Diretório Condominial 07

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NEUSA MARIA TRIBECK FERREIRA Sócia fundadora da Liderança Administradora de Condomínios e da LGA Curso de Administração de Condomínios e Síndico Profissional


Somos especialistas em gestão de condomínios Gestão Administrativa e Contábil

A Liderança Administradora de Condomínios conta com equipe de profissionais altamente qualificados e motivados para prestar serviços

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EDITORIAL

EXPEDIENTE EDIÇÃO 07 | JUNHO 2021 ESTADUAL DIREÇÃO e EDIÇÃO

Karina Kino Pardal

Inspiracom Marketing e Comunicação DIREÇÃO DE ARTE e DIAGRAMAÇÃO

Inspiracom Marketing e Comunicação DIREÇÃO COMERCIAL

José Luis Pardal

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DIRETÓRIO CONDOMINIAL

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om 33 cases inscritos, o Prêmio Síndicos Planning se consolida e avança para a primeira etapa de classificação com a avaliação do corpo de jurados. Profissionais de altíssimo nível representam Santa Catarina na distinção com soluções que geram um efeito surpreendentemente valoroso para a vida do coletivo nos condomínios. O nível dos trabalhos apresentados endossa o objetivo inicial do Prêmio de propagar iniciativas e boas práticas que possam inspirar outros profissionais e organizações a inovarem com ações efetivas na melhoria de resultados e a valorizar o setor condominial, tornando Santa Catarina uma referência no mercado nacional. Entre os cases que estão participando do Prêmio, uma iniciativa inovadora foi a aplicação de uma pesquisa de satisfação e de avaliação de desempenho para compreender as necessidades e percepções dos condôminos sobre a administração do empreendimento. A transição de síndicos de forma ética, colaborativa, com diálogo e informações que asseguram a continuidade dos serviços também está entre os cases que disputam o pódio. Demonstrar que bons gestores mudam a vida das pessoas e que é possível fazer isso remotamente foram as razões que incentivaram a participação do case de administração 100% à distância em um condomínio marcado pela criminalidade, pelo domínio do tráfico de drogas, degradação da infraestrutura e problemas financeiros. O coronavírus desencadeou e acelerou uma série de mudanças comportamentais e de formas de consumo que permanecerão no póspandemia devido aos benefícios e comodidades que trazem para o dia a dia, como as encomendas feitas pela Internet, o delivery de refeições e o home office. Mas como garantir a segurança de todos em relação aos serviços de encomendas e delivery e evitar que o home office interfira no bem-estar coletivo? Confira tudo isto e muito mais nas próximas páginas da revista feita especialmente para os Síndicos e Administradoras de condomínios. Boa leitura!

Inspiracom Marketing e Comunicação REDAÇÃO

Fabiana Roza Tatiana Gappmayer TIRAGEM

3.000 exemplares

A revista Diretório Condominial é um canal de relacionamento com síndicos, administradoras de condomínios, fornecedores, profissionais, especialistas e líderes empresariais com conteúdo diferenciado destinado aos tomadores de decisões que precisam conhecer, enfrentar a diversidade e complexidade de conhecimentos necessários para o exercício da atividade de síndico e atuação na gestão condominial. O Diretório Condominial é distribuído para 3.000 síndicos e administradoras de condomínios das regiões do Norte do Estado, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. As revistas podem ser acessadas no site diretoriocondominial.com.br/revistas e lidas na íntegra, ampliando o alcance de leitores.

CONTATO

contato@diretoriocondominial.com.br 47 3285.7462 diretoriocondominial.com.br

PRODUÇÃO

Quer receber o diretório condominial? Envie um e-mail para contato@sindicosplanning.com.br.

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SUMÁRIO

PRÊMIO SÍNDICOS PLANNING 2021

Sucesso nas inscrições da primeira edição do Prêmio Síndicos Planning

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GESTÃO CONDOMINIAL

Gestão posta à prova

SEGURANÇA

Condomínio de Blumenau renasce com operação da Polícia Militar e gestão financeira eficiente

GESTÃO CONDOMINIAL

Troca de síndico em home clube de Joinville é exemplo de transição transparente, ética e colaborativa

SEGURANÇA

Novos hábitos impulsionados pela pandemia demandam mais cuidados com a segurança dos condomínios

SOU SÍNDICO COM MUITO ORGULHO

Confira o perfil de 5 profissionais da área

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PUBLIEDITORIAL

LIDERANÇA QUE VAI ALÉM DO NOME Referência no mercado catarinense, a Liderança Administradora de Condomínios segue em direção aos 20 anos de atuação guiada pela paixão de sua fundadora por pessoas e pela capacitação de profissionais desse segmento

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mpreendedora por natureza, a administradora e professora universitária Neusa Maria Tribeck Ferreira havia se aposentado após 30 anos no serviço público e estava pensando no que faria nessa nova etapa da vida quando chegou as suas mãos um trabalho sobre o mercado condominial para revisão acadêmica. Elaborado por alunos de Administração, Direito e Contabilidade, o material foi um “divisor de águas” na forma como Neusa percebia a área, o que a levou a pesquisar mais sobre o setor e a desenvolver o projeto que nortearia a criação da Liderança Administradora de Condomínios. Quanto mais se aprofundava nas informações sobre o segmento, mais se interessava por ele e pela oportunidade de atuar com pessoas e cuidar do patrimônio e do bem-estar delas. Com um novo conceito e uma metodologia própria, baseados em um estudo científico e focados no tripé gestão administrativa, contábil e jurídica, a empresa abriu as portas em 2002, em São José (SC), com quatro funcionários e os cinco primeiros clientes indicados por estudantes que tiveram aula com Neusa. Atualmente, são cerca de 40 colaboradores e em torno de 250 condomínios atendidos na região metropolitana de Florianópolis (SC) pela companhia, que foi fundada pela empresária, sua filha e sua irmã. Naquela época, recorda a empreendedora, o trabalho nos complexos

residenciais e comerciais era centrado na contabilidade. “Mas, entendia que os empreendimentos exigiam muito mais que isso. Como a gestão é função do administrador, precisava ter uma empresa para fazer esse papel e para assessorar os síndicos no que eles necessitassem, desde lidar com os conflitos entre moradores e idealizar contratos e planos de manutenção até o cumprimento das leis e obrigações tributárias. E foi nesse cenário que começamos a nossa administradora de condomínios”, descreve. Outro fator que chamou a sua atenção e que se tornou um desafio foi a falta de mão de obra qualificada dentro do perfil que estava sendo implementado pela Liderança. “As primeiras pessoas que atuaram conosco foram capacitadas por nós. Mas, com o tempo e o crescimento da companhia precisamos buscar profissionais no mercado e havia uma escassez”, lembra Neusa, que hoje é a única proprietária da empresa. A solução encontrada foi a de oferecer estágio para alunos de Administração, Contabilidade e Direito por meio de convênios com instituições de ensino superior e com agências que intermediavam esse contato entre os acadêmicos e o segmento. “Dessa forma, conseguimos preparar os colaboradores para atenderem aos clientes dentro dos princípios do nosso modelo, selecionando os melhores para continuarem na Liderança”, assinala. Daniel Zimmermann

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A preocupação com a qualificação é algo presente desde o início da operação da companhia até hoje. “Como professora universitária, de redação oficial e no campo de Sistema de Informação – Neusa é formada também em Letras e Enfermagem pela Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) e tem especialização em Organização, Sistema e Métodos, entre outras –, a educação sempre vem em primeiro lugar”, reforça. Quando se trata com pessoas, destaca a empresária, se trabalha com comportamento, opinião e perfis distintos. “E o condomínio tem que disponibilizar um tratamento igualitário para residentes diferentes entre si”, frisa. Essa foi outra particularidade do setor que a atraiu, além de poder prestar um serviço que ela adora. “Amo de paixão esse mercado e proporcionar o cuidado com o bem-estar dos moradores e do seu patrimônio”, declara. Para o gerente comercial da área condominial da

empresa de segurança Orsegups, Tiago Guimarães Carvalho, o amor com que Neusa atua é algo que precisa ser valorizado. “Além da idoneidade e do profissionalismo, ela é carismática e ama o que faz”, afirma ele, complementando que a companhia é parceira há aproximadamente 15 anos da Liderança. Carvalho aponta ainda a importância dada pela empreendedora para a capacitação dos síndicos e a referência que a administradora se tornou no setor em Santa Catarina. “A empresa eleva o nível dos concorrentes, algo que para os clientes é essencial, porque o segmento como um todo se aperfeiçoou, oferecendo mais e melhores serviços para se aproximar da Liderança”, defende. O gerente comercial indica também que a companhia e a sua criadora passam confiança e segurança tanto para os parceiros como para os condôminos, aproximando-os.

Mais de 400 síndicos profissionais formados para o mercado

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Sempre acompanhando as transformações do setor e da sociedade, a Liderança teve, desde o princípio, a preocupação em inovar constantemente. A tecnologia foi uma ferramenta relevante para dar transparência e agilidade aos serviços administrativos, financeiros, de recursos humanos e de apoio jurídico disponibilizados, como explica Neusa. “Em 2002, a Internet ainda era precária e oferecia poucos recursos, mas já fazia parte da nossa realidade. Com a sua evolução, fomos automatizando rotinas dos condomínios e, com a pandemia, avançamos em outras frentes, como na adaptação para o home office e na realização das assembleias online, modernizando mais a nossa metodologia”, enfatiza. Não foi só no campo tecnológico que a empresa ampliou a sua presença. Alguns anos depois da abertura da Liderança, Neusa comenta que sentiu a necessidade de preparar os clientes. “Ocorreu uma alteração no Código Civil nesse meio tempo e a maioria dos empreendimentos não tinha pessoas com conhecimento para seguir as novas normas ou entender as alterações na legislação”, analisa. Diante desse cenário, a empresária e sua equipe perceberam que os gestores desses complexos também precisavam de qualificação para atender às demandas atuais e para que o trabalho deles e o da Liderança fosse efetuado com excelência. Assim nasceu, em 2009, a capacitação de síndico profissional, realizada, em um primeiro momento, em conjunto com a Condomínios Cursos e com o apoio do Conselho Regional de Administração de Santa Catarina (CRA-SC). Integrando o CRA-SC há mais de 40 anos, a empreendedora é coordenadora do Núcleo de Administração de Condomínio da entidade, para o qual se dedica de forma voluntária há cerca de três anos.

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PUBLIEDITORIAL

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Com o crescimento da demanda por gestores mais preparados, em 2018, foi criada a LGA Curso de Administração de Condomínios e Síndico Profissional, objetivando levar método científico e capacitar um número maior de profissionais. Em parceria com a Condominius Curso, juntamente com o período conduzido pela LGA, já foram formados mais de 400 alunos. “São profissionais que estão impactando na melhora da gestão desses empreendimentos. É um reflexo muito positivo na sociedade catarinense”, avalia Neusa. Com previsão de iniciar nova turma no segundo semestre, recebendo participantes de todas as regiões, inclusive de outros estados. Anualmente, a LGA promove o curso para um ou dois grupos, cada um deles com, no máximo, 30 integrantes. A carga horária é de 120 horas e as aulas abrangem todas as áreas envolvidas na administração de um complexo residencial, misto ou comercial. Conforme a empresária, hoje, mais de 30% da população brasileira vive em condomínios, movimentando a economia do País, fomentando um grande número de companhias, seja no

segmento de materiais ou de serviços, e gerando empregos direta e indiretamente. “É um setor que merece mais atenção e reconhecimento”, sentencia. Neusa pontua ainda que esse mercado não existe sem boas parcerias e que a Liderança sempre focou na busca de empresas éticas para trabalhar, dando o exemplo para seus alunos e para a área. “Muitas companhias evoluíram conosco. As pessoas costumam dizer que onde eu piso cresce grama”, diverte-se. Segundo ela, a administradora seleciona os melhores parceiros, que são aqueles que cuidam bem dos seus clientes. Atuando em conjunto com a Liderança desde que ela abriu, o sócio-proprietário da Improjel Impermeabilizações, Mario Cesar Lacerda Bender, acrescenta que a empresa ajuda a melhorar o mercado, deixando-o mais profissional. “Com um trabalho bem-conceituado pelos condomínios em que faz a administração, a companhia dá visibilidade para os seus parceiros, que chegam com seus negócios a mais pessoas”, assinala. Bender ressalta também que “a dona Neusa é muito transparente e focada no que faz”.


Um legado baseado em ensinar e preparar profissionais Nessas quase duas décadas da empresa, que serão completadas em maio de 2022, Neusa observa que nunca abandonou o seu perfil de professora ao conduzir a Liderança. “Esse lado é o de amar as pessoas, distribuir conhecimento, aprender e ensinar todos os dias. Eu aprendo com os funcionários, clientes e com o mercado”, destaca. E foi assim que ela trilhou o caminho até aqui e que pretende seguir, auxiliando na formação de novos síndicos, no crescimento e valorização do segmento condominial e na capacitação de seus colaboradores, que evoluem junto com a companhia. “Os funcionários começam como estagiários e vão avançando para outros cargos, temos um plano de carreira bem definido”, considera. Ela adianta que vem trabalhando cada vez mais para profissionalizar a empresa com os próprios colaboradores, de olho em uma sucessão no futuro com pessoas internas e que entendam e repliquem a sua metodologia de gestão. Modelo esse que é um dos legados que Neusa deixará para o setor. “É um método de excelência na prática de bons serviços na administração de condomínios e de preparação de profissionais para atuarem nesse mercado”, argumenta. Outras contribuições da Liderança apontadas por ela são a de melhorar o convívio social nos empreendimentos, convidando os moradores a conhecerem melhor o espaço que dividem com outros residentes e a se envolverem com os assuntos dos complexos, e a de formar jovens aprendizes para trabalharem em qualquer área contábil ou administrativa. Tudo isso, reforça a empresária, se reflete na confiança e na credibilidade na formação de alunos e nos serviços prestados. O reconhecimento a essa dedicação veio, além do crescimento e da consolidação da companhia no segmento, através do recebimento, em 2019 e 2020, do Selo Referência Nacional da Agência de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação (Ancec). Neusa assinala que essas conquistas são resultado ainda da atuação junto com os

“Esse lado é o de amar as pessoas, distribuir conhecimento, aprender e ensinar todos os dias. Eu aprendo com os funcionários, clientes e com o mercado.”

condomínios, acolhendo o gestor dentro da Liderança e dando assessoria em todas as áreas que ele precisa de maneira personalizada, considerando as características de cada empreendimento e dos seus moradores, e do incentivo que sempre teve do marido, Samir José Ferreira. “Meu grande parceiro há 43 anos e maior apoiador”, relata. Ser uma empresa sólida, que se sustenta com recursos próprios, contar com material diferenciado desde o começo e ter um parque tecnológico moderno também contribuíram para a administradora ser apontada como referência em Santa Catarina. “Gostar de pessoas é um grande negócio (para dar certo) nesse setor, saber ouvir e entender cada uma delas. Defendo que sempre tem uma solução, um conselho para dar e resolver os problemas na gestão de um condomínio”, assegura. O gerente comercial da Engecon Reformas Prediais, João Luiz Schnel, que já trabalhou diversas vezes com a Liderança, afirma que a companhia é a “melhor referência no mercado quando o assunto é sistema de administração condominial”. De acordo com ele, a empresa possui uma equipe especializada para solucionar questões administrativas, jurídicas e contábeis e para dar retorno rápido e objetivo aos problemas diários desses complexos. “Acredito que o sucesso da Liderança é devido à senhora Neusa, que se preocupou em desenvolver uma metodologia eficiente a partir da sua experiência profissional e do seu espírito observador, ficando sempre à frente das demandas do ramo”, conclui.

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A força dos profissionais e das marcas catarinenses que se destacam em suas atividades, gerando valor para todos os players do ecossistema condominial.

SUCESSO NAS INSCRIÇÕES DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO PRÊMIO SÍNDICOS PLANNING

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ais de 40 cases foram inscritos e 33 se classificaram dentro das normas do regulamento para concorrer ao Prêmio. As cidades de Balneário Camboriú, Biguaçu, Blumenau, Chapecó, Florianópolis, Itajaí, Itapema, Jaraguá do Sul, Joinville, Palhoça e São José estão concorrendo e Síndicos de outros estados também tentaram se inscrever. A grande adesão à distinção em sua primeira edição é motivo de muito orgulho e felicidade para os organizadores e mostra o potencial do mercado condominial catarinense e a riqueza de experiências que vêm sendo desenvolvidas por muitos gestores em seus empreendimentos. “Estamos muito felizes com a qualidade dos cases apresentados, o que ratifica a nossa visão que inspirou a criação do Prêmio, de que temos profissionais de altíssimo nível em Santa Catarina que merecem o reconhecimento pelo trabalho diferenciado que realizam na gestão condominial.” – comemora Karina Kino Pardal, Diretora de Planejamento da Inspiracom Marketing e Comunicação, empresa realizadora do Prêmio. – É notório que alguns profissionais aplicaram experiências trazidas do mundo corporativo, onde há uma cultura de organização e métodos. Também percebe-se a influência do conhecimento acadêmico de profissionais com sólida formação e especializações. Mas, o mais rico deste processo, é a presença de soluções e iniciativas simples, despretensiosas, mas que geram um efeito surpreendentemente valoroso para a vida do coletivo nos condomínios. – celebra Karina. “O nível dos trabalhos apresentados endossa o objetivo inicial do Prêmio de propagar iniciativas e boas práticas que possam inspirar outros profissionais e organizações a

PATROCINADORES

inovarem com ações efetivas na melhoria de resultados e a valorizar o setor condominial, tornando Santa Catarina uma referência no mercado nacional.”- avalia Luís Pardal, Diretor Comercial da Inspiracom. – “A sinergia com as Entidades que estão apoiando o Prêmio na repercussão e divulgação de cada etapa demonstra o sentimento compartilhado de qualificar, profissionalizar e fazer prosperar o segmento”. – conclui. Na categoria Excelência em Gestão foram inscritos cases com resultados bem sucedidos ou melhorias expressivas dentro dos quatro pilares da Administração: Planejamento, organização, liderança e controle, aplicadas à Administração do Condomínio. Em Sustentabilidade concorrem ações visando atitudes e práticas éticas que visem o crescimento econômico sem agredir o meio ambiente, projetos destinados a reaproveitar recursos e materiais, evitar desperdícios e reduzir poluição, ações educativas para incentivar e engajar moradores e funcionários em consumo consciente dos recursos naturais.


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Inovação compreende os cases que implementaram soluções para atender as demandas antes negligenciadas, fornecer funcionalidades melhores, formas evidentemente mais simples de usar ou fazer, exigindo menos tempo e menos trabalho para executar determinada atividade, geralmente reduzindo custos. Pioneirismo, originalidade e criatividade, pensar e agir como alguém que está à frente dos acontecimentos e uso de ferramentas, estratégias ou soluções inovadoras.

Já na categoria Ação Social estão os cases voltados para atividades de benefício aos condôminos e à comunidade, como por exemplo, incentivos a esportes, incentivos à economia, projetos destinados a prestar assistência a comunidades prejudicadas por situações críticas como enchentes, epidemias, assistência a grupos ou Entidades em situação de desvantagem social, criação de oportunidades de trabalho e renda, ações educativas etc.

Como será a classificação Durante o mês de junho, as iniciativas serão analisadas por um comitê de jurados composto por entidades representativas do setor de gestão condominial de Santa Catarina, profissionais e membros do corpo diretivo de universidades e personalidades reconhecidas do segmento. Eles terão a missão de avaliar os cases de acordo com critérios de clareza e objetividade, inovação e criatividade, demonstração de resultados, sustentabilidade e relevância

(efetividade). Cada uma das quatro categorias terá os três melhores cases destacados, totalizando 12 participantes que passarão para a próxima etapa. Os cases finalistas serão submetidos à votação do público, que elegerá 4 vencedores, sendo 1 por categoria, e serão revelados na cerimônia de premiação agendada para a noite de 06 de novembro, em Blumenau.

Os organizadores já perceberam a comoção entre os inscritos, que estão entusiasmados aguardando a classificação, mas sobretudo, animados em conhecer as soluções apresentadas pelos profissionais para agregarem aos condomínios que administram. O síndico profissional de São José, João Neto, inscreveu três cases nas categorias Gestão, Inovação e Ação Social. “É muito gratificante enquanto síndico poder contribuir e participar deste Prêmio. Os idealizadores estão de parabéns por proporcionar aos profissionais a oportunidade de apresentar os seus trabalhos frente a gestão condominial. Será de grande valor e enriquecimento profissional a todos nós síndicos e administradoras. Compartilhar e vivenciar novas ideias e experiências é de suma importância para nós profissionais. Desejo sucesso a todos os participantes e aos organizadores deste grandioso evento.” – pondera.

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Contagem regressiva

João Neto


A força dos profissionais e das marcas catarinenses que se destacam em suas atividades, gerando valor para todos os players do ecossistema condominial.

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Agenor Piasseski, síndico há quinze anos em Florianópolis, concorre com um case na categoria inovação. “Espero ser um contemplado, vou ficar feliz. Mas, têm muitos especialistas com bom preparo. Mas fiquei sinceramente vibrando, pois sou um entusiasta pela boa causa” – destaca. Acompanhe as próximas etapas pelo site e redes sociais do diretoriocondominial.com.br.

Agenor Piasseski

A sinergia entre as marcas patrocinadoras do Prêmio Síndicos Planning agrega um valor coletivo a cada uma delas Divulgação

“A Engetel está patrocinando o Prêmio Síndicos Planning 2021 porque acreditamos que toda inovação no segmento condominial deva ser incentivada! Este prêmio possibilitará não só divulgar boas práticas, mas incentivar síndicos a aplicar projetos de sustentabilidade, gestão, inovação e ação social nos condomínios! Nossa expectativa é que os cases inscritos incentivem este movimento, possibilitando reduzir consumo de água, energia, reciclagem e outras ações benéficas para o Meio Ambiente e condôminos. Estamos ansiosos para conhecer os cases e ajudar a divulgar estes aos nossos clientes, ajudando a disseminar ainda mais este movimento de inovação!” Eng. Rafael Belli Krapp , Diretor Técnico Grupo Engetel

Avelino Lombardi Júnior, Diretor Administrativo Grupo Segura

APOIADORES

Daniel Zimmermann

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“O Grupo Segura acredita que a excelência na gestão, a inovação, o desenvolvimento sustentável e as ações sociais, além de impactarem diretamente na qualidade de vida da sociedade, tornam ela mais colaborativa e inclusiva. Por conta disso, acreditamos que a valorização de boas práticas nestas áreas premia aqueles que já estão engajados e comprometidos com a evolução da qualidade, bem como incentiva outras pessoas e empresas a se juntarem a este movimento de melhoria contínua e de sucesso do sistema condominial. Os síndicos e as administradoras podem, através de iniciativas como esta, criar um ciclo positivo para que possamos ter em nosso país sempre as mais modernas tecnologias a serviço do bem-estar das famílias.”


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“Aliar nossa marca a projetos que incentivem boas práticas e busquem também o desenvolvimento do segmento está no DNA do Fazzenda Park Hotel. Estarmos juntos nesse prêmio nos permitirá contribuir para a profissionalização não apenas da área condominial, mas sim trazendo para hotelaria uma visão macroestratégica de gestão de espaços compartilhados.”

Divulgação

Malena Cristina Grah , Coordenadora de Marketing Fazzenda Park Hotel

“A premiação Síndicos Planning impulsiona a valorização da administração e gestão condominial, bem como estimula as boas práticas do setor. A CredCrea, acreditando na importância desse evento para a sociedade imobiliária, apoia e parabeniza a iniciativa.” Diniz Busanello, Diretor Executivo CredCrea

Waldemiro Krenke, Diretor Joy Brinquedos

“O segmento condominial cada vez mais tem se tornando um mercado evidente. A iniciativa da Síndicos Planning vem fomentar a relevância do Síndico para o setor, buscando o incentivo e abrindo a oportunidade no aprimoramento das práticas envolvidas nesse dia a dia. Para nós da Eleva Telecom vai ao encontro no desenvolvimento de soluções ao público condominial, representado nesta união de grandes apoiadores e o Síndico Planning em destacar e premiar o trabalho dos Síndicos e Administradoras.” Paulo Pagani , CEO Eleva Telecom

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“O Síndicos Planning já faz um excelente trabalho na promoção da capacitação dos profissionais de gestão e com este prêmio, reconhece a importância deste gestor. Os síndicos e profissionais da área merecem toda esta atenção e reconhecimento. É um cuidado especial para quem trabalha promovendo o bem estar dentro do nosso lar.”


GESTÃO CONDOMINIAL

GESTÃO POSTA À PROVA Em uma iniciativa inovadora, o síndico profissional Ademar do Nascimento fez uma pesquisa de satisfação e de avaliação de desempenho para compreender as necessidades e percepções dos condôminos sobre os empreendimentos que administra em Joinville (SC). Com uma resposta positiva das pessoas, a ação já tirou projetos do papel e começa a render frutos

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erá que as coisas que percebo que não estão bem no condomínio também são vistas por todos? Foi para resolver essa dúvida que o síndico profissional Ademar do Nascimento colocou em prática uma medida corajosa: descobrir qual era a opinião dos moradores sobre os serviços prestados, o seu trabalho e abrir espaço para receber críticas e sugestões de aprimoramentos. Para isso, Nascimento aproveitou a sua experiência de mais de 17 anos atuando em multinacionais ligadas à área de tecnologia e utilizou uma ferramenta bastante presente nesse segmento, a de pesquisa de satisfação e de avaliação de desempenho. “Esse é um instrumento que ajuda os gestores a entenderem os rumos que os complexos (sejam eles residenciais ou comerciais) estão seguindo ou deveriam seguir”, salienta. O retorno dado pelos condôminos auxilia ainda a orientar, “a dar um norte”, sobre as atividades que precisam ser realizadas. Além disso, fazer um levantamento

como esse contribui para definir as prioridades em um empreendimento, jogar luz sobre um determinado assunto, identificar mudanças necessárias e responder aos anseios em comum dos residentes. Segundo Nascimento, que tem formação em Qualidade e Produtividade Industrial e MBA em Gestão Estratégica de Negócios, outro benefício desse questionário é ter informações privilegiadas sobre as principais demandas e os temas mais importantes para as pessoas e, com isso, conseguir se antecipar aos problemas ou situações que podem surgir em uma assembleia, preparando-se melhor para essas reuniões. Assim como muitos profissionais da administração condominial, ele entrou nesse mercado assumindo o cargo de síndico no local em que morava em Joinville (SC), em 2014. Pegou gosto pela carreira e começou a assumir a gestão de outros complexos na cidade catarinense onde “nasceu e se criou”. Atualmente, conta com sete clientes que são atendidos pela sua empresa, a Prime. Daniel Zimmermann

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E foi através dela que ele executou o projeto-piloto da pesquisa no Quinte Essence Condomínio Parque, também em Joinville, em 2019, para avaliar as ações e processos efetuados em 2018. “Fiquei surpreso com o retorno dos moradores e percebi que aquilo não era algo comum para eles. Acredito que o síndico tem que se colocar à prova e estar disposto a ouvir críticas que, às vezes, são duras”, defende. Uma das estratégias usadas por Nascimento para engajar o maior número de condôminos – cerca de 23% dos moradores do Quinte Essence (um residencial de casas com 224 lotes distribuídos em um terreno de 145 mil m²) participaram da iniciativa – foi a de planejar bem como seria o formulário. “Cheguei ao modelo mais adequado de uma maneira muito intuitiva, considerando qual seria a forma mais fácil e eficaz para ter o desempenho e a amostragem do condomínio que esperava”, recorda. Nesse sentido, ele analisou diferentes métodos até optar por fazer sete perguntas objetivas – com cinco conceitos indo de excelente a péssimo – e uma descritiva para críticas, opiniões e sugestões, estruturação que permite uma tabulação e comparação dos dados mais precisa. “A ideia era chegar a algo que pudesse ser respondido em 1 minuto”, ressalta. Para agilizar ainda mais o procedimento, o arquivo foi encaminhado por e-mail e Whatsapp.

“Fiquei surpreso com o retorno dos moradores e percebi que aquilo não era algo comum para eles. Acredito que o síndico tem que se colocar à prova e estar disposto a ouvir críticas que, às vezes, são duras.”

Ademar do Nascimento Daniel Zimmermann

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GESTÃO CONDOMINIAL

Nascimento reforça que o foco da pesquisa foi medir a satisfação sobre os serviços, como portaria, zeladoria, jardinagem e limpeza de quiosques, e não sobre pessoas – para evitar que as respostas fossem influenciadas pelo fato de um residente gostar ou não de um funcionário ou terceirizado. Conforme ele, tão relevante quanto fazer o levantamento e mensurar os resultados é dar retorno aos condôminos sobre o que foi apurado e o que será feito a partir disso. O síndico revela que não teve receio sobre as críticas que poderiam vir, pois já

aguardava por elas, e que o questionário trouxe boas propostas que contribuíram para a administração do empreendimento. A resposta positiva levou Nascimento a replicar a medida em outros complexos. “O segundo ano de gestão é tão importante quanto o primeiro, por isso pretendo repetir o processo em 2021 para poder comparar os indicadores”, adianta. Ele acrescenta também que ficou satisfeito e feliz com as avalições que recebeu, com a maioria classificando a sua atuação como excelente ou ótima. Divulgação

Ideia com gosto de infância

Daniel Zimmermann

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A criação de um pomar em uma área com aproximadamente 800 m² no Quinte Essence foi uma das sugestões apontadas pela pesquisa e que já se tornou uma realidade no condomínio. O síndico conta que levou o assunto para a assembleia junto com um estudo sobre como viabilizá-lo, o que facilitou a sua aprovação. A ideia veio de uma memória da infância do morador Marcos Paulo Hiebl. “Meus tios e primos moram em sítio e, durante as férias escolares, passava semanas subindo, brincando e comendo frutas direto das árvores. Vi que havia um espaço no residencial para que meu filho e outras pessoas pudessem viver essa mesma experiência”, detalha. Hiebl, que é administrador e gerente operacional de serviços da Unimed/SC, enfatiza que decidiu responder o levantamento por ter visto nele uma oportunidade para expor suas opiniões, expectativas e percepções sobre o lugar, algo que não tinha abertura para fazer no apartamento onde residia anteriormente – ele e sua família possuem um lote há quatro anos no complexo e, com a pandemia, decidiram não esperar para construir e compraram uma casa pronta, onde estão desde março deste ano. De acordo com ele, a iniciativa de Nascimento foi muito positiva, pois possibilitou que os condôminos participassem de maneira mais ativa na gestão do Quinte Essence e para que aparecessem ações até então nunca cogitadas. “Achei bacana a atuação do síndico de, após a pesquisa, analisar os itens recomendados e, a partir disso, levar os temas para a assembleia para aprovação, entre eles o pomar”, argumenta.

Marcos Paulo Hiebl


Daniel Zimmermann

“Achei bacana a atuação do síndico de, após a pesquisa, analisar os itens recomendados e, a partir disso, levar os temas para a assembleia para aprovação, entre eles o pomar.”

O envolvimento das famílias na concretização do novo ambiente foi destacado por Hiebl. “As árvores foram plantadas pelos moradores que manifestaram interesse em fazer parte desse momento de interação entre os vizinhos”, frisa. Ele relata que pôde compartilhar essa ocasião com o filho, que tem seis anos, e que a família vem acompanhando o crescimento das espécies desde então. Segundo Nascimento, o pomar é formado por cerca de 80 árvores de 17 tipos, como jabuticabeiras, goiabeiras, laranjeiras e limoeiros. Por causa do distanciamento social imposto pelo coronavírus, o síndico lembra que estabeleceu um agendamento de hora em hora para que as cerca de 25 famílias pudessem fazer o plantio das mudas.

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GESTÃO CONDOMINIAL

Com o sucesso da pesquisa e os seus primeiros resultados práticos, Nascimento decidiu inscrever o case no Prêmio Síndicos Planning, promovido pela Inspiracom Marketing e Comunicação e que irá reconhecer e valorizar as boas práticas na gestão de condomínios em Santa Catarina. “Vai ser uma chance para divulgar e compartilhar essa atividade e novas formas de administrar esses empreendimentos e ajudar os síndicos a melhorarem

o convívio nos complexos”, afirma. Dessa maneira, ele espera colaborar para que a visão que se tem da profissão mude e que as pessoas vejam que esse trabalho exige um alto grau de responsabilidade e que precisa de alguém com conhecimento para desempenhar esse papel. Para saber mais sobre a premiação, que revelará seus vencedores em 6 de novembro, basta acessar: diretoriocondominial.com.br.

Retorno da pesquisa é essencial para garantir envolvimento dos moradores Fazer a avaliação crítica dos resultados obtidos com os questionários de satisfação e de desempenho e dar feedback para os participantes é fundamental para que os condôminos sintam-se parte do processo, assinala o diretor comercial da BRCondos, William César dos Santos. “Apresentar o retorno, apontando as medidas sustentáveis que serão desencadeadas para corrigir os rumos e melhorar atitudes e serviços, faz com que os moradores vejam que aquela ação é efetiva, o que pode aumentar a adesão em uma nova pesquisa”, reforça. Santos comenta ainda que esse mecanismo no ramo condominial auxilia a analisar cada persona do setor: gestor, administradora, conselho, funcionários próprios ou terceirizados, fornecedores e a visão dos residentes sobre as áreas internas, elevadores, conservação do prédio, entre outros elementos. “É uma maneira única de entender os pontos que precisam ser aperfeiçoados”, resume. Ele pontua também que esse formato de questionário é fundamental para “separar o joio do trigo”, acabando com a confusão que muitos fazem sobre os papéis do síndico e da administradora. “Isso permite que o gestor reoriente os

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“Antes de uma assembleia que irá debater por exemplo a pintura do prédio, o síndico pode sugerir algumas cores para votação e chegar à reunião com o resultado da enquete tabulado, facilitando a tomada de decisão.”

seus procedimentos e comunique melhor como as coisas funcionam, trazendo clareza e leveza para essa relação (síndico-condomínio)”, pondera. Santos salienta que o uso da tecnologia para encaminhar os formulários ajuda a consolidar e tabular as informações e proporciona transparência e agilidade nas respostas. O diretor comercial da BRCondos, companhia especializada em administração de condomínios com sede em Joinville e que possui 93 franquias pelo Brasil e mais de 100 mil pessoas atendidas, complementa que eles oferecem um sistema que possibilita aos gestores realizarem enquetes com os residentes. “Antes de uma assembleia que irá debater por exemplo a pintura do prédio, o síndico pode sugerir algumas cores para votação e chegar à reunião com o resultado da enquete tabulado, facilitando a tomada de decisão”, exemplifica. Mesmo que exista algum receio relacionado às críticas que podem surgir, Santos indica que os gestores façam pesquisas, pois elas são um recurso para acertar o trabalho que vem sendo feito enquanto se está dentro do empreendimento.


Seis dicas para fazer uma pesquisa de satisfação e de avaliação de desempenho eficiente • O questionário deve ser bem elaborado, claro, objetivo e específico nas perguntas. • Tópicos genéricos podem gerar dados difíceis de serem comparados. O mais indicado é solicitar a análise sobre os serviços de forma individual. Exemplo: Como avalia o atendimento na portaria? Ou qual seu grau de satisfação com a prestação de contas? • A identificação do condômino reduz o risco de agressões escritas de pessoas que se escondem no anonimato. Nesse sentido, colocar um campo obrigatório para o nome e telefone é um recurso para evitar esse tipo de situação. • As opções de respostas podem ser em forma de conceitos (Excelente, Ótimo, Bom, Ruim e Péssimo) ou de notas (Variando de 1 até 5), por exemplo, o que ajuda a medir as informações. • Importante deixar um espaço reservado para críticas, sugestões e opiniões. Além de trazer boas ideias e oportunidades de melhoria, esse item faz com que os moradores se sintam parte do condomínio e com liberdade para se expressar. • É fundamental também dar retorno sobre o que foi apurado com a pesquisa e o que pode ser feito para aprimorar os itens que apareceram. As assembleias são um bom momento para compartilhar esses dados.

Fonte: Com informações de Ademar do Nascimento, síndico profissional e William César dos Santos, diretor comercial da BRCondos

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SEGURANÇA

CONDOMÍNIO DE BLUMENAU RENASCE COM OPERAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR E GESTÃO FINANCEIRA EFICIENTE Divulgação

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Essa é uma das medidas que foram adotadas pela instituição para reverter a situação vivida pelos residentes. Além disso, está sendo finalizado o muro, que precisa ser chapiscado, pintado e ter o arame farpado instalado, e colocado um portão automático e com porteiro eletrônico para controlar o acesso ao interior do condomínio. Conforme o coronel Jefferson, com a parceria de empresários, o campinho de futebol está sendo revitalizado, assim como o playground. “Antigamente, quando entrávamos no Parque da Lagoa, não tinha crianças no pátio. Hoje, elas estão brincando nas áreas comuns e querendo ajudar a arrumar os locais para poderem usá-los. Isso vai dando um sentimento de pertencimento, de querer cuidar do lugar”, comemora. O comandante acrescenta que todos os edifícios foram lavados e que uma vaquinha virtual foi lançada para arrecadar fundos para a pintura dos prédios. Mesmo com os trabalhos já iniciados, ainda faltam recursos para viabilizar essa melhoria, que demandará entre R$ 25 mil e R$ 30 mil. Para ajudar, o depósito pode ser feito por PIX, a chave é o CNPJ do condomínio: 12991298000128.

Jefferson Schmidt

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pós anos de um ambiente marcado pela criminalidade e pelo domínio do tráfico de drogas, o Residencial Parque da Lagoa começa a ter a sua realidade transformada e as suas estruturas revitalizadas, possibilitando que os moradores sigam para uma nova fase de suas vidas. Um shopping de drogas a céu aberto. Essa é a forma como o coronel Jefferson Schmidt, comandante da 7ª Região da Polícia Militar de Santa Catarina, descreve a rotina no Residencial Parque da Lagoa, no bairro Itoupavazinha, em Blumenau (SC). Cenário esse que está ficando no passado desde outubro de 2020, quando iniciou a Operação Fênix I. A ação da Polícia Militar tem como objetivo sufocar o tráfico e devolver o local aos seus condôminos, que desde a sua construção, há cerca de 10 anos, era dominado pela facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC). O condomínio formado por três prédios, 96 unidades e com mais de 300 moradores enfrentava um dia a dia caracterizado pela violência, pelas batidas policiais e pela degradação e abandono da infraestrutura e da gestão administrativa e financeira. Seis meses depois do começo das abordagens diárias para coibir a venda de entorpecentes, que resultou ainda na apreensão de drogas, de armas e na captura de foragidos, em abril deste ano, a iniciativa passou para uma nova etapa com a entrada da Polícia Militar no residencial para restaurálo e modificar o espaço que propiciava o crime. “Estamos revertendo a teoria das janelas quebradas, que diz que quanto mais descuidado, sujo e degradado é um lugar, menos as pessoas cuidam dele. Ao mesmo tempo que um ambiente bonito é mais preservado. Vamos reestruturar o condomínio para poder entregá-lo de volta aos condôminos”, afirma o coronel Jefferson. O comandante conta também que em maio foi instalada uma câmera de vigilância ligada à Polícia Militar no Parque da Lagoa para monitorar a localidade 24 horas por dia. “É algo (a operação) inédito em Santa Catarina e, quiçá, no Brasil”, revela.


Uma história que se repete em outros condomínios da cidade Divulgação

Apesar de conviver com uma realidade mais grave, o Residencial Parque da Lagoa não é o único empreendimento que sofre com o problema da violência e da criminalidade em Blumenau. De acordo com o Coronel Jefferson, esses locais enfrentam dificuldades desde o seu princípio. Em 2008, houve uma tragédia, com enchentes, encostas de morro que vieram abaixo e enxurradas que deixaram aproximadamente 3 mil pessoas, que moravam em áreas ribeirinhas, desabrigadas, como recorda o comandante da 7ª Região da Polícia Militar de Santa Catarina. “Na época, o governo municipal conseguiu verbas para construir condomínios através do programa Minha Casa, Minha Vida, da União. Mas, se por um lado essa era uma excelente solução, por outro – por falta de controle, de visão de futuro – passou a se tornar um grande problema social e até de segurança na região”, observa. E isso ocorreu, segundo ele, porque o poder público deixou que esses lugares fechados virassem “terra de ninguém ao entregar as chaves das novas casas e simplesmente virar as costas para as pessoas”.

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SEGURANÇA

No caso do Parque da Lagoa, explica o coronel Jefferson, os criminosos viram uma oportunidade para, em um primeiro momento, ocupar o espaço e, na sequência, expulsar os moradores e invadir os apartamentos. “E, como não houve uma reposta ágil dos poderes municipais ou da Caixa para retirar esse pessoal, a condição foi se agravando e o local passou a ser depredado. Eles praticamente tornaram a habitação de interesse social em um ambiente propício para o crime, com lâmpadas quebradas, cerca rasgada e portão arrancado, possibilitando que qualquer um entrasse e saísse dos prédios”, detalha. Ao impedir que a manutenção do residencial fosse feita, a facção criminosa criou uma camuflagem para os atos ilícitos que aconteciam ali, frisa o comandante. Outro fator que complicou o combate ao tráfico, destaca ele, foi a localização do empreendimento, ao lado de um matagal. “Quando a Polícia Militar chegava, os bandidos corriam para os edifícios e se escondiam em qualquer apartamento ou fugiam para o mato”, salienta. Quando a Operação Fênix I começou, os condôminos foram surpreendidos e ficaram desconfiados, pois não sabiam o que iria acontecer, ressalta o coronel Jefferson. “Agora, um mês depois que estamos lá dentro de forma ostensiva, eles verificam o quanto está melhorado a segurança deles. Nesse período, não tivemos ocorrências de tráfico no residencial ou na rua”, aponta. Com relação aos próximos passos da ação, o comandante informa que a meta é manter o lugar, acabar com a venda de drogas e devolver o Parque da Lagoa limpo e com ordem pública para os moradores. “Terminando essa fase, poderemos nos retirar e deixar o condomínio na mão das pessoas para que elas consigam seguir com suas vidas”, projeta. Ao encerrar a operação, será mantida a câmera do monitoramento 24 horas, as rondas policiais serão mais espaçadas e a Rede de Vizinhos deve ser estabelecida no complexo e na rua onde ele fica, a Botuverá. O programa da Polícia Militar de Santa Catarina reúne os

residentes de uma mesma área em um grupo de Whatsapp para que todos cuidem da localidade onde vivem. “Cada uma dessas redes conta com um policial militar que fica atento às mensagens e, se necessário, aciona a viatura pelo 190 para que se desloque até o endereço. É um projeto preventivo que trata não só da segurança pública, mas do lado social e humano. Ele vem para resgatar o sentimento de boa vizinhança”, assinala. O coronel Jefferson reforça que com a Fênix I foi mostrado que, ao atuar nas causas estruturais das realidades pontuadas pela criminalidade, é possível resolver os problemas e não mais as consequências deles. Ele analisa também que a Polícia Militar tem a obrigação de restabelecer a ordem pública quando ela é quebrada, mas que “se houvesse um controle do uso do solo e da função social da propriedade de maneira preventiva, nada disso estaria acontecendo hoje em Blumenau”. O comandante conclui que espera que a ação se torne uma referência para o País e comenta que os síndicos que tenham condomínios com situações semelhantes a essa procurem as forças de segurança pública.

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Transformação do Parque da Lagoa passa também por reestruturação financeira e da gestão condominial

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As mudanças no residencial instalado no bairro Itoupavazinha tiveram duas frentes de ação, independentes e em áreas distintas. Antes mesmo de começar a Operação Fênix I da Polícia Militar, em fevereiro de 2020, o advogado e empresário Giovanni Moser pegou para si a missão de colocar a vida administrativa e econômica do local nos trilhos. “As pessoas não acreditavam mais no trabalho que era feito pela

gestão anterior, elas não viam os resultados e poucas pagavam o condomínio. Quando entrei, cerca de 30% estavam em dia e os escassos recursos serviam apenas para o pagamento das despesas de pessoal e não sobrava para fazer melhorias”, relata o, agora, ex-síndico – seu mandato terminou em fevereiro deste ano. Ele conta ainda que quando acabou o prazo para a saída do seu antecessor, ninguém quis assumir o cargo.


Giovanni Moser

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Como ele possui apartamento no Parque da Lagoa, mas não mora lá, achou que poderia ajudar na modificação da realidade do lugar. Com a necessidade de alterações, inclusive visuais, Moser decidiu iniciar pela parte financeira. Nos primeiros oito meses, lembra, foram efetuados 55 acordos de pagamento com os residentes e itens importantes da rotina de um condomínio, como seguro de incêndio – que não era feito há algum tempo –, troca dos extintores vencidos, instalação de caixa de correio, conserto de vazamento no sistema de gás e compra de mangueira para os hidrantes, foram postos em dia. Outra medida foi a recolocação de portas que tinham sido retiradas e a quitação das dívidas que existiam com a administradora, que eram de R$ 8 mil, e com os fornecedores, que já estavam em R$ 18 mil. Ele manteve a taxa condominial baixa, em R$ 50,00, para reduzir a inadimplência, que hoje está em torno de 20%. “Foi uma quebra de paradigmas. Ao mesmo tempo em que a polícia fazia a parte dela, estava cuidando da reestruturação econômica. Queria que as pessoas confiassem de novo na administração do Parque da Lagoa e vislumbrassem as transformações que viriam, que elas teriam um futuro diferente”, ressalta.

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SEGURANÇA Divulgação

Ele revela que aceitou ser síndico por não estar em Blumenau e porque vários condôminos pediram para que ele auxiliasse na recuperação do residencial. “A vida deles era se isolar dentro de casa, passavam o dia no trabalho e só voltavam para dormir. Não aproveitavam o espaço que era controlado pelo tráfico de drogas, que funcionava quase que 24 horas, com crianças expostas àquela situação”, cita. Moser comenta que muitos acharam que ele era louco de aceitar o cargo, devido ao cenário crítico de criminalidade, de violência, mas ele diz que a vontade de dar uma possibilidade para que essas pessoas tivessem novas oportunidades falou mais alto. Uma grande vitória para o empresário foi a instalação da câmera de monitoramento da Polícia Militar dentro do Parque da Lagoa. “Foi um grande ganho para a rotina dos moradores”, acredita. Segundo ele, que está auxiliando na transição para o novo gestor – que também é de fora do complexo, a preocupação nesse momento é encontrar alternativas de estudo e trabalho para aqueles que querem mudar de vida. Em sua última assembleia virtual no cargo, foram aprovadas diversas modificações. Entre elas a proibição de fumar ou beber nas áreas comuns, fazer churrasco na rua e o horário para o uso do salão de festa ficou definido até às 22 horas – o espaço deve também passar por uma reforma. Além disso, foi decidido pelos participantes que será realizada a cobrança judicial de condomínios atrasados. Divulgação

Desafios da administração 100% à distância

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Moser destaca que a tecnologia foi o que permitiu fazer a gestão do Parque da Lagoa totalmente de longe. Ele observa que para as coisas funcionarem nessa dinâmica é preciso ter, pelo menos, uma pessoa de confiança no lugar para a parte administrativa e possuir uma impressora para os boletos e se cercar de quem tem o mesmo objetivo, que é o de fazer as coisas acontecerem e melhorarem para todos. Uma novidade estabelecida pelo empresário foi a de ter moradores responsáveis pela limpeza do pátio e dos blocos, com uma remuneração que, apesar de baixa, auxilia no cuidado e no sentimento de pertencer ao complexo, com avanços que já são perceptíveis. Para a comunicação, foi criado um grupo dos vizinhos no Whatsapp e uma lista de distribuição para deixar todos informados sobre as ações no local. As assembleias, quando necessárias, foram realizadas pelo Zoom. Um sistema para a emissão dos documentos de pagamento foi contratado por Moser – que cancelou o contrato com a administradora e não cobrou pelo serviço como síndico. “Essa ferramenta possibilita que o próprio gestor cuide do residencial, insira as informações e gere os arquivos de cobrança da taxa condominial. Ela disponibiliza ainda um aplicativo para que

os condôminos que têm acesso à internet possam ver os seus dados”, descreve. Mesmo com a resistência de alguns em ter alguém gerenciando o espaço que não vivia no lugar e não colocou os pés lá, Moser informa que muitos já o conheciam – ele comprou o primeiro apartamento no empreendimento cinco anos atrás. “Tinha contato com vários moradores, com quem sempre falava sobre como organizar o local. Hoje, estou bem feliz porque as pessoas perceberam que minha palavra tem valor e que quando eu falo que vou fazer algo, eu faço”, sentencia.


O empresário avalia que a sua experiência comprova que a administração à distância funciona. Ele percebe que as modificações promovidas pela operação da Polícia Militar e pelo seu trabalho como síndico trazem mais tranquilidade para os residentes. “A partir do momento que pintar os blocos

e fazer tudo que ainda falta, são dez anos de um condomínio abandonado, vai ocorrer uma valorização dos imóveis”, projeta Moser, que se tornou membro permanente do Conselho do Parque da Lagoa e pretende deixar o complexo high tech um dia.

Case de mudança do condomínio participará do Prêmio Síndicos Planning Compartilhar a história e as iniciativas colocadas em prática no Residencial Parque da Lagoa para alterar a rotina de criminalidade que se instaurou no ambiente é um dos motivos que levou Moser a se inscrever no Prêmio Síndicos Planning, promovido pela Inspiracom Marketing e Comunicação e que visa a valorização e qualificação do setor de administração condominial de Santa Catarina Demonstrar que bons gestores mudam a vida das pessoas e que é possível fazer isso remotamente foram outras razões que o incentivaram a participar da premiação, que terá seus vencedores nas categorias Gestão, Sustentabilidade, Inovação e Ação Social conhecidos em 6 de novembro. “Não é preciso estar fisicamente no condomínio e sim estar disponível para os moradores quando eles necessitam. E tem que saber o que

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deve ser feito, quando e por quem”, defende. A transformação desencadeada por Moser na frente financeira e pela Polícia Militar na parte da criminalidade chega até ao nome do empreendimento, que passará a se chamar Residencial Fênix, mesma denominação escolhida para a operação policial pelo seu significado. “A decisão já foi tomada em assembleia. E quando a reforma, com a pintura dos blocos e o muro estiverem prontos, vamos marcar esse recomeço com a modificação oficial”, adianta o empresário. Conforme ele, a ideia da nova nomenclatura é algo claro para ele desde o momento que assumiu o cargo de administrador pelo simbolismo que ela tem. “O condomínio, assim como a fênix que renasce das cinzas, está virando a página e começando uma nova etapa que precisa ser destacada”, comemora.

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GESTÃO CONDOMINIAL

Daniel Zimmermann

TROCA DE SÍNDICO EM HOME CLUB DE JOINVILLE É EXEMPLO DE TRANSIÇÃO TRANSPARENTE, ÉTICA E COLABORATIVA Passagem de bastão no Condomínio Garden Atiradores ocorreu com muito diálogo, tranquilidade e seguindo todos os procedimentos necessários na mudança de gestão

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troca de síndico é um momento que requer muita transparência, ética e colaboração de ambas as partes - tanto da pessoa que deixa a gestão do condomínio quanto daquela que está assumindo o cargo. Nessa passagem de bastão, além de uma boa conversa entre os síndicos para que sejam esclarecidas todas as dúvidas, há alguns procedimentos obrigatórios a serem cumpridos, dentre eles, a entrega de toda a documentação administrativa. Adotar esta postura colaborativa e amigável, que nem sempre é uma prática recorrente no mercado condominial, garante uma transição tranquila para o condomínio e a continuidade dos serviços.

Um excelente exemplo de boas práticas que deve ser replicado por todos os gestores condominiais é a recente transição de gestão no Condomínio Garden Atiradores, um dos maiores home club’s de Joinville. Apesar de ser um condomínio de grande porte - 5 torres, 354 unidades e mais de 1100 moradores - todo o processo de troca de síndico ocorreu de forma tranquila, com total transparência e muito diálogo, beneficiando assim os profissionais de gestão, os moradores, os prestadores de serviços e o próprio condomínio. A experiência foi tão bem-sucedida que será apresentada como um dos cases do Prêmio Síndicos Planning.


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Quem liderou esse processo de transição foi Josué Cavalcante de Lavor, sócio-proprietário da Lavor Síndico Profissional, que administra atualmente 58 condomínios em Joinville e tem 14 anos de experiência no ramo. Depois de quase cinco anos como síndico do Garden Atiradores, Lavor sentiu que era o momento de passar a gestão para outra pessoa. Na opinião do síndico profissional, que tem formação em Pedagogia, Direito, pós-graduação em Psicopedagogia e MBA Finanças e Administração existe um ciclo de vida para o síndico. “Na minha opinião, o síndico tem um período de vida para fazer um bom trabalho em qualquer condomínio. Não pode ser superior a três mandatos, ou seja, o ideal é ficar entre cinco e seis anos na gestão de um mesmo edifício. Depois é hora de dar espaço para um novo síndico, que pode e deve dar continuidade ao trabalho, mas também vai somar com o seu conhecimento e experiência, trazendo um novo olhar e uma outra forma de gerir. É um fim de relação necessário para evitar o desgaste e que acaba sendo muito saudável para o condomínio e para o profissional que entrega a gestão”, avalia. Com essa decisão tomada de maneira muito ponderada, a primeira atitude de Lavor foi comunicá-la a todos os moradores e aos cinco conselheiros do Garden Atiradores. A partir daí iniciou-se um processo de seleção de candidatos, realizada com o apoio da Lavor e da Administradora, e posteriormente foi convocada uma assembleia virtual para fazer a última prestação de contas e a eleição do novo síndico. Com a maioria dos votos foi eleito como novo síndico Fernando Raulino Esbiteskoski, formado em Administração de Empresas, com MBA em Gestão Empresarial, atuação de pouco menos de dois anos como síndico em 16 condomínios de Joinville e São Francisco do Sul.

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Vantagens da transição colaborativa De acordo com Lavor, no momento seguinte à eleição, após parabenizar o seu sucessor, já se colocou à disposição para esclarecer todas as dúvidas. “Combinamos uma data para fazer a apresentação do prédio e o processo de transição começou com um check list de mais de 100 itens, entre documentos, contratos, aditivos, livros-caixa, histórico financeiro e outras documentações. Apresentei o Fernando a todos os funcionários e prestadores de serviço. Pedi ao zelador que mostrasse cada cantinho do condomínio, os depósitos com estoque de material de limpeza, elétrico, de piscina etc. E depois dessa vistoria, para ficar mais transparente e sabendo também da complexidade do condomínio, passei meu telefone pessoal e da equipe que cuidava do prédio para tirar qualquer dúvida que surgisse no caminho”, explica. Na avaliação de Fernando, a transição aconteceu de uma forma muito positiva e o ponto principal foi justamente a forma colaborativa. “Até esse momento não tínhamos tido a oportunidade de nos conhecer pessoalmente. Mas a Lavor, representada pelo Josué, nos recepcionou com excelência, conversamos e ajustamos algumas informações. E encontramos um condomínio muito bem cuidado e organizado com suas normas e procedimentos e também nenhuma pendência ou problema ficou para trás. As informações foram todas passadas com clareza. Claro que, em um condomínio desse porte, vão surgindo dúvidas no decorrer dos 30 primeiros dias, mas todas foram prontamente atendidas pela equipe Lavor”, conta.

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Fernando Raulino Esbiteskoski Daniel Zimmermann

Josué Cavalcante de Lavor

Para Lavor, fazer uma transição de síndicos com esse nível de transparência e desta forma ética e colaborativa é um diferencial da sua empresa. “Independente de ser uma eleição em que a gente pediu para sair ou de alguém que concorreu e ganhou, tem que ser um processo democrático. Nós fazemos questão de apresentar tudo com total transparência e ética, para ninguém ter dúvidas do nosso trabalho e sairmos do condomínio de cabeça erguida. No caso do Garden, entregamos o prédio sem dívidas, com excelente fundo de reserva, saldo em caixa e as manutenções 100% feitas e conferidas. Já recebi prédio de síndico que se diz profissional, que mandou o funcionário entregar chave e tag através da administradora do condomínio e com o seguinte recado: “O síndico novo que se vire, e que não me ligue”’, relata. Já Fernando acredita que, na grande maioria das vezes, essa transição amigável e principalmente colaborativa ocorre, mas reconhece que existem empresas que não têm qualificação ou capacitação para tal prática. “A transição deve ser primeiramente com transparência e ética. A empresa que passa o bastão, deve ficar à disposição para esclarecimentos de dúvidas que possam surgir no decorrer da gestão. E a Lavor foi uma surpresa muito agradável que encontramos nesta transição. Quando ela é feita desta forma colaborativa ajuda muito para que o condomínio não desacelere seu processo de gestão, pois quando se têm muitas dúvidas e muitas informações desencontradas, atrapalha o gerenciamento do condomínio e, consequentemente, incomoda os condôminos”, analisa.


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Lavor complementa que deixar a gestão de um condomínio de forma amigável e com uma postura correta contribui também para manter uma imagem positiva do profissional diante do mercado. “Se você sai com tudo comprovadamente correto deixa também uma porta aberta para o futuro. Quem sai de forma grosseira, sem ética e sem mostrar a verdade, dificilmente terá uma oportunidade de trabalho neste e até mesmo em outros prédios, porque esse tipo de conduta acaba ganhando uma repercussão negativa em toda a cidade”, afirma. Uma das grandes satisfações ao deixar o Garden, segundo Lavor, foi receber dezenas de mensagens dos moradores agradecendo pela gestão, a transparência e elogiando a postura da empresa. “Hoje, com a grande concorrência que existe, isso tem muito valor, porque só aqueles que são éticos e transparentes permanecerão no mercado. Eu entendo que uma das funções como síndico é ensinar novos síndicos que estão entrando no segmento. Por isso, acho importante participar do Prêmio Síndicos Planning com este case da transição de síndicos do Garden Atiradores. Vamos deixar esse exemplo como legado para as futuras gerações, para que possam se espelhar em boas práticas”, resume.

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PUBLIEDITORIAL

PORQUE FAZER INSPEÇÃO PREDIAL

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Estendendo a inspeção predial a uma “Inspeção Técnica de Engenharia”, podemos também diagnosticar (avaliar a situação no instante em que se encontra a anomalia), dar um prognóstico (prever o que pode acontecer à edificação decorrente da patologia) e a profilaxia de uma patologia (aplicação de meios tendentes a evitar evolução das patologias), indicar e especificar soluções de recuperação das anomalias. A vantagem da inspeção predial é que junto das prioridades elencadas no laudo é possível fazer o planejamento financeiro, priorizar manutenções, evitar chamadas de capital repentinas, e aumentar consideralvelmente a vida útil da edificação e da valoração financeira do seu patrimônio. A equipe da Técnica Engenharia conta com profissionais especializados e altamente capacitados para assessorar tecnicamente o síndico em seu condomínio. Álvaro Ling Junior é Formado em Engenharia Civil pela Furb, Pós graduação em Engenharia de Avaliações e Perícias pelo Ibape/SC, Perito Judicial na Justiça Federal e Justiça Estadual de SC, MP, Assistente Técnico Judicial para condomínios e empresas, Membro do CREA–SC, CREA–Goiás, Membro do IBAPE–SC. 47 98821-6240 Daniel Zimmermann

o mercado imobiliário existe uma relação direta entre manutenção e valorização. A falta de manutenção faz sua edificação desvalorizar pelo menos 2% ao ano, ou seja, 10% em 5 anos. Quanto mais tempo sem manutenção, mais o seu imóvel desvalorizará e mais cara ela se tornará, pois as patologias avançam dia a dia. Uma das formas mais eficazes de valorizar seu patrimônio, e obter êxito no desempenho da sua função, e fazer uma manutenção predial de acordo com suas prioridades e necessidades, é fazer a inspeção predial. Desde 21 de maio de 2020, está em vigor em todo território nacional a NBR 16.747/20 – INSPEÇÃO PREDIAL. Esta norma objetiva auxiliar na gestão da edificação, contribuir com a mitigação de riscos técnicos e econômicos associados à perda de desempenho da mesma, também constatar o estado de conservação da edificação junto aos seus sistemas e subsistemas, para que sejam mantidas as questões mínimas de segurança, habitabilidade e durabilidade da edificação, desta forma instruindo na gestão de uso, operação e manutenção da edificação. O Engº Álvaro Ling Junior salienta que corriqueiramente encontra nas edificações infiltrações nas coberturas, riscos de ruptura nas caixas d´água, pisos cerâmicos soltos devido a falhas executivas, revestimentos (reboco e pastilhas) apresentando manifestações patológicas, fissuras por recalque de fundação, corrosão avançada da armadura, etc. “Muitas manifestações patológicas são encontradas apenas com olhos clínicos. Num laudo de inspeção predial, você saberá o grau de risco que cada uma destas manifestações patológicas oferecem integridade da edificação, sua necessidade temporal para serem feitas as intervenções, e os fatores que originam tais fatos. – pontua Álvaro. Outra Finalidade da Inspeção Predial é identificar anomalias e buscar junto à empresa Construtora suas obrigações legais (CPC, NBR´s), visando risco da prescrição.


SEGURANÇA

NOVOS HÁBITOS IMPULSIONADOS PELA PANDEMIA DEMANDAM MAIS CUIDADOS COM A SEGURANÇA DOS CONDOMÍNIOS

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aumento das compras online, dos pedidos de delivery e do número de pessoas em home office levou muitos complexos residenciais e comerciais a atualizarem suas regras para atender às necessidades dos seus condôminos e usuários e garantir a proteção de todos. O coronavírus desencadeou e acelerou uma série de mudanças comportamentais e de formas de consumo que permanecerão no pós-pandemia devido aos benefícios e comodidades que trazem para o dia a dia, como as encomendas feitas pela Internet, o delivery de refeições e o home office. Para se ter uma ideia do crescimento desses segmentos, somente a área de e-commerce no Brasil teve uma elevação de 41% no ano passado em relação a 2019, segundo o estudo Webshoppers desenvolvido pela Ebit/Nielsen & Bexs Banco, com mais de 194 milhões de pedidos realizados. Com um volume maior de entregas nos condomínios, muitos gestores precisaram adaptar regimentos internos e convenções – com alterações

aprovadas em assembleias de moradores – e reforçar as normas relacionadas à circulação de pessoas, aos cuidados com a segurança e ao uso dos espaços comuns. A autonomia que cada empreendimento tem para decidir as normas referentes às entregas, deliveries e home office e a relevância de fazê-las é ressaltada pelo advogado e especialista em Direito Condominial, Vander Ferreira de Andrade. Ele assinala que, conforme o artigo 22 da Lei 6.538/78, os administradores, porteiros ou zeladores podem receber correspondências ou encomendas de residentes, mas ao fazerem isso podem ser responsabilizados por extravio ou violação dos itens. “O artigo 1348 do Código Civil diz que é dever do síndico cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembleia. Por isso, a necessidade de criar regras sobre esses assuntos que ganharam mais visibilidade com a Covid-19 e não colocar em risco o gestor e o condomínio”, afirma.


Andrade complementa que existem também condomínios de alto padrão que têm um mensageiro em seu quadro de funcionários para facilitar a distribuição dos itens, de deliveries e até mesmo das correspondências entregues pelos Correios. “No entanto, isso possui um custo e não é a realidade da maioria dos edifícios”, enfatiza.

Vander Ferreira de Andrade

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Andrade sugere que os administradores levem para as reuniões de moradores uma proposta dos procedimentos que serão permitidos e proibidos em relação a entregas, deliveries e home office e que, após a sua aprovação, eles sejam bem comunicados. “Poucas pessoas comparecem às assembleias, mesmo as virtuais, sendo preciso fazer uma grande ação de divulgação das informações para que elas cheguem a todos”, defende. A orientação do advogado é que os condôminos busquem suas encomendas ou deixem um vizinho responsável por isso. “Não aconselho a custódia (o funcionário do complexo receber e guardar o objeto) porque isso gera o risco de extravio. Nos locais com portaria remota, uma alternativa é contatar o residente, avisar sobre a entrega e dar um tempo para que ele venha buscá-la”, recomenda. Conforme ele, há empreendimentos que já possuem uma arquitetura planejada para ter um setor destinado ao recebimento dos produtos, seja por meio de gavetas ou aberturas instaladas em um dos acessos ou de portas específicas para esse fim. “Essas estruturas dão mais segurança e evitam o contato entre as pessoas, importante nesse momento de pandemia”, pondera.

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SEGURANÇA

internos dos complexos, esses equipamentos são abertos via código que é enviado tanto para entregadores como para quem faz a encomenda, dispensando a necessidade de ter alguém para receber o objeto e um período determinado para buscá-lo. Faistel aponta que todas as mercadorias que chegam às portarias dos empreendimentos em que atua são protocoladas em livro e no aplicativo das edificações e, na sua retirada, os residentes têm que assinar o documento de registro.

Clóvis Faistel

Segurança, uma preocupação de todos

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No atual contexto de elevação dos serviços de entregas em geral nos condomínios, o comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina, tenente-coronel Cleber Pires, assinala que a responsabilidade pela segurança desses ambientes é tanto dos síndicos e funcionários como dos moradores. A proteção de um empreendimento, explica o tenente-coronel Cleber, acontece por meio das barreiras externas, como muros, grades, sistemas de monitoramento eletrônico, interfones e de uma boa iluminação dos acessos, e dos obstáculos internos, que envolvem o comportamento das pessoas. “Nesse sentido, algumas regras devem ser impostas para aumentar a segurança de todos. E a primeira delas é a de não permitir que entregadores de delivery entrem nos complexos. Quanto menos pessoas circularem na área mais reservada do condomínio, melhor para a

segurança”, analisa. O ideal, segundo o comandante, seria que os edifícios criassem um local para que os residentes pudessem buscar suas encomendas sem ser na rua. Portarias duplas, com um espaço entre as duas portas (eclusa), é uma solução que vem sendo adotada em construções mais recentes, argumenta. “É preciso ter o controle de quem entra nesses lugares”, frisa. Por isso, uma das recomendações dele é que ao chegar um objeto ou delivery sejam conferidas se as informações sobre a unidade que solicitou o pedido e de qual a empresa ele vem estão corretas. No caso de entregas frequentes, como gás e água, a orientação é cadastrar esses fornecedores, com o nome, o telefone e a companhia em que trabalham. Os moradores podem contribuir nessa ação, passando ao síndico ou porteiro os contatos das tele-entregas que utilizam.

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Em alguns dos dez complexos administrados pelo síndico profissional Clóvis Faistel em Florianópolis (SC) o cenário é diferente. Ele conta que foi estabelecida nos regimentos internos dos empreendimentos com portaria a possibilidade de armazenar os objetos até serem retirados pelos moradores. Ele comenta que nesses locais foi determinado, em conjunto com os condôminos, que mercadorias de pequeno e médio porte podem ser entregues na recepção – os demais devem ser recebidos pelos residentes. Com a pandemia e o aumento das encomendas, Faistel calcula em torno de 50% a 60% esse incremento, foi necessário liberar espaço para guardar o maior volume de itens. “Tivemos que fazer ajustes porque as portarias não têm capacidade para tantos pedidos e definimos um prazo de 24 horas para as pessoas buscarem seus pacotes ou eles são devolvidos”, destaca. Para agilizar esse processo, um aviso é enviado aos moradores por meio do aplicativo do edifício quando os produtos chegam. Além disso, o gestor comenta que fez treinamento com as equipes para prepará-las para as atividades desse novo período. Faistel adianta que trabalha em um condomínio que está estudando a colocação de armários inteligentes (lockers), que facilitariam as entregas e aumentariam a segurança. Instalados em uma área que não permita o acesso aos espaços


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Cleber Pires

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41 “Em situações que fujam ao normal, cabe ao funcionário ou ao condômino refletir se os dados que estão sendo repassados são verídicos e se podem ser confirmados antes de autorizar a entrada de qualquer pessoa”, reforça. Embora os golpes sejam mais comuns nos meios virtuais, por meio de e-mails ou do Whatsapp, o comandante observa que eles também podem ocorrer presencialmente nos empreendimentos, o que demanda mais atenção de quem atende ao interfone, seja porteiro ou residente. Manter o registro de moradores, inquilinos e de visitantes temporários é outra dica, assim como dos veículos e bicicletas que ficam nas dependências dos complexos. “É importante estabelecer uma norma de segurança e de boas práticas, formalizá-la e fazer uma divulgação abrangente”, sinaliza. Uma boa ideia, avalia o tenente-coronel Cleber, é ter um grupo de Whatsapp ou um aplicativo do condomínio para tratar de temas ligados à segurança. “Essa proximidade entre as pessoas contribui para a proteção de todos, a troca de informações e para orientar sobre as condutas a serem seguidas naquele local”, lembra.

Maior movimentação de deliveries mostra necessidade de repensar estruturas e as construtoras precisam planejar um ambiente específico para esse tipo de entrega, pensando em segurança física, do patrimônio e alimentar”, reitera. Portarias maiores, lockers e uma dinâmica melhor para receber esses e outros produtos, como caixas de passagem nas grades ou portões, também precisam ser reavaliadas, na opinião de Faistel.

Nícolas Vasconcelos Marques

Daniel Zimmermann

Assim como as compras pela Internet, os pedidos de delivery cresceram significativamente em 2020. Levantamento da Mobills, uma startup de gestão de finanças pessoais, apontou que os gastos com aplicativos de entrega de comida no País, como o iFood, Uber Eats e Rappi, tiveram uma elevação de 149% em comparação com 2019. Ainda em alta, porém em um ritmo mais desacelerado, esses serviços continuarão sendo uma realidade na rotina dos complexos residenciais e comerciais. Clóvis Faistel recorda que antigamente as entregas se concentravam no horário do jantar e que, agora, elas começam com o pão para o café da manhã e vão até de noite. Diferente da situação das encomendas, em que era permitido o recebimento de alguns itens, o síndico afirma que os empreendimentos onde atua como gestor proíbem a entrada de deliveries, sendo responsabilidade dos moradores buscarem seus pacotes. “Além de ficarem na rua, muitas vezes segurando o portão aberto – diminuindo a segurança –, as pessoas sofrem com a falta de estrutura”, considera. Ele revela que às vezes chegam a ficar três ou quatro entregadores esperando ao mesmo tempo, com caixas de comida ou até mesmo uma garrafa de refrigerante no chão. “Acredito que os condomínios


SEGURANÇA

O tenente-coronel Cleber acrescenta que selecionar adequadamente os funcionários e ter as equipes treinadas para lidar com situações como as de recebimento de deliveries ou de encomendas auxiliam na segurança desses ambientes. De acordo com o advogado Vander Ferreira de Andrade, são pouquíssimos os municípios brasileiros que começam a ter uma regulamentação sobre delivery. “Os complexos, na grande maioria, estão normatizando internamente essa questão, criando um guia de boas condutas ou de procedimentos”, informa o especialista em Direito Condominial. E essas regras

precisam, assim como as referentes às encomendas, ser aprovadas em assembleia. Andrade salienta que tem visto um movimento em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG) de condomínios que estão desenvolvendo códigos de conduta pessoal, que podem estar integrados ao regimento interno ou à parte, com o objetivo de serem mais educativos que punitivos. “A ideia desses materiais é incentivar a adoção de uma nova cultura de convívio, comunicando o que os residentes podem fazer no seu dia a dia, seja sobre delivery, encomendas ou outro assunto”, indica.

Home office: atividades pessoais não podem interferir no bem-estar coletivo

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Fenômeno que já vinha evoluindo antes mesmo da pandemia, o home office ganhou um novo impulso a partir da quarentena, consolidando-se como uma opção para muitas pessoas e empresas manterem suas funções. Uma pesquisa do portal Vagas.com revelou que as ofertas de trabalho remoto aumentaram 309% entre março de 2020 e o mesmo mês deste ano no Brasil. Outro indicador de que essa é uma mudança que veio para ficar são as alterações na arquitetura dos novos apartamentos, como ressalta o advogado Vander Ferreira de Andrade. “Se no passado era um desejo dos condôminos ter um quarto de empregada em suas unidades, hoje ninguém mais pensa nisso. A novidade em termos de layout é ter um escritório no imóvel, um espaço planejado para isso”, detalha. Sobre as atividades que podem ser realizadas dentro dos empreendimentos residenciais, Andrade esclarece que qualquer trabalho que cause transtorno ou que atrapalhe o sossego e a tranquilidade dos demais moradores não deve ser permitido. “Um músico ensaiando ou fazendo uma live de casa é uma ação mais ruidosa e que foge dos padrões de barulho determinados nos regimentos internos – até mesmo nos mais antigos. Nessa situação, ele deve ser advertido e, se ocorrer novamente, multado”,

explica. Outra circunstância trazida pelo especialista em Direito Condominial é a do residente que começa a fazer comida em larga escala em sua unidade e passa a trazer uma série de deliveries para dentro do complexo, com alta rotatividade de entregas, o que pode comprometer a segurança do local. Além disso, uma iniciativa como essa incomoda os vizinhos por causa do cheiro e da fumaça que saem do apartamento e não deve ser tolerada. “Não pode um interesse pessoal se sobrepor ao da coletividade”, sustenta. Utilizar as áreas comuns, como salão de festas ou o hall de entrada, para fins comerciais também não pode ser permitido, informa o advogado, pois ocorre um desvio das suas funções. “O Código Civil, em seu artigo 1336, determina que esses ambientes devem ser usados pelos condôminos para as suas finalidades e de maneira que não prejudiquem o sossego, a salubridade e a segurança, assim como os bons costumes”, agrega Andrade. Ele cita como exemplo um morador que é professor de Educação Física e ocupa a academia para dar aula para pessoas que não moram no empreendimento, o que pode trazer risco para a proteção de todos, ainda mais em um momento de pandemia.


pandemia, o síndico destaca que foi preciso reduzir para 2 horas o período de utilização para atender à nova demanda. “É permitido receber até duas pessoas de fora do empreendimento nesses ambientes, que devem seguir os protocolos de cuidados com o coronavírus, como uso de máscara e álcool em gel. Precisa ainda ser repassado à portaria o nome de quem irá se reunir nesses locais”, pontua. O comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina frisa que qualquer visita deve ser identificada pelo residente antes de ter a sua entrada liberada. O tenente-coronel Cleber adianta que no pós-pandemia, quando retornarem os eventos, é importante que os moradores forneçam uma lista de convidados para a portaria garantir o acesso seguro ao condomínio. Consenso entre os entrevistados, a comunicação e as ferramentas digitais são fundamentais para manter todos informados sobre as regras e os cuidados que devem ser adotados em relação aos serviços de encomendas e delivery, ao home office e à segurança. Manter os colaboradores treinados e capacitados para lidar com as situações fora do comum que algum desses assuntos possam trazer também é salientada por eles.

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Se um novo cenário relacionado ao home office se apresentar, a orientação do advogado é atualizar a convenção e o regimento interno por meio das assembleias, definindo as normas que o condomínio precisa para solucionar dificuldades identificadas no atual panorama. “Quando não há regra, tudo o que não está proibido é permitido, essa é a lógica que as pessoas seguem”, adverte. Andrade faz a ressalva ainda que é dever dos gestores zelar pela segurança dos complexos, o que envolve o cuidado com os residentes, o patrimônio, a manutenção e uso dos elevadores e todos os equipamentos. “Se algo acontecer no empreendimento, o síndico pode ser responsabilizado se ele souber do problema e não fizer nada para resolvê-lo”, diz. O aumento do número de pessoas trabalhando em casa também foi percebido por Clóvis Faistel nos condomínios que administra. “Não precisamos ajustar as regras nesse sentido, pois todos estão seguindo o que determina os regimentos internos”, conta. A exceção foi a adaptação necessária nas normas de um dos complexos que possui espaços específicos de home office. As estruturas, equipadas com Internet e itens para reuniões virtuais e apresentações, podiam ser usadas por 4 horas por cada morador. Com a

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PIONEIRO EM SOLUÇÕES PARA CONDOMÍNIOS EM BLUMENAU Com uma trajetória marcada pelo aperfeiçoamento contínuo e pela dedicação em encontrar saídas para os problemas desses empreendimentos, José Luiz dos Santos Júnior foi o primeiro síndico profissional da cidade catarinense e, hoje, tem o seu legado mantido pelos filhos, que seguem seus passos à frente da empresa familiar – que atende a cerca de 40 condomínios

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Foi por acaso, mas foi bom”, assim José Luiz dos Santos resume o desafio que aceitou há mais de quatro décadas quando assumiu pela primeira vez o cargo de gestor do prédio onde morava no Rio de Janeiro (RJ). Foi no Condomínio Ribeiro Guimarães, em 1979, e depois no Edifício José de Anchieta, que começou a sua missão como administrador e como incansável solucionador das dificuldades que se apresentam diariamente nesses empreendimentos. Caminho esse que o levou a ser precursor como síndico profissional em Blumenau (SC), sua terra natal, em uma época em que esse papel era, em geral, desempenhado por moradores que assumiam o mandato na falta de pessoas com conhecimentos específicos para essa tarefa. A oportunidade para retornar à cidade catarinense surgiu em 1996, quando José Luiz recebeu um convite para trabalhar em uma empresa de desenho industrial. A mudança, no entanto, não foi apenas de endereço, mas também de campo de atuação. Ex-operador, programador e professor da área de processamento de dados do Banco do Brasil e formado em Direito, José Luiz acabou tornando-se sócio da empresa

e síndico do edifício onde funcionava o estúdio de desenho. “Há dois anos o gestor não fazia a prestação de contas e havia problemas de inadimplência que impediam que qualquer melhoria fosse realizada no local”, enfatiza. Em uma assembleia de moradores, em 1997, o administrador disse que não continuaria no cargo e José Luiz se disponibilizou a seguir com o mandato – dando início a uma nova fase em sua vida. Ele, então, criou um programa para concentrar as informações do condomínio e fazer a prestação de contas e foi atrás do proprietário do imóvel com dívidas para resolver a questão. “Sugeri que ele vendesse as vagas extras de garagem que tinha para os residentes, o que ele achou bacana e me deu carta branca. Além de quitar os débitos, consegui um inquilino para a sobreloja dele”, pontua. Com os resultados efetivos do seu trabalho, os moradores passaram a indicar José Luiz para outros empreendimentos na cidade. “Quando percebi estava cuidando sozinho de seis condomínios, fazendo de tudo: enviando boletos e os balancetes, visitando os lugares, vistoriando os serviços e obras”, frisa.


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Ele relembra de uma história que aconteceu enquanto viajava para o Rio de Janeiro e recebeu a ligação de um condômino do primeiro prédio em Blumenau onde assumiu a administração que tinha um problema de vazamento no seu apartamento. “Na mesma hora liguei para o encanador que estava lá perto e foi solucionar a situação. O residente se surpreendeu com a rapidez e ainda mais quando contei que não estava na cidade”, cita ele como exemplo do atendimento imediato que se tornou sua característica e que rendeu muitas outras recomendações. Com mais clientes, José Luiz dedicou-se exclusivamente à gestão desses complexos e decidiu fazer um curso de síndico profissional para se aprofundar nas leis relacionadas aos condomínios, no Código Civil, transformando-se no primeiro administrador qualificado para atuar nesses empreendimentos em Blumenau.

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Profissionalismo de pai para filhos Após trabalhar sozinho por muitos anos, José Luiz passou a contar com a ajuda do filho Sérgio Luís dos Santos a partir de 2003. Influenciado pelo pioneirismo do pai, ele começou fazendo procedimentos internos e participando de assembleias de moradores para, em seguida, atuar também como síndico. Formado em Administração e técnico em Contabilidade, Sérgio recorda que residia no Rio de Janeiro e a companhia em que

estava enfrentava dificuldades. “Perguntei ao meu pai se poderíamos trabalhar juntos em Blumenau e ele aceitou meu pedido”, revela. Ele lembra que viu uma oportunidade de iniciar em um novo ramo e auxiliar José Luiz no dia a dia. “O contato diário com meu pai foi fundamental para conhecer como funciona o mercado e entender o comportamento das pessoas que vivem em coletividade”, ressalta.

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A família ganhou mais um reforço quando Vera Regina dos Santos juntou-se ao pai e ao irmão na atenção às demandas dos condomínios. Ela assinala que tudo começou na casa de José Luiz, quando ele e Sérgio desempenhavam suas atividades nos complexos como pessoa física. “Voltei para a cidade em 2004 e passei a trabalhar com os dois. O setor despertou meu interesse e fui estudar Contabilidade”, salienta. Com o crescimento do volume de clientes, o próximo passo dado por eles para qualificar ainda mais os serviços oferecidos foi o de abrir a Síndico Online Gestão Condominial, em 2009. Atualmente com 37 empreendimentos atendidos, a empresa é administrada por Vera e Sérgio, que ocupam o cargo de sócios-diretores. “Uma particularidade da família Santos é pegar um problema e ficar até conseguir resolvê-lo”, descreve José Luiz. Ele comenta ainda que algo que leva para a vida foi um conselho que ouviu do seu pai: o de fazer qualquer atividade bem-feita, batalhando para ser o melhor no que realiza. “Não esqueci esse lema e digo o mesmo para os meus filhos”, destaca. E o retorno desse empenho, avalia ele, é ver que as pessoas acreditam na companhia e que ela é bem-conceituada no segmento, sendo indicada para novos complexos. O diferencial, aponta José Luiz, é atuar com transparência e ter uma equipe eficiente e de confiança para responder às necessidades dos condôminos com rapidez. A experiência no setor e o atendimento 24 horas, 7 dias por semana, são outras marcas da Síndico Online, acrescenta Sérgio. A empresa possui serviços de síndico, subsíndico, administração e assessoria para outros gestores. Mesmo aposentado, José Luiz está disponível para trocar ideias sobre a área e o conhecimento que adquiriu como o primeiro gestor profissional de Blumenau. “Gosto de compartilhar o que sei com os outros. Por que guardar pra mim?”, questiona. Segundo Sérgio, o trabalho precursor do pai resolveu as dificuldades de vários condomínios que não possuíam candidatos para o cargo. “Eles viram a iniciativa dele como uma boa chance para profissionalizar a gestão. Inclusive, continuamos atendendo a muitos desses lugares até hoje”, pondera. Já Vera aponta que José Luiz sempre teve uma postura de correr atrás de alternativas para solucionar as pendências que surgiam nesses espaços, agindo de forma correta e transparente e criando parcerias com fornecedores para cobrir todas as demandas das edificações e de seus condôminos.

Vera Regina dos Santos

Além disso, complementa ela, o pai busca constantemente novos aprendizados, mantendo-se atualizado. Durante a pandemia, por exemplo, José Luiz fez 58 cursos pela Internet e se formou, recentemente, como perito judicial. Lições que Vera e o irmão seguem agora na Síndico Online.

Sérgio Luís dos Santos Fotos Daniel Zimmermann


Valorização do mercado e da carreira de síndico Um longo e diversificado caminho foi percorrido por José Luiz até se tornar pioneiro como síndico profissional em Blumenau e criar a companhia com dois de seus quatro filhos. Ele brinca que foram os outros que o levaram a ser gestor de diferentes empreendimentos através das indicações que recebia e dos problemas que solucionava. Desde que foi administrador no Rio de Janeiro – local para onde foi transferido com a família em 1975 para fazer um curso de programador de computador promovido pelo Banco do Brasil, onde era funcionário há alguns anos – até hoje, José Luiz acompanha as transformações do segmento. Quando começou como síndico, ainda na capital fluminense e ao mesmo tempo em que continuava com suas atividades na instituição financeira, ele observa que era muito difícil os condomínios escolherem alguém que não morasse nos complexos para administrá-los, com o cargo sendo assumido por um residente, que na maioria das vezes não tinha tempo e nem as informações básicas para lidar com essas estruturas e os conflitos que aparecem no dia a dia. “A primeira coisa que fiz foi conquistar a confiança das pessoas”, assegura. Ele analisa que, desde 1997 até agora, o setor

aumentou muito em Blumenau. Crescimento esse que levou o mercado, durante um período, a perder um pouco da sua credibilidade devido a companhias e profissionais que não estavam preparados para atender a esses empreendimentos e suas demandas. Hoje, sentencia José Luiz, o movimento é de qualificação da área, com as empresas trocando informações entre si. “Tem muita gente que ainda liga para pegar dicas sobre a gestão de outros condomínios”, informa. Ele complementa que há lugar para todos no segmento, mas que para se manter relevante é preciso trabalhar direito e estar sempre atualizado. Como membro da Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI) na direção do Secovi/SC, José Luiz pretende debater a importância das empresas do setor contarem em suas equipes com um profissional de administração para melhorarem os serviços prestados. Para ele, o mercado está indo bem e foi um dos poucos que não sofreu muito com a pandemia. “Aqui (em Blumenau) valorizou muito a profissão de síndico, assim como em outras localidades de Santa Catarina e de outros estados, algo que não existia quando iniciei”, conclui.

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• Formação MBA Gestão Estratégica de Negócios, Graduado em Qualidade e Produtividade Industrial, Técnico em telecomunicações • Cidades em que atua como síndico Joinville • Síndico em 7 condomínios • Tempo de atuação como síndico 7 anos Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Assumi um condomínio que estava em estado precário, todos os fornecedores com pagamentos atrasados, vazamento de gás, luz sendo cortada, obrigatoriedades legais não sendo tratadas, foram 6 meses de trabalho intenso que serviram de muito aprendizado. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Uma reclamação de roubo de bicicleta, ao buscar nas câmeras, identifiquei que uma criança de uns 7 anos do apartamento vizinho usou a bicicleta sem autorização para ir na padaria e a esqueceu lá, voltando a pé, só lembrou do acontecido quando mostrei as imagens para mãe, que deu aquela bronca e ainda perdeu o presente de natal uma bicicleta nova que ganharia (o dinheiro foi usado para repor a bicicleta da vizinha). DIRETÓRIO CONDOMINIAL

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O maior desafio nas Assembleias? Que os condôminos entendam que suas ideias e vontades quando não aprovadas por maiores, faz parte do processo democrático da votação. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Minha família.

Daniel Zimmermann

Ademar do Nascimento Júnior

Que legado deseja deixar? Oriento-me por uma frase: “As palavras movem, mas o exemplo arrasta”- na prática, quando você participa e vive o condomínio você se municia de informações e isso será de grande valor nos momentos de questionamento que virão. Conselho De Síndico para Síndico: Tenha uma boa rede de fornecedores, e busque por qualidade nas manutenções, e lembre-se na hora do problema ninguém vai lembrar da economia que você possa ter conseguindo com serviços de segunda mão. E sim da agilidade e qualidade. Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Ser síndico é um desafio constante de lidar com pessoas, então busque capacitação nessa área, pois lidar com pensamentos e vontades diferentes serão os maiores desafios. Como é o síndico do futuro? No futuro o síndico vai estar conectado a novas plataformas tecnológicas, mas será tão importante quanto lidar com as pessoas frente a frente, então invista em capacitação na área de humanas e fique atento às mudanças e atualizações tecnológicas. Recado para os condôminos: Ser síndico é acertar e também errar como na vida ou em qualquer profissão, então para cada crítica também faça uma sugestão, todos ganham. Quem é você? Sou uma pessoa que aprendeu que o caminho dos estudos não é o mais fácil, mas é o mais garantido, e junto com trabalho e dedicação temos uma ótima fórmula para realizar as transformações desejadas. Compartilhe algum case bacana do(s) condomínio(s) que administra, que tenha gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade, etc. Ao rever um contrato de monitoramento eletrônico e fazendo algumas aquisições diretas, o condomínio conseguiu fazer uma economia de R$ 160.000,00, essa economia possibilitou aumentar a segurança em outros processos.


Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Tenho tido muitos apoiadores, pessoas que somam e me dão forças para continuar. Que legado deseja deixar? Divulgação

Ser usado como exemplo de que uma pessoa improvável, sem condições financeira, sem formação, é capaz de virar o jogo, dar a volta por cima conquistar o próprio espaço, e se tornar especialista na gestão condominial.

Fernando Soares Cordeiro

Conselho De Síndico para Síndico:

• Cidades em que atua como síndico Atualmente em Itajaí, Penha e Balneário Camboriu

Viva intensamente o agora, aprenda a gostar de problemas, faça de cada situação uma oportunidade para fazer o bem a alguém, faça até mesmo aquilo que não é a sua obrigação e use este ato como oferta para seus clientes.

• Síndico em 19 condomínios

Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez:

• Tempo de atuação como síndico Há 9 anos no segmento e há 4 como síndico profissional Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Um caso de agressão a uma mulher e seu filho de cinco anos. Com o apoio da guarda municipal fui até o local, após render o agressor os policiais autorizaram a entrada ao apartamento, peguei o menino para acalmá-lo, cancelei meus compromissos e o levei para minha casa, minha filha de 3 anos ficou toda empolgada com o amiguinho. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Um cliente achou que a esposa havia trocado a fechadura, acionamos um chaveiro, a esposa nos atendeu dizendo que ele não estava, por telefone falamos que estávamos ali, ele disse que estava ao lado da porta, só então entendemos que ele havia errado a torre e entrado no prédio ao lado e estava tentando abrir outro apartamento. O maior desafio nas Assembleias? Ter a incrível sensação de ser reeleito por unanimidade, apresentar um bom plano de gestão para o próximo ano e ter a certeza da capacidade e conhecimento para resolver todas as situações no próximo mandato.

Acredite, você pode, você merece e se deu certo para mim, vai dar certo para você também. Como é o síndico do futuro? Somente aquele que entender que ao mesmo tempo que deve fazer o papel de síndico, tem que fazer o papel de psicólogo, amigo, pastor e até mesmo de xerife saberá lidar com os desafios dos condomínios. Recado para os condôminos: Dê valor a quem se disponibilizou a cuidar do seu patrimônio, acredite no profissional, incentive boas atitudes e valorize cada progresso, na crítica construtiva seja humano e cauteloso. Quem é você? Uma pessoa que entrou para a profissão sem muita expectativa, pensando que ainda não estava pronto, porém se dedicou e acredita a cada dia que está na profissão certa, no momento certo e que o futuro é certo. Compartilhe algum case bacana do(s) condomínio(s) que administra, que tenha gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade, etc. Tive a oportunidade de montar a primeira loja de conveniência dentro de um condomínio em Itajaí, algo inovador que trouxe muita comodidade e valorização para o imóvel. Devido a grande experiência na área de manutenção, tenho tido muita ênfase na gestão das manutenções preventivas onde os próprios condôminos reconhecem que os condomínios funcionam no modo automático.

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Daniel Zimmermann

José Luiz dos Santos Júnior • Formação Bacharel em Direito • Cidades em que atua como síndico Blumenau • Síndico em Está sem exercer a profissão de Síndico há 3 anos. Foi Síndico em nome da empresa SÍNDICO ONLINE em 38 condomínios. • Tempo de atuação como síndico Iniciou como Síndico em 1977, no Rio de Janeiro Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Legalizar a documentação de um condomínio que constava no Cartório de Registro de Imóveis como uma casa que já havia sido demolida. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Em um grupo de jovens reunidos na churrasqueira, uma menina prometeu que se alguém se jogasse na piscina, ganharia um beijo na boca. Sem pensar, um garoto se jogou na piscina com a roupa que estava vestindo. Alguém viu e fez a reclamação. Verificamos nas câmeras, foi identificado o infrator e multado em R$ 100,00. Sabe quem era ele? Meu neto. E no final, ficou sem o beijo na boca. O maior desafio nas Assembleias?

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Cada qual tem a certeza de que tem razão. É difícil chegar a um consenso, mas com calma e conhecimento da lei, consegue-se chegar a um acordo. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Meus filhos são os responsáveis pelo sucesso de nossa empresa. Muitos, também, foram os condôminos que nos ajudaram. Sempre tivemos mais satisfação do que problemas. Nosso povo é muito ordeiro.

Que legado deseja deixar? Tudo o que foi feito, e sempre com honestidade para trabalhar sempre. Conselho De Síndico para Síndico: Estudem, façam cursos, porque a missão é de muita responsabilidade. O síndico responde ativa e passivamente por tudo o que acontece no condomínio. E muita paciência, principalmente para tratar com pessoas (às vezes é muito difícil, mas não impossível). Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Prepare-se e tente se informar antes de assumir o cargo. Se todos soubessem o tamanho da responsabilidade que é ser síndico, poucos teriam a coragem de fazê-lo. Como é o síndico do futuro? Imagino que o cargo será cada vez mais terceirizado. Muito importante é saber o curriculum de quem se oferece para assumir o cargo. Sabemos casos de condomínios que até hoje estão com processos em curso. E não são poucos. Recado para os condôminos: Qualquer problema que houver, relate ao síndico. Ele é o responsável e tem a obrigação de resolvê-lo. Quem é você? Um sonhador. Vou fazer 77 anos e estou com vontade de continuar ajudado na empresa que hoje é dos meus filhos e fiz cursos durante a pandemia, para trabalhar como Mediador e Conciliador de Arbitragem e me credenciando para poder ser Perito judicial, nas áreas de Grafoscopia e problemas condominiais. Compartilhe um case bacana que tenha gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade, etc. Utilização de área que estava em desuso e cheia de mato para confecção de uma horta comunitária, criação de espaços para recreação de crianças, construção de áreas para prática de esportes.


Marcos Floriani O maior desafio nas Assembleias? Alinhar expectativas e desejos. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Em primeiro lugar Deus! Familiares e amigos, pelo qual sempre pude compartilhar experiências. Que legado deseja deixar?

Divulgação

Quando assumi a função de síndico e sócio, nossa empresa já era considerada a melhor de Joinville. Assim espero mantê-la pelos próximos 10, 20, 40 anos como a melhor empresa para proprietários, investidores e moradores. Conselho De Síndico para Síndico:

• Formação Marketing, MBA e PÓS-MBA pela FGV, além de cursos específicos na área condominial • Cidades em que atua como síndico Joinville

Busque conhecimento em todas as áreas! Muitas vezes nos deparamos com condomínios que sofrem financeiramente em virtude de decisões equivocadas. Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Prepare-se, estude as leis condominiais, a convenção, o regimento interno, faça cursos de aperfeiçoamento, ouça a todos com imparcialidade.

• Síndico em A empresa Floriani Síndicos, 16 condomínios

Como é o síndico do futuro?

• Tempo de atuação como síndico Desde 2019

Estar alinhado com a tecnologia, sem esquecer que as relações sempre serão entre pessoas.

Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico?

Recado para os condôminos:

Um grande condomínio enfrentava diversos problemas de gestão de recursos financeiros e equipamentos. Assumir um condomínio com manutenções em falta, proprietários descontentes, equipamentos sem condições de uso, e sem recursos financeiros, é um desafio para qualquer gestor. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Certa vez ocorreu um rompimento de tubulação em decorrência de uma obra executada por um morador, e os vizinhos ao invés de preocupados com os prejuízos, se uniram para resolver o problema. Em seguida, começaram abrir garrafas de vinho e conversar.

O condômino em seu convívio social expõe suas ideias e normalmente inicia um conflito, pois é comum que elas sejam contrapostas ao pensamento do próximo. Contudo, superar esse conflito, significa trabalhálo de forma a unir as ideias em um pensamento conjunto, racional e correto, a fim de um entendimento mútuo. Quem é você? Tenho 36 anos, busco estudar diariamente, acredito que a busca de conhecimento deve ser constante, suas experiências e aprendizado te ajudam a formar como pessoa e profissional. Compartilhe algum case bacana do(s) condomínio(s) que administra, que tenha gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade, etc. Em todos os condomínios que assumimos geramos economia, temos vários cases, desde troca de lâmpadas fluorescentes por modelos led, até tarifação de conta de luz em detrimento da demanda do condomínio. O síndico é um gestor e deve zelar pelos recursos.

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Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Demissão do zelador de 14 anos de prédio. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Um inquilino que trabalhava nas barracas da praia, não sei o motivo, ficou nervoso, e acabou jogando pela janela do apartamento uma panela com churros. Ainda bem que caiu na obra do prédio em construção ao lado do nosso. O maior desafio nas Assembleias? Nervosismo inicial. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Minha esposa Valéria. Que legado deseja deixar? Mostrar que existem síndicos de grande valor e capacitados. Conselho De Síndico para Síndico: Paciência com assertividade. Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Obtenha conhecimento sobre a profissão e sobre o desafio que vai assumir. Como é o síndico do futuro? Divulgação

Principalmente focado nas pessoas do condomínio, com muita inteligência emocional e ligado nas tecnologias. Recado para os condôminos:

Wilson Miguel Silva Callescura • Formação Bacharel em ciências da computação e engenheiro agrônomo. Na área da sindicatura foram feitos vários cursos e alguns para desenvolver liderança e comunicação DIRETÓRIO CONDOMINIAL

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• Cidades em que atua como síndico Balneário Camboriú e Camboriú • Síndico em 4 condomínios • Tempo de atuação como síndico 10 anos

Seja o condômino que você deseja ter. Quem é você? Sou uma pessoa tranquila, gosto de esportes. Gosto de trabalhar em equipe, gosto de coisas novas, que vão proporcionar o crescimento de todos. Compartilhe algum case bacana do(s) condomínio(s) que administra, que tenha gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade, etc. No ano passado apliquei uma técnica diferente para a limpeza das caixas d’água (cisterna e reservatório superior) do condomínio, o sistema de mergulho. Ou seja, a limpeza é feita sem o esvaziamento das caixas, com isso tivemos uma economia de água, sem risco de danos aos motores e sem a paralização de fornecimento de água ao prédio. Sendo o principal não ter que jogar fora a água que estava nas caixas.


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