DISTRIBUIÇÃO
GRATUITA
GUIA
Confira a programação completa desta QUARTA-feira esteio, quarta-FEIRA, 30 DE AGOSTO DE 2017 | Edição nº 4
PágS. 2 E 4
Máquinas e implementos agrícolas
Inovação e tecnologia para o campo
PágS. 8, 9 E 10 Em uma área de 100 mil metros quadrados, 131 expositores apresentam as novidades com foco em aumentar produtividade e a qualidade do agronegócio
TENDÊNCIA Alimentos orgânicos em alta Págs. 6 e 7
CIRCUITO Silo verde será produzido Pág. 12
ANIMAIS O futuro para os ovinos Pág. 14
Julgamentos, leilões e provas
ARTIGO
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SERVIÇO - 40ª EXPOINTER
Onde:
QUANDO:
Charolês machos Local: Pista 2 Apresentação GIR Local: Pista 3 RedPoll Local: Pista 4
Julgamento Jersey Local: Pista D Pônei Local: Pista 1 Julgamento de vacas em lactação, vacas secas, melhor úbere jovem e conjuntos vacas leiteiras Raça Jersey RS
Fêmeas Devon Local: Pista 5
Curso de Jurado Jovem do Charolês Local: Pista 2
Hampshire Down Local: Pista 10
Julgamento da Raça Guzerá Local: Pista 3
Ile de France Local: Pista 11
Wagyu Local: Pista 4
Romney Marsh Local: Pista 12
Machos Devon Local: Pista 5
PollDorset Local: Pista 13
Hampshire Down Local: Pista 10
10h Reunião do Conselho Técnico Raça Jersey RS
Ile de France Local: Pista 11
Apresentação de animais da raça Gir Dupla Aptidão Local: Pista 3 11h Reunião de diretores – ACGJRS/Estaduais Visitantes Raça Jersey RS 12h Identificação e entrega de coletes - Final Nacional de Paleteada Raça Crioula 13h Final Nacional de Paleteada (3 corridas) Local: Pista 18
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PollDorset Local: Pista 13 Início do Julgamento de Classificação Machos e Fêmeas Jovens – Raça Holandesa 14h30 Prova FemininaRaça Árabe Local: Pistas 14 e 15 17h Julgamento do Grande Campeonato e Melhor Úbere da Exposição Raça Jersey RS
12º Leilão Prime HB (reprodutores Hereford e Braford) Local: Pista J Entrega de prêmios Associação Brasileira de Angus Galeria das Campeãs – Quadro Grande Campeã Raça Holandesa 18h30 Remate Hampshire Down Local: Estande da Raça
QUANTO:
Ingressos na bilheteria: – Pedestre: R$ 13,00 – Estudante: R$ 6,00 com apresentação de carteira oficial de estudante da UNE (ensino superior), UBES (ensino médio ou fundamental), UGES. Carteira expedida por estabelecimentos de ensino médio ou associação, ou agremiação de estudante a que pertencem (ensino médio e superior). Carteira de passagem escolar – Idosos: R$ 6,00 para igual ou maiores de 60 anos com a apresentação da Carteira de Identidade. – Crianças com até 6 anos têm acesso livre se acompanhadas. Entrada de pedestres pelos portões 02 e 06.
ESTACIONAMENTO:
O valor é de R$ 32,00 por veículo (com direito ao ingresso do motorista). – Visitantes: entrada pelo portão 15. – Motos: não são permitidas nos estacionamentos.
19h Confraternização e entrega de prêmios ABCOS- Associação Brasileira de Criadores de Ovinos 20h Leilão Quarter Sul Local: Pista B Leilão do Cavalo Quarto de Milha Local: Pista 1
AGOSTO
Julgamento machos Angus argola
Árabe – Prova Feminina Local: Pistas 14 e 15
18h Leilão da Raça Jersey Local: Pista D
Lançamento Sumário Pampaplus, Entrega de Prêmios da Embrapa PAC 2015/16 Local: Restaurante By Regis 21h Leilão Carapuça, Ribeirão Bonito e Convidados (Parceria Leilões)
EXCURSÕES:
Excursões de estudantes e agricultores previamente cadastradas: – Estudantes de Escolas do Ensino Fundamental (a partir da quinta série), Ensino Médio e Ensino Técnico, acompanhados por seus professores. Gratuidade dias 28 e 29 de agosto (2ª e 3ª feira) e portão de acesso previsto pelo Portão 6 (podendo haver alteração). – Horário de ingresso: das 8 às 15 horas.
20h30 Coquetel de Entrega de Prêmios
EMERGÊNCIA:
Atendimento de Emergência e Urgência Unimed: – Durante a Expointer, estarão disponíveis no Parque de Exposições Assis Brasil dois ambulatórios localizados nas quadras 4 e 36 do parque, próximos à Casa do Gaúcho e ao Portão 6, respectivamente. – Também há uma ambulância e o suporte SOS Unimed, durante 24 horas por dia, enquanto durar o evento. Mais informações: (51) 3458-8514
EXPRESSO expointer, esteio, quarta-FEIRA, 30 DE AGOSTO DE 2017
EXPEDIENTE:
Expresso Expointer Uma publicação do Armazém da Mídia (51) 3061-0208
Publisher: Nenê Zimmermann (51) 98235-0022
Produção e Edição: Milim Comunicação www.milim.com.br (51) 3311-8850
Jornalistas Responsáveis: Sheila Meyer (8190 DRT/RS) sheila@milim.com.br Tatiana Csordas (3480 DRT/PR) tatiana@milim.com.br
Redação: Nair Martinenko, Ricardo Rodrigues Cunha, Caroline Silveira Ferrari
Diagramação e projeto gráfico: Rafael Medeiros www.rafamedeiros.com (51) 98425-3603
13% para 15%. Isso demonstra o movimento realizado pelo governo federal para concentrar o atendimento destes públicos governo federal lançou, no com recursos oriundos da início de junho,o Plano Safra exigibilidade bancária e reduzir 2017/2018, no qual serão a necessidade de equalização disponibilizados R$ 188,3 bilhões de recursos, o que, por em crédito rural. Para atender consequência, reduz o custo para as necessidades dos seus mais os cofres públicos. de 600 mil associados ligados à O Sicredi, instituição financeira agricultura familiar ou empresarial, cooperativa com mais de 3,5 o Sicredi disponibiliza linhas milhões de associados e atuação de crédito para custeio, em 21 estados brasileiros, comercialização e investimento. prevê um aumento de 20% em Porém, antes de solicitar o relação ao volume de recursos recurso, é fundamental que o disponibilizados no Plano Safra produtor já tenha se organizado 2016/2017. Disponibilizaremos para o processo transcorrer de mais de R$ 14,8 bilhões em maneira mais ágil e simples. Em crédito rural, projetando atingir primeiro lugar, uma dica muito mais de 195 mil operações, importante para o associado sendo aproximadamente R$ que pretende solicitar o crédito 13,2 bilhões para as operações rural é fazer o planejamento de custeio, comercialização e do que vai plantar, qual é a investimento, e R$ 1,7 bilhão em área de cultivo e o orçamento operações de investimento com necessário, com base na análise recursos do Banco Nacional de de solo e sob orientação técnica Desenvolvimento Econômico e profissional sobre o uso dos Social (BNDES). insumos e os demais serviços que Entre osprincipais fatores serão utilizados. para este crescimentoestá o Para este ciclo, existem constante trabalho de captação algumas novidades que devem de poupança rural que as ser levadas em consideração, cooperativas de crédito que entre elas a revogação – a formam o Sicredi têm realizado. partir de janeiro de 2018 – da É a partir da captação em possibilidade de financiar insumos poupança rural que acontece adquiridos até 180 dias antes da a disponibilização de recursos formalização do custeio. Assim, é para o crédito rural. É este necessário que antes de realizar trabalhode “ciclo virtuoso” que a compra dos itens que compõe tem viabilizado, nos últimos dois o orçamento para a implantação anos-safra, o atendimento de do seu empreendimento, no mais de 50% das demandas de ano que vem, os associados já crédito rural dos associados com procurem a agência do Sicredi esta fonte de recurso. Outro para encaminhar a solicitação do fator relevanteé o aumento custeio. dos volumes das portarias de Em relação às taxas de juros equalização negociados com o neste ano-safra, houve queda. governo. Na agricultura empresarial, Conhecendo as novidades a redução foi de 1 ponto do Plano Safra 2017/2018 e percentual. Já no Pronamp (linha tendo realizado o planejamento destinada ao médio produtor técnico da produção, é hora rural para o financiamento das de o associado procurar sua despesas de produção na sua cooperativa de crédito filiada atividade),a taxa caiu de 8,5% ao Sicredi para conversar para 7,5% e, para os demais sobre as suas necessidades. produtores, de 9,5% para 8,5%. Com isso, antes dedar Na agricultura familiar, atendida andamento à proposta e demais pelo Pronaf, não houve alteração procedimentos para aprovação nas taxas. e liberação do crédito,ele vai Também ocorreram mudanças receber todas as orientações importantes em relação ao sobre quais produtos e serviços direcionamento de recursosque podem auxiliá-lo a atingir seus obrigatoriamente as instituições objetivos, sempre de forma financeiras precisam destinar responsável e sustentável. O para o crédito rural. Agora, planejamento e a consultoria a fatia desse montante que é adequada são fundamentais para destinada ao Programa Nacional que não aconteçam surpresas de Fortalecimento da Agricultura desagradáveis ao longo do anoFamiliar (Pronaf) subiu de 10% safra e o resultado planejado seja para 20% enquanto que a atingido. elevação no Pronamp foi de Gerente de Crédito Rural do Banco Cooperativo Sicredi
De 26 de agosto a 03 de setembro de 2017 Horário de Funcionamento do Parque Assis Brasil: – Entrada de público pedestre: das 8h às 20h30. – Entrada de veículos visitantes: das 8h às 20h.
DIVULGAÇÃO
9h Pônei Local: Pista 1
14h Degustação de carne zebu Local: Pavilhão de bovinos de corte
Marilucia Dalfert
Parque Estadual de Exposições Assis Brasil BR 116 - Km 13 - Esteio - RS
Impressão: Zero Hora Tiragem: 20 mil exemplares
ASCOM/SICREDI
Alessandra Bruny / Agência Preview
para quem deseja solicitar crédito
Programação oficial do evento sujeita a alterações 8h30 Julgamento dos animais rústicos Hereford e Braford Local: Pista 20
Plano Safra traz novidades
"O Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 3,5 milhões de associados e atuação em 21 estados, prevê um aumento de 20% em relação ao volume de recursos disponibilizados no Plano Safra 2016/2017" EXPRESSO expointer, esteio, quarta-FEIRA, 30 DE AGOSTO DE 2017
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AGENDA DO DIA
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FOTOS Josué Lusa
Tendência
Alimentos orgânicos
impulsionam o trabalho no campo O produtor Felipe Gehrke integra a Coopernatural, de Picada Café, e destaca a importância do conhecimento sobre produtos orgânicos
Frutas são itens cada vez mais procurados nos mercados e feiras
CNPJ, que nos permitiu vender on-line, o que representa, hoje, nosso principal canal”, disse. Os produtos são comercializados para todo o Brasil e até para alguns países do exterior. O portfólio compreende geleias, compotas, mel, vinhos, cervejas, sucos, farinha, grãos, frutas e hortaliças. “Cerca de 30% dos cooperados atuam com o cultivo e venda de sementes, o restante trabalha com o produto in natura. Na minha propriedade o foco está no morango, na uva, na laranja e na bergamota”, informou Gehrke. Para ele, que é engenheiro agrônomo e já trabalhou na indústria convencional de alimentos, a diferença é perceptível. “O produto orgânico têm valor agregado e leva a uma melhor qualidade de vida. Eventos como esse são importantes para explicarmos sobre a cultura do orgânico, pois a falta de conhecimento ainda é grande, mas o consumo está crescendo”, disse. Atualmente, cerca de 200 lojas físicas também comercializam os itens da cooperativa. cultivo de produtos orgânicos tem proporcionado um doce sabor ao trabalho da família de Aracema Medeiros, da Heldt Sabor Colonial, de Santo Antônio da Patrulha, que está expondo seus produtos no Pavilhão da Agricultura Familiar na Exponter. A produção de derivados da cana-de-açúcar é uma realidade desde a infância, mas ganhou novos contornos com o trabalho que valoriza aspectos mais saudáveis. “Iniciamos nesse segmento há quatro anos e há um ano estamos com o Selo Ecovida de produto
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ecológico. Estamos crescendo bastante”, revela. Com 5 hectares de plantio, a empresa familiar executa, também, o transporte de produtos, que inclui rapadura, melado, açúcar mascavo e chimias. Esses alimentos orgânicos são fornecidos para escolas do município de Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre. A expectativa da produtora Aracema é a passar o negócio e o comprometimento com os orgânicos para as futuras gerações. Das três filhas que moram
em outra cidade, uma deve voltar com a família para reforçar o trabalho. “Meu neto já adora o ambiente. Acredito que estamos em um momento muito especial, pois as indústrias estão, cada vez mais, adquirindo insumos orgânicos para sua produção”, comemora. A Coopernatural, de Picada Café, também está no nicho de orgânicos do Pavilhão da Agricultura Familiar. Foi fundada em 2001 sob o nome Associação Vida Natural, por um grupo de produtores que tinha como
objetivo disseminar a qualidade de vida a partir da produção de alimentos orgânicos. A mudança de nome ocorreu em 2004, e a cooperativa reúne, hoje, 28 pequenos produtores rurais. Um dos associados, Felipe Gehrke, conta que o desenvolvimento do trabalho conjunto foi apoiado por entidades como Emater e SEBRAE/RS. “Com esse respaldo, desenvolvemos questões que facilitaram a comercialização de nossos produtos, entre eles o selo de certificação de produto ecológico Ecovida, rótulos e o
Cenário expressivo A tradição do plantio aliada à inovação têm resultado em uma posição significativa da cultura de produtos orgânicos no Brasil. De acordo com dados da Coordenação de Agroecologia (Coagre) da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a área cultivada no País poderá ultrapassar os 750 mil hectares registrados em 2016. Esse impulso se deve, especialmente, ao
Aracema Medeiros, da Heldt Sabor Colonial, de Santo Antônio da Patrulha, investiu com a família nos derivados da cana-de-açúcar trabalho da agricultura familiar. Entre 2013 e 2016, houve um salto de 6.700 mil unidades produtivas para aproximadamente 15.700. Com relação a área cultivada, o Rio Grande do Sul registrou 37,6 mil hectares destinados a esse tipo de produção, conforme dados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO). A pesquisadora Andreia Maria Rotta, do núcleo de pesquisa em produção orgânica da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado, conta que o cenário gaúcho tem mais de mil produtores cadastrados e outros em processo de transição. “Existe uma atuação
muito forte para que esse universo cresça. Temos o Plano Estadual de Agroecologia e de Produção Orgânica (Pleapo/RS), por exemplo, que garante uma série de políticas públicas”, ressalta. Andreia, que atua na pesquisa de microorganismos para o controle de plantas, destaca a importância de todos os elos para que se obtenha um produto final de qualidade. “O produtor precisa obedecer a uma legislação específica, que regulamenta o uso das sementes, dos produtos, do manejo do solo, entre outros pontos. Ainda temos muito espaço para crescer”, constata.
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01 SETEMBRO
/TEATROFEEVALE
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ESSE DIA FOI LOKO
RENATO E SEUS BLUE CAPS
AGO
Domingo 19h
/TEATROFEEVALE
OPUSPROMOCOES.COM.BR TEATROFEEVALE.COM.BR CANAIS DE VENDAS OFICIAIS: NOVO HAMBURGO Campus II da Universidade (ERS-239, 2755)
ALMIR SATER
Bourbon Shopping Novo Hamburgo (2º andar) PORTO ALEGRE Bilheteria do Teatro do Bourbon Country
Sexta 21h
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Sábado 20h
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ZEZÉ DI CAMARGO & LUCIANO
PAULINHO MIXARIA
Quinta 21h
Sábado 21h
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PASSEAR, FAZER COMPRAS, PEGAR UM CINEMA, JANTAR BEM. MAS PODE CHAMAR DE “DAR UMA VOLTINHA NO IGUATEMI”.
10% DE DESCONTO
em todos os pratos, de segunda a sexta-feira, até 15/09/2017.
É indispensável a apresentação deste cupom. Desconto não cumulativo para pratos em promoção. ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO INSCRIÇÃO MUNICIPAL Nº 100554 VALIDADE: INDETERMINADA CERTIFICADO DE CONFORMIDADE DE PPCI Nº 5266/1 EM PROCESSO DE RENOVAÇÃO
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divulgação/New Holland
Setor projeta crescimento de vendas
Inovações tecnológicas ampliam qualidade na lavoura
Agricultura de precisão garante produtividade
A Jacto apresenta inovações em adubação, agricultura de precisão e pulverização com foco na otimização de recursos. “Estamos falando de soluções para a agricultura em um ambiente de negócios cada vez mais permeado pelo digital. Esse futuro já começou e caminha para uma complexidade e cenário de oportunidades cada vez mais rico”, explica Fernando Gonçalves, presidente da Jacto. O grande lançamento na feira é a nova adubadora Uniport 5030 NPK. A máquina é uma automotriz com reservatório de 5.000 kg de capacidade e faixa de aplicação de até 50 metros. É um equipamento que tem tecnologias desenvolvidas pela Jacto, que possibilitam maior precisão na dosagem e uniformidade na aplicação de fertilizantes, além de possibilitar a aplicação de produtos em pó.
m dos principais elos da cadeia do agronegócio, o setor de máquinas e implementos agrícolas é um dos destaques da Expointer 2017. Em uma área de 100 mil metros quadrados, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, 131 expositores apresentam as novidades para aumentar a produtividade e a qualidade da lavoura. As empresas têm a expectativa de aumentar em 10% as vendas, em relação a edição de 2016 da feira, que fechou em R$ 1,9 bilhão. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier, a projeção de crescimento está relacionada ao otimismo do produtor rural com a supersafra de grãos, principalmente a soja. “Sabemos que é a partir das inovações tecnológicas que podemos proporcionar mais qualidade de vida aos agricultores, na produção dos alimentos. Com equipamentos adequados para a necessidade de cada cadeia produtiva, conseguimos atender desde o agricultor familiar até o grande produtor”, destacou Bier. Os inúmeros lançamentos inovadores de colheitadeiras, tratores e pulverizadores na expointer sinalizam dias melhores para o setor, que enfrentou uma queda de
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proteção ao operador e inteligência no controle da aplicação do defensivo”, afirma o gerente de Marketing de Produto da New Holland, Roberto Jonker. Equipado com motor de seis cilindros da FPT Industrial, com 175 cv de potência e New Holland apresenta mais torque, o novo pulverizador tem mais pulverizador inteligente precisão na aplicação, em terrenos planos ou íngremes. “Com isso, o Defensor 2500 O ano de 2017 está sendo transformador consegue percorrer diferentes condições para a New Holland com os lançamentos de relevo sem o efeito da variação de realizados nas principais feiras do Brasil. Foi velocidade, um diferencial na aplicação de assim com a semeadora PL6000 na Show defensivos”, destaca Jonker. O pulverizador Rural Coopavel, em Cascavel (PR); a linha CR consegue realizar a aplicação perfeita em EVO na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP); e, inclinações de até 21%. agora, na Expointer, onde está sendo lançado Com a nova bomba PWM, as correções o pulverizador Defensor 2500, mais potente na aplicação são realizadas mais rapidamente, e com alta tecnologia para ser utilizado o que garante maior precisão. Além disso, durante todo o ano. com a elevação dos cortes de seção, pode Na safra 16/17, os produtores brasileiros inativar bicos quando não são necessários bateram recorde na colheita de grãos, com não desperdiçando defensivos quando a 238 milhões de toneladas. Para manter e sobreposição. O Defensor 2500 pode ser superar esses números os pulverizadores adquirido nas versões 27 e 24 metros com são fundamentais, e o Defensor 2500 foi duas opções de corte de seção: 9 ou 5 concebido para ser o “protetor” dessas seções. lavouras. “O agricultor pode ter certeza O Defensor possui mais potência sem o que alcançará uma grande produtividade se aumento de consumo. O modo EcoCruise depender do Defensor 2500. Conseguimos pode ser habilitado em atividades realizadas reunir nele força, economia de combustível, em terrenos mais planos. Ao ser acionado,
35% entre 2015 e 2016, impactando no fechamento de 9 mil vagas de emprego. O Estado concentra quase 70% das indústrias das indústrias de máquinas e implementos agrícolas do Brasil.
diminui a faixa de rotação da máquina sem prejudicar a aplicação. Com ele, a economia no consumo de combustível chega a 15%. Sobre a New Holland A marca, pertencente à CNH Industrial, é especialista no sucesso de agricultores, pecuaristas, locadores e profissionais da agricultura, seja qual for o segmento em que eles atuem. Seus clientes podem contar com a mais ampla oferta de produtos e serviços inovadores: uma linha completa de equipamentos, tratores, colheitadeiras, pulverizadores e plantadeiras, além de equipamentos específicos para biomassa e silvicultura, complementada por serviços financeiros feitos sob medida e planejados por especialistas em agricultura.
Alta tecnologia e consultorias A John Deere trouxe para a feira soluções integradas de agricultura de precisão e alta tecnologia, além de consultoria aos clientes, a fim de otimizar o negócio. “Após tantos anos, a Expointer já é uma das feiras agropecuárias mais tradicionais do País e cenário para que sejam apresentadas inovações. Por isso, a
John Deere está presente no evento com um conceito muito claro: demonstrar que a alta tecnologia no campo faz a diferença no negócio do agricultor, auxiliando-o a produzir mais, sem abrir novas áreas”, ressalta Rodrigo Bonato, diretor de Vendas da John Deere Brasil. Para o executivo, por meio da agricultura de precisão é possível gerar a rentabilidade desejada de forma sustentável ao negócio. “Ou seja, ao aplicar o elemento correto, na medida correta, no lugar correto e no tempo correto”, explicou. Afirmou ainda que a Expointer é extremamente relevante dada a participação da região Sul na produção agropecuária brasileira, principalmente pela atuação de médios e pequenos produtores, além da agricultura familiar. “A tecnologia existe para executar operações agrícolas de forma eficiente, ou seja, utilizamos as diversas fontes de informação que temos, como dados das máquinas, da operação, as condições de solo e clima, os mapas de produtividade e as prescrições agronômicas, e somamos com a consultoria de nossa rede de concessionários, de forma que a melhor decisão seja tomada pelo cliente”, explica
Em Agricultura de Precisão, a Jacto apresenta o OMNI 700, um produto Otmis, marca da Jacto para AP, utilizado na navegação de máquinas no campo que integra funcionalidade de barra de luz, piloto automático, controle de pulverização bico-a-bico, incluindo os serviços de correção de sinal, que aumentam a qualidade e precisão das operações e informações georeferenciadas. O sistema permite gravar e repetir a execução das operações de altura das barras, velocidade de trabalho, direcionamento e parâmetros da pulverização, permitindo melhorar a eficiência da operação e conferindo maior qualidade das aplicações e facilidade para o operador, reduzindo a fadiga das longas jornadas e possibilidade de reprodução do trabalho dos operadores mais experientes.
Nabor Goulart
Máquinas e implementos agrícolas
Bonato. Os participantes da feira podem conferir os modelos 2018 das colheitadeiras S400, com destaque para o mapa de produtividade e tecnologias para entregar maior qualidade de grão e reduzir índices de perdas. Nas colheitadeiras S400, todo o desenvolvimento em P&D e engenharia foi pensado em prol dos pequenos e médios agricultores. “Como resultado temos máquinas mais leves, ágeis e com tecnologias que auxiliam a colheita em áreas com declividade acentuada como a tração e o ajuste automático ao terreno”, explica Marcos Balsan, especialista em Soluções para Colheita da John Deere Brasil. Adicionalmente, um sistema de limpeza de grãos ajusta a abertura das peneiras para alto desempenho, mesmo nas subidas e descidas das terras gaúchas. Considerando preocupações do produtor como a redução do desperdício de defensivos e o menor amassamento das culturas, além dos desafios das terras do Sul, a John Deere atualizou seu pulverizador 4630, de forma que ele possa atuar nos terrenos inclinados sulistas de até 38% de inclinação com maior precisão e 27% mais tração.
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INVESTIMENTO
Mahindra anuncia aumento da produção no Brasil Diretores divulgam planos de ampliação
enos de um ano depois de assumir a operação brasileira, a fabricante de tratores Mahindra tem um acelerado plano de expansão que inclui negócios em países da América Latina. O anúncio foi feito nesta terça, pelo diretor-geral de Operações da Mahindra Brasil, Jak Torretta, durante entrevista na Expointer. O avanço da empresa se dará em diferentes frentes. Com capacidade de montagem de 1 mil tratores por ano em Dois Irmãos (RS), a companhia projeta dobrar o volume de produção até 2022. Para isso, analisa a compra de uma fabricante de implementos ou tratores, ou mesmo a construção de uma nova fábrica. A empresa tem reservado US$ 70 milhões para investimentos nos próximos cinco anos, valor destinado para aquisições ou construção de nova unidade e nacionalização de tratores fabricados em outros países pela marca originária da Índia. “Estamos em negociações com municípios para a instalação de uma fábrica, mas a nossa preferência é ficar na Grande Porto Alegre. Se não montarmos mais em Dois Irmãos, deverá ficar na cidade um centro de distribuição de peças”, afirmou o executivo. Focada na agricultura familiar - são 5 milhões de propriedades rurais no país com esse perfil -, a Mahindra tem o mercado consumidor concentrado no Sul e Sudeste. Mas está em andamento um plano para ampliar a rede de concessionárias.
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Atualmente são 15 pontos de venda. A projeção é chegar a 20 até o fim do ano, basicamente no Sul e Sudeste. “Além de onde já atuamos hoje, há compradores em potencial em São Paulo, Minas Gerais, sul da Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul”, destacou. Torretta disse que a marca pretende aumentar a presença no campo não somente com a venda de produtos, mas também auxiliando o pequeno e médio produtor no gerenciamento da propriedade. “É um projeto da Mahindra para 2018. Vamos levar noções de gestão para produtores”, acrescentou. Mahindra Finance - Outra facilidade para a aquisição de tratores da marca anunciada na Expointer foi a parceria da Mahindra Finance com o banco DLL. “Isso vai dar agilidade na contratação porque a agência ficará dentro da concessionária. Também vai oferecer financiamento para o estoque e ajudar no gerenciamento de caixa da concessionária”, informou Jalison Cruz, gerente de Vendas e Marketing da Mahindra Brasil. Depois de consolidada a linha de tratores com potência de 26 a 95 cv, a marca vai começar a vender no país modelos de 110 e 130 cv. Montados na Coreia do Sul, serão lançados nos Estados Unidos em outubro. No próximo ano chegarão ao Brasil e em 12 meses devem ser nacionalizados. Com portfólio de até 130 cv de potência,
a Mahindra terá produtos para 75% do mercado brasileiro de tratores. Ao lado desses projetos, a empresa vai gerenciar a expansão da marca na América do Sul, podendo chegar até o México, onde há uma unidade que faz a montagem final de tratores. Os países com potencial de mercado são Paraguai, Bolívia, Chile, Peru e Uruguai. Pelo fato de a matriz da Mahindra ter 35% da fabricante de colheitadeiras Sampo Rosenlew, da Finlândia, Torretta diz que está em estudo a fabricação de modelos no Brasil. “Os finlandeses estão bem interessados em razão do potencial do agronegócio brasileiro. Seriam colheitaderas voltadas para o pequeno e médio produtor”, salienta. Lançamentos Expointer - A Mahindra aproveita a feira para apresentar novidades. Entre os lançamentos estão tratores da série 6000-6060, família com potência de 55 a 75 cv. O regime de rotação baixa dos motores proporciona economia no consumo de combustível. Também estão no estande da marca o trator Max 26, importando do Japão, voltado para a produção de hortigranjeiros e de uva. O modelo 4530, fabricado na Índia, tem potência de 42 cv. A série 8000 S ganhou nova ergonomia, trazendo mais conforto para o operador. E o 9500 S passa a ter mais potência (95 cv) e um novo sistema hidráulico, sendo uma evolução da linha
9200. Também estão na feira dois modelos do veículo de transporte de carga Pact, utilizados para o deslocamento dentro da propriedade rural. Com tração 4x4 e motores a diesel ou gasolina, suportam todo o tipo de terreno. Na entrevista coletiva, Torretta definiu os tratores da Mahindra como robustos. O executivo explicou que a melhor forma de se ver isso é verificar quanto que um fabricante desembolsa com consertos em garantia sobre o faturamento total. “A média da indústria, em tratores na nossa faixa de atuação, fica em 1,5%. Na Mahindra é de 0,4%. Experimentando os tratores da marca, o produtor notará a durabilidade e o menor consumo de combustível. Só pode dar cinco anos de garantia quem confia no que produz”, enfatizou Torretta.
Sobre a Mahindra no mundo Líder mundial em volume de vendas de tratores, a indiana Mahindra está presente em mais de 100 países nos cinco continentes e conta com mais de 200 mil colaboradores em todo o mundo. O Grupo Mahindra possui 34 unidades de manufatura espalhadas pelo globo. Apenas nas quatro fábricas da Índia são produzidos cerca de 250 mil tratores/ano. No total, a gigante indiana já ultrapassou a marca de 2 milhões de tratores vendidos.
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Mercado CIRCUITO
Uma aula para o mate
Perigo: redução na safra 2017/2018 De acordo com dados divulgados pela EMATER/ RS-Ascar na Expointer, a safra de verão no Rio Grande do Sul, referente ao período 2017/2018, poderá ter redução de 10,9% na produção total dos principais grãos (arroz, soja, feijão 1a safra, milho grão e milho silagem). Nesse contexto, o destaque positivo ficou por conta da soja, que deverá registrar um aumento de 3,16% na área cultivada com relação ao período anterior (2016/2017). O presidente da entidade, Clair Kuhn, destacou que “os dados divulgados têm como base comparativa a produtividade
média dos municípios registrada nos últimos 10 anos”. A área total a ser plantada no Estado deverá alcançar 7.578.522 hectares, 1,01% a mais que o período anterior (7.502.876 hectares). Ainda assim, a produção poderá ter redução de 10,9%, correspondendo a 29.942.825 toneladas contra o registro de 33.305.533 do ciclo passado. Mesmo com aumento de área ocupada em 3,16% (5.702.780), a soja, que trazia o otimismo de uma super safra, terá decréscimo de 9,81% na produção, registrando 16.753.980 toneladas contra 18.575.434 da colheita anterior.
Estudo da Emater/RS-Ascar alerta sobre produção
leite e queijo no fronte
Silo de garrafa PET Uma ação sustentável muito interessante está ocorrendo durante a 40ª Expointer. A startup gaúcha Silo Verde, com sede no Tecnosinos, em São Leopoldo (RS), instalou pontos de coleta distribuídos em locais estratégicos da feira, para receber garrafas PET produzidas pelos visitantes do evento. Os Ecopontos, fabricados de cartonados, também são novidade, e terão a destinação correta após o final do evento em Esteio. "Os resíduos gerados na feira serão utilizados para a produção de lotes especiais de silos, beneficiando os produtores", observa o diretor da empresa, Manolo Machado. Durante a Expointer do ano passado foram recolhidas mais de 7 mil garrafas PET, o que proporcionou a construção de dois silos. E a novidade estará além da Expointer. A partir de uma parceria com o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Rio Grande do Sul (Sulpetro), serão disponibilizados pontos de coleta em postos de diversas bandeiras, com o objetivo de gerar uma campanha de conscientização comunitária, integrando a sociedade à ação. A Silo Verde também pretende estender essa iniciativa para as universidades e escolas. "Entendemos que a partir do momento que a sociedade toma conhecimento real dos benefícios que ela está gerando para o produtor rural e para o meio ambiente, as ações se tornam mais consistentes", salienta o diretor Comercial e de Marketing da empresa, Maurício Bruno. Entre os postos que receberão os Ecopontos, três ficam em Porto Alegre. Os pontos de coleta das garrafas PET também estarão em São Leopoldo e Cachoeirinha.
Indústrias de laticínios buscam conquistar espaço diante dos importados e ampliar consumo para produtos de maior valor agregado
Divulgação
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Longe do ferrão
Uma batalha para ganhar competitividade:
Evaldo Gossler: "sem ferrão é menos perigoso e vale mais"
Esse banho eles querem…
Venha brindar a Expointer no
Boulevard Laçador. Você sabia que existem abelhas sem ferrão? Na verdade elas sempre existiram e são nativas. As abelhas que conhecemos foram introduzidas no Brasil por Europeus em 1834. A criação das espécies sem ferrão é chamada de meliponicultura, e resulta em um mel com textura e propriedades diferenciadas. Esse produto foi destaque durante apresentação do apicultor Evaldo Gossler, de Bom Princípio, no espaço da EMATER/ RS-Ascar na Expointer. De acordo com o produtor, que coordena a cooperativa Tchê Mel, na sua propriedade são cultivadas 22 espécies de abelha sem ferrão, originárias do Rio Grande do Sul, e algumas exóticas de outras regiões do Brasil. “O mel extraído delas é mais fino e úmido, e possui propriedades medicinais. Muitos de nossos consumidores procuram por conta dessa característica”, disse. A produção, no entanto, é muito menor do que as demais. Cada colmeia produz no máximo 1kg por ano. Enquanto o preço por quilo do mel tradicional custa em torno de R$ 20, o mel das abelhas sem ferrão pode atingir até R$ 120. O manejo é diferenciado, exige menor equipamento de proteção e apresenta risco reduzido de acidentes ao produtor, “exceto pequenas ‘mordidas’ dos bichinhos caso se sintam incomodadas”, aponta o apicultor. Gossler possui extensa experiência no ramo. “Eu acho que nasci dentro das colmeias”, brinca. A família de onze filhos herdou a paixão do pai pelo trato com as abelhas, e tanta dedicação resultou no reconhecimento à cooperativa como o melhor mel do Estado.
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Av. dos Estados, 111 • Porto Alegre • Próximo ao Aeroporto
Resíduos recolhidos na feira serão transformados em silo verde
Jogo da velha, ganhei! Uma estrutura que impressiona pelo visual colorido, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) conseguiu unir diversão, educação e premiação para o público de forma interativa e dinâmica. As práticas e os conhecimentos sobre o meio rural podem ser testados pelos visitantes na Expointer por meio do Jogo do Campo, localizado no Pavilhão Internacional. A idéia reúne duplas de competidores, sorteados na hora, em partidas diárias às 10h, 11h, 12h, 13h30, 14h30 e 16h30. As perguntas elaboradas por instrutores do Senar-RS abrangem temas como segurança, irrigação, gestão rural e outras questões técnicas da agricultura e pecuária. Para os vencedores, um tablet. “Venci o desafio respondendo diversos temas que farão parte da minha vida em breve”, afirmou o técnico em Informática Ironi da Silveira, vencedor de uma das partidas e morador de Novo Hamburgo. Ele está de malas prontas para trabalhar com agricultura de precisão no Mato
Interatividade e atenção para levar o tablet
Grosso. “Quero unir os 20 anos de experiência em informática com os recentes conhecimentos que venho adquirindo nos cursos do Senar”, disse, destacando que os avanços tecnológicos mudaram a realidade de quem atua no campo, independente do tamanho da propriedade e do negócio.
guerra do leite brasileiro deve ganhar um novo capítulo. E a disputa é contra o Uruguai, em um embate específico na categoria de leite em pó. Os detalhes desse impasse foram revelados na terçafeira, 29 de agosto, em uma coletiva para imprensa no PUB do Queijo, espaço que abriga o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul, na Expointer. O presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra, relatou as dificuldades que o setor vem enfrentando diante da concorrência com o leite em pó uruguaio, produto considerado como de livre comércio, em função do Mercosul. “Enquanto o quilo no Brasil custa R$ 14, o produto importado chega aqui por R$ 10,50 a R$ 11”, compara. “Com esse valor, sequer cobrimos os custos”. Para tentar resolver a situação, Guerra esteve reunido com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, na ocasião da abertura da Feira, e encaminhou uma solicitação para que fosse adotado um sistema de cotas para o leite em
pó do Uruguai, como já ocorre com o produto vindo da Argentina. Assim, poderá haver, por exemplo, a importação máxima de 4,5 mil toneladas mensais até junho de 2018. Para compensar o contexto que reúne o aumento de produção, a redução de consumo e a importação com preços mais competitivos, o Sindlat-RS propôs compra governamental emergencial de 50 mil toneladas de leite em pó nacional para ser destinado a escolas e iniciativas sociais. Outro desafio local é elevar a produtividade das propriedades e dos animais. “Enquanto na Argentina, cada vaca produz em média 20 litros de leite por dia, no Uruguai, esse número é de 15 litros e no Brasil é de apenas 5 litros”, enumera. “Mesmo que no RS a média seja de 10 litros ao dia, ainda temos muito o que melhorar e fazer nossa lição de casa”, admite. O Sindlat-RS também está empenhado
Carolina Jardine
Promoção válida de 26/08 a 03/09.
Presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra em promover o aumento de consumo de laticínios e de produtos de maior valor agregado. O consumo anual de queijo no Brasil é de 5 quilos, menos de metade dos 11 quilos na Argentina e muito aquém dos 25 quilos ao ano consumidos na França. “Precisamos mostrar que existem várias opções. Somente no espaço da Expointer apresentamos 50 diferentes tipos da iguaria para degustação”, finalizou Guerra.
Com cerca de 120 quilos de leite coletados em cinco ordenhas pelos campeões, os produtores de Fortaleza dos Valos e de Farroupilha foram banhados em leite, na tarde da terça-feira (29/08), na premiação do concurso da raça Holandesa. A campeã na categoria adulta foi a vaca Cablis 760 Doroty Jordan, da Agropecuária Dois Irmãos, que produziu 52 quilos de leite. Já na categoria vaca jovem, foi Tang Sali Buxton 8158, da Granja Tang, com 66 quilos. Não é a primeira vez que a Agropecuária Dois Irmãos conquista o campeonato. "Na Expointer já ganhamos seis vezes e participamos de vários concursos pelo estado, totalizando quase 40 troféus. Mas não deixa de ser um momento ímpar da minha vida", celebra Carlos Schiefelbein, um dos proprietários de Doroty. Criador da raça desde 1990, Schiefelbein conta que houve divergências familiares na hora de escolher o animal que participaria da competição. "Só eu queria trazer essa vaca. O resto achou ela muito agressiva e incapaz de produzir muito com o estresse", relata. Já Tang Sali, de 3 anos, venceu o concurso pela primeira vez. Segundo os criadores, ela deve procriar nos próximos meses, o que tende a aumentar sua produção até a próxima edição da feira.
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Animais
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Novidade deve se consolidar Os números da Arco sobre a Expointer 2017 dão conta de um aumento na participação de ovinos, de 702, em 2016, para 718 nesta edição, devido à criação de categorias de animais naturalmente coloridos dentro de seis raças: Corriedale, Romney Marsh, Hampshire Down, Texel, Ile de France e Suffolk. São, ao todo, 62 animais, em cores que variam entre preto, cinza e caramelo. Na busca por diversificação produtiva, os criadores gaúchos têm investido nesse novo nicho de lã como complemento de renda. Para o presidente da Associação Brasileira dos Ovinos Naturalmente Coloridos, Cleber Vieira, a lã é apreciada por artesãos para confecção de roupas e pelegos. “No passado, havia resistência com ovinos de pelos pretos e eles eram descartados. Contudo, os produtores se deram conta de que o pelego escuro tem alto valor de mercado, pois é o único usado na encilha gaúcha", revela Vieira. Ele diz que o valor de mercado de um cordeiro chega a R$ 200 e que seu pelego pode render outros R$ 200,00 para o produtor. Se comparado com o valor da lã branca suja, que chega a R$ 16,00 o quilo, a lã preta nas mesmas condições não passa de R$ 3,00. Mas, se o produtor tiver condições de tratar essa lã, dentro da propriedade, o valor compensa e pode chegar a R$ 35,00 o quilo.
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Julgamentos na feira são momentos importantes para os criadores
Futuras gerações de criadores
Sheila Meyer
consumo de carnes de ovinos tem crescido há alguns anos no Brasil e no exterior. Exportações para países como Paquistão, Japão e alguns do Oriente Médio justificam que a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) e da Câmara Nacional de Caprinos e Ovinos mantenham seus radares ligados em fomentar a produção e insistir na qualificação de processos junto aos criadores. Apesar da crise econômica tão alardeada no cenário brasileiro, ovinocultores gaúchos que estão presentes na Expointer 2017 manifestam otimismo quanto às vendas de animais na feira. A expectativa é, no mínimo, repetir os valores do ano passado, que chegou a R$ 638 mil, com a comercialização de 132 animais. Parcerias para liberação de crédito, assistência técnica, programa de certificação e rotas turísticas devem colaborar para esse clima positivo entre os criadores. O Sicredi é uma das instituições financeiras dispostas a apoiar. Chegou a lançar um projeto de financiamento, atrelado à assistência técnica. “A Arco providencia uma visita técnica na propriedade. Emite um parecer sobre o que é necessário em investimento e aí o produtor decide se toma o crédito”, conta o presidente da Arco, Paulo Schwab. Em anos anteriores, mesmo com valores disponíveis, poucos empresários utilizaram os financiamentos. Segundo dados da Arco, o rebanho gaúcho conta com 3,7 milhões de cabeças e o nacional com 17,5 milhões, somando animais para carne e lã. O consumo de carne ovina é de 84 mil toneladas ao ano no Brasil, o que daria em torno de 400 gramas per capita por ano.
ARCO/DIVULGAÇÃO
Uma nova era para os ovinos
Gêmeos de 13 dias encantaram na Expointer
Durante a Expointer 2017, foi criada a Arco Jovem com 12 integrantes. Na ocasião que marcou essa iniciativa, o presidente da Comissão Jovem da Farsul, Luis Fernando Pires, fez um batepapo com os presentes. Contou um pouco da sua trajetória no agronegócio e do trabalho que vem fazendo para reunir os jovens em torno do agro, debatendo projetos importantes e temas pertinentes ao cenário atual da agricultura, pecuária e seus mercados. No início da semana, em evento promovido pelo Canal Rural, chamado Geração Agro, Amílcar Matos, zootecnista e um dos proprietários da Fazenda Santa Isabel, propriedade que cuida juntamente com seu pai, declarou que está desenvolvendo um trabalho voltado para o aumento do rebanho, justamente, utilizando dados de pesquisa e tecnologias avançadas para alcançar resultados positivos. O próximo passo da Arco Jovem é uma reunião para a formação de diretoria e para traçarem suas estratégias de atuação.
Fazer juntos por tradição, por parceria e pelo crescimento do campo. O apoio ao agronegócio está nas nossas raízes. Desde sempre, estamos ao lado de quem vive no campo e construímos juntos uma relação de confiança e crescimento. Continue contando com essa parceria.
SAC Sicredi - 0800 724 7220 Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525 Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519
Vamos fazer juntos grandes negócios. De 26/08 a 03/09, visite nossos espaços na Expointer. Setor de Máquinas e Implementos Agrícolas Pecuária Pavilhão da Agricultura Familiar
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ERS 239 km XX
O dinheiro que você paga em pedágios resulta em melhorias nas nossas estradas. Pelas estradas passa a produção do Rio Grande do Sul. Por isso, a EGR faz melhorias constantes para o nosso Estado ir mais longe. Cerca de 1.000 km de rodovias estaduais foram recuperadas nos últimos 2 anos, contribuindo para o desenvolvimento do Estado, a qualidade de vida e o futuro dos gaúchos.