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INTERCEL COBRA DO PRESIDENTE DA CELESC PONTOS PENDENTES DE NEGOCIAÇÃO
Na tarde desta quinta-feira, dia 20, os sindicatos da Intercel estiveram reunidos com o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa. A reunião teve como objetivo entregar ao presidente três correspondências: um pedido para que sejam retomadas o mais breve possível as negociações para a alternativa de plano de saúde mais barata e acessível à categoria, a cobrança para que se negocie e assine imediatamente o Acordo de PLR 2023 e o comunicado da mudança de interlocução com a Intercel, que agora passa a ser coordenada pelo Stieel. Além disso, os sindicatos também cobraram que seja cumprida a promessa do presidente durante a reunião no mês de fevereiro (um dia após sua posse) de que as portas estarão
sempre abertas ao diálogo e que o respeito entre as partes seria uma premissa durante as negociações.
Mais uma vez, o presidente se mostrou bastante aberto ao diálogo e, principalmente, a ouvir as demandas trazidas pelos sindicatos.
Política de viagens
O primeiro dos pontos debatidos foi sobre a mudança no regramento da política de viagens. A Intercel relatou as diversas reclamações trazidas pelos trabalhadores em todo o estado e a negativa da interlocução da diretoria em reunião da CRH de primeiro ouvir os trabalhadores, tentar evoluir em alguns pontos para, só depois, colocar em prática
a nova política. O presidente expôs que a proposta que passou a valer em 17/04 foi iniciada na diretoria anterior e que foram comparados preços de diárias e de alimentação com outras empresas do setor. E que o foco dessa mudança é melhorar “a qualidade de vida” dos trabalhadores, se hospedando em bons hotéis e tendo condições de realizar seu trabalho com o devido descanso. Após muito diálogo e argumentos apresentados pelos sindicatos, o presidente se comprometeu a estudar a possibilidade de rever valores até a próxima reunião da CRH, a ser realizada até o início de maio (em data a ser confirmada até segunda-feira, dia 24).
Plano de Saúde
Os dirigentes relataram um ponto bastante sensível para a categoria: o não andamento da nova proposta de plano de saúde alternativo. Os sindicatos explicaram a quantidade de trabalhadores (praticamente 1/3 da força de trabalho) que não possuem plano de saúde por conta do alto custo do plano atual. E que isso tem desmotivado e criado inseguranças a muitos empregados. O presidente relatou que não concorda com o fato de um trabalhador ingressar na empresa e não ter um plano de saúde. E que já fez contato com a Celos pedindo que estudassem uma proposta. A Intercel entregou, neste momento, ao presidente, uma proposta de plano de saúde mais acessível. O presidente se comprometeu a analisar e a dar um retorno sobre a proposta.
Acordo de PLR
Os sindicatos da Intercel também cobraram a não negociação, até o momento, do Acordo de PLR 2023. Lembraram que já estamos quase no quinto mês do ano e a proposta ainda não foi debatida e assinada. Os sindicatos entregaram ao presidente, neste instante, uma proposta de PLR para que a diretoria analise e comece a debater junto aos sindicatos. O presidente igualmente recebeu a proposta e se comprometeu a dar andamento às negociações.
Falta de pessoal
expediente
Por fim, a Intercel relatou que há diversos postos na Celesc carentes de força de trabalho e que há necessidade de reposição de quadros em diversos municípios, principalmente de eletricistas e atendentes comerciais. Alertaram que a terceirização é ruim para a empresa, pois, por exemplo, no caso de eletricistas, a Celesc conta com um serviço de menor qualidade, já que o empregado próprio geralmente fica bastante tempo na empresa, conhece toda a rede, tem uma quantidade de acidentes de trabalho muito menor, tem mais treinamentos e faz um serviço que não gera retrabalho - o que, muitas vezes, acontece com as empreiteiras terceirizadas. Aqui houve o maior ponto de divergência entre sindicatos e o novo presidente. Tarcísio citou um caso isolado de um empregado próprio que se acidentou na rede, como se fosse regra, sendo que é uma exceção. E acusou que o serviço mal prestado por uma empreiteira terceirizada seria fruto de má gestão. O presidente pareceu desconhecer que a quantidade de acidentes de trabalho com empregados terceirizados é muito maior não só na Celesc, mas em todas as empresas que passam a terceirizar esses serviços. E que a Celesc só tem os bons números que têm hoje pelo fato de ter um grande número de equipes próprias desempenhando os serviços em todo o estado. Questionado se há possibilidade de contratação de novos empregados, a serem chamados via concurso público, num curto espaço de tempo, Tarcísio argumentou que somente serão chamados novos concursados “onde for estritamente necessário” e que pediu para “analisar caso a caso”.
Este último ponto é o mais preocupante, na visão dos sindicatos da Intercel. É impossível a Celesc prestar um serviço de qualidade à população com defasagem de equipes. E o problema não será resolvido contratando equipes terceirizadas. Do contrário, o risco que se tem é de gerar retrabalho, ter um número maior de acidentes e, ainda, cair a qualidade dos serviços à população.
A Intercel seguirá cobrando todos os pontos debatidos nesta reunião e, com especial atenção, à reação do presidente à necessidade de contratação de novos empregados via concurso público.
“O presidente relatou que considera estranho um trabalhador ingressar na empresa e não ter um plano de saúde. E que já fez contato com a Celos pedindo que estudassem uma proposta”Boletim da Intercel é uma publicação da Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina | Jornalista Responsável: Leonardo Contin da Costa (MTE 6550/SC)