Série Concertos - 100 anos da Revolução Russa

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SETEMBRO | OUTUBRO | 2017 Sรกbados, 18h30 Auditรณrio

Sร RIE CONCERTOS


100 Anos da Revolução Russa Com o intuito de fortalecer o universo da música erudita e difundir as ações do Centro de Música do Sesc Vila Mariana, a Série Concertos busca aproximar o público num processo de ampliação de repertório e formação musical. A programação da série propõe um diálogo entre formas, estilos, gêneros e estéticas diversas. Transita pela história da música erudita sem criar relações hierárquicas entre as produções de cada período, valorizando assim a diversidade presente no universo cultural da música de concerto. A cada bimestre a Série Concertos proporciona um mergulho em um aspecto desse universo, seja ele um repertório específico, uma formação instrumental ou um período histórico. Dentro da descrição de cada concerto, o público encontrará um pequeno glossário com informações que podem contribuir para uma melhor fruição e compreensão da música apresentada. Durante os meses de setembro e outubro, a série é dedicada às transformações da Revolução Russa de 1917, seja a partir do que o novo regime afetou a vida cultural da aristocracia ou pela estética diretamente influenciada pela visão política do proletariado. O momento criativo da música russa no século XX foi muito fértil e contribuiu para uma nova visibilidade cultural para o país dos sovietes. Os dez dias que abalaram o mundo, como ficou conhecida a revolução bolchevique, são também um mote para entender desde a música coral da igreja ortodoxa russa até a estética musical contemporânea que se desenvolveu paralelamente à Maiakóvski ou ao cinema de Eisenstein. A grafia dos títulos das obras deste repertório foram adaptadas do alfabeto cirílico moderno russo para o alfabeto latino.


2 de setembro Centenário da Revolução Russa, com Gustavo Carvalho e Irineu Franco Perpetuo Aula-concerto com o pianista Gustavo Carvalho e o jornalista Irineu Franco Perpetuo sobre a evolução musical ligada à Revolução Russa. Surgida no cenário internacional de forma relativamente tardia, na segunda metade do século XIX (quando o mundo descobriu, quase simultaneamente, o encanto das partituras de Tchaikóvski e dos romances de Tolstói e Dostoiévski), a música russa obteve um protagonismo inédito no século XX, graças a compositores cuja vida foi afetada, em maior ou menor grau, pela Revolução de 1917. A aula-concerto faz uma panorâmica da música russa nos últimos cem anos, partindo do contexto em que aconteceu a Revolução de 1917 (Scriabin) para chegar em compositores contemporâneos (Gubaidulina). A jornada passa por um vanguardista pouco conhecido no Ocidente, como Roslavets, e por nomes difundidos no Brasil, que tiveram uma relação complexa com o regime soviético, como Prokófiev e Shostakovich. Glossário Vanguarda: Movimento que apresenta inovação de ideias, de tendências, de opiniões, pontos de vista. A palavra deriva do francês avant-garde, que significa guarda avançada ou a parte frontal de um exército. Repertório Alexander Scriabin (1872-1915) 5 Prelúdios, op. 16 2 Poemas, op. 32 Sonata, op. 53 Nikolai Roslavets (1881-1944) 1 Poema

Sofia Gubaidulina (1931) Chaconne Rodion Shchedrin (1932) Prólogo e corrida de cavalos, do ballet Anna Karenina (transcrição de Mikhail Pletnev)

Dmitri Shostakovich (1906-1975) Prelúdios, op. 34 (seleção) 4

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Serguei Prokofiev (1891-1953) Visões fugitivas, op. 22 (seleção)

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9 de setembro Quarteto Romanov Concerto em referência ao centenário da Revolução Russa, evento que causou enormes reverberações em todo o mundo. No âmbito musical, a influência soviética trouxe de volta referências tradicionais nacionalistas, em contraposição ao modernismo vigente na música europeia do período, muito influenciada por compositores russos mais progressistas, exilados. Neste programa, o grupo apresenta dois nomes da música russa feita dentro do Estado soviético: Myaskovsky e Glazunov. O primeiro é conhecido como o pai da sinfonia soviética e foi soldado na época da Primeira Guerra. Serviu o Exército Vermelho imediatamente após a revolução, de 1917 a 1921. Já Glazunov foi diretor do conservatório de São Petersburgo. Seu estilo composicional nacionalista era muitas vezes visto como retrógrado por jovens compositores, mas sempre foi reconhecido por sua reputação. O Quarteto Romanov, atento à tradição das cordas russas, vem reativar o antigo trabalho de música de câmara. Além de pertencer à Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, os integrantes têm experiência como cameristas. Alexey Chashnikov e Tatiana Vinogradova – violinos Simeon Grinberg – viola Rodrigo Andrade Silveira - violoncelista

Repertório Nikolay Myaskovsky (1881-1950) Quarteto de cordas n. 13 em Lá Menor, op. 86 Moderato Presto fantastico Andante con moto e molto cantabile Molto vivo, energico 6

Alexandr Glazunov (1865-1936) Quarteto de cordas n. 3 Slavonic em Sol Maior, op. 26 Moderato Interludium, Moderato. Alla Mazurka, Allegretto Finale

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Glossário Nacionalismo: movimento estético e político presente em diversos movimentos artísticos que exalta a utilização de elementos da tradição cultural de determinado grupo ou nação. Música de câmara: uma forma de música erudita composta para um pequeno grupo de instrumentos que tradicionalmente eram acomodados em câmaras de um palácio ou em salões particulares com um ambiente mais íntimo.

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16 de setembro Coro Ortodoxo e a Rússia pré-revolucionária, com a São Paulo Schola Cantorum A fé do povo russo caminhou junto ao florescimento da nação como um dos mais vastos impérios do mundo moderno. Seus governantes, desde Ivan, o Terrível, até Stalin, guardam a marca de um povo forte e vibrante. A mesma fé que fez a Rússia levantar-se como um povo revolucionário conduziu muitas famílias ao exílio. Como estrangeiros, os russos reinventaram sua terra em outras partes do mundo, com suas comidas, língua, hábitos e música. Deve-se lembrar que há muitos cantos na Rússia - aliás, não existe no rito religioso russo nenhuma oração rezada, apenas cantadas. Neste concerto, a proposta é ouvir as mais unânimes formas musicais difundidas em toda a Rússia cristã, à sua maneira fiel, à capella e executada por vozes masculinas. Orientados pelas partituras manuscritas, copiadas uma a uma por algumas gerações desde 1917 no seio da Igreja Ortodoxa Russa, a São Paulo Schola Cantorum tem o privilégio de apresentar páginas da literatura musical da Rússia pré-revolucionária, sacras e folclóricas (ou tradicionais). Dirigido por Regiane Martinez e Delphim Rezende Porto, a São Paulo Schola Cantorum, ensemble coral dedicado à difusão e prática da música sacra cristã histórica, desenvolve suas atividades artísticas em concertos e liturgias.

Repertório Stepan Degtyarev (1766-1813) Grâdi ot livana nevesto Nikolai Kedrov (1871-1940) Otche nash Sergei Taneyev (1856-1915) Razboinika blagorazumnago Dmitri Bortniansky (1751-1825) Maloe Slavoslovie Slava v vyšnih Bogu Pavel Chesnokov (1877-1944) Da ispravitsâ molitva moâ Blagoslovi dushe moya Gavriil Musicescu (1847-1903) Íže heruvímy

Tzar Feodor I (1557-1598) Dostojno est’ Dmitri Bortniansky (1751-1825) Vospojte Lûdie – Concerto a dois coros à cappella n. 8 Íže heruvímy Tebe boga Hvalim (Te Deum Laudamus) Tikhon de Zadonsk (1724-1783) Credo Melodia Anônima do Séc. XVIII Salmo 102 – Antífona Tradicional Mnogaia Ljeta

Delphim Rezende Porto - regente Jabez Lima, Ernani Mathias, Odorico Ramos e Luiz Guimarães - tenores Erick Souza e João Vitor Ladeira – barítonos Duarte e Nibaldo Araneda – baixos

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Glossário À capella: literalmente no estilo da capela, designado uma peça composta para a voz ou vozes sem acompanhamento. Música sacra: em sentido restrito (e mais usado), é a música erudita própria da tradição religiosa judaico-cristã. Em sentido mais amplo é usado como sinônimo de música religiosa, que é a música nos cultos de quaisquer tradições religiosas.

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23 de setembro Música e poesia em tempos de revolução O programa reúne três compositores russos influentes, dentro e fora da Rússia, na época da Revolução de 1917. Prokofiev, como tema central, já que trabalhou mais na URSS; Stravinsky, que fez sucesso na Europa; e Rachmaninov, que esteve presente nos Estados Unidos. Serão apresentadas canções na voz da soprano Marília Vargas e vocalizes entremeados por recitação de poemas feita por Daniela Mountian, em russo e em português, de grandes poetas soviéticos, como Anna Akhmátova, Marina Tsvetáieva e Vladímir Maiakóvski. A combinação inesperada da harpa de Liuba Klevtosva, do contrabaixo de Pedro Gadelha e da voz de Marília Vargas cria uma sonoridade única para o programa. Marília Vargas – soprano Liuba Klevtosva – harpa Pedro Gadelha – contrabaixo Daniela Mountian – leitura dos poemas Glossário Vocalises: exercício vocal que utiliza vogais a partir de linhas melódicas predeterminadas com notas arranjadas. Sonata: da origem do latim sonare, sonata é um tipo de composição em que são apresentadas parte divididas em introdução, tema, desenvolvimento e reexposição do tema.

Sergei Prokofiev (1891-1953) Prèlude, op. 12, n.r. 7 - Harp Melodias sem palavras, op. 35, n.r 2 Glinka Balakirev (1837-1910) The Lark Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) Moderato, da Sonata para Contrabaixo, op. 108 10

Reinhold Glière (1875-1956) Porquê minha harpa está calada diante do túmulo Dmitri Shostakovich (1906-1975) Adagio Igor Stravinsky (1882-1971) Três pequenas canções: Lembrança da minha infância Divulgação

Repertório Sergei Rachmaninov (1873-1943) Vocalise

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30 de setembro Horácio Gouveia As obras deste concerto foram selecionadas dentre quatro compositores (Shostakovich, Scriabin, Prokofiev e Rachmaninov) com o intuito de apresentar e ilustrar o ambiente e a variedade de poéticas musicais, e mais especificamente pianísticas, dos anos tão marcantes e intensos da história da cultura russa, tanto os que precederam quanto os posteriores à Revolução de 1917. Rachmaninov representa um elo forte com o passado romântico inspirado fortemente pela música de Tchaikovsky. Como um dos grandes pianistas-compositores de seu tempo, fugiu da Rússia em 1917 para nunca mais retornar. Ao tratar das suas Visões Fugitivas Op. 22, Prokofiev mencionou que a peça número 19 (Presto agitatissimo e molto accentuato) tinha sido especificamente inspirada pelo sentimento das multidões em meio às lutas nas ruas de Petrogrado em fevereiro de 1917 (ou seja, em plena revolução). Scriabin faleceu em 1915, mas suas ideias e sua produção musical são altamente representativas do ambiente cultural russo do período. Personalidade complexa que se outorgava um papel místico e messiânico, mas simultaneamente muito racional no que concernia à estruturação formal e harmônica de suas obras. Por fim, o compositor Shostakovich traz a história de um dos compositores que mais padeceu com a nova estética surgida (e também imposta) pós-revolução. O compositor se voltou à música de Bach como refúgio para os sofrimentos de tentar criar sua música enquanto era cerceado de diversas maneiras pelas autoridades.

Sergei Prokofiev (1891-1953) Visões Fugitivas op. 22 n. 1 - Lentamente n. 2 - Andante n. 3 - Allegretto n. 5 - Molto giocoso n. 6 - Con eleganza n. 7 - Pittoresco n. 8 - Comodo n. 10 - Ridicolosamente n. 19 - Presto agitatissimo 12

e molto accentuato n. 17 - Poetico Alexander Scriabin (1872-1915) Sonata n. 10, op. 70 Sergei Rachmaninov (1873-1943) Etude-tableau op. 33 n. 7 (em Sol Menor) Momentos musicais op. 16: n. 1 - Andantino (em Si Bemol Menor) n. 3 - Andante cantabile (em Si Menor) n. 6 - Maestoso (em Dó Maior)

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Repertório Dmitri Shostakovich (1906-1975) Prelúdio e fuga op. 87 n. 4 (em Mi Menor)

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7 de outubro Rafael Cesario e Yuri Pingo Esse concerto relembrará três dos maiores nomes da música russa do início do século XX: Sergei Prokofiev, Dmitri Shostakovich e Sergei Rachmaninov. Para o último compositor, o piano é o centro de sua produção, tanto solo quanto para orquestra. Rachmaninov foi o último grande compositor da consagrada tradição romântica russa e a maior parte de sua obra foi composta antes de 1917, quando deixou a Rússia. Shostakovich é outro célebre compositor russo e que teve parte de sua carreira influenciada pela proximidade com Mikhail Tukhachevsky, chefe de pessoal de Leon Trotsky. Ele compôs sinfonias, concertos, composições para quartetos de cordas, sonatas, óperas e até música para filmes. Prokofiev é muito conhecido pela composição do balé Romeu e Julieta, a ópera Guerra e Paz e a composição infantil Pedro e o Lobo, além de trilhas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Os músicos Rafael e Yuri se conheceram em 2015, quando foram convidados a participar da formação do grupo Pianosofia, criado por Cristian Budu. Desde então trabalham juntos. Repertório Sergei Rachmaninov (1873-1943) Vocalise, op. 34 Serguei Prokofiev (1891-1953) Sonata para violoncelo e piano em Dó Maior, op. 119 Andante grave Moderato Allegro, ma non troppo

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) Sonata para violoncelo e piano em Ré Menor, op. 40 Allegro non tropo Allegro Largo Allegro

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14 de outubro Dana Radu, Mosés Ferreira e Wellington Rebouças Neste concerto, o trio formado por Dana Radu, Mosés Ferreira e Wellington Rebouças apresenta um programa com obras selecionadas de dois dos mais celebrados compositores do século XX, os russos Sergei Prokofiev e Dmitri Shostakovich. Ambos tiveram suas vidas e carreiras fortemente influenciadas pelo Estado nascido a partir da Revolução Russa. A escolha do repertório do trio passa por uma das mais importantes sonatas do compositor Prokofiev para piano. A obra foi apresentada em 1914 e é dedicada a um amigo do compositor que cometeu suicídio. Prokofiev nasceu ainda no Império Russo, viajou o mundo em turnês, morou nos Estados Unidos e voltou à União Soviética. Shostakovich terá sua composição para trio de piano apresentada pelo grupo de câmara. Também dedicada a um dos melhores amigos, a composição possui quatro movimentos (andante, alegro com brio, largo e allegretto). A obra foi composta por Shostakovich durante a Segunda Guerra Mundial, quando sua família mudou-se para Moscou. Dana Radu – piano Mosés Ferreira - violoncelo Wellington Rebouças - violino Glossário Trio para piano: formação de piano com outros dois instrumentos, geralmente violoncelo e violino, conhecida como uma das mais tradicionais formas da música de câmara.

Dmitri Shostakovich (1906-1975) Trio n. 2 em Mi Menor, op. 67 Andante Allegro con brio Largo Allegretto

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Repertório Sergei Prokofiev (1891-1953) Sonata n. 2 em Ré Maior, op. 94 Moderato Presto - Poco piu mosso del - Tempo I Andante Allegro con brio - Poco meno mosso Tempo I - Poco meno mosso - Allegro con brio

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28 de outubro Cinepiano Encouraçado Potemkin, com Daniel Grajew Seguindo o desejo de Eisenstein de que uma nova trilha fosse composta a cada 20 anos para cada nova geração, Daniel Grajew irá criar peças para piano solo incluindo releituras de temas de Shostakovich, Rachmaninoff e Scriabin a composições autorais que propõem um diálogo entre a atmosfera da música russa e as matrizes rítmicas da música brasileira e da América do Sul, como tango, frevo, baião, samba e elementos da música africana e indígena. O cinepiano sobre o clássico filme Encouraçado Potemkin, de Sergei Eisenstein (1925), vai enfocar trechos de obras russas para revisitar a trilha sonora do filme, que retrata a história de marinheiros de um navio do czar, que, em 1905, rebelaram-se contra a tirania de seus comandantes e assumiram o controle do Potemkin. A população apoiou a revolta e as forças repressoras do regime czarista esmagaram o movimento com violência desmedida. Repertório Daniel Grajew (1979) Carne Podre Tango em Odessa Dança dos Escravos Um Contra Todos Dmitri Shostakovich (1906-1975) Improvisação sobre temas da Sinfonia n. 5 Sergei Rachmaninoff (1873-1943) Improvisação sobre Prelúdio, op. 23 n. 5

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Alexander Scriabin (1872-1915) Improvisação sobre Prelúdio, op. 2 n. 1 Estudo, op. 8 n. 12

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ARTISTAS Aldo Duarte Membro do Coro Sinfônico da Osesp desde abril de 2012, iniciou seus estudos de canto lírico com o professor Benito Maresca e atualmente estuda com Gilberto Chaves. Integrou o Coro da Cultura Inglesa, o Coro Collegium Musicum de São Paulo e o Coro Jovem do Estado. No ano de 2010 integrou o coro da Cia Brasileira de Ópera na montagem da ópera O Barbeiro de Sevilha. Em 2011 participou das montagens das óperas do Theatro São Pedro. Alexey Chashnikov Nasceu em Chelyabinsk, na Rússia, entrou para a Escola Superior de Música Ipollitov-Ivanov, em Moscou e ao concluir o curso seguiu para o Conservatório Chaikovsky. Em 1993, tornouse 1º Violino do Romantik-quartet, sob orientação de Berlinsky. Em 1999 foi laureado com o 1º Prêmio do Concurso Internacional de Quartetos de Cordas Shostakovich, de Moscou. Em 2002 ingressou na Osesp. Dana Radu Natural da Romênia, Dana Radu formou-se na Universidade de Música de Bucareste. Participou de séries de música de câmara como Um Certo Olhar, série realizada dentro da programação Osesp na Sala São Paulo e Uma Temática Poética do Lied, ministrada pelo violoncelista e professor Peter Dauelsberg e realizada no CCBB de São Paulo, em 2007. Em 2011 se apresentou junto ao Quarteto Osesp na Sala São Paulo. Participou de festivais como Festival Internacional de Música de Campos do Jordão, Festival de Londrina, Festival de Ópera de Manaus, e do Festival Música nas Montanhas, em Poços de Caldas. Fez parte da equipe musical do concurso Pré-Estreia, realizado pela TV Cultura. Com o violinista Emmanuele Baldini gravou o CD Sonatas de Camargo Guarnieri, lançado pelo selo sueco Bis. Atualmente exerce atividade como pianista da Fundação Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Delphim Rezende Porto Mestre e doutorando em Musicologia pela Universidade de São Paulo. Foi menino cantor e dedica-se especialmente ao repertório da Música Antiga com relevante especialização internacional ao cravo e ao órgão. Bacharel em Composição e Regência, concentra suas atividades de direção musical à literatura cristã e litúrgica.

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Daniel Grajew O pianista e compositor paulistano é formado em piano pela USP e transita por diversos gêneros, desde o repertório erudito tradicional até o choro, jazz e tango. Já tocou na França, Portugal e em projetos como Resgate do Cinema Silencioso (Cinemateca), Piano +1 (Sesc Santos), 4º Na Mira, Cantoras do Brasil (Canal Brasil), II Encontro de Piano Popular (Casa do Núcleo) e Turnê Tudo Azul (Petrobrás). Foi premiado em concursos como I Concurso Jovens Solistas da USP (2009), XI Concurso Villa-Lobos (2009) e vencedor do Edital do Proac para gravação de disco (2011). Apresentou-se com diversos artistas, orquestras e grupos de câmara como Escualo Ensemble, Orquestra Bachianas, Orquestra de Câmara da USP, Carlos Malta, Kathryn Green, Tiganá Santana, Luiz Brasil, Blubell, Leonardo Jeszensky, Alexandre Silvério, Lucas Santana, entre outros. Lançou em 2013 seu primeiro disco solo, Manga, e em abril de 2016 lançou o disco Bailado em parceria com o baixista Marcos Paiva. Daniela Mountian Tradutora, designer e editora da Kalinka, criada ao lado de seu pai, Moissei Mountian. Fez graduação em História na USP e, pelo Programa em Literatura e Cultura Russa (DLO/USP), mestrado sobre Fiódor Sologub e doutorado sobre Daniil Kharms, com estágio de um ano (doutorado-sanduíche, CAPES) na Casa de Púchkin (Instituto de Literatura Russa), em São Petersburgo. Foi indicada ao Prêmio Jabuti pela tradução de Os sonhos teus vão acabar contigo: prosa, poesia, teatro, de Daniil Kharms (Kalinka, 2013, com Aurora Bernardini e Moissei Mountian). Em parceria com Moissei Mountian, também traduziu o conto Luz e sombras, de Fiódor Sologub, e os livros Diário de um escritor (1873): Meia carta de um sujeito, de Fiódor Dostoiévski (Hedra, 2016), e Contos de Kolimá 5: A Ressurreição do Lariço, de Varlam Chalámov (Editora 34, 2016). Erick Souza Natural de São Paulo, estudou no Centro de Estudos Musicais Tom Jobim com Francisco Campos Neto, seu orientador até os dias de hoje. Estudou com Luisa Gianini (Itália), Carlos Morejano (Brasil/Itália), Celine Imbert (Brasil) e André dos Santos (Brasil). Erick se formou na Academia de Ópera do Theatro São Pedro e é membro do Coro da Osesp desde 2008.

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Ernani Rosa Natural de Petrópolis, estudou no Instituto dos Meninos Cantores Canarinhos de Petrópolis, sob orientação de Leto Bienias e José Luiz Prim. Recebeu orientação de Antonio Lotti, Marcos Thadeu e Benito Maresca, Inácio de Nonno, Martha Herr, Neyde Thomas, Jörg Dürmüller, Peter Schreier e, atualmente, aperfeiçoa-se com Isabel Maresca. Como solista, atuou em Vespro Della Beata Vergine de Monteverdi, na Missa em Sol de Schubert, na Cantata BWV12, de Bach, e em Porgy and Bess, de Gershwin. Desde 2003 integra o Coro da Osesp. Gustavo Carvalho Nascido em Belo Horizonte, iniciou seus estudos com Magdala Costa, prosseguiu-os com Oleg Maisenberg em Viena, e com Elisso Virsaladze no Conservatório Tchaikovsky de Moscou. Recebeu ainda orientações de Lazar Berman, Dmitri Bashkirov e de György Kurtág. Em 2004, venceu o II Concurso Nelson Freire no Rio de Janeiro. Solista de diversas orquestras, tocou sob a regência de Ira Levin, Howard Griffiths, Yuri Bashmet e Evgeny Bushkov, dentre outros. Como camerista, colaborou com os violinistas Geza Hosszu-Legocky e Daniel Rowland, os pianistas Nelson Freire e Elisso Virsaladze, a soprano Eliane Coelho e com membros das Orquestras Filarmônicas de Viena e Berlim. É fundador e diretor artístico do Festival Artes Vertentes, em Tiradentes, e desde 2012 integra a direção artística do ZEITKUNST Festival, em Berlim. Irineu Franco Perpetuo Jornalista e tradutor, colaborador da revista Concerto e jurado do concurso de música Prelúdio, da TV Cultura. Participou do júri de competições, como o Concurso Internacional BNDES de Piano e o Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão. Dá palestras nos concertos internacionais da Sociedade de Cultura Artística e cursos na Casa do Saber. Publicou, pela Editora Globo, a tradução, diretamente do russo, de dois livros de A. S. Púchkin: Pequenas Tragédias (2006) e Boris Godunov (2007). Traduziu ainda, diretamente do russo, Memórias de Um Caçador (Editora 34), de Ivan Turguêniev, A Morte de Ivan Ilitch (Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura, 2016), de Tolstói, Memórias do Subsolo (Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura, 2016), de Dostoiévski, e Mestre e Magarida, de Mikhail Bulgákov (Editora 34, no prelo). Jabez Lima Membro do Coro da Osesp. Iniciou seus estudos de canto com Walter Chamun e integrou o Coral Jovem do Estado de SP, Coro Acadêmico da Osesp e participou de festivais - como o Festival de Campos do Jordão e o Chorakademie em Lübeck, Alemanha. Enquanto aluno da oficina de Música Antiga da Emesp teve como orientador Nicolau de Figueiredo. Atualmente aperfeiçoa-se com Marília Vargas e tem atuado como solista junto ao Coro da OSESP, Coral Paulistano, e sob a direção do maestro Cláudio Cruz. 22

João Vitor Ladeira Barítono do Coro da Osesp desde 2006, apresentou-se como solista à frente da Osesp na primeira audição mundial da peça Desenredo, de João Guilherme Ripper, nas óperas Salomé e O Cavaleiro da Rosa, ambas de Strauss, na Missa Brevis, de Bach, e na Nona Sinfonia, de Beethoven. Também participou da montagem da obra A Tempestade, de Henry Purcell, com a Osusp. Com a OJMG cantou na montagem do Requiem, de Mozart. Em seu repertório, o barítono também dedica-se à música de câmara, interpretando canções renascentistas, contemporâneas e brasileiras. Liuba Klevtosva Russa, começou a estudar harpa aos sete anos em Moscou. Após conquistar o 1º Prêmio no II Concurso Moscovita de Jovens Harpistas, Liuba, então com 15 anos, entrou para o Colégio de Música do Conservatório Tchaikovsky, e passou a se apresentar como solista nas principais salas de concerto da Rússia. Graduada no curso de Harpa do Conservatório Tchaikovsky de Moscou em 2000, Liuba integrou a Osesp como convidada e foi aprovada no teste para harpista principal no mesmo ano. Paralelamente às apresentações como solista, Liuba realiza intensa atividade como convidada em diversas orquestras e bandas sinfônicas no Brasil. Luiz Guimarães Membro do Coro da Osesp desde 2008, e bacharel em canto pela Unesp, sob orientação de Márcia Guimarães. Participou como solista junto à Osesp (Missa si menor, de Bach), com a Orquestra de Santo André (Requiem, de N. Garcia) e Orquestra Jovem de Guarulhos (Réquiem, de Mozart). Marília Vargas Preparadora vocal do Coral Jovem do Estado e professora de Canto Barroco e Canto Lírico na Emesp Tom Jobim e na Escola Municipal de Música de São Paulo. É uma das mais ativas e respeitadas sopranos brasileiras de sua geração, conduzindo uma intensa carreira de concertos no Brasil e no exterior. A temporada de 2017 inclui um recital no Japão com o pianista Claudio Soares, recitais na Suíça, a gravação de dois CDs, concertos com a Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba, Orquestra Municipal de Jundiaí, Orquestra Sinfônica de Recife, Orquestra Sinfônica de Aracajú, Festival de Campos do Jordão, e o Requiem de Gabriel Faurè com a Osesp.

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Mosés Ferreira Atualmente é Solista B do naipe de violoncelos da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo. Tocou em concertos com a Osesp e atuou como chefe de naipe na Orquestra Filarmônica de Goiás na temporada 2013. Foi solista com a Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, Orquestra de Câmara Goyazes e Orquestra Sinfônica de Goiânia. Estudou na Academia da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo na classe do violoncelista Johannes Gramsch. Em 2007 foi indicado a receber o diploma de Destaque Cultural do Ano, pelo Conselho Estadual de Cultura de Goiás. Nibaldo Araneda Dedica sua carreira ao canto coral atuando como regente, cantor lírico, preparador vocal e compositor. Integrou o Coro da Osesp por dezessete anos. Trabalhou como maestro do Coral Paulistano do Theatro Municipal de São Paulo e do Coral Jovem do Estado. Atualmente é maestro do Coral Lírico Paulista e do Collegium Musicum de São Paulo. Odorico Ramos Bacharel em canto pelo Instituto de Artes da Universidade Federal de Goiás, foi membro da companhia Ópera de Risco, dirigida pelo maestro Emiliano Patarra, e é integrante do Coro da Osesp desde 1998. Pedro Gadelha Contrabaixista solista da Osesp, depois de vários anos na Alemanha como membro da Ópera de Frankfurt, além de participar em várias orquestras e grupos internacionais, como a Filarmônica de Berlim, as Sinfônicas de Colônia, Stuttgart, Frankfurt, Berlim, Madri, Galícia etc. Seu interesse por vários estilos de música o levou a colaborar com o Ensemble Modern e outros grupos de música contemporânea, barroca, experimental ou popular. É professor da Escola de Música do Estado de São Paulo. Desenvolve um especial interesse pela interação de diversas linguagens, o que o leva a experimentar no campo da música popular instrumental brasileira, como no Arrigo Barnabé Trio e o trio com Luiz Amato e Daniel Murray.

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Rafael Cesário Mestre pela USP, obteve o diploma de Perfectionnement por unanimidade e felicitações do Júri no Conservatoire départemental du Val de Biévre, Paris, na classe do renomado violoncelista francês Romain Garioud. Premiado em vários concursos pelo Brasil, foi 1º lugar no XII Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio em Juiz de Fora – MG e melhor intérprete de Música Brasileira no Concurso internacional de Violoncelo RICE-RJ. Dentre as orquestras que atuou como solista estão: Orquestra do Theatro São Pedro, Orquestra Sinfônica de São José dos Campos, Camareta Fukuda e Orquestra Acadêmica de São Paulo. Como músico convidado, realizou concertos com a Osusp e Osesp. Foi membro da Orquestra de Ópera do Theatro São Pedro e primeiro violoncelo da Orquestra Acadêmica de São Paulo. Atualmente é professor do Instituto Baccarelli. Rodrigo Andrade Silveira Nasceu em Porto Alegre e iniciou seus estudos musicais aos seis anos com professor JeanJacques Pagnot no Instituto de Artes da UFRGS. Tem atuado como solista das mais importantes orquestras do País e como camerista nas mais diversas formações com artistas como Bernard Greenhouse, Hai-Ye Ni, Sydney Harth, Roberto Díaz, Öle Krysa, Eric Rosemblith entre outros. Premiado em vários concursos nacionais, realizou inúmeros concertos e gravações nas maiores salas de concerto brasileiras e do exterior. Simeon Grinberg Nasceu na cidade de Nabebezhnye Chelny, na Rússia e iniciou os estudos de música aos oito anos. Em 1990, começou a estudar viola no conservatório de sua cidade natal e depois entrou para o Conservatório Chaikovsky, de Moscou, sob a supervisão do professor Iuri Tkanov. Ainda aluno do conservatório, participou dos Festivais Internacionais de Música da Romênia (1998), da Macedônia (1997) e da Coreia do Sul (2000). Desde 2003 mora no Brasil, onde é músico do naipe de violas da Osesp. Tatiana Vinogradova Nasceu na cidade de Perm, fronteira entre Ural e Sibéria, na Rússia. A violinista graduou-se no Conservatório Tchaikovsky de Moscou. Com 18 anos mudou-se para Moscou e estudou no Conservatório de Chaikovsky, até os 24 anos, ao mesmo tempo em que participou das orquestras de Música de Câmara Quatro Estações e Kremlin, com as quais viajou por todo o mundo. No Brasil, venceu em 2003 o 10º Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosisio. Atualmente integra o naipe de violinos da Osesp e o quarteto de cordas Romanov.

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Wellington Rebouças Iniciou seus estudos de violino aos nove anos e concluiu, em 2012, o bacharelado em Música – Violino pela Faculdade Integrada Cantareira, sob orientação da professora Elisa Fukuda. Em 2008 foi spalla da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo (Ojesp). Participou de importantes festivais nacionais e internacionais, como o Festival Mattheiser Sommer – Academie (como spalla), em Bad-Sobernheim (Alemanha). Tocou no naipe de primeiros violinos da Orquestra Experimental de Repertório (OER) e foi concertino/spalla da Orquestra Sinfônica de Santo André. Em 2013, foi finalista do programa Prelúdio da TV Cultura. Atualmente integra o naipe dos segundos violinos da Orquestra Sinfônica Municipal (OSM) e é spalla da Camerata Fukuda. Yuri Pingo Yuri Pingo teve contato com a música desde muito cedo. Ao longo de sua formação em piano, teve os seguintes orientadores: Edda Fiore, Marizilda Hein, André Rangel (Graduação, Piano – Unesp), Ney Fialkow (Mestrado, Práticas Interpretativas, Performance – UFRGS). À parte as instituições, teve Flávio Augusto, Cristian Budu, Nicolau de Figueiredo e Dario Ntaca como gurus em sua formação. Mas, foi ao lado de Marisa Lacorte que Pingo passou mais de dez anos como aluno. Posteriormente passou a trabalhar como seu assistente. Em 2016 realizou um recital com o renomado violoncelista francês Romain Garioud, vencedor dos primeiros prêmios nos concursos internacionais Tchaikovsky e Rostropovich. Atualmente faz parte do grupo Pianosofia, idealizado, fundado e formalizado pelo pianista Cristian Budu.

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R$ 17 (inteira) R$ 8,50 Aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante (meia). R$ 5 Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes (Credencial Plena). Repertório sujeito a alterações

Não recomendado para menores de 12 anos.

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Sesc Vila Mariana Rua Pelotas, 141, CEP 04012-000 TEL.: +55 11 5080 3000

sescsp.org.br


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