e d i t o r i al
Legado histórico
Sergio Watanabe é presidente do SindusCon-SP, vicepresidente da CBIC e diretor da Fiesp Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: presidente@ sindusconsp.com.br
Forte impulsionador do crescimento da construção civil e do PIB nacional, o Programa Minha Casa, Minha Vida ingressa em 2014 com a promissora expectativa de cumprir a meta de contratação de 2 milhões de unidades habitacionais no período do mandato do atual governo federal. O bom andamento das contratações levou a presidenta Dilma a anunciar em dezembro o objetivo de elevar esta meta em mais 700 mil moradias. Se o governo conseguir, será ótimo para ampliar o alcance do programa e reforçar o crescimento do PIB. Atingir a nova meta dependerá, contudo, da realização de ajustes. Os valores do Minha Casa não foram atualizados ao longo de 2013, ano em que o CUB (Custo Unitário Básico) da construção paulista subiu 7,3%. Considerando-se as margens já muito ajustadas das construtoras que operam no programa, tal reajuste é premente.
trialização dos processos de construção, e a intensificação dos programas de qualificação de mão de obra. Também será preciso enfrentar outros desafios que retardam o alcance das metas de contratação de moradias para a faixa mais pobre da população e que responde pela maior parte do déficit habitacional nas grandes metrópoles. Entre estes, situam-se a reduzida disponibilidade de terrenos, a morosidade e a burocracia na aprovação de projetos e no licenciamento de empreendimentos nos órgãos públicos, e entraves nos cartórios de registros. Entretanto, a grande expectativa do empresariado era que em 2014 fossem lançadas as bases da terceira fase do programa, a vigorar entre 2015 e 2018. Com isso, seria possível traçar projetos de longo prazo, visando à elevação da produção e da produtividade. No final de 2013, a imprensa divulgou notícia, não desmentida pelo Planalto, de que a terceira fase não seria lançada. Desta forma, a continuidade do Minha Casa ficaria circunscrita apenas às promessas das diversas campanhas eleitorais. Uma incerteza desestimuladora de investimentos em 2014 com vistas à edificação de novos empreendimentos em 2015. O governo federal ainda tem a alternativa de liderar a aprovação, neste primeiro semestre, da destinação constitucional de recursos permanentes para a habitação popular. Basta retomar a tramitação da PEC da Habitação, que destina um percentual da arrecadação para esta finalidade. Com isso, transformará o programa em uma política de Estado, o que seria um legado histórico da atual administração.
Ainda dá tempo de fazer do Programa Minha Casa uma política de Estado Outro desafio do programa é atender as famílias com salários de até R$ 1.600 nas grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Junto com os governos estaduais e municipais, será necessário elevar os subsídios para viabilizar esse atendimento. Com a alta da inflação, será preciso incluir no programa reajustes anuais dos orçamentos de execução das obras. A ausência dessa atualização afastou da segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, diversas construtoras que operaram na primeira fase. Para reduzir custos, também será necessário elevar a produtividade, mediante mais estímulos à mecanização e à indus-
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sumário
Presidente Sergio Tiaki Watanabe
v o z d o le i t o r
POUPAR INVESTIMENTOS A disposição do governo federal em elevar o superávit fiscal para algo em torno de 2% do PIB não pode se concretizar às custas de cortes nos investimentos. Historicamente, os investimentos na ampliação da infraestrutura têm representado ínfimos percentuais do Orçamento. Cortá-los ainda mais afetaria a produtividade da economia e aumentaria o grau de insatisfação expresso nas recorrentes manifestações populares. Luiz Antônio Messias Vice-presidente de Obras Públicas do SindusCon-SP
Capa CONSTRUÇÃO DEVE VOLTAR A CRESCER ACIMA DO PIB...................... 6 • Mercados de SP e RJ seguem vigorosos IMOBILIÁRIO............................................. 10 • Crédito imobiliário bate recorde em 2013
QUALIDADE............................................... 12 • Lançada 3ª edição do Manual do Proprietário • Empresa busca inovar em gestão • Consitra discute equipamentos para argamassa
TRIBUTOS................................................. 21 • SindusCon-SP pede mudanças no ISS • ISS: vitórias no interior paulista
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e-mail: noticias@sindusconsp.com.br correio: R. Dona Veridiana 55, 2º andar, 01238-010, São Paulo-SP
SINDUSCON-SP EM AÇÃO........................... 32 • Retrofit do sindicato entra na reta final • SindusCon-SP inicia ação de governança REGIONAIS................................................ 34 • Confraternizações em Campinas e Santos • Stéfani Nogueira vence a Copa em Ribeirão • Confraternização no ABC reúne mais de 50 • Falcão Bauer palestra para 100 universitários • Lorenzini forma mais uma turma de alfabetização • São José e Ribeirão realizam cursos RELAÇÕES CAPITAL-TRABALHO.................. 37 • Sindicato relata qualificação de PCDs
colunistas
Diretores das Regionais Eduardo Nogueira (Ribeirão Preto) Elias Stefan Junior (Sorocaba) Emilio Carlos Pinhatari (São José do Rio Preto) Luís Gustavo Ribeiro (Presidente Prudente) Márcio Benvenutti (Campinas) Renato Tadeu Parreira Pinto (Bauru) Ricardo Beschizza (Santos) Rogério Penido (São José dos Campos) Sergio Ferreira dos Santos (Santo André) Representantes junto à Fiesp Titulares: Eduardo Ribeiro Capobianco, Sergio Porto; Suplentes: João Claudio Robusti, José Romeu Ferraz Neto Assessoria de Imprensa Rafael Marko - (11) 3334-5662 Nathalia Barboza - (11) 3334-5647 Fabiana Holtz - (11) 3334-5701 Conselho Editorial Delfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto SUPERINTENDENTE José Luiz Machado editor responsável Rafael Marko REDAÇÃO Nathalia Barboza e Fabiana Holtz (São Paulo) com colaboração das Regionais: Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Homero Ferreira (Presidente Prudente); Enio Machado, Elizânio Silva e Tatiana Vitorelli (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Sabrina Magalhães (Bauru); Ana Diniz e Simone Marquetto (Sorocaba); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas). Secretaria: Antonia Matos Arte e diagramação Marcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte PUBLICIDADE Vanessa Dupont - (11) 3334-5627 Pedro Dias Lima - (11) 9212-0312 Bruna Batista Avelino - (11) 3334-5659 Thiago Rodrigues - (11) 3334-5637 Vando Barbosa - (11) 97579-8834 Jéssica Schittini - (11) 96646-6525 André Maia - (21) 7834-5379 Laura Jane - (11) 96018-8880 Hamilton Silva - (11) 7714-1148
Central de Relacionamento SindusCon-SP (11) 3334-5600 CTP/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica
Conjuntura | Robson Gonçalves..............................5
Tiragem desta edição: 13,5 mil exemplares
Gestão da Obra | Maria Angélica Covelo Silva...........18 Jurídico | Alexandre Navarro Pereira Gonçalves............20 Empreendedorismo | Carlos Alberto Julio.............28
MEIO AMBIENTE........................................ 31 • Iniciados testes de gerenciamento de resíduos
Diretores Paulo Brasil Batistella (Jurídico) Salvador de Sá Benevides (Rel. Internacionais)
ENDEREÇO R. Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP
OBRAS PÚBLICAS...................................... 25 • Construção faz propostas para o Sinapi
RESPONSABILIDADE SOCIAL ..................... 26 • 7º ConstruSer quer receber 52 mil
Vice-presidentes Cristiano Goldstein Eduardo May Zaidan Francisco Antunes de Vasconcellos Neto Haruo Ishikawa João Claudio Robusti João Lemos Teixeira da Silva Luiz Antonio Messias Luiz Claudio Minniti Amoroso Maristela Alves Lima Honda Maurício Linn Bianchi Odair Garcia Senra Paulo Rogério Luongo Sanchez Yves Lucien de Melo Verçosa
Gestão Empresarial | Maria Angelica L. Pedreti.......34 Saúde | Horácio Cardoso Salles.............................40 Soluções Inovadoras | Cláudio Vicente Mitidieri Filho...48
Opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do SindusCon-SP noticias@sindusconsp.com.br www.sindusconsp.com.br facebook.com/sindusconsp twitter.com/sindusconsp youtube.com/sindusconspmkt Disponível na App Store e no Google Play
Construção da Carreira | Felipe Scotti Calbucci.....50
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“O papel desta revista foi feito com madeira de florestas certificadas FSC e de outras fontes controladas.”
Conjuntura
Ano eleitoral
Robson Gonçalves é professor dos MBAs da FGV e consultor da FGV Projetos Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: robson.goncalves@ fgv.br
Os economistas são seres estranhos. Gostam de acreditar que os mercados funcionam e que os preços, deixados livres, operam o milagre da “mão invisível”. Apesar disso, a alta do câmbio vem acontecendo no Brasil, mas não tem evitado a deterioração das contas externas. Por que será? A resposta depende da “seita” do economista que responde, quer dizer, de sua corrente teórica. Os conservadores, como é de seu feitio, acusam a política fiscal. O aumento dos gastos do governo eleva a demanda acima do que a oferta é capaz de suportar. O resultado é mais inflação e mais importações. A escassez de dólares no mercado brasileiro eleva a taxa de câmbio, pressionando mais uma vez os preços. Receita: cortes de gastos para adequar a demanda agregada à atual capacidade de crescimento da oferta, reduzindo a pressão sobre preços e câmbio.
sem dúvida. Mas a combinação de mais investimento com dólar mais caro poderia, aí sim, reverter a trajetória preocupante das contas externas. Como se vê, os economistas keynesianos ou desenvolvimentistas equacionam o problema sem colocar em xeque a questão do crescimento econômico. Mas, então, qual é a resposta certa? Se você, caro leitor, acha mesmo que os gastos públicos são a fonte de todos os males, eu o chamaria de conservador. Mas, se prefere acreditar que a indústria nacional está sufocada e que precisamos de dólar mais alto, ainda que às custas de mais um ou dois anos de inflação, então você tem uma alma desenvolvimentista. De minha parte, acredito que não haverá cortes de gastos nem desaceleração de crescimento em ano eleitoral. Em época de campanha, todos os políticos se tornam keynesianos. Então, o cenário mais provável é que o governo pise no acelerador em 2014. Mas, como nossos limites do lado da oferta são inegáveis, teremos mais inflação e mais importações outra vez. Quanto a mais de inflação e câmbio? Isso vai depender do mercado internacional de capitais e das repercussões da política monetária nos EUA. Se os capitais externos escassearem de vez, o dólar será bem mais alto e a inflação certamente irá estourar o teto da meta de 6,5%, dando mais emoção à corrida presidencial. Por outro lado, quase todo político é conservador no primeiro ano de mandato. Até o ex-presidente Lula confirmou essa regra em 2003/4. Então, 2015 talvez seja o ano da ressaca conservadora depois da festa keynesiana. O tempo dirá.
Cenário mais provável em 2014 é de mais despesas de governo e inflação No extremo oposto, economistas keynesianos afirmam que a situação fiscal não tem relação com o câmbio e seus efeitos (ou “não efeitos”). Também apontam para o lado da oferta, mas destacam a baixa competitividade da indústria nacional que convive com um processo de crescimento da demanda, impulsionada pela melhora da distribuição de renda. Assim, seria fundamental elevar os níveis de investimento produtivo, muito baixos em perspectiva internacional e histórica. Mas, enquanto isso, não há como escapar da convivência com níveis mais elevados da taxa de câmbio. Os reflexos inflacionários ocorreriam,
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Motorzinho do PIB NathAlia barboza
a igual período de 2012; e crescimento de Após um ano de 2013 que, se não me2,6% na produção de materiais. rece ser chamado de desastroso, brilhante O avanço do PIB do setor menor que também não foi, a construção civil brasio do conjunto da economia para 2013 leira deve crescer 2,8% em 2014, se o PIB foi considerado atípico pelo sindicato, (Produto Interno Bruto) do país aumentar sobretudo porque o ano passado iniciou 2% –a evolução do setor projetada pelo contando com maior contribuição das SindusCon-SP para o ano passado é de 2% obras de infraestrutura. para o PIB da construção e de 2,5% para o Ao final do ano, no entanto, “o ProPIB do país, configurando a primeira vez grama de Logística ainda não reverteu em desde 2006 que o setor amarga uma subida atividade para o setor; o PAC (Programa mais modesta que a do PIB brasileiro. de Aceleração do Crescimento) andou em As projeções foram anunciadas ritmo mais lento e as pelo presidente do concessões públiSindusCon-SP, SerConstrução civil cas só começaram gio Watanabe, em valer no final dezembro, na sede estima crescer 2,8% em para de 2013. Com isso, da entidade, em en2014, se o PIB do país um reflexo na ativitrevista coletiva à dade da construção imprensa, ao lado do se elevar em 2% civil deverá ocorrer vice-presidente de somente em meados Economia do Sinde 2014”, disse Ana dusCon-SP, EduarMaria Castelo. do Zaidan, e da coordenadora de estudos Para ela, já há também sinalizações de construção civil da FGV (Fundação positivas no número de terrenos sendo preGetulio Vargas), Ana Maria Castelo. parados para obras, o que leva a crer que Pelas estimativas apresentadas, o níeste ano possa ter um desempenho melhor. vel de emprego formal do setor em 2014 deverá apresentar alta de 1,5%, enquanto Base muito alta a produção de materiais aumentará 3,6% Ao comentar a expectativa de crese a taxa de investimento deverá ficar em cimento no nível de emprego formal da 19,8% do PIB (veja quadro). construção em 2014, Eduardo Zaidan Todos estes números são melhores lembrou que a base de comparação já está que aqueles alcançados em 2013: uma taxa muito alta. “O setor continua trabalhando de investimento de 19,3% do PIB; alta de forte e agora estamos com um nível de 1% no emprego da construção em relação 6
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Em 2014, as sinalizações para a construção civil são positivas, afirmou Ana Maria Castelo
estoque bastante condizente com o que é preciso. O trabalhador que entrou neste mercado em 2006 ou 2007 permaneceu. O gargalo agora não é o número de empregados, de contingente nas obras. O que se busca é aumentar a qualificação dos operários. O desafio é elevar a produtividade. É isto que as empresas procuram”, explicou. De acorco com Ana Maria, a construção imobiliária “entrou claramente no final de um ciclo de obras que haviam sido encomendadas entre os anos de 2008 e 2010, período em que o setor experimentou um contexto de demanda muito alto, o que refletiu nas vendas”, disse. “Grande parte dos lançamentos feitos neste período foi entregue ao longo de 2013. No entanto, apesar do cenário mais fraco no setor, os custos de mão de obra, de materiais e equipamentos e de serviços seguirão em alta em 2014.” Segundo a economista, “olhando apenas pela curva de atividade do setor, vê-se uma mudança de patamar: o ritmo de geração de novas obras caiu”. O menor consumo de cimento, por exemplo, confirma o ritmo mais lento. Em dezembro, o setor empregava 3 milhões 426 mil trabalhadores. O Estado de São Paulo tinha, naquele mês, 879 mil empregados formais, elevação de 1,37% em 12 meses. No segmento imobiliário, a queda do emprego com carteira assinada em 2013 foi de 0,05%, enquanto no setor de infraestrutura esta taxa cresceu 0,92%. Confiança no crescimento Tradicionalmente, a coletiva à imprensa também divulga os resultados da Sondagem Nacional da Indústria da Construção. Em sua 57ª edição, realizada em novembro pelo SindusCon-SP e pela FGV, as empresas mostraram-se confiantes no crescimento de médio e longo prazo, mas expressaram a necessidade de haver
(*) estimativa de crescimento sobre o resultado de 2013
novos estímulos para a economia e uma nova versão para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Outro sinal positivo apontado pelos empresários consultados foram as expectativas sobre investimentos em máquinas e equipamentos e novas tecnologias, que permaneceram em alta. Numa escala de 0 a 100, a expectativa com relação à necessidade de novos estímulos para o setor atingiu 78,3 pontos. Ao mesmo tempo, a confiança dos entrevistados da Sondagem em relação ao crescimento no médio e longo prazos ficou em 62 pontos, enquanto a estimativa de uma nova versão do programa MCMV atingiu 67,3 pontos. As perspectivas dos empresários da construção de crescimento para a economia do país seguiram em alta, com acréscimo de 14,1% em relação à pesquisa anterior (realizada em agosto de 2013). Em comparação a novembro de 2012, porém, o indicador acumulou uma queda de 26,2%.
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No que diz respeito aos indicadores de desempenho corrente das empresas, foi registrado ligeiro avanço, com alta de 0,6% frente ao levantamento anterior. Não vai deixar saudade O indicador de dificuldades financeiras correntes, um ponto que exige atenção, deteriorou-se em relação à pesquisa anterior. Já em relação às perspectivas sobre a condução da política econômica, foram apuradas quedas de 0,7% frente à anterior e de 35,2% em doze meses. “Em 2013, o governo implementou várias ações pontuais de incentivo à economia e, com a outra mão, interveio demais. A economia não decolou”, afirmou o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, na entrevista coletiva. “O ano de 2013 não vai deixar saudades, como 2012 não deixou. O ano foi ruim para o Brasil, uma frustração, não só para a construção civil”, ressaltou. Segundo Watanabe, grande parte do recuo no ritmo de lançamentos tem a ver com a credibilidade, do governo e da economia, perdida ao longo de 2013. “O Brasil perdeu muita credibilidade, não só do ponto de vista dos investidores externos, mas também dos internos”, disse o presidente. “Nos segmentos industrial e comercial, muitos investimentos foram suspensos porque o empresariado não enxergava crescimento suficiente da demanda”, acrescentou.
Mercados de SP e RJ continuarão vigorosos Embora diversas praças imobiliárias –como Brasília, Curitiba e Salvador– já estejam dando sinais de estresse, em São Paulo e Rio de Janeiro o segmento continuará vigoroso, apostou o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan. As duas regiões representam cerca de 50% deste mercado no país. O Secovi-SP divulgou recentemente que, de janeiro a novembro de 2013, as vendas de imóveis novos subiram 20,9% (mais 52.402 unidades) em relação a igual período de 2012 (quando foram vendidas 43.326 unidades), na Região Metropolitana de São Paulo –incluída a Capital–, fortalecendo as expectativas de fechar o ano com um volume de comercialização entre 34 mil e 35 mil unidades. “Ainda há exemplos de empreendimentos que vendem 70% no final de semana de lançamento”, comentou Zaidan. Segundo ele, o mercado entrou numa nova etapa. “A demanda por imóveis reprimida nas últimas décadas foi atendida. Temos agora uma nova fase. Daqui em diante, a demanda da construção civil será ditada por itens como renda, massa salarial, disponibilidade de financiamento, aumento no número de famílias e mobilidade espacial”, disse. Por isso, para Zaidan, o preço final dos imóveis novos continuará subindo no Rio e em São Paulo, desta vez de forma mais moderada. “Vão acompanhar a rentabilidade do salário real”, afirmou. Para Watanabe, investidores ficaram mais cautelosos com o país, o que afetou o ritmo do mercado imobiliário. Zaidan ponderou que, mesmo assim, setor ainda mantém bom ritmo em São Paulo e no Rio
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imobiliário
Crédito bate recorde em 2013 O mercado de crédito imobiliário deve crescer 15% neste ano, para R$ 126 bilhões, segundo projeções divulgadas pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), em seu balanço anual. Superando as estimativas da entidade, o volume de imóveis financiados com recursos da poupança cresceu 32% em 2013 – novo recorde. Desse montante, o volume destinado às construtoras cresceu 15%, depois de uma queda considerável de 20% no ano anterior. De acordo com Octavio de Lazari Junior, presidente da entidade, a trajetória de recuperação do setor ganhou força no segundo trimestre, superando as expectativas.
Com alta de 32%, Abecip renova projeções para este ano Durante encontro empresarial “Perspectivas para o Brasil em 2014 e tendências para o mercado imobiliário”, promovido pela Fiabci/Brasil e o Secovi-SP, em dezembro, Lazari Junior traçou um cenário do setor. Além das boas condições de emprego e renda, as projeções da entidade encontram respaldo na recuperação das empresas e no apetite dos bancos pelo segmento. Durante o encontro, o presidente da Fiabci/Brasil, Basilio Jafet, disse estar perplexo com o estado de coisas no país. “Como é possível que o nosso PIB cresça menos que o da Colômbia, México, Peru e Chile; que o governo se contente em estacionar a inflação na faixa de 6% ao ano, dizendo que nós estamos em um caminho virtuoso”, questionou. Entre os desafios para 2014, Jafet observou que a Copa está chegando e o país será a vitrine do mundo por alguns meses. “E o que vamos mostrar? Como estamos no campo da infraestrutura, logística, segurança jurí10
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dica?”, questionou. Outro ponto crítico na sua avaliação é em R$ bilhões o regime tributário do país, “cujo único objetivo é extorquir cada vez 82,8 mais os setores que produzem”, sem 79,9 as contrapartidas adequadas. Para Carlos Eduardo Terepins, diretor-presidente da Even, o grande 6% volume de lança+3, mentos imobiliários concentrado no quarto trimestre causou certa preocupação. “Isso deve reduzir a velocidade de vendas no início do ano.” Com relação ao impacto da implantação do Plano Diretor na capital, o executivo considerou que vivemos um grau ‘elevadíssimo’ de insegurança jurídica.
Aquisição e construção
Desaceleração no comercial No segmento de imóveis comerciais, a CEO da Cushman & Wakefield para a América do Sul, Celina Antunes, observou que os estoques vão crescer em 2014 e que o mercado está em desaceleração, mas não em crise. “O volume de investimento que entrava no Brasil caiu bastante e agora está mais concentrado no longo prazo (10 anos ou mais), com reflexo direto na taxa de vacância. Hoje os prédios estão demorando um pouco mais para serem ocupados.” Segundo Celina, os preços devem subir um pouco no próximo ano, devido à qualidade superior dos estoques. O jornalista Heródoto Barbeiro afirmou que a pergunta chave para o próximo ano será qual a participação que o Estado terá na economia. (Fabiana Holtz)
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Construção atualiza manuais Revista e ampliada com o apoio de técnicos em gestão e operação de edifícios, a terceira edição do Manual do Proprietário foi lançada pelo SindusCon-SP e pelo Secovi- SP em dezembro. Na ocasião, também foi publicada a segunda edição do Manual das Áreas Comuns. Atualizados com as mais recentes normas técnicas, entre as quais a de Desempenho, os dois manuais, que fornecem todas as informações referentes ao imóvel, como condições de garantia e orientações para uso e manutenção, são entregues pelas construtoras aos usuários e síndicos dos novos edifícios.
Guias das Áreas Comuns e do Proprietário ganham nova edição Para Alexandre de Oliveira, coordenador do Grupo de Trabalho dos Manuais do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP e presidente da CompraCon- SP, esse trabalho deve ser tratado como um referencial para guiar as empresas na produção de seus manuais internos. “A ideia é trazer o conceito de vida útil desde a concepção do projeto”, afirmou. No evento, Oliveira representou o presidente do sindicato, Sergio Watanabe, e o conselheiro José Romeu Ferraz Neto. Oliveira avaliou que ainda não se dá a devida importância ao roteiro de manutenção preventiva. “É fundamental investir na formação desse pessoal da área de gestão e manutenção. Esse público não acompanhou a evolução tecnológica incorporada aos edifícios e precisa de treinamento.” Entre as principais atualizações, ele 12
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destacou que agora a NBR 5674:2012, que trata da manutenção de edificações, vale também para prédios em uso, construídos antes da publicação da edição da norma. Melhorias Responsável pela apresentação de um histórico do trabalho, Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Grupo de Trabalho dos Manuais, destacou os principais resultados obtidos em mais de uma década de discussão sobre o tema. “É nítida a melhora do relacionamento com o cliente e dos processos internos relacionados à assistência técnica de construtoras e incorporadoras na capacitação dos profissionais envolvidos”, observou. Também presente ao lançamento, Carlos Borges, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do Secovi-SP e membro do CTQ, disse considerar o momento importante por fechar um ciclo. “Esse material é fundamental para o aculturamento do nosso cliente”, disse, ao elogiar a qualidade do trabalho da revisão dos manuais. Vida útil De acordo com Carlos Del Mar, membro do Conselho Jurídico do Secovi-SP, os manuais ganharam força com a entrada em vigor da Norma de Desempenho (15.575), em julho. “A referência ao manual é expressa em diversos trechos da norma, a começar pela vida útil das edificações”, afirmou. Segundo ele, a importância legal dos manuais pode ser constatada também no Código de Defesa do Consumidor, onde o tema é tratado em diversos artigos. Para Del Mar, a manutenção deve constar entre os itens mais importantes da norma. (Fabiana Holtz)
A versão impressa dos manuais já pode ser adquirida pelo e-mail comercial@sindusconsp. com.br ou pelo telefone (11) 3334-5627
qualidade
Empresa busca inovar em gestão Ver o colaborador não como despesa mas como o maior ativo da empresa, e criar condições para que ele trabalhe com paixão e ousadia são duas condições essenciais para a gestão das companhias modernas. Esta foi uma das mensagens transmitidas pelo presidente da Pormade, Cláudio Antonio Zini, na palestra “Inovação em Gestão”, realizada em dezembro, na confraternização de fim de ano do SindusCon-SP. O evento foi coordenado pelo vice- presidente de Relações Capital-Trabalho, Haruo Ishikawa. “Precisamos estimular nossos colaboradores a usarem o cérebro e o coração, porque se ganha mais com os neurônios felizes”, disse Zini. Assim, a inovação nasce de uma força de trabalho empolgada, mais do que de uma equipe só interessada, completou. Para tanto, a liderança não pode ser autoritária (“o chefe durão morreu”); deve fazer os colaboradores terem vontade de produzir; precisa ser humilde, saber ouvir, ter as perguntas certas e aprender com os erros, comentou. A empresa, prosseguiu Zini, deve reduzir os níveis hierárquicos (na Pormade, são só três), instituir equipes autodirigidas, investir em educação (“manter o trabalhador
na ignorância custa mais caro”) e incentivar as pessoas a fazerem, mesmo que errem (“só não erra quem não faz”). O palestrante chamou a atenção para a importância de se criar um clima de confiança, meritocracia e enfrentamento dos problemas dentro da companhia. “O [Departamento de] RH não deve ser nem agência de espionagem nem realizador secundário dos desejos dos funcionários, mas desenvolvedor de intelectos. O diretor de RH deve ter a mesma importância de um diretor financeiro.” Zini também relatou como a Pormade estimula a aquisição de conhecimento, com gratificações a quem ler textos ou assistir a palestras indicadas pela empresa. De valor entre R$ 5 e R$ 15, essas gratificações podem somar até um 14º salário. Indagado sobre qual é o novo problema enfrentado pela Pormade com sua gestão inovadora, informou que a maior motivação também leva grande parte dos colaboradores a um aumento das expectativas, o que, por sua vez, representa um novo desafio à gestão. (Rafael Marko)
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Ishikawa homenageia Zini pela palestra motivacional dada no SindusCon-SP
qualidade
O Consitra 2 (Consórcio Setorial para Inovação Tecnológica em Revestimento de Argamassa – fase 2) realizou em dezembro o “Workshop de Equipamentos do Consitra 2”, no qual recebeu representantes dos fabricantes e fornecedoras de máquinas e equipamentos Anvi, M-Tec, Menegotti, Phmac e Turbosol.
Mercado mostrou-se ressentido de falta de padronização e critérios de comparação O workshop faz parte de uma série de eventos que o consórcio realizará para unir as construtoras e os fabricantes. Cada empresa teve a oportunidade de apresentar sua linha de produtos, restrita a argamassadeiras e bombas de projeção, falando de características técnicas, capacidades, detalhes operacionais etc. Segundo o professor Rafael Pileggi, um dos representantes da Poli-USP no consórcio, o workshop suscitou muitos debates, sobretudo em relação à falta de padronização das soluções e à falta de critérios de comparação entre os produtos disponibilizados no mercado. “Todas as empresas têm soluções interessantes. Por que então as construtoras não as usam? Por que continuam a preparar a argamassa em betoneiras? É porque não há um padrão que aponte para a solução correta para cada material. Também não temos como comparar as opções. Percebemos que os fabricantes têm um grande domínio tecnológico, apresentaram bons misturadores, mas não vinham transmitindo isso às 16
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construtoras”, afirmou Pileggi. Para ele, é preciso criar categorias e classes de equipamentos. “Ficou definido que o Consitra 2 fará um estudo neste primeiro semestre para avaliar a eficiência dos equipamentos, com a finalidade de, no futuro, contribuir para que as construtoras especifiquem melhor as soluções mais adequadas a cada tipo de obra”, contou Pileggi. O SindusCon-SP é um dos patrocinadores do Consitra 2, ao lado da Abai (associação das indústrias de argamassa), da ABPC (produtores de cal) e do Sinaprocim (sindicato das cimenteiras). A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo é parceira e responsável pela coordenação técnica do projeto, que ainda conta com a colaboração de pesquisadores de diversas universidades. (Nathalia Barboza)
Consórcio recebe prêmio especial da Pini O representante do SindusCon-SP no Consitra 2, Yorki Estefan, recebeu em dezembro, junto com o coordenador dos comitês de Produtos e Obras do consórcio setorial, Fabio Câmpora, o Prêmio Pini Iniciativa Setorial de Destaque 2013. O troféu, que foi entregue durante o Fórum de Compradores, premiou o Consitra 2 por suas ações de pesquisa e divulgação tecnológica na área de argamassa. “O Consitra repensa o revestimento externo de forma abrangente. As suas recomendações envolvem praticamente todas as áreas técnicas das construtoras, desde projeto e especificações de materiais, suprimentos, orçamentos, planejamento, terminando na execução de serviços”, destacou Estefan.
Mário Takeashi
Consitra discute soluções de equipamentos para argamassa
G E ST Ã O D A O B R A
Industrialização já!
Maria Angelica Covelo Silva é engenheira civil, mestre e doutora em engenharia, diretora da NGI Consultoria e Desenvolvimento Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: ngi@ngiconsultoria. com.br
Há alguns anos, a construção civil padecia de um mal crônico: a falta de financiamento que forçou as incorporadoras a se tornarem instituições financeiras. Os danos foram muitos. Mas um deles ainda vai render anos de tentativa de recuperação: a falta de visão estratégica das empresas e do setor de forma organizada. A preocupação com uma baixa escala de produção face à demanda reprimida por imóveis levou a um estreitamento do foco de visão em torno de reduzir custos sem uma visão mais abrangente da estrutura de custos e da relação entre estes e características dos produtos diante das necessidades dos clientes. Hoje vemos lideranças lamentando a falta de mão de obra como o principal problema do setor. De novo a cegueira. O problema é a falta de estratégia do setor quanto à natureza de seu processo produtivo e à preparação desta mão de obra. A despeito de todos os avanços, continuamos a produzir edificações (cada vez mais complexas) com sistemas construtivos majoritariamente artesanais, que requerem mão de obra com habilidades de artesão e que possibilitam um patamar de produtividade impossível de ser ultrapassado, por mais que se racionalize.
de olhar para fora e, principalmente, de nos organizarmos. Os estudos econômicos realizados sobre a condição demográfica brasileira mostram um horizonte de médio prazo de inversão da disponibilidade de mão de obra em idade de trabalho. E não estamos enxergando que seja uma questão de sobrevivência do setor alterar significativamente os sistemas construtivos passando a maior grau de industrialização. O foco deverá ser a elevação da produtividade e a melhoria das condições de trabalho, pois o elevado esforço físico exigido na atividade atualmente também faz o setor perder atratividade aos novos trabalhadores que entram no mercado de trabalho. Também precisamos encarar de frente o problema da terceirização: pela informalidade, pelas condições de trabalho (é vergonhoso ver processos a empresas acusadas de trabalho análogo à escravidão) e pela capacidade técnica e gerencial das empresas terceirizadas. Enquanto este mercado funcionar assim, não é possível atingir ganhos da industrialização, do uso de sistemas e processos inovadores, porque estes terceirizados não estão preparados para apropriar os ganhos de produtividade decorrentes destas mudanças e repassá-los à sua estrutura de preços às construtoras. Enquanto o setor não se organizar com eficácia para alterar este quadro, estaremos seriamente ameaçados de um atraso que será difícil de recuperar quando o cenário demográfico e econômico tornar verdadeiramente escassa a mão de obra. Mas é preciso ter visão: o problema está na falta de visão e de estratégia do setor para mudar esta situação.
Processo produtivo segue artesanal e impede elevação da produtividade A falta de visão estratégica impediu o setor de vislumbrar que, quando o financiamento viesse, seria necessário produzir com ciclos mais curtos, em maiores volumes e para atender um consumidor (e um investidor) com exigências crescentes. Isso acontece em todos os países em desenvolvimento, mas não somos capazes
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Especialidade: criar ambientes de trabalho seguros Diminuir o número de acidentes de trabalho – e amenizar seus danos, caso aconteçam – é a missão do Grupo Worker, especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Com sede em Porto Alegre, escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro e trabalhos em todo o Brasil e na América Latina, a empresa nasceu com o propósito de reduzir as estatísticas muitas vezes alarmantes dos acidentes de trabalho – só no Brasil, são cerca de 700 mil casos por ano. E evitar, assim, as perdas humanas, os prejuízos financeiros e outros danos à imagem e sustentabilidade dos negócios. Desde 2004, o Grupo Worker coloca o conhecimento e a tecnologia a serviço da segurança do trabalho, com um amplo leque de serviços especializados. Exemplo disso é a clínica de Medicina do Trabalho, criada em 2007 para realizar todos os exames e serviços relacionados à saúde do trabalhador. Hoje, a empresa oferece muito mais. O trabalho passa por uma análise preliminar de riscos de cada empreendimento – desde obras de pequeno e médio porte até estaleiros, estádios e aeroportos – e por projetos personalizados de engenharia de segurança. Foco: pessoas seguras Cada projeto do Grupo Worker traz um memorial descritivo que estabelece as reais necessidades de investimento em equipamentos que resguardam a integridade dos trabalhadores, como andaimes, elevadores de obra, rampas e passarelas. Para projetos como linhas de vida e esperas de ancoragem, por exemplo, são necessárias análises para definir questões como a força de tração da linha de vida, os pontos de fixação das esperas e o material de confecção de grampos. Os cabos têm de resistir ao peso do trabalhador e ao impacto de uma eventual queda, além de impedir o choque com o chão. Obrigatórias em qualquer construção com mais de 4 metros de altura, as plataformas de proteção evitam que entulhos caiam no canteiro da obra e arredores. Para adequar os projetos à necessidade de cada empreendimento, o Grupo Worker realiza estudos para definir locais de instalação, dimensão e espaçamento das bandejas, além da forração ideal para evitar rompimentos. O trabalho é realizado por engenheiros,
arquitetos e projetistas, que atuam juntos com os responsáveis pelo empreendimento na busca da solução mais eficiente. Com essa filosofia, o Grupo Worker já realizou mais de 4,2 mil projetos de segurança do trabalho. Para garantir o funcionamento do sistema de segurança e o cumprimento integral da legislação, o Grupo Worker oferece, ainda, um serviço exclusivo de auditoria, realizado de forma independente e sistemática por uma equipe técnica da área. Assim, é possível detectar possíveis falhas de planejamento ou execução e aprimorar ainda mais a segurança do projeto. Todos saem ganhando. Mas de nada adianta ter equipamentos eficientes sem preparar os verdadeiros agentes da transformação: os funcionários. O Grupo Worker oferece treinamentos especializados que inspiram novas atitudes e ajudam a estabelecer uma cultura de segurança no ambiente de trabalho, como NR5 (CIPA), NR10 (instalações elétricas), NR18 (condições e meio ambiente de trabalho) e NR35 (serviços em altura). Mais do que uma obrigação legal, prover a segurança no local de trabalho é uma forma de atrair e reter bons profissionais, tornando o negócio ainda mais eficiente e próspero. O Grupo Worker está à disposição para ajudar a sua empresa a realizar esse ideal. www.grupoworker.com.br
JUR Í DI C O
Tragédia anunciada
Alexandre Tadeu Navarro Pereira Gonçalves é é advogado, sócio da Navarro Advogados, membro do Conselho Jurídico do SindusConSP e ex-integrante do Conselho Municipal de Tributos Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: tadeu@ navarro.adv.br
Há muitos anos o SindusCon-SP critica severamente a pauta fiscal e a exigência de quitação do ISS como condição à emissão do Habite-se das obras. Há muitos anos empresas vêm se insurgindo pela via judiciail, vitoriosamente, contras tais aberrações, em São Paulo e outros municípios que teimosamente mantêm estes procedimentos ilegais e inconstitucionais. Há muitos anos é pacífica a posição doutrinária contrária a esses dois monstrengos, por sua plena desconexão com os princípios tributários e pelo caráter retrógrado que traduzem, desalinhado das boas práticas de transparência e simplicidade que devem nortear o bom administrador público. Contudo, os últimos mandatários paulistanos pioraram o quadro, sem avanço normativo ou procedimental. Agravou-se a situação com o empoderamento de malfeitores para a coordenação da fiscalização, que passaram a usar subjetivismos outorgados para criar uma máquina nefasta de abusos, achaques e facilitação da corrupção.
como ferramenta de pressão ilegal e brecha para malfeitores. A máquina de achaques tornou-se tão poderosa que até empresas que nada sonegaram acabaram se submetendo para conseguir a emissão do Habite-se em prazos normais, especialmente nos momentos de estrangulamento do mercado, com suas obras já atrasadas pela escassez de mão de obra e materiais. Natural que isso não seja justificativa em termos morais, mas é fundamental separar e tratar adequadamente as mais diversas situações, devendo cada uma ter a devida consequência, nos limites da lei. A insistência do SindusCon-SP, das empresas e do meio jurídico, contrária à vinculação do Habite-se à quitação do ISS e ao atendimento de uma pauta fiscal desconectada da realidade tecnológica e ilegal, não é capricho ou posição enviesada; trata-se de bom senso e conhecimento da realidade prática do setor, que não deveriam ter sido ignorados pelas autoridades. Ocorrida a tragédia, por demais anunciada, com uma amplitude sem precedentes, espera-se que os atuais responsáveis pelas finanças municipais ajam positivamente, curvem-se à verdade dos fatos e eliminem de vez as desnecessárias complexidades e os subjetivismos contidos nas normatizações, que só aproveitam àqueles de má intenção. Resta a esperança de que a notória capacidade e bom senso do atual secretário de Finanças ponham um ponto final neste lamentável episódio, pela criação de uma sistemática simples, clara e transparente de apuração e pagamento do ISS para a construção civil, desvinculada do licenciamento da obra.
ISS requer uma nova sistemática sem subjetivismo e separada do Habite-se O Habite-se é um direito do proprietário do imóvel em decorrência da conclusão de uma obra em conformidade com o alvará de execução. É um simples ato de verificação de conformidade física, a ser realizado pelo setor responsável, pelo que não pode ter qualquer relação com o setor de arrecadação tributária, por se configurar inadmissível sanção indireta. O atrelamento é pior até que a pauta fiscal, outro profundo mal, por absoluta falta de base legal e utilidade pública. Só serve 20
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tributos
Sindicato pede mudanças no ISS Em carta enviada em dezembro ao secretário das Finanças do Município de São Paulo, Marcos Cruz, o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, solicitou “a imediata adequação dos procedimentos relativos à aferição da regularidade do recolhimento do ISS à Constituição e à legislação federal”. O SindusCon-SP pediu formalmente que: “a) seja efetivamente analisada a documentação apresentada pelas empresas para aferir o correto recolhimento de ISS –o que atualmente pode ser feito por meio eletrônico–, inclusive com a garantia do abatimento das subempreitadas já tributadas, conforme estabelecido pela Constituição e pela legislação federal, garantindo maior segurança ao processo e agilidade na comprovação do correto recolhimento do tributo;
“b) a aplicação de pauta fiscal ocorra apenas nas hipóteses elencadas no artigo 148 do Código Tributário Nacional; “c) não haja qualquer fixação de percentual de recolhimento do ISS para a dispensa da apresentação da documentação, pois além de o procedimento afigurar-se flagrantemente inconstitucional e ilegal, ele comprovadamente propicia a ocorrência de fraude; “d) a Secretaria de Finanças deixe de fixar preços mínimos para serviços de construção civil, pois tal procedimento, além de descaracterizar a base de cálculo do ISS, o que se afigura ilegal, também propicia a ocorrência de fraude; “e) haja a desvinculação do Habite-se do Certificado de Quitação do ISS, pois foi este o principal motivo das graves irregularidades constatadas recentemente envolvendo empresas e fiscalização.” (RM)
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ISS: vitórias no interior paulista As empresas associadas ao SindusCon- SP com obras em Presidente Prudente têm direito a abater, da base de cálculo do ISS, o valor dos insumos e dos pagamentos já tributados feitos aos subempreiteiros. Foi o que decidiu em 5 de dezembro de 2013 a 14ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP), ao dar provimento à apelação apresentada pelo sindicato em mandado de segurança coletivo impetrado em 2010. O mandado havia questionado legislação de Prudente que cobra o ISS sem o abatimento do valor das subempreitadas já tributadas e permite apenas a dedução de 40% do valor do material empregado na obra. Em suas razões, o relator do processo, desembargador João Alberto Pezarini, afirmou que “os materiais adquiridos como
insumos, bem como os pagamentos realizados aos subcontratados, não devem compor a base de cálculo do ISS apurados pelo empreiteiro”. Acrescentou que a cobrança do ISS sem o abatimento do valor pago pelo subcontratado faz o imposto incidir duas vezes sobre o mesmo fato. O SindusCon-SP impetrou mandados de segurança semelhantes em vários municípios, como Itaquaquecetuba e Guarulhos. Recentemente, a 18ª Câmara de Direito Público do TJ/SP acolheu a apelação do sindicato no mandado de segurança que questiona a lei de ISS de Itaquaquecetuba. Já a 1ª Câmara de Direito Público confirmou a decisão de 1ª Instância favorável aos associados do SindusCon-SP. Ambas as legislações não permitem abater o valor do material e das subempreitadas já tributadas da base de cálculo do ISS. (RM)
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segurança e saúde do trabalho, EfD (social/ fiscal/irpJ), desoneração da folha de pagamento e aspectos jurídicos são hoje as maiores demandas do setor. pensando nisso, a área de capacitação do sindusCon-sp reuniu consultores altamente qualificados e, a partir de agora, sua empresa terá à disposição os melhores cursos voltados para engenheiros, arquitetos, profissionais de rH, fiscais, contabilistas, projetistas, advogados e administradores.
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OBRAS PÚBLICAS
Construção faz propostas para o Sinapi Ao atualizar as composições de preços dos serviços da construção, é preciso deixar bem claras as premissas que levaram àquele resultado, bem como explicitar detalhadamente o que está sendo pago naquele item do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Esta foi uma das posições defendidas por Luiz Antônio Messias, vice-presidente de Obras Públicas do SindusCon-SP, junto aos responsáveis na Caixa pela revisão do Sinapi. Eles participaram de encontro realizado por CBIC, Apeop e SindusCon-SP, no sindicato, para apresentar a metodologia de aferição das composições de preços. Messias também propôs que se discuta como incluir, na composição do preço do serviço, os custos da construtora com o trabalhador por produção, pois estes, na apuração da produtividade no canteiro, são bem maiores que os de um trabalhador ganhando apenas por hora trabalhada. Sugeriu que se incluíssem os custos de novas exigências em segurança e saúde do trabalho. O vice-presidente solicitou que, na aferição do custo de equipamentos, se levem em consideração os dias efetivamente trabalhados. E reiterou que os preços aferidos sempre serão referenciais e não podem ser considerados máximos.
Também participaram da reunião, pela Caixa, o gerente nacional Sergio Pereira e os diretores Tatiana Oliveira, Paulo Tanenbaum e Marcelo Palermo; o professor Ubiraci de Souza, da FDTE, responsável pela atualização das composições; o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe; o vice- presidente de Obras Públicas da Apeop, Luiz Zamperlini, e representantes de diversos Sinduscons, órgãos públicos e profissionais envolvidos com a questão no país. Os participantes fizeram diversas sugestões, entre as quais: explicitar mais detalhadamente o que está contemplado em cada serviço, nos cadernos técnicos que acompanham as composições aferidas; incluir os custos dos sistemas de segurança e saúde do trabalho; e levar em consideração custos de adequação à Norma de Desempenho, bem como os derivados da utilização de materiais ecológicos e atendimento a disposições da legislação ambiental. Pereira, da Caixa, fez uma apresentação sobre o processo em que deverão se aferir 5 mil composições de preços em 60 meses e mostrou o exemplo de um caderno técnico. Os resultados das primeiras 214 composições, de 28 famílias foram publicados e se encontram em consulta pública no site www. caixa.gov.br/sinapi . (Rafael Marko)
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Messias: “cada canteiro tem contingências diversas, resultando em custos diferentes”
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R E S P ONS A B I L ID A D E SO C I A L
ConstruSer quer receber 52 mil O SindusCon-SP já está a todo vapor nos preparativos do 7º ConstruSer (Encontro Estadual da Construção Civil em Família), que acontecerá em 29 de março, das 8h30 às 17h, simultaneamente em 10 unidades CAT (Centros de Atividades do Trabalhador) do Sesi-SP, para um público estimado de 52 mil pessoas. O evento tem como parceiros Sesi-SP, Senai-SP e Seconci-SP. Neste ano, o ConstruSer estará recheado de novidades; dentre elas, a mudança de locais de realização dos eventos em São Paulo e na Regional de Santos. O da Capital será no CAT Luis Eulálio de Bueno Vidigal Filho, em Osasco. “O lugar é realmente completo e muito maior. Esperamos atrair de 10 a 12 mil trabalhadores e seus familiares. No total, poderemos ter até 15 mil pessoas, contando com os voluntários. Ali, o público ficará mais à vontade”, justificou Maristela Honda, vice-presidente de Responsabilidade Social do SindusCon-SP. Já o público da Baixada Santista deverá ir ao CAT Décio de Paula Leite Novaes, localizado no Parque São Luiz, em Cubatão. Outra novidade é o tema escolhido para orientar o evento: “ConstruSer Desperta a Inclusão do Esporte na Família”. A proposta é realizar um dia voltado a festivais e competições esportivas. O Sesi-SP já colocou à disposição seus atletas olímpicos e paraolímpicos de alto rendimento. Eles darão exemplos dos benefícios do esporte conduzindo oficinas e visitando outras atividades, para interagir com o público, incentivando-o, por
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exemplo, a fazer os exames médicos. Muitas outras atividades terão como foco a Copa do Mundo. O torneio de futebol de campo terá equipes batizadas com os nomes das seleções; haverá ainda uma exposição com informações culturais sobre as cidades-sede, os países que estarão na Copa e o próprio Mundial; um Quiz da Copa, para adultos; e o Quadro de Honra, jogo no qual o participante precisará ligar os países campeões com suas respectivas bandeiras. Entre as oficinas de artesanato, uma ensinará a fazer colares verde-amarelo reaproveitando tecidos. Resultados De 2008 a 2013, as edições do ConstruSer já receberam mais de 176 mil pessoas, que aproveitaram 237 atividades de lazer, cultura, saúde, educação, cidadania e qualidade de vida. Oferecidas gratuitamente ao longo de um dia inteiro, elas fizeram 1.919.026 atendimentos. Somente em 2013, mais de 30 mil participaram, registrando 380 mil atendimentos, apesar da chuva em todo o Estado. “É um enorme prazer e satisfação colaborar para melhorar a autoestima da família da construção. Muitas vezes esta é a única oportunidade que estas pessoas têm de fazer exames médicos anuais e de vislumbrar formas de aumentar a renda e a qualidade de vida”, afirmou Maristela. Roseane Petronilo, coordenadora da Área de Estratégia e Produtividade, destacou ainda a importância do evento na geração de novas demandas e projetos. “O Programa de Elevação de Escolaridade nasceu e cresceu a partir de ações desenvolvidas dentro do ConstruSer”, disse. (Nathalia Barboza) Piscina olímpica do CAT Sesi de Osasco, novo endereço do ConstruSer 2014
emp r ee n d e d o r i s m o
Construção flexível
Carlos Alberto Júlio é empresário, palestrante, autor, vice-presidente do Conselho de Administração da Tecnisa e professor na USP, ESPM e FGV Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: julio@ carlojulio.com.br
Eles existem. Vergam, mas não tombam. São os prédios flexíveis, que se erguem rapidamente em quantidade nas grandes cidades do mundo. Em tempos recentes, o aço tornou-se fundamental na construção, por ser forte, resistente e flexível. Produzido industrialmente, seu uso massivo revolucionou o mundo urbano. Em edifícios erguidos em áreas sujeitas a abalos sísmicos, vemos enorme avanço na produção de sistemas de amortecedores, como na Torre Mayor, de 225 metros de altura, na Cidade do México, que pode suportar um terremoto de 8.5 pontos na Escala Richter. Não sou especialista em Engenharia ou Física. Mas sei como a ciência tem nos auxiliado a levantar prédios seguros, capazes de assimilar e transferir energia. Esse saber, que aprendi quando à testa da Tecnisa, remetem- me a um conceito fundamental na constituição e na gestão de negócios: a resiliência.
energia de oposição e utilizá-la na retomada da posição original. Se consideramos o mundo da livre iniciativa, que sempre envolve risco e pressão concorrencial, a resiliência é fundamental ao sucesso empreendedor. No caso da construção, há sempre a ideia do “sim” e do “não”, do “feito” e do “não feito”, do sucesso formidável ou do fracasso humilhante. Essa impressão hamletiana decorre do “ser ou não ser” da obra construída, do concreto empilhado, daquilo que modifica a paisagem. Por isso, há sempre grande impacto psicológico quando um projeto é cancelado ou uma obra sofre atraso. O responsável pelo empreendimento sente o gosto amargo da derrota. Erros de avaliação ocorrem. Nesses casos, nada mais inteligente que optar pela rápida correção de rumos. Outros fatores podem determinar retrocessos e pausas. Não temos controle sobre a economia ou a natureza. Uma crise financeira internacional ou uma grande inundação podem alterar nossos planos. Para compreender o imponderável, exige-se humildade. Nestes e em outros casos, no entanto, o revés oferece sempre uma oportunidade de aprendizado e reciclagem. Quando observamos os erros cometidos e analisamos as situações adversas, logo nos fortalecemos e nos habilitamos a enfrentar os desafios futuros. Vergamos, mas retomamos com vigor a posição original. O resiliente não se despedaça, por saber até quando é capaz de opor resistência. O resiliente se dobra, mas acumula energia, educa-se e aguarda a oportunidade de recuperar seu lugar. Portanto, se desejamos tocar a obra em 2014, que assim sejamos: fortes, resistentes e, principalmente, resilientes!
O resiliente se dobra e aguarda a chance de recuperar seu lugar Recentemente, ao escrever o livro “Você, um Grande Empreendedor”, com o professor Luiz Roberto Carnier, estudei inúmeros casos de sucesso ou fracasso, e concluí ser essa virtude fundamental na trajetória dos vencedores. O termo resiliência tem origem na Física. Trata-se da capacidade de recuperação das condições originais de forma e composição dos materiais, após dobramento, impacto ou distensão. A metáfora é pertinente se nos referimos a questões humanas. Em situações de tensão, opressão, privação ou necessidade, há quem experimente a derrota, a paralisação ou a morte. Outros são capazes de armazenar essa
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O ConstruSer – Encontro Estadual da Construção Civil em Família –, maior evento de Responsabilidade Social da Construção Civil Paulista, chega a sua 7ª edição. O evento é voltado para a qualidade de vida dos trabalhadores, convívio familiar, incentivo à cultura e ao lazer, num dia repleto de atividades que promovem o bem estar e a saúde dos participantes. Consciente de que a responsabilidade social das empresas começa com o respeito aos seus colaboradores, o evento une forças com os empresários para criar um ambiente de valorização das famílias de seus trabalhadores, cumprindo sua missão social e contribuindo para um mundo melhor. Participe conosco dessa ação! Para fazer parte deste grande evento ligue para: (11) 3334-5637 / 3334-5659 ou mande um e-mail para comercial@sindusconsp.com.br Para conhecer mais acesse: www.sindusconsp.com.br/construser w w w. s i n d u s c o n s p . c o m . b r facebook.com/sindusconsp
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EM PISOS Santos inicia testes do LANÇAMENTO 2013 gerenciamento de resíduos “A iniciativa do setor privado com o governo do Estado de São Paulo é importante para organizarmos e monitorarmos o destino dos resíduos da construção, garantindo sua destinação correta.” Assim o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, destacou o Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos – Módulo Construção Civil (Sigor), no lançamento do projeto em Santos, no final de 2013. O sistema inédito, que identificará a quantidade, forma de transporte e destinação final dos resíduos, impedirá o descarte clandestino, protegendo o meio ambiente. Santos foi escolhida para a implantação do projeto piloto por ser uma das cidades mais desenvolvidas na gestão de resíduos no Estado. “A meta, entretanto, é que a partir de fevereiro o projeto Sigor passe a funcionar em todas as regionais do SindusCon-SP no Estado de São Paulo”, afirmou Watanabe. Satisfeito com a escolha da cidade para a implantação do projeto, o prefeito Paulo Barbosa ressaltou durante a cerimônia de lançamento que estimular o desenvolvimento é importante, mas também é preciso preservar o meio ambiente e a qualidade de vida. Na avaliação do diretor da Regional, Ricardo Beschizza, a implantação do Sigor em Santos será tranquila. “O setor está bem entrosado com o sistema e tem
bom relacionamento com a Secretaria do Meio Ambiente.” Para o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas, embora a gestão dos resíduos seja obrigação dos municípios, “a secretaria de Meio Ambiente se uniu a este trabalho para aperfeiçoar e introduzir novas ações, através da capacitação de seus técnicos”. Rastreabilidade “O convênio firmado entre SindusCon- SP, Sema e Cetesb representa um avanço significativo na área de gestão de resíduos sólidos. Não conheço nada parecido na área de rastreabilidade de resíduos”, disse o vice-presidente da Cetesb, Nelson Roberto Bugalho. Conforme explicou, a implantação do projeto piloto de resíduos da construção servirá para testar sua eficiência, para que, posteriormente, possa ser estendido a outras áreas. “Esse projeto dá paradigma para outros projetos semelhantes, além dos resíduos da construção.” Entre as autoridades presentes ao lançamento também estavam Mauro Haddad Neri, secretário-adjunto da Secretaria do Meio Ambiente; Sadao Nakai, presidente da Câmara Municipal de Santos e Luciano Cascione, secretário municipal de Meio Ambiente. (Giselda Braz)
Watanabe, Sadao Nakai, Paulo Barbosa, Bruno Covas, Luciano Cascione e Bugalho durante o lançamento
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Retrofit entra na reta final Modernização visa conforto, segurança e funcionalidade Com expectativa de conclusão das obras até agosto, o retrofit da sede do SindusCon-SP entrou em sua última etapa. Iniciada no primeiro semestre de 2011, a reforma das instalações do sindicato passará pelo auditório e o andar térreo, que ganhará novas salas de treinamento, com capacidade para receber 120 alunos. Na primeira fase da obra três andares do prédio foram revitalizados: o 1º, para onde foi transferida a Sala Plenária, o 2º, e a presidência, no 6º. Ao longo de 2013 foram reformulados o 4º e 5º andares, além do mezzanino. Com foco em conforto, segurança e funcionalidade, as instalações do sindicato na Capital ganharam novas salas de
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reunião, mobiliá rio moderno e equipamentos de última geração. Para Cristiano Goldstein, vice-presidente Administrativo e Financeiro do SindusCon-SP, a conclusão dos trabalhos será rápida, visto que as obras do auditório e do térreo serão executadas simultaneamente. “Em janeiro concluímos o sétimo andar, onde funciona o restaurante, e tudo está correndo dentro do previsto”, acrescentou. José Luiz Machado, superintendente do SindusCon-SP, destaca que o redimensionamento e modernização do prédio também representam melhores condições de trabalho para os funcionários. (FH)
Antes e depois: antigas instalações da Central de Relacionamento (detalhe) agora estão mais modernas e confortáveis
O Departamento Administrativo antes (no destaque) e depois da reforma
No mundo da governança Com o objetivo de reorientar a gestão do SindusCon-SP para uma visão mais objetiva, baseada em prioridades claras, a Diretoria do sindicato contratou a empresa de auditoria e consultoria Ecovis Pemom que, desde outubro, executa a revisão dos controles internos do sindicato, analisando procedimentos e processos, para identificar falhas e deficiências e propor melhorias. O resultado culminará na criação de Normas e Procedimentos e na elaboração de uma matriz de testes para a auditoria interna. O passo seguinte da consultoria, que deve ser concluída em um ano, será a homologação dos resultados e a divulgação das políticas de gestão, entre elas: Contas a pagar, Compra de ativos, materiais e serviços, Gestão de contratos, Fundo fixo e Gastos e reembolso de viagens. “Temos tido uma ótima interação com os gestores e com a superintendência”, diz Marco Miranda, sócio da Pemom, que representa a Ecovis International. O processo evoluirá para uma análise das políticas e do seu compliance (monitoramento). Segundo Miranda, o trabalho proporcionará: eficiência dos controles internos, assegurará maior correção dos registros contábeis, mais segurança no controle de
despesas e receitas; mais qualidade e acuracidade das informações gerenciais e do fechamento das demonstrações financeiras; maior atenção e rigor dos funcionários contra erros/ fraudes, e otimização das rotinas internas. “Nosso objetivo final é estabelecer padrões que sejam seguidos na sede e nas Regionais e nos prepararmos para buscar uma certificação ISO 9000”, afirma Cristiano Goldstein, vice-presidente Financeiro do SindusCon-SP. O superintendente do sindicato, José Luiz Machado, conta que um conselho de administração deverá será criado para definir com clareza as prioridades da gestão. “A governança cria mecanismos de controle e patamares de segurança. Precisamos definir as prioridades dos recursos, que são escassos. Queremos ter objetivos, metas e um único rumo, fazendo tudo com mais produtividade”, diz. (Nathalia Barboza)
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G E ST Ã O E M P R E S A RI A L
Desafio de ser único
Maria Angelica Lencione Pedreti é professora de Contabilidade e Finanças da FGV e mestra em Administração de Empresas; trabalha em Planejamento Estratégico Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: maria.lencione@ fgv.br
Como esperar um resultado diferente se continuamos realizando os mesmos processos? Da mesma forma, uma estratégia criadora de valor deve ser única e de difícil imitação, criando uma espécie de proteção à empresa, uma Competência Essencial garantidora de uma vantagem competitiva que, não sendo infinita, seja pelo menos duradoura. Infelizmente, no entanto, uma série de pesquisas (Todd Zenger, Patrick Moreton, Lubomir Litov, Ezra Zuckerman e Mary Benner) tem mostrado que estratégias importantes e promissoras são precificadas abaixo de seu valor intrínseco, por serem de difícil compreensão pelos mercados e acreditadas por poucos analistas. Tais pesquisas concluíram que os mercados financeiros subestimam empresas com estratégias únicas e complexas, embora sejam muitas vezes valiosas.
confiar, descontam sua desconfiança nos preços daquelas cujos resultados sejam mais difíceis observar. Um exemplo foi a bolha das empresas PontoCom: na década de 1990, elas divulgavam idéias mágicas sem a certeza de que iriam realmente gerar sua receita e do tamanho de seu mercado. Por isso, criavam espaço para teorias de como seu fluxo de caixa seria gerado e cresceria, o princípio de qualquer avaliação de ativo Diante da falta de evidências confiáveis, os analistas de mercado concentravam seus estudos sobre o desempenho dessas empresas nos poucos indicadores de performance disponíveis, muitas vezes adequados às realidades conhecidas, mas não suficientes para avaliá-las de forma mais ampla. Em consequência, os gestores que buscavam a administração para geração de valor focavam suas ações sobre tais indicadores de desempenho e não nos value drivers de suas empresas. O resultado só ficou conhecido no médio ou longo prazo, quando as estratégias em questão não foram capazes de gerar o fluxo ou o crescimento prometido. Diante de tudo isso, estará o desafio da empresa em decidir se vale a pena investir numa estratégia quebradora de paradigmas, diferente de tudo o que já se fez ou se viu (e correr o risco de ser mal interpretada) ou investir numa ideia simples, fácil de ser compreendida e medida, portanto, avaliada? Se uma empresa acredita em sua estratégia, por mais complexa que seja, seu desafio é investir nela, mesmo se incompreendida. Nas próximas edições, discutiremos formas de enfrentar este desafio, sempre com foco na geração de valor ao acionista.
Estratégias que quebram paradigmas requerem convencimento do mercado Isto acontece porque estratégias quebradoras de paradigmas, únicas, inusitadas, difíceis de serem entendidas e também difíceis de serem imitadas, levam tempo para serem avaliadas e seus resultados não podem ser previstos com exatidão, tornando-se difícil acessar o valor que são capazes de criar. Há que aguardar para se observarem seus resultados efetivos e, diante de mais informação, se avaliarem tais estratégias. Infelizmente, conhecedores desta limitação, alguns gestores de estratégias pobres podem temporariamente vender a concepção de que uma ideia de má qualidade seja boa e os mercados, céticos, sem saber em quem
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R E L A Ç Õ E S C A P IT A L - TR A B A L H O
Sindicato relata qualificação de PCDs A convite da Procuradoria Regional do Ministério Público do Trabalho, Haruo Ishikawa, vice-presidente do SindusCon- SP, detalhou em audiência, em janeiro, as ações do sindicato para qualificação de pessoas com deficiência (PCDs). Em junho de 2012, SindusCon-SP, Sintracon-SP e Feticom haviam assinado com a Superintendência Regional do Trabalho um acordo tripartite para inclusão de PCDs no mercado de trabalho da construção. O vice-presidente destacou que os cursos específicos para PCDs são oferecidos em parceria com o Senai de acordo com a demanda das empresas. Entre as categorias já contempladas com cursos especiais, estão carpinteiros de formas e pedreiros. Além de oferecer instalações adaptadas para esse público, o sindicato elaborou em parceria com o Seconci-SP e o Instituto Armênio Crestana um estudo sobre a viabilidade da inserção segura de PCDs nos
canteiros de obra. O estudo mapeou as funções exercidas nos canteiros de obras e sugere uma forma segura de inserção da PCD. Na audiência, o sindicato também foi consultado com relação ao emprego de aprendizes na construção civil. Ishikawa relatou as dificuldades que o setor vem enfrentando para cumprimento desta cota, devido às peculiaridades do trabalho nos canteiros de obras e às exigências legais. Destacou que as funções de servente e ajudante são computadas na cota aprendizes, apesar de não demandarem formação profissional. O vice-presidente compareceu à audiência acompanhado da coordenadora de Estratégia e Produtividade do sindicato, Roseane Petronilo, e da assessora jurídica Rosilene Carvalho Santos. (FH)
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s eg u r a n ça d o t r abalh o
Rumo à excelência
José Carlos de Arruda Sampaio é consultor de empresas e diretor da JDL Qualidade, Segurança no Trabalho e Meio Ambiente Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: jdls@terra. com.br
Estudos do World Economic Forum e do Lausanne Institute of Management IMD mostram que um bom sistema de gestão de segurança e saúde reflete positivamente no desempenho da empresa na Bolsa e nos dividendos de seus acionistas. Há quatro estágios de segurança do trabalho. Quanto mais evoluído for o estágio, menor o número de incidentes. Para saber se sua empresa encara essa segurança como um valor fundamental, confira abaixo em qual estágio ela se encontra. Estágio 1 - Cultura Reativa, quando a empresa se limita a atender a legislação de segurança e saúde do Ministério do Trabalho e Emprego. Ela está focada em atender às exigências externas legais, acredita que segurança fomenta custos e reduz a produção, mas foca somente a produção e os assuntos do dia a dia, e quase não toma medidas preventivas. Os conflitos não são resolvidos e falta aprendizado fora da organização.
quando a empresa tem a consciência da importância de implantar um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde, focado na valorização das pessoas, nos processos de segurança e saúde em conjunto com outros aspectos do negócio; quando o aprendizado externo é valorizado, os conflitos administrados profissionalmente e com maturidade, com ênfase nas comunicações, treinamentos, estilo de gerência e eficiência; quando os trabalhadores sabem o que se espera deles e cumprem suas obrigações, e o desempenho é medido por meio de sistema de gestão. Estágio 4 - Cultura Interdependente, quando a empresa valoriza o comportamento seguro, quando há um clima de ajuda mútua (uns cuidando de outros), comunicação espontânea entre os diversos departamentos, equipes funcionando como um time, pessoas e equipes valorizadas por suas contribuições, relação entre gerência e trabalhadores de respeito e apoio; o gerente é coach, segurança e produção são interdependentes, há forte trabalho e colaboração entre a empresa e entidades reguladoras, fornecedores, clientes e contratantes; quando o desempenho de curto prazo é medido e analisado; o sistema de gestão da segurança está implantado com desempenho elevado e sustentável, as decisões são frequentemente centradas na excelência em segurança do trabalho, as pessoas são recompensadas pela melhoria nos processos. Ou seja, uma empresa em excelência em segurança do trabalho, onde a segurança é baseada no comportamento. Complementando a pergunta inicial sobre em qual estágio sua empresa se encontra, adiciono outra indagação: sua empresa cumpre a legislação vigente?
Confira o estágio de segurança e saúde em que sua empresa está Estágio 2 - Cultura Dependente, quando a segurança depende da gerência e das equipes de segurança. As decisões são tomadas sempre pela direção, a disciplina é baseada no medo e no controle da supervisão, erros implicam sistematicamente mais controles. Há pouca consciência sobre aspectos comportamentais e atitudes relativas à segurança. Esta é requisito técnico, estar de acordo com as regras e regulamentos é considerado suficiente, líderes dependem das equipes de segurança em tudo que diz respeito ao tema. Estágio 3 - Cultura Independente, 38
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PREVENÇÃO E SAÚDE
Previna o Alzheimer
HORÁCIO CARDOSO SALLES é clínico geral e pneumologista, formado pela Faculdade de Medicina de Marília, e gerente Médico Ambulatorial do Seconci-SP Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: comunicacao@ seconci-sp.org.br
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que diminui funções intelectuais, reduz capacidades de trabalho e relação social e interfere no comportamento e na personalidade. De início, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar com precisão acontecimentos do passado, mas esquece, por exemplo, que acabou de se alimentar. Com a evolução do quadro, o Alzheimer causa grande impacto no cotidiano e afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como higiene pessoal e alimentação. Não se conhece a causa da doença que resulta de uma série de eventos complexos no interior do cérebro. A idade é o maior fator de risco: quanto mais idade, maior o risco.
bilidade que chegam a durar um ano ou mais. Para o diagnóstico com certeza absoluta, é necessário fazer exame de tecido cerebral, por meio de necrópsia ou biópsia cerebral. Porém, este exame pode acarretar complicações sérias. Por isso, o diagnóstico é clínico: vários testes são realizados para excluir os diversos tipos de demência e concluir que se trata de Alzheimer. Algumas vezes ocorre erro de diagnóstico, mas se a pesquisa for cuidadosa, a chance de acerto é de 80% a 90%. Não há tratamento miraculoso e rápido. Os resultados tendem a ser a estabilização dos sintomas ou ganhos modestos que levam algum tempo para aparecer. Assim, a doença requer o acompanhamento de diferentes profissionais da saúde. O Alzheimer é progressivo e tende a piorar sempre. Qualquer tratamento, mesmo que não traga melhoras e só evite a progressão da doença, deve ser considerado bem-sucedido. Pesquisas científicas apontam medidas de prevenção que podem ser tomadas: • realizar atividades cognitivas como ler livros, jornais e revistas, escrever, jogar cartas, jogos de tabuleiro, fazer palavras cruzadas, montar quebra-cabeças ou tocar instrumentos; • praticar atividade física: jogar tênis, golfe, natação, ciclismo, dança, praticar jogos de equipe, fazer exercícios em grupo, subir escadas e realizar tarefas domésticas; • adotar a Dieta Mediterrânea: elevado consumo de peixe, vegetais, legumes, frutas, cereais, azeite, baixa ingestão de laticínios, carne e gordura saturada; • não fumar; • controlar a hipertensão e a hipotensão arterial (pressão baixa), diabetes e colesterol.
A doença piora sempre mas algumas medidas preventivas são salutares Embora existam casos esporádicos em pessoas de 50 anos e a prevalência na faixa etária de 60 a 65 anos esteja abaixo de 1%, a partir dos 65 anos, ela praticamente duplica a cada cinco anos. Depois dos 85 anos, atinge 30% a 40% da população. De acordo com a intensidade do quadro degenerativo, há três estágios clínicos: leve, moderado ou grave. Existe grande variabilidade na duração desses estágios. Em alguns casos, os sintomas evoluem lentamente, possibilitando a manutenção de níveis funcionais razoáveis por muitos anos. Em outros, a deterioração é mais rápida e ocorre em velocidade constante. Há casos em que a doença evolui em surtos de piora, seguidos de fases de esta-
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Excelência na educação profissional e inovação tecnológica é no SENAI-SP Cursos na área de Construção Civil
Aprendizagem Industrial Construtor de edificações Eletricista instalador Instalador hidráulico
Curso técnico de edificações
Formação de mão-de-obra para construção civil ● ● ● ●
Carpintaria ● Alvenaria ● Elétrica ● Auto CAD Hidráulica ● Pintura ● Vidraçaria ● Cobertura Armação de Ferros ● Desenho técnico Gesso acartonado ● Aquecimento solar Impermeabilização ● Serralharia de Alumínio Elevação de cargas e pessoas Soldador de tubos de polietileno Instalação e montagem de elevadores
Qualificações: Desenhista de edificações Laboratorista de ensaios de materiais Habilitação: Técnico em edificações
●
Curso mestre-de-obras
NR 18 - Condições e meio ambiente de
Especialização—Planejamento e supervisão
●
de obras
● ● ●
NR 10 - Segurança em instalações e serviços com eletricidade
●
trabalho na indústria da construção
NR 33 - Capacitação para trabalhadores em espaços confinados
NR 35 - Trabalhos em altura
Escola SENAI “Orlando Laviero Ferraiuolo” Rua Teixeira de Melo, 106—Tatuapé—São Paulo—SP Tel.: (11) 2227-6900 http://construcaocivil.sp.senai.br www.sp.senai.br/redessociais
r eg i o n a i s
Campinas comemora conquistas Um jantar com a presença de autoridades, representantes de entidades, associados e suas famílias encerrou o ano de trabalho da Regional Campinas no Casarão da Sociedade Hípica, no início de dezembro. O evento, em parceria com o Sindicato da Habitação (Secovi) foi uma oportunidade para celebrar o ano de conquistas e debater questões relacionadas ao cotidiano da atuação dos associados. Entre as autoridades presentes estavam os secretários de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Ulysses Semeghini; de Infraestrutura, Carlos Augusto Santoro; e de Habitação, Ricardo Augusto
Fabiano Chiminazzo, além de representantes de outras secretarias. “É um momento de celebrar nossas conquistas e gravar nossos desejos para 2014”, disse Márcio Benvenutti, diretor da Regional. Ele enfatizou que o setor está otimista sobre novos investimentos na cidade. “Integradas, as entidades reforçam o desenvolvimento contínuo do setor na região, com expectativas cada vez mais amplas”. Patrocinaram o evento a ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), a Caixa Econômica Federal, a EntreVerdes Campinas, o grupo Brasilinvest, a Maestra, a Coldwell Serviços, a Capelini, a Templum e a Weiku. Churrasco em Santos Na Baixada Santista, a confraternização de final de ano reuniu 108 pessoas no grill do Tênis Clube de Santos, entre empresários da construção, familiares, amigos, autoridades e patrocinadores. Uma promoção conjunta da Regional, Assecob e Secovi, em 2013 o churrasco teve o patrocínio de Viapol, Megaforma, Deleuse, Fundamenta, Gerdau e Cimentos Votorantim. (VG e GB) C
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Benvenutti (dir.) recepciona convidados na Hípica
Stéfani Nogueira vence a Copa SindusCon-SP O time da Stéfani Nogueira Engenharia foi o campeão da 14ª edição da Copa SindusCon-SP de Futebol, competição realizada anualmente pela Regional Ribeirão Preto. Em uma reedição da final do ano anterior, a equipe bateu a Construpab, nos pênaltis, por 2 a 0 - após empate em 2 a 2 no tempo normal. Na decisão de terceiro lugar, a Costallat goleou a CP Construplan, por 8 a 4. Os artilheiros da competição foram Natanael (Costallat) e Camarão (Construpab), cada um com 10 gols. A Copa SindusCon-SP de Futebol é um dos eventos mais aguardados pelos
profissionais da indústria da construção civil da região. Nesta edição, a competição contou com a parceria das empresas Base Fundações, Cimento Itaú, Matrix Sistemas, Rental Locação de Equipamentos e o Instituto da Construção, que sorteou bolsas de estudo entre os participantes do torneio. “O objetivo da Copa é oferecer uma oportunidade de aproximação e confraternização entre empresários, engenheiros, colaboradores e todos os demais integrantes do segmento da construção civil na região”, afirmou o diretor da Regional Ribeirão Preto, Eduardo Nogueira. (Márcio Javaroni)
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REGIONAIS
Confraternização no ABC reúne parceiros e associados A Regional Santo André reuniu em dezembro, no Baby Beef Jardim, associados, autoridades e entidades ligadas ao setor para um jantar de confraternização. Entre os mais de 50 convidados recebidos por Sergio Ferreira dos Santos, diretor da regional, participaram o prefeito de Santo André, Carlos Grana; o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Paulo Piagentini; o diretor do Sesi CAT Ministro Raphael de Almeida Magalhães, Carlos A. Carvalho; o diretor municipal do Ciesp, Emanuel Teixeira; a conselheira do sindicato, Rosana Carnevalli; o diretor- adjunto José Raul Poletto; os ex-diretores
Ricardo Di Folco e Oswaldo Pellegrini Jr.; além de representantes de várias entidades e associados. (Sueli Osório)
Piagentini, Santos, Grana, Rosana, Osvaldo Pellegrini e Fernando Herrera Neto
Falcão Bauer palestra para alunos da Anhanguera Com apoio da Regional Santo André, a palestra técnica do engenheiro Roberto José Falcão Bauer, diretor técnico do Grupo Falcão Bauer – Centro Tecnológico de Controle de Qualidade, sobre “Procedimentos
para Adensamento e Cura do Concreto”, atraiu mais de 100 alunos de engenharia civil e arquitetura no auditório da Faculdade Anhanguera em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. (SO)
Conhecimento global com experiência local Presença mundial em 50 países com mais de 100 escritórios, oferecendo serviços de Consultoria em Gestão Empresarial e Auditoria Contábil. Consultoria em Gestão Empresarial
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Lorenzini forma mais uma turma de alfabetização A Construtora Lorenzini, associada da Regional Santo André, formou em dezembro mais uma turma do curso de Alfabetização nos canteiros. Em parceria com o Projeto Alfa da Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, a empresa tem formado desde 2007 uma turma por ano, com média de dez alunos por classe. A construtora oferece o espaço e materiais para a sala de aula, enquanto a prefeitura entra com o material didático, seleção e supervisão dos professores, com o apoio da Faculdade de Engenharia Mauá, onde os alunos se inscrevem para lecionar e ganham bolsas de estudo enquanto participam do projeto. O pedreiro Francisco Silva, 48 anos, está fazendo o curso desde o ano passado. “A gente precisa deste conhecimento para trabalhar. Vim do Nordeste e lá não tive oportunidade de estudar. Estou gostando muito de aprender”, afirma. O encanador Vandeiris
Cavalcante, 43 anos, participa das aulas há um ano. “Eu já leio e escrevo, entendo frases maiores e, assim, meu trabalho ficou mais fácil, estou evoluindo”, comemora. (Sueli Osório)
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Alunos, funcionários e diretoria da Construtora Lorenzini
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C l a ss i f i c a d o s
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Em parceria com a AEAARP (Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto), a Regional de Ribeirão promoveu o curso Incorporação de Edifícios. Coordenadas pelo professor Jamil Rahme, o curso abordou com profundidade todas as três áreas de incorporação imobiliária: técnica, jurídica e comercial. (MJ) São José forma mestres de obras Oferecido gratuitamente pela Regional de São José dos Campos, em parceria com o Senai, teve início em fevereiro o curso de Mestre de Obras. (ES)
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SO L U Ç Õ E S INOV A DOR A S
Desempenho de vedações Cláudio Vicente Mitidieri Filho é mestre pelo IPT – Mestrado Profissionalizante em Habitação: Planejamento e Tecnologia
Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: claumit@ipt.br
A parte 4 da Norma de Desempenho (NBR 15.575-4) enfoca os sistemas de vedações verticais internas e externas (SVVIE). Em comparação com a versão da norma inicialmente publicada em 2008, muitas alterações foram promovidas no texto que entrou em vigor em julho de 2013. Desempenho estrutural A norma apresenta avanços nos aspectos de desempenho estrutural, evidenciando os critérios relativos ao Estado Limite de Utilização ou de Serviço (ELS) e os critérios relativos ao Estado Limite Último (ELU). Isto foi muito importante conceitualmente, pois estes estados-limites estão presentes nos diversos critérios de desempenho e nos métodos de avaliação. Após a revisão do texto da norma, os critérios de desempenho estrutural foram complementados e ficaram mais claros. O ELU caracteriza-se como o estado em que o SVVIE não satisfaz os critérios de desempenho relativos à segurança, ou seja, é o momento de risco de colapso ou ruína. Já o ELS é o momento a partir do qual é prejudicada a funcionalidade do SVVIE, com deslocamentos acima de limites estabelecidos, aparecimento de fissuras e outras falhas que podem comprometer o desempenho do sistema.
pavimentos. Para edificações de maior altura, a norma prevê a necessidade de outras análises. Vale lembrar que a norma, depois de revista, passou a se aplicar a edificações habitacionais de uma forma geral, sem limitar o número de pavimentos. O método de avaliação por compressão excêntrica encontra-se na parte 2 da norma (sistemas estruturais). Contudo, também é considerado para o caso de paredes estruturais. Estanqueidade à água No caso dos critérios relativos à estanqueidade à água, a norma leva em conta cinco diferentes condições de exposição ao vento de acordo com a localização geográfica do edifício. No caso de esquadrias externas, os critérios adotados são os previstos na NBR 10.821, também divididos em cinco regiões, como na NBR 15.575. Segurança ao fogo Em relação à segurança ao fogo, foram incorporados critérios relativos à resistência ao fogo e à reação ao fogo dos materiais, considerando critérios e métodos de avaliação antes não contemplados. No que se refere à reação ao fogo, foi considerado particularmente o ensaio SBI (Single Burning Item), (conforme a norma europeia. Esse ensaio deve ser empregado em casos nos quais não se aplica a NBR 9.442, como os painéis tipo sanduíche estruturados com materiais isolantes térmicos. A norma define o valor mínimo de 30 minutos de resistência ao fogo, respeitados os demais tempos de resistência previstos na
Os critérios de performance estrutural foram complementados e esclarecidos Quanto ao método experimental de avaliação do comportamento de vedações verticais a cargas verticais, conhecido como compressão excêntrica, ele se aplica fundamentalmente a edificações de pequeno porte, de até cinco
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NBR 14.432, que podem chegar a 120 minutos. Há exigências especiais para unidades habitacionais unifamiliares, em particular para paredes de compartimentação entre unidades e paredes de locais onde há uso de gás combustível. Desempenho térmico e acústico No que tange ao desempenho térmico, a norma não altera os critérios relativos ao método de avaliação simplificado, considerando transmitância e capacidade térmicas. O texto, contudo, explicitou melhor o método de avaliação por simulação, detalhado na parte 1 (Requisitos Gerais), considerando as condições para simulação, relativas à ventilação do ambiente e sombreamento de janelas, no que se refere à redução da entrada de radiação solar no ambiente. Na exigência de desempenho acústico, há mudanças importantes nos critérios relativos à isolação a ruídos aéreos de fachadas, constando três situações a serem consideradas, uma de construção em locais pouco ruidosos, outra em locais muito ruidosos e ainda uma terceira intermediária. Para algumas situações específicas, como edificações nas proximidades de aeroportos, rodovias etc., há que se realizar medições. Para isolação a ruídos aéreos de vedações verticais internas, a norma traz duas mudanças importantes. A primeira refere-se à substituição do critério relativo à isolação entre hall e apartamento, pelo critério relativo à isolação entre apartamentos, passando pelo hall. Este critério traz impactos para as portas de madeira: no caso de portas de entrada das unidades autônomas, em prédios de apartamentos, haverá necessidade de se preocupar com a isolação a ruídos aéreos. A NBR 15.930, Portas de Madeira para edificações, está em revisão e será considerada uma classificação para a isolação sonora das portas, partindo-se, provavelmente de 20dB para o Rw de portas de entrada (Rw implica determinações em
laboratório) na estimativa dos fabricantes. A outra mudança significativa diz respeito ao critério de isolação sonora entre unidades habitacionais distintas, quando há pelo menos um dormitório. Neste caso, o critério passou de DnT,w mínimo de 40 dB para 45 dB, considerando medidas de campo.
Ensaio de SBI em conjunto para ensaios do Laboratório de Segurança ao Fogo do IPT
Valores mínimos da diferença padronizada de nível ponderada, D2m,nT,w da vedação externa de dormitório Classe de ruído
Localização da habitação
D2m,nT,w (dB)
I
Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso de quaisquer naturezas
≥ 20
II
Habitação localizada em áreas sujeitas a situações ≥ 25 de ruído não enquadráveis nas classes I e III
III
Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e de outras naturezas, desde que esteja de acordo com a legislação
≥ 30
NOTA 1 - Para vedação externa de salas, cozinhas, lavanderias, banheiros, não há requisitos específicos NOTA 2 - Em regiões de aeroportos, estádios, locais de eventos esportivos, rodovias e ferrovias, há necessidade de estudos específicos. Fonte: ABNT NBR 15.575-4
Valores mínimos da diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w, entre ambientes Elemento
DnT,w (dB)
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), nas situações onde não haja ambiente dormitório
≥ 40
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), no caso de pelo menos um dos ambientes ser dormitório
≥ 45
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos
≥ 40
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria dos pavimentos
≥ 30
Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esportivas
≥ 45
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas revista notícias construção / janeiro-fevereiro 2014 pelo hall ( DnT,w obtida entre da unidades) Fonte: ABNT NBR 15.575-4
≥ 40
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C ONSTRU Ç Ã O D A C A RR E IR A
Língua afiada Felipe Scotti Calbucci é graduado em Comunicação Social e gerente de Property & Construction da Michael Page, com foco em recrutamento de gerentes e diretores para construtoras e incorporadoras Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: felipecalbucci@ michaelpage.com.br
Caro leitor, desejo um excelente 2014 cheio de desafios enriquecedores e crescimento profissional a todos! Nos últimos anos, noto um aumento significativo da presença de grupos internacionais investidores ou prestadores de serviços na construção. A difícil situação econômica global, em especial na Europa, fez diversas grandes empresas apostarem suas fichas no Brasil que, mesmo tendo crescido abaixo do esperado, apresenta taxas de retorno e nível de atividade maiores que as dos países europeus. Em consequência, aumenta a demanda por profissionais fluentes em mais de um idioma, tendo destaque para inglês, espanhol e em menor escala francês e italiano. No primeiro momento, tais empresas trazem executivos de sua confiança, mas depois a necessidade de contratar brasileiros aparece por precisarem de profissionais que entendam o mercado local ou mesmo para cumprir a legislação federal que limita o percentual máximo de estrangeiros por empresa.
aprender rapidamente. Recomendo intercâmbios de um a seis meses de duração àquele de nível intermediário de proficiência, que não se sinta à vontade para conversar naturalmente. O fato de todos ao seu redor falarem outro idioma o forçará a se comunicar e perder a inibição. Para aquele que considera básico seu conhecimento na língua, o mais adequado é procurar uma boa escola e optar por um programa intensivo de aprendizado, pois é muito importante entender as bases do idioma antes de se expor a intercâmbios. Para o profissional de nível avançado ou até mesmo fluente, mas que está “enferrujado” por não usar o idioma com frequência ou sente falta de vocabulário mais voltado a negócios, há escolas especializadas em aprimoramento de vocabulário, que ensinam até aspectos culturais, bem como dão dicas para “treinar seu ouvido” para telefones. Uma dúvida frequente é como saber seu nível no idioma para escrevê-lo no currículo. Muitos executivos tendem a classificar seu conhecimento melhor do que realmente é, com receio de não serem convidados à primeira entrevista por não atenderem os requisitos. O ideal é fazer testes como o TOEFL (Test of English as a Foreing Language, o mais utilizado) e relatar a nota obtida ou o nome da escola em que estuda e o nível de sua sala. Caso não seja possível uma destas opções, seja conservador, pois há poucas coisas que chateiam mais um entrevistador do que ter o trabalho de convidar uma pessoa para uma entrevista, realizá-la e descobrir ao final que o candidato não tem o conhecimento do idioma conforme descrito no currículo.
Profissional que deseja aperfeiçoar manejo de idiomas tem várias opções Contudo, na construção ainda predominam empresários brasileiros. Assim, a grande maioria dos engenheiros civis e arquitetos não investiram em aprender uma segunda língua para priorizar cursos de aprimoramento técnico ou pós-graduações. Por isso, a demanda por cursos de idiomas tem crescido em grande escala e se tornou um negócio atraente, mas esse não é o tema central de nossa conversa. Ao profissional que almeja aprimoramento nesta área, há diversas opções para 50
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PRODUTIVIDADE
CONSTRUINDO SOLUÇÕES
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