Em Pauta Edição 13

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á o cEar tado d S E o d ionaiS rofiSS iStaS P l a n r oS Jo icato d o Sind d l a n Jor

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I Enco n Estadu tro a Jornal l de i de Ima stas do Cea gem rá PÁGIN A3

Pec do Diploma segue para votação na Câmara. PÁGINA 2

estatUto do sindJorce

Jornalistas aprovam reforma por ampla maioria O auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) ficou pequeno para receber a quantidade de jornalistas que compareceram à assembleia do dia 25 de julho no intuito de discutir a reforma do Estado da entidade. Por ampla maioria de votos, a categoria aprovou a adequação do documento ao novo Código Civil, conferiu autonomia à Comissão de Ética, ampliou os beneficiários do FENAJPrev, concedeu aos estudantes de jornalismo o direito à présindicalização e oficializou o calendário de discussão da reforma com a categoria.

Categoria decidiu, em assembleia, assembleia deliberou pela atualizar estatuto

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continuidade das reuniões mensais, inciadas em 27 de junho, para debater com a A favor base os pontos do atual Estatuto que merecem atualização. Uma das questões levantaPlacar das pelo associado Lúcio de Filho foi a necessidade do votação estabelecimento de novos a critérios para a con- Contr cessão da ajuda de ria atutá t s custo ao presidente E a form e r a a da entidade. od

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m i ndár refor ussão c a s i v d o pr | 1ª diScuSSõES ProSleia a b Jun. m e s s A SEguEm - As reuni| ssão u Jul. c s i ões para ouvir a cated i . | 2ª a AC n goria sobre a reforma a i ago r lená P | o do Estatuto prosseguem . ã s SEt iscus d até setembro, sempre na última ª 3 | SEt. quarta-feira do mês. “A atualiza-

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Abstenção

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ção será feita de forma democrática, garantindo a participação da base num processo tranquilo de auscuta à categoria, sem açodamento”, afirma a presidente em exercício do Sindjorce, Samira de Castro. Há 14 anos, o Estatuto do Sindjorce foi atualizado pela última vez sem esclarecer pontos importantes como, por exemplo, o prazo mínimo de filiação que assegure ao jornalista o direito de votar e ser votado, o que deixa o documento vulnerável à decisões judiciais. “Esta lacuna era preenchida pelo Regimento Eleitoral, questionado nas últimas eleições. Não corrigir estas omissões gera um clima de instabilidade jurídica prejudicial à toda a categoria”, avalia Samira de Castro.


editorial

13o Sindjorce completa 59 anos conclamando os jornalistas à união

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em prol da manutenção de sua história de luta, perseverança e ousadia. Com este espírito, a categoria aprovou, por ampla maioria, a continuidade do processo de reforma do Estatuto da entidade, defasado desde 1998. Também movido pela necessidade de reconhecimento e valorização, o sindicato resgata uma dívida histórica para com seus associados que atuam no campo da imagem - diagramadores, ilustradores, repórteres cinematográficos e fotográfico -, realizando o Encontro Estadual de Jornalistas de Imagem e Profissonais da Comunicação - EEJIC. Referência entre os 31 sindicatos de jornalista do brasil, o Sindjorce se destaca pela firme postura na defesa intransigente dos interesses da categoria. a cada campanha salarial, reforça o entendimento na manutenção de direitos conquistados por gestões anteriores, além de lutar por ganhos reais de salário e de ampliar o debate em relação à saúde dos jornalistas. Por tudo isto, sua direção é perseguida dentro das redações, num flagrante desrespeito à democracia e à liberdade de organização sindical, tornando o Ceará um péssimo exemplo de conduta antissindical por parte das empresas, alvo de denúncia à Organização Internacional do Trabalho (OIT). Por fim, uma questão interessa a todos os colegas: após três anos, o Senado deu o primeiro passo para corrigir a errônea decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que extinguiu a exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista. Vencido um round desta luta, os jornalistas brasileiros respiram aliviados. E a sociedade também. a volta do diploma, que ainda depende de duas votações na Câmara federal, é a garantia de que as notícias às quais tem acesso são elaboradas por profissionais que tiveram mínima formação ética, técnica e teórica.

Pec do diPloma

decisão histórica em defesa do Jornalismo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará – Sindjorce Presidente em exercício

SamIRa DE CaSTRO Secretário-geral

aLOÍSIO COUTINHO Dir. Adm. e Finanças

DÉbORaH LIma Dir. Com. e Cultura

maRINa VaLENTE Dir. Ação Sindical

mIRTON PEIXOTO Suplentes

EVILÁZIO bEZERRa LÚCIa DamaSCENO Conselho Fiscal

ROGÉRIO GOmES FRaNCISCO FERREIRa GaTTO FELIPE abUD Comissão de Ética

mESSIaS PONTES TELma COSTa ELIÉZER RODRIGUES aNGELa maRINHO maURÍCIO LIma Delegados da FENAJ

FÁTIma mEDINa SaLOmÃO DE CaSTRO Suplente

CLÁUDIa VIDaL

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iStaS S Jornal á icato do do Sind EStado do cEar Jornal aiS do on Si iS Prof an0 xx l 12 20

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Edição e textos

DÉbORa LIma SamIRa DE CaSTRO Edição de arte e projeto gráfico

SÉRGIO FUJIWaRa Fotos

EVILÁZIO bEZERRa DÉbORa LIma Impressão

GRÁFICa mINERVa Tiragem

1.000 EXEmPLaRES EM PAUTA é uma publicação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará. Jornalista Responsável: Samira de Castro mTb/CE 1159-JP

WaLDemIr barreto/aGenCIa SenaDo

A noite de 7 de agosto deste ano foi histórica para o jornalismo brasileiro. Absolutamente sintonizado com a opinião pública e com a categoria, o Senado deu um passo fundamental para a correção da decisão obscurantista do Supremo Tribunal Federal (STF) que eliminou, em 17 de junho de 2009, a exigência do diploma para acesso à profissão de jornalista

Por maioria de votos, Senado dá primeiro passo para corrigir o erro do STF senadores da bancada: Inácio Arruda (PCdoB), que foi relator da matéria; Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT), que mobilizaram as suas respectivas bancadas em favor da aprovação da PEC”, afirma a presidente em exercício do Sindjorce, Samira de Castro. batalha na câmara - Após a vitória em segundo turno no Senado, o novo local de batalha dos jornalistas brasileiros é a Câmara dos Deputados. É para lá que seguiu a PEC 33/2009. De acordo com os trâmites da Casa, a matéria pode nem precisar passar pelas comissões, já que texto semelhantePEC 386/2009, de

mesmo teor e objetivo, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), recebeu os crivos necessários para chegar ao plenário pronto para votação. A ideia, segundo o parlamentar, é unificar as duas PECs. “Terá que haver uma decisão do presidente da Casa (Marco Maia, PT-RS). Se ele entender que a redação é semelhante, ela não precisa passar de novo pelas comissões. E é isso que nós vamos buscar”, garante Paulo Pimenta, que também é jornalista. De acordo com o parlamentar, o voto aberto, exigido para avaliação de emenda à constituição, favorece os jornalistas. “Principalmente agora, por conta das redes sociais, há controle maior da sociedade sobre isso. Os sindicatos e estudantes, por exemplo, ajudam a fazer pressão”.

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS NO ESTADO DO CEARÁ | RUa JOaQUIm SÁ, 545 | DIONÍSIO TORRES | FORTaLEZa-CEaRÁ | CEP: 60.130-050 | FONE/FaX: (85) 3272.2966/3247.1094/8644-6096 | CONTaTO@SINDJORCE.ORG.bR http://www.sindjorce.org.br/

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Jornalistas de imaGem do ceará

Encontro pioneiro debate identidade profissional , segurança e valorização Foram exatos 12 meses entre a data da criação do Departamento de Jornalistas de Imagem do Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindjorce) e a realização do primeiro encontro estadual de profissionais do segmento promovido nos 59 anos de história da entidade. Depois de uma longa gestação, enfim nasce, no auditório da Associação Cearense de Imprensa (ACI), o I Encontro Estadual de Jornalistas de Imagem e Profissionais de Comunicação do Ceará (EEJIC)

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oram três anos em compasso de espera, mas a esmagadora maioria na aprovação da PEC 33/2009 em segundo turno (60 votos a favor e apenas 4 contrários) mostrou que a sociedade brasileira concorda com o diploma como critério mínimo de acesso a uma profissão de importante função social. “A exigência da formação superior em Jornalismo é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade. Depois de 1969, quando foi instituída, esta exigência contribuiu decisivamente para modificar a qualidade do Jornalismo brasileiro, representando uma das garantias ao direito à informação independente e plural, condição indispensável para a verdadeira democracia”, afirma o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Celso Schröder. Os 31 sindicatos de Jornalistas do Brasil trabalharam incansavelmente para a aprovação da PEC no Senado. “No Ceará, precisamos fazer um reconhecimento aos três

Jornal do Sindicato doS JornaliStaS ProfiSSionaiS no EStado do cEará

data de nascimento é 1º de setembro, véspera do Dia Nacional do Repórter-Fotográfico. Tendo como madrinha a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o I EEJIC é um marco na organização de repórteres fotográficos, cinematográficos, diagramadores e ilustradores. Uma espécie de “filho dileto” da atual diretoria do Sindjorce, que resolveu encarar a polêmica em torno da discriminação que sofrem os jornalistas de imagem, inclusive pelos próprios colegas de texto. “A discriminação chega às direções sindicais, onde alguns jornalistas diplomados consideram os colegas de imagem de segunda categoria”, afirma o coordenador do Departamento de Jornalistas de Imagem e diretor executivo do Sindjorce, Evilázio Bezerra, reporter-fotográfico integrante da lista dos 200 jornalistas mais premiados de todos os tempos, segundo o site Jornalistas & CIA. “Não é nada velado. O preconceito contra os companheiros de imagem é explicito e deve ser combatido nos sindicatos, nas redações e principalmente nas ruas, onde eles são as maiores vítimas da vio-

conHEça oS conVidadoS Helder molina é professor e pesquisador, mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); celso augusto Schröder é lustrador do Correio do Povo (RS), presidente da Federação dos Periodistas da América Latina e do Caribe (FEPALC) e da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ); José augusto camargo, o Guto, é diagramador do Diário do Comércio (SP), presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) e secretário-geral da FENAJ; andré liohn garcia de oliveira é repórter-fotográfico e cinematográfico internacional, especialista em coberturas de guerra e único sulamericano vencedor do Prêmio Robert Capa; arthur lobato é repórter-cinematográfico da Rede TV! MG, psicólogo, foi 2º tesoureiro da FENAJ e vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais;

lência no exercício da profissão”, denuncia a presidente em exercício do Sindjorce, Samira de Castro. Tema recorrente na série de encontros preparatórios para o I EEJIC, a discriminação, juntamente com a ética, saúde e segurança no trabalho, aparece como principal motivo de preocupação dos jornalistas de imagem. A falta de identidade profissional de jornalista, particularmente dos repórteres-cinematográficos, também é reclamação constante. “Na TV onde eu trabalho, a ordem é demitir repórter-cinematográfico que se filiar ao Sindjorce”, denuncia um profissional. Contratados ilegalmente pelos veículos como radialistas, eles ganham menos e trabalham mais. Os repórteres-cinematográficos prometem esquentar os debates. “É muito gratificante testemunhar os colegas de imagem se organizando, chamando os amigos para o sindicato. O I EEJIC é uma resposta concreta a esta demanda. Que seja o primeiro de muitos encontros do segmento”, espera a diretora de Administração e Finanças do sindicato e 1ª tesoureira da FENAJ, Déborah Lima.

andré freire é repórter fotográfico, trabalhou em jornais, revistas e assessorias como repórter e editor de fotografia, é diretor do Departamento de Mobilização dos Jornalistas de Produção e Imagem da FENAJ; fátima duarte é psicóloga, especialista em saúde, trabalho e meio ambiente para o desenvolvimento sustentável (UFC) e Diretora do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST-CE); adalberto diniz é repórter-fotográfico, secretário da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas (Apijor) e diretor da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) Silas de Paula é coordenador do grupo de pesquisa em Cultura Visual, professor doutor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC); Eduardo queiroz é editor de fotografia do jornal Diário do Nordeste (CE), graduado em Sistemas de Informação pela Faculdade Integrada do Ceará (FIC) e especialista em Teorias da Comunicação e Imagem pela UFC; celso de oliveira Silva é fotojornalista freelancer, já tendo passado pelo jornal O Povo (CE), um dos criadores da agência e editora Tempo D’Imagem, desenvolve ensaios documentais e livros de fotografia; José alberto lovetro, o Jal, é um dos mais conhecidos cartunistas na imprensa nacional, criador do Prêmio HQ Mix, o Oscar do humor gráfico brasileiro, preside a Associação de Cartunistas do Brasil (ACB); liduína figueiredo é designer gráfico, professora da disciplina de Produção Gráfica na Universidade de Fortaleza (Unifor), já tendo trabalhado no jornal Diário do Nordeste (CE), fundou a Pah Comunicação e Eventos; glaymerson moises é jornalista graduado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), já tendo passado pelo Diário do Nordeste (CE), é designer gráfico e editorial freelancer, e criador da logomarca do EEJIC/CE; carlus campos, o Carlão, é ilustrador e caricaturista do jornal O Povo (CE). Peças publicitárias, livros infantis e exposições de arte são outros projetos do artista, que publicou trabalhos nas revistas Bravo e Caros Amigos.

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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará

Práticas antissindicais

Jornais do Ceará afastam diretoria executiva do Sindjorce da s redações Samira de Castro, Evilázio Bezerra, Déborah Lima e Mirton Peixoto, jornalistas respeitados no mercado e tidos como referência profissional na categoria, foram afastados compulsoriamente das redações de Fortaleza. A equipe – formada por uma repórter especial, um repórter fotográfico, uma repórter de política e um diagramador – foi condenada pelos jornais O Povo e Diário do Nordeste a parar de fazer o que mais sabe: jornalismo ético, de qualidade e com responsabilidade social.

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unidos por abraçar a luta sindical como instrumento de defesa dos direitos e das bandeiras dos jornalistas, os quatro profissionais foram despedidos, afastados ou transferidos por determinação das direções dos jornais em retaliação ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), entidade que representam. Hoje praticamente toda a executiva do Sindjorce – presidenta, diretora de Administração e Finanças, diretor de Ação Sindical e diretor Executivo – foi afastada pelos jornais dos locais de trabalho em função de seus mandatos sindicais. “Só me apareça aqui quando deixar o sindicato”, ouviu a presidente do Sindjorce, Samira de Castro, da boca do diretor-editor do jornal

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Contrariando o Estado democrático e a livre organização sindical, jornais do Ceará impedem dirigentes de exercerem sua profissão para não terem contato com a base

Diário do Nordeste, Idelfonso Rodrigues, no anúncio do afastamento compulsório dela da redação, no dia 2 de abril. Perseguição política - Os jornalistas, contudo, não são as únicas vítimas das escandalosas práticas antissindicais dos dois maiores jornais do Ceará. O Sindicato dos Trabalhadores Gráficos do Ceará (Sintigrace) também é alvo da perseguição política patronal. O diretor Juarez Alves, empregado do jornal O Povo, foi demitido depois de liderar a greve de 2009. Anos antes outro dirigente do Sintigrace, Antônio Alves Galdino, fora afastado do parque gráfico do Diário do Nordeste por ordem do diretor Industrial, Capibaribe Neto. Mas o ápice da perseguição sindical se deu na greve de maio deste ano, quando o presidente do Sintigrace, Rogério Andrade, foi acusado pelo sindicato patronal de “formação de quadrilha”. Acusação descabida ocorreu logo após o dirigente sindical denunciar ao Ministério do Trabalho e Emprego e à Polícia Federal o confinamento de trabalhadores nos parques gráficos e a substituição ilegal de grevistas pelos jornais do Estado durante a paralisação da categoria. “A criminalização do direito de greve e do movimento sindical é gritante nos jornais do Ceará e tem chamado a atenção de entidades internacionais como a FIJ (Federação Internacional dos Jornalistas) e a FEPALC (Federação dos Periodistas da América Latina e do Caribe)”, denuncia a presidente do Sindjorce.

Manifestação no Diário do Nordeste contra afastamernto da presidente do Sindjorce

Celso Schröder fala às redações sobre exemplo negativo dos jornais do Ceará

Repercussão internacional A escalada das práticas antissindicais no O Povo e Diário do Nordeste motivou a visita do jornalista Celso Schröder à Fortaleza. Conselheiro da FIJ, presidente da FEPALC e da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), ele manteve encontros com as direções dos dois jornais e visitou as maiores redações da Capital. Schröder trouxe pessoalmente a solidariedade e o repúdio das entidades à violência contra

dirigentes sindicais e cobrou dos jornais cearenses a reintegração dos jornalistas às funções para as quais foram contratados. Os ataques aos sindicalistas também provocaram manifestações nas portas das empresas. Representantes dos movimentos sociais, sindicatos de trabalhadores, federações e centrais sindicais ocuparam, no dia 12 de abril, as entradas do O Povo e Diário para denunciar à sociedade a violência contra os jornalistas e gráficos.

Denúncia na Câmara e no MP

Trabalhadores vítimas de práticas antissindicais se reúnem com o procurador Gérson Marques e o advogado Carlos Chagas

Protesto no Jornal O Povo reforça luta pela liberdade de organização dos trabalhadores cearenses

A denúncia também foi levada à tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza pelas jornalistas Samira de Castro e Déborah Lima. Representando o Sindjorce e a FENAJ, respectivamente, elas relataram os sucessivos assédios morais impingidos pelos jornais aos sindicalistas, em sessão transmitida ao vivo pela TV Fortaleza Um dos relatos feitos no plenário da Casa descreveu as intimidações dos presidentes do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Ceará (Sindjornais), Mauro Sales, e do jornal O Povo, Luciana Dummar, contra o diretor de Ação Sindical do Sindjorce, Mirton Peixoto. Retirado da redação depois da greve de 2009, Mirton trabalha hoje no “Anúncios Populares” da empresa, setor onde é o único jornalista.

A Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) também foi acionada. Uma comissão de sindicalistas de diversas entidades do Ceará acompanhou a presidente Samira de Castro, demais diretores do Sindjorce e a assessoria jurídica do sindicato na visita que fizeram ao procurador do Trabalho, Gérson Marques, momento em que foram relatados outros casos de práticas antissindicais contra diversas categorias representadas na reunião. “Ao retirar o sindicalista de sua base e limitar o acesso do sindicato às redações, as empresas atingem a espinha dorsal da organização dos trabalhadores nos locais de trabalho, criando campo fértil para a imposição da ideologia patronal”, resume Samira de Castro.

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Conheça as reivindicações dos jornalistas de impresso em 2012-2013 Piso R$ 1.775,61 para uma jornada de cinco horas diárias, respeitando as horas extras convencionadas em 80% (a 6ª hora trabalhada) e 100% (a 7ª hora trabalhada por dia) Demais salários reajuste de 13%

Reportagem especial R$ 134,55 por lauda de 25 linhas com 65 toques (ou 1.400 Caracteres) para o autor de texto, e de R$ 67,28, por cada foto aproveitada, no caso de repórter fotográfico

Cesta básica R$ 234,00 por mês, conforme valor aferido pelo Dieese em maio de 2012

Gratificação por qualificação

Para quem possui mba, especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado

Acúmulo de funções

Impede as empresas de impor aos seus empregados atividades que extrapolem a função descrita em seus registros profissionais ou em contrato de trabalho

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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará

Recomposição Salarial

Saúde do Jornalista

Jornalistas do Ceará conquistam os maiores ganhos reais em oito anos

Sem reconhecimento financeiro, jornalismo causa sofrimento psíquico

Os jornalistas de mídia impressa começam mais uma campanha salarial motivados pelas recentes conquistas da categoria. Na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2011/2012, fechada em março deste ano, a categoria conquistou 9% de reajuste para o piso, representando 1,50% de ganho real, além de 8,89% para os demais salários, o equivalente a 1,39% de reajuste acima da inflação.

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Discurso x prática | A Campanha Salarial 2012/2013 de Jornais e Revistas inclui, entre os pleitos, a cesta básica no valor mensal de R$ 234,00, ressaltando a necessidade de complementação da renda do trabalhador para a alimentação. Também entre as reivindicações está a licença maternidade de 180 dias, que não trará ônus às empresas, pois os jornais são beneficiários de renúcnia fiscal da União, conforme lei de autoria da ex-senadora Patrícia Saboya. Ganho Real de Salário - Rádio e TV Ganho Real Piso

oram os maiores ganhos reais dos últimos oito anos”, afirma a presidente em exercício do Sindjorce, Samira de Castro, acrescentando que, embora significativos, os percentuais de reajuste não resolvem a defasagem salarial da categoria. “Mas mostram que a mobilização dos trabalhadores fez com que as empresas entendessem que não vamos mais aceitar apenas a reposição da inflação”.

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Rádio e TV | Aprovada pela categoria após consultas às redações, e referendada em assembleia realizada dia 11 de junho, a CCT de Mídia Eletrônica garante piso de R$ 1.775,61, correspondendo a um reajuste de 8,20%, com ganho real de 2% acima da inflação, que foi de 6,1%. Este ano, o ganho real conquistado pelos jornalistas de rádio e TV foi superior ao alcançado no ano passado, quando os profissionais obtiveram reajuste de 1,44% acima da inflação de 6,47%. Significa dizer que os trabalhadores estão conseguindo não apenas repor as perdas inflacionárias, mas também aumentar o poder de compra dos seus salários.

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“Negar alimentação essencial ao trabalhador e um maior prazo de licença maternidade às jornalistas é o maior contra-senso das empresas de comunicação”, avalia Rafael Mesquita, diretor de Juventude do Sindjorce. “Vivemos novos modelos de gestão, onde as empresas-cidadãs são respeitadas pelo mercado. Desta forma, os jornais não podem pregar uma coisa e fazer exatamente o contrário com seus funcionário”, completa.

Ganho Real Massa

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Os jornalistas brasileiros continuam tendo uma visão romanceada de si mesmos e da profissão. As condições de trabalho absolutamente adversas e o não reconhecimento financeiro são tão fortes que causam o chamado sofrimento psíquico. Ou seja, o trabalhador vive uma relação de amor e ódio com o seu trabalho. As informações fazem parte do estudo “Vivendo no limite: quem são os nossos formadores de opinião”, do professor e psicólogo Roberto Heloani, apresentado no Ciclo de Debates Sindjorce, realizado no Espaço Cultural SindBar, no dia 17 de julho

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s jornalistas se conformam com o estresse, achando que faz parte da profissão, e criam a fantasia de que a situação vai ser diferente no futuro”, afirmou Heloani. O Ciclo de Debates Sindjorce, que teve como palestrante o também psicólogo e repórter cinematográfico da Rede TV! de Minas Gerais Arthur Lobato, além do advogado trabalhista Carlos Chagas, assessor jurídico do Sindjorce, como debatedor, fez parte do 3º Pré-Encontro dos Jornalistas de Imagem do Estado. Contou com a presença da presidente da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE), Joana Almeida, e do advogado Thiago Pinheiro, presidente da Comissão de Direito Sindical da OAB Ceará. Num mercado de trabalho onde 90% dos profissionais não têm carteira assinada – são contratados como pessoa jurídica (PJ), prestadores de serviço e até por meio de falsas cooperativas –, um

Saída coletiva

Especialistas debatem as causas do adoecimento da categoria, no Sindjorce dos resultados surpreendentes da pesquisa é que 75% dos entrevistados estavam num grau de estresse comprometedor, mas apenas uma minoria se reconhecia estressada. “A deterioração da qualidade de vida no trabalho banalizou-se, ou melhor, naturalizou-se”, comentou. Além do alto percentual de estressados, a pesquisa detectou elevado índice de fragilidade nas relações familiares. “Jornalista não precisa ter família, não precisa se relacionar, virou robô”, disse Heloani, acrescentando que, assim como aconteceu com as executivas e as professoras do ensino superior, as jornalistas estão adiando cada vez mais a maternidade, em busca de estabilidade profissional. “Sem falar que há uma diminuição no número de filhos”. Postergando a felicidade e colocando como mote de vida a melhoria do salário, os jornalistas viraram reféns da política das empresas, que jogam uma geração contra a outra dentro das redações, acirrando a competitividade entre os recém-formados e os mais experientes. “Nas cada vez mais numerosas escolas de Jornalismo, com seus cursos muito técnicos, os re-

cém-formados saem sem conhecer os seus direitos, e entram no mercado já despolitizados, tornando-se presas fáceis”, comenta Heloani. Jornada intensa e não remunerada | Para o psicólogo e repórter cinematográfico Arthur Lobato, o maior problema do trabalhador brasileiro em geral está da organização do trabalho. “Há uma intensidade da carga de trabalho, sobretudo para os jornalistas, que muitas vezes não têm hora para comer”, diz, citando o próprio exemplo, pois passou sete anos sem almoçar, “achando a situação mais normal do mundo”, porque se convencionou dizer que jornalismo é vocação. Além da “naturalização” dos problemas de saúde decorrentes da intensiva carga de trabalho, Lobato chama atenção para a jornada não paga. “Você tem um banco de horas que, quando vai compensar as folgas descobre que sempre tem menos dias para tirar do que o que você realmente trabalhou. Isto é o que eu chamo de saidinha do banco de horas. Não tem a saidinha bancária? Pois no banco de horas, significa que a empresa está te roubando”.

Diante de um quadro estarrecedor, os jornalistas se perguntam qual a saída para evitar a precarização do trabalho, o adoecimento físico e mental, o assédio moral? O professor Heloani é enfático: formação política, sindicalização e solidariedade de classe. “O Jornalismo não é uma questão técnica e, como tal, seus profissionais necessitam de formação política. A categoria também precisa entender que a saída não é individual, e sim coletiva, ou seja, passa pela estrutura sindical, que não deve ser maniqueísta. Por fim, o trabalhador jornalista não está isolado. Tem de buscar articulação política com outras categorias, com o conjunto de trabalhadores”, disse. Concordando com o professor Roberto Heloani, Lobato defende que a questão da saúde do jornalista seja transformada em luta política. “O trabalhador precisa reagir através da estrutura sindical”, comenta.

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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Ceará

Arraiá do diploma Os três anos da derrubada do diploma de Jornalismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), completados no dia 17 de junho passado, foram lembrados pelos jornalistas do Ceará durante o “Arraiá do Diploma 2012”. A festança reuniu, na sede do Sindjorce, jornalistas e sindicalistas, no dia 22 de junho. Nem mesmo a segunda maior chuva do ano ocorrida em Fortaleza tirou a animação da festa, que teve direito até a noivas diplomadas arrastando pé no sindicato

Cantar para a igualdade

Quem não reivindica... A sétima edição do bloco Matou a Pau...ta! mostrou que os jornalistas cearenses fazem a luta até na hora da folia, sempre com bom-humor e irreverência. Reunindo cerca de 300 pessoas por desfile, todos os sábados antes do Carnaval, o bloco homenageou Sérgio de Sousa, repórter do Diário do Nordeste. Além da presença da Corte Momina de Fortaleza, a edição de 2012 marcou a classificação da marchinha do bloco entre as 12 selecionadas pelo edital da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) para a gravação de CD do registro fonográfico da tradição musical do pré-Carnaval de Fortaleza

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Ao som de muito soul, reggae, axé e samba rock, os jornalistas cearenses se reuniram no dia 12 de maio para celebrar a “Noite Negra – cantar para a igualdade”, evento realizado pelo BNB Clube, em parceria com o Sindjorce, por meio do Projeto BNB Clube de Cultura. Investindo na participação de artistas negros locais, passando por várias sonoridades, a primeira edição da “Noite Negra” contou com a participação do cantor Níguer, do grupo Nigroover, dos intérpretes David Lima, Júlio Jamayka e Lorena Nunes, e do músico caboverdiano Andy Monroy


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