61 • Nov - Dez • 2016 | Ano 10
SINDIMETAL COMEMORA
SEIS DÉCADAS DE HISTÓRIA
Encarte
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Projeto Educacional
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anos 6 1 0 2
Encontro de Fornecedores
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Fórum Lean Manufacturing
METALSINOS na VITRINE
Ponto de Vista
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Leonardo Pedroso Filho Vice-Presidente do SINDIMETAL
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o que você fez? O que deu certo ou errado; conquistas e derrotas. Os projetos que evoluíram; a simples melhoria que salvou o ano. As disciplinas que surpreenderam. Os encontros ao acaso que foram especiais. Outro ano se vai – Ficam as lembranças; a experiência; o rápido olhar pra trás. Fica a sensação, que poderia ter sido melhor. Agora isso é passado e deve ser aprendido como tal. E um novo começa – Sempre otimista, aperfeiçoo os planos. Mesmo quando esqueço as lições, estou pronto para o ano novo. E então é Natal – Dar e receber, celebrar o convívio, meditar. O clima de festa, de aproximação, de montar a árvore de Natal por dentro e fora da gente. Eu espero que você se divirta – Busco a felicidade. Ora a encontro, ora me escapa. De qualquer forma, aprender a ser feliz é parte disso. Lições duras, às vezes sem graça, contudo o aprendizado enobrece. As pessoas próximas e queridas – Celebrar os encontros. Ser lembrado e querido por alguém. Se for o caso, pegar a estrada e seguir. Os idosos e os jovens – Quantas histórias a serem ouvi-
Então é Natal! das, experiências e exemplos a serem seguidos. Um Natal muito feliz – Torço para que todas as famílias e amigos se encontrem e, da sua maneira, passem este dia feliz, celebrando a vida e o nascimento de Cristo. E um feliz Ano Novo – Que seja um bom ano. Sigo na esperança de que o País entre nos trilhos do desenvolvimento. Sem medo – Enfrentar os desafios que a vida moderna exige. E então é Natal, para fracos e fortes – Quando nasci precisei de apoio para enfrentar a vida, que se apresentava. Nesta humildade está o conhecimento que me fortifica. Nesta data, para ricos e pobres – Preservar as riquezas sem destruir ; ser solidário; aprender a conquistar sem prejudicar. O mundo está tão errado – Violência, fome, doenças, corrupção, desafios imensos pra se vencer. Assim é o mundo onde aprendemos, a duras penas, a ser melhor. E então Feliz Natal, para negros e brancos – As diferenças deveriam unir ao invés de segregar. Somar experiências, partilhar ideias e valores. Para amarelos e vermelhos – A cor dos olhos, da pele, a cultura e valores são diferen-
ças que ampliam o conhecimento e trazem sabedoria. Vamos parar todos os conflitos – Vamos refletir nas reais necessidades de cada pessoa, evitar o egoísmo para reduzir os conflitos. Celebrar a paz. Um Natal muito feliz. E um feliz Ano Novo – Onde você estiver, com quem escolheu passar estes dias, que a felicidade lhe acompanhe e permaneça no ano que inicia. Vamos esperar que seja um bom ano. Sem medo – Fazer algo inusitado sem medo de errar; ser mais alegre. E então é Natal. E o que nós fizemos? Na comunidade, como me comporto? Cresço como indivíduo e sou solidário? Outro ano se vai – Deixe a melancolia no ano que finda. A vida é tão curta! E um novo começa – Seguir em frente, virar a página. Ver a vida de outro ângulo. E então Feliz Natal! Nós esperamos que você se divirta – O que é a vida sem diversão? A guerra acaba, se você quiser – Rezar pela paz e torcer para que nossos governantes trabalhem a favor da justiça e do equilíbrio das nações. A guerra acaba agora – Sou um sonhador. Quero que a paz e a justiça se confirmem. Feliz Natal!
Institucional
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D iretoria
Gestão 2016 - 2018
Editorial Agenda intensa
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PRESIDENTE Raul Heller VICE-PRESIDENTES Arno Tomasini Leonardo Pedroso Filho Roberto Dauber Sergio de Bortoli Galera Vitor Fabiano Ledur Volker Lübke
Ricardo Kiszewski
DELEGADOS JUNTO À FIERGS Raul Heller Sergio de Bortoli Galera SUPLENTES Volker Lübke Arno Tomasini
SECRETÁRIO Roberto Petroll TESOUREIRO Udo Wondracek
Daniel Carlos Pereira
DELEGADOS REPRESENTANTES Estância Velha / Dois Irmãos / Ivoti Marcelino Leopoldo Barth Esteio/Sapucaia do Sul Ademir Luiz Costella Morro Reuter Ronei Feltes São Sebastião do Caí/Montenegro Vitor Fabiano Ledur Sapiranga Emilio Neuri Haag Vale Real Roberto Petroll
COMITÊS Desenvolvimento de Lideranças 1 Marlos Davi Schmidt Desenvolvimento de Lideranças 2 Gilberto Luiz Cislaghi Junior Lean Manufacturing Juliano Ilha CONSELHO FISCAL - TITULARES Recursos Humanos Patricia Misturini Luiz Antônio Gonçalves Valemetalsinos Marcelino Leopoldo Barth Pedro Paulo Lamberty Roberto Alexandre Schroer
Acesse o site www.sindimetalrs.org.br e saiba sobre convenções coletivas, agenda de atividades, notícias, cadastro, entre outros assuntos. O site propicia também, a leitura do ESPAÇO SINDIMETAL, on-line. Confira!
SINDIMETAL apresentou aos associados e filiados neste ano e, especialmente nos últimos meses, uma agenda diversificada composta por ações e iniciativas importantes para o seu segmento empresarial. O Projeto SESI/ SENAI – Parque do Trabalhador movimentou lideranças e vereadores de São Leopoldo, todos por uma boa causa. Confira, na página 04, os investimentos previstos para a nossa região, na área da educação. Na página 05, o Workshop Tributário e Econômico – Cenários 2017 traz novidades nas respectivas áreas, bem como as previsões econômicas para o próximo ano. Também são apresentadas orientações aos gestores na matéria Meeting Gestão de Pessoas. O Encontro de Fornecedores Manutenção, na página 07, contribuiu com boas perspectivas de negócios para os participantes, que aprovaram a iniciativa. Já o 5º Fórum Sul Brasileiro Lean Manufcturing, nas páginas 08 e 09, foi uma imersão na cultura Lean, com cases de sucesso e o lançamento do Programa Agente de Transformação Lean. Na página 13, acompanhe também as ações para racionalizar o consumo de energia nas empresas e que foram amplamente debatidas, durante o Seminário Eficiência Energética. Vivemos um novo tempo. A 6ª Corrida Rústica e 3ª Caminhada do Trabalhador marcaram o encerramento da SIPAT Comunitária, fomentando o esporte e incentivando os trabalhadores a terem uma vida mais saudável. Veja a cobertura, na página 14. Na sequência, a coluna Mercado apresenta momentos especiais vividos pelas empresas. Nesta edição, o destaque ficou com a Wietti e a Nissola. Fechamos a última edição do ano, com a empresa Metalsinos, na contracapa, que em breve estará completando 30 anos, imprimindo a sua marca empreendedora. E, marcando os 60 anos da entidade, a cobertura da Confraternização das Associadas, num encarte especial. Esperamos que, no próximo ano, os 'bons ventos' voltem a soprar a favor do desenvolvimento do País, impulsionando os gestores a realizar projetos, movimentando assim a economia e a concretização de novos sonhos. Boas festas e até 2017!
Expediente Frases do rodapé: www.aeajacarei.com.br Os trabalhos assinados são de responsabilidade de seus autores.
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Institucional
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Projeto educacional nota 10 Iniciativa transformadora, na área da educação
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m café da manhã, para apresentação do Projeto SESI/ SENAI Parque do Trabalhador reuniu, no dia 17 de novembro, representantes do Governo do Estado, vereadores da Câmara Municipal de São Leopoldo, lideranças empresariais, gestores do SESI-RS, do SENAI-RS e do SINDIMETAL. O encontro teve lugar no SENAI CETEMP - Instituto SENAI de Inovação Soluções Integradas em Metalmecânica - ISI SIM, em São Leopoldo. A pauta foi conduzida pelo diretorsuperintendente da FIERGS, Carlos Heitor Zuanazzi, que apresentou o protocolo de intenções referente à cedência da área do Parque do Trabalhador, em São Leopoldo, para o SESI e o SENAI, contemplando a cessão de uso para as respectivas instituições. A mesma está localizada no Parque de Recreação do Trabalhador, em frente ao Instituto SENAI de Inovação em Soluções Integradas de Metalmecânica – CETEMP. A respectiva área, num total de 40.285,97m2, será desmembrada em duas, sendo uma de 20.562,89m2 destinada para o SESI-RS e a outra de 19.723,08m2 para o SENAI-RS. Neste espaço, o Sistema FIERGS fará investimentos para a implementação da Escola de Referência em Ensino Médio, do SESI, e utilizará também para melhorias no atendimento das demandas do Instituto SENAI de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica – ISI SIM. Com capacidade inicial para atender 300 alunos, filhos de trabalhadores da indústria, entre 15 e 18 anos, a escola funcionará gratuitamente, em turno integral, a partir do pri-
meiro semestre de 2019. Para o diretor-superintendente Zuanazzi, a decisão de investir no futuro, através da preparação de jovens, deve ser um compromisso coletivo. “Vamos precisar da agilidade de todos os segmentos da sociedade para que este projeto, focado no desenvolvimento do município e da região, possa ser concretizado com êxito”, justifica. RESULTADO POSITIVO Segundo o diretor-superintendente do SESI-RS, Juliano Colombo, o projeto piloto, implantado com sucesso, no município de Pelotas, norteou esta ação em São Leopoldo. O mesmo recebeu o reconhecimento do Conselho Regional de Educação, que demandou que existissem mais instituições de ensino com este formato. Sendo assim, foi inaugurada, em Sapucaia do Sul, a Escola de Ensino Médio SESI Arthur Aluízio Daudt. Até 2019, além de São Leopoldo, o SESI deve inaugurar escolas também em Gravataí, Montenegro e Caxias do Sul, totalizando seis no Estado. “Este modelo, validado como referência no País, irá formar alunos com ensino diferenciado e mais preparados para o mercado de trabalho”, enfatiza Colombo. Na opinião do diretor regional do SENAI-RS, Carlos Artur Trein, a integração com o SESI irá fortalecer ainda mais a formação profissional, sendo também uma forte aliada da indústria, especialmente quanto a oferta de mão de obra qualificada. “A interface, que será intensificada entre
as instituições, a partir desta proximidade física, também irá facilitar o modelo e a consistência do projeto”, considera Trein. Convictos da importância desta efetiva parceria, a diretoria do SINDIMETAL, através do presidente Raul Heller, tem sido incentivadora da integração entre a escolaridade e a profissionalização. Na opinião do vice-presidente da entidade, Arno Tomasini, vice-presidente de Operações da Stihl, “precisamos trabalhar com mais velocidade, com tecnologia de ponta, com o olhar no futuro, para que sejamos mais competitivos neste mercado globalizado”. Para a presidente da Câmara Municipal de São Leopoldo, Iara Cardoso, esta oportunidade abrirá novos horizontes profissionais para os jovens. “Somos 100 por cento parceiros deste projeto e desejamos no futuro colher os frutos desta bela iniciativa”, afirmou. Na opinião do representante da secretaria estadual de Administração Hélio Soares dos Santos, as entidades envolvidas estão de parabéns. “Seriam necessários mais projetos desta envergadura, pois quem ganha é o Rio Grande do Sul”, reforçou. Uma etapa importante já foi conquistada. A votação sobre a cedência da área, incluída na agenda da reunião da Câmara Municipal de São Leopoldo, foi aprovada por unanimidade, consolidando assim o apoio manifestado pelos vereadores do município, que participaram do evento. O assunto agora está tramitando no governo estadual, para anuência.
Entidade prestigia boas iniciativas
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18ª Exposchmidt, feira de Iniciação Científica e Mostra de Trabalhos, é realizada pelos cursos Técnicos de Eletromecânica e Eletrotécnica, integrados ao Ensino Médio, da Escola Técnica Estadual Frederico Guilherme Schmidt. A mesma objetivou incentivar os alunos a desenvolver projetos de pesquisa, visando despertar o espírito científico e o interesse pela inovação tecnológica. A iniciativa na escola, com sede em São Leopoldo, ocorreu nos dias 18 e 19 de novembro. Na aber tura, o SINDIMETAL esteve representado por empresários, membros da diretoria da entidade e participantes dos comitês. ‘’Uma exposição é sempre um acontecimento importante na formação técnica de um aluno, que simula uma
realidade e a solução de um problema na vida profissional”, registra o empresário Udo Wondracek. “A Exposchmidt contribui muito com esta formação e pode ser um marco histórico na aproximação da iniciativa privada, no objetivo de forjar os
conhecimentos dos futuros técnicos. Mas não basta somente esta aproximação, precisamos de ações efetivas, para desencadear a 'Ordem e o Progresso', que tanto almejamos para este País”, salienta.
Pizzutti (ao centro) com membros da diretoria e dos comitês
Espaço SINDIMETAL | Nº61 • 05
Workshop Tributário e Econômico “
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stamos reunidos para participar do Workshop Tributário e Econômico – Cenários 2017, no SINDIMETAL, desejosos de mais conhecimento e orientações”, afirmou o diretor Executivo da entidade, Valmir Pizzutti, na abertura do evento, realizado no dia 29 de novembro. As questões tributárias foram abordadas pelos advogados Marina Furlan e Mateus Bassani, da Buffon & Furlan Advogados Associados - Assessoria Jurídica Tributária do SINDIMETAL. Segundo a advogada Marina, “o governo irá aumentar a faixa de enquadramento do Simples Nacional, para que as empresas com maior faturamento possam optar no próximo ano”. Haverá também a possibilidade de empresas inscritas no Simples Nacional, com dívidas até maio de 2016, parcelarem o valor total dos impostos atrasados, em até 120 parcelas mensais. “Nesta nova edição do Simples Nacional foi criada a figura do investidor anjo, que traz para pequenas empresas em geral, o benefício de receberem investimentos de pessoas físicas ou jurídicas”, destaca Marina, alertando que o assunto
RH
deverá ser bem analisado antes de ser viabilizado pela empresa. Na ocasião, o advogado Mateus Bassani relacionou a situação dos mandados de segurança coletivos impetrados pelo SINDIMETAL. São eles: INSS sobre “industrialização por encomenda”; INSS sobre verbas indenizatórias (terço constitucional de férias e aviso prévio indenizado); e inconstitucionalidade da contribuição de 10% sobre os depósitos de FGTS. CENÁRIOS - A abordagem econômica ficou a cargo do economista-chefe da FIERGS, André Nunes, que fez uma retrospectiva do cenário industrial, suas perspectivas e os impactos: governo x mercado interno x mercado externo. O economista citou os fatores que favoreceram o crescimento do País até o ano de 2000. “Destaco o boom de commodities; o sistema financeiro subalavancado, com bancos dispostos a dar crédito e com famílias pouco endividadas”. Mas este quadro, afirmou, não teremos mais. “Deverá ser construído o próximo ciclo de crescimento, pois o Brasil não é o mesmo do ano 2000”.
Meeting Gestão de Pessoas voltado aos resultados
Público prestigiou o evento
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Hoje, a indústria passa por uma crise estrutural, enfatizou. “A longo prazo, os desafios serão aumentar a produtividade da mão de obra; melhorar o ambiente de negócios, através da desburocratização; construir uma infraestrutura condizente com a economia que almejamos; e fortalecer as instituições que garantem os direitos de propriedade, o equilíbrio das finanças públicas”, reforça. Já no Rio Grande do Sul a situação é mais grave. “Os segmentos que sofrem com a baixa competitividade são aqueles determinantes para o ciclo da indústria gaúcha: máquinas, veículos e equipamentos”, cita. A recuperação será lenta, pois a margem de lucro está baixa e o crédito mais difícil. “A expectativa é que com a queda na taxa de juros as parcelas comecem a caber no bolso do consumidor e o comércio se estabilize”, analisa. A recuperação dependerá da produção interna, afirma ao citar que o cenário econômico, em 2017, será mais favorável que em 2016, porém com crescimento ainda baixo.
irando o Jogo – Como Construir sua Cultura de Resultados foi o tema do Meeting Gestão de Pessoas, dirigido aos empresários e gestores, no dia 25 de outubro, às 8h, numa promoção do SINDIMETAL, através do comitê de Recursos Humanos. A iniciativa, que reuniu mais de 80 pessoas, contou com o apoio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), integrante do Sistema FIERGS. A programação iniciou com a saudação do vice-presidente do SINDIMETAL, empresário Sergio de Bortoli Galera, que destacou a importância de conhecermos novas estratégias para nos reinventar nas
relações entre empregado e empregador. O palestrante foi o psicólogo João Aparecido de Lima, também graduado em Letras, autor do livro Gestão e Cultura de Resultados, que abordou o Modelo Fractal de Gestão®; Elementos da cultura de resultados na gestão; Ressignificação da função desses elementos; Relevância das pessoas como protagonistas dos resultados; e o Papel do líder como transformador das pessoas e dos resultados. APRENDIZAGENS - “Tendo o negócio como foco e fator integrador, é necessário muitas vezes reinventar a cultura da empresa, para transformar os resultados e
orientar o futuro”, destaca o palestrante. O papel da liderança não é “transformar através das pessoas, mas com as pessoas”, enfatiza ao afirmar que colaborador é aquele que trabalha junto, pois “cada empregado deve ser protagonista da própria vida”. Entre as lições que enfatizou, comentou sobre a estrutura organizacional. “Ouse, ao definir os objetivos estratégicos e reinvente-se, no momento de fazer o alinhamento organizacional”, afirma. “Gerir pessoas é gerar mudanças, faz parte de um ciclo de transformação contínuo”. Segundo o palestrante, “o líder transformador é aquele que compartilha a sua visão com a equipe; identifica e reforça o potencial das pessoas, oferecendo autonomia, autoria e protagonismo, alavancando seu desempenho”. Seja concreto, reinvente-se e alinhe sua ‘’tribo‘’; crie propósitos, sonhos e parta para a ação. Seja pragmático e quando necessário saiba dizer 'não'. Seja simples, trabalhe com uma estrutura enxuta de poucos níveis hierárquicos, reduzindo assim custos. Seja exaustivo, tenha foco. Seja disciplinado. Seja justo, recompense os melhores. Seja focado nos processos, que geram desempenho e comprometimento. Seja consistente. Seja modelo.
“Uma associação só ganha raízes com o espírito de solidariedade desenvolvido”.
Ação/ Comitê
Comitê
Comitê
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SINDIMETAL DESENVOLVENDO LIDERANÇAS
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m 2010 um grupo foi criado para desenvolver lideranças, com a visão de que a carência exigia uma ação por parte do sindicato. O presidente Raul Heller abordava o assunto no Espaço SINDIMETAL, edição 20. "Nesta gestão, tenho um objetivo pessoal que, em conjunto com o Planejamento Estratégico, viabiliza-se através desta entidade. Trata-se do desenvolvimento de lideranças empresariais, formadoras de opinião pública, que tanto nos falta no Brasil. Acredito que assim também estaremos dando um passo importante para o fortalecimento da categoria". Esse grupo trabalhou durante os últimos seis anos, continuamente, em treinamentos que foram desde o amadurecimento individual até o trabalho em equipe e atividades em conjunto com entidades empresariais, para aprimoramento da visão coletiva. Através dessa iniciativa, já surgiram o DL2 e o DL3, mostrando a importância e o interesse que o setor e a região têm em relação ao tema. Atualmente, os integrantes do DL1 (Caroline Costella Foerth, Caroline Vargas, Daiane Schmidt, Jacqueline Mariani, Marcelino Barth, Marcelo Mariani, Marlos Schmidt, Rafael Copé Heller, Sofia Copé Heller Michel e Vanessa
Schmidt,) já participam de diretorias de entidades, conselhos consultivos SESI e SENAI, diretoria e conselhos temáticos da FIERGS. Essas participações fizeram o grupo ver a importância de não somente estar presente nas reuniões, mas assumir posição sobre os assuntos abordados. O relato dos próprios integrantes do DL1 demonstra o legado que este grupo pretende deixar para o setor industrial. Marcelino Barth - Viva Cor - “Já executamos grandes trabalhos no Conselho do SESI - SENAI, em nossos diversos comitês, como RH, Valemetalsinos e Lean, entre outros; reuniões de diretoria do SINDIMETAL; conselho COPEMI; e negociação coletiva. Acredito que os conselhos do SESI e SENAI, com integrantes do DL1, se diferenciam dos demais. Este, na minha opinião, é o maior legado deixado para o SINDIMETAL”. Caroline Vargas – CCV - “Nosso comitê, sendo pioneiro e bem estruturado, provocou que mais líderes fossem em busca do desenvolvimento, dentro do setor. Iniciamos o 'plantio de um futuro', onde poderemos contar com lideranças preparadas para o fortalecimento da nossa indústria”. Daiane Schmidt – ERPS - “Uma
Artigo
grande vitória foi a aproximação da indústria nos conselhos do SESI/ SENAI, através de conselheiros ativos, capazes de fomentar necessidades de mudanças. Hoje colhemos resultados positivos”. Para a indústria evoluir e voltar a ser representativa no País, é necessário que as pessoas se envolvam, encontrando soluções para o coletivo. Muito mais do que estar presente, com uma visão individualista, apenas obtendo informações, devemos buscar alinhamento e posicionamento para as pautas prioritárias do setor. Nesse sentido, entendemos como fundamental o fortalecimento de iniciativas, que possibilitem a construção de um setor mais forte e valorizado, sendo representado por lideranças, que tenham a visão coletiva e de futuro da indústria. O Comitê de Lideranças – DL1 registra um agradecimento especial ao IEL e ao SEBRAE, entidades que propiciaram ao DL1 e, atualmente, ao DL2 e DL3 capacitações extremamente qualificadas, sempre com uma visão associativa.
Marlos Schmidt e Sofia Copé Heller Michel – DL 1
Vivência entre líderes no SESI em Portão
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s membros do DL2 estiveram reunidos para o encontro de encerramento das atividades, deste ano, no dia 26 de novembro. A vivência ocorreu no CAT do SESI, em Portão, reunindo os integrantes do comitê. Participar do DL2 está sendo uma excelente oportunidade para o desenvolvimento e crescimento profissional e pessoal. “Sempre discutimos a importância da ética no cumprimento de nossas funções buscando melhores resultados dentro das empresas, nunca se esquecendo da responsabilidade social, que devemos exercer dentro e fora dela”, afirma Carlos Reis, da Metalúrgica Preciuse. “As capacitações são orientadas por excelentes profissionais, onde de forma objetiva reforçamos os valores e trocamos experiências assertivamente, na busca pela formação de líderes melhores para um futuro próspero, buscando for-
talecer a indústria e suas instituições”, destaca. Milena Pedroso, da Transmaq, entende o DL2 como um laboratório, no qual são testadas ferramentas e metodologias visando formar e preparar futuros líderes para o meio industrial. “Ao longo destes quase três anos, realizamos visitas às entidades do Sistema S e à FIERGS; assistimos palestras; recebemos capacitações e desenvolvemos trabalhos, que mesclaram três focos: o interno, o outro e o externo”, cita Milena. “No foco interno, entendemos que para alcançar um nível estratégico é necessário o aprofundamento no autoconhecimento, bem como, compreendermos a importância do outro, visando facilitar as ligações, a comunicação e a empatia com os indivíduos que nos relacionamos”, justifica. Para Milena, o foco no externo nos ajuda a navegar no mundo que nos cerca: a empresa, o mer-
cado, os parceiros, os cenários social, político e econômico. “Neste grupo, percebemos que trabalhar e desenvolver cada um destes focos é fundamental para encontrarmos um equilíbrio com o qual possamos ser ao mesmo tempo produtivos e felizes”, argumenta. “Temos que nos reinventar, aproveitar as oportunidades como esta para interagir, trocar, questionar e inovar. Ressalto, também, a condução de Maria Zeli Stelmack, que neste último um ano e meio transformou os encontros do DL2 em desafios, fomentando a mudança pessoal de cada participante, e consequentemente, fortalecendo o nosso desempenho dentro das empresas”, afirma. “Em março de 2014, saímos de nossa zona de conforto para o crescimento. Com toda a certeza, neste final de ano, estamos melhores do que quando iniciamos. Obrigada DL2”, conclui Milena.
Raio X
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Instituto SENAI de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica COM A PALAVRA, o diretor Victor Gomes 1 – O que o Instituto oferece? Imagine um ambiente com modernos recur sos tecnológicos (máquinas, robôs, software etc.) e pesquisadores em diversas áreas de engenharia, atuando diariamente em desenvolvimento de soluções para a indústria brasileira, em parceira com universidades e outros centros de pesquisa. Neste mesmo local multidisciplinar há a possibilidade da transferência de conhecimento, por meio da capacitação em ferramentas e em processos demandados pela indústria, além da oferta de cursos técnicos de excelência. Esse é o Instituto SENAI de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica (ISI SIM), localizado na Av. Getúlio Vargas (BR 116), nº 3239, em São Leopoldo. O ISI SIM foi concebido, como uma expansão do ambiente de negócio do Centro Tecnológico de Mecânica de Precisão CETEMP, estabelecido desde 1983, e absorveu também o Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas SENAI – CETA, criado em 1999. Por meio dessa junção de recursos humanos e tecnológicos, e com investimentos de cerca de trinta milhões de reais para infraestrutura laboratorial, formou-se em São Leopoldo um polo, que contempla as áreas de conhecimento relacionadas a processos de fabricação mecânica, projetos de equipamentos e sistemas de tecnologia embarcada. No que se refere à Educação Profissional, o diferencial é a possibilidade de imersão do estudante em um dos ambientes de inovação mais promissores do País, o que resulta na formação singular de técnicos especializados, mas também com perfil empreendedor, orientados para a aplicação de ferramentas e métodos de ideação e colaboração interdisciplinar. Cursos disponíveis: Mecânica, Eletroeletrônica, Automação, Eletrônica, Mecatrônica, Qualidade e Segurança do Trabalho. Laboratórios de Pesquisa: Fabricação - Orientado para projetos de equipamentos e para a execução de processos de fabricação. Manufatura Avançada - Desenvolve
equipamentos e processos inteligentes, atuando nas premissas da Indústria 4.0. Destaca-se o robô colaborativo capacitivo KUKA Iwwa, sendo este o único na América do Sul. Tecnologias de Interação - Desenvolve equipamentos e dispositivos para a área da saúde, além de análises de movimento e ergonomia. Metrologia - Atua na área de ensaios mecânicos, químicos, calibrações e metrologia dimensional. Makerspace – Espaço de Inovação Aberta, colaborativo, para potencializar a par ticipação de empreendedores, startups, pequenas empresas e desenvolvedores . 2 – Qual a absorção no mercado? Atualmente, o Instituto SENAI de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica (ISI SIM) executa 28 projetos com a indústria gaúcha e nacional, por meio de contratação direta e diferentes instituições de fomento, como FINEP, Edital SESI-SENAI de Inovação etc. Como possui processos e máquinas de vanguarda, e competentes especialistas, algumas soluções de processos são únicas no Brasil. As principais áreas de concentração dos projetos são: • Tecnologias para sensoriamento remoto, aplicadas à agricultura de precisão– desenvolvimento de módulos e equipamentos para controle e mecanização de processos agrícolas. • Soluções em conectividade (M2M) e robótica colaborativa – novos
produtos e equipamentos para monitoramento, transmissão e tratamento de dados em ambientes fabris e biomédicos. • Soluções customizadas em mecatrônica e robótica para o desenvolvimento de máquinas e equipamentos de manufatura industrial. Na área de educação, com a aproximação de empresas do Instituto, tanto para a realização de projetos quanto para participar de atividades de situações de aprendizagem, a consequência é a maior visibilidade dos profissionais em formação. A inserção dos alunos no mercado de trabalho também se dá por meio de estágios nas empresas e das denominadas situações de vivência profissional, pertencente aos currículos dos cursos técnicos. 3 – Que projetos estão em andamento? De inovação tecnológica, em parceria com renomadas indústrias da região: Sistemas para movimentação de cargas em armazéns; robôs para inspeção de locais perigosos; vestimentas para geração de energia; veículos de transporte individual; máquinas para corte automático de couro; equipamentos para prototipagem rápida; equipamentos para geração de energia eólica urbana; equipamentos para monitorar a cadeia do frio e dispositivos para supervisão logística de pneus de caminhões. Interessados em obter mais informações poderão contatar através do fone (51) 3904-2690.
Vista parcial do Instituto SENAI
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A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO DO TRABALHO
U
ma etapa importante do processo judicial trabalhista é a fase de instrução, oportunidade em que é efetuada a produção probatória para auxiliar o Juízo Trabalhista a proferir uma decisão quanto ao mérito dos pedidos formulados. A produção de provas se restringe aos fatos controvertidos, relevantes e determinados, no processo. Registra-se, entretanto, que o artigo 374 do Novo Código de Processo Civil aponta que estão excluídos da produção de provas os fatos notórios, os incontroversos, confessados pela parte contrária, irrelevantes para a decisão do juiz e aqueles que em cujo favor milita presunção legal de existência ou veracidade. De outro lado, e segundo o artigo 818 da CLT, combinado com o ar tigo 373 do Novo Código de Processo Civil, incumbe a produção de prova à parte que fizer as alegações no processo. O novo diploma processual civil ainda aduz que “o ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”, ou seja, declinando a quem compete produzir as provas. Ocorre que, em algumas oportunidades e dependendo de condicionantes, opera-se a inversão do ônus da prova. Este instituto processual deve ser examinado e eventualmente deferido à parte em razão da ausência de capacidade técnica, jurídica ou econômica para a produção dos elementos probatórios. Ainda, ocorre a inversão do ônus probatório quando a parte contrária possui maior aptidão para a sua produção. Oportuno registrar que a CLT é omissa nesse aspecto, sendo aplicável a inversão acima referida de acordo com previsão no Código de Defesa do Consumidor, a partir do inciso VIII do
artigo 6º (“São direitos básicos do consumidor: VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;”). Com a entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil, o parágrafo primeiro do artigo 373 também consagrou a possibilidade de produção de provas consoante alguma peculiaridade do processo, inclusive com a inversão do ônus probante (“§1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.”). Ademais, no Processo Trabalhista a doutrina moderna indica que deve provar aquele que estiver apto a fazê-lo, independentemente de ser autor ou réu, ou seja, aplicando-se o princípio da aptidão para a prova. Isso implica em inverter em considerável número de ocasiões o ônus da prova em benefício do empregado, já que, ao menos no que diz respeito à prova documental, normalmente seria o empregador a possuir os meios de convencer o Juízo Trabalhista. Contudo, em algumas hipóteses a Justiça do Trabalho já consagrou a inversão do ônus de provar, independentemente de quem fizer a alegação em Juízo: 1) Súmula nº 6 do TST EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT - VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial.
2) Súmula nº 212 do TST DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA - O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. 3) Súmula nº 338 do TST JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA - I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. 4) Súmula nº 460 do TST VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA. - É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício. Conclui-se, portanto, que dada a evolução do Direito Processual do Trabalho, cada vez mais precisará o empregador atentar aos fatos ocorridos no curso nas relações de trabalho em que figura como parte, mormente porque em diversas hipóteses poderá recair sobre si o ônus probatório de situações controvertidas e ventiladas em processos judiciais. Isto é, a gestão das relações do trabalho e a produção e guarda da documentação envolvida é de suma importância para um melhor desempenho da defesa da empresa perante a Justiça do Trabalho.
Advogado integrante da equipe de profissionais do escritório Garcez Advogados Associados – Assessoria Jurídica do SINDIMETAL, na área Tr a b a l h i s t a , A m b i e n t a l e d e Representação Comercial.
“O associativismo só tem sentido quando se desenvolve tendo como referência a Liberdade - Democracia – Criatividade – Solidariedade – Participação”.
Jurídico Trabalhista
Jurídico Tributário
Espaço SINDIMETAL | Nº61 • 12
DESINDUSTRIALIZAÇÃO: precisamos refletir sobre todas as causas
O
ano em curso caminha para o fim como se fosse uma simples sucessão de dias insensatos. As paixões exacerbadas conspiram contra a necessária racionalidade, enquanto atônitos assistimos a fatos diários, que causam efêmero escândalo. O ocorrido na semana que passou, pouco já importa; o ocorrido ontem está em vias de seguir o mesmo destino. Revistas semanais e jornais diários caminham rapidamente para o ostracismo. Nunca estivemos tão conectados e fomos portadores de tantas opiniões sobre os mais diversos assuntos. Via de regra, porém, a certeza é proporcional à ignorância sobre aquilo que se acredita ter profundo conhecimento. A informação buscada à exaustão rouba paulatinamente a capacidade de refletir sobre ela, especialmente quando esta busca produz uma ilusória segurança, a qual impede de se perceber que, ao tudo saber, pouco se sabe. Como se Sócrates – o filósofo – não tivesse deixado o seu principal legado à humanidade, acerca dos limites da condição humana. Neste cenário, não há como ocupar-se de causas e problemas que correspondam a uma mudança apta a causar impacto nos alicerces que ora sustentam a realidade, nem com situações cujos impactos não sejam verificáveis nesta verdadeira “eternidade do presente”. Assim, parece que estamos condenados a sobreviver a esta primavera de 2016, que de novo trouxe apenas o calor de volta, o qual, pelo menos, cumpre com sua inútil função de permitir que, embora dentro do caos, haja espaço para se comentar sobre o tempo. Não obstante, precisamos refletir sobre temas cruciais. Entre eles, o setor produtivo da economia não pode se furtar de enfrentar a questão da desindustrialização, com todos seus nefastos efeitos. Entre suas
conhecidas causas (câmbio, burocracia, juros, crédito, produtividade, tributação, etc.), poderia se incluir a questão do investimento em tecnologia de produção e os mecanismos fiscais de incentivo. Não se ignora, pois, a existência de legislação que estimula a inovação (Lei do Bem em especial). No entanto, também não se ignoram os pífios resultados pragmáticos da aplicabilidade do arcabouço jurídico voltado para tal fim. O entusiasmo inicial arrefeceu, sendo que, em muitas situações, o velho “jeitinho brasileiro” voltou a aparecer, mediante a “venda” de ideias infundadas acerca da fruição dos benefícios, tornando o setor produtivo novamente vítima de algo pensado em seu favor. Com todo o risco que isso significa, é possível sustentar que, antes de se pensar em inovação – no sentido exigido pela lei – há de se estimular o investimento em tecnologia (equipamentos, automação, robotização etc.). O custo suportado pela indústria com a implementação de uma verdadeira “revolução tecnológica”, na forma de se produzir bens e mercadorias, pode ser neutralizado com estímulos fiscais que sejam eficazes para tanto. Embora já existam incentivos dessa natureza, tratam-se de normas pouco conhecidas, complexas, cuja aplicabilidade tem gerado tímidos resultados. O que se percebe – ressalvados inúmeros casos que aqui não podem ser devidamente relatados – é que o modo de produzir evoluiu de uma forma lenta, desde o fim do século passado, comparativamente a outros países. Não há como alcançar a almejada produtividade, sem maciços investimentos em tecnologia da produção, aliado ao enfrentamento a históricos problemas de formação educacional dos trabalhados. Não bastasse a inexistência de estímulos eficazes, a legislação fiscal a
e política econômica colaboram para desencorajar investimentos no setor produtivo. Entre outras causas, com a não tributação de dividendos e incidência do imposto de renda e contribuição social sobre o resultado apurado, criou-se um claro estímulo à partilha do resultado entre os sócios/acionistas, em detrimento do reinvestimento. Trata-se de uma forma pouco usual em outros países, tendente a descapitalizar a empresa e represar o gasto voltado à tecnologia. Não se justifica, pois, a tributação do resultado apurado quando este venha a ser reinvestido na própria produção. Por sua vez, a política econômica adotada, faz algum tempo, prioriza dois elementos que são letais ao setor produtivo: juros altos (exorbitantemente altos!) e câmbio apreciado. Difícil convencer alguém que deva investir em novas tecnologias, quando o setor financeiro garante os maiores juros do mundo, à custa de uma carga tributária iníqua. Ou ainda, parece insano captar recursos para investimentos, suportando taxas internacionalmente insanas e incompreensíveis. Um dos efeitos nefastos dessa política é a apreciação artificial do real frente ao dólar, o que, se de um lado, produz a ilusória sensação de viajar e comprar barato no exterior, por outro, resulta um irrefreável estímulo às importações e, por óbvio, um desestímulo à produção voltada ao mercado externo. Precisamos, pois, refletir sobre isso. Não há país desenvolvido – econômica e socialmente – sem que haja uma indústria forte e sustentável no tempo.
Advogada da equipe Buon & Furlan Advogados Associados I Assessoria Jurídica do SINDIMETAL, na área Tributária.
Ação
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Seminário Eficiência Energética apresenta boas iniciativas
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entro de 20 anos, as energias renováveis ultrapassarão fontes fósseis, como o carvão e o gás natural, na geração global de energia” é o que indica a edição 2016, do estudo Energy Outlook (NEO) elaborado pela Bloomberg New Energy Finance. A pesquisa prevê um investimento vultoso de US$ 7,8 trilhões de dólares em fontes eólica, solar e biomassa até 2040, superior aos destinados às energias fósseis. A informação foi enfatizada pela engenheira Química, Ana Cristina Curia, da Bee Assessoria e Consultoria, assessoria técnica ambiental do SINDIMETAL, que atuou como mediadora durante o Seminário Eficiência Energética: oportunidades em tempos de crise. O evento ocorreu no dia 25 de novembro, das 8h30min às 11h, na sede do SINDIMETAL. Eficiência energética: produzindo mais com menos foi o tema apresentado
por Arthur Denicol Ceratti e Marcelo Albuquerque, ambos do SENAI. Mas afinal, o que é eficiência energética? Segundo o Instituto Nacional de Eficiência Energética, a mesma é obtida dividindo-se o total de energia útil (aquela necessária a um processo) pelo total de energia consumida. No momento em que uma organização decide ser mais eficiente, no seu uso da energia, seja ela qual for (térmica ou elétrica), estará tratando de eficiência energética. Existem muitas formas de racionalizar o consumo de energia nas
empresas. A otimização do uso de máquinas e equipamentos; a utilização de lâmpadas mais econômicas; posicionamento solar no inverno e no verão, buscando o correto direcionamento das janelas e a busca pela melhor utilização do vento dominante; conforto térmico; a distribuição da carga elétrica, para evitar sobrecarga; e a colocação de detector de vazamento de energia na rede foram alguns indicativos mencionados pelos palestrantes. A programação seguiu com a divulgação de cases de sucesso.
Tema despertou interesse
Cases STIHL - Os Resultados do Programa Eficiência Energética de 2015, a cargo de Rafael Denardin Szabo, traduzem bem a impor tância da campanha de conscientização realizada entre os funcionários sobre os desperdícios de energia. ”O envolvimento e comprometimento de todos foi essencial para atingir os resultados esperados”, reforça Rafael. Com a meta de reduzir 3% do consumo de energia gasta em 2014, foi realizado um processo de modernização no sistema de iluminação dos prédios industriais, assim como implantada uma logística de substituição de lâmpadas convencionais por Led, representando uma redução no custo e aumento de iluminação com mais uniformidade. Outra medida foi colocação de sensores, assim como o ajuste nos tempos de desligamento dos motores. A meta, em 2016, é reduzir em 11% a conta de energia. Para isso, estão revendo equipamentos; utilizando gás natural; alterando o sistema de água quente no vestiário; reduzindo a pressão da água de resfriamento e investindo na automação do sistema de ar comprimido em alguns processos.
GEDORE - Eficiência Energética por meio da implantação de lâmpadas Led e melhorias no uso de compressores de ar foi o tema a cargo de Alexandre Silva. A meta foi racionalização de recursos, sem a necessidade de adquirir novas máquinas, tendo presente a preservação do meio ambiente e a diminuição da necessidade de manutenção. Entre as medidas, houve a implantação de lâmpadas Led; operação vazamento zero de ar; revisão dos compressores e a migração para o mercado livre de energia. Como o tempo de utilização dos compressores varia, instalaram uma placa de controle e medição de cada compressor, alterando a sequência e realizando monitoramento. Um dos compressores fica constantemente desligado, mas conforme a demanda pode ser acionado. A partir de um projeto luminotécnico houve também redução no consumo de energia. SINDIMETAL - Encerrando as apresentações, o secretário Executivo do SINDIMETAL, Paulo Roberto Ziegler exibiu o case sobre Redução no consumo de energia. Na ocasião, explicou que a
motivação para o trabalho de redução do consumo de energia ocorreu em 2014, quando foram unificadas as contas da entidade. Em 2015, ao analisarem o consumo, constataram que os aparelhos de ar condicionado central dos ambientes e as lâmpadas incandescentes, nos estacionamentos, eram prioridade pelo consumo que geravam. Sendo assim, foram substituídos alguns aparelhos por splits e os holofotes por Led's. Neste ano, buscando reduzir ainda este consumo de energia para a entidade, foram substituídas as luminárias incandescentes e fluorescentes por Led, inclusive fitas e outros holofotes, além de colocados sensores regulados para um menor tempo de iluminação. Para 2017 e 2018 estão em estudo novas ações assim como a continuidade das já implementadas. Após o debate sobre o tema, os participantes prestigiaram as exposições das instituições financeiras, Banco do Brasil, BRDE, Santander e Sicredi; com linhas de crédito; e das entidades SEBRAE, SENAI e Unisinos, que apresentaram serviços disponíveis para a área de Eficiência Energética.
“Juntos podemos conseguir muito mais que isolados”.
Ação
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6ª Corrida Rústica e 3ª Caminhada do Trabalhador no encerramento da SIPAT Comunitária
V
isando promover a saúde, fomentar o esporte e uma vida saudável, foi realizada a 6ª Corrida Rústica e a 3ª Caminhada do Trabalhador, no dia 05 de novembro. A ação integrou a SIPAT Comunitária, organizada pelo SINDIMETAL, SESI e os sindicatos parceiros, SINDARTCOURONH, SIC-NH e SINMAQSINOS, juntamente com as empresas Altus, AMCM, Bio Engenharia, BKS, Copé, Daniel, Delai, Erps, Formaf, Higra, Himaco, HT Micron, Imobras, Infasul, Kehl, Krupp, Leitz, Lorscheitter, Loth, Maquetec, Mecsul, Metalsinos, Metalthaga, Projelmec, Rexnord, Rijeza, Rodatech, Stihl, Tchocco, Teikon, Transmaq, Weatherford, Weber e Wietti. Às 8h30min, no CAT SESI, em São Leopoldo, teve início a caminhada, com 23 pessoas, totalizando 3 km, e às 9h, foi dada a largada para a corrida, com 135 participantes, que somou 5 km. O trajeto seguiu pela Av. São Borja até a entrada da empresa Rexnord, onde foi efetuado o retorno ao ponto de partida. O aquecimento para as duas atividades foi coordenado pela orientadora de atividades físicas do SESI, Andreza de Paula. Entre os participantes, esteve o vice-presidente do SINDIMETAL, Leonardo Pedroso Filho, diretor da Transmaq, que participou da caminhada, juntamente com 10 colaboradores da empresa, presentes nas duas modalidades. O diretor Executivo da entidade,
Corredores de todas as idades
Valmir Pizzutti, classificado em segundo lugar, na categoria Masculino, com mais de 61 anos, também prestigiou a atividade, assim como a empresa Stihl, que recebeu o troféu de maior equipe, com 106 participantes inscritos. Para o vice-presidente do SINDIMETAL, Leonardo Pedroso, a Transmaq está integrada às atividades e aproveitou muito esta manhã. “A estrutura do evento foi bem organizada, oportunizando momentos de descontração e de incentivo para uma vida mais saudável”, registrou. Segundo Tamires Almeida, técnica de Segurança do Trabalho da Stihl, a atividade é uma ação muito positiva, pois possibilita que as empresas e seus trabalhadores se integrem, promovendo a saúde e a prevenção igualmente no
ambiente de trabalho. “Incentivamos e promovemos várias ações na empresa em prol da saúde e da qualidade de vida e contamos com a participação de mais de 90% dos trabalhadores, que participam regularmente da ginástica laboral”, afirma Tamires. Todos os inscritos foram premiados com a medalha de participação. Além disso, os vencedores da Corrida Rústica receberam troféus conforme sua categoria: Geral Masculino (1º ao 3º lugar); Geral Feminino (1º ao 3º lugar); Campeões por categoria e medalhas (2º ao 5º lugar). A atividade também contou com o apoio do Grupo de Escoteiros Cruzeiro do Sul, da Guarda Municipal de São Leopoldo e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Atividades na região A SIPAT Comunitária 2016 foi realizada em dois ciclos; o primeiro iniciou no dia 16 de maio, até o dia 24 de junho e o segundo, ocorreu de 29 de agosto a 28 de outubro, incluindo, a rústica de encerramento, que integrou todas as empresas participantes. A atividade atendeu as áreas metalmecânica, calçados e artefatos de couro, durante nove semanas nos municípios de Alto Feliz, Araricá, Esteio, Novo Hamburgo, São Leopoldo, São
Sebastião do Caí, Sapiranga e Sapucaia do Sul. A partir de reuniões sistemáticas, para definição das diversas ações, a comissão organizadora da SIPAT Comunitária formatou em conjunto uma programação, que incluiu atividades voltadas à saúde, segurança e meio ambiente. Segundo o diretor Executivo do SINDIMETAL, Valmir Pizzutti, esta ação, que regularmente deve acontecer nas empresas, propicia um ambiente de
troca de experiências, busca reduzir custos, além de opor tunizar aos trabalhadores a par ticipação em atividades voltadas à preservação da vida, bem como despertar a importância da adoção de uma consciência e conduta de prevenção. Empresas interessadas em mais informações sobre esta ação, para adesão em 2017, podem contatar através do fone (51) 3590-7708.
Cadastro Cadastro Cadastro Cadastro
M
antenha sempre atualizado os dados da sua empresa como endereço, contatos, e-mails, telefones e nº de funcionários, através do e-mail relacionamento@sindimetalrs.org.br ou junto ao site www.sindimetalrs.org.br.
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Visita técnica na Mostratec Comitê do SINDIMETAL
R
epresentantes do comitê Valemetalsinos, do SINDIMETAL, realizaram, no dia 25 de outubro, uma visita técnica à Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), nos pavilhões do Centro de Eventos da Fenac, em Novo Hamburgo. Desenvolvida, anualmente, pela Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha. Segundo o secretário Executivo do SINDIMETAl, Paulo Ziegler, “conhecer os projetos destes jovens, devidamente orientados por seus professores, principalmente os voltados para as áreas técnicas e de Engenharia, e que podem ser desenvolvidos por nossas indústrias, é um incentivo para pensarmos no que pode ser feito a partir das ideias geradas. Existem projetos inovadores, que devem ser avaliados por investidores e empreendedores. A carreira destes jovens deve ser incentivada e apoiada, pois, certamente, poderão estar atuando em nossas empresas em pouco tempo”, destaca Ziegler. REUNIÃO - O grupo de empresários do Valemetalsinos esteve reunido com o coordenador geral da 31ª Mostratec, Paulo Renato Thiele, e com o professor Ramon Fernando Hans, ambos entusiasmados com o número recorde de trabalhos apresentados nesta edição.
Entre os objetivos deste encontro, o destaque foi a busca de soluções, que possam ser desenvolvidas pelas empresas, com relação a novos produtos, além de futuras parcerias, para estágios, motivando, quem sabe, o ingresso de jovens na indústria metalmecânica. Para o coordenador do comitê, empresário Pedro Paulo Lamberty, diretor da Lamaço, a iniciativa foi muito proveitosa. “Fiquei emocionado ao perceber o entusiasmo destes jovens cientistas, apresentando os seus trabalhos com seriedade e convicção, trazendo inovação e praticidade, através de soluções criativas”, enfatizou Pedro. Ex-aluno da Fundação Liberato, o empresário Giuliano Hoffmann, diretor da Spheric, sente-se orgulhoso de já ter
par ticipado da Mostratec. “ Tive a satisfação de ser premiado, em 1998, com o trabalho Rastreador de Satélites, e participei da Feira Internacional de Ciências e Engenharia (Intel ISEF), no estado do Texas, no Estados Unidos, voltada para jovens cientistas”. A experiência foi inesquecível, relata Giuliano. “Inclusive, foi decisiva para que a Spheric conseguisse um contrato com uma empresa americana, que permanece até hoje”, destaca. Par ticiparam da visita e da reunião com os integrantes da Fundação Liberato, as seguintes empresas associadas ao SINDIMETAL: Alu-Cek, CRK, Ifla, Lamaço, Metalúrgica Mariani, RD-Flex, Spheric, Sebras e Transmaq, além do parceiro SEBRAE.
Comitê visita a feira
Ferragem e Estamparia Nissola
A
iniciativa pioneira de fabricar roldanas e acessórios para serralheiros motivou os sócios Marelena Vijagran Nissola e Nei César Nissola a fundar, em 1983, a Ferragem e
Estamparia Nissola, com sede em São Leopoldo. Em comemoração a trajetória de 33 anos (1983-2016), vivida pela empresa, serão realizadas promoções semanais de
roldanas. Entre em contato através dos telefones 3592-1438 e 3589-8143 e confira.
Fonte: Nissola
Novidades na culinária gaúcha
A
Wietti Metalúrgica está lançando a sua nova marca ARMA ZÉM DO CAMPEIRO. Trata-se de um site e-commerce especializado em utensílios para culinária. Dentre eles destacam-se panelas de ferro fundido, esmaltados, espetos, grelhas, churrasqueiras convencionais e rotativas. Todo o mix de
produtos foi pensado e elaborado para auxiliar chefs de cozinha, além do cozinheiro do dia a dia. Com um conceito inovador, o novo negócio está tendo uma aceitação em larga escala. “O público está aprovando a iniciativa, através do feedback que estamos recebendo”, destaca a diretora Rubiana Wiest.
Os projetos para o futuro já estão em andamento e muitas surpresas virão, “Através de pesquisas de mercado e de novas parcerias estamos desenvolvendo novos utensílios com foco na praticidade do dia a dia dos cozinheiros, sejam eles profissionais ou amadores”, enfatiza. Acesse o site e confira as novidades www.armazemdocampeiro.com.br. Fonte: Wietti
“As organizações que não dedicam tempo para (re) definir a sua estratégia tornam-se, na sua maioria, ineficientes...“
Comitê/ Mercado
Espaço SINDIMETAL | Nº61
Vitrine
30 ANOS COMPROMISSO COM A QUALIDADE
E
specializada no desenvolvimento e na produção de metais para os mercados calçadista, moveleiro e de confecção, a Metalsinos iniciou as suas atividades oficialmente, no dia 1º de fevereiro de 1987, em Sapiranga. Jorge Metzger, diretor Comercial da empresa, no início da carreira, queria ser um dos melhores vendedores de componentes de calçados da região. Para concretizar o seu sonho, trabalhou com muita persistência. Com o tempo, o que parecia inatingível, foi realizado. “Lembro o quanto foi difícil conseguir uma oportunidade de trabalho na área. Fiquei mais de um ano buscando a vaga junto a um empresário, que tinha como modelo em vendas”, recorda. “Aceitei vender cera para assoalho e nas horas vagas também vendia óleos automotivos e fui ganhando espaço”, afirma. Com o tempo, “passei a trabalhar com comércio e representações, revendendo estoques de calçados, mas sempre me identifiquei muito com metais”. Conhecendo de perto o mercado e com uma boa rede de contatos, Jorge verificou que existia carência na fabricação de metais para calçados. Nascia assim a Metalsinos, cuja primeira produção foi alma de aço estampada, além de fivelas. Forte na área Comercial, o diretor vislumbrou possibilidades promissoras e iniciou o trabalho com calçados, cintos e bolsas. A diversificação de produtos e uma boa estrutura montada contribuíram para efetivar a matrizaria, área de injeção e galvânica. Com o apoio do sócio Ariberto Wagener, diretor Industrial, foi sendo ampliada e solidificada a marca. Em 1994, adquiriram uma área em Araricá, onde foi
instalado um moderno parque industrial. A Metalsinos passaria de 150m², para quase 6 mil m² construídos, em mais de cinco hectares. A partir de 1999, a empresa começa a trabalhar em projetos de design para puxadores de móveis, coordenados por equipes de pesquisa e desenvolvimento. Ousados, participaram no ano de 2000, da primeira feira, a Mercopar, em Caxias do Sul, com apenas três modelos de puxadores. “Os resultados foram ótimos”, afirma Ariberto, consolidando a empresa no mercado. Assim, inspirado nas principais tendências mundiais, passaram a disponibilizar aos clientes uma variedade de puxadores exclusivos, com ampla variedade de cores, acabamentos, formas e materiais, seguindo o conceito de design funcional.
Lançamento internacional A Metalsinos está sempre em busca de novas tendências, através da participação nas principais feiras do setor, favorecendo a interação com o mercado. Já em 2006, a injeção do plástico começou a ser um novo nicho a conquistar. “Em 2010, viajei com o Jorge para a Itália para conhecer de perto a metalização e ficamos encantados com as infinitas possibilidades que traríamos para a empresa”, relata Ariber to. “Foi um investimento alto, mas que vinha ao encontro da filosofia da empresa de ser ecologicamente correta”, salienta. Inovadora e comprometida desde sempre com o meio ambiente, é pioneira na região quanto a utilização da metalização em substituição ao processo galvâni-
www.metalsinos.com.br
co. Atualmente existem seis equipamentos no Brasil, sendo que dois estão na Metalsinos. A empresa atua com foco no Estado, mas possui uma importante carteira de clientes no Brasil e vem consolidando a sua posição de destaque e expansão no mercado nacional e nas exportações. Atendendo cerca de 80% a linha metal e plásticos; 15% o setor moveleiro e 5% outros segmentos, recentemente, a Metalsinos passou a investir na área tecnológica. O novo produto, já divulgado na TV Globo, através do programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios, é inovador. Trata-se de uma capa de celular com proteção antimicrobiana e mais resistente na queda dos aparelhos. O Gatche, como é denominado, já está sendo produzido na empresa e comercializado nos Estados Unidos, assim como no Rio Grande do Sul. Sobre o futuro da Metalsinos, Jorge, que também conta com Vanessa Metzger, integrante da diretoria; e Lígia M. Rocha Juchum, contadora da empresa, afirma que 'a casa' tem que prosperar e não depender do idealizador. “O foco agora é retribuir a oportunidade que recebi da vida e soube aproveitar. Desejo continuar inovando, buscando alternativas para oferecer produtos de qualidade”, registra. “Crescer com ética, mantendo valores, sem a ambição de ocupar espaços, mas trabalhando pautado na justiça, na coerência e na boa convivência. Assim, o sucesso será uma feliz consequência”. Parabéns à direção e equipe pelos 30 anos bem sucedidos. Vida longa para a Metalsinos!
Encarte Especial
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Boa música na apresentação cultural de final de ano do SINDIMETAL
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Rodrigo Soltton
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almas e mais palmas marcaram a a p re s e n t a ç ã o d o c a n t o r e pianista Rodrigo Soltton, de Bento Gonçalves. Único artista da América Latina capaz de levar para qualquer ambiente seu piano Cristal, criado e desenvolvido em alumínio e acrílico, sendo completamente transparente. Rodrigo Soltton 'canta com a alma' e 'toca com paixão' traduzindo sentimentos, através da música. Apresentando um repertório impecável, interagiu com o público e destacou a atuação do sindicato, nestes 60 anos de existência. “Vocês trabalham pelo coletivo com excelência, empregando muita gente e contribuindo para o desenvolvimento industrial”, destaca. Na sequência, ocorreu o Jantar de Confraternização de Final de Ano da entidade, ocasião em que todos foram saudados pelo presidente do SINDIMETAL, empresário Raul Heller, que enfatizou o amor que a equipe tem pela entidade. “Tudo o que conseguimos é através deles,
que colocam em prática os nossos projetos e necessidades”, afirmou. Contextualizou também a respeito de economia, história e política e reforçou a importância de acreditarmos na democracia, “pois ela somente se desenvolve através do seu exercício permanente”. Ao final, o advogado Cláudio Garcez, conduziu o brinde com espumante, destacando que embora o País esteja passando por uma crise econômica, moral e de liderança, aqui temos um representante, que contribui para que o sindicato siga respeitado pelo seu empreendedorismo. “Um brinde especial pelos seus 60 anos, SINDIMETAL!” ATUAÇÃO - A história do S I N D I M E TA L , re c o n h e c i d o c o m o sindicato em 28 de dezembro de 1956, se entrelaça com a trajetória da área metalmecânica no Rio Grande do Sul. Este pioneirismo, permeado por diversos desafios e pela dedicação de alguns visionários, tem sido o combustí-
vel das lideranças empresariais do setor. É por isso que festejamos os 60 anos de existência do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo, que orgulhosamente encontra-se entre os mais representativos do País. O SINDIMETAL possui papel importante nas negociações sindicais, que resulta nas Convenções Coletivas de Trabalho. Mas, nestes 60 anos, tem caminhado além, buscando sempre o desenvolvimento das empresas que representa. Entre tantas ações e projetos, disponibiliza a prestação de serviços nas áreas Jurídica Trabalhista, Tributária, Ambiental e de Representação C o m e rc i a l ; Pe r í c i a e m C á l c u l o s Trabalhistas; Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho; Planejamento, Controladoria e Contabilidade Fiscal; e Técnica Ambiental, por meio de suas Assessorias. Acompanhe sempre as atividades através do site www.sindimetalrs.org.br.
Fotos: Tiago da Rosa