Boletim Intercel nº 07

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boletim da intercel Informativo da Intercel

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03 de julho de 2015

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N07

´ a pior crh da historia Diretoria nega tudo e dá mostras de que a negociação do ACT será de embates

x longamente debatidos e já encaminhados tiveram sua lógica pervertida e foram negados pela Celesc, restando seu registro em ATA e o compromisso dos sindicatos da Intercel de levar as reivindicações da categoria à esfera judicial. Além disso, as negociações administrativas sobre cláusulas do ACT vigente também se esgotaram e os sindicatos da Intercel entrarão com ação judicial de descumprimento de Acordo Coletivo assim que a ATA da reunião desta quarta-feira for assinada, o que deve ocorrer nos próximos dias. Nas próximas páginas deste boletim registraremos ponto a ponto os debates desta reunião.

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As negativas a benefícios essenciais e de grande impacto na vida dos trabalhadores demonstraram aos sindicatos que a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, que inicia em setembro, será de grandes embates

A postura demonstrada pela diretoria de Gestão Corporativa da Celesc na reunião da Comissão de Recursos Humanos (CRH) desta quarta-feira, dia 1º de julho, foi esclarecedora. As negativas a benefícios essenciais e de grande impacto na vida dos trabalhadores demonstraram aos sindicatos que a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, que inicia em setembro, será de grande embate. Demonstrou, ainda, que toda a diretoria da Celesc trabalha de forma a protelar as decisões e irritar os trabalhadores, mudando o discurso de acordo com a conveniência. Nesta reunião, pontos


registro de ponto e horas extras A reunião iniciou com os sindicatos da Intercel questionando a inviolabilidade do registro de ponto, que segundo denúncias dos trabalhadores, tem sido alterado, causando prejuízos na contabilização e pagamento de horas. Os sindicatos reiteraram que o registro de ponto tem que ser inviolável e que sua adulteração não pode ser utilizada como forma de gestão de horas. A Diretoria da Celesc afirmou que a prática não é orientada nem incentivada e que o próprio sistema pode conter distorções e erros, que devem ser comunicados ao RH da empresa para correções pontuais. Os sindicatos ainda manifestaram duas preocupações com o registro e

pagamento de horas extras. Primeiro é a ineficiência do programa SAP para discernir entre horas para pagamento e horas para compensação. As primeiras, que ocorrem por convocação ou necessidade do trabalho do celesquiano devem ser pagas, não podendo ser convertidas para banco de horas. O segundo caso é referente às horas do Sistema de Compensação, que são realizadas por interesse dos trabalhadores e convertidas em banco. Segundo alguns relatos, o sistema SAP não consegue diferenciar as duas e tem em alguns casos, unido as duas, o que gera além de pagamento indevido, o desaparecimento de horas. A diretoria comentou que todos os trabalhadores têm uma pré-aprovação

para a realização de 40 horas-extras no mês e que, caso este limite ultrapasse, a chefia tem como justificar e autorizar o pagamento das horas. Com relação ao sistema SAP o RH da empresa afirmou que verificará a situação para que este consiga diferenciar os tipos de horas realizadas, evitando novos erros e constrangimentos. Ainda com relação às horas extras os sindicatos deixaram claro que a empresa não pode limitar o pagamento de horas realizadas em 40 horas, deixando o excedente para pagamento futuro. As horas realizadas têm que obrigatoriamente serem pagas e as chefias não podem impedir este processo, como forma de gestão.

o bloco do deixa pra depois... A sequência da reunião demonstrou que não há nada de novo no front: só a mesma enrolação e dissimulação. A extensa pauta foi mais uma vez achincalhada com atrasos, postergações e negações e a diretoria apresentou o bloco do “deixa pra depois”. Sobre o Incentivo à Prática Esportiva, os sindicatos da Intercel haviam encaminhado préviamente algumas alterações na proposta da empresa, ampliando as condições do benefício, e garantindo que a empresa já pudesse se posicionar nesta reunião. O diretor afirmou que ainda não havia uma resposta defnitiva e mais uma vez os sindicatos manifestaram a preocupação com os constantes adiamentos à implementação do benefício. A estratégia de adiar o debate também foi utilizada para tratar da Ação de Terceirização. A diretoria manteve o entendimento de que a decisão judicial somente é valida para o impedimento de duplas mistas (terceirizados + trabalhador próprio), propondo que as divergências de opinião fosse levadas à discussão pontualmente. Os sindicatos afirmaram que, dada a postura da empresa de não levar à sério a matéria, farão o debate junto ao Ministério Público, já que participam do processo judicialmente.

O PCS (ponto de grande interesse para os trabalhadores) também está em ritimo lento. Os sindicatos vêm cobrando a nomeação do GT e o início dos debates, mas, segundo a Diretoria, agora é que se consensou pelo lado da empresa de que forma eles querem trabalhar a revisão e, somente após o debate na próxima reunião do Conselho de Administração, é que o grupo será constituído e iniciará os trabalhos. Mais uma vez os sindicatos cobraram agilidade no cumprimento da cláusula do ACT, que deveria ter sido atendida 60 dias após a assinatura do acordo 2014/15. A diretoria também desrespeitou o espírito de criação da normativa de Acidentes de Trânsito e declarou não aceitar que seus efeitos também contemplassem casos anteriores que estão transitando na justiça. Fechando o bloco do deixa pra depois, a diretoria afirmou que ainda não tem uma resposta para a revisão das diárias na empresa. Este problema se estende desde que a Celesc alterou unilateralmente os valores das diárias. E assim, esta parte da reunião novamente não trouxe nenhuma resposta concreta para nada. Só tempo e irritação para os celesquianos.

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descumprimentos de acordo coletivo

judicial. Após inúmeras tentativas de solucionar questões fundamentais que claramente são descumpridas pela Celesc, os sindicatos da Intercel solicitaram à empresa o registro de desacordo na ata da

CRH, liberando as entidades sindicais para procederem com as ações na justiça. Listamos abaixo os casos que serão levados à justiça, assim que a ATA da CRH seja publicada, o que deve ocorrer em 10 dias.

O maior desrespeito com os celesquianos é a postura da diretoria de manter posições que claramente são quebra de acordo coletivo, jogando um debate que poderia ser resolvido administrativamente para a esfera

O maior desrespeito com os celesquianos é a postura da diretoria de manter posições que claramente são quebra de Acordo Coletivo, jogando um debate que poderia ser resolvido administrativamente para a esfera judicial

~ ´ gratificacao de ferias ,

´ auxilio doenca ,

No ACT 2013/14 a unificação da Gratificação de Férias foi negociada para TODOS os trabalhadores, inclusive para quem havia perdido judicialmente há alguns anos. A Celesc insiste em não fazer o pagamento e não reconhecer o direito dos celesquianos. Essa foi uma das cláusulas que mais sofreu com o vai-e-volta. Uma hora estava certa, na seguinte já não estava. Agora, vai à justiça.

Esta é a pior situação de todas. A Celesc ignora o sofrimento dos trabalhadores que se encontram no ‘limbo jurídico”, liberados para trabalho pelo INSS e reprovados pelo médico do trabalho da empresa. Sem salário e desamparados, a Celesc se recusa em resolver a situação, protelando uma decisão. Sobre este caso será publicada matéria no próximo jornal Linha Viva.

lojas de atendimento

´ auxilio empregado com dependente deficiente

Presente no ACT há dois anos, a Celesc não apresentou nada de concreto nas últimas CRH´s. Na desta quarta-feira afirmou que está trabalhando na acessibilidade das lojas, mas que segurança e ergonomia permanecem ignorados. As lojas de atendimento e seus trabalhadores são a imagem da Celesc e têm sido sistematicamente esquecidos pela Celesc.

Neste caso a Celesc unilateralmente alterou uma normativa que regula a cláusula, trazendo prejuízo aos beneficiários. A Intercel avisou a Celesc que além de prejudicar os trabalhadores, a empresa não pode alterar nenhuma normativa sem acordo com os sindicatos. Novamente a empresa ignora os fatos e empurra a discussão para a justiça. expediente

Celesc Pública bom para todo mundo!

Boletim da Intercel é uma publicação da INTERCEL Jornalista Responsável: Paulo Guilherme Horn (SRTE/SC 3489) Rua Max Colin, 2368 - Joinville/SC - CEP 89216-000 - Tel: (47) 3028-2161 Email: sindsc@terra.com.br As matérias assinadas não correspondem, necessariamente, à opinião do informativo. saesc - sindinorte - sinergia - sintevi - sintresc - stieec - stieel

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