Diretório Condominial 04

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Rodrigo Pereira Diretor Operacional

Somos especialistas em gestão de condomínios

@liderancacond

Gestão Administrativa e Contábil


A Liderança Administradora de Condomínios conta com equipe de profissionais altamente qualificados e motivados para prestar serviços personalizados e assessorar o corpo diretivo do Condomínio na tomada de decisão, disponibilizando em tempo real informações confiáveis e de fácil interpretação. A missão da empresa prima pelo atendimento ao cliente com cordialidade e agilidade, seguindo valores éticos e morais, virtudes estas consideradas fundamentais na função da administração. O quadro funcional da Administradora é composto por profissionais com formação em Administração, Contabilidade e Direito. Desta forma, a empresa está preparada para assessorar nessa área de atuação. A empresa também se destaca na qualificação de seus colaboradores, por meio de convênios com instituições de ensino, desenvolvendo habilidades específicas, que garante a preparação do próprio corpo funcional. A Liderança é você quem faz!

Gestão Financeira

Apoio Jurídico

Gestão Recursos Humanos

Qualificação de Síndicos

Gestão Condominial On-line

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EDITORIAL

EXPEDIENTE EDIÇÃO 04 | AGOSTO 2020 NORTE DO ESTADO, VALE DO ITAJAÍ E GRANDE FLORIANÓPOLIS DIREÇÃO e EDIÇÃO

Karina Kino Pardal Inspiracom Marketing e Comunicação DIREÇÃO DE ARTE e DIAGRAMAÇÃO

Inspiracom Marketing e Comunicação DIREÇÃO COMERCIAL

José Luis Pardal Inspiracom Marketing e Comunicação REDAÇÃO

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DIRETÓRIO CONDOMINIAL

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esta edição perguntamos para administradoras e condôminos: Como é o síndico Ideal? O momento atual destacou a importância de competências e habilidades do síndico que anteriormente não tinham o mesmo peso. A inteligência emocional, a facilidade de relacionamento interpessoal, a gestão de conflitos, a resiliência frente às dificuldades, adaptação às mudanças, tomada de decisão sem informações precisas, impossibilidade de realização de assembleias presenciais e de eleições de síndico, priorizar ações emergenciais e suspender ações que já estavam no planejamento, lidar com a questão da saúde e proteção à vida dos moradores e funcionários, restrição às áreas comuns, condôminos que se negam a cumprir as novas regras do protocolo de segurança, aumento de inadimplência. Todas estas mudanças geradas pela pandemia nos fazem refletir sobre o que é mais importante neste momento – um líder exímio ou um líder mais humanizado, sensível às necessidades dos condôminos? E como as administradoras podem dar apoio e suporte para enfrentar esta crise? Como é feita a gestão dos condomínios em outros países? Conversamos com amigos em volta do mundo nos contaram como é a vida em condomínios e como são os síndicos em sete países. Ainda de olho no mapa, destaque para Itapema que é um dos destinos mais procurados do litoral de Santa Catarina com 7 km de belas praias, uma excelente estrutura hoteleira e atrações para toda a família de dia e de noite, com muitas opções de lazer e compras. A região é pujante de empreendimentos no estilo Condomínio Clube e tem se profissionalizado e atraído investimentos deste porte. Conheça os desafios e oportunidades de gerir um condomínio clube. Na capa o Master Síndico Henrique Fogaça é o Síndico Destaque desta edição e nos conta a sua história de vida e como entre Rock’n’Roll, motos, tatuagem e panelas, foi reeleito Síndico. Boa leitura!

Fabiana Roza Patrícia Lanzoni - Assessora Henrique Fogaça CAPA

Foto: Fotogastro TIRAGEM

2.500 exemplares

A revista Diretório Condominial é um canal de relacionamento com síndicos, administradoras de condomínios, fornecedores, profissionais, especialistas e líderes empresariais com conteúdo diferenciado destinado aos tomadores de decisões que precisam conhecer, enfrentar a diversidade e complexidade de conhecimentos necessários para o exercício da atividade de síndico e atuação na gestão condominial. O Diretório Condominial é distribuído para 2500 síndicos e administradoras de condomínios das regiões do Norte do Estado, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. As revistas podem ser acessadas no site diretoriocondominial.com.br/revistas e lidas na íntegra, ampliando o alcance de leitores.

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SUMÁRIO

SOLIDARIEDADE

Ciclovia da Alegria cria corrente solidária para doar bicicletas

GESTÃO CONDOMINIAL

Desafios da gestão de um condomínio-clube

GESTÃO CONDOMINIAL

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SOU SÍNDICO COM MUITO ORGULHO

Confira o perfil de 6 profissionais da área

SOU SÍNDICO COM MUITO ORGULHO

Master Síndico Henrique Fogaça

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A gestão e a vida em condomínios pelo mundo

GESTÃO CONDOMINIAL

Qual é o perfil do síndico ideal?

GESTÃO CONDOMINIAL

Diferentes no funcionamento, parecidos na gestão

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38 Síndico Destaque desta Edição: Henrique Aranha Fogaça

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PUBLIEDITORIAL

INVESTIR NA FORMAÇÃO DE COLABORADORES E SÍNDICOS É UM DOS DIFERENCIAIS DA LIDERANÇA ADMINISTRADORA

Fotos Daniel Zimmermann

Empresa aposta em projeto para transformar jovens estagiários em profissionais qualificados para o mercado de condomínios, além de promover curso para formar síndicos profissionais

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judar as pessoas a viver bem. Esse foi o ponto de partida para a criação da Liderança Administradora de Condomínios. Quando decidiu se dedicar ao segmento, no início dos anos 2000, Neusa Maria Tribeck Ferreira tinha em mente que, para realizar seu desejo de proporcionar uma ótima experiência na convivência coletiva, seria necessário fazer diferente, como ela mesma diz “sair da mesmice”. Com foco nesse objetivo de

desenhar um novo modelo de administradora de condomínios, Neusa entendeu que era preciso ir além da prestação de serviços contábeis e contar com uma equipe alinhada com esse propósito. A dificuldade de encontrar profissionais com esse perfil despertou uma necessidade, que acabou se tornando um diferencial na empresa: investir na formação de jovens e prepará-los para o mercado.


Desde a fundação da empresa até os dias atuais, Neusa se mantém fiel no propósito de oferecer um serviço amplo e apoiado em três pilares que ela considera primordiais para possibilitar aos condomínios uma gestão de excelência: contabilidade, administração e jurídico. “Na nossa visão, condomínio é gestão de pessoas, de materiais e recursos, de conflitos, de documentos e de serviços. E dentro desta visão de programar, controlar e gerir negócios, desenhamos nosso perfil funcional. Mas também esbarramos na dificuldade de encontrar profissionais no mercado que atendessem às necessidades da empresa. As pessoas vinham de outras culturas de gestão condominial, muito focada em contabilidade. Quando passamos para a fase de administração de condomínios foi um divisor de águas”, relembra a administradora e atual presidente da Liderança. Esta adversidade inicial para formar a equipe, aos poucos, se tornou uma oportunidade e ajudou na implementação deste novo modelo de administradora, além de contribuir para a Liderança se destacar diante da concorrência. “Tudo começou com uma parceria com as universidades para preparar alunos de Contabilidade, Administração e Direito para

Neusa Maria Tribeck Ferreira

fazer parte do corpo funcional. Fomos selecionando os que apresentavam melhor rendimento, contratando e iniciando assim o processo de formação da nossa equipe. Sou muito grata por ver que estamos deixando um legado. Muitos desses alunos se tornaram líderes, gerentes, diretores e futuramente podem vir a ser presidentes”, orgulha-se. À medida que a empresa cresce – no momento a administradora atende em torno de 300 condomínios – aumentam também as suas áreas de atuação, o que possibilitou contratar estagiários de cursos de Pedagogia e Engenharia, por exemplo. “Num futuro próximo, pensamos em abranger estagiários de Assistência Social e Secretariado. Com o crescimento da empresa surge a possibilidade de ampliar os serviços prestados. A maior parte dos nossos funcionários começaram como estagiários. Atualmente, temos uma equipe funcional e operacional preparada dentro de princípios e procedimentos que regem a estrutura organizacional da empresa. Mas nosso objetivo principal não é apenas formar pessoas para atuar na administradora, e sim preparar bons profissionais para o mercado, deste ou de outro setor”, observa Neusa.

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PUBLIEDITORIAL

De estagiário a diretor

Rodrigo Pereira

síndicos gostavam de conversar comigo, e valorizavam muito a minha opinião, percebiam meu crescimento e a forma de abraçar as oportunidades. Fui promovido a gerente de todos os setores, do RH aos departamentos contábil, fiscal e administrativo, ainda participava de assembleias e cuidava da questão estratégica da empresa. Tive que evoluir muito rápido”, comenta. Atuando há dois anos como gerente, veio outro convite, desta vez para ser diretor da empresa. “No momento sou o diretor da empresa, mas a intenção é de crescer cada vez mais. Esse é um outro diferencial da Liderança, a questão de dar oportunidades de crescimento. Uso minha história como exemplo, de um estagiário que começou arquivando papel a diretor de uma empresa renomada nessa área de condomínios. Isso inspira as pessoas que começam como estagiários e prova que é possível evoluir efetivamente. Mesmo quem decide sair da Liderança ganha um mercado gigantesco nessa área de condomínios”, pondera.

Síndicos mais qualificados

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O interesse da Liderança em investir na formação dos profissionais não se limita aos funcionários. A administradora se destaca por ser uma das únicas no Estado a oferecer um curso de formação para síndico profissional. “Quando a empresa surgiu, em 2002, era o início da vigência do Código Civil. Começou a aparecer a necessidade de síndicos externos porque muitos moradores não estavam mais se disponibilizando a exercer essa função. Percebemos que a solução seria preparar pessoas nos mesmos moldes que fazíamos com os funcionários. Juntamente com a empresa Condominium Cursos iniciamos o projeto de formação de síndicos, com o apoio do Conselho Regional de Administração

que considerou oportuno e necessário o curso”, conta. Desde a criação da escola de formação de síndicos já se passaram 14 anos. Atualmente, há duas turmas em andamento, nos horários vespertino e noturno, cada uma com 27 alunos. “O curso tem cinco módulos, ministrados por oito professores especialistas na área, com aulas dois dias por semana. São 120 horas/aula e mais 17 horas de palestras relacionadas ao conteúdo. O projeto é presencial, mas neste momento está sendo oferecido 100% em sala virtual, com objetivo de mantê-lo num formato híbrido quando passar a pandemia. Se for possível, no ano que vem, temos a intenção de levar o curso para o Vale do Itajaí”, destaca.

Daniel Zimmermann

Há 10 anos, quando começou um estágio no departamento de Recursos Humanos da Liderança, Rodrigo Pereira não fazia ideia de que ali construiria uma sólida carreira. Atualmente no cargo de diretor operacional da Liderança, Pereira foi um dos jovens que entrou na administradora sem experiência e, com o esforço pessoal e o estímulo da empresa e de seus gestores, conseguiu galgar vários degraus até chegar a um cargo na diretoria. “ Quando comecei eu auxiliava uma colaboradora a preencher informações no Excel, a fazer folha de pagamento e ajudava no setor de arquivos. Às vezes esse tipo de serviço é menosprezado, mas foi graças a ele que conheci vários impostos e documentos que nunca tinha visto antes”, ressalta. Seis meses depois, veio o convite para substituir um funcionário no setor de contabilidade. “ Essa experiência me deu muita satisfação porque conseguia dar atenção ao cliente e no final do balancete, com o auxílio do síndico, conseguia finalizar efetivamente o atendimento ao condomínio”, conta. Pereira ficou quase dois anos neste setor e diz que foi ali que percebeu que gostava de números. “Comecei a tomar gosto porque conseguia imprimir a minha personalidade no trabalho. Recebi retornos positivos de clientes e chefes. Mas, claro, também enfrentei desafios. Tinha receio de falar em público, por exemplo, e participar das assembleias ajudou não só a me desenvolver profissional, como pessoalmente”, relata. Surgiu então uma proposta para assumir o RH, que antes era terceirizado. Mesmo sem muita experiência na área, Pereira aceitou o desafio. “Após quatro anos, passei a auxiliar a Dona Neusa no departamento contábil, fiscal e administrativo, não era muito setorizado ainda, e comecei a me destacar. Muitos


Aluno da primeira turma do Curso de Formação de Síndico, Adriano Colin atua como síndico profissional há 15 anos e tem cinco condomínios sob a gestão da sua empresa, a Colin Gestão Condominial. “Já era síndico quando fiz o curso, mas foi de grande valor para o meu aperfeiçoamento profissional. O curso dá um conhecimento amplo sobre todas as áreas, desde a parte jurídica até questões administrativa, contábil e de RH, é muito completo e ensina tudo que o síndico precisa saber para fazer uma boa administração”, analisa. Além disso, Colin é há muitos anos cliente da Liderança, e 95% dos condomínios que atende estão na administradora. “É uma empresa organizada, em que temos muita facilidade de comunicação, departamentos bem estruturados e profissionais qualificados. Um dos diferenciais da empresa, e o que facilita muito nosso trabalho, é ter todos os departamentos numa mesma administradora. O Jurídico, por exemplo, não é muito comum de estar dentro da administradora. Isso é uma vantagem não só em termos de unificação do atendimento, quanto na tranquilidade de resolver tudo no mesmo local”, pontua. Sobre o curso de formação, Neusa acrescenta que assim como estagiários que se destacam são contratados, os síndicos que têm um desempenho diferenciado se

tornam parceiros da Liderança. “A escola lança no mercado profissionais muito bem preparados, por isso temos uma carteira grande de síndicos capacitados para gerir qualquer condomínio. E, claro, muitos deles são recomendados quando um condomínio nos solicita indicação de um profissional. Para a administradora também é importante ter pessoas com a mesma cultura para atender nossos clientes. Segundo um levantamento feito pela empresa, formamos uma média de 350 alunos até 2019, sendo que destes, 70% estão atuando no mercado”, afirma. À frente da gestão de um condomínio com 200 unidades e cerca de 500 condôminos, Vera Lúcia Paz considera a Liderança como o berço na sua formação de síndica, profissão que exerce há cinco anos. Depois de um período trabalhando como funcionária da administradora, decidiu investir na carreira de síndica e fez lá seu primeiro curso. “Se hoje sou uma síndica profissional bem-sucedida devo à Liderança, porque toda a minha base de conhecimento foi adquirida lá. Muitos funcionários iniciaram bem jovens, então crescemos juntos em termos de conhecimento. A Dona Neusa tem prazer em ensinar pessoas, não guarda o conhecimento só para ela. E tem uma capacidade admirável de reconhecer o potencial dos síndicos”, aponta Vera.

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SOLIDARIEDADE

Banco de Imagens

CICLOVIA DA ALEGRIA CRIA CORRENTE SOLIDÁRIA PARA DOAR BICICLETAS USADAS A COMUNIDADES VULNERÁVEIS Projeto Social pretende mobilizar síndicos, condôminos e parceiros para dar novo destino a bicicletas antigas e, em paralelo, realizar uma campanha de conscientização sobre segurança no trânsito

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onho de consumo da maioria das crianças, a bicicleta é aquele presente que os pais costumam dar assim que os filhos começam a andar. O brinquedo tão desejado, no entanto, deixa de ter utilidade muito rápido porque as crianças crescem e logo querem um novo modelo. Essa atitude recorrente cria uma situação bem comum em condomínios: bicicletas infantis abandonadas nos bicicletários. À primeira vista, parece mais um problema para o síndico resolver. Não para o síndico profissional Volnei Farias Medeiros, que teve a inciativa em 2016 de fazer a coleta, a reforma e a doação de bicicletas usadas para crianças carentes. A ação isolada inspirou um projeto social que vem ganhando uma proporção muito maior com a adesão de novos parceiros: a Ciclovia da Alegria. Apresentada no Quadro De Síndico para Síndico durante o Workshop Síndicos Planning, na edição de novembro de

2019, a ideia surgiu depois que Medeiros percebeu que muitas bicicletas eram esquecidas ou abandonadas por condôminos e inquilinos que tinham ido embora do Condomínio Residencial Central Park, em Florianópolis, onde atua como subsíndico há seis anos. “A princípio, colocava as bicicletas em frente ao condomínio para alguém recolher, até que lembrei de como a bicicleta teve importância na minha vida quando era mais jovem e como muitas crianças têm o sonho de ter uma, mas não tem condições financeiras”, conta. Em 2016, com a ajuda dos condôminos, Medeiros deu início a esta ação solidária que acabou se tornando o seu hobby. “Eu comecei a coletar e consertar as bicicletas com o intuito de doá-las para comunidades carentes. No primeiro ano, em 2018, foram duas, no segundo aumentou para quatro e neste ano já foram 13 bicicletas destinadas à doação”, comemora.


O síndico sempre faz praticamente sozinho toda a parte de conserto e reforma das bicicletas. “Como durante toda a minha adolescência e juventude andava bastante

de bicicleta, hoje confesso que ando muito pouco, ia mexendo nelas e aprendendo eu mesmo a fazer os consertos”, relembra.

Inspiração para novo projeto Sensibilizados com a iniciativa, Karina Kino Pardal e Luís Pardal, diretores da Inspiracom Marketing e Comunicação, empresa idealizadora do Síndicos Planning, fizeram uma promessa a Medeiros durante o Workshop de 2019 de que se engajariam nesta ação social com a missão de estruturar um projeto e ampliar a quantidade de bicicletas reformadas. “Iniciativas e bons exemplos como a do síndico Volnei Medeiros merecem ser divulgadas e, por isso, decidimos apoiar e somar esforços para dar maior abrangência e visibilidade para esta ação”, afirma Pardal. A partir daí, Pardal, que também é Diretor de Imagem Pública e Protocolo do Rotary Club Blumenau Victor Konder, desenvolveu o projeto Ciclovia da Alegria, que será realizado inicialmente em Blumenau. Para mobilizar outros parceiros, a ideia foi apresentada para o Conselho Diretor do Rotary Club Blumenau Victor Konder e ao

10º Batalhão da Polícia Militar de Blumenau, que se encantaram com o projeto e decidiram unir forças para implantá-lo na cidade. Segundo o diretor da Comissão de Projetos Humanitários do Rotary Club Blumenau Victor Konder, Waldemar Hasse, a associação tem um histórico de envolvimento com ações sociais junto a comunidades vulneráveis, por isso foi muito natural a adesão ao projeto. “Estamos dispostos a ajudar, a dar uma dimensão maior para esse projeto. Nossa missão é atrair apoiadores e parceiros, pessoas que irão nos ajudar com a manutenção das bicicletas, e dar o apoio necessário na entrega das doações e nos eventos”, esclarece. Relações públicas do 10º Batalhão da PM de Blumenau, o Tenente Nícolas Vasconcelos Marques destaca que houve um interesse imediato da PM em se engajar na Ciclovia da Alegria por se tratar de um projeto de cunho social.

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SOLIDARIEDADE “A PM reconhece e valoriza a importância desse olhar para comunidades mais vulneráveis e de proporcionar este acolhimento, que dá mais perspectivas de futuro para a criança e contribui para a formação do seu caráter. Nossa responsabilidade será a de ajudar em ações para conscientizar as crianças sobre o trânsito seguro, além de dar apoio na logística e na realização de ações e eventos”, comenta. Para Medeiros é gratificante ver a sua ação, que começou sem muitas pretensões, se tornar um projeto tão bem estruturado, com alcance maior e a adesão de importantes parceiros. “Fico muito grato com essa ampliação do projeto, que, abraçado por tantas entidades, vai possibilitar fazer a alegria de um número muito maior de crianças”, diz. Ele também acredita que essa ação social poderá inspirar outros síndicos e condomínios. “Já tive alguns retornos positivos de muitos síndicos e alguns já estão se dispondo a ajudar”, observa.

Corrente solidária De acordo com Pardal, o objetivo é criar uma corrente de engajamento entre síndicos e condôminos para que as bicicletas paradas ganhem vida através do projeto Ciclovia da Alegria, realizando em paralelo uma campanha de conscientização sobre as regras de trânsito e segurança. “A ação social já começou dentro dos condomínios com a coleta de bicicletas para doação em comunidades carentes e agora ganha uma amplitude maior ao proporcionar educação social, promoção de boas práticas, palestras sobre segurança e educação no trânsito focadas nos ciclistas e condutores de motos e veículos”, pontua. Uma rede solidária de lojas especializadas em concertos de bicicletas será responsável pela revisão e manutenção básica, procedendo com reparos e aprovação das bicicletas para doação. Bicicletas que não estiverem em condições de aproveitamento serão destinadas à reciclagem. As lojas de bicicletas credenciadas à campanha também participarão concedendo descontos na compra de uma nova bicicleta para quem doar sua bicicleta usada para o projeto Ciclovia da Alegria. Entidades da região de Blumenau também serão convidadas a participar com a responsabilidade de identificar e organizar as listas de instituições e/ou de crianças carentes nas comunidades. Além da doação das bicicletas reformadas dentro do projeto Ciclovia da Alegria, serão distribuídas também cestas básicas para as famílias.

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Eventos em datas especiais A campanha de conscientização para doação das bicicletas usadas será feita em duas etapas, associada a duas datas festivas: Dia das Crianças e Natal. A Ciclovia da Alegria irá produzir uma cartilha que será distribuída para

2.500 síndicos de Santa Catarina junto com a revista Diretório Condominial e nos eventos e ações da Ciclovia da Alegria. Serão realizadas também palestras e lives com o intuito de divulgar o projeto.

Daniel Zimmermann

Da esquerda para a direita, Luiz Carlos Reiter e Waldemar Hasse, do Rotary Club Blumenau Victor Konder, Tenente Nícolas Vasconcelos Marques e Coronel Jeferson Schmidt, do 10º Batalhão da PM de Blumenau, síndico Volnei Farias Medeiros e Luís Pardal, diretor da Inspiracom Marketing e Comunicação e Síndicos Planning, que integram a comissão organizadora do projeto Ciclovia da Alegria


Com a coordenação da “Bike Patrulha” do 10º BPM, um dos apoiadores do projeto em Blumenau, e de grupos de ciclistas, será organizado um passeio ciclístico para conscientizar a comunidade sobre as regras de trânsito aplicadas ao uso da bicicleta. “A campanha tem o objetivo divulgar e orientar a população, principalmente as crianças e adolescentes, sobre as regras do uso das ciclovias e ciclofaixas. Além disso, vai apresentar os riscos enfrentados pelos ciclistas, como evitar acidentes,

e sensibilizar os motoristas sobre o respeito mútuo”, destaca Pardal. O evento será promovido no pátio do 10º BPM, em Blumenau, com a realização do circuito educativo “Transitolândia” e a distribuição de cartilhas. As ações estão programadas para o Domingo de Ramos, no dia 28 de março de 2021, caso os eventos estejam liberados em razão da pandemia. Além das bicicletas, serão arrecadadas cestas básicas com as inscrições do passeio ciclístico.

COMO PARTICIPAR Os síndicos do município de Blumenau que se interessarem em participar com a doação de bicicletas usadas podem se cadastrar no projeto. Além dos síndicos, Administradoras de Condomínios e Empresas também podem apoiar o projeto com cotas de apoio. Interessados devem entrar em contato pelo fone 47 3285-7462 ou e-mail contato@diretoriocondominial.com.br. Participe da Ciclovia da Alegria e multiplique os sorrisos das crianças!

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GESTÃO CONDOMINIAL

DESAFIOS DA GESTÃO DE UM CONDOMÍNIO-CLUBE Síndicos de Itapema revelam as peculiaridades de administrar esses empreendimentos grandiosos, com tantos espaços e serviços, e que atraem moradores de todo o país

Daniel Zimmermann

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ajestosos e com uma infinidade de opções de lazer e serviços, os condomínios-clubes têm atraído cada vez mais os olhares de empresários, artistas e jogadores de futebol para o Litoral Norte de Santa Catarina. Itapema é uma das cidades que têm investido fortemente neste estilo de moradia, que possibilita aos moradores a comodidade de desfrutar de uma ampla área comum, fazer diversas atividades sem sair de casa e, tudo isso, com uma bela vista para o mar. Um empreendimento com tantos espaços e serviços exige também uma gestão condominial primorosa. Administrar com competência um condomínio-clube demanda do síndico ou gerente administrativo não apenas um conhecimento aprofundado de gestão. Equipes bem treinadas, fornecedores qualificados, criatividade no planejamento de eventos, habilidade de relacionamento interpessoal são algumas das

características fundamentais para desempenhar a função e atender às expectativas de um condômino que costuma ser mais exigente. Os desafios para manter um condomínio deste porte, segundo os próprios síndicos é muito maior do que em condomínios convencionais. Além disso, condomíniosclube situados em cidades litorâneas precisam lidar com a sazonalidade, que implica num aumento considerável do fluxo de pessoas durante a temporada de verão. Por isso, normalmente, a gestão tem uma configuração diferenciada. Em alguns empreendimentos há a figura do síndico, em outros um gerente administrativo e há também aqueles que dispõem de ambos. Assim como existem condomínios que contam com uma equipe interna que dá apoio na parte administrativa.


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VILLA DOS CORAIS RESIDENCE

• 4 torres • 104 apartamentos (em torno de 280m²)

Morador do Villa dos Corais, Luiz Gilmar da Silva assumiu o cargo de síndico em 2017, depois de um ano exercendo a função de subsíndico. Delegado de polícia aposentado, ele viu no trabalho uma oportunidade de seguir uma nova carreira. Se especializou na área e hoje atua como síndico profissional em cinco condomínios, sendo o Villa dos

Daniel Zimmermann

• Área comum: 5 piscinas (adulto, infantil, adulto aquecida, infantil aquecida, aquecida com bar molhado e piscina grande), academia, salão de beleza, sala de massagem, brinquedoteca, 2 salões de festas, sala de jogos, sala de carteado, cinema, espaço gourmet e restaurante.

Corais o único condomínio-clube. Logo no início da sua gestão veio a primeira missão: gerir a revitalização de toda a área comum do condomínio, que tem aproximadamente 12 anos. “E não foi uma simples reforma, fizemos uma reconstrução, um novo desenho e uma modernização total”, conta.


O grande envolvimento dos condôminos com todos os assuntos relacionados ao condomínio, segundo Silva, é uma das peculiaridades do Villa dos Corais. “Temos moradores muito participativos, o que é uma característica bem fora da curva quando se trata de condomínios residenciais. Para se ter uma ideia, na última assembleia, considerando que são 104 apartamentos, nós registramos a presença de mais de 80 pessoas. Nossos condôminos gostam de ser informados, de participar, de sugerir, eles não medem esforços para o condomínio melhorar cada vez mais”, elogia. Na opinião de Silva um dos grandes desafios na gestão de um condomínio-clube é administrar o restaurante. “É um desafio constante e muito específico, que somente com muito aprendizado, inclusive trocando informações com gestores de outros condomínios, é possível evoluir. São muitas as responsabilidades que implicam em entregar uma boa comida, desde o armazenamento correto dos alimentos até montar uma cozinha industrial, com equipamentos de alta tecnologia, e contratar profissionais qualificados”, ressalta. Outra função que é mais trabalhosa neste tipo de condomínio e requer um bom planejamento, de acordo com Silva, é cumprir com o calendário de manutenção. “Tudo tem que estar em dia e de acordo com as exigências dos bombeiros para cada item, como para-raios e elevadores, por exemplo. Além de outros cuidados importantes como a qualidade da água da piscina e das cisternas, que contamos com um laboratório para fazer a análise. Essa área das piscinas, particularmente, demanda uma atenção maior porque tem equipamentos que exigem manutenção constante”, pontua.

SPLENDOUR OF THE SEAS RESIDENCE

• 6 torres • 156 aptos de 400m² (2 por andar)

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• Área comum (6 mil m²): 5 piscinas (adulto, infantil, térmica, uma com bar molhado e uma de polo aquático). Espaço gourmet, sala de jogos e pub, salão de festas, salão gourmet, boate (atualmente em reforma), brinquedoteca, playground, academia, sauna seca e úmida, sala de massagem, cinema, quadra de tênis, quadra poliesportiva e capela.

Fotos Daniel Zimmermann

GESTÃO CONDOMINIAL

Luiz Gilmar da Silva

O interesse pela cidade e por esse estilo de condomínio, na visão de Silva, se deve a uma série de fatores que tornam a região muito favorável. “Aqui temos o acesso facilitado, fica perto da rodovia e tem aeroportos próximos, há capacidade para absorver quem tem barco ou sua própria aeronave. Além disso, a cidade tem um preço muito competitivo em termos de edificação, uma orla bonita e acessível e muitas praias próximas que chamam a atenção. Evidentemente, essa tendência de condomínio-clube atrai não só quem reside aqui, mas principalmente quem vem passar o veraneio. É um grande privilégio vir para a praia com toda essa comodidade, é como se você morasse em um resort. Imagina chegar de viagem e ter um restaurante aberto no local em que você mora, poder relaxar na piscina aquecida, pegar o seu vinho e degustar em um espaço agradável do condomínio”, valoriza.


A gestão do Splendour Of The Seas Residence, na Meia Praia, em Itapema, fica à cargo do gerente administrativo Cassiano Macedo Ferraz, sob a supervisão de um síndico, e também a administradora de condomínios, a contabilidade, e o suporte de uma equipe para gerir um condomínio-clube. Além de administrar um empreendimento grandioso, o trabalho no Splendour Of The Seas é a sua primeira experiência como Gerente administrativo de um condomínio. “Antes atuava na área de eventos, mas me apaixonei por este universo e comecei a investir na minha qualificação fazendo cursos de síndico profissional”, explica. Assim que assumiu a gestão, Ferraz conta que o desafio inicial era formar uma equipe qualificada. “Minha primeira ação foi conhecer cada prestador de serviço e cada funcionário. Logo percebi que havia pessoas com potencial, mas precisavam de um treinamento mais específico, outras estavam na função errada e algumas não tinham mesmo o perfil para o trabalho. Consegui aprovar um treinamento junto à uma empresa especializada com todos os funcionários, pois queria mostrar que eles são a engrenagem mais importante do processo e que problemas sempre vêm, mas podem ser resolvidos e transformados em oportunidades”, diz.

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Cassiano Macedo Ferraz Daniel Zimmermann

Há 21 anos referência em

Segurança eletrônica e Terceirização de Serviços

4007-2640 intersept.com.br

Vigilância

Portaria 24 horas

Monitoramento

Limpeza e Conservação

Jardinagem e Paisagismo


GESTÃO CONDOMINIAL

Segundo o gerente administrativo, depois do treinamento a equipe se uniu e se engajou muito mais. “E eles sabem que estou na retaguarda, tanto para ajudá-los como para exigir o melhor deles no trabalho. Fazemos reuniões periódicas para trocar ideias e hoje todos têm muito senso de responsabilidade. Resolvemos tudo juntos, ninguém diz ‘isso não é problema meu’”, se orgulha. O Splendour Of The Seas, na baixa temporada, conta com uma equipe de funcionários diretos e terceirizados, que cuidam da manutenção e segurança. No verão a quantidade de funcionários aumenta para atender a temporada. A missão seguinte, de acordo com Ferraz, foi analisar cada ponto estrutural do condomínio. “O Splendour que é um empreendimento de alto padrão, foi construído com materiais de muita qualidade, na gestão trabalhamos com planejamento de todos os serviços, afirma.

Na intenção de qualificar a gestão, o condomínio também investiu em uma ferramenta digital para facilitar a prestação de contas e a comunicação com os moradores. A excelência nos serviços oferecidos também é um ponto de atenção na gestão do Splendour Of The Seas. Um dos destaques é o restaurante que funciona dentro do condomínio e conta com um chef de cozinha exclusivo, que prepara refeições para os moradores o ano inteiro. “Com o problema do Covid-19, montamos um serviço de delivery, em que o morador encomenda o prato e recebe no seu apartamento ou nas áreas comuns com todos os cuidados necessários”, destaca. Precisei de muito aprimoramento técnico para lidar com situações extraordinárias e com resolução de problemas do cotidiano, inclusive para administrar conflitos entre moradores”, salienta.

ATLANTIC PARADISE TOWER

• 6 torres • 156 apartamentos (em torno de 280m²) • Área comum: piscina adulto, piscina infantil, três spas externos e dois internos (banheira de hidromassagem), piscina aquecida interna, piscina infantil interna, sauna úmida e seca, duas salas de jogos, brinquedoteca, academia, sala de pôquer, sala de yoga, salão de beleza, cinema, dois salões de festas, boate e bistrô.

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O Atlantic Paradise Tower, em Meia Praia, é o terceiro condomínio em que Rômulo Bittencourt atua como gestor. Com experiência de mais de sete anos como síndico e também administrador de condomínios, ele afirma que há algumas peculiaridades na forma de gerir um condomínioclube. “No meu caso, teve um fator de dificuldade a mais porque fui chamado para resgatar o condomínio, que era referência e acabou tendo problemas como dívidas e manutenções atrasadas. Os primeiros seis meses foram uma boa escola, mas, felizmente, consegui colocar tudo em ordem”, destaca.

Bittencourt considera que outro desafio é corresponder às expectativas do condômino, que em condomínios de alto padrão costuma ter um perfil mais exigente. “Nós temos condôminos que são empresários bem-sucedidos, artistas como o Alexandre Pires e o Hugo Pena, o jogador de futebol Neymar Jr. A maioria são profissionais de sucesso e que já tem um olho clínico, sabem como fazer uma empresa evoluir e enxergam o condomínio como uma empresa. Se pensar que o condomínio movimenta em torno de R$ 3 a R$ 4 milhões, realmente é um montante grande que se equipara a uma grande empresa”, pondera.


Ao mesmo tempo, esse perfil de morador é também o que traz uma certa vantagem para a gestão. “A inadimplência é muito baixa. Eles também têm uma percepção mais a longo prazo e não são tão detalhistas quando mexemos na taxa de condomínio. Fizemos um investimento em segurança, em que foram implantadas 192 câmeras Full HD e feita a migração do sistema de controle de acesso para biometria. Só teve uma pessoa que reclamou do aumento na taxa condominial, ou seja, conseguimos mostrar que o investimento valoriza o empreendimento e traz conforto e segurança. Considerando que no condomínio moram cinco dos 10 maiores construtores da cidade, além dos famosos, aqui a segurança tem que ser prioridade. Imagine o nível de segurança que precisamos ter quando o Neymar está no condomínio?”, indaga o síndico. Para Bittencourt, uma das grandes responsabilidades como gestor é manter o condomínio sempre em dia. “Temos uma média de 40% de moradores fixos, a maioria vem para o verão e tem o condomínio como sua segunda residência – na baixa temporada há entre 120 a 200 moradores e no verão sobe para cerca de 1500 pessoas, entre famílias e convidados. Esse morador paga o ano inteiro para aproveitar 30 ou 40 dias de praia, então em hipótese alguma ele pode chegar e se deparar com algo estragado. Por isso é primordial você dispor de uma equipe bem qualificada, além de ter parceiros que saibam trabalhar com esse padrão, porque tudo aqui tem um nível de acabamento superior”, argumenta. Bittencourt também defende que é fundamental investir na capacitação da equipe. “Promovo anualmente cursos para os funcionários se aperfeiçoarem. Recentemente, oferecemos um curso de gestão e encantamento do condômino. Não adianta ter funcionários que trabalham bem, mas que não sabem conviver com as pessoas, por exemplo”, alerta.

Sempre foi bom ter uma reserva financeira.

Agora é essencial.

O síndico garante que uma outra missão importante é atender às expectativas que os moradores têm em relação aos eventos. “No mínimo fazemos dois grandes eventos para os condôminos, que são as festas de Réveillon e de Carnaval, e nos últimos dois anos consegui surpreendêlos com atrações bem diferenciadas. Nesse ano tínhamos planejado festa junina e olimpíadas, que acabaram sendo suspensas em razão da pandemia. No verão aproveitamos bastante a área comum para atividades diversificadas como aula de modalidades como acqua zumba e shows de pagode e sertanejo. Você precisa ter essa percepção sobre a importância dos eventos, essa capacidade de promover a integração e oferecer entretenimento porque afinal, é o que se espera de um condomínio-clube”, conclui.

Rômulo Bittencourt Daniel Zimmermann

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Fotos Daniel Zimmermann

SISTEMA DE IRRIGAÇÃO RAIN BIRD SE DESTACA PELA EFICIÊNCIA, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE Líder mundial na fabricação e no fornecimento de produtos e serviços para o segmento de paisagismo em áreas comerciais e residenciais, a empresa tem a Loja da Irrigação como distribuidora em Santa Catarina

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s jardins e o paisagismo são responsáveis por embelezar o empreendimento, mas também por proporcionar maior bem-estar e qualidade de vida aos moradores. A Rain Bird, líder mundial na fabricação e no fornecimento de produtos e serviços de irrigação, oferece uma ampla linha voltada para o segmento de paisagismo em áreas comerciais e residenciais. Fundada em 1933, a Rain Bird fez história e revolucionou a indústria mundial da produção agrícola ao patentear o primeiro aspersor de impacto da história da irrigação pressurizada, no ano de 1935. Desde o início, além da agricultura, a empresa atua com produtos de irrigação para paisagismo, campos esportivos de golfe, tênis e futebol, mineração e no controle de poeira. Atualmente está presente em mais de 130 países ao redor do mundo – no Brasil chegou há 22 anos – e seu portfólio conta com mais de 4 mil produtos de irrigação e serviços.

Gerente regional (Sul, Sudeste e Nordeste) da Rain Bird no Brasil, José Eduardo Póvoa explica que a empresa nasceu desenvolvendo sistemas de aspersão. “Tudo que existe de aspersão agrícola para irrigação no mundo é derivado desta patente pioneira da Rain Bird. Atualmente, o principal carrochefe da empresa é o paisagismo com a irrigação voltada para jardins com diversas plantas. Desenvolvemos uma tecnologia que fornece a quantidade necessária e da maneira correta”, esclarece. Alinhada a essa forte atuação no segmento de paisagismo, um dos grandes compromissos da Rain Bird é com o uso inteligente da água. “Nossos produtos foram testados e desenvolvidos não apenas para trabalhar com água potável, mas com todas as fontes não potáveis, como reuso e captação da chuva. Isso significa uma economia e melhoria para o sistema de gestão de condomínios, pois possibilita o reaproveitamento de água aplicado à irrigação”, ressalta.


Produtos com alta tecnologia Dentre as tecnologias oferecidas para aplicação em condomínios, Póvoa destaca os tubos gotejadores enterrados. Outra facilidade tecnológica disponibilizada pela Rain Bird é a automação do sistema de irrigação. “Não basta investir somente na irrigação. Implementar um sistema automatizado no jardim é mais vantajoso porque traz uma série de benefícios ao condomínio, inclusive financeiro. Com esta tecnologia o condomínio consegue economizar de 30% a 40% no consumo de água. De acordo com Póvoa, o condomínio consegue dar um salto ainda maior em termos de economia quando combina a automação a sensores de chuva e de umidade do solo, que irão analisar a quantidade de chuva que caiu e se ainda há necessidade de água programada. “Esses produtos aliados vão proporcionar uma economia de água de até 70% em relação à irrigação manual. O sistema de automação da Rain Bird também oferece a possibilidade de acesso remoto (via tablet, smartphone ou computador). “Se o jardineiro está fora do condomínio e ocorre um problema de vazamento, por exemplo, ele recebe um alerta e consegue desligar o sistema à distância. Há várias funções no sistema que facilitam a vida do profissional, além de reduzir custos para o condomínio, como deslocamento de pessoal para dar manutenção ou pagamento de hora extras”, pontua.

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Distribuição em Santa Catarina

Camilo Mengarda

Tivemos recentemente avanço em bocais rotativos, por exemplo, que além de distribuir melhor a água, suportam melhor o vento. Quando se trabalha com empreendimentos à beira-mar, onde os ventos são frequentes, há uma grande preocupação em ter jatos d’água que não sofrem a interferência do vento na distribuição.

Maior da América Latina em condomínios, jardim suspenso do Brava Home Resort utiliza sistema Rain Bird

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Fotos Daniel Zimmermann

Em Santa Catarina, a empresa norte-americana é representada pela Loja da Irrigação, que conta com revendas especializadas na implementação dos sistemas e na manutenção. O proprietário Devanir Mengarda conta que começou a trabalhar com irrigação em 1992, tornou-se uma revenda da Rain Bird em 1998 e, alguns anos depois, em 2007, passou a atuar como distribuidora. Para Camilo Mengarda, Sócio-Proprietário da Loja da Irrigação, trabalhar com a maior fabricante de produtos de irrigação do mundo é motivo de orgulho para a loja e de satisfação garantida do cliente. “A irrigação é uma prática milenar, mas a Rain Bird aperfeiçoou o sistema de rega de plantas. A planta que recebe a água sistematicamente na dose necessária e na regularidade certa se desenvolve melhor e se torna mais saudável, além disso traz uma grande economia de água. Quando a pessoa está regando manualmente não consegue ter a mesma precisão. O controlador faz o contrário, se disser que tem que regar por 1 minuto, vai ser colocada a quantidade exata. Esta qualidade e eficiência dos produtos é comprovada no dia a dia pelos clientes e transmite muita confiança e credibilidade”, aponta.


Um dos importantes clientes da Rain Bird em Santa Catarina, o condomínio Brava Home Resort, situado na Praia Brava, em Itajaí, ostenta um dos maiores jardins suspensos em condomínios da América Latina. Dividido em cinco grupos de plantas (palmeiras, árvores, arbustivas, forrações e trepadeiras), o jardim soma um total de 117 espécies e uma quantidade de 60,5 mil plantas e mais 28,6 mil metros quadrados de forrações. A grandiosidade do projeto, assinado pela paisagista Ana Holzer, se equipara à complexidade de manter este jardim bonito e saudável. Gerente predial do condomínio de 14 torres e 324 apartamentos, Carlos Roberto Borba conta que desde a implantação do condomínio, há oito anos, o projeto paisagístico conta com o sistema de irrigação da Rain Bird. “É um jardim espetacular, que foi se tornando mais belo porque foi crescendo e as plantas se desenvolvendo com o passar do tempo. Como é construído sob uma laje e tem uma variedade gigantesca de espécies, requer um cuidado todo especial. E, claro, contar com um dos melhores e mais tecnológicos sistemas de irrigação do mundo faz total diferença para a manutenção do jardim”, assegura. No Brava Home Resort, o sistema de irrigação é dividido em 148 pequenos setores e a água é controlada na medida certa. “Tudo é automatizado e cada setor irriga conforme o que foi programado, em menor ou maior quantidade, de acordo com o dimensionamento planejado pelo engenheiro agrônomo. O sistema distribui a água de forma inteligente para economizar e proporcionar a quantidade ideal para cada espécie vegetal. A operação é totalmente sustentável, não é utilizada água tratada de rua. A água da irrigação é 100% de origem pluvial e do subsolo, ou vem do céu através da chuva ou do lençol freático, e depois também é devolvida para o lençol freático”, frisa.

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Carlos Roberto Borba

Para manter tudo funcionando perfeitamente no jardim suspenso do Brava Home Resort, o gerente conta com uma equipe de oito funcionários que trabalham diariamente. “Há algum tempo percebemos que um auxiliar de hidráulica, o Felipe dos Santos Machado, que era acionado algumas vezes para manutenções no jardim, tinha muita habilidade para o serviço. Decidimos então capacitá-lo e ele foi fazer dois cursos da Rain Bird, um em São Paulo e outro na Bahia. A partir daí, o condomínio não precisou mais comprar peças com terceiros, temos o suporte da Loja da Irrigação e de parceiros que a própria empresa indica. Agora somos autossuficientes pois o nosso funcionário se credenciou para cuidar da irrigação e passou a controlar todo o sistema”, comemora.

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GESTÃO CONDOMINIAL

A GESTÃO E A VIDA EM CONDOMÍNIOS PELO MUNDO Síndicos e moradores de diferentes países contam como são administrados os condomínios onde vivem e apontam diferenças e semelhanças com o Brasil

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gestão de condomínios no Brasil é bastante complexa e abrange várias atribuições que são designadas ao síndico. O síndico pode ser um morador ou um profissional contratado para exercer a função. Em alguns casos, ele conta com o suporte de uma administradora, responsável pelos trâmites administrativos. No país, a vida e a administração em condomínio são regidas por três diretrizes: regimento interno, convenção do condomínio e Código Civil. Ou seja, a forma brasileira de gerir o condomínio é bem específica e segue uma série de regras. E em outros países ao redor do mundo, será que o conceito de gestão de condomínios é parecido?

Nossa reportagem conversou com pessoas que vivem em diferentes partes do mundo e que aceitaram compartilhar particularidades sobre a gestão e algumas práticas dos condomínios de suas cidades, apontando diferenças e semelhanças com o Brasil. Há lugares em que não existe a figura do síndico, por exemplo. Em outros a taxa condominial dá direito a pontos que equivalem a horas para utilizar as áreas comuns. Confira a seguir o depoimento de síndicos e moradores de sete países – Argentina, Bélgica, Estados Unidos, Equador, França, Suécia e Taiwan.


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Cuidad de la Plata, Argentina

“Atualmente, administro quatro edifícios com 69 unidades no total. Em nosso país o síndico é chamado Administrador de Consórcio e o salário médio é de 8 mil pesos (aproximadamente R$ 600,00) por edifício administrado. Os prédios que administro são padronizados, ou seja, possuem área de estacionamento para veículos no térreo, três deles e um com subsolo e térreo. Todos têm um terraço comum e área de churrasco. A decisão de resolver um problema é realizada quando existe um acordo de 60% sobre o número total de condôminos. A assembleia principal é feita uma vez por ano, mas existe uma chamada quando surgem casos de extrema urgência. Existe apenas legislação geral. De qualquer forma, os habitantes de um edifício geralmente estabelecem um regulamento interno para obter uma melhor convivência. Os porteiros normalmente estão disponíveis em edifícios com mais de dois andares de apartamentos e/ou onde os elevadores operam. E também existe a figura de zelador, como no Brasil. A limpeza diária do edifício é realizada por pessoal contratado, geralmente provenientes de empresas, e em muitos casos permanece como responsabilidade de um gerente nomeado pelos moradores do edifício. Os zeladores também cumprem o papel de limpar determinadas áreas. Em relação à manutenção do edifício que requer mão de obra qualificada, profissionais como eletricistas, encanadores e de outras especialidades são contratados pelo Administrador de Consórcio (o Susana Camozzi, Administradora de Consórcio (síndica)

Fotos: Banco de Imagens

Capital da província de Buenos Aires, na Argentina, La Plata é uma cidade planejada, conhecida pelas avenidas diagonais. No centro, a Plaza Moreno abriga a grande Catedral de La Plata, com arquitetura neogótica, e o Palácio Municipal, construído no estilo renascentista alemão.

síndico). Boa parte dos condomínios utiliza câmeras de vigilância, controles remotos para acesso a estacionamentos, cartões magnéticos para abrir portas de acesso ao hall de entrada e pessoal de vigilância em edifícios que exigem maior segurança. Entre os maiores desafios dos Administradores de Consórcio estão a capacidade de administrar recursos com eficiência, de contratar profissionais competentes para solucionar problemas e de manter a boa convivência entre os habitantes de um edifício. Os principais problemas gerados entre vizinhos se referem à boa educação, somada a outras situações, como a diversidade de idades, profissões e se possuem animais de estimação ou não (animais são permitidos de acordo com o regulamento interno do condomínio). Existe uma taxa condominial estabelecida em função das unidades funcionais do edifício e da quantidade de metros quadrados de cada uma delas e dos serviços que a construção possui. Na Argentina, essa taxa é denominada despesa, é mensal e normalmente, paga entre os dias 1 e 10 de cada mês, sendo aplicados juros quando o pagamento ocorre fora do prazo. Há também o pagamento de uma despesa extraordinária quando são necessárias manutenção e/ ou emergências, que não podem ser resolvidas com o fluxo de dinheiro restante das despesas comuns. Nas condições de uma economia normal não há atrasos significativos. Mas essas situações sempre ocorrem e, muitas vezes, são resolvidas pelos agentes imobiliários que administram uma certa quantidade de imóveis para aluguel”.


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Quito, Equador

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“Administro 17 condomínios de alto padrão nos melhores bairros da cidade. Formalmente não há profissão ou estudos para síndico, que no Equador é chamado de Administrador de Condomínios. A maioria deles são moradores, mas existem empresas de gestão e administradores profissionais que prestam serviços a vários condomínios. Não há salário fixo e o pagamento depende das particularidades e dificuldades de cada condomínio. O cálculo mais próximo que os administradores profissionais têm como referência de valor é de 10% da arrecadação mensal do condomínio. Ou seja, se um condomínio arrecada R$ 1000,00 nos pagamentos comunais, o administrador pode iniciar a negociação com R$ 100,00 por mês. A esse valor deve ser adicionado um percentual de dificuldade, portanto se houver mais coisas para guardar no condomínio o valor é maior. As principais funções do Administrador de Condomínios são basicamente as mesmas que o síndico exerce no Brasil. Os condomínios no Equador por lei devem ter pelo menos uma assembleia ordinária que deve ser realizada nos primeiros três meses, podendo realizar as extraordinárias que desejarem, sempre com objetivos específicos. O que regulamenta e rege os condomínios é a Lei da Propriedade Horizontal e o Regulamento da Propriedade Horizontal, mas dentro dos condomínios é regulado pelo regimento interno, que se refere às particularidades do seu funcionamento. Normalmente existem áreas comuns nos condomínios e, dependendo de cada uma e dos seus

Fotos: Banco de Imagens

Encravada na Cordilheira dos Andes e cercada por vulcões, a uma altitude de 2.850 metros, a capital Quito foi construída sobre as fundações de uma antiga cidade inca. É conhecida pelo centro colonial bem preservado, com igrejas dos séculos 16 e 17 e estruturas que misturam os estilos europeu, moro e indígena.

regulamentos internos, estas podem ser gratuitas ou alugadas por hora ou dia. Há parques, piscinas, campos desportivos, sala de reuniões, churrasqueira, sauna, hidromassagem etc. Já não é tão comum a presença de porteiro, pois ele foi substituído pelo segurança, que exerce as funções de abrir as portas, mas também monitorar e estar atento a qualquer tipo de evento que possa prejudicar o condomínio. O zelador é a figura do segurança, que em sua maioria são externos, contratados por uma empresa de segurança prestadora do serviço e que designa uma equipe para fiscalizar o condomínio. Há poucas exceções em que não há segurança física, todos possuem câmeras e cerca elétrica, além de alarmes e serviço de monitoramento. O administrador (síndico) enfrenta três problemas principais: a cobrança de atrasos, a falta de comunicação que costuma ter no condomínio e a tentativa de ser mais eficiente, já que existem muitos processos financeiros repetitivos que não ajudam a melhorar o sistema operacional do condomínio. Animais de estimação são a principal fonte de problemas entre vizinhos, especialmente se o animal for agressivo. Existem regras que regulam todos os aspectos dos animais de estimação, mas poucos as aplicam. Existe uma taxa condominial mensal que chamamos de Despesa Mensal. Se tivermos uma boa gestão, não deve passar de 10% de inadimplência. Dependendo do prazo do pagamento e de regulamentos internos pode haver multa ou juros”.

Marcelo Hurtado, Administrador de Condomínios (síndico) e CEO da Habitanto


Taipei, Taiwan A capital de Taiwan é uma moderna metrópole com alamedas coloniais japonesas, ruas de compras movimentadas e prédios contemporâneos. O horizonte da cidade é coroado pelo arranha-céu Taipei 101, em formato de bambu e com 509 metros de altura. Taipei é conhecida pela gastronomia de rua e os mercados noturnos.

“Não existe a profissão de síndico, nem administradoras de condomínios em Taipei. É criado um comitê de gestão formado por dois moradores, sendo um deles o responsável pela contabilidade, que atua por dois anos. O comitê é eleito em assembleia por votação e pode ser reeleito. A pessoa que faz a contabilidade recebe uma ajuda de custos de aproximadamente US$ 100,00 mensais. As assembleias são realizadas quando há necessidade de um gasto extra, como o conserto de um muro, por exemplo, e o orçamento é aprovado em votação. A taxa condominial dá direito a pontos que equivalem a horas para utilizar as áreas comuns e podem ser comprados pontos extras para utilização de piscina, academia, salão de festas, bar e caraoquê. Existe porteiro e zelador. O zelador é contratado e precisa ter diploma de zelador. Os condomínios normalmente possuem câmeras e o controle fica na sala do porteiro. Portaria remota não existe, mas vigilantes, sim. O principal problema entre os vizinhos é o barulho. Aqui em Taiwan, se o vizinho chama polícia ela tem que vir. Então, os policiais ficam do lado de fora do apartamento ouvindo se realmente estão fazendo barulho, por 15 minutos, e só intervêm se constatar a procedência da denúncia. Se a mesma pessoa chama a polícia mais de cinco vezes, a polícia não volta, ela orienta o porteiro a não permitir visitas depois das 22h. Festas e celebrações de aniversários normalmente são feitas em restaurantes, não é um comum fazer no prédio. Pets são permitidos, mas não pode ter barulho. Existe uma taxa condominial mensal e dificilmente há inadimplência. É colocada uma lista no elevador com os nomes de quem pagou ou não”. Kuo Chun Tang, condômino

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Märsta, Suécia Märsta é uma pequena cidade da província histórica de Uplândia, na Suécia. Tem cerca de 24 mil habitantes e é a sede do município de Sigtuna, no condado de Estocolmo. Entre as atrações da cidade estão o Castelo Skokloster, em estilo barroco, e o Palácio de Rosersberg, construído na década de 1630 e que se tornou palácio real em 1762.

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“Na Suécia o síndico não tem o mesmo papel que o síndico no Brasil. Primeiro porque aqui você não compra o apartamento, você compra o direito de morar. O direito de morar é permanente, quando você morre passa para os seus herdeiros. A empresa incorporadora que contrata a construtora para construir o prédio e administra tudo, faz a manutenção, limpeza, jardinagem etc. O único papel do síndico é fazer a ligação entre o morador e a administração. A construtora faz um contrato com as empresas que vendem água e energia elétrica por 10 ou 20 anos e o valor permanece o mesmo em todo este período. A água que a gente paga é a água quente, pois a água fria não tem custos, e tudo isso vem na taxa de condomínio. Cada apartamento tem uma conta de fundo de reserva para fazer reformas e consertos dentro dos apartamentos. A manutenção externa e das áreas comuns já está contemplada na taxa de condomínio e a incorporadora é quem faz todas as obras, faz a vistoria e verifica se estragou alguma coisa, faz a contratação e o pagamento dos serviços e presta contas para os condôminos. É realizada uma assembleia anual e a incorporada mostra tudo que foi feito, se sobrou dinheiro e elege o novo síndico. Temos uma lavanderia comunitária e quando quebra alguma coisa, o morador tem que comunicar diretamente à incorporadora, nem passa pelo síndico. Em nosso condomínio temos também uma grande área verde com animais silvestres, como raposas, além de churrasqueira, campinho e parquinho. Normalmente ficam no centro do terreno com os prédios em volta. O prédio dispõe ainda de um apartamento que pode ser alugado para visitantes. Leila Garcia e Leif Wodelius, condôminos

A empresa de segurança faz uma ronda à noite, mas aqui é muito mais tranquilo do que no Brasil, praticamente não existem assaltos. Não tem câmeras, portaria remota ou vigilante. Não existe porteiro e controle de acesso, nem em prédios residenciais nem em comerciais. Também não existe ascensorista nos elevadores. A garagem normalmente é do lado de fora do condomínio. Para fazer as entregas de compras, o entregador tem que passar por uma cancela e estacionar próximo à entrada do prédio. A mesma chave que abre a porta abre a cancela. É raro ter inadimplência porque aqui quem fica sem emprego tem um seguro com valor suficiente para pagar as contas até começar em um novo emprego”.


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New Orleans, Estados Unidos

Fotos: Banco de Imagens

Cidade da Louisiana, às margens do rio Mississippi, fica próxima ao Golfo do México. Apelidada de “Big Easy”, é conhecida por ser a terra do jazz, pela vida noturna agitada e a culinária apimentada, reflexo das culturas francesa, africana e americana. Também é famosa pelo Mardi Gras, festa de Carnaval com desfiles e festas nas ruas que ocorre em fevereiro.

“A função de síndico nos EUA se chama Landlord, apartment manager. Mas é uma empresa que gerencia o condomínio, não uma pessoa apenas. Alguns funcionários que trabalham no condomínio moram aqui, mas não todos. Geralmente, quem tem que responder a ligações mais urgentes mora no local e quem lida com contabilidade, compras e vendas não precisa morar no local. É muito difícil encontrar um prédio no estilo do Brasil, em que moradores são os proprietários de um único apartamento. O condomínio inteiro é construído por uma empresa que gerencia e coleta os alugueis dos inquilinos e não para a venda direta do apartamento. O Landlord fica responsável pela manutenção, tanto das áreas externas (jardinagem, áreas comuns, piscina e academia) quanto da manutenção interna dos apartamentos (desde troca de lâmpadas até a troca Paulo Alexandre Regis, condômino

de fogão, geladeira etc). Esta manutenção está inclusa no aluguel. Não existe taxa de condomínio, somente pagamos aluguel mais água, gás, lixo, eletricidade etc. Não são realizadas assembleias, mas existe um regimento interno. Têm regras e horários estabelecidos pelo grupo que gerencia o condomínio para utilizar as áreas comuns. Elas são comuns a todos os moradores, mas não têm restrição para visitantes. Não existe porteiro e a função de zelador é exercida pelos funcionários que trabalham para/no condomínio. Em relação à segurança, tem um portão para carros e câmeras na entrada do condomínio. Mas não há restrição quanto à entrada de pedestres. Não existe vaga de garagem específica para apartamentos, você estaciona onde quiser e estiver vago, mesmo se for visitante. Podem ter pets nos apartamentos, mas geralmente paga-se uma taxa a mais no aluguel”.


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Paris, França A capital francesa é uma das cidades mais visitadas no mundo. A Cidade Luz, como é conhecida, é cortada pelo Rio Sena e encanta pela beleza arquitetônica, as charmosas avenidas, os monumentos históricos, os deliciosos cafés e a riquíssima gastronomia. A cidade está dividida em 20 arrondissements, zonas demarcadas em formato de espiral.

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“No geral, os prédios têm no máximo sete andares, não têm área de lazer e os apartamentos são bem pequenos. Alguns prédios não têm elevador e naqueles que há ele é minúsculo, cabendo apenas duas pessoas. Aqui na maioria dos prédios não tem um síndico, e sim uma Gardienne. É como uma zeladora no Brasil, a pessoa que cuida do prédio, faz a limpeza e tira o lixo. A gardienne deve receber um salário e mais a moradia no prédio. O apartamento dela é sempre no andar térreo, próximo à porta de entrada, e aparenta ser bem pequeno para uma pessoa. São empresas especializadas que administram o condomínio, cuidam das finanças e pagam a gardienne. Em prédios com poucos apartamentos, às vezes, existe um síndico voluntário. Não existe porteiro, mas normalmente há duas portas de acesso. Na primeira porta as empresas como Correios e os serviços de delivery têm acesso, pois é onde ficam as caixas de correspondência. É nesta primeira porta que ficam os interfones. Somente os moradores têm a chave ou o código para abrir a segunda porta. Os condomínios não possuem câmeras, portaria remota e nem vigilantes. O acesso é por tag ou senha e, algumas vezes, chave. Por exemplo, onde eu moro, a primeira porta é por senha e a segunda é com chave. Já morei em outro lugar que as duas portas abriam com tag”. Viviane Comnisky, condômina


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Bruxelas, Bélgica Capital da Bélgica e sede do Parlamento Europeu e da Otan, Bruxelas é conhecida por lugares históricos e pontos turísticos como a praça Grand-Place, considerada uma das mais bonitas da Europa, com suas lojas e restaurantes dentro de prédios ornamentados do século 17. A cidade tem outras tradições como a fabricação de excelentes cervejas e chocolates.

“Não tenho síndico no meu prédio. Quem faz tudo é o proprietário, que também administra os apartamentos. No prédio em que morava antes tinha uma empresa terceirizada que cuidava de tudo, mas mesmo naquele prédio o proprietário estava sempre muito envolvido. Ele era meu primeiro ponto de contato. De maneira geral, são os proprietários que atuam como síndicos. As pessoas se autorregulam, então dificilmente alguém faz algo que não deve. Uma amiga que mora de aluguel está tendo problemas com o vizinho no prédio em que mora, e é a proprietária do edifício que está resolvendo. Na minha percepção, os contratos de aluguel protegem bastante os proprietários. Agora, se o apartamento fosse meu, acho que eu mesma teria que resolver as situações em que um síndico normalmente se envolveria no Brasil. Não tem nenhum tipo de área de lazer. São casas antigas que o pessoal compra, revitaliza por dentro e quebra em apartamentos. Tem uma faxineira que vem uma manhã por semana para limpar a área comum. Nenhum prédio aqui tem porteiro ou vigilante. A cultura de portaria não é comum aqui na Europa. Nos prédios comerciais, os vigilantes/porteiros são de empresas terceirizadas”. Camila Volkmann Kammer, condômina

Fotos: Banco de Imagens

Agradecimento Gostaríamos de deixar registrado aqui um agradecimento especial aos amigos que contribuíram com a produção desta reportagem e intermediaram as entrevistas com síndicos e

condôminos ao redor do mundo. A Adriana Bachmann, Hilda Kino, Jeane Simas de Moura, Marcelo Chechile e Rafael Censi, muito obrigada pela colaboração e parceria!


GESTÃO CONDOMINIAL

QUAL É O PERFIL DO SÍNDICO IDEAL? Dificuldades e situações atípicas vividas atualmente nos condomínios demandam novas habilidades e uma postura mais sensível do gestor

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Divulgação

ituações incomuns e adversidades que surgiram nos condomínios diante da pandemia de Covid-19 têm exigido uma postura diferenciada do síndico. A execução de atividades mais rotineiras cede espaço para questões emergenciais como proteger a saúde dos moradores e colaboradores, manter condôminos bem informados, garantir o cumprimento de protocolos de segurança, flexibilizar escalas de trabalho, implementar ferramentas digitais, entre outras prioridades. O momento atual destaca a importância de o síndico aperfeiçoar determinadas competências e habilidades que antes não eram tão necessárias. Dentre elas, ter um olhar mais humanizado e sensível frente às necessidades dos condôminos e às dificuldades da moradia coletiva em circunstâncias atípicas. Para Jessica Volaco, diretora executiva do Grupo Roderjan e especialista em Gestão Condominial, diante de tantas atribuições que o síndico tem, uma das principais é zelar pelos interesses comuns dos moradores. “Neste momento as competências principais são ter muito tato para se relacionar com as pessoas, mesmo à distância, se comunicar bem e resguardar a saúde dos moradores”, afirma. O síndico deve estar ainda mais presente e conhecer todos os condôminos para identificar quais precisam de ajuda e se colocar à disposição. Mas, principalmente, diante de tantos impactos na saúde, sociais, econômicos e políticos, deve despertar um senso de comunidade. Durante a pandemia há necessidade de intensificar esse lado mais humano e sensível, de entender qual a necessidade do outro e de se dispor a ajudar. Especialmente para o síndico, que é quem deve ter esse contato imediato com o condômino, mas que antes nem sempre tinha tanta proximidade”, pontua.

Wilian Brizola, gerente executivo da Roderjan Condomínios, complementa que as pessoas só conseguem evoluir se aprenderem a lidar com adversidades e exercitarem esse papel mais humano. “Nessa fase é necessário, muitas vezes, deixar de lado a questão da convenção e priorizar o senso comunitário. E também é muito maior a responsabilidade na tomada de decisões porque o síndico não só representa as pessoas do condomínio, como as influencia. Se antes era importante que ele fosse comunicativo, agora é fundamental. O papel dele é comunicar a todos sobre tudo, zelando pelas informações. Para isso, ele precisa se manter atualizado. Não existe um script a ser seguido, boa parte dos síndicos nunca viveu esta situação, então saber o que está acontecendo, tanto regionalmente quanto no condomínio, é essencial para tomar decisões assertivas”, observa.

Jessica Volaco

Apoio da Administradora De acordo com Brizola, administrar questões como a inadimplência requer um acompanhamento cuidadoso do síndico, que precisa conduzir esta situação com estratégias específicas. “É importante contar com uma administradora

com boa estrutura para atender o condomínio neste sentido. Antes, fazer um acompanhamento quinzenal ou mensal era suficiente, mas agora precisa estar atualizado com maior frequência”, destaca.


35 “As assembleias online, por exemplo, se mostraram um importante aliado. Antes as assembleias não tinham uma boa aceitação por parte dos moradores e identificamos um aumento de 30% na participação. Esta nova solução foi construída com os síndicos, que têm papel importante no fornecimento das informações, bem como no incentivo da participação dos condôminos”, argumenta Jessica. Brizola acrescenta que percebeu ainda uma utilização maior do aplicativo que disponibiliza informações para os condôminos.

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Transparência e empatia Diretor comercial na BRCondos Franchising, William Cesar dos Santos destaca que esse novo perfil de síndico tem que lidar com transparência de forma muito ativa. “Síndicos que vivem no passado e seguem o estilo antigo de fazer gestão não têm mais espaço. O papel do síndico agora é atuar como um CEO, pois o condomínio é como uma empresa. Muitos ainda operam num modelo em que se sentem os donos do condomínio, e isso acabou. É preciso usar conceitos mais modernos de administração, métodos e processos que propiciam uma boa gestão, ter uma boa equipe e atuar com o conselho muito próximo dos moradores”, argumenta. Os momentos de crise, na visão de Santos, evidenciam a necessidade de determinadas características para uma boa gestão. “Agora o morador está dentro do condomínio por mais tempo, está preocupado com as contas, quer ter mais acesso a informações. Antes o síndico costumava fechar essa caixinha com uma prestação de contas anual, com o novo cenário elas têm que ser praticamente diárias. E tem que

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Segundo Jessica, esse acompanhamento mais de perto, apesar de ser uma das responsabilidades do síndico, com recorrência era delegado à administradora. “Alguns síndicos ficavam acomodados. Mas para atuar mais celeremente, fazer este acompanhamento juntos é essencial e vai impactar diretamente na situação financeira do condomínio”, avalia. Ambos acreditam que o papel da administradora neste momento é primordial também no sentido de orientar e dar suporte em relação às ferramentas tecnológicas.

William Cesar dos Santos

estar mais aberto a novas medidas para reduzir os custos para o condomínio, como por exemplo substituir a portaria presencial pela virtual”, sugere.


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Santos reforça que aproveitar as facilidades da tecnologia é outro aprendizado importante para síndicos que ainda tinham resistência. “Quem não estava alinhado com as novas tecnologias teve que correr atrás porque se tornou uma necessidade para minimizar os impactos da pandemia. É muito mais prático você lançar uma enquete dentro do sistema online para tomar uma decisão simples como qual cor pintar o muro e depois aprovar essa decisão rapidamente em uma assembleia virtual. Assim como vale a pena investir na automação para garantir maior segurança no controle de acesso ao implementar a leitura facial no lugar das digitais. Ou seja, encontrar formas de facilitar a vida e de melhorar a relação com os condôminos, trazendo produtos tecnológicos”, aponta.

Outra habilidade que, segundo Santos, se mostrou imperativa para o síndico diante das circunstâncias atuais é a empatia. “Esta palavra que tanto ouvimos nessa pandemia é uma qualidade que o síndico precisou desenvolver ou aprimorar. Tanto a capacidade de pensar mais nos outros como a de ser mais flexível e mais aberto para ouvir. Neste processo, a empatia contribuiu muito para melhorar a relação com os moradores. Acredito que será um legado tudo o que está sendo absorvido até aqui e a tendência é que os síndicos mantenham todo esse aprendizado, assim como as administradoras, que se forçaram a pensar fora da caixa. Foi um passo difícil de ser dado, mas muito importante. Agora é olhar para frente e tirar o melhor proveito possível desta situação”, ressalta.

Qualidades e defeitos acentuados que sentei com a supervisora da limpeza e fizemos ligações para 30 a 40 síndicos para explicar como agir, em outros casos, passamos a dar maior suporte jurídico. Neste momento surgem muitas dúvidas e começam a aparecer alguns “profetas do apocalipse”, assustando os síndicos e até empurrando produtos. Tivemos um caso de um síndico que queria comprar um certo produto de limpeza porque o vendedor garantiu que era o mais eficaz contra o coronavírus. Ele insistia em comprar mesmo sabendo que a melhor solução é o álcool e o cloro ativo. Para tranquilizá-lo fomos pesquisar a composição e constatamos que era o produto menos indicado. São situações que expõem o síndico inseguro, que não sabe como agir, e que precisa do auxílio da administradora”, diz. Divulgação

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Na opinião de Ecio Luiz Rosa, sócio-proprietário da ADMBlue, que administra 165 condomínios em Blumenau, Navegantes e Joinville, o perfil do síndico não se modificou neste período de pandemia, ele apenas acentuou qualidades já existentes. “Essas situações incomuns e mudanças provocadas pela Covid-19 acabaram exigindo um pouco mais da gestão. De repente estava todo mundo em casa e isso exacerbou alguns problemas como os conflitos por causa de barulho, por exemplo. No entanto, acredito que aquele síndico que era mais proativo e participativo teve um desempenho melhor porque já era do seu perfil, enquanto o síndico mais reativo, que espera algo acontecer para tomar decisões e agir, esse continuou atuando do mesmo jeito de sempre”, frisa. A mesma situação se observa em relação ao relacionamento interpessoal, que, segundo o administrador, também demonstram a necessidade de uma postura mais flexível, de ser persuasivo e aceitar questionamentos. “Para ser um bom gestor tem que saber lidar com pessoas, ter bom senso e tato para tratar de determinados assuntos. Na hora de advertir ou multar tem que reconhecer o momento de ser mais duro ou de ceder, até porque se tratam de moradores e não de funcionários do síndico. Ter um bom relacionamento é na verdade a principal característica do bom síndico porque a parte contábil e financeira é razoavelmente fácil e ele conta com suporte de especialistas. Eu costumo dizer que o síndico não precisa ser contador ou advogado, tem que ser psicólogo”, brinca. Rosa destaca que a administradora tem tido um papel muito importante no suporte aos síndicos. “Teve tardes em

Ecio Luiz Rosa


Como é o síndico ideal na opinião do condômino Os síndicos têm que usar muito a inteligência emocional para driblar as adversidades. Gerir conflitos entre vizinhos, ter resiliência frente às dificuldades, se adaptar às mudanças frequentes e tomar decisões sem informações precisas viraram rotina do gestor condominial. Morador há cerca de 15 anos do Tropical Residence, condomínio com 216 apartamentos do bairro Garcia, em Blumenau, o empresário Carlos Alberto Walker conta que enfrentaram várias situações nessa pandemia, de restrições de uso das áreas comuns a casos de inadimplência. No entanto, ele garante que tudo foi administrado de forma exemplar pelo síndico profissional Sérgio Luiz dos Santos. “Nosso síndico está trabalhando muito bem todas estas questões, não lembro de ouvir nenhuma queixa de moradores. E as regras de convívio social não foram determinadas pelo síndico, e sim pelo governo. Coube a ele transmitir aos moradores de forma que entendessem e respeitassem, o que funcionou perfeitamente”, relata. Para Walker, nesse momento também foi reconfortante observar que o síndico do Tropical tem qualidades que são de extrema importância em situações de crise. “O Sérgio teve

sensibilidade para entender as pessoas que ficaram sem emprego ou renda e fazer renegociações. Também mantém um canal de comunicação muito aberto e transparente com os moradores. Como todo mundo está mais nervoso e propenso a discutir nessa quarentena, é muito bom também ter um síndico que sabe se posicionar, ponderar e fazer todos cumprirem as regras sem grandes confusões. E quando necessário, ter a firmeza de advertir ou multar”, opina. Como empresário, Walker acredita que uma das maiores dificuldades de qualquer gestor é justamente administrar pessoas e egos. “Saber se relacionar com as pessoas não é fácil, muito menos chegar em um condomínio onde todo mundo é dono e fazer cumprir as regras. Imagine então fazer isso em um momento de crise. Se o síndico não tiver bom senso, capacidade de expor sua opinião, de se posicionar, não conhecer a legislação do município e o regimento do condomínio e ter uma boa relação com os moradores, dificilmente vai se sair bem. Mas é nestas circunstâncias adversas, que já enfrentamos outras vezes, como enchente, vendaval, crise econômica, que identificamos um gestor competente”, finaliza.

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GESTÃO CONDOMINIAL

DIFERENTES NO FUNCIONAMENTO, PARECIDOS NA GESTÃO Administradoras apontam o que muda na forma de gerir condomínios comerciais em relação aos residenciais

O

s condomínios residenciais são o lugar de moradia, onde as pessoas vivem, dormem e estão em seu ambiente mais íntimo. Enquanto os condomínios empresariais são usados como local de trabalho, portanto são mais formais, têm horários de funcionamento diferentes, os vizinhos são outras empresas e as pessoas entram e saem o tempo todo. Assim como há muitas características que diferem os condomínios residenciais dos comerciais, há muitas similaridades na gestão. Mudam questões como por exemplo, o controle de acesso devido ao grande fluxo de pessoas e a manutenção de equipamentos utilizados com maior frequência. Porém, ambos demandam de administradoras e síndicos a mesma dedicação, disponibilidade e competência na administração. Há três anos no mercado, a administradora MX8 é responsável pela administração do Riviera Concept – primeiro complexo multiuso de Santa Catarina, que abriga salas comerciais, escritórios, o Hotel Hilton Garden Inn e

apartamentos residenciais (em fase de construção) – situado na Praia Brava, em Itajaí. O edifício de escritórios contempla 25 andares, 196 salas, 20 lojas e um estacionamento rotativo. Sócia-proprietária da MX8, Martinha Silva explica que a empresa administra, há quatro meses, os três condomínios que o complexo engloba. Administradora também do Brava Beat Corais, Martinha conta que a administração do Riviera é a primeira experiência com condomínios comerciais. Apesar do pouco tempo, a administradora garante que já percebeu algumas diferenças na gestão destes dois tipos de empreendimento. “A quantidade de pessoas é muito maior e tem muita rotatividade de condôminos. E por serem salas comerciais o tratamento é mais formal, não nos permite a mesma intimidade que temos com os condôminos de um residencial. No residencial as pessoas estão na sua casa, então costumam estar mais abertas e expostas”, acredita. Banco de Imagens

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Atendimento e demandas O tipo de atendimento aos condôminos de um edifício comercial também é um pouco diferente, assim como as demandas. “Eles estão sempre requerendo documentação, matrícula, ligações de água e energia elétrica, essa papelada que as imobiliárias precisam quando tem uma locação. Nós temos que dar essa assistência, passar todas as regras

do condomínio, informar sobre horários de mudança e obra. O envolvimento é maior com o locador, quem está alugando precisa deixar tudo bem registrado. Por conta da rotatividade são mais comuns também problemas como a inadimplência, o que requer uma equipe de cobrança mais atuante”, sinaliza.


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Martinha Silva e Wagner Magri

O advogado Wagner Magri, sócio da MX8, concorda que a demanda do comercial exige um pouco mais da gestão, mas enfatiza que a dedicação é a mesma para os dois tipos de condomínios. “Para ambos é necessário dar um retorno rápido, orientar e solucionar os problemas ou mesmo negar uma solicitação se for o caso. No comercial é muita solicitação de tags de estacionamento, autorização de ingresso de clientes e prestadores de serviço e dúvidas com relação aos procedimentos. O Riviera tem uma ocupação de mais ou menos 40% e dos mais variados segmentos, de consultórios médicos a corretoras de investimentos, portanto as solicitações são mais recorrentes e pontuais”, afirma. Além disso, no condomínio funcionam também a Justiça Federal e a Procuradoria do Estado de Santa Catarina. “É um público que exige um olhar diferenciado por ser mais exigente”, complementa Martinha.

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Atenção à recepção Magri ressalta também que condomínios comerciais do porte do Riviera exigem uma maior atenção na recepção. Segundo ele, na parte de autorizações, a recepção precisa estar sempre sincronizada com as orientações da administração. “Nós pedimos preferencialmente que as solicitações venham por e-mail porque fica mais fácil de

distribuir para os setores responsáveis”, diz. Para facilitar esse processo, a administradora também está implantando uma ferramenta digital de gestão. “Essa nova plataforma vai gerir de forma online a parte de documentação e requisição, onde o próprio condômino vai poder baixar os documentos que ele necessitar”, acrescenta Martinha.

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GESTÃO CONDOMINIAL Como o Riviera tem uma recepção que funciona 24 horas, a equipe também deve ser bem preparada. “O segredo é ter uma boa empresa parceira, que vai dar o suporte necessário às pessoas que trabalham à noite, pois os inquilinos precisam saber a quem recorrer se houver necessidade. Temos uma empresa terceirizada responsável pela recepção e a segurança, que é outro ponto de atenção importante em edifícios comerciais”, destaca Martinha. Para garantir a segurança, o Riviera conta com um moderno sistema de acesso aos elevadores. “Quando o visitante chega, ele faz um cadastro e ganha um cartão que o libera somente para a área dos elevadores, então temos o controle de todo mundo que acessa a torre. Outra vantagem é que o elevador para somente no andar que o visitante informou. Isso evita que

pessoas circulem onde não precisam, tanto que no elevador não existe botoeira”, ressalta. No que se refere à manutenção, Magri salienta que os elevadores, pelo grande fluxo diário, exigem um olhar um pouco mais detalhado dos equipamentos. Segundo Martinha, outra diferença de condomínios residenciais e comerciais em relação às manutenções é a questão dos horários. “Há situações pontuais que precisam ser analisadas. Por exemplo, você não pode programar a limpeza da caixa d’água durante a semana porque o consultório de dentista não pode ficar sem água. Então, determinadas manutenções têm que ser agendadas para um sábado, e claro, sempre comunicando com bastante antecedência para que o condômino não seja prejudicado no seu negócio”, alerta.

Diferenças básicas condomínios comerciais. “Nestes edifícios são mais rotineiros problemas relacionados a vazamentos, infiltrações, controle remoto e interfone que não funcionam, ou seja, são ligados ao funcionamento do empreendimento e a questões mais técnicas”, avalia. Mas há uma situação complicada, segundo Santos, que é mais frequente nos edifícios comerciais que administra. O uso indevido do estacionamento por motoristas que observam determinada vaga de garagem sem uso ou prestadores de serviços com entrada autorizada que param em qualquer lugar. Quando o proprietário da vaga chega, se depara com um carro na sua vaga e acaba parando em outra desocupada, que também não é a sua. Isso gera uma reação em cadeia que mobiliza diversos funcionários do condomínio, atrapalhando a rotina e gerando diversos transtornos, até que se descubra quem são os donos dos veículos estacionados indevidamente”, destaca. Divulgação

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O Síndico profissional Sérgio Luís dos Santos administra em torno de 35 condomínios, sendo sete comerciais e três mistos (salas comerciais e apartamentos) —dentre eles, o Condomínio Stein Tower, o Centro Clínico Augusta Pradi e o Condomínio Alfred Nobel. Com experiência de 16 anos como síndico, Santos garante que o desafio de gestão é o mesmo nos dois tipos de condomínio, apesar de haver algumas diferenças básicas. “Como os horários de funcionamento são distintos, as demandas ocorrem em momentos diferentes, como no caso de obras e mudanças. Além disso, no fim de semana, o síndico é menos acessado nos edifícios comerciais porque as pessoas costumam trabalhar de segunda a sexta. Já no residencial, a maioria está em casa nestes dias e é quando aparecem mais dúvidas, conflitos e reclamações”, observa. Na opinião de Santos, a administração de condomínios comerciais é relativamente mais fácil e tranquila do que a dos residenciais. “Há uma série de situações que geram atritos entre moradores e questões que são mais difíceis para o gestor administrar. Uma delas, que diferencia o condomínio residencial do comercial, é a existência de áreas de lazer, com playground e piscina, que necessitam de cuidados por conta do grande fluxo de crianças. Além disso, existem outros aspectos, como barulhos causados por crianças, uso de salto alto e animais de estimação. Tais situações praticamente inexistem nos edifícios com salas comerciais. “Para mim, administrar diariamente os conflitos entre as pessoas é a parte mais desgastante da gestão condominial”, pondera. O síndico e administrador deixa claro, no entanto, que isso não significa que não há problemas e queixas em

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Síndicos Planning tem o propósito de deixar um legado: uma realização maior do que nós mesmos, exemplo para as próximas gerações, que se sustenta ao longo do tempo, por isso, empreendemos nosso tempo e experiência para contribuir com o ecossistema de gestão condominial, fomentando conexões que transformam as pessoas e os processos. Sabemos que a transformação e as boas práticas na gestão condominial precisam ser construídas a muitas mãos. Nos workshops do Síndicos Planning, apresentamos soluções, planejamento e inovação, através de uma rede de profissionais e especialistas integrados, com o desejo de fazer mais e melhor. Proporcionamos também o espaço para que os profissionais de gestão condominial compartilhem experiências, erros e acertos, para encurtar o caminho de crescimento dos demais profissionais. Cada um de nós tem potencial de impactar o mundo ao nosso redor, transformando descobertas em aprendizados, registros e processos que podem ser compartilhados, colocando os objetivos coletivos acima dos individuais, pensando no todo e fazendo a nossa parte. Somos multiplicadores. Cada um de nós, tem a missão de atuar do lugar em que está, com os recursos que tem, para contribuir e ajudar os outros a crescer. Assim, queremos deixar mais uma semente de transformação, inspirando a todos os síndicos a olharem o lado cheio do copo, e se empoderarem na motivação de sempre fazer mais e melhor. Faça parte também desta ação de valorização. Participe dos eventos do Síndicos Planning, indique cases de sucesso e boas práticas, contribua com conteúdo para o Diretório Condominial, compartilhe suas dúvidas e vivências! Conheça os Síndicos Destaque desta edição nas próximas páginas.



Fotos: Fotogastro

MASTER SÍNDICO HENRIQUE FOGAÇA “Entre Rock’n’Roll, motos, tatuagem e panelas, fui reeleito Síndico”

Comida não pode ser um artigo de luxo” uma das frases do Chef Henrique Fogaça mais marcantes e também a mais verdadeira. Seus pratos são uma fusão da alta gastronomia com a culinária brasileira contemporânea, trazendo ingredientes que para alguns seriam comuns, os transformando em um prato impecável entre sabor e apresentação. Ir até o Sal Gastronomia é garantia de encontrar um prato com elementos que se complementam tanto nas cores, sabores, cheiros e texturas, e a certeza que tudo foi elaborado sob um padrão, um olhar preciso e muito cuidado. Vale uma atenção especial às variedades de sobremesa. Ir até lá e não pedir o prato final é quase um sacrilégio.

Trajetória do Chef

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No começo da carreira, Henrique ia de madrugada ao Ceasa comprar novos ingredientes e passava a noite toda misturando, experimentando e testando suas descobertas. Após anos de estudos e feedback dos clientes, o Chef oferece hoje pratos autorais com muita personalidade, elaborados com ingredientes de qualidade. Hoje, o também jurado do reality da BAND, divide a vida entre as cozinhas das duas unidades do Sal Gastronomia SP, Sal Gastronomia RJ, Sal Grosso RJ, Jamile SP, Cão Véio SP, mais filiais pelo Brasil e a família, que é a sua base e o que o faz querer ser melhor a cada dia.


Inspiração Pai da Olivia, João e Maria Leticia. Cozinheiro, vocalista da Banda Oitão, empreendedor, motociclista e sempre pronto para se arriscar pelo lado bom da vida. Começou a sua jornada com muita luta, quebrou barreiras, venceu dificuldades e seguiu. A caveira representa o que ele leva como lema em sua vida, por baixo dessa pele, independente da cor, credo ou classe social, somos todos iguais. O que importa é a nossa luta diária de querer fazer o melhor para o próximo e a si mesmo. Fazer o bem é algo que não é glória pra ninguém, é a paz que toda alma deveria buscar.

A vida é cheia de nãos Eu nunca fui acomodado, talvez seja por isso que a vida me permita viver todos os dias novos desafios. Sempre questionei, nunca me limitei, nem tão pouco concordei que eu não poderia fazer algo diferente e melhor a cada dia que nascia. Eu sempre acreditei que eu poderia receber ao menos um sim que pudesse fazer a diferença. Comecei a cozinhar exatamente porque eu senti a necessidade de comer melhor e de uma maneira mais saudável, já que a vida em São Paulo é corrida e morar sozinho quase sempre é viver de congelados. No começo da minha carreira como chef eu trabalhava o dia inteiro no pequeno espaço que era o Sal, passava a madrugada no ceasa comprando novos ingredientes e seguia noite a fora misturando, experimentando e testando. Quando a minha filha Olivia nasceu a vida me deu uma nova oportunidade de ser melhor, dessa vez eu tinha mais um motivo para não ligar para os nãos da vida, eu já havia recebido um sim acompanhado de um sorriso leve e que me transforma todos os dias. Mas digo com propriedade que o que era um problema de saúde da minha pequena, me transformou em um homem melhor com ainda mais garra e força de vontade. A empatia se fez presente em minha vida, nos meus dias. Em 2008 tive a oportunidade de dar aula de gastronomia no O Instituto Chefs Especiais, que pra quem não conhece é uma ONG que atua desde 2006 com o intuito de facilitar a inclusão social e autonomia para pessoas com Síndrome de Down através da gastronomia. Atualmente com a vinda da Pandemia, desenvolveu outro Projeto Social juntamente com seus dois sócios do Restaurante Jamile que chama Marmita do Bem, onde eles entregam semanalmente marmitas para moradores de rua. E sobre os nãos? Foram eles que me fizeram chegar até aqui.

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Fotogastro


Henrique Aranha Fogaça

tem nenhum desafio, só mostrar o trabalho que está sendo feito.

• Cidades em que atua como síndico São Paulo

Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou?

• Síndico em 1 condomínio, síndico morador

Quem sempre esteve ao meu lado é o Subsíndico, sempre! E o pessoal do Conselho também. Tudo muito novo, mas todo mundo tem a mesma mentalidade e filosofia. Tem as divergências em algumas questões, mas na ponta final, a vontade é igual de todos.

• Tempo de atuação como síndico Primeiro ano, foi reeleito Entre Rock’n’Roll, motos, tatuagem, panelas e luta, como gosta de se definir, como surgiu a oportunidade de ser síndico? A oportunidade de ser síndico foi mais pelos meus anos de experiência como empreendedor nos restaurantes e uma questão meio ruim que estava no prédio de uma má gestão, acabei comprando a briga e conseguimos pegar esta gestão para melhorar o prédio.

Que legado deseja deixar?

Como é ser síndico e ao mesmo tempo uma personalidade conhecida e admirada no Brasil e no mundo?

Um trabalho bem feito, justo, transparente, tanto para as pessoas que trabalham no prédio, quanto para os moradores. Tudo muito bem analisado, discutido em conjunto. Acho que todo mundo, principalmente o pessoal do Conselho, e as questões do prédio a gente acata tudo e procura fazer com que todo mundo fique satisfeito. Então o legado que quero deixar é um trabalho transparente, verdadeiro, uma boa gestão.

Eu tenho um braço direito muito forte que fica na linha de frente, que é o Inácio.

Conselho De Síndico para Síndico:

Só tenho gratidão, porque é um trabalho que eu faço, e na televisão eu sou bem como eu sou na vida real, então esta transparência me deixa muito feliz por saber que é um programa admirado. Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? O maior problema foi pegar a administração. Desde o começo, antes de eu ser síndico, era tipo uma guerra para poder fazer a assembleia de uma forma justa, como segue nas normas e nas leis, e os problemas que ficaram: dívidas, um monte de coisas erradas, um prédio mau cuidado, um monte de notas frias, enfim, vários problemas que demora mais um tempo para ajustar, mas neste primeiro ano já fizemos muitas coisas boas. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Este prédio é muito grande, então tem uns moradores que dão trabalho. Nestes tempos tiveram uns moradores que me chamaram na garagem pra resolver coisas às 06 horas da manhã. O maior desafio nas Assembleias? Não tem nenhum desafio, a gente é muito transparente, as administradoras que estão aqui ajudando a gente, o dia a dia muito transparente das contas, das ações, então não

Fique atento às questões das pessoas que moram no prédio, cuide bem de quem mora lá, e em qualquer ação que for fazer no prédio, seja uma reforma, ou mudança, que seja tudo muito bem cotado, em duas, três, quatro empresas. Compartilhar com todo mundo para que estejam cientes do que precisa fazer no prédio. Acho que isso é fundamental! Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Tenha a vontade da mudança, de suprir a insatisfação de onde você vive, e lute para conseguir entrar e fazer da melhor forma. Acreditar! Como é o síndico do futuro? O síndico do futuro é um síndico atendo aos mínimos detalhes, em todas as questões de administração, de cuidado. Porque quem cuida tem! Então isso se aplica tanto em questões pessoais, como no trabalho. Filosofia do que é importante e do que é pra ser bem feito. Quem é o Henrique Aranha Fogaça? Henrique Aranha Fogaça, sou uma pessoa que gosta de trabalhar, que gosto de fazer o que eu amo dentro do esporte, da música, da minha profissão de cozinhar, dos meus filhos. Eu sou uma pessoa comum, normal, porém interativa, e pra mim não tem obstáculo! A gente tem que ter metas na vida, ir atrás, se superar a cada dia, errar pra poder acertar, enfim, não desistir!

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Jorge Valério Alves Divulgação

• Formação Administração e Direito • Cidades em que atua como síndico Itapema • Síndico em 3 condomínios • Tempo de atuação como síndico 2 anos como síndico e 7 meses como síndico profissional

Que legado deseja deixar? Um trabalho organizado com honestidade e transparência, e um ambiente harmonizado e de respeito mútuo. Conselho De Síndico para Síndico: Entenda cada desafio como uma provação e oportunidade de desenvolvimento pessoal, para não ADOECER.

Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Enfrentamento de situação instalada por empreiteiro síndico e proprietário que, alardeado de benesses, inclusive via convenção, de forma sutil e manipuladora, prejudicava financeiramente os condôminos. A mudança necessária se fazia passar pela atualização da Convenção, e para tanto, quórum mínimo e transparência com entendimento para uma ruptura no status quo. Felizmente, apesar da campanha nos bastidores, o quórum foi suficiente, engajamento unânime e a ruptura consolidada. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Penetra. O comentário de uma vizinha do prédio provocou curiosidade e, numa busca nas câmeras, constatamos um estranho no ninho, era um jovem que havia trabalhado em uma obra no prédio, sabia da senha de acesso e acabou se instalando por uma semana, na escadaria de acesso à casa de máquinas do elevador, deixando fétidos vestígios de urina. O maior desafio nas Assembleias?

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Tornar as Assembleias algo interessante de se participar e, oportunidade para despertar a EMPATIA. Fazendo crer ao condômino estar também cumprindo seu papel de cidadania e dando legitimidade às ações. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? A família sempre esteve ao meu lado, porém, o envolvimento do conselho e dos condôminos minimizam as resistências e fluem as soluções.

Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Conhecimento dos assuntos que norteiam este segmento e preserve a serenidade acreditando na boa fé das pessoas. Como é o síndico do futuro? Profissional reconhecido, habilitado e altamente qualificado, tanto para lidar com as questões legais, como interpessoais, com inteligência emocional capaz de enfrentar, entender e superar as adversidades. Quem é você? Sou reconhecido como pessoa de confiança, exigente, que atua com zelo, capricho e esmero nos detalhes. Determinação e senso de urgência são características latentes, sem melindres no enfrentamento das situações críticas. Compartilhe um case que tenha gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade. Criamos uma gincana entre os condôminos para promover interação e redução do nível de stress. As tarefas se desenrolaram por várias semanas, compartilhadas virtualmente, desde declamar poesia, receita, exercícios físicos, máscara criativa, etc. Uma Cesta de Páscoa e vários brindes, doados por condôminos, foram sorteados em uma live que fechou com chave de ouro a iniciativa e a custo zero.


Conselho De Síndico para Síndico: Exercite a paciência, conversar é sempre a melhor solução, porém é preciso ser rígido quando necessário, flexível quando possível e manter sempre a coerência.

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Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Escute primeiro, depois tome a atitude e cerque-se de profissionais capacitados e eficientes.

Rômulo Bittencourt • Formação Administração (UNIASSELVI), Pós em Gestão de Pessoas (UNICESUMAR), Administração de Condomínios (IMEP) • Cidades em que atua como síndico Itapema, Porto Belo, Bombinhas, Balneário Camboriú e Tijucas • Síndico em 3 condomínios (Condomínio Atlantic Paradise, Condomínio Águas de Porto Belo e Condomínio Boulevard Porto Belo) • Tempo de atuação como síndico 6 anos Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Suicídio, exclusão de condômino anti-social e ameaça física. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Atender condômino bêbado que dizia ter um gambá em sua porta e que não conseguia entrar em casa. O maior desafio nas Assembleias? Controlar a empolgação e a falta de bom senso em alguns casos. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Minha sócia e esposa Vanessa, a Conffiança Contabilidade e meus funcionários diretos. Que legado deseja deixar? Transparência e uso consciente do dinheiro coletivo.

Como é o síndico do futuro? Interligado com as mídias sociais, tirando proveito do que se tem de bom delas para uso profissional dentro do Condomínio, polivalente em orçar, comprar e gerenciar financeiramente o Condomínio, em busca sempre da melhor solução. Recado para os condôminos: Bom senso e empatia é a chave para uma boa convivência e harmonia entre vizinhos. Quem é você? Sou um cidadão comum com muita vontade e fôlego para melhorar cada vez mais naquilo que escolhi como profissão, onde encontrei meu ócio criativo, ambicioso e determinado, vou em busca do que quero, procuro atender cada vez melhor meus condôminos/clientes e sempre em busca de evolução e aperfeiçoamento profissional, sem deixar de lado a família e meus princípios, levo como bandeiras principais a transparência e idoneidade. Compartilhe um case que tenha gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade. Cada condomínio tem suas peculiaridades, interesses, dificuldades e soluções, no Condomínio Águas de Porto Belo sofríamos muito com falta de água na alta temporada, num verão problemático instalamos ponteiras de lençol freático, possibilitando a captação de água para uso emergencial, hoje se ficarmos sem água na rede, o sistema é ativado e enche as cisternas com água do lençol freático até que se regularize o fornecimento da cidade, evitando frustrações e transtornos. No Condomínio Atlantic Paradise a terceirização do Bistrô (restaurante interno do condomínio) foi a melhor opção escolhida, trazendo melhora no atendimento, na produção de alimentos, proporcionando economia onde o Condomínio pode realocar o dinheiro que antes era gasto no Bistrô e investido em melhorias para os condôminos.

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Daniel Zimmermann

Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? O atual Síndico do condomínio, repassando seu conhecimento e as diretrizes de excelência em gestão. Que legado deseja deixar? Servir e corresponder às exigências dos seus usuários, mantendo uma equipe de prontidão para lidar com situações adversas com disposição e presteza. O evento da pandemia do Covid-19 foi um grande exemplo disso, nos trazendo desafios e amostras do quanto somos capazes de realizar. Conselho De Síndico para Síndico: Planejamento e foco nas execuções, e o exercício da empatia na resolução de problemas. Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Receptividade a problemas, são adversos e em várias escalas.

Cassiano Macedo Ferraz • Formação Processos Gerenciais – em andamento

Preocupado em ter um olhar aguçado na gestão, e em focar nas políticas do bom convívio. Recado para os condôminos:

• Cidades em que atua como Gerente Administrativo do Condomínio Itapema

Aceitem as diferenças das pessoas, sejam compreensivos, tenham bom senso e sejam claros ao expressar suas preocupações.

• Gerente Administrativo do Condomínio Splendour Of The Seas Residence

Quem é você?

• Tempo de atuação como Gerente Administrativo do Condomínio 1 ano e meio Qual o maior problema que já teve que resolver como Gerente Administrativo do Condomínio? Reestruturação do planejamento e execução dos serviços e adequação dos fornecedores aos padrões mínimos exigidos pelo condomínio. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios?

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Como é o síndico/administrador do futuro?

São muitas, até positivamente algumas quebram o gelo perante a responsabilidade que um condomínio exige de seus gestores e alegram a rotina. O maior desafio nas Assembleias? Manter o foco nos assuntos, promovendo assertividade dos debates e no encontro das soluções.

Um profissional preocupado em manter o foco no planejamento e execução de serviços, sempre aberto a ouvir e filtrar informações. Compartilhe um case que tenha gerado economia, integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade. Uma das primeiras ações foi focar no perfil de cada pessoa que trabalha no condomínio, levantamento das qualidades e das resistências pessoais. Foi desenvolvido um programa de treinamentos para a equipe e terceirizados, como resolução de conflitos, atendimento ao cliente, e team buiding, proporcionando um sentido de pertencimento e orgulho das funções que exercem e motivação para serem melhores profissionais e mais comprometidos. As piscinas funcionavam com os motores ligados 24 horas por dia, o consumo de produtos químicos era excessivo. Foram instalados temporizadores e controlados os produtos usados, reduzindo muito o consumo de energia elétrica e o gasto com bombas, filtros e motores. Redimensionamento das instalações elétricas e cabeamentos, troca de disjuntores atualização dos quadros de energia, e troca de toda iluminação para lâmpadas frias e específicas. Jardins: nosso condomínio possui uma grande área e com um majestoso jardim que necessita de cuidados diários e manutenção. A síntese de resultados positivos é ter um bom planejamento estratégico, capacitação da equipe e postura positiva de todos.


Que legado deseja deixar? Ainda tenho muito que aprender nesta atividade, falar em legado seria precoce, trabalho com muito amor e dedicação, prezo pela transparência e eficiência na aplicação de recursos, espero que me vejam como uma gestora honesta e dedicada.

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Conselho De Síndico para Síndico: Trate o próximo com educação, respeito e gentileza.

Lucelia Fedrigo • Formação Pós-graduada em Gestão Pública • Cidades em que atua como síndico Blumenau • Síndico em 1 condomínio, síndica moradora • Tempo de atuação como síndico 3 anos Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Um vendaval causou prejuízos em apartamentos e queda de parte da cobertura de garagem, envolvendo veículos e demais estruturas. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Um grupo de 11 senhoras que se reuniam para um chá, resolveram descer todas juntas pelo elevador, devido ao excesso de peso, o elevador veio a parar e ficaram presas por alguns minutos. O maior desafio nas Assembleias? Transmitir a mensagem de que o morador faz parte do organismo vivo que é o condomínio, que deve participar ativamente das decisões para compreender a destinação de seu dinheiro, que isso é necessário para termos um condomínio harmonioso, seguro e que ofereça o bem estar a todos. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Sempre tive ajuda, meu esposo, a administradora e uma boa equipe de colaboradores é indispensável, a todos meu agradecimento.

Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Estude, busque o máximo de capacitação possível. Ser síndico é acima de tudo conduzir pessoas e tudo que as rodeiam, somos os mediadores de conflitos e comportamentos. Como é o síndico do futuro? Um síndico que sempre busque o conhecimento, um profissional imparcial e capacitado, que consiga acompanhar a tecnologia e utilizá-la. A sociedade evolui e nossas necessidades também. Recado para os condôminos: Agradecer pela confiança e dizer que podem contar com a síndica que também é moradora e amiga, o desejo de todos não diverge do síndico, trabalho por um condomínio cada vez melhor para nossas famílias. Quem é você? Sou uma pessoa que trabalha desde muito cedo, há muitos anos atuo na área de licitações e contratos na Administração pública, atualmente buscando me inserir no mercado de síndicos profissionais, aplicando um pouco da minha experiência com gestão de recursos coletivos, contratos, relações de consumo, etc. Ser probo e cumprir um mandato conferido com retidão são princípios que levo para vida pessoal e profissional. Compartilhe um case que tenha gerado economia, integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade. Tratar as datas comemorativas em ações de interação entre as crianças, os pais e demais moradores, como a noite de Haloween, tarde do Natal, grupo de classificados, grupos das mulheres, todos com função definida e bastante produtivos. Implantamos a feira semanal de frutas e verduras no condomínio para conforto dos moradores. Contratação de serviços de piscina separadamente do material, realizando compra de material diretamente do fabricante, gerando uma grande economia; contratamos empresa terceirizada para gestão de mão de obra dos serviços de limpeza, zeladoria e portaria, incluindo serviços de jardinagem e lavação de garagem duas vezes ao ano, gratuitamente.

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Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Um Síndico bem sucedido precisa ter uma parceria muito estreita com a Administradora, o apoio do Conselho que representa a vontade dos condôminos e uma equipe de funcionários equilibrada e comprometida. Nestes quesitos, eu particularmente tenho sido privilegiada.

Vera Lúcia Paz • Formação MBA Gestão Empresarial • Cidades em que atua como síndico Florianópolis • Síndico em 1 condomínio residencial, com aproximadamente 180 unidades • Tempo de atuação como síndico 5 anos

Que legado deseja deixar? Uma estrutura profissional para que as próximas gestões consigam dar continuidade, sem perder o histórico e a tradição do Condomínio. Conselho De Síndico para Síndico: Além dos conhecimentos técnicos, é preciso desenvolver traços interpessoais, como compaixão e amabilidade, e traços mais dominantes, como ambição e assertividade. Buscar competências capazes de inspirar os outros. As pessoas são mais propensas a interagir com aquelas que admiram, portanto, o carisma e a capacidade de convencimento podem ajudar o Síndico a viver todo o seu potencial e administrar um Condomínio com maestria.

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Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: É preciso estar preparado para ser julgado e criticado e saber lidar até com os elogios. Como é o síndico do futuro? Um profissional equiparado a um Diretor de uma empresa. Recado para os condôminos: Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Com a pandemia o Síndico passou a ser a peça fundamental para garantir o bem estar e o cumprimento das medidas restritivas ditadas pelos Órgãos competentes. Ninguém estava preparado para uma crise sanitária desta magnitude e relevância. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios?

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Foi quando um condômino me chamou num final de semana para informar que o prédio poderia estar desabando. O maior desafio nas Assembleias? Criar mecanismos para que condôminos participem de todas as decisões do condomínio, contribuindo com o seu voto, e com o comprometimento de fazer as coisas darem certo.

Os condôminos precisam entender que gerenciar o dia a dia de um condomínio não consiste em uma tarefa fácil. Organizar estas demandas, nem sempre poderá acontecer no momento que os condôminos sugerem e esperam. Quem é você? Sou uma profissional apaixonada pelo que faz. Busco levar para a gestão o melhor que o mercado oferece. Isto inclui o meu melhor, tanto em termos profissionais quanto pessoais. Compartilhe um case que tenha gerado economia, integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade. Uma situação que me trouxe muita emoção e sentimento de integração entre os condôminos foi quando foi realizada uma surpresa de Natal para as crianças, com apresentação de banda de músicas natalinas. A minha realização pessoal foi perceber que a felicidade não havia atingido apenas as crianças, mas também os adultos, as pessoas de idade, os funcionários, todos! E o mais lindo foi quando uma criança foi questionada sobre o que ela gostaria de ser quando crescesse e ela respondeu: “quero ser Papai Noel”… Papai Noel ficou engasgado de emoção.


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