Expresso Expointer 2018 EDIÇÃO 3

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EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

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GRATUITA

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE EVENTOS PÁG. 4

ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018 | EDIÇÃO Nº 3

EXPOINTER MOSTRA QUE O ESPAÇO É UM DOS PREFERIDOS DO PÚBLICO. NOS DOIS PRIMEIROS DIAS DA FEIRA, AS VENDAS AUMENTARAM MAIS DE 60% EM COMPARAÇÃO COM O ANO PASSADO.

PÁGS. 8 e 9

WIKIMEDIA

Paixão Côrtes A lenda se foi Pág. 2

Prêmio Gerdau divulga os “Melhores da Terra” Pág. 12

FERNANDO KLUWE DIAS

Tradição de sabor O queijo artesanal serrano Pág. 15

KARINE VIANA/PALÁCIO PIRATINI

AGRICULTURA FAMILIAR APROXIMA O CAMPO DA CIDADE

SUCESSO DO NOVO PAVILHÃO NA


FOTO CEDIDA POR BRUNO ALENCASTRO

28 TER

SERVIÇO - 41ª EXPOINTER

ONDE:

Parque Estadual de Exposições Assis Brasil BR 116 – Km 13 - Esteio - RS

QUANDO:

De 25 de agosto a 02 de setembro de 2018 Horário de Funcionamento do Parque – entrada de público pedestre: das 8h às 20h30. – entrada de veículos visitantes: das 8h às 20h.

COMO:

Ingressos na bilheteria - Pedestre: R$ 13,00 – Estudante: R$ 6,00 com apresentação de carteira oficial de estudante da UNE (ensino superior), UBES (ensino médio ou fundamental), UGES. Carteira expedida por estabelecimentos de ensino médio ou associação, ou agremiação de estudante a que pertencem (ensino médio e superior). Carteira de passagem escolar – Idosos: R$ 6,00 a partir de 60 anos com a apresentação da Carteira de Identidade. Maior de 65 anos terá gratuidade na entrada (Lei nº 10.741 de 01/10/2003). – Crianças com até 6 anos têm acesso livre se acompanhadas. Entrada de pedestres pelos portões 02, 03 e 06

EDITORIAL

UM SÍMBOLO DO RIO GRANDE DO SUL

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eternizado como símbolo do Rio Grande e de Porto Alegre ao posar para estátua do Laçador, do escultor Antônio Caringi. Também lançou manual de danças típicas gaúchas e registrou os passos da cultura e do ritmo do Estado. Era um grande folclorista e possuía um acervo enorme de materiais pesquisados em todo o Rio Grande do Sul. Essa trajetória de resgate à tradição e à identidade do gaúcho foi homenageada em 2010, quando foi escolhido como patrono da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre. Parte da equipe do Expresso Expointer trabalhou diretamente com ele. Sempre amável, não dispensava uma boa conversa e causos a contar. Ensinou aos jornalistas mais novos, que não viveram a época da máquina de escrever, sobre a expressão para dizer “vou trabalhar”. Era “vou maltratar as pretas!”, em uma alusão ao equipamento que tinha teclas na cor preta. Valorizava o jornalismo de qualidade. Agora, Paixão segue vivo como o homem que descobriu o verdadeiro gaúcho e poderá ser reverenciado em vestes, chapéus, gestos, danças, cantos, e em toda história de um Estado. Obrigado, Paixão. Equipe Expresso Expointer.

ESTACIONAMENTO:

Estacionamento de Veículos: o valor é de R$ 32,00 por veículo (com direito ao ingresso do motorista). Entrada dos veículos visitantes pelo portão 15. Motos: não são permitidas nos estacionamentos.

AGOSTO

tradicionalista Paixão Côrtes faleceu nesta segunda-feira, 27 de agosto, às 16h05, em Porto Alegre. Ele estava internado na UTI do Hospital Ernesto Dornelles, devido a complicações após uma cirurgia. Escritor, pesquisador, folclorista, compositor, um símbolo para o Rio Grande do Sul, que serviu de modelo para a estátua do Laçador, Paixão representa a própria história da cultura gaúcha. Ele nasceu em 12 de julho de 1927 em Santana do Livramento e tinha 91 anos. A maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a Expointer, também sentirá falta desse ícone. Paixão Cortês é um personagem decisivo para a cultura e para o movimento tradicionalista do Rio Grande, juntamente com Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glauco Saraiva. Fundou o CTG 35, em 1948. Gravou músicas tradicionais gaúchas como Chimarritabalão, Balaio e Xote Carreirinha, com a cantora Inezita Barroso. Também levou o Rio Grande do Sul a ultrapassar as fronteiras do País e se apresentou no Olympia de Paris, no Palco da Universidade de Sorbonne e em outros espaços internacionais. Seus livros também foram traduzidos para o inglês e lançados no exterior. Em 1992, Paixão foi

EXCURSÕES:

Excursões de estudantes e agricultores previamente cadastradas: – Estudantes de Escolas do Ensino Fundamental (a partir da quinta série), Ensino Médio e Ensino Técnico, acompanhados por seus professores. Gratuidade de 29 a 31 de agosto (4ª, 5ª e 6ª feira) e portão de acesso previsto pelo Portão 6 (podendo haver alteração). Horário de ingresso: das 8 às 15 horas.

EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 27 DE AGOSTO DE 2018

EXPEDIENTE:

Expresso Expointer Uma publicação do Armazém da Mídia

Publisher: Nenê Zimmermann (51) 98235-0022

Produção e Edição: Milim Comunicação www.milim.com.br (51) 3311-8850

Jornalistas Responsáveis: Sheila Meyer (Registro Profissional: 8190 DRT/RS) Tatiana Csordas (Registro Profissional 3480 DRT/PR)

Redação: Caroline Silveira Ferrari e Maíra Bernardo Projeto gráfico: Rafael Medeiros

Direção de arte e Diagramação: Carolina Fillmann Design de Maria designdemaria.com.br

Impresso na gráfica do jornal Zero Hora Tiragem: 20 mil exemplares


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CAVALOS FOTOS: DYESSICA ABADI/PALÁCIO PIRATINI

O JOGO DO PATO E O DESAFIO DA MOTOCICLETA Com o horseball e a prova de agilidade, criadores confraternizam, mas também demonstram os atributos das raças Árabe e Mangalarga.

N

o dia 25 de agosto, duas atrações divertidas e emocionantes conquistaram olhares curiosos na Expointer. O jogo do pato, ou Horseball, é uma das primeiras provas do Cavalo Árabe na feira. Presente desde 2015 No evento, o jogo serve mais como uma confraternização entre os cavaleiros do que uma competição em si. Dois times de quatro jogadores, contando dois reservas para cada equipe, disputam para ver quem consegue marcar mais gols em 20 minutos. A partida ainda conta com três intervalos de descanso para os animais. O esporte é tradicional na Argentina e no Uruguai. A diretora da Associação Gaúcha de Cavalos Árabes, Fabiane Pacheco Prates, diz que o animal é perfeito para o jogo. “Ele é super atleta, tem toda sua morfologia voltada para um animal de vigor, todo o sistema venoso apropriado para resfriamentos. Então, é uma forma também de mostrar sua funcionalidade e o lazer que ele propõe”. A origem do nome

Jogo do Pato é antiga: “Por volta de 1930, era usado um pato no lugar da bola com argolas, usada atualmente. Com o tempo, visando o bem-estar dos animais, aperfeiçoaram os equipamentos para a prática esportiva”. Ao final dos dois tempos de 10 minutos, os times - divididos entre Cavalos Mangalarga e Árabes comemoraram a integração entre as raças. A outra prova emocionante foi a disputa entre cavalos Mangalarga e motoqueiros. Pela primeira vez desde à invenção da prática, os cavalos saíram vencedores pelo placar de 9 a 5. Conforme Luis Augusto de Camargo Opice, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga, o resultado é prova da evolução da raça. “Mesmo que seja apenas para se divertir, é satisfatório ganhar pela primeira vez, ressaltando a força da raça e o melhoramento genético”. A programação dos Cavalos Árabes e dos Mangalarga segue ao longo de toda a Expointer.

Jogo envolve dois times de quatro jogadores disputando para ver quem marca mais gols em 20 minutos

EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

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EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

AGENDA DO DIA Programa Expointer Especial Local: Casa da Band

08h30

Primeiro Seminário dos Queijos Artesanais Local: Auditório SEAPI

09h

Seminário Agrotech Canal Rural, Juntos para Competir e parceria Farsul, Senar e Sebrae *Apresentação de Kellen Severo (jornalista). *Participação de George Hiraiwa (secretário da Agricultura-PR), Pedro Martins Dusso (diretorexecutivo da Aegro), Magnus Arantes (investidor em startups) e Gabriela Nichele (produtora rural e agrotuber). * Ao vivo, a partir das 9h30min, pelo Canal Rural (TV e portal). Local: Arena Canal Rural Painel - Tecnologia das Máquinas Agrícolas que aceleram o agronegócio Local: Casa do SIMERS Reunião do Grupo Gestor do Programa Estadual de Conservação do Solo e da Água Local: Casa Emater/ Ascar-Espaço das Frentes Programáticas-Q.37

09h30

Fórum Canal Rural: Disrupção no Agro *Transmissão a partir das 10h, pelo Canal Rural (TV e portal) *Realização: Canal Rural, Farsul, Sebrae e Senar Local: Arena Canal Rural

10h

Reunião CONSEF Conselho dos Secretários Municipais de Fazenda e Finanças Local: Casa da FAMURS Oficina - Manejo e bemestar animal Local: Espaço Senar

Reunião do Comitê Gestor do Programa PróPecã Local: Casa do Badesul Transmissão da ordenha realizada na Oficina da Gadolando Local: Leiteria Sindilat e Pub do Queijo

10h30

Vitrine da Carne - Bovinos Associação Brasileira da Angus Local: Estande Vitrine da Carne Gaúcha - Salão do Empreendedor - Pavilhão Internacional

10h45

Oficina - Manejo reprodutivo de ovinos Local: Espaço Senar

11h

Otimização do rúmen bovino e os desafios atuais na mecanização da alimentação animal *Câmara Brasil-Alemanha e CLAAS America Latina Ltda. No Estande da Câmara-Brasil Alemanha Local: Pavilhão Internacional - Q.24 Almoço com as concessionárias de automóveis *Concessionárias: Gala, Sagara, Copagra, Guaíba Car, DR Sul, Kia Sun Motors, R Jung, Car Way, Gravel, Unidos, San Marino, Iesa. Local: Casa da Pampa

11h30

Oficina - Genética para o aumento da produtividade e qualidade do produto Local: Espaço Senar

12h

Vitrine da Carne - Ovinos *Assistência aos Rebanhos de Criadores de Ovinos (ARCO) Local: Estande Vitrine da Carne Gaúcha - Salão do

PXHERE

Empreendedor - Pavilhão Internacional

12h30

Programa Mercado&Cia Canal Rural - Ao vivo pelo Canal Rural (TV e portal). Local: Arena Canal Rural

13h

Almoço de confraternização de expositores - ABCRSS *Confraternização de expositores das Raças Simental e Simbrasil Local: Estande da ABCRSS

Canal Rural destaca tecnologia no campo

13h30

Oficina - Pastagens Cultivadas - Integração Lavoura/Pecuária Local: Espaço Senar

14h

Banho de Leite – Campeãs Leiteiras *Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando) Local: Pavilhão de Gado Leiteiro Fórum Canal Rural: Mulheres no Comando - Modelos de gestão Canal Rural e Comissão de Produtoras Rurais da Farsul. *Apresentação de Kellen Severo (jornalista). *Participação de Zenia Aranha da Silveira, (presidente da Comissão de Produtoras Rurais da Farsul), Manoela Bertagnolli (gestora administrativa da Sementes Butiá), Clarisssa Rohde Lopes Peixoto (diretora do Grupo Pitangueira), Andrea Verissimo (administradora financeira da Fazenda do Barroso) e Maria Thereza Rezende (produtora rural e consultora em Gestão de Pessoas). Local: Arena Canal Rural Palestra: Mulheres e o Agronegócio Palestrante: Carolina Peró Osorio, presidente da Associação Rural de Pelotas Local: Casa do Badesul SOFIA WOLFF/PALÁCIO PIRATINI

Debates Correio Rural Local: Casa do Correio do Povo, Rádio Guaíba e Record Seminário de Queijos Artesanais Local: Casa da Emater Vitrine da Carne - Suínos Local: Estande Vitrine da Carne Gaúcha - Salão do Empreendedor - Pavilhão Internacional Reunião da Câmara Setorial Estadual da Cana de Açúcar Local: Auditório da Administração do Parque Assis Brasil

14h30

Seminário: “Exportação de gado vivo: aspectos econômicos, técnicos e legais” *União Brasileira dos Agraristas Universitários (UBAU) e Conexão Rural Local: Auditório da Federacite Oficina - Ultrassonografia para avaliação de carcaça em ovinos Local: Espaço Senar Show Beto Hermann Local: Palco Principal da Expointer

15h

Fórum Crimes no Campo Temas: Segurança Familiar e os Roubos de Insumos, Maquinas e Equipamentos Agricolas. Abigeato e Crime Multifatorial. Local: Casa da Pampa Apresentação e prélançamento das novas carteiras sociais da Adjori Oferece descontos especiais em lojas, oficinas e prestadores de serviços para os sócios da Adjori Local: Casa da Adjori

15h30 Hoje é dia do tradicional banho de leite

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EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

Mostra Instrumental Local: Palco Principal da Expointer

16h

KARINE VIANA/PALÁCIO PIRATINI

Pampa Grande do Sul Rádio Pampa AM Local: Casa da Pampa Especial Expointer 2018 Transmissão das 16h às 18h Local: Casa do Correio do Povo, Radio Guaíba e Record Oficina - Estratégia de desmames de bovinos de corte Local: Espaço Senar

16h30

Lançamento do livro: “O Direito Agrário nos 30 Anos da Constituição de 1988” União Brasileira dos Agraristas Universitários (UBAU) e Conexão Rural Local: Auditório da Federacite Vitrine da Carne – Bovino Devon Local: Estande Vitrine da Carne Gaúcha - Salão do Empreendedor - Pavilhão Internacional Show Vinícius Brum Local: Palco Principal da Expointer

17h

Restaurante com a churrasqueira Clarice Chwartzmann Carnes nobres do Frigorífico Silva Best Beef Black Label Local: Espaço La Victoria

17h30

Show Renato Borghetti Local: Palco Principal da Expointer

17h50

Pampa Debates TV Pampa Local: Casa da Pampa

18h

Harmonização de queijos e vinhos Local: Leiteria Sindilat e Pub do Queijo

A inconfundível gaitaponto de Renato Borghetti no Palco Principal

18h30

Show Geração Z Local: Palco Principal da Expointer

19h

Desfile Grande Campeões HB e brinde aos campeões Local: Estande da Raça Entrega das premiações ABCRSS Para os campeões das raças Simental e Simbrasil + Show musical com o cantor Daniel Torres Local: Pista B Jantar do 3º Fórum “Os Caminhos do Rio Grande” - Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) Local: Casa da Pampa

20h

AGOSTO

08h

Encontro Nacional das Cooperativas Escolares Local: Casa do Cooperativismo Gaúcho Q.13

28 TER

Jornal da Pecuária Boletins da Expointer *Canal Rural - Ao vivo pelo Canal Rural (TV e portal) Local: Tatersal do Cavalo Crioulo Jantar e Entrega de prêmios Destaque A Granja do Ano Revista A Granja Local: Auditório da Farsul

21h

Degustação Carne Certificada Hereford *Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) Local: Estande da Raça


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EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

Agora, Esteio tem um novo jeito de cuidar da sua vida financeira.

Nossa nova agência tem um ambiente moderno e acolhedor para receber você. Afinal, nós do Sicredi, valorizamos o relacionamento. Para isso, conhecemos bem nossos associados para oferecer sempre as melhores soluções financeiras a cada um. Abra uma conta e venha crescer com a gente.

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ARTIGO

CASA NOVA PARA A AGRICULTURA FAMILIAR TARCISIO MINETTO

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Expointer é um momento de reconhecimento, de oportunidades e de validação do trabalho que o setor agro realiza ao longo do ano. Esta é a 20ª participação da agricultura familiar nesta feira, um lugar de diversidade, já consagrado como polo difusor da qualidade dos produtos de nossos agricultores. No princípio, foram 30 pioneiros, em um espaço improvisado. Este ano, teremos 285 expositores e um novo pavilhão, que se soma ao já existente e perfaz área total de mais de 7 mil metros de área construída para a agricultura familiar. Uma das construções mais modernas do Parque de Exposições Assis Brasil, a obra do novo pavilhão foi possível graças a convênio do Estado com o governo federal. Envolvendo a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), ligada à Casa Civil da Presidência da República, e a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi). O crescimento da agricultura familiar na Expointer se tornou viável graças à união de muitas pessoas e entidades, que reconhecem o segmento como um importante vetor de desenvolvimento. A presença em massa de visitantes ao pavilhão da agricultura familiar reflete a qualidade e a organização das agroindústrias, bem como favorece o contato com o público urbano e destes com os melhores produtos coloniais. Os empreendedores que mostrarão sua produção nesta grande vitrine do agronegócio que é a Expointer representam o trabalho de 1.350 famílias de 106 municípios. Para nós da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), é um orgulho ver que a procura por espaços cresce a cada ano, muitas vezes superando nossa capacidade de acolhimento. Porém, em 2018, com o novo pavilhão e pelo esforço dos organizadores - SDR, Seapi, Emater, Fetag, Fetraf, Via Campesina e Sead - conseguimos incluir todos os inscritos habilitados. Este ano vai marcar também a estreia de 56 agroindústrias familiares na Feira da Agricultura Familiar na Expointer. Outro destaque importante é a realização do 7º Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar, que evolui a cada edição, reunindo especialistas para avaliar a qualidade de vinhos, queijos, salames, cachaças e mel. O concurso estimula e incentiva a constante melhoria da qualidade dos produtos e processos da agroindústria familiar, como meio eficaz na manutenção e abertura de mercados consumidores. Igualmente destaca a importância da regularização dos estabelecimentos, que se tornam mais competitivos e aceitos no mercado formal. O Programa Estadual de Agroindústria Familiar, coordenado pela SDR, já conta com cerca de 1.200 agroindústrias legalizadas e mais de 3.000 cadastradas. A cada três dias, uma agroindústria é formalizada no Rio Grande do Sul. A industrialização da matériaprima adiciona valor à produção rural, gera mais renda e motiva os jovens a permanecerem no campo. Uma dinâmica que ganha importância maior em um contexto de crise, que afeta fortemente os empregos nas cidades. Ainda temos desafios, especialmente na equivalência dos serviços de inspeção, que deverão ser superados em breve. O objetivo consiste em facilitar a ampliação do mercado para o produtor, sem abrir mão das normas adequadas para o controle de qualidade e dos padrões do que ele oferece. O período de Expointer será de entrega e muito trabalho para os empreendedores de nossas agroindústrias familiares. Mas também será mais um momento único para troca de experiências e aprendizado e de oportunidade para a população adquirir produtos seguros e de qualidade única, produzidos pela agricultura familiar gaúcha. Nestes dias de Expointer, agradecemos a todos que trabalham para engrandecer a agricultura. Vida longa e próspera à agricultura familiar e ao agronegócio gaúcho!

EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

KARINE VIANA/PALÁCIO PIRATINI

A

Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo

“A PRESENÇA EM MASSA DE VISITANTES AO PAVILHÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR REFLETE A QUALIDADE E A ORGANIZAÇÃO DAS AGROINDÚSTRIAS, BEM COMO FAVORECE O CONTATO COM O PÚBLICO URBANO”.


COOPERATIVISMO KATYA DESESSARDS / DIVULGAÇÃO SICREDI

SICREDI AMPLIA PARCERIAS E FORTALECE RELACIONAMENTO COM ASSOCIADOS

Instituição financeira cooperativa conta com mais de 3,8 milhões de associados pelo país e, para a Expointer, montou uma estrutura com três estandes junto aos princípios setores: pecuária, agricultura familiar e máquinas.

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Sicredi planejou um aporte financeiro de R$ 300 milhões para financiamentos na 41ª Expointer. Caso seja necessário, novos recursos poderão ser acrescidos, aumentando assim, o valor final disponibilizado. “Este é um ano de desafios diante do cenário nacional. O foco de nossas equipes está direcionado para ampliar o relacionamento junto às Cadeias Produtivas que atuamos e que estão presentes na Feira”, pondera Fernando Dall’Agnese, presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste. Para o diretor executivo do Sicredi, Gerson Seefeld, o principal ativo da instituição é o relacionamento com o associado, com a comunidade e setores produtivos. “Por essa razão eventos como a Expointer nos inspiram a construir oportunidades, mesmo em cenários desafiadores como o atual”, afirma. Presente na Expointer desde 1999, o Sicredi fechou o 1º semestre de 2018 com

desempenho positivo na concessão de Crédito Rural no Brasil, de janeiro a julho, liberou mais de R$ 5,62 bilhões registrando crescimento de 7,71% sobre o mesmo período de 2017. O maior volume foi das operações de custeio com liberação de R$ 3,56 bilhões, sendo 2,5% superior ao ano passado. E, em segundo as operações de investimento com a concessão acima dos R$ 1,46 bilhão, tendo crescido 37%. Na visão por público Agro, o Sicredi continua mantendo sua liderança nacional no PRONAF, tendo liberado 21,21% a mais que igual período de 2017, somando mais de R$ 1,17 bilhão. Regionalmente, o Sistema Sicredi – através da Central Sicredi Sul/ Sudeste (que integra os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais) – registrou um total acima dos R$ 2,14 bilhões liberados em Crédito Rural, nesses estados de janeiro a julho de 2018. No consolidado destes

três estados, difere do cenário nacional, foram as operações de investimentos as que mais cresceram, com aumento de 32% e mais de R$ 624 milhões liberados. E o PRONAF também figura como principal linha no RS e SC, tendo sido liberado mais de R$ 714 milhões e registrando aumento de 15%.

FOCO NO AGRONEGÓCIO

A Carteira de Poupança do Sicredi tem o propósito de gerar desenvolvimento no campo, pois, os recursos captados ficam nas comunidades onde são reinvestidos no Crédito Rural, conforme as necessidades locais. “Isso mostra a solidez do nosso empreendimento. A poupança nos possibilita viabilizar o financiamento do agronegócio e isso gera crescimento do campo”, ressalta, Fernando Dall’Agnese, o presidente da Central Sicredi Sul/ Sudeste. Segundo ele, o grande

desafio do Sicredi é manter forte a captação em poupança para o custeio do crédito rural, e para novas oportunidades de financiar projetos e atividades dos associados. “Uma das nossas grandes ações - neste sentido – é o investimento em educação financeira que as nossas cooperativas realizam para seus associados”, completa. Para a Expointer 2018, o Sicredi possui linhas de crédito destinadas à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, sistemas de irrigação e de energias limpas e para o fomento das cadeias produtivas. “Nossa missão é apoiar o crescimento dos associados. Trabalhamos para garantir os recursos e o suporte necessário para que o associado possa realizar seus investimentos da forma mais adequada ao perfil do seu negócio”, ressalta. Em 2017, o Sicredi protocolou 1167 pedidos, somando R$ 195 milhões, sendo 51% sobre a

feira do ano anterior e com ticket médio de R$ 167.571 por pedido. As linhas PRONAF ligada à Agricultura e Agroindústria Familiar foram em 2017, mais uma vez, o destaque de solicitações na feira para o Sicredi, gerando mais de 785 pedidos que somaram mais de R$ 59,87 milhões tendo crescido 28% sobre 2016. Ano passado, o destaque foi o segmento da avicultura, irrigação e energias limpas que juntos somaram mais de R$ 40 milhões ou 20% dos pedidos protocolados. O Sicredi leva à Expointer 2018 uma equipe de 80 profissionais capacitados a dar apoio especializado aos associados sobre suas demandas. Há espaços de negociações da feira: no Setor de Máquinas e Implementos Agrícolas; na área da Pecuária (próxima à Praça Central); e no pavilhão da Agroindústria Familiar. Em todos estes espaços há caixa eletrônico.

EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

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CAPA

A VEZ DO PEQUENO Uma das principais atrações da feira, o novo Pavilhão da Agricultura Familiar promove conexões entre quem produz e quem consome e gera renda para 1.350 famílias. KARINE VIANA/PALÁCIO PIRATINI

Mariana Sander produz geleias sem açúcar para agradar ao público da cidade

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A Expointer é a feira que aproxima o produtor rural do morador da cidade. Em nenhum outro espaço de todo o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, essa realidade é tão forte como no Pavilhão da Agricultura Familiar. Em função dessa importância, uma das áreas mais visitadas do evento dobrou de tamanho este ano. Na 41ª feira e na 20ª vez dessa área específica, o galpão passou de 3,5 mil metros quadrados para 7 mil metros quadrados, em um investimento de mais de R$ 1 milhão, em uma parceria da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, com a Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário. No primeiro final de semana, os expositores comercializaram R$ 789.947,50 em produtos, um crescimento de 95% em relação ao mesmo período de 2017. Os valores são resultados da qualidade dos produtos e também de mais espaço, mais oportunidades e conforto para quem expõe e para quem visita o local

EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

em busca do diferente. Para o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Tarcísio Minetto, a duplicação “traz espaço de reconhecimento dos sabores e dos saberes da agricultura familiar e oportuniza maior diversidade ao consumidor, que adquire produtos de todo Estado”. “Com a ampliação, o pessoal pode organizar melhor a apresentação de seus produtos e trazer mais itens para dentro do estande. E o que é melhor: quem entrega o produto e quem fez o produto é a mesma pessoa que está ali vendendo. Essa é a segurança alimentar que a agricultura familiar passa”, ressalta José Alexandre Rodrigues, coordenador do Pavilhão da Agricultura Familiar. Presente na inauguração do espaço neste sábado, 25 de agosto, o secretário Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), que é uma relevante parte junto ao governo federal, Jefferson Coriteac, declarou que o crescimento do Brasil passa pela produção rural familiar. “Somos hoje o 8º maior

produtor de alimentos do mundo, o que equivale a 38% do valor bruto da produção agropecuária de todo o país”, afirma. O setor é responsável por 70% dos alimentos que estão na mesa dos brasileiros. Para o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, também presente na inauguração, o pavilhão reúne toda a pujança da agricultura familiar gaúcha, com produtos de qualidade. Ele destacou a importância do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) como uma das melhores ações de desenvolvimento social. “Entre 2015 e 2018, o valor das compras institucionais passou de R$ 50 milhões para R$ 300 milhões e para 2019 pretendemos investir R$ 400 milhões, o que fortalecerá ainda mais a nossa agricultura familiar”, ressaltou Beltrame. Na feira, o visitante vai encontrar 285 expositores de diferentes áreas agroindustriais, além de artesanato, plantas e flores. Eles representam 1.350 famílias, oriundas de 106 municípios. No ano passado, foram comercializados no pavilhão

R$ 2,85 milhões, um crescimento de mais de 40% em comparação com o resultado do ano anterior. Um aspecto importante é o valor agregado dos produtos, o que garante maior renda e mais qualidade para quem consome. Nesse sentido, a Emater também desenvolve um importante papel. “Estamos trabalhando para colocar a marca Sabor Gaúcho (uma espécie de selo que identifica e qualifica) para todo o mercado consumidor”, revelou o presidente da Emater/RS, Iberê de Mesquita Orsi.

AO GOSTO DO FREGUÊS

Pela primeira vez no Pavilhão da Agricultura Familiar, a agroindústria João de Barro, de Morro Redondo, divulga geleias, compotas e chimias, “elaboradas de forma artesanal e sem adição de conservantes”, afirma a empreendedora Maria Elena Nieves que, ao lado do esposo Davi Armendaris, comemora a recente legalização da agroindústria, cujo selo Sabor Gaúcho foi recebido em março, durante a Fenadoce, em Pelotas. A João de Barro existe há seis


PRODUTOR

INI

KARINE VIANA/PALÁCIO PIRAT

Os campeões da agricultura familiar Durante a 20ª Feira da Agricultura Familiar da Expointer, um concurso promovido pela Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) elegerá os melhores produtos das agroindústrias familiares. Em sua 7ª edição, o concurso avalia os melhores itens nas categorias: suco de uva integral, vinho tinto de mesa seco, vinho tinto fino seco, salame, queijo colonial, cachaça prata, cachaça envelhecida (classificação premium e extra premium) e mel. “Esta iniciativa foi pensada para valorizar a produção de pequenos produtores, além de incentivá-los a continuar qualificando seus processos, tornando os produtos cada vez mais competitivos, com o

apoio do Estado”, explicou o secretário da SDR, Tarcisio Minetto. Todos os empreendimentos familiares participantes da Expointer estão inclusos no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf) e têm produtos registrados no órgão sanitário competente, embalados, rotulados e dentro do prazo de validade. As avaliações, que ocorrem às cegas, analisam os produtos de acordo com os parâmetros e normas técnicas pré-definidas pela comissão técnica do concurso. A comissão julgadora é formada por uma dezena de jurados, entre professores, pesquisadores, chefes de cozinha, estudiosos e jornalistas. Em cada segmento, os produtos que

receberem melhor pontuação são classificados como 1º , 2º e 3º lugares. O concurso é promovido pela SDR, com apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Emater/RS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Associação dos Produtores de Canade-Açúcar e Seus Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Aprodecana) e Embrapa Uva e Vinho. Os resultados serão divulgados na quinta-feira, 30 de agosto, às 18h30, em um coquetel no Pavilhão da Agroindustria Familiar e, após, estarão disponíveis no site www.expointer. rs.gov.br.

Produtos mais saudáveis e adquiridos direto do agricultor atraem os visitantes JULIANA BARAT

OJO/PALÁCIO PIR

ATINI

ROGÉRIO FERNANDES

AS CATEGORIAS

• Suco de Uva Integral (engarrafado) • Vinho Tinto de Mesa Seco • Vinho Tinto Fino Seco • Salame • Queijo Colonial • Cachaça Prata • Cachaça Envelhecida: classificação Premium • Cachaça Envelhecida: classificação ExtraPremium • Mel

Sabor Gaúcho: de Morro Redondo para todo o Estado

anos e em junho passado, durante a Festa do Doce Colonial de Morro Redondo, recebeu o certificado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Patrimônio Material do Doce Colonial Artesanal da Antiga Pelotas. “É um reconhecimento do resgate de receitas coloniais que mantemos, como de doce de batata-doce, que quase ninguém mais faz”, observa Maria Elena. Também no segmento de geleias, o casal Adriano e Mariana Sander, da Casa Sander, de Nova Petrópolis, participa pela segunda vez do pavilhão e está confiante. “O ano passado foi muito bom aqui na Expointer e esperamos garantir mais vendas em 2018”, conta o produtor rural. Na cidade da Serra Gaúcha, eles produzem amoras, mirtilo, morango, framboesa e uva e abrem espaço para visitação de turistas. Com isso e com a participação na feira, perceberam que os clientes da cidade e do litoral estão interessados em produtos saudáveis e isentos de açúcar. Desenvolveram, então, as geleias de mirtilo e de uva, sem

conservantes e adoçada naturalmente com suco de uva. Um sucesso no pavilhão. Produtos para um público exigente e para atender opções para restrições alimentares também fazem parte do mix da Zanotto Pigatto, de Nova Roma do Sul. A empresa de Adriano Pigatto e Denise Zanotto produz biscoitos, pães e cucas e apresenta também produtos sem glúten e sem lactose. “Estamos há mais de dez anos na Expointer e a procura só aumenta”, revela Verônica Golas, que ajuda nas vendas durante a feira. A aproximação entre campo e cidade também leva a ingredientes cada vez mais selecionados. É o caso dos cogumelos da Colonial Fungi, de Pelotas, que já estão em resturantes e empórios da cidade e de Rio Grande e estreiam na Expointer este ano. O casal de biólogos Alexandre e Aline Brum desenvolvem tecnologia para adaptar a cultura à realidade local. “Queremos oferecer uma opção rica em proteína que pode ser utilizada na substituição da carne por veganos e vegetarianos ou para complementar a dieta”, explica a empresária.

Avaliação de vinhos às cegas abriu seleção dos melhores produtos do pavilhão

KARINE VIANA/PALÁCIO PIRATINI

Portas abertas para os negócios do campo

EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

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LEITE CAROLINA JARDINE

Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e diretores questionam cenário que retira competitividade do setor

SINDILAT ANUNCIA MEDIDAS CONTRA A TABELA DE FRETE

Sindicato argumenta que o setor já trabalha com margens ajustadas de valores e as tabelas fixas tendem a encarecer ainda mais o produto.

S

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em margens para aumentar os custos, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) anunciou no dia 27 de agosto, durante coletiva de imprensa na Expointer, que o setor deverá discutir em juízo a aplicabilidade da tabela do frete caso o Superior Tribunal Federal (STF) se manifeste favorável ao tabelamento ou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publique uma nova diretriz. A ideia é evitar que os laticínios gaúchos arquem com valores maximizados no transporte de suas cargas. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, não há margem para mais gastos no setor. Com os números atuais, o valor do frete chega a dobrar, a depender do local. “Se formos avaliar o deslocamento para um estado como São Paulo, por exemplo, pela tabela em vigor, o frete passa de 10% para 20% por conta dos encargos associados.

O tabelamento de preços do frete rodoviário foi instituído pelo governo federal pela Medida Provisória nº 832 (convertida na Lei nº 13.703) após a crise desencadeada pela greve dos caminhoneiros, em maio. De acordo com o parecer produzido pela Assessoria Jurídica do Sindilat, as empresas associadas não precisam cumprir a atual tabela de preços. O próprio assessor jurídico do sindicato, Gustavo Verch, comentou que a legislação fere diversos princípios do direito. “É um pleito justo, mas inconstitucional, visto que contraria o princípio do livre mercado”, explicou. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, comentou que, inclusive, algumas empresas começaram a cotar a compra de caminhões por conta da indefinição da legislação. “Essa lacuna que existe entre o momento do acerto do frete até a entrega do produto final tem

EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

gerado um déficiti para a indústria. Por isso, vários setores, não só o de laticínios têm buscado uma alternativa à flutuação de valores”.

EXPECTATIVA AINDA NÃO É DE OTIMISMO GERAL

O 2º semestre de 2018 tem tudo para ser melhor que os primeiros seis meses do ano e também o mesmo período de 2017. Isso porque, segundo esclareceu o presidente do Sindilat, “o ano passado foi horrível, existe toda uma questão cambial favorável para a exportação. Prevemos um crescimento pequeno, de 2% a 3%. Ainda assim é favorável para o setor”, celebrou. Guerra comenta que um dos grandes entraves para melhorar os números financeiros do setor é ampliar a discussão e aprovar a reforma tributária, tendo em vista que a guerra fiscal é prejudicial para a indústria. “Existe a necessidade de simplificar a tributação, pois parece que cada

PIXABAY

PERFIL DO SETOR PRODUÇÃO (2017) Brasil:

33.094

milhões de litros Rio Grande do Sul:

4.625

milhões de litros. estado vive no seu próprio país e isso dificulta muito a compreensão e o diálogo para as negociações”, justificou.

4º PRÊMIO SINDILAT DE JORNALISMO

Durante a coletiva, houve o lançamento do 4º Prêmio Sindilat

de Jornalismo. A distinção tem como objetivo reconhecer os melhores conteúdos jornalísticos produzidos sobre o setor lácteo. Serão premiados os trabalhos nas categorias: impresso, eletrônico, online e fotografia. As inscrições começaram no dia 27 de agosto e vão até o dia 27 de outubro.


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INOVAÇÃO

PRÊMIO GERDAU MELHORES DA TERRA REVELA AS VENCEDORAS DA EXPOINTER

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Transplantadeira da Yanmar e distribuir da Pla foram consideradas as melhores máquinas e implementos da feira. mais tradicional premiação para a tecnologia do campo foi anunciada nesta segunda-feira, 27 de agosto, no estande da Gerdau, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A 34ª edição do Prêmio Gerdau Melhores da Terra destacou as máquinas e Os equipamentos campeões nas categorias “Novidade Expointer Agricultura Familiar” e “Novidade Expointer Agricultura de Escala”, entre 31 inscritos na feira. O coordenador da Comissão Julgadora do Prêmio Gerdau Melhores da Terra e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Renato Levien, destacou que as inovações criadas para a agricultura de

PH1, da Yanmar, é destaque em ergonomia para o plantio de hortaliças

larga escala estão chegando cada vez mais rapidamente e com custos mais acessíveis para as pequenas propriedades. É o caso, por exemplo, da vencedora na categoria Agricultura Familiar, a transplantadeira PH1 da Yanmar, voltada para o transplantio de mudas de hortaliças, como alface e couve. “Normalmente, o agricultor que faz esse trabalho manualmente precisa se abaixar para plantar cada muda. Com o equipamento, ele faz todo o plantio de pé e com um rendimento a partir 2 mil mudas/hora”, descreve. A principal vantagem do produto é a ergonomia, o tempo aplicado na atividade e a economia. “Um sistema como esse para agricultura para grandes propriedades chega a custar R$ 800 mil a R$ 1 mihão. A solução da Yanmar deve sair por volta de R$ 30 mil”, compara. Já a vencedora da categoria alta escala é o distribuidor autopropelido Pegasus 4.6 Air, produzido pela Pla. O equipamento é utilizado para distribuir insumos sólidos granulados, como semente e fertilizants, por meio de um sistema mecânico-pneumático. Entre os benefícios está a maior produtividade e o menor

desperdício. “Enquanto a tecnologia atua normalmente faz a distribuição em dois pontos, no Pegasus 4.6 esse processo é feito ao longo de 18 pontos nas barras, o que garante maior uniformidade, explica Levien. É possível também realizar aplicações em taxas variáveis entre 8 kg e 250 kg, seguindo o conceito de agricultura de precisão.

CONFIANÇA NA PRODUÇÃO RURAL

Durante o evento em que as campeãs do Prêmio Gerdau Melhores da Terra foram anunciadas, o diretor executivo da Gerdau Aços Brasil, Argentina e Uruguai, Marcos Faraco reforçou o otimismo da empresa diante do cenário do agronegócio nacional. “Nos últimos três anos, a agricultura gerou renda e trabalho para o País e agora, em 2018, vemos a retomada das vendas de máquinas e insumos agrícolas”, observou. Nos últimos cinco anos, a empresa investiu R$ 5 bilhões em duas linhas de aços planos para produção de chapa grossa e de bobina a quente na unidade de Ouro Branco, em Minas Gerais. “São matérias-primas utilizadas no

DIEGO MENEZES

Maximiliano Cassalha, da Pla, e o Pegasus 4.6 Air: produtividade na agricultura de escala setor de máquinas e implementos agrícolas”, destaca Faraco. O Prêmio Gerdau Melhores da Terra conta com a parceria institucional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Secretaria da Agricultura e Abastecimento

do Estado do Paraná, Associação Brasileira de Engenharia Agrícola (SBEA), Instituto Argentino de Normalización y Certificación (IRAM/Argentina), Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow/SP), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e Expointer (RS).

VENCEDORES DO PRÊMIO GERDAU MELHORES DA TERRA:

Categoria Novidade Expointer Agricultura Familiar: Transplantadeira PH1 da Yanmar Categoria Novidade Expointer Agircultura de Escala: Distribuidor Autopropelido Pegasus 4.6 AIR

PRODUÇÃO

ARROZ GAÚCHO: UM ALERTA DOS PRODUTORES SOBRE COMPETITIVIDADE

FAGNER ALMEIDA/DIVULGAÇÃO

Evento de lançamento da 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, organizado pela Federarroz, e que será em fevereiro de 2019, foi marcado por um olhar estratégico de entidades que defendem mudanças nas políticas que influenciam custos.

Representantes de entidades ligadas ao arroz estão preocupados com o futuro das lavouras

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lançamento oficial da 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz foi realizado Na Expointer, no dia 27 de agosto, no espaço do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Em 2019, o evento será de 20 a 22 de fevereiro, na Embrapa Terras Baixas, em Capão do Leão (RS). O município integra a região da zona sul gaúcha, onde são cultivados 170 mil hectares de arroz. Estavam presentes os representantes de entidades como Irga, Farsul, Fetag e Embrapa. O vice-presidente da Federarroz, Alexandre Velho, destacou que a cultura do arroz representa 2% do ICMS e da qual dependem mais de 130 municípios. Nesse sentido, o dirigente defendeu a manutenção do Irga, o repasse da Taxa de Cooperação e Defesa da

Orizicultura (CDO) – que são pagas pelos produtores – e a valorização dos técnicos da instituição. O dirigente acredita que haverá uma redução de 10% na área da lavoura orizícola no Rio Grande do Sul. Para ele, a próxima safra deve ficar entre 7,5 e 8 milhões de toneladas. A anterior havia sido de 9 milhões de toneladas. Em relação ao ICMS, Velho afirma que a guerra fiscal aumenta a importação do Mercosul, pois o produto gaúcho acaba ficando caro. “Deixamos de vender para outros Estados e esse espaço, que era para ser do Rio Grande do Sul, acaba sendo ocupado por outros e pelo Mercosul, principalmente o Paraguai”, disse. Na questão da renegociação das dívidas agrícolas, a indicação é que cada produtor procure a instituição financeira que

já trabalha. “A remuneração do BNDES envolve uma taxa maior e pode ocasionar um problema ainda mais grave”, apontou. Para os representantes da Farsul, é preciso que os governos do Estado e Federal reconheçam a importância do impacto que tem o arroz na economia e alterem políticas que prejudicam o desenvolvimento. O vice-presidente da Federarroz ainda reivindicou uma igualdade de competitividade em relação às leis ambientais. “Existe uma cobrança muito grande em relação às investigações de produtos. Mas os importados usam itens que não temos autorização para usar aqui no Brasil”, observou. A Abertura Oficial da Colheita do Arroz é uma realização da Federarroz com apoio da Embrapa e do Irga.


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CANAL RURAL

STARTUPS E MULHERES DO AGRONEGÓCIO NOS DEBATES DA TERÇA-FEIRA FRANCO RODRIGUES / CANAL RURAL

Encontros na Expointer destacam a importância da tecnologia no campo e o papel da mulher como gestora no segmento rural.

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Na terça-feira, dia 28 de agosto, o Canal Rural fará dois encontros na Expointer (Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio), a partir das 8h45. Os temas do dia abordam tecnologia e negócios e o papel da mulher como gestora rural. A primeira atividade, o Seminário Agrotech, conta com o apoio do Programa Juntos Para Competir, que une a Farsul, o Senar-RS e o Sebrae RS, e vai tratar da importância do ecossistema das startups, as empresas que atuam com tecnologias digitais. Durante a tarde, a partir das 14h, o fórum “Mulheres no Comando: modelos de gestão” terá a participação de empresárias para falar sobre suas experiências em diversos áreas do agronegócio. O Seminário Agrotech terá como

objetivo discutir a relevância das startups, o impacto no campo e a forma que as novas gerações usam a tecnologia para potencializar suas atividades no agronegócio. Estarão presentes na primeira atividade o diretor superintendente do Sebrae RS, Derly Fialho, o presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul), Gedeão Pereira, o diretor executivo da Aegro, Pedro Martins Dusso, o presidente da Harvard Angels, a produtora rural e digital influencer, Gabriela Nichel, o superintendente de inovação e desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, o CEO da Affectum Consultoria, Ricardo Pz Gonçalves, e o secretário de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, George Hiraiwa.

Às 14h elas assumem a programação com o “Fórum Mulheres no Comando: modelos de gestão”. O objetivo do encontro é falar sobre a experiência de trabalho em diversas áreas ligadas ao agronegócio. O credenciamento será feito às 13h30 e o evento inicia às 14h. A apresentação será feita pela jornalista Kellen Severo e a abertura com presidente da Comissão de Produtoras Rurais da Farsul, Zenia Aranha da Silveira. Integram a programação a gestora administrativa da Sementes Butiá Manoela Bertagnolli, a diretora do Grupo Pitangueira, Clarissa Rohde Lopes Peixoto, a presidente do Conselho da GAP Genética, Márcia Linhares, a administradora financeira da Fazenda do Barroso,

Arena com programação ao vivo é um diferencial para o público

Andrea Verissimo, a produtora rural e consultora em Gestão de Pessoas, Maria Thereza Rezende, a gestora financeira e sócia-proprietária da Fazenda

Bom Sucesso, Marjori Ghellar, a advogada e produtora rural Lívia Carvalho, e a agrônoma e coordenadora de vendas, Noelle Viegas.

EXPRESSO EXPOINTER, ESTEIO, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018

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TRADIÇÃO

AGENDA 2018

31 AGO

23 SET

8E9 SET

TOQUINHO E DEMÔNIOS DA GAROA Auditório Araújo Vianna

ANDREA BOCELLI Estádio Beira-Rio

CIRCO TURMA DA MÔNICA Teatro do Bourbon Country

14 SET

28 SET

ALCIONE

Auditório Araújo Vianna

Confira a programação completa:

MILTON NASCIMENTO Auditório Araújo Vianna

Exposição com painéis do livro Queijo Artesanal Serrano – Identidade Cultural nos Campos de Cima da Serrra

Imagens: Fernando Kluwe Dias/SEAPI Locais: Casa da Emater Câmaras Setoriais da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação

Iº Seminário de Queijos Artesanais

28 SET

PAULA TOLLER Teatro Feevale

19 OUT

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS PORTO ALEGRE Bilheteria do Teatro do Bourbon Countr y

IRA! Teatro do Bourbon Country

MAIS INFORMAÇÕES OPUSPROMOCOES.COM.BR

NOVO HAMBURGO Bilheteria do Teatro Feevale

/OPUSPROMOCOES /OPUSPROMOCOES

Data: terça-feira, 28 de agosto Horário: 8h30 às 13h Local: Auditório da Administração Central da Expointer Abertura (MAPA., SEAPI, SDR, Emater, Ulbra) Apresentação dos dados sobre a pesquisa de resgate e regulamentação do queijo colonial gaúcho (Grupo de pesquisa Emater/Ulbra/SEAPI). Apresentação dos dados das análises do queijo colonial dos serviços de inspeção estadual (DIPOA) e federal (SIF) (SEAPI e MAPA) Apresentação do projeto do Queijo Artesanal Serrano (Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo) Fungos em queijos artesanais (Prof. Luiz Rosa – UFMG) O que são produtos artesanais (Fabiana Thomé – MAPA) Importância da sanidade do rebanho para a fabricação de queijos artesanais de leite cru (Ana Groff – SEAPI) Debate Cheese-Break

Lançamento do Livro Queijo Artesanal Serrano TEATRO DO BOURBON COUNTRY - ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO Nº 49110802 VALIDADE 21/02/2019 CAPACIDADE MÁXIMA: 1.144 PESSOAS AUDITÓRIO ARAÚJO VIANNA - ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO Nº 48640204. VALIDADE: INDETERMINADA. APPCI Nº 656 REFERENTE PPCI Nº 25452/1. EM PROCESSO DE RENOVAÇÃO. CAPACIDADE: 3.628 PESSOAS TEATRO FEEVALE - ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO INSCRIÇÃO MUNICIPAL Nº 100554. VALIDADE: INDETERMINADA. CERTIFICADO DE CONFORMIDADE DE PPCI Nº 5266/1. VALIDADE 19/10/2019

Data: sexta-feira, 31 de agosto Local: Casa da Emater

Livro será lançado no dia 31 de agosto, às 10h, na Casa da Emater.

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A IGUARIA DOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA Queijo artesanal serrano é tema de lançamento de livro, exposição e seminário durante a Expointer.

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m sabor tradicional com mais de trezentos anos de história. Assim é o queijo artesanal serrano, uma delícia típica dos Campos de Cima da Serra, que tem origem na época dos tropeiros. Eles traziam mulas equipadas com bruacas acanastradas recheadas de queijo serrano, charque e pinhão, que eram trocados por insumos e ferramentas inexistentes na região. A inspiração e o ingrediente que encanta produtores, turistas e chefs renomados estará presente em três eventos durante a Expointer. O livro Queijo Artesanal Serrano – Identidade Cultural nos Campos de Cima da Serra será lançado na sexta-feira, 31 de agosto, às 10h, na Casa da Emater. A obra resgata a história e as características do produto em um trabalho de pesquisa de duas décadas dos autores Saionara Araujo Wagner, da Medicina Veterinária da UFRGS, Jaime Eduardo Ries e João Carlos Santos da Luz, da Emater, e de Fernando Kluwe Dias, fotógrafo da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi). As imagens que compõem a obra também farão parte de duas exposições na Expointer. São 14 painéis, que poderão ser conferidos na Casa da Emater, e outros seis estarão disponíveis para visitação nas Câmaras Setoriais da Seapi, durante toda a feira. E quem quiser se aprofundar no tema poderá ainda participar do 1º Seminário de Queijos Artesanais – Tradição dos Queijos Gaúchos, que será realizado nesta terça-feira, 28 de agosto, das 8h às 13h, no Auditório da Administração do Parque Assis Brasil. O evento vai apresentar dados sobre a pesquisa de resgate e regulamentação do queijo colonial gaúcho e também o projeto Queijo Artesanal Serrano, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo.

em geração por produtores que exploram a pecuária de corte em pequenas e médias propriedades, com o uso da mão de obra familiar. Atualmente, são cerca de 3 mil produtores de queijo artesanal serrano em 16 municípios do Rio Grande do Sul e outros 18 de Santa Catarina, os quais têm no produto importante participação na geração de renda familiar. Além do leite ser extraído de animais de raças de corte, não especializados, o clima, o solo, a altitude e a vegetação dos Campos de Cima da Serra constituem um ambiente natural peculiar, um terroir fundamental para as características do queijo serrano. Em paralelo, o queijo artesanal serrano está ligado à cultura e ao jeito de ser do serrano, com hábitos e práticas que o diferenciam em relação aos gaúchos de outras regiões. Nos Campos de Cima da Serra, aprecia-se mais o café passado na hora do que o chimarrão. A música regional, bem como os torneios de tiro de laço, realizados nos finais de semana, dividem espaço com uma gastronomia genuína, em que se destacam o uso variado do pinhão e o doce de gila (fruta pouco conhecida fora

Prato do chef Carlos Kristensen, um dos fãs e divulgadores do produto

da região e que se parece com uma melancia), além, é claro, do queijo serrano e do tradicional churrasco. Esse saboroso produto, carregado de tradição e história, tem conquistado a admiração também de protagonistas da alta gastronomia, como o chef Carlos Kristensen, que comanda o restaurante Um Bar & Cozinha, em Porto Alegre, e do chef Marcos Livi, que utilizam o queijo artesanal serrano, adquirido

diretamente dos produtores, em diferentes receitas. Assim como outros produzidos a partir de leite cru, esse tipo passa por um momento de valorização, mas, ao mesmo tempo, de desafio, pois ainda carece de uma regulamentação específica que permita sua comercialização e transporte fora da região produtora. Por enquanto, a melhor alternativa para descobrir seu sabor é subir a Serra e degustar o queijo, as paisagens

e os roteiros turísticos, que são um atrativo irresistível para quem aprecia cenários exuberantes e o ambiente rústico do campo. O projeto “Queijo Artesanal Serrano – Identidade Cultural nos Campos de Cima da Serra” é uma realização do Ministério da Cultura e da Alma da Palavra, com financiamento da Lei Rouanet, patrocínio do Banrisul, BRDE, InBetta, Marelli e Souza Cruz e apoio do Espaço Cultural Correios Porto Alegre. FOTOS: FERNANDO KLUWE DIAS/SEAPI

QUEIJO DE GADO DE CORTE

Em sua fabricação, os únicos ingredientes utilizados no queijo artesanal serrano são o leite cru (sem pasteurização), o coalho e o sal, não havendo a adição de nenhum tipo de fermento lácteo industrial, corante ou outro aditivo. O saber-fazer desse tipo de queijo vem sendo passado de geração

O inigualável queijo artesanal serrano leva apenas leite cru, coalho e sal.

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