1619 – 1677). É coordenadora do LAMUSA: Laboratório de Música Antiga da UFPR, projeto que, entre atividades de pesquisa, inclui a publicação e interpretação de obras raras. É membro fundadora da orquestra barroca Concert d’Apollon, com a qual se apresentou em 2015 no Festival de Música Antiga de Utrecht, Holanda.
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Sylvia Maltese Pianista, professora e pesquisadora, recebeu o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de 2011, por sua atuação como recitalista; o prêmio CIESP de 2011, Excelência Mulher 2011, pelo conjunto de sua obra e também em 2011, a Comenda Carlos Gomes. Por sua participação no Duo Pianístico de São Paulo, juntamente com a pianista Marlys Lopes Gatto, recebeu o prêmio APCA de 1983, como Melhor Conjunto Instrumental. Seus mais recentes CDs solo são Música Brasileira para Piano – Savino De Benedictis e sua Escola de Composição (2002); Música Brasileira do Império – Visconde de Taunay – composições para piano (2008); Mulheres Compositoras França-Brasil (2009), Emilia De Benedictis, obra completa para piano (2010), Encontros com a Música de São Paulo (2012) e O piano religioso de Franz Liszt (2014).
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Retirada limitada a 2 ingressos gratuitos por pessoa com 1h de antecedência na Bilheteria. Repertório sujeito a alterações
Sesc Vila Mariana Rua Pelotas, 141, CEP 04012-000 TEL.: +55 11 5080 3000
sescsp.org.br