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ão os quem s a r fi n o C strantes 18 pale NJAI do XX E 4 e 5 Página
as ornalist j s o d 40,3% ham s trabal a o r i e l i s bra mídi fora da 6 e 7 Página
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XX ENJAI
Fortaleza sedia o principal fórum nacional de assessores de imprensa do Brasil Trezentos jornalistas, professores e estudantes de jornalismo são esperados para debater no Ceará a credibilidade da informação jornalística na era da comunicação digital
crises e da imagem, comunicação organizacional, recursos tecnológicos de comunicação jornalística, transformações para o mundo virtual, assessoria sindical e o cenário da assessoria de imprensa na América Latina.
Plenária discute conjuntura e capacitação | Ao final do evento, de-
A
Capital do Ceará sedia, de 1º a 3 de outubro de 2015, o principal fórum nacional de debates sobre o exercício da profissão de assessor de imprensa e de comunicação no País. Promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e realizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), o XX Encontro Nacional dos Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI) reúne, em Fortaleza, cerca de 300 profissionais de todo o Brasil, entre palestrantes, dirigentes sindicais, jornalistas de assessorias, redações, professores e estudantes de jornalismo. Com o tema “A credibilidade da informação jornalística na era da comunicação digital”, o evento recebe delegações dos Sindicatos de Jornalistas filiados à FENAJ, além de 24 convidados especiais, sendo 18 palestrantes e seis mediadores dos debates. Ao todo, Promoção
Patrocínio
Realização
aPOIO
Ao final do evento, delegados de todo o país aprovarão as teses dos sindicatos e da FENAJ, que serão incorporadas às diretrizes de lutas dos jornalistas brasileiros
oRGANIZAÇÃO
são quatro painéis, seis oficinas e três rodas de conversa sobre no cenário atual da profissão. Estão inclusas no programa científico do XX ENJAI discussões sobre ética profissional, direito à informação, precarização das relações de trabalho, os direitos dos jornalistas, as novas diretrizes curriculares para o ensino da assessoria, a assessoria em organizações do terceiro setor, movimentos sociais, grandes corporações e órgãos públicos, mídias e redes sociais, gestão de
aGENCIA DE pUBLICIDADE
legados profissionais e estudantes, eleitos em assembléias da categoria, discutem em Plenária as teses trazidas pelos Sindicatos de Jornalistas de todo Brasil e duas de autoria da diretoria executiva da FENAJ, com os títulos “Conjuntura complexa e instável exige mobilização” e “ENJAI para a capacitação dos jornalistas assessores”. Se aprovadas, as propostas serão automaticamente incorporadas às diretrizes de lutas da Federação e entidades filiadas. Ainda na Plenária Final, para marcar o encerramento do evento, será lida a Carta de Fortaleza, um resumo das principais discussões e deliberações do Encontro, e haverá a eleição da sede do próximo ENJAI, a ser realizado em 2017. Convocados a cada dois anos para debater os principais assuntos de interesse do segmento, os Encontros Nacionais de Jornalistas em Assessoria de Imprensa ocorrem sempre nos anos ímpares, intercalados com os Congressos Nacionais dos Jornalistas, realizados pela FENAJ nos anos pares.
Assessoria de comunicação
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do Estado nais no ofissio istas Pr Jornal
Ceará
60 delegados de 16 sindicatos de jornalistas se reúnem para debater os desafios da comunicação digital
editorial
dos dicato do Sin Jornal
O
ito anos depois de sediar o maior fórum de assessores de imprensa do Brasil, o Ceará volta a ser o anfitrião do Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI). Em sua vigésima edição, o evento
Diretoria Executiva Presidente
Samira de Castro Secretário-geral
Rafael Mesquita
reúne em Fortaleza jornalistas de todo o País, numa maratona de três dias de debates sobre o exercício do Jornalismo fora dos veículos de comunicação. Confirmaram presença 60 delegados de 16 Sindicatos de Jornalistas - AL, PR, SC, RR, PB, TO, Estado do RJ, RS, AM, PA, BA, SP, ES, Município do Rio, DF e CE -, além de dezenas de observadores de fora do Estado. Com mais de 40% dos jornalistas brasileiros atuando fora de jornais, revistas, televisões e rádios, o segmento da assessoria se consolida num mer-
dia 1o y Quinta-feira
12h30 > 14h30 | Intervalo
12h30 | Credenciamento e entrega de material
14h30 > 16h30 | Painel 2 | Ética e direito à informação nas assessorias de imprensa | Sérgio Murillo de Andrade | Presidente da Comissão Nacional de Ética dos Jornalistas, ex-presidente da FENAJ e do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina | Graça Caldas | Pós-Doutora
Déborah Lima Diretor de Ação Sindical
sidade de Trás os Montes e Vale Douro e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor)
e Finanças
Evilázio Bezerra Diretor de Comunicação
Oficina 2 | Assessoria de imprensa em organizações do terceiro setor e movimentos sociais | Marcelo Matos, assessor de
Lúcio Filho
imprensa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/CE)
Diretores executivos
Oficina 3 | Os desafios da Assessoria de Imprensa para grandes corporações | Mauro Costa, diretor institucional da AD2M Enge-
Genilson de Lima e Francisco Gatto
nharia de Comunicação
Conselho Fiscal
15h30 > 15h50 | Intervalo
Mirton Peixoto Lúcia Estrela Emanuel Carlos Fabiano Moreira
15h50 > 17h50 | 2º Bloco de Oficinas Oficina 4 | Introdução à assessoria de imprensa digital: ferramentas e estratégias | Washington Forte, editor de
Delegados da FENAJ
Oficina 5 | Gestão de Crises em Assessorias de Imprensa | João José Forni, Mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), autor
Chico Alves Marilena Lima Helga Rackel Comissão de Ética
Barroso Damasceno Humberto Simão Mauro Benevides Vidal Santos Ildemar Loiola
conteúdo de mídias digitais da Federação dos Trabalhadores Municipais do Ceará
do livro Gestão de Crises e Comunicação – O que os gestores e profissionais de comunicação precisam saber para enfrentar crises corporativas e editor do site Comunicação e Crise
Oficina 6 | Mídias customizadas e comunicação organizacional na gestão da imagem | José Antônio Martinuzzo, Pós-Doutor em Mídia e Cotidiano pela Universidade Federal Fluminense e autor do livro Os Públicos Justificam os Meios – Mídias customizadas e comunicação organizacional na economia da atenção
17h50 | Intervalo istas s Jornal icato do do Ceará do Sind Jornal nais No Estado io iss of Pr 15
20 tubro
ou
Redação
Déborah Lima e Samira de Castro Edição
20h | Cerimônia de abertura | Celso Schröder | Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e da Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC); vice-presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) | Samira de Castro | Presidente do Sindicato dos Jornalistas no Ceará (SINDJORCE); 2ª tesoureira da FENAJ 21h | Coquetel de boas vindas
Déborah Lima
dIA 2 y sexta-feira
Projeto gráfico/diagramação
8h30 | Votação do Regimento Interno, eleição da mesa diretora e da comissão da Carta de Fortaleza
Sérgio Fujiwara Ilustração
Rafael Limaverde Digitação
Mirton Peixoto Impressão
Gráfica MinervA Tiragem
1.000 exemplares O jornal Em Pauta é uma publicação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce)
maioria deles (29,5%) trabalha há, no máximo, três anos na atividade. Num cenário no qual todo ou a maior parte (74,5%) do trabalho dos assessores de imprensa é divulgado pela internet, o debate sobre a credibilidade da comunicação digital, tema central do evento, é necessário para enfatizar que as novas tecnologias não mudam os princípios da profissão e para reafirmar que a saída para a crise do Jornalismo, dentro ou fora da grande mídia, é a consciência política e a organização dos jornalistas.
Programação 13h30 > 15h30 | 1º Bloco de Oficinas Oficina 1 | Assessoria de Imprensa e a Lei de Acesso à Informação | Alberto Perdigão, doutorando em Comunicação e Cultura pela Univer-
Diretora de Administração
cado cada vez mais competitivo e igualmente precarizado, se comparado às Redações de mídia impressa ou eletrônica. De acordo com a pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro, realizada em 2012 pela UFSC com 2.731 participantes, apenas 39,4% dos profissionais que trabalham fora da mídia têm carteira assinada, 13,2% são servidores públicos, 13,9% têm cargos comissionados, 5,5% são freelancer; 13,7% prestadores de serviços, 5,4% são pessoas jurídicas (PJs), 4,8% empresários e a grande
10h30 > 12h30 | Painel 1 | A credibilidade da informação jornalística na era da comunicação digital | Wilson da Costa Bueno | Doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo, professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo e líder do grupo de pesquisa Criticom – Comunicação Empresarial no Brasil: uma leitura crítica | Samuel Lima | Doutor em Mídia e Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília e coordenador do livro Perfil do Jornalista Brasileiro | Celso Schröder | Presidente da FENAJ e da FEPALC, e vice-presidente da FIJ | Mediação: Samira Castro | Presidente do Sindjorce e 2ª tesoureira da FENAJ
pelo Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociência da Unicamp e professora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo | Mediadora Suzana Tatagiba | 1ª tesoureira da FENAJ e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo
16h30 > 16h50 | Intervalo 16h50 > 18h50 | Rodas de Conversa Sala 1 | Recursos tecnológicos de comunicação como fonte de pesquisa jornalística | Antino Silva | Gestor da Célula Web na Coordenadoria de Comunicação do Governo do Estado do Ceará | Coordenação: Guto Camargo | Secretário-geral da FENAJ e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Sala 2 | As novas diretrizes curriculares e o ensino da assessoria de imprensa | Carmen Pereira | Mestre em Ciência Política pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), professora e diretora de Educação e Aperfeiçoamento Profissional da FENAJ | Valci Zuculoto | Professora, 1ª secretária da FENAJ e diretora do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina | Coordenação: Bruno Cruz | Diretor executivo da FENAJ
Sala 3 | Assessoria de imprensa sindical e as transformações para o mundo virtual | Douglas Dantas | Assessor de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos) e diretor do Departamento de Mobilização em Assessoria de Comunicação da FENAJ | Coordenação: Wilson Reis | Diretor executivo da FENAJ e presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas
dIA 3 y sábado 8h30 > 10h30 | Painel 3 | O cenário da assessoria de imprensa na América Latina | Eduardo Ribeiro | Diretor de Jornalismo do Portal Comunique-se, de Produtos Editoriais da Jornalistas Editora/Mega Brasil Comunicação e integrante do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) | Mediação: Valci Zuculoto | 1ª secretária da FENAJ e diretora do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina
10h30 > 10h50 | Intervalo 10h50 > 12h50 | Painel 4 | A precarização das relações de trabalho e os direitos dos jornalistas nas assessorias de imprensa | Maria José Braga | Vice-presidente da FENAJ, assessora de Comunicação do Instituto Federal de Goiás (IFG) e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás | Roberto Heloani | Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e Pós-Doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) | Mediação: Valdice Gomes | 2ª vice-presidente da FENAJ e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas
12h50 > 14h50 | Intervalo 14h50 > 19h | Plenária final
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará | Rua Joaquim Sá, 545 | Dionísio Torres | Fortaleza-Ceará | CEP: 60.130-050 | Fone/Fax: (85) 3272.2966/3247.1094/8644-6096 | contato@sindjorce.org.br http://www.sindjorce.org.br/
2 | em pauta
Outubro 2015
Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará
REPRESENTAÇÃO FEMININA
66% da delegação do Ceará é formada por mulheres Evilázio Bezerra
Dos seis delegados eleitos em assembleia para representar os jornalistas do CE no XX ENJAI, quatro são mulheres, o que representa mais de 66% da delegação cearense
U
ma delegação 66,66% feminina, formada por quatro mulheres e dois homens, representará os jornalistas e estudantes de jornalismo do Estado do Ceará no XX Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI). Os seis delegados foram eleitos por aclamação, no dia 20 de agosto, durante assembleia da categoria, realizada no auditório do Complexo das Comissões da Assembleia Legislativa. O grupo é formado pelos diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Ceará (Sindjorce) Rafael Mesquita (secretário-geral), também diretor de Educação da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e assessor de comunicação da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado (FETAMCE); Lúcio Filho (Comunicação), gestor da Célula de Rádio do Governo do Estado; Lúcia Estrela (Conselho Fiscal), assessora do Sindicato dos Bancários; e Helga Rackel (delegada junto à FENAJ), assessora do Hospital Infantil Albert Sabin.
Delegação do Sindjorce: Claudiane Lopes, aluna de Jornalismo da FaC; Lúcia Estrela, assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários; Helga Rackel, assessora do Hospital Infantil Albert Sabin; Rafael Mesquita, assessor da Federação dos Trabalhadores Municipais do Ceará; Lílian Andrade, assessora do Sindicato dos Vigilantes; e Lúcio Filho, gestor da Célula de Rádio do Governo do Estado
José Wagner
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), declarou total ao apoio à realização do XX ENJAI, em novembro de 2014, durante visita do presidente da FENAJ, Celso Schröder, e da presidente do Sindjorce, Samira de Castro, ao Palácio da Abolição
Profissionais da base e estudantes entre os delegados | Além dos diretores do Sindjorce, também foram eleitas uma profissional da base e uma estudante de jornalismo. Lílian Andrade é assessora de comunicação do Sindicato dos Vigilantes do Estado e Claudiane Lopes aluna da Faculdade Cearense (FaC), que representará, na plenária final do ENJAI, os estudantes dos oito cursos de Jornalismo do Estado – FaC, UFC, Unifor, Fanor, Estácio/FIC, UFC Cariri, FA7 e INTA Sobral. A assembleia de eleição dos delegados do Ceará para o XX ENJAI contou com palestra, seguida de debate, da professora da Universidade Federal Fluminense, Sylvia Debossan Moretzsohn, presidente da Comissão Estadual de Ética dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. Ela abordou as transformações da profissão de jornalista, a realidade dos locais de trabalho e as alterações nas condições de produzir informações de qualidade num cenário de novas tecnologias.
em pauta |
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dos dicato do Sin Jornal
do Estado nais no ofissio istas Pr Jornal
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ezoito palestrantes, entre eles convidados de renome nacional como Wilson da
Costa Bueno (SP), João José Forni (DF), José Antônio Martinuzzo (ES), Samuel Lima (DF), Graça Caldas (SP), Eduardo Ribeiro (SP) e Roberto Heloani (SP), participam, na Capital do Ceará, de uma maratona de 21 horas de debates sobre o cenário atual da assessoria de imprensa no Brasil e América Latina. As discussões dos principais temas de interesse dos jornalistas de assessoria duram três dias, iniciando na tarde do dia 1º e acabando na noite de 3 de outubro, quando serão encerrados os trabalhos do XX Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI), no espaço Seara Convention Center. O XX ENJAI é realizado no mais novo centro de eventos da Avenida Beira Mar de Fortaleza, o único a contar com escadas rolantes que interligam os dois andares de eventos, além de estacionamento para 120 veículos. O conforto oferecido aos participantes e a presença de palestrantes de peso marcam o programa científico do Encontro. Confira o perfil dos convidados:
4 | em pauta
PERFIL DOs PALESTRANTEs
Programa científico do XX ENJ Alberto Perdigão | Cursa doutoramento em Ciências da Cultura na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Vale Douro, é mestre em Políticas Públicas e Sociedade pela UECE, especialista em Comunicação Social, Propaganda e Publicidade pela Unifor, e em Roteiro para Rádio e Televisão pela Radiotelevisión Española/Instituto Oficial de Radio y Televisión. É professor de Jornalismo da Unifor, integra o grupo de pesquisa Comunicação e Cultura, na linha de pesquisa TV Pública e Inclusão Comunicacional, e coordena o Grupo de Estudo em TV Pública. É autor dos livros Comunicação Pública e TV Digital: interatividade ou imperatividade na TV pública, e Comunicação Pública e Inclusão Política: reflexões sobre cidadania ativa e democracia participativa. É assessor do Conselho Regional de Contabilidade e consultor da Junta Comercial do Ceará. Marcelo Matos | Ingressou no MST em 1995, quando participou da sua primeira ocupação de terra. Integrou os grupos de crianças “os sem terrinhas”, depois os grupos de jovens, tornando-se um dos coordenadores do movimento. Cursou Ensino Médio no Instituto de Educação Josué de Castro, uma escola-modelo do MST no Rio Grande do Sul, onde fez o curso de Comunicação Nível Médio e ingressou no setor de Comunicação, desde então contribuindo na Assessoria de Imprensa. Ajudou a construir o primeiro curso de Comunicação Social Jornalismo da Terra, em parceria com a Universidade Federal do Ceará, integrando a 1ª turma formada em nível nacional. É assessor de imprensa e um dos porta-vozes do MST no Estado, integrando o Fórum dos Assentados e a militância pela reforma agrária na Região Sertão Central. Mauro Costa | Graduado pela Universidade Federal do Ceará, foi assessor de imprensa do Instituto Brasil-Estados Unidos no Ceará e integrou a equipe de reformulação da Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado. Sócio-fundador e diretor de Comunicação Institucional da AD2M Engenharia de Comunicação, onde responde pelo setor de Consultoria e Assessoria de Comunicação Corporativa. Sócio-fundador da agência Loa Publicidade, é palestrante de Media Training, tendo capacitado executivos do Banco do Nordeste, Coelce, Ampla, Metrofor, Sindiônibus, MPX, BSPAR Incorporações, Cagece, Defensoria Pública e Grupo Aço Cearense, entre outras empresas e instituições. É também palestrante e professor visitante/convidado em cursos de Especialização/MBA e Graduação nas principais Universidades e Faculdades cearenses. Washington Forte | Editor de conteúdo de mídias digitais da Federação dos Trabalhadores Municipais do Ceará, ele foi analista de comunicação e marketing da Bebêtenkitê, assessor de jornalismo para mídias digitais da Prefeitura de Fortaleza, coordenador de comunicação digital da Câmara Municipal de Fortaleza e assistente de
comunicação do vereador Acrísio Sena. Tem qualificação em Planejamento de Comunicação Estratégica, Redes Sociais Corporativas, Jornalismo Interativo: animação e visualização de dados, Narrativas do Jornalismo: tipos de narradores e gêneros jornalísticos, Mensuração de Resultados nas Redes Sociais e Planos de Comunicação em Mídias Digitais. João José Forni | Formado em Letras e Jornalismo, é mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), possui MBA em Gestão Estratégica pela Universidade de S. Paulo, foi gerente de comunicação do Banco do Brasil, superintendente de Comunicação e diretor Comercial da Infraero, e dirigiu o Curso de Comunicação Social em Brasília. É professor de cursos de pós-graduação em Comunicação Pública e Comunicação Empresarial em Brasília, Belém, Florianópolis e Juiz de Fora. É Consultor de Comunicação e instrutor de cursos de Media Training, com foco na Gestão de Crises. Autor do livro “Gestão de Crises e Comunicação – O que Gestores e Profissionais de Comunicação precisam saber para enfrentar crises corporativas”, é editor do site Comunicação e Crise. José Antônio Martinuzzo | Mestre e doutor em Comunicação pela UFF, é pós-doutorado em Mídia e Cotidiano e professor associado do Departamento de Comunicação Social da UFES. É coordenador-adjunto do Programa de Pós-Gradução em Comunicação e Territorialidades da Ufes e autor dos livros Seis Questões Fundamentais da Comunicação Organizacional Estratégica em Rede, Seis Questões Fundamentais da Assessoria de Imprensa Estratégica em Rede, e Os Públicos Justificam os Meios – Mídias Customizadas e Comunicação Organizacional na Economia da Atenção. Pesquisa economia política da comunicação; internet, mídias digitais e política; comunicação organizacional; assessoria de imprensa; mídia, cotidiano e sociabilidades; jornalismo, práticas e teorias; livro-reportagem e história da comunicação; psicanálise e comunicação. Wilson da Costa Bueno | Diretor/proprietário da Comtexto Comunicação e Pesquisa, é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), e doutor e mestre em Comunicação pela USP. Atua como consultor nas áreas de Jornalismo Especializado e Comunicação Corporativa, tendo como foco a elaboração de Políticas de Comunicação para organizações públicas e privadas, os diagnósticos de comunicação interna, projetos de presença e imagem das organizações na imprensa e nas mídias sociais; Jornalismo Científico, Ambiental, em Saúde e Agronegócio. É autor dos livros Comunicação Empresarial: alinhando
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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará
JAI tem 21h de debates com 18 palestrantes teoria e prática, Comunicação Empresarial: da rádio Peão às mídias sociais, e as coletâneas Estratégias de comunicação nas mídias sociais e Comunicação Empresarial e sustentabilidade.
municação, Educação, Ciência e Sociedade. Coordenou o Projeto Mídia e Educação e atuou nas assessorias de imprensa da Prefeitura de Campinas e da Unicamp. É mestre em Comunicação Científica e Tecnológica pela UMESP, foi professora-pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, coordenou o curso de Jornalismo e dirigiu a Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da mesma universidade. É professora-pesquisadora do curso Lato Sensu de Jornalismo Científico e do Mestrado em Divulgação Científica e Cultural do Labjor/Unicamp.
Samuel Lima | Pós-graduado em Engenharia de Produção, tanto no mestrado quanto no doutoramento, na área de “Mídia e Teoria do Conhecimento”, é professor da Faculdade de Comunicação da UnB, vinculado ao curso de Comunicação Organizacional. É um dos coordenadores da pesquisa “Perfil profissional do jornalismo brasileiro” e integra a equipe da pesquisa “Journalistic role performance around the globe - Etapa Brasil”. É pesquisador do Laboratório de Sociologia do Trabalho, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política (UFSC). É autor/co-organizador do livro “Perfil do Jornalista Brasileiro: características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico”. Foi docente e coordenador do curso de jornalismo da Associação Educacional Luterana Bom Jesus/Ielusc (SC) e colaborador-docente do curso de jornalismo da UFSC.
Antino Silva | Gestor da Célula Web na Coordenadoria de Comunicação do Governo do Estado do Ceará, ele foi redator do Portal O Povo Online, coordenador de comunicação em mídias sociais do Sistema Jangadeiro e analista de mídias sociais do Governo Estadual.
Celso Schröder | Formado pela PUC-RS e especialista em Sociologia pela UFRGS, é presidente da FENAJ em segundo mandato, da Federação de Jornalistas da América Latina e Caribe (Fepalc) e vice-presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ). Cartunista e ilustrador, é chargista desde 1986 no jornal Correio do Povo e professor do curso de Jornalismo da PUC-RS. Foi presidente por três mandatos do Sindicato dos Jornalistas do RS, do qual é diretor atualmente. Foi secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul entre 1996 e 1998. Em 2009, dirigiu a Superintendência de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado. É titular do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, cargo que também ocupou de 2004 a 2006.
Carmen Pereira | Professora desde 1989, é doutora em Memória Social pela Unirio e mestre em Ciência Política pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Trabalhou na TV Globo, O Globo, Última Hora, Editoras Bloch e Abril, em diversas assessorias de comunicação de empresas e do governo estadual. É assessora da Superintendência da Leitura e Conhecimento-SEC (Governo do Estado do Rio). Foi diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e participou da reformulação do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Ex-presidente da Comissão Nacional de Ética, integrou os debates das novas Diretrizes Nacionais Curriculares do Jornalismo. É diretora do Departamento de Educação e Formação Profissional da FENAJ.
Sérgio Murillo de Andrade | Graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina, é presidente da Comissão Nacional de Ética dos Jornalistas, editor e repórter da Agência Quorum e assessor de vereador do PSOL em Florianópolis. Foi presidente da FENAJ por dois mandatos e do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina. Trabalhou no Diário Catarinense, Gazeta Mercantil, Diário do Sul e atuou como free-lancer de diversas publicações nacionais. Coordenou a comunicação de campanhas eleitorais no Estado, foi assessor de imprensa no serviço público e empresarial, e professor de Legislação e Ética em Jornalismo no Ielusc, em Joinville.
Valci Zuculotto | Graduada pela UFRGS e doutora em comunicação pela PUC-RS, é professora da graduação e do programa de pós graduação do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e conselheira do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo. Também coordena a Rádio Ponto UFSC, a categoria jornalismo do Expocom/Intercom e o GT Mídia Sonora da Associação Nacional dos Pesquisadores de História da Mídia. Trabalhou na Zero Hora, Rádio Gaúcha, Isto É, O Globo e foi diretora da FM Cultura de Porto Alegre. É autora de diversas obras, entre elas “A programação de rádios públicas brasileiras” e “No ar, a história da notícia de rádio no Brasil”.
Graça Caldas | É doutora em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, pós-doutora no Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp, pesquisadora e docente do Labjor/ Unicamp, e líder do grupo de pesquisa do CNPq Co-
Douglas Dantas | Formado pela Universidade Vila Velha (SC), é especialista em Ensino Superior pela Cândido Mendes, assessor do Sindicato dos Servidores Públicos
de Santa Catarina, diretor de Comunicação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado e do Departamento de Mobilização em Assessoria de Comunicação da Federação Nacional dos Jornalistas. Também presta consultoria de Comunicação em plataformas digitais a movimentos sociais e sindicais. Eduardo Ribeiro | Sócio do Portal Comunique-se, é diretor da Jornalistas Editora e da Mega Brasil Comunicação. Foi diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, assumindo a coordenação da Comissão Permanente de Jornalistas em Assessoria de Imprensa, que produziu o primeiro Manual de Assessoria de Imprensa da FENAJ. Organizador do Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, coordenou o núcleo de cursos da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. Desenvolveu os guias Fontes de Informação, Colunistas Brasileiros e de Assessoria de Imprensa e Comunicação Empresarial e foi fundador da Associação Brasileira das Agências de Comunicação. Idealizou o Anuário Brasileiro das Agências de Comunicação, atual Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa – Agências, Clientes e Fornecedores. Maria José Braga | É vice-presidente da FENAJ e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Goiás. É graduada em Filosofia com mestrado pela UFG. É jornalista concursada do Instituto Federal de Educação, de onde foi Pró-Reitora de Desenvolvimento Institucional, coordenadora-geral de Comunicação Social e de Assessoria de Relações Institucionais. É suplente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional e titular do GT Comunicadores, instituído pelo Conselho Nacional de Defesa dos Direitos Humanos. Trabalhou na Cooperativa dos Jornalistas de Goiás (PróJornal), foi repórter e subeditora do Jornal O Popular, professora do curso de Jornalismo das Faculdades Alfa, editora-chefe da Revista Outra Via e assessora de imprensa de diversas entidades e instituições. Roberto Heloani | Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e Pós- D o u t o r em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), é professor da Faculdade de Educação da Unicamp, da FGV e da Unimarco, e autor da pesquisa “Vivendo no Limite: quem são nossos formadores de opinião?”, sobre a qualidade de vida dos jornalistas brasileiros.
em pauta |
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dos dicato do Sin Jornal
do Estado nais no ofissio istas Pr Jornal
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PESQUISA
Mais de 40% dos jor estão fora dos veícul 39,4% dos jornalistas que trabalham fora da mídia têm carteira assinada
38% têm plano de saúde
49,2% recebem auxílio alimentação
15% têm incentivo à qualificação
26,9% estão na área há menos de um ano
34,9 % atuam em empresas de assessoria de imprensa/ comunicação
35,2% atuam em outras empresas ou órgãos públicos
75,7% trabalham no setor de serviços
35,1% estão na esfera municipal
6 | em pauta
Pesquisa feita com 2.731 profissionais aponta: 40% dos jornalistas trabalham fora da mídia. Samuel Lima, um dos coordenadores do estudo que revela o perfil dos assessores de comunicação brasileiros, é um dos palestrantes do XX ENJAI.
O
trabalho dos profissionais do Jornalismo fora dos veículos de comunicação é expressivo no Brasil. Mais de 40% dos jornalistas atuam fora da mídia, segundo o livro Perfil do Jornalista Brasileiro - Características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico. Publicado em 2012 pelos jornalistas Jacques Mick e Samuel Lima, um dos palestrantes do XX Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI), o livro é resultado de uma pesquisa feita com 2.731 profissionais de todas as unidades da federação e do exterior. Realizada pelo Núcleo de Estudos sobre Transformações do Mundo do Trabalho (TMT), do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina, com apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o estudo revela, em capítulo específico, as principais características dos assessores de imprensa e de comunicação brasileiros, como, por exemplo, maiores taxas de pós-graduação, em relação aos jornalistas de mídia. Confira o capítulo na íntegra.
O trabalho dos jornalistas fora da mídia | Atuam fora da mídia, como assessores de imprensa ou comunicação ou em inúmeras outras funções mobilizando conhecimento jornalístico, 40,3% dos jornalistas brasileiros. É um tipo de experiência profissional bastante diversificada, em que coexistem complexos padrões de contratação e remuneração, combinados a existências variadas quanto a competências e habilidades dos trabalhadores. Não por acaso, os profissionais desse segmento têm maiores taxas de pos-graduação, em relação aos jornalistas da mídia. Apenas 39,4% desses jornalistas trabalham com carteira assinada, percentual bem inferior a esse tipo de contratação entre os jornalistas de mídia. Atuam no setor público, como servidores (13,2%) ou detentores de cargo de comissão (13,9%), 27,1% dos trabalhadores desse segmento “- o que pode indicar que os jornalistas têm espaço crescente de atuação nas demandas regulares de prestação de contas à sociedade por parte dos agentes públicos”. Os empresários são 4,8%. Regimes de contratação que tendem a ser mais precários respondem por 28,8% desse segmento da categoria: 13,7% têm contratos de prestação de serviços, 5,5% são freelancers, 5,4% trabalham como pessoa jurídica (PJs) e os demais têm variados tipos de contratação, distintos dos anteriores.
As formas de contratação flexíveis têm repercussão também em benefícios não salariais. Entre os jornalistas que não atuam na mídia, 49,2% recebem auxílio alimentação, 38% têm plano de saúde e 35,2% tem auxílio transporte. Não recebem nenhum benefício não salarial 30,4% desse segmento da categoria. Há incentivo à qualificação para 15% dos jornalistas de fora da mídia. Os planos de participação em lucros ou resultados têm, nesse segmento, metade do alcance verificado entre os trabalhadores de mídia: apenas 10,8%. Por fim, têm plano de previdência complementar 8,4%, 8% recebem auxílio creche e 0,7% têm creche fornecida pelo empregador. Recebem outros tipos de benefício 4,2% dos jornalistas desse segmento.
Rotatividade maior | A rotatividade no emprego parece ligeiramente maior que a dos jornalistas de mídia. Estão nos empregos atuais há até três anos 56,4% dos profissionais (26,9% têm contratos de menos de um ano e 29,5% entre um ano e três anos). Os que estão de três a dez anos na mesma atividade são 30,6% (19,6% entre três e seis anos; 11% de seis a dez anos), e os vínculos superiores a dez anos atingem apenas 11,9% desse segmento da categoria. Quanto ao ramo de atuação, os jornalistas de fora da mídia estão predominantemente concentrados em empresas ou
Outubro 2015
Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará
nalistas brasileiros os de comunicação órgãos públicos (35,2%) ou em empresas especializadas em serviços de assessoria de imprensa ou comunicação (34,9%). Trabalham em organizações do terceiro setor ou da sociedade civil 14,1% dos jornalistas deste segmento da categoria, e 13,3% prestam serviços jornalísticos diretamente em empresas privadas (75,5% delas do setor de serviços, 17,1% de indústrias, 5,4% de comércio e apenas 1,8% da agricultura). Somente 2,5% dos jornalistas deste segmento atuam em agências de publicidade. Os jornalistas do setor público trabalham principalmente em entes federais e municipais, 35,1% cada, enquanto os estaduais contratam 29,1% e os organismos internacionais, 0,7%. Como aqueles que atuam nas mídias públicas, estão concentrados no Executivo (73,3%), Legislativo (22,8%), Judiciário (2,1%) e Ministério Público (1,8%) contratam o quarto restante dessa parcela dos profissionais de fora da mídia.
Equipes pequenas | Ao contrário do mercado de mídia, neste segmento da categoria prevalecem amplamente equipes pequenas. São o único jornalista contratado pelo empregador 34,9% dos respondentes. Outros 38,8% trabalham com um a três colegas, perfazendo 73,37% as situações de contratação que tendem a representar organizações ou empresas de pequeno porte. Apenas 5,6% dos profissionais desse segmento atuam em equipes com mais de 21 jornalistas. Nas equipes de dimensões intermediárias, distribuem-se os demais, à razão de 1,4% em grupos de 5 a dez jornalistas e 6,2% em 11 a 20 jornalistas. Outra diferença expressiva entre profissionais de mídia e de fora dela encontra-se nas funções. No segmento fora da mídia, 68,3% dos jornalistas são contratados como assessores de imprensa ou comunicação. Funções clássicas, como repórteres (5,1%) e editores (3,6%), são bem menos frequentes. São diretores ou gestores 3,6% dos jornalistas desse segmento, enquanto 1,8% são consultores. Algumas funções clássicas aparecem com menos de um ponto percentual (repórter fotográfico, colunista, correspondente, editorialista, diagramador, produtor) e uma vasta gama de outras funções foi mencionada por 11% dos respondentes. Outras diferenças significativas referem-se às atividades exercidas no trabalho. Fora da mídia, os jornalistas exercem com mais frequência a assessoria de imprensa (87,7%), a redação (78,4%) e a concepção de pautas (60,1%). Edição (56,9%) e reportagem (53,9%), atividades principais dos jornalistas da mídia, são também significativas fora dela, embora em grau menor. Quase metade dos profissionais deste segmento
fotografa (47,8%), enquanto um terço deles se envolve com gestão (33,1%). Um a cada cinco jornalistas de fora da mídia diagramam (21,8%). Captação de vídeo (7,5%), ensino (4,9%) e outras atividades (8,7%) completam o mapeamento das atividades desses profissionais.
Teletrabalho expressivo | O teletrabalho é bastante expressivo entre os jornalistas de fora da mídia. Embora a maioria deles trabalhe nas empresas ou outro local de trabalho (83,6%), um quarto trabalha em casa (26,5%). Produzem em locais públicos ou privados, via internet, 19,5% desses profissionais, enquanto 0,8% mencionam outros locais de trabalho. A internet também é um canal fundamental para a distribuição do conteúdo produzido pelos jornalistas de fora da mídia. Têm tudo ou a maior parte do que produzem veiculado na rede de computadores 74,5% desses profissionais. Têm metade do trabalho divulgado pela internet 11,7% deste segmento da categoria. Para 14,1%, a internet é um canal pouco expressivo, respondendo pela menor parte ou por nada de produção. Os jornalistas que atuam fora da mídia estão em geral mais satisfeitos com suas atividades que os profissionais de mídia. Numa matriz com 12 dimensões da experiência profissional, avaliáveis numa escala de 1 (muito insatisfeito) a 5 (muito satisfeito), só em três as notas médias de cada item foram nitidamente inferiores às atribuídas pelos colegas de mídia. Curiosamente, as dimensões que produzem maior e menor satisfação profissional são, nos dois segmentos, as mesmas – apesar das diferenças no trabalho.
Descontentamento com a remuneração | Os jornalistas de fora da mídia também estão mais descontentes com os benefícios não salariais (2,79), as possibilidades de promoção (2,91) e a remuneração (3). E estão mais satisfeitos com as experiências de trabalho (4,07), com as relações interpessoais (3,87) e com as funções que realizam (3,72). No nível intermediário, estão medianamente satisfeitos com a carga de trabalho, a possibilidade de influenciar em assuntos públicos, a possibilidade de desenvolver uma especialização, a qualidade de vida, o prestígio social da profissão e a linha editorial do empregador. Tem apenas um trabalho jornalístico 64,5% dos profissionais de fora da mídia. Têm ao menos um outro emprego também no mesmo segmento da categoria 18,7%, enquanto 12,9% atual também na mídia e 3,8% são professores. Fonte: Perfil do Jornalista Brasileiro - Características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico em 2012.
35,1% estão na esfera federal
29,1% estão na esfera estadual
73,3% atuam no Poder Executivo
87,7% desenvolvem atividade de assessor de imprensa
78,4% fazem redação de textos
60,1% desenvolvem a concepção de pautas
26,5% trabalham em casa
38,8% atuam em equipes de duas a quatro pessoas
64,5% só têm um trabalho jornalístico
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Ceará
Nem as novas tecnologias mudam os princípios da profissão, tampouco o Jornalismo precisa ser reinventado. Para a professora Sylvia Moretzsohn, a saída para os jornalistas é a consciência política e a organização coletiva
Q
ual é a função social do jornalismo – e dos jornalistas – em uma sociedade onde a internet conseguiu ampliar as possibilidades de comunicação e as mídias sociais “queimam” a etapa da mediação, na medida em que cada um pode falar diretamente com o seu público? Longe de responder a este questionamento, mas fazendo um debate franco e necessário sobre como os profissionais do segmento vêm se inserindo neste momento constante de transformações, a professora Sylvia Moretzsohn, da Universidade Federal Fluminense (UFF), falou aos jornalistas cearenses, durante Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa do Ceará. Realizada no dia 20 de agosto, a pedido do deputado estadual Elmano de Freitas (PT), a audiência pública abriu as atividades preparatórias para o XX Encontro Nacional dos Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI).
Não se faz Jornalismo sem jornalistas | “Como se faz jornalismo sem jornalistas?”, questionou a professora, que é autora do artigo “O novo ritmo da Redação de O Globo: a prioridade ao jornalismo digital e seus reflexos nas condições de trabalho e produção da notícia”. Sylvia mencionou as contas imprecisas dos últimos “passaralhos” (demissão em massa nas redações): em três anos, quase 1.100 jornalistas foram demitidos no Brasil. Para ela, as empresas estão sendo enxugadas ao extremo, numa política que não valoriza os profissionais mais experientes, prejudicando diretamente a apuração e, por conseguinte, aquilo que faz o Jornalismo ter relevância: a credibilidade. Ou seja, ao abdicar dos operários da notícia, as empresas de comunicação decretam “a morte do jornalismo”.
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NOVAS TECNOLOGIAS
A saída para a morte do Jornalismo é coletiva, afirma professora da UFF fotos Evilázio Bezerra
publicações sem conteúdo jornalístico, mas que geram muitos acessos nas páginas dos veículos de comunicação em mídias sociais. Para ela, neste sentido, a internet é uma armadilha completa.
Os princípios da profissão não mudam | “O Jornalismo é fun-
“A saída não é individual”, defende a jornalista Sylvia Moretzsohn
A armadilha da internet | A professora lembrou que, a partir dos anos de 1990, as direções das empresas de comunicação foram assumidas por executivos oriundos do sistema financeiro, profissionais liberais que nada tinham a ver com a comunicação e que queriam fazer do Jornalismo um negócio rentável. Como consequência, implantaram a venda casada de assinaturas de jornais e revistas com brindes, como coleções de livros, fogões, geladeiras, etc. “Não importava se isso ia agregar leitores, mas vendia assinaturas”. Hoje, há nas redações uma busca desenfreada pelo click - comentou Sylvia, com um grande grau de competição interna entre empresas de um mesmo grupo de comunicação. “A caça ao click tornou o jornal irrelevante. Qual é o atrativo do jornal?”, questionou a professora, referindo-se à quantidade de
damental à democracia, agora muito mais para distinguir o que é verdade da mentira que está aí. E a gente tem que defender os princípios do Jornalismo que, se não forem praticados pelas empresas, têm de ser perseguidos por nós jornalistas”, disse Sylvia, acrescentando que nem todo cidadão pode ser jornalista. “É preciso técnica e reflexão ética”. Para ela, a liberdade de expressão é um requisito ao exercício profissional do Jornalismo. Na política do “fazer mais por menos”, que caracteriza a super exploração dos que ficaram nas redações, o Jornalismo passou a ser uma espécie de “fábrica de fazer infelizes” - disse a professora. “Vejo jovens com três anos de experiência abandonando a profissão para virarem outra coisa”.
“Reinvenção” desnecessária | Para Sylvia, a tecnologia muda, mas os fundamentos do Jornalismo são os menos. “Não é preciso reinvenção. A gente não pode perder de vista a consciência política porque a saída para essa morte do Jornalismo não é individual, e sim, coletiva”, concluiu a professora da UFF.