Seminário mobiliza a construção

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editorial

Expectativas declinantes

Sergio Watanabe é presidente do SindusCon-SP, vicepresidente da CBIC e diretor da Fiesp Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: presidente@ sindusconsp.com.br

Depois de um crescimento do PIB da construção brasileira de apenas 1,9% em 2013, o ano de 2014 havia se iniciado com sinalizações alentadoras para o setor. Os indicadores de emprego revelavam-­ se positivos no primeiro bimestre. O consumo de cimento apresentava aumento no período. Por conta destes dados, estimávamos um crescimento de 2,8% para a construção neste ano. Mas a partir de março, o emprego e o consumo de cimento mostraram taxas de crescimento menores. O nível de emprego cresceu menos. As projeções para a expansão do PIB situaram-se abaixo de 2%. As últimas sondagens da construção captaram expectativas declinantes. Mostraram que as construtoras se ressentem de dificuldades crescentes: a demanda diminuiu, os custos aumentaram, o acesso ao crédito para capital de giro é mais difícil e a competição dentro do setor aumentou.

aumento, quase vegetativo, naturalmente não nos anima. Dificilmente o setor voltará a crescer a taxas chinesas, como em 2010, nem é essa a nossa expectativa. Mas também estamos insatisfeitos com uma taxa baixa, pois continuam enormes as carências em habitação e infraestrutura no país e o nosso setor tem plena capacidade de saná-las. Para 2015, o cenário é o mesmo, a menos que haja uma melhora expressiva no ambiente de negócios e nos investimentos públicos. A atual redução no número de lançamentos imobiliários deverá resultar no futuro em uma atividade mais modesta da construção. O problema deve se sentir mais na capital paulista, onde o Plano Diretor elevará o custo da construção. Na esfera do MCMV, as novas regras para sua continuidade ainda serão analisadas pelos investidores e precisarão efetivamente estimular o setor nas localidades de maior déficit habitacional do país, como o município de São Paulo. Nas obras públicas, não se esperam grandes investimentos em 2015 com recursos do próximo governo federal, que precisará puxar o freio dos gastos para um indispensável rearranjo orçamentário. Todavia, uma melhora significativa da construção a médio prazo poderia ser obtida seguindo-se a agenda de propostas para reativar investimentos e impulsionar a produtividade, lançada pelo SindusCon-SP e pela Abramat. No Enic, iniciamos a entrega desta agenda aos candidatos à Presidência da República. Neste e nos próximos meses, seguiremos nesta tarefa, na esperança de um futuro mais promissor para o país.

Os dados sinalizam que em 2014 a construção terá crescimento modesto Este cenário reflete a redução dos investimentos no setor imobiliário, pelos agentes privados e pelas famílias, bem como uma diminuição no ritmo dos investimentos públicos, particularmente do governo federal, que no início do ano chegou a atrasar os pagamentos às construtoras contratadas para edificar as unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o que nunca havia ocorrido. Em consequência, revisamos nossas projeções e estimamos que o PIB da construção brasileira deverá apresentar um crescimento menor, entre 1% e 2%, neste ano. Este

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sumário

Presidente Sergio Tiaki Watanabe

voz do leitor

CONGRATULAÇÕES Parabenizo a confirmação do nome do presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, para integrar o Conselho Técnico Consultivo da Escola Senai “Orlando Laviero Ferraiulo”. Sylvio Alves de Barros Diretor titular de Departamento de Ação Regional da Fiesp

Escreva para esta Seção

e-mail: noticias@sindusconsp.com.br correio: R. Dona Veridiana 55, 2º andar, 01238-010, São Paulo-SP

Capa SEMINÁRIO DESTACA SISTEMAS PREDIAIS QUE ECONOMIZAM ÁGUA... 14 • Situação hídrica mudará engenharia de sistemas • Gestão da água é desafio • Eletropaulo amplia atendimento especializado • Odebrecht detalha gestão sustentável ESPECIAL - ENIC.......................................... 6 • Evento lança manuais e serviços on-line • Bianchi destaca: é preciso ouvir usuário • Guia Contrate Certo é lançado • Simulador calcula custo de acidentes • Site analisa ciclo de vida • BIM é econômico, destaca Sanchez • Setor pede ajustes na Lei Anticorrupção • Revisão da NR-18 entra na reta final • Dilma reafirma continuidade do MCMV • SindusCon-SP envia uma delegação • Campos promete 4 milhões de moradias • Gianetti critica estratégia de subsídios

IMOBILIÁRIO............................................. 34 • Decreto municipal simplifica licenciamentos • Plantas Online conclui primeira fase RELAÇÕES CAPITAL-TRABALHO.................. 37 • SindusCon-SP destaca boas práticas

Assessoria de Imprensa Rafael Marko - (11) 3334-5662 Nathalia Barboza - (11) 3334-5647 Fabiana Holtz - (11) 3334-5701 Conselho Editorial Delfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto

REDAÇÃO Nathalia Barboza e Fabiana Holtz (São Paulo) com colaboração das Regionais: Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Geraldo Gomes e Maycon Morano (Presidente Prudente); Enio Machado, Elizânio Silva e Tatiana Vitorelli (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Sabrina Magalhães (Bauru); Ana Diniz e Simone Marquetto (Sorocaba); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas). Secretaria: Antonia Matos

colunistas

Jurídico | Joselita Borba Nepomuceno.......................36

SINDUSCON-SP EM AÇÃO........................... 22 • Eleições no sindicato: chapa lança programa • Comar vai orientar construtoras • Convênio: comercialização de brita e areia • SindusCon-SP é reeleito na ABNT • Cobrança de ISS: vitória em Iperó • Construção detecta piora na economia

Empreendedorismo | José Osvaldo De Sordi...........40

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Representantes junto à Fiesp Titulares: Eduardo Ribeiro Capobianco, Sergio Porto; Suplentes: João Claudio Robusti, José Romeu Ferraz Neto

REGIONAIS................................................ 47 • Santos debate soluções para mobilidade • Sorocaba lança Comitê de Segurança • Feirão movimenta R$ 78 mi em Prudente • Bauru sedia reuniões do Conselho Municipal • São José forma nova turma de mestres • Campinas amplia áreas para HIS • Regional conquista vagas no Fundif

HABITAÇÃO............................................... 20 • Secretário municipal visita o SindusCon-SP

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Diretores das Regionais Eduardo Nogueira (Ribeirão Preto) Elias Stefan Junior (Sorocaba) Emilio Carlos Pinhatari (São José do Rio Preto) Luís Gustavo Ribeiro (Presidente Prudente) Márcio Benvenutti (Campinas) Renato Tadeu Parreira Pinto (Bauru) Ricardo Beschizza (Santos) Rogério Penido (São José dos Campos) Sergio Ferreira dos Santos (Santo André)

SUPERINTENDENTE José Luiz Machado

Conjuntura | Robson Gonçalves..............................5

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Diretores Paulo Brasil Batistella (Jurídico) Salvador de Sá Benevides (Rel. Internacionais)

RESPONSABILIDADE SOCIAL...................... 44 • Seconci-SP estuda inserção de mais PCDs

QUALIDADE............................................... 18 • Curso capacita para inspeção de estruturas

MEIO AMBIENTE........................................ 30 • Mudanças climáticas: lei deve ser respeitada

Vice-presidentes Cristiano Goldstein Eduardo May Zaidan Francisco Antunes de Vasconcellos Neto Haruo Ishikawa João Claudio Robusti João Lemos Teixeira da Silva Luiz Antonio Messias Luiz Claudio Minniti Amoroso Maristela Alves Lima Honda Maurício Linn Bianchi Odair Garcia Senra Paulo Rogério Luongo Sanchez Yves Lucien de Melo Verçosa

Gestão da Obra | Maria Angélica Covelo Silva...........32 Gestão Empresarial | Maria Angelica L. Pedreti.......38 Legislação | Renato Romano Filho.........................38 Saúde | Angela Nogueira Braga da Silva.....................42 Segurança do Trabalho | José Carlos de A. Sampaio....46 Soluções Inovadoras | Fúlvio Vittorino, Claudio Vicente Mitidieri Filho, Ercio Thomaz, Luciana Oliveira, Ros Mari Zenha....56

editor responsável Rafael Marko

Arte e diagramação Marcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte PUBLICIDADE Vanessa Dupont - (11) 3334-5627 Pedro Dias Lima - (11) 9212-0312 Vando Barbosa - (11) 99614-2513 Jéssica Schittini - (11) 96646-6525 André Maia - (21) 99468-4171 Nayara Aquino - (11) 3334-5659 Thiago Lippmã - (11) 3334-5637 ENDEREÇO R. Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP Central de Relacionamento SindusCon-SP (11) 3334-5600 CTP/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica Tiragem desta edição: 13.600 exemplares

Opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do SindusCon-SP noticias@sindusconsp.com.br www.sindusconsp.com.br facebook.com/sindusconsp twitter.com/sindusconsp youtube.com/sindusconspmkt Disponível na App Store e no Google Play

Construção da Carreira | Felipe Scotti Calbucci.....58

“O papel desta revista foi feito com madeira de florestas certificadas FSC e de outras fontes controladas.”


Co n j u n t u r a

Lições da Copa

Robson Gonçalves é professor dos MBAs da FGV e consultor da FGV Projetos Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: robson.goncalves@ fgv.br

A Copa do Mundo do Brasil passou para a história antes mesmo de começar. A euforia vista no anúncio do Brasil como sede do Mundial foi inversamente proporcional às decepções que surgiram ao longo dos preparativos. E isso justamente no “país do futebol”! Deixando de lado questões culturais, políticas e até antropológicas, existe um conjunto de lições econômicas a aprender. Ficou claro que, diante de nossas carências sociais, é essencial que o poder público saiba priorizar gastos. As políticas assistenciais geram renda e poder de compra na base da pirâmide. Essa iniciativa, cuja origem remonta ao governo FHC, já tem um status de política de Estado. Quem quer que se eleja presidente precisará dar continuidade a esses programas.

explícito que nossa capacidade de gerenciar projetos, de infraestrutura ou os relativos ao evento, é um imensa fraqueza. E não se trata simplesmente de gafe. Trata-se de comprometer o retorno sobre os investimentos. Aqui vale um exemplo. Em uma importante capital brasileira, dentre as obras para a Copa, estavam incluídas uma ponte estaiada e o alargamento de uma avenida de acesso ao aeroporto. No caso da ponte, um erro de apenas 3º atrasou a obra, dado que cada uma das metades, iniciadas em separado, não iriam se encontrar como previsto. Algo parecido já havia ocorrido na linha 4 do metrô de São Paulo. Por sua vez, o alargamento da avenida previa o aterramento da linha de alta tensão que corria no canteiro central. Desentendimentos entre duas distribuidoras de energia impediram o aterramento em boa parte da via. Solução: a rede precisou passar literalmente por baixo da ponte estaiada, ressurgindo depois como em um autêntico “mergulhão”. Muito constrangedor de se ver! E o que pensar da avaliação dos investidores em projetos de grande porte como o Trem Bala ou o alargamento do canal do porto de Santos? Que outros riscos e incertezas decorrentes de nossa incapacidade gerencial podem surgir de repente durante a execução de projetos assim, encarecendo, complicando e, no limite, inviabilizando as obras? No pós-Copa do Mundo, teremos que fazer uma reflexão. O país que venceu a inflação há 20 anos ainda não foi capaz de superar sua própria incapacidade de organização. E a grande vítima disso se chama crescimento econômico.

Incapacidade de gerenciar projetos afeta o crescimento econômico Mas a população deixou claro que quer mais. Comprar carros e permanecer horas nos congestionamentos é um contrassenso. Ampliar a área plantada de soja e não poder escoar a produção devido aos gargalos logísticos beira o absurdo. A pouca euforia com o Mundial demonstra uma avaliação social negativa das prioridades dadas aos investimentos feitos para o evento. E, ainda que os empréstimos oficiais venham a ser recuperados no futuro, esse dinheiro poderia ter sido alocado em áreas com maior retorno social. Mas o grande capital desperdiçado por conta da Copa está no campo dos intangíveis. Os alertas da Fifa para os torcedores estrangeiros de que “o Brasil não é a Alemanha”, por mais que tenham sido óbvios, deixam

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especial

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Receita de manutenção Lançado no Enic, guia de manuais visa melhorar relação com clientes Nathalia Barboza e Fabiana Holtz

A agenda técnica da 86ª edição do Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção), ocorrida em maio, em Goiânia (GO), foi marcada pelo lançamento de uma série de manuais e serviços on-line voltados aos mais diversos temas da construção civil. Um dos destaques foi o lançamento do Guia Nacional para a Elaboração do Manual de Uso e Operação das Edificações, com dicas e observações para facilitar a confecção, pelas próprias construtoras, destes ma­nuais. O material foi apresentado na Comat/CBIC (Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade) pela coordenadora técnica do Comasp (Comitê de Meio Ambiente) do SindusCon-SP, Lilian Sarrouf, responsável pelo texto técnico do guia. “O guia tem abrangência nacional e alinha conceituação, conduta e posicionamento das empresas no país”, disse Lilian. Ele é importante também para manter as empresas atualizadas sobre as normas técnicas de Desempenho (NBR 15.575); de Manutenção de Edificações (NBR 5.674); de Sistema de gestão de reformas (NBR 16.280); e de Elaboração de Manuais de Uso, Operação e Manutenção (NBR 14.037). 6

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Fotos: Enic/Divulgação

Lilian lembrou que a Norma de Desempenho obriga o fornecimento do manual ao fim de cada construção e, para fazê-lo, é preciso tomar alguns cuidados, como “na maneira de apresentação, na forma de entrega, observação às características de cada região e ao tipo de empreendimento, de modo que as regras sejam claras e didáticas”. O contexto atual, disse, exige mais das empresas. Se por um lado as construtoras estão inovando e construindo edifícios mais complexos, por outro os clientes estão cada vez mais informados e por dentro das regras do setor. Manutenção Segundo Li9lian, cada Programa de Manutenção é único, e o construtor precisa conversar com seus fornecedores, para estabelecer os prazos mais adequados. “Ao entregar os manuais, a construtora ressalta que a durabilidade de uma edificação está ligada não só ao projeto e execução mas também ao correto uso e manutenção, sobretudo a preventiva.”

Lilian Sarrouf: regras claras e didáticas

Bianchi: usuário deve ser ouvido Na Comat, o vice-presidente de Relações Institucionais do SindusCon-SP, Mauricio Bianchi, falou a respeito da “Pesquisa Nacional Avaliação e Compra de Inovações Tecnológicas”, (www.cbic.org.br/guiamanuais/) da CBIC-Sensus, sobre a importância de ouvir o consumidor e de entender como ele vê novidades. “Inovar não é fazer o que você acha ser importante, mas ter a visão do que as pessoas querem”, comentou Bianchi. Ele destacou ainda que a localização é ainda o fator preponderante para famílias de todas as faixas de renda.


Guia Contrate Certo é lançado O encontro da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC durante o Enic foi palco para o lançamento do guia Contrate Certo, uma ferramenta de suporte com orientações para as empresas do setor sobre contratações de serviços de empreitada e subempreitada. Presidida por Antônio Carlos Mendes Gomes, a CPRT contou com as participações de Renato Vicente Romano Filho, assessor jurídico do Sindus­ Con-SP; Fernando Guedes Filho, assessor jurídico do Sindus­c on-MG e Luciana Guedes, advogada Sice­potMG – responsáveis pelo conteúdo do guia. De acordo com Guedes Filho, o objetivo principal do guia é orientar para que não ocorra a precarização. “As empresas precisam se acostumar a seguir alguns procedimentos que não estavam habituadas”. Distribuído em cinco capítulos, o guia aborda os aspectos legais, orientações para a fase pré-contratual, exigências contratuais e precauções para sua execução. A versão digital do guia já está disponível no site da CBIC. Acesse: http://goo.gl/VIDxo2 .

Subcontratação Ao comentar as ações da justiça envolvendo a subcontratação, Romano destacou que as propostas efetuadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em relação à assinatura de TACs (Termo de Ajustamento de Conduta) carecem de embasamento técnico. Segundo Romano, “o MPT e o Judiciário não têm conhecimento de como se desenvolve a atividade econômica da construção civil”. Para o assessor jurídico, as empresas seguem acuadas, mas existe uma permissão legal autorizando a subcontratação de serviços na construção civil. “Não há lei que proíba a contratação de terceiros.”

Integrantes do CPRT fazem homenagem a Mendes Gomes (5º da esq. para a dir.), que deixa a presidência da comissão este ano

Simulador calcula custo de acidentes Na mesma reunião foi lançado o Construindo Segurança & Saúde, um simulador capaz de mostrar aos empresários e gestores de recursos humanos os impactos tributários de acidentes e afastamentos de trabalho. De acordo com o gerente de Saúde e Medicina Ocupacional da Mendes Junior Trading e Engenharia, Gustavo Nicolai, com base nos registros da empresa o software conseguiu promover uma redução de 36,5%

no Fator Acidentário de Prevenção (FAP). O resultado equivale a uma economia de aproximadamente R$ 2 milhões. “A nossa intenção é avaliar o tamanho econômico da omissão de políticas de prevenção e saúde. O componente econômico vem apenas agregar a busca por melhorias nesse campo”, observou Nicolai. Para conhecer o simulador acesse: http://goo.gl/j7pafI .

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especial

enic

Site analisa ciclo de vida A coordenadora técnica do Comasp do SindusCon-SP, Lilian Sarrouf, exaltou na CMA (Comissão de Meio Ambiente) da CBIC o lançamento da plataforma ERA, que reúne dados referentes ao uso de energia e água e à geração de resíduos de empresas de pequeno, médio e grande porte. A ferramenta, desenvolvida na UnB (Universidade de Brasília) com apoio do Senai, foi apresentada pela professora Raquel Blumenschein, da UnB, e está inserida na quarta fase do Projeto 8 – Conhecimento da Inovação, do PIT (Programa de Inovação Tecnológica). O ERA é simples e prático e está focado na formação de uma linha básica com critérios nacionais para a análise do ciclo de vida de edificações (produtos e serviços), visando atender ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) e aos requisitos e critérios de certificações ambientais e de construção sustentável.

Segundo Lilian, as empresas querem fazer seus inventários. “A missão agora é obter informações corretas e acelerar a discussão sobre a análise do ciclo de vida das obras.” Para conhecer a ferramenta, cadastre-se em www.sistemaera.com.br . Lilian também comemorou na CMA a evolução do mercado, que começa a desmistificar a ideia de que imóvel sustentável é muito mais caro.

Lilian Sarrouf, Maria Salette Weber e Raquel Blumenschein, em debate na CMA

“O BIM é econômico” A modelagem de projetos em 3D, chamada de BIM (Building Information Modeling), garante os preços e os custos de um empreendimento, disse Paulo Sanchez, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP, na Comat. “Mais do que um filminho, o BIM é uma questão de engenharia; e é importante economicamente para atingir a produtividade que queremos. Com ele você consegue comprar o que planejou; fazer e controlar o que pensou.” A ferramenta reúne dados e a representação espacial digital dos projetos e fases de uma obra, inclusive planejamento, orçamento e até compras de suprimentos e gestão do canteiro, a partir do qual pode-se comparar, por exemplo, o andamento dos trabalhos com o cronograma planejado. 8

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O presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, arrematou a apresentação com uma questão: “quais as condições mínimas necessárias para viabilizar o uso do BIM nas empresas?”. Para o vice-presidente Executivo do Sistema Firjan (federação das indústrias do Rio), Augusto Franco, o BIM responde à demanda por modernização da gestão e intensificação de parcerias com as universidades. “O apoio ao ensino de BIM é uma forte demanda. Ainda neste ano teremos um programa de formação complementar para graduandos de arquitetura e engenharia civil para levar os alunos aos canteiros um dia por semana, para que eles toquem nas coisas, vejam tudo in loco e entendam como se faz”, disse Franco.

Para Sanchez, BIM “é uma questão de engenharia”


Setor pede ajustes na Lei Anticorrupção O fato de prever dolo para atos contra administrações públicas (inclusive as estrangeiras), na avaliação de Benedicto Porto Neto, consultor jurídico da Comissão de Obras Públicas (COP) da CBIC, é a grande novidade da Lei Anticorrupção, promulgada em agosto. Outros pontos que exigem atenção do setor são a responsabilidade objetiva (domínio do fato); o ressarcimento do dano e imposição de sanções na esfera administrativa; e o incentivo para que as empresas adotem medidas para autofiscalização e autodenúncia – com foco na formação de ‘caixa 2’. Durante debate sobre lacunas e interpretações da lei, a Comissão presidida por Arlindo Moura reuniu Francisco José Ramos, presidente em exercício do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás; e Luís Roberto A. Ponte, conselheiro da CBIC. Responsabilidade objetiva Um grande risco da nova lei, segundo Ramos, está no fato de que a responsabilidade objetiva torna desnecessária a comprovação do dolo ou culpa. Para Ponte, os empreendedores não poderão mais alegar desconhecimento dos fatos. “É uma tragédia contra as empresas nacionais. Ficou mais difícil comprovar a não participação em atos ilícitos.” “Essa é mais uma lei para ficar apenas no papel, tal a dificuldade em se aplicar. E pode até ser utilizada

para prejudicar os empresários que querem trabalhar”, alertou Ramos. Segundo Moura, estamos criando condições de uma subjetividade tamanha que deixam o setor a mercê do administrador público. “Precisamos estar atentos para que essa lei seja corrigida e ajustada.” O debate foi acompanhado por Sergio Watanabe e Luiz Antônio Messias, respectivamente, presidente e vice-presidente de Obras Públicas do SindusCon-SP.

Carlos Eduardo Jorge, Ramos, Moura, Porto Neto e Ponte pedem por lei mais justa

Revisão da NR-18 entra na reta final Luiz Carlos Lumbreras Rocha, auditor fiscal do trabalho, apresentou um panorama geral sobre o andamento das discussões para revisão da NR-18 (que trata da segurança, saúde e Meio Ambiente de trabalho na construção) durante o Enic. Em maio, segundo o auditor, foi concluída uma proposta. “Já temos 95% do texto alinhado. Faltam apenas alguns pontos em aberto por falta de consenso”, afirmou. Lumbreras ressaltou que com o agrupamento de alguns dispositivos a nova norma terá 30 itens. O Comitê Permanente Nacional (CPN) deve concluir sua proposta até o final de julho. A proposta deve ser apresentada à CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente), do Ministério do Trabalho, entre 9 e 10 de setembro. Para Ives Mifano, diretor do Secovi-SP que participou do debate, a grande vantagem da revisão foi a inclusão da construção pesada, mas ainda existem máquinas europeias que não podem operar no Brasil em razão do excesso de normas. “Temos um problema de ‘normite’. Criamos norma para revista notícias da construção / Junho 2014 9 tudo”, lamentou.


especial

enic

Dilma reafirma continuidade do MCMV afirmou, referindo-se à faixa Presente na abertura 1 do programa. do 86º Enic, a presidente da Outro programa destaRepública, Dilma Rousseff, cado pela presidente e que reforçou o seu compromisso tem impacto direto na área com a continuidade do Minha de construção civil é o ProCasa, Minha Vida, apesar de natec. Segundo Dilma, desde questionamentos recentes soa implantação do programa, bre a qualidade das moradias. em 2011, mais de 7 milhões Segundo a presidente, o prode matrículas já foram regrama não será interrompido alizadas. Os efeitos dessa “nem amesquinhado”. iniciativa, acrescentou, “deEntre as conquistas, Dilvem demorar um pouco para ma lembrou que o programa Presidente defendeu subsídios serem sentidos, mas serão eliminou o preconceito que contínuos”. havia quando o assunto eram os subsídios. “Antes, o subsídio era uma distorção inimaParcerias de sucesso ginável para o mercado. Tivemos uma deciNa cerimônia, o governador de Goiás, são ousada também ao fazer a transmissão Marconi Perillo, e o prefeito de Goiânia, dos recursos de forma direta às construtoras, Paulo Garcia, ressaltaram o sucesso das parsem ficar transferindo dinheiro do governo cerias com o governo federal na realização federal para o Estado, e deste às prefeituras”, de projetos sociais e de infraestrutura. Já Carlos Alberto Moura Junior, presidente do Sinduscon-GO, chamou a atenção para a pujança do Estado, que hoje ostenta um PIB de mais de R$ 130 bilhões, graças a obras de infraestrutura, como a Ferrovia Liderada pelo presidente Sergio Norte-Sul. O dirigente, entretanto, lamentou Watanabe, a delegação do SindusCon-SP os entraves ao desenvolvimento do setor, enviada ao Enic contou com as presenças como o excesso de barreiras regulatórias e dos vice-presidentes Luiz Antônio Mesdemora no repasse de recursos. sias (Obras Públicas), Maurício Bianchi O evento também contou com as pre(Institucional) e Paulo Sanchez (Tecnosenças da secretária Nacional de Habitação, logia e Qualidade); do assessor jurídico Inês Magalhães; do ministro das Cidades, Renato Romano; da coordenadora de Gilberto Occhi; do presidente do Fórum Marketing, Ana Eliza Gaido; do gerente Seconci Brasil, José Augusto Florenzano; do de Produção e Mercado, Elcio Sigolo, e presidente da Federação da Indústria de Goidas assessoras de imprensa e repórteres ás, Pedro Alves de Oliveira, e do presidente de Notícias da Construção, Fabiana da Ademi-GO, Ilézio Inácio Ferreira, entre Holtz e Nathalia Barboza. outros representantes de entidades locais.

SindusCon-SP envia comitiva

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MÁQUINAS

PARA ACABAMENTOS

Campos promete 4 milhões de moradias O pré-candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, prometeu no Enic manter, ampliar e aprimorar o Minha Casa, Minha Vida, dando ênfase à mobilidade urbana. Para Campos, o MCMV veio para ficar como uma política de Estado, não de governo. “Temos de aprender com o processo. Assumo o compromisso de manter os subsídios do programa, que atendem aos que mais precisam”, disse. Ele fixou como meta a construção de 4 milhões de unidades em quatro anos e sugeriu contar com terras da União para ampliar a oferta de terrenos, além de criar mecanismos de incentivo para que Estados e Municípios também disponibilizem seus estoques. Ele sinalizou ainda a adoção das sugestões da CBIC para a área de saneamento. Sobre o cenário econômico, Campos vê um retrocesso das conquistas alcançadas nos últimos 30 anos. “O processo de melhora foi

estancado.” A resposta para enfrentar esses desafios, segundo ele, está em um choque de confiança. Defendeu o reequilíbrio da política econômica, com foco no tripé regime de metas, câmbio flutuante e superávit primário. “A crise de confiança está fundamentada na governança”, garantiu. Inovação Para o candidato, o governo precisa aprender com “os empresários que estão aqui, que sobreviveram porque inovaram”. Como pontos fundamentais ele citou simplificar processos e adotar sistemas mais profissionais de contratação. Como incentivo ao setor de tecnologia, Campos sugeriu a criação de um fundo setorial como mecanismo de financiamento. No âmbito do debate sobre terceirização, Campos considera que falta disposição do governo para o diálogo. “Ambas as agendas macro e micro não estão sendo tratadas.”

EM PISOS

Acabadora de Piso FT 24, 36 e 46

Acabadora de Piso Dupla FTD 36

Régua Treliçada FTT

Régua Vibratória FTR

Cortadora de Piso FTC

Fresadora de Piso FR Politriz de Piso FP-6

Giannetti critica estratégia de subsídios Ao traçar um panorama do país, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca defendeu mudanças na política de moradia popular do governo federal. Segundo ele, a estratégia de subsídios não pode ser o único caminho para sanar o déficit no setor. “É preciso que as famílias façam poupança e tenham acesso a crédito voluntário com juros adequados”, afirmou. Com relação à política econômica, Giannetti advertiu que o teto da inflação (6,5%) já se transformou no centro da meta, e a situação só não é pior graças aos métodos artificiais de controle de preços utilizados pelo governo. Sem isso, garantiu

Lapidadora de Piso FLAP-12

Para Gianetti, famílias têm de ter poupança própria

o economista, a inflação oficial passaria facilmente dos 7% ao ano. Para 2014, Giannetti estima o crescimento do PIB em torno de 1,6%, o mais baixo dos últimos anos no país.

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INFORME TÉCNICO

A Isoeste Construtivos Isotérmicos está presente na obra do shopping RioMar Fortaleza, do Grupo JCPM, após participação de grande sucesso em outro empreendimento do grupo, o RioMar Recife. Na cobertura de todo o empreendimento e do cinema foi utilizada a Isotelha Trapezoidal, devido a sua grande capacidade de isolamento térmico. Em toda a extensão foi utilizada aproximadamente 20.000 metros do produto que, além destes locais, cobriu também, pontos de ônibus, passarelas e guaritas. Para um melhor isolamento térmico também do cinema, do Espaço Games e do teatro foram utilizados também

os painéis de fachada Wall PUR, com aproximadamente 17.000 metros de produto instalado. Além de proporcionarem, uma obra de montagem muito mais rápida, limpa, resistente ao fogo, e sustentável, a utilização dos construtivos isotérmicos possibilitou um melhor planejamento do sistema de climatização do empreendimento, pois possibilitará na ocasião de seu funcionamento grande economia de energia, já que a utilização dos painéis e telhas térmicas reduz a demanda de equipamentos de climatização.

O desempenho dos produtos Isoeste em termos de qualidade, eficiência, durabilidade e manutenção, garantiram a continuidade da parceria com o Grupo JCPM na construção do segundo shopping da rede RioMar. Segundo Francisco Bacelar, diretor da divisão imobiliária do Grupo JCPM, trabalhar com a Isoeste e com construtivos isotérmicos tem sido uma experiência muito produtiva. Prova disso é que entre a construção dos shoppings RioMar de Fortaleza e Recife, aumentou o uso e as aplicações dos materiais Isoeste.

“Entre as vantagens em trabalhar com o material fornecido pela Isoeste está a facilidade de adaptação às nossas demandas. Nos dois projetos do grupo, tanto RioMar Recife quanto RioMar Fortaleza, a empresa foi e tem sido capaz de nos atender de forma personalizada, adaptando-se à nossa demanda. Outro ponto que destaco é a pontualidade. É um fornecedor extremamente comprometido com o prazo. Algo importante


Francisco Bacelar Diretor da Divisão Imobiliária do Grupo JCPM

Sérgio Bandeira de Mattos Diretor de Desenvolvimento e Relações com o Mercado da Isoeste

quando se trata de uma obra com período de entrega definido”. - BacelarCom relação ao uso de construtivos isotérmicos nos empreendimentos JCPM, e na construção civil em geral, Bacelar destaca: “A vantagem desse tipo de material é por conta da praticidade envolvida. É um produto industrializado e que, além de ter a vantagem do prazo, não tem desperdício, outro fator que valorizamos na nossa obra”. Segundo o Diretor de Desenvolvimento e Relações com o Mercado da Isoeste, o engenheiro Sérgio Bandeira de Mattos, nos últimos dois anos a empresa aumentou sua participação no segmento de shoppings centers em torno de 25% a 30% pois os projetistas de ar condicionado, os calculistas, os arquitetos, os gerenciadores, os investidores e as construtoras já testaram e reconheceram as vantagens da utilização dos painéis Wall Pur nas edificações voltadas para este tipo de empreendimento. Estes benefícios começam na redução dos pesos das obras, beneficiando um alivio significativo nas cargas das fundações. Favorecem também os projetistas do ar condicionado, pois existe uma redução muito grande no calor penetrante das fachadas, chegando a reduções de 40% a

50% se considerarmos fachadas e coberturas. Estes dois resultados anteriormente citados junto com a alta produtividade de montagem e redução de atividades de obras (tijolo, reboco, massa fina, pintura e ou revestimentos nobres), demonstram claramente que os produtos Isoeste, beneficiam aos investidores, gerenciadores e construtores, reduzindo o custo final do empreendimento e o tempo de obra, fazendo que o retorno do capital investido chegue mais rápido para todos. “Estamos neste nicho de mercado há aproximadamente 06 anos e temos com certeza no nosso portfólio mais de 27 empreendimentos prontos em mais de 06 Estados do País”. - Bandeira Associado a tudo citado acima, as grandes dimensões dos painéis Wall Pur, a sua textura e cor, e a sua modulação possibilitam aos arquitetos criarem formas modernas com uma estética muito interessante. Os painéis e telhas Isoeste, garantem uma obra até seis vezes mais rápida que uma obra convencional, segura contra o fogo, sem desperdício de tempo e de materiais e um canteiro de obras limpo, resultando numa construção totalmente sustentável.

Empresa líder do segmento Ranking 2013 das 500 Grandes da Construção Revista O Empreiteiro


capa

Situação hídrica mudará engenharia de sistemas O tema do uso racional de água já figura no topo da lista de preocupações dos projetistas de edificações, inclusive por questões que fogem do controle humano, conforme afirmou o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, na abertura do 10º Seminário Tecnologia de Sistemas Prediais, promovido em parceria com o Secovi-SP, para 150 participantes, em maio. “A construção sustentável é tema que precisa ser desenvolvido, porque não é moda; a sociedade precisa tratar o assunto com urgência”, afirmou Watanabe. Segundo Renato Genioli Jr., coordenador da Comissão de Trabalho de Sistemas Prediais do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do Sindus­ConSP, não por outro motivo tomou-se a ousada decisão de concentrar nesta décima edição do evento o debate sobre a situação

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Fotos: Aguinaldo Santana

do uso racional de água em edificações e dos rumos e desafios de implementação. Para Jorge Batlouni Neto, coordenador do CTQ, o tema “está inserido na tradição de disseminação da inovação e de atualização tecnológica dos participantes”. A importância do assunto foi explicitada na palestra de Carlos Barbara e Sérgio Gnipper, respectivamente presidente e secretário da Comissão de Estudo da Norma Técnica de Sistemas Hidráulicos de Água Quente e Fria (CE-02: 146.03-003). Segundo Gnipper, a norma, que pode ser colocada em consulta pública ainda em 2014, já tem consolidado o texto sobre o uso racional de água, mas os envolvidos em sua elaboração “não esperavam que a norma tomasse este grau de importância”. Ele admitiu ainda que, quando o trabalho Barbara e Gnipper: texto da norma de água fria e quente virou um grande desafio

Jorge Batlouni, Paulo Rewald (Secovi-SP), Watanabe e Paulo Sanchez participaram da abertura da décima edição do Seminário de Sistemas Prediais


da comissão começou, há dois anos, os envolvidos não tinham consciência do grau de dependência do ciclo de chuvas. Entre os temas que estão na norma há uma tentativa de evitar a proliferação de microrganismos na água, detalhes sobre a segregação do ar nos pontos altos dos tubos e novos limites máximos de pressão estática. “É consenso que os aparelhos variam a relação vazão-pressão. Sem que possa haver interferência do usuário, o meio que encontramos é limitar a pressão, para reduzir o consumo”, apontou Barbara. A comissão também já consolidou os critérios de uso racional da água. Mas, apesar de definir vários parâmetros técnicos, apontou Barbara, a norma não funcionará sem a adesão da sociedade. “Nenhuma contribuição é maior do que a participação da população. Nunca mais pensamos que teríamos de racionar água. Mas é perfeitamente viável vivermos sob esta nova realidade. Na Europa, os padrões de consumo são muito menores que no Brasil”, comentou. Entre as recomendações estão ainda a limitação de vazões nos pontos de consumo e a adoção de aparelhos com tecnologias economizadoras. Baixo nível Se depender do estoque de água da Sabesp, a questão de redução nos níveis de consumo per capita virou tema

urgente. Edson Geraldo Souza, representante do Programa de Uso Racional da Água (Pura) da Sabesp, contou que o Estado já vem reduzindo o padrão de consumo per capita desde 1997. Segundo ele, naquele ano, cada residência paulista abastecida pela concessionária consumia, em média, 20,1 m³ de água ao mês e, em 2013, este índice baixou para 14,4 m³. “O que não se mede não se controla. O que não é controlado não se gerencia”, alertou Eduardo Lacerda, da Techem do Brasil, que defendeu no seminário a disseminação da medição individualizada de água e gás. “Seria uma mudança de cultura. A instalação é bem simples e o marketing das construtoras pode explorar o fato de que a individualização das medições de água e gás reduz em até 45% o custo mensal do condomínio.” Entre as soluções técnicas estão a instalação do medidor na posição horizontal (classe metrológica B) e seu dimensionamento de acordo com a capacidade de consumo prevista.

Evento do SindusCon-SP foi coordenado pelos membros do CTQ Renato Soffiatti (à esq.) e Renato Genioli Jr.

Shiu (à esq.), Souza e Lacerda (à dir.): palestras demonstraram que os caminhos para o uso racional de água no Brasil estão abertos

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dida pelo volume necessário para realizar Lacerda também atentou para os deo trabalho. A lógica vale para as descargas safios do setor para melhorar a eficiência sanitárias disponíveis no mercado, cujos do controle e da gestão da água e do gás, modelos que baixaram de até 13 litros/uso como nos sistemas coletivos de aquecipara entre 3 e 6 litros/uso a partir de 2004. mento central. “Hoje, já dá para saber para “Se foram dadas duas onde a água vai”, comendescargas, não houve tou. Quando o prédio Medição, controle economia”, justificou tem aquecimento solar, a e gestão são as Shiu. meta é evitar a medição “Temos torneiras duplicada da água. palavras de ordem nos de até 0,1 l/seg. Mas o “A necessidade agusistemas hidráulicos consumo mínimo é difeça o engenho”, definiu rente do fluxo mínimo de Roberto Shiu, gerente água. Não adianta se não der a sensação de vendas da Toto do Brasil. Segundo ele, de que as mãos foram bem lavadas. Por “onde há abundância também há comisso a inclusão de ar no jato é importante”, placência, e o Brasil é o país com maior afirmou o gerente. Com o chuveiro é a quantidade de água do mundo”. São 8.233 mesma coisa. “Um bom chuveiro consome km³ de água renovável contra 430 km³ 0,13 litros por segundo e permite tomar um do Japão, segundo o relatório The World banho decente”, contou. Fact Book. (Nathalia Barboza) Segundo ele, a eficiência do uso é me-

Gestão da água é desafio Na difícil tarefa de equilibrar a ofer­ ta-demanda, a gestão da demanda é hoje o ponto central e, para o professor da Po­ li-USP, Orestes Gonçalves, a visão atual do ciclo da água começa a ser revista para que o “usuário também entre nesta equação de redução do consumo e no combate aos desperdícios”. Segundo ele, a redução da pressão estática no sistema hidráulico das edificações é uma das ações iniciais que devem ser levadas em consideração. Além disso, comentou, a medição individualizada tem mudado a topologia da rede de tubulações e alterado a noção de horários de pico. “A engenharia está mudando”, resumiu. A inclusão de aeradores e reguladores de vazão e a redução do volume e vazão das descargas também têm contribuído para a mudança nos traços dos projetistas de sistemas prediais. Para Gonçalves, embora o mercado brasileiro comece a apresentar soluções estran16

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geiras de componentes que, em tese, seriam mais eficientes, é preciso validar primeiro estes insumos com uma avaliação técnica feita pelo Sinat (Sistema Nacional de Avaliação Técnica). “O fabricante é que deve solicitar esta avaliação. É uma segurança a mais que ele dará aos clientes construtores se não transformá-los em cobaias. É uma postura que protege as empresas e o próprio fabricante que quer fazer as coisas direito”, comentou o professor. (NB)

Gonçalves falou sobre a demanda de água, ao lado de Maria Luisa Passerini, presidente da Abrasip (entidade dos instaladores prediais)


Eletropaulo amplia atendimento especializado Em sua participação, no seminário, o gerente de marketing e novos projetos da concessionária AES Eletropaulo, Rogério Pereira Jorge apontou avanços no atendimento aos empreendimentos imobiliários, como a criação do atendimento especializado (senha K) e a abertura, em fevereiro, de canais eletrônicos para envio de documentos. “Agora as empresas já podem fazer abertura de notas, solicitar inspeção, verificação e consulta de status e até pedido de ligação”, afirmou. No segundo semestre, também será possível carregar documentos no site da AES. Nos canais presenciais, a introdução de check lists para evitar visitas desnecessárias tem sido bastante eficiente, segundo Jorge. “Nossa maior dificuldade está em atender aos grandes empreendimentos comerciais, devido à sua complexidade. Nesse caso te-

mos buscado soluções alternativas”, afirmou. Jorge também pontuou novidades da 12ª edição do LIG (Livro de Instruções Gerais) BT 2014, como a absorção de diversos comunicados técnicos emitidos desde a última edição, a obrigatoriedade de fazer a proteção geral contra correntes do sistema, além da modernização de procedimentos de solicitação. O guia está disponível para download gratuito no site da AES. (Fabiana Holtz)

Jorge, da AES, anunciou melhorias no atendimento aos empreendimentos imobiliários

Odebrecht detalha gestão sustentável A partir do conceito de cidade compacta, a Odebrecht Realizações Imobiliá­ rias buscou obter todas as certificações possíveis ao projetar o Parque da Cidade, com uma gestão sustentável do consumo de energia, água e resíduos. O complexo integrado por cinco torres corporativas, duas torres residenciais, uma torre de escritórios, um shopping, um hotel da rede Four Seasons e restaurantes deve ficar pronto em 2019. Segundo Eduardo Frare, diretor de engenharia da companhia, o complexo de uso misto tem a premissa de ser o empreendimento mais sustentável da América Latina. Durante as obras, iniciadas em 2012, os gestores do empreendimento calculam

que, a partir de soluções sustentáveis poderão obter uma economia de 36% no consumo de energia e de 27 mil m³ no consumo de água no canteiro – com a implementação do sistema a vácuo para coleta de esgoto. De acordo com Frare, o complexo também pretende reduzir em 50% o lixo destinado para aterros sanitários. “Quando se fala em automação, o céu é o limite”, afirmou. (FH)

Canteiro sustentável pretende gerar economia de 36% no consumo de energia, diz Frare

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qualidade

Curso capacita para inspeção de estruturas Aquilo que de início parece ser apenas mais um ônus para as construtoras pode também se transformar em oportunidade de negócios. É o que ensina o novo Curso de Capacitação em Inspeção de Estruturas de Concreto de Edificações, criado no âmbito do Programa Nacional de Redução de Riscos e Aumento da Vida Útil de Estruturas de Concreto, ou Programa Edificação + Segura. De alcance nacional, o programa, estruturado a partir da parceria da Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural), Alconpat Brasil (Associação Brasileira de Patologia das Construções) e Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto), visa desenvolver e implementar ações de capacitação, produção e difusão de conhecimento entre os agentes da cadeia produtiva da construção. A meta é reduzir os riscos de colapso ou de ocorrência de manifestações patológicas em estruturas de concreto. As duas primeiras turmas do curso aconteceram no início de maio, em São Paulo e em Porto Alegre (RS). Segundo a coordenadora geral do Programa Edificação + Segura e do curso, consultora Maria Angelica Covelo Silva, a estrutura do curso é inédita. “É o primeiro com este conteúdo no Brasil, com a abordagem necessária para que os profissionais tenham conhecimento requerido para a inspeção de estruturas de concreto”, afirma. O curso tem 8 módulos, num total de 62 horas aula. Em São Paulo, a turma tem 27 participantes de várias partes do país e com vários tipos de formação profissional. Oportunidade de negócio Além do ineditismo da ação, Maria Angelica destaca a conveniência do curso 18

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neste momento em que tramita no Congresso Nacional o projeto de lei 3370/12, que poderá tornar obrigatória a realização de inspeções em edificações. A novidade já é vista como uma nova oportunidade de negócio para as empresas de construção. “Entendemos que a inspeção de estruturas requer capacitação específica dos profissionais de engenharia e/ou arquitetura e pretendemos que o curso seja a base para uma norma definidora de requisitos de qualificação profissional para a inspeção de estruturas”, diz a consultora. Segundo ela, isto permitirá a estruturação de um sistema de certificação para estes profissionais. Para Maria Angelica, a capacitação é necessária para os corretos diagnóstico e indicação de medidas corretivas e/ou preventivas, visando a segurança estrutural e a vida útil da estrutura. “Procedimentos especificamente desenvolvidos para este curso pelos próprios professores são a base das aulas, assim como uma vasta bibliografia indicada”, comenta. Segundo ela, novas turmas poderão iniciar as aulas a partir de fevereiro de 2015. “O Comitê Gestor do Programa já analisa a possibilidade de expansão para outras cidades”, revela Maria Angelica. No futuro, as atividades do Programa Edificação + Segura deverão ainda se estender à melhoria das condições de projeto e à execução de estruturas de concreto. (Nathalia Barboza)



H A B ITA Ç Ã O

SindusCon-SP recebe secretário da Habitação da capital paulista Azevedo Marques comentou metas para HIS e o Plano Diretor O secretário municipal da Habitação, José Floriano de Azevedo Marques, esteve na sede do SindusCon-SP em maio para expor os avanços dos programas de Habitação de Interesse Social (HIS) que contam com a participação da Prefeitura. Acompanhado do assessor de gabinete Luiz Henrique Tibiriçá Ramos, o secretário foi recebido pelo presidente do sindicato, Sergio Watanabe; pelo vice-presidente de Habitação Popular, João Claudio Robusti; e pelo membro do Núcleo de Habitação Popular do sindicato, Ronaldo Cury de Capua. Também participaram da reunião Maristela Honda, vice-presidente de Responsabilidade Social; e Elcio Sigolo, gerente de Produção e Mercado do sindicato. As desapropriações devem continuar, afirmou o secretário ao falar sobre as ocupações mais antigas da cidade. Segundo Marques, foram cadastradas 30 mil famílias, que estão recebendo o aluguel social, e o programa foi congelado. Em 2013 a prefeitura desembolsou R$ 82 milhões em desapropriações. De acordo com Marques, muitas construtoras têm apresentado projetos da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida. “Isso não acontecia. Agora temos projetos para 20 mil unidades”. No orçamento da secretaria estão previstos R$ 300 milhões para alavancar os programas. “Dentro desse pacote, o prefeito contará com R$ 220 milhões oriundos da securitização de recebíveis. Isso deve ocorrer até agosto”, informou o secretário. 20

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Meta ousada Durante a reunião, Tibiriçá apresentou um balanço dos programas da prefeitura, como o Minha Casa Paulistana e o Renova São Paulo, que visa a reurbanização de favelas – cujo primeiro pacote de obras deve ser anunciado em breve pelo prefeito Fernando Haddad. “Considero ousada a meta de 55 mil unidades anunciada pelo prefeito, mas se tudo ocorrer como previsto atingiremos um número bem próximo”, disse o assessor. Segundo o secretário, sua pasta não tem interferência na escolha da construtora, mas é possível aproximar representantes dos dois lados para que cheguem a um entendimento. A prefeitura também possui uma lista de entidades formais representativas de movimentos sociais, que pode ser consultada pelas empresas. Ao ser questionado sobre o Plano Diretor, ele disse acreditar que existe um erro a ser corrigido. “Misturar as faixas 1 e 2 na mesma matrícula de terreno não funciona”, observou. O Plano Diretor já preve a criação de uma ZEI 5 (Zona Especial de Interesse Social) para atender exclusivamente a faixa 1. (Fabiana Holtz)

Encontro sobre projetos da prefeitura reuniu Robusti, Watanabe, Azevedo Marques, Tibiriçá e Cury



SINDUSC O N - SP E M A Ç Ã O

Uma indústria da construção forte pelo crescimento do Brasil A chapa “Consenso pela Produtividade”, que concorre às eleições para a Diretoria do SindusCon-SP, divulgou em maio sua plataforma eleitoral, que reproduzimos nestas páginas. Apurado o resultado da votação em 23 de junho, a posse da nova Diretoria será em 5 de agosto. São Paulo, maio de 2014 Prezado (a) Associado (a): Ingressamos em tempos difíceis. A persistência do baixo crescimento da economia com inflação e juros elevados, as falhas recorrentes na gestão governamental, o freio nos investimentos públicos e as incertezas na sucessão presidencial, dentre outros fatores, minaram a disposição de investir das famílias e dos agentes econômicos. A indústria da construção já vem sendo afetada por este cenário, ressentindo-se de novos obstáculos: diminuição do volume de obras, elevação dos seus custos e dificuldades crescentes de acesso ao crédito. A oscilante gestão fiscal do governo tem levado a atrasos de pagamentos, inclusive em programas prioritários como o Minha Casa, Minha Vida. Até o momento, não há sinalização de melhora em 2015, ano em que o próximo governo federal, seja qual for, precisará realizar ajustes drásticos para não comprometer ainda mais a combalida situação a que chegou nossa economia. Diante deste cenário, decidimos formar a Chapa “Consenso pela Produtividade” para concorrer às eleições para a Diretoria do nosso sindicato. Para fortalecer a indústria paulista da 22

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construção, propomo-nos a investir pesadamente na disseminação das inovações nacionais e internacionais em tecnologia e qualidade, visando um expressivo incremento da produtividade e da competitividade, sempre com respeito ao meio ambiente. Vamos dar um salto em educação e qualificação, em todos os níveis, buscando capacitar empresários, executivos, trabalhadores e prestadores de serviços a operarem com profissionalismo, tecnologia avançada e alta produtividade. Pretendemos atuar fortemente em favor da melhora expressiva no ambiente de negócios da construção. No entanto, de nada servirá termos uma indústria da construção de excelência se não agirmos, como nos propomos a fazer, em favor de reformas profundas na política, na gestão econômica, nas relações trabalhistas, no sistema previdenciário e nas políticas públicas de habitação, infraestrutura, saneamento, energia, tecnologia e meio ambiente. Queremos que a mesma eficiência e produtividade almejada para a construção permeie nossas instituições públicas, órgãos de governo, concessionárias, em todas as esferas e instâncias. Não podemos permitir que o enorme esforço em favor da excelência na construção civil seja minado por governantes despreparados, casuísmos econômicos, política miúda, instituições ineficientes. Repelimos a ameaça de que o brilho de nossa contribuição ao desenvolvimento do país venha a ser apagado pelo obscurantismo estatal. Vamos lutar para melhorar as políticas de governo e a qualidade da máquina pública, no que estiver ao nosso alcance, em nível federal, estadual e municipal. E pretendemos reforçar ações do sindicato para valorizar ainda mais a imagem das empresas do setor,

Eduardo Carlos Rodrigues Nogueira

Eduardo May Zaidan

Francisco Antunes de Vasconcellos Neto


Continuada em Gestão e Tecnologia da algumas vezes arranhada de forma generaliConstrução. zada por problemas pontuais. • Criar uma agenda de inovação para o setor, E faremos questão de manter erguidas aproximando universo acadêmico, governo com grande energia todas as bandeiras das e indústria. gestões anteriores do SindusCon-SP, das quais tanto nos orgulhamos: fortalecimenMeio Ambiente to da economia de mercado; reconheci• Tornar a atuação do SindusCon-SP mais mento da construção como protagonista estratégica na área de meio ambiente, lie não como coadjuvante do crescimento; derando processos, desoneração tributámostrando caminhos ria e previdenciária; Obscurantismo estatal e estabelecendo precombate à informanão pode apagar o missas, participando lidade e à burocracia; ativamente da elabosegurança jurídica; brilho da contribuição ração de legislações responsabilidade soda construção ao país e dos fóruns de discioambiental, enfim, cussão das melhores tudo o que contribua práticas para a construção sustentável e para para estabelecer um ambiente favorável a a preservação ambiental. um desenvolvimento irreversível do Brasil. • Atuar fortemente na questão mais preReafirmamos o compromisso das lidemente da atualidade – a eficiência energética ranças que nos antecederam, por uma indús–, estimulando a sociedade, o governo e as tria da construção moderna, inovadora, que construtoras a adotarem definitivamente o almeja a sustentabilidade, unida em torno de Programa Nacional de Eficiência Energética um sindicato forte, representativo, cada vez em Edificações (Procel Edifica). mais reconhecido como fonte de referência • Manter e reforçar as ações em andamento e qualificado pela excelência dos serviços nas áreas de gestão de resíduos, emissão de prestados às empresas associadas. carbono, conservação e uso racional de água Seguem abaixo alguns de nossos itens e uso racional da madeira e dos recursos programáticos, pelos quais pretendemos naturais, sempre com o foco na preservapautar a atuação do SindusCon-SP na gestão ção ambiental e no combate às mudanças 2014-2016. climáticas. • Atuar na análise e na discussão das ações Tecnologia e Qualidade que possam mitigar os riscos relacionados • Intensificar as atividades e os semináàs questões ambientais e às mudanças climários do Comitê de Tecnologia e Qualidade ticas, sobre a atividade da construção, seus (CTQ), agora com o foco em gestão de todo produtos e sistemas. o ciclo do processo construtivo (início do projeto, BIM, planejamento, construção), Economia visando à elevação da produtividade e ao • Aperfeiçoar as ações e projetos defim dos improvisos de obra. senvolvidos pelo Setor de Economia do • Fomentar novas missões técnicas ao SindusCon-SP, exterior, agora com o foco em gestão do • Analisar os fatos econômicos relevantes, processo construtivo. avaliar seu impacto no setor, apresentar • Desenvolver, implantar e coordenar um cenários e perspectivas para orientar as CTQ nacional na CBIC. associadas em suas estratégias de mercado. • Ampliar a atuação do CTQ no interior • Produzir, em conjunto com parceiros rede São Paulo. conhecidos, estudos para subsidiar pleitos do • Implantar um Centro de Educação

Haruo Ishikawa

Jorge Batlouni Neto

José Romeu Ferraz Neto

Luiz Antônio Messias

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sinduscon-sp em ação

setor, dando base econômica às ações e aos posicionamentos do SindusCon-SP. Relações Institucionais • Estruturar a área e adotar as melhores práticas relacionadas à aproximação e manutenção de relacionamento com os públicos alvos. • Avaliar os públicos de interesse com os quais a indústria paulista da construção deve iniciar e/ou intensificar aproximação. • Monitorar e analisar os movimentos daqueles públicos alvos. Relações Capital-Trabalho • Estreitar o diálogo construído entre empregadores e trabalhadores • Responsabilizar-se por aperfeiçoamentos contínuos em negociações trabalhistas e segurança do trabalho, bem como na atuação em favor das reformas sindical e trabalhista. • Aperfeiçoar continuamente as ações relacionadas à prevenção de acidentes de trabalho, em especial por meio do Programa SindusCon-SP de Segurança, das Megasipats e da participação na CPN e nas CPRs, atuando na reformulação e na divulgação das normas do Ministério do Trabalho, de maneira que sejam praticadas por empresas de todos os portes. Responsabilidade Social • Buscar sustentabilidade nos programas de responsabilidade social do sindicato como o ConstruSer, a Megasipat e o Programa de Elevação da Escolaridade, por meio de ações que sensibilizem empresários, executivos das construtoras e donos de empresas subcontratadas a valorizarem seus trabalhadores como profissionais e cidadãos. • Mapear e implantar programas de responsabilidade social alinhados às melhores práticas do mercado e adequados às especificidades da indústria de construção. • Desenvolver uma plataforma unificada que abrigue todas as iniciativas corporativas direcionadas à qualificação profissional. • Desenvolver estudos e ferramentas para 24

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massificar o conhecimento com o objetivo de ampliar a qualificação e a atualização da mão de obra da cadeia produtiva da construção. • Realizar campanha de valorização do trabalhador da indústria da construção. Regionais • Ampliar o número de empresas associadas e a representatividade do sindicato em todo o Estado de São Paulo. • Valorizar o trabalho voluntário dos integrantes das Diretorias Regionais, propiciando o aumento da participação e a maior integração e sinergia entre empresários. • Otimizar a utilização, pelas Regionais, do amplo potencial oferecido pela estrutura da sede. • Fortalecer o ambiente positivo entre as Regionais e a sede, viabilizando mais ações no interior, tais como de incremento na tecnologia e na agilização das aprovações de empreendimentos. • Aperfeiçoar a comunicação interna do sindicato em todo o Estado e com os associados, por meio de ferramentas de informática, facilitando a integração entre diferentes municípios nas ações da entidade.

Luiz Claudio Minniti Amoroso

Maristela Alves Lima Honda

Imobiliário • Apoiar os interesses das associadas que operam na área imobiliária e de loteamentos, em sinergia com o Secovi-SP, a Fiabci e a Abrainc. • Com vistas a aumentar a velocidade de lançamentos, manter as ações em andamento, como o Projeto Plantas On Line, o Seminário Licenciamento de Empreendimentos Imobiliários no Município de São Paulo e a pressão pela desvinculação do Certificado de Quitação do ISS da concessão do Habite-se Mauricio Linn Bianchi na capital paulista. • Incrementar o relacionamento com o poder público e representar o SindusCon-­ SP em todas as instâncias governamentais e financeiras relacionadas ao setor imobiliário. Habitação popular • Atuar por uma política contínua voltada à


• Acompanhar e influenciar nos Orçamendiminuição do déficit habitacional. tos para investimentos das três instâncias: • No nível da União: agir pela continuidade federal, estadual e municipais. do Programa Minha Casa, Minha Vida, e • Acompanhar e orientar os associados soestreitar o relacionamento com Ministério bre legislações que afetem o setor, tais como das Cidades, Caixa e Banco do Brasil; e a Lei Anticorrupção e a legislação sobre a acompanhar a revisão da tabela Sinapi e desoneração da folha de pagamentos. os impactos da Norma de Desempenho no custo da Habitação Popular. Administrativo Financeiro • No âmbito estadual, atuar pelo aumento • Aproximar a gestão do sindicato à nova das contratações da CDHU, pela continuifase que as associadas estão enfrentando no dade da Casa Paulista e ajudar o desenvolvicenário econômico, com foco na produtivimento da PPP voltada à habitação popular. dade, na racionalização das atividades e na • Na esfera do município de São Paulo, atualização tecnológica. fortalecer o relacionamento com a Secretaria • Modernizar continuamente as áreas de da Habitação, a Casa Paulistana e a Cohab, Gestão Financeira, visando incrementar Contabilidade, Inforprogramas de chamaAtuaremos fortemente mática, Departamenmentos empresariais, to Pessoal, Serviços retrofit e aluguel sopela melhoria do Gerais/Manutenção, cial. ambiente de negócios Compras e Adminis• Realizar ações tração do prédio da semelhantes nas reno setor da construção sede. giões metropolitanas do Estado. Amigo (a) Associado (a), • Atuar para reduzir o excesso de burocracia que diminui a eficiência do setor de habiEstamos abertos ao diálogo com os retação popular e eleva o custo dos imóveis. presentantes das empresas que queiram contribuir com o trabalho o qual nos dispomos Obras Públicas a realizar, por meio do e-mail gestao2014@ • Combater a extensão do RDC (Regime Dirfm.com.br . Envie-nos seus comentários, ferenciado de Contratação) a todas as obras críticas e sugestões, sua colaboração será públicas, e agir no Congresso Nacional para bastante importante para nós. aperfeiçoar a Lei 8.666 (Lei de Licitações). • Monitorar e seguir influenciando no proContamos com o seu voto! cesso de atualização do Sinapi; atuar junto aos órgãos de controle para que vejam a Cordialmente, tabela de composições de custos do Sinapi como sendo referencial e não de custos máEduardo May Zaidan, Eduardo Carlos ximos; e desengessar os orçamentos de obras Rodrigues Nogueira, Francisco Antunes públicas eliminando itens como a fixação de de Vasconcellos Neto, Haruo Ishikawa, BDIs máximos. Jorge Batlouni Neto, José Romeu Ferraz • Criar o Comitê de Obras Públicas, com Neto, Luiz Antônio Messias, Luiz Claudio ampla participação de empresas da capital Minniti Amoroso, Maristela Alves Lima e do Interior. Honda, Mauricio Linn Bianchi, Odair Gar• Estreitar o diálogo do SindusCon-SP com cia Senra, Paulo Rogério Luongo Sanchez, os órgãos contratantes em todos os níveis e Roberto José Falcão Bauer, Ronaldo Cury instâncias, em articulação com as demais de Capua entidades representativas do setor.

Odair Garcia Senra

Paulo Rogério Luongo Sanchez

Roberto José Falcão Bauer

Ronaldo Cury de Capua

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sinduscon-sp em ação

Comar vai orientar construtoras O 4º Comar (Comando Aéreo Regional) da Aeronáutica colocou-se à disposição das construtoras para orientá-las previamente ao licenciamento de empreendimentos imobiliários. Este foi um dos resultados da palestra feita pela tenente Renata Machado e pelo suboficial Robs Romeu, à Diretoria do SindusCon-SP, em maio. Romeu orientou as construtoras a elaborarem corretamente seus projetos, evitando erros de localização geográfica dos empreendimentos, altura do topo ou da base, e a sempre utilizarem plantas oficiais do IBGE. O presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, sugeriu que a Aeronáutica receba os projetos ao mesmo tempo que a Prefeitura. O vice-presidente Haruo Ishikawa propôs

que o Comar oriente as construtoras antes da aquisição de terrenos. Já o vice-presidente Luiz Antônio Messias sugeriu que o Comar coloque orientações em seu site. E o vice-presidente Mauricio Bianchi colocou o CTQ à disposição para desenvolver um mapa georeferenciado de São Paulo com os gabaritos autorizados e as áreas de restrição à construção de edifícios. O vice-presidente Luiz Claudio Amoroso informou que as Regionais do SindusCon-­ SP farão uma aproximação entre os técnicos das prefeituras e o Comar. Sergio Porto, representante do SindusCon-SP junto à Fiesp, e o conselheiro Roberto José Falcão Bauer, sugeriram que a regra para a determinação de gabaritos tenha algum grau de tolerância.

Convênio: comercialização de brita e areia SindusCon-SP, Sindareia e Sindipedras firmaram em maio um Protocolo de Cooperação Técnica visando normatizar a comercialização de areia e brita por peso (e não mais por volume), e a erradicar o transporte de cargas desses agregados com peso acima dos valores máximos definidos pelas resoluções do Contran. Assinaram o protocolo os presidentes Sergio Watanabe (SindusCon-SP); Antero

Saraiva Junior (Sindareia); e Tasso de Toledo Pinheiro (Sindipedras). Exemplares de uma cartilha serão distribuídos aos associados do SindusCon-SP. Ela traz orientações sobre como deve ser o transporte legal de areia e pedra, e o recebimento pelas construtoras. A publicação traz ainda uma tabela das principais configurações de veículos utilizados nesse transporte, com os pesos máximos permitidos.

SindusCon-SP é reeleito na ABNT

Cobrança de ISS: vitória em Iperó

O SindusCon-SP foi reconduzido ao Conselho Deliberativo da ABNT, nas eleições realizadas em maio. Representarão o sindicato o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade, Paulo Rogerio Luongo Sanchez, e o coordenador da Comissão de Trabalho de Projetos do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade), Fernando Augusto Corrêa da Silva.

A juíza Heloisa Lucas, de Boituva, garantiu o direito de as associadas ao SindusCon-SP abaterem da base de cálculo do ISS, no município de Iperó, os valores dos materiais empregados na obra e das subempreitadas já tributadas. A sentença favorável ao sindicato foi publicada em maio de 2014, proferida nos autos do mandado de segurança coletivo impetrado pelo SindusCon-SP.

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Para abrir novos caminhos, nosso país tem a força do aço Gerdau. A força da transformação.

O aço da Gerdau tem a força da transformação.

Diminuir distâncias é uma forma de conectar pessoas e gerar mais desenvolvimento. Para criar novos caminhos, o aço da Gerdau se transforma. Reciclamos milhões de toneladas de sucata para produzir aço de qualidade, que vai continuar abrindo horizontes para o futuro.

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sinduscon-sp em ação

Construção constata piora na conjuntura econômica para o PIB da Construção em 2014, caso o Para discutir os números mais recentes PIB nacional seja próximo de 2%. “2014 do setor e celebrar os resultados do Construpode ser um ano que sentiremos saudade Br, congresso realizado pelo SindusCon-SP mais adiante”, alertou o presidente, ao lemem parceria com a Abramat (Associação brar que, após as eleições certamente virá um Brasileira da Indústria de Materiais de ajuste fiscal. Segundo ele, podemos entrar Construção), o sindicato recebeu em maio em uma espiral de pessimismo se nos conos representantes de 24 entidades em sua centrarmos apenas no sede para um café curto prazo. da manhã. O gruSindusCon-SP agora Para Simão, po foi recepcionado criamos uma falsa pelo presidente Serestima crescimento do sensação de que esgio Watanabe, que abriu o encontro ao PIB da construção entre távamos chegando ao topo, mas ainda lado de Walter Cover, 1% e 2% para 2014 estamos no meio do presidente da Abracaminho. “Temos mat, e Paulo Simão, muito a crescer, em todas as direções”, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da afirmou. Indústria da Construção). No sentido de manter um discurso Durante a reunião, o grupo também coeso com foco na produtividade do setor, assistiu a uma apresentação de Ana Maria Walter Cover elogiou o padrão adotado pelo Castelo e Robson Gonçalves, economistas ConstruBr, que considera um marco nos da Fundação Getulio Vargas (FGV) da área eventos da cadeia da construção. “Faltava de estudos de construção civil. A dupla integração e o evento ajudou a aproximar a apresentou dados da conjuntura econômica indústria das construtoras.” do setor, com um balanço dos últimos meses Segundo ele, o custo pós-fábrica é muie perspectivas. to alto e o empresariado acabou se iludindo com as expectativas de negócios envolvendo Expectativas a Copa do Mundo. “As coisas não andaram Diante das perspectivas menos animacomo esperávamos, mas acredito que existe doras da indústria para os próximos meses, um pessimismo exagerado na economia”, o SindusCon-SP estima alta entre 1% e 2%

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José Luiz Machado, superintendente do SindusCon-SP, Simão, Watanabe e Cover, assistiram à apresentação dos economistas da FGV, Gonçalves e Ana Castelo


observou Cover. Para ele, o momento é de se ser mais objetivo. Na mesma linha, Simão recomendou que em vez de se deixar levar pelo discurso pessimista, o setor adote ações mais produtivas, com propostas de melhorias. Na opinião de Paulo Simão, da CBIC, o problema não está na falta de recursos ou de demanda. “É apenas uma questão de ajustarmos a economia”, ponderou. Já o atraso no pagamento das construtoras do Minha Casa, Minha Vida, na sua avaliação, foi uma falha grave do governo. Embora não tenha entendido o que aconteceu, Simão considerou que o setor teve uma reação forte e obteve uma resposta rápida.

dade criativa” do governo. No papel, aponta o economista, a meta de inflação é de 4,5%, mas tudo indica que trabalhamos com uma faixa de 5,5%. A tendência para as contas públicas, por sua vez, é de desaceleração. Para Ana Castelo, o cenário conjuntural mais negativo no curto prazo reflete diretamente nas decisões de investimento. “Essa arrumação da casa no curto prazo é fundamental para podermos pensar no médio e longo prazos”, acrescentou. Outro dado importante: o emprego com carteira assinada caiu em março, revertendo a recuperação dos dois primeiros meses do ano. Aliado a isso, a produção de insumos também desacelerou, bem como o ritmo de vendas e lançamentos no mercado imobiliário paulista, o maior do país. “Foi a primeira queda do indicador de emprego para o mês de março desde que a pesquisa foi lançada”, destacou Ana Castelo. Segundo Gonçalves, o país precisa estar preparado para um ambiente internacional melhor. Para tal, o governo deve fazer uma grande lição de casa, colocando as contas em ordem. “Na minha avaliação é preciso recuperar o regime de metas de inflação, eliminar a contabilidade criativa e colocar as contas públicas em ordem”, afirmou. (Fabiana Holtz)

Arrumação da casa Em sua apresentação, os economistas destacaram a evolução da atividade econômica, inflação e juros, contas públicas, contas externas entre 2003-2013. Como contraponto, também foi apresentada a evolução desses indicadores entre 2011-2014. Na avaliação de Gonçalves, o nosso padrão de crescimento baseado no consumo foi desindustrializante. “Faltou investimento. Agora estamos remontando o quebra-cabeça econômico, mas as peças não estão se encaixando.” O economista lembra que em agosEMPREGO COM CARTEIRA CONTRATAÇÕES ATÉ MARÇO to de 2011 –marco do início da polí250.000 tica econômica da 220.658 presidente Dilma 200.000 Rousseff– passou a ocorrer um nítido 150.000 descompasso entre o 130.686 129.222 discurso do governo e a política econô100.000 mica. Nos últimos 48.762 50.000 a n o s , o b s e r vo u Gonçalves, os superávits primários 2009 2010 2011 2012 foram alcançados graças à “contabiliFonte: MTE, SindusCon-SP/FGV

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M E I O AM B I E NT E

São Paulo mais limpa 13ª Conferência P+L exige cumprimento integral da Lei das Mudanças Climáticas A 13ª Conferência Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas – Aquecimento Global: de sua casa para o seu planeta, ocorrida em maio com o apoio do SindusCon-SP, resumiu em um único item a pauta de reivindicações expressa em sua Carta Compromisso: que a cidade de São Paulo cumpra a Lei da Política das Mudanças Climáticas. O público, que assistiu à conferência a partir do auditório da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas), na zona norte da capital, por meio da transmissão ao vivo para 18 locais, entre eles, as Universidades Anhanguera, Uninove, Santa Casa de São Paulo e Rio Branco, concordou com o conteúdo da carta, lida pelo vereador Gilberto Natalini (PV-SP), autor da Resolução n° 8 de 2002, que criou a Conferência. “A n o s s a Carta Compromisso vai exigir o cumprimento integral da Lei da Política da 30

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Mudança Climática que aborda várias questões importantes para a preservação do meio ambiente e da qualidade de vida da nossa cidade”, anunciou Natalini aos 3.500 participantes do evento. Segundo o vereador, é preciso fazer com que a lei continue a ser aplicada com a renovação da frota ecológica –ao trocar o combustível fóssil por renovável, biodiesel e eletricidade. Por força da lei, até 2013 o governo municipal já havia coordenado a troca de dois mil ônibus da frota municipal, incentivado a recuperação e compra de novos trólebus e mantido a inspeção veicular. A palestra magna da conferência foi realizada pelo consultor ambiental Fabio Feldmann, que abordou o tema Aquecimento Global: o que podemos esperar e fazer. O SindusCon-SP foi representado no evento pela coordenadora técnica do Comasp (Comitê de Meio Ambiente), Lilian Sarrouf. (Nathalia Barboza) Natalini (ao lado) pôs em votação a Carta Compromisso do evento, que lotou o auditório da APCD



G E ST Ã O DA O B RA

Manter os fundamentos

Maria Angelica Covelo Silva é engenheira civil, mestre e doutora em engenharia, diretora da NGI Consultoria e Desenvolvimento Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: ngi@ngiconsultoria. com.br

A construção civil sempre se apresentou como um setor de uso intensivo de mão de obra. Esta suposta qualidade que estimulava investimentos se tornou um grande problema. Os limites da tão propalada abundância de mão de obra foram testados. O setor começou a ser desafiado a oferecer postos de trabalho que exijam mais qualificação, em processos de produção com mais segurança, menos riscos ao trabalhador, menos esforço físico e ameaças à saúde, e que viabilizem mais produtividade. Toda a cadeia produtiva é envolvida nestas questões. Ainda encontramos caminhões fazendo entregas de materiais em que não há equipamento de descarga e a triste visão do trabalhador descarregando dois sacos de 50 kg de material na cabeça é presente nos canteiros. Ainda encontramos obras onde o uso do trabalhador para carga e transporte interno de materiais impõe situações inaceitáveis em outras indústrias.

(o especializado), lembrando que o excesso de transferência de responsabilidade de conhecimento para consultores, projetistas etc. deixa muitas construtoras sem o conhecimento básico necessário para empresas de engenharia. Fica difícil até dialogar com seus especialistas contratados quando não há um patamar mínimo de conhecimento interno. Por outro lado, que conhecimento é esse? Acadêmico? Vindo da prática? Nem tanto lá nem tanto cá... Engenharia precisa de aplicação, mas precisa dos fundamentos da tecnologia de materiais, da física e da química das construções, e estes estão sendo esquecidos. Não é à toa que a Norma de Desempenho é tão difícil de ser entendida no mercado. Vivemos uma era de crise de conhecimento. Ou mudamos isso ou os problemas sentidos nas obras quanto à qualidade e desempenho só aumentarão. Fala-se muito em inovação, mas ela não existe sem conhecimento. Aliás, pode haver sim, mas com riscos altos. Também é preciso cuidado com o mito da inovação na construção. Ela pressupõe sobretudo passos muito claros desde o objetivo a que deve servir, o problema a resolver, a avaliação de riscos envolvidos, de custo global, a avaliação de desempenho, enfim passos muito objetivos em torno de conhecimento, gestão e avaliação tecnológica quando tratamos de inovações em tecnologia de construção. Mas a discussão às vezes tem tornado a introdução de inovação algo etéreo, com muita teoria e pouca objetividade. Na base de tudo está o conhecimento e é preciso avançar, pois em algumas situações estamos “desaprendendo” no setor.

Conhecimento é fator chave para a competitividade da construção Por outro lado, o aumento da complexidade tecnológica dos empreendimentos, a construção de edificações mais altas e com maior número de unidades também coloca em xeque o conhecimento dos profissionais de engenharia de obra e de projeto. Podemos dizer que este precisa ser um setor intensivo em conhecimento. No entanto, empresas e profissionais ainda precisam saber como obter, gerir e aperfeiçoar este conhecimento. Comprá-lo exige saber como (desde o respeito ao conhecimento até saber valorá-lo), saber qual conhecimento internalizar e qual terceirizar

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Melhoria do desempenho nos sistemas de Gestão – segmento Construção Civil 16 de julho

irpJ, pis/CoFiNs e Csll com o Fim do rtt Conforme Mp nº 627 de 2013 28 de julho

e-social x legislação trabalhista e previdenciária – aspectos preparatórios 21 de julho

edificações ecologicamente sustentáveis 30 de julho

a legislação trabalhista e previdenciária no e-social – revisão e atualização 29 de julho

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Gestão de pessoas com deficiência • 15 de julho, em Bauru • 17 de julho, em Campinas

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entendendo a Construção Civil na Área previdenciária 17 de julho, em santos

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i m ob i l i á r i o

Decreto simplifica novos licenciamentos O Diário Oficial do Município de São Paulo de 16 de maio oficializou o Decreto nº 55.036, assinado pelas secretarias de Licenciamento (SEL), Coordenação das Subprefeituras, Desenvolvimento Urbano, Verde e do Meio Ambiente, Habitação e Governo. O documento simplifica os procedimentos administrativos para o licenciamento de novas edificações na cidade. O decreto é uma vitória dos representantes da indústria imobiliária, entre eles o SindusCon-SP, que apresentaram reivindicações para desburocratizar e acelerar os processos de licenciamento no município. Foram incluídas especificações a respeito de implantação de estande de vendas e modificações na emissão de alvarás de demolição e de elevadores. A autorização para instalação de estande de vendas, por exemplo, passou a ser informatizada, através da apresentação de declaração assinada por responsável técnico, observadas as restrições legais. Pelo decreto, o alvará de autorização deve sair no prazo máximo de 15 dias úteis. Após esse prazo, a implantação do estande poderá ser iniciada. A aceitação, por parte da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, do Laudo de Avaliação de Risco do terreno apresentado à Cetesb, é outro ponto importante do decreto, que permite o licenciamento da instalação de elevadores e aparelhos de transporte de forma conjunta com a emissão do Alvará de Execução da edificação. Para isso, basta a apresentação, pelo interessado, de uma declaração assinada pelo responsável técnico de que o projeto atende as NTOs (Normas Técnicas Oficiais). 34

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A liberação do funcionamento dos elevadores e aparelhos de transporte se dá mediante o cadastro no sistema de licenciamento eletrônico referente ao tema. Já para o alvará de demolição, não será mais necessária a comprovação da regularidade do imóvel. Competências Para agilizar ainda mais os procedimentos, o decreto suprimiu a tramitação de processos entre a SEL e os demais órgãos da Prefeitura. Agora, cabe a cada setor a análise dos aspectos referentes exclusivamente à matéria de sua competência. SEL e Subprefeituras ficam responsáveis pela compatibilização dos projetos. (NB)

Novas instalações do Comin, coordenadoria que faz os licenciamentos de empreendimentos e industriais

Plantas Online conclui fase 1 Quatro coordenadorias da SEL (Secretaria Municipal de Licenciamento) –Resid, Servin, Comin e Parhis– já estão funcionando nas novas instalações do Edifício Martinelli. A entrega da nova estrutura adequada às novas necessidades de trabalho da SEL consolida a primeira etapa do Plantas Online 2, acordo firmado entre a Secretaria, o SindusCon-SP, AsBea-SP e Secovi-SP. Servin e Comin já funcionam no 20º andar e Resid e Parhis, no 21º. Em maio, a reforma da Segur, no 19º andar, encontrava-se em fase final. Além da reestruturação de seu espaço físico, a parceria do Plantas Online 2 também inclui a informatização dos dados cadastrais da SEL e a busca por maior eficiência, transparência e agilidade do corpo técnico. (NB)



JUR Í DIC O

Melhor prevenir

JOSELITA BORBA nepomuceno é advogada e membro do Conselho Jurídico do SindusCon-SP. Mestre e doutora pela PUC-SP, foi procuradora do Trabalho Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: joselitaborba@ gmail.com

O acidente em decorrência da atividade profissional remonta à origem do trabalho, por ser inerente a ela o risco ou o perigo. Levando-se em conta tal premissa, não se tem poupado esforços para se proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. No nosso sistema jurídico, a proteção vem em primeiro lugar da Constituição Federal, que assegura ao trabalhador redução dos riscos do trabalho, garantindo-lhe indenização por acidente em virtude da responsabilidade civil do empregador, quando este incorrer em dolo ou culpa. Não obstante o grande avanço de nosso ordenamento em relação à tutela da integridade e da vida do trabalhador, bem como do meio ambiente laboral, as estatísticas revelam elevadíssimo número de acidentes de trabalho, indicando a OIT ser o Brasil o 4º colocado mundial em acidentes fatais.

preender todos os esforços, utilizando-se inclusive da engenharia de segurança e da medicina laboral, a fim de reduzir, se não for possível eliminar, os riscos que cercam a atividade do trabalhador. A atitude frente a valores supremos –dignidade e meio ambiente equilibrado– deve ser de atuação responsável. Para tanto, não basta observar formalmente a lei, mas cuidar para a sua completa –e correta– aplicação e das disposições regulamentares, notadamente as diretrizes, programas e ações traçadas pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, com revisões periódicas. Somente a manutenção de ambiente de trabalho salubre, seguro e equilibrado, com efetivo respeito à integridade física e mental do trabalhador, pode isentar o empregador de responsabilidade, bem como de possível ação de regresso pelos prejuízos causados ao erário público em virtude de pagamento de despesas médicas, hospitalares, aposentadorias e pensões e de assistência social a cargo da Previdência Social, em razão de acidente de trabalho. O avanço social experimentado na atualidade não admite que o homem/trabalhador, que procura no trabalho meio de subsistência, encontre na atividade profissional agravo ou comprometimento de sua saúde e até da própria vida. Dessa forma, a eliminação dos riscos do trabalho, com efetiva proteção à saúde e à vida do trabalhador, é um direito humano a ser preservado pelo empregador, sob pena de responsabilidade com pagamento de indenização, além da possibilidade de responder em ação de regresso.

A Justiça tem determinado amplas reparações por acidentes de trabalho Frente à inaceitável realidade, independentemente do sistema de custeio com vistas à cobertura dada ao trabalhador pelo INSS, o empregador responde pelo acidente de trabalho com base na culpa subjetiva e, se a atividade for de risco, na culpa objetiva. De fato, a partir da proteção legal e das consequências da tormentosa questão, a Justiça do Trabalho vem cada vez mais sendo acionada por acidentados, postulando indenizações por danos morais, materiais e estáticos. E esta tem respondido, com jurisprudência firme no sentido de que a reparação do dano em decorrência de acidente de trabalho deve ser a mais ampla possível. Sendo assim, o empregador deve em36

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R E LA Ç Õ E S CAPITAL - TRA B AL H O

Sindicato destaca boas práticas Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capi­­­tal­-Trabalho do Sindus­ConSP, e o assessor jurídico Renato Romano visitaram em maio a Secretaria Estadual da Justiça. Eles foram recebidos por Juliana Felicidade Armede, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (da Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo) e da Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae-SP). Na reunião, Ishikawa e Romano relataram as principais medidas adotadas pelo sindicato para prevenir condições degradantes de trabalho, incluindo a cláusula 10 das Convenções Coletivas firmadas com os sindicatos de trabalhadores da construção, que determina as obrigações das empresas ao contratar terceirizados. Os dois representantes também destacaram ações efetivas

do sindicato junto aos trabalhadores, como o ConstruSer, a Megasipat e o Fórum de Segurança e Saúde do Trabalho, previsto para o final do ano. Entre os problemas abordados na reunião, Ishikawa destacou a informalidade, questões envolvendo subcontratações, a segurança dos trabalhadores e a necessidade de maior divulgação das boas práticas adotadas por empresas do setor. Na avaliação de Romano, o encontro foi importante por representar a conquista de mais um canal multiplicador de informações para a divulgação das boas práticas do setor dentro do Judiciário. Após o relato, Juliana convidou o sindicato a participar de um grupo de erradicação do trabalho escravo. Ishikawa disse estar à disposição da Comissão para debater o assunto. (Fabiana Holtz)

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G E ST Ã O E MPR E SARIAL

Evoluções distintas

Maria Angelica Lencione Pedreti é professora de Contabilidade e Finanças da FGV e mestra em Administração de Empresas; trabalha em Planejamento Estratégico Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: maria.lencione@ fgv.br

Empresas e países encontram-se em fases bem diferentes do processo de evolução da Governança Corporativa. Na Alemanha, tudo é distinto dos EUA e do Reino Unido. Lá, a lei reconhece que o objetivo das empresas alemãs é a maximização dos interesses dos stakeholders e não apenas dos acionistas. Isso muda a estrutura das empresas e de seus Conselhos de Administração, que passam a ter representantes dos acionistas e dos funcionários. O mercado acionário fica com papel limitado no financiamento das companhias. Por isso, na Alemanha a presença de bancos e seus representantes na gestão das empresas é forte. E diante de tantos conflitos de interesses, a concentração acionária é muito superior aos demais países citados. Este modelo tem sido colocado em dúvida porque a necessidade de consenso entre os membros do Conselho (com interesses tão divergentes) torna as decisões lentas e a administração pouco eficiente, com perda de atratividade para investidores.

empresas e muito semelhante ao alemão. Se uma empresa não aplica as melhores práticas de governança que não tenham sido transformadas em leis, no entanto, ela deve justificar ao mercado: é o princípio do Pratique ou Explique. No Japão, o modelo é híbrido; o mercado acionário, altamente desenvolvido; os acionistas são dispersos, mas fortes, muitas vezes integrando as administrações. Isso aconteceu porque, depois da 2ª Guerra Mundial, fez-se uma espécie de pacto social, para reconstruir o país por meio das empresas, que deveriam trabalhar em consenso com os trabalhadores. As grandes fortunas iniciaram um movimento de participações cruzadas em várias empresas, criando companhias diversificadas e estruturas de participações tão complexas que inibiram o surgimento de um mercado de capitais e de processos de fusões e aquisições. Surgiram novos conglomerados. Este modelo foi criticado pelos investidores que buscavam eficiência. Mas a cada grande crise de governança dos modelos alternativos, ele se fortalece, já que se sustenta em valores alinhados à cultura das empresas e do país. Nos Conselhos, por exemplo, elegem-se membros como reconhecimento de sua lealdade à empresa, independentemente de sua qualificação profissional, e o presidente é frequentemente o CEO da própria empresa, enfraquecendo o poder fiscalizador do Conselho que, no entanto, chega a ser desnecessário, dada a estrutura de participações cruzadas dos acionistas poderosos. Ou seja, a governança corporativa decorre de fatores históricos, políticos, econômicos, culturais e da evolução de tudo isso num país.

Conheça os diferentes modelos de governança corporativa no exterior Na França, só após as privatizações em 1990 o papel do Estado foi reduzido e se fomentou o mercado acionário, com busca pela eficiência da gestão. Lá também é tradicional o controle familiar e a concentração acionária. Coexistem dois modelos de governança corporativa: o Sistema 1, mais comum, onde o CEO é o presidente de um Conselho de Administração fraco, com pouca independência e membros atuando simultaneamente em outros Conselhos; e o Sistema 2, presente em menos de 5% das

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e m p r ee n d e d o r i s m o

Cultura informacional

JOSÉ OSVALDO DE SORDI é doutor em Administração pela FGV, docente-pesquisador da Faccamp e FMU, e consultor em Gestão da Informação Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: osdesordi@ gmail.com

Os recursos dados e as informações organizacionais muitas vezes são negligenciados gerencialmente. As razões identificadas pela academia são muitas, a maioria ligada a percepções equivocadas dos gestores: a intangibilidade dos mesmos não permitiria ação gerencial; os investimentos em tecnologias da informação seriam suficientes; recurso gratuito e “dado” pela natureza não teria maior importância; e a preferência dos gestores pelos recursos tangíveis, como matéria prima e produtos, mais fáceis de serem gerenciados “a olho nu”. A atual sociedade da informação, caracterizada pela ampla digitalização de empresas, cidadãos, governo e demais entidades, abre espaço para diversas oportunidades. Desde a utilização de dados e informações para o aprimoramento de processos até mudanças radicais e estratégicas, como a inovação de produtos e serviços pela inserção de serviços digitais ou de funções sob demanda, a partir do melhor conhecimento do cliente e do produto/serviço.

o que fazer com o volume crescente de acervos de dados e informações disponíveis na organização. O insight cabe a todos da empresa, mas uma equipe gerencial atenta e comprometida já atende bem a esta demanda. Na questão da cultura informacional não há concessões. Os comportamentos informacionais indevidos, mesmo que de alguns poucos colaboradores, podem comprometer todo o acervo de dados e informações e, consequentemente, desnortear qualquer bom insight dependente de coleções de dados e informações de qualidade. Muitas das dimensões de qualidade da informação são conflitantes entre si. Por exemplo, quanto mais se disponibiliza um dado ou informação, mais rápido e fácil será o acesso, e maiores os riscos de acesso indevido e adulteração. Quanto mais detalhado for um conteúdo, maior será o tempo de acesso e do­­wn­load. Na cultura informacional adequada, os colaboradores ponderam suas ações junto aos dados e informações; não há respostas certas ou erradas, há a mais apropriada para cada situação. Antes de copiar, transmitir, redigir, armazenar, alterar, devem-se ponderar as múltiplas consequências em termos de impacto junto às diversas dimensões de qualidade da informação. O desenvolvimento desta cultura informacional demanda os mesmos investimento e atenção dados ao desenvolvimento de outras culturas, como a qualidade total e o respeito ambiental: investimento nas pessoas, com treinamentos, palestras, jogos lúdicos, análises de casos, círculos de reflexão, prêmios e, depois de determinado estágio, inclusive “punições”.

Atitude indevida pode comprometer um acervo de dados e informações A diferença não está mais na aquisição de computadores e softwares, como ocorreu, respectivamente, na introdução do processamento de dados (1950-79) e do gerenciamento de sistemas de informação (1980-2000). Com as práticas de gestão do conhecimento (século 21), as vantagens competitivas mais significativas são obtidas principalmente por ações junto às pessoas. Por exemplo, ações voltadas ao desenvolvimento de cultura informacional adequada e o desenvolvimento de visões/insights sobre

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PR E V E N Ç Ã O E SA Ú D E

Dengue: perigo real

Angela Nogueira Braga da Silva é coordenadora do setor de Serviço Social do SeconciSP, pós-graduada em Administração Hospitalar e em Gestão de Pessoas, com MBA em Gestão Estratégica do 3º Setor Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: comunicacao@seconcisp.org.br

Apesar das diversas iniciativas para controlar e combater a dengue, a doença continua sendo uma grande ameaça para a população brasileira e ano após ano se mantém no noticiário, sempre com números alarmantes. A capital paulista contabilizou, nas primeiras 15 semanas do ano, um aumento de 66% no número de casos, em comparação a 2013, segundo a Prefeitura. Alguns bairros, como Lapa e Jaguaré, onde foi registrada a primeira morte em decorrência da doença, lideram esse preocupante ranking. No âmbito estadual, os municípios mais críticos são Sorocaba e Campinas, com mais de 17 mil casos, o que caracteriza um verdadeiro surto da dengue. Não bastasse o aumento crescente e incontrolável da doença, outro motivo de alerta é o agravamento dos casos.

preventivas para evitar o contágio da doença são sistematicamente divulgadas, porém isso tem se mostrado insuficiente. A principal arma para conter o avanço da dengue é a conscientização. Cada um, de fato, tem de fazer a sua parte, pois dadas as características do agente transmissor, se houver um único criadouro em uma rua, todos os seus moradores são potenciais vítimas da doença. Os sintomas da dengue envolvem febre alta, dor de cabeça, em especial na região dos olhos, dores nas articulações, ossos e músculos. Dor de garganta, náusea e falta de apetite também podem ocorrer, o que reforça a possibilidade de levar a um diagnóstico de gripe, prejudicando o início do tratamento. Há mais de 10 anos, o setor de Serviço Social do Seconci-SP se empenha em disseminar informações para os trabalhadores da construção e seus familiares, ministrando palestras nas salas de espera dos seus ambulatórios e também nos canteiros de obras. Vale lembrar que o ambiente da construção é rico na formação de potenciais criadouros: na água parada na laje e em outros pontos críticos, como fosso do elevador, masseiras, tambores e bombonas. O Aedes aegypti tem se adaptado cada vez melhor aos ambientes e sua resistência aos inseticidas vem crescendo. As pesquisas para desenvolver uma vacina contra a dengue continuam, mas não há previsão de quando isso se tornará realidade. Enquanto não surge a vacina, a melhor prevenção é a informação. Faça sua parte, invista no máximo 10 minutos do seu tempo, eliminando possíveis criadouros e fique longe desse perigo real e imediato.

Com a vinda do quarto sorotipo do vírus, o risco de contágio se elevou A dengue é uma doença infecciosa causada por vírus, que tem quatro sorotipos e é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Até 2010, circulavam no Brasil apenas três tipos do vírus, quando o sorotipo 4 entrou no país por Roraima, vindo da Venezuela, e se espalhou por 12 estados, chegando até São Paulo. Este sorotipo, aliás, é o principal responsável pelo aumento do número de casos e do risco de epidemia, pois a população não havia tido contato com ele, por 28 anos, ficando assim mais a mercê do contágio. Também merece destaque que o Aedes aegypti vive em média 40 dias e, nesse perío­ do, pode picar até 300 pessoas! As medidas

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LEVANTE A TAÇA

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De olho na inclusão

PCD

O estudo da viabilidade da inserção segura de PCDs (Pessoas com Deficiência) na construção civil, desenvolvido entre 2010 e 2011, pelo SindusCon-SP e pelo Seconci-SP, INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA abriu uma nova perspectiva neste ano a partir NA CONSTRUÇÃO CIVIL da possibilidade de inserção de portadores de visão monocular. É que, segundo a doutora Xiomara A possível inserção é feita com base Salvetti, gerente do setor Médico Ocupaciona Matriz de Viabilidade de Inserção de nal do Seconci-SP, a Lei 14.481, em 2011, Pessoas com Deficiência na Construção incluiu a visão monocular como deficiência Civil, elaborada pelo Seconci-SP, que estavisual, o que abre espaço para a empresa belece recomendações relacionando o tipo efetuar PCDs na Lei de Cotas, caso a consde deficiência, à função e à atividade por trutora tenha de cumpri-la. “Muitas destas fase da obra. pessoas já estão nas empresas, sem que elas tenha consciência disso, o que também Coerência possibilita que estas empreguem PCDs inA “descoberta” do Seconci-SP promete dependente das cotas”, diz Xiomara. contribuir com as empresas do setor, que têm A gerente do Seconci-SP conta que está vivenciado dificuldades para encontrar PCDs realizando um levanpara serem inseridas tamento da quantidade forma segura em Seconci-SP mostra de de portadores de seus quadros. que setor pode inserir visão monocular que “Nossa preojá foram inseridos na cupação sempre foi bom número de PCDs construção e atendiestabelecer uma coemonoculares dos no ambulatório rência entre o tipo de da entidade nos últiatividade desenvolvimos anos. “Dados preliminares apontam que da no canteiro e a inclusão de PCDs de forma a ocupação destes indivíduos está dentro da a evitar condições que possam potencializar área operacional do canteiro de obras, em ou até agravar a saúde ou ainda provocar funções como carpinteiro, mestre de obras, acidentes do trabalho”, afirma a doutora. pedreiro, pintor, montador, eletricista e enPor isso o Seconci-SP intensificou a genheiro”, revela. realização de laudos para verificar o enquaSegundo dados do Censo Demográfico dramento de PCDs no Decreto nº 5.296, de 2010, 35,7 milhões de pessoas declararam que definiu o conceito destas pessoas, e a ser portadoras de deficiência visual. Pelo emissão de atestados. Segundo Xiomara, só estudo, 18,8% dos entrevistados afirmaram em 2013, dos 30 encaminhamentos foram ter dificuldade para enxergar, mesmo com caracterizadas 23 pessoas, das quais 65% óculos ou lentes de contato. “Este fato desjá estão incluídas em funções operacionais, cortina uma nova realidade: as empresas da como de ajudante geral, armador, auxiliar construção, quando bem assessoradas na de sonda perfuratriz, carpinteiro, encanador, área de medicina ocupacional, podem conpintor entre outras. tribuir para a sociedade”, comenta Xiomara. (Nathalia Barboza) 44

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Excelência na educação profissional e inovação tecnológica é no SENAI-SP Cursos na área de Construção Civil

Aprendizagem Industrial  Construtor de edificações  Eletricista instalador  Instalador hidráulico

Curso técnico de edificações

Formação de mão-de-obra para construção civil ● ● ● ●

Carpintaria ● Alvenaria ● Elétrica ● Auto CAD Hidráulica ● Pintura ● Vidraçaria ● Cobertura Armação de Ferros ● Desenho técnico Gesso acartonado ● Aquecimento solar Impermeabilização ● Serralharia de Alumínio Elevação de cargas e pessoas Soldador de tubos de polietileno Instalação e montagem de elevadores

 Qualificações:  Desenhista de edificações  Laboratorista de ensaios de materiais  Habilitação:  Técnico em edificações

Curso mestre-de-obras

 NR 18 - Condições e meio ambiente de

 Especialização—Planejamento e supervisão

de obras

● ● ●

NR 10 - Segurança em instalações e serviços com eletricidade

trabalho na indústria da construção

NR 33 - Capacitação para trabalhadores em espaços confinados

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s eg u r a n ç a d o t r a b a l ho

Por onde começar

José Carlos de Arruda Sampaio é consultor de empresas e diretor da JDL Qualidade, Segurança no Trabalho e Meio Ambiente Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: jdls@terra. com.br

Os acidentes de trabalho e, consequentemente, a segurança na indústria da construção estão constantemente chamando a atenção da grande mídia. Isso sempre acontece quando não se trata com rigor a gravidade que o assunto exige. Não há dúvida de que a segurança é antes de tudo um problema cultural. Mas a segurança também é uma disciplina técnica complexa, capaz de envolver ações de projeto, planejamento, execução e gestão. A execução de uma análise de riscos eficaz, que considere todas as situações de um ambiente de produção, é de extrema importância e sempre requer conhecimentos e habilidades especializados. O planejamento e os planos das ações de segurança no canteiro de obras devem ser específicos e práticos e seu conteúdo garantir a eliminação ou minimização dos riscos originados pela escolha da metodologia executiva adotada para o empreendimento. Mas, por que nos canteiros de obras as atividades de segurança do trabalho geralmente não são planejadas? Por onde começar? Pela identificação de perigos e avaliação dos riscos existentes:

• perigos criados na vizinhança por atividades relacionadas ao trabalho sob o controle da empresa; • infraestrutura, equipamentos e materiais nos locais de trabalho, fornecidos pela organização ou por outros; • mudanças ou propostas de alterações na organização, em suas atividades ou materiais; • modificações do Sistema de Gestão de SST (Segurança e Saúde no Trabalho), incluindo mudanças temporárias, bem como seus impactos nas operações, processos e atividades; • qualquer obrigação legal aplicável relacionada à avaliação de riscos e à implantação dos controles necessários; • o projeto das áreas de trabalho, processos, instalações, máquinas e equipamentos, procedimentos operacionais e organização do trabalho, incluindo sua adaptação às capacidades humanas. Além disto, é preciso que os resultados destas avaliações sejam considerados na determinação dos controles. Ao determiná-los ou considerar as mudanças nos controles existentes, deve-se considerar a redução de riscos de acordo com a seguinte hierarquia: eliminação; substituição; controles de Engenharia; controles administrativos; equipamentos de proteção individual. A organização deve documentar e manter atualizados os resultados da identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação dos controles e assegurar que os riscos para a SST e os controles determinados sejam considerados no estabelecimento, implantação e manutenção do seu Sistema de Gestão da SST.

Planejamento e ações de segurança no canteiro precisam ser específicos • atividades rotineiras e não rotineiras; • atividades de todas as pessoas que tenham acesso aos locais de trabalho, incluindo subcontratados e visitantes; • comportamento humano, capacidades e outros fatores humanos; • perigos identificados de origem externa, capazes de afetar adversamente a segurança e a saúde de pessoas da organização; 46

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r eg i o n a i s

Santos debate soluções para mobilidade As boas perspectivas para a Baixada Santista devido à expansão do porto e à cadeia de petróleo e gás têm estimulado lançamentos e novos projetos para a região. Entretanto, problemas de mobilidade urbana e de legislação já preocupam autoridades e o empresariado que, reunidos no Ficon (Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região), debateram o tema em busca de soluções. Para o diretor da Regional Santos, Ricardo Beschizza, somente a partir de uma abordagem ampla e clara dos problemas a região chegará a um consenso do que é melhor para o desenvolvimento. O apagão de mobilidade urbana enfrentado por Santos e a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo foram os temas que mais atraíram a atenção dos empresários presentes no Ficon. “A dificuldade de locomoção faz Santos e região perderem investimentos, logo, o problema exige solução rápida e eficiente”, afirmou Beschizza. A experiência vivida por Berlim, onde o transporte público é eficiente e interligado, é um bom exemplo a ser seguido, acrescentou o diretor. A capital alemã desenvolveu um eficiente sistema de transportes com metrô, Veículos Leves sobre Trilho (VLT), ônibus e o tradicional bonde, reduzindo o tráfego de

automóveis. Além disso, a cidade investe na preservação de prédios históricos. “A revisão de leis pode gerar novas opções de imóveis para a população, inclusive para famílias de baixa e média renda”, afirmou o diretor. Oportunidades Em mesa-redonda, o consultor em infraestruturas de transportes, Marcos Vendramini, mostrou alternativas, como a duplicação vertical da Via Anchieta. A sobreposição, segundo ele, permitiria que uma pista ficasse só para caminhões, semelhante ao que ocorre em Chicago, nos Estados Unidos. O especialista também defendeu passarelas sobre vias públicas para retirar a circulação de pedestres principalmente das vias com grande fluxo de veículos, bem como as passarelas entre edifícios, tema polêmico na região. O professor de Relações Internacionais da PUC-Rio, Sérgio Veloso, com base na experiência carioca, sugeriu que Santos não abandone o projeto de revitalização do porto previsto para os armazéns 1 ao 8 do Valongo. Entretanto, alertou que no Rio o projeto só foi possível a partir de uma aliança entre os poderes municipal, estadual e federal. (Giselda Braz)

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regionais

Sorocaba lança Comitê de Segurança A Regional Sorocaba lançou no final de abril o Comitê de Segurança e Medicina do Trabalho. Formado por técnicos de segurança de empresas e representantes do sindicato, do Seconci e do Senai, o comitê irá reunir-se quinzenalmente e terá como objetivo buscar soluções para as questões relacionadas à segurança e à saúde dos trabalhadores da construção, difundir a cultura de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e desenvolver parcerias com entidades do setor para a participação em cursos, seminários e workshops referentes às normas regulamentadoras vigentes. A ação faz parte de uma política da

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regional que irá criar comitês também na área de tecnologia e qualidade, meio ambiente, responsabilidade social e recursos humanos. “A ideia é atender todas as demandas no que se refere às relações do trabalhador da construção civil, bem como ações voltadas à qualificação profissional”, explicou Fernando Alonso, coordenador da Regional. Já o diretor da Regional, Elias Stefan Junior, colocou o sindicato à disposição das empresas que precisarem esclarecer dúvidas tanto na área de segurança e saúde como também na parte jurídica. (Lívia Camargo)

Alonso; Aline Bueno, secretária do comitê; Rodrigo Pereira, técnico em segurança do trabalho do Senai Sorocaba; João Clodomir Ramos, coordenador do comitê, e Rubens Rodrigues Reis Junior, coordenador adjunto do comitê


Feirão movimenta R$ 78,2 mi em Prudente Em maio, a região de Presidente Prudente recebeu a Feira Morar Bem – Feira de Imóveis, Construção e Decoração. O evento foi organizado em paralelo ao 10º Feirão da Caixa Econômica Federal, no Parque do Povo. Conforme balanço divulgado pela organização, o Feirão atendeu 2.777 pessoas, gerando R$ 78,2 milhões em negócios. De acordo com o diretor adjunto da Regional, Paulo Edmundo Perego, e o conselheiro Norton Guimarães Carvalho, a feira foi “uma grande oportunidade” para adquirir ou tentar negociar um imóvel e para as construtoras exporem seus serviços. Carvalho ainda falou sobre o movimento do mercado da construção civil em Prudente e no país. “O mercado está aquecido, mas não como há cinco anos atrás, por que o Brasil está dando uma

acomodada”, ponderou. Rogério Constantino dos Santos Motta, de 26 anos, que esteve na Morar Bem para buscar informações sobre imóveis e financiamentos, aprovou o evento. “É uma oportunidade única que temos para tirar as dúvidas sobre financiamento”, afirmou. (Maycon Morano)

Feirão recebeu a visita de quase 3 mil pessoas

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regionais

SindusCon-SP recebe reuniões do Conselho municipal de Bauru Em abril, o Conselho do Município de Bauru (CMB) passou a realizar suas reuniões no auditório da Regional do SindusCon-­ SP. O primeiro encontro contou com a participação de vereadores, ex-secretários municipais e representantes de diversas entidades. Destaque para a presença de Paulo Ferrari, titular da Secretaria Municipal de Planejamento, que falou sobre as ações e demandas da Seplan, bem como sobre a proposta de implantação de um Instituto de Planejamento para a cidade, tema prioritário da pauta do dia. Ferrari defendeu a

criação do instituto como órgão independente, para dar apoio às análises e decisões do prefeito em relação ao desenvolvimento ordenado da cidade. “O SindusCon-SP abre as suas portas para o CMB com enorme satisfação, pois apoia as parcerias, a união de esforços entre entidades e população, o amplo debate e todas as iniciativas que prezam pelo desenvolvimento planejado e sustentado de Bauru e região”, comentou o diretor da Regional, Renato Parreira. (Sabrina Magalhães)

São José dos Campos forma 15ª turma de mestres A Regional de São José dos Campos formou em maio, em parceria com o Senai, a 15ª turma do curso de Mestre de Obras. A cerimônia de formatura aconteceu na sede do Senai, em São José dos Campos. Cerca de 60 pessoas compareceram ao evento. O objetivo do curso é capacitar o aluno a exercer as funções do mestre de obras por meio de métodos e técnicas modernas pertinentes aos processos construtivos, desenvolvendo qualidades pessoais de gestão, liderança, competitividades e empreendedorismo. O diretor da escola local do Senai, Carlos Ortunho Serra, abriu a cerimônia dando as boas vindas a todos os alunos, familiares e amigos.

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Representando o diretor da Regional, Rogério Penido, o engenheiro Gianfranco Asdente relembrou que no passado participou da construção do prédio que abriga o Senai e destacou a importância da capacitação profissional. “Vocês estão entrando para uma plataforma mais elevada, com certeza esse curso irá abrir novas portas para todos vocês”, disse. Para o formando Sandro Manoel Claro, 42 anos, orador da turma, o curso foi um divisor de águas para sua carreira. “Eu atuo no ramo há seis anos e com a qualificação pude tirar muitas dúvidas. Foi muito bom para o meu crescimento profissional”, concluiu. (Elizânio Silva)

Formandos recebem certificado na sede do Senai de São José dos Campos



regionais

Campinas amplia áreas para HIS A Prefeitura de Campinas aprovou em maio a construção de empreendimentos habitacionais de interesse social (EHIS) em todo o município. O texto amplia as áreas para a construção dessas moradias. Com a legislação, famílias que residem em áreas impróprias ou inadequadas para habitação serão atendidas no programa Minha Casa, Minha Vida. O objetivo também é fomentar a participação da iniciativa privada na execução de políticas habitacionais para

famílias de baixa renda. “Isso é interessante porque democratiza a cidade e gera mais mão de obra. Os trabalhadores terão condições de morar mais próximos do local de trabalho”, afirmou o diretor da Regional, Márcio Benvenutti. Benvenutti foi empossado em maio como representante da entidade no Conselho do Fundo Municipal de Prevenção e Reparação dos Direitos Coletivos (Fundif). (Vilma Gasques)

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Desempenho melhor Fúlvio Vittorino é Diretor do CETACCentro Tecnológico do Ambiente Construído do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

Cláudio Vicente Mitidieri Filho é Pesquisador do CETAC/IPT

A Norma de Desempenho (NBR 15.575:2013) trata os componentes e sistemas construtivos a partir do conceito de desempenho, estabelecendo requisitos e critérios mínimos de qualidade a serem atendidos pela edificação e seus sistemas, depois de pronta e ao longo de sua utilização no tocante a: desempenho estrutural; segurança ao fogo; segurança no uso e na operação; estanqueidade, principalmente à água; desempenho térmico, acústico e lumínico; saúde, higiene e qualidade do ar; funcionalidade e acessibilidade; conforto tátil e antropodinâmico; durabilidade; manutenibilidade; e impacto ambiental. A norma inovou ao estabelecer valores limites e parâmetros mensuráveis, eliminando subjetividades que surgem em discussões entre empreendedor e consumidor, além de ser um novo balizador para empreendimentos habitacionais construídos com recursos públicos ou privados. O IPT realizou em fevereiro um seminário sobre os impactos da norma, a fim de discutir as ações necessárias e os desafios para que o conceito de desempenho seja ampliado e alimente cada vez mais a qualidade das construções habitacionais brasileiras. O evento foi realizado em parceria com: Secretarias de Habitação e de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Governo de São Paulo, Ministério das Cidades, CBIC e SindusCon-SP.

mentos nos setores privado e público afetos à produção habitacional. Ao final do evento, destacaram-se os principais desafios e propostas elencados pelos participantes. No campo jurídico: • Realizar ampla campanha de esclarecimento sobre a Norma de Desempenho, por meio de seminários técnicos, junto aos operadores do Direito; • Criar uma Câmara de Arbitragem Multissetorial como mecanismo de solução de conflitos de consumo e alternativa aos debates judiciais, integrada por institutos de pesquisas, universidades, sindicatos, associações, Ministério Público do Estado de São Paulo e demais órgãos de proteção ao consumidor, capaz de resolver as demandas vindas da aplicação da norma (proposta da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital do MPESP). • Aprofundar o debate sobre aspectos relativos a garantia, manutenção pelo usuário e prazos de vida útil de projeto, assunto abordado de forma pioneira ao balizar esse importante parâmetro para as relações de consumo e definição de novas bases legais ou complementares. No campo acadêmico: Apesar do tema normas técnicas e desempenho ser objeto de estudo na grade curricular no ensino superior (na Poli e na FAU-USP), constatou-se um longo caminho a percorrer, em especial no âmbito da graduação, por meio da inserção, na grade curricular, de disciplinas relacionadas ao tema; do incentivo a projetos de P&D que permitam o avanço de conhecimento em relação ao assunto desempenho; do aprofundamento da relação com a cadeia produtiva da construção e da articu-

É preciso detalhar projetos, ensaiar produtos e qualificar trabalhadores O seminário discutiu o conteúdo da norma, suas implicações jurídicas, necessidades e propostas para a grade curricular no ensino superior tecnológico e os impactos e desdobra-

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lação entre os diversos campi da USP para desenvolvimento de projetos integrados sobre desempenho em edificações; Destaca-se, também a necessidade de realização de mais pesquisas na área de durabilidade de materiais e produtos para a construção, visando conhecer melhor os mecanismos de deterioração de produtos inovadores a fim de se subsidiar os procedimentos de manutenção a serem apresentados nos manuais de usuários, bem como para a definição da Vida Útil de Projeto. Para a cadeia produtiva: A Norma traz novas responsabilidades para projetistas, incorporadores, construtoras e fabricantes de materiais, que devem repensar suas atividades em termos do desempenho mínimo que seus produtos e serviços devem apresentar. Vários aspectos importantes foram discutidos, destacando-se: • necessidade de caracterização e desempenho na análise de produtos e elementos da edificação, fornecendo parâmetros de consistentes à cadeia produtiva como um todo (projetista, construtor e incorporador) e ao consumidor. Este aspecto foi destacado pelo representante da Abramat, informando que alguns setores já iniciaram os trabalhos de ensaios e que seriam importantes mais investimentos em laboratórios e em formação de mão de obra para essa atividade; • necessidade de implementar os processos de certificação de conformidade de produtos e de qualificação prévia, para alimentar e dar segurança aos processos de especificação técnica e de aquisição; • necessidade de elaboração de projetos mais detalhados (arquitetura, estruturas, instalações etc.), compatibilizados entre si e com todas as especificações que garantam o atendimento aos critérios especificados tanto na Norma de Desempenho como nas normas técnicas de produtos e procedimentos de projeto e execução; • esforço conjunto para ensaiar os produtos e contar com um banco de dados compatível com as especificações de projeto; além do produto, há grande preocupação com a mão

de obra que irá instalá-lo, pois o desempenho é do conjunto todo, pronto e acabado; • a necessidade de se abordar alguns temas com maior atenção como a durabilidade de produtos e a análise da proteção acústica aos ruídos de impacto no piso superior e a necessidade de um melhor entendimento sobre a isolação a ruídos aéreos de fachadas, considerando as esquadrias. Para o poder público: Instâncias do poder público apresentaram suas reflexões sobre o impacto na Norma de Desempenho na produção habitacional, destacando seu papel de indução da melhoria da qualidade das edificações com ênfase na produção de habitações populares, com destaque para: • revisão dos Códigos de Obras dos Municípios: a Norma de Desempenho criou um novo ambiente técnico para o processo de futuras revisões de Códigos de Obras. Esse conceito já começa a ser discutido e incorporado na revisão do código do Município de São Paulo. A Secretaria de Licenciamento, em conjunto com representantes do SindusCon­ -SP e da Asbea, vai produzir um texto base para o novo código, a ser disponibilizado para discussão pública. • instituição de Comitê de Estudos para implantação e adequação dos projetos e obras à Norma de Desempenho, em âmbito estadual, pela Companhia Habitacional e de Desenvolvimento Urbano – CDHU/Sehab; • promoção da adequação de projetos habitacionais dos programas federais à Norma de Desempenho, por meio da revisão das especificações do Programa Minha Casa, Minha Vida, e da revisão de diretrizes de avaliação técnica de produtos no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação Técnica de produtos inovadores. • Aperfeiçoamento de mecanismos e procedimentos para avaliação do produto final entregue ao usuário. Por último, foi sugerida a realização de novo seminário, em data a ser definida, para avaliar o andamento da implementação das propostas elencadas.

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Ercio Thomaz é Pesquisador do CETAC/IPT

Luciana Oliveira é pesquisadora do CETAC/IPT

Ros Mari Zenha é pesquisadora do CETAC/IPT

Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: fulviov@ipt.br claumit@ipt.br ethomaz@ipt.br luciana@ipt.br rosmari@ipt.br

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C O NSTRU Ç Ã O DA CARR E IRA

Contrate bem Felipe Scotti Calbucci é graduado em Comunicação Social e gerente de Property & Construction da Michael Page, com foco em recrutamento de gerentes e diretores para construtoras e incorporadoras Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: felipecalbucci@ michaelpage.com.br

O mercado desafiador eleva a necessidade de as empresas terem executivos com atitudes empreendedoras, executoras e positivas, independentemente de sua área e de conhecimento técnico. Inge Geerdens, empreendedora em vários setores como no recrutamento de executivos, eleita Mulher Empreendedora do Ano na Bélgica em 2006, mostra em artigo como as pessoas com a atitude correta tendem a adorar as segundas-feiras. Descansar nos finais de semana é importante, mas as segundas estão cheias de desafios, conquistas e aprendizados. Todos já observaram a cena “desestimulante” de um colega de trabalho reclamando por ser segunda-feira e precisar trabalhar. Tal atitude contagia equipes, o resultado da área diminui e ninguém sabe explicar a razão. A tendência de contratação das empresas que perpetuarão seus negócios é primar pela atitude em detrimento do conhecimento técnico. A combinação de ambos é uma ferramenta poderosa, mas é melhor abrir mão de algumas “lacunas” técnicas e prover treinamento do que contratar pessoas sem a atitude correta.

Kuhlmann, criou uma nova abordagem para os bancos varejistas ao contratar milhares de pessoas sem “trazê-los” de seus competidores. Para reinventar e renovar as energias de uma empresa, o ideal é atrair pessoas de outras indústrias, pois caso contrário você investirá muito tempo e dinheiro remodelando sua maneira de pensar e as retendo. É mais fácil ensinar sobre mercado financeiro a alguém sem experiência do que tirar maus hábitos de alguém com experiência. Outro bom exemplo é a virada de jogo por parte da Southwest Airlines, que tem prosperado nos últimos 40 anos por desafiar as características do setor aéreo. Eles abraçaram a filosofia “contrate por atitude” intensamente. Sherry Phelps, que atuou na empresa por 33 anos na gestão de pessoas, explica a filosofia: “A primeira característica que procuramos é o espírito guerreiro, muito de nossa história nasceu em lutas para nos tornarmos uma empresa aérea, contra as grandes corporações concorrentes e pela constante redução de custos.” Muitas vezes a empresa recruta professoras, garçonetes e policiais, pois prefere funcionários com forte orientação no atendimento a clientes para moldarem no estilo Southwest de trabalhar, a tentar alterar velhos hábitos moldados por outras empresas. Concluo propondo uma maneira simples e eficaz para entender qual o perfil comportamental (atitude) que melhor se enquadra a uma empresa. Basta analisar quais atitudes melhor definem seus funcionários de maior desempenho. Em seguida, é preciso mais tempo para entender como perceber tais qualidades em executivos durante uma entrevista.

Prefira os executivos com atitude, ainda que tenham lacunas técnicas O tema tem sido tratado em veículos relevantes como a Harvard Business Review. Um artigo de 2011 mostra casos de empresas que tiveram sucesso com esse pensamento. As informações a seguir fazem parte deste artigo, cuja referência é feita a Atul Gawande, escritor do The New Yorker. Um dos cases marcantes é o do ING Direct USA. Seu CEO e fundador, Arkadi 58

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INTELIGÊNCIA, TECNOLOGIA E GESTÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO OBRIGADO. PATROCINADORES, APOIADORES, EXPOSITORES, PALESTRANTES E CONGRESSISTAS POR COLABORAREM NA ELABORAÇÃO DE UMA AGENDA PROPOSITIVA COM OBJETIVO DE AUMENTAR A PRODUTIVIDADE NA INDÚSTRIA DACONSTRUÇÃO. MOMENTOS COMO ESTE FORTALECEM NOSSO DISCURSO E APROXIMAM NOSSAS EMPRESAS. EM 2015, VAMOS NOVAMENTE REUNIR INTELIGÊNCIA, TECNOLOGIA E GESTÃO, TRAZENDO NOVAS IDEIAS E PERSPECTIVAS A ESSE SETOR FUNDAMENTAL PARA O CRESCIMENTO DO BRASIL.


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