Orelhinha10-Campanha-salarial-BT-Call-Center-Parte3

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FILIADO À

CUT Boletim Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado de Goiás Fone: (62) 3227-7900

e-mail: sinttelgoto@uol.com.br

site: www.sinttelgo.org.br

Nº 10/13 DATA: 19/02/2013

ENTENDA A NEGOCIAÇÃO SALARIAL: PARTE 3 Saiba como o SINTTEL-GO realiza a campanha para garantir seus direitos e reajustes Agora que você já conhece como é montada a pauta de reivindicações e sabe como é o processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), nesse informativo mostraremos como são realizados os planos de luta utilizados em caso de impasse nas negociações. Este é o último informativo da série publicada pelo seu sindicato para esclarecer as dúvidas dos trabalhadores sobre a realização da campanha salarial. Se você não recebeu as edições anteriores, acesse www.sinttelgo.org.br e confira. Após várias reuniões de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), o seu sindicato convoca assembleia geral dos trabalhadores da BT Call Center para aprovação, ou não, da proposta final da empresa. Caso ela seja aprovada pelos trabalhadores, o acordo é enviado para homologação pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e suas cláusulas passam a vigorar até a próxima data-base. No entanto, se os trabalhadores rejeitam a proposta, o sindicato convoca a empresa para reiniciar as negociações do acordo. Quando ela se nega a oferecer novas propostas, o sindicato chama assembleia dos trabalhadores para a definição de um plano de lutas para o acordo. Esse plano pode incluir paralisações relâmpago, protestos dentro e fora da empresa, como carreatas, uso de carro-de-som e manifestações dos trabalhadores, com todos vestidos de preto, usando nariz de palhaço ou aderindo à “operação-tartaruga”, na qual é reduzida drasticamente a quantidade de atendimentos. Ações desse tipo acabam forçando a empresa a reconsiderar sua postura de não negociar e a reavaliar a proposta, discutindo cláusulas rejeitadas pela categoria. Mas isso só acontece se a maioria dos trabalhadores aderem ao movimento, dando força à manifestação e impedindo que a empresa identifique os participantes, demitindo, sancionando ou persiguindo-os. Os movimentos de protesto não garantem estabilidade aos participantes, é importante que grande parte dos trabalhadores fortaleçam as ações, pois nenhuma empresa poderia demitir ou sancionar a grande maioria de seus colaboradores. Caso o sindicato identifique que, mesmo rejeitando o acordo, a categoria não pretende aderir ao protestos e, ao mesmo tempo, os patrões se mostram intransigentes e indiferentes a um acordo, o sindicato recorre ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para mediar a negociação, mantendo a transparência e lisura do processo, além de garantir que o trabalhador não seja lesado no acordo. A diretora do SINTTEL-GO pela BT Call Center, Eunice Brito, explica o impacto dessa participação.

“Quando todos os trabalhadores estão unidos e participando do movimento, a empresa vê que é melhor mudar a estratégia e acaba cedendo. E é assim que obtemos grandes conquistas. Por outro lado, se poucas pessoas se mobilizam, a empresa acha que a maioria está satisfeita com o aumento proposto e não se vê na obrigação de melhorar nada. Isso deixa claro que o sindicato é a união dos trabalhadores e sua força é medida pelo grau dessa união”, afirmou Eunice. A greve geral é o último meio recorrido por uma entidade sindical para garantir os direitos de seus representados. Uma vez que para esse passo é necessário que os trabalhadores aprovem greve em assembleia e tenham participação massiva no movimento, que deve seguir pré-requisitos descritos pela lei para que tenha validade (Lei Nº 7.783, de 28 de junho de 1989). Assim, o sindicato providencia todos os meios para a organização da greve, quando aprovada pelos trabalhadores, desde publicação de editais e ofício à empresa, até as providências de todo o suporte necessário, como carro de som, tendas etc. Todo o processo de negociação, portanto, depende da participação e deliberação dos trabalhadores, uma vez que todas as decisões são tomadas em assembleia. E é por esse motivo que o seu sindicato sempre pede o seu envolvimento nas ações do acordo. A diretora do SINTTEL-GO pela BT Call Center, Sandra Monteiro, conta que a participação no processo de negociação tem suas recompensas. “As negociações do acordo duram poucos meses, mas os reajustes e direitos negociados têm validade durante toda a vigência do acordo, seja ele de um ou dois anos. Por isso nós contamos com a presença de todos nas negociações deste ano”, destacou Sandra. A data-base, ou seja, o início da vigência do Acordo Coletivo de Trabalhado (ACT) 2013 da BT Call Center será em 1º de maio. Mas antes disso o SINTTEL vai convocar uma assembleia para a discussão da pauta. Portanto, fique atento aos informativos do seu sindicato e participe desse processo. Somente dessa forma a empresa poderá conhecer suas necessidades e o sindicato póderá lutar para conquistá-las.


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