PUBLICAÇÃO | Boletim da Intercel nº 160

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boletim da intercel Informativo da Intercel - 22 de junho de 2021 - N160

ACT E SALÁRIO INICIAL

EM REUNIÃO COM PRESIDENTE, INTERCEL COBRA INÍCIO DA NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO INICIAL E APRESENTA PRÉ-PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DO ACT 2021/22 1


Na última sexta-feira, dia 18, dirigentes dos sindi- balho para o ajuste do salário inicial, classificando catos que compõem a Intercel estiveram reunidos o tema como uma demanda fundamental de todos com o Presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, os trabalhadores da empresa, que deve ser acatada e com o Diretor de Gestão Corporativa, Pablo Cupa- pela Diretoria para reconhecer o papel fundamenni Carena, na sede da empresa, em Florianópolis, tal dos celesquianos no atendimento à sociedade e para debater as demandas dos trabalhadores. De os esforços da categoria no atingimento das metas acordo com o Presidente, o obda concessão, em 2020. Da mesjetivo da reunião era a continuima forma, a Intercel pautou a dade do processo de abertura necessidade de uma proposta de de diálogo, iniciado no enconPLR que contemple o pagamento tro entre as entidades sindicais linear e maior participação dos e o Governador do Estado de nos lucros. Para a Intercel, a disposição trabalhadores Santa Catarina, Carlos Moisés. Os dirigentes sindicais ainda apresentada pelo Presidente Inicalmente, o Presidente coderam início oficial à campanha ao diálogo é importante, mas de data-base dos celesquianos, mentou sobre a crítica dos sindicatos no Boletim da Intercel ela deverá ser refletida em um entregando ao Presidente e ao 158 sobre a falta de informação de Gestão Corporativa acordo coletivo de trabalho que Diretor à sociedade acerca do apagão a pré-pauta de reivindicações avance nas bandeiras de luta no meio-oeste, afirmando que dos celesquianos. A pré-pauta e no respeito ao trabalho das a empresa cumpriu extensa (que vai anexa a este Boletim), agenda de reuniões com represerá debatida em assembleias entidades sindicais sentantes políticos e com a imregionais na próxima terça-feiprensa na região. Os sindicatos ra, dia 29, e unificada em uma ponderaram que é necessária assembleia estadual virtual no uma comunicação mais pródia 07 de agosto. -ativa com a sociedade catariA Intercel lembrou das dinense, informando sobre o ocorrido, defendendo os ficuldades da negociação em 2019 por conta da celesquianos e minimizando o impacto de críticas postura agressiva e intransigente da diretoria, copolíticas à imagem da Celesc. brando respeito aos direitos históricos dos celesOs dirigentes sindicais apresentaram ao Presiden- quianos e avanços para a categoria. Para a Interte a necessidade de dar celeriadade às negociações cel, a disposição apresentada pelo Presidente ao do ajuste do salário inicial e da Participação nos Lu- diálogo é importante, mas ela deverá ser refletida cros e Resultados 2021, evitando que as mesmas se em um acordo coletivo de trabalho que avance acumulem na data-base dos celesquianos. A Intercel nas bandeiras de luta e no respeito ao trabalho reafirmou a proposta concluída no Grupo de Tra- das entidades sindicais.

PROPOSTA DA DIRETORIA PARA PLR 2021 NÃO TRAZ AVANÇOS AOS TRABALHADORES A diretoria da Celesc apresentou, em reunião virtual realizada dia 16 com os sindicatos da Intercel, a proposta para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2021 dos trabalhadores da Celesc. Basicamente, a proposta replica o último acordo, sem apresentar avanços importantes para os trabalhadores. De acordo com o apresentado pela Diretoria, não há mudança na estrutura do acordo, frustrando a expectativa dos trabalhadores por avan-

ços em uma distribuição que contemple, além dos resultados, uma parcela do lucro da Celesc. Além disso, a principal reivindicação dos trabalhadores foi, novamente, ignorada pela Diretoria, que manteve a forma de distribuição da PLR em 60% linear e 40% proporcional. Os dirigentes sindicais afirmaram que uma proposta que não contemple avanços na distribuição linear para a categoria encontrará resistêcia dos trabalhadores, eviden-

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ciando a lógica de que todos são fundamentais para a construção dos resultados e do lucro, fazendo com que a PLR deva ser dividida de forma igualitária entre todos os celesquianos. A Intercel deixou claro que a proposta não contempla os anseios dos trabalhadores e solicitou à diretoria o Contrato de Gestão e Resultados para uma avaliação detalhada e construção de uma contraproposta dos trabalhadores.


PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS É AMEAÇA À CELESC (MDB), votou pela obstrução. Os deputados Carmen Zanotto (Cidadania), Celso Maldaner (MDB), e Pedro Uczai (PT), votaram contra a privatização. O voto de Gilson Marques (Novo) foi contrário,

A própria privatização da Eletrobras impacta diretamente na empresa, uma vez que a estatal federal detém cerca de 10% das ações da distribuidora de energia elétrica catarinense. Neste cenário, a venda da Eletrobras significa um novo grupo privado dentro da Celesc, pressionando pela privatização da empresa

Na última semana, o Senado Federal, assim como a Câmara dos Deputados já havia feito, votou por entregar a maior empresa do setor elétrico do Brasil e da América Latina de bandeja para a iniciativa privada, traindo o povo brasileiro em nome dos interesses do capital. Neste cenário, é preciso destacar o voto dos Senadores catarinenses: Espiridião Amim (PP) e Dário Berger (MDB) votaram contra a privatização da Eletrobras, enquanto Jorginho Melo (PL) defendeu a venda da estatal. Os três senadores têm o nome ligado à disputa pelo Governo do Estado de Santa Catarina nas próximas eleições e o voto neste processo deve ser lembrado pelos celesquianos, em 2022. Nesta segunda-feira, dia 21, a Câmara dos Deputados aprovou, em segunda votação, a privatização da Eletrobras. Foram 258 votos favoráveis, 136 votos “não” e 53 pela “obstrução”, uma outra forma de ficar contra a proposta. Agora, o texto será encaminhando para sanção do Presidente da República, Jair Bolsonaro. Os Deputados Catarinenses foram amplamente favoráveis à privatização. Angela Amim (PP), Caroline de Toni (PSL), Coronel Armando (PSL), Darci de Matos (PSD), Fabio Schiochet (PSL), Geovania de Sá (PSDB), Ricardo Guidi (PSD), Rodrigo Coelho (PSD) e Rogério Peninha Mendonça (MDB) votaram sim à privatização. Carlos Chiodini

mas merece explicação. Apesar do voto contrário, a posição do Novo era por uma privatização muito mais agressiva, com o partido defendendo o texto original enviado pelo governo Federal, sem as emendas incluídas na Câmara e no Senado. Na prática, o

voto não do Novo é um voto pela privatização mais predatória que pode existir. O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) reafirmou, em boletim, a manutenção da luta contra a privatização: “Seguimos com a luta no Judiciário. Não desistiremos da Eletrobras como orgulho e patrimônio do Brasil. E vamos pedir que o Judiciário e os órgãos de controle se manifestem, se posicionem e reconheçam que essa aberração jurídica precisa ser barrada”, afirma a nota do Coletivo. Da mesma forma, parlamentares de oposição ao Governo Federal já divulgaram que irão à justiça contra a aprovação da MP do Apagão, que avança o projeto neoliberal de desmonte do Estado capitaneado pelo Presidente da República e pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes. Assim como na Eletrobras, os interesses do capital rondam a Celesc. A própria privatização da Eletrobras impacta diretamente na empresa, uma vez que a estatal federal detém cerca de 10% das ações da distribuidora de energia elétrica catarinense. Neste cenário, a venda da Eletrobras significa um novo grupo privado dentro da Celesc, pressionando pela privatização da empresa, unindo-se a EDP, que cada vez mais investe para comprar a estatal. O avanço da privataria na Eletrobras torna ainda mais necessária a união dos trabalhadores contra os ataques à manutenção da Celesc Pública.

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expediente Boletim da Intercel é uma publicação da Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina | Jornalista Responsável: Paulo Guilherme Horn (MTE 3489/SC) Rua Max Colin, 2368 | Joinville/SC | CEP 89216-000 Tel: (47) 3028-2161 | Email: sindsc@terra.com.br As matérias assinadas não correspondem, necessariamente, à opinião do informativo.

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