Maio de 2011 n° 134, ano XI
As t e n d ê n c i a s do c o n s u m o na v i s ã o do
empresário CNC lança indicador nacional para medir as expectativas dos empresários do comércio
E ainda:
PORTFÓLIO DE PRODUTOS E SERVIÇOS PÁGINA
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SENAC É PARCEIRO DO GOVERNO NO PRONATEC PÁGINA
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w w w . cnc. o r g . b r
• Christian Formon • Christophe Lidy • C Troisgros • Claudia Mascarenhas • C Taccolini • Dadala Jardim • Danio Braga de Noronha Viegas • Francesco Carli • F Monnier • Guimas • Heloisa Drummond d’O • Ismélia Feres • Jeroen van den Bos Maurício Godoy Barreiros • José Valmir Pe Laurent Suaudeau • Márcia Osório • Mar Nogueira • Maria José F. de Carvalho ( Maria Lucia Nabuco • Maria Tereza Lour Silva M Martins artins • Maria Maria T Thereza hereza C Caldas aldas Cam Cam Natividade vidade Petit • Pedrinho Prado • Pilar Pillar F de e Carvalho • Renata Darriba • Ren Renato na • Roberta oberta Sudbrack • Roberto Scorzelli Scorzellli • Simas mas • Samantha Aquim • Silvana a Bia Bi un nna Bar e Restaurante • Suzana Cav Cav Skunna • Suzana uzzana Porto Johnson • Sylvio Flores Flore es • Mangia ia a Klabin • lvio Flores • Vanda Mang Ma an Em torno da mesa – O prazer de Alice e Padilha • Alice Pittaluga Bueno • A compartilhar receitas, publicação Temporal mp poral • Ana Maria Jansen • And Andréa dréa do Senac Nacional e da ONG • Anna na Maria Vianna Torres • Charlô Wh Wh Refazer, traz mais de 100 pratos Christian F Formon ormon • Christophe Lidy • Claude Claud de Tr T criados por chefs renomados, • Claudia a Mascarenhas Mascarenhas • Cristina Taccolini Taccolin ni • D cozinheiros diletantes e donos Jardim diim • Danio Braga • Elza de Noronha Noron nha de bufês e restaurantes, que se • Francesco an ncesco Carli • Frédéric Monnier • Gu G uniram em prol de uma boa ru ummond d’Oliveira • Ismélia Feres Fere es • causa: angariar fundos para a Heloisa Drummond van den n Bos • José Maurício Godoy Barreiros Barre eiro manutenção de programa de erreira • Laurent Suaudeau • Márc Márcia ci a O assistência a pacientes infantis Valmir Pereira Nogueira • Maria José F. de Carvalho Carva alh e adolescentes portadores de Margarida Nogueira • Maria Lucia cia Nabuco • Maria Tereza Loureir Loureiro ro d doenças crônicas e suas famílias. Martins • M Maria aria T Thereza hereza C Caldas aldas Camargo Camargo • Nativ Nat Petit • Pedrinho edrinho Prado • Pilar Ferreira de Carv Car Adicione sua solidariedade e Renata Darriba • Renato Freire • Roberta Sudb dê seu toque pessoal a essas Roberto Scorzelli • Rosani Simas • Samantha A receitas! Silvana Bianchi • Skunna Bar e Restaurante • S Cavalcanti • Suzana Porto Johnson • Sylvio F Vanda Mangia Klabin • lvio Flores • Vanda Mang Alice Padilha • Alice Pittaluga Bueno • Amaury Tem Ana Maria Jansen • Andréa Tinoco • Anna Christian For
Sabe qual ingrediente essas receitas têm em comum? Solidariedade.
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EDITORIAL
Nossa vocação A CNC tem como uma de suas linhas de atuação prover os empresários do comércio de bens, serviços e turismo de produtos e serviços que os auxiliem no desenvolvimento de seus negócios. E é isso que buscamos com o lançamento das pesquisas nacionais de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Consolidadas no mercado com a marca da credibilidade da Confederação, as duas pesquisas compõem hoje o calendário de divulgação de indicadores aguardados não apenas pelos empresários, mas pelo mercado de uma forma geral. Se a ICF nos indicava a tendência de consumo pelo lado dos clientes, faltava ouvir o outro lado do balcão. Não falta mais. Com o lançamento do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), tema da nossa reportagem de capa deste mês, a CNC oferece uma nova ferramenta a empresários, analistas e demais profissionais que precisam de informações confiáveis para orientar negócios, investimentos ou informar a sociedade. Esta edição traz também uma prévia do que será discutido no 27º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que está sendo realizado este mês em Cuiabá. O tema dos debates é a responsabilidade socioambiental nos negócios. Um momento importante para a análise de temas ligados ao desenvolvimento do comércio e do sindicalismo patronal brasileiro e no qual a CNC terá a satisfação de lançar o Portfólio referencial de produtos e serviços, publicação que traz uma compilação de tudo o que é comercializado pelas federações e sindicatos do comércio de bens, serviços e turismo em todo o País. Será apresentado ainda o modelo de um moderno website que poderá ser adotado pelos sindicatos que quiserem optar por uma solução pensada e desenhada para atender as suas necessidades. A CNC Notícias aborda ainda, entre outros assuntos de interesse, o lançamento do Pronatec e o papel-chave a ser desempenhado pelo Sistema S no fortalecimento da educação e na profissionalização do Brasil. No setor turístico, as proposições resultantes dos debates sobre infraestrutura e megaeventos realizados no Conselho de Turismo da CNC e que poderão ajudar o País a cumprir com êxito o desafio de sediar os grandes eventos esportivos que vêm por aí. No cumprimento de sua vocação, a CNC segue ampliando sua folha de serviços prestados ao comércio e ao País. Boa leitura!
CNC Notícias Maio 2011 n°134
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Presidente: Antonio Oliveira Santos. Vice-Presidentes: 1º - José Roberto Tadros; 2º - Darci Piana; 3º - José Arteiro da Silva; Abram Szajman, Adelmir Araújo Santana, Bruno Breithaupt, José Evaristo dos Santos, José Marconi Medeiros de Souza, Laércio José de Oliveira, Leandro Domingos Teixeira Pinto, Orlando Santos Diniz.
Capa
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As tendências do consumo na ótica do
Vice-Presidente Administrativo: Josias Silva de Albuquerque. Vice-Presidente Financeiro: Luiz Gil Siuffo Pereira. Diretores: Alexandre Sampaio de Abreu, Antonio Airton Oliveira Dias, Antônio Osório, Carlos Fernando Amaral, Carlos Marx Tonini, Edison Ferreira de Araújo, Euclides Carli, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante, Hugo de Carvalho, Hugo Lima França, José Lino Sepulcri, Ladislao Pedroso Monte, Lázaro Luiz Gonzaga, Luiz Gastão Bittencourt da Silva, Marcelo Fernandes de Queiroz, Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues, Pedro Jamil Nadaf, Raniery Araújo Coelho, Valdir Pietrobon, Wilton Malta de Almeida, Zildo De Marchi.
empresário
Conselho Fiscal: Anelton Alves da Cunha, Antonio Vicente da Silva, Arnaldo Soter Braga Cardoso. CNC NOTÍCIAS Revista mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo Ano XI, nª 134, 2011 Gabinete da Presidência: Lenoura Schmidt Assessoria de Comunicação (ASCOM): ascom@cnc.org.br Edição: Cristina Calmon (editora) e Luciana Rivoli Dantas (subeditor – Mtb 21622) Redação: Celso Chagas, Edson Chaves Filho, Geraldo Roque e Joanna Marini Estagiário: Marcos Vinícius do Nascimento Design: Carolina Braga Revisão: DA/CAA-RJ/Secretaria Administrativa - Elineth Campos Impressão: Gráfica MCE Colaboradores da CNC Notícias de maio 2011: Roberto Nogueira (consultor-CNC), Reiner Leite (Apel-CNC), Aline Guterres (SESC-RS), Camila Santos (FNHRBS), Renata Balthazar (Gerência de Projetos-CNC), Sávio Carvalho (Fecomércio-CE), Thiago Ferreira (Fecomércio-MT), Alice Palmerim (Fecomércio-AP). Créditos fotográficos: Divulgação/20th Century Fox (página 4), Divulgação/Apple Store Brasil (página 4), Guarim de Lorena (página 7), Cristina Bocayuva (páginas 19 e 42), Banco de imagens – Stock.xchng (páginas 14, 36, 38, 43 e 52), Rose Peres (página 23), Miguel Ângelo (páginas 27, 28 e 29), Reiner Leite (página 31), Rodolfo Stuckert (páginas 32, 33 e 34), Marino Azevedo (página 39), Carlos Terra (página 41), Divulgação/ Panrotas (página 42), Acervo pessoal/Carlos Tavares (página 45), Paulo Clemen (página 46), Carolina Braga (páginas 47 e 48), Divulgação/Fecomércio-CE (página 49), Divulgação/Fecomércio-AP (página 50), Divulgação/SESC-SP (página 51), Divulgação/Senac -AL (página 54), Divulgação/ Fecomércio-RS (página 55), João Alves (página 56), Glyn Kirk/ AFP (3ª capa). Ilustrações: Carolina Braga (capa, páginas 8, 10, 12 e 26)
Novo indicador da CNC O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), primeiro indicador nacional das expectativas empresariais, vai antecipar as tendências do consumo no comércio baseadas na avaliação de empresários de todo o País.
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Sindicatos patronais se reúnem em Cuiabá 27° Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo vai proporcionar a troca de conhecimento entre dirigentes, executivos e assessores de entidades sindicais, além do debate de temas ligados ao desenvolvimento do comércio e do sindicalismo patronal.
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FIQUE POR DENTRO
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BOA DICA
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OPINIÃO
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CAPA - A tendência do consumo na visão dos empresários
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PESQUISA NACIONAL CNC - ICF e Peic revelam desaceleração no consumo e recuo no endividamento das famílias em abril
Projeto Gráfico: Carolina Braga, Marcelo Almeida e Marcelo Vital.
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ARTIGO - Ernane Galvêas: Conjuntura econômica
A CNC Notícias adota a nova ortografia.
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ESPECIAL - 27° Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
CNC - Rio de Janeiro Av. General Justo, 307 CEP.: 20021-130 PABX: (21) 3804-9200
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CNC - Brasília SBN Quadra 1 Bl. B - n° 14 CEP.: 70041-902 PABX: (61) 3329-9500/3329-9501
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27 Lançamento do Pronatec fortalece o ensino profissionalizante no Brasil Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi lançado pela presidente Dilma Rousseff e enviado ao Congresso Nacional em caráter de urgência. Com a concessão de bolsas de estudo e qualidade nos cursos de capacitação profissional, o Senac e todo o Sistema S são parte fundamental do Programa.
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Plano de Desenvolvimento da CNC é apresentado na reunião de Diretoria Com foco na busca de resultados empresariais de excelência, a CNC contratou a Fundação Dom Cabral para elaborar o Projeto de Desenvolvimento da entidade, que vai redesenhar processos, revisar a estrutura organizacional e analisar o público interno, de forma a alinhar pessoas e processos às estratégias da CNC.
40 Câmara Empresarial de Turismo entrega demandas ao Congresso CET realiza reunião com representantes das Comissões de Turismo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e entrega um documento com as principais reivindicações do setor de turismo. A previsão é de que os primeiros desdobramentos das articulações geradas durante a reunião aconteçam ainda em maio de 2011.
SUMÁRIO 22
PRODUTOS CNC
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- PDA chega às federações e sindicatos - CNC lança Portfólio referencial de produtos e serviços - Sindicatos ganham modelo de site
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Conselho de Turismo da CNC gera propostas para megaeventos Câmara Empresarial de Turismo entrega demandas ao Congresso Reciprocidade: palavra-chave para desenvolver turismo náutico Representantes da CNC participam do lançamento dos anais do Cbratur - Rio de Janeiro não tem mais baixa temporada em relação a turismo e hotelaria
INSTITUCIONAL - Sistema S é chave mestra no fortalecimento da educação e da profissionalização do Brasil - Dilma Rousseff lança o Pronatec - Embaixador da Geórgia visita a CNC
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ECOS DA DIRETORIA SERVIÇOS - Mudanças no FGTS abrem oportunidade de aumento das vendas de certificados digitais - Certificação Digital também para condomínios em transações com o FGTS - Ministério do Trabalho lança o novo Cadastro Nacional de Entidades Sindicais
EM FOCO -
REUNIÃO DE DIRETORIA - Fundação Dom Cabral apresenta Plano de Desenvolvimento da CNC
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TURISMO
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Visita à China: Carlos Tavares de Oliveira III Encontro de Comunicação do Sistema Comércio Novas regras aumentam segurança nas vendas com cheques Comércio exterior: empresas pedem alívio tributário e menos burocracia
SISTEMA COMÉRCIO - Fecomércio-CE mostra ações e resultados em 2010 - Fecomércios do Amapá e de Mato Grosso do Sul criam institutos de pesquisa - SESC promove esporte e lazer no Dia do Desafio 2011 - Fecomércio Minas consegue adiar prazo de fiscalização de sacolas ecológicas - Ações educacionais do Senac são levadas ao interior de Alagoas - Reunião do Mesa Brasil em Porto Alegre define metas para 2011 - Pesquisa mostra crescimento no hábito cultural do brasileiro
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FIQUE POR DENTRO Embratur investe no cinema para promover o Brasil A imagem positiva que cineastas do mundo todo têm passado do Rio de Janeiro e o bom momento da cidade em relação ao turismo internacional inspiraram a Embratur a divulgar o País utilizando o cinema. Campanhas de promoção ao turismo no Brasil estão sendo exibidas nos trailers de sessões de cinemas no exterior. Um dos vídeos é o Sons do Brasil, que tem o slogan “O Brasil te Chama” e traz um passeio guiado pelos destinos turísticos do País por meio dos sons. O primeiro filme a veicular a campanha foi o longa-metragem Rio, que já se tornou símbolo da cidade e é a animação de maior arrecadação em bilheteria de 2011 até o momento. A Embratur ainda negocia com a distribuidora 20th Century Fox os direitos de imagem da arara Blu, protagonista da animação, para ser um dos símbolos do Brasil no exterior.
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Clientes das classes C, D e E têm menos confiança para comprar
Produção do iPad no Brasil deve começar ainda em 2011
Uma pesquisa do Plano CDE, empresa de consultoria voltada para os públicos das classes C, D e E, mostrou que até 25% desses consumidores não se sentem confiantes para comprar em certas lojas e redes. Isso porque, segundo a pesquisa, os clientes acreditam ser mal atendidos por pertencer a um grupo de renda mais baixa. 50% dos entrevistados da classe C, 51% da classe D e 56% da E disseram ter essa percepção no ato da compra. Uma das principais reclamações dos entrevistados foi que vendedores não acreditam na condição financeira do consumidor e não oferecem produtos mais caros. Outra reclamação frequente é a falta de interesse dos funcionários em atender o consumidor, em certos casos. A pesquisa considerou como sendo da classe C pessoas de famílias com renda de R$ 1.214 a R$ 3.033 (quatro a 10 salários mínimos), da classe D, com renda de R$ 607 a R$ 1.213 (dois a quatro), e da E, de R$ 0 a R$ 606 (zero a dois). Segundo dados de outro levantamento, encomendado pela empresa Cetelem BGN ao instituto Ipsos, cerca de 19 milhões de brasileiros migraram para a classe C em 2010, fazendo desse público o maior consumidor do País, com mais de 101 milhões de pessoas. Os dados ainda mostram que o número de brasileiros nas classes D e E é de cerca de 48 milhões, somando 74% da população brasileira nas classes C, D e E.
Durante a passagem da presidente Dilma Rousseff pela China, onde ela teve um encontro com o presidente da Foxconn, Terry Gou, foi anunciada a produção do iPad e de outros itens da Apple no Brasil. Uma fábrica deve ser instalada em breve no interior de São Paulo, e a produção deve começar em julho de 2011. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Gou teria enviado uma carta à presidente manifestando seu interesse em começar o quanto antes a produção no Brasil, o que faz parte de uma série de investimentos que a Apple pretende fazer para estimular o crescimento da empresa no País. A Foxconn é a maior fabricante de componentes para eletrônicos no mundo. Além da empresa de Steve Jobs, ela presta seus serviços para Dell, Sony, Motorola e Nintendo, entre outras. Enquanto isso, o iPad 2, recente lançamento da Apple, teve o início das vendas no Brasil anunciado para 27 de maio. O modelo mais barato deve custar R$ 1.750,00.
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BOA DICA Biografia de José Alencar mostra sua trajetória de sucesso A morte do ex-vice-presidente da República José Alencar, em março de 2011, gerou grande comoção nacional, mas principalmente aumentou a admiração dos brasileiros pela luta de um guerreiro pela vida. Agora, sua trajetória de sucesso está contada no livro José Alencar: Amor à vida, escrito pela jornalista Eliane Catanhêde e lançado pela editora Sextante. Na biografia, histórias que narram desde sua infância no interior de Minas Gerais e seu espírito empreendedor, quando abriu sua primeira loja aos 18 anos, até sua ascensão à vida política e a chegada ao Palácio do Planalto, ao lado de Lula, participando da história da democracia no País.
Livro reúne artigos sobre a economia do turismo no Brasil Com o crescimento do turismo no Brasil, a realização de análises sobre as possibilidades de negócios se faz necessária. São muitas as oportunidades geradas pelo setor, que também movimenta a economia e tem criado empregos de forma nunca antes vista. No livro A economia do turismo no Brasil, da Editora Senac-DF, os autores têm como objetivo reunir informações que avaliam a demanda e a oferta do turismo e a relação deste com o conjunto da economia. São seis artigos organizados por Joaquim Pinto de Andrade, José Ângelo Divino, Maria de Lourdes Mollo e Milene Takasago, pesquisadores do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UnB).
Comprador de moda: dicas para lucrar e competir no mercado A última edição do Senac Rio Fashion Business, em janeiro de 2011, mostrou o crescimento de um determinado segmento de moda que participa cada vez mais ativamente da economia do setor: os negócios de micro e pequeno portes. Pensando nesse nicho específico, a editora Senac São Paulo lançou o livro Comprador de moda, de Eduardo Costa, que se apresenta como um guia sobre como planejar ofertas, gerenciar o empreendimento e se destacar em meio à grande competição do mercado. O livro aborda questões que vão desde como fazer o posicionamento da marca até pesquisa de preços de produtos para revenda, compra de artigos em atacado e varejo, fornecedores e orçamento de compra. Atento à evolução do mundo do trabalho, este livro preenche uma lacuna editorial tanto para estudantes como para quem já atua na área.
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OPINIÃO
Revisão do
Código Florestal
A
Câmara dos Deputados deverá deliberar sobre o Substitutivo ao Projeto de Lei nº 1.876, de 1999, elaborado pelo ilustre deputado Aldo Rebelo, nos termos de erudito, substancioso e fundamentado parecer, e que, fiel aos princípios constitucionais aplicáveis à matéria, revoga o Código Florestal de 1965 e “estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, dispõe sobre as áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal, define regras gerais sobre exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos”. Ponderando as propostas divergentes dos chamados “ambientalistas” e “ruralistas”, o Substitutivo dá tratamento adequado às Áreas de Preservação Permanente (art. 3º e seguintes), protegendo “as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água, qualquer que seja a sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros” (art. 3º), bem assim as “faixas marginais de qualquer curso d’água natural” (art. 3º, I), dispensadas as ocupadas pela agropecuária, como vierem a ser definidas por decreto presidencial. Todavia, ainda parece exagerada a faixa marginal de 30 metros para cur-
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sos d´água de até 10 metros de largura (art. 3º, I, “a”), o que abrange, por exemplo, córregos de até 3 metros de largura. Ninguém pode discordar da necessidade de preservação das nascentes e dos cursos d’água, o que, no entanto, não pode inviabilizar as plantações de hortaliças dos pequenos produtores rurais, que dependem da rega constante. Em entrevista à Veja de 02/08/2010, o deputado Aldo Rebelo lembrou que “toda a agricultura tradicional sempre foi feita na beira dos rios, porque lá é que está a água. Ninguém vai plantar em lugar seco”. Falta, no entanto, uma exclusão para os rios que atravessam os centros urbanos e cujas margens já estejam edificadas. Outrossim, o Substitutivo exclui a exigência de Área de Reserva Legal para os imóveis rurais em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais (art. 14, § 1º), mas que o Governo quer limitar aos ocupados pelos produtores familiares e cooperativados; atende à justa reivindicação dos proprietários rurais, no sentido de se admitir o “cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel” (art. 16); e prevê a possibilidade de o proprietário de imóvel rural, cuja Área de Reserva Legal seja inferior a 20% da área total, recompô-la, permitir a regeneração natural da vegetação ou compensá-la pelas alternativas esta-
OPINIÃO
Antonio Oliveira Santos Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
belecidas no artigo 25, § 4º. Outro avanço será a dispensa da averbação, em cartório, da Área de Reserva Legal, substituído pelo registro no Cadastro Ambiental Rural, o que importará em expressiva redução de custos e da burocracia. Inspirado na garantia constitucional ao ato jurídico perfeito e ao direito adquirido, o Substitutivo assegura “a manutenção e consolidação das atividades agropastoris existentes em áreas convertidas antes de 22 de julho de 2008 e todas os que receberam autorização de corte ou supressão de vegetação até a publicação desta Lei” (art. 47). Esse ponto, no entanto, vem sendo combatido pelos ambientalistas. Na conformidade da garantia constitucional de que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”, o Substitutivo regula inteiramente a matéria relativa à definição e delimitação das Áreas de Preservação Permanente, excluindo a atribuição de competências ao Conama, para a prática de atos de natureza legislativa, como prevê o Projeto original. São respeitáveis as preocupações dos ambientalistas com a preservação das florestas nacionais, mas são os produtores rurais que zelam pela conservação da natureza, especialmente nascentes e cursos d’água, e que, afinal, plantam, colhem e fornecem alimentos a todos os brasilei-
ros e a expressivas parcelas da população mundial. Do mesmo modo, devem ser garantidas as áreas tradicionalmente ocupadas, notadamente no Pantanal (22 milhões de cabeças), pela pecuária, ou seja, por um dos maiores rebanhos bovinos do mundo (190 milhões de cabeças). Também não se pode condenar os agricultores e pecuaristas da Amazônia por práticas introduzidas há 200 anos, com a anuência do Governo. Na verdade, o Substituto do deputado Aldo Rebelo viabiliza a sobrevivência de 5,2 milhões de pequenas propriedades rurais existentes no País, evitando que os pequenos produtores rurais se transformem em novos favelados dos grandes centros urbanos. Como observou a ilustre senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, “quem ganha com a atualização do Código Florestal é o Brasil”. Em tais condições, o Substitutivo apresentado pelo deputado Aldo Rebelo, fruto de trabalho inspirado na realidade brasileira, compatibiliza as exigências da proteção ao meio ambiente com as justas aspirações dos produtores rurais, responsáveis pelo destaque de nosso país no plano internacional. Por todas essas razões, o Substitutivo, em suas linhas gerais, tem o apoio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e merece a aprovação nas duas Casas do Congresso Nacional.
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CAPA
o d a i c n ê d n A te o ã s i v a n o consum s o i r á s e r p dos em o i c r é m o c do
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CAPA
A partir de agora os empresários do comércio de bens, serviços e turismo e o mercado de uma forma geral passam a contar com uma nova ferramenta. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), que a CNC lançou em maio, é o primeiro indicador nacional do setor com essas características. Assim como o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), o Icec antecipa tendências, porém sob o ponto de vista do empresário do comércio. E os primeiros dados apontam uma retração de 0,7% em abril na comparação com março – de 131,2 pontos para 130,3, em uma escala de zero a 200. Valores acima de 100 pontos indicam satisfação/otimismo, e, apesar da retração, os componentes do indicador apresentam avaliações favoráveis no que se refere às condições de negócios do País. Os dados regionais são disponibilizados para todas as federações do comércio, que podem divulgá-los na imprensa local.
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CAPA
Pesquisa mensal abrange seis mil empresas e aponta expectativa do comércio Representantes de empresas de grande e pequeno portes são ouvidos nas capitais de todo o País. Índice abrange as condições atuais do empresário do comércio, expectativas e investimento.
U
ma pesquisa que mostra as tendências de consumo do lado de dentro do balcão. É assim que o economista Fábio Bentes, coordenador do Icec, classifica o novo produto que a CNC está entregando aos empresários e ao mercado, que precisam de informações confiáveis para balizar investimentos e análises econômicas. O novo levantamento tem periodicidade mensal e ouve representantes de empresas de grande porte (acima de 50 empregados) e de pequeno porte (abaixo de 50 empregados) nas capitais de todas as Unidades da Federação. A amostra mensal é composta por aproximadamente seis mil empresas situadas em todas as capitais do País, e os índices podem apresentar dispersões que variam de zero a 200 pontos. Os dados regionais são disponibilizados para todas as federações do comércio, que poderão divulgá-los na imprensa local, seguindo o mesmo procedimento das pesquisas nacionais de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). “Com a ICF avaliamos a confiança das pessoas para consumir, e com o Icec, a confiança dos empresários para vender e para investir na empresa”, compara Bentes. No Icec-CNC as avaliações dos empresários dos mais diversos ramos da atividade comercial são agrupadas por ramos do varejo, que, por sua vez, são reagrupados e apresentados segundo categorias de uso, ou seja, empresas especializadas na comercialização de bens duráveis, semidu-
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ráveis e não duráveis. Os dados também são tabulados de forma a permitir análises regionais, que podem ser divulgadas pelas federações do comércio. O índice é construído a partir de nove questões. As três primeiras, que constituem o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), comparam a situação econômica do País, do setor de atuação e da própria empresa, com relação ao mesmo período do ano anterior. As três perguntas seguintes demandam avaliações dos mesmos aspectos, porém em relação ao futuro no curto prazo, e formam o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC). Em todas as seis primeiras perguntas, as opções de resposta são as seguintes: (i) Melhorou/Melhorará Muito; (ii) Melhorou/Melhorará um Pouco; (iii) Piorou/Piorará Muito; e (iv) Piorou/piorará Muito. Finalmente, as últimas três perguntas, que compõem o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), abordam questões mais específicas relativas aos seguintes temas: (i) expectativa de contratação de funcionários para os próximos meses (aumentar muito, aumentar pouco, reduzir pouco ou reduzir muito); (ii) Nível de investimentos em relação ao mesmo período do ano anterior (muito maior, um pouco maior, um pouco menor ou muito menor); e (iii) Nível atual dos estoques diante da programação de vendas (muito maior, um pouco maior, um pouco menor ou muito maior).
CAPA
Índice de Confiança do Empresário do Comércio Composição do Índice Índice
Abril/11
Março/11
Variação mensal
Condições atuais do empresário do comércio
115,4
116,9
-1,3%
Economia
112,6
114,5
-1,6%
Setor
110,8
111,3
-0,5%
Empresa
122,6
124,7
-1,7% Fonte: Pesquisa CNC
Avaliação da economia está menos favorável Ao avaliar as condições da economia mente no que se refere à avaliação das brasileira, do setor comercial e da pró- condições atuais da economia brasileira pria empresa, os empresários mostraram (-1,8% contra +5,1%, respectivamente). uma percepção menos favorável do que As empresas especializadas na comerciaaquela verificada no mês de março. Em- lização de bens não duráveis, como alibora as condições gerais da própria em- mentos, medicamentos e combustíveis, presa tenham registrado a maior queda foram as que registraram as variações mensal dentre os três componentes das negativas mais expressivas (-3,0%), poscondições atuais (1,7%), este quesito é sivelmente em função da persistência das o que registra a melhor avaliação (122,6 pressões inflacionárias sobre os alimenpontos) no Iceac, ao revelar que para 69% tos. Sendo assim, variações negativas na dos empresários a percepção corrente avaliação das condições atuais não chedo ambiente de negócios das empresas gam a surpreender neste início do ano, é melhor que a do mesmo período do uma vez que o ritmo de atividade econôano passado. mica vem dando claros sinais de desaceApesar das quedas de 4,0% e 2,8%, as leração nos últimos meses. regiões Norte e Nordeste são as que apresentam maior nível Condições atuais (empresas) de satisfação com as condições correntes (118,2 e 118,7 pontos, respectivamente). As Melhoraram empresas de menor porte (até muito 50 funcionários) apresentaram 13,7% comportamento divergente das demais nos três quesitos que compõem o Iceac, especialPioraram muito 6,4%
Pioraram pouco 24,7%
Melhoraram pouco 55,3 %
Fonte: Pesquisa direta CNC
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CAPA Expectativas do empresário (empresa) Piorar muito 6,8%
Melhorar pouco 43,6 %
Piorar pouco 1,2%
Melhorar muito 48,4%
Fonte: Pesquisa direta CNC
Expectativa de melhorias para empresas As expectativas dos empresários do comércio se mantiveram praticamente estáveis em relação ao levantamento anterior (-0,1%). Mesmo recuando 1,0% em abril, o maior otimismo quanto à realidade das empresas (165,6 pontos) destoa dos demais componentes do IEEC, situados nos 158,5 pontos no que tange ao comércio em geral e nos 150,7 pontos na avaliação da economia brasileira como um todo. Para 92,0% dos entrevistados as empresas deverão encontrar um quadro ainda positivo pela frente. A economia brasileira deve passar por um cenário mais favorável na opinião de 84,8% dos empresários, enquanto 88,9% apostam na melhoria do setor no curto prazo.
As empresas de maior porte estão ainda mais otimistas (166,0 pontos) do que aquelas que empregam até 50 trabalhadores (158,3 pontos). Da mesma forma, o crescimento de 0,9% nas perspectivas dos empresários no segmento de bens semiduráveis fez aumentar ainda mais o grau de otimismo (162,5 pontos) ante os demais ramos, que apuraram quedas de 0,5% (duráveis) e 0,7% (não duráveis). Regionalmente, o Norte (163,5 pontos), o Nordeste (159,5 pontos) e o Centro-Oeste (160,2 pontos) deverão continuar em destaque, mantendo-se, portanto, em sintonia com as vendas do varejo, que crescem justamente impulsionadas por essas três regiões.
Índice de Confiança do Empresário do Comércio Composição do Índice Abril/11
Março/11
Variação mensal
Expectativas do empresário do comércio
158,2
158,4
-0,1%
Economia
150,7
149,6
+0,7%
Setor
158,5
158,3
+0,1%
Empresa
165,6
167,3
Índice
-1,0% Fonte: Pesquisa CNC
12 CNC Notícias Maio 2011 n°134
CAPA Índice de Confiança do Empresário do Comércio Composição do Índice Abril/11
Março/11
Variação mensal
Investimento do empresário do comércio
117,3
118,4
-0,9%
Expectativa de contratação de funcionários
126,6
127,0
-0,3%
Nível de investimento das empresas
118,0
121,5
-2,9%
Situação atual dos estoques
107,4
106,7
+0,6%
Índice
Fonte: Pesquisa CNC
Empresários esperam contratar mais Mesmo caindo 0,3%, a intenção de contratação de funcionários tem se mostrado como a principal ação de investimento por parte dos empresários do comércio. Marcando 126,6 pontos, este componente do IIEC revela que 74,5% dos empresários do comércio estão dispostos a continuar contratando. Para 2011 a expectativa é que o comércio crie 473 mil novas vagas, o que representaria um aumento de 6,0% no contingente de trabalhadores empregados. A perspectiva de investimento das empresas, com recuo de 2,9%, sugere não somente a adequação à já esperada redução no nível de atividade econômica, mas também o encarecimento dos empréstimos e financiamentos. A tentativa de se desacelerar o crédito já produziu, em 2011, um aumento de 2,6 pontos na taxa de média de juros cobrada das pessoas físicas e de 4,4 pontos no custo do crédito ao consumidor, encontrando-se esta última no maior patamar desde julho de 2009. As empresas de maior porte (136,2 pontos) têm se mostrado mais dispostas a ampliar os investimentos do que as demais (116,9 pontos). Com perspectivas mais
favoráveis, os empresários especializados na comercialização de bens semiduráveis também acusam maior intenção de investir (119,8 pontos), seguidos por aqueles dos ramos de bens duráveis (116,9 pontos) e não duráveis (115,3 pontos). No corte regional, destaque para Nordeste (120,2) e Centro-Oeste (121,8 pontos). Expectativa de contratação de funcionários Reduzir muito 3,4 %
Aumentar muito 7,8 %
Reduzir pouco 22,2 % Aumentar pouco 66,6 %
Fonte: Pesquisa direta CNC
Níveis de investimento devem ser mantidos De acordo com a pesquisa da CNC, apesar da retração verificada em abril, todos os componentes apresentam avaliações favoráveis no que se refere às condições de negócios no País. Embora as medidas de contenção do consumo já tenham provocado o encarecimento do crédito para pessoas físicas e jurídicas, a desaceleração do nível de atividade do setor não deverá comprometer significativamente as intenções de investimento no curto prazo.
Fábio Bentes, coordenador da pesquisa, prevê que o cenário positivo perdure pelo menos até o final do ano. “A pergunta é: quando a confiança do empresário vai deixar de diminuir? Por mais que a situação não seja tão favorável quanto no ano passado, nada indica que a situação vá fugir do controle; não há indicativos disso”, afirma Bentes. “Não fazemos previsão, mas uma aposta de que o índice feche o ano em torno de 120 pontos.” CNC Notícias Maio 2011 n°134
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PESQUISA NACIONAL CNC
ICF e Peic revelam desaceleração no consumo e recuo no endividamento das famílias em abril Inflação e crédito mais caro levaram à queda no consumo e no endividamento, segundo as pesquisas de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), produzidas mensalmente pela CNC. A Divisão Econômica da entidade projeta um crescimento de vendas para este ano de 7,1%. Na ICF, só a satisfação com o emprego atual subiu no quarto mês do ano, em 1%. Já a Peic revelou que a fatia de famílias brasileiras que deixarão de quitar dívidas caiu de 8,4%, em março, para 7,8%.
14 CNC Notícias Maio 2011 n°134
PESQUISA NACIONAL CNC
Apetite para compras diminui pelo quarto mês consecutivo A persistência da inflação, o encarecimento do crédito e a renda real sem o mesmo desempenho de 2010 são apontados pela Divisão Econômica da CNC como os principais fatores para um crescimento mais moderado do consumo
E
m abril, e pelo quarto mês consecutivo, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) brasileiras registrou retração em relação ao mês anterior. À exceção da satisfação com emprego atual (com alta de 1,0%), nenhum subitem da pesquisa produzida pela CNC apresentou crescimento. “A persistência da inflação, o encarecimento do crédito e a renda real sem o mesmo desempenho de 2010 podem ser apontados como os principais fatores para um menor crescimento do consumo”, afirma Fábio Bentes, da Divisão Econômica da CNC. Diante deste cenário, a Confederação projeta, para 2011, uma alta menos expressiva das vendas reais, de 7,1%. Na comparação a igual mês de 2010, ao contrário, apenas a perspectiva de consumo acusou queda de 0,5%. Expurgado o fator sazonal, a comparação com abril de 2010 revela um aumento tanto da satisfação com o emprego atual (+2,4%) quanto da perspectiva profissional por parte das famílias brasileiras (+6,3%), as maiores altas na pesquisa. O acesso ao crédito por meio das compras a prazo (+1,9%) ainda não foi significativamente afetado pelo aumento dos juros, e se mantém como o subitem de maior patamar na pesquisa. “Certamente, esta avaliação advém da retomada do processo de alargamento dos prazos ao consumidor, que hoje se encontram no maior patamar em 10 anos”, explica Bentes. Associado à queda de 0,5% na perspectiva de consumo para os próximos meses, o comportamento da satisfação
com consumo atual (+1,5%) confirma as
expectativas de desaceleração do consumo, principalmente levando-se em conta as taxas observadas em janeiro (+7,9%) e fevereiro (+2,9%), e apontam para um ano de crescimento das vendas reais não tão favorável quanto foi 2010 (+10,9%). Apesar da desaceleração anual, o nível da ICF (132,6 pontos) ainda encontra-se confortavelmente dentro da área de satisfação das famílias, principalmente no que se refere a compras a prazo (142,6 pontos), renda atual (142,0 pontos) e perspectiva de consumo (137,7 pontos). Ainda em relação à pesquisa de abril de 2010, as famílias com renda de até 10 salários mínimos voltaram a apresentar comportamento divergente ante as demais (+2,5% contra -2,7%). No corte regional, as capitais das regiões Nordeste (+7,1%) e Sudeste (+2,8%) responderam integralmente pela alta da ICF. Para mais informações sobre as pesquisas, acesse o site da CNC pela figura abaixo (QR Code), um código de barras para ser lido por câmeras de celulares que contenham aplicativos como, por exemplo, o QR Reader (para iPhones), o i-Nigma ou o BeeTagg (para Blackberry ou celulares com a plataforma Android).
CNC Notícias Maio 2011 n°134
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PESQUISA NACIONAL CNC
Mercado de trabalho segue forte Assim como em março, a perspectiva profissional foi o subitem da ICF a registrar maior alta na comparação anual (+6,3%). A expectativa de retomada do dinamismo no mercado de trabalho é ainda mais forte entre as famílias de renda mais baixa (+7,6% ante abril de 2010), contrastando com uma percepção mais pessimista das famílias com renda acima de 10 salários mínimos (-1,3%). Nos últimos 12 meses, o avanço expressivo do otimismo entre os mais pobres levou o nível de satisfação destas famílias (133,4 pontos) a um patamar acima do observado nos lares mais ricos (129,6 pontos). O resultado, segundo a Divisão Econômica da CNC, é consistente com a evolução do emprego entre os trabalhadores mais pobres (+7,1%) e os mais ricos (-0,3%) em 2010, segundo dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. Com expressivos ganhos reais de renda, as regiões Norte e Nordeste continuam a liderar o ranking regional, com percepções amplamente otimistas: 159,1 e 140,2 pontos, respectivamente. Ainda de acordo com os dados do Caged, o salário médio de contratação dos trabalhadores com renda de até 10 salários mínimos cresceu mais nas regiões Norte (+8,4%) e Nordeste (+7,6%) do que a média nacional (7,4%). Ao contrário da perspectiva profissional, a satisfação com o emprego atual é
menor nas regiões Norte e Nordeste em função da dinâmica na geração de vagas nessas regiões em 2011. Enquanto neste ano a geração de vagas no País cresceu 10%, nessas regiões as variações foram de 2,0% e -57,1%, respectivamente. Praticamente a metade (48,8%) das famílias entrevistadas revelaram estar mais seguras em relação ao emprego atual, e 25,6% apontaram o mesmo patamar observado no mesmo mês do ano passado. Considerando-se o fato de que 2010 foi um ano particularmente favorável em termos de geração de postos de trabalho, o ano corrente deverá evoluir favoravelmente, ainda que não sejam esperados os recordes daquele ano. Do ponto de vista do emprego, historicamente, o primeiro semestre apresenta um dinamismo menor que os últimos seis meses do ano. Assim, a alta de 1,0% ante a pesquisa de março, ainda que modesta, interrompeu a sensação de insegurança do ciclo naturalmente menor de oferta de vagas do primeiro semestre, ao mesmo tempo em que a alta anual de 2,4% reforça o vigor do mercado de trabalho, mesmo diante de uma forte base de comparação. “Os subitens relativos ao consumo da ICF têm apresentado evolução condizente com o menor nível de atividade econômica em 2011. No primeiro bimestre do ano o crescimento médio do volume de vendas do comércio varejista, de 8,2%, já situava-se abaixo da média do ano anterior, de 10,9%”, explica Fábio Bentes, com base em informações do IBGE.
Síntese dos resultados – ICF Abril/2011
Variação mensal
Variação anual
Emprego atual
135,6
+1,0%
+2,4%
Perspectiva profissional
132,9
-3,9%
+6,3%
Renda atual
142,0
-0,5%
+0,5%
Compra a prazo
142,6
-0,7%
+1,9%
Nível de consumo atual
103,7
-0,0%
+1,5%
Perspectiva de consumo
137,7
-0,9%
-0,5%
Momento para duráveis
133,9
-4,2%
+0,3%
132,6
-1,4%
+1,7%
Indicador
ICF
Fonte: Pesquisa direta CNC
16 CNC Notícias Maio 2011 n°134
PESQUISA NACIONAL CNC Peic - Síntese dos resultados (% em relação ao total de famílias) Total de endividados
Dívidas ou contas em atraso
Não terão condições de pagar
Abril/2010
58,0%
24,4%
9,0%
Março/2011
64,8%
23,4%
8,4%
Abril/2011
62,6%
23,4%
7,8% Fonte: Pesquisa direta CNC
Peic: famílias menos endividadas O percentual de endividadas voltou a cair em abril de 2011, em relação ao mês anterior, alcançando 62,6% das famílias. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC. “O nível de endividamento segue recuando, após uma elevação verificada no primeiro trimestre do ano, que havia sido influenciada pelos gastos extras sazonais das famílias no período”, explica Marianne Lorena Hanson, da Divisão Econômica da CNC. O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso ficou estável na comparação mensal, pelo segundo mês consecutivo, no patamar de 23,4%. Já o percentual que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas voltou a se retrair, alcançando 7,8% das famílias. Na comparação anual, o percentual de famílias com dívidas continuou em nível superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (58%). Contudo, os indicadores de inadimplência seguiram positivos, e mais famílias puderam cumprir seus compromissos financeiros. Ambos os percentuais de famílias com dívidas ou contas em atraso e que não terão condições de pagar recuaram em relação a abril de 2010. “Os últimos dados oficiais para o mercado de crédito mostraram que, enquanto as taxas de juros continuam se elevando em virtude das medidas macroprudenciais, o prazo médio das parcelas das operações ainda está elevado, sobretudo na comparação anual, o que reflete a maior participação de crédito com menor risco, com efeitos positivos sobre a inadimplência”, diz Marianne. A queda no percentual de famílias endividadas deu-se em ambas as faixas de
renda pesquisadas: para as famílias com renda inferior a 10 salários mínimos, o percentual que declarou possuir dívida passou de 66,5%, em março, para 64,4% em abril. No grupo de famílias com renda superior a 10 salários mínimos, o percentual de endividados, no mesmo período de comparação, passou de 55,0% para 52,9%. Na comparação anual, o percentual de famílias com dívidas foi maior em abril de 2011, em relação a abril de 2010, para ambos os grupos de renda. Já o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso registrou, em abril, queda para o grupo de famílias com renda inferior a 10 salários mínimos, em relação a março, mas alta para o grupo de famílias com renda superior a 10 salários mínimos. Esse comportamento repetiu-se na comparação anual – o percentual de famílias com atraso em suas obrigações financeiras recuou de 26,4%, em abril de 2010, para 25,2% em abril de 2011 no grupo de famílias de menor renda e aumentou de 11,9% para 13,3% no grupo de maior renda. De maneira semelhante se comportou o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso, na análise por grupo de renda. Na comparação mensal, o grupo com renda superior a 10 salários mínimos registrou alta em seu percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas, enquanto no grupo com renda inferior a 10 salários mínimos esse percentual recuou. Na comparação anual, o indicador recuou também para os que ganham até 10 salários mínimos, passando de 9,9%, em abril de 2010, para 8,6% em abril de 2011 e de 2,8% para 3,4% para aqueles com rendimento superior a 10 salários mínimos.
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ARTIGO
Conjuntura econômica O consultor Econômico da CNC, Ernane Galvêas, faz uma análise da questão inflacionária no País e de sua relação com as taxas de juros praticadas no Brasil. O ex-ministro aborda também a nossa desequilibrada situação fiscal.
O carro e os bois Onde colocar os bois, no carro? Antes ou depois? O problema inflacionário é extremamente complicado, na conjuntura atual, devido à variedade de suas fontes, externas e internas. Mas uma coisa é certa: a elevação da taxa de juros Selic não resolve, apenas agrava o problema. O objetivo do Governo deve continuar sendo a meta de 4,5% de inflação anual. Não é que seja um sistema, mas é fundamental. Para tanto, deve-se ter uma meta de déficit fiscal nominal zero. Deve-se, também, controlar o ingresso de capitais externos especulativos, primeiro, eliminando a isenção do Imposto de Renda sobre os rendimentos estrangeiros (Bolsa e Títulos Públicos); segundo, tributando os contratos de câmbio de prazo inferior a dois anos. Finalmente, cabe proibir as operações de carry trade, ou seja, empréstimos meramente financeiros, como vêm fazendo o BNDES, o Banco do Brasil, o Bradesco, o Itaú e até mesmo o Tesouro Nacional. Para um país com mais US$ 320 bilhões de reservas cambiais, esses empréstimos são um completo nonsense. Outra providência absolutamente necessária é impedir que os empréstimos de BNDES, CEF e Banco do Brasil
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cresçam a um ritmo superior a 10% ao ano. Eles são a fonte matriz do crédito, que extravasa e se derrama sobre o sistema privado. Fechar a torneira dos bancos públicos significa fechar a dos bancos privados. Alguém aconselhou mal a presidente Dilma a afirmar que “não é possível baixar os juros Selic enquanto a inflação não for drasticamente derrubada”. É óbvio que existem vários outros meios para refrear a inflação. E um deles é o corte nos gastos públicos. Há fontes de inflação nas quais o BC não tem ação. Umas delas é a formação virtual de preços, através da desenfreada especulação que se desenvolve por meio de pseudocontratos de hedges, mecanismo praticado nas operações com derivativos nas BM&F mundiais. É fundamental estabelecer um limite para essas operações, no mundo todo, inclusive no Brasil. Se isso não for feito, inclusive com a participação do FMI e do G-20, não há como estancar a especulação desenfreada e desregulada que deu origem à recente crise nos Estados Unidos e na Europa. O mercado financeiro e o mercado de capitais operam, hoje, como verdadeiros cassinos.
ARTIGO
Ernane Galvêas Consultor Econômico da CNC
Inflação O Banco Central continua pressionado pelo mercado, tendo aumentado a taxa Selic para 12% na última reunião do Copom, com efeito praticamente nulo sobre as fontes atuais da inflação. Em compensação, esse aumento dos juros continua sobrecarregando as contas do Tesouro, aumentando o déficit fiscal e reduzindo os recursos que poderiam servir para reduzir os gastos de custeio ou investir em projetos essenciais da infraestrutura. Por outro lado, continua beneficiando os investidores de renda fixa, cujo efeito riqueza aumenta a propensão a consumir, no sentido contrário do que objetiva o Banco Central.
A julgar pelo IGP-M/FGV, a inflação teve uma queda substancial de março (+0,62%) para abril (+0,45%), mas o IPCA-15 teve alta de 0,6% para 0,77%, e o IPC-S, praticamente inalterado, ficou em 0,80%, na 3ª prévia do mês. Nos últimos 12 meses, o aluguel residencial em São Paulo teve alta de 15,25%. Segundo o presidente do BC, “o País está no meio de um ciclo de aperto monetário”, o que significa que a Selic vai continuar subindo. De outro lado, a presidente Dilma reafirma: “combate à inflação não significará desemprego”.
Setor fiscal Continua desequilibrada a situação fiscal. No 1º trimestre, a economia orçamentária (superávit primário) chegou a R$ 39,3 bilhões para cobrir R$ 59,0 bilhões de juros, resultando em um déficit nominal de R$ 19,7 bilhões, contra R$ 26,3 bilhões em igual período de 2010. Os juros cresceram R$ 13,5 bilhões. A dívida pública bruta ascendeu a R$ 2.112,9 bilhões, R$ 29,5 bilhões superior à de fevereiro e R$ 101,4 bilhões acima da de dezembro/2010. A dívida mobiliária caiu R$ 17,9 bilhões de dezem-
bro/2010 a fevereiro/2011, mas voltou a subir em março (+7,6 bilhões). Um fato positivo foi a redução dos gastos nominais da União em 17,9% sobre março/2010. No 1º trimestre, a arrecadação federal somou R$ 226,2 bilhões, um aumento real de 12,0%, ou seja, R$ 35,7 bilhões. A presidente Dilma criou, em abril, o Fórum de Gestão Governamental, com o objetivo de melhorar a eficiência da máquina administrativa. O coordenador do Fórum será o empresário Jorge Gerdau Johannpeter.
CNC Notícias Maio 2011 n°134
19
ESPECIAL
Sindicatos patronais do comércio se reúnem em Cuiabá para debater responsabilidade socioambiental nos negócios
R
esponsabilidade socioambiental nos negócios será o tema do 27º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que vai acontecer de 25 a 27 de maio no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, Mato Grosso. O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antonio Oliveira Santos, falará na abertura do evento, realizado pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio Varejista de Cuiabá (Sindilojas), com patrocínio da CNC, entre outras entidades. O objetivo é reunir dirigentes, executivos e assessorias das entidades sindicais do comércio de bens, serviços e turismo para a troca de conhecimentos e para a análise de temas ligados ao desenvolvimento do comércio e do sindicalismo patronal brasileiro. Além da sustentabilidade, serão realizados debates sobre os projetos de lei que oneram ou que possam prejudicar a livre iniciativa, a gestão sindical com práticas de administração e finanças, associativismo, sistema de gestão sindical, marketing e qualidade no atendimento. Três convidados participam do painel principal, no dia 26, com o tema Responsabilidade Socioambiental nos Negócios: Marina Silva, ex-ministra e uma das mais influentes líderes socioambientais do Brasil, Artur Grynbaum, presidente do Grupo O Boticário, empreendimento
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que conta com uma fundação de proteção à natureza, referência em manejo de reserva natural, e Maron Emile Abi-Abib, diretor-geral do SESC. No dia 27 será apresentado o painel Desafios da Administração Sindical – Estimulando o Associativismo, com Daniel Lopez, chefe do Departamento de Planejamento da CNC. O executivo falará sobre o Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), resultado de parceria firmada entre a CNC e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para oferecer aos sindicatos ferramentas de modernização administrativa, entre outros benefícios. Também no dia 27 de maio Ênio Zampieri, da Assessoria junto ao Poder Legislativo (Apel) da CNC, falará sobre a Rede Nacional de Assessorias Legislativas (Renalegis), que acompanha as propostas legislativas de maior relevância para o comércio e sugere estratégias a serem adotadas por seus membros. Para mais informações, acesse o site do evento através da figura abaixo (QR Code), um código de barras para ser lido por câmeras de celulares que contenham aplicativos como, por exemplo, o QR Reader (para iPhones), o i-Nigma ou o BeeTagg (para Blackberry ou celulares com a plataforma Android).
ESPECIAL Pré-programação 25/05/2011 (quarta-feira) HORÁRIO
PROGRAMAÇÃO
9 h às 17 h
Reunião dos executivos
9 h às 17 h
Reunião do jurídico
20 h às 21 h
Solenidade de abertura
21 h
PALESTRANTE
Coordenador: Luiz Bravo (Sindilojas - Rio) Coordenador: Flávio Obino Filho (Obino Advogados)
Jantar regional
26/05/2011 (quinta-feira) HORÁRIO
PROGRAMAÇÃO
PALESTRANTE
Coordenador: Roberto Peron (Sincotec - CBA) Palestrantes: 1. Sr. Artur Grynbaum (Presidente do 9 h às 11 h
Painel: Responsabilidade socioambiental nos negócios
Grupo O Boticário)
2. Apresentação do case ECOS - Programa de sustentabilidade CNC-SESC-SENAC.
Maron Emile Abi-Abib (Diretor-geral do Departamento Nacional do SESC) 3. Sra. Marina Silva (Ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora da República)
11 h às 13 h
14h30 às 17 h
Palestra 1 - organização sindical Coordenador: Hermes Martins da Cunha (Sindilojas - CBA) e fontes de custeio Debatedor: Flávio Obino Filho Trabalhos com temáticas: Coordenadores: 1. Cartão de crédito 2. Shopping center Relacionamento entre lojistas e administração dos shopping centers 3. Negociação coletiva 4. Segurança preventiva nas empresas 5. Internet comunicação e marketing entre si 6. Representação comercial
1. Antonio Augusto de Moraes (Sindivarejista - DF)
2. Ronaldo Sielichow (Sindilojas - POA) 3. Alberto Farias (Sindilojas - Fortaleza) 4. Jadir Primo (Sindilojas - Vitória) 5. José Carlos Palma Ribeiro (Sindilojas - Goiânia) 6. José Pereira (Sindicato dos Representantes Comerciais de MT)
27/05/2011 (sexta-feira) HORÁRIO
9 h às 10 h
10 h às 10h30
PROGRAMAÇÃO
Painel: Desafios da adminstração sindical estimulando o associativismo (PDA) - CNC Informe Renalegis
PALESTRANTE
Coordenador: Frederico Penna Leal (Sindilojas - Recife) Painelistas: 1. Ronaldo Sielichow (Sindilojas - POA) 2. Aldo Gonçalves (Sindilojas - Rio) 3. Daniel Mansur Lopes (Chefe Deplan/CNC)
Palestrante: Ênio Zampiere (Assessor/CNC)
Coordenador: Zildo Costa (Sinditiba) Palestra 2: 11h30 às 12h 30 A importância da representação Palestrante: dos sindicatos Pedro Nadaf (Presidente da Fecomércio-MT) 12h30 às 13h30 15 h às 17 h 20 h
Palestra 3: Todos por motivação
Coordenador: Pedro Nadaf (Presidente da Fecomércio-MT) Palestrante: Ricardo Eletro
Resumo dos trabalhos Pinga fogo Jantar de encerramento CNC Notícias Maio 2011 n°134
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PRODUTOS CNC
PDA
chega às federações e sindicatos
A
s federações do Sistema CNC deram início, em março, à realização dos eventos de lançamento do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) nos Estados. Vinculado ao Sistema de Excelência em Gestão Sindical (SEGS), o PDA é uma iniciativa do planejamento estratégico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e tem o objetivo de desenvolver a cultura do associativismo nas entidades do Sistema Comércio, ampliando a representatividade dos sindicatos, das federações e da Confederação. Com o slogan “você é peça-chave nessa transformação”, o lançamento regional foi a segunda parte do projeto de implantação do PDA. Na primeira, que aconteceu em outubro de 2010, a CNC disponibilizou para as entidades do Sistema o Banco de Dados da Contribuição Sindical, cujo objetivo é construir um grande cadastro complementar das empresas do setor terciário em atividade no País. Dirigentes sindicais, convidados pelas federações, participaram das palestras motivacionais dos consultores Toni Lourenço e Mário Persona sobre a importância do associativismo. Além disso, técnicos do Departamento de Planejamento (Deplan) da CNC enfatizaram os benefícios para as empresas e as entidades sindicais da participação mais próxima e ativa dos empresários nas decisões sindicais. “Queremos, com o PDA, disponibilizar ferramentas de gestão para os sindicatos e, assim, promover a aproximação com empresários”, explicou o chefe do Deplan, Daniel Lopes. “Este instrumento vem reforçar o conceito de interatividade entre CNC, federações e sindicatos”, afirmou. Lilian Barbosa, assessora do Deplan, reforçou a importância do associativismo como uma alavanca para o crescimento e o fortalecimento dos sindicatos do Sistema Comércio. “As entidades de representação precisam rever suas estratégias de atuação, e o caminho a ser seguido é o aumento da representatividade, que se dá pelo aumento da
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sustentabilidade”, disse. “O PDA vem para ajudar os sindicatos a antecipar oportunidades e ameaças e se desenvolver no ambiente atual”, complementou Rodrigo Wepster, também do Deplan. A Fecomércio de Mato Grosso do Sul foi a primeira entidade do Sistema a realizar o evento do PDA, no dia 31 de março. O presidente da Fecomércio-MS, Edison Ferreira de Araújo, acredita que o setor sindical está passando por novos tempos, mais engajado e atuante. “Os resultados serão observados em poucos meses, e é com grande honra que participamos desse processo. Sabemos que a categoria está mais forte e que vai desenvolver ações que vão se repercutir nas nossas empresas.” A Fecomércio Rondônia foi a segunda entidade a aderir ao PDA, em 6 de abril, e o presidente, Raniery de Araújo, enfatizou a importância do associativismo para o sindicalismo patronal do País e do PDA para as entidades sindicais. O empresário detalhou as principais linhas de ação para a implementação do Programa na entidade. “O PDA vem agregar o trabalho que já é realizado por meio do Sistema de Excelência em Gestão Sindical, porque nos trará ferramentas que permitirão uma melhor gestão dos processos dos sindicatos e da representação dos empresários”, disse Raniery. O Programa chegou ao Espírito Santo no dia 12 de abril, quando cerca de 60 dirigentes sindicais se reuniram para conhecer a nova ferramenta. “Entendemos que a base de sustentação de um sistema está na união. Por isso, enxergamos no PDA um produto para nos auxiliar no fortalecimento das entidades”, afirmou o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri. Em 13 de abril, foi a vez de os dirigentes de sindicatos patronais do Maranhão se reunirem para a apresentação do PDA. Para o presidente da Fecomércio Maranhão, José Arteiro da Silva, o Programa chega com o objetivo de adequar o movimento sindical patronal às mudanças ocor-
PRODUTOS CNC
ridas no cenário da representatividade no Estado e até mesmo no País. “O que se pretende com este programa é mostrar à sociedade, em especial aos empresários, a importância da união para a defesa dos interesses da classe empresarial”, afirmou. Para Isnarde Leal, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Açailândia, o evento também foi uma oportunidade para trocar experiências. “Somos um sindicato novo, filiado há pouco tempo à Federação, e considero importante termos eventos como este, principalmente pela interação com outros sindicatos. E o programa também tem esse objetivo, porque chega para integrar, renovar e modernizar os sindicatos”, considerou. “É um programa muito interessante, pois o sindicalismo precisa estar focado no lado empresarial. Cada presidente deve ficar atento às necessidades dos empresários, para, dessa forma, incentivar o associativismo e fortalecer o seu sindicato”, avaliou o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios de São Luís, Antônio de Sousa Freitas. O presidente da Fecomércio-RN, Marcelo de Queiroz, apresentou o PDA aos sindicatos em 15 de abril. O evento aconteceu no Hotel-Escola Senac Barreira Roxa e reuniu dirigentes sindicais de todo o Estado. A vice-presidente do Sincofarn, Diva Dutra, avaliou a iniciativa: “Foi gratificante e enriquecedora a apresentação do PDA no nosso estado. Isso vai nos ajudar a entender e buscar meios para o fortalecimento da nossa entidade”, disse. A CNC e a Fecomércio-AC lançaram o PDA no Acre em 19 de abril. O evento aconteceu na capital, Rio Branco. Para o presidente da entidade, Leandro Domingos, o programa chega para fazer com que o movimento sindical se adeque às mudanças ocorridas no Estado do Acre. “Este é um
momento importante para todos nós, como empresários e sindicalistas. A CNC está preocupada com o fortalecimento do sindicalismo no Brasil. Por isso, por meio desse programa, procura preparar os sindicatos para que sejam eficientes em suas ações, além de demonstrar à sociedade, em especial à classe empresarial, a importância da união para a defesa dos interesses do próprio empresariado”, afirmou. “O mundo avança numa velocidade incrível, e temos de estar preparados para todas essas mudanças”, enfatizou o publicitário Toni Lourenço ao falar sobre a importância do associativismo no âmbito sindical patronal. “O desenvolvimento do Programa e a participação dos sindicatos do Estado vão proporcionar a melhoria das entidades no setor terciário”, afirmou o presidente da Fecomércio-BA, Carlos Fernando Amaral, durante o lançamento do PDA no Estado, no dia 25 de abril. Lilian Barbosa, da CNC, elogiou a participação dos presentes. “A receptividade foi muito boa, pois os líderes puderam ver e se motivar com um programa que vai trazer resultados e melhorias para a gestão dos sindicatos de forma complementar ao Sistema de Excelência em Gestão Sindical, o SEGS”, ressaltou. No Piauí, o lançamento do PDA aconteceu no auditório da Fecomércio, em Teresina, no dia 27 de abril. O presidente da Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, incentivou os presidentes de sindicatos a buscar meios de fortalecer suas entidades para bem representar a categoria. O assessor de Planejamento
No alto, Lilian Barbosa, assessora do Deplan e, acima, dirigentes sindicais durante o lançamento do PDA em Acre
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Espírito Santo e Rio Grande do Sul iniciam segundo ciclo de palestras O segundo ciclo de palestras previstas para o PDA, sobre Defesa de interesses do comércio, teve início no dia 12 de maio e aconteceu na Fecomércio-ES. No dia 13, o evento foi realizado na Fecomércio-RS. Para esta etapa, foram contratados como palestrantes Irani Cavagnoli, consultor nas áreas de Gestão Estratégica Empresarial, Gestão da Inovação e Gestão Sindi-
cal, e Luciano Dias, mestre e doutor em Ciência Política. Nas próximas etapas, os ciclos de palestras abordarão os seguintes temas: Produtos e serviços essenciais; Gestão do quadro associativo; e Comunicação e marketing. Assim como as outras ferramentas do programa, as palestras têm como proposta investir em uma nova maneira de pensar e agir, via associativismo.
da CNC, Rodrigo Wepster, que apresentou o Programa aos sindicalistas do Estado, estimulou os presidentes dos sindicatos a manter um canal de comunicação por meio do blog do PDA, um canal ágil e dinâmico para a troca de experiências entre sindicalistas de todo o País. O PDA teve seu lançamento no Distrito Federal no dia 2 de maio, na sede da Fecomércio-DF. O evento contou com a presença de presidentes e representantes de sindicatos brasilienses. O vice-presidente da entidade, Miguel Setembrino, representou o presidente da entidade, Adelmir Santana, e destacou a importância do PDA para fortalecer a atuação dos sindicatos no Distrito Federal. “Esperamos que todos aproveitem ao máximo essa iniciativa, que para nós é da maior importância, tanto do ponto de vista sindical como do empresarial”, afirmou. Tocantins foi o décimo Estado a lançar o PDA. O evento foi realizado no auditório da Fecomércio-TO, em Palmas. O presidente da entidade, Hugo de Carvalho, falou da importância do PDA para o desenvolvimento da Federação. “Nós sabemos que a CNC tem se preocupado há tempos com o fortalecimento dos sindicatos patronais, e não é à toa que implementou o Programa em seu planejamento estratégico 2007-2020, que vem dar subsídios aos líderes sindicais para manter seus sindicatos alicerçados e, com isso, fortalecer o relacionamento da Federação e dos sindicatos com os empresários”, afirmou Carvalho. O PDA chegou a Alagoas no dia 5 de maio, em evento realizado no Maceió Atlantic Hotel que contou com a presença de dezenas de empresários e representantes sindicais do Estado. O presidente da Fecomércio-AL,
Wilton Malta, pediu o empenho dos sindicatos nessa nova empreitada: “Precisamos de engajamento e disciplina para absorver essa nova cultura. O nosso setor é dinâmico e exigente. Por isso, precisamos utilizar, cada vez mais, ferramentas que possam nos aproximar do empresariado”, afirmou Malta. Em uma apresentação motivadora, espirituosa e esclarecedora, Toni ressaltou que os líderes sindicais precisam ter sempre em mente que o sindicato precisa ir aonde a empresa está. “Não existe negociação perdida. O que existe é falta de estratégia. O mundo está trazendo novos conceitos de gestão. Neste contexto, é preciso mudar o tempo todo para continuar o mesmo, o líder obstinado. A gente tem que mostrar diferenciais novos”, ressaltou. Até o fechamento desta edição, o PDA seria ainda lançado nas federações do comércio de Sergipe, no dia 10, Paraná, em 12 de maio, Minas Gerais, no dia 13, Rio Grande do Sul, em 17 de maio, e Pernambuco, no dia 19. Nos Estados de Ceará, Mato Grosso, Goiás, Pará e Amapá o evento está marcado para os dias 23, 24, 30 e 31 de maio e 1º de junho, respectivamente. As Federações Nacionais também participam desse movimento, com a adesão de seus sindicatos nos Estados onde houve o lançamento do programa. As entidades que aderirem ao PDA terão acesso também a outras linhas de ação, como marketing associativo, palestras para lideranças sindicais, incentivo à modernização tecnológica (com linhas de crédito para aquisição de equipamentos), softwares de gestão e a disponibilização de um modelo de site para os sindicatos e as federações, com integração ao da CNC.
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CNC lança Portfólio
referencial de produtos e serviços
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urante o 27º Encontro dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que será realizado em Cuiabá, entre os dias 25 e 27 de maio, os sindicatos que estejam implementando o Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) terão acesso a mais um produto: o Portfólio referencial de produtos e serviços – publicação que traz uma compilação de tudo o que é comercializado pelas federações e sindicatos do comércio de bens, serviços e turismo em todo o País. “O Portfólio foi elaborado a partir da contribuição voluntária das federações e sindicatos que enviaram informações detalhadas sobre os produtos e serviços que comercializam e que trazem benefícios diretos e indiretos para as empresas. E a ideia do material que estamos lançando agora é esta: compartilhar informações que possam ser úteis e que gerem bons resultados para os sindicatos e para as empresas representadas”, afirma o presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos.
de Pr og ra m a en to D es en vo lv im As so ci at iv o
[Portfólio refere
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A publicação contém 17 iniciativas praticadas em sindicatos de norte a sul do País, como a comercialização de espaço para anúncios em publicações impressas e digitais da entidade; realização de exames admissionais, periódicos, demissionais, de mudança de função e retorno de afastamento e de programas de medicina e segurança do trabalho, como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); e comercialização ou indicação para adesão a planos de saúde que contemplam assistência médica e hospitalar com condições diferenciadas em relação ao mercado, entre outros. Além disso, o Portfólio divulga também os serviços disponíveis para as federações e sindicatos por meio das parcerias fechadas pela CNC, como consultas de análise de crédito; a comercialização de certificados digitais, permitindo a efetivação de transações eletrônicas com segurança, emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e petições eletrônicas, entre outras; e a realização de pesquisas diversas relacionadas ao setor terciário da economia. O documento apresenta também os principais riscos, a lucratividade e as recomendações para cada produto ou serviço indicado, além das entidades sindicais que são referência na sua comercialização e do público a que se destinam (empresas, empresários e/ou funcionários, profissionais autônomos, pessoas físicas, etc.).
Publicação reúne os melhores produtos e serviços comercializados pelo Sistema Comércio em todo o País
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PDA: sindicatos ganham modelo de site Modernidade, maior aproximação e interatividade com seus vários públicos e alcance global são alguns dos benefícios de se ter um site na internet. Como estar conectado ao universo digital é imprescindível nos dias atuais, a CNC oferecerá um modelo padrão de site personalizável para sindicatos e federações. A iniciativa faz parte do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), que está sendo implementado em todos os Estados com o objetivo de ampliar a representatividade das entidades patronais e de promover a sua sustentabilidade financeira. O modelo de site será apresentado aos dirigentes sindicais no final de maio, durante o 27º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A partir de junho, as entidades poderão, por meio das federações participantes, fazer a sua adesão para que a operacionalização tenha início em julho. O site foi construído de acordo com as necessidades das entidades para criar um canal de comunicação com repre-
sentados, associados e sociedade, assim como para fortalecer a imagem institucional. Nele, têm destaque as informações sobre o sindicato, a atuação do Sistema Comércio, a contribuição sindical, os produtos e serviços, as publicações e vídeos sobre temas relacionados e também um canal para associação ao sindicato. O site também contará com uma área de destaque para a missão, a visão e as principais bandeiras e ações de representação do sindicato, de forma a deixar transparente sua atuação como defensor e representante das empresas do setor terciário. Além disso, o ambiente contará com um diferencial: a interligação dos conteúdos gerados pelo sindicato com notícias publicadas nos sites da CNC e da federação correspondente à sua filiação, o que garantirá a atualização constante das informações, uma prática importante para a comunicação digital. A ideia, com isso, é mostrar o tamanho e a abrangência do Sistema CNC e as ações tomadas nas diversas esferas para a defesa e a melhor representação dos empresários.
Blog do PDA reúne sindicatos de todo o País O PDA conta também com o Blog do PDA, um ambiente virtual dinâmico que permitirá a comunicação e a maior integração de todos os participantes. A nova ferramenta traz informações sobre a aplicação do programa no País e disponibiliza desde técnicas de abordagem para novos associados até vídeos sobre marketing de relacionamento. Para acessar o blog do PDA dire-
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tamente do seu celular, use a figura abaixo (chamada QR Code), um código de barras para ser lido por câmeras de celulares que contenham aplicativos como, por exemplo, o QR Reader (para iPhones), o i-Nigma ou o BeeTagg (para Blackberry ou celulares com a plataforma Android).
INSTITUCIONAL
Sistema S é chave mestra no fortalecimento
da educação e da profissionalização do Brasil Tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados o PL 1.209/2011, que institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado pela presidente Dilma Rousseff no dia 28 de maio. Em parceria com o Sistema S, as ações se concentrarão nos setores mais necessitados de profissionais especializados, como,
por exemplo, construção civil, tecnologia da informação e serviços de hotelaria e gastronomia. O Sistema Comércio colabora na concessão de bolsas de ensino em escolas do Senac de todo o País. Atualmente, o Senac oferece cerca de um milhão de vagas em cursos técnicos profissionalizantes, 35% das quais são oferecidas gratuitamente. Em 2014, a gratuidade chegará a 66,6%.
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INSTITUCIONAL
Dilma Rousseff lança o Pronatec Presidente anuncia a criação de novas escolas técnicas e pede urgência na apreciação do Projeto de Lei do Programa, que conta com a parceria dos Sistemas Comércio e Indústria
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Presidente Dilma Rousseff assina documento de lançamento do Pronatec, que foi enviado ao Congresso Nacional
o Dia da Educação, 28 de abril, foi lançado, pela presidente Dilma Rousseff, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), cuja execução contará com a parceria do setor privado, por meio das escolas de ensino profissionalizante de instituições do Sistema S, como o Senac, administrado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e o Senai, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de Senat, Senar e Sescoop (Serviços de Aprendizagem de CNT, CNA e SCN). A abertura do evento, no Palácio do Planalto, coube ao ministro da Educação, Fernando Haddad,
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seguida do pronunciamento da presidente Dilma Rousseff. Com o objetivo de ampliar, interiorizar e democratizar a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes de nível médio e de cursos de formação inicial e continuada para trabalhadores, o Governo estreitou os laços com o empresariado brasileiro. E ambos, ministro e presidente, destacaram a importância da parceira com as lideranças da CNC e da CNI. “Fizemos um importante estreitamento dos laços que já tínhamos com instituições do Sistema S, que resultou no programa de gratuidade.” Ao lançar o Pronatec, a presidente Dilma agradeceu aos empresários, declarando que “o setor privado foi sensível às necessidades do Brasil na área educacional para dar o salto de qualidade que o País precisa. Não existe um caso sequer no mundo de nação que tenha se destacado na área tecno-científica sem que tenha feito pesados investimentos na educação”, afirmou. “A qualificação profissional é o nosso desafio nesses quatro anos”, complementou. “Acompanhamos a expansão da rede de escolas do Sistema S, principalmente no que se refere à qualidade, atestada por todos os indicadores”, disse o ministro da Educação ao falar da parceria criada com o Sistema. Segundo o MEC, a meta com o Pronatec é oferecer acesso à educação para mais de 8 milhões de brasileiros em quatro anos, com a criação de mais 200 escolas de edu-
INSTITUCIONAL
cação profissional e tecnológica até 2014, das quais 81 já estão em construção e serão inauguradas antes do início do período letivo de 2012. Um dos focos é o Programa Seguro-Desemprego, pois é intenção do Governo qualificar os reincidentes inscritos. “Também vamos ampliar a Escola Técnica Aberta (E-Tec), que oferece ensino a distância e tem hoje mais de 30 mil alunos”, afirmou Haddad. Em outra linha do Pronatec, o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que antes só era voltado para o ensino superior, será estendido para o ensino técnico. O Projeto de Lei de criação do Pronatec (PL 1.209, de 2011) foi encaminhado ao Congresso Nacional, para tramitar em regime de urgência constitucional. “Estou enviando, em caráter de urgência, o Projeto de Lei do Pronatec. Conto com a sensibilidade dos parlamentares para a aprovação de um projeto tão importante para o Brasil”, disse Dilma Rousseff. Na concepção do Programa, o MEC trabalhou em parceria com vários ministérios, entre eles o do Trabalho e Emprego e o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Participaram da cerimônia ministros de estado, empresários, dirigentes do Sistema S, estudantes e representantes dos Governos federal e estaduais e das administrações municipais. Ampliação do ensino técnico O Pronatec visa à ampliação de vagas e à expansão das redes federal e estaduais de educação profissional – e a oferta, pelos Estados, de ensino médio concomitante com a educação profissional. A ação será abrangida pelo programa Brasil Profissionalizado, parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PNE), que teve a adesão das 27 Unidades da Federação. Os recursos serão repassados para construção, reforma, ampliação de infraestrutura escolar e de recursos pedagógicos, além da formação de professores. Somadas as 214 inauguradas no Governo anterior, as 140 preexistentes, as 81 unidades que estão em execução e outras 120 a serem anunciadas, a rede federal deverá contar com quase 600 unidades escolares administradas pelos 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Um
Dilma declara que vai reforçar as escolas do Sistema S. E diz aos empresários que receberão empréstimos do Governo, com juros baixos, para custear cursos de formação para seus empregados.
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INSTITUCIONAL
Ministro da Educação, Fernando Haddad, apresenta o Pronatec
atendimento direto a mais de 600 mil estudantes em todo o País. Fies O Ministério da Educação, por meio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), vai prover uma linha de crédito para estudantes egressos do ensino médio e empresas que desejem complementar sua formação com cursos técnicos e profissionalizantes de nível médio do Sistema S e de escolas privadas habilitadas. O funcionamento é similar ao do Fies do ensino superior, porém com 18 meses de carência e seis vezes o tempo do curso, mais 12 meses para pagamento. “Vamos habilitar escolas técnicas para receber recursos do BNDES para financiamento voltado para a construção de novas unidades, e o Fies será estendido às empresas. Entendemos que esse apoio será um estímulo para as pequenas, médias e grandes empresas capacitarem os trabalhadores. Muitas delas já o fazem sozinhas”, concluiu Haddad. E-Tec Outra ação será a ampliação da Escola Técnica Aberta do Brasil (E-Tec), que já instalou 259 polos em 19 estados até 2010, atendendo cerca de 29 mil estudantes. Em 2011, serão mais de 47 mil vagas; 77 mil em 2012; mais de 197 mil em 2013; e cerca de 260 mil em 2014.
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Participação do Sistema S O Pronatec segue a linha de entendimento e parceria consagrada no acordo firmado, em 2008, com o Sistema S (Sesi, Senai, SESC, Senac), segundo o qual as entidades devem aplicar dois terços de seus recursos líquidos advindos da contribuição incidente sobre a folha de pagamento do trabalhador na oferta de cursos gratuitos. Pelo Projeto de Lei, a participação do Sistema S se dará de maneira voluntária. As escolas do Sistema S e das redes públicas também ofertarão cursos de formação inicial e continuada para capacitar os favorecidos do seguro-desemprego que sejam reincidentes nesse benefício. Tal ação se aplicará também ao público beneficiado pelos programas de inclusão produtiva, como o Bolsa Família. A CNC, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, vai ampliar a oferta de cursos técnicos profissionalizantes. Atualmente, o Senac já oferece cerca de um milhão de vagas em cursos técnicos profissionalizantes, 35% das quais são oferecidas gratuitamente. Em 2014, a gratuidade chegará a 66,6%. Com o Pronatec, a expectativa é de elevação substancial dessa oferta, permitindo que os alunos das redes estaduais do ensino médio complementem sua formação com a capacitação técnica e profissional. O aluno que comprovar ter baixa renda poderá receber o benefício. A seleção dos bolsistas será feita pela própria instituição.
INSTITUCIONAL
Embaixador da Geórgia visita a CNC Ao país interessa firmar trocas comerciais com o Brasil
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o dia 4 de maio, o embaixador da Geórgia, Otar Berdzenishvili, foi recebido na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em Brasília, pelo vice-presidente Financeiro, Luiz Gil Siuffo Pereira, acompanhado do consultor da Presidência Roberto Nogueira Ferreira. O embaixador foi à CNC para oficialmente se apresentar à entidade, já que a Geórgia acaba de instalar sua Embaixada na capital. Otar Berdzenishvili disse que gostaria de contar com o apoio da CNC no esforço de trocas comerciais e de investimentos que o país pretende desenvolver com o Brasil. Um dos pontos levantados pelo embaixador é que a Geórgia gostaria de atrair investimentos, interessada na geração de energia hidrelétrica, única alternativa que o país dispõe em energia, dada a excelência de seus recursos hídricos – grandes rios cortam seu território. Suas necessidades de energia são supridas com importação, incluindo gás natural e petróleo. O vice-presidente Gil Siuffo falou sobre a atuação da CNC, tanto no comércio interno quanto no externo, e também sobre mis-
sões comerciais que algumas unidades estaduais coordenam. Em nome do presidente da CNC, também deixou o embaixador Otar Berdzenishvili à vontade no estreitamento das relações da recém-instalada Embaixada com o Sistema CNC-SESC-SENAC. A Geórgia é uma pequena república do Cáucaso, localizada na fronteira entre a Europa e a Ásia, e esse corredor está sendo apresentado pelo embaixador como uma oportunidade que aquele país pretende potencializar em seus negócios com outras nações. O país limita ao norte e leste com a Rússia; a leste e sul com o Azerbaijão; ao sul com a Armênia e a Turquia; e a oeste com o mar Negro. Sua capital é Tbilisi, conhecida em português como Tíflis. A economia da Geórgia gira em torno do turismo no Mar Negro. Também se destaca o cultivo de frutas cítricas, chá e uvas. É forte na mineração do manganês e do cobre. Da sua pauta de exportação destacam-se vinho, metais, maquinaria, produtos químicos e têxteis. O país orgulha-se, nas palavras de seu embaixador, de ser “o mais antigo produtor de vinho do planeta”. Há, segundo ele, enorme interesse de iniciar uma linha de negociação direta do vinho com importadores brasileiros.
O embaixador da Geórgia, ao centro, reuniu-se com Gil Siuffo e Roberto Nogueira
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REUNIÃO DE DIRETORIA
Fundação Dom Cabral apresenta Plano de Desenvolvimento da CNC Projeto parte de três pontos: redesenho de processos, revisão da estrutura organizacional e análise do público interno. “Precisamos de uma organização moderna, que atenda aos nossos interesses, da sociedade e do Governo”, disse o presidente da CNC.
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Alceu Queiroz, da Fundação Dom Cabral, explica o projeto voltado para a CNC: “Trabalhar com o cliente implica estar junto à empresa”
reunião de Diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizada no dia 26 de abril, em Brasília, contou com um convidado externo. Alceu Queiroz, gerente de Projetos da Fundação Dom Cabral, participou do encontro para explicar a diretores e colaboradores o Projeto de Desenvolvimento da CNC. A Fundação, selecionada para realizar o trabalho pelo presidente da Confederação, Antonio Oliveira Santos, é considerada a quinta melhor escola de educação executiva do mundo, de acordo com o jornal inglês Financial Times. O Plano de Desenvolvimento parte de três pontos iniciais: redesenho de processos, revisão da estrutura organizacional e análise do público interno. “Precisamos de uma organização moderna, objetiva,
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que atenda aos nossos interesses, da sociedade e do Governo”, disse Oliveira Santos. O trabalho será estruturado com base em um modelo que contempla aspectos da filosofia da entidade, das pessoas e dos processos. “É o que nós chamamos de sincronismo organizacional”, disse Queiroz. Ele explicou que o conceito tem justamente estas três grandes âncoras de sucesso: a filosofia, as pessoas e os processos. As três frentes, alinhadas, coordenadas e sincronizadas, vão fazer com que a organização possa funcionar em busca de resultados empresariais de excelência. Pelo aspecto da filosofia serão estudados pontos preexistentes. “Já existe estratégia, existe um mapa (referindo-se ao Plano Estratégico do Sistema CNC para o período 2007-2020), posto e definido na Confederação. Em que nós vamos trabalhar? Vamos trabalhar nos processos, para que eles possam dar suporte à estratégia”, explicou. Após essa fase, o foco das ações se voltará para as pessoas. “Por quê? Para que elas possam executar bem os processos e ocupar postos na estrutura que vai ser colocada, desenvolvendo competências. Esse é o objetivo do trabalho”, disse o especialista. Já o redesenho de processos é uma análise das atividades da entidade, da forma como são executadas. Segundo Queiroz, a Fundação Dom Cabral segue algumas premissas para realizar projetos com seus clientes. “A Fundação não é uma instituição que chega ao cliente e estabelece o que deve ser feito. Nós
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usamos uma forma que não é um jogo de palavras, mas é uma filosofia de trabalho: a Fundação trabalha com o cliente, e não somente para o cliente”, explicou. “Trabalhar com o cliente implica estar junto à empresa, com o seu público interno, buscando uma sintonia fina com a equipe da organização, no sentido de garantir aderência entre as interfaces e ajustar o projeto com a realidade da empresa”, complementou Alceu Queiroz. Além disso, será levada em conta a situação atual da CNC, considerando-se os cenários e desafios apresentados pelo mercado e alinhados com as diretrizes estratégicas. “Não vamos fazer projetos de grandes transformações, uma revolução na Confederação. Nós vamos partir do que existe, para buscar um patamar mais elevado, junto com os envolvidos no projeto. No caso, estamos muito alinhados”. O presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, falou sobre o momento que a entidade atravessa. “Financeiramente, estamos muito equilibrados; temos uma estratégia bem montada, sabemos aonde queremos chegar. Nossas relações com o poder público nunca foram tão boas quanto hoje, bem como nossas relações com os empresários do Brasil inteiro – pequenos, médios, grandes e micros –, além de nossos sindicatos. Mas vamos ver se há possibilidade de melhorar. Se houver possibilidade, vamos ouvir alguém que já mostrou que tem experiência e competência para isso e está aqui representado pelo Alceu, como
gerente de Projetos da Fundação Dom Ca- Diretoria da CNC reuniu-se em bral”, disse Oliveira Santos. Comunicação O presidente da CNC abriu a reunião de Diretoria reportando o III Encontro de Comunicação do Sistema Comércio, realizado de 25 a 27 de abril, também na capital federal. Foi exibido um vídeo e distribuído um livreto, produzidos pela Assessoria de Comunicação (Ascom) da Confederação, para mostrar a importância da unicidade da marca no fortalecimento do Sistema. De acordo com o presidente da CNC, vai ser apresentado nos próximos meses um estudo de modernização da identidade visual e assinatura integrada, a ser analisada por uma comissão escolhida pela diretoria da entidade. “Nessa comissão estarão representados todos os Estados do Brasil. Portanto, ninguém vai ficar de fora. Nós precisamos ter um logotipo da nossa CNC, que possa ser reproduzido não só junto com o do Senac, do SESC, das federações nacionais e estaduais e da própria Confederação”, disse. Entre outros assuntos debatidos no encontro, o presidente da Federação do Comércio do Paraná, Darci Piana, fez uma exposição sobre as relações do Brasil com o Mercosul no âmbito do Fórum Consultivo Econômico-Social, no qual é representante da CNC.
Brasília para debater temas de interesse do comércio de bens, serviços e turismo
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ECOS DA DIRETORIA
Marca, patrimônio que identifica uma organização perante a sociedade O diretor da CNC e presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos no Estado de São Paulo (SincoElétrico), Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues, cumprimentou o presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, pela iniciativa de fomentar o projeto de desenvolvimento de uma nova imagem comum para as entidades do Sistema. “Acho que é de extrema importância e relevância. O nosso maior patrimônio é a nossa marca, aquilo que nos identifica perante toda a sociedade brasileira. E eu acho que nós temos que uniformizar e criar um padrão para todas as entidades”, disse Sprovieri.
Representação da CNC no Mercosul busca diálogo com países parceiros O vice-presidente da CNC e presidente do Sistema Fecomércio-SESC-SENAC do Paraná, Darci Piana, apresentou, na reunião de Diretoria da Confederação, um histórico das relações do Brasil com o Mercosul no âmbito do Fórum Consultivo Econômico-Social. Pianna representa a CNC no grupo e explicou que, como coordenadora empresarial do Fórum, cabe à representação da entidade a responsabilidade de dialogar com todos os outros segmentos econômicos brasileiros e com os parceiros do Mercosul: Paraguai, Uruguai e Argentina. “Temos procurado fazer com que a representação desta Casa seja respeitada, tenha voz ativa e influência nas discussões quando se trata da questão empresarial. Temos procurado fazer reuniões separadas, só de empresários, para que tenhamos um alinhamento de conduta. Isso não existia antes. Nós nos sentávamos isoladamente. Hoje nos sentamos já com assuntos definidos, pré-agendados”, explicou Piana. “O Brasil é o único país que consegue levar os seus ministros para as discussões”, complementou.
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SERVIÇOS
Mudanças no FGTS abrem oportunidade de aumento das vendas de
certificados digitais Novo aplicativo da Caixa Econômica Federal exige certificação digital para transmissão de arquivos
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o mês de abril, a Caixa Econômica Federal promoveu mudanças no acesso ao Conectividade Social, canal eletrônico usado para o cumprimento de obrigações relativas ao FGTS, para tornar o relacionamento com empregadores mais prático e seguro. Até o fim deste ano todos os empregadores deverão utilizar o certificado digital para transmissão dos arquivos de recolhimento do FGTS (Sefip/GRRF), solicitar e receber relatórios, retificar cadastro e comunicar a movimentação de empregado, dentre outros serviços. O empregador que ainda não migrou para o novo Conectividade Social ou que ainda não possui o certificado digital deverá observar o cronograma de transmissão das informações definido pela Caixa Econômica Federal (veja tabela).
“Trata-se de grande oportunidade de venda de certificado digital, principalmente para as entidades do Sistema Comércio que possuem estrutura de Autoridade de Registro (AR) ou de Ponto de Atendimento (PA) vinculada à parceria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo com a Certisign Certificadora Digital S. A.”, afirma a gerente de Projetos da Confederação, Renata Balthazar. Pela Certisign, Julio Cosentino, vicepresidente de Relações Institucionais, afirma que a empresa está alinhada com a CEF e com seus parceiros para atender da melhor forma possível à grande demanda do Conectividade Social, além de já estar preparando todas as Autoridades de Registro (ARs) e Pontos de Atendimento (PAs) do Sistema CNC.
Empresas (DETENTORAS DE CNPJ OU CEI*)
Prazo
com mais de 500 empregados
de 02/05/2011 até 13/05/2011
com 20 a 500 empregados
de 16/05/2011 até 03/06/2011
com 5 a 20 empregados
com até 5 empregados
de 06/06/2011 até 01/07/2011 1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 9
de 04/07/2011 até 12/07/2011
1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 8
de 13/07/2011 até 22/07/2011
1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 7
de 25/07/2011 até 03/08/2011
1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 6
de 04/08/2011 até 12/08/2011
1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 5
de 15/08/2011 até 31/08/2011
1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 4
de 01/09/2011 até 09/09/2011
1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 3
de 12/09/2011 até 21/09/2011
1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 2
de 22/09/2011 até 05/10/2011
1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 1
de 06/10/2011 até 28/10/2011
1º algarismo do CNPJ ou CEI igual a 0
de 31/10/2011 até 23/12/2011 *Cadastro Específico do INSS
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SERVIÇOS
Certificação Digital também para condomínios em transações com o FGTS Com as mudanças no aplicativo da Caixa Econômica Federal, assinatura digital de pessoa jurídica passará a ser necessária para condomínios em emissões de documentos e recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
C
om a medida da Caixa Econômica Federal, que torna obrigatória a Certificação Digital para o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), condomínios e empreendimentos residenciais ficam obrigados a ter uma assinatura digital como pessoa jurídica (e-CNPJ) até o final de 2011, já que eles também precisarão do acesso ao Conectividade Social para fazer a transmissão de seus dados (veja pág. 35). O certificado também poderá ser utilizado para outros serviços, como acompanhamento das informações do Imposto de Renda, emissão e resgate de notas fiscais, criação de procurações eletrônicas, além da vantagem de poder assinar documentos digitais com a mesma validade jurídica de um documento impresso. “É uma boa oportunidade para os Secovis aumentarem a lucratividade com a comercialização de certificados digitais aos seus associados, por meio da parceria da CNC com a Certisign”, recomenda Renato Rodrigues, consultor Sindical da Presidência da CNC.
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Para os condomínios, a popularização do certificado digital abre caminhos para que toda a tramitação de documentos com os condôminos seja feita de forma exclusivamente digital. Alguns condomínios já utilizam a internet para fazer a sua comunicação, como as assembleias virtuais. Neste caso, cria-se a possibilidade de as atas de condomínio passarem a ser assinadas digitalmente, por meio de uma certificação, pela pessoa jurídica do condomínio. A Certificação Digital de Pessoa Jurídica (e-CNPJ) já era antes utilizada pelos condomínios em algumas transações, como na transmissão de dados da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf). Com as mudanças, os condomínios que utilizavam a certificação da Caixa para a transmissão de dados do FGTS terão de ficar atentos ao calendário de migração (detalhes na pág. 35) para continuar utilizando o serviço. A partir de então, apenas dados transmitidos pelo novo Conectividade Social serão aceitos, o que exige de cada condomínio a posse de seu próprio e-CNPJ.
SERVIÇOS
Ministério do Trabalho lança o novo Cadastro Nacional de Entidades Sindicais CNES Novo passa a requerer a Certificação Digital das entidades sindicais cadastradas. CNC oferece o serviço a seus associados por meio das federações do comércio.
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou, no dia 14 de abril de 2011, o novo sistema de certificação digital do Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES). Com o nome de CNES Novo – Certificação Digital, o sistema agora terá mais segurança no encaminhamento de solicitações das entidades sindicais via internet. Desde o dia 15 de abril, as instituições interessadas já podem optar pela utilização da Certificação Digital para efetuar Pedido de Registro, Atualização Sindical ou Atualização de Dados Perene no CNES. Existem 14,3 mil entidades sindicais (sindicatos, federações e confederações) hoje registradas no CNES do MTE. Dessas, 9,8 mil são entidades sindicais de trabalhadores, e 4,4 mil, de empregadores. Tendo em vista o interesse manifestado pelas entidades sindicais para o aprimoramento da segurança nas transações feitas no CNES, o Ministério do Trabalho e Emprego acredita na ampla adesão à Certificação Digital pelas entidades sindicais em médio prazo.
Para obter o seu certificado, a entidade sindical pode procurar uma das Autoridades de Registro (ARs) ou um dos Pontos de Atendimento (PAs) do Sistema CNC em várias regiões do Brasil (veja tabela ao lado), estruturados pela parceria entre a Confederação e a Certisign Certificadora Digital S. A. “Além de aumentar a segurança, a utilização da Certificação Digital contribui para a desburocratização, trazendo mais agilidade ao processo”, afirma Renata Balthazar, da Gerência de Projetos da CNC, área responsável pela implantação da parceria com a Certisign. Segundo a Secretaria de Relações do Trabalho do MTE, a próxima etapa prevê a implantação da Certificação Digital de Documentos, cujo objetivo é desobrigar as entidades sindicais da entrega de documentos físicos, em papel, os quais hoje são necessários para a instrução dos processos. Com a implantação, os documentos serão enviados digitalmente para o CNES, assegurados pela certificação.
Autoridades de Registro (ARs) e Pontos de Atendimento (PAs) do Sistema CNC Autoridades de Registro
Fecomércio-AL, Fecomércio-BA, Fecomércio-RS, Fecomércio-MS,Fecomércio-PR, Fecomércio-SP, Fecomércio-SC, Fecomércio-CE
Pontos de Atendimento
Fecomércio-AM, Fecomércio-AP, Fecomércio-DF, Fecomércio-MA, Fecomércio-PA, Fecomércio-PB, Fecomércio-PE, Fecomércio-PI, Fecomércio-RJ, Fecomércio-RN, Fecomércio-RO, Fecomércio-SE, FNHRBS e mais seis sindicatos de São Paulo: Sincoelétrico, Sincomavi, Sincomercio ABC, Sindilojas, Sinapel e Sindicomis.
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TURISMO
Conselho de Turismo da CNC gera propostas para megaeventos Documento publicado e divulgado pela Confederação constitui um mapeamento das necessidades do País para realizar com êxito os grandes eventos que vêm por aí e se tornar uma potência turística
A
o longo de 2010 o Conselho de Turismo da CNC reuniu alguns dos maiores especialistas de diversos setores para lançar luz sobre a questão da infraestrutura turística brasileira para receber os megaeventos programados para o País. Foram 14 reuniões, que permitiram traçar um panorama completo da situação e resultaram em um conjunto de proposições para orientar medidas setoriais, legislativas e de governo. As proposições estão contidas na publicação Infraestrutura turística e megaeventos, editada e distribuída pela CNC. São 65 itens abrangendo os temas infraestrutura, portos, legislação, aeroportos, urbanismo e mobilidade, meio ambiente, segurança, divulgação, transportes, tecnologia e turismo. “Tratamos de praticamente todos os temas relevantes para o desenvolvimento do turismo no Brasil”, disse o presidente do Conselho de Turismo da CNC, Oswaldo Trigueiros Junior. “É uma releitura de tudo o que já foi dito e escrito sobre os megaeventos e seu impacto nas atividades turísticas.” Uma das sugestões apresentadas é permitir o acesso das grandes instituições brasileiras – e da sociedade em geral – a todo o planejamento referente à estruturação do País para receber os megaeventos. “Isso incluiria o detalhamento das informações sobre as obras e o cronograma de execução”, explica Eraldo Alves da Cruz, vicepresidente do Conselho.
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A busca de entendimento entre órgãos federais e estaduais e a iniciativa privada é uma tônica das proposições. Isso vale para os portos, a fim de solucionar os gargalos e oferecer condições para as chegadas dos navios de turismo e para as questões da segurança nos locais estratégicos e da tecnologia da informação, com a criação de sistemas de compartilhamento de informações. Outro ponto bastante enfatizado é o que diz respeito à qualificação e à renovação de mão de obra, uma necessidade que abrange quase todos os setores. É preciso, por exemplo, dar prioridade à capacitação das pessoas que trabalharão com o público, de forma a garantir um atendimento de nível internacional. A elaboração de cartilhas ajudaria a despertar crianças e jovens para a cultura do turismo, suas possibilidades como fonte de renda e fator de desenvolvimento econômico. Nos transportes, o treinamento de motoristas de ônibus intermunicipais e interestaduais também deve merecer atenção. Na área de segurança, foi proposta a criação de um sistema de capacitação continuada, de maneira que o policial esteja sempre em instrução, permitindo um constante exercício intelectual e a realização profissional. Consta ainda das proposições a necessidade de incentivar parcerias para a formação de mão de obra policial, com foco no ensino de línguas estrangeiras e em informações turísticas.
TURISMO Maracanã em obras: êxito na realização dos grandes eventos esportivos poderá consolidar o Brasil como destino turístico internacional
A questão tributária preocupa os diversos agentes da atividade turística e mereceu duas menções expressas no documento da CNC. Uma delas é a constatação de que as taxas portuárias no Brasil, situadas entre as maiores do mundo, precisam ser revistas, pois se constituem em obstáculos ao desenvolvimento do turismo náutico no País. No item Turismo, a desoneração das empresas do setor também aparece como uma necessidade imperiosa para que o setor se mantenha competitivo. “Entre as proposições dessa natureza, uma das mais importantes é aquela que preconiza que a atividade ligada ao turismo receptivo internacional seja considerada pelo Governo como atividade exportadora de serviços, o que poderia gerar incentivos fiscais para o setor”, afirma Eraldo Alves da Cruz. Os empresários também têm o seu dever de casa. Cabe a eles, entre outros aspectos, estabelecer os preços dos serviços em real, para que não se sujeitem às flutuações cambiais, e desenvolver produtos de valor agregado. “As 65 proposições resultantes dos debates sobre infraestrutura e megaeventos no Conselho de Turismo da CNC são, em essência, um mapeamento das questões incontornáveis que o Brasil precisa enfrentar não apenas para realizar com êxito a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, mas para se consolidar como um destino turístico atraente”, avalia o vicepresidente do Conselho de Turismo da
CNC. Em alguns casos, não se trata de fazer algo novo, mas de refazer (ou desfazer) o que não funcionou. Isso é especialmente válido para o arcabouço jurídico relacionado ao ingresso de visitantes no País e ao desembaraço de cargas nos portos. No entanto, a grande preocupação refere-se às obras necessárias para a realização dos megaeventos. Na área portuária, será necessário elevar a oferta de berços de atracação. A construção e a remodelação de terminais nos principais aeroportos do País são questões que estão na ordem do dia, assim como a adequação de vias públicas, de mobiliário urbano, a ampliação da acessibilidade, a redução da proporção do uso de ônibus no transporte coletivo e a maior utilização de sistemas sobre trilhos, como trem e metrô. Além de listar os principais gargalos, o documento recomenda a realização de estudos e análises específicos que garantam um planejamento adequado, principalmente no que se relaciona à demanda a ser atendida por terminais de transporte. As proposições abrangem também aspectos ligados à divulgação dos eventos e do País. A geração permanente de pautas que permitam o acompanhamento nos âmbitos nacional e internacional do processo de transformação das cidades-sede é uma delas, assim como a formulação de um planejamento de comunicação capaz de contrabalançar a transmissão de eventuais notícias negativas.
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TURISMO
Câmara Empresarial de Turismo entrega demandas ao Congresso Em iniciativa visando a defesa de interesses do setor, CET faz reunião com membros das Comissões de Turismo da Câmara dos Deputados e do Senado na CNC, para entregar documento com as principais reivindicações
A
Câmara Empresarial de Turismo (CET) da CNC projeta, ainda para este mês, os primeiros desdobramentos concretos das articulações feitas com as Comissões de Turismo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal em relação aos pleitos do setor. O coordenador da CET e presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS), Alexandre Sampaio, voltará a se reunir nos próximos dias com membros das duas Comissões, quando espera avançar nas negociações sobre as proposições legislativas em tramitação no Congresso que podem ter influência relevante na atividade turística. Em abril, ele entregou documento com as demandas prioritárias aos presidentes das Comissões de Turismo e Desporto da Câmara, deputado Jonas Donizette (PSB-SP), e de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal, senador Benedito de Lira (PP-AL). O mesmo documento fora entregue pelo presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, ao ministro do Turismo, Pedro Novais, em fevereiro, na primeira reunião da CET em 2011. O material consolida os principais temas que preocupam os dirigentes das 22 maiores associações patronais do trade turístico brasileiro que integram a Câmara Empresarial, como burocracia, legislação trabalhista, infraestrutura, hubs aeroportuários, bitributação, etc. Como órgão consultivo da CNC, a CET tem o objetivo de oferecer estudos e sugestões para a ação política da entidade em apoio
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e defesa dos interesses do setor. O trabalho foi organizado pelo Departamento de Planejamento da Confederação com base nos resultados de pesquisa e avaliação das indicações feitas pelas entidades que compõem a CET. Em sua reunião do mês passado, realizada em dois dias, a Câmara convidou membros das duas Comissões para participar. A reação positiva do Legislativo mostra o acerto da iniciativa, na opinião de Sampaio. No dia 13, os empresários receberam o deputado Jonas Donizette, em coquetel na sede da CNC, em Brasília. Documento Depois de receber o documento com as reivindicações, o parlamentar falou sobre o orgulho de presidir uma Comissão que terá muito trabalho e muitos desafios a enfrentar nos próximos anos, tendo em vista a realização de dois grandes eventos, a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. “Teremos grande afluxo de turistas, principalmente do exterior, e o Legislativo precisa dar o seu apoio para melhor organizar o setor turístico”, afirmou. O vice-presidente Financeiro da CNC, Luiz Gil Siuffo, que também é responsável pela área de Relações com o Congresso, fez rápido pronunciamento em que destacou o envolvimento antigo da entidade com o setor. “O turismo é preocupação da CNC há 55 anos, quando fundamos o Conselho Nacional de Turismo”.
TURISMO Senadores (ao lado) estiveram na CNC e, como o deputado Jonas Donizette (abaixo, ao centro), receberam documento com prioridades do setor
No encerramento da solenidade, o vice-presidente da CNC e deputado federal Laércio Oliveira (PR-SE) elogiou o documento com as prioridades do setor produzido pela CET. “É importante para quem está começando um trabalho no Parlamento receber um documento com subsídios que podem orientar a nossa atuação.” Também estiveram presentes o vice-presidente do Conselho de Turismo da CNC, Eraldo Alves da Cruz, executivos da entidade e dirigentes de organizações que integram a CET. A reunião da CET foi retomada no dia seguinte, agora com a presença de membros da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal, presidida pelo senador Benedito de Lira. Em seu pronunciamento, Lira manifestou sua intenção de incentivar uma parceria com a Câmara Empresarial com foco nas prioridades do setor. Segundo ele, “é preciso trabalhar com responsabilidade e foco para que os resultados apareçam. Vamos usar o prestígio das duas Comissões na Câmara e no Senado e a expertise dos profissionais do turismo para mudar essa realidade”, concluiu. A proposta do senador foi recebida com entusiasmo pelos executivos da CNC e de entidades membros da CET. O vice-presidente da CNC Gil Siuffo disse que aceitava com prazer o convite do senador Lira para discutir as principais necessidades do turismo nacional. “Parceria é do que mais gostamos”, enfatizou, “porque temos condições de contribuir para fortalecer o setor”. Siuffo também destacou a inédita presença
de quatro senadores ao mesmo tempo na sede da CNC, o que mostra o prestígio da instituição no Congresso. O coordenador da Câmara, Alexandre Sampaio, elogiou a disposição da Comissão do Senado em ouvir as demandas e as propostas do setor privado. Além de Lira, participaram do encontro outros três integrantes da Comissão: o senador Eduardo Amorim (PSC-SE), vice-presidente, e as senadoras Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Eles ouviram rápidos relatos dos representantes das associações, com as dificuldades e necessidades de cada segmento. Eduardo Amorim sustentou que a maior parte dos investimentos deve ser direcionada para infraestrutura, energia e rede de hospedagem. A senadora Vanessa Grazziotin também se disse preocupada com o atual estágio da infraestrutura para a Copa do Mundo. Ela citou estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) segundo o qual nove dos 12 aeroportos localizados em cidades que vão sediar jogos não estarão aptos para atender à demanda que surgirá com o evento. Já a senadora Ana Amélia lembrou que o Brasil, além dos atrativos naturais, tem se dedicado ao turismo consciente, que se destaca pelo conceito de sustentabilidade, e isso também é fator de convencimento para atrair visitantes. CNC Notícias Maio 2011 n°134
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TURISMO
Reciprocidade: palavra-chave para desenvolver turismo náutico Para que o Brasil consiga desenvolver o turismo náutico, é necessário que sejam realizados acordos de reciprocidade com países que exercem a atividade em águas nacionais, garantindo oportunidades e benefícios para os segmentos econômicos interligados. A opinião é do embaixador João Clemente Baena Soares, que participou da reunião que o Conselho de Turismo da CNC promoveu em 27 de abril sobre o macrotema Turismo Náutico – Busca da regulamentação dos cruzeiros marítimos no País. Além de Baena, também palestrou o vice-almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, diretor de Portos e Costas da Marinha brasileira.
“A palavra-chave para nossa presença nos mares é reciprocidade”, disse Baena Soares. Já o vice-almirante Eduardo Bacellar tratou dos aspectos legais que envolvem a navegação em águas brasileiras.
Presidente do Conselho de Turismo da CNC, Oswaldo Trigueiros Jr., entrega certificados de participação em palestra ao almirante Eduardo Bacellar e ao embaixador Baena Soares
Representantes da CNC participam do lançamento dos anais do Cbratur
Eraldo Cruz (CNC), senador Benedito Lira (CDR), deputado Jonas Donizette (CTD), João Quirino (Abav) e Flávio Peruzzi (Abremar), no lançamento dos anais do XII Cbratur
A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado Federal e a Comissão de Turismo e Desporto (CTD) da Câmara dos Deputados lançaram, dia 27 de abril, em Brasília, os Anais do XII Congresso Brasileiro da Atividade Turística – CBRATUR 2010. A publicação é uma compilação das palestras do XII Cbratur, cujo tema foi Os Impactos dos Megaeventos Esportivos para a Indústria do Turismo. Na ocasião, o vice-presidente do Conselho de Turismo da CNC, Eraldo Alves
da Cruz, enfatizou a importância do evento para diagnosticar problemas e indicar soluções para o setor. “Se não fosse o trabalho dos parlamentares no Cbratur e a vontade política do ex-presidente Lula, não teríamos o Ministério do Turismo”. Eraldo destacou ainda a participação do presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS) e diretor da CNC, Alexandre Sampaio, que, no XII Cbratur, elencou as ações desenvolvidas pelo Sistema CNC-SESC-SENAC, que apoia o evento há mais de 10 anos.
Homenagem ao Dia do Agente de Viagem O vice-presidente do Conselho de Turismo da CNC, Eraldo Alves da Cruz, ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados, em 26 de abril, a convite do deputado Jonas Donizette (PSB-SP), para homenagear os agentes de viagem no dia em que se comemora o segmento. “É o agente de viagem que povoa os salões e estandes em todos os eventos que promovem o turismo brasileiro, para divulgar e vender nossos destinos turísticos”, disse Eraldo.
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TURISMO
Rio de Janeiro não tem mais baixa temporada em relação a turismo e hotelaria Com a atenção internacional voltada para a cidade nos próximos anos, expectativa é de crescimento acelerado da rede hoteleira no Rio de Janeiro a partir de 2011
U
ma pesquisa realizada pelaAssociação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ) em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) mostrou que na capital fluminense não existe mais baixa temporada – determinado período do ano em que a visitação de turistas e a ocupação de hotéis tende a diminuir. De acordo com o levantamento, a cidade registrou média de 73,75% de ocupação em 2010, em um registro de crescimento contínuo da taxa média de ocupação anual. “A ocupação é retilínea em todos os meses, e a tendência é os números se elevarem ainda mais. Uma média anual de 70% mostra que não há baixa temporada no Rio”, diz o presidente da ABIH-RJ, Alfredo Lopes. Segundo Alexandre Sampaio, presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS), o bom momento do Rio de Janeiro em aspectos como segurança e desenvolvimento econômico é determinante para o cresci-
mento do setor. “Esses aspectos atraem turismo de negócios e lazer. O capital privado, atento a esta demanda, com certeza saberá responder convenientemente às necessidades de hospedagem e alimentação que a cidade necessitará nos próximos anos”, afirmou. A alta constante na ocupação dos hotéis do Rio de Janeiro começou em 2007, quando a cidade foi sede dos Jogos Pan-Americanos e teve 62,98% de ocupação, com 26 mil quartos – atualmente, são 29 mil. Durante o período da Semana Santa, entre os dias 21 e 24 de abril, o Rio de Janeiro registrou ocupação de 95,89% de sua rede hoteleira. Em comparação ao mesmo período no ano passado, houve um crescimento de 12%. Para 2011, a expectativa é que a média de ocupação anual na cidade fique acima dos 73% do ano passado. Entre os principais fatores para o aquecimento desse mercado está a forte divulgação da cidade no País e no exterior, desde a escolha do Rio para sediar a final da Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016.
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EM FOCO
Visita à China O assessor de Comércio Exterior da CNC, Carlos Tavares de Oliveira, realizou visita à China de 12 a 25 de abril e lá esteve, inclusive, com a presidente Dilma Rousseff. Confira o relato do especialista nas relações do Brasil com o país asiático.
A
tendendo a honroso convite do governo chinês, na segunda quinzena de abril estive em Pequim e nas cidades portuárias de Tianjin, Xangai, Hong Kong e Macau. Na capital, antes do Seminário sobre o intercâmbio bilateral, entreguei pessoalmente à presidente Dilma Rousseff quatro dos meus livros sobre a China, um deles já traduzido para o mandarim. No primeiro, lançado em 1992, intitulado O Despertar da China, com prefácio do presidente Oliveira Santos, ficou registrada a fundamental participação da CNC na abertura do intercâmbio com a potência asiática – agora o maior parceiro comercial do Brasil – desde 1971, três anos antes do estabelecimento das relações diplomáticas. Em Pequim, mantive longa entrevista com o vice-ministro da Informação, Wang Zhongwei, ao qual prestei esclarecimentos sobre questões relacionadas com o intercâmbio com o Brasil. Nessa oportunidade, ao relatar a ativa participação da entidade no intercâmbio, ofereci-lhe cópia do artigo A CNC e as origens do comércio com a China, aqui publicado e que será traduzido para o mandarim pela sua assessoria. Ainda em Pequim, visitando as imponentes instalações da Academia de Ciências Sociais, participei de debate no Instituto Latino-Americano sobre o intercâmbio cultural/ comercial com membros do Centro de Estudos China-Brasil, presidido pelo embaixador Chen Duqing. A propósito, tanto o Centro como o embaixador – ex-representante diplomático da China no Rio e em Brasília, fluente em português – podem ajudar bastante os empresários que desejam estabelecer negócios no país. A segunda etapa da visita transcorreu em Tianjin, bela cidade a 135 km, cujo porto é o mais próximo da capital chinesa. Com 12 milhões de habitantes, Tianjin – agora modernizada com edifícios de até 80 andares –,
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fundada na dinastia Ming, tem mais de 600 anos de história. Seu amplo e moderno porto, ocupando área de 260 km², com 32 km de cais, em 2010 movimentou 400 milhões de Teus (contêineres de 6,2 metros), tornando-se o segundo da China e o 5º na escala mundial. É administrado pela empresa mista Tianjin Port Group Co. e dispõe de 70 terminais privados. Perto do porto localiza-se o Tianjin Xingang Shipbuilding Ind. Co. Ltd., maior estaleiro do mundo, implantado em área de 586 km², com cais de 4 km e que pode produzir 220 navios anualmente. Em seguida, após uma hora de voo para o Sul, entrei na encantadora cidade de Xangai, que, com 20 milhões de habitantes, seus palácios, museus, arranha-céus (com 400 metros de altura), luxuosos hotéis, restaurantes e lojas apinhadas de gente bem vestida, nada fica a dever a Nova York e Paris. Seu imenso e moderníssimo porto movimentou, em 2010, 670 milhões/t de carga, incluindo 29,5 milhões de Teus, confirmando sua condição de maior do mundo nas duas marcas. Subdividido em três partes distintas, o complexo é administrado pela Shanghai International Port Group (SPIG), que tem a participação de 30 sócios privados, equivalente a 30% do capital. Os três principais terminais privados são: o do China Shipping, o dinamarquês Maersk e o do grupo Hutchison (do bilionário Li Ka-shing). O porto ocupa área de 3,6 mil km², com 85 km de cais, dispondo de 20 mil empregados. Há cinco anos, foi inaugurado o novo terminal de contêineres, na ilha de Yangshan, com 5,2 km de cais, profundidade de 16,5 metros e capacidade para 10 milhões de contêineres. Na periferia da cidade, não longe do porto, localiza-se a famosa fábrica de pontes rolantes e guindastes, a Shanghai Zhenhua Heavy Industries Co. (ZPMC), a maior do planeta, com seus produtos integrando a estrutura de 76% do sistema portuário mundial. Quando
EM FOCO O vice-ministro da Informação, Wang Zhongwei, recebe do assessor da CNC os artigos sobre a China publicados na CNC Notícias
da visita, estavam sendo montadas em navio especial duas enormes pontes rolantes para o Tecon do porto Imbituba, em Santa Catarina. Outra marca, elevando o prestígio internacional da ZPMC como exportadora de equipamentos de alta tecnologia, foi a conquista da concorrência para a difícil construção da ponte pencil, com estrutura de aço, na baía de Oakland, em São Francisco, nos EUA. Cumprindo a terceira etapa da viagem, em voo de uma hora, a visita transcorreu na trepidante cidade de Hong Kong – com 7 milhões de habitantes e renda per capita de USD 31,7 mil –, que, devidamente reincorporada em 1997, tornou-se nova Região Administrativa da China. Nesses 14 anos, essa metrópole chinesa manteve o título de “maior centro mundial da economia de mercado”, outorgado pela Heritage Foundation e pelo Wall Street Journal, dos Estados Unidos. Com programação preparada pela representação do Hong Kong Trade Development Council (HKTDC), em São Paulo, percorri a cidade, particularmente o seu movimentado porto, segundo da China e terceiro do mundo na movimentação de contêineres, com o total de 23,5 milhões de Teus, em 2010. Apesar de relativamente pequeno, com apenas 50 km² e 24 berços em 8 km de cais, o porto, no ano passado, movimentou 267,8 milhões de toneladas de carga, três vezes mais do que Santos. Operando com plena autonomia, os cinco grandes terminais privados em que se subdivide o porto são conhecidos pelas siglas: HIT, MTL, CHT, ACT e CT3. O maior deles, o Hong Kong International Terminal (HIT), da Hutchison Port Holding (pertence ao bilionário chinês Li Ka-shing), com seus 12 berços, é responsável por cerca da metade da movimentação do porto.
A administração do porto de Hong Kong é realizada, de forma discreta e eficiente, pelo Marine Department da Região, que, com 2 mil funcionários, cuida basicamente apenas do tráfego de navios e da fiscalização, permitindo absoluta autonomia aos terminais privados. A última etapa, a interessante cidade de Macau – como Hong Kong, situada no delta do rio das Pérolas –, tem o turismo como principal atividade, baseado em ampla e moderníssima cadeia de cassinos. Ao todo, são 34 cassinos, sendo o maior deles o Venetian, que tem em sua volta canal artificial com barcos, imitando Veneza. De beleza e amplidão indescritíveis, o Venetian Hotel possui 3 mil suítes, 12 restaurantes, além de dezenas de sofisticadas lojas das principais grifes internacionais. Além do empresário chinês Stanley Ho, controlam os cassinos as principais multinacionais do setor, como Las Vegas Sands, Four Seasons, Winn e outras. O faturamento geral dos cassinos chega a USD 15 bilhões, o dobro do de Las Vegas e o maior do mundo. O tributo cobrado ao jogo pela Região Administrativa Especial de Macau, de 35%, é totalmente aplicado na saúde e na educação. Em 2016, com o término da imensa ponte de 50 km (a maior do mundo), ligando as cidades de Hong Kong, Zhuhai e Macau, o turismo terá considerável crescimento, com o acesso fácil e barato da população chinesa do interior. Foi a melhor possível a assistência prestada pelo Instituto Internacional de Macau e por seu presidente, Jorge Rangel, que, em 2010, esteve na CNC em Seminário conjunto para estimular o intercâmbio comercial com a próspera região do delta do rio das Pérolas. CNC Notícias Maio 2011 n°134
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EM FOCO
III Encontro de Comunicação do Sistema Comércio
R
epresentantes das assessorias de comunicação da CNC, dos Departamentos Nacionais do SESC e do Senac e das Federações do Comércio de todo o País estiveram reunidos, de 25 a 27 de abril, em Brasília, no III Encontro de Comunicação do Sistema Comércio. Organizado pela Ascom/CNC, o evento deu continuidade aos trabalhos iniciados há dois anos, permitindo uma melhor integração entre os serviços prestados pelas assessorias de comunicação de todo o Brasil. Na abertura do encontro, os participantes receberam as publicações Guia de Relacionamento com a Imprensa e Guia de Relacionamento com os Stakeholders Internos, produzidas a partir de demandas surgidas nos eventos anteriores, e fizeram uma análise da minuta do Perfil do Sistema Comércio. Os assuntos tratados concentraram-se em quatro temas principais, apresentados em oito diferentes painéis: a utilização da internet e das mídias sociais; o relacionamento e o apoio ao trabalho desenvolvido para a prestação de serviços às federações e sindicatos; a reputação da imagem e a criação de uma assinatura conjunta de sistema; e a sustentabilidade. O primeiro dia também foi dedicado às apresentações do novo site da CNC e o uso das mídias sociais, do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), com a criação de subsites para os sindicatos do comércio. O terceiro painel, sobre a experiência dos departamentos de comunicação
no apoio às assessorias legislativas, mostrou como as assessorias de comunicação da CNC e das Federações do Comércio do Amapá e do Ceará estão dando suporte ao trabalho desenvolvido pela Apel e pelas assessorias legislativas estaduais, que fazem parte da Rede Nacional de Assessorias Legislativas (Renalegis). No segundo dia, a programação do encontro incluiu uma visita guiada à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, com exposições sobre as estruturas de comunicação das duas casas legislativas, e um almoço no restaurante-escola do Senac que funciona dentro da Câmara. Na parte da tarde, os assessores participaram da oficina de webwriting, ministrada pelo jornalista Daniel Aisenberg, da Palavra-Chave, e de uma palestra sobre reputação, com o consultor de imagem Mario Rosa. Na sequência, a economista Marianne Hanson falou sobre a integração da Divisão Econômica com a Assessoria de Comunicação para a divulgação das pesquisas econômicas setoriais e apresentou o novo indicador econômico da CNC, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio. A abertura do terceiro dia do Encontro foi feita pelo designer Mário Saladini, responsável pelo ECOS - Programa de Sustentabilidade CNC-SESC-SENAC, que apresentou às federações as iniciativas adotadas pelas entidades em prol da preservação ambiental. No fechamento, o consultor Paulo Clemen, da Casa do Cliente, ministrou uma oficina sobre Elaboração de Plano de Comunicação, fazendo referências aos assuntos tratados nos outros dias do evento. Assessores de Comunicação visitam a TV Câmara em programa de relações públicas oferecido pela Câmara e Senado Federal, e organizado pela Apel/CNC
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EM FOCO
Novas regras aumentam segurança nas vendas com cheques Resolução do CMN determina, entre outros pontos, que documentos só poderão ser sustados com o registro de Boletim de Ocorrência policial. Comércio terá acesso a informações sobre bloqueios.
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udança no uso dos cheques. O Conselho Monetário Nacional aprovou, em abril, a Resolução nº 3.972, com uma série de novidades que, segundo informou o Banco Central, objetivam aumentar a segurança, a transparência e a credibilidade desse meio de pagamento. Para o economista Fábio Bentes, da CNC, as modificações trazem benefícios tanto para o comércio como para os consumidores. São 28 pontos que aumentam o cerco aos papéis sem fundos. Uma delas determina que sem Boletim de Ocorrência policial não será mais possível sustar cheques. Além disso, os bancos terão de fornecer informações das contas para o comércio, com um sistema semelhante ao realizado por empresas como Serasa e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Fábio Bentes observa que, por se tratar de um meio de pagamento não eletrônico, o risco embutido nas transações é maior, o que acaba resultando, por exemplo, nos altos juros cobrados no cheque especial. “As instituições financeiras alegam que o risco de inadimplência é um dos principais – se não o principal – componente dos elevados juros brasileiros. Como o cheque é uma modalidade de pagamento
menos segura, espera-se que a medida tomada pelo BC contribua para a queda da inadimplência e, consequentemente, para a redução dos juros”, explica o economista da CNC. Segundo o Banco Central, o número de cheques compensados em 2010 chegou a 1,12 bilhão de documentos, totalizando mais de R$ 1 trilhão. Foram devolvidos 71 milhões de cheques, sendo 63 milhões por falta de fundos, que representaram um prejuízo de R$ 70 milhões. Bentes acredita que os comerciantes passarão a ter mais segurança para efetuar as transações. “O comerciante poderá receber informações se o cheque foi sustado ou está bloqueado, ou se é de conta com bloqueio judicial”, explica. A Resolução do CMN é resultado de audiência pública com mais de 300 contribuições de diversos agentes econômicos e de setores organizados da sociedade civil. Embora o assunto mereça atenção, o cheque é um meio de pagamento que vem perdendo a preferência do público. Em 2000 ele representava 34% dos pagamentos; e os cartões, 9%. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), em 2020 a previsão é de que apenas 3% das operações serão feitas com o papel.
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EM FOCO
Comércio exterior: empresas pedem alívio tributário e menos burocracia Com câmbio valorizado e sem uma política para o setor, Brasil corre o risco de perder sua indústria, dizem os empresários. Segundo a Camex, Governo prepara proposta.
O Abaixo, Benedicto Fonseca Moreira, presidente da AEB, ao lado do secretário-executivo da Camex, Emílio Garofalo Filho. Na segunda foto, Mateus Miranda (ARG Construtora), José Augusto de Castro (vice-presidente da AEB) e Alcebíades Nunes Miranda (ARG Construtora).
secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Emílio Garofalo Filho, foi o convidado especial da reunião conjunta de Diretoria, Conselhos de Administração e Técnico da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), realizada em 28 de abril, na CNC do Rio de Janeiro. Ele enfatizou a necessidade de que o País formule uma política de comércio exterior para garantir competitividade a empresas e produtos brasileiros. “Durante muito tempo o Brasil deixou de ter uma política de comércio exterior porque entendia-se ser uma questão de mercado”, disse Garofalo. “Mas isso hoje está nos deixando em desvantagem”, completou, observando que os principais parceiros comerciais do Brasil – a China, os Estados Unidos e até mesmo a Argentina – têm políticas voltadas para garantir o equilíbrio do setor. O secretário-executivo da Camex enumerou alguns dos principais problemas identificados, a maior parte exigindo solução há vários anos. Questões como câmbio, carga tributária e
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infraestrutura contribuem para tornar o comércio exterior brasileiro menos competitivo e, somados aos entraves de natureza administrativa e aduaneira, exigem uma solução integrada de governo. “É preciso que marchemos todos na mesma direção. É essa a proposta que está sendo formulada e que o ministro (do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) Fernando Pimentel pretende levar à presidenta Dilma Rousseff”, afirmou Garofalo. A reunião contou com representantes de vários setores empresariais que mostraram ao secretário-executivo da Camex as dificuldades enfrentadas, principalmente na área aduaneira. O presidente da AEB, Benedicto Fonseca Moreira, agradeceu a presença de Emílio Garofalo e manifestou a necessidade de atenção para o setor. “O Brasil está crescendo, vai continuar crescendo, mas é conflitante termos uma taxa de câmbio cada vez mais valorizada, o custo interno aumentando e o imposto de importação sendo reduzido. É um choque de trem”, disse Moreira, chamando a atenção para o fato de que o País está transferindo sua indústria para fora, voltando a ser um exportador de matérias-primas, como era na década de 1950, o que se configura um problema até estratégico para o Governo. “Os problemas estão identificados; é necessário resolvê-los. Se temos um câmbio valorizado, precisamos compensar de alguma forma: mudar a estrutura interna tributária, tirar essa massa de burocracia de cima do setor empresarial. Precisamos ter um grau razoável de racionalidade, senão, vamos perder a guerra”, alertou o presidente da AEB.
SISTEMA COMÉRCIO Presidente da Fecomércio-CE, Luiz Gastão Bittencourt, vice-presidente Gil Siuffo, deputado Eudes Xavier (PT) e o chefe da Apel/CNC, Roberto Velloso
Fecomércio-CE mostra ações e resultados em 2010
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Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE) promoveu, com o apoio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), encontro com parlamentares cearenses para apresentar o documento Ações e Resultados, que reúne todas as iniciativas, realizações e conquistas da entidade em 2010 nos níveis municipal, estadual e federal. A reunião foi realizada em 26 de abril, em Brasília, na sede da CNC O presidente da Fecomércio-CE, Luiz Gastão Bittencourt, enfatizou que sua gestão investiu no diálogo construtivo permanente entre capital e trabalho e defendeu a formalização do comércio, a livre iniciativa, a desestatização e o tratamento diferenciado para as pequenas e microempresas, combatendo a informalização no comércio. A instituição também atuou em prol do sindicalismo, defendendo a corporificação da liberdade sindical. Um dos destaques de 2010 foi a criação do Projeto Pauta do Comércio. O documento, entregue aos candidatos ao Governo do Estado, contém uma série de propostas de interesse do setor, contemplando temas como segurança pública, política tributária, política de promoção social, capacitação e formação profissional e geração de emprego e renda e estímulos para o setor terciário. A publicação funciona como uma espécie de registro préeleição sobre os compromissos assumidos pelos candidatos.
Em 2010, a Assessoria Institucional da Fecomércio-CE distribuiu mensalmente sinopses legislativas aos diretores, acompanhou, no âmbito legislativo, soluções em prol dos interesses do comércio, além de participar de audiências públicas. O trabalho foi realizado em parceria com a Rede Nacional de Assessorias Legislativas (Renalegis) da CNC. Bittencourt também destacou as atividades do Sistema de Excelência em Gestão Sindical (SEGS) e a inserção da Fecomércio-CE no Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), desenvolvido pela CNC com o objetivo de aumentar a representatividade e a sustentabilidade do Sistema. A abertura do evento foi feita pelo vice-presidente da CNC Luiz Gil Siuffo, responsável pela área de Relações com o Congresso. Estiveram presentes os deputados federais Gorete Pereira (PR), Arthur Bruno (PT), Chico Lopes (PCdoB), Domingos Neto (PSB), Antonio Balhmann (PSB), Eudes Xavier (PT), Raimundo Gomes de Matos (PSDB), José Airton (PT), Raimundão (PMDB) e Genecias Noronha (PMDB). Participaram ainda o senador Inácio Arruda (PCdoB) e o ministro do Tribunal de Contas da União Ubiratan Aguiar. Também prestigiaram o encontro o vice-presidente da Fecomércio-CE, Sérgio Braga, e o presidente da FecomércioMG, Lázaro Gonzaga.
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Fecomércios do Amapá e de Mato Grosso do Sul criam institutos de pesquisa Objetivo é produzir estudos, sondagens e informações que auxiliem os empresários do setor terciário, de ambos os Estados, na tomada de decisões
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s Federações do Comércio dos Estados do Amapá e de Mato Grosso do Sul acabam de criar seus Institutos de Pesquisa, para orientar o empresariado no cotidiano de seus negócios com estudos e pesquisas. No Amapá, o Conselho Deliberativo do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC/AP) aprovou, dia 25 de abril, na sede da federação, o estatuto que regerá a entidade. O grupo é formado por Fecomércio-AP, sindicatos filiados, SESC, Senac e Universidade Federal do Amapá (Unifap). Na oportunidade, também foram empossados os membros das diretorias executiva e financeira que vão presidir o IPDC/AP até junho de 2014. O presidente da Fecomércio-AP e diretor do Instituto de Pesquisa, Ladislao Pedroso Monte, destacou a importância da iniciativa: “O IPDC é uma entidade sem fins lucrativos que terá que buscar o caminho da autossustentabilidade, ajudando a contribuir com o fomento da economia do Estado”, disse. O reitor da Unifap, José Tavares, também falou sobre a criação do
instituto: “É um importante caminho para a interação entre empresas e faculdades”. Mato Grosso do Sul Em Mato Grosso do Sul, o Instituto Fecomércio-MS foi lançado em 1º de abril. O presidente da Fecomércio-MS, Edison Ferreira de Araújo, destaca que, a partir da criação do Instituto, as pesquisas sazonais também serão interiorizadas, para que empresários de todo o Estado possam ter subsídios para a tomada de decisão. “Teremos um histórico de resultados que poderá ser utilizado, inclusive, na atração de novos investidores”, observa Edison. Na ocasião, foi firmado termo de parceria com a Fundação Manoel de Barros, por meio da Universidade Anhanguera-Uniderp. O vice-presidente da CNC e presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, afirmou que o Instituto também confere credibilidade, porque os estudos passam a ser usados pelo sistema de crédito e até mesmo por órgãos governamentais. Houve ainda, durante o lançamento em Mato Grosso do Sul, palestra com o economista da CNC Bruno Fernandes sobre A importância da pesquisa no Planejamento Empresarial. Da direita para a esquerda: Ladislado Monte, presidente da Fecomércio-AP, José Tavares, reitor da Unifap, e membros do Conselho do IPDC/AP: interação
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SESC promove esporte e lazer no
Dia do Desafio 2011 Atividades esportivas vão acontecer simultaneamente em 50 países no dia 25 de maio. No Brasil, o SESC é parte fundamental desse evento, que será realizado em diversas unidades espalhadas pelo País.
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oi dada a largada para o Dia do Desafio, um grande evento que vai acontecer no dia 25 de maio, simultaneamente em mais de 3.500 cidades espalhadas por 50 países. No Brasil, a coordenação do evento fica por conta do Serviço Social do Comércio em São Paulo (SESC-SP). O Dia do Desafio é uma campanha de incentivo à prática regular de atividades físicas em benefício da saúde e acontece anualmente na última quarta-feira do mês de maio, por meio de ações comunitárias. O SESC-SP coordena o evento no Continente Americano desde 2000. Nesse dia, pessoas de todas as idades se envolvem em uma competição amigável entre cidades do mesmo porte, na tentativa de mobilizar a maior porcentagem de participantes, tendo como base de cálculo o número oficial de habitantes do município. A competição é apenas um estímulo à participação, e as cidades são divididas em categorias, segundo o número de habitantes. O lançamento oficial aconteceu no dia 2 de maio, no SESC Pinheiros, e na ocasião foi feito o sorteio das cidades que vão se enfrentar. O evento contou com a presença do superintendente técnico do SESC-SP, Joel Padula, do secretário de estado de Esporte, Lazer e Juventude de São Paulo, Jorge Roberto Pagura, do diretor-geral de Atividade Física e Recreação da Venezuela, Julio Carrilo, do cônsul-geral do México em São Paulo, José Geraldo Hernandez, além do vice-presidente da Tafisa, organizadora mundial do evento,
Rodolfo Valgoni. Também estiveram presentes atletas como Cristiane, da seleção feminina do Santos F.C., Leandrinho, jogador de basquete da NBA, e os ex-jogadores Denílson (futebol), Magic Paula (basquete) e Giovane Gávio (vôlei). Segundo Joel Padula, o evento é grandioso por mobilizar milhões de pessoas. “O Dia do Desafio procura sensibilizar as pessoas através do afeto e da brincadeira. Não se trata somente de registrar vitórias, mas sim de conscientizar sobre o quão fundamental é o corpo para nossa vida.” Para participar, é só entrar no site www.sescsp.org.br/diadodesafio e ficar atento à programação do Dia do Desafio em cada cidade. Várias unidades do SESC no Brasil vão oferecer atividades gratuitas para a população nesse dia.
Joel Padula, superintendente do SESC-SP, no lançamento oficial do Dia do Desafio, que vai levar ações de esporte e lazer a várias unidades do SESC no Brasil
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Fecomércio Minas consegue adiar prazo de fiscalização de sacolas ecológicas Decreto que proíbe sacolas plásticas em Belo Horizonte entra em vigor, mas comerciantes ganham prazo maior para se adaptar a novos modelos
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Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas) conseguiu, na Prefeitura de Belo Horizonte, o adiamento em quatro meses do prazo para aplicação de normas punitivas aos comerciantes da capital mineira que distribuírem sacolas recicladas e biodegradáveis sem a inscrição da NBR 15448-2:2008, norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O Decreto n° 14.367, de 12 de abril de 2011, que proíbe a distribuição das sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte, entrou em vigor em 18 de abril de 2011. O argumento apresentado pela Fecomércio Minas é que o Decreto revogou o anterior, n° 13.446, de 19 de dezembro de 2008, introduzindo novas regras para substituição das sacolas plásticas, proibindo o uso das recicladas e determinando que as sacolas
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biodegradáveis tenham a indicação da NBR 15448-2:2008. Por isso, empresários do setor de comércio de Belo Horizonte precisariam de mais tempo para adaptação às novas atribuições. O Decreto define como sacola ecológica a “confeccionada com material biodegradável ou retornável”, classificando ainda como sacola retornável a “de material durável, resistente para suportar o peso médio dos produtos transportados, lavável, com espessura mínima de 0,3 mm e destinada à reutilização continuada”. É importante lembrar que a medida é válida apenas para sacolas recicladas (exceto no transporte de alimentos) e sacolas biodegradáveis sem o registro correto da norma da ABNT durante o período de adaptação. Os demais tipos de sacolas plásticas continuam proibidos na capital mineira e seguem passivos de fiscalização punitiva.
SISTEMA COMÉRCIO
Câmara planeja audiência pública A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados planeja uma audiência pública, ainda sem data definida, para discutir o PL 612/2007, que obriga supermercados e estabelecimentos comerciais a substituir as sacolas plásticas convencionais por outras de material biodegradável. A audiência foi proposta pelo relator do projeto, deputado Ronaldo Zulke (PT-RS). “Seria oportuno e necessário ouvir não apenas os órgãos governamentais, mas especialmente a sociedade civil”, disse Zulke, que afirma que a produção das sacolas plásticas também gera emprego e renda. Caso o projeto seja aprovado, a medida vai valer para lojas e supermercados em todo o território nacional, inclusive para os estados que ainda não possuem legislação específica para a restrição das sacolinhas
plásticas. Em substituição, os estabelecimentos deverão fornecer as sacolas biodegradáveis, que se decompõem no ambiente e não geram prejuízos ecológicos. Algumas medidas já são adotadas no Brasil desde 2008, com as leis e decretos sendo sancionados individualmente em cada estado. O Ministério do Meio Ambiente também coordena, desde junho de 2009, uma campanha de redução do uso de sacolas plásticas. Com o slogan “Saco é um saco”, a iniciativa já ajudou a evitar a circulação de 800 milhões de sacos plásticos no Brasil, de acordo com dados do Ministério.
Outros casos no Brasil
Tipos de sacolas plásticas
Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin assinou, no dia 8 de maio, um protocolo de intenções com supermercados voluntários estabelecendo a retirada gradual das sacolas plásticas até 2012. Pelo acordo, os estabelecimentos devem interromper o fornecimento das sacolas plásticas e criar alternativas de transporte de mercadorias para os clientes. A meta é retirar de circulação cerca de 2,5 bilhões de sacolinhas distribuídas mensalmente no Estado. Vale lembrar que o protocolo é apenas um acordo entre as partes. Até o fechamento desta edição, não existia em São Paulo uma lei que proibisse de fato a distribuição das sacolas. Em Cuiabá, Mato Grosso, a Câmara dos Vereadores sancionou, em 26 de abril, uma lei que torna obrigatório o uso de embalagens ecológicas em substituição às sacolas plásticas convencionais. Os estabelecimentos que descumprirem a lei deverão receber uma notificação que dá até 30 dias para os comerciantes fazerem as adequações. Em casos de persistência, a multa inicial é de mil reais e, em caso de reincidência, de dois mil reais.
Veja como está a legislação em relação ao uso das sacolas plásticas em todas as capitais do País. Fotografe a QR Code ao lado com um smartphone e acesse o conteúdo no site da CNC.
Sacolas convencionais Feitas a partir de derivados do petróleo, são os principais alvos das legislações.
Sacolas recicladas Reutilizam o plástico descartado para produção de novos materiais. No caso de Belo Horizonte, o uso está liberado para estabelecimentos que não comercializam alimentos.
Sacolas hidrobiodegradáveis São feitas com materiais de origem orgânica, podendo ser decompostos por hidrólise (quebra de moléculas pela água) ou micro-organismos presentes no meio ambiente.
Sacolas oxi-biodegradáveis Contém um aditivo químico que permite a degradação por oxidação em 18 meses, mas alguns especialistas afirmam que o processo libera metais pesados agressivos ao ambiente.
Sacolas retornáveis e ecobags Utilizam materiais como ráfia e algodão, podendo ser reutilizadas mais vezes. Alguns especialistas criticam o uso das ecobags por causa do seu maior impacto ambiental. Fonte: RES Brasil
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Ações educacionais do Senac são levadas ao interior de Alagoas Com unidades móveis e escola virtual, Senac-AL investe no desenvolvimento da educação em municípios do interior de Alagoas. Por meio do Senac Móvel, mais de 300 pessoas serão formadas em cursos profissionalizantes.
O presidente da Fecomércio-AL, Wilton Malta, discursa na inauguração do Senac Móvel (abaixo) em Penedo
Alagoas recebeu mais ações educacionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no Estado (Senac-AL). Desde o dia 18 de abril, as carretas do Senac Móvel estão em três municípios do interior, na região do Baixo São Francisco: Penedo, União dos Palmares e Delmiro Gouveia. As aulas dos cursos oferecidos começaram no último dia 25. Na inauguração da carreta em Penedo, o presidente do Sistema Fecomércio-
-SESC-Senac-AL, Wilton Malta, falou sobre a importância do projeto: “O Senac chegou à cidade de Penedo num momento muito oportuno. Nós do Sistema Fecomércio-AL estamos prontos para promover a capacitação necessária”. Entre os novos alunos está Zeneide Oliveira, dona de casa de 40 anos, que está animada com a oportunidade. “É o meu primeiro curso profissionalizante. Deposito nele minha esperança para a conquista do primeiro emprego e da melhoria de vida”, disse Zeneide, que vai fazer o curso de Camareira em Meios de Hospedagem. Serão 170 vagas em Penedo, 60 vagas em União dos Palmares e 72 em Delmiro Gouveia. As carretas ficarão nas cidades até julho. Escola Virtual de Turismo e Hotelaria O Senac-AL também lançou a Escola Virtual de Turismo e Hotelaria, uma parceria com o Instituto Ambiental Brasil Sustentável, que vai oferecer vagas em cursos gratuitos nas modalidades presencial e a distância. Cada aluno receberá um login e uma senha, material didático e suporte tecnológico para realizar os cursos, que serão oferecidos para a população de Maceió, Maragogi, Penedo e Piranhas, nas áreas de Elaboração de Roteiros Turísticos, Gestão de Alimentos e Bebidas, Gestão de Bares e Restaurantes, entre outros.
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Reunião do Mesa Brasil em Porto Alegre define metas para 2011 Representantes de instituições atendidas pelo programa na capital gaúcha se reuniram para conferir os resultados de 2010 e as propostas para este ano
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nstituições sociais de Porto Alegre atendidas pelo programa Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio no Rio Grande do Sul (SESC-RS), enviaram seus representantes no dia 19 de abril para o encontro anual dos participantes do programa. No evento, foram apresentados os resultados de 2010 e a proposta do programa para o trabalho em 2011. “Este evento é uma grande reunião de trabalho, em que as instituições são convidadas a participar do processo de execução do programa, apresentar sugestões de parcerias, temáticas para as ações educativas, além da prestação de esclarecimentos”, explicou a assistente social do Mesa Brasil Porto Alegre, Elisabete Bortoluzzi. Somente em Porto Alegre, o programa atende a 140 instituições cadastradas. Além disso, foram definidas as estratégias adotadas para este ano, assim como questões referentes à participação nas ações educativas e o aproveitamento integral das doações recebidas. Até o momento, o Mesa Brasil no Rio Grande do Sul já distribuiu mais de 380 mil quilos de alimentos em 2011. “Somos muito gratos pelos alimentos que recebemos e pelos cursos de capacitação que nos são oferecidos, os quais são de grande qualidade. Além do mais, a assessoria por parte das pessoas da equipe do programa Mesa Brasil é maravilhosa”, afirmou Cintia Lang, da Associação Liga de Amparo aos Necessitados (Alan), uma das instituições atendidas pelo programa.
O Mesa Brasil SESC é uma rede permanente de solidariedade, que atua desde novembro de 2003 no Rio Grande do Sul com o objetivo de evitar o desperdício de alimentos e diminuir as carências nutricionais da população. “O programa Mesa Brasil atendeu às metas de 2010; e para 2011 estamos prevendo um crescimento de 5% nas atividades. Hoje já contamos com sete unidades do Mesa Brasil no Rio Grande do Sul e percebemos um crescimento. Somente nesses primeiros meses do ano já identificamos bons resultados. Estamos em busca de mais doadores para seguir nesse crescimento”, afirmou Marelane Pinheiro, coordenadora do Mesa Brasil no Estado.
Representantes de entidades atendidas pelo Mesa Brasil se reuniram no Teatro SESC-RS para apresentação dos resultados de 2010 e elaboração das metas para 2011
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Pesquisa mostra crescimento no hábito cultural do brasileiro Levantamento encomendado pela Fecomércio-RJ mostra que o brasileiro está mudando costumes antigos e se dedicando mais a atividades culturais, como cinema, teatro, dança e exposições
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Apresentação musical do espetáculo Rádio Show no SESC Santana, durante o Viradão Cultural 2011, que aconteceu em abril, em São Paulo
brasileiro está incrementando cada vez mais os seus hábitos culturais, segundo revelou uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), em parceria com o Instituto Ipsos. Em 2010, 53% dos brasileiros declararam ter participado, pelo menos uma vez, de alguma atividade de lazer cultural, 13% a mais que o número revelado em 2009. 47% não realizaram nenhuma das seis opções culturais listadas pela pesquisa: leitura, cinema, teatro, show musical, exposição ou espetáculo de dança. O levantamento mostrou também que a leitura, o cinema e os shows de música registraram os maiores índices de adesão desde o início da pesquisa, em 2007. No ano passado, 34% dos entrevistados afirmaram ter lido, no mínimo, um livro, contra 23% em 2009. No entanto, dois a cada três brasileiros continuam sem o hábito de ler.
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O número de pessoas que frequentaram alguma sala de cinema em 2010 subiu 10% em relação ao ano anterior. Segundo a Fecomércio-RJ, a razão para o crescimento está no aumento de recursos investidos no cinema para atrair o espectador, como salas de projeção 3D, promoções e descontos. Apesar dos números em ascensão, dos que não participaram de nenhuma dessas ações em 2010, 66% dos entrevistados responderam que a falta de hábito foi a principal razão. Outros 23% afirmaram a falta de gosto por atividades culturais. Esses números indicam que a pouca frequência do brasileiro em atividades culturais pouco tem a ver com o preço dos ingressos ou com a falta de opções disponíveis. A pesquisa da Fecomércio-RJ/Ipsos entrevista anualmente mil pessoas em 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas, e tem como objetivo mensurar as atividades relacionadas à cultura.
C C a F O s e r ( re m F o
HISTÓRIA EM IMAGEM
(Glyn Kirk / AFP)
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Conto de fadas Formatado sob medida para encantar e seduzir plateias de todos os quadrantes, o casamento real inglês foi um fenômeno midiático global. Mas, para além do ambiente onírico da cerimônia que selou a união da plebeia Kate Middleton com o príncipe William – segundo na linha de sucessão ao trono –, havia também a expectativa de que o megaevento rendesse bons frutos para a economia inglesa, às voltas com um cenário econômico de recessão e inflação. Analistas apontam, porém, que o aquecimento do turismo e o aumento do sentimento de confiança no país terão efeito apenas no curto prazo. O resultado no Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido não terá impacto significativo. A estimativa da consultoria Veredict é de que a festa deve ter rendido R$ 1,6 bilhão (630 milhões de libras) ao país. O setor de turismo teria faturado R$ 594 milhões (216 milhões de libras). Mas o prejuízo provocado pelos feriados é maior, segundo a Federação da Pequena Empresa: R$ 15 bilhões (6 bilhões de libras). “O efeito do casamento deve ser neutro sobre o PIB do segundo trimestre”, avalia um economista do HSBC.