Enfermagem em Centro Cirúrgico e Central de Material

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TÉCNICO EM ENFERMAGEM

ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL

CLAUDIA PALHANO CASTANHO LIGIA RIBEIRO DA SILVA TONUCI SHIRLEY DA ROCHA AFONSO


TÉCNICO EM ENFERMAGEM

ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL

São Paulo 2021

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Prefácio

CENTRO PAULA SOUZA Diretora Superintendente

Laura Laganá

Vice-Diretora Superintendente

Emilena Lorezon Bianco

Chefe de Gabinete

Armando Natal Maurício

Coordenador do Ensino Médio e Técnico Coordenadora Cetec Capacitações

Almério Melquíades de Araújo Lucília Guerra

Autoras

Editora Revisão Técnica e de Texto

O trabalho de cuidar de pessoas exige uma formação profissional que contemple o desenvolvimento de competências associadas à sensibilidade, para que o uso das novas tecnologias não distancie o técnico em enfermagem dos pacientes, fazendo com que a atenção à saúde seja sempre um processo que entrelace as competências socioemocionais com as habilidades no uso das tecnologias. Para que isso se desenvolva, ao longo do curso técnico em enfermagem, os roteiros didáticos devem inspirar professores e alunos quanto às pesquisas e aos trabalhos, individuais e coletivos, sobre os diferentes temas tratados, nesta publicação.

CONSELHO DE ENSINO E PESQUISA Organizadora

O material didático para o Ensino Técnico contempla, entre outros, dois aspectos importantes: dar conta das constantes incorporações de tecnologias aos processos de trabalho e induzir novos procedimentos didáticos ao processo de construção de competências.

Shirley da Rocha Afonso Claudia Palhano Castanho Ligia Ribeiro da Silva Tonuci Shirley da Rocha Afonso

Almério Melquíades de Araújo São Paulo, 14 de janeiro de 2020.

Centro Paula Souza Rosangela Aparecida da Silva

Diagramação, Criação e Projeto Gráfico

Ariadne Heloisa Gomes

Design Instrucional do Ambiente Virtual de Aprendizagem

Shirley da Rocha Afonso

Enfermagem em Centro Cirúrgico e Central de Material [livro eletrônico] / Claudia Palhano Castanho, Ligia Ribeiro da Silva Tonuci, Shirley da Rocha Afonso (autora e organizadora). – 1.ed. --- São Paulo : Centro Paula Souza, 2021. Livro digital. 59 f. : il. Inclui bibliografia e ilustrações Disponível em: http://www.cpscetec.com.br/repositorio/ ISBN 978-65-87877-24-2 Livro eletrônico – 1. Centro Cirúrgico. - 2. Ações de Enfermagem. - 3 Central de Material. – 4. Humanização. – 5. Acolhimento. I. Castanho, Claudia Palhano. II. Tonuci, Ligia Ribeiro da Silva. III. Afonso, Shirley. IV. Centro Paula Souza. Cetec Capacitações. Palavras-chave: Centro Cirúrgico. Ações de Enfermagem. Central de Material. Humanização. Acolhimento. CDD 610-7

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CDU.

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Apresentação

Palavras das professoras

O Centro Cirúrgico é uma unidade hospitalar onde são executados procedimentos anestésico-cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, tanto em caráter eletivo quanto emergencial, sendo considerada uma das unidades mais complexas do hospital pela sua especialidade, presença constante de estresse e a possibilidade de risco à saúde a que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica.

Prezado aluno(a), bem-vindo(a)!

Esse ambiente, marcadamente de intervenções invasivas e de recursos materiais com alta precisão e eficácia, requer profissionais habilitados não só para atender diferentes necessidades do usuário diante da elevada densidade tecnológica, como também, e principalmente, atentar na humanização de forma integrada, a fim de um desempenho correto e de qualidade. Este livro digital reúne inúmeros capítulos que abordam temas de extrema importância para a formação dos futuros técnicos em enfermagem. Deve contribuir para o aperfeiçoamento no que se refere à assistência aos pacientes no Centro Cirúrgico, com ênfase nas melhores práticas assistenciais de segurança e padrões elevados de qualidade, contribuindo assim para a transformação do pensamento e reflexão e o desenvolvimento de um pensamento holístico, crítico e reflexivo no desempenho de suas funções em Centro Cirúrgico.

Cristina D Sacchi¹

A elaboração deste material foi feita na perspectiva de que você atinja, por meio do estudo e acompanhamento, algumas das competências necessárias para complementar sua formação como Técnico de Enfermagem e também como cidadão. Temos nesta proposta a escolha de algumas Bases tecnológicas necessárias e importantes para ampliar a visão do atendimento humanizado e especializado no setor de Centro Cirúrgico. São diretrizes que se complementarão com suas pesquisas e descobertas, cabendo a você analisar criticamente as questões que contribuam para ampliar seu conhecimento. A participação do aluno é imprescindível para que haja a verdadeira troca de conhecimentos e experiências, refletindo e buscando a melhoria de atendimento e fundamentação teórico-prática.

Qualquer sugestão será bem-vinda.

¹Graduada em Enfermagem com Habilitação em Obstetrícia pela Fundação Hermínio Ometto; Licenciatura em Enfermagem - pela Fundação Hermínio Ometto; Especialização em Enfermagem do Trabalho pela Faculdade Mogi das Cruzes; Especialização em Administração da Educação com Ênfase em Educação Profissional e Tecnológica pela Faculdade Campos Elíseos. Atuou como Enfermeira Supervisora no Hospital de Leme, Enfermeira do Centro Obstétrico do Hospital Paulo Sacramento, Docente e Supervisora de Estágio de Obstetrícia pela Faculdade Hermínio Ometto, Enfermeira em Unidade de Pronto Atendimento, Enfermeira do SAMU de Piracicaba e atualmente, é docente na ETEC “Cel. Fernando Febeliano da Costa”.

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o Projeto

O projeto “Elaboração de Mídias Digitais para a Metodologia Diferenciada do Curso Técnico em Enfermagem” é um trabalho desenvolvido pela Cetec Capacitações – Centro Paula Souza – que, por meio de acompanhamento da implantação de estratégia de ensino Metodologia Diferenciada, elabora conteúdos didáticos teórico-práticos digitais a fim de promover a integração do processo de ensino e aprendizagem de maneira mais significativa no Curso Técnico em Enfermagem, além de proporcionar a atualização técnico - científica de professores-enfermeiros. No que diz respeito ao uso de mídias digitais, é preciso estimular a formação de alunos para além da sala de aula, com ênfase na reflexão crítica sobre sua responsabilidade social, ética e técnica. Para isso, a escola precisa criar espaços, a fim de que essas discussões possam ocorrer e desenvolver o comprometimento com a sociedade onde os alunos estão inseridos. Nesse caso, o Ambiente Virtual de Aprendizagem é um espaço que acomoda as mídias digitais, favorecendo o desenvolvimento de processos de ensino aprofundados, norteados, centrados e preocupados com uma aprendizagem significativa. Por meio da implantação da estratégia Metodologia Diferenciada em Ambiente Virtual de Aprendizagem nos cursos Técnicos em Enfermagem das Etecs, este projeto subsidiará os conteúdos teóricos, presentes no Plano de Curso, além de possibilitar ambiente de ensino que favoreça a discussão e reflexão (individualizadas, centradas e aprofundadas) para uma tomada de decisão mais segura, antes mesmo de aplicá-los em ambiente de trabalho.

Ícones e legendas utilizados

Ícone

Significado da legenda Vamos praticar: A longo de todo o material didático você é convidado a realizar atividades de fixação da aprendizagem.

Saiba Mais: É possível complementar os estudos acessando os arquivos e sites sugeridos. O objetivo é oportunizar subsídios de aprimoramento do processo de aprendizagem sobre o conteúdo estudado.

Hora do vídeo/mídia: Neste momento, você é convidado a fazer uma pausa para assistir ao vídeo relacionado ao tema.

A inclusão de recursos digitais em salas de aula ajuda a aumentar a comunicação entre estudantes e professores. Projetos desenvolvidos por meio de blogs e aulas interativas incentivam maior participação dos alunos nas atividades escolares e proporcionam benefícios na aprendizagem. “Os alunos praticamente já nascem sabendo usar computadores e nada mais natural e importante do que os professores passarem a usar os recursos digitais para melhorar o aproveitamento da disciplina”, afirma a professora Lina Maria Braga Mendes. Entre os principais benefícios dos meios digitais nas escolas estão o aumento do diálogo entre professores e alunos e a ampliação do espaço da sala de aula, já que o contato passa a ser também fora do horário escolar. Além disso, os recursos disponíveis nos computadores e na internet fazem com que os estudantes tenham mais prazer em assistir às aulas e interajam de modo mais efetivo. O uso de Mídias Digitais, como estratégia de ensino, tem por finalidade complementar o processo educacional do Técnico em Enfermagem, sendo um método que tem por concepção nortear os princípios gerais da aprendizagem, além de instruir o planejamento para uma aprendizagem autônoma e elaborar objetos de aprendizagem instrucionais centrados na reflexão, compreensão e decisão. A proposta de uso da mídia digital considera a instrução centrada no aluno, em oposição à prática tradicional da educação, na qual o conteúdo de aprendizagem é planejado em único ponto: a carga horária de formação.

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Organização dos conteúdos teóricos de ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL Ao final do semestre, para a sua formação, espera-se que você tenha alcançado as competências profissionais exigidas.

Competência Reconhecer a estrutura organizacional e o funcionamento da Central de Material e Esterilização correlacionando os princípios de assepsia e os métodos de esterilização.Identificar as estratégias de qualidade da assistência de saúde dos protocolos e normatizações específicos da Segurança do Paciente.

Habilidade • Identificar a organização, estrutura e funcionamento da Central de Material. • Relacionar os métodos de esterilização, desinfecção e descontaminação indicados para

SESSÃO 1 Atividades sugeridas

Tempo sugerido

Hora do vídeo

Patch Adams: O amor é contagioso

1 hora e 55 minutos

Vamos praticar

Acolhimento e Humanização

1 hora e 30 minutos

Hora do vídeo

O que é acolhimento?

2 minutos e 13 segundos

Vamos praticar

Acolhimento em centro cirúrgico

30 minutos

Vamos praticar

Humanização no Centro Cirúrgico

1 hora e 30 minutos

Vamos praticar

Processo de Enfermagem

30 minutos

Hora do vídeo

A visão Holística

2 minutos e 37 segundos

Vamos praticar

Ação da enfermagem no cuidado sistematizado e holístico

30 minutos

Vamos praticar

Humanizar o ambiente hospitalar

30 minutos Total

cada tipo de material de acordo com a sua utilização.

Bases Tecnológicas • Humanização no Centro Cirúrgico • Estrutura organizacional da Central de material • Classificação dos instrumentais cirúrgicos (crítico, semicrítico e não critico) e seus métodos

SESSÃO 2 Atividades sugeridas

Tempo sugerido

Vamos praticar

RDC 15-2012

1 hora e 30 minutos

Vamos praticar

Artigos cirúrgicos

30 minutos

Vamos praticar

Controles das transmissões infecciosas

30 minutos

Hora do vídeo

Web Palestra: Central de Material e Esterilização - Um desafio para a Enfermagem

48 minutos e 46 segundos

Vamos praticar

Métodos de limpeza

1 hora e 30 minutos

Hora do vídeo

Labnews - Processo de limpeza em lavadora ultrassônica automatizada

02 minutos e 23 segundos

ciente e reconhece a Política Nacional de humanização como atividade cotidiana do trabalho profissional;

Hora do vídeo

Steelco CSSD Charite Berlin

11 minutos e 09 segundos

• Organiza e evidencia as Ações de Enfermagem enquanto cuidado sistematizado, buscando

Hora do vídeo

Desinfecção e Esterilização

19 minutos e 47 segundos

Hora do vídeo

Saiba como funciona o processo de esterilização de equipamentos hospitalar

19 minutos e 47 segundos

Vamos praticar

Desinfecção: Processo Físico e Químico

30 minutos

de limpeza e desinfecção.

Evidência de Aprendizado Percebe a importância quanto ao acolhimento em Centro Cirúrgico, desenvolvendo a capacidade crítica de exercer as Ações de Enfermagem que subsidiam o trabalho em Central de Material.

Objetivos de aprendizagem • Planeja e realiza as Ações de Enfermagem relacionadas ao acolhimento integrado ao pa-

a satisfação do paciente e família;

• Reconhece a legislação referente à infraestrutura de funcionamento da Central de Material; • Interpreta e executa o fluxo de atividades correto para um funcionamento completo na Central de Material;

• Reconhece a classificação de instrumentais cirúrgicos; • Identifica os métodos de limpeza e desinfecção.

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7 horas

Total

20 horas

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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL

rOTEIRO DE ESTUDO Sumário Acolhimento e Humanização no Centro Cirúrgico

Assistência de Enfermagem Humanizada

Manutenção da integridade individual do paciente

1. O ACOLHIMENTO INTEGRADO E A POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO

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2. AÇÃO DA ENFERMAGEM NO CUIDADO SISTEMATIZADO E HOLÍSTICO: PARTICIPAÇÃO E SATISFAÇÃO DA FAMÍLIA EM RELAÇÃO À CURA EM TODO O CONTEXTO QUE ENVOLVE O PROCESSO CIRÚRGICO

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3. AS LEGISLAÇÕES QUE REFERE A INFRAESTRUTURA DA CENTRAL DE MATERIAL

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4. FLUXO DE FUNCIONAMENTO DA CENTRAL DE MATERIAL

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5. CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS

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Conceito-chave

Princípios

Exercitar o acolhimento Comunicação efetiva Comportamento profissional embasado em conhecimento técnico-científico

Técnicas

5. 1 Material crítico

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5. 2 Material semicrítico

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5. 3 Material não crítico

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6. MÉTODOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO Para um melhor aproveitamento de seus estudos, sugerimos: a. Faça a leitura do tema; b. Pesquise mais sobre o tema em outros canais de mídia, de acordo com as orientações em hipertexto, assim terá maior aprofundamento;

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6. 1 Limpeza: Manual e Mecânica

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6. 2 Desinfecção: Processo Físico e Químico

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REFERÊNCIAS

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AS AUTORAS

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c. Realize trabalhos em grupo e participe dos fóruns; d. Em relação aos trabalhos individuais, procure sempre praticá-los. Em seguida, responda ao que lhe foi solicitado nos prazos estabelecidos; e. Sempre que necessário, recorra ao seu professor; f. Você pode também consultar o glossário que está na parte final deste material.

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Produzir saúde é o maior desafio para todos os profissionais que atuam nesse campo de ação ao lidar com a defesa da vida e com a garantia do direito à saúde. Estamos comprometidos com dimensões imensuráveis como: cuidar, prevenir, tratar, promover, proteger, recuperar, direcionar, acolher e aperfeiçoar a produção de saúde. Segundo o BRASIL (2010), acolhimento nas práticas de produção de saúde é: [...] postura e prática nas ações de atenção e gestão nas unidades de saúde […] favorece a construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde (BRASIL, 2010, p. 4).

O ACOLHIMENTO INTEGRADO E A POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO Sessão 1

hora do Vídeo

Patch Adams: O amor é contagioso Assista ao filme Patch Adams: O Amor É Contagioso. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=tOP72G7EMGw

"O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores" (Autor desconhecido) Partindo do preceito que o ser humano está experenciando situações particulares em momentos diversos de sua vida, valorizando o significado das coisas e do mundo a partir da interação, a humanização deve fazer parte da filosofia da enfermagem. No campo da Saúde, humanização diz respeito a uma aposta ético-estético-política: ética porque implica a atitude de usuários, gestores e trabalhadores de saúde comprometidos e corresponsáveis; estética porque acarreta um processo criativo e sensível de produção da saúde e de subjetividades autônomas e protagonistas; política porque se refere à organização social e institucional Humaniza SUS – Documento Base para Gestores e Trabalhadores do SUS 44 das práticas de atenção e gestão na rede do SUS. O compromisso ético-estético-político da humanização do SUS se assenta nos valores de autonomia e protagonismo dos sujeitos, de corresponsabilidade entre eles, de solidariedade dos vínculos estabelecidos, dos direitos dos usuários e da participação coletiva no processo de gestão (BRASIL, 2006, p. 43-44).

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O acolhimento torna-se, então, uma estratégia do Programa Nacional de Humanização (PNH) empenhada em escutar o paciente:

• na busca da integridade dos serviços prestadores de saúde; • intervenção sobre a postura dos trabalhadores durante a assistência aos pacientes; • orientações das instituições políticas de saúde voltadas para o acolhimento, humanização e presteza nos serviços de saúde.

Assim, é importante destacar que quando o paciente precisa de um atendimento mais específico em um serviço de saúde, com uma maior complexidade, como exemplo o Centro Cirúrgico, surgem maiores dificuldades tanto para o paciente quanto para o familiar e, por isso, é necessário implantar o acolhimento nesta unidade. O ambiente é estranho ao paciente, torna-o vulnerável aos procedimentos médicos e de enfermagem, aumentando a responsabilidade da equipe de saúde que atua no centro cirúrgico. É um local todo fechado, silencioso e frio, que parece distanciar ainda mais a equipe do paciente, esse em estado de alerta, apenas observa o ritual que antecede o procedimento.  Os centros cirúrgicos são considerados cenários de alto risco, extremamente suscetíveis a erros. Os processos de trabalho, neste cenário, constituem-se em práticas complexas, interdisciplinares, com forte dependência da atuação individual e da equipe em condições ambientais, dominadas por pressão e estresse. As complicações cirúrgicas respondem por grande proporção das mortes e danos (temporários ou permanentes) provocados pelo processo assistencial, consideradas evitáveis (CARVALHO; GÖTTEMS; PIRES; OLIVEIRA, 2015, p. 1042). O ambiente físico, os recursos materiais e tecnológicos não são mais importantes do que a essência humana. Essa sim irá conduzir o pensamento e as ações da equipe de enfermagem.

Vamos Praticar

Após assistir ao vídeo Patch Adams faça uma reflexão sobre como a história se relaciona ao conceito de Acolhimento e Humanização do Cuidado de Enfermagem.

Humanizar caracteriza-se em colocar a cabeça e o coração na tarefa a ser desenvolvida, saber ouvir com ciência e paciência; palavras e silêncio. Esse relacionamento aumenta a humanização, pois, desse modo, acontece a identificação com o outro, como ser humano. Acolher/Receber de forma efetiva o paciente em Centro Cirúrgico, significa:

• • • • • • •

promover qualidade no atendimento; receber o paciente com respeito, chamando-o pelo nome e conferindo o prontuário e sua identificação; manter pontualidade e dar informações concretas e precisas; manter o local organizado e limpo; promover ao paciente o bem-estar, a segurança e a estabilidade emocional; informar ao paciente o seu nome, sua função e explicar todos os procedimentos a serem realizados; demonstrar sua satisfação em trabalhar no centro cirúrgico, com atitudes e postura de conhecimento e dedicação para o cuidado.

A enfermagem exerce papel fundamental no Centro Cirúrgico, quando reconhece o ser humano em sua totalidade valorizando sentimentos, emoções e promovendo a interação da relação social. Entende-se como interação da relação social: segurar uma das mãos do paciente se preciso for, dando a ele a certeza de não estar sozinho, favorecendo a redução do estresse em um momento tenso da vida do paciente em questão e proporcionando conforto e cuidado humanizado, amenizando emoções, tensões e angústias. Abaixo, o vídeo “O que é acolhimento” resumirá o significado de Acolhimento e a aplicação da Humanização durante o cuidado do paciente.

hora do Vídeo

O que é acolhimento? Criado pela Diretoria de Atenção Básica (DAB), faz parte da Superintendência de Atenção Integral à Saúde (SAIS) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e publicado em 12 de abril de 2013. Clique aqui: https://www.youtube.com/ watch?v=ZtHLMje60vc

Fonte: Nutics DAB SAIS SESAB. O que é acolhimento? 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZtHLMje60vc>. Acesso em: 26 jun. 2020.

Assinale a resposta mais adequada no que diz respeito a mensagem do filme “Patch Adams”: 1. ( ) a mensagem do filme é sobre acolhimento e humanização 2. ( ) o filme fala sobre boas-vindas aos pacientes e familiares 3. ( ) o filme relata a história de um médico e seus afazeres diários 4. ( ) a mensagem do filme é sobre o dia a dia das pessoas doentes 5. ( ) o filme fala sobre a história da enfermagem e da medicina

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Humanização envolve acima de tudo respeitar a individualidade, autonomia, como também agir com habilidades e competências de modo a valorizar a essência humana para efetividade do cuidado. Sendo assim a equipe de enfermagem deve ter prudência em perceber o ser humano como alguém que não se resume meramente, a um ser com necessidades biológicas, mas como um agente Biopsicossocial e espiritual, para que não se torne um paciente a mais no âmbito hospitalar, preservando assim a sua identidade e individualidade (SILVA; CARREIRO; SOARES; FREITAS; SILVA, 2017, p. 1).

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Saiba mais

Caça palavras

Vamos Praticar

interação e relação sociais Você sabia que a interação e a relação social referem-se ao tipo de relacionamento estabelecido entre as pessoas, formando uma estrutura social com regras e leis? A interação social provoca uma modificação de comportamento entre as pessoas que convivem mutuamente. Isso é resultado da forma como é estabelecida a comunicação. A relação social é a base estrutural para constituir uma sociedade em grupo e depende das ações que são orientadas pela forma de interação entre as pessoas de um grupo. Esse relacionamento acontece de forma natural e recíproca, respeitando a linguagem e o conteúdo das ações que são orientados significativamente entre si. A comunicação estabelecida influencia as condições e as interações entre as pessoas, envolvendo-se num fenômeno de imitação da postura, conduta e comportamento. É a principal fonte de ação e reação numa relação social de um grupo. Assim, é importante compreender os aspectos afetivos/cognitivos estabelecidos em uma interação social para abordar um paciente adequadamente. Lembre-se de que as interações sociais dependem de um contexto social para estabelecer uma relação particular ou de grupo social, ou seja, a linguagem é fundamental para tudo isso ocorrer bem. “A noção de indivíduo depende da noção de grupo humano, não há homem indivíduo se não há grupo de homens” (JANET 1936, p. 68 apud GÓES, 2000, p. 119).

Encontre palavras relacionadas ao acolhimento em centro cirúrgico. As palavras podem estar de trás para frente, diagonal, de cima para baixo ou de baixo para cima.

A T E N D I M E N T O H P L I B D Y P H

Q U H D I S T W D A N R P S N Z P S B U

I R F R H K J E I V A K C I J K G L T M

E W M Q I M C G N C T I W K A D K K W A

A J A Q T B E U O D R B Q X H E Z G H N

S R W T K T N L X X I P G C C S V G I I

O O L H A N H A I P E M Z L M T M Q K Z

J U D R D I R Ç V I K P E D O R Z R S A

X G T N M N F N K M O F R N R A S E O Ç

E S D E Z O F A E S C E A G T T K T J A

E T N Y N R I R T G A Z Z J I E T N T O

R T N K Y L K U M J Q M P R C G P E H O

O G H E L U R G B I L W O B A I W I F J

A H B A I A V E E B G T T R M A H C M S

A U A K S C Y S A H P A E J P M F A J V

E N F E R M A G E M H F K T Y L U P Y W

F E S H T X T P S V H Y U T P B N A V H

E D A D U L I B A T S E E H N O U O X I

O F E K P M Q G D D S E H P G Z O K Q T

O H N I R A C C T H U B D M X B Y T X Q

Referências ARANHA, Maria Salete Fábio. A interação social e o desenvolvimento humano. Temas psicol, Ribeirão Preto; v.1, n.3, dez., 1993. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/ v1n3/v1n3a04.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2019. CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Interação Social e Relação Social. 04 de junho de 2013. Disponível em: <http://tudosobresociologia1i.blogspot.com/2013/06/interacao-social-e-relacao-social.html>. Acesso em 25 jul. 2019. GÓES, Maria Cecília Rafael. A formação do indivíduo nas relações sociais: Contribuições teóricas de Lev Vigostik e Pierre Janet. Educação & Sociedade, Campinas. ano XXI, nº 71, jul. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v21n71/a05v2171.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2019.

Sabendo que o período pré-operatório envolve as 24 horas antecedentes ao ato cirúrgico, devemos pensar e desenvolver ações relacionadas a esse período, tais como:

• estabelecer uma relação de diálogo direto com o paciente e família; • promover comunicação assertiva na sala de pré-anestesia ou na recepção do Centro Cirúrgico; • realizar a manutenção do diálogo com o paciente na sala operatória e finalmente na Recuperação Anestésica. Essas ações pontuais diminuem os questionamentos e as aflições do paciente e da família. Além disso, melhoram os níveis de segurança do paciente.

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cURIOSIDADE

A prática de medidas relacionadas à segurança do paciente no cuidado à saúde reduz as doenças e danos aos pacientes, diminui o tratamento ou o tempo de hospitalização, melhora ou mantém o status funcional do paciente e aumenta sua sensação de bem-estar. Mesmo dentro de recursos limitados, enfermeiros, administradores e outros profissionais da saúde podem usar pesquisas para explorar as melhorias potenciais em seu ambiente de trabalho, diminuindo a pressão pela utilização de práticas diárias ineficientes na solução de problemas (SILVA; ALVES; SANCHES; SOUZA TERRA; RESCK, 2016, online).

É importante citar, como exemplo de humanização, a iniciativa pioneira nomeada Ambientação Cirúrgica, em que o paciente a ser submetido a Cirurgia Cardíaca e sua família são recepcionados, uma semana antes do ato cirúrgico, por uma equipe multidisciplinar que explica os procedimentos a serem realizados (PORTAL SAÚDE BUSINESS, 2013). Recentemente, também citado em mídias sociais, o Projeto Hospitalar de acordo com Portal Hospitais Brasil (2019) o qual atende as crianças que são conduzidas ao Centro Cirúrgico em carrinhos elétricos. Elas não são conduzidas por macas, minimizando a tensão da família e da própria criança diante de um procedimento. “Essa é uma iniciativa para humanizar e individualizar cada vez mais o cuidado com as nossas crianças, pais e familiares”, conta a gerente de Enfermagem do Sabará Hospital Infantil, Magda Budzinski. Referências

Saiba mais

Atendimento humanizado De acordo com Caldeira (2019), alguns benefícios são citados como facilitadores de um bom atendimento quando há o processo de humanização implantado:

PORTAL HOSPITAIS BRASIL. Vídeo compartilha experiências de gestão em hospital sustentável. 2019. Disponível em: <http://portalhospitaisbrasil.com.br/video-compartilha-experiencias-de-gestao-em-hospital-sustentavel/>. Acesso em: 26 jul. 2019. PORTAL SAÚDE BUSINESS. Ação de acolhimento de paciente pré-cirúrgico é pioneira em Hospital do Rio. 2013. Disponível em: <https://saudebusiness.com/voce-informa/ acao-de-acolhimento-de-paciente-pre-cirurgico-e-pioneira-em-hospital-do-rio/>. Acesso em: 26 jul. 2019.

• Memorabilidade (facilidade de ser lembrado pelo paciente); • Benefícios para todos os envolvidos, inclusive colaboradores; • Contribui para a eficácia do cuidado ao paciente; • Forte relação com a ética;

Vamos Praticar

Humanização no Centro Cirúrgico

• Fidelização, facilidade em ganhar a confiança do paciente. Após a leitura do artigo, responda as seguintes questões: Referências CALDEIRA, Helvio. O que é atendimento humanizado? Descubra seus benefícios! In: CM Tecnologia. Fev. 2019. Disponível em: <https://cmtecnologia.com.br/blog/humanizacao -hospitalar/>. Acesso em: 26 jul. 2019.

Em algumas instituições de saúde já se utilizam ações com o objetivo de minimizar a aflição e humanizar o cuidado ao paciente e família, como por exemplo:

• paciente é conduzido ao centro cirúrgico em cadeira de rodas, acompanhado por um familiar até o momento de entrar no recinto e iniciar o procedimento pré-anestésico;

• todo idoso e criança é acompanhado na Recuperação Anestésica (RA) por um familiar ou responsável; • na sala de espera do Centro Cirúrgico, de tempo em tempo, o profissional da enfermagem fará os informes sobre o andamento do procedimento de cada sala cirúrgica.

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1. O que é humanização no Centro Cirúrgico? _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ 2. Qual a relação da ética com a humanização em Centro Cirúrgico? _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ 3. Cite quatro ações a serem tomadas que você considera pertinentes e tornariam o Centro Cirúrgico mais humanizado. _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ 4. Qual é a relação entre a qualidade do serviço e segurança do paciente com a humanização em Centro Cirúrgico? _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ Artigo do site da SOBECC (Associação Brasileira dos Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica, Centro de Material e Esterilização) para pesquisa e atividade acesse: http://www.sobecc.org.br/arquivos/artigos/2012/Arquivos/artigos/4.pdf

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A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) tem como objetivo melhorar o cuidado prestado ao paciente, tendo como foco o bem-estar e a saúde. Segundo a Resolução Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nº 358/2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, o cuidado de enfermagem está dividido sistematicamente em:

AÇÃO DA ENFERMAGEM NO CUIDADO SISTEMATIZADO E HOLÍSTICO Participação e satisfação da família em relação à cura em todo o contexto que envolve o processo cirúrgico

• • • • •

Conheça a resolução na integra, acessando o site: www.cofen.gov.br/resoluocofen-3582009_4384.html

coleta de dados de enfermagem (ou histórico de enfermagem); diagnóstico de enfermagem; planejamento de enfermagem; implementação de enfermagem; avaliação de enfermagem.

Sabemos que a SAE é importante para realizar uma assistência de enfermagem eficiente, portanto o Técnico em Enfermagem precisa assumir a responsabilidade em executar todo o processo de enfermagem estabelecido registrando todas suas ações.

Vamos Praticar

Processo de Enfermagem

1. De acordo com a divisão sistemática do processo de enfermagem implantado e a sistematização da assistência de enfermagem (SAE), enumere a primeira coluna de acordo com a segunda: 1. Primeira etapa

( ) avaliação de enfermagem.

2. Segunda etapa

( ) planejamento de enfermagem.

3. Terceira etapa

( ) implementação de enfermagem.

4. Quarta etapa

( ) coleta de dados de enfermagem.

5. Quinta etapa

( ) diagnóstico de enfermagem.

2. Preencha as lacunas de acordo com o texto. A. A _________________________ _________________________ _________________________ (SAE) tem como objetivo melhorar o cuidado prestado ao paciente, tendo como foco o bem-estar e a saúde. B. A SAE é _________________________ ao _________________________, elaborando as prescrições das ações ou intervenções de enfermagem C. Cabe ao _________________________ e ao _________________________, sob a _________________________ e _________________________ do Enfermeiro, executar esse processo em qualquer segmento hospitalar registrando formalmente todas suas ações.

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hora do Vídeo

Glossário

A visão Holística

Holística A holística pertence e refere-se ao holismo, que é uma tendência ou corrente que analisa os fenômenos do ponto de vista das múltiplas interações que os caracterizam. O holismo considera que todas as propriedades de um sistema não podem ser determinadas ou explicadas como a soma das suas componentes

Criado pelo canal educação Física e publicado em 23 de março de 2015. Clique aqui: https://www.youtube.com/ watch?v=t_4Od-Rrnr0

Abordagem Holística Na abordagem holística, o todo e cada uma das partes encontram-se ligados com interações constantes. Como tal, cada acontecimento está relacionado com outros acontecimentos, os quais produzem entre si novas relações e fenômenos num processo que compromete o todo.

Fonte: Educação Física. A visão Holística. 2015. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=t_4Od-Rrnr0>. Acesso em: 26 jul. 2019.

Visão Holística A perspectiva holística implica uma superação dos paradigmas para propiciar a figura do sintagma, vista como uma integração de paradigmas. Uma atitude sintagmática supõe a convergência de diversas perspectivas, o que só é possível com critérios holísticos

Vamos Praticar

Ação da enfermagem no cuidado sistematizado e holístico

Fonte: Conceito.holística. Disponível em: <https://conceito.de/holistica>. Acesso em: 26 jul. 2019.

Com base no conhecimento sobre holismo responda a palavra-cruzada referente Ação da enfermagem no cuidado sistematizado e holístico.

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Por isso, é importante que se compreenda a SAE como instrumento de cuidado de enfermagem, evidenciando o cuidado contínuo e holístico prestado ao paciente. Entendendo a visão holística do cuidado, levaremos em conta os fatores internos, externos e emocionais que possam contribuir na melhoria da assistência de enfermagem.

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1. Holística, o todo interage com suas sinergias. 2. Conselho Federal de Enfermagem. 3. Do grego holos, que significa todo, inteiro.

Prestando o cuidado amplo com visão mais abrangente, podemos diminuir as preocupações do paciente, promovendo conforto e bem-estar, sem que fatores externos tenham interferência em sua recuperação e tratamento. A busca pela humanização não se limita apenas ao atendimento prestado, mas se preocupa com a satisfação do cliente e se estende aos familiares, vindo ao encontro dos objetivos apresentados para o processo do bem-estar e cura. A relação entre a equipe de enfermagem e o paciente no centro cirúrgico é de fundamental importância para que o mesmo no período perioperatório (Pré-operatório, trans e pós-operatório) não sinta medo, insegurança e preocupação (SILVA; CARREIRO; SOARES; FREITAS; SILVA, 2017, p. 1).

4. Composto de cinco etapas. 5. Responsável pela sistematização de enfermagem.

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A visão holística busca a compreensão do homem em sua totalidade. Essa visão permite que a enfermagem faça a diferença na ciência e na arte do cuidar, humanizando a assistência e valorizando o ser humano em seu contexto biopsicossocial.

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Vamos Praticar

Humanizar o ambiente hospitalar

1. Assinale a alternativa correta de acordo com o estudado. I. O familiar deve ser visto como um facilitador nas ações e decisões, e cabe ao profissional a sensibilidade de acolher essas pessoas e ajudá-las a fazer parte do processo, tornando-as muitas vezes peças importantes na recuperação do paciente. II. Estar hospitalizado é uma situação que causa grande satisfação e que exige dos profissionais de saúde a diminuição do sofrimento do paciente, como também de sua família, elemento fundamental no cuidado integral. III. A categoria profissional que mais tempo passa acompanhando o paciente é a enfermagem, cabendo-lhe um papel essencial no decorrer da hospitalização; seus cuidados devem reduzir ao máximo qualquer tipo de risco ou perturbação que venha tirar a segurança de todos os envolvidos no processo. IV. Uma forma de humanizar o ambiente hospitalar é envolver a família no cuidado, fazendo, assim, com que o paciente aceite e se adapte melhor a internação, diminuindo seu sentimento de exclusão, abandono em relação aos outros membros da família e facilite a relação do paciente com a equipe multidisciplinar. A. ( ) Somente a I, II e IV estão corretas. B. ( ) Somente a II está correta C. ( ) Somente a II, III e IV estão corretas <a href='https://br.freepik.com/fotos/pessoas'>Pessoas foto criado por pressfoto - br.freepik.com</a>

Você já tinha pensado sobre o significado da palavra comunicação? Chegou a pensar como ela é essencial para a enfermagem e no processo de cuidado e reabilitação? O termo vem do latim communicare e significa “tornar comum”. Quando nos comunicamos, transmitimos ideias a outra pessoa. Podemos afirmar que sempre estamos em comunicação, pois desde o nascimento por meio do choro, gestos, e até mesmo do silêncio, procuramos nos comunicar de forma tão natural, como respirar, e isso acompanhará a humanidade por toda sua existência. Entretanto o processo da comunicação depende do empenho, clareza e objetividade das informações, sem isso, na área da saúde, o paciente e sua família não se sentem seguros, acolhidos e participantes do processo de reabilitação e cura. É angustiante estar hospitalizado. Essa situação exige de nós, profissionais da enfermagem, categoria que passa mais tempo acompanhando o paciente, reduzir o sofrimento, diminuindo ao máximo qualquer tipo de situação que possa colocar a segurança de todos os envolvidos em risco.

D. ( ) Somente a II está incorreta. E. ( ) Todas estão corretas. 2. Responda com (V) se verdadeiro e com (F) se falso. I. ( ) O familiar não deve ser visto como um facilitador nas ações e decisões, e cabe ao profissional a sensibilidade de acolher essas pessoas e ajudá-las a fazer parte do processo tornando-as muitas vezes peças importantes na recuperação do paciente. II. ( ) A comunicação é inerente ao ser humano. III. ( ) O processo da comunicação é simples e depende de empenho, clareza e objetividade das informações passadas para que paciente e família se sintam acolhidos e parte integrante do processo. IV. ( ) O termo comunicação vem do latim communicare e significa “tornar comum”. A. ( ) F, V, V, V B. ( ) F, V, F, V C. ( ) V, F, F, V D. ( ) V, V, F, F

Envolver os familiares no cuidado, humaniza o ambiente hospitalar, e para a família e paciente uma melhor adaptação, diminuindo sentimentos como solidão, abandono e exclusão. Familiares acolhidos tornamse facilitadores do processo de cuidado e reabilitação, tornando-se fundamentais em decisões, ações e recuperação do paciente.

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RESOLUÇÃO - RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012

Regulamento técnico

AS LEGISLAÇÕES QUE REFERE A INFRAESTRUTURA DA CENTRAL DE MATERIAL Definições

Sessão 2

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Barreira técnica

Conjunto de medidas comportamentais

Carga de maior desafio

Qualificaçaõde desempenho dos equipamentos

CME

Unidade funcional individual

CME centralizado

Unidade funcional que atende vários serviços

Controle de qualidade

Avaliação sistemática e documentada da estrutura e processo de trabalho

Data limite de uso do produto esterilizado

Prazo estabelecido da integridade das embalagens, estocagem, empilhamento, dobras

Desinfecção de alto nível

Destrói a maioria dos microorganismos de artigos semicríticos

Desinfecção de nível intermediário

Destrói microrganismos patogênios na forma vegetativa de objetos inanimados e superfícies

Detergentes

Produto destinado a limpeza de artigos e superfícies

Embalagem para esterilização

Invólucro que permite a entrada e saída do ar e do agente esterilizante e impede a entrada de microorganismos

Lavadora ultrassônica

Equipamento automatizado de limpeza

Limpeza

Remoção de sujidades

Pré-limpeza

Remoção de sujidade visível

Produtos para saúde críticos

Utilizados em procedimentos invasivos

Produtos para saúde semi-críticos

Entram em contato com pele não íntegra

Produtos para saúde não-críticos

Entram em contato com pele íntegra

Produtos para saúde passíveis de processamento

Permitem repetidos processos de limpeza

Produto para saúde crítico de conformação complexa

Espaços internos inacessíveis para a fricção direta

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Produto para saúde de conformação não complexa

Podem ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza

Processamento de produto para saúde

Conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras

Qualificação da instalação

O equipamento foi entregue e instalado de acordo com as suas especificações

Profissional Responsável de nível superior

Segurança e Saúde no Trabalho

Atua exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho Deve receber capacitação específica e periódica

Coordenação de todas as atividades

Deve utilizar vestimenta privativa Deve utilizar os seguintes Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Qualificação de operação

O equipamento, após a qualificação da instalação, opera dentro dos parâmetros originais de fabricação

Qualificação de desempenho

Apresenta desempenho consistente

Garantir a implementação das normas de processamento

Rastreabilidade

Capacidade de traçar o histórico do processamento do produto

Prever e prover os recursos humanos e materiais

Resíduos de serviços de saúde

São todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços de saúde

Representante legal

Pessoa física investida de poderes legais

Definições

Responsável Técnico - RT

Profissional de nível superior legalmente habilitado

Unidades Satélites

Localizadas fora da estrutura física do CME

Boas Práticas

Classificação da CME

Condições Organizacionais

Responsável Técnico

Equipamentos

Classe II Realiza o processamento de produtos de conformação complexa e não complexa

Composição: •

Diretoria do serviço de saúde

Responsável pelo CME

Serviço de enfermagem

Equipe médica

CCIH

Garantir que todas as atribuições e responsabilidades profissionais estejam formalmente designadas Prover meios para garantir a rastreabilidade das etapas do processamento de produtos

Atribuições

Classe I Realiza processamento de produtos de saúde de conformação não complexa

Mais de 500 cirurgias/mês

Comitê de Processamento de Produtos para Saúde

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Recursos Humanos

Profissionais cujas atividades estejam regulamentadas

Responsável pelo CME

Destrói microrganismos patogênios na forma vegetativa de objetos inanimados e superfícies

Comitê de Processamento de Produtos para Saúde

Produto destinado a limpeza de artigos e superfícies

Qualificação de instalação, qualificação de operação e qualificação de desempenho Área de recepção e limpeza (setor sujo); Área de preparo e esterilização (setor limpo);

Infraestrutura

CME Classe I

Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo); Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo).

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Sala de recepção e limpeza (setor sujo);

Vamos Praticar

RDC 15-2012

Sala de preparo e esterilização (setor limpo);

Infraestrutura

CME Classe II

Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo); Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e Sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo).

Recepção dos produtos para saúde

Limpeza dos produtos para saúde

Conferência e o registro de entrada de todos os produtos Art. 73 É obrigatório o monitoramento, com periodicidade definida em protocolo elaborado pelo CME ou pela Empresa Processadora, da limpeza dos produtos para saúde e dos equipamentos automatizados de limpeza dos produtos para saúde. Art. 75 O descarte de material biológico e perfurocortante gerado na área de limpeza devem ser realizados em recipientes disponíveis no local.

1. Em relação às boas práticas recomendadas pela RESOLUÇÃO - RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 é correto afirmar que: I. Barreira técnica: conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas; II. Centro de material e esterilização de funcionamento centralizado: unidade de processamento de produtos para saúde que atende a mais de um serviço de saúde de gestores diferenciados; III. DATA limite de uso do produto esterilizado: prazo estabelecido em cada instituição, baseado em um plano de avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na resistência das embalagens, eventos relacionados ao seu manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e temperatura, segurança da selagem e rotatividade do estoque armazenado; A. ( ) Somente a I, II estão corretas. B. ( ) Somente II e III estão corretas; C. ( ) Somente I e III estão corretas; D. ( ) Todas estão corretas; E. ( ) Todas estão incorretas.

Inspeção, Preparo e Acondicionamento dos produtos

Desinfecção Química

Deve ser avaliada por meio da inspeção visual É obrigatória a identificação nas embalagens dos produtos Deve realizar a monitorização dos parâmetros indicadores de efetividade dos desinfetantes

Esterilização

Realização de teste para avaliar o desempenho do sistema de remoção de ar da autoclave

Monitoramento do Processo de Esterilização

Deve ser realizado em cada carga em pacote teste desafio com integradores químicos

Armazenamento

Devem ser armazenados em local limpo e seco

Transporte

Deve ser feito em recipientes fechados

Gerenciamento de Resíduos

Art. 111 Os resíduos de indicadores biológicos utilizados como controle e aqueles com resultados positivos devem ser submetidos a tratamento prévio antes de serem descartados.

2. Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira. 1. Desinfecção de nível intermediário; 2. Embalagem para esterilização de produtos para saúde; 3. Produtos para saúde passíveis de processamento; 4. Produto para saúde de conformação não complexa.

( ) Invólucro que permite a entrada e saída do ar e do agente esterilizante e impede a entrada de microrganismos; ( ) Produtos para saúde cujas superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza e tenham diâmetros superior a cinco milímetros nas estruturas tubulares; ( ) Processo físico ou químico que destrói microrganismos patogênicos na forma vegetativa, microbactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies; ( ) Produto para saúde fabricado a partir de matérias-primas e conformação estrutural que permitem repetidos processos de limpeza, preparo e desinfecção ou esterilização, até que percam a sua eficácia e funcionalidade

A. ( ) 1, 3, 4, 2

B. ( ) 2, 3, 4, 1

C. ( ) 3, 4, 1, 2

D. ( ) 1, 2, 4, 3

E. ( ) 2, 4, 1, 3

3. A frase abaixo é (V) verdadeiro ou (F) falso, justifique sua resposta. “ Qualificação de desempenho: evidência documentada de que o equipamento, após as qualificações de instalação e operação, apresenta desempenho consistente por no mínimo 03 ciclos sucessivos do processo, com parâmetros idênticos, utilizando-se pelo menos a carga de menor desafio, determinada pelo serviço de saúde” ( ) verdadeiro

( ) falso

Justificativa ___________________________________________________________________________________________________

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RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 20023

4. Responda (V) verdadeiro ou (F) falso. ( ) O trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar vestimenta privativa, touca e calçado fechado em todas as áreas técnicas e restritas.

Esta legislação refere-se ao Planejamento, Programação, Elaboração e Avaliação dos projetos de implantação da CME nas instituições de saúde. É importante que o profissional de enfermagem tenha conhecimento a respeito dessa legislação, pois é ele que avalia o funcionamento do estabelecimento ,segundo os princípios de acessibilidade qualidade da assistência prestada. É possível observar:

( ) Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades.

Projeto de implantação da CME

( ) Todas as etapas do processamento de produtos para saúde devem ser realizadas por profissionais para os quais estas atividades estejam regulamentadas pelo seu chefe imediato.

Instalações

( ) O responsável pelo CME Classe II não necessita atuar exclusivamente nessa unidade durante sua jornada de trabalho.

Hidráulica e Fluído-Mecânica Descrição sobre as etapas de construção da infraestrutura da CME

A. ( ) V, F, V, V B. ( ) V, V, V, F C. ( ) V, V, V, V D. ( ) V, V, F, F

Climatização Estrutura e Fundações Arquitetura

E. ( ) V, F, F, V

Prestação de atendimento ao paciente

5. Preencha a segunda coluna de acordo com o solicitado na primeira. Coluna 1 - Perguntas

Organização Físico-Funcional

Dimensionamento, quantificação e instalações prediais dos ambientes Ambientes de apoio

Coluna 2 - Respostas

1. Qual o nome dado a ação da remoção da sujidade?

Unidade de diagnósticos

2. Nome dado a remoção da sujidade visível presente nos produtos para saúde. 3. Qual o produto destinado a limpeza dos artigos? 4. Qual a sigla de Equipamentos de Proteção Individual? 5. O que necessita de qualificação de instalação, qualificação de operação e qualificação de desempenho? 6. O ___________________ deve ser em local limpo e seco. 3

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Você pode estudar essa legislação na íntegra, acessando o site: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.htm

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Planta física de um centro de material com o fluxo do material

LUVAS

BANCADA DE ANESTESIA

SALA DE RESERVA ROUPARIA ÁREA DE ESTERELIZAÇÃO

FLUXO DE FUNCIONAMENTO DA CENTRAL DE MATERIAL

ÁREA DE PREPARO DO MATERIAL

POSTO DE ENFERMAGEM

elevador roupa limpa (da lavanderia) monta-carga (material sujo) elevador roupa suja (para lavanderia)

BANCADA DE MATERIAL VARIADO

ÁREA DE VESTIÁRIO RECEPÇÃO E MASCULINO EXPURGO

monta-carga (material estéril)

COPA

VESTIÁRIO FEMININO

ÁREA DE GUARDA E DISTRIBUIÇÃO

Fonte - Senac

Todo o material a ser utilizado em um hospital é processado dentro de uma Central de Material.

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Segundo a RDC nº. 50 (ANVISA, 2004), a prestação de serviço de apoio técnico desta unidade, tem as seguintes atividades: Área de lavagem e descontaminação (Expurgo), local onde o material contaminado chega, e a atividade do funcionário é:

• Receber; • Conferir;

Quanto à localização, esse serviço deve estar situado o mais próximo possível das unidades que mais utilizam os seus materiais - como o centro cirúrgico e obstétrico, o pronto-socorro e a terapia intensiva, isso facilita a circulação dos mesmos. A distribuição do material estéril para o centro cirúrgico pode ser realizada por monta- cargas ou carrinhos que propiciem a proteção do material estéril. A adoção desse cuidado diminui sobremaneira a possibilidade de contaminação durante o trajeto. Todos os cuidados que a equipe da CME tem em relação à estrutura física e às técnicas de esterilização dos materiais visam diminuir os riscos de infecção, que, além de outras complicações, acarretam sofrimento ao cliente, bem como um tempo maior de internação.

• Anotar a quantidade e espécie do material recebido;

Atualmente, em decorrência do avanço tecnológico, grande parte dos materiais hospitalares está sendo substituída por materiais descartáveis, que apresentam as vantagens de estarem prontos para uso, diminuírem a incidência de infecção hospitalar - com baixo custo para a instituição - e proporcionarem segurança e conforto tanto ao cliente como aos profissionais de saúde (BRASIL, p. 16, 2003).

• Desinfetar e separar os materiais; • Verificar o estado de conservação do material; • Proceder a limpeza do material; • Encaminhar o material para a área de preparo. Área de preparo de materiais:

• Revisar e selecionar os materiais, verificando suas condições de conservação e limpeza; • Preparar, empacotar ou acondicionar os materiais e roupas a serem esterilizados;

A Central de Material e Esterilização, de acordo com RESOLUÇÃO - RDC Nº 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012, é uma unidade funcional destinada ao processamento de produtos para saúde (BRASIL, 2012). Tem por objetivo ser um setor de limpeza, estoque, esterilização e distribuição dos materiais e equipamentos utilizados na assistência de saúde ao paciente. A Resolução RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002 (Brasil, 2002), considera o CME uma unidade de apoio técnico, que tem como finalidade o fornecimento de artigos médico-hospitalares adequadamente processados, proporcionando, assim, condições para o atendimento direto e a assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios (NASCECMS INGROUP, 201?).

• Encaminhar o material para esterilização devidamente identificado. • Área de esterilização: O material pode ser esterilizado por meios físicos ou químicos (LEITE, 2008). • Executar o processo de esterilização nas autoclaves, conforme instrução do fabricante; • Observar os cuidados necessários com o carregamento e descarregamento das autoclaves. Distribuição do material esterilizado

• Armazenar o material esterilizado; • Retornar os materiais aos setores de origem guardando-os, conforme normas estabelecidas. • Uma Central de Material e Esterilização é denominada: • Descentralizada – cada setor prepara, esteriliza e acondiciona seu material. • Semicentralizada – os materiais são preparados em cada setor e esterilizados em um mesmo local. • Centralizada – quando os materiais são preparados e a esterilização são realizados em um mesmo local.

Quanto a dinâmica de funcionamento da Central de Material e Esterilização, segundo essa Resolução, é dividida em três tipos:

1. Descentralizada utilizada até o final da década de 40, nesse tipo de central cada unidade ou conjunto delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza;

2. Semicentralizada Teve início na década de 50, cada unidade prepara seus materiais, porém encaminha-os para serem esterilizados em um único local;

3. Centralizada Utilizada atualmente, os materiais do hospital são processados no mesmo local, ou seja, os materiais são preparados, esterilizados, distribuídos e controlados quantitativa e qualitativamente na CME4.

A CME centralizada apresenta inúmeras vantagens, das quais se podem destacar: a eficiência, a economia e a maior segurança para a equipe e para os clientes.

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Localização A Central de Material Esterilizado deve estar localizada preferencialmente próxima das unidades fornecedoras como lavanderia, almoxarifado, farmácia e ter um fácil acesso aos setores consumidores, principalmente o centro cirúrgico e o centro obstétrico, o pronto-socorro e as unidades de terapia intensiva. Consideramos as seguintes áreas em uma Central de Material Esterilizado:

Área suja

expurgo, destinado ao recebimento e lavagem dos artigos encaminhados pelas diversas unidades

Área limpa

destinada ao preparo dos materiais e da montagem da carga do processo de esterilização

Área estéril

destinada a retirada dos materiais e roupas já esterilizados e acondicionamento desses materiais

CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS

Fluxo de materiais O fluxo na Central de Material Esterilizado deve ser unidirecional e contínuo, evitando dessa forma o cruzamento de artigos médico-hospitalares sujos com os limpos. Os profissionais que trabalham na área sujam não podem transitar pela área limpa e vice-versa. Os instrumentadores cirúrgicos devem ter clareza disso, pois, muitas vezes, necessitam realizar o processamento dos materiais cirúrgicos que utilizaram na cirurgia. As barreiras físicas são instaladas entre as áreas da Central de Material Esterilizado com o objetivo de manter o fluxo unidirecional. O acesso de pessoas fica restrito apenas aos profissionais que ali trabalham, ou para aqueles que recebam uma autorização para entrar no setor.

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Sabendo que em um Centro Cirúrgico e em outros serviços de hospital os materiais devem estar corretamente processados para evitar risco de transmissão de infecções, a Central de Material Esterilizado é responsável por todo recebimento, processamento e acondicionamento dos materiais cirúrgicos e hospitalares onde profissionais capacitados, que nela trabalham, devem transportar, classificar, desmontar, descontaminar, esterilizar, armazenar e distribuir esses materiais.

Sabe-se também que diversos PPS (produtos para a saúde) , entre eles muitos dos instrumentais cirúrgicos, são concebidos com o propósito de permitir seu reuso em diversos pacientes durante sua vida útil. Esses materiais são classificados como “PPS- passíveis de processamento”, uma vez que sua forma, tamanho e constituição permitem que possam ser submetidos a diversos ciclos de limpeza, preparo e esterilização, a fim de serem reutilizados, até que seja atingido um limite de sua eficácia e funcionalidade (BRASIL, 2012).

Em 1968, com objetivo de auxiliar os profissionais a escolher a melhor estratégia de limpeza e esterilização dos instrumentos e equipamentos hospitalares, H.E Spauding desenvolveu um método de classificação de itens de acordo com graus de risco de infecção para os pacientes.

A utilização desses produtos pode levar à redução tanto dos custos implicados na realização de procedimentos cirúrgicos quanto da quantidade de resíduos gerados decorrente da utilização de itens de uma só serventia.

O método se resume em dividir o aparelhamento cirúrgico em três graus diferentes:

Segundo a Resolução ANVISA nº 15/2012, todos produtos empregados nos atendimentos de saúde devem passar por processamento de limpeza tanto para reutilização como descarte após uso (EVANGELISTA, 2014). São materiais e equipamentos utilizados durante a assistência de saúde ao paciente e que permitem repetidos processos de limpeza, preparo e desinfecção ou esterilização.

ARTIGOS CRÍTICOS

Aqueles que penetram o tecido subepitelial da pele e mucosa, além do sistema vascular e de outros órgãos isentos de microbiota própria (drenos, cateteres, fios de sutura, pinças etc. ). Recomenda-se como processo a esterilização.

São divididos em:

5. 1 Material crítico

ARTIGOS SEMICRÍTICOS

ARTIGOS NÃO CRÍTICOS

Todos aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com as mucosas íntegras (máscaras de nebulização, inaladores, circuitos de respiradores, mamadeiras, copos, talheres etc.). Recomenda-se como processo a esterilização ou desinfecção de alto nível.

Os materiais e equipamentos críticos são aqueles utilizados durante os procedimentos invasivos, como exemplo, penetram a pele e mucosas e sistema vascular.

não entram em contato com o paciente ou entram em contato apenas com a pele não íntegra (bancadas, aparelhos de raios X, superfície de armários, termômetro etc.). Recomenda-se como processo a esterilização de nível intermediário, exceto quando a sujidade for abundante é necessária uma desinfecção mais profunda.

B 3/8 - Circular 204

Cortante

304

Cilindrica

https://perdendopraganhar.files.wordpress.com/2011/06/endoscopio.jpg

Observe os procedimentos clínicos:

• CRÍTICO Quando há presença de sangue, pus ou matéria contaminada.

• SEMICRÍTICO Quando há presença de saliva (secreção orgânica)

• NÃO CRÍTICO Não há presença de perda de sangue, pus, saliva ou nenhuma secreção orgânica.

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5. 2 Material semicrítico Esses produtos entram em contato com a pele não íntegra. Deve ser submetido à desinfecção.

Vamos Praticar

Artigos cirúrgicos

1. Relacione as colunas 1. Artigo crítico

( ) exige processo de esterilização intermediário

2. Artigo não crítico

( ) recomendado processo de esterilização

3. Artigo semicrítico

(

) recomendado desinfecçao de alto nível ou esterilização

2. Preencha as lacunas Os produtos para saúde, também conhecidos como pps, permitem o _____________________durante sua vida_____________________. https://www.casadopaciente.com.br/p/492/sonda-asp-traq-com-valvula--n-10-c-10---medsonda

https://www.drogariacatarinense.com.br/mascara-infantil-para-nebulizador-nevoni/106709-01

A utilização de PPS pode levar a _____________________ de custos. Os materiais e equipamentos críticos são aqueles utilizados durante os procedimentos _____________________. O material _____________________ crítico entra em contato com a pele íntegra.

5. 3 Material não crítico Entram em contato com a pele íntegra e podem ser submetidos à desinfecção de médio ou baixo nível. Geralmente são descartáveis.

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https://lh3.googleusercontent.com/Z-VtVpB3h0VCuTaWjHqvCHRCZ3E3idGF-bPsyw23EdfLzNBt_SbLI9wQG9XWsLAbFwPOA=s85

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Segundo a ANVISA (2009), as infecções hospitalares por microrganismos ocorrem se não houver controle das transmissões infecciosas nos ambientes de saúde, pois os microrganismos sobrevivem em superfícies e instrumentais cirúrgicos facilmente (ANVISA, 2009). Dentre os microrganismos infecciosos tem -se as formas bacterianas resistentes aos agentes de combate de infecção, como desinfetantes e esterilizantes, chamadas de microbactérias. É possível interromper o processo de contaminação infecciosa estabelecendo estratégias protocolares de processamentos dos instrumentais cirúrgicos, como exemplo, implantar processos de manipulação e preparo de materiais e equipamentos com menores riscos de contaminação durante o cuidado ao paciente (EVANGELISTA, 2014). Os mecanismos e estratégias utilizados para interromper esse processo de contaminação e infecção são empregados como métodos de limpeza manual e automatizado.

MÉTODOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO

Limpeza manual

O material ou equipamento compatível é imergido em solução detergente por tempo determinado e, em seguida, é submetido à escovação ou outro método de remoção de sujidade visível. O processo final nesse método é o enxágue com água corrente e limpa. Os materiais indicados para submeter a este método são aqueles considerados sensíveis para submeter ao processo automatizado.

Limpeza automatizada

Nesse método os materiais e equipamentos são submetidos a uma limpeza em equipamentos processantes. Por isso, recomenda-se submeter aqueles materiais e equipamentos com características de maior durabilidade.

Fonte: (EVANGELISTA, S. S. Limpeza manual X Limpeza automatizada: uma análise de carga microbiana de instrumentais cirúrgicos após o uso clínico em cirurgias do aparelho digestivo. f. 133. 2014. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014. Disponível em: <https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ ANDO-9M2LGM/1/sintia_de_souza_evangelista.pdf>. Acesso em: 07 set. 2019).

Todos os materiais e equipamentos dedicados à assistência de saúde devem ser submetidos a um processo de limpeza antes de iniciar o atendimento do paciente, ou seja, é importante garantir que materiais e equipamentos foram submetidos à desinfecção ou esterilização antes da manipulação do cuidado (EVANGELISTA, 2014).

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Vamos Praticar

Controles das transmissões infecciosas

6. 1 Limpeza: Manual e Mecânica A limpeza manual e mecânica é utilizada em materiais e equipamentos considerados delicados (EVANGELISTA, 2014). Esse método combina a fricção, escovação e imersão em soluções de limpeza.

Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) nas afirmativas abaixo 1. As infecções hospitalares por microrganismos ocorrem quando: A. ( ) Não há o controle das transmissões infecciosas nos ambientes de saúde. B. ( ) Há o controle das transmissões infecciosas nos ambientes de saúde. C. ( ) Quando a higienização das mãos ocorre de forma correta e frequente. D. ( ) Quando ocorre interrupção do ciclo de vida dos microrganismos. E. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

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WebPalestra Assista ao vídeo Limpeza e Desinfecção: conceitos básicos

2. Responda ( V ) verdadeiro ou ( F ) falso: I. Limpeza automatizada ocorre quando os materiais são submetidos a uma limpeza, utilizando para isso, equipamentos processantes. II. Os materiais considerados sensíveis são indicados para a lavagem automatizada. III. Os materiais indicados para serem submetidos ao método de limpeza manual são aqueles considerados sensíveis para submeter ao processo automatizado. IV. Os mecanismos e estratégias utilizados para interromper o processo de contaminação e infecção são empregados como métodos de limpeza manual e automatizado. Assinale a sequência correta, de cima para baixo. A. ( ) V, V, V, F B. ( ) F, V, V, F

Clique aqui: https://www.youtube.com/ watch?v=aBPa_0KIenw&feature=youtu.be Fonte: Educação Física. A visão Holística. 2015. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=t_4Od-Rrnr0>. Acesso em: 26 jul. 2019.

Observe que, durante a execução de limpeza manual e mecânica , é importante utilizar água e detergente, respeitando a concentração indicada pelo fabricante. Lembrando que uma concentração de detergente menor ao recomendado pelo fabricante diminuirá a eficácia da limpeza (EVANGELISTA, 2014). Os Centros de Materiais e Esterilização mantém também uma lavadora ultrassônica para promover a limpeza mecânica dos materiais e equipamentos (BRASIL, 2010).

C. ( ) V, F, F, V D. ( ) V, F, V, V E. ( ) V, F, V, F 3. Leia com atenção a frase abaixo e responda se a frase é (V) verdadeira ou ( F) falsa, justifique sua resposta no local indicado. “Na limpeza manual, recomendamos que seja submetido somente os materiais e equipamentos com características de maior durabilidade.” ( ) verdadeiro

( ) falso

Justificativa Os materiais indicados para submeter a esse método são aqueles considerados sensíveis para submeter ao processo automatizado

https://vestatech.com.br/blog/wp-content/uploads/2018/04/vestatech-engenharia-clinica-limpezas-desinfeccao-e-esterilizacao-de-equipamentos-hospitalares.jpg

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Métodos de limpeza

Vamos Praticar

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Steelco CSSD Charite Berlin

1. Assinale a frase correta. A. ( ) A limpeza manual e mecânica não é utilizada em materiais e equipamentos considerados delicados. B. ( ) A limpeza manual e mecânica combina fricção, escovação e secagem do material. C. ( ) A limpeza manual e mecânica utiliza pequena concentração de desinfetante. D. ( ) A eficácia da limpeza está condicionada a concentração de detergente indicada pelo fabricante.

Assista ao vídeo CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZAÇÃO - CME AUTOMATIZADA. https://www.youtube.com/watch?time_ continue=14&v=fBFArdigUZU

E. ( ) Todas as frases são verdadeiras. Fonte: http://www.labnews.ind.br/videos/central-de-material-esterilizacao---cme-automatizada.html

2. Encontre palavras relacionadas aos métodos de limpeza e desinfecção. As palavras podem estar de trás para frente, diagonal, de cima para baixo, de baixo para cima. O E D R O T B V A A M

W E D C I E A I U H E

O D T O Y T O O G U A

N A F T E L N T E S E

V N N Y E I E F A F M

U T L E R A N A G Ã H

E N F V L W L E S E I

T E Y E E N R V C N I

N W O H H I D D A N R

S E S I A A O A U Y O

N M L U C E H A H P S

R A S K T Y R I A S E

I O S A I E E O A P N

W I E D O I N Z T E G

W E M E I S C F Ç I N

W H T T N I D H S D E

E U T E O M N E S Q V

H L I E R I E E O A D

T I H I L C I D E Ã W

W M I N L R E T C Ã A

A P S O H O I I N I S

C E M E G R F S E E O

A Z O M Y G I E G O M

M A M V T A T A H S E

R M P E P N C D L M O

N E Y T S I L R R L B

R C E E E S T G E R G

C A E R S M F O Ç E R

T N H E A O W T I O E

T I E G N E T A Ç D F

N C I R E D M R A N R

I A D Y G L E H N E L

6. 2 Desinfecção: Processo Físico e Químico É um processo físico ou químico que destrói a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos. Esse processo tem por objetivo eliminar microrganismos presentes em superfícies de materiais e equipamentos dedicados à assistência direta de saúde. Ele não é capaz de eliminar totalmente os microrganismos, no entanto, é considerado um método mais eficaz, quando comparado à limpeza manual e mecânica. Pois os detergentes utilizados neste método têm ações degermantes de alto nível, com ação contra esporos.

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Labnews

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Processo de limpeza em lavadora ultrassônica automatizada

Desinfecção e Esterilização

Assista ao vídeo LIMPEZA EM LAVADORA ULTRASSÔNICA HOSPITALAR.

Assista ao vídeo Desinfecção e Esterilização.

https://www.youtube.com/ watch?v=RVO0WbfHivw

Fonte: http://www.labnews.ind.br/videos/limpeza-em-lavadora -ultrassonica-hospitalar.html

https://www.youtube.com/ watch?v=mItVRvHHCAA

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=mItVRvHHCAA

Nesses centros , é possível encontrar também uma lavadora termodesinfectadora, que é indicada para realizar a limpeza de materiais e equipamentos passíveis de serem submetidos à pasteurização (BRASIL, 2010).

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Vamos Praticar

Saiba mais

PRATICANDO ADIÇÃO

Desinfecção segundo o CEVSRS A coordenadora do Núcleo de Vigilância em Estabelecimentos de Saúde e Controle de Infecção, Secretaria Estadual de Saúde do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Ana Luiza Rammé preparou uma aula, em 2017 , sobre limpeza, desinfecção e esterilização de artigos como medidas de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). O conteúdo aborda as relações multifatoriais para o desenvolvimento das IRAS, além de orientar a respeito dos procedimentos adequados para a prevenção.

Resolva as operações de adição +: Já se familiarizando com algumas unidades de medida que farão parte do cotidiano na administração de medicamentos. São elas: grama (g), miligrama (mg) onde 1g = 1000mg

Vale a pena conferir.

1. 200 mg + 350 mg = ___________________

Referências

2. 470 mg + 125 mg = ___________________

RAMMÉ, Ana Luiza. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos como medidas de prevenção e controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Disponível em: <https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201706/27135304-1335381338-limpeza-desinfeccao-e-esterilizacao-de-artigos-como-medidas-de-prevencao-e-controle-de-iras.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2019.

3. 25 mg + 75 mg = ___________________ 4. 1045 mg + 325 mg = ___________________ 5. 2 g + 35 g = ___________________ 6. 100 g + 250 g + 15 g = ___________________ 7. 15 mg + 753 mg = ___________________

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8. 275 mg + 18 mg = ___________________

Saiba como funciona

9. 16 g + 817 g = ___________________

o processo de esterilização de equipamentos hospitalar

10. 216 mg + 305 mg + 715 mg = ___________________

Assista ao vídeo. Saiba como funciona o processo de esterilização de equipamentos hospitalar. https://www.youtube.com/ watch?v=CVceMJHMNMU

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Fonte: http://www.labnews.ind.br/videos/limpeza-em-lavadora -ultrassonica-hospitalar.html

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REFERÊNCIAS

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informe Técnico nº 01/09. Princípios básicos para limpeza de instrumental cirúrgico em serviços de saúde. 2009. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/ servicosaude/controle/Alertas/2009/informe_tecnico_1.pdf>. Acesso em: 07 set. 2019. ARANHA, M. S. F. A interação social e o desenvolvimento humano. Temas psicol, Ribeirão Preto; v.1, n.3, dez., 1993. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/v1n3/v1n3a04.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/ rdc0015_15_03_2012.html>. Acesso em: 07 set. 2019.

REFERÊNCIAS

______. Hospital Federal de Bonsucesso. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Rotina D 6. 2010. RDC nº 50 - ANVISA, 21 de fevereiro de 2002. Disponível em: <http://www.hgb.rj.saude.gov.br/ccih/Todo_ Material_2010/ROTINA%20D/rotina_d6_recomendacoes_sobre_limpeza_desinfeccao_acondicionamento_ esterilizacao_guarda_e_distribuicao_de_artigos.pdf>. Acesso em: 07 set. 2019. ______. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. ed 2. reimp 5. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

DAS AUTORAS

______. Humaniza SUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. ed 3. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. ______. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde do adulto, assistência cirúrgica, atendimento de emergência. ed 2., reimpr 1a. Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/profae/pae_cad5.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2019. CARVALHO, P. A.; GOTTEMS, L. B. D.; OLIVEIRA, M. L. C. Cultura de segurança no centro cirúrgico de um hospital público, na percepção dos profissionais de saúde. Revista latino-Am. Enfermagem. São Paulo; v. 23, n. 6, p. 1041-8, 2015. CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA. Interação Social e Relação Social. 04 de junho de 2013. Disponível em: <http://tudosobresociologia1i.blogspot.com/2013/06/interacao-social-e-relacao-social.html>. Acesso em 25 jul. 2019.

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AS AUTORAS

EVANGELISTA, S. S. Limpeza manual X Limpeza automatizada: uma análise de carga microbiana de instrumentais cirúrgicos após o uso clínico em cirurgias do aparelho digestivo. f. 133. 2014. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014. Disponível em: <https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-9M2LGM/1/sintia_ de_souza_evangelista.pdf>. Acesso em: 07 set. 2019. GÓES, M. C. R. A formação do indivíduo nas relações sociais: Contribuições teóricas de Lev Vigostik e Pierre Janet. Educação & Sociedade, Campinas. ano XXI, nº 71, jul. 2000. Disponível em: <http://www.scielo. br/pdf/es/v21n71/a05v2171.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2019. LEITE, F. B. Central de material esterilizado: projeto de reestruturação e ampliação do hospital regional de Francisco Sá. [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008. Disponível em: <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_CME_flavia_leite.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2019. NASCECMS INGROUP. O que é CME? (201?). Disponível em: <http://nascecme.com.br/o-que-e-cme/>. Acesso em: 07 set. 2019. PORTAL HOSPITAIS BRASIL. Vídeo compartilha experiências de gestão em hospital sustentável. 2019. Disponível em: <http://portalhospitaisbrasil.com.br/video-compartilha-experiencias-de-gestao-em-hospitalsustentavel/>. Acesso em: 26 jul. 2019. PORTAL SAÚDE BUSINESS. Ação de acolhimento de paciente pré-cirúrgico é pioneira em Hospital do Rio. 2013. Disponível em: <https://saudebusiness.com/voce-informa/acao-de-acolhimento-de-paciente-precirurgico-e-pioneira-em-hospital-do-rio/>. Acesso em: 26 jul. 2019. SANTOS, F. K.; SILVA, M. V. G.; GOMES, A. M. T. Conhecendo as formas de cuidar dos enfermeiros de centro cirúrgico – uma construção a partir da teoria fundamentada nos dados. Texto e Contexto, Florianópolis; v. 23, n. 3, p. 696-703, jul-set, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v23n3/pt_0104-0707tce-23-03-00696.pdf>. Acesso em: 26 jul. 2019.

CLAUDIA PALHANO CASTANHO Possui graduação em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, PUC-CAMP, Especialização em Enfermagem do Trabalho pela Fundacentro, Especialização em Enfermagem em Ginecologia e Planejamento Familiar pela CAED, Pós-Graduação “Lato sensu” em Administração em Hoteleira pelo SENAC e Curso de Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área da Saúde: Enfermagem pela UNIARARAS. Foi docente da EEPSG “Comendador Emílio Romi” Santa Bárbara D’Oeste- SP e SENAC, Piracicaba e Especialização em Administração em Educação com Ênfase em Educação Profissional e Tecnológica, pela Faculdade Campos Elíseos. Atualmente é docente da Etec Coronel Fernando Febeliano da Costa. LIGIA RIBEIRO DA SILVA TONUCI Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário Barão de Mauá (1989), graduação em Farmácia pela Universidade de Ribeirão Preto (1997), especialização em Enfermagem do Trabalho pela Universidade de São Paulo (1991), formação Pedagógica em Enfermagem área generalista pelo Centro Universitário Barão de Mauá (2000), especialização em enfermagem em obstetrícia pela Universidade do Sagrado Coração (2002), especialização em Saúde da Família pela Universidade de São Paulo (2003), Educação Profissional na área de saúde Enfermagem pelo Fundação Oswaldo Cruz(2005), Mestrado-profissionalizante em Tecnologia Ambiental pela Universidade de Ribeirão Preto (2006), Licenciada em Pedagogia pelo Centro Universitário Claretiano (2011) , Doutorado em Ciências Biológicas e Saúde pela Universidade de Franca (2013), aperfeiçoamento em Educação para Jovens e Adultos pelo Centro Paula Souza (2016), Formação Pedagógica para Educação Profissional de Nível Médio pelo Centro Paula Souza (2017). Orientadora Educacional 2018/2019, atualmente coordenadora e docente do Curso Técnico em Farmácia e docente do Curso Técnico em Enfermagem.

SILVA, A. T.; ALVES, M. G.; SANCHES, R. S.; SOUZA TERRA, F.; RESCK, Z. M. R. Assistência de enfermagem e o enfoque da segurança do paciente no cenário brasileiro. Saúde debate. Rio de Janeiro; v. 40, n. 111, out-dez, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v40n111/0103-1104-sdeb-40-111-0292.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2019. SILVA, M. L. M.; CARREIRO, A. E. S.; SOARES, G. V. D.; FREITAS, T. S.; SILVA, S. C. R. Humanização da assistência de enfermagem no centro cirúrgico. In: Congresso de Enfermagem das FIP, 6., 2017, Paraíba. Anais VI CONGREFIP. Campina Grande: Realize Eventos e Editora, 2017. Disponível em: <https://www. editorarealize.com.br/revistas/congrefip/trabalhos/TRABALHO_EV069_MD1_SA1_ID213_01042017194242. pdf>. Acesso em: 03 jun. 2019.

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SHIRLEY DA ROCHA AFONSO Especializada em Planejamento, Implantação e Gestão em Educação à Distância, pela Universidade Federal de Fluminense, em 2015, e em Enfermagem Gerontológica e Geriátrica, pela Universidade Federal de São Paulo, em 2008. Pósgraduada em Docência no Ensino Médio, Técnico e Superior na Área de Saúde, pela Faculdade de Pinhais, em 2009. Possui Graduação em Enfermagem, pela Universidade Paulista, em 2006, e Licenciatura no Programa Especial de Formação de Docentes para a Educação Básica, pelo Instituto Federal de São Paulo, em 2019. Atuou como enfermeira executora e vice-presidente na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Foi coordenadora da Comissão Organizadora de Curativos, e supervisora da Comissão de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde. É professora do Curso Técnico em Enfermagem e Coordenadora de Projetos em Enfermagem na Unidade de Ensino Médio e Técnico do Centro Paula Souza. É membro associada da Associação de Aprendizagem Baseada em Problemas e Metodologias Ativas de Aprendizagem (PAN-PBL). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração de Serviços de Saúde e Gerenciamento de Enfermagem (GEPAG) da EPE-UNIFESP e participa das reuniões do Grupo de Estudos e Pesquisas em Memórias e Histórias da Educação Profissional (GEPEMHEP) do Centro Paula Souza.

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