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EDITORIAL
Frear o desemprego
JOSÉ ROMEU FERRAZ NETO é presidente do SindusCon-SP, vice-presidente da CBIC e conselheiro da Fiabci-Brasil e da Adit Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: noticias@ sindusconsp.com.br
A terceirização das atividades de uma companhia para empresas especializadas é uma realidade no Brasil e envolve 12 milhões de trabalhadores. A precarização do trabalho também é uma realidade. Mas ela não decorre necessariamente da terceirização, nem ocorre somente em algumas empresas terceirizadas. Se regulamentarmos e fiscalizarmos corretamente a terceirização, estaremos contribuindo para salvaguardar direitos dos trabalhadores terceirizados, combatendo a precarização e não a acentuando. Por esse motivo, a construção civil é favorável à regulamentação da terceirização, sem precarização. No Estado de São Paulo, as subcontratadas do setor obrigam-se a cumprir todas as obrigações trabalhistas em relação aos seus empregados, e as construtoras contratantes assumem responsabilidade subsidiária, fiscalizando-as.
funcionam como montadoras, com cada subcontratada especializada executando uma fase da obra. Isso traz agilidade e eficiência tanto para as contratadas como para as terceirizadas. Ainda é imprescindível revogar a proibição de contratação de pessoa jurídica cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado da contratante. Na construção civil, é comum construtoras constituírem SPEs (Sociedades de Propósito Específicos) com sócios comuns a ambas. Outro dispositivo que precisa ser revisto proíbe a contratação de pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou autônomo nos últimos 12 meses. Ao se pretender evitar a precarização do trabalho, impede-se também que, por um ano, ex-funcionários de uma construtora, que tenham constituído empresa, prestem serviços à companhia que os reconhece como bons profissionais. Pelos tantos aspectos complexos envolvidos na questão, a regulamentação da terceirização não pode ser feita às pressas nem abrir um conflito entre Câmara e Senado ou entre trabalhadores e empresários. Mais urgente é estancar o fechamento de postos de trabalho. A rápida deterioração do nível de emprego no primeiro trimestre requer medidas urgentes do governo para reverter esse quadro. É preciso agilizar novas concessões na infraestrutura, bem como lançar a fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida. No setor imobiliário, diante do próximo esgotamento dos financiamentos com recursos da Poupança, será necessário reforçar a concessão de crédito por meio de novos instrumentos financeiros.
Terceirizar não significa precarizar o trabalho e sim preservar direitos No entanto, o substitutivo ao projeto de lei aprovado em abril na Câmara dos Deputados e enviado ao Senado dispôs que essa responsabilidade precisa ser solidária, um equívoco. Não é justo que a contratante seja demandada judicialmente antes da contratada, se a fiscalização tiver sido efetuada corretamente. Será muito importante também que o Senado rejeite qualquer tentativa do governo de elevar a contribuição previdenciária a ser retida pelas empresas contratantes. Não se justifica que as empresas sejam autorizadas a terceirizar somente uma parte das atividades-fim. Hoje as construtoras
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VOZ DO LEITOR
SUMÁRIO
MISSÃO À ÁSIA O que me impressionou ao participar da Missão Técnica do SindusCon-SP aos Emirados Árabes e Singapura (“Missão à Asia”, edição 143 de Notícias da Construção) foi o que esses dois pequenos países conseguiram fazer em menos de 50 anos, embora com escassos recursos naturais disponíveis. A pujança econômica é percebida nos diversos edifícios construídos com as melhores tecnologias atuais. Mas, para isso, estabeleceram um ambiente favorável ao investimento. São exemplos a serem seguidos. Jorge Batlouni Vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP
ESCREVA PARA ESTA SEÇÃO
CAPA TERCEIRIZAÇÃO REQUER AJUSTES NO SENADO........................... 6
SINDUSCON-SP EM AÇÃO............................. 8 • Velloso recomenda investir em infraestrutura • SindusCon-SP repele investidas tributárias • Sindicato participa na renovação da Fiabci-Brasil HABITAÇÃO............................................... 12 • MCMV: São Paulo quer dar carta de crédito • SindusCon-SP “ansioso” pelo Minha Casa 3 QUALIDADE............................................... 14 • Construção precisa se reinventar • Planejamento ganha relevância na crise
E-MAIL: noticias@sindusconsp.com.br CORREIO: R. Dona Veridiana 55, 2º andar, 01238-010, São Paulo-SP
REGIONAIS................................................ 26 • Simpósio em Santos traça panorama econômico • Diretor assume Conselho de Apoio ao Seconci-SP • São José inaugura Centro Tecnológico • Sucesso no Construbeirão 2015 • Ribeirão discute internacionalização de aeroporto • Regional fará pesquisa imobiliária com o Secovi-SP • Elevação da escolaridade chega a Santo André • Entidades de Campinas se unem por mais agilidade • Parede de concreto é tema de workshop • Seminário aprofundou práticas de segurança • Bauru busca solução para corredores comerciais • Prudente reúne 200 em palestra sobre segurança • Sindicato capacita operador de elevador de obras • Alunos de Mogi aprendem sobre gestão de obras
JURÍDICO................................................... 17 • Caixa revisa prazos de garantia COLUNAS DESBUROCRATIZAÇÃO............................... 18 • Trabalho junto aos cartórios avança • Residências unifamiliares: aprovação rápida FINANCIAMENTO....................................... 20 • Construção avalia opções no mercado de capitais RESPONSABILIDADE SOCIAL...................... 25 • AME do Seconci-SP em favela ganha excelência • Começa campanha de saúde bucal nos canteiros
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PRESIDENTE José Romeu Ferraz Neto VICE-PRESIDENTES Eduardo Carlos Rodrigues Nogueira Eduardo May Zaidan Francisco Antunes de Vasconcellos Neto Haruo Ishikawa Jorge Batlouni Luiz Antônio Messias Luiz Claudio Minnitti Amoroso Maristela Alves Lima Honda Maurício Linn Bianchi Odair Garcia Senra Paulo Rogério Luongo Sanchez Roberto José Falcão Bauer Ronaldo Cury de Capua DIRETORES DAS REGIONAIS Elias Stefan Junior (Sorocaba) Fernando Paoliello Junqueira (Ribeirão Preto) Germano Hernandes Filho (São José do Rio Preto) Márcio Benvenutti (Campinas) Mario Cézar de Barros (São José dos Campos) Mauro Rossi (Mogi das Cruzes) Paulo Edmundo Perego (Presidente Prudente) Ricardo Aragão Rocha Faria (Bauru) Ricardo Beschizza (Santos) Sergio Ferreira dos Santos (Santo André) REPRESENTANTES JUNTO À FIESP Eduardo Ribeiro Capobianco, Sergio Porto Cristiano Goldstein, João Claudio Robusti ASSESSORIA DE IMPRENSA Rafael Marko - (11) 3334-5662 Fabiana Holtz - (11) 3334-5701 CONSELHO EDITORIAL Delfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto EDITOR RESPONSÁVEL Rafael Marko REDAÇÃO Fabiana Holtz (São Paulo) com colaboração das Regionais: Bruna Dias (Bauru); Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Geraldo Gomes e Maycon Morano (Presidente Prudente); Enio Machado, Elizânio Silva e Camila Garcêz (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Ana Diniz e Simone Marquetto (Sorocaba); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas); Secretaria: Antonia Matos ARTE E DIAGRAMAÇÃO Marcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte PUBLICIDADE • Dias Lima Agência Assessoria e Representação Ltda. (Pedro Dias Lima) - (11) 9212-0312 • Raízes Representações (Vando Barbosa) (11) 99614-2513 / 2604-4589 vando.barbosa@raizesrepresentacoes.com.br • Área Comercial - (11) 3334-5659 ENDEREÇO R. Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP Central de Relacionamento SindusCon-SP (11) 3334-5600 CTP/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica
Conjuntura | Robson Gonçalves..............................5
Tiragem desta edição: 14.000 exemplares
Gestão Empresarial | Maria Angelica L. Pedreti.......22 Saúde | Eli Szwarc ...........................................24 Segurança do Trabalho | José Carlos de A. Sampaio....38 Soluções Inovadoras | Alexandre Cordeiros dos Santos, Leandro Augusto e Osmar Milton Becere..........................40
Opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do SindusCon-SP noticias@sindusconsp.com.br www.sindusconsp.com.br facebook.com/sindusconsp twitter.com/sindusconsp youtube.com/sindusconspmkt Disponível na App Store e no Google Play
“O papel desta revista foi feito com madeira de florestas certificadas FSC e de outras fontes controladas.”
CONJUNTURA
Mais traumático que o 7 x 1
ROBSON GONÇALVES é professor dos MBAs da FGV e consultor da FGV Projetos
Não faz nem um ano que acabou a Copa do Mundo e parece que já faz tanto tempo! Pelo menos, para mim. A explicação é óbvia: uma tentativa meio inconsciente de esquecer aquele trauma. O jogo do Brasil com a Alemanha deixou um vazio na alma. Mas, e se o resultado tivesse sido 8 x 0? Não teria sido ainda pior? Difícil dizer. Seria uma goleada igualmente histórica, mas sem um gol de honra sequer. Pois é mais ou menos isso que vivemos hoje na economia brasileira. A inflação oficial, medida pelo IPCA, ultrapassou a marca de 8% no acumulado em doze meses e o PIB está crescendo zero em termos anuais. E enquanto os níveis de emprego vão se reduzindo, o Banco Central se vê diante da constrangedora tarefa de continuar elevando a taxa Selic, como se estivéssemos vivendo em um ambiente de excesso de demanda.
margem de lucro unitária que, afinal, não pode ficar no vermelho, mas não impede a queda no volume de vendas. E, operando em uma escala menor, os empresários tendem a cortar postos de trabalho. Resultado prático: Inflação 8 x Crescimento 0. Excelente! Temos um descritivo claro e sensato da doença. Mas, e quanto ao remédio? Pois é... Na verdade o 8 x 0 não é doença. É o efeito colateral de, digamos, uma má postura macroeconômica persistente adotada no passado. A inflação atual é, em boa medida, o que os economistas chamam de “correção de preços relativos”. Você já fez as contas do que está se passando com o preço dos imóveis em dólares? A alta da taxa de câmbio e os descontos oferecidos por algumas incorporadoras corrigiram uma distorção antiga. Afinal, há alguns anos havia bons imóveis na Flórida muito mais baratos do que seus congêneres brasileiros. Tudo por conta de uma explosão de demanda mal gerida no nível macroeconômico, conjugada com uma política cambial generosa com os importados e com os turistas brasileiros que gostam da Flórida. Pisou-se fundo demais no acelerador da demanda com inclusão social. Esta última, extremamente louvável em um país desigual como o Brasil. Mas tudo feito de forma insustentável. Agora só nos resta passar pelo tratamento doloroso, suportar as náuseas e as dores de corpo da medicação. Mas, sem elevação de produtividade e maior eficiência, sobretudo na infraestrutura, não vamos nos livrar do “mal da oferta” que aflige o paciente chamado Economia Brasileira.
Inflação 8 x Crescimento 0 pede ajuste mas também produtividade
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Esse aparente paradoxo é fácil de explicar. A resposta está no outro hemisfério da Ciência Econômica, a oferta. Os economistas chamam esse fenômeno de “choque de oferta” ou, o que dá no mesmo, “choque de custos”. Combustíveis, energia, impostos, insumos importados, tudo subindo de preço quase ao mesmo tempo. Custos básicos, cuja alta é sentida em todos os segmentos da economia. E qualquer dono de mercearia de interior sabe bem o que se deve fazer quando os custos sobem: tentar repassá-los aos preços. Acontece que a intensidade e os efeitos do repasse dependem muito da disposição (ou capacidade) dos demandantes de pagarem mais. Sem isso, o repasse de custos salva a
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CAPA
Terceirização requer ajustes no Senado FABIANA HOLTZ
Em tramitação no Senado, o PL 4330/2004, que regulamenta a terceirização para todas as atividades dentro de uma empresa, levanta diversas dúvidas. Segundo o vice-presidente de Relações Capital- Trabalho e Responsabilidade Social do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, falta um entendimento uniforme sobre o assunto. “Acredito que a lei ajudará a combater a informalidade, com mais segurança para o trabalhador, e não reduzirá a arrecadação de impostos, mas precisa de ajustes para não prejudicar uma atividade que já pratica a subcontratação de serviços legalmente”, afirmou. Na avaliação de Ishikawa, independente da regulamentação, a construção civil tem a particularidade de depender da contratação de serviços específicos e isso precisa ser levado em conta. Segundo Ishikawa, diversas emendas pioraram o projeto. Roberto José Falcão Bauer, que divide a vice-presidência com Ishikawa, concorda em que a regulamentação ajudará na formalização e pode inclusive contribuir para a eficiência. “Se você tiver uma terceirização que agregue qualidade, segurança e com pessoal formalizado, garantindo produtos dentro das especificações, isso poderá elevar até a produtividade”, disse. De acordo com Renato Romano, assessor jurídico do sindicato, a construção civil tem permissão legal para subcontratar. “A CLT, de 1943, permite a subcontratação de serviços. Na construção, isso é vital porque são diversos serviços e especialidades que, 6
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quando agregados, se transformam no produto final que é o imóvel”, afirmou. Romano destacou ainda que o regramento para a subcontratação praticado na construção paulista já atende a grande parte das exigências previstas no projeto de lei. O assunto é tratado com especial atenção entre trabalhadores e empregadores na Cláusula 10 das convenções coletivas de trabalho do setor. “Em vigor desde meados da década passada, seu texto estipula as regras que contratantes e subcontratados precisam cumprir, as obrigações trabalhistas e as normas de segurança e saúde do trabalho, entre outros itens.” Através de uma série de dispositivos, o documento garante a contratação de empresas subcontratadas devidamente formalizadas, respeitando as obrigações legais para com os seus trabalhadores. Responsabilidade subsidiária É importante ressaltar também que, na subcontratação, as construtoras têm a obrigação de escolher corretamente o contratado e fiscalizar suas atividades, assumindo todas as responsabilidades advindas dessa subcontratação na ocorrência de irregularidades. Por isso, o SindusCon- SP pleiteia que a responsabilidade da contratante seja subsidiária, e não solidária como consta do PL. Romano ressaltou que a autorização para subcontratar não está restrita à CLT. O
Bauer: terceirização com qualidade contribuirá para elevar a produtividade
Segundo Romano, alguns pontos do projeto precisam ser revistos
Código Civil de 1916 já fazia essa previsão, assim como o atual. Entre os pontos da lei que necessitam de ajustes, o SindusCon-SP considera que o item do substitutivo que veda a contratação de pessoa jurídica cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado da contratante precisa ser revisto. “A constituição de SPEs (Sociedades de Propósito Específicos) é muito comum no setor. Também é comum que construtoras, por questões de gestão, constituam empresas para prestarem serviços à própria companhia.” Com relação aos temores de precarização na terceirização, Ishikawa destaca que agora esses trabalhadores terão garantia jurídica. Dentro do dispositivo que impede a contratação de pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou autônomo, o projeto prevê um prazo de impedimento da contratação desses profissionais de 12 meses. O sindicato também pede a revisão desse item. Contribuição previdenciária Romano chama atenção para a retenção, pelos contratantes, da contribuição previdenciária sobre a nota fiscal ou a fatura do serviço prestado pela subcontratada. Esta retenção vai configurar um aumento real de tributo se ela ultrapassar o valor efetivamente devido pela contratada. Segundo ele, o temor de perda de arrecadação que embasou a proposta não se justifica, diante das salvaguardas contidas no substitutivo. O sindicato também avalia que o dispositivo que exige demonstração de qualificação técnica por parte da empresa contratada mediante registro e anotação dos profissionais legalmente habilitados precisa ser esclarecido. No texto aprovado pela Câmara, ficou indefinido quem estabelecerá se os serviços são técnicos ou não, e como se fará a comprovação de aptidão, se por Anotação de Responsabilidade Técnica ou atestados fornecidos por pessoas jurídicas. O sindicato também considera que não
há respaldo legal para a exigência de comunicação aos sindicatos dos trabalhadores sobre terceirização de parte das atividades, quais os setores envolvidos e a ocorrência de acidentes do trabalho. No entender da entidade, há uma nítida intenção de se delegar aos agentes privados poderes que devem ser exercidos pelo Estado. E ainda não há como atender a obrigação da contratante de efetuar diretamente o depósito do FGTS, caso comprove que a contratada não o realizou. Isso porque somente esta última empresa dispõe do código e da conectividade via certificado eletrônico para efetuar o depósito.
Para Ishikawa, emendas que pioraram o projeto precisam ser suprimidas
Polêmica das cotas O projeto de lei, ao determinar que as empresas contratantes e terceirizadas somem o número de trabalhadores para o cálculo da cota de pessoas com deficiência (PCDs), que deverá ser cumprida pela contratante, cria uma condição praticamente impossível de ser atendida. Isto porque as contratadas executam o serviço e saem da obra. Assim, ficará por conta das contratantes empregar as PCDs. O SindusCon-SP tem autoridade para falar do tema, pois desde o início defendeu a lei de cotas e a inserção segura do deficiente na atividade da construção civil. A entidade fez vários estudos e vem propagando sistematicamente a importância do respeito à diversidade e à inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. “O SindusCon-SP se esforçou para isso e continuará trabalhando pela inserção. Todavia, pela proposta apresentada o que vem se mostrando difícil ficará impossível de ser atendido”, ponderou Romano.
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SINDUSCON-SP EM AÇÃO
Investir em infraestrutura poderá dispensar novo ajuste, diz Velloso É preciso cortar os investimentos públicos “ruins” e manter os “bons” que tenham rentabilidade, como aqueles efetuados na ampliação da infraestrutura, levando ao aumento da produção e da produtividade e, consequentemente, da arrecadação. Caso contrário, o ajuste fiscal, necessário, não será seguido de crescimento econômico e novo ajuste será inevitável em 2015 para se conseguir o próximo superávit, a fim de que o Brasil não perca o grau de investimento. Esta foi a recomendação feita pelo economista Raul Velloso, em palestra no SindusCon-SP, em abril. O evento, aberto pelo presidente do sindicato, José Romeu Ferraz Neto, foi conduzido pelo vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan. O economista propôs que o secretário da Fazenda, Joaquim Levy, retome uma ação que empreendeu em 2003, quando era secretário do Tesouro no início do primeiro mandato do governo Lula. À época, segundo Velloso, Levy elencou uma série de projetos, os PPIs (Projetos Prioritários de Investimento) e convenceu o FMI a mantê-los fora da rubrica de gastos do Orçamento, o que ajudaria na conquista do superávit. Isto acabou não sendo necessário, porque o superávit foi obtido graças ao efeito positivo, sobre a arrecadação, do aumento dos preços das exportações de commodities, entre outros fatores. Indagado se a proposta não seria vista como mais um lance de “contabilidade criativa”, Velloso considerou que isso dependeria de dois fatores: a presidente Dilma convencer-se do acerto desta opção e a realização de uma boa comunicação junto aos agentes econômicos e à opinião pública. Modelo esgotado O especialista também chamou a 8
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atenção para o que considerou um erro dos governos do PT: expandir o consumo sem antever as consequências nem preparar mudanças antes que esse modelo se esgotasse. Muito consumo afeta a poupança necessária ao investimento e só se sustenta com a vinda de recursos externos. O câmbio aprecia num mundo inundado de dólares, o setor de serviços se amplia enquanto a indústria encolhe, e “a construção civil não se beneficia porque o governo faz tudo errado”. Exemplificando, ele comentou que a indústria pediu compensação para a perda de rentabilidade derivada do crescimento dos salários acima da produtividade do setor, e ganhou as desonerações das folhas de salários – que agora o governo quer reduzir – e o crédito subsidiado do BNDES. Velloso também disse ver fragilidade nos contratos das concessões de serviços públicos. Coerente com o modelo que privilegia o consumo, nas concessões o governo exige a menor tarifa, o que reduz a atratividade para o investidor, e mesmo assim encontra “aventureiros” dispostos a assumi-las, acrescentou. E como o governo não quer adotar o racionamento adotado sob o segundo mandato de FHC, “há risco de colapso energético no final do ano”. Para Zaidan, a palestra demonstrou as necessidades de mudança profunda do modelo de desenvolvimento, mais flexibilidade na utilização dos recursos públicos e correção das distorções na inflação, nos juros e no câmbio. (Rafael Marko)
Observado por Zaidan, Velloso (esq.) propôs não contabilizar investimentos para o cálculo do desempenho fiscal
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SINDUSCON-SP EM AÇÃO
SindusCon-SP repele investidas tributárias Em discurso na solenidade de posse da Assecob (Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista), Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Tabalho do SindusCon-SP, defendeu que “a política econômica seja orientada no sentido de volta à estabilidade e à criação de um ambiente favorável a investimentos. Não basta só fazer um ajuste fiscal, embora ele também seja necessário. Por isso, rejeitamos todas as tentativas de onerar a construção.” Tomaram posse, como presidente do Conselho de Administração da Assecob, Gustavo Zagatto Fernandez, e como um dos vice-presidentes, Ricardo Beschizza, diretor da Regional Santos do sindicato. Representando José Romeu Ferraz Neto, presidente do SindusCon-SP, Ishikawa destacou que “no projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamentos, somos contra a proposta do governo de aumento da Contribuição Previdenciária, de 2% para 4,5%, sobre a Renda Bruta. No projeto de lei que flexibiliza a terceirização, somos
contra a tentativa do governo de obrigar as contratantes a reterem ao INSS uma parcela maior do que as suas contratadas deveriam recolher.” Já em seu pronunciamento, o presidente do Seconci-SP e representante do SindusCon-SP junto à Fiesp, Sergio Porto, afirmou que “atravessarmos este ano difícil, para pavimentarmos a futura retomada do crescimento econômico, certamente exigirá de todos nós uma grande dose de sacrifício. Mas não podemos esmorecer. Vamos usar o nosso maior trunfo: a união entre nossas entidades.” Também estiveram presentes, entre outros, o engenheiro Ângelo José da Costa Filho, secretário municipal de Infraestrutura e Edificações, representando o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa; Fábio Alexandre Fernandes Ferraz, secretário municipal de Gestão; José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP, e Mauro Rossi, diretor da Delegacia de Mogi das Cruzes do SindusCon-SP. (Rafael Marko)
Ishikawa, o associado Omar Laino, Porto, Fernandez, Rossi e Beschizza, na posse da Assecob, em Santos
Sindicato participa na renovação da Fiabci-Brasil Em assembleia geral, a Fiabci-Brasil (capítulo brasileiro da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias) renovou seus Conselhos Diretor, Fiscal e Consultivo. Para o mandato 2015-2017, Rodrigo Uchôa Luna assumiu a presidência, em substituição a Basilio Jafet, e o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, assumiu a vice-presidência. Como representantes do sindicato, Membro Principal da Fiabci-Brasil, foram eleitos o vice-presidente Administrativo e Financeiro do sindicato, Francisco Vas10
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concellos (titular), e o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade Paulo Sanchez (suplente). Entre os diretores adjuntos, foram eleitos o vice-presidente de Relações Institucionais do SindusCon-SP, Mauricio Bianchi, e o vice-presidente de Imobiliário, Odair Senra. O vice-presidente de Tecnologia e Qualidade Jorge Batlouni e o representante junto à Fiesp Sergio Porto foram eleitos entre os representantes dos Membros Individuais e Coletivos. (RM)
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HABITAÇÃO
MCMV: São Paulo quer dar carta de crédito em vez de recursos Em reunião com o segmento de habitação popular no SindusCon-SP, o secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia, informou em abril que o governo estadual propôs mudanças ao Ministério das Cidades, para renovar a parceria do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no Estado. Em vez de depositar a contrapartida (que era de R$ 20 mil na fase 2 do programa) na Caixa ou no Banco do Brasil, na fase 3 a Secretaria da Habitação quer dar uma carta de crédito diretamente ao mutuário. “Esta será uma condição do governo estadual para continuar apoiando o Minha Casa, Minha Vida. A mudança evitará o que acontece hoje: recursos estaduais depositados por longos períodos nas instituições financeiras federais, à espera do início da execução dos empreendimentos”, afirmou o secretário. Já o secretário adjunto, Nelson Baeta Neves, informou que São Paulo também propôs o aumento dos valores pagos pelo governo federal na faixa 1, de modo que o Estado possa reduzir o valor de suas contrapartidas e, com isso, utilizar o mesmo recurso para a contratação de mais unidades habitacionais. O encontro foi conduzido pelo presidente do sindicato, José Romeu Ferraz Neto, acompanhado dos vice-presidentes Ronaldo Cury, Francisco Vasconcellos, Jorge Batlouni, Haruo Ishikawa e Roberto Falcão Bauer, e dos representantes do SindusCon-SP junto à Fiesp João Claudio Robusti e Cristiano Goldstein. Também compareceram, entre outros, o vice-presidente de Habitação Popular da Apeop, Luiz Zamperlini, e o diretor executivo da Abrainc, Renato Ventura. Acompanharam Garcia o presidente da CDHU, Marcos Penido; o subsecretário de PPP, João Machado Neto, e o secretário executivo da Casa Paulista, Ernesto Senise. 12
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Busca de recursos Garcia informou que, diante do contingenciamento orçamentário de R$ 360 milhões, reprogramou cronogramas de obras, cortou custeio e investimentos e tem buscado recursos adicionais via antecipação de recebíveis e de captação de R$ 200 milhões junto ao BNDES e outros bancos. O secretário solicitou propostas ao SindusCon-SP para realizar novas PPPs de habitação, a exemplo daquela implementada na capital paulista. E informou que, sem prejuízo do Conselho Estadual de Habitação, pretende criar um grupo de fomento à produção habitacional com visão de mercado. Garcia informou que a CDHU tem cerca de 35 mil unidades habitacionais em execução e pretende continuar atuando com foco nos 518 municípios com menos de 50 mil habitantes. Segundo Penido, a CDHU atua em 624 das 645 cidades paulistas. Quanto à parceria com a Casa Paulistana, da Prefeitura de São Paulo, Garcia disse que, das 30 mil unidades habitacionais a serem contratadas, 5 mil estão “em caminho”. Segundo ele, no programa o governo estadual busca realizar aportes parcelados à medida em que vão saindo as contratações. Em relação ao programa na Serra do Mar, anunciou que a intenção é expandi-lo para os Litorais Norte e Sul. (Rafael Marko)
Robusti, Senise, Neves, Penido, Cury, Garcia e Ferraz Neto, na visita do secretário ao SindusCon-SP
SindusCon-SP “ansioso” pelo Minha Casa 3 O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, dirigindo-se à presidente da Caixa, Miriam Belchior, mencionou a “ansiedade” da entidade em conhecer as diretrizes da fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A manifestação foi feita na abertura do Feirão da Caixa, em abril, no Anhembi. Miriam sorriu. Ferraz Neto compareceu ao evento acompanhado do vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, Ronaldo Cury. Na véspera, Cury havia participado em Brasília de reunião do grupo de trabalho formado por representantes da construção, do governo e das instituições financeiras federais, que discute as diretrizes da fase 3. Em entrevista à imprensa no Anhembi, a presidente da Caixa afirmou que o MCMV 3 “deve ser lançado no primeiro semestre. Temos nos reunido todas as semanas para dar sequência ao programa”. Em discurso, destacou que o MCMV contratou nas fases 1 e 2 cerca de 3,8 milhões de unidades habitacionais, das quais 2,1 milhões foram entregues a mais de 8 milhões de pessoas, gerando 1,2 milhão de empregos. Também participaram da solenidade, entre outros, o vice-presidente de Habitação da Caixa, Teotônio Rezende; o superintendente da Regional Paulista, Paulo Galli; o secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia; os presidentes José Luiz Acar (Banco Pan), José Carlos Martins (CBIC), Claudio Bernardes (Secovi-SP) e José Augusto Viana (Creci-SP); o secretário executivo da Abrainc, Renato Ventura; o gerente de Produção e Mercado do SindusCon-SP, Elcio Sigolo, e o assessor de Habitação da Apeop, Geraldo de Paula Eduardo.
Workshop Caixa-SEL A terceira fase do Minha Casa será uma grande oportunidade para viabilizar a construção de moradias na capital paulista dentro deste programa. Lamentavelmente, desde o início do MCMV em 2009, apenas 51 mil dos 3,750 milhões de unidades foram contratadas no município. A afirmação foi feita por Ronaldo Cury, na abertura do Workshop Análise e Aprovação de Projetos de Empreendimentos Habitacionais na Cidade de São Paulo, realizado pelo sindicato em abril com a participação da Caixa e da SEL (Secretaria Municipal de Licenciamento) de São Paulo. Cury destacou o resultado da pesquisa feita pelo SindusCon-SP junto com a FGV, mostrando que 50% dos subsídios concedidos no MCMV retornam na forma de tributos, “sem falar nos benefícios em termos de emprego, moradia digna e atividade em toda a cadeia produtiva e sua repercussão na economia”. O superintendente da Regional Paulista da Caixa, Paulo Galli, enfatizou que viabilizar o programa em São Paulo será o grande desafio do MCMV 3. “A faixa 1 do programa é fantástica pois subsidia 95% das prestações, proporcionando moradia aos mais necessitados. No entanto, o recurso é finito, e se não vier para cá, acaba indo para outras localidades”, afirmou. Paula Motta Lara, titular da SEL, informou que “junto com o grande parceiro SindusCon-SP, idealizamos este seminário para que os técnicos da Secretaria e da Caixa conheçam o processo de análise e aprovação do Minha Casa como um todo”. (Rafael Marko)
Miriam, Galli, Martins, Ferraz Neto e Cury, na abertura do Feirão da Caixa. Atrás, o ex-jogador Raí, símbolo do evento
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QUALIDADE
‘Construção precisa se reinventar’ O desafio parece maior em momentos de crise, mas investir em inovação e tecnologia ainda é um caminho seguro para a redução de custos, prazos e aumento da rentabilidade e produtividade. A afirmação é de Hugo Marques da Rosa, presidente da Método Potencial Engenharia, ex-secretário estadual de Recursos Hídricos e ex-vice presidente do SindusCon-SP. “Temos de começar a buscar produtividade nos trabalhadores do conhecimento, que somos nós, e não apenas no chão de fábrica. A capacitação precisa ser constante e envolver todos os níveis da empresa, do estagiário ao presidente”, afirmou. Segundo ele, para inovar o setor terá que ser repensado e a crise econômica está contribuindo para isso, ao estimular a reflexão sobre o tema. Dentro do programa de inovação, a Método tem trabalhado em quatro projetos: sistema construtivo para áreas úmidas (banheiros prontos), vedações verticais, qualidade de alta precisão e gestão de produtividade. Selecionados por um Comitê de Inovação, os projetos foram escolhidos após um brainstorming em dez obras, com a participação de mais de 90 colaboradores. Para o executivo, o objetivo é que o canteiro de obras seja transformado em uma linha de montagem, reduzindo a quantidade de mão de obra e prazo, aumentando a qualidade e segurança do trabalho. No caso do banheiro industrializado, Marques da Rosa destacou que se observa
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uma vantagem de até 57% em termos de custo em relação ao de alvenaria. “A ideia é trazer para dentro da obra o que é feito em uma empresa de pré-fabricado.” Já a experiência com vedações verticais apurou uma redução de custo indireto, da geração de resíduos, e um aumento de até cinco vezes na produtividade. “O plano é conseguir erradicar alvenaria e vedações artesanais na obra”, disse. A Método também planeja ter implementado até o final do ano o BIM 5D em todos os seus projetos. Nesse contexto, a empresa já tem feito algumas experiências em suas obras. “Estamos realizando varreduras com o laser scanner para comparar o que está no projeto com o que foi executado e os resultados são surpreendentes”, revelou o executivo. A empresa também tem investido na capacitação de fornecedores para implantação dessa tecnologia através da parceria com clientes. Segundo Marques da Rosa, o principal obstáculo para a produtividade no Brasil é a cultura do setor, e abrange o cliente, as construtoras e os projetistas, passando pelos fornecedores. “Aqui os clientes dão pouco valor ao projeto. Também falta mais atenção ao planejamento”, acrescentou. O executivo participou em abril do workshop Produtividade – Os grandes desafios na construção, promovido pela Sobratema. (Fabiana Holtz)
Worshop reuniu Jevandro Barros, do Iopex Brasil ; Marques da Rosa; Marcos Schmidt, da Atlas Copco; e Rüdiger Leutz, da Porsche Consulting
Planejamento ganha relevância na crise Ser mais eficiente, e consequentemente mais produtivo, é a questão do momento para as áreas de planejamento das construtoras e incorporadoras. Principalmente em tempos de retração econômica, com perspectiva de retração de 5,5% no PIB da construção brasileira, caso se confirme a queda de 1,5% no PIB nacional estimada para 2015. A Cyrela, por exemplo, diz ter obtido resultados importantes em economia de insumos. A partir de um plano interno de gestão de resíduos, com a transformação de entulho em agregado reciclado para reaproveitamento nas argamassas da própria obra, a empresa conseguiu eliminar em um projeto piloto a compra de aproximadamente 100 caminhões de areia, além de deixar de destinar 330 caçambas de resíduos (com a reciclagem de ¼ desse material). “Primeiro é preciso estudar a viabilidade da introdução desse plano. Acredito que sua estrutura se torna viável em empreendimentos maiores, a partir de três torres”, explicou Alexandre Britez, gerente de Qualidade, Desenvolvimento Tecnológico e Produção Sustentável da Cyrela. Financeiramente, o processamento do entulho sai um pouco mais caro do que o descarte em caçamba. Porém, segundo Britez, a redução na compra de areia é compensadora, representando uma economia de até 10%. Na gestão de processos, o gerente destacou outras ações específicas que geram economia, como a definição de projeto para instalações elétricas provisórias na obra e diretrizes para a aquisição e distribuição de água no canteiro. Água e Energia Para Daniel K. Ohnuma, gerente de consultoria em Obras Sustentáveis do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), infelizmente a questão da água e energia ainda é um tema muito marginal dentro dos canteiros. “Organizamos uma pesquisa
qualitativa e quantitativa para saber como os engenheiros estão lidando com o tema. Identificamos um cenário preocupante, com mau uso desses recursos e muito desperdício”, revelou. Durante um mês, os pesquisadores do Centro acompanharam o cotidiano de 40 canteiros. Ao serem questionados sobre a perspectiva de faltar água durante a obra, 39% responderam negativamente. Entretanto, 30% das obras consultadas paralisaram as atividades por falta do insumo, e a solução encontrada por 100% delas foi aquisição de caminhões pipa. Entre as ações corporativas adotadas para superar a crise, a campanha educacional aparece no topo da lista. “A educação é importante, mas os fatos mostram que não foi suficiente”, disse Ohnuma. No caso da falta de energia, 58% das obras não adotaram qualquer medida para remediar o problema, limitando-se a esperar pelo seu reestabelecimento. Britez e Ohnuma participaram do seminário Caminhos para a gestão da construção em um mercado com graves restrições, promovido pelo CTE, em abril, na capital paulista. (FH)
Gestão: Britez (ao centro) e Ohnuma (dir.) defendem ações integradas para enfrentar a crise
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Viabilidade econômica
Uma comparação precisa entre sistemas estruturais não pode se basear apenas no custo específico ou em ideias pré-concebidas. As necessidades da obra em questão, assim como as características dos sistemas em análise, precisam ser contempladas
Racionalização do canteiro de obras, redução de desperdícios e maior controle sobre processos e materiais, são fatores que merecem ser considerados em uma análise comparativa de sistemas estruturais. A escolha bem sucedida de um sistema construtivo deve ser feita com base nas necessidades particulares da obra em questão e nas características de cada sistema. Muitas vezes, a dificuldade para identificar o tipo de estrutura mais adequado decorre da falta de uma metodologia de avaliação abrangente e imparcial, que leve em consideração muito mais do que o custo específico. Alguns pontos são importantes durante o processo de escolha entre diferentes soluções estruturais: 1) Há um momento ideal para a escolha: Durante o estudo de viabilidade e a definição da concepção, a possibilidade de interferência é alta e os custos acumulados são ainda muito baixos. Este normalmente é o melhor momento para definir o sistema estrutural. Quanto mais cedo for feita essa escolha, maior será o tempo para a otimização do sistema escolhido. 2) É preciso fazer uma rigorosa análise das características da obra que interferem nos custos. Vale destacar: tipo de fundação, tempo de construção, tipo de ocupação, disponibilidade e custo dos materiais, recursos da construtora, local da obra e acessos, possibilidade de adaptações, compatibilidade com sistemas complementares, manutenção e reparos, vãos livres, altura da edificação, proteção contra a corrosão e o fogo, racionalização de materiais e mãode-obra, segurança do trabalhador, qualidade e durabilidade, desempenho, entre outras. Entre as características particulares à obra, sempre existirão as mais relevantes para o empreendedor. Por isso, a metodologia proposta pelos engenheiros Fernando Ottoboni Pinho e Fernando Penna no manual “Viabilidade Econômica”, publicado pelo CBCA, prevê a hierarquização das características identificadas, definindo um peso para cada uma delas, de acordo com a sua importância para o empreendimento. O método prevê, ainda, que sejam estabelecidas notas para os sistemas que representem o seu mérito para responder a cada uma das características analisadas. Quando um sistema estrutural tem um mérito alto (de nota alta) para uma característica que é muito importante para a obra, o sistema sai na frente na comparação. 3) Na hora da comparação, também pesa a base de conhecimento de cada sistema. Todo sistema estrutural oferece alternativas de solução para os seus componentes, elementos, subsistemas e sistemas complementares. A escolha das melhores alternativas para cada item configura o sistema estrutural com o melhor desempenho para as características importantes da obra.
CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO
Avaliação global No caso das estruturas de aço, o sucesso econômico não decorre somente de um ou outro fator, mas de uma envoltória de fatores que, quando bem articulados, ajudam a viabilizar o empreendimento. - Velocidade de execução - A agilidade da construção em aço proporciona, não só a diminuição dos custos indiretos da construção que são função do tempo de construção, mas também induz a um retorno mais rápido do capital investido. Em hotéis e escolas, por exemplo, isso possibilita o início mais rápido da geração de rendimentos. Além disso, a rapidez de execução, em casos de empreendimentos vendidos com data de entrega futura, proporciona a postergação do início das obras e a possibilidade de se trabalhar com fluxo de caixa mais positivo. - Flexibilidade - Quando existe a possibilidade de mudanças futuras na edificação, o que é comum em obras industriais e em hospitais, por exemplo, as estruturas em aço são muito interessantes de serem utilizadas, em comparação com outros sistemas construtivos. - Precisão - As estruturas em aço são concebidas em milímetros. Tal precisão auxilia as interfaces com os demais materiais. Também permite reduzir as espessuras de revestimentos das paredes, quando aplicáveis. - Maior área útil - A alta resistência mecânica do aço permite o uso de elementos construtivos de dimensões menores, ou seja, vigas com alturas menores e pilares mais esbeltos, além de vãos livres maiores e maior área útil nas edificações. - Maior segurança ao trabalhador - A redução de acidentes nos canteiros é consequência da utilização de equipamentos e mão de obra especializados na montagem das estruturas. Também é resultado do menor uso de madeira. Sabe-se que o manuseio de madeira no canteiro de obras é uma das causas correntes de acidentes no trabalho. Referência: “Viabilidade Econômica”, de Fernando Ottoboni Pinho e Fernando Penna, publicado pelo CBCA. Parte da série Manual de Construção em Aço, a publicação acompanha um CD com uma série de planilhas de cálculos que ajudam o leitor a realizar, com maior precisão, estudos de viabilidade econômica. Disponível para download gratuito na página da entidade na internet.
Fonte: Manual Viabilidade Econômica, CBCA
Para saber mais sobre esse e outros assuntos ligados à construção em aço, consulte o site do CBCA
www.cbca-acobrasil.org.br
JURÍDICO
Caixa revisa prazos de garantia A Caixa Econômica Federal atendeu às ponderações do SindusCon-SP e do Secovi-SP e ajustou, ao previsto pela Norma de Desempenho, a maioria dos prazos de garantia que pretendia exigir nos empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida. A informação foi prestada pelo advogado Carlos Del Mar, na reunião do Conselho Jurídico do SindusCon-SP realizada em março. Segundo ele, a Caixa informou as grandes incorporadoras sobre os prazos de garantia que pretendia exigir, bem maiores que os indicados na Norma de Desempenho (NBR 15575) e nos Manuais do Proprietário e das Áreas Comuns, elaborados pelo SindusCon-SP e pelo Secovi-SP. Uma vez que a posição da Caixa baseava-se em conceitos adotados por seu Departamento Jurídico, o representante do Conselho Jurídico do SindusCon-SP foi envolvido para contribuir no debate. Depois de algumas reuniões, a instituição financeira concordou em revisar a maioria dos prazos pretendidos. Restaram ainda poucos itens para os quais a Caixa exige garantia de cinco anos, por entender que eles se referiam à solidez e à segurança da edificação. Até o fechamento desta edição, os entendimentos ainda estavam em curso. As entidades esperam que, dentro da razoabilidade, se estabeleçam prazos adequados de garantia. Terceirização Na reunião, o assessor Jurídico do SindusCon-SP, Renato Romano, informou que se tornaram mais frequentes as ações do Ministério Público do Trabalho tentando impedir subcontratações. O advogado ressaltou que o tema é de fundamental importância para o setor e que praticamente todos os Sinduscons e a CBIC estavam
empenhados em demonstrar que a construção tem autorização legal para subcontratar. Novo Código Já a advogada Monica Porto relatou que, desde a publicação do novo Código de Processo Civil (CPC), em 17 de março, iniciou-se o prazo de vacatio legis de um ano, ao término do qual o mesmo entrará em vigor. Entre as novidades do CPC capazes de refletir nos negócios imobiliários, ela destacou o “negócio processual”, que autoriza as partes a estabelecerem regras procedimentais (prazos, produção de determinadas provas etc.), no âmbito contratual, antes de instaurado o processo judicial. O novo CPC prevê também um sistema de valorização dos precedentes, com mecanismos de uniformização de jurisprudência e regras rígidas para sua alteração com foco na segurança jurídica. O prazo de vacatio será importante para que as construtoras, por meio de seus departamentos jurídicos, aprendam a lidar com as novas regras. Com esse intuito, o Conselho Jurídico promoverá palestras e seminários sobre os temas mais importantes para o setor. Colegiado formado por advogados que atuam nos diversos segmentos do Direito, o Conselho Jurídico reúne-se a cada 45 dias para abordar questões da área, emitindo pareceres e propondo soluções, sempre no interesse institucional e das construtoras. (RM)
Del Mar: diálogo resultou na revisão das exigências
Monica: partes poderão estabelecer regras antes do processo judicial
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DESBUROCR ATIZAÇÃO
Trabalho junto aos cartórios avança Os setores de construção e incorporação vêm trabalhando em busca de soluções para os diversos problemas com os cartórios de registros de imóveis. Foi o que relatou, ao Conselho Consultivo do SindusCon-SP, Abelardo Campoy Dias, coordenador do GT-Cartórios da CBIC e membro do GT- Cartórios do Secovi-SP. Rosilene Carvalho Santos, assessora Jurídica do SindusCon-SP, representa o sindicato nos dois grupos. Segundo Dias, a maior conquista do GT-Cartórios em São Paulo foi o Provimento 37/2013 da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo. Entre outros dispositivos, esse provimento dispõe sobre registro de imóveis e suas retificações, incorporações e processo e registro de loteamentos. “O GT tem dado ótimos resultados, comparado aos problemas que ocorrem em cartórios em outros estados”, disse. Já o GT-Cartórios da CBIC tem três metas, disse o advogado: 1) concentrar na matrícula todas as
informações do imóvel que possam representar risco ao comprador, o que dispensa todo o trabalho de obtenção de certidões. Esta meta foi concretizada com a edição da MP 656/14, convertida na Lei 13.097/15; 2) contribuir para a implantação do registro eletrônico que, embora previsto em lei, não foi colocado em prática; 3) levar propostas ao Conselho Nacio- Batistella: sugestões devem ser nal de Justiça, que formou um grupo para encaminhadas ao SindusCon-SP construir uma normatização federal única de procedimentos (hoje há uma legislação REFERÊNCIAS • A respeito da concentração de federal e outras estaduais). informações na matrícula do imóvel leia Para colaborar com o trabalho do GT- artigo em Notícias da Construção 140, dez/2014, pág. 50, em www.sindusconsp. Cartórios de uniformizar os procedimentos com.br/msg2.asp?id=4450 nos estados, o conselheiro Paulo Batistella • Veja o Provimento 37/2013 em www.extrajudicial.tjsp.jus.br/pexPtl/ propôs que as empresas associadas infor- visualizarDetalhesPublicacao.do?cdTipopu mem ao SindusCon-SP, pelo e-mail imobi- blicacao=3&nuSeqpublicacao=145 • Sobre os diversos aspectos imobiliários liario@sindusconsp.com.br , as dificuldades na Lei 13.097/15, leia artigo em Notícias encontradas no registro de empreendimentos da Construção 141, jan-fev/2015, pág. 12, em www.sindusconsp.com.br/msg2. junto aos cartórios de sua cidade ou região, asp?id=4450 com sugestões de melhorias para dinamizar • Veja a Lei 13.097/15 em www.planalto. gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/ os registros. (RM) L13097.htm
Residências unifamiliares: aprovação em até 5 dias A SEL (Secretaria Municipal de Licenciamento) de São Paulo instalou em abril o novo Sistema de Licenciamento Eletrônico de Construções (SLC), que promete aprovar em até 5 dias úteis a construção ou reforma de residências unifamiliares, caso o projeto atenda às exigências legais e não tenha impedimentos ambientais ou esteja em área de operações urbanas. Os alvarás de Aprovação e de Execução serão emitidos em um único documento, o Alvará de Licença para Residências Unifamiliares. Quando necessário, o documento também irá contemplar a licença para execução de movimento de terra, muro de arrimo e demolição. Antes, eram exigidos alvarás diferentes. Reprogramado, o novo SLC está in18
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terligado com bancos de dados que geram o Boletim de Dados Técnicos (BDT), que fornece as informações urbanísticas incidentes sobre o projeto. A medida agiliza a aprovação, pois elimina a fase de produção do BDT, que levava um mês. Na fase piloto, apenas residências unifamiliares poderão ser licenciadas pelo SLC. Futuramente haverá implantação gradual para outros tipos de uso. Agilização O Sistema de Licenciamento Eletrônico de Construções é mais uma medida de agilização para a aprovação de projetos da secretaria, em linha com o projeto Plantas On Line do SindusCon-SP, em parceria com o Secovi-SP e a Asbea.
Os parâmetros detalhados para a expedição do novo alvará foram definidos no Decreto 56.059 (DOM de 14/4/2015)
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FINANCIAMENTO
Construção avalia opções no mercado de capitais Para apresentar novos caminhos de financiamento para o setor, o SindusCon-SP convidou especialistas da área no início de maio em sua sede para discutir “Alternativas de funding para a construção civil via mercado de capitais: CRI, FII, FIDC, Private Equity, Debêntures”. Ao abrir o evento, Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do sindicato, destacou a importância de se aproveitar o momento para a criação de instrumentos financeiros. “É justamente em crises como essa que são desenhados os arcabouços institucionais para novas metodologias e instrumentos de financiamentos. São eles que vão desempenhar no futuro o verdadeiro papel de financiador da atividade imobiliária”, afirmou. Segundo ele, no mundo inteiro a participação do mercado de capitais do setor é bem disseminada e no Brasil isso não se observa em razão da instabilidade de médio prazo na economia. Entre os palestrantes convidados, Renato Issatugo, superintendente de desenvolvimento de empresas - Renda Fixa da BM&FBovespa, detalhou o processo de captação de recursos por meio de debêntures, FII, CRI, entre outros produtos que são negociados em bolsa. “O momento não é de desespero, não podemos esquecer de que a economia é feita de ciclos”, acrescentou. Segundo o superintendente, entre as motivações que levam uma empresa a abrir capital estão busca por maior visibilidade, perpetuidade, liquidez para o empreendedor, liquidez para o investidor, investimentos ou moeda de troca e referencial. “Aconselho as pequenas e médias empresas que sigam dicas simples, como ter o balanço em dia. Lembro que para ter acesso ao mercado de capitais é preciso apresentar 20
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no mínimo três anos de balanço auditado.” Credibilidade Fernando Hormain, CEO da Camargue Capital Partners, tratou da diversificação da carteira de credores, abordando as principais estruturas de operações financeiras para construtoras. “O cenário é de falta de credibilidade e vejo que o FIP (Fundo de Investimentos em Participações) muda a forma de busca por investidores e a relação se torna mais transparente”, afirmou, descrevendo o passo a passo das regras para se criar um FIP. Já Victor Báez, sócio fundador da Heartman House Consultores, retratou a visão dos investidores. “Dinheiro para investimentos existe, o problema é saber se as empresas estão preparadas para receber esses recursos”, questionou. Entre os pontos mais importantes considerados pelo consultor para se investir em uma companhia estão governança e controles, estratégia, cultura e equipe de liderança. De acordo com ele, o valor de mercado de uma empresa está atrelado ao bom desempenho ou não desses indicadores. Na sequência, Adriana Souza Silva, sócia da Fato Relevante, e Newton Campos, professor da FGV e vice-coordenador do GVcepe (Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital), comandaram um debate entre os palestrantes. (FH)
Issatugo, da BM&FBovespa, detalhou o processo de captação de recursos via debêntures, FII e CRI
Publi Editorial
Presidente da Câmara dos vereadores de São Paulo apoia votação do Projeto de Lei sobre o Mapa de Ruído da cidade Conferência Municipal sobre Ruído, Vibração e Perturbação Sonora sensibiliza lideranças políticas da Câmara Em evento movimentado no salão nobre da Câmara Municipal da Cidade de São Paulo (27 e 29/04/15), com a presença de mais de 450 participantes, a II Conferência Municipal sobre Ruído, Vibração e Perturbação Sonora fez reverberar em importantes segmentos da sociedade paulistana o som gerado por um amplo debate de sugestões, projetos,
reivindicações, bandeiras e lutas por uma cidade menos ruidosa e com mais qualidade de vida. A conferência – iniciativa da ProAcústica (Associação Brasileira para a Qualidade Acústica) e do gabinete do vereador Andrea Matarazzo - gerou a sensibilização de algumas lideranças políticas da Câmara em relação ao tema poluição sonora, inclusive do presidente da Casa, o vereador Antonio Donato, que declarou apoio à causa e prometeu agilidade no processo de votação do Projeto de Lei que estabelece a obrigatoriedade para a elaboração do Mapa do Ruído Urbano. Segundo ele, “a partir desse evento a votação do Projeto de Lei passou a ser uma das prioridades da Câmara por se tratar de uma questão de saúde para a população e um compromisso para os vereadores que transcende as barreiras partidárias. Os paulistanos precisam ter uma cidade mais saudável”. Pelo segundo ano consecutivo a Conferência foi um marco para a cidade de São Paulo, ao contribuir com o aprofundamento da discussão e a conscientização sobre a problemática do ruído na cidade e os efeitos sobre a população. Além, da expectativa por diretrizes eficazes para a atuação legislativa e administrativa, com ênfase no diagnóstico, na gestão, no controle e combate à poluição sonora. Contribuíram para o sucesso do evento, um time com mais de 30 especialistas em acústica; gestão e planejamento urbano; construção civil; aspectos jurídicos, legislação e normas; movimentos sociais; saúde; jornalismo, entre outros. Além de 54 apoiadores que, com a ampla divulgação, atraíram os mais de 800 inscritos,
sendo 450 participantes presencias e dezenas à distância. Foram mais de 7.800 visitas no site da conferência. Painel 1 - Oportunidade para gestão e mitigação da poluição sonora: a nova Lei de Uso e Ocupação do solo Destacou-se o fortalecimento da dimensão ambiental no debate participativo sobre o zoneamento, com audiências públicas e concursos para ensaios e projetos urbanos. A forma como está sendo conduzido o debate sobre a questão do ruído na concepção da nova regulamentação, com propostas de inibir a geração e fazer o tratamento do ruído foi evidenciada pelos arquitetos. Outros aspectos sobre a lei foram destacados, como a definição de novos parâmetros para as diferentes zonas da cidade e pontos que precisam da definição de parâmetros especiais: como a dificuldade de caracterização do incômodo conforme a fonte de poluição sonora (uma indústria pode gerar menos ruído do que um bar, a depender da atividade operada e da forma de fechamento do bar, por exemplo); ponderação do entorno e da vizinhança para definir níveis diferenciados de geração de ruído; e a consideração das atividades especiais, como aeroportos, estádios e locais para shows.
Painel 3 - Mapa de ruído: diagnóstico, solução de monitoramento do ruído urbano e implementação de um Projeto Piloto na cidade de São Paulo As questões políticas, técnicas e processuais de pesquisa e levantamento de dados para a elaboração de um Mapa de Ruído Urbano de São Paulo que leve em consideração todos os elementos geradores de perturbação sonora de uma mega cidade como São Paulo e os instrumentos disponíveis para identificar os pontos críticos e mitigar os danos causados pela poluição em zonas complexas e preservar as zonas silenciosas nortearam os pronunciamentos dos participantes. É praticamente impossível mexer na acústica de uma cidade sem alterar profundamente a configuração do tráfego de veículos e a forma como funcionam os modais de circulação da cidade, mostrando a importância e o impacto que o Mapa de Ruído pode trazer para São Paulo.
Painel 2 - Incomodidades: a convivência com todas as naturezas de poluição sonora, o diálogo e as soluções
Painel 4 - Debate aberto sobre legislação de ruído: “Diretrizes para um novo Projeto de Lei sobre Ruído Urbano”.
Um dos painéis onde o debate foi mais intenso e polêmico foi o que tratou das questões jurídicas que regem a convivência entre os cidadãos e as naturezas de poluição sonora. Os palestrantes expuseram os males causados pela poluição sonora e ratificaram o status do problema como sendo de saúde pública. Além de especificarem os limites legais das perturbações sonoras nas diferentes instâncias da legislação brasileira e criticarem de forma veementemente o papel do poder público no tratamento da questão do ruído. Discutiu-se sobre a necessidade da Prefeitura de São Paulo estruturar para poder fiscalizar os abusos, pois a lei do PSIU - Programa de Silêncio Urbano está sendo descumprida na cidade. As pessoas não sabem como reclamar, para quem ligar, se para a polícia ou para as subprefeituras.
Tratou-se das experiências legislativas na Espanha e da luta de cidades como Madri e Valencia contra a poluição sonora, além dos aspectos técnicos para a elaboração de PLs (Projetos de Leis) relativos à Ruído, Vibração e Perturbação Sonora. Se abordou também sobre algumas normas técnicas de acústica em edificações e vibrações, e a necessidade do resgate do propósito inicial da Lei do PSIU que, entre outras medidas, previa desenvolver estudos e formular propostas dirigidas para dotar a Prefeitura dos meios necessários ao efetivo controle da emissão de ruídos; e divulgar, junto à população, matéria educativa e conscientizadora dos efeitos prejudiciais causados pelos ruídos excessivos. Serviço: www.conferenciaruidosp.com.br
GESTÃO EMPRESARIAL
Integrar e Adaptar
MARIA ANGELICA LENCIONE PEDRETI é professora de Contabilidade e Finanças da FGV e mestra em Administração de Empresas; trabalha em Planejamento Estratégico
Na edição anterior, analisamos os primeiros dois fatores que levam a uma boa fusão ou aquisição de empresas: a Tese de Investimento (o que motiva a operação) e a Valuation (como calcular o valor da operação). Agora veremos os outros dois fatores relevantes para tanto, a Integração e a Adaptação. Suponha que você tinha uma tese de investimento robusta, pois a aquisição combinava com a estratégia de sua empresa. Utilizou os mais completos modelos de avaliação e adquiriu a outra empresa. Agora, a forma de integração dependerá justamente do motivo da aquisição.
lidade, em alguma competência essencial só dela e isso deve ser mantido, respeitado em sua especificidade, daí a indicação pela integração apenas parcial. Em qualquer uma das situações, a integração deve acontecer rapidamente, para evitar boatos de demissões, que desmotivem os colaboradores e os levem a buscar o mercado por segurança: quem vai ficar deve saber o quanto antes, para que se anime a conquistar suas novas metas; e quem irá sair deve saber o quanto antes, para dar continuidade à sua vida o mais rapidamente, com o menor sofrimento possível. Se puder, responsabilize uma equipe pela transição: eles devem entender as sinergias que a equipe de avaliação identificou e fazê-las acontecerem. E quando a realidade acontece diferente do esperado? A recomendação é agir com rapidez: busque o motivo (você subestimou ou superestimou alguma situação, ou simplesmente houve um imprevisto, uma mudança de rumos?), avalie se há uma nova oportunidade nesta aquisição ou, se diagnosticar que a oportunidade vislumbrada anteriormente se foi, tome a decisão necessária, mesmo se ela significar o desinvestimento. Mais uma vez, adiar a decisão ou prolongar uma situação indesejada somente destruiu valor. E quanto ao tamanho da aquisição? Existe uma regra? Uma empresa menor pode adquirir uma maior? Neste caso, a experiência conta mais que o tamanho: as companhias provam que aprendem com as primeiras operações e se aperfeiçoam a cada aquisição; assim, comece com operações menores, aprenda com seus acertos e seus erros e a cada uma sentirá sua empresa melhor preparada para a próxima!
Integração com a nova empresa deve ocorrer com rapidez e transparência
Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: noticias@sindusconsp. com.br
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A Integração poderá se situar entre dois extremos: total (envolvendo processos, protocolos, valores, cultura) ou parcial (envolvendo um destes fatores). Se a motivação para a aquisição estava no incremento de capacidade de produção, aumento de mercado, aquisição de algum ativo valioso para a estratégia da empresa, como a carteira de recebíveis ou a marca, a integração deve ser total. Bons exemplos disto foram as aquisições da Ambev, em que os processos, o layout dos escritórios, os protocolos de conduta, tudo se integrava à situação da adquirente. De outro lado, quando a motivação sobre a aquisição se concentra em conhecimento ou RH, a integração total apenas limitaria o potencial criativo e construtivo destes recursos, não sendo, portanto, a mais indicada. Isto porque, em algumas ocasiões, o valor da adquirida está na sua origina-
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TURMAS
DE
JUNHO
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DESTAQUE CIE - Curso de Incorporação de Edifícios, com o Prof. Jamil Rahme • 22, 23, 24, 29 e 30 de junho e 1º, 2 e 3 de julho em São Paulo • 25 a 28 de junho em Sorocaba • Carga horaria: 30h • Inscrições: projetobrasil@incorporacaodeedificios.com.br • ASSOCIADO SINDUSCON-SP TEM 20% DE BÔNUS • INSCREVA-SE JÁ CURSOS EM SÃO PAULO Formação e Liderança de Equipes de Alto Desempenho 2 de junho
Gerenciamento de Projetos no Setor da Construção Civil 11 e 12 de junho
NR 09 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA 17 de junho
ISS na Construção Civil 8 de junho
Gestão Organizacional para Canteiros de Obras 15 de junho
O Novo Simples Nacional 23 de junho
Análise de Projetos de Investimento na Área Imobiliária 11 e 12 de junho Contabilidade e Tributação da Construção Civil 11 de junho
Atualização do e-Social Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas 16 de junho
Especialista (Básico ao Avançado) do MS Project 2013 25, 26 e 27 de junho Desoneração da Folha de Pagamento e CND de Obras 30 de junho
CURSOS EM OUTRAS CIDADES :: BAURU • Profissionalização e Sucessão para Empresas Familiares 23 de junho • BSC e Gestão Baseada em Desempenho 24 de junho :: CAMPINAS Controladoria, Administração dos Custos e Gestão Econômica 12 de junho : : M O G I DAS C R U Z E S Gestão de Contratos Públicos com Foco na Construção Civil 9 de junho
:: RIBEIRÃO PRETO • Curso de Introdução ao BIM com Aula Prática 11, 12 e 13 de junho • Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM) na Construção Civil 26 e 27 de junho :: SANTOS • Novo Procedimento para Regularização de Obra pela Internet junto a Receita Federal do Brasil 9 de junho • Terceirização – Aspectos Tributários 23 de junho
:: SOROCABA Atualização do E-Social Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas 2 de junho :: S. JOSÉ DO RIO PRETO Capacitação nos Requisitos da Norma de Desempenho 19 de junho :: S. JOSÉ DOS CAMPOS A Legislação Trabalhista e Previdenciária no E-Social – Revisão e Atualização 30 de junho
PREVENÇÃO E SAÚDE
Riscos cardiovasculares
ELI SZWARC é cardiologista do Seconci-SP e especialista em Cardiologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; tem MBA em Gestão Estratégica em Saúde pela FGV
Doenças cardiovasculares são aquelas que afetam o coração e os principais vasos sanguíneos. Tradicionalmente, destacamos pela frequência e pela gravidade: o infarto do miocárdio, o acidente vascular cerebral (AVC ou “derrame”) e a hipertensão arterial. Porém, merecem atenção também os aneurismas da aorta e a doença vascular periférica. Os pesquisadores defendem que o diabetes também seja classificado como tal, por ser doença metabólica com fortes implicações na função do aparelho circulatório, e devido ao aumento de risco e piora de prognóstico cardiovascular aos seus portadores.
baixo consumo de gorduras, sal e álcool podem diminuir o risco. O cuidado deve começar na infância. Crianças obesas têm maior risco de desenvolver doenças cardíacas na idade adulta. E são mais suscetíveis a manifestações cada vez mais precoces da aterosclerose, responsável pela redução do calibre dos vasos sanguíneos e pelas oclusões vasculares, que levam ao infarto e ao AVC. As doenças cardiovasculares promovem alto impacto social e laboral, à medida que afetam um enorme número de trabalhadores, se tornam motivo frequente de afastamentos e são, em alguns casos, incapacitantes. São doenças de alta morbidade (afetam um grande número de indivíduos) e de alta mortalidade. Depois de instaladas, possuem enorme custo: internações hospitalares, remédios, tratamentos invasivos e cirurgias. Essas características justificam o empenho e o investimento nas ações de detecção dos fatores de risco. Todos somos responsáveis: pais, familiares, professores, empregadores, associações de classe, governos e ONGs. Ações de simples execução e baixo custo promovem alto impacto na promoção de saúde: cuidados com a alimentação, atividades físicas e exames médicos periódicos. O Seconci-SP promove a busca ativa dos fatores de risco cardiovasculares. Conta com equipe multiprofissional, especializada no tratamento de doenças associadas, na promoção de hábitos de vida saudável e garante aos trabalhadores da construção civil e seus familiares atendimento humanizado e individualizado, promoção de saúde e qualidade de vida.
Prevenção requer atividades físicas, boa alimentação e exames periódicos
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As doenças cardiovasculares têm alta e crescente prevalência na população mundial. No Brasil, a hipertensão arterial afeta 30% das mulheres e 35% dos homens. Mais de 50% da população estão acima de seu peso ideal, incluindo jovens e crianças. As doenças cardiovasculares já se tornaram a maior causa de morte no Brasil, seguindo a tendência mundial. Os principais fatores de risco para seu aparecimento são: idade: mulheres com mais de 65 anos e homens com mais de 55 anos; sobrepeso e obesidade; alto consumo de sal; ingestão excessiva de álcool; sedentarismo; fatores socioeconômicos, educacionais e hereditários; tabagismo e diabetes. Algumas etnias são mais suscetíveis a essas doenças. A maioria dos fatores de risco está relacionada ao estilo de vida e são modificáveis. Ações como dieta balanceada, atividades físicas regulares, abandono do tabagismo,
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
Ambulatório gerenciado pelo Seconci-SP em favela conquista certificação de excelência O Ambulatório Médico de Especialidades Luiz Roberto Barradas Barata, unidade estadual sob administração do Seconci-SP situada na favela Heliópolis, conquistou o nível máximo de reconhecimento – Excelência – concedido pela ONA (Organização Nacional de Acreditação), que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil. “Este reconhecimento comprova a eficácia do modelo em que Organizações Sociais de Saúde como o Seconci-SP combinam gerenciamento moderno com procedimentos que proporcionam à rede pública um elevado patamar de produtividade e de qualidade no atendimento à população”, afirma o presidente da entidade, Sergio Porto. O ambulatório reúne avaliações médicas e pequenas cirurgias em um só local. E conta com exames de ponta como a Ressonância Magnética e o PET-CT, moderno equipamento responsável por diagnósticos de alta precisão em oncologia.Também dispõe de centro cirúrgico com 6 salas operatórias, 12 leitos de recuperação pós-anestésica e hospital dia com 24 leitos. Com 445 profissionais e 200 médicos, o AME Barradas realiza mensalmente cerca de 1,2 mil procedimentos cirúrgicos, 10,4 mil
consultas e 10,3 mil exames de diagnóstico. Outra inovação é um serviço de transporte do terminal de ônibus e metrô do Sacomã até a unidade, que contribui para reduzir o absenteísmo às consultas. O ambulatório sedia um dos mais importantes pólos do Estado de acompanhamento de ostomizados. E ainda abriga a Casa do Adolescente, de atendimento personalizado a jovens, moradores em sua maior parte da comunidade de Heliópolis. “Essa acreditação é muito importante por mostrar nossa qualidade de trabalho, processos e segurança aos pacientes”, destaca seu superintendente, Paulo Sergio Leme Quintaes.
AME Barradas conta com equipamentos modernos como o PET-CT para diagnósticos oncológicos
Começa campanha de saúde bucal nos canteiros Ter uma alimentação saudável e criar uma rotina de hábitos simples como escovar os dentes corretamente após as refeições e usar fio dental são as principais medidas de prevenção contra cáries e outras doenças bucais. Para sensibilizar os trabalhadores da construção civil sobre a questão, o Seconci- SP lançou uma campanha nos canteiros de obras e intensificou um conjunto de ações. “Saúde bucal significa melhor qualidade de vida e bem-estar. Para os empregadores, também há vantagens, como a redução
de faltas no trabalho para tratar problemas bucais”, diz Jefferson Podestá Brandão, gerente de Odontologia do Seconci-SP. “Um processo infeccioso instalado na boca pode ser a porta de entrada para que bactérias caiam na corrente sanguínea, podendo causar, por exemplo, uma endocardite comprometendo a membrana que reveste o coração. A má saúde bucal traz diversos riscos à saúde como partos prematuros, nascimentos de baixo peso e descontrole do diabetes”, explica Brandão.
As empresas da construção que desejarem fazer um diagnóstico da saúde bucal dos seus funcionários podem contratar o serviço da entidade: (11) 3664-5059 / relacoesempresariais@seconci-sp.org.br .
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Simpósio em Santos traça panorama econômico A Regional Santos realizou em abril o primeiro simpósio “2015 - O que esperar para o Setor da Construção Civil”, que traçou um panorama econômico da região e do país, visando orientar os empresários do setor em um momento de expectativa. O simpósio, realizado em conjunto com a Assecob e patrocinado pela Caixa Econômica Federal, deverá acontecer pelo menos uma vez por ano, em virtude do interesse despertado. “A meta é traçar aos empresários da região um panorama geral do setor, munindo-os de subsídios para que possam tomar decisões adequadas às suas empresas”, afirma Beschizza. Durante o evento, a economista Ana Castelo, coordenadora de estudos da construção civil da FGV, apresentou projeções para o setor e também para o país, argumentando que o momento de aperto, devido ao ajuste fiscal, deve ser amenizado a partir do segundo semestre. Já Diogo Paes Pedro, gerente regional da Caixa Econômica Federal,
falou sobre os tipos de financiamento que a instituição oferece ao setor imobiliário, com ênfase nos produtos direcionados aos construtores. A advogada Rosilene Carvalho Santos, assessora do sindicato, abordou o tema “ISS na Construção Civil, suas Consequências”, mostrando formas de recolhimento em diversas cidades do Estado, bem como as ações coletivas que estão em andamento. (Giselda Braz)
Ana Castelo, da FGV, apresentou projeções para o setor
Diretor assume Conselho de Apoio ao Seconci-SP O diretor da Regional Santos, Ricardo Beschizza, tomou posse em abril na liderança do CAU – Conselho de Apoio à Unidade local do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). Sergio Porto, presidente do Seconci-SP e representante do SindusCon- SP junto à Fiesp, esteve em Santos para o ato, acompanhado do superintendente geral daquela entidade, Fernando Costa. Ao visitar a unidade, Beschizza comentou que “conhecer a estrutura que o Seconci mantém na Baixada Santista e sua diretoria é importante, pois assim o empresário sabe exatamente com quem falar e onde encontrar a especialidade desejada”. Na sequência, Porto e Beschizza se reuniram com o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, e os secretários municipais da Saúde, Marcos Calvo, e de Gestão, Fábio 26
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Alexandre Fernandes Ferraz, para troca de ideias sobre a administração de unidades da rede pública de saúde. O CAU tem, entre outras atribuições, facilitar o estreitamento das relações com o SindusCon-SP. Este foi o sétimo CAU instalado pelo presidente do Seconci-SP. Os outros seis, com os respectivos líderes, são: Luiz Claudio Amoroso, vice-presidente de Interior do sindicato (Campinas); Fernando Junqueira, diretor da Regional (Ribeirão Preto); Paulo Piagentini, secretário municipal e ex-diretor da Regional (Santo André); José Antônio Marcondes Cesar, diretor da Regional (São José dos Campos); Elias Stefan Junior, diretor da Regional (Sorocaba); José Edgard Camolese, conselheiro consultivo (Piracicaba). (GB)
São José inaugura Centro Tecnológico Instalado no Parque Tecnológico de São José dos Campos, em abril foi inaugurado o Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Construção Civil (CDTCC). O presidente do Conselho Consultivo do SindusCon-SP, Delfino de Freitas, que representou no evento o presidente do sindicato, José Romeu Ferraz Neto, destacou a importância da aproximação entre a academia e o empresariado. “A estrutura é muito interessante e permite o desenvolvimento de diversos projetos que terão feedback dos próprios empresários, fomentando o desenvolvimento da construção civil”, enfatizou. O CDTCC é fruto de uma parceria entre entidades da iniciativa privada, poder público e meio acadêmico e pretende firmar a cidade como polo tecnológico do setor. O SindusCon-SP, junto com a Associação das Construtoras do Vale do Paraíba (Aconvap) e Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José (AEA), forma o grupo de entidades envolvidas nesta frente. Para o diretor da Regional São José dos Campos do sindicato, Mário Cezar de Barros, essa é uma forma de compartilhar tecnologia, desenvolvimento e conhecimento. “A criação deste Centro é um marco para o setor da construção em nossa região”, ressaltou. Cerca de 200 pessoas assistiram à solenidade, que contou com a presença do prefeito Carlos Almeida. “A prefeitura apoia com entusiasmo essa iniciativa. Tenho certeza de que teremos boas ideias e produtos”, afirmou o prefeito. Sustentabilidade O Conselho de Administração do CDTCC será presidido por Carlos Aquino. Segundo ele, há um crescimento significativo das edificações sustentáveis, que teriam alcançado 10% do PIB do setor em 2014. “Essas construções exigem tecnologia,
então o Centro chegou na hora certa”, afirmou. Idealizada pelas principais entidades do setor, a parceria se estende às secretarias de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (SDECT), Serviços Municipais (SSM) e Meio Ambiente (Semea), além de instituições como o ITA, a Unifesp, a Unicastelo e a Univap. O CDTCC terá como missão promover o desenvolvimento industrial da construção civil, propondo soluções inovadoras e buscando minimizar os impactos ambientais, otimizando os recursos naturais e reduzindo a produção de resíduos. Com foco na sustentabilidade, o CDTCC já recebeu propostas de empresas com temas que merecem ser desenvolvidas com o meio acadêmico por meio de recursos oriundos de linhas de crédito que o próprio centro tentará viabilizar junto a parceiros da iniciativa privada e órgãos de fomento à pesquisa e desenvolvimento. O vice-presidente da Aconvap, José Renato Fedato, afirmou que a criação do centro teve início há aproximadamente dois anos, pois a cidade conta com grande qualidade técnica das empresas da construção civil, que oferecem ao mercado produtos superiores em relação à concorrência. “A busca por construções mais sustentáveis, melhor atendimento à qualidade de vida e eficiência na produção agora poderão ser melhor estudados”, avaliou Fedato. Também estiveram presentes o delegado de Mogi do SindusCon-SP, Mauro Rossi, representando os vice-presidentes de Interior Eduardo Nogueira e Luiz Claudio Amoroso; o vice-prefeito Itamar Coppio; secretários municipais, além do diretor-geral do Parque Tecnológico, Marco Antônio Raupp, representantes da Câmara de São José e de entidades do setor. (Camila Garcêz)
Vilhena (AEA), Aquino, Cezar de Barros, Marcondes Cezar, Rossi e Manhães
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Sucesso na Construbeirão 2015 O SindusCon-SP participou da Contrubeirão 2015, feira voltada aos setores da Construção Civil, Arquitetura, Engenharia e Acabamento que aconteceu no Shopping Iguatemi, de Ribeirão Preto, entre 10 a 12 de abril. Durante o evento, a Regional Ribeirão Preto recebeu visitantes e parceiros em seu estande, e promoveu a palestra Os desafios na carreira profissional, com a coordenadora de Recursos Humanos do SindusCon-SP, Daniella Cavalcanti Cabral. A Construbeirão reuniu mais de 100 expositores, em 10 mil metros quadrados, com público estimado de 50 mil visitantes.
O diretor da Regional, Fernando Junqueira, se mostrou muito otimista com os resultados. “Apesar de ser um importante polo imobiliário, Ribeirão não contava com uma feira desta grandeza e importância”, destacou. Na palestra, Daniella fez uma abordagem ampla sobre as possibilidades e desafios e a competitividade do mercado, além de trabalhar a importância de um posicionamento como protagonista de sua carreira e como melhor utilizar os recursos comportamentais. (Márcio Javaroni)
Ana Lúcia Pereira, Daniella Cabral, Maria Cecília Rocha e Fernando Junqueira
Ribeirão discute internacionalização do Aeroporto O diretor da Regional, Fernando Junqueira, integrou a comitiva de lideranças locais que participou de reuniões com os ministros da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues. As audiências, realizadas em abril, discutiram a internacionalização do Aeroporto Leite Lopes e a doação para o município de uma área de 22 km na qual está localizada uma antiga ferrovia. A comitiva teve também as presenças da prefeita Darcy Vera, dos deputados federais Baleia Rossi, Márcio Alvino e Nelson Marquezelli, do deputado estadual Léo Oliveira, dos vereadores Walter Gomes, Capela Novas, Genivaldo Gomes, Maurílio Romano, Viviane Alexandre, André Luiz da Silva,
Jorge Parada, Gláucia Berenice, Rodrigo Simões, Paulo Modas, Maurício Gasparini e Ricardo Silva, além de Guilherme Feitosa, diretor titular do Ciesp de Ribeirão Preto, e Antonio Carlos Maçonetto, presidente da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto). A internacionalização do Aeroporto Leite Lopes é uma antiga reivindicação local, por conta dos avanços que trará à cidade. “Após a visita houve um consenso entre todos de que agora realmente o Aeroporto Internacional vai sair do papel. Já tínhamos o apoio do governo estadual e do poder público municipal, só faltava esse aval federal”, comemorou o diretor da Regional, Fernando Junqueira. (MJ)
Regional fará pesquisa imobiliária com o Secovi-SP A Regional Ribeirão Preto recebeu, em março, a visita do economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, e de Édson Kitamura, do departamento de Economia e Estatística da entidade. Ao lado de João Paulo Fortes Guimarães, diretor comercial da Imobiliária Fortes Guimarães, eles foram recebidos pelo dire28
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tor da Regional, Fernando Junqueira, pelo diretor-adjunto João Marcelo de Andrade Barros e pelo ex-diretor da Regional Paulo Tadeu Rivalta de Barros. A reunião teve como objetivo alinhar uma parceria para a realização na cidade da pesquisa imobiliária. (MJ)
Elevação de Escolaridade chega a Santo André Em parceria com o Sesi Theobaldo de Nigris, em março a Regional Santo André deu início a 1ª turma do Programa de Elevação de Escolaridade, que tem o objetivo de aumentar o nível escolar básico dos trabalhadores da construção civil (1ª a 4ª série). O público-alvo são os funcionários em canteiros de obras indicados pelas associadas. Para as aulas serem ministradas nos canteiros é necessário haver, no mínimo, dez alunos e, no máximo, 30. Antes do início do curso os participantes passam por uma sondagem para identificar os conhecimentos gerais de português e matemática. Com os resultados em mãos, as aulas são planejadas de acordo com a necessidade dos alunos. Essa primeira turma é integrada por colaboradores de três empresas, que participam das aulas ministradas por professores do Sesi às segundas, terças e quartas, entre 18h30 e 20h, no auditório da Regional.
O curso tem duração mínima de três meses e o término dependerá da evolução dos alunos. Ao final do curso os alunos receberão um certificado de conclusão do Programa de Alfabetização Intensiva (PAI), referente aos primeiros anos do Ensino Fundamental, com direito ao prosseguimento de estudo na 5ª série do Ensino Fundamental. Segundo a coordenadora do curso, Angélica Bergamim, a ampliação dos conhecimentos dos alunos ocorre por meio de atividades voltadas para a leitura e a compreensão de textos, como instruções de uso de EPIs, avisos, placas de sinalização, entre outros. (Sueli Osório)
Diretor da regional, Sérgio Ferreira dos Santos (atrás, de camisa branca) acompanhou o lançamento do curso
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Entidades de Campinas se unem por mais agilidade Com o intuito de apresentar propostas para simplificar e agilizar os procedimentos administrativos para a aprovação de obras e edificações em Campinas, em abril a diretoria da Regional participou de reunião com a Associação Regional da Habitação (Habicamp), Secovi e Instituto de Arquitetos do Brasil. O encontro contribuirá com o poder público na busca de soluções técnicas vi-
áveis para dar mais rapidez na análise dos processos, e para modernização da emissão de documentos de controle da atividade construtiva. Participaram o diretor da Regional, Márcio Benvenutti e o vice-presidente do Interior, Luiz Cláudio Amoroso. A ideia é alinhar as reivindicações e formatar um projeto que será entregue ao prefeito Jonas Donizette. (Vilma Gasques)
Tecnologia de parede de concreto é tema de workshop A Regional Campinas reuniu cerca de cem pessoas, entre engenheiros, tecnólogos, gestores de obras e profissionais da construção civil, no workshop Parede de Concreto, realizado em abril, em parceria com a ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). Segundo o diretor da Regional, Márcio Benvenutti, o workshop marcou a retomada da parceria com a ABCP na formação e evo-
lução tecnológica na construção civil. “Teremos vários eventos com a entidade durante o ano e esse foi o primeiro, com um tema muito importante, que agiliza o processo de construção e aumenta a segurança”, afirmou. Na avaliação de Benvenutti, com essa tecnologia, a velocidade de construção é ampliada, diminuindo de 18 para 12 meses o período de obras. (VG)
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Seminário aprofundou práticas de segurança A sede da Regional Campinas recebeu em abril o seminário Segurança e Saúde na Indústria da Construção Civil. Promovido pelo Instituto Trabalho e Vida, o evento debateu e propôs soluções para a temática dos trabalhadores e aprimorou os conhecimentos dos profissionais com atuação na área de segurança e saúde. Durante o evento, foram apresentados materiais educativos para que um canteiro de obras ofereça segurança, qualidade de vida e produtividade, que auxiliam tanto operários quanto empreendedores. Por esta razão a Regional tem desenvolvido cursos e normas que orientam empresários e trabalhadores sobre a importância de um ambiente de trabalho seguro e eficiente. O evento também teve como temas o impacto da NR 12 na gestão de máquinas e equipamentos nos canteiros de obras, as exigências da Portaria 201 no Ministério do Trabalho na locação e uso de andaimes tubulares e suspensos, gestão de saúde nos
canteiros de obras, como instalar e controlar eficientemente as instalações elétricas provisórias nos canteiros, entre outros assuntos. Treinamento em NR 35 Dentro do programa de capacitação do sindicato, a Regional tem realizado em parceria com Senai o treinamento da Norma Regulamentadora NR 35 (Trabalho em Altura). Ministrado pelo técnico em segurança do Trabalho do Senai/Regional do SindusCon-SP, Anderson Félix, a capacitação é oferecida gratuitamente para as empresas do setor. A exigência de treinamento e de cumprimento a essa norma está em vigor desde 2012. “Nessa parceria todos os técnicos de segurança contratados para o atendimento do Programa SindusCon-SP de Segurança (PSS) foram capacitados para ministrar o curso nos canteiros de obra das construtoras”, explicou Felix. (VG)
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Bauru busca solução para os corredores comerciais Em abril, a Câmara Municipal de Vereadores realizou nova audiência pública para discutir as 1.408 quadras de corredores comerciais da cidade. O assunto vem esquentando os ânimos do Executivo e Legislativo, por conta do grande impasse que causou entre os moradores destas áreas, empresários e promotores. Os magistrados, através de uma ação impetrada no Ministério Público Estadual (MPE) - e acatada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo -, conseguiram derrubar a antiga lei que incluía esses locais como corredores. Desde então, os empresários destas localidades não conseguem emissão de alvará perante a Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), já que, de acordo com a lei, estão “irregulares”. O prefeito Rodrigo Agostinho, os vereadores e a Seplan estão empenhados em resolver o impasse o mais rápido possível. A primeira audiência pública não resultou em nenhuma transformação significante, a não ser as oito emendas que chegaram por meio dos vereadores. Agostinho enfatizou por diversas vezes a importância em aprovar, inicialmente, o texto antigo. Assim, esses empresários podem trabalhar “legalmente” com seus respectivos alvarás emitidos. “Eu não posso esperar mais 30, 60 ou
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90 dias. A cidade está parando”, disse o prefeito, endurecendo o tom diante das imposições que estavam sendo feitas. Votação Depois de muita discussão, ficou definido que o texto agora será encaminhado ao Conselho Municipal de Bauru (CMB). Eles tinham 15 dias para analisar o texto e sugerir modificações. A expectativa dos vereadores e do prefeito é que a passagem do projeto de lei pelas comissões seja bem rápida e que a votação aconteça, no máximo, em 20 dias em sessão ordinária na Câmara. O texto é paliativo, já que, para não haver mais problemas com a Justiça, é necessário que a lei de zoneamento esteja pronta e vigente. O texto já passou pela Seplan e está em fase final de conclusão. A expectativa é que ele esteja pronto até o meio do ano, em junho. Junto com ele formam um conjunto: a lei de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e o Termo de Referência Técnica (TRT), que também já estariam prontos. (Bruna Dias)
Chefe de gabinete Arnaldo Ribeiro e o titular da Seplan, Antônio Grillo
Prudente reúne 200 em palestra sobre segurança Com o objetivo de oferecer capacitação sobre segurança no gerenciamento de obras, a Regional Presidente Prudente promoveu em abril uma palestra gratuita sobre Gestão da Norma Regulamentadora 18 (NR-18), no auditório da Escola Senai Santo Paschoal Crepaldi. Realizada em parceria com a Fiesp e o Senai-SP, a palestra ministrada pelo técnico de segurança do trabalho do Senac de Prudente Francisley Ferreira Sanches reuniu 194 pessoas. “Buscamos apresentar os principais conceitos, como as boas práticas de segurança, organização e limpeza, pois isso influencia não só na segurança, como na produtividade”, explicou. “Esse é um tema muito importante, pois a construção civil envolve um grande número de trabalhadores. A melhor maneira de se fazer esse controle, eliminar os acidentes de trabalho, é fazendo treinamento”, analisou Sanches. Também presente, a gerente da GRTE (Gerência Regional do Trabalho e Emprego) em Prudente, Silvana Vianna Passarello, ressaltou a importância deste tipo de evento para o setor. “A NR 18 é uma norma dinâmica; é específica da construção civil. Existem muitos riscos, muitos acidentes de trabalho, resistência na utilização das proteções coletivas, na utilização do Equi-
pamento de Proteção Individual (EPI) por parte do trabalhador”, lembrou. (Maycon Morano)
Sanches apresentou os principais conceitos da NR-18
Sindicato capacita operador de elevadores de obras Em abril, a Regional Bauru realizou as etapas teórica e prática do curso de Operador de Elevadores. No total, 14 alunos foram inscritos gratuitamente pelas empresas associadas ao sindicato. Realizado em parceria com o Senai-SP, a capacitação foi ministrada pelo técnico em segurança do trabalho do Programa SindusCon-SP de Segurança (PSS), Roque Quadrado Filho. O curso inclui uma reciclagem anual de 8 horas de duração – em atendimento à NR-18. Até hoje, foram qualificados 200 operadores. (BD)
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Alunos de Mogi aprendem sobre gestão de obras
Turma do curso de Mestre de Obras durante palestra
Em parceria com a Fiesp e o Senai Nami Jafet, a delegacia de Mogi das Cruzes do SindusCon-SP trouxe 28 alunos do curso de mestre de obras da região para uma palestra sobre gestão de obras, na sede do sindicato, na Capital, em abril. Com o objetivo de apresentar a importância da gestão dos recursos na execução de obras civis, o palestrante Paulo Alexandre Mechelazzo, tecnólogo em construção civil, falou sobre recursos humanos, físicos e materiais, layout do canteiro de obras, sistemas de transporte de materiais e pessoas, produtividade e planejamento de controle. Os futuros mestres de obras puderam aprender mais sobre como orientar os colaboradores em relação à logística, descarte de material, boa produção, transportes, entre outros temas importantes para o melhor aproveitamento de todos os recursos. O curso de mestre de obras tem duração de 600 horas e a carga horária está distribuída em cinco aulas semanais noturnas, durante o período de um ano. (CG)
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O Museu do Amanhã, iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, é um dos símbolos da revitalização da área cultural do Porto Maravilha. A construção do espaço segue critérios, princípios e regras de sustentabilidade ambiental com Certi icação Leed (Liderança em Energia e Projeto Ambiental). Acompanhando estas premissas, a obra está atenta às pequenas atitudes como a seleção de materiais que dá preferência aos componentes reciclados, de baixa toxidade, alta durabilidade e que não agridam o ambiente. Neste conceito, a pintura do Museu será re a l i z a d a c o m u m p ro d u t o ambientalmente correto, antitérmico e com baixo índice de volatilidade. A pintura impermeabilizante utilizada, DENVERSOL TOP REFLECTIVE , é à base de resina acrílica pura (isenta de estireno), lexível, de alta resistência às intempéries, irradiação ultravioleta e névoa
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JOSÉ CARLOS DE ARRUDA SAMPAIO é consultor de empresas e diretor da JDL Qualidade, Segurança no Trabalho e Meio Ambiente Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: noticias@ sindusconsp.com.br
A globalização e as exigências do mercado demandam das empresas a reorganização em torno das pessoas pelo seu valor intrínseco, segundo o engenheiro Manuel Bestratén. Pessoas não devem ser consideradas um recurso a mais, e para isso são indispensáveis novos valores que impulsionem tal processo de mudança. A seguir, oito valores essenciais para essa transformação: • Excelência: o compromisso de fazer melhor tudo o que precisar ser feito; a superação permanente das nossas atuações, dando sempre a atenção aos detalhes; um valor essencial para a diferenciação entre concorrentes. • Honestidade: respeitar aos princípios éticos nas decisões e tarefas, para evitar abusos e não se aproveitar da vulnerabilidade das pessoas. A indiferença, o egoísmo e a ganância só podem ser limitados em um quadro socialmente responsável e transparente, fundamentado no diálogo e no compromisso.
pessoas e da organização. • Participação: o direito de opinar em tudo o que o afete, com respeito pela dignidade das pessoas e a sua competência profissional, enriquecendo o conhecimento e a qualidade das decisões da empresa, onde o trabalho em equipe prevaleça. • Competência: o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes em um quadro de desenvolvimento profissional, que faz as pessoas crescerem e darem o melhor de si, recebendo um justo reconhecimento por isso. A formação continuada é indispensável para tal desenvolvimento. • Inovação: encontrar com esforço, criatividade e participação novas formas de fazer, aprendendo a cada dia com imaginação e coragem, para buscar caminhos desconhecidos e compartilhar o prazer de descobri-los. • Saúde: o principal valor das pessoas em um trabalho, governada por princípios preventivos e com atenção para as condições do ambiente, o que possibilita a integração plena ao projeto empresarial. Só pessoas saudáveis e identificadas com os objetivos empresariais podem construir organizações saudáveis. É preciso vencer abordagens baseadas em modelos de gestão empresarial insuficientes para competir nos dias de hoje. A especialização compartimentada, a rigidez das estruturas, a ausência de visão global com horizontes e projetos interiorizados por todos os membros da organização e, sobretudo, a falta de motivação profissional limitam e potencializam as incapacidades, e dificultam as soluções que muitas empresas podem encontrar.
Oito valores devem ser observados na reformulação das organizações • Confiança: faz desaparecerem os medos e dúvidas de nossas capacidades e possibilidades, contribuindo para um quadro de cooperação aberto, que possibilite a aprendizagem e o desenvolvimento da capacidade de transformação pessoal e coletiva. • Compromisso: para combinar interesses pessoais e das organizações, partindo de uma visão global e coerente com nobres objetivos empresariais e de negócios, aperfeiçoando as ações para alcançá-los. Para isto, requer-se um compromisso visível de uma liderança participativa a serviço das 38
revista notícias da construção
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SOLUÇÕES INOVADORAS
Os autores atuam no Laboratório de Materiais de Construção Civil do IPT
ALEXANDRE CORDEIRO DOS SANTOS é engenheiro civil e pesquisador assistente do IPT
LEANDRO AUGUSTO é mestre tecnólogo em Construção Civil e pesquisador assistente do IPT
OSMAR HAMILTON BECERE é mestre tecnólogo em construção civil e pesquisador do IPT
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Água e argamassa A resistência de aderência à tração é uma das mais importantes propriedades de uma argamassa de revestimento e está diretamente relacionada à ancoragem da argamassa ao substrato de aplicação (base). Segundo Carasek et al. (2001), a intensidade da resistência de aderência, decorrente da sucção capilar, irá depender das características e propriedades do substrato, tais como matéria-prima, porosidade, capacidade de absorção de água e textura superficial, bem como das características da argamassa e da técnica de aplicação empregada.
secos e capacidade adequada de retenção de água, que depende da relação cal/ cimento e/ou aditivos especiais que promovam essa propriedade às argamassas, evitando uma elevada perda de água para o substrato ou para a superfície por evaporação, o que resulta na melhoria na hidratação do cimento e na carbonatação da cal hidratada e consequente ganho de resistência de aderência à tração. Nesse estudo buscou-se analisar a influência da taxa de absorção de água inicial (Initial Rate of Absorption - IRA) de dois tipos de
Veja como otimizar a resistência de aderência à tração do revestimento No processo de aplicação no estado fresco, quando a argamassa de revestimento entra em contato com o substrato, parte da água de amassamento é absorvida pelo substrato por sucção pelos capilares finos do substrato que retiram a água dos capilares mais grossos da argamassa até o momento em que os mesmos começam a diminuir de diâmetro, em decorrência da evolução natural da hidratação do cimento. A partir desse momento, que ocorre por volta de 2 a 3 horas após a mistura da argamassa anidra com a água, a perda de água passa a ocorrer apenas por evaporação. A água de amassamento que penetra nos poros e saliências do substrato contém em dissolução os componentes do aglomerante que resulta na precipitação de géis de silicatos presentes no cimento. Esse material precipitado, ao longo da cura, irá propiciar a ancoragem da argamassa à base. Portanto, para se obter uma resistência de aderência à tração adequada, a argamassa deve possuir corretas proporção de aglomerantes/ agregados bem como relação água/materiais
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substratos (blocos cerâmicos e blocos de concreto) na resistência de aderência à tração de dois tipos de argamassa por meio da avaliação da resistência na interface com o substrato, bem como da resistência superficial do revestimento de argamassa. É importante ressaltar que nesse estudo a aplicação da argamassa foi realizada diretamente sobre a superfície do substrato sem a presença de chapisco, ou seja, a superfície do substrato não foi alterada quanto à sua taxa de absorção de água. Para a realização dos ensaios foram executados quatro protótipos de paredes, utilizando-se os seguintes materiais e equipamentos: • argamassas inorgânicas industrializadas para revestimento de paredes e tetos (amostras A e B); • blocos cerâmicos com dimensões nominais de (14x19x39) cm; • blocos de concreto com dimensões nominais de (14x19x39) cm; Os blocos de concreto e cerâmicos foram caracterizados por meio do ensaio de determinação da taxa de sucção inicial (IRA), método
descrito na norma ASTM C 67. Os quatro protótipos de paredes foram construídos com medidas de 1,20 m de largura x 1,80 m altura, sendo dois de blocos de concreto e dois de blocos cerâmicos. Nos protótipos as argamassas para projeção mecânica foram aplicadas na parte superior e aquelas para processo manual na parte inferior dos protótipos. O equipamento utilizado para projeção da argamassa consistiu de um misturador e projetor de argamassa Duo-Mix da M-Tec (Foto 1). A mistura da argamassa foi realizada em um misturador de eixo horizontal de baixa velocidade. A quantidade de água utilizada na amostra A foi de 15,67% e na B de 14,67% do produto. O tempo de mistura foi da ordem de 3 minutos para cada amostra. Após a mistura das argamassas, foram determinadas as densidades de massa no estado fresco e foram obtidos os seguintes valores: amostra A= 1,67 g/cm³ e B= 1,74 g/cm³. A retenção de água das argamassas A e B, medidas pelo método da NBR 13277, foi de 90% e 89%, respectivamente. A aplicação da argamassa consistiu das seguintes etapas:
• Projeção mecânica: aplicação diretamente sobre a superfície de forma a se obter a camada de revestimento com a espessura de 30 a 35 mm. • Manual: aplicação com desempenadeira de aço pressionando-a contra o substrato até a obtenção de uma camada com espessura de 30 a 35 mm. Tanto o ensaio de determinação da resistência de aderência à tração, efetuado de acordo com a NBR 13528:2010 (identificada como NBR), quanto o de determinação da resistência à tração superficial (identificada como SUP) foram realizados após 28 dias da aplicação do revestimento. O ensaio de determinação da resistência de aderência à tração superficial foi realizado de acordo com diretrizes parciais da Norma 13528. Consistiu em fixar as pastilhas metálicas de ensaios diretamente sobre a superfície do revestimento (sem corte de delimitação da área da pastilha) com emprego de adesivo, e medir a tensão de ruptura da superfície do revestimento. Nas tabelas 1 a 4 constam a média dos resultados de determinação das resistências de aderência à tração (NBR e SUP); nas figuras 1 e 2, as correlações entre a resistência de
Amostra A - BLOCO CERÂMICO Resistência de aderência à tração NBR (MPa)
Média
Desvio padrão
Média
Desvio padrão
Projeção mecânica
0,55
0,12
1,49
0,43
Aplicação manual
0,30
0,13
0,95
0,24
Amostra A - BLOCO DE CONCRETO Resistência de aderência à tração NBR (MPa)
IRA (%)
17,6
Desvio padrão
Média
Desvio padrão
Projeção mecânica
0,66
0,19
1,17
0,30
Aplicação manual
0,35
0,07
0,78
0,17
Média
Desvio padrão
Média
Desvio padrão
Projeção mecânica
0,62
0,09
1,51
0,39
Aplicação manual
0,31
0,11
0,94
0,33
IRA (%)
Média 42,4
TABELA 4 – RESULTADOS DE ADERÊNCIA X IRA BLOCOS DE CONCRETO COM A AMOSTRA B
Amostra A - BLOCO CERÂMICO Resistência de aderência à tração NBR (MPa)
Resistência de aderência à tração NBR (MPa)
Média
Média
TABELA 3 – RESULTADOS DE ADERÊNCIA X IRA BLOCOS CERÂMICOS COM A AMOSTRA B
Resistência de aderência à tração NBR (MPa)
Aplicação de forma manual
TABELA 2 – RESULTADOS DE ADERÊNCIA X IRA BLOCOS DE CONCRETO COM A AMOSTRA A
TABELA 1 – RESULTADOS DE ADERÊNCIA X IRA BLOCOS CERÂMICOS COM A AMOSTRA A
Resistência de aderência à tração NBR (MPa)
Aplicação por projeção mecânica
Amostra A - BLOCO DE CONCRETO Resistência de aderência à tração NBR (MPa)
IRA (%)
Média
Média 17,6
Desvio padrão
Resistência de aderência à tração NBR (MPa) Média
Desvio padrão
revista notícias da construção / Maio 2015 41 0,76 0,20 1,03 0,43 Projeção mecânica
Aplicação manual
0,55
0,17
0,63
0,14
IRA (%)
Média 42,4
SOLUÇÕES INOVADORAS
aderências à tração x IRA e a resistência de aderência à tração superficial x IRA. Resultados e conclusão Conforme resultados apresentados nas tabelas 1 a 4 e figuras 1 e 2, nos substratos de blocos cerâmicos, com taxa de absorção de água (IRA) menor que a medida nos blocos de concreto, houve um ganho significativo na aderência superficial quando comparada aos valores encontrados nos substratos de blocos de concreto. Provavelmente, por ter absorção de água menor, permitiu que parte da água de amassamento permanecesse por mais tempo na argamassa e resultasse uma melhor hidratação e consequente maior resistência de aderência superficial. Porém, por apresentar menor IRA e menor rugosidade, a resistência de aderência à tração na interface revestimento-substrato foi inferior às obtidas no substrato de blocos de concreto. Estes, por apresentarem maior rugosidade e maior IRA, permitiram melhor ancoragem da argamassa na interface com o substrato que resultaram maiores valores de resistência de aderência à tração, porém com menores valores de resistência de aderência à tração superficial. Com base nesses resultados, graficamente representados nas figuras 1 e 2, constata-se que a absorção inicial dos substratos blocos (IRA) influenciou nos resultados de ambas as determinações de resistência de aderência do revestimento (interface revestimento-substrato, bem como na resistência de aderência à tração superficial).
Depreende-se que nos substratos com menor absorção (blocos cerâmicos), a resistência de aderência na interface revestimento-substrato (NBR) é de certa forma prejudicada, porém a resistência superficial é favorecida por “sobrar” mais água para a hidratação da camada superficial do revestimento.
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Molhe com água 24 h após aplicar, 3 vezes ao dia por no mínimo 3 dias
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Já nos substratos com maior taxa de absorção de água (blocos de concreto), a resistência de aderência á tração é favorecida enquanto a superficial é prejudicada, uma vez que a perda de água de amassamento para substrato ocorre em maior quantidade e velocidade que no substrato de blocos cerâmicos. Importante: apesar dos avanços no desenvolvimento das argamassas inorgânicas industrializadas que normalmente oferecem produtos corretamente dosados e com capacidade de retenção de água da ordem de 80% e até com maiores valores, é sempre recomendado, na aplicação de argamassas de revestimento em obras, efetuar a cura por meio da molhagem com água após 24 horas da aplicação 3 vezes ao dia por no mínimo 3 dias. Essa prática tende a suprir parte da água que se perde para o substrato, principalmente quando este possui elevada absorção, ou devido à perda de água por evaporação agravada principalmente em períodos com ventos e baixa umidade relativa do ar, evitando-se com essa simples medida patologias futuras e custos onerosos para a reabilitação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 13277. Rio de Janeiro, 1995. ABNT NBR 13528. Rio de Janeiro, 2010. ASTM. ASTM C 67. Philadelphy, 1996. CARASEK, H.; CASCUDO, O.; SCARTEZINI, L. M. Brasília, 2001
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Figura 1 – Relação da aderência x IRA (aplicação por projeção)
Figura 2 – Relação da aderência x IRA (aplicação manual)
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