Revista Industrial Heating Out-Dez/ 2020

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SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL

Óleo de Têmpera: Qual Utilizar?

D

ALISSON DUARTE alisson@sixpro.pro Atua no setor de Engenharia da SIXPRO Virtual&Pratical Process. É também professor do Dep. de Eng. de Materiais da UFMG e do Dept. de Eng. Metalúrgica da PUC Minas. Possui Pós-Doutorado em Metalurgia da Transformação.

istorções, microestrutura final, tensões residuais, dureza. Afinal, qual óleo é o ideal? O óleo que estou usando atualmente é o melhor? Será que existe algum outro óleo que possa me fornecer um resultado ainda melhor? Eu tenho mesmo que investir em um teste para comparar óleos? É comum fornecedores de óleo nos apresentarem um resultado de um teste, feito em laboratório seguindo normas como a ISO 9950 ou ASTM 6200, no qual sugere-se que está atestada a eficiência do óleo. No entanto, o profissional de tratamento térmico fica absolutamente vendido ao tentar interpretar as informações. Além disso, as condições de laboratório são diferentes das condições na prática, a começar pela geometria da peça e pela sua composição química, passando pela disposição da carga, pela temperatura no forno, pela agitação, temperatura e decomposição do óleo, além de tratamentos térmicos e/ou termoquímicos antes e depois da têmpera ou martêmpera. Por exemplo, se considerarmos três óleos distintos, com seus ensaios representados na Fig. 1, é possível observar que estes possuem comportamentos específicos e, portanto, vão fornecer resultados diferentes no tratamento

Fig. 1. Representação comparativa da temperatura (T) em função do tempo (t) para o teste de têmpera em laboratório de três óleos distintos 20 OUT A DEZ 2020

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térmico de componentes metálicos. Teoricamente, os três óleos possuem uma boa capacidade de fornecer durezas dentro do especificado. Contudo, a curva em verde possui uma menor duração da camada de vapor, o que pode melhor homogeneizar a transferência térmica ao longo da superfície da peça. No entanto, embora ela mantenha um resfriamento líquido equiparado aos demais óleos, a formação de martensita pode ser maior, o que poderia vir a distorcer mais o componente. O óleo em vermelho acelera o resfriamento durante a formação da camada de vapor, embora longa, a qual é quebrada com tempo similar ao óleo em azul. Dependendo da composição química e do ponto de medição, ambos os óleos podem ter formação acentuada de fases difusionais, reduzindo distorções, mas podendo também reduzir a dureza. Enfim, além dessas existem muitas outras considerações só de olhar para as curvas dos óleos. Mas essas considerações ainda sim são teóricas. A alternativa comum então é propor um teste físico, tratando a peça. Leva-se meses planejando, envolve-se muitos profissionais, adquire-se uma quantidade considerável do óleo e interrompe-se a produção, ou então monta-se uma outra estrutura somente para o teste. Enfim, os custos podem ser muitos. Ainda assim, infelizmente, o resultado do teste pode não ser confiável. Basta perguntar: qual profissional de tratamento térmico nunca teve a experiência de repetir um mesmo tratamento térmico, para um mesmo tipo de peça, e ter resultados diferentes? O tratamento térmico é um processo extremamente complexo. Complexa também é a atividade de controlar variáveis de forno e de resfriamento, sem falar na composição química. Por mais que um processo seja considerado muito bem controlado, quando o assunto é precisão, sempre haverá fenômenos de


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