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Entrevista RoboFEI

Entrevista RoboFEI

Quanta inovação precisamos para atendermos nossa percepção de que estamos em evolução?

Com o mundo exponencialmente em evolução, que confere aos nossos sentidos uma realidade fictícia, nos colocando como se estivéssemos em jogos sofisticados, que chamamos de realidade aumentada, podemos trazer a ficção e a realidade tão próximos que muitas vezes enganamos nossos sentidos dos fenômenos reais que sempre foram a base de observação e construção da ciência.

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Tivemos a grata surpresa de no congresso da SAE vivemos experiencias digitais, quer seja no painel sobre Meta-verso Industrial, quer seja na atividade do Jump Start que nos abrem caminhos novos em um vasto mundo novo, que pode ser explorado de forma quase que infinita.

Imagina que em um jogo no Metaverso, posso, ao passar por uma fase, optar por abrir uma porta que me leva dentro da Embraer por exemplo, e lá poderia viver um mundo que busca a realidade e aprendizados, permitindo que a Embraer nos conheça e nós a ela, transformando o jogo em uma oportunidade de treinamento e de abertura de oportunidade real nos aproximando do mundo desejado real através do mundo virtual dos jogos.

Como a ciência pode competir em atratividade com estas oportunidades digitais fictícias?

Quanto tempo demora para desenvolver uma solução de um novo material? Quantos anos estamos debatendo o uso do Grafeno e buscando criar “na vida real” alternativas para que ele melhore a condução elétrica nos plásticos, que a lubrificação, a viscosidade dos óleos e os vazamentos sejam resolvidos, criando soluções mais leves e resistentes para que a realidade possa ser transformada e nos propicie experiências reais novas.

O despertar do interesse dos jovens, para entender a realidade e os fenômenos físicos que estão presentes no universo, está competindo com a realidade virtual, que pode ser modificada, independente dos fenômenos físicos comprovados cientificamente.

Quanto um sistema virtual que nos oferece oportunidades reais de emprego pode fugir do comportamento já conhecido fisicamente e levar-nos até as fronteiras no conhecimento humano?

A cada dia fica mais claro que precisamos ter legislações destes mundos virtuais, de forma a garantir que fosse informado ao usuário, que está passando por aquela experiência, o quanto ela é baseada em contexto que segue os fenômenos e materiais reais já conhecidos e na medida que ele escolha, possa ser transportado para um mundo distante dos fenômenos naturais já conhecidos, sabendo que ele está se afastando da ciência e entrando no campo da ficção.

Separar claramente o que é ficção do que poderia ser realidade e assim levar a todos nós, inclusive nossa juventude para os limites da ciência conhecida e criar os questionamentos que irão desafiar a criatividade humana e suas competências sociais em se unirem para desenvolverem soluções reais, ampliando as fronteiras do conhecimento humano.

Erwin Franieck

franieck@unicamp.br 019 982051122

Engenheiro Mecânico de Projetos pela UNICAMP, professor e chefe do Colégio Técnico da UNICAMP, atuou por 35 nos na Bosch em Campinas, onde se aposentou como diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

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