Diretório Condominial 05

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A Liderança Administradora de Condomínios investe constantemente em novas tecnologias que ampliam a agilidade e a transparência no atendimento, como o balancete interativo e a assembleia virtual. As transformações tecnológicas implantadas na Liderança Administradora de Condomínios possibilitam uma gestão transparente, organização e inteligência financeira para seu condomínio, integrando condôminos e administração em uma única plataforma. A Liderança é você quem faz!

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EDITORIAL

EXPEDIENTE EDIÇÃO 05 | NOVEMBRO 2020 NORTE DO ESTADO, VALE DO ITAJAÍ E GRANDE FLORIANÓPOLIS DIREÇÃO e EDIÇÃO

Karina Kino Pardal Inspiracom Marketing e Comunicação DIREÇÃO DE ARTE e DIAGRAMAÇÃO

Inspiracom Marketing e Comunicação DIREÇÃO COMERCIAL

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DIRETÓRIO CONDOMINIAL

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e situação gravíssima para grave, de grave para gravíssima, entra decreto, sai decreto, libera áreas comuns, restringe novamente, permite assembleias presenciais, proíbe mais uma vez. Este é o cenário de incertezas que estamos vivenciando com a pandemia. Há poucos dias do início da temporada de verão e das festas de fim de ano, o setor condominial de Santa Catarina segue acompanhando diariamente os números de contaminação pela Covid-19 e os impactos, como os decretos governamentais, que isto têm causado. Como tomar decisões e planejar ações de curto e médio prazo diante de tantas variáveis? Convidamos Entidades do setor condominial para projetarem possíveis cenários para a virada do ano e a temporada de verão. A chegada do verão também traz várias transformações para os condomínios, como por exemplo, a necessidade de intensificar as rotinas de segurança e controle de acessos, a manutenção preventiva das áreas comuns e playgrounds, os cuidados que devemos ter com o jardim, a contratação de pessoal e escalas de horários e férias. Confira nas próximas páginas dicas importantes de como preparar o condomínio para o verão. Momentos de adversidades como os que enfrentamos com a pandemia do Coronavírus exigem a atualização de posturas e o reconhecimento e aprimoramento de novas habilidades. Em uma reportagem sobre o “Síndico Ideal” na edição anterior, administradoras, síndicos e condôminos reforçaram a importância do desenvolvimento das competências e habilidades de Inteligência Emocional para melhorar os relacionamentos e suas consequências. O Síndicos Planning foi buscar especialistas para indicar aos síndicos os primeiros passos para buscarem o desenvolvimento da Inteligência Emocional e trilharem o caminho para se tornarem o “Síndico Ideal”. O destaque desta revista não poderia ser nada menos do que uma homenagem a todos os Síndicos pelo seu dia que é celebrado em 30 de Novembro. Mais do que nunca estes profissionais tiveram um papel essencial para proteger a saúde e a qualidade de vida dos condôminos. Parabéns Síndicos!!!

José Luis Pardal Inspiracom Marketing e Comunicação REDAÇÃO

Fabiana Roza Cristiano Santos CAPA

Foto: Daniel Zimmermann TIRAGEM

3.000 exemplares

A revista Diretório Condominial é um canal de relacionamento com síndicos, administradoras de condomínios, fornecedores, profissionais, especialistas e líderes empresariais com conteúdo diferenciado destinado aos tomadores de decisões que precisam conhecer, enfrentar a diversidade e complexidade de conhecimentos necessários para o exercício da atividade de síndico e atuação na gestão condominial. O Diretório Condominial é distribuído para 3.000 síndicos e administradoras de condomínios das regiões do Norte do Estado, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. As revistas podem ser acessadas no site diretoriocondominial.com.br/revistas e lidas na íntegra, ampliando o alcance de leitores.

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SUMÁRIO

GESTÃO CONDOMINIAL

Entidades do setor condominial projetam possíveis cenários para a virada do ano e a temporada de verão

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GESTÃO CONDOMINIAL

Unidos pelo amor e a paixão pela gestão condominial

GESTÃO CONDOMINIAL

Como preparar o condomínio para a temporada de verão

GESTÃO CONDOMINIAL

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A importância da inteligência emocional no desenvolvimento do síndico

DIA DO SÍNDICO

Um dia do síndico que vai ficar para sempre na memória

SOU SÍNDICO COM MUITO ORGULHO

Confira o perfil de 5 profissionais da área

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Síndico Destaque desta Edição: Adriano Colin e Márcia Aparecida da Silva Colin

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PUBLIEDITORIAL

INVESTIMENTOS EM NOVAS TECNOLOGIAS AMPLIAM A AGILIDADE E A TRANSPARÊNCIA NO ATENDIMENTO DA LIDERANÇA ADMINISTRADORA DE CONDOMÍNIOS O balancete interativo e a assembleia virtual são dois dos exemplos desta evolução digital natural para a empresa

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s novas tecnologias, principalmente surgidas a partir da internet, vieram para facilitar e agilizar muitos de nossos comportamentos. Em sua constante evolução, a Liderança Administradora de Condomínios busca reconhecer e aplicar as práticas mais modernas e atualizadas na assessoria do corpo diretivo dos condomínios. Para isso, são necessárias boas doses de investimento intelectual, financeiro e operacional. A pandemia do novo Coronavírus e suas restrições têm sido responsáveis por antecipar a chegada ou estabelecer determinadas práticas

no setor. A assembleia virtual, até então presencial, é um dos exemplos. “No início do meu trabalho na Liderança, as informações demoravam a chegar, principalmente pela inexistência de ferramentas de comunicação como existe hoje o WhatsApp. A incorporação da tecnologia agilizou não somente o acesso à informação, mas também possibilitou transparência na apresentação que chega aos moradores”, comenta Julio César Eiroff, Diretor Operacional, que faz parte da linha de frente destes investimentos. Fotos Daniel Zimmermann

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Julio Cesar Eiroff


A trajetória de quase uma década na empresa fez com que o Julio acompanhasse esse processo de evolução tecnológica. A sócia fundadora, Neusa Maria Tribeck Ferreira, confiou na juventude, honestidade e competência demonstrada por este profissional, que deu seus primeiros passos no setor financeiro da Liderança. Outros desafios chegaram e ele foi promovido para atuar em diferentes áreas, dentre as quais, Recursos Humanos e Contabilidade. Podemos afirmar que empresa e colaborador cresceram juntos, inovando procedimentos e processos de gestão. Atualmente a empresa conta

com mais de 40 funcionários, assessorando mais de 200 condomínios. “É grande a satisfação em olhar o caminho trilhado nesta atividade e hoje ser considerado exemplo de profissional àqueles que estão iniciando sua trajetória. Na rotina diária, busco sempre me atualizar em tudo, para realizar os atendimentos e as diferentes demandas com profissionalismo e eficiência. A Liderança é uma empresa preparada para atender todas as necessidades de um condomínio, o que é um grande desafio”, enfatiza o Diretor Operacional.

Novo sistema e balancete interativo Dentre as transformações tecnológicas implantadas na Liderança Administradora de Condomínios, destaca-se uma plataforma interativa, onde não só o síndico, mas também os condôminos em casos específicos, têm acesso às informações. “Hoje possuímos uma ferramenta online automatizando, dentre outros serviços, a leitura de gás e água, que até pouco tempo era feito no processo manual com registro em livro, o qual dependia de uma logística de malote para chegar até o lançamento no sistema. A modernização dos processos além de agilizar, diminui os erros operacionais”, esclarece Julio, destacando ainda facilidades na inclusão das métricas de consumo e os custos. Tudo está lançado e arquivado no modo digital. Essa mesma plataforma, disponibiliza opção de consulta e controle da inadimplência. No item Relatórios Atualizados verifica-se a situação financeira do condomínio, em tempo real. Sempre amparados pela lei de proteção de dados. É no mesmo local que se encontra o balancete interativo, um avanço expressivo na forma e na apresentação das informações financeiras e operacionais: “A Liderança, já há algum tempo buscava opções tecnológicas que possibilitassem disponibilizar o balancete de modo online. Isto permite que o corpo diretivo do condomínio, analise e confira os demonstrativos financeiros em tempo real, num processo interativo e menos cansativo. Prática cada vez mais necessária e urgente” esclarece Julio. Nesse modelo de demonstração, todas as notas fiscais do balancete são escaneadas, permite conferir em porcentagens os lançamentos dos serviços de manutenção, da zeladoria, da portaria, da administração,

entre outros temas, mantendo dados dos meses anteriores e apresentando uma média geral. Isto fez com que se elevasse a transparência dos processos em nível nunca antes visto. Para Julio Cesar, a “transparência na gestão traz credibilidade tanto ao síndico quanto para a Liderança”. A empresa completa os investimentos em novas tecnologias com a implantação do Aplicativo Liderança Condomínios - que já pode ser baixado na Play Store e na Apple Store. No app estão as principais informações, como dados cadastrais e outros utilizados na rotina da administração, mantendo a gestão organizada, moderna e muito mais segura.

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PUBLIEDITORIAL

Fotos Daniel Zimmermann

Assembleias virtuais Em decorrência do cenário mundial, a incorporação tecnológica mais importante nesta fase da administração é a assembleia virtual que até pouco tempo era somente presencial. Com o advento da pandemia e o fechamento dos espaços públicos, esse evento passou a ser virtual. Uma transformação marcante para a Liderança, síndicos, condôminos e moradores. “Neste sentido, o síndico participa desde o agendamento a preparação do edital de convocação e a divulgação do funcionamento da plataforma a ser utilizada para a realização da assembleia virtual. Considerando a importância desse evento, a empresa investiu em equipamentos e na preparação dos colaboradores, amenizando as dificuldades e transformando-se em uma evolução natural”, pontua Julio.

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Joyce Broering

Julio Cesar Eiroff

Este atendimento personalizado, exclusivo, também está na postura da Joyce Broering, Supervisora de Administração da Liderança. “Nosso diferencial está na preparação e realização da assembleia dentro da empresa, o contato com o síndico em todas as fases, atenção aos conteúdos a serem deliberados e os registros em ata”, reforça a profissional responsável por essa atividade, que vai além do simples controle das assembleias, ordinárias e extraordinárias, incluindo as datas-limite e a expedição dos editais. Para obter o máximo de transparência, Joyce e sua equipe tratam da pauta juntamente com o síndico, primando pela clareza dos conteúdos textuais. Junto com as assembleias virtuais, novos procedimentos na elaboração do edital foram necessários e a solução mais prática foi disponibilizar um manual sobre o uso do aplicativo e um canal para esclarecimento de dúvidas.


Para o sucesso das assembleias, a preparação da apresentação e tudo o que a envolve é o carrochefe: “Temos o maior cuidado com a preparação e a apresentação, facilitando o nosso colaborador a conduzir conforme estabelece a convenção do Condomínio. É também observado o perfil do colaborador que vai participar, considerando a pauta e o tipo de condomínio, mantendo a personalização do serviço”. Os cuidados continuam na composição da mesa da assembleia, com a orientação dos perfis ideais dentre os participantes. “Estamos sempre à

disposição para secretariar, porém o presidente da mesa é quem comanda. Inclusive, o cargo também é posto em votação”. As assembleias virtuais devem integrar a rotina da maioria dos condomínios, tendo em vista suas facilidades. Porém, para manter esse modelo é necessário alterar a convenção. “Muitos condomínios já aderiram à prática das assembleias virtuais, neste formato, os moradores têm a comodidade de poder acessar a reunião de casa, do trabalho ou de qualquer outro local do mundo”, explica Joyce.

Atendimento personalizado Há três anos Flavio Santiago da Silva atua como síndico do Condomínio Daniela, no Centro de Florianópolis. É sua primeira gestão e formou-se em 2018 no curso de Administração de Condomínios e Síndico Profissional ministrado pela Liderança. “Pelo tamanho do desafio e da complexidade, fiz o curso e agora estou montando uma empresa para me tornar síndico profissional. Não era essa a intenção inicial, mas o curso me trouxe bastante segurança. Ele dá uma visão do mundo condominial, auxilia a fazer parte do mercado, deste universo. E a gente começa a perceber a problemática de um todo, da cultura brasileira”, pontua o síndico. Flávio encontra na Liderança suporte para as relações desenvolvidas na administração do espaço onde ele e seus vizinhos convivem. Para ele, a diferença começa no atendimento personalizado. E foi essa personalização que contribuiu para a adesão e o entendimento das assembleias virtuais, principalmente em um condomínio onde grande parte de seus moradores são idosos. A preparação cuidadosa assegura o sucesso desta condução. “Foi um desafio, mas os participantes acabaram experimentando, demos o apoio necessário, a tecnologia funcionou. Nós vivemos a era da transformação e da transparência”, comenta. Essa transparência está explícita no balancete interativo, um grande diferencial da Liderança, e peça fundamental neste sentido. “É uma revolução. Com a Liderança a gente quis, mais do que nunca, apresentar todos os demonstrativos, colocar fotos de tudo. Atualmente há uma ansiedade das pessoas, que

Flavio Santiago da Silva

consomem muita informação, querer saber tudo em tempo real”, destaca Flávio. O aperfeiçoamento no papel de todos do administrativo também é lembrado pelo síndico, citando pedidos ou solicitações de informações por parte dos moradores e que atualmente é entregue em pouquíssimo tempo. Ele dá um exemplo prático do funcionamento do balancete interativo: “Vamos fazer uma analogia com um parafuso, por exemplo. Se eu comprei um parafuso, com essa tecnologia conseguimos incluir no sistema a nota fiscal e onde ele foi empregado. O condômino consegue clicar na nota fiscal para conferi-la, e verificar, inclusive, que os impostos desta compra estão sendo recolhidos. O dinheiro do condomínio é de todos e a transparência é fundamental”, finaliza o síndico.

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GESTÃO CONDOMINIAL

ENTIDADES DO SETOR CONDOMINIAL PROJETAM POSSÍVEIS CENÁRIOS PARA A VIRADA DO ANO E A TEMPORADA DE VERÃO Banco de Imagens

Responsáveis pelas decisões nesta época do ano falam sobre as incertezas e os aprendizados vivenciados durante a pandemia

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do síndico, tanto na liberação quanto na fiscalização. O síndico vem sofrendo pressões diversas, porque tem aquele morador que acha que a pandemia não existe e tem aquele que acha um absurdo o condomínio liberar”. Fernando aponta ainda que este profissional, na linha de frente, vive o antagonismo da situação e muitas vezes prefere manter as áreas fechadas para evitar maiores conflitos e consequências. É a mesma situação apontada por Joana Fachini, presidente da Associação de Síndicos de Joinville. Na cidade, apesar da flexibilização das regras de convívio divulgadas pela prefeitura, os síndicos ainda - pelo menos até o fechamento desta edição, no início de novembro - mantêm as áreas comuns e a piscina sem liberação.

Carlos Spillere

Divulgação

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ano de 2020 ainda não terminou, mas seus meses diante de uma pandemia trouxeram ensinamentos que se estenderão para o futuro. Há poucos dias do início da temporada de verão e das festas de fim de ano, o setor condominial de Santa Catarina segue acompanhando diariamente os números de contaminação pela Covid-19 e os impactos, como os decretos governamentais, que isto têm causado. O dia a dia nos condomínios não passou incólume diante de tantas mudanças, em sua maioria inesperadas, gerando os mais diversos conflitos. Como cenário atualizado, os principais responsáveis pelas decisões da categoria falam com cuidado sobre algumas regras para esta época do ano. Atualmente, a abertura de áreas comuns e piscinas, por exemplo, não segue uma unanimidade. Carlos Spillere, presidente da Associação de Síndicos de Balneário Camboriú, explica como está a pauta na cidade, uma das mais movimentadas do Litoral brasileiro: “O que existe hoje são alguns decretos estaduais de algumas situações localizadas, mas tudo depende da situação do momento da pandemia. Em princípio, as áreas comuns podem ser liberadas. Cada condomínio tem suas características, depende do perfil do morador, com menor ou maior grau de risco. Hoje estas áreas estão vinculadas à situação de risco e limitadas à utilização de parentes de uma mesma família. É uma administração controlada, seguindo todos os protocolos de segurança”. Em outra região também bastante movimentada, Fernando Willrich, Presidente do Secovi Florianópolis, confirma a montanha-russa das decisões para os condomínios e as mudanças constantes no cenário. “Você fala uma coisa hoje para o cliente e amanhã já pode ter mudado. Sobre as áreas comuns, estão abertas parcialmente, com limitações. Decidimos que a decisão fica sempre a cargo


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Joana Fachini

Divulgação

A incerteza e a possibilidade da manutenção das regras atuais também afetam os eventos relacionados ao Natal e Réveillon, como as festas e os shows nas áreas comuns. “Neste momento, não tem como liberar, pois gera muita responsabilidade, principalmente em condomínios maiores”, defende Joana. Já em Balneário Camboriú, a indefinição sobre as festas de fim de ano e o verão deverá ser solucionada depois do pleito municipal: “Aguardamos a eleição, acredito que algumas medidas sejam tomadas de acordo com o momento. Aqui, por exemplo, ainda não foi cancelado nada (das festas). As autoridades terão que decidir o melhor para a população. A gente entende o comércio, mas BC é uma cidade com uma parcela grande de moradores idosos. Vivemos um conflito, pois somos uma cidade turística, com hotéis, restaurantes e outras empresas de turismo”, esclarece Carlos Spillere. Na capital catarinense, Fernando Willrich também acredita que após as eleições novas decisões deverão ser apresentadas. Para ele, como muita coisa em 2020,

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Festas de fim de ano

a temporada de verão será um aprendizado constante: “Vamos entender qual será a dinâmica dos próximos meses. Imaginamos que seria uma temporada tranquila, mas com a questão do dólar e de as pessoas não poderem viajar ao exterior, teremos um turismo muito mais próximo e local. Vamos acompanhar como será a rotina dos moradores com os frequentadores de temporada”.

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Outro tema a ser acompanhado será o aluguel através da plataforma digital Airbnb. Teoricamente, explica Fernando, está tudo liberado e não sofre nenhuma restrição. “O condomínio deverá ter uma atenção dupla, o que já ocorre normalmente, mas desta vez, em função do cumprimento das regras de segurança e normas de distanciamento social”, alerta. As orientações relacionadas aos aluguéis não diferem muito de outras temporadas. Carlos Spillere garante que a orientação sobre segurança e o cadastro de quem aluga, entre outros assuntos, advogam pelo convívio harmônico entre moradores e turistas. “Essa convivência tem que ser estimulada da melhor forma, independe da pandemia. Não tem como impedir uma locação, por sua vez é necessário estabelecer regras aplicáveis”, pontua.

Fernando Amorim Willrich Divulgação

Assembleias virtuais

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Com o próximo ano a caminho, as assembleias com a eleição do síndico e a aprovação do orçamento, entre outros temas, também aparecem na agenda. Um dos maiores acontecimentos do setor neste ano foram as assembleias virtuais, até então impensáveis. Se esta maneira veio para ficar, pelo menos em Florianópolis, Fernando Willrich acredita que sim. “Vamos fazer de tudo para que sejam virtuais, não todas, claro, mas a maioria. Inclusive, temos tido mais presença porque aqui em Florianópolis muitos condomínios são a segunda casa, para veraneio, o que evita o deslocamento. E também se mostrou uma ferramenta bastante eficaz, mais organizada e mais segura”, avalia. O fato de não existir o deslocamento é um dos fatores que mais contam positivamente para a consagração das assembleias virtuais. “Elas têm aumentado a frequência dos condôminos. Temos situações de assembleias com pessoas que estão nos Estados Unidos ou na Europa e agora podem entender o que está acontecendo. Vão ficar, talvez, mistas. E também são ferramentas que aproximam a relação do síndico com o conselho”, aponta Carlos Spillere, de Balneário Camboriú. Na contramão das opiniões, Joana Fachini acredita que os encontros digitais são uma solução para condomínios menores, com um controle maior. Sua experiência não foi das melhores: “Em condomínios

maiores elas vão acontecer em casos esporádicos, às vezes. O síndico tem dificuldade de fazer uma aprovação, muitas vezes a assembleia não tem quórum. Eu já fiz e não gostei. Presencialmente é muito melhor”, critica. Se as assembleias virtuais se tornaram uma realidade, o preparo por parte dos síndicos para este encontro ganhou novos contornos. “Tenho participado de algumas e vejo que o pessoal está bem preparado, como por exemplo na questão das votações, no recolhimento dos votos. As empresas que prestam consultoria têm dado um bom suporte”, enfatiza o representante do sindicato de Balneário Camboriú. Fernando complementa o debate: “O que a gente tem percebido são os cuidados na convocação, no edital, o envio com antecedência. A orientação prévia de como acessar, envio de e-mail, coloca no prédio, na caixinha de correspondências. As procurações enviamos antes para que no momento online estejam em mãos. Como ela não deixa de ser uma assembleia democrática, o síndico não pode dificultar a participação de ninguém”. Cuidados como ter um edital bem formatado, com todas as informações, principalmente de como entrar na plataforma, assim como fazer votação via chat, com registro do nome do morador e o número do apartamento, são apontados por Joana Fachini como pontos essenciais.


Balanço da pandemia Para Fernando Willrich, num balanço sobre o ano de 2020 para o mercado condominial são diversos os aprendizados. “O que fica para o setor das empresas de administração de condomínios é que aquelas que não vinham se atualizando, se tornando digitais, com a pandemia, enfrentaram dificuldade. A empresa que já estava preparada com sistema web e mecanismo de votação, com a pandemia ocorreu a migração. Isso é um caminho sem volta”, opina. Ele vai além, comentando ainda do ponto de vista econômico: “A gente não pode fechar os olhos para o fato de que a pandemia agravou um movimento de crise. Tivemos que repensar orçamentos, evitar reajustes, rateios. De fato, tivemos que espremer, sermos ainda mais cuidadosos”, comenta o presidente do Secovi de Florianópolis. Da maior cidade de Santa Catarina, Joana Fachini destaca que a gestão de pessoas foi uma prática bastante exercitada: “Em geral, os moradores estão mais difíceis de

lidar, estão intolerantes, pela forma que está o mercado, como a sociedade está. O reflexo é nítido. Muitos condomínios tiveram troca de síndico, de administradora. Como síndica, passei um ano inteiro apagando fogo, mais do que normalmente já acontece. Foi o que eu mais aprendi”. Carlos Spillere, que assim como seus colegas de profissão acredita em um novo ano mais calmo e com as situações relacionadas à pandemia resolvidas, aponta um importante aprendizado deste 2020: “O síndico tem que ser cada dia mais profissional. As empresas com um bom treinamento e suporte se destacaram. Elas têm que melhorar sua qualidade, houve uma grande mudança na questão da administração, houve uma aceleração da profissionalização, elas não podem mais ser só contabilidade. E também entendemos a necessidade de um canal atualizado para que os síndicos tenham acesso às informações, às mudanças na categoria, às respostas para suas dúvidas”, finaliza.

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GESTÃO CONDOMINIAL

UNIDOS PELO AMOR E A PAIXÃO PELA GESTÃO CONDOMINIAL Casais que trabalham juntos na administração de condomínios revelam os segredos para conciliar a vida familiar e profissional com sucesso

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ideia de misturar amor e trabalho pode assustar à primeira vista. Especialmente em tempos em que muitas pessoas estão fazendo home office. Mas a possibilidade de empreender e abrir um negócio próprio têm “seduzido” cada vez mais casais, inclusive muitos que atuam na gestão condominial. Uma pesquisa realizada no Brasil pelo International Stress Management do Brasil

(ISMA-BR) garante que casais que trabalham juntos entendem melhor as angústias e a carga horária do parceiro, reduzindo assim os conflitos e aumentando a produtividade. A seguir, contamos histórias de quatro casais que atuam juntos na administração de condomínios e que comprovam que é possível conciliar a vida profissional e pessoal com sucesso. Divulgação

Cleiton e Fátima

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O ano era 1996. Formada em Letras, Fátima viajou com um grupo de professores para Curitibanos para fazer um módulo de uma pós-graduação. Passava poucas horas do dia no hotel por causa do curso. Mesmo hotel em que trabalhava Cleiton, estudante de Ciências Contábeis. “O engraçado é que eu ia para a faculdade à noite e trabalhava durante o dia, enquanto ela ficava o dia todo fora e só voltava à noite. A gente nunca se esbarrava”, relembra Cleiton. “Poucas vezes almocei no hotel, mas nesse dia que eu fui a gente se viu pela primeira vez. Acho que o destino conspirou para ficarmos juntos”, brinca Fátima. O namoro começou logo em seguida e foi mantido à distância até 1999, quando o casal decidiu morar junto em Joinville, mesmo ano em que nasceu a filha Erica. Fátima seguiu a carreira de professora, enquanto Cleiton trabalhava em um escritório de contabilidade, mas com planos de abrir sua própria empresa. Foi nesse emprego que teve contato e se encantou com o universo dos condomínios, além de perceber que seria um bom segmento para investir. Em 2004, saiu da empresa para montar um escritório contábil voltado à administração de condomínios. “Comecei com um cliente, fui crescendo e contratando mais funcionários. Um pouco antes da Fátima se aposentar, ela me ajudava com algumas

Cleiton do Carmo e Maria de Fátima Belmiro do Carmo - Proprietários da administradora Contabilizabem, de Joinville

coisas como tratativas com funcionários, atas de assembleia e eventos sociais. Na verdade, eu já tinha interesse que ela viesse trabalhar comigo há algum tempo”, revela.


Fátima, que diz que sempre foi avessa aos números, topou o desafio assim que se aposentou, em 2017. Mas sempre fiz umas colaborações na empresa, cuidava da parte social, das festinhas, dos brindes para clientes e funcionários. E quando assumi um cargo na empresa, comecei a fazer um serviço mais minucioso, que é a parte de cobranças e pagamentos e acabei gostando dessa área. Foi um grande aprendizado e tudo que sei aprendi na prática”, orgulha-se. Para Cleiton, essa união no trabalho foi mais simples do que ele imaginava e garante que não afetou em nada o relacionamento conjugal. “Acredito que a facilidade nessa relação profissional aconteceu porque sempre tivemos as tarefas bem divididas. Enquanto eu cuido da parte contábil e da administração, ela se encarrega com as atribuições do financeiro e do social da empresa. Cada um faz o seu trabalho de forma autônoma”, diz. “Além disso, sempre conseguimos separar tranquilamente as questões profissionais das familiares”, conta o casal, que está junto há 25 anos e casado há 13. “Quando dá o horário, desligamos tudo no escritório e fechamos a porta. E aí procuramos falar de outros assuntos, fazemos outras atividades, não deixamos a rotina profissional tomar conta em tempo integral. Gostamos de ir na casa de amigos e recebê-los em casa para um churrasco, até mesmo

durante a semana”, diz. Segundo Fátima, o trabalho não impede que tenham um momento a dois depois do expediente. “Deu uma determinada hora e a gente se encontra lá atrás, na área de lazer, leva um som, fica escutando uma música, conversando, tomando uma cerveja ou um vinho”, comenta. Na opinião de Cleiton, depois que começaram a trabalhar juntos o relacionamento ficou até melhor. “Acho que fugimos um pouco do padrão, porque muita gente fala que é difícil trabalhar em família”, analisa. O respeito e a parceria no trabalho também se aplicam na vida doméstica. “As tarefas da casa eu normalmente faço com a ajuda da minha filha. Mas já faz algum tempo que o Cleiton assumiu o preparo das refeições. Ele começou a assistir Masterchef e se interessou muito pela cozinha, começou a pesquisar receitas e agora é o cozinheiro “oficial” do final de semana e também costuma fazer o jantar. E o melhor, depois deixa tudo limpo”, conta Fátima animada. Ah! E a Fátima não comentou, mas a responsabilidade de fazer as compras no supermercado também é minha. Foram as maneiras que encontrei de contribuir mais com os serviços da casa”, frisa Cleiton.

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GESTÃO CONDOMINIAL Daniel Zimmermann

Adriano e Márcia

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Tudo começou em 1996, na época da faculdade. Márcia estava concluindo o curso de Biblioteconomia, enquanto Adriano cursava a terceira fase. “Eu devia uma matéria e acabei caindo na sala dele, foi quando a gente se conheceu. Mas só começamos a namorar no dia da formatura, quando ficamos juntos pela primeira vez. E depois de três anos nos casamos”, conta Márcia, complementando que a união já dura 21 anos. Embora tenham se formado no mesmo curso, cada um seguiu uma profissão diferente. Márcia trabalhava em uma concessionária de carros e Adriano numa loja de móveis. “No decorrer dos anos, ele mudou algumas vezes de emprego e eu continuei na loja de carros. Compramos um imóvel na planta em um condomínio em Campinas, e foi quando surgiu a ideia do Adriano virar síndico”, relembra Márcia. Depois de algum tempo atuando como síndico do condomínio onde moravam, Adriano buscou aperfeiçoamento, se formou síndico profissional e passou a administrar outros condomínios. “Em 2012, a Márcia começou a me ajudar dando um apoio informal nas questões administrativas. Até que em 2014 ela decidiu sair da concessionária para atuar exclusivamente na parte administrativa da nossa empresa”, explica Adriano. A partir daí o casal estabeleceu que cada um faria uma rota, com o intuito de melhorar cada vez mais o serviço e o atendimento. “Isso otimizou o trabalho porque ganhamos tempo em relação ao trânsito, por exemplo, porque são muitas reuniões e precisamos conciliar tudo no menor tempo possível. Por isso, também optamos por limitar o número de clientes para priorizar a qualidade no atendimento. Mas mesmo dividindo os condomínios, o casal diz que ambos têm conhecimento sobre todos eles. “Essa troca de informações é essencial para o negócio fluir com mais qualidade e eficiência”, aponta Márcia. Na opinião deles, esta parceria profissional só funciona se houver muita amizade e respeito entre o casal. “Como o escritório é home office, você lida com trabalho, filho, casa. Não é tudo um mar de rosas, mas com companheirismo e apoio um do outro, conseguimos superar os momentos de estresse”, avalia Márcia.

Adriano Colin e Márcia Aparecida da Silva Colin - Proprietários da Colin Gestão Condominial, de São José

Márcia acredita, inclusive, que o fato de trabalhar com o marido trouxe mais qualidade para a vida do casal e do filho Pedro Henrique. “Um dos motivos que me levaram a sair da empresa que trabalhava há 25 anos foi o meu filho. Sentia necessidade de estar mais próxima dele. Essa mudança me permitiu trabalhar em horários flexíveis e contribuiu muito para o nosso bem-estar. Hoje consigo estar mais presente na vida do meu filho, possibilitar que ele faça atividades extracurriculares, o que antes era impossível”, admite. De acordo com eles, isso não significa que há menos trabalho. Por isso, são unânimes em dizer que é fundamental estabelecer limites para evitar que o trabalho se sobreponha à vida familiar. “O celular toca muito e temos muita demanda via whatsapp, mas criamos uma regra de visualizar as mensagens somente até 20h. Depois deste horário, o condômino já sabe que em caso de urgência precisa nos ligar. Se não tiver algumas restrições, a gente fica escravo do telefone”, pondera Adriano.


Adriana e Gustavo

Adriana Soares Ferreira e Gustavo Pacheco de Almeida – Proprietários da Administradora Atena, de Joinville

Juntos há quase 19 anos, Adriana e Gustavo se conheceram na juventude, através de amigos. Ele era técnico de informática e ela cursava Letras, em Goiânia (GO). Após alguns anos de namoro, o casal se mudou para Joinville. Há cerca de oito anos, Gustavo decidiu abrir uma prestadora de serviços especializada em condomínios na cidade. Adriana se formou em Administração, trabalhou um tempo na área e, há dois anos, decidiu montar o próprio negócio. Ao acompanhar o trabalho de Gustavo, ela foi ficando cada vez mais curiosa sobre a área. “Neste contato com as administradoras ouvia feedbacks negativos e positivos. Fiquei mais atenta, comecei a observar melhor essa rotina condominial, a pesquisar sobre o segmento, fiz cursos na área. E o Gustavo foi meu grande incentivador, ele percebeu que eu tinha ideias e enxergava algumas oportunidades. Ou seja, foi ele que visualizou essas competências que me levaram a abrir a Atena. E o negócio cresceu a tal ponto que a administradora absorveu a prestadora de serviços”, conta.

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Com a fusão das empresas, Gustavo ficou responsável pela gerência operacional, enquanto Adriana se dedicou à parte administrativa. “Na verdade, tentamos unir o útil ao agradável porque ela sempre me ajudou na administração da prestadora, estava muito a par das rotinas, sabia das deficiências do mercado e tinha aptidão para o ramo. Depois, percebemos que seria um diferencial unir a prestação de serviços à administração porque ninguém fazia isso em Joinville. Atualmente, atendemos sete condomínios com a administradora e mais de 200 na parte de manutenção”, diz Gustavo. “Dividimos bem as tarefas, ele com o operacional, eu com o administrativo, mas se precisar também damos apoio um ao outro. E é assim também com as obrigações da casa e com os filhos (Rafael e Lucas). O Gustavo tem uma rotina de trabalho externo maior, então a responsabilidade de levar e buscar as crianças na escola e preparar o almoço geralmente é minha. Mas se estou mais atarefada, ele dá um suporte”, afirma Adriana. Adriana ressalta que não misturar o profissional com o pessoal é um grande desafio. “É difícil impedir

que conflitos profissionais não se tornem pessoais, você tem que ter muito controle emocional para contornar algumas situações. No início, os problemas que surgiam no trabalho tinham um impacto maior no nosso relacionamento. Mas depois de um tempo aprendemos a dividir bem as responsabilidades e criamos uma confiança mútua, o que facilitou bastante na relação profissional”, diz. Além disso, é melhor evitar levar trabalho para casa e se possível nem falar sobre o assunto”, aconselha. Essa, aliás, foi uma decisão que o casal tomou na época em que ainda tinha o escritório em casa. E seguiu assim mesmo quando deixaram de trabalhar home office, agora em 2020, e abriram a sede da empresa em outro local. “Quando trabalhávamos em casa estipulamos um parâmetro para o atendimento, que iríamos atender os clientes até 18h, ou seja no horário comercial, depois deste horário não trataríamos mais de assuntos de trabalho por telefone. Para isso, criamos um aplicativo que é um canal de interação com o cliente, onde ele pode deixar tudo registrado, e um plantão de atendimento emergencial”.

Neusa e Samir

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Há 43 anos, durante a inauguração da Ponte Colombo Salles, começava a história de Neusa e Samir. O casal se conheceu, começou a namorar e a compartilhar planos. Ambos funcionários públicos, ele trabalhando na área da Saúde e ela na área de Administração, seguiram por muitos anos nesta carreira. Foi somente após 30 anos de trabalho, quando chegou à aposentadoria, que Neusa decidiu concretizar o sonho de abrir sua própria empresa. Samir esteve o tempo todo ao seu lado assessorando no que ela precisasse. “Depois da aposentadoria, todo trabalho que viemos a fazer foi por prazer. Conseguimos nos consolidar financeiramente enquanto éramos funcionários públicos. Então, quando encerrei essa fase profissional, decidi que iria fazer algo que me deixasse feliz e, principalmente, que trouxesse felicidade para outras pessoas, aproveitando a

experiência que somei ao longo da vida. Como sempre gostei de pessoas, de ensinar e aprender e tenho uma vocação para a liderança, achei que os condomínios eram o campo ideal para me satisfazer. Depois que se aposentou, após uns cinco anos, o Samir se juntou à administradora em um cargo na gestão de logística”, se recorda. Neusa conta que o casal sempre compartilhou assuntos relacionados ao trabalho, um orientando o outro. “Sempre tivemos uma sintonia boa, mas também soubemos dividir os momentos privados dos profissionais. E a prova de que essa parceria deu certo é que ela se prolonga por mais de 40 anos, com a mesma harmonia. Para Neusa, o segredo está no respeito e na compreensão. “Conhecer as diferenças do outro e respeitá-las é a peça fundamental para manter uma relação de trabalho e um casamento felizes.”, acredita.


adoram ficar na nossa casa. As minhas filhas até a evitam um pouco porque acham que vô e vó não respeitam as regras impostas pelos pais. E realmente a relação com os netos é muito diferente, porque com os filhos nos preocupamos com a formação, a educação e o progresso, enquanto com os netos a gente só aproveita. Eu até ganhei o apelido de vovó cibernética porque iniciei todos eles na informática”, se diverte.

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Mesmo em uma atividade que exige dedicação praticamente 24 horas por dia, segundo Neusa, ela garante que o casal consegue aproveitar momentos a dois e com as filhas Andressa e Andreia e os três netos. “Para nos desligar do trabalho, costumamos viajar uma ou duas vezes por ano com a família e ficamos 20 a 30 dias fora. Outra paixão que eles compartilham é a convivência com os netos de 4, 9 e 15 anos. “Eles

Neusa Maria Tribeck Ferreira e Samir José Ferreira - Proprietários da Liderança Administradora de Condomínios, de Florianópolis

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Banco de Imagens

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COMO PREPARAR O CONDOMÍNIO PARA A TEMPORADA DE VERÃO Especialistas dão dicas para manter a qualidade e eficiência dos serviços nos condomínios

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om a chegada do verão, o “clima” nos condomínios também costuma mudar. Como se trata de um período de férias e de festas de fim de ano, há um fluxo maior de pessoas, tanto de visitantes, quanto dos próprios moradores. Esse aumento de circulação também leva a uma maior utilização das áreas comuns, já que é o momento em que muitas famílias desfrutam mais de áreas como piscina, espaços gourmet, salão de festas e playground. A época também acende um alerta para questões como a segurança patrimonial e a manutenção predial, entre outros aspectos que devem ser avaliados no início da temporada. Sem esquecer, claro, que o momento ainda exige medidas e cuidados especiais para evitar o contágio de coronavírus. Todas essas transformações que a estação provoca no estilo de vida das pessoas que vivem em condomínios

impactam diretamente na rotina de trabalho do síndico. Além disso, os moradores de condomínios irão conviver com outra situação que vai impactar no dia a dia dos condôminos e do síndico: a pandemia. Devido aos aumentos de casos da Covid-19 e das incertezas causadas pela falta de uma vacina, a convivência em edifícios está sujeita a alterações nas medidas de segurança por parte de governos municipal e estadual. Para auxiliar o síndico nos preparativos para esta desafiadora temporada, ouvimos especialistas de diferentes empresas prestadoras de serviços para condomínios. Os profissionais listaram as principais medidas preventivas e os cuidados necessários para manter o condomínio em perfeita ordem e para que os condôminos possam desfrutar de bons momentos com a família e amigos.


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Nelson Krenke

minuciosa de todos os itens e que cumpra os requisitos estabelecidos pela Norma 16070/12. Além disso, também é preciso fazer uma avaliação para identificar a presença de animais, principalmente na cobertura dos parques. “No parquinho há locais meio obscuros que podem servir de esconderijo para insetos como abelhas, vespas e formigas, que muitas vezes são nocivos às crianças”, alerta.

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Para garantir a segurança dos pequenos, este espaço merece uma atenção especial antes do início da temporada. Nelson Krenke, proprietário da Krenke Brinquedos Pedagógicos, traz algumas considerações importantes em relação à manutenção preventiva dos playgrounds. São recomendações para que o playground seja um lugar em que a criança vai se divertir, e para que não ocorra nenhuma surpresa desagradável ou acidente”, frisa. Krenke reforça que o cuidado este ano deve ser ainda maior, considerando que a maioria dos condomínios tiveram as áreas comuns isoladas durante meses. “Gradualmente os condomínios foram liberando o espaço para as crianças brincarem. Mas antes desta liberação e também do início da temporada de verão é imprescindível fazer uma revisão geral na estrutura do parque”, orienta. Primeiramente, o local deve ser supervisionado para verificar se não há nenhuma peça que ofereça riscos. Brinquedos como os de madeira podem ter sofrido avarias, a madeira pode ter apodrecido, o que exige uma reposição”, destaca. Por isso, ele ressalta a importância de chamar uma empresa que fabrica playgrounds para fazer uma avaliação

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Playground


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Um item que não pode passar despercebido nesta vistoria é o piso utilizado nos playgrounds. Segundo Krenke, pela norma não existe a indicação de um único piso, pode ser grama natural, areia ou pedriscos soltos, desde que absorvam o impacto de queda. “Cada brinquedo tem a sua altura crítica de queda e quanto mais alto, maior deve ser a espessura do piso. Por exemplo, se o parque tem plataformas entre 1 m, 1,30m e 1,40m que ficam sob um piso de cerâmica ou concreto, é obrigatório ter um revestimento de placas de borracha com 40mm a 42mm. Todos os playgrounds que estão em superfícies de piso cerâmico e cimentado, a grama sintética não absorve o impacto de queda. Nesse caso tem que ter piso emborrachado para evitar ferimentos graves. E sempre há este risco porque é natural que as crianças caiam”, adverte. Em tempos em que as temperaturas são muito

elevadas, um outro ponto de atenção é o período em que as crianças utilizam o playground. “Vivendo numa região onde temos altas temperaturas, é mais do que sabido que precisamos todos usar filtro solar quando ficamos expostos ao sol. É obrigatório colocar uma placa no playground advertindo que todas as crianças devem usar protetor solar ao utilizar o parque no horário das 9h às 16h”, ressalta. Este cuidado com o calor também deve ser redobrado em relação a brinquedos de determinados materiais, que podem sofrer uma incidência maior de sol e ficarem muito quentes. “Os escorregas em playgrounds abertos podem absorver mais calor e apresentar uma temperatura além do normal, causando queimaduras nas crianças. É fundamental que os próprios pais tomem para si esta responsabilidade, restringindo o acesso ao brinquedo nestes períodos em que o sol está mais forte”, observa. Divulgação

Espaços de lazer

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Muito solicitados por moradores no verão, sobretudo na época das festas de fim de ano, espaços gourmet e salões de festas precisam estar com tudo em ordem nesta época do ano para receber condôminos e visitantes. Especializada em consultoria de condomínios, a Gerente Comercial da Gama Inox, Cristiane Garcia, dá dicas de como preparar os ambientes que precisam de um enxoval completo. O primeiro passo para organizar o enxoval, segundo ela, é verificar a capacidade de pessoas para cada ambiente, e posteriormente dispor de utensílios que atendam a prática de preparar, servir e armazenar – seja na churrasqueira, piscina, espaço gourmet, salão de festas e demais áreas afins. “Com o passar do tempo, ocorre o desgaste natural das peças e avarias de alguns itens, portanto, é essencial prever esta reposição. Quando há desgastes e falta de peças, a dica é renovar o enxoval conforme as tendências atuais. Lembrando que para melhor durabilidade e reposição se faz necessário obter utensílios de marcas líderes de mercado”, recomenda. Para evitar muitas reposições vale seguir algumas regrinhas de organização. “Na hora de planejar a compra do enxoval é preciso acrescentar de 10% a 20% a mais por capacidade de ambiente compartilhado

Cristiane Garcia

do condomínio, para assim garantir segurança no tempo entre o preparo e o momento de servir. Neste planejamento, entre os utensílios utilizados para preparar, servir e armazenar, as principais peças do enxoval são pratos, talheres, copos e taças, jogo de panelas, grelhas e espetos, travessas, pegadores, tábuas de corte, facas e lixeiras”, sugere.


Segurança A questão da segurança é um ponto sensível durante todo o ano. De acordo com Gilmar Wruck, Gerente Operacional do Grupo Segura, os sistemas de segurança dos condomínios têm que ser revistos sempre - pelo menos a cada seis meses - mas o verão é um período mais crítico que requer mais cautela. “Neste momento há uma grande circulação de pessoas estranhas, que não são familiares ou amigos, por isso, uma das ações fundamentais é intensificar os cuidados no controle de acesso”, enfatiza. As medidas recomendadas para aumentar a segurança dependem muito da tecnologia utilizada e da estrutura do condomínio. “Se o acesso é por biometria, senha, tags, cartão, esses sistemas precisam ser revisados com antecedência para que funcionem perfeitamente. Agora os condomínios que não dispõem destes recursos mais modernos, devem seguir aquela velha maneira de o síndico enviar a relação para a portaria das pessoas que estão por vir. No caso de portaria remota, a empresa responsável também precisa saber quem são as pessoas que vão entrar para agilizar a entrada, sempre exigindo a identificação. Quando tiver vigilante, ele precisa fazer a identificação das pessoas, checar se estão autorizadas a entrar e encaminhar ao local designado”, pontua.

Gilmar Wruck

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Há uma série de recursos na área de tecnologia de automação que o condomínio pode lançar mão para intensificar a segurança. “Muitos condomínios já estão optando por equipamentos que podem ser acionados remotamente, como ligar a luz, fechar e abrir portas e portões. Não esquecendo a parte de sistema de alarme que pode ser instalada em portas e portões e nas áreas perimetrais, e outras soluções como cerca elétrica e câmeras inteligentes”, enumera. No entanto, Wruck afirma que a tecnologia tem que vir acompanhada da participação do morador para garantir a segurança plena do condomínio. “O edifício pode ter a tecnologia mais moderna, mas se não tiver uma parcela de colaboração do condômino, ela não vai funcionar. Ele deve evitar de passar senhas, se desligar um empregado a senha deve ser desabilitada. Precisa também estar atento na hora de abrir e fechar portas e portões, se certificando de que realmente foi fechado. Informar ao síndico ou vigilante se perceber alguma movimentação estranha ou pessoas suspeitas nos arredores” reforça. Aluguéis temporários, como é o caso do Airbnb, são

responsáveis por trazer muitas pessoas desconhecidas para dentro do condomínio. Diante desta situação, tanto o proprietário do imóvel que será alugado, quanto o condomínio precisam tomar algumas precauções. “O dono do imóvel é o principal responsável e precisa informar à portaria quais pessoas estarão autorizadas a entrar, passar os dados, em qual apartamento ficarão hospedadas e o período de permanência. O papel da portaria é exclusivamente de fazer a filtragem da identificação. O que auxilia muito nesse sentido é um sistema de câmeras com boa resolução. Com qualidade nas imagens é possível aproximar a tela, o que permite reconhecer uma pessoa e até mesmo identificar placas de veículos para saber se é ou não de um morador do condomínio”, pondera. Para prestadores de serviço, a orientação é que seja feita uma comunicação prévia pelo condômino à portaria, informando os dados pessoais para que a entrada seja autorizada, exigir a utilização do crachá da empresa e o documento para conferência dos dados. No caso de serviços de delivery, não é permitida a entrada do entregador no condomínio, o morador deve receber o pedido no portão.

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Manutenção predial

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A inspeção predial anual é uma prática indispensável e fundamental. Mas, antes de se organizar para as inspeções anuais, o síndico deve contratar um profissional habilitado, capacitado e registrado em sua entidade profissional (CREA ou CAU) para que elabore um laudo de inspeção predial total. O engenheiro civil e especialista em Engenharia de Avaliações e Perícias, Álvaro Ling Junior, explica que o laudo fornecerá uma diretriz quanto à ordem e periodicidade das manutenções, aumentando assim a vida útil das edificações. “Com as inspeções anuais ou ordenadas pelo laudo, é feita a manutenção preditiva com o intuito de solucionar manifestações patológicas instaladas logo no início. Quanto mais o tempo passa, maior o custo de manutenção”, ressalta. Na hora de elencar as prioridades nas manutenções, Ling Junior defende que, em primeiro lugar, é preciso levar em conta a segurança da vida das pessoas. A partir desta premissa é possível definir as principais manutenções a serem feitas para manter o sistema de segurança em dia, como a vistoria dos medidores de gás e do sistema de alarme de incêndio. A segurança, no entanto, não está relacionada somente ao aspecto dos sistemas protetivos. “Dentre os fatores mais relevantes estão a análise da estrutura física da edificação, se

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colunas e vigas em concreto armado apresentam corrosão da armadura ou fissuras; se o revestimento cerâmico externo não sofreu desplacamento ou juntas de movimentação; se as instalações elétricas e hidrossanitárias estão em condições ideais; e se os elevadores funcionam perfeitamente. Com a falta de manutenção, a evolução das manifestações patológicas ocorre e traz riscos de acidentes, além de desvalorizar o patrimônio, deixando o síndico sujeito às suas responsabilidades civil, administrativa e, em alguns casos, até criminal”, pontua.

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29 que estão ligados ao quadro de distribuição de energia original da unidade habitacional. “Temos muitas destas instalações que são antigas e não previam o uso de tantos equipamentos eletrônicos, como ar-condicionado, chuveiros mais potentes e eletrodomésticos. Se essas instalações não forem supervisionadas devidamente pode haver uma sobrecarga da rede elétrica, causando sérios danos”, alega.

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Jardim e Gramado Na primavera e verão, período em que o sol está mais forte, quando são comuns chuvas fortes e tempestades e também a época em que as plantas rebrotam e florescem, são necessárias medidas específicas para manter o jardim saudável. Devanir Mengarda, proprietário da Loja da Irrigação, explica que no verão a própria grama começa a ter um comportamento diferente. “A grama cresce mais rápido, é preciso cortála de 15 em 15 dias e deve-se eliminar as ervas daninhas. Não podemos descuidar da água porque nestas estações a evapotranspiração é muito maior do que no inverno, portanto é necessário fazer uma irrigação bem controlada para oferecer a quantidade de água suficiente para a planta”, sugere Mengarda.

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Com a proximidade do verão o síndico deve se ater às áreas mais utilizadas nesta época, dentre elas a piscina. A avaliação deve contemplar o estado do piso de revestimento, a qualidade da água, o funcionamento dos sistemas de bombas, elétrico e hidráulico, e o sistema preventivo de segurança emergencial. Outro quesito apontado por Ling Junior são as instalações elétricas. Nesta época é comum a utilização frequente de aparelhos de ar-condicionado,

Devanir Mengarda


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A irrigação pode ser feita por aspersão ou por gotejamento. No primeiro caso, em que a água é jogada em cima da planta ou da grama, não pode haver vento e nem altas temperaturas. “A hora ideal é da madrugada até no máximo 10h da manhã, e se começar a ventar é preciso parar. “A planta não deve ficar molhada durante a noite porque ela vai ter problemas com doenças fúngicas, já que fungos gostam de temperatura e umidade altas. De madrugada logo vem o sol e a umidade será extinta. Quando a irrigação é realizada pelo sistema de gotejamento não há restrições. “Pode ser feita em qualquer horário porque a água vai direto na raiz da planta e não ocorre a evapotranspiração”, explica. Como o verão é um período bastante chuvoso também é preciso cuidar com o excesso de água. “Se exagerarmos na irrigação as raízes não receberão oxigênio. Se o solo não seca, não consegue absorver

oxigênio, e consequentemente, as raízes vão apodrecer. Na área de sol a irrigação deve ser feita com uma determinada quantidade de água e na área de sombra essa quantidade é bem menor. Por isso é importante fazer um bom projeto de irrigação que proporcione essas condições de separar uma área da outra”, comenta. Outra recomendação é em relação às podas, que não são aconselhadas nesta época do ano. “Há um dito popular de que a poda deve ser feita nos meses que não tem R (maio, junho, julho e agosto). Na primavera e verão somente são recomendadas as podas de reparação, como por exemplo nas cercas-vivas, em que é necessário eliminar o excesso de folhas e galhos. Já a adubação deve ser restabelecida no início da primavera. “No inverno normalmente não adubamos as plantas. Mas, claro, o ideal é sempre avaliar caso a caso para recomendar a adubação”, sugere.

Daniel Zimmermann

Contratação de equipe

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Para manter o condomínio funcionando com a mesma eficiência no verão, especialmente no litoral, muitas vezes há a necessidade de complementar a equipe de funcionários e de terceirizados. “O primordial é contratar empresas que tenham solidez e capacidade de prestar serviços com qualidade, mesmo que seja temporário. O condomínio deve verificar se elas estão dentro da legalidade, com toda a documentação exigida, contribuições em dia e se possuem capital que comporte um passivo trabalhista” aponta Rafael Ribas Augusto, executivo comercial da ADSERVI do Vale do Itajaí e Litoral Norte. Augusto complementa que há muitos aventureiros no mercado. “É comum ver empresas MEI oferecendo vigilância para condomínios, sendo que nem estão autorizadas pela legislação a realizar este tipo de serviço. Ao fazer este tipo de contratação, o síndico incorre em um enorme risco de uma ação trabalhista. O condomínio é solidário neste pagamento, ou seja, se a empresa não pagar quem paga é o condomínio. E o síndico é o seu responsável civil, se faz uma contratação sem observar requisitos obrigatórios poderá sofrer penalidades”, opina. Em relação à limpeza dos condomínios, Augusto relembra que estamos vivenciando um momento atípico devido à pandemia de coronavírus, o que também implica em um cuidado redobrado neste aspecto. “O aumento

Rafael Ribas Augusto


crescente de casos exige pessoas bem treinadas para fazer a sanitização adequada nos ambientes. Portanto, minha segunda recomendação é contratar empresas especializadas em conservação e limpeza, que ofereçam uma boa supervisão e sejam capazes de cumprir com todos os protocolos de segurança”, orienta. As ferramentas tecnológicas também podem auxiliar muito na gestão de serviços. “Temos um aplicativo que tem um rol de atividades estabelecido para cada área, que pode ser acessado por QR Code. O colaborador entra no app para consultar todas as tarefas que deve executar e registrar fotos do serviço realizado. Isso garante que ele irá cumprir as tarefas e também que seja auditável, tanto pela empresa prestadora de serviços como pelo síndico. É a tecnologia auxiliando o trabalho humano”, explica. O mesmo aplicativo pode ser utilizado para o controle das áreas comuns, uma grande vantagem neste momento de pandemia, quando o acesso aos espaços está mais restrito e há uma série de protocolos de distanciamento. “Uma forma de fazer o controle de acesso de uma pessoa que alugue um apartamento temporariamente no Airbnb, por exemplo, é usar a

tecnologia para permitir a utilização de espaços comuns. Com o aplicativo você estabelece que a entrada da piscina ou da academia seja com o acesso através de um QR Code. Desta forma, o síndico poderá controlar o acesso sem estar presente no local”, justifica. “Além disso, dentro da plataforma oferecemos cursos Lead, com os mais diversos treinamentos para os profissionais, que incluem desde a parte de conservação e limpeza até o atendimento ao público. Estas ferramentas adicionais são um grande diferencial para melhor atendimento neste período de verão”, argumenta. Na opinião de Augusto, este ano vai exigir um planejamento mais elaborado dos síndicos para enfrentar a temporada de verão com tranquilidade. “As pessoas estarão mais impossibilitadas de viajar, portanto a tendência é que as pessoas passem mais tempo dentro dos condomínios, sobretudo aqueles que oferecem uma ampla estrutura de lazer. Então, é preciso que o síndico e o condomínio estejam preparados, com uma equipe ampliada e bem treinada e, preferencialmente, com recursos e ferramentas tecnológicas que possam auxiliálo nesta gestão e garantir a segurança e o bem-estar das pessoas que venham a frequentar o condomínio”, conclui.

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A IMPORTÂNCIA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO DESENVOLVIMENTO DO “SÍNDICO IDEAL” Especialistas apontam os caminhos para o autoconhecimento e os relacionamentos interpessoais na administração condominial

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omentos de adversidades como os que enfrentamos com a pandemia do Coronavírus exigem a atualização de posturas e o reconhecimento e aprimoramento de novas habilidades. Em uma reportagem sobre o “Síndico Ideal” na última edição, administradoras, síndicos e condôminos reforçaram a importância do desenvolvimento das competências e habilidades de Inteligência Emocional para melhorar os relacionamentos e suas consequências. Para o psicólogo e jornalista norte-americano Daniel Goleman, considerado o principal pesquisador contemporâneo sobre o tema, Inteligência Emocional é “a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e dos outros, de nos motivarmos e gerirmos os impulsos dentro de nós e em nossos relacionamentos”. Segundo o professor e escritor, os pilares que formam este campo são: Conhecer as Próprias Emoções; Controlar as Emoções; Automotivação; Empatia e Saber se Relacionar Interpessoalmente. Em sua atuação, o síndico convive diariamente com

diversas situações onde a Inteligência Emocional deve ser usada para administrar os conflitos, se adaptar às mudanças e compreender as decisões a serem tomadas para uma gestão condominial de qualidade. O Síndicos Planning foi buscar especialistas para indicar aos síndicos os primeiros passos para buscarem o desenvolvimento da Inteligência Emocional e trilharem o caminho para se tornarem o “Síndico Ideal”. Com mais de 30 anos de experiência desenvolvendo líderes e formando equipes para o alto desempenho, o psicólogo e palestrante Elton Soares fala sobre o desafio: “Nunca foi tão importante termos equilíbrio nas nossas emoções, e, sobretudo muita resiliência para lidarmos com o medo, com a insegurança, e com a falta de perspectiva que a maioria das pessoas tem vivido. Sentimentos como ansiedade, angústia e até depressão, certamente se intensificaram nesse período. Mas uma coisa é certa, teremos que aprender a lidar com tudo isso, para transformar esse ‘novo tempo’ em um ‘novo melhor’”.


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Autoconhecimento

Elton Soares

Pilar fundamental, a jornada do autoconhecimento é o primeiro passo em busca da Inteligência Emocional do “Síndico Ideal”. “Só posso genuinamente me relacionar bem com o outro a partir do momento que me relaciono bem comigo mesmo. Aqui está a receita para nos sentirmos mais plenos, seguros”, comenta Elton, reforçando ainda que o aprendizado também é outro passo importante no crescimento e no desenvolvimento pessoal e interpessoal. Para Letícia Lessa, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do SESI-RS e do Centro de Inovação em Fatores Psicossociais, não há dúvidas sobre o destaque que a Inteligência Emocional, também chamada de Inteligência Social, tem nas corporações e no desenvolvimento profissional. “Essa é uma competência muito valorizada no mundo do trabalho, pois as pessoas que possuem essa habilidade sabem agir, pensar e sentir de forma consciente, sem se deixar levar somente pela emoção ou pela razão, tendendo a construir relações e ambientes mais saudáveis. A Inteligência Emocional é a fundação para o sucesso e para prosperar em um mundo que muda constantemente”, aponta. As constantes e ágeis transformações no mundo do trabalho estão demandando novos conhecimentos e habilidades profissionais. Conforme relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 6 milhões de empregos deixarão de existir no futuro e haverá a criação de 25 milhões de novos em até 10 anos.

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Nesse cenário, será necessário o desenvolvimento e aprimoramento das chamadas soft skills, que são competências socioemocionais que envolvem aptidões pessoais, inerentes ou naturais às pessoas. Envolvem aptidões mentais, emocionais e sociais e são determinadas de acordo com a educação, cultura e vivências de cada pessoa. Elas se relacionam com os valores, as crenças, o caráter e a personalidade de cada indivíduo. Normalmente, ficam evidentes nas interações humanas diárias. É aqui que entra a importância do setor de Recursos Humanos ou Departamento de Pessoal: preparar as equipes às demandas do novo mercado mundial, para que consigam se adaptar a esse mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo. Além de incluírem tais habilidades no descritivo de seus cargos e funções, pautando processos seletivos voltados à

captação e retenção destes talentos. Ao focar exclusivamente no papel a ser exercido pelo “Síndico Ideal”, Letícia, formada em Socioterapia, comenta outras duas habilidades, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, no relatório The Future of Jobs Report 2018: “A capacidade de negociar com colegas, clientes e equipes estará no alto da lista de habilidades desejáveis. E a flexibilidade cognitiva, que envolve ampliar as maneiras de pensar, imaginando diferentes caminhos para resolver os problemas que surgem diante de nós. Quanto mais flexível uma pessoa é, mais facilmente ela será capaz de enxergar novos padrões e fazer associações únicas entre ideias, além de melhor estabelecer suas interações. O autoconhecimento é essencial para desenvolver tais habilidades”, destaca Letícia.

Habilidade com o outro

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Este “olhar para dentro”, como cita Elton Soares, contribui e muito para o “olhar para fora”. Para ele, sem essa fórmula fica bem mais difícil se relacionar. “A consciência social e a utilização da empatia passa a ser mais verdadeira e, a partir daí, passamos a ter mais habilidade para lidar com os outros. Lidar com os outros com gentileza, generosidade, respeito e compreensão, certamente nos fará melhores pessoas e melhores síndicos. Lembrando que a comunicação, o gerenciamento de conflitos e a tomada de decisões, por exemplo, são competências essenciais para uma gestão de excelência”, exemplifica. A liderança é outro fator de extrema relevância nas funções exercidas por um síndico. O profissional deve contribuir na construção do ambiente ideal. “O síndico pode e deve influenciar positivamente no seu autodesenvolvimento e da equipe que lidera. Tal ação começa pelas atitudes do dia a dia e, para isto, deve estar preparado para lidar com questões emocionais. Um bom começo é reconhecer as habilidades socioemocionais como essenciais para o exercício de sua função, identificando e reconhecendo o que deve ser aprimorado ou desenvolvido. Mais do que nunca, o líder síndico precisa estar aberto e disponível para compreender os próprios problemas e aqueles manifestados pelas pessoas as quais têm interface, promovendo canais de diálogo, exercitando

a observação sensível e a escuta ativa”, explica Letícia Lessa. A socioterapeuta também aponta como a comunicação clara e transparente, porém cuidadosa e respeitosa, é imprescindível para criar um ambiente de abertura e confiança, com relações interpessoais saudáveis. “Quando o líder síndico tiver equipes sob sua condução também deve estar atendo ao desempenho destas, ao ritmo, capacidades de entrega, faltas e ausências não justificadas ou muito frequentes, pois indicadores de produtividade auxiliam o líder a acompanhar o desenvolvimento das pessoas, facilitando abordagens e abertura para o reconhecimento de possíveis situações socioemocionais que possam estar afetando o desempenho profissional. Isso auxilia o líder a compor um plano de acompanhamento e desenvolvimento mais efetivo e próximo de seus liderados”, enfatiza Letícia. Outro aspecto importante na atuação do líder é se permitir demonstrar sua sensibilidade e fragilidade, reconhecendo que também precisa se autodesenvolver emocionalmente. Reconhecer que tem seus desafios diários também compõe sua inteligência emocional em lidar com as próprias fragilidades e emoções. Isso pode facilitar o processo de ressignificação sobre situações que estão sendo vivenciadas na construção de relações interpessoais saudáveis.


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Saúde mental A temática dos fatores psicossociais não é algo novo, mas no atual contexto, passou a ser um diferencial na agenda das organizações, uma vez que práticas ou programas de apoio à saúde mental não só asseguram o conforto emocional, mas ajudam as pessoas a se sentirem mais engajadas e produtivas. “Além do desenvolvimento das lideranças, as organizações têm investido cada vez mais em ações de promoção da saúde, presencial ou virtualmente, estão adotando práticas voltadas para a saúde mental. Um exemplo disto são as parcerias com profissionais da saúde, disponibilizando serviços de atendimento psicológico e suporte emocional, ou mesmo espaço em grupo para abordagens de temas afins à temática, como palestras, roda de conversa, reuniões. Incentivos relacionados à prática de atividades físicas e boa alimentação também ajudam a melhorar o bem-estar e a qualidade de vida, assim como as ações de reconhecimento e valorização das pessoas”, enumera Letícia.

Letícia Lessa

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Outra ação interessante são as campanhas de comunicação que podem ajudar a desmistificar este tema e despertar a atenção das pessoas sobre a importância dos cuidados com a saúde física e emocional. A prevenção se faz com informação e diálogo e as campanhas internas nas organizações podem e devem ser grandes promotores destes espaços. Cuidar da saúde mental deve fazer

parte da estratégia individual e organizacional, independente da pandemia. Letícia destaca: “Pessoas e organizações que se preocupam e investem na saúde física e mental e bem-estar, constroem relações e ambientes de trabalho mais saudáveis, fortalecem o engajamento e, consequentemente, melhoram sua performance e seus resultados”.

Evento de imersão O tema Inteligência Emocional será abordado pelo Síndicos Planning em evento que será realizado em janeiro. “Seguiremos os decretos governamentais relacionados à pandemia para decidir se o evento será presencial ou on line, e em breve divulgaremos a programação no site”, pontua Karina Kino Pardal, idealizadora do Síndicos Planning. O palestrante Elton Soares antecipa que neste encontro de imersão com os síndicos irá aprofundar questões relacionadas ao assunto, focando principalmente nas competências que o síndico precisa ter para obter mais engajamento de todos os condôminos nas suas ações. “Vamos bater um bom papo para entendermos

como podemos usar nossas emoções como mola propulsora para o nosso desenvolvimento pessoal e para aprimorarmos nossas habilidades interpessoais, tudo isso com exercícios práticos e aplicáveis no dia a dia”, adianta o psicólogo com Pós-Graduação em Gestão de Pessoas com ênfase em Liderança Organizacional, Formação em Coach e Especialização em Jogos Empresariais. Elton também vai falar sobre os cinco pilares da Inteligência Emocional, além da importância da validação e do feedback para tornar as relações mais verdadeiras e prazerosas. Os participantes ainda terão a oportunidade de fazer uma autoavaliação sobre como está a sua Inteligência Interpessoal.

Fique por dentro e acompanhe nossas redes sociais e site para realizar a inscrição para o Planning 1 - Inteligência Emocional diretoriocondominial.com.br DIRETÓRIO CONDOMINIAL

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DIA DO SÍNDICO

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UM DIA DO SÍNDICO QUE VAI FICAR PARA SEMPRE NA MEMÓRIA Mais do que uma simples comemoração, este dia 30 de novembro é um momento para refletir sobre todas as dificuldades e os aprendizados que os síndicos vivenciaram neste ano tão desafiador

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este 30 de novembro, mais do que lembrar que é o Dia do Síndico, a revista Diretório Condominial e o Síndicos Planning querem homenagear todos os síndicos e propor uma reflexão com esta reportagem que fala das dificuldades que eles estão enfrentando neste ano, mas também das oportunidades que puderam aproveitar, das ações solidárias que testemunharam, das expectativas para 2021 e, principalmente, do aprendizado que se propuseram a absorver mesmo em um ano tão desafiador. Seja nas experiências vivenciadas no cotidiano dos condomínios, que não foram poucas, ou nas inúmeras lives que tivemos o prazer de compartilhar com estes profissionais que encontraram tempo, motivação e determinação para continuar se capacitando. Essa preocupação em oferecer conteúdo de qualidade para os síndicos, aliás, foi uma das nossas grandes missões ao longo desses meses turbulentos. Impossibilitados de promover eventos presenciais, buscamos alternativas como os eventos online, que contaram com a presença de especialistas das mais diversas áreas para orientar sobre o enfrentamento da Covid-19. Foram realizadas em média duas lives por semana com temas importantes sobre gestão condominial e o momento em que vivemos, sempre primando pela qualificação e proporcionando uma rica troca de experiências e interação entre especialistas, profissionais e gestores condominiais. Os bate-papos online ajudaram a esclarecer dúvidas, embasar decisões e resolver situações pontuais nos condomínios. A seguir você confere o relato de seis síndicos, representando todos os profissionais da categoria, que foram presença constante em nossas lives. Eles aceitaram compartilhar um pouco das dúvidas e dificuldades que vivenciaram neste período de pandemia, além das lições aprendidas e do conhecimento adquirido. E por fim, falaram das suas expectativas para 2021.

Banco de Imagens


DIA DO SÍNDICO

Helton Silveira de Souza Síndico em Florianópolis - SC

Desafios da pandemia Um dos principais problemas foi suportar e administrar o grande período que vivemos em clausura. Isso interferiu no convívio entre os moradores, que ficaram com os nervos à flor da pele. Havia o medo de contágio e qualquer barulho era motivo de confusão. E os síndicos no meio desse fogo cruzado tentando manter o equilíbrio, ter o discernimento de tomar as decisões certas, saber ouvir os desabafos e as indignações de todos. Isso tudo enfrentando os mesmos problemas de todos e tendo que saber separar a emoção da razão. Oportunidades na crise Foram desenvolvidas várias ideias que possivelmente serão os grandes diferenciais dos condomínios daqui para frente, como centros de convivência no condomínio, entregas através de drones, lives de entretenimento e vizinhos solidários. Busca por orientação Dentre muitos decretos, regras e normas, tivemos que estudar e buscar ajuda de especialistas para que pudéssemos administrar de forma a não infligir as leis e decretos vigentes, que mudavam todos os dias devido a evolução dos casos de Covid. Poderes nos foram impostos pela lei e responsabilidades múltiplas que influenciavam diretamente na vida das pessoas. Lives do Síndicos Planning As lives, conteúdos e orientações foram fundamentais para engrandecer nossos conhecimentos com dados técnicos. Foram muito elucidativas, abrindo um grande leque de conhecimento e nos proporcionaram resolver muitas situações. Dentre elas destaco a live “Violência Doméstica – Novas Leis dos Condomínios”, que nos mostrou poderes que antes nem imaginávamos que teríamos. Também foi muito útil a live “Cuidados ao Contratar um Serviço de Desinfecção, pois foi graças a essas informações que conseguimos aplicar os produtos certos para mitigar os riscos e os altos custos dos colaboradores. Ações de solidariedade Essa pandemia nos trouxe muitos problemas, mas também fez aflorar o lado humano de cada um. Mas ajudou também a ver como as pessoas são solidárias nas dificuldades. Presenciei jovens ajudando pessoas de risco, levando remédios, descendo os lixos para quem não podia sair de casa, indo nos vizinhos que viviam sozinhos para dar uma palavra de conforto.

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Sentimento do fim de ano Acho que nossas vidas mudaram radicalmente nesse ano que está acabando, nas atitudes por exemplo, mas acredito que o pior está passando. Entretanto, se não tomarmos os cuidados necessários, a situação poderá voltar a piorar. Todos nós podemos nos considerar fortes por tudo isso que vivemos nos últimos meses. No meu caso, aprendi com todas as dificuldades a nunca desistir de fazer as escolhas certas sempre olhando o bem comum. Desejos de Réveillon Que tenhamos saúde em primeiro lugar, já que vivemos tempos muito delicados. E que saibamos nos relacionar com essa nova fase da vida que estamos passando, com muito respeito pelo próximo. Em três palavras, ser síndico é: ter força, sabedoria, humanidade.


Márcia Helena Bader Maluf Heisler Síndica em Curitiba - PR

Desafios da pandemia Comprar para o condomínio equipamentos de segurança, porque no começo não sabíamos o que iria funcionar, e o fechamento das áreas comuns. Oportunidades na crise A melhora na separação do lixo para facilitar o trabalho dos colaboradores. Busca por orientação Tive que recorrer à Secretaria Municipal de Saúde para me informar a respeito da quarentena de uma moradora. Contei também com o apoio da Administradora na divulgação dos decretos municipais.

Lives do Síndicos Planning Gostei muito das lives sobre a limpeza e os produtos e também da que abordou a questão das assembleias. Foram importantes também para conhecer a realidade de outros síndicos e condomínios. Dentre as que me ajudaram na prática, cito como exemplo a live sobre piscinas, que foi muito bacana.

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Ações de solidariedade Percebi principalmente em relação às compras, muita gente se ofereceu para ir a farmácias e padarias para as pessoas que faziam parte do grupo de risco. Sentimento do fim de ano Infelizmente, em razão do que está acontecendo na Europa, acho que o pior ainda não passou. Só vai passar com a vacina. Mas, me sinto feliz de estar no comando, tomando medidas que beneficiam uma coletividade. Desejos de Réveillon Não vou pedir nada, só agradecer por estar viva. Em três palavras, ser síndico é: ter liderança, empreendedorismo e paciência.

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DIA DO SÍNDICO

Sérgio Pintarelli Síndico em Blumenau - SC

Desafios da pandemia Durante todo o período de enfrentamento da pandemia viemos mantendo a comunicação frequente com os condôminos via WhatsApp, orientando todos a cumprirem as determinações emitidas pelos órgãos de saúde. Instalamos dispensers de álcool gel em todos os acessos ao condomínio e na porta de entrada dos elevadores. De forma geral, não tivemos problemas relativos ao não cumprimento das recomendações. Oportunidades na crise Afixamos avisos em todos os ambientes comuns como elevadores, playground, salão de festas, hall de entrada e outros, recomendando evitar aglomerações e informando sobre restrições de uso. Creio que este tipo de ação conscientiza as pessoas sem causar rejeição às restrições. Lives do Síndicos Planning Sempre que possível participo das lives do Síndicos Planning e leio o Diretório Condominial, buscando conhecimento nas mais diversas áreas relativas a função de síndico. Desde a interação com outros síndicos e/ou participantes das lives até o aprendizado com especialistas, como tivemos o caso de abordagem de elevadores e pintura, sempre se aplica alguma coisa em nosso dia a dia. Considero que a interação entre palestrantes e participantes é um dos pontos altos das lives. Cada participante que se manifesta tem uma ótica ou dúvida diferente que se aplica à maioria dos participantes, mas que, via de regra, não percebemos em nosso dia a dia. No meu caso, o tema Elevadores me trouxe muitas informações não observadas em meu condomínio, tais como a afixação da ART no interior das cabines. Ações de solidariedade Vários exemplos foram observados em meu condomínio. Logo no início da pandemia com a decretação do lockdown, muitas pessoas se colocaram à disposição dos moradores mais idosos para comprar mantimentos em supermercados e/ou feiras. Outro fato observado em função da restrição de uso dos elevadores por pessoas de unidades diferentes, foi a prioridade dada aos mais idosos, independente da ordem de chegada ao elevador.

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Sentimento do fim de ano Temos a certeza de que o vírus está presente no dia a dia das pessoas e a manutenção de hábitos como uso de máscara, lavar as mãos com frequência, uso de álcool gel e evitar aglomeração em ambientes públicos serão necessários por muito tempo ainda. Não tivemos nenhum caso de Covid 19 em nosso condomínio e isso me deixa muito satisfeito com as ações que tomamos, no sentido de preservação da saúde de todos. Antes de mais nada, agradeço aos condôminos pela disciplina e respeito à vida demonstradas até a presente data e que tenho certeza se manterão até superarmos esta pandemia. Desejo de Réveillon Que 2020 não se repita nunca mais e que 2021 seja um ano de recuperação, de regresso ao crescimento econômico de nosso país. É isso que penso e desejo a todos nós brasileiros. Em três palavras, ser síndico é: cuidar dos bens dos outros.


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Volnei Farias Medeiros Síndico em Florianópolis - SC

Desafios da pandemia Logo no início, ter que convencer os condôminos sobre as questões de proibições das obras. Oportunidades na crise Com a pandemia surgiram oportunidades para realização de um trabalho diferenciado. E um dos fatores que ajudaram foram as lives, que trouxeram muito aprendizado para os síndicos.

Foi de grande valia, pois estamos querendo implantar a pintura no condomínio.

Busca por orientação Para fazer o gerenciamento de pessoas.

Sentimento do fim de ano Me sinto com a missão cumprida. Sinto que estou mais fortalecido e que foi um grande aprendizado com tudo que tivemos que enfrentar este ano.

Ações de solidariedade Todos ficaram solidários à ausência dos colaboradores por uma semana.

Lives do Síndicos Planning Uma das Lives que me ajudou bastante foi sobre as cláusulas básicas e cláusulas específicas para o contrato no condomínio. Outra live interessante foi sobre problemas comuns na pintura predial.

Desejos de Réveillon Que eu possa acordar todos os 365 dias de 2021. Em três palavras, ser síndico é: superar todos os desafios.

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DIA DO SÍNDICO

Charles C. Scheel Síndico em Joinville - SC

Desafios da pandemia A mudança de hábitos, os cuidados com a higiene e os procedimentos de saúde foram os principais desafios, pois não é da cultura do brasileiro a realidade da pandemia. Oportunidades na crise Os equipamentos para higienização dos condôminos ajudam na redução do contágio de outras doenças do cotidiano. Também conseguimos implementar ferramentas digitais que foram aceitas de forma que não ocorreria fora da pandemia. Busca por orientação As principais dúvidas foram relacionadas à atualização frequente dos decretos municipais, estaduais e federais e também às normativas dos órgãos de saúde. Houve uma necessidade de busca de informações constante e assessoria jurídica também. Lives do Síndicos Planning Os conteúdos foram muito positivos para o convívio em condomínios e auxiliaram servindo de balizador para a opinião do coletivo. As principais lives, na minha opinião, foram relacionadas às ações de prevenção ao vírus e à utilização dos próprios meios digitais como uma ferramenta importante para a atualização do conhecimento de síndicos e condôminos. Com certeza foi também uma oportunidade muito produtiva para a troca de conhecimento, principalmente sobre como lidar com os métodos de prevenção e com as finanças neste período delicado. Ações de solidariedade Durante o período de pandemia o que mais nos chamou a atenção foi a solidariedade com os que estavam em quarentena em seus apartamentos. Os demais vizinhos, em grande número de pessoas, se ofereceram para fazer compras, levar o lixo e tudo aquilo que um morador precisa para o descanso e plena recuperação. Foi um momento ímpar onde o ser humano demonstrou o que tem de melhor. Sentimento do fim de ano A sensação por incrível que pareça é de um aprendizado e um crescimento sem precedentes, pois foi um ano de grandes desafios, mas que foram todos superados. Com certeza nos fortalecemos muito com tudo o que aconteceu. Seja na gestão de conflitos, na administração dos cuidados com higiene ou na parte financeira. DIRETÓRIO CONDOMINIAL

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Desejos de Réveillon O maior desejo será de saúde e paz entre as nações! Em três palavras, ser síndico é: ter dedicação, persistência e aprendizado.

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Raimundo Parasky Síndico em Blumenau - SC

Desafios da pandemia Administrar o descontentamento com as regras de controle social que a pandemia impôs a todos. Oportunidades na crise O principal foco da administração foi o controle severo da higienização das áreas comuns, algo que não era muito valorizado por uma parcela dos moradores. Busca por orientação A principal preocupação foi e ainda é a insegurança jurídica, pois há mudanças nas regras a toda hora. Lives do Síndicos Planning Certamente, contribuíram muito no esclarecimento de dúvidas e para dar sustentação a decisões. Para mim foi bem importante o aconselhamento para sempre buscar o apoio em laudos técnicos para efetuar manutenções estruturais, elétricas etc. E também pude esclarecer dúvidas, como por exemplo, quando o condomínio foi severamente atingido pelo ciclone bomba e iniciamos os trabalhos de reparos pelo levantamento minucioso dos danos com a assistência de um engenheiro civil. Isto foi particularmente importante no ressarcimento por parte da seguradora. Esta não questionou nenhum item.

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Ações de solidariedade Tivemos agradáveis surpresas com o voluntariado de uma parcela dos moradores. Inclusive, os serviços de zeladoria foram executados pelos próprios moradores durante as primeiras duas semanas da pandemia. O condomínio, por sua vez, percebendo a repentina queda na renda de muitos condôminos, suspendeu temporariamente uma chamada de capital, que se mostrou pesada para alguns moradores. Sentimento do fim de ano Ainda me preocupa a questão das assembleias, pois meu mandato expirou em julho. Até aqui administramos o condomínio ao amparo da Lei, mas em algum momento teremos que regularizar isto. Cada nova dificuldade superada nos deixa mais fortes e confiantes! Desejo de Réveillon Que os condôminos continuem compreensivos e cooperativos enquanto torcemos por uma solução definitiva para a pandemia. Em três palavras, ser síndico é: ter empatia, resiliência e paciência.

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DIA DO SÍNDICO

OPINIÃO: Responsabilidade individual no coletivo Karina Kino Pardal e Luís Pardal, do Síndicos Planning

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Para atender às medidas adotadas como forma de prevenção à pandemia da COVID-19, foram suspensos os eventos de 2020, sem a expectativa da retomada da programação anual. Mas era a única coisa a se fazer, pois tínhamos que garantir a saúde e a segurança dos participantes, patrocinadores, e colaboradores envolvidos. No início da pandemia, o desencontro de informações era grande, gerando muita insegurança para todos. As administradoras começaram a procurar informações sobre procedimentos a serem adotados na prevenção e controle da doença. Os síndicos buscaram ajuda para esclarecer dúvidas e compartilhar boas práticas que estavam implementando e que poderiam ser utilizadas em outros condomínios. Conhecendo o nosso importante papel da transmissão de informações para o enfrentamento desta crise, no contexto social envolvendo condomínios, ecossistema, síndicos, administradoras, profissionais especializados no mercado condominial, iniciamos imediatamente a busca de fontes oficiais e específicas. Produzimos e publicamos matérias nas redes sociais e programamos eventos na plataforma digital, em média duas lives por semana, contando com especialistas nas diversas áreas. Apresentamos novas soluções e fornecedores, pois, mais do que nunca, o síndico precisa contar com fornecedores de confiança, que tenham estrutura e expertise adequada para atendê-los com segurança e eficiência. Aderindo ao comportamento que ganhou força, incentivando a preferência por pequenos produtores locais, que precisam da venda do dia a dia para sobreviver, fomos buscar opções de hortifrútis e outros serviços que entregam nos condomínios, reduzindo também a necessidade de os condôminos saírem de casa. Apesar de a Revista Diretório Condominial

continuar sendo produzida e entregue aos síndicos e administradoras durante a quarentena, passamos a publicar a versão digital no site para que o conteúdo pudesse ficar acessível a todos. O desafio dos gestores condominiais já era grande, e com todos os impactos da pandemia, estes profissionais tiveram que se adaptar muito rapidamente, às vezes, tendo que tomar decisões sem ter informações precisas. Todo o planejamento teve que dar lugar às ações emergenciais. Tiveram que adiar obras, investimentos, lidar com a inadimplência, restringir o acesso às áreas comuns, implementar protocolos de saúde e segurança, gerenciar e treinar funcionários e terceirizados, lidar com desfalque nas equipes, conciliar um número crescente de conflitos entre vizinhos e condôminos resistentes a seguirem as novas regras, denunciar violência doméstica, e muitas outras questões que não faziam parte do seu dia a dia. A Covid-19 transformou o mundo de uma forma nunca antes imaginada, com fechamento de fronteiras e medidas de isolamento. Resta saber se os impactos serão passageiros ou se o mundo nunca mais será o mesmo. Muitos falam em o “novo normal”. Mas, o que podemos afirmar é que a quarentena traz aprendizados que ficarão para além do período de distanciamento. E em tempos de grandes incertezas, sabemos de uma coisa: criar conexões com especialistas e com outros síndicos e administradoras para trocar ideias sobre os problemas, soluções, inovações e boas práticas e contar com uma rede de apoio faz toda a diferença. Acho que a maior lição que podemos aprender com esta crise é que, acima de qualquer coisa, precisamos fortalecer a solidariedade, o respeito, a empatia, e despertar a responsabilidade individual com o coletivo. Este deveria ser o legado definitivo. Parabéns a todos os síndicos e síndicas!


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Síndicos Planning tem o propósito de deixar um legado: uma realização maior do que nós mesmos, exemplo para as próximas gerações, que se sustenta ao longo do tempo, por isso, empreendemos nosso tempo e experiência para contribuir com o ecossistema de gestão condominial, fomentando conexões que transformam as pessoas e os processos. Sabemos que a transformação e as boas práticas na gestão condominial precisam ser construídas a muitas mãos. Nos workshops do Síndicos Planning, apresentamos soluções, planejamento e inovação, através de uma rede de profissionais e especialistas integrados, com o desejo de fazer mais e melhor. Proporcionamos também o espaço para que os profissionais de gestão condominial compartilhem experiências, erros e acertos, para encurtar o caminho de crescimento dos demais profissionais. Cada um de nós tem potencial de impactar o mundo ao nosso redor, transformando descobertas em

aprendizados, registros e processos que podem ser compartilhados, colocando os objetivos coletivos acima dos individuais, pensando no todo e fazendo a nossa parte. Somos multiplicadores. Cada um de nós, tem a missão de atuar do lugar em que está, com os recursos que tem, para contribuir e ajudar os outros a crescer. Assim, queremos deixar mais uma semente de transformação, inspirando a todos os síndicos a olharem o lado cheio do copo, e se empoderarem na motivação de sempre fazer mais e melhor. Faça parte também desta ação de valorização. Participe dos eventos do Síndicos Planning, indique cases de sucesso e boas práticas, contribua com conteúdo para o Diretório Condominial, compartilhe suas dúvidas e vivências! Conheça os Síndicos Destaque desta edição nas próximas páginas.

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Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Não tenha medo, com vontade de aprender e determinação a conquista vem. Como é o síndico do futuro? Será uma profissão reconhecida no mercado e muito valorizada (Geração 5.0).

Márcia Aparecida da Silva Colin

Recado para os condôminos:

• Formação Bibliotecária, Graduação de Gestão de Negócios e Advogada

Quem é você?

• Cidades em que atua como síndico Florianópolis e São José • Síndico em 6 condomínios • Tempo de atuação como síndico 3 anos Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Descobrir um vazamento oculto. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Briga de condôminos na Assembleia.

Sempre é um desafio, por mais preparado que estejamos sempre acontece algo de novo para nos desafiar e buscar mais qualidade na gestão. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Meu esposo e síndico Adriano Colin e a Administradora Liderança. Que legado deseja deixar? DIRETÓRIO CONDOMINIAL

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Desejo que a nossa história continue, tento mostrar ao nosso filho que a conquista que temos e buscamos vem do trabalho e dedicação. Conselho De Síndico para Síndico: Manter-se sempre atualizado, ser dinâmico e transparente na gestão.

Sou uma pessoa que está sempre em busca de novos desafios, não tenho medo de arriscar e sim de deixar de ter arriscado, claro que às vezes acertamos e também erramos, mas o mais importante foi aprender com os erros. Hoje me considero uma vitoriosa por tudo o que tenho e por tudo que aprendi ao longo destes anos de minha vida. Compartilhe um case do(s) condomínio(s) que administra, que tenha(m) gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade, etc. Adotamos ao final das Assembleias uma confraternização, algo simples com alguns salgados, bolos, sucos e água, uma florzinha para decorar, uma toalha, mas dá um impacto muito positivo. Os condôminos elogiam e agradecem o mimo. Já ocorreu uma discussão durante uma Assembleia e, a confraternização no final acalmou os ânimos e os condôminos envolvidos na discussão conversaram e saíram rindo da situação. Se não fosse a confraternização, cada um iria para sua casa sem ter a oportunidade de resolver o conflito e poderia ser o início de uma desavença entre condôminos. Daniel Zimmermann

O maior desafio nas Assembleias?

Cuidem e zelem pelo seu patrimônio, ajudando o síndico na gestão, na execução das benfeitorias e manutenções necessárias.


Adriano Colin

Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios?

• Formação Pós-graduado em Segurança Pública, graduado em Biblioteconomia e Técnico Contábil

• Síndico em 6 condomínios

Amigo de um condômino que chegou no residencial e tentou entrar bêbado, como o porteiro não sabia de qual apartamento era, e nós também não, ele ficou esperando até seu amigo chegar, no dia seguinte, na escada do lado externo do prédio, pois tinham se desencontrado.

• Tempo de atuação como síndico 15 anos

O maior desafio nas Assembleias?

Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico?

Todas as Assembleias são desafiadoras, por mais que você esteja preparado. Porque podem surgir dúvidas ou perguntas que precisam ser buscadas posteriormente.

• Cidades em que atua como síndico São José e Florianópolis

Daniel Zimmermann

Nestes quinze anos vejo que o maior desafio foi organizar um condomínio sem dinheiro e localizar todos os moradores antigos para fazer a averbação de construção do mesmo, que levou 12 meses, muitos não residiam mais no local e já tinham vendido para terceiros, e estes terceiros para outros.

Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Minha esposa Márcia e a Administradora. Que legado deseja deixar? O síndico deve saber escutar para tomar a melhor decisão. Conselho De Síndico para Síndico: Se preparar bem, ter conhecimento das atividades e fazer um plano de ação. Como é o síndico do futuro? Realiza curso de Síndico e investe no conhecimento. Quem é você? Sou Adriano Colin, tenho 46 anos, sócio proprietário da Empresa Colin Gestão Condominial LTDA, casado com Márcia Aparecida da Silva Colin e temos um filho. Compartilhe um case do(s) condomínio(s) que administra, que tenha(m) gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade, etc. Após levantamento no condomínio realizamos um plano de ação para executar nossos serviços e dentre eles destacamos a realização da coleta de óleo para descarte consciente, lixo reciclável, pilhas e lâmpadas nas questões de sustentabilidade através de informativos constantes. Através de planilhas verificamos excesso de consumo na questão da água e produtos de limpeza e outros setores para controle.

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Raimundo Parasky

• Cidades em que atua como síndico Blumenau • Síndico em 1 condomínio • Tempo de atuação como síndico 3 anos Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Vazamento generalizado na rede de gás. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Uma senhora levando seu lixo ao depósito com bobes na cabeça (para conseguir cabelos cacheados). O maior desafio nas Assembleias? Reunir número significativo de moradores nas assembleias. Raramente comparecem mais de 30% dos moradores. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? Minha esposa, meu braço direito no controle da limpeza e os membros dos conselhos (fiscal e consultivo). Os subsíndicos dos blocos e uma parcela significativa daqueles moradores que habitualmente comparecem às assembleias, tem me dado todo suporte. Que legado deseja deixar? DIRETÓRIO CONDOMINIAL

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Condomínio limpo, com as unidades valorizadas e sem problemas ocultos. Conselho De Síndico para Síndico: Faça bem feita toda e qualquer manutenção, não tolere gambiarras. Sempre exija o aval da engenharia para qualquer obra ou situação que possa oferecer riscos ao imóvel ou seus ocupantes.

Divulgação

• Formação Bacharel em Economia com especialização em Gestão Empresarial

Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: No ato de assunção do cargo utilize um “checklist do síndico eleito” para verificar todos os itens importantes, ressalvando qualquer anormalidade que detectar ou suspeitar. Como é o síndico do futuro? Será um profissional com formação superior e MBA em gestão de condomínios. Não há espaço para curiosos. Sinto que no futuro, o administrador e o síndico serão a mesma pessoa, física ou jurídica. Recado para os condôminos: Apostem suas fichas em profissional qualificado, idôneo, afável e preparado para longas horas de trabalho. Compartilhe algum case bacana do(s) condomínio(s) que administra, que tenha gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade, etc. Minha primeira grande obra no condomínio foi a substituição da rede de gás, que ainda era de ferro galvanizado e apresentava vazamentos generalizados que só não ocasionaram uma catástrofe maior porque é toda ela instalada nos jardins. A economia de gás se aproximou a 50%. No ano seguinte propus aos moradores reformar a piscina, 8,70 x 4,60 x 1,40 m = 52 m3. Desde sua inauguração a piscina tinha revestimento de vinil, bastante deteriorado devido ao tempo de uso, comprometendo a qualidade da água e submetendo os usuários a sérios riscos à saúde. Em 2019 consegui a aprovação dos moradores para a substituição total dos telhados dos edifícios. Originalmente cobertos com telhas de barro, possuía infiltrações de água da chuva. Já temos dois novos projetos aprovados pelos moradores, aguardando a formação de caixa para iniciar as obras: A estação elevatória do esgoto sanitário para entrega à rede pública; e a rede de coleta de água da chuva para lavação de calçadas, garagens e rega de plantas do nosso jardim.


Joana Elisabete Fachini • Formação Ciências Contábeis

Que legado deseja deixar?

• Cidades em que atua como síndica Joinville

Que a união e a cooperação fazem sim diferença, pois juntos somos capazes do impossível.

• Síndica em 1 condomínio

Divulgação

• Tempo de atuação como síndico 3 anos

Conselho De Síndico para Síndico: Jamais desista do seu ideal, por mais que haja oposição ou duvidem de você. Siga seu caminho e se apegue aos seus ideais na hora do desânimo. Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Buscar ajuda de outros síndicos, não tenha medo de aprender com quem já está no mercado. Somos todos colegas e não concorrentes. Como é o síndico do futuro? Flexível, eficaz e humanitário. Recado para os condôminos: Todos nós síndicos somos companheiros, estamos juntos no mesmo barco. Precisamos nos unir, olhar nosso colega síndico como alguém que erra, acerta e muitas vezes precisa de nossa ajuda. Olhar o outro com essa compreensão de que a função de síndico não é fácil e que exige apoio, é fundamental para valorização da classe e, principalmente, para o melhor desempenho das nossas próprias atividades como síndico.

Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Uma benfeitoria no condomínio que ultrapassou o valor de 1 milhão, refere-se à construção de 24 escadas. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Ter que resolver uma situação onde uma moradora agarrou um vizinho sem o consentimento dele. O maior desafio nas Assembleias? Aprovar uma chamada de capital alta, sendo que o condomínio vinha com um histórico de obras não finalizadas. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou? O Conselho.

Quem é você? Sou Joana Fachini, 28 anos, contadora. Uma idealista por natureza que realmente acredita no poder de cada ser humano, alguém humanitário que procura sempre fazer a diferença dentro do meio que vive, na maioria das vezes, quebrando paradigmas e assumindo a responsabilidade de fazer o que os outros acreditam não ser possível. Compartilhe algum case bacana do(s) condomínio(s) que administra, que tenha gerado economia, ou contribuído para a integração dos condôminos, ou alguma ação de sustentabilidade, etc. Em nosso condomínio com o apoio de todos os moradores realizamos a criação da horta comunitária, onde o condomínio, com a ajuda do zelador, mantém a horta, e os moradores realizam a doação de sementes, mudas, etc. A ideia gerou integração entre os moradores e já estamos providenciando uma segunda horta em outro local maior.

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Devanir Mengarda • Formação Técnico Agrícola e Administração de Empresas • Cidades em que atua como síndico Santo Amaro da Imperatriz • Síndico em Foi síndico do condomínio Marcos Roberto em Florianópolis e agora o Cond. Quinta dos Guimarães. Não é síndico profissional. • Tempo de atuação como síndico 1 ano Divulgação

Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico? Os desafios são diários. Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou nos condomínios? Não me vem nenhuma situação que possa relatar. O maior desafio nas Assembleias? Como nosso condomínio ainda precisa de muitas obras de infraestrutura, o maior desafio é ter quórum para estas aprovações. Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou?

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Todos os condôminos são muitos atenciosos com relação aos problemas do condomínio. Nosso condomínio tem comissão de arquitetura muito atuante, que é formada pelos condôminos Adair Gastão, Stefan e Junior. Todos os projetos que são apresentados, são analisados numa reunião, feita pela comissão e sempre com a presença do síndico.

Conselho de síndico para síndico: Melhor coisa para administrar é você nunca ser autoritário, sempre dialogar. Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez: Use o diálogo. Como é o síndico do futuro? Acredito que será muito administrado pelos aplicativos. Mas a presença física do síndico, nunca deixará de existir. Recado para os condôminos: morar em um condomínio é dividir com os seus vizinhos todos os momentos, então, para que se consiga um bom relacionamento, sempre devemos nos colocar no lugar do nosso vizinho. Quem é você?

Que legado deseja deixar? o condomínio é a nossa casa, quero cuidá-lo como sempre cuido da minha casa.

Sou entusiasta, avô de 3 netas e 3 netos, tenho desafios diários na minha empresa e no condomínio Quinta dos Guimarães. Tenho verdadeira paixão pela terra e pelo verde.


SEGURANÇA PARA CONDOMÍNIOS

A GENTE SE PREOCUPA

PRA QUE VOCÊ NÃO TENHA COM O QUE SE PREOCUPAR É pelos momentos tranquilos e alegres das pessoas que estamos presentes na rotina de condomínios, garantindo acesso à segurança, conforto e confiabilidade.

SEGURANÇA ELETRÔNICA

CONTROLE DE ACESSO

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SEGURANÇA FÍSICA

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