boletim intercel da
Informativo da Intercel - 22 de fevereiro de 2023 - N197
“CELESC MAIS PÚBLICA, MAIS
EFICIENTE E MAIS FORTE”
Na quinta-feira, dia 16, o governador Jorginho Mello (PL), Secretários de Estado e membros do Conselho de Administração estiveram na Celesc para a cerimônia oficial de posse da nova Diretoria da empresa.
No evento transmitido ao vivo, o novo presidente, Tarcísio Estefano Rosa, citou cinco vezes a manutenção da Celesc como uma empresa pública, em seu discurso. O governador Jorginho Mello, por sua vez, relembrou o compromisso assumido com os empregados, quando ainda era candidato ao governo, de não falar em privatização da Celesc. Ele destacou que seu indicado à presidência da companhia tem experiência “em vender empresa e tem
experiência também em como não vender uma empresa, no que a empresa tem que fazer para não ser vendida”. Ele alertou que celesquianas e celesquianos precisam estar atentos aos números da Casan e da SC Gás, já que a Celesc é sócia daquelas companhias e, segundo o governador, estas empresas não estariam “indo bem das pernas”.
De maneira geral, o evento serviu para tranquilizar um pouco a categoria por conta do histórico da atuação do novo presidente, Tarcísio Rosa, à frente da Amazonas Energia Eletrobras.
No dia seguinte à posse, o novo presidente fez um gesto que o antigo ocupante do cargo, Cleicio Poleto Martins, demorou bem mais tempo para fazer:
convidou os sindicatos da Intercel a dialogarem. E, também numa postura completamente diferente de Cleicio, mais ouviu as pautas trazidas pelos sindicatos do que falou. Tarcísio deu espaço para que os sindicatos apresentassem demandas importantes para a categoria, como a manutenção da Celesc Distribuição, Celesc Geração e SC Gás como empresas públicas, a manutenção dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras, a participação ativa da categoria na gestão da empresa, a revisão do quadro de dotação e, um dos assuntos mais debatidos, a isonomia de direitos e o acesso ao Plano de Saúde a todos os empregados e empregadas. Tarcísio pareceu compreender a importância da necessidade do acesso ao Plano de Saúde a toda a categoria. Foi alertado que é um tema bastante sensível a trabalhadoras e trabalhadores.
Além destes temas, foi debatido sobre a necessidade de fechamento do acordo de PLR no início do ano (para que se saiba desde o início do contrato quais são as metas), a continuidade da Celos como mantenedora dos Planos de Previdência e Assistenciais, a necessidade de concursos públicos e da primarização dos serviços e a manutenção dos Congressos dos Empregados, dos Seminários Regionais e dos Jogos Esportivos e Culturais.
Os sindicatos apresentaram ao presidente detalhadamente cada um dos itens, numa reunião que durou praticamente duas horas, contando a história das conquistas e das lutas da categoria ao longo dos anos. Foi entregue ao presidente também uma carta, pedindo que ele se comprometa e tenha atenção a cada um destes pontos.
O novo presidente reafirmou o compromisso anun-
ciado no dia anterior, da manutenção da Celesc enquanto empresa pública, da sua satisfação, nestes primeiros dias, por ter dialogado com trabalhadores, com a nova composição do Conselho de Administração e da Diretoria e de seu histórico como eletricitário, na Eletrosul, Tractebel, Eletrobras e na Amazonas Energia. Quanto a esta última empresa, onde também atuou como presidente, destacou que a missão dada era preparar a venda da companhia, tendo em vista os números negativos que ela apresentava. E que a Celesc apresenta uma realidade bastante diferente, com números positivos.
Por fim, Tarcísio focou muito na necessidade da companhia ter como lema ser uma “Celesc Pública mais forte e mais eficiente”, atendendo às demandas da sociedade catarinense. Ele argumentou que o governador Jorginho Mello esteve na sala de situação no dia anterior, na sede da companhia, e 99,88% da rede no estado estava energizada: “para aqueles 0,12% que estavam sem energia naquele momento, a empresa não estava atendendo às expectativas”, dando a entender que é preciso trabalhar para que tenhamos 100% de energia de qualidade em todo o estado o máximo de tempo possível.
Foi uma conversa amistosa, que causou uma boa primeira impressão aos sindicatos, representantes legítimos de trabalhadoras e trabalhadores. Se Tarcísio e a nova Diretoria seguirem neste rumo, dialogando, ouvindo e respeitando direitos da categoria, há grandes chances da empresa e a sociedade catarinense saírem ganhando. Os sindicatos e a categoria seguirão atentos a movimentos que, por ventura, forem contrários à manutenção da Celesc Pública.
“Tarcísio pareceu compreender a importância da necessidade do acesso ao Plano de Saúde a toda a categoria. Foi alertado que é um tema bastante sensível a trabalhadores e trabalhadoras”