Revista Indústria Capixaba n° 316

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Especial

Publicação Oficial do Sistema Findes • JAN/FEV 2015 Distribuição gratuita • nº 316 • IMPRESSO

Plano de Investimentos do Sistema Findes fortalece a indústria E mais: a atuação das indústrias para reduzir os impactos da crise da água IND 316.indb 1

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Expediente

Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – Findes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Gibson Barcelos Reggiani Vice-presidentes: Aristoteles Passos Costa Neto, Benízio Lázaro, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Elder Elias Giordano Marim, Egidio Malanquini, Houberdam Pessotti, Leonardo Souza Rogerio de Castro, Manoel de Souza Pimenta Neto, Sebastião Constantino Dadalto 1º diretor administrativo: Elcio Alves 2º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura 3º diretor administrativo: José Augusto Rocha 1º diretor financeiro: Tharcicio Pedro Botti 2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo 3º diretor financeiro: Flavio Sergio Andrade Bertollo Diretores: Almir José Gaburro, Atilio Guidini, Elias Cucco Dias, Emerson de Menezes Marely, Ennio Modenesi Pereira II, Jose Carlos Bergamin, José Carlos Chamon, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Luiz Henrique Toniato, Loreto Zanotto, Mariluce Polido Dias, Neviton Helmer Gasparini, Ocimar Sfalsin, Ortêmio Locatelli Filho, Ricardo Ribeiro Barbosa, Samuel Mendonça, Sérgio Rodrigues da Costa, Silésio Resende de Barros, Tullio Samorini, Vladimir Rossi Diretor-executivo: Luis Carlos de Souza Vieira Superintendente corporativo: Marcelo Ferraz Goggi Conselho Fiscal Titulares: Bruno Moreira Balarini, Ednilson Caniçali, José Angelo Mendes Rambalducci Suplentes: Adenilson Alves da Cruz, Antonio Tavares Azevedo de Brito, Fábio Tadeu Zanetti Representantes na CNI Titulares: Marcos Guerra, Gibson Barcelos Reggiani Suplentes: Lucas Izoton Vieira, Leonardo Souza Rogerio de Castro Serviço Social da Indústria – Sesi Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Alessandro Luciani Bonzano Comper Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Governo: Juliane de Araújo Barroso Representantes das atividades industriais Titulares: Altamir Alves Martins, Sebastião Constantino Dadalto, Jose Carlos Bergamin, Gibson Barcelos Reggiani Suplentes: Leonardo de Souza Rogerio de Castro, Sergio Rodrigues da Costa, Valkinéria Cristina Meirelles Bussular, Houberdam Pessotti Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Lauro Queiroz Rabelo Suplente: Flaviano Rabelo Aguiar Superintendente: Solange Maria Nunes Siqueira Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai Presidente do Conselho Regional: Marcos Guerra Representantes das atividades industriais Titulares: Benízio Lázaro, Wilmar Barros Barbosa, Almir José Gaburro, Luciano Raizer Moura Suplentes: Ronaldo Soares Azevedo, Neviton Helmer Gasparini, Clara Thais Resende Cardoso Orlandi, Manoel de Souza Pimenta Neto Representantes do Ministério do Trabalho Titular: Alessandro Luciani Bonzano Comper Suplente: Alcimar das Candeias da Silva Representante do Ministério da Educação Titular: aguardando indicação do MEC Suplente: Ronaldo Neves Cruz Representantes da categoria dos trabalhadores da indústria Titular: Sérgio Luiz Guerra

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Suplente: aguardando indicação do Senai/DN Diretor-regional: Solange Maria Nunes Siqueira Centro da Indústria no Espírito Santo – Cindes Presidente: Marcos Guerra 1º vice-presidente: Gibson Barcelos Reggiani 2º vice-presidente: Aristoteles Passos Costa Neto 3º vice-presidente: Houberdam Pessotti Diretores: Cristhine Samorini, Ricardo Augusto Pinto, Edmar Lorencini dos Anjos, Altamir Alves Martins, Rogério Pereira dos Santos, Zilma Bauer Gomes, Alejandro Duenas, Ana Paula Tongo da Silva, Antonio Tavares Azevedo de Brito, Bruno do Espírito Santo Brunoro, Celso Siqueira Júnior, Eduarda Buaiz, Gervásio Andreão Júnior, Hélio de Oliveira Dórea, Julio Cesar dos Reis Vasconcelos, Raphael Cassaro Machado Conselho Consultivo: Oswaldo Vieira Marques, Hélcio Rezende Dias, Sergio Rogerio de Castro, José Bráulio Bassini, Fernando Antonio Vaz, Lucas Izoton Vieira, Marcos Guerra Conselho Fiscal: Joaquim da Silva Maia, Gilber Ney Lorenzoni, Hudson Temporim Moreira, Ennio Edmyr Modenesi Pereira, Marcondes Caldeira, Sante Dassie Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo – Ideies Presidente do Conselho Técnico do Ideies: Marcos Guerra Membro representante da Diretoria Plenária da Findes: Egidio Malanquini Membro representante do setor industrial: Benízio Lázaro Membro efetivo representante do Senai-ES: Solange Maria Nunes Siqueira Membro efetivo representante do Sesi-ES: Yvanna Miriam Pimentel Moreira Representantes do Conselho Fiscal - Membros efetivos: Tullio Samorini, José Carlos Chamon, José Domingos Depollo Representantes do Conselho Fiscal - Membros suplentes: José Ângelo Mendes Rambalducci, Luciano Raizer Moura, Houberdam Pessotti Representante da Comunidade Científica Acadêmica e Técnica: João Luiz Vassalo Reis Diretor-executivo do Ideies: Antonio Fernando Doria Porto Instituto Euvaldo Lodi – IEL Diretor-regional: Marcos Guerra Conselheiros: Solange Maria Nunes Siqueira, Maria Auxiliadora de Carvalho Corassa, Lúcio Flávio Arrivabene, Geraldo Diório Filho, Sônia Coelho de Oliveira, Rosimere Dias de Andrade, Antonio Fernando Doria Porto, Vladimir Rossi, José Bráulio Bassini Conselho Fiscal: Egídio Malanquini, Tharcicio Pedro Botti, Almir José Gaburro, Loreto Zanotto, Rogério Pereira dos Santos Superintendente: Fábio Ribeiro Dias Instituto Rota Imperial – IRI Diretor-geral: Marcos Guerra Diretores: Manoel de Souza Pimenta Neto, Alejandro Duenas, Paulo Henrique Teodoro de Oliveira, Vladimir Rossi Conselho Deliberativo Titulares: Baques Sanna, Alejandro Duenas, Fernando Schneider Kunsch, Maely Coelho, Eustáquio Palhares, Roberto Kautsky, Associação Montanhas Capixabas Turismo e Eventos, Instituto Jutta Batista da Silva, Adetur Metropolitana Suplentes: Jorge Deocézio Uliana, Tullio Samorini, João Felício Scardua, Manoel de Souza Pimenta Neto, Adenilson Alves da Cruz, Tharcicio Pedro Botti, Henrique Denícoli, Helina Cosmo Canal, Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região do Caparaó, Associação Leopoldinense de Turismo, Agrotures, Leandro Carnielli, Associação Turística de Pedra Azul, Fundação Máximo Zandonadi

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Membros natos: Lucas Izoton Vieira, Sergio Rogerio de Castro, Ernesto Mosaner Júnior, Aristoteles Passos Costa Neto Conselho Fiscal Efetivos: Flavio Sergio Andrade Bertollo, Raphael Cassaro, Edmar dos Anjos Suplentes: Celso Siqueira, Valdeir Nunes, Gervásio Andreão Júnior Condomínio do Edifício Findes (Conef) Presidente: Marcelo Ferraz Goggi Câmaras Setoriais Industriais e Conselhos Temáticos (Consats) Coordenador-geral: Gibson Barcelos Reggiani Câmaras Setoriais Industriais Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas Presidente: Claudio José Rezende Câmara Setorial das Indústrias de Base e Construção Presidente: Wilmar dos Santos Barroso Filho Câmara Setorial da Indústria de Materiais da Construção Presidente: Houberdam Pessotti Câmara Setorial das Indústrias de Mineração Presidente: Samuel Mendonça Câmara Setorial da Indústria Moveleira Presidente: Luiz Rigoni Câmara Setorial da Indústria do Vestuário Presidente: Jose Carlos Bergamin Conselhos Temáticos Conselho Temático de Assuntos Legislativos (Coal) Presidente: Paulo Alfonso Menegueli Conselho Temático de Comércio Exterior (Concex) Presidente: Marcílio Rodrigues Machado Conselho Temático de Desenvolvimento Regional (Conder) Presidente: Áureo Vianna Mameri Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) Presidente: Sebastião Constantino Dadalto Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) Presidente: Wilmar Barros Barbosa Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa (Compem) Presidente: Flavio Sergio Andrade Bertollo Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) Presidente: Franco Machado Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) Presidente: Haroldo Olívio Marcellini Massa Conselho Temático de Responsabilidade Social (Cores) Presidente: Sidemberg Rodrigues Conselho Temático de Educação (Conedu) Presidente: Luciano Raizer Moura Conselho Temático de Energia (Conerg) Presidente: Nélio Rodrigues Borges Diretorias Regionais Diretoria da Findes em Anchieta e região Vice-presidente institucional da Findes: Fernando Schneider Kunsch Diretoria da Findes em Aracruz e região Vice-presidente institucional da Findes: João Baptista Depizzol Neto Diretoria da Findes em Barra de São Francisco e região Vice-presidente institucional da Findes: Não definido Diretoria da Findes em Cariacica e Viana Vice-presidente institucional da Findes: Rogério Pereira dos Santos Diretoria da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região Vice-presidente institucional da Findes: Áureo Vianna Mameri Diretoria da Findes em Colatina e região Vice-presidente institucional da Findes: Manoel Antonio Giacomin

Diretoria da Findes em Guaçuí e região Vice-presidente institucional da Findes: Bruno Moreira Balarini Diretoria da Findes em Linhares e região Vice-presidente institucional da Findes: Paulo Joaquim do Nascimento Diretoria da Findes em Nova Venécia e região Vice-presidente institucional da Findes: José Carnieli Diretoria da Findes em Santa Maria de Jetibá e região Vice-presidente institucional da Findes: Não definido Diretoria da Findes em São Mateus e região Vice-presidente institucional da Findes: Nerzy Dalla Bernardina Junior Diretoria da Findes em Serra Vice-presidente institucional da Findes: José Carlos Zanotelli Diretoria da Findes em Venda Nova do Imigrante e região Vice-presidente institucional da Findes: Sérgio Brambilla Diretoria da Findes em Vila Velha Vice-presidente institucional da Findes: Vladimir Rossi Diretoria da Findes em Vitória Vice-presidente institucional da Findes: Não definido Diretores para Assuntos Específicos e das Entidades Diretor para Assuntos do Fortalecimento Sindical e da Representação Empresarial: Egidio Malanquini Diretor para Assuntos Tributários: Leonardo Souza Rogerio de Castro Diretor para Assuntos de Capacitação e Desenvolvimento Humano: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Diretor para Assuntos de Marketing e Comunicação: Eugênio José Faria da Fonseca Diretor para Assuntos de Desenvolvimento da Indústria Capixaba: Paulo Roberto Almeida Vieira Diretor para Assuntos de Políticas Públicas Industriais: Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona Diretor para Assuntos de Relações Internacionais: Rodrigo da Costa Fonseca Diretor para Assuntos do IEL: Aristoteles Passos Costa Neto Diretor para Assuntos do Ideies/CAS: Egidio Malanquini Diretor para Assuntos do Cindes: Aristoteles Passos Costa Neto Diretor para Assuntos do IRI: Adenilson Alves da Cruz Diretor para Assuntos do Sesi: Jose Carlos Bergamin Diretor para Assuntos do Senai: Benízio Lázaro Sindicatos da Findes e respectivos presidentes Sinduscon: Aristoteles Passos Costa Neto | Sindipães: Luiz Carlos Azevedo de Almeida Sincafé: Sergio Brambilla | Sindmadeira: Luiz Henrique Toniato Sindimecânica: Ennio Modenesi Pereira II | Siges: João Baptista Depizzol Neto Sinconfec: Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi | Sindilates: Claudio José Rezende Sindibebidas: Sérgio Rodrigues da Costa | Sindicalçados: Altamir Alves Martins Sindifer: Manoel de Souza Pimenta Neto | Sinprocim: Pablo José Miclos Sindutex: Mariluce Polido Dias | Sindifrio: Elder Elias Giordano Marim Sindirepa: Wilmar Barros Barbosa | Sindicopes: José Carlos Chamon Sindicacau: Gibson Barcelos Reggiani | Sindipedreiras: Loreto Zanotto Sindirochas: Samuel Mendonça | Sincongel: Paulo Henrique Teodoro de Oliveira Sinvesco: Fábio Tadeu Zanetti | Sindimol: Alvino Pessoti Sandis Sindipesca-ES: Mauro Lúcio Peçanha de Almeida | Sindividros-ES: Maurício Silva Ribeiro Sindmóveis: Ortêmio Locatelli Filho | Sindimassas: Levi Tesch Sindiquímicos: Elias Cucco Dias | Sindicer: Ednilson Caniçali Sindinfo: Luciano Raizer Moura| Sindipapel: Glaucio Antunes de Paula Sindiplast: Neviton Helmer Gasparini | Sindibores: Silésio Resende de Barros Sinvel: Delson Assis Cazelli | Sinconsul: Bruno Moreira Balarini

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Nesta Edição

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Especial O maior investimento da história do Sistema Findes está mudando a realidade da indústria capixaba. Confira o trabalho das Diretorias e Núcleos Regionais, os projetos para a capacitação profissional e as ações na área de saúde e segurança do trabalhador no Estado.

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Entrevista

Cenário

Com participação em mais de 60 empresas e líder do Grupo Incospal, o empresário Fernando Aboudib Camargo fala sobre investimentos, a questão da mão de obra qualificada, economia e o desafio de se empreender no país.

Em um ano de queda para a indústria brasileira, o Espírito Santo apresentou um bom desenvolvimento no setor. Com crescimento de 5,6% em 2014, mostrou poder de reação ao período de crise internacional. Saiba o que esperar de 2015 em termos de desafios econômicos e estruturais.

46 CASO DE SUCESSO

38 no sistema

Apaixonado por tecnologia, Franco Machado fez da Mogai uma empresa de sucesso ao desenvolver soluções que atendem à grande indústria capixaba e do país. Conheça a trajetória do trabalho desse empreendedor. 6

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Ocupando cargos de liderança e sendo responsáveis pelo sustento do lar, as mulheres mudaram o mercado de trabalho. Esses assuntos motivaram a criação do Programa Ala Feminina, que já impulsionou a carreira de mais de 2 mil mulheres no Espírito Santo.

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EspEcial

Publicação Oficial do Sistema Findes • JAN/FEV 2015 Distribuição gratuita • nº 316 • IMPRESSO

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Recriar para Inovar

Plano de Investimentos do Sistema Findes fortalece a indústria

Edição nº 316 JAN/FEV 2015

E mais: a atuação das indústrias para reduzir os impactos da crise da água Findes_Especial_Capa.indd 1

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INOVAÇÃO Atualmente não basta uma boa ideia para abrir um negócio rentável. Para alcançar o sucesso em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas estão se reinventando por meio da chamada indústria criativa

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Publicação oficial do Sistema Findes Janeiro/Fevereiro – 2015 ▪ nº 316 Conselho Editorial – Marcos Guerra, Gibson Barcelos Reggiani, Sebastião Constantino Dadalto, Aristoteles Passos Costa Neto, Luis Carlos de Souza Vieira, Elcio Alves, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Jose Carlos Bergamin, Egidio Malanquini, Benízio Lázaro, Eugênio José Faria da Fonseca, Solange Maria Nunes Siqueira, Annelise Lima, Fábio Ribeiro Dias, Antonio Fernando Doria Porto, Marcelo Ferraz Goggi, Cintia Dias e Breno Arêas. Jornalista responsável – Breno Arêas (MTB 2933/ES) Apoio técnico – Assessoria de Comunicação da Findes Jornalistas: Evelyn Trindade, Fábio Martins, Fernanda Neves, Natália Magalhães, Rafael Porto e Milan Salviato Gerente de Marketing: Cintia Dias Coordenação: Breno Arêas Depto. Comercial – Unirem/Findes Tel: (27) 3334-5791– revistaindustria@findes.org.br

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Produção Editorial

Especial Com a falta de chuvas e os reservatórios em níveis críticos, o Brasil vive um complicado momento no abastecimento de água. No Espírito Santo, vários municípios estão em estado de alerta, com a vazão dos rios caindo a cada dia. Saiba o que a indústria tem feito para reduzir os efeitos da crise, economizando e reaproveitando esse bem tão precioso.

16 Indústria em Ação 44 Fatos em Fotos 52 cursos

Coordenação Editorial: Mário Fernando Souza Gerente de Produção: Cláudia Luzes Editoração e apoio: Equipe Línea Copidesque: Marcia Rodrigues Textos: Flora Viguini, Gustavo Costa, Ivy Coutinho, Luciene Araújo, Sannie Rocha,Tais Hirschmann Fotografia: Jackson Gonçalves, fotos cedidas, arquivos do Sistema Findes e Next Editorial

Impressão

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Editorial

Otimismo diante dos desafios

A

mpliar a competitividade, criar novas oportunidades e fomentar o desenvolvimento industrial no Estado. O ano de 2015 começa com novos desafios em pauta – alguns já conhecidos e amplamente debatidos neste espaço editorial –, mas traz consigo novas perspectivas de crescimento para nossa indústria. Em 2014, mais uma vez, o Espírito Santo mostrou sua força e resiliência e estima fechar o ano com aumento de 5,6% na produção física da indústria geral capixaba, segundo estudo do Ideies. Enquanto o setor produtivo nacional apresenta queda de 3,2%, enfrentamos percalços, superamos gargalos e construímos um cenário otimista para 2015. Colocamos na rua mais de 90% das obras anunciadas no maior plano de investimentos da história do Sistema Findes, agora ampliado para R$ 200 milhões – detalhados em muitas páginas desta edição especial. Com diálogo e participação das lideranças nas regiões do Estado onde estamos presentes, estruturamos projetos que dão continuidade ao trabalho de preparação da indústria capixaba: só será possível ingressar nas novas cadeias produtivas se entendermos nossas qualidades e potencialidades, atuando de forma assertiva, interiorizando nossas ações, ouvindo a indústria e estabelecendo novas parcerias. A economia capixaba manterá seu ritmo de crescimento em 2015. Impulsionada pela operação ampliada de importantes plantas do Estado – como Estaleiro Jurong, Volare/ Marcopolo, Bertolini, Tecnovidro, as novas usinas de pelotização de Vale e Samarco, e a reativação do terceiro alto-forno da Arcelor Mittal –, estimamos 5% de acréscimo na produção física industrial até o fim do ano. A estimativa do Ideies prevê também um avanço de 3% para a indústria de transformação no Estado, que fechou 2013 e 2014 com queda de 2,4% e 3,5%, respectivamente. Nosso otimismo está baseado em números e estudos. Em coletiva de imprensa realizada em janeiro, apresentamos o portfólio de projetos do Sistema Findes, a exemplo dos investimentos em andamento dos novos Centros Integrados

de Cachoeiro de Itapemirim e Anchieta, da Escola do Plástico na Serra e do Senai Centromoda de Araçás. Detalhamos a importância do Instituto Senai de Tecnologia, investimento de mais de R$ 30 milhões que vai contribuir para a transformação do perfil da indústria capixaba, destacamos os R$ 23 milhões destinados aos projetos de Saúde e Segurança do Trabalhador, além de anunciarmos a criação de novas diretorias regionais em Barra de São Francisco, Cariacica, Guaçuí, Santa Maria de Jetibá, Serra, Vila Velha e Vitória. Ainda há muito a ser debatido em 2015, desde a crise no setor elétrico, passando pela ameaça de racionamento de água, até as reformas necessárias para o país voltar a crescer. Por essa razão, a indústria tem feito do diálogo sua principal ferramenta, mas trabalha para transformar discussões em resultados, investindo no desenvolvimento regional e fortalecendo a produção de maior valor agregado do Espírito Santo. Nós, da Findes, nos empenharemos sempre para atender de forma minuciosa às necessidades da indústria capixaba, gerando oportunidades, ampliando a competitividade e estimulando a inovação. Desejo um 2015 de muitas conquistas para todos. Boa leitura!

Marcos Guerra Presidente do Sistema Findes/Cindes

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Cenário por Tais Hirschmann

Indústria capixaba supera obstáculos e cresce 5% Especialistas afirmam que 2015 será um ano de novos desafios econômicos e estruturais, mas que a indústria capixaba está cada vez mais organizada para enfrentar adversidades

A

produção industrial brasileira amargou uma queda de -3,0% em 2014, enquanto no Espírito Santo essa atividade cresceu 4,8% no ano passado, reagindo bem aos resquícios da crise econômica mundial. A informação é do Instituto de Desenvolvimento Industrial e Educacional do Espírito Santo (Ideies), entidade do Sistema Findes. Os números reforçam a vocação capixaba e projetam um clima mais otimista para 2015 – claro, sem desconsiderar possíveis ameaças ao setor produtivo. Para os especialistas,

pesaram a favor do crescimento da indústria capixaba em 2014 os investimentos em ampliação do parque produtivo feitos pelas grandes companhias presentes no Estado, entre elas a Samarco e a Vale, com suas novas usinas de pelotização, e a reativação do terceiro alto-forno da ArcelorMittal. O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, sublinha que o segmento que mais contribuiu para o desempenho positivo foi a indústria extrativa, que, segundo levantamento do Ideies (com base em dados do IBGE), cresceu 11,9% em 2014, devido principalmente

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“Os novos setores industriais, com maior valor agregado, que começaram sua produção em 2014 ou estarão iniciando em 2015, poderão contribuir para o crescimento industrial neste ano” Doria Porto, diretor-executivo do Ideies Produção física industrial do Espírito Santo (%) Mês

Indústria geral

Indústria extrativa

Indústria de Transformação

Dez/2013

-4,2

-5,8

-2,4

Jan/2014

-3,9

-5,5

-2,1

Fev/2014

-4,3

-5,8

-2,4

Mar/2014

-3,7

-4,7

-2,5

Abr/2014

-4,0

-5,1

-2,8

Mai/2014

-3,8

-4,1

-3,5

Jun/2014

-3,0

-2,9

-3,1

Jul/2014

-1,4

-0,7

-2,2

Ago/2014

0,3

2,3

-2,0

Set/2014

1,9

5,5

-2,2

Out/2014

3,8

9,3

-2,5

Nov/2014

4,3

10,6

-2,9

Fonte: IBGE / Novembro de 2014 Elaboração: Ideies / Sistema Findes

à maior extração de petróleo e à elevação da produção de minérios de ferro pelotizados ou sinterizados, influenciando toda a cadeia produtiva que opera no Estado. A indústria de transformação, por outro lado, encolheu 3% de acordo com o Ideies, em função principalmente de quedas nos setores de alimentos (-10,4%) e metalurgia básica (-2,7%), entre outros. O diretor-executivo do Ideies, Doria Porto, explica que o recuo no setor de alimentos deveu-se, principalmente, à menor produção de açúcar cristal, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, balas, pastilhas, chocolate

branco e outros confeitos sem cacau, além de bombons e chocolates em barra; na metalurgia básica, a queda foi causada pela menor produção de bobinas de aço, tubos flexíveis e tubos trefilados de ferro e aço. Entre 2010 e 2014, o setor produtivo capixaba cresceu 3,5%, acima da média da indústria nacional (1,4%), aponta o instituto. “Nossa perspectiva é otimista, mas com o pé no chão, principalmente porque este será um ano de ajustes. É preciso lembrar também que a indústria tradicional enfrenta um momento de grandes desafios no Estado. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Cenário

Ranking de crescimento da produção industrial do Brasil por estado

Pará

Espírito Santo

Mato Grosso

Goiás

8,8%

5%

2,9%

2,3%

Fonte: PF/ IBGE / Novembro de 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

A consolidação dos novos investimentos e a diversificação da indústria é que devem gerar melhorias e novas oportunidades para a economia capixaba”, destacou o presidente do Sistema Findes.

Educação e qualificação para crescer E foi com otimismo que, mesmo num cenário difícil (2014 começou com grandes prejuízos para o Estado, devastado por fortes chuvas e ameaçado pelo risco de apagões, sem falar na política nacional, que gerava incerteza na economia), a Federação das Indústrias anunciou no ano passado o maior investimento de sua história: R$ 200 milhões. “Identificamos boas perspectivas para a economia capixaba e decidimos investir principalmente em educação, com foco na qualificação profissional e na interiorização. Ouvindo nossas bases, hasteamos a bandeira do desenvolvimento regional como ferramenta para superar adversidades”, relatou Guerra. De acordo com o dirigente, “o novo perfil que se delineia para o setor industrial capixaba, com produtos de maior valor agregado e utilização de tecnologias mais avançadas, coloca como um dos principais desafios ao seu crescimento o aumento no nível de conhecimento e capacitação da mão de obra local. Isso demanda novos cursos técnicos e profissionalizantes por parte das cadeias de ensino pública e privada, em particular das unidades do Sesi/Senai/IEL, pertencentes ao Sistema Findes”. Por isso, os recursos da entidade foram aplicados atendendo a duas grandes diretrizes: aumento da qualificação profissional e modernização das estruturas e recursos do Senai, Sesi e IEL já existentes. “Nossas salas de aulas precisam estar tão modernas quanto as indústrias. Queremos gerar profissionais que dominem o que há de melhor no mercado, entendam os processos e saibam inovar no ambiente de trabalho”, explica Guerra. E já a partir do primeiro semestre de 2014, os indicadores econômicos e industriais começaram a melhorar, levando o Estado a fechar o ano com alta de 3,0% no PIB, enquanto no Brasil o aumento foi de apenas 0,1%. “O Espírito Santo é o Estado mais industrializado do país, onde a indústria geral representa 39,1% da composição do PIB, enquanto a nacional participa com 26,8%”, explica Marcos Guerra. Aqui, se a indústria vai bem, a economia também flui.

Perspectivas para 2015 De acordo com o presidente do Sistema Findes, em 2015 novos e importantes investimentos privados devem se consolidar no interior do Estado, como Bertolini, Estaleiro Jurong Aracruz e Volare, trazendo diversificação e valor agregado à produção, ampliando a competitividade da indústria e contribuindo para o crescimento econômico estadual. “Os novos setores industriais, com maior valor agregado, que começaram sua produção em 2014 ou estarão iniciando em 2015, poderão contribuir para o crescimento industrial neste ano, como as indústrias automobilística e naval, a de linha branca (móveis de aço e fogões), fábrica de vidros para o setor automobilístico, fábrica de porcelanas (pratos e xícaras) e indústria de perfis de alumínio para construção civil e escritórios, peças de esquadrias e janelas, entre outros”, ressalta Doria Porto. Os segmentos naval e automobilístico, por exemplo, fortalecem as indústriassatélites, que geram renda e oportunidades na produção de vidros, couro e plástico, entre outros itens. Atento ao potencial dos municípios do interior, o Sistema Findes também está investindo na ampliação de sua presença regional, criando núcleos e diretorias em Guaçuí, Barra de São Francisco, Santa Maria de Jetibá, Serra, Vila Velha, Cariacica/Viana e Vitória. Levantamento realizado pelo Ideies aponta que, até 2017, mais de R$ 21 bilhões em investimentos privados serão concretizados em todo o Espírito Santo, gerando cerca de 21 mil postos de trabalho na construção e 10 mil na operação das novas indústrias. Destacam-se as obras previstas para Aracruz, Fundão, Itapemirim, Linhares, Presidente Kennedy, São Mateus e Serra. “Identificamos boas perspectivas para a economia capixaba e decidimos investir principalmente em educação. Ouvindo nossas bases, hasteamos a bandeira do desenvolvimento regional como ferramenta para superar adversidades” Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes

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“Acredito que o Brasil está devendo este estado de confiança. Falta ao novo governo apresentar de forma clara uma política econômica para devolver a confiança aos empresários” Orlando Caliman, economista

O estudo mostra a necessidade de a indústria formar profissionais mais qualificados, porque não há processo inovador que se sustente sem bons profissionais. “Muitas novas indústrias procuram o Sistema Findes e demandam nossos serviços. Investir em educação é investir na competitividade da indústria capixaba”, afirma Guerra.

PIB e produção em alta Segundo projeção do Ideies, diferente do panorama nacional, o PIB do Espírito Santo deverá crescer 3,5% em 2015, puxado, principalmente, pelos novos investimentos que estarão entrando em operação, além do incremento da produção da ArcelorMittal e da continuidade no aumento da produção de petróleo e minérios de ferro. Doria Porto explica que, como o PIB do Espírito Santo depende em mais de 30% de commodities, sua evolução sofre altas e baixas, em função do aumento ou da diminuição tanto da demanda quanto dos preços internacionais desses produtos (minério de ferro, petróleo, produtos siderúrgicos, rochas ornamentais, celulose e café). “Destaque-se, porém, que o crescimento médio do PIB do Espírito Santo entre 2010 e 2014 foi de 4,4%, enquanto no Brasil foi de 2,7%”, disse. Quanto à produção física, para a indústria geral brasileira o Ideies está prevendo para 2015 um crescimento de 1%, puxado pelo aumento da produção da indústria extrativa e pelo início da recuperação da indústria de transformação no segundo semestre (após a queda de 3% em 2014). Já para indústria capixaba, o Ideies projeta ampliação na produção física de 5% para a indústria geral em 2015, bem acima da brasileira, impulsionado pelo aumento tanto na indústria de transformação quanto na indústria extrativa, um pouco

acima de 2014, quando deverá atingir crescimento de 4,8%, consequência do elevado acréscimo da indústria extrativa.

Recuperação à vista O ano que começa também deve ser de recuperação para a indústria estadual de transformação, segundo a entidade, que prevê crescimento de 3% para esse segmento, principalmente em função da recuperação na produção de alimentos, do aumento na produção siderúrgica, em rochas ornamentais e do início da produção de automóveis, produtos da linha branca e navais, entre outros. “Muito ainda precisa ser feito no Espírito Santo.Acreditamos que 2015 será um ano de novos desafios econômicos e estruturais, mas a indústria capixaba está cada vez mais organizada para enfrentar as adversidades, ampliando sua produção física e, como consequência, gerando oportunidades e qualidade de vida para os capixabas”, ressalta Guerra. A mudança na chefia do Executivo estadual, resultado das eleições de outubro, mantém boas perspectivas para a indústria capixaba no ano de 2015, segundo o presidente do Sistema Findes: “O governador Paulo Hartung é um gestor experiente, com muitos bons projetos acumulados ao longo de sua história política. Estamos otimistas e felizes, principalmente por ele destacar os investimentos em educação e na interiorização do desenvolvimento econômico. Essas são bandeiras fundamentais para o Espírito Santo e metas que vão ao encontro dos projetos do Sistema Findes. Vamos trabalhar juntos ao longo da gestão do novo governador, levando ideias, discutindo o apoio a alguns setores da indústria,

Produção industrial do Espírito Santo por setor

Indústria geral

5%

Indústria extrativa

11,9%

Indústria de transformação

2,9%

Minerais Celulose, papel e não metálicos produtos de papel

1,5%

Metalurgia básica

2,7%

0,2%

Alimentos

10,4%

Fonte: PF/ IBGE / Novembro de 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

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Cenário

Índice de Confiança do Empresário Industrial nos últimos seis meses:

em dezembro, o índice que avalia as expectativas para os próximos seis meses mostrou uma recuperação, passando de Jul/2014 Ago/2014 Set/2014 Out/2014 Nov/2014 Dez/2014 48,2 pontos para 49,2 pontos no mesmo Brasil 46,4 46,5 46,5 45,8 44,8 45,2 período. Apesar da melhora, o indicador continua a mostrar uma expectativa Espírito Santo 46,0 46,7 50,1 46,9 47,3 45,0 pessimista, já que está abaixo dos 50 pontos. Fonte: Ideies / Sistema Findes / CNI – Dezembro de 2014 Na análise do economista Orlando Caliman, o setor industrial de forma geral mas tudo debatido e construído sempre visando à geração de apresentou problemas em 2014, especialmente novas oportunidades para o povo capixaba”, disse. a indústria de alimentos e a de transformação, que sofreram grandes quedas ao longo do ano, fator que também Índice de confiança do empresário contribuiu muito para diminuir o índice de confiança do capixaba deve voltar a crescer empresário. E, mesmo nos segmentos que apresentaram Mesmo com os bons resultados apresentados pela produção resultados melhores (extrativo e minerais), eles se industrial capixaba, o Índice de Confiança do Empresário mostraram preocupados com o atual cenário econômico Industrial (ICEI) do Espírito Santo, elaborado pelo Instituto brasileiro, já que ainda desconhecem as novas políticas de de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito governo relacionadas à economia. Santo (Ideies), sob a coordenação da Confederação Nacional “Acredito que o Brasil está devendo este estado de da Indústria (CNI), sofreu nova queda, de 2,3 pontos, em confiança. Falta ao novo governo apresentar de forma dezembro de 2014, em relação ao mês anterior, mantendo-se clara uma política econômica para devolver a confiança aos abaixo da linha divisória de 50 pontos (45,0 pontos). empresários, para que eles possam olhar mais adiante, se O índice, que assim atingiu a oitava queda no ano, planejar. Afinal, ganhar confiança melhora as expectativas”, foi influenciado tanto pelo indicador de condições afirma Caliman. atuais como pelo de expectativas, já que ambos caíram. Para Doria Porto, do Ideies, a recuperação da Na comparação com dezembro de 2013, estava em 56,8 credibilidade na política econômica, com as medidas fiscais pontos, o índice registrou um decréscimo de 11,8 pontos. e a queda gradual da inflação no segundo semestre, deverá “O baixo crescimento da economia nacional, a inflação estabelecer os sinais necessários para melhorar a confiança alta e o endividamento das famílias refletiram-se de modo dos empresários e investidores. negativo na confiança dos empresários”, destacou o diretorNa avaliação do presidente da Findes, o ano de 2014 foi executivo do Ideies, Doria Porto. atípico para o industrial capixaba. “Começamos janeiro E, embora o índice da indústria nacional tenha crescido com um prejuízo de mais de R$ 200 milhões em razão das 0,4 ponto em dezembro de 2014, essa alta não possibilitou fortes chuvas, enfrentamos risco de apagão, encaramos uma reverter a queda de 1 ponto observada no mês anterior, além disputa presidencial acirrada e tivemos a Copa do Mundo de estar 9,1 pontos abaixo do registrado em dezembro de 2013 no Brasil, que gerou folgas e paralisações nos horários dos (54,3 pontos). O índice mostra a falta de confiança do empre- jogos e ainda oferecia riscos de novos protestos – como os sário brasileiro pelo nono mês consecutivo, já que permanece registrados em 2013”, diz. abaixo da linha divisória de 50 pontos (45,2 pontos). Guerra afirma que é natural que, em meio a um cenário O ICEI do Brasil é composto pelas informa- tão adverso, o industrial se mostrasse pessimista quanto ções de: Condições Gerais da Economia Brasileira; às expectativas de crescimento para a economia capixaba. Condições Gerais da Empresa; Expectativas da Economia O bom resultado de 2014 e a consolidação dos novos Brasileira; e Expectativas da Empresa. No Espírito Santo, investimentos, no entanto, vão gerar melhorias do índice inclui mais dois quesitos: Condições Gerais do Estado e de confiança do empresário capixaba. Expectativas do Estado. “É preciso avaliar as medidas que serão anunciadas pela A CNI atribui a evolução do índice nacional em nova equipe econômica do Governo Federal, uma vez que dezembro a uma melhora no indicador de expectativas, este será um ano de contenção e de ajustes. Mesmo assim, que se tornaram menos negativas. Enquanto o índice acreditamos que nossa indústria continuará crescendo e que mede a confiança em relação às condições atuais dando sinais de que o Espírito Santo vive uma janela de caiu de 37,8 pontos em novembro para 37,4 pontos oportunidades para o desenvolvimento”, reforça Guerra.

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Indústria em Ação

Um grupo de 12 conselheiros tomou posse durante a reunião no Núcleo Regional

Novos conselheiros assumem o Núcleo em Venda Nova

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m reunião realizada no dia 25 de novembro, no Núcleo da Findes em Venda Nova do Imigrante e região, foram empossados 12 novos membros do Conselho Regional. O vice-presidente institucional da Findes em Venda Nova do Imigrante e região, Sérgio Brambilla, agradeceu a todos os conselheiros que aceitaram o desafio de assumir o Núcleo. “Assumi a vice-presidência institucional do Núcleo da Findes em Venda Nova do Imigrante e região com o compromisso de criar um Conselho forte, para que todos possam trazer suas demandas e sugerir melhorias para o desenvolvimento sustentável da nossa região. O Sistema Findes tem como missão defender os interesses da indústria capixaba,

e nós temos o dever de definir e pleitear nossas prioridades, trabalhando com foco para beneficiar os empresários locais e, consequentemente, a vida da população”, frisou. Já o diretor adjunto Valter Braun Kebis destacou os desafios que as indústrias do interior têm para os próximos anos. Foram empossados, para atuação no período 2014-2017, Vanildo Págio e Heber Kinidel, do Sincafé; Adenilson Alves da Cruz e Luíso Antônio Zambon, do Sinprocim; Levi Tesch, do Sindimassas; Marcelo Dalfior, do Siges; João Armando Caixeiro de Assis, do Sindicacau; Valter Pagoto, do Sindipães; Ivan Carlos Grigio e Gerson Lutzke, do Sindmadeira; e Anderson Falqueto e Márcio Fazolo, do Sindifer.

PDF promove encontro de negócios O Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) realizou no dia 1º de dezembro, no Edifício Findes, um encontro de negócios com o objetivo de aproximar as companhias capixabas das sete construtoras – chamadas EPCistas – que estão participando da concorrência para a construção do Porto Norte Capixaba, da empresa Manabi. O porto, que será construído em Linhares, está orçado em R$ 2,1 bilhões e deverá demandar produtos e serviços de alguns segmentos industriais. Segundo o coordenador-executivo do PDF, Rusdelon Rodrigues de Paula, o interesse é maior nas atividades da indústria de base, mas empreendimentos que fornecem alimentação e uniformes, por exemplo, também podem se beneficiar, entre outros segmentos. “O encontro foi um sucesso, cerca de 120 empresas participaram do evento e tiveram contato com as construtoras. O evento foi uma terceira fase do processo da parceria da Manabi com a Findes e o PDF. Houve uma primeira fase, com a apresentação do PDF em Linhares. Depois ocorreu uma visita técnica com as empresas construtoras”, contou. Rodrigues lembrou que a Manabi destacou no edital de contratação a importância do PDF como mecanismo de desenvolvimento de negócios no Espírito Santo, e ele prevê que parte dos investimentos seja aplicada em produtos e serviços de empresas locais.

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Marcos Guerra assume presidência de conselho da CNI Presidente do Sistema Findes e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcos Guerra foi empossado,no dia 2 de dezembro,presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema) da CNI. Guerra, que atuava como vice-presidente do Conselho Temático de Assuntos Legislativos (CAL) da Confederação desde 2011, aceitou o convite feito pelo presidente reeleito da entidade, Robson Braga de Andrade. O Coema trabalha para respaldar decisões e direcionamentos políticos, econômicos e sociais da CNI relativos à área ambiental, além de promover o diálogo com especialistas e autoridades do setor. O Conselho orienta ações industriais, estimula a adoção de normas ISO, e acompanha tendências e impactos relativos à questão ambiental em discussão no Congresso.Para Guerra,o Conselho está no centro dos grandes debates da indústria brasileira. “Este é um grande desafio, que exigirá ainda mais empenho e contribuição de todos os colaboradores da indústria, mas me sinto muito motivado. A questão ambiental é um dos principais pontos discutidos pela sociedade, pelas indústrias e pelo Congresso. É preciso estimular a eficiência na gestão ambiental, promover a sustentabilidade e ampliar o debate acerca dos entraves que minam a competitividade da indústria brasileira”, falou ele.

Líderes industriais se reúnem com Paulo Hartung Eleito governador do Estado no pleito de outubro, Paulo Hartung marcou presença na reunião Conselho de Representantes da Findes realizada no dia 27 de novembro. No encontro foram debatidas ações do setor industrial e apresentadas as soluções para gargalos de cada segmento produtivo. Na ocasião, o presidente do Conselho Temático de Desenvolvimento Regional da Findes, Áureo Mameri, entregou um documento ao governador eleito com diferentes reivindicações, como as melhorias na educação e os incentivos econômicos para as indústrias regionais. Hartung agradeceu o apoio dado pela classe industrial e destacou o compromisso de promover o desenvolvimento do Estado. Ele foi acompanhado do deputado federal e vice-governador eleito, César Colnago; da economista e nova secretária de Estado da Fazenda, Ana Paula Vescovi; do cientista social Octaciano Neto; do coordenador da equipe de transição, Haroldo Corrêa Rocha; e do engenheiro Paulo Ruy Carnelli.

Empresas capixabas classificadas para prêmio nacional Os projetos da Cesan, Flexibras, Tecvix, Portek, Nicola, Recicarbom e Vale foram classificados para a 2ª etapa do Prêmio Nacional de Inovação. A premiação foi criada para reconhecer as empresas que contribuíram para o aumento da competitividade, com a utilização de técnicas voltadas ao aprimoramento da gestão da inovação. Trata-se de uma iniciativa da Mobilização Empresarial da Inovação (MEI) e é realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em terras capixabas, o Sistema Findes, apoiou a captação de 11 projetos, por meio do programa Inova Findes e parceria com o Sebrae-ES. As próximas etapas constam de bancas julgadoras e visitas de avaliação. Os vencedores serão anunciados em cerimônia em 13 de maio, em São Paulo. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Especial por Gustavo Costa

A indústria na crise da água Condições climáticas adversas e ausência de um gerenciamento adequado dos recursos hídricos levaram o Brasil a uma grave crise no abastecimento de água (e energia). Mas a indústria há tempos trabalha para evitar isso

E

nfrentando a pior seca dos últimos 40 anos, o Espírito Santo busca alternativas para evitar que a escassez de água inviabilize totalmente o abastecimento às lavouras, às indústrias e à população em geral. A vazão dos rios que suprem o Estado, especialmente o Santa Maria, o Benevente, o Jucu, o Conceição e o Jabuti, fundamentais para o abastecimento da Grande Vitória, onde se concentra mais de um terço da população, reduz-se a cada dia, já tendo chegado a níveis sem precedentes – mais de 40% abaixo do esperado para esta época. O Santa Maria,

por exemplo, está com vazão de apenas 2,9 mil litros/ segundo, volume considerado crítico pela Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh). Os impactos da estiagem fizeram com que o Governo do Estado decretasse um conjunto de medidas que implicam restrição ao uso da água. A Resolução nº 002/2015 da Agerh foi divulgada no dia 27 de janeiro e tenta promover o uso racional do recurso. Entre as medidas anunciadas, que têm quase peso de lei e afetam sobretudo o setor agropecuário e a indústria, estão: a suspensão, por 90 dias, de novas

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“A indústria capixaba vem fazendo a parte que compete a ela, produzindo com responsabilidade e atenta ao momento delicado” Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes No entanto, de acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA), dos 2,3 milhões de litros de água por segundo que são retirados dos rios no Brasil, a indústria emprega 17% na fabricação de produtos como bebidas, cosméticos e alimentos, em operações de lavagem ou na geração de energia. Essa porcentagem pode variar entre estados e regiões. O Espírito Santo situa-se no que a ANA classifica como Região Hidrográfica Atlântico Leste, que compreende também Minas Gerais, Bahia e Sergipe. Nessa área o consumo pela indústria representa 10% do total captado – menos, portanto, do que a média nacional.

Consumo de água na Região Hidrográfica Atlântico Leste Industrial

Rural

10% 4% 8%

Irrigação

47%

Animal

31%

No Br de litr segun conso

Urbano

Fonte: Agência Nacional de Águas (ANA) – Conjuntura Recursos Hídricos no Brasil 2013

outorgas de direito de uso da água, inclusive para fins industriais; recomendação aos empreendimentos industriais da imediata adoção de medidas de reuso, reaproveitamento e reciclagem de água em suas unidades fabris, visando à redução do consumo; e informação aos usuários outorgados sobre a possibilidade de revisão imediata das suas portarias de outorga, com redução dos direitos de utilização. O objetivo é dar prioridade ao consumo humano e animal, conforme a Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei nº 10.179/2014).

Para o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, o importante no momento não é discutir quem gasta mais ou menos água, mas sim intensificar a consciência de que economizar é uma responsabilidade de todos. “A indústria capixaba vem fazendo a parte que compete a ela, produzindo com responsabilidade e atenta ao momento delicado. O Sistema Findes, por intermédio do Conselho Temático de Energia (Conerg) e do Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma), incentiva a economia da água e o seu reaproveitamento. Não quero buscar culpados, mas a questão hídrica do Estado merece a nossa atenção. E nós, da Federação, fazemos o trabalho de chamar a atenção para a importância do tema. Conversamos com as lideranças, JAN/FEV 2015 ▪ 316

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eo vendo e lta rno e ma ômica ra s ” man,

Especial comitêsestaduais,noConselhoEstadualenoComitêdaBacia do Rio Doce”, disse Shelley Carneiro, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.

“A nossa capacidade de gerenciar, de cuidar, de ter um uso múltiplo, mas um uso adequado desse recurso limitado, é um desafio, maior que o de outros estados da federação” - Paulo Hartung, governador do Estado do Espírito Santo

as Diretorias Regionais, os industriais. Alertamos o Governo Federal no ano passado sobre o problema no nível dos reservatórios, não só no Estado, mas no Brasil. Trabalhamos para a preservação e a reutilização dos recursos”, apontou ele. A atuação do Sistema Findes é alinhada à da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que há anos também vem realizando ações na defesa do uso racional da água. A entidade lançou ainda em outubro de 2013, no Rio de Janeiro, o Projeto CNI Sustentabilidade, um ciclo anual de debates sobre a melhor forma de se utilizar os recursos naturais. A água foi o primeiro tema debatido. A partir dessas discussões, a entidade traduziu para o português e disponibilizou gratuitamente em seu site o “Aqua Guage”, uma ferramenta americana gratuita de gerenciamento de água, que já é usada por 200 grandes multinacionais. O medidor de água auxilia a indústria na avaliação, a gestão de riscos hídricos e a promoção de práticas sustentáveis. A ferramenta possibilita também a identificação de desperdícios no processo industrial. “A indústria deve continuar investindo em iniciativas que reutilizem e aproveitem melhor os recursos naturais e buscar inovações que contribuam para acelerar esse processo. Afinal, o uso sustentável dos recursos naturais é decisivo para reduzir os custos e garantir a competitividade das empresas. É fundamental que a representação dos empresários participe das decisões estratégicas de responsabilidade do governo. A CNI possui uma rede de recursos hídricos que mobiliza representantes da indústria de todo o país para o acompanhamento de comitês governamentais e o compartilhamento de informações. Hoje, a indústria brasileira apoia e participa da Política Nacional de Recursos Hídricos por meio do engajamento de mais de 500 representantes do setor nos aproximadamente 200 comitês de bacia hidrográfica existentes, nos conselhos estaduais e no Conselho Nacional de Recursos Hídricos. No Espírito Santo, a indústria participa de nove dos dez

Governo convoca os setores produtivos Com a premissa de sensibilizar a indústria, a agropecuária e os representantes de outros setores produtivos sobre a crise hídrica no Estado, o governador Paulo Hartung recebeu no Palácio Anchieta, no dia 29 de janeiro, membros das federações das Indústrias (Findes), da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio), e dos Transportes (Fetransportes), além do Movimento Empresarial ES em Ação. Ele pediu o apoio das instituições capixabas “para que seja feito um trabalho que vai da conscientização contra o desperdício e sobre o uso racional da água até a discussão sobre os diversos usos da água, das ferramentas que precisam ser modernizadas na agricultura, dos instrumentos que precisam ser organizados na indústria, no comércio, até o trabalho de produzir água. Nós temos um problema

Consumo de água No Mundo:

70%

22%

Agropecuário

Indústria

8% Uso doméstico

No Brasil:

159

litros São retirados 2,3 milhões de litros de água dos rios por segundo, sendo que a indústria consome 17% desse total.

90%

Consumo médio do brasileiro por dia

dos recursos hídricos que as indústrias dos setores de siderurgia, de máquinas e equipamentos, de automóveis, têxtil, entre outros, são reutilizados ou reciclados

Fontes: Organização das Nações Unidas (ONU), Agência Nacional de Águas (ANA), Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) e Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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no Espírito Santo: via de regra, os nossos rios são curtos. O único rio mais longo que nós temos é o Doce, que nós compartilhamos com o nosso vizinho Minas Gerais. Um rio curto é um rio com limitações ainda maiores, não sei se vocês pararam para pensar nisso. A nossa capacidade de gerenciar, de cuidar, de ter um uso múltiplo, mas um uso adequado desse recurso limitado, é um desafio maior que o de outros estados da federação”. O diretor-presidente da Agerh, Robson Ribeiro, explicou que as ações tomadas pela Agência não têm o objetivo de causar incertezas em qualquer setor, e sim disseminar práticas que contribuam para a economia de água. “As medidas foram recomendatórias e de racionalização do uso. Racionalizar o uso tem relação não com a redução da taxa de consumo de um estoque - até porque o Estado do Espírito Santo não trabalha com suprimento a partir de reservas em barragens - mas com o aumento da eficiência do uso”, disse. Ribeiro lembra que, embora muitos empreendimentos industriais possuam bons índices de eficiência no uso da água, ações voltadas para o emprego sustentável do recurso não podem ser consideradas algo universal no ambiente industrial. Para ele, em determinados processos, a eficiência pode ser melhorada, tanto por aumento de recirculação e reúso de água do próprio processo em si, quanto através da incorporação de água de reúso de outras fontes para processos menos nobres. De acordo com ele, a Resolução Agerh serve para sinalizar para todos os setores o risco de falta de água caso não sejam registradas chuvas significativas nos meses de fevereiro e março e não haja adoção de medidas de contenção em um eventual agravamento deste cenário.

Indústria devolve grande parte da água utilizada Longe de apenas consumir um bem tão precioso, a indústria contribui com a melhoria da qualidade da água utilizada pela sociedade. É o que defende o presidente do Consuma, Wilmar Barros Barbosa. Segundo ele, a maioria das empresas que fazem captação de grandes volumes de água promovem o tratamento e conseguem devolvê-la em condições melhores. “A indústria devolve para a natureza, em condições melhores do que quando foi captada, cerca de 80% da água que utiliza. No Espírito Santo acontece uma condição diferenciada: temos duas grandes empresas que compram água da companhia distribuidora. E elas

“As medidas foram recomendatórias e de racionalização do uso. Racionalizar o uso tem relação não com a redução da taxa de consumo de um estoque, mas com o aumento da eficiência do uso” Robson Ribeiro, diretor-presidente Agerh

Empresas apresentam casos de sucesso Em tempos em que economia é a palavra de ordem, empresas no Estado mostram que é possível se planejar para reutilizar a água, incentivar a responsabilidade e incorporar hábitos sustentáveis no dia a dia dos funcionários. É o caso da Pães Lekker, que lançou em setembro de 2014 uma ação que vem dando bons frutos no que se refere ao reaproveitamento da água. “Na planta nova da empresa, em Afonso Cláudio, toda a estrutura de telhado foi montada para captar a água de chuva. A cisterna principal tem capacidade para 500 mil litros de água. Nosso estoque de água de chuva chega a um milhão de litros. Toda a limpeza dos caminhões, dos pátios e do chão de fábrica, além da irrigação da grama, são feitas com água da chuva. E toda essa água ainda é levada para uma outra cisterna, juntamente com a água dos chuveiros, e novamente utilizada. Mesmo com 59 dias sem cair nem uma gota de chuva no telhado da fábrica, ainda temos 400 mil litros de água, o que mostra a economia gerada pelo investimento. Com essa iniciativa, multiplicamos conhecimento e mostramos que é possível atuar de forma sustentável”, disse o empresário Levi Tesch, proprietário da Lekker. De acordo com Levi, o objetivo é manter o programa de reutilização da água mesmo após o período de crise. “Já é uma projeto da fábrica, que veio para ficar. E vamos trabalhar para buscar algo em relação à eficiência energética, além de vários mecanismos para continuar gerando reserva de água”, frisou ele. Outro caso de sucesso pode ser conferido na Vale, que conta com um sistema que garante mais celeridade no processo de limpeza dos vagões, com uma economia de até 60 mil litros de água por mês. Instalado na oficina dos vagões na Estrada de Ferro Vitória a Minas, o equipamento é semelhante a um lavador de carros comum. Escovas automáticas e jatos de água e sabão fazem a limpeza, e toda a água utilizada é de fonte alternativa, já que 70% do efluente são filtrados e reconduzidos ao sistema, enquanto os outros 30% vêm da água das chuvas, que fica armazenada em um reservatório.

Reaproveitamento: Lekker consegue estocar até 1 milhão de litros de água da chuva

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Especial

“A indústria não é vilã quando se fala em consumo. Ela tem a sua parcela de consumo, mas esse gasto é justificado” Wilmar Barros Barbosa, presidente do Consuma

compram um volume proporcional ao tamanho de cada uma. Essas empresas estão bancando toda a rede de distribuição da cidade, já que pagam como o consumidor comum. Essas empresas estão contribuindo para a estrutura da empresa distribuidora, tanto para o processo de distribuição quanto no tratamento de esgoto”, defendeu. Para Barbosa, não só a reutilização da água, como melhorias no molde de captação, são de grande importância.

Senai Soluções conscientiza empresas A questão do uso responsável dos recursos hídricos também é foco das medidas do Senai Soluções. As ações de conscientização dos empresários ocorrem através de seminários temáticos promovidos pelos conselhos da Findes e com palestras junto aos sindicatos filiados. Outra iniciativa é a realização de diagnósticos nas indústrias. Ao prepará-los, os técnicos do Senai Soluções apresentam um relatório com as proposições de melhoria e orientam o empresário em relação às ações que podem ser implantadas na indústria para reduzir o consumo dos insumos. O uso sustentável de todos os recursos de um processo é uma necessidade que a indústria está buscando, seja pela questão ambiental ou pela questão dos custos. O Senai Soluções oferece apoio na área de meio ambiente, a partir de licenciamento ambiental, acompanhamento e atendimento de condicionantes, plano de controle ambiental, plano de gerenciamento de resíduos sólidos, de efluentes líquidos e de emissões atmosféricas, projetos para capitação de precipitação (chuva), e utilização em jardinagem e descargas. As indústrias capixabas podem ter acesso aos serviços do Senai Soluções por meio dos seus sindicatos.

Na Vale, a gestão de recursos hídricos é tida como uma questão estratégica. A redução do consumo e o reaproveitamento da água na empresa chegam a 74%. Entre 1996 e 2014, o consumo do água na Vale teve um recuo mensal de 368.762 m3 , volume suficiente para abastecer diariamente uma cidade do porte de Viana. Para alcançar esses números, a mineradora implantou dois sistemas de recuperação de águas industriais, que permitem tratar todo efluente proveniente da pelotização. O consumo de água para produzir uma tonelada de pelota caiu de 380 litros, nos anos 1990, para 93 litros atualmente. A água utilizada nas oficinas do Complexo de Tubarão é tratada na Estação de Tratamento Efluentes Oleaginosos (Eteo), sendo 100% reutilizada para molhar vias e limpar equipamentos. Já a ArcelorMittal Tubarão aproveitou a sua localização litorânea para implantar um projeto em que 95% de toda a água utilizada pela usina vêm do mar. Essa água é captada, circula pelos diferentes segmento realizando a refrigeração dos equipamentos sem entrar em contato com nenhum material e retorna ao mar, passando antes por um canal de longo percurso onde sua temperatura é reduzida. Apenas 5% da água utilizada pela ArcelorMittal Tubarão são fornecidos pelo sistema público de abastecimento. Esse volume de água doce é foco de uma gestão que tem como objetivo reduzir o consumo e aumentar, ano a ano, a taxa de recirculação. Com o início da operação da Estação de Tratamento de Água de Reuso, a ArcelorMittal Tubarão aperfeiçoou ainda mais o seu sistema de gestão de recursos hídricos. A estação possibilitou o aumento de produção para 7,5 milhões de toneladas de aço por ano, reduzindo o volume de água utilizado de 900 m3/hora para 450 m3/hora. O presidente do Consuma diz que vários setores da indústria capixaba que seriam especialmente afetados por uma ocasional falta de água investem pesado para que as suas atividades não causem transtornos para a sociedade. “É o caso dos setores de alimentos, de transformação e têxtil. Várias empresas desses setores fazem importantes ações de captação de água do telhado, para limpeza e manutenção”, disse. Ele lembra que não se pode negar que o momento é de crise, mas que a indústria tem atuado para causar o menor impacto possível.“É preciso pensar que uma redução na água tem grandes impactos, e as empresas precisam gastar um determinado volume em suas demandas.Um exemplo: a vigilância sanitária exige sete litros de água para uma empresa matar um frango. Um frigorífico abate 50 mil frangos por dia. Ao proibir ou limitar o uso dessa água, o frigorífico não poderá abater o frango? Como fica a produção? E os consumidores, vão deixar de comer frango? Para a carne de boi o momento também é complicado. Enfim, a indústria não é vilã quando se fala em consumo. Ela tem a sua parcela de consumo, mas esse gasto é justificado”, falou Barbosa. Com racionalização do consumo e a devolução para os mananciais de grande parte da água que consome, a indústria tem trabalhado para que a crise seja amenizada no Estado e no país. E o Sistema Findes tem atuado junto aos industriais capixabas, apontando caminhos e pedindo que os esforços sejam redobrados para que este momento seja superado o quanto antes.

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ARTIGO

Ajustar para crescer

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ano de 2015 está apenas começando e já mostra sinais de que os ajustes farão parte da realidade orçamentária do Estado e do país. Será um ano onde a criatividade e a superação serão destaques para que esse esforço não modifique os planos para o desenvolvimento capixaba. O Espírito Santo tem amplo potencial de crescimento e capacidade de propiciar a atração de novos negócios que podem ser instalados em nosso território. Nossa localização geográfica próxima a grandes centros produtores, tais como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais; a diversificação multimodal de uma malha rodoferroviária interligando o Espírito Santo a todos os estados brasileiros e ao Mercosul; bem como a capacidade de movimentação de cargas gerais para outros portos do Brasil e do mundo nos colocam em situação privilegiada.

Diante dessa realidade, o crescimento ordenado e a atração de novos negócios estão entre os principais focos de nossa atuação, com base no desenvolvimento sustentável visando a oportunidades de emprego, permitindo aos municípios avanço regionalmente equilibrado. Essas são as principais premissas para o nosso trabalho. Outro ponto importante é a integração. Nossa intenção é trabalhar em rede com outras secretarias, tanto no Governo Estadual, quanto na articulação com atores externos para fortalecermos nossa sinergia e as questões de competitividade. A Sedes ganha ainda um novo perfil neste momento. Articular a inclusão da parceria público-privada e do setor de logística em nossa função traz sintonia muito forte para superar os desafios de infraestrutura. Nossa missão pode ser sintetizada numa questão crucial: conseguirmos nos próximos quatro anos alcançar o patamar de competividade melhor para o Espírito Santo, colocando nosso Estado em uma das melhores posições como uma boa opção de investimento e criação de novas empresas. É nesse ponto que temos que nos diferenciar em relação ao que somos hoje e aos nossos vizinhos produtores. Vamos atuar em todos os fatores que nos darão mais competividade para chegarmos a um patamar melhor do que estamos e para que seja possível atrair e ampliar os projetos já existentes. Cada empresa com o perfil de ancorar novos investimentos irá merecer uma atenção toda especial. Nossa expectativa é poder atuar junto a associações empresariais de classe de destaque no Brasil para que possamos divulgar as nossas potencialidades. Temos que trabalhar para fatores de competividade duradoura e fazer do Espírito Santo referência nacional em desenvolvimento sustentável. José Eduardo Azevedo é secretário de Estado de Desenvolvimento

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entrevista por Gustavo Costa

Fernando Camargo “A atitude de empreender no Brasil é para heróis”

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m empreendedor nato, Fernando Aboudib Camargo está sempre à procura de promissores mercados e, consequentemente, de bons negócios. Natural de Vitória, o investidor de 63 anos tem participação em mais de 60 empresas e lidera o Grupo Incospal. Saiba mais a respeito de como ele atua e o que pensa sobre questões como gestão, negócios, mão de obra qualificada, política e economia do Espírito Santo e do Brasil. O Grupo Incospal investe em diversos setores pelo Brasil. No Espírito Santo, quais são as empresas que atuam, e em que áreas? No Espírito Santo, atuamos em muitas áreas. O setor em que estamos presentes com mais força é o de comércio exterior. Com a Cisa Trading, temos a maior importadora privada brasileira e a maior empresa de trading atuante no Estado.

A Cisa Trading tem larga experiência e atende ao segmento prime da indústria internacional. Trazemos, por exemplo, carros da Toytota e da GM, todos os produtos da Apple, todos os produtos da L’Oréal. Recentemente, firmamos um acordo para trazermos todos os carros da Honda e da Porsche, entre tantos outros clientes. São aproximadamente 200 grandes clientes ativos, que trazem os seus produtos para o Brasil com a chancela, a expertise e a competência da Cisa Trading. Atuamos ainda no segmento de construção pesada com a Tervap-Pitanga, uma empresa tradicional, de mais de 60 anos. É uma grande construtora, com larga experiência na construção de estradas, portos e outros grandes empreendimentos. No setor de construção pré-fabricada, temos a Incospal, com quase 70 anos de mercado e que tem a maior indústria de pré-moldados e de pré-fabricados do Estado. No setor de limpeza urbana, somos concessionários do serviço de limpeza

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“O Brasil está montado para não funcionar. Quem busca fazer alguma coisa encontra tanta dificuldade, regra, burocracia e obstáculos que muitas vezes desiste no meio do caminho” do município da Serra. Estamos também no segmento de transporte urbano, através da Unimar, grande empresa de transporte e logística. Atuamos no setor de equipamentos pesados, sobretudo de guindastes e outros, com a Unipetro, que presta serviço especialmente na área petrolífera. Estamos ainda no segmento de apoio offshore com a Companhia Vila Velha, que é um porto que construímos em associação com a Cisa e a Coimex, e que hoje é a base da Petrobras no Estado. No segmento hoteleiro, somos sócios do Sheraton, junto com outros investidores. Atuamos em operação de rodovias, onde somos sócios da Rodosol e da Eco101. Também estamos na área de shopping centers, e acabamos de inaugurar o Shopping Center Vila Velha. É o maior do Estado em área construída, com área bruta locável total inaugurada de 75 mil m² e ABL já pronta de cerca de 120 mil m², em um projeto magnífico. No mercado imobiliário de forma geral também estamos presentes, por meio de parcerias com a RS Engenharia, com a Morar Construtora, Metron Engenharia e Inocoopes. Como tem visto a economia brasileira e a do Espírito Santo? Qual a sua expectativa para o próximo ano, já que em 2014 a indústria não alcançou o crescimento que desejava? Eu confesso que ando muito preocupado, não apenas com a economia capixaba, mas com a brasileira. O Espírito Santo sofreu um trauma muito profundo com a intervenção do Congresso Nacional alterando as regras do Sistema Fundap (Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias). A perda para a arrecadação do Estado e dos municípios foi muito expressiva. E nós vamos pagar por essa perda por muitos anos. O Estado consolidou, ao longo dos últimos 40 anos, uma expertise de serviços e de estrutura que estava a serviço de todo o país, com grande experiência e qualidade. E tudo isso foi atropelado por uma medida muito agressiva, que de certa forma reduziu todo o movimento para níveis próximos a algo entre 20% e 30% do que se praticava até então. Lutamos muito para mostrar ao Governo Federal que essa medida brusca seria extremamente perniciosa para a vida do Estado. Mas, infelizmente, não fomos atendidos. Com tudo isso, temos um clima de baixa atividade econômica e pessimismo, que infelizmente impactará o Estado de forma negativa por muitos anos. Paralelamente, na questão nacional, é perceptível que a atividade econômica vive um momento de baixa, eu diria que devido ao excesso de tributação. Está muito difícil trabalhar no Brasil, com uma carga fiscal que beira 40%, distribuída

nos níveis federal, estadual e municipal. O empresário fica descapitalizado. Os tributos jogam para baixo, de forma definitiva, a possibilidade de você obter índice de crescimento econômico, mesmo em uma comparação com outros países da América do Sul. A questão fiscal, associada ao custo da burocracia, que é enorme, e à paranoia da legislação fiscal brasileira, que é por todos conhecida e é quase insuportável, faz do ato de empreender no Brasil uma tarefa cada vez mais próxima do impossível. Teremos também um aumento substancial do custo da energia, que é um insumo básico da indústria. Todos temos acompanhado o desequlíbrio na oferta de energia no país, o que trará um aumento grande nos custos nos próximos quatro ou cinco anos. Esse é um setor em que atuamos fortemente, através de usinas hidrelétricas que possuímos nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, além da usina témica que construímos em Pernambuco. O momento de baixa atividade industrial, com as empresas tendo que arcar com o ônus do custo Brasil, quase intolerável, poderá ficar pior ainda já no final deste ano, com o aumento da tarifa de energia. Quais as dificuldades que tem encontrado nos seus negócios e o que faz para que suas atividades continuem prósperas? Creio que é mais fácil lembrar onde a gente não encontra dificuldades. O Brasil está montado para não funcionar. Quem busca fazer alguma coisa encontra tanta dificuldade, regra, burocracia e obstáculos que muitas vezes desiste no meio do caminho. Recentemente, o empresário Benjamin Steinbruch disse, em um desabafo, que só um louco investe no Brasil. E acho que ele está certo. São muitas as dificuldades que qualquer empreendedor no país, seja pequeno, médio ou grande, encontra no seu dia a dia. A atitude de empreender, no Brasil, é para heróis. E infelizmente, o país não concede aos empreendedores o devido reconhecimento. Eles geram os empregos, pagam os impostos, empurram o país e fornecem bens e serviços de qualidade, mas são perseguidos, como se tivessem uma atitude egoísta ao buscar o crescimento do seu negócio. É muito triste constatar que no Brasil existe uma mentalidade antiempreendedora disseminada na sociedade. Isso, na minha opinião, faz muito mal ao país. Quanto ao termo “próspero”, eu não o usaria, já que o que o empreendedor faz no Brasil é sobreviver. Crescer se possível, mas sempre trabalhando na linha da sobrevivência. Acho que a resposta é mesmo muito trabalho. Não falo apenas em meu nome, mas de toda a equipe que trabalha comigo. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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entrevista

Existe aqui um sentimento muito forte de trabalho em grupo, uma relação de muita responsabilidade com que a gente se entrega às atividades. Mas sabemos que no plano geral tem sido muito díficil. Até existe um ou outro governante que tenta melhorar a vida do empreendedor, com atitudes isoladas, tentando romper toda a massa de dificuldades, mas o saldo ainda é negativo. Creio que o “segredo” passe por muito esforço, economia de recursos e uma base muito conservadora de uso de capital de terceiros. Como é possível aos governos Federal e Estadual que virão após as eleições contribuir para melhorar o setor industrial e vice-versa? Ao longo da vida, notei que as pessoas demonstram um grande respeito, interesse e reconhecimento ao setor industrial, mas só na teoria. Na prática, não é o que se percebe. O industrial brasileiro compete com os de países que têm uma série de vantagens, como financiamentos com taxas muito próximas a índices negativos e com prazos de pagamento que podem alcancar 30 anos. O Brasil é um país que tributa o investimento. Ao comprar uma máquina para a modernização da sua indústria, você já está pagando o custo fiscal. Ou seja, o Governo começa a tributar a indústria antes mesmo que ela possa gerar riqueza, ao contrário do que ocorre no mundo inteiro. Isso impede que os empresários

tenham acesso às novas tecnologias e modernizem os seus parques industriais. A classe industrial talvez seja a mais sacrificada dentre todas as de empreendedores brasileiros. Prova disso é que a indústria vem perdendo anualmente a representatividade no que se refere ao PIB (Produto Interno Bruto). Logo o setor que já foi o mais importante na geração da riqueza nacional. Eu espero que os gestores que estão entrando possam criar parcerias com a indústria. A gente aprende que a esperança é a última que morre. O Brasil seria muito beneficiado. São milhões de jovens chegando ao mercado de trabalho, e mais do que ninguém precisam e esperam que isso ocorra. O senhor recebeu recentemente a Medalha do Mérito Industrial, da Confederação Nacional da Indústria. Como recebeu essa homenagem? Fiquei muito honrado. Essa escolha nasceu aqui. O meu nome foi indicado pela Findes e foi submetido ao Conselho da CNI, que resolveu então me premiar. Confesso que foi uma surpresa, já que o Espírito Santo e o Brasil têm excepcionais empresários. Recebo o prêmio com muita humildade, como um reconhecimento a um trabalho que não é só meu. Ninguém faz nada sozinho. É uma conquista de todo um grupo de pessoas que me apoiam e me acompanham ao longo da vida. E acho que é uma oportunidade de ver reconhecido aquilo que temos na nossa essência: o extremo amor e devoção ao trabalho. Cada um na vida tem uma missão; e a nossa é tentar gerar riqueza, emprego, impostos e ter uma atividade que é importante para os municípios, para o Espírito Santo e para o país. Esse prêmio traz a sensação muito agradável de dever cumprido. O Grupo Incospal tem duas empresas que atuam em comércio exterior no Espírito Santo. Como o senhor tem visto o desempenho desse setor, com a valorização do dólar? O Brasil e o Estado ainda importam muitos produtos? O Brasil importa muito. Aliás, o país importa crescentemente, pela falta de atenção para a realidade e para o desastre que se abate sobre a indústria nacional: a concorrência predatória, sobretudo quando se fala em produtos asiáticos. Infelizmente, toda essa demanda vem sendo suprida por produtos de origem estrangeira. O Brasil, mais que qualquer outro país, exporta empregos. Nós temos políticas crescentes de criação de postos de trabalho na Ásia. O Espírito Santo, por sua vez, ainda é um Estado que importa muito, até pela sua posição logística. Estamos inseridos no meio do Sudeste. Em torno do Espírito Santo se concentram mais de 60% da riqueza nacional. Nós temos acesso rápido a todos os grandes mercados. Mas poderíamos ser muito mais competitivos, se tivéssemos uma boa ligação ferroviária com outros estados. O Espírito Santo, de certa forma, é uma ilha ferroviária, com uma pequena exceção da estrada de alta qualidade da Vale, que nos liga a Minas Gerais. A ligação que temos com o Rio é de baixíssima

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“A classe industrial talvez seja a mais sacrificada dentre todas as de empreendedores brasileiros” com capacidade e presença reconhecida no mundo inteiro. Exportamos para todo o planeta. O setor de mármore e granito capixaba talvez seja o setor mais competente e mais promissor da economia capixaba reunindo – ao lado do setor cafeeiro – e o que o Espírito Santo tem de melhor em termos de empresários. São verdadeiros heróis que, com um enorme esforço pessoal, criaram um volume de negócio que hoje é um orgulho, base e patrimônio do Estado. Merecem todo o nosso respeito, reconhecimento e consideração.

qualidade, e não temos ligação com o Nordeste. O Espírito Santo poderia, claro, ser uma plataforma muito melhor de importação e exportação de produtos, mas apesar de tudo, o volume é expressivo, graças ao esforço e à capacidade dos empresários capixabas. Como é desenvolvido o modelo de gestão para um grupo promissor e diversificado como o Incospal? Qual a estratégia de gestão para se manter equilibrado? A coisa mais importante a ser dita é que a gente cresce dentro do princípio de parceria, seja interna ou externa. O capitalismo do futuro é o capitalismo da parceria. Em cada segmento que a gente pretende investir, procuramos sempre um parceiro experiente, que já conhece a área. Nos associamos a ele, ou trazemos esse parceiro para dentro da estrutura societária do novo empreendimento. E isso tem se mostrado muito saudável, já que permite que possamos empreender em áreas desconhecidas. E temos também a parceria interna, com uma mentalidade de participação de resultados. As pessoas que geram valor para o nosso trabalho participam dessa parceria, e tudo tem caminhado muito bem. No Estado, o grupo tem uma empresa de mineração e outra que atua em treinamento na área técnica em extração de petróleo. Como senhor tem visto o setor de mineração durante os últimos anos? Muito promissor. A nossa presença nesse setor é tímida: temos apenas uma pedreira para produção de britas e agregados, mas esse é um dos setores mais promissores do Brasil. Não há dúvidas de que o Espírito Santo,pela excelência dos seus empresários, é líder inconteste do setor de rochas ornamentais,

Há sempre um questionamento dos industriais quanto à falta de mão de obra no Estado, mas hoje existe muita oferta de vagas para qualificação em diversos setores. O que o senhor acredita que está faltando para que esse déficit de trabalhadores qualificados seja reduzido? Com a colonização portuguesa, o Brasil herdou a cultura do bacharelado. Estamos em um país no qual todos anseiam chegar ao doutorado. E como um país jovem, muito mais do que doutores, precisamos de técnicos. Seria necessário um grande esforço nacional, em todas as esferas, para disseminar a ideia de que, mesmo que depois a pessoa possa chegar ao bacharelado, a primeira formação de toda a juventude deveria ser na área técnica. Um dos segredos da economia americana é que nos últimos 100 anos investiu-se basicamente na formação técnica de seus jovens. Esse exemplo foi copiado por vários outros países. Mas o Brasil ainda não compreendeu, de forma geral, a importância da preparação de técnicos, que saem aptos para o trabalho e depois se desenvolvem naturalmente, chegando ao topo da formação profissional. Um país que tem técnicos é um país que tem sangue novo para dinamizar a economia. E é um país em que a população tem uma vida próspera em um ambiente macroecnômico consistente. Falta essa consciência de todos os setores. É preciso lutar para que se ampliem as vagas para a juventude brasileira. Alguma mensagem para o setor industrial, alguma dica para desenvolvimento da indústria em meio a esses tempos de crise? Faço voto de esperança, para que esse país, algum dia, compreenda que a liberdade, seja econômica, política ou de opinião, é base para uma sociedade próspera. Ninguém consegue crescer, se desenvolver e prosperar sem liberdade. O primeiro mundo nos ensina, mas infelizmente, no Brasil, recorremos a fórmulas ultrapassadas, como se estivéssemos sempre tentando reinventar a roda. E quem paga um preço terrível por essas tentativas, frustradas e frustrantes, é a sociedade – e, nela, principalmente os mais jovens. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Indústria em Ação

Carlinhos de Jesus dançou e palestrou no evento

Empregados participam do Encontro de Desenvolvimento e Integração

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o som da música “As Time Goes By”, tema do filme “Casablanca”, o 6º Encontro Anual de Desenvolvimento e Integração dos Empregados do Sistema Findes reuniu mais de 800 empregados no Centro de Convenções de Vitória, no dia 5 de dezembro. Com passos de bolero, forró e samba, o dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus apontou a importância da integração durante a dança na sua palestra “A motivação e o trabalho em equipe”. Com a também dançarina Vanessa da Silva Nascimento, Carlinhos mostrou que a harmonia é criada a partir do companheirismo com o seu par. Para exemplificar essa integração, cinco empregados do Sistema Findes

foram convidados para dançar forró com Vanessa. O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, aproveitou o evento para agradecer aos capixabas por mais um ano de empenho e trabalho.“O Sistema Findes tem orgulho de ser reconhecido pela qualidade de seus empregados, seja atuando na qualificação profissional, na educação básica ou no atendimento às demandas da indústria. Estamos investindo na interiorização do desenvolvimento, promovendo ações que vão melhorar a qualidade de vida dos profissionais e da população de norte a sul do Estado. Agradeço o empenho de cada um ao longo deste ano e desejo que juntos trabalhemos para atingir resultados ainda melhores em 2015”, falou.

Projetos de empregados do Sistema Findes são premiados O dia 15 de dezembro foi de celebração para os vencedores da premiação da Chamada Interna Inova Findes 2012-2014. Foi divulgado o resultado final dos grupos de trabalho formados por empregados do Sesi e do Senai do Espírito Santo que inscreveram seus projetos de inovação interna em edital publicado no ano de 2012, todos com novos serviços e produtos que promovem o fortalecimento da indústria capixaba. O objetivo do evento foi encerrar a Chamada Interna Inova Findes com a premiação dos projetos, conforme previsto em edital. Em “Responsabilidade Social”, o vencedor foi a “Banco de Oportunidades”, coordenado por Gabriela Siqueira Primo; na categoria “Cultura, Esporte e Lazer”, o ganhador foi “Jogos Paralelos do Sesi”, coordenado por Cristina Albuquerque Oliveira; em “Educação Profissional”, o destaque ficou com “Painel Didático de Cabeamento Estruturado”, coordenado por Bruno Faitanin Cesconetti. Na categoria “Segurança e Saúde no Trabalho”, os contemplados foram “Monitoramento de Ruído na Indústria”, coordenado por Leonardo Gardioli Batista; e “Implantação do Gerenciamento Audiológico para as Indústrias Atendidas pelo Sesi”, articulado por Cíntia da Rós Lourenço.

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Grupo de 27 empresas é certificado pelo Prodfor

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Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor) realizou no dia 11 de dezembro a entrega de 27 novas certificações para fornecedoras. Foram 22 empresas certificadas no Sistema de Gestão da Qualidade em Fornecimento (SGQF), uma no Sistema de Gestão Ambiental (SGA), três no Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho (SGSS) e uma no Sistema de Gestão Financeira, Fiscal e Trabalhista (SGFFT). Essas companhias passaram a integrar um seleto grupo de fornecedoras, grupo que atende às 12 maiores empresas do Estado, que são mantenedoras do Programa. O evento foi aberto com fala do superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), Fábio Dias, que destacou o papel do Prodfor em qualificar e transformar a realidade das

Referência: criado em 1997, o Prodfor já certificou centenas de fornecedores

empresas capixabas. “O Prodfor é um instrumento que permite que as micro e pequenas empresas, de vários ramos, se modernizem e busquem uma forma melhor de gestão, aproximando-se de grandes empresas de nosso Estado, que são as mantenedoras do programa”. O representante dos fornecedores, Maxsuel Marcos Rocha Pereira, diretor da Particle Engenharia, discursou em nome de todas as empresas certificadas. A Pães Lekker foi considerada a Empresa Destaque no processo de certificação deste ano. Já a Conami Manutenção Industrial recebeu reconhecimento como fornecedor que mais se destacou na manutenção da certificação obtida em 2013.

Guerra promove reunião com vice-presidentes institucionais Os presidentes do Sistema Findes, Marcos Guerra, e do Conselho Temático de Desenvolvimento Regional (Conder), Áureo Vianna Mameri, receberam no dia 20 de janeiro os empresários que assumiram as novas diretorias e núcleos do Sistema Findes na Serra, Cariacica, Viana, Vila Velha e Guaçuí. A reunião serviu para pontuar o conceito e as ações desenvolvidas pelas Regionais em todo o Estado. Estiveram presentes os vice-presidentes institucionais Rogério Pereira dos Santos, Vladimir Rossi, José Carlos Zanotelli e Bruno Moreira Balarini, além dos diretores adjuntos Álvaro José Bastos Miranda, Luis Carlos Azevedo de Almeida, Romário José Correa de Araújo e Elias Carvalho Soares. Guerra aproveitou a ocasião para falar da importância das Diretorias Regionais no fortalecimento da interiorização da Federação.

“Os Núcleos e Diretorias Regionais são espaços estratégicos, não apenas na estrutura física, mas pela relevância institucional que agregam à indústria. Nossa gestão tem feito o maior trabalho de interiorização entre todas as federações de indústrias do país, trazendo o industrial para dentro do Sistema Findes, realizando investimentos relevantes em todas as regiões, desenvolvendo projetos em parceria e buscando conhecer as demandas de cada setor produtivo. Com a ampliação do número de Diretorias Regionais, estamos dando maior autonomia às indústrias e consolidando a presença institucional do Sistema Findes no interior do Estado”, explicou ele.

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Inovação por Flora Viguini

Recriar para inovar Para aumentar a produtividade e a competitividade, setor tradicional está se reinventando por meio da chamada indústria criativa

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oi-se o tempo em que bastava ter uma grande ideia para abrir um negócio de sucesso. Para transformar em realidade um produto ou um serviço de qualidade no Brasil, novas empresas precisam muito mais do que apenas seguir uma “receita de bolo”. Sem planejamento e sem uma estratégia inovadora, 50% das startups, empresas jovens que nascem apenas com um conceito ou uma ideia morrem em quatro anos ou menos, segundo a Fundação Dom Cabral. A ideia é só o primeiro passo, ainda falta conseguir todo o resto: capital financeiro e humano, modelo de negócios e, principalmente, mercado. Para tanto, os empreendedores precisam organizar um plano, dar forma ao projeto, buscar a eficiência e a metodologia ideal para levar o que está no

papel para a prática. Além disso, necessitam, especialmente, capacitar-se. Se as escolhas forem acertadas, o negócio pode, finalmente, decolar. A lista que revela as dificuldades encontradas por esses pequenos empreendedores, entretanto, é extensa. O principal empecilho é a falta de infraestrutura no Brasil, o que torna o país conhecido por sua deficiência no que concerne à inovação. De acordo com dados da última pesquisa elaborada pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor) Brasil, 98,8% dos serviços ou produtos lançados por empresas não têm inovação nenhuma; 99,5% usam tecnologias ou processos que já existem há mais de cinco anos; e 98,6% só atendem a consumidores brasileiros.

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“É preciso vender um produto que não seja somente comprado por necessidade, mas que seja desejado por ser criativo, diferente, inovador” - Doria Porto, diretorexecutivo do Ideies

O crescimento das startups é visível nas pequenas ações cotidianas. Nunca foi tão fácil pegar um táxi, comprar roupas, mobiliar a casa, estudar, escolher um restaurante ou uma lanchonete, contratar um personal chef, entre outros. A explicação para essa oferta e facilidade é que existem mais de 10 mil startups brasileiras. Mas, para sobrepujar a concorrência, ganhar espaço no mercado e sobreviver aos tenebrosos quatro primeiros anos, é preciso enfrentar uma verdadeira maratona. E a palavra mágica para solucionar tudo isso tem 12 letras: criatividade.

Embora seja o problema número um, a infraestrutura está longe de ser o único motivo para que investidores afirmem que as startups estão no vale da morte. Ainda de acordo com a pesquisa, nove em cada 10 empresas jovens morrem antes mesmo de crescer e chegar à fase adulta. Conseguir o dinheiro e identificar uma oportunidade ainda não é o suficiente. Os consumidores estão em busca de algo mais, querem um produto que faça a diferença. Em um mundo globalizado, um empreendedor tem que oferecer muito mais que apenas suprir uma necessidade do consumidor. Caso contrário, será mais um na multidão de novos negócios que surgem no país.

Economia Algumas micro, pequenas e até empresas de médio porte que dependem da criatividade e da inovação e que estão se destacando de forma crescente fazem parte de um grupo cada vez mais comentado: o da economia criativa. Arquitetura, artes, artesanato, artes cênicas, cinema e vídeo, design, moda, rádio, música, televisão, publicidade, editoração, publicações e softwares de lazer são as principais áreas pelas quais as empresas responsáveis por criar produtos e serviços inovadores estão distribuídas. “A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) define a economia criativa como um conceito emergente que trata da interface entre criatividade, cultura, economia e tecnologia em um mundo dominado por imagens, sons, textos e símbolos. Esse assunto é muito discutido atualmente em diversos países porque os governos detectaram que essas atividades são fontes geradoras de empregos e de riquezas”, disse o diretorexecutivo do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), Doria Porto.

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Inovação

O que é economia criativa? É toda aquela atividade que resulta em indivíduos exercitando a capacidade mental e a criatividade como seus principais recursos de produção. Seus processos resultam na criação de produtos e serviços. Um projeto de estabelecimento comercial desenvolvido por arquitetos ou uma campanha publicitária elaborada por uma agência de publicidade são exemplos de produtos de economia criativa.

Quem faz parte da economia criativa? O Sebrae, o Ministério da Cultura e a Unesco, por exemplo, colocam na área de abrangência da economia criativa os seguintes setores: Arquitetura, Expressões culturais (artesanato, arte e festas populares), Artes visuais, Audiovisual (Cinema, Televisão e Publicidade), Design, Digital (Games, Aplicativos e Startups), Editoração, Moda, Música e Comunicação (TV e Rádio).

O que é indústria criativa? É parte integrante do conceito de economia criativa. Caracteriza-se pelo conjunto de atividades baseadas no conhecimento, na inovação e na tecnologia da informação, que produz bens, tangíveis ou intangíveis (serviços intelectuais ou artísticos), com conteúdo criativo, valor cultural e valor econômico, que ampliam os objetivos de mercado.

que produz bens, tangíveis ou intangíveis (serviços intelectuais ou artísticos), com conteúdo criativo, valor cultural e econômico, que ampliam os objetivos de mercado. Para Porto, o design é considerado a atividade criativa mais importante, pois está presente na arquitetura, na moda, na publicidade e em quase todos os outros. “As pessoas não querem sempre um produto igual, sem nenhum detalhe diferente. Estão em busca de algo particular, que se destaca. E as empresas estão correndo atrás disso. O design ajuda os empreendedores a produzirem um produto ou serviço que se diferencia no mercado, já que existem tantas ofertas similares” explicou. Ainda que a indústria criativa movimente capital e seja forte na moda, no artesanato, confecção de joias, publicidade, arquitetura, entre outros, no Espírito Santo, uma nova metodologia está sendo trabalhada em indústrias tradicionais, mudando todo o ciclo de trabalho e tornando-o mais criativo e dinâmico. “Em 2009 começamos a discutir a importância da indústria criativa no Estado. No ano de 2011, criamos o Comitê para o Desenvolvimento da Indústria Criativa no Espírito Santo, a fim de dar mais atenção ao assunto e identificar o potencial desse segmento nas indústrias tradicionais capixabas”, contou Porto. Após algumas pesquisas e estudos, um convênio entre o Sistema Findes e o Sebrae foi firmado em 2012 para desenvolver uma metodologia que articulasse a indústria criativa com a indústria tradicional (confecções, moveleira e de rochas ornamentais) para micro e pequenas empresas. “Trabalhamos com 15 empresas, sendo cinco de cada setor.

Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU)

Ainda de acordo com ele, os negócios que estão inseridos nesse segmento dependem do talento das pessoas que o fazem, e não do tamanho da empresa ou do capital que ela tem. Segundo Doria, se por um lado é mais simples iniciar um negócio nas áreas da economia criativa, por não ser necessário um grande capital inicial, por outro lado convencer pessoas do preço de uma ideia é uma dificuldade dos empreendedores. “É preciso vender um produto que não seja somente comprado por necessidade, mas que seja desejado por ser criativo, diferente, inovador”, destacou.

“Muitas vezes falta diálogo entre as equipes que compõem uma micro ou pequena empresa” Mário Barradas, gerente de Inovação e Tecnologia do Sebrae-ES e membro do conselho de Ciência e Tecnologia da Findes

Indústria Quando pensamos em indústria, logo visualizamos um galpão, maquinário pesado e uma linha de produção. A indústria criativa, porém, vai muito além disso. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a indústria criativa caracteriza-se pelo conjunto de atividades baseadas no conhecimento, na inovação e na tecnologia da informação, 32 Indústria Capixaba – Findes

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O resultado foi muito positivo. Agora vamos apresentar a metodologia criada aqui no Estado para o Sebrae Nacional poder adotá-la em outros estados brasileiros. Esperamos que o projeto piloto possa ser aplicado também nas médias empresas”, vibrou o diretor-executivo do Ideies. Para o gerente de inovação e tecnologia do Sebrae-ES e membro do conselho de Ciência e Tecnologia da Findes, Mário Barradas, o que motivou a parceria para implantar a metodologia nas indústrias tradicionais foi justamente a questão do produto com valor agregado, diferenciado. “Muitas vezes falta diálogo entre as equipes que compõem uma micro ou pequena empresa. O projeto piloto durou cerca de dois anos e teve como objetivo integrar todos os envolvidos que participavam do processo de produção inicial e final na empresa, desde o setor de criação e a linha de produção até a venda. O objetivo era buscar outros nichos de mercado, procurar novas oportunidades de negócio e atrair um público diferenciado”, comentou. O trabalho foi desenvolvido com consultores do Sebrae treinados para implantar o conceito de indústria criativa nas empresas selecionadas. “A metodologia foi desenvolvida pelo Ideies e os consultores do Sebrae faziam avaliações periódicas sobre o que deveriam mudar, quais estratégias deveriam ser adotadas para que as empresas se tornassem mais competitivas. Estamos esperançosos de que essa realidade seja implantada em todo o território nacional”, completou Barradas. Para o presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário e presidente do Comitê da Indústria Criativa, José Carlos Bergamin, a execução do projeto começou como uma experiência. “Não sabíamos ao certo quais resultados teríamos. Sabíamos apenas que a intenção era a de transformar todo o processo em algo criativo. Para isso,

Brasil sem inovação

Fonte: GEM Brasil

98,8%

dos serviços ou produtos lançados por empresas não têm inovação nenhuma

99,5%

usam tecnologias ou processos que já existem há mais de cinco anos

98,6%

só atendem a consumidores brasileiros

“A primeira impressão que muitos empresários têm é que é necessário ser o mais criativo possível, mas se esquecem, muitas vezes, de avaliar se há mercado para esse produto ou serviço” José Carlos Bergamin, presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário e presidente do Comitê da Indústria Criativa

fizemos mudanças no plano de comunicação, na seleção dos grupos que participariam dentro das empresas escolhidas, trabalhamos com mapa da empatia e outras ferramentas que são consolidadas e já de uso regular nas empresas e estabelecemos a conexão entre a indústria tradicional e a indústria criativa”, contou. O primeiro passo para a implantação da metodologia é integrar os setores da empresa. Em reuniões com os principais representantes da área criativa, administrativa e de produção do negócio são debatidas ideias sobre o que pode ser melhorado para agregar mais valor ao produto. Todos têm a oportunidade de falar e dar opiniões.“É por meio desse diálogo que é possível diagnosticar pontos de melhoria e traçar estratégias para modificar o plano de comunicação da empresa, nome, marca, logomarca, novos formatos, design inovador, marketing e criar ferramentas para se destacar e vender o produto”, completou Bergamin. A próxima etapa é transformar o conceito em prática. Foi o que fez o dono da Moreira Marcenaria, Marcos Nogueira. Ele e sua equipe de marceneiros queriam ser lembrados pelos clientes. Resolveram criar um móvel de madeira ou de MDF e dar de brinde às pessoas que compravam um determinado produto para a sala de estar ou cozinha. “Se a pessoa comprar um painel de TV, por exemplo, ganha um revisteiro ou uma mesinha feita por nossos marceneiros. O agrado é, entretanto, uma surpresa. Ela só sabe o que vai ganhar depois da compra.Essa prática fez com que nossas vendas alavancassem. Os líderes das equipes de produção se veem como donos do próprio processo. As medições, que antes se restringiam ao faturamento, agora são também sobre a produção e a satisfação do cliente”, explicou Nogueira. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Inovação Como a Indústria Criativa mudou a gestão de negócio “A equipe está mais criativa e responsável. As opiniões estão partindo mais deles do que da gestão. Eles estão construindo soluções. A gestão está integrada com transferência de tecnologia. A equipe é a estrela do projeto. É coautora. Assina os projetos. O projeto Indústria Criativa traz muita tranquilidade para gerir o negócio. Fornece energia para a gestão, foco, entendimento do negócio. Na Nicola, a equipe é o grande diferencial. A medição, a produção e a montagem do nosso colaborador fazem a diferença pela qualidade. O resultado aparece na satisfação do cliente, no aumento da produtividade e do faturamento. É uma empresa humana. Somos constituídos de pessoas, trabalhamos para pessoas em busca da qualidade de vida de todos”. Antonio Nicola Nicola Marcenaria & Design “A metodologia gera visualização de todo o planejamento, de uma forma mais completa. Não fica uma perna de fora. Deu uma visão geral de tudo. Mexeu com todos os setores. Quando se começa a levantar tudo, enxerga-se todos os setores. Conseguimos avançar com a reforma. Agora se delega de uma forma tão suave, sem aquele desespero de ‘não vou conseguir’. A equipe está se sentido mais como parte importante. Ela consegue entender e fazer, mesmo quando a empresária não está presente”. Martha ElizabetteColodetti Albernaz Surreal Indústria e Comércio “A consultoria veio na hora certa. Hoje se enxerga o que precisa ser melhorado com clareza”. Edilson Andrade Matos Angrazul Granitos “Caí de paraquedas na empresa. O planejamento estratégico foi a melhor coisa para entender a empresa como um todo. Entender o que estava acontecendo. Ele permite esvaziar a cabeça. E vai jogando coisas que facilitam o entendimento. A estrutura dividida e organizada, de forma clara, permite enxergar onde tem que mudar. Antes do projeto, não era muito de ouvir ninguém. Isso mudou! Deveria preparar as empresas para trabalharem a cabeça para a abertura às mudanças”. Paulo Roberto Peruchi Fresno Marcenaria

Embora seja importante, a criatividade não é a “salvadora da pátria” na indústria. De acordo com Bergamin, também é fundamental ter visão de mercado.“A primeira impressão que muitos empresários têm é que é necessário ser o mais criativo possível, mas esquecem, muitas vezes, de avaliar se há mercado para esse produto ou serviço.Vale ressaltar que vivemos em um país muito criativo, mas não conseguimos ganhar dinheiro com a nossa criatividade. Não transformamos isso em processo e, por isso, muitas empresas fecham as portas mais cedo do que imaginavam”, argumentou. Para exemplificar, Bergamin deu o exemplo de uma marmoraria que tinha tudo para se desenvolver e ser bem sofisticada, mas não conseguia ganhar competitividade na medida certa. “A Revest não alavancava e não visualizava a sua importância no mercado. Após a implantação da metodologia, foi feito um trabalho com a logomarca, produzido um vídeo, e foram dados atenção e ênfase à criatividade. Hoje, os resultados para a empresa são positivos. Ela ganhou mais destaque. A integração entre os funcionários deu certo”, apontou. Com tantas decisões para tomar, o que faltava para a empresária da Revest Stone Design, Denise Ferreira, era um direcionamento e coragem para realizar modificações no negócio. E a metodologia parece que veio na hora certa. “Antes tinha uma visão isolada do negócio. Pensava em fazer tudo o que estamos fazendo, mas não sabia como executar. O projeto foi apresentando várias coisas, houve envolvimento da equipe e assim percebemos como e o que poderíamos mudar, a partir das ferramentas propostas. Conseguimos entender como fazer a mudança e tivemos coragem para mudar. Posso afirmar que o projeto fez toda a diferença”, contou. Já o dono da Indústria e Comércio Grigio ME, Ivan Carlos Grigio, notou, em conjunto com seus funcionários, que sobrava muito material de móveis, como madeira e MDF. Resolveram criar um projeto para aproveitar o produto e desenvolver peças com um design diferente. A ideia ainda será colocada em prática, segundo Grigio. “Consiste em cada criação levar o nome do marceneiro responsável. O produto ficará exposto na loja e saberemos quem foi o responsável pelo design. Vamos investir nas peças que mais despertarem o interesse dos clientes. É uma forma de aumentar o leque de oportunidades dos funcionários. Deixar que eles criem mais”, comemorou Grigio.

Nacional Ainda no primeiro semestre deste ano, o Sebrae Nacional deve se posicionar quanto à possibilidade de estender o projeto piloto desenvolvido no Espírito Santo pelo Sebrae capixaba e o Sistema Findes para outros estados. Empresas de outros setores da indústria tradicional também poderão receber consultoria. O “pulo do gato” agora é inovar, ser criativo e agregar valor ao produto para ser cada vez mais competitivo.

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Indústria em Ação

Guerra discursa em evento de posse: novo desafio

Marcos Guerra é o novo presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-ES

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or unanimidade, o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, foi também eleito presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Espírito Santo (CDE). Escolhido para o mandato 2015-2018, Guerra trabalhará em conjunto com os atuais diretores da entidade: José Eugênio Vieira, que foi reeleito diretorsuperintendente, e Ruy Dias de Souza e Benildo Denadai, que permanecem ocupando a Diretoria de Atendimento e a Diretoria Técnica, respectivamente. O evento de posse aconteceu no Itamaraty Hall, em Vitória, no dia 15 de janeiro. Guerra substitui Júlio da Silva Rocha Junior, que ficou na presidência nos últimos quatro anos. Em uma forma de homenagear e reconhecer o trabalho realizado pelo ex-presidente do Conselho, o Sebrae entregou uma peça desenvolvida pela designer capixaba Nara Dall’Orto,

batizada de “Riquezas da Terra”. Em sua palavra como novo presidente do CDE, Marcos Guerra falou da responsabilidade assumida. “A entidade representa hoje mais de 340 mil empresas no nosso Estado. Quando cheguei à Findes, fiz um levantamento para descobrir o tamanho da indústria no Espírito Santo. E agora quero fazer também no Sebrae. Buscaremos conhecer melhor a representatividade das MPE em terras capixabas. Trabalhamos para o empreendedor capixaba, que é o que paga a conta e coloca o dinheiro nos caixas das nossas entidades. Então, preciso retribuir esses recursos de forma assertiva. E para isso, é preciso ouvir as lideranças e os empreendedores do nosso Estado. Temos muitos projetos, e agora aumenta a minha responsabilidade. Quero fazer mais e melhor, e conto com o apoio de todos”, frisou ele.

Senai Aracruz foi o mais lembrado curso profissionalizante O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Aracruz venceu o prêmio destaque Recall 2014, na categoria “Cursos Profissionalizantes”. O prêmio foi entregue ao vice-presidente institucional da Findes em Aracruz e região, João Baptista Depizzol Neto, e ao gerente do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Aracruz , José Braz Viçose, no dia 29 de novembro, em evento no município. Uma iniciativa da Realize Comunicações, o Recall é desenvolvido através de uma pesquisa de mercado entre moradores da cidade. A pesquisa foi realizada no período de 19 a 24 de agosto de 2014, com 1.500 questionários, apresentando mais de 300 segmentos. Com 40% de lembrança, o Senai venceu na sua categoria.

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Feira apresentou as novidades de 420 expositores

Vitória Stone Fair deve movimentar mais de US$ 200 milhões

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erceira maior feira do seu setor no mundo e a maior da América Latina, a Vitória Stone Fair – Marmomacc Latin America aconteceu no Pavilhão de Carapina, na Serra, entre 3 e 6 de fevereiro. Os 420 expositores do segmento de rochas ornamentais atraíram cerca de 25 mil visitantes, que devem movimentar US$ 200 milhões em negócios, ao longo do ano. Estiveram presentes na abertura da feira o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga; o governador do Estado, Paulo Hartung; o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra; e o presidente do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado (Sindirochas), Samuel Mendonça; entre outros empresários, parlamentares e gestores.

Em sua 39ª edição, a feira terá como destaques rochas que vão desde os materiais considerados clássicos até as pedras exóticas e translúcidas, mas máquinas e equipamentos de última geração também podem ser conferidos pelo público. A Vitória Stone Fair é uma iniciativa do Sindirochas e do Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag) e tem a realização da Milanez & Milaneze, em cooperação com o Grupo VeronaFiere. Maior exportador e beneficiador de rochas ornamentais no Brasil, o Espírito Santo produz cerca de 5 milhões de toneladas por ano. O Estado conta com um parque industrial de 1,3 mil empresas.

Novos conselheiros regionais são empossados Aconteceu na Regional da Findes em Anchieta a reunião que empossou os novos conselheiros regionais. Realizado no dia 12 de dezembro, o encontro foi coordenado pelo vice-presidente institucional da Findes em Anchieta e região, Fernando Schneider Kunsch. Foram empossados a empresária Luciana Catane Ricieri Poton, conselheira titular do Sindibebidas; Gustavo Luiz Pinto Rodrigues, conselheiro titular do Sinprocim; Pedro Henrique Gonçalves, conselheiro titular do Sindirochas; Gilson Dalmazio Tassinari, conselheiro suplente do Sindirochas; Luiz Gonzaga de Almeida Neto, conselheiro titular do Sindipesca; e Jucimar Paulo Malini, conselheiro suplente do Sindipesca. Além de falar sobre o compromisso do Sistema Findes com o processo de interiorização do desenvolvimento, Kunsch ressaltou a construção do novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL de Anchieta. “A estrutura física comportará 15 salas de aulas, além de laboratórios de Mecânica, Solda, Informática, Eletrônica e Construção Civil, entre outras atividades. A estimativa é oferecer 12 mil matrículas/ano em cursos profissionalizantes, educação continuada e básica, e a previsão de entrega é no segundo semestre de 2015”, informou.

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No Sistema por Luciene Araújo

Mulheres dividem experiências empreendedoras e se fortalecem O Programa Ala Feminina já impulsionou a carreira de mais de 2.000 mulheres no Espírito Santo

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Terceira Revolução Industrial caracteriza-se por grandes transformações sociais, econômicas, políticas e tecnológicas. E essas mudanças têm impactado o mercado de trabalho de forma relevante, tornando-o cada vez mais competitivo. Nesse cenário, a cada ano, mais e mais mulheres se tornam responsáveis pelo sustento total da família, ou por boa parte dele. E aquela que desenvolve atividade fora do lar enfrenta, na maioria das vezes, jornada dupla e até tripla de trabalho. Somam-se às funções profissionais para ajudar no orçamento os encargos como esposa, mãe e dona de casa, ainda que tenha empregada doméstica. Além dessa rotina nada fácil, enfrentam também a diferença salarial em relação aos homens, mesmo quando desempenham função idêntica; a obrigação de estarem sempre bem arrumadas; e a disposição para os cuidados exigidos por família,companheiros, filhos e até mesmo amigos. Mas tudo bem, ao final elas vencem. A fim de facilitar a caminhada e se fortalecer, mulheres criativas, talentosas e bem-sucedidas se reúnem anualmente para dividir as experiências que acumularam durante o árduo, mas prazeroso, trajeto feito desde o surgimento das primeiras ideias até se tornarem referência em empreendedorismo. Esses descontraídos encontros anuais compõem o projeto Ala Feminina, que, desde 2007, já impulsionou a carreira de mais de 2.000 mulheres capixabas ou que moram no Espírito Santo, segundo a idealizadora, Ana Paula Tongo.

Durante uma viagem a Brasília, em 2007, Ana Paula, empresária do setor de tecnologia e diretora do Cindes para Assuntos do Cindes Jovem, conheceu o Ala Feminina, uma iniciativa da Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), e o trouxe para o Espírito Santo,

“Você pode se tornar uma empreendedora também no seu local de trabalho, quando trata seus projetos com a máxima responsabilidade”, destacou a assessora-executiva da presidência da Findes, Annelise Lima

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com adaptações e sob a coordenação do Cindes Jovem. “Eu não tinha amigas empreendedoras para trocar ideias e quando conheci o formato do projeto, achei a solução para o meu problema”, conta. Em terras capixabas, o projeto tomou proporções muito maiores. Enquanto as reuniões em Brasília registravam número máximo de 15 participantes, por aqui os encontros atraíam centenas de empreendedoras já formadas ou mulheres que buscavam o início da jornada no empreendedorismo. De lá pra cá, o Ala Feminina se tornou referência nacional. “É um ponto de encontro para estimular relacionamentos entre profissionais, criar e aperfeiçoar uma corrente envolvendo contatos que podem ajudá-lo a alcançar seus objetivos profissionais, agregar valor à sua network. Também já desenvolvemos uma rede de trabalho e promovemos rodadas de negócios”, afirma Ana Paula. Para Vitor Lomba, presidente do Cindes Jovem, entidade que tem como objetivo formar e desenvolver líderes do futuro, além de integrar a classe empreendedora capixaba, o Ala Feminina “tem apresentado grandes resultados na inserção da mulher na cultura empreendedora capixaba, já tendo discutido matérias voltadas à educação empreendedora com mais de duas mil mulheres”. Por isso mesmo, o presidente garantiu que a nova diretoria do Cindes Jovem já definiu a continuidade do projeto. Ana Paula Tongo destaca que o Ala Feminina necessita de parcerias para ultrapassar o patamar que conquistou até agora. “Há necessidade de avançar, promover mais encontros. O ideal seria nos reunirmos uma vez por mês, desenvolver outras atividades, mas para isso dependemos de parcerias que vamos buscar este ano com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a Findes (Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo), o IEL (Instituto Euvaldo Lodi) e a iniciativa privada”, relata. No último encontro, no dia 18 de novembro de 2014, a Ala Feminina reuniu, além da idealizadora do projeto, as empreendedoras Stella Miranda, Rafaela Adami e Annelise Lima. Essas mulheres falaram sobre suas empresas, carreiras, desafios e oportunidades.

Cindes Jovem Criado em 2005, com o objetivo de formar e desenvolver líderes do futuro, e integrar a classe empreendedora capixaba, a entidade pertence ao Sistema Findes, o Cindes Jovem exerce atividades que estimulam o espírito de liderança em jovens de 16 a 29 anos, tais como visitas a empresas, palestras, cursos, rodadas de negócios e eventos. Essas ações favorecem um intercâmbio de informações e debates com grandes empresários. Dessa forma, os associados passam a conhecer um pouco da trajetória de sucesso das organizações.

“O Ala Feminina é um ponto de encontro para estimular relacionamentos entre profissionais” - Ana Paula Tongo, idealizadora do projeto

Ana Paula Tongo, com formação técnica em Metalurgia e hoje referência em empreendedorismo jovem, abriu o encontro apontando desafios enfrentados para fundar, em Vitória, no ano de 1999, a Bitável Tecnologia, empresa de engenharia e desenvolvedora de softwares para planejamento e gerenciamento de projetos. Cerimonialista e dona da empresa de eventos que carrega seu nome, Stella Miranda falou do início de sua proposta, há 15 anos. Após um curso de cerimonial em Brasília, começou a fazer os primeiros eventos e hoje tem agenda disputada pelos casamentos mais famosos do Estado.“Não é fácil para ninguém desenvolver um novo negócio, especialmente para a mulher, mas é possível, basta se organizar e persistir”, ensinou Stella. Rafaela Adami, empresária do setor de moda, descreveu os desafios que precisou vencer para conquistar a confiança da família. “Levou algum tempo para que meus pais passassem a confiar na minha capacidade profissional e autorizar que eu assumisse a coordenação do setor de Criação da loja Afago”, relatou. A assessora-executiva da presidência da Findes, Annelise Lima, destacou o foco no planejamento estratégico. Ela também ressaltou que empreender vai muito além de abrir um negócio. “Você pode se tornar uma empreendedora também no seu local de trabalho, quando trata seus projetos com a máxima responsabilidade”,garantiu. E fez questão de dar relevo à luta da mulher para conquistar o mercado de trabalho: “Para nós, é sempre mais difícil. Há cobranças mais intensas, preconceitos, desigualdades. Mas o bom é que conseguimos vencer”, comemora. E o próximo encontro do Ala Feminina já está marcado para a segunda semana de março, quando será comemorada a Semana Nacional do Microempreendedor Individual. Quem tiver interesse em conhecer ou participar pode entrar em contato com o Cindes Jovem pelo telefone 3334-5647. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Artigo

A sustentabilidade e o compromisso com o futuro

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rescer. Essa é a palavra de ordem, no mundo empresarial. Vivemos uma era em que a tecnologia evolui tão rapidamente que é difícil acreditar como nos adaptávamos há 10 anos sem as evoluções de que dispomos hoje. Da mesma forma, é impossível precisar como estaremos daqui a 10 anos, diante da rapidez com que as coisas se transformam. A indústria e as pessoas de uma forma geral têm a seu favor diversas soluções que facilitam o dia a dia e contribuem para a tendência de crescimento, mas é preciso estar atento, porque, da mesma forma como contamos hoje com maravilhas com as quais nem sonhávamos antigamente, vivemos sob a ameaça constante de perder recursos que, há anos, imaginávamos ser infindáveis. Diante desse cenário, outra palavra de ordem deve estar no dicionário das empresas: sustentabilidade. É necessário crescer, mas precisamos ter compromisso com o futuro. Estamos vendo, por exemplo, a escassez de água se tornar realidade. Apesar de não representar, ainda, um problema aqui no Espírito Santo, qualquer empresário minimamente preocupado com o futuro já está em estado de alerta.

Na Viminas Vidros Especiais, nós nos antecipamos a esse cenário, porque não é de hoje essa nossa consciência de que precisamos ser sustentáveis. Para o bem da própria empresa e das gerações futuras. Há cinco anos, construímos no nosso parque industrial uma Estação de Tratamento de Efluentes capaz de reaproveitar 98% da água utilizada nos nossos processos industriais. Só não são reaproveitados 100% da água porque 2% evaporam. E o conceito de sustentabilidade não para por aí. É gratificante poder dizer que trabalhamos com um produto altamente sustentável. O vidro é um dos materiais mais recicláveis que existem e, mais do que isso, evoluiu de tal forma que proporciona, na sua aplicação, vantagens que ajudam os nossos clientes a colocarem em prática, no dia a dia, a ideia de viver com consciência ambiental. Ilustrar essa afirmação é fácil. Basta pensar em um imóvel com grandes janelas de vidro, por exemplo. A luz natural entra com facilidade, diminuindo a necessidade de acender lâmpadas dentro do ambiente. Não é à toa que muitas pessoas colocam vidro no teto da residência. Ele permite que o sol entre em casa. Outro exemplo é a utilização de vidros capazes de controlar a temperatura, impedindo a troca de calor entre os ambientes interno e externo. Isso reduz a necessidade de manter ventiladores e condicionadores de ar ligados. Essas são soluções extremamente sustentáveis, já que o consumo de energia elétrica é um problema que afeta as pessoas, pelo risco de apagão e pelo alto custo. Todos querem progredir. Isso é natural de qualquer ser humano, seja ele empresário ou não. É importante ter consciência, entretanto, de que nenhum progresso se mantém quando se fecham os olhos para o que está ao redor e para o que está por vir. A responsabilidade pelo cenário em que viveremos no futuro é nossa. Maurício Ribeiro é diretor-presidente da Viminas Vidros Especiais, presidente do Sindividros (Sindicato das Indústrias de Vidros do Estado do Espírito Santo) e diretor da Abravidro (Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos)

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ARTIGO

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Indicadores

ÍNDICE DE CONFIANÇA (ICEI) – Dezembro de 2014 Confiança do industrial se mantém em queda

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Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do Espírito Santo, elaboTabela 1 Índice de Confiança do Empresário Industrial rado pelo Instituto de Desenvolvimento ICEI – Espírito Santo e Brasil Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), sob a coordenação da Confederação Jul/14 Ago/14 Set/14 Out/14 Nov/14 Dez/14 Nacional da Indústria (CNI),reduziu novamente, Brasil 46,4 46,5 46,5 45,8 44,8 45,2 em 2,3 pontos em dezembro de 2014, em relação ao mês anterior,mantendo-se abaixo da linha diviEspírito Santo 46,0 46,7 50,1 46,9 47,3 45,0 sória de 50 pontos (45 pontos). O indicador, que Fonte: Ideies/Sistema Findes/CNI volta a decrescer atingindo a oitava queda no ano, foi influenciado tanto pelo indicador de condições atuais como pelo de expectativas, tendo em vista que ambos O ICEI da indústria nacional aumentou 0,4 ponto caíram.Na comparação com dezembro de 2013,cujo indicador era de em dezembro de 2014, o que não possibilitou reverter 56,8 pontos, o ICEI registrou um decréscimo de 11,8 pontos. a queda observada em novembro passado (1 ponto), além de estar 9,1 pontos abaixo do registrado em dezembro de 2013 Índice de Confiança do empresário industrial - ICEI ES grafico 1 (54,3 pontos). O índice mostra falta de confiança do empresário pelo nono 75 mês consecutivo, já que permanece 70 abaixo da linha divisória de 50 pontos 65 (45,2 pontos). Média Histórica 57,5 60 O ICEI do Brasil é composto pelas 55 informações de Condições Gerais da 50 Economia Brasileira, Condições Gerais 45 da Empresa, Expectativas da Economia 45 40 Brasileira e Expectativas da Empresa. mar/10 set/10 mar/11 set/11 mar/12 set/12 mar/13 set/13 jun14 dez/14 O ICEI do Espírito Santo inclui mais Fonte e elaboração: Ideies/Sistema Findes/CNI duas questões: Condições Gerais do A média histórica considera o período de fev/2010 a dez/2014 Estado e Expectativas do Estado.

Percepção do Empresário Industrial - Condições Atuais O indicador de condições atuais,apurado com base na percepção dos industriais capixabas em relação à economia,ao Estado e à própria empresa, registrou queda de 2,9 pontos em dezembro de 2014 em comparação ao mês anterior,entretanto permanece abaixo da linha divisória de 50 pontos (37,2 pontos).Esse decréscimo foi motivado por todos os itens que compõem o indicador: condições da economia brasileira (-1,1 ponto), do Estado (-1,2 ponto) e da empresa (-3,3 pontos). Todos se encontram na faixa inferior a 50 pontos: 42

condições da economia brasileira (30 pontos), condições do Estado (32,8 pontos) e condições da empresa (40,1 pontos). Diante do resultado de dezembro de 2013, constatou-se queda significativa no indicador de condições atuais (-11,2 pontos) e em todos os itens que o compõem. A indústria brasileira apresentou pequeno recuo no indicador de condições atuais em dezembro de 2014,em relação ao mês anterior (-0,4 ponto), continuando bem abaixo da linha

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Indicador de Condições Atuais divisória de 50 pontos (37,4 pontos). A baixa desse indicador foi influenciada tanto pelo item “condições da economia brasileira” (-0,3 ponto), como pelo de “condições atuais da empresa” (-0,6 ponto), ambos posicionados na faixa inferior a 50 pontos. No confronto do resultado de dezembro de 2014 com dezembro de 2013 observou-se decréscimo no indicador de condições atuais (-9,4 pontos), bem como nos dois itens que integram o referido indicador.

Tabela 2

ESPÍRITO SANTO

BRASIL

Dez/13

Nov/14

Dez/14

Dez/13

Nov/14

Dez/14

48,4

40,1

37,2

46,8

37,8

37,4

Economia brasileira

40,8

31,1

30,0

41,0

29,8

29,5

Estado

43,7

34,0

32,8

-

-

-

Empresa

51,2

43,4

40,1

49,7

42,0

41,4

CONDIÇÕES ATUAIS¹ Com relação a:

1 - Em comparação com os últimos seis meses Fonte: Ideies/Sistema Findes/CNI

Percepção do Empresário Industrial – Expectativas para os próximos seis meses Em dezembro de 2014, os industriais Indicador de Expectativas para os próximos seis meses Tabela 3 capixabas estavam mais pessimistas em relação aos próximos seis meses, pois o indicador de ESPÍRITO SANTO BRASIL expectativas havia decrescido pelo terceiro mês consecutivo (-2,0 pontos ante a novembro), Dez/13 Nov/14 Dez/14 Dez/13 Nov/14 Dez/14 fechando abaixo da linha divisória de 50 pontos EXPECTATIVAS ² 61,1 50,7 48,7 58,0 48,2 49,2 (48,7 pontos).Ocorreu queda em todos os itens que integram o indicador: expectativa em Com relação a: relação à economia brasileira (-3,5 pontos), ao Estado (-1,7 ponto) e à empresa (-1,9 ponto). Economia brasileira 51,8 40,6 37,1 51,3 39,2 40,3 Entretanto apenas o indicador de expectativa Estado 55,3 45,3 43,6 em relação à empresa se posicionou acima da linha divisória de 50 pontos (52,2 pontos). Os Empresa 64,8 54,1 52,2 61,5 52,6 53,7 indicadores referentes à “economia brasileira” e ao “Estado” alcançaram 37,1 pontos e 43,6 2 - Para os próximos seis meses pontos, respectivamente. Em relação ao Fonte: Ideies/Sistema Findes/CNI mesmo mês de 2013 verificou-se retração de 12,4 pontos, acompanhada por todos os itens formadores do indicador. brasileira”e “com relação à empresa”(ambos com +1,1 O indicador de expectativas da indústria nacional registrou ponto), porém esse último item está posicionado acréscimo em dezembro de 2014, em comparação ao mês anterior acima da linha divisória de 50 pontos (53,7 pontos). (+1,0 ponto), mas se manteve na faixa inferior a 50 pontos Na comparação com dezembro de 2013 houve (49,2 pontos) pelo terceiro mês consecutivo. O aumento foi provocado queda no indicador de expectativa (-8,8 pontos), pelos dois itens formadores desse indicador, “com relação à economia por influência dos dois itens que o compõem.

Notas - Em janeiro de 2012, as empresas da amostra foram reclassificadas segundo a CNAE 2.0, os portes delas foram redefinidos de acordo com a metodologia do EuroStat (mais informações http://www.cni.org.br/), e a série histórica do ES foi recalculada retroativamente a fevereiro de 2010. - O ICEI varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes. - A pesquisa, cuja amostra é selecionada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, contou nesse mês com a participação de 88 empresas capixabas (26 pequenas, 43 médias e 19 de grande porte). Dessas, 22 empresas pertencem à indústria da construção.

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Fatos em Fotos

Prêmio Findes de Jornalismo distribui R$ 90 mil entre ganhadores O Prêmio Findes de Jornalismo, que aconteceu no dia 12 de dezembro, no Itamaraty Hall, contou com a presença de jornalistas de diversos veículos. Foram distribuídos R$ 90 mil aos trabalhos escolhidos. Nas categorias “Jornalismo Impresso”, “Telejornalismo”, “Radiojornalismo”, “Webjornalismo” e “Fotojornalismo”, os primeiros colocados receberam R$ 10 mil; os segundos, R$ 3 mil; e os terceiros, R$ 2 mil. O Prêmio Rubem Braga de Jornalismo adicionou R$ 15 mil ao ganhador. 1 – Alex Cavalcanti, da TV Vitória, com seus pais, Edmundo Siqueira e Madalena Cavalcanti 2 – A repórter da Rádio Espírito Santo Thalita Medeiros foi premiada pela melhor reportagem na categoria “Radiojornalismo” 3 – Sérgio Egito foi o homenageado da noite pelos 45 anos de dedicação ao exercício da profissão 4 – O superintendente corporativo do Sistema Findes, Marcelo Ferraz, com o superintendente do IEL-ES, Fábio Dias; o vice-presidente do Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec), Luiz Henrique Toniato; superintendente do Sesi-ES e diretora regional do Senai, Solange Siqueira; e Ana Oliveira 5 – Premiados se divertem e registram o momento 6 – As repórteres do jornal A Gazeta Rita Bridi e Beatriz Seixas receberam o primeiro lugar na categoria “Jornalismo Impresso” junto com Rondinelli Tomazelli. A premiação foi entregue pelo presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, e pelo diretor para Assuntos de Marketing e Comunicação, Eugênio Fonseca 7 – Alex Nepomuceno e Mariana Rodrigues, da TV Tribuna, terceiro lugar em Telejornalismo 8 – A repórter da TV Globo Minas Liliana Junger foi a mestre de cerimônia da noite 9 – Mário Bonella, da TV Gazeta, recebeu o prêmio da melhor reportagem em “Telejornalismo” e o Prêmio Rubem Braga como melhor trabalho jornalístico do ano com a série “Caravana do ESTV nos Caminhos do Desenvolvimento” 10 – Lucas Chequer, Abdo Filho, Terezinha Bertollo, família do diretor de jornalismo da Rede Gazeta, Abdo Chequer, com Mario Bonella, primeiro lugar em Telejornalismo, sua esposa Mirela Bravo, e o fotógrafo Carlos Alberto da Silva

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Empresas são certificadas pelo Prodfor No dia 11 de dezembro, novos fornecedores do Prodfor receberam certificação durante cerimônia realizada no Itamaraty Hall, em Vitória. Ao todo, foram 22 empresas capacitadas no Sistema de Gestão da Qualidade em Fornecimento (SGQF), uma no Sistema de Gestão Ambiental (SGA), três no Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho (SGSS) e uma no Sistema de Gestão Financeiro, Fiscal e Trabalhista (SGFFT). Também foram entregues premiações para a Empresa Destaque, a que manteve sua certificação e a que mais tem certificações do Prodfor. 1 – O coordenador executivo do Prodfor, Luciano Raizer Moura, com o diretor para Assuntos do IEL, Aristoteles Passos Costa Neto, e o superintendente do IEL-ES, Fábio Dias. 2 – O gerente de Fornecimento de Bens e Serviços da Petrobras, Cristiano Levone 3 – O especialista da Qualidade de Materiais e Serviços da EDP Escelsa, Érico Umezu 4 – O diretor técnico do Sebrae-ES, Benildo Denadai 5 – Benildo Denadai e o diretor da Pães Leker, Levi Tesch 6 – Fábio Dias entregou diploma para a empresa que mais tem certificados do Prodfor, a Provale, representada pela diretora administrativa, Karina Nemer Silveira 7 – O gerente de Suprimentos da Fibria e também coordenador geral do Prodfor em 2014, Paulo Edson Martins Vieira, e Aristoteles Passos Costa Neto entregam o reconhecimento de manutenção da certificação ao diretor da Conami Manutenção Industrial, Antonio Prando 8 – Representantes das mantenedoras do Prodfor 9 – Representantes das empresas certificadas em 2014

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Caso de Sucesso entrevista

Mogai: tecnologia capixaba que pode chegar ao mundo Com uma empresa que nasceu na faculdade, empreendedor tem conseguido desenvolver soluções tecnológicas que atendem à grande indústria capixaba e do país

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esde criança Franco Machado conviveu com a mecânica e a computação. Em vez do video game, o computador era o seu brinquedo favorito. Isso porque seu pai, Pedro Machado Filho, professor do hoje Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), sempre teve uma oficina em casa para fazer seus experimentos e incentivou o filho a conhecer mais de tecnologia. A curiosidade de menino e a parceria com o pai, que se mantém até hoje, fizeram com que ele desse vida à Mogai, uma empresa de tecnologia capixaba que está prestes a completar 18 anos de sucesso. Depois de cursar Eletrotécnica no Ifes, Franco foi estudar Ciência da Computação na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Com alguns colegas da faculdade, ele percebeu que havia espaço para trabalhar softwares para grandes plantas industriais. Assim nasceu a Mogai. “Sempre gostei de tecnologia, é algo que me fascina. Quando criamos a empresa, de cara conseguimos um contrato com a Vale, em 1997, meses depois da privatização, e não paramos mais. A partir daí, sempre a Mogai tenta buscar soluções que possam atender às grandes plantas industriais, e tem dado certo”, conta. As soluções idealizadas sempre foram em software, desenvolvidas para Vale, EDP Escelsa, Garoto, ArcelorMittal, entre outras. Um dos produtos que alavancou a empresa foi o Maquete Logística, uma estrutura que gerencia a logística de uma indústria em tempo real que acabou sendo instalada em plantas não só do Espírito Santo, mas da Bahia, de Minas Gerais,do Rio de Janeiro e São Paulo. Após seis anos

de estudo da equipe, está nascendo o primeiro equipamento. Um projeto inovador para medição de volumes de pilhas que está prestes a ser lançado e deve revolucionar o mercado tecnológico. “Estamos com o primeiro protótipo de um equipamento que mede estoque de mineração e granulados por fotografia. Ele vem substituir um modelo alemão que faz essa medição a laser, mas tem um custo muito alto. Nosso projeto tem um valor equivalente a 10% do preço praticado pelo produto internacional e oferece a mesma precisão de medição”, explica Franco. Ele ressalta que, antes, a medição era feita por meio de topografia, um método que não garante a precisão do volume e ainda coloca em risco a vida de quem precisa subir nas pilhas para fazer a medição. Até aparecer o projeto alemão, mas com um custo muito alto para indústria, muitas vezes inviável. Ainda no segmento de medição, a Mogai também está desenvolvendo um produto que mensura a quantidade de placas de aço e auxilia a sequência de produção da commodity. A novidade também tem chamado a atenção do mercado europeu de siderurgia. Pedro, o pai, agora aposentado do Ifes, que foi quem incentivou a curiosidade do filho é um colaborador fiel das invenções. Toda a mecânica do projeto sai daquela oficina que Franco participava quando criança. “Ele é um excelente profissional e, se, não topasse fazer esse trabalho, seria preciso buscar um técnico no mercado com a mesma experiência dele, o que não seria fácil encontrar, para atender as necessidades da Mogai”, ressalta.

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Indústria em Ação

Premiação apontou os destaques do jornalismo no Espírito Santo em 2014

Solenidade marca entrega do Prêmio Findes de Jornalismo

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om o objetivo de premiar as grandes matérias produzidas no Estado, o Prêmio Findes de Jornalismo teve na noite de 12 de dezembro o seu momento mais aguardado. Os vencedores dessa primeira edição foram anunciados em evento realizado no Itamaraty Hall, em Vitória. O concurso distribuiu R$ 90 mil ao todo. Nas categorias “Jornalismo impresso”, “Telejornalismo”, “Radiojornalismo”, “Webjornalismo” e “Fotojornalismo”, os primeiros colocados receberam R$ 10 mil; os segundos, R$ 3 mil; e os terceiros, R$ 2 mil. Já o Grande Prêmio Rubem Braga de jornalismo, entregue ao melhor trabalho jornalístico inscrito e que concedeu mais R$ 15 mil ao vencedor, foi para a série “Caravana do ESTV nos Caminhos do Desenvolvimento”, produzido pelo jornalista Mário Bonella e equipe, da TV Gazeta. O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, destacou a função social dos jornalistas. “São peças fundamentais no debate das questões ligadas à indústria. Criamos o prêmio para reconhecer a relevância deste trabalho e, de certa forma,

valorizar os bons profissionais que atuam no Espírito Santo e contribuem com o desenvolvimento ao divulgar boas ações e novos projetos. Sem o apoio de vocês, não conseguiríamos falar a um público tão diversificado e alcançar a mesma credibilidade que o bom jornalismo possui”. O evento foi marcado ainda por uma homenagem ao jornalista Sérgio Ricardo de Oliveira Egito pelos 45 anos de dedicação ao exercício da profissão. Ele recebeu um troféu feito pelo artista Penithência. A comissão de seleção do Prêmio Findes foi formada pelos jornalistas José Irmo Goring, Suzana Tatagiba, Rodrigo Cerqueira, Marilene Mattos e pelo presidente do Sindicato de Empresas de Informática do Estado (Sindinfo-ES), Luciano Raizer Moura. Enquanto isso, a comissão julgadora foi composta pelos jornalistas José Antonio Martinuzzo, Rodrigo Caetano, Eugênio Fonseca e Rodrigo Rangel, além do 1º vice-presidente da Findes, Gibson Reggiani. Com o sucesso da premiação, o Sistema Findes já anunciou a segunda edição da iniciativa, que terá inscrições de 5 a 19 de outubro de 2015.

Confira os vencedores do I Prêmio Findes de Jornalismo Grande Prêmio Rubem Braga de jornalismo Série - “Caravana do ESTV nos Caminhos do Desenvolvimento” (Mário Bonella), da TV Gazeta.

Jornalismo impresso

1º lugar - Crise na Petrobras (Beatriz Seixas, Rita Bridi e Rondinelli Tomazelli), do jornal A Gazeta; 2º lugar - A rotina desumana na colheita do café (Patrick Camporez Mação), do jornal A Gazeta; 3º lugar - Palácios valem mais que Saúde e Educação (Abdo Filho), do jornal A Gazeta.

Telejornalismo

1º lugar - Série - “Caravana do ESTV nos Caminhos do Desenvolvimento” (Mário Bonella), da TV Gazeta; 2º lugar - Série – “Logística” (Alex Cavalcanti), da TV Vitória; 3º lugar - “Reescrevendo a Própria História” (Alex Nepomuceno /Mariana Rodrigues), da TV Tribuna.

Radiojornalismo

1º lugar - Indústria capixaba: desenvolvimento

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e competitividade (Thalita Medeiros Silva Alves), da Rádio ES; 2º lugar - Vitória: futuro da cidade está na tecnologia (Fiorella Nunes Gomes), da Rádio CBN Vitória; 3º lugar - Presidente Kennedy: a cidade entre o maior PIB per capita do país e os péssimos indicadores sociais (Natália Devens Costa), da Rádio CBN Vitória.

Webjornalismo

1º lugar - Educação: os obstáculos no caminho (da roça) para o futuro (Vinícius Valfré), do portal Gazeta Online; 2º lugar - Série “Logística é Solução” ( Alex Cavalcanti), do portal Folha Vitória. 3º lugar - Novo destino: investimentos chegam ao extremo norte do Espírito Santo (Abdo Filho), do portal Gazeta Online.

Fotojornalismo

1º lugar - Aeroporto: vamos sair do buraco? (Fernando Madeira de Souza), do jornal A Gazeta; 2º lugar - O lixo de todos nós (Edson Chagas), do jornal A Gazeta; 3º lugar - Contrastes (Ricardo Vervolet Medeiros), do jornal A Gazeta.

Indústria Capixaba – Findes

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Capacitação para todo o Estado é uma prioridade do Sistema Findes

Novas diretorias regionais ampliam oportunidades no Estado

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romover o processo de interiorização do desenvolvimento econômico capixaba. Com essa premissa, o Sistema Findes passou a investir em novos núcleos e diretorias regionais, localizados em municípios estratégicos do ponto de vista industrial. Assim, subiu para 15 o número de bases de apoio às indústrias: Anchieta, Aracruz, Barra de São Francisco, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Colatina, Guaçuí, Linhares, Nova Venécia, São Mateus, Santa Maria de Jetibá, Serra, Venda Nova do Imigrante, Vila Velha e Vitória. Para o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, os núcleos e as diretorias regionais são espaços estratégicos, não apenas na estrutura física, mas pela relevância institucional que agregam à indústria. “Nossa gestão tem feito o maior trabalho de interiorização entre todas as federações de indústrias do país, trazendo o

industrial para dentro do Sistema Findes, realizando investimentos relevantes em todas as regiões, desenvolvendo projetos em parceria e buscando conhecer as demandas de cada setor produtivo. Com a ampliação do número de diretorias regionais, estamos dando maior autonomia às indústrias e consolidando a presença institucional da Findes no interior do Estado”, observou. A redistribuição dos 78 municípios entre as diretorias e núcleos regionais que estão sendo criados pelo Sistema Findes e os que já existiam foi debatida na última reunião do Conselho Temático de Desenvolvimento Regional (Conder), que tem como presidente o industrial Áureo Vianna Mameri – também vice-presidente institucional da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região. Para Mameri, as diretorias e os núcleos regionais dão mais autonomia para que os industriais atendam às demandas locais.

Diretorias Regionais Diretoria da Findes em Anchieta e região Vice-presidente institucional da Findes: Fernando Schneider Kunsch Diretoria da Findes em Aracruz e região Vice-presidente institucional da Findes: João Baptista Depizzol Neto Diretoria da Findes em Barra de São Francisco e região Vice-presidente institucional da Findes: Não definido Diretoria da Findes em Cariacica e Viana Vice-presidente institucional da Findes: Rogério Pereira dos Santos Diretoria da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região Vice-presidente institucional da Findes: Áureo Vianna Mameri Diretoria da Findes em Colatina e região Vice-presidente institucional da Findes: Manoel Antonio Giacomin Diretoria da Findes em Guaçuí e região Vice-presidente institucional da Findes:

Bruno Moreira Balarini Diretoria da Findes em Linhares e região Vice-presidente institucional da Findes: Paulo Joaquim do Nascimento Diretoria da Findes em Nova Venécia e região Vice-presidente institucional da Findes: José Carnieli Diretoria da Findes em Santa Maria de Jetibá e região Vice-presidente institucional da Findes: Não definido Diretoria da Findes em São Mateus e região Vice-presidente institucional da Findes: Nerzy Dalla Bernardina Junior Diretoria da Findes em Serra Vice-presidente institucional da Findes: José Carlos Zanotelli Diretoria da Findes em Venda Nova do Imigrante e região Vice-presidente institucional da Findes: Sérgio Brambilla Diretoria da Findes em Vila Velha Vice-presidente institucional da Findes: Vladimir Rossi Diretoria da Findes em Vitória Vice-presidente institucional da Findes: Não definido

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Indústria em Ação

Sindibores comemora 15 anos de atuação no Espírito Santo O Sindicato da Indústria da Borracha e da Recauchutagem de Pneus no Estado do Espírito Santo (Sindibores) reuniu autoridades, associados e convidados para uma festividade em razão dos seus 15 anos.A festa aconteceu no dia 21 de novembro, no Itamaraty Hall, em Vitória. “No início, o Sindibores foi criado com a finalidade de negociar com o sindicato laboral. Depois, passamos a reunir os associados para tratar da concorrência. Hoje em dia, lidamos com legislação, sustentabilidade e negócios em geral, além da completa assistência as empresas associadas. Somos referência na nossa atividade em nível nacional”, frisou o presidente do Sindibores, Silésio Resende. O sindicato nasceu para representar as empresas industriais e de prestação de serviços de fabricação, transformação, beneficiamento, montagem, reforma, acondicionamento, recondicionamento, vulcanização de artefatos e produtos derivados da borracha, inclusive pneus e similares. O Sindibores integra a Câmara Setorial das Indústrias de Base, responsável por ações voltadas para a eliminação de gargalos inibidores da competitividade dos Arranjos Produtivos Locais (APLs).

Ações do PDA capacitaram mais de 1.200 em 2014 O Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) vem se consolidando a cada ano, atraindo mais a participação de industriais e gestores. Só em 2014, foram desenvolvidas 44 ações, entre cursos, palestras, reuniões de planejamento, mesas-redondas e outros eventos voltados ao intercâmbio de experiências e à promoção do associativismo. Essas ações resultaram em mais de 1.200 industriais capacitados. Para 2015, as expectativas são ainda mais audaciosas. A proposta é de que sejam realizadas 55 iniciativas, que reúnam mais de 1550 industriais. “Levar as atividades do PDA para o interior já era um desejo do industrial. Nós entendemos essa demanda, por isso os resultados são cada vez melhores”, revela o vice-presidente da Findes, Egídio Malanquini.

Mercado de cosméticos avança acima da média mundial Em crescimento no país, o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos celebra bons resultados. O Brasil, que já tem o terceiro maior consumidor desses produtos e serviços (atrás apenas dos Estados Unidos e Japão), registrou entre 2008 e 2012, um crescimento três vezes maior do que o dos demais países do mundo: 12,4% contra 4,1% ao ano, respectivamente, assegura o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para 2015, a previsão é de que os brasileiros passem a comprar mais cosméticos do que os japoneses, alcançando a segunda posição no consumo. A vice-presidente do Sindiquímicos, Zilma Bauer, disse que os números são bons, mas lembrou a necessidade do segmento em apresentar inovações. “É um setor que precisa apresentar novidades constantes, sendo necessário investir recursos significativos nos lançamentos dos produtos, em marketing e em embalagens”, explicou ela.

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Marcos Guerra apresenta investimento durante coletiva

Números positivos: indústria capixaba cresceu mais que a média nacional

Plano de Investimentos da entidade terá R$ 200 milhões até 2017

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presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, reuniu a imprensa capixaba no dia 20 de janeiro para apresentar os resultados da indústria em 2014 e as perspectivas para o ano que começa. O destaque da coletiva ficou por conta do anúncio da ampliação do maior plano de investimentos da história da entidade. Os R$ 150 milhões anteriormente divulgados passaram para R$ 200 milhões, que serão utilizados em novas obras, reformas e na modernização do Sistema Findes até 2017. Ciente da necessidade de capacitação de mão de obra especializada, a entidade investirá 82% do montante para a área da educação. Após apresentar dados do cenário econômico nacional e internacional, Guerra falou do panorama otimista da indústria capixaba. De acordo com estudo realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), o Produto Interno Bruto (PIB) capixaba fechou o ano de 2014 com crescimento de 3%, contra 0,1% do do PIB nacional. O levantamento aponta que em 2015, a economia brasileira deve elevar o índice a 0,5%, ficando bem abaixo do esperado para o Estado (3,5%). Puxada principalmente pelo bom desempenho da indústria extrativa,

que registrou acréscimo de 11,9% no ano que passou, a produção da indústria capixaba chegou aos 5% de crescimento, contra queda de -3% da indústria nacional em 2014. Ao fim da apresentação, o presidente da entidade respondeu a perguntas sobre o Instituto Senai de Tecnologia (IST), que está orçado em R$ 30 milhões e é uma das principais novidades do Plano de Investimentos; a nova divisão das Diretorias Regionais do Sistema Findes, que passam a ser 15; o trabalho da atual gestão, marcado pela interiorização do desenvolvimento da indústria; o impacto para as empresas capixabas com o novo pacote de aumento de impostos anunciado pelo ministro da Justiça, Joaquim Levy; e as ações das Agências de Treinamento e das Escolas Móveis, que têm levado mais capacitação para os trabalhadores da indústria no Estado. “Percebo hoje o momento da credibilidade muito grande do Sistema Findes com as indústrias do nosso Estado. Já estamos atualmente em 70% do território capixaba, com ações de educação, saúde, cultura e lazer realizadas pela entidade. E seguiremos trabalhando para ampliar nossa presença nos municípios capixabas”, destacou Guerra. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Cursos e Cia

Senai e Sesi oferecem cursos a distância gratuitos

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correria do dia a dia e a falta de tempo são apenas dois exemplos de obstáculos para quem deseja estudar ou se atualizar. Pensando nisso, o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) disponibilizam cursos a distância e, o melhor, gratuitos. Segundo o Núcleo de Educação a distância (Nead) Sesi/ Senai, a forma de aprendizagem é uma boa oportunidade para aqueles que desejam obter conhecimentos extras sem precisar sair de casa, já que as atividades são realizadas via internet. Para atender ao público, o Nead possui cursos em diversos setores, abertos a todo o público. A exigência é que o candidato tenha mais de 14 anos. As inscrições podem ser feitas por meio do site www.neadsenaies.com.br Com o objetivo de viabilizar a oferta de cursos de Iniciação Profissional para alunos de diferentes perfis socioeconômicos, pois oferece acesso à cidadania, à educação e ao mercado de trabalho, os cursos de competências transversais (aqueles que desenvolvem capacidades para a iniciação no mundo do trabalho ou, no caso de quem já está trabalhando,

para a atualização das competências profissionais) do Senai são Empreendedorismo, Segurança do trabalho, Propriedade Intelectual, Legislação Trabalhista,Tecnologia da Informação e Comunicação, Educação Ambiental, Ética e Cidadania e Higiene e Segurança. Todos têm duração de 14 horas. Já o Sesi, que tem os mesmo objetivos, oferece os seguintes cursos a distância: Comunicação Efetiva no Trabalho (12 horas), Redação Administrativa (10 horas), Qualidade no Atendimento e Postura Profissional (10 horas), Como Estudar a distância (4 horas), Novo Acordo Ortográfico (10 horas), Relaxamento (4 horas), Saúde Vocal (8 horas), Segurança e Saúde para o Jovem Trabalhador (10 horas) e Indicadores para Avaliar e Monitorar Políticas, Programas e Projetos (40 horas). De acordo com o Nead, a procura tem sido grande. Em 2014, mais de 30 mil pessoas realizaram os cursos oferecidos pelo Sesi/Senai.

Programação de Cursos Sesi Vitória

Programação de Cursos Senai Vitória Curso

CH

Empreendedorismo

14 horas

Segurança do trabalho

14 horas

Propriedade Intelectual

14 horas

Legislação Trabalhista

14 horas

Tecnologia da Informação e Comunicação

14 horas

Educação Ambiental

14 horas

Ética e Cidadania

14 horas

Higiene e Segurança

14 horas

Curso

CH

Comunicação Efetiva no Trabalho

12 horas

Redação Administrativa

10 horas

Qualidade no Atendimento e Postura Profissional

10 horas

Como Estudar a distância

4 horas

Novo Acordo Ortográfico

10 horas

Relaxamento

4 horas

Saúde Vocal

8 horas

Segurança e Saúde para o Jovem Trabalhador

10 horas

Indicadores para Avaliar e Monitorar Políticas, Programas e Projetos

40 horas

Informações e inscrições:

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Senai Vitória – Tel: (27) 3334-5201 • Mais informações sobre os cursos no site: www.es.senai.br Sesi - Tel: (27) 3334-5913 / 3334-7329 • www.neadsenaies.com.br

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Especial

54 abertura 58 anchieta e região 60 aracruz e região 62

Barra de são francisco e região

63 cariacica e viana 64

Cachoeiro de itapemirim e região

66 colatina e região 68

guaçuí e região

70 linhares e região 72

nova venécia e região

74 santa maria de jetibá e região 75 são mateus e região 76 serra 78

venda nova do imigrante e região

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vila velha

80 vitória 82 encerramento JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Abertura Inovação

Sistema Findes executa Plano de Investimentos que vai mudar a realidade da indústria Obras do maior investimento da história do Sistema Findes mudam o cenário da qualificação profissional, da saúde e da segurança do trabalhador no Espírito Santo

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falta de profissionais capacitados é uma realidade na sua empresa? Se a resposta é sim, sua situação se assemelha à de 65% das indústrias ouvidas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na sondagem especial “Falta de trabalhador qualificado na indústria”, divulgada no último relatório. Essa é a realidade que o Sistema Findes quer mudar no Espírito Santo com o Plano de Investimentos 2014-2017, que aplicará R$ 200 milhões em diversas frentes. Deste total, 82% destinam-se às áreas de educação básica, profissional e executiva,

criando 1 milhão de novas vagas em uma variada gama de cursos e assim buscando contribuir para a superação de um dos principais gargalos para o incremento da competitividade do setor industrial brasileiro e capixaba. Entretanto, o investimento realizado pelo Sistema Findes não chama a atenção apenas pelo seu volume, que proporcionalmente é o maior entre todas as federações que compõem a CNI. O diferencial do Plano é que ele foi construído de forma colaborativa, ouvindo e dando voz às necessidades dos empresários das Diretorias e Núcleos Regionais

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Com as Agências de Treinamento Municipais (ATMs) e a Escola Móvel, a educação profissional chega aonde tiver demanda identificada

“Com o trabalho desenvolvido em prol do associativismo, trouxemos para o Sistema Findes um industrial que está chegando com a mente muito propositiva” Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes do Sistema Findes, além da sede, na Grande Vitória, e que estão instaladas em municípios estratégicos, do ponto de vista industrial: Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, São Mateus, Aracruz, Venda Nova do Imigrante e Nova Venécia. A Findes também já iniciou o projeto de instalação de novas Diretorias e Núcleos no interior (Guaçuí, Santa Maria de Jetibá e Barra de São Francisco), além de desmembrar a Grande Vitória em quatro Regionais: Cariacica/Viana, Vila Velha, Vitória e Serra. “Todas as Diretorias e Núcleos Regionais, presidentes de sindicatos, diretores e corpo técnico do Sistema Findes e muitos empresários foram envolvidos no processo de definição desses investimentos”, conta o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra. Apesar de sua pequena extensão territorial, o Espírito Santo possui um parque industrial bastante diversificado. Em Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, a principal atividade é a exploração de rochas ornamentais, segmento que também se destaca em Colatina, onde há ainda o arranjo produtivo de confecções.

Já em Venda Nova do Imigrante o destaque são os setores de alimentos e bebidas, madeira e minerais não metálicos, enquanto em São Mateus os campos mais fortes estão ligados à exploração e à produção de petróleo e gás natural. Esses exemplos ilustram as diferentes características regionais que foram levadas em consideração durante a elaboração do Plano de Investimentos, garantindo a alocação responsável dos recursos e contribuindo para o desenvolvimento sistêmico de cada lugar. “O plano de investimento segue duas grandes linhas”, revela o diretor-executivo do Sistema Findes, Luis Carlos de Souza Vieira. “Uma é a de buscar a vocação de cada região, adequando os investimentos do Sistema às demandas locais. A outra é a atualização da estrutura já existente, ampliando e modernizando escolas que estão bem localizadas, dotando-as de uma infraestrutura ainda mais adequada e promovendo avanços tecnológicos”. É o que vai acontecer, por exemplo, em Colatina e Linhares, com as obras de reforma e ampliação das unidades do Sesi. No Senai, os laboratórios e as oficinas estão sendo modernizados, recebendo equipamentos com tecnologia de ponta, de modo a proporcionar aos alunos um ambiente o mais parecido possível com a realidade encontrada nas indústrias. O diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), Antonio Fernando Doria Porto, conta que a equipe foi a campo e realizou um mapeamento para que os investimentos sejam absolutamente coerentes e reforcem as vocações regionais. “Assim, a Federação das Indústrias do Estado pôde fazer uma leitura abrangente do cenário local, a partir de uma visão clara do ambiente nacional e internacional, e identificar que uma das razões para o déficit na competitividade está na qualidade da gestão e produtividade dos trabalhadores”, explica. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Inovação

Por meio do Senai, do Sesi e do IEL, a educação alcança todos os níveis, incluindo capacitação para executivos e para atuação na indústria de alta tecnologia

Para Luis Carlos, “considerando os demais fatores que afetam a competitividade industrial – entre os quais uma defasagem de infraestrutura, uma questão tributária complicada, legislação trabalhista com relações mal resolvidas, um excesso regulatório em áreas como vigilância sanitária, ambiental e licenças variadas –, a Federação enxergou com clareza as variáveis sobre as quais tem uma atuação efetiva em algo que é seu ponto forte: educação básica, profissional e executiva, saúde e segurança para os trabalhadores”, reforça. “Estamos acompanhando toda a tendência do mercado em termos de tecnologia. Trazemos o que há de melhor na indústria para que possamos preparar nossos alunos para serem profissionais de qualidade, a partir da aproximação do ambiente pedagógico à realidade que eles encontrarão nas fábricas”, declara a superintendente do Sesi-ES e diretora regional do Senai-ES, Solange Siqueira. Com a aplicação desses recursos, haverá uma expansão na oferta de capacitação e qualificação de mão de obra,

“Trazemos o que há de melhor na indústria para que possamos preparar nossos alunos para serem profissionais de qualidade” Solange Siqueira, superintendente do Sesi-ES e diretora regional do Senai-ES

que fechou 2014 com 219 mil vagas oferecidas no Espírito Santo, aumento superior a 20%. O destaque, porém, fica para a diversificação e a especialização, fazendo mais, de acordo com a necessidade. Além disso, estão sendo realizadas obras de reforma e ampliação nas unidades do Sesi de Cobilândia (Vila Velha), Colatina e Linhares, e já foram entregues o Núcleo de Nova Venécia e o Centro Integrado Sesi/ Senai/IEL de Anchieta. De todas as obras em andamento, 90% estão licitadas, e o cronograma segue dentro do prazo. “À Findes estão vinculadas três instituições que são responsáveis pela parte de educação e de profissionalização da gestão das pessoas e das empresas. Hoje temos várias ações no interior do Estado, por exemplo, com as unidades do Sesi/Senai/IEL, com as Agências de Treinamento Municipais e com a Escola Móvel, levando para o interior do Estado essa formação da mão de obra qualificada no nível técnico. O Instituto EuvaldoLodi (IEL) trabalha com o desenvolvimento das competências das pessoas na área administrativa e de que forma, com as ferramentas que o IEL dispõe, as empresas podem ser mais competitivas”, afirma o superintendente da entidade, Fábio Dias. “Com o trabalho desenvolvido em prol do associativismo, trouxemos para o Sistema Findes um industrial que está chegando com a mente muito propositiva. Hoje, vivemos uma nova Federação das Indústrias, que é realmente da indústria capixaba, ouvindo e atendendo suas necessidades. Isso não é mérito do presidente, mas sim da gestão inteira, representada por sua Diretoria, totalmente comprometida e com o conhecimento do que precisa ser feito para tornar o Espírito Santo mais competitivo”, finaliza Guerra.

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Inovaçãoe Região Anchieta

12 mil matrículas por ano com novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL em Anchieta

Laboratórios mais modernos para otimizar a qualificação da mão de obra local

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população de Anchieta e dos municípios que fazem parte dessa Diretoria Regional do Sistema Findes passarão a contar com novas oportunidades de qualificação profissional. Os investimentos previstos para a região serão aplicados na implantação de um novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL. Com área construída de quase 5.000 m², o local será destinado à oferta de educação básica e profissional. A expectativa é de que sejam realizadas

Municípios abrangidos:

Alfredo Chaves

Iconha

Guarapari

Anchieta

Piúma Vice-presidente institucional: Fernando Schneider Kunsch Diretor adjunto: Antonio Prando

12 mil matrículas por ano, especialmente nas áreas de Mecânica, Eletrotécnica e Construção Civil. A estrutura física da nova unidade conta com área administrativa, 15 salas de aula e biblioteca, além de laboratórios de Mecânica, Solda, Eletrônica, Informática e Construção Civil, entre outras atividades. De acordo com o vice-presidente institucional da Findes em Anchieta e região, Fernando Schneider Kunsch, a indústria local tem se dinamizado e precisa de mão de obra e cursos especializados para atender às necessidades regionais. “Até então, a instalação existente vinha cumprindo um importante papel, com uma média de 700 alunos por dia frequentando os cursos, mas a oferta de novas vagas é fundamental, tanto para as novas áreas ligadas às tecnologias, como nos setores tradicionais da Construção Civil, Metalmecânica, Eletromecânica e Caldeiraria. Sem dúvida, a competitividade da indústria aumentará muito”, comemora Kunsch. Todo o projeto arquitetônico segue as normas de acessibilidade, com resultados visíveis nos espaços internos e externos: banheiros, acessos, salas de aula e estacionamentos. A iluminação utilizará lâmpadas de LED, e a cobertura das edificações terá telhas termoacústicas, além de um sistema de reaproveitamento de água e tratamento de esgoto, seguindo também os princípios da sustentabilidade e da ecoeficiência. Como benefício

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Novo espaço será destinado a qualificação profissional e educação básica e profissional, com expectativa de 12 mil matrículas por ano

extra, a estrutura pré-fabricada em concreto permite a redução de custos na construção e na manutenção da obra. Segundo Fernando Kunsch, há grande expectativa de todo o setor industrial e da população das cidades que compõem a Regional da Findes. “Será mais um importante marco na interiorização da presença do Sistema Findes no Espírito Santo, levando mais oportunidades de aprendizado para jovens e adultos, proporcionando mão de obra qualificada para atender à demanda das empresas já instaladas e daquelas que poderão vir para essa região do Estado, em um espaço moderno e sustentável”, declara.

Investimentos industriais A Diretoria Regional em Anchieta abrange cinco municípios no sul do Estado: Alfredo Chaves, Anchieta, Guarapari, Iconha e Piúma. Dos investimentos industriais previstos até 2018, Anchieta, Guarapari e Piúma receberão empreendimentos da Vale, como a construção da Ferrovia Litorânea Sul; Anchieta, Guarapari e Iconha serão contemplados aportes investimentos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com a concessão da BR-101; Anchieta contabiliza também novos investimentos da Samarco, como a construção da Quarta Usina de Pelotização, recém-inaugurada, um terceiro mineroduto e melhorias no porto. E, juntamente com Piúma, terá investimentos da Petrobras na produção de petróleo e gás natural. Perfil da indústria Os municípios que pertencem à Diretoria Regional em Anchieta possuem, no geral, empreendimentos industriais de pequena estrutura. Em 2013, o Ministério do Trabalho registrou 959 micro e pequenas empresas na região.

Centro Integrado Sesi/Senai/IEL: • Edificação dos blocos: Administração, Biblioteca, Mecânica, Eletroeletrônica, Construção Civil e 16 salas de aula. • Capacidade de oferecer 12 mil matrículas por ano, especialmente nas áreas de Mecânica, Eletrotécnica e Construção Civil. • Laboratórios de Mecânica, Solda, Eletrônica, Informática e Construção Civil, entre outras atividades. • Acessibilidade em espaços internos e externos: banheiros, acessos, salas de aula e estacionamentos. • Sustentabilidade e ecoeficiência: iluminação com lâmpadas de led, uso de telhas termoacústicas, sistema de reaproveitamento de água e tratamento de esgoto.

Apenas uma delas é de porte médio e outras duas são de grande porte. Segundo o MTE, naquele ano essas indústrias empregaram um total de 10.444 pessoas. Em relação ao número de postos de trabalho e de empresas, o segmento que mais se destaca nesses municípios é a indústria da construção. O ramo contava, em 2013, com 306 empresas que, juntas, geravam 4.534 vagas. Desse total, 187 empreendimentos pertencem ao segmento da construção de edifícios, 91 aos serviços especializados para construção e 28 às obras de infraestrutura. Guarapari é o município com maior número de empresas industriais, 210 no total, e 1.864 empregos gerados, seguido de Anchieta, com 44 indústrias, mas que apresenta mais postos de trabalho nesse ramo: 2.299 trabalhadores. Outro destaque da região é a indústria extrativa, que conta com apenas 22 empresas na Regional, mas que oferecerem juntas 1.386 empregos. O principal município desse segmento é Anchieta, que conta com 1.296 trabalhadores em somente duas empresas que atuam com a extração de minerais metálicos. Os outros municípios, com exceção de Piúma, extraem minerais não metálicos, o que não se verifica em Anchieta. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Inovação Aracruz e Região

Senai de Aracruz: investimentos em esportes e capacitação

Grandes empreendimentos demandam qualificação

Municípios abrangidos: João Neiva

D

e olho na chegada de grandes empreendimentos para Aracruz e municípios vizinhos, os esforços para qualificar a mão de obra local já são realizados pelo Sistema Findes, e a intenção é ampliar as oportunidades na educação profissional. A expectativa é para a vinda de empresas de exploração de petróleo e gás natural e a instalação de um terminal portuário. Além disso, a região já conta com grandes empreendimentos recém-implantados, que também demandam investimentos em capacitação. Levar qualificação profissional aos municípios do interior do Estado, incluindo os que compõem a Diretoria Regional da Findes em Aracruz – que abrange também Fundão, Ibiraçu e João Neiva – e contribuir para um desenvolvimento empresarial e industrial igualitário são pilares da administração do Sistema Findes. E essa meta tem sido atingida com louvor. Prova disso é que, desde 2013, cerca de 4 mil pessoas foram capacitadas em Aracruz e região, por meio de parcerias com diversas entidades, como Sesi, Senai, IEL e prefeituras. E, para que possa atender à demanda por capacitação com qualidade e competência, a Diretoria Regional tem investido cada vez mais na modernização dos laboratórios do Senai. Em 2013, o foco do investimento foi para atender às áreas de capacitação que recebem maior procura: Metalmecânica, Solda e Construção Civil, com destaque crescente para as áreas Automotiva e de Construção Naval. A Regional também foi contemplada com a instalação

Aracruz

Ibiraçu

Fundão

Vice-presidente institucional: João Baptista Depizzol Neto Diretor adjunto: Luis Soares Cordeiro

de uma Agência de Treinamento Municipal (ATM), localizada em Ibiraçu. A ATM tem como objetivo qualificar mão de obra em diversas áreas de interesse da indústria e melhorar a competitividade das empresas do interior capixaba, ampliando para os munícipes as oportunidades de inserção no mercado de trabalho.“Dentro do Plano de Investimento da Findes, vamos instalar uma outra ATM na Regional, desta vez em Praia Grande. A Diretoria está trabalhando junto à Prefeitura de Fundão para encontrar um local adequado para a localização da agência”, explicou João Baptista Depizzol Neto, vice-presidente institucional da Findes em Aracruz e região. O incentivo à prática de esportes também é realidade na Regional em Aracruz. Uma das demandas está se concretizando: a construção de uma quadra poliesportiva coberta no Centro Integrado Sesi/Senai/IEL do município.

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A quadra poliesportiva do Centro Integrado está prevista para ser entregue em 2015 e será equipada com vestiários, sala para professores e depósitos

Essa ação integra o Plano de Investimentos do Sistema Findes elaborado na gestão 2014/2017. A previsão é de que seja concluída em maio de 2015. A quadra poliesportiva será equipada com vestiários, sala para professores e depósitos, entre outras instalações. Será um espaço destinado à prática de atividades físicas e segue as normas de acessibilidade.

Mais investimentos Dos investimentos industriais previstos para o Espírito Santo nos próximos anos nos municípios que integram a Diretoria Regional em Aracruz, Fundão e Aracruz vão receber recursos da Petrobras e de outras empresas para a exploração de petróleo e gás natural. A região passa por um momento de franco desenvolvimento, recebendo projetos avaliados em mais de R$ 1 bilhão como, por exemplo, aI metame Logística, que vai implantar um terminal portuário no distrito da Barra do Riacho. A estimativa é de que as obras do empreendimento comecem no final deste ano. Esse terminal terá investimento da ordem de R$ 300 milhões e a expectativa é de que gere cerca de 900 empregos durante a construção e 160 na operação. Já estão implantados no município o Portocel e o Estaleiro Jurong, que entra em operação no final deste ano.

Regional em tópicos • Criação de Agência de Treinamento Municipal (ATM) em Ibiraçu • Construção de uma quadra poliesportiva coberta no Centro Integrado Sesi/Senai/IEL do município • Capacitação de 4 mil profissionais desde 2013 • Modernização dos laboratórios do Senai

Parcerias A Regional também investe em parcerias para aumentar a oferta de benefícios. Para cursos de aprendizagem, por exemplo, é parceira de entidades como Jurong, Imetame, Imetame Granitos, Fibria, Andritz, Estel, Tecvix, Metso, Dalla, CR Almeida, Teclit, CBC, PJ, Contrex. Outra importante aliança foi realizada com a Prefeitura Municipal de Ibiraçu para a instalação da Agência de Treinamento Municipal. A meta é intensificar esforços para implementar efetivamente cursos também em João Neiva e Fundão. “Temos parceria também com o Sesi Saúde, oferecendo serviços de odontologia para a Fibria e a Imetame e ginástica laboral para as empresas Saint Gobain, Tecvix e Canexus”, enumera Depizzol. Perfil industrial Aracruz e os municípios vizinhos exploram e produzem eucalipto para abastecimento da maior companhia produtora mundial de celulose de fibra curta, a Fibria, localizada em Aracruz, que sozinha emprega 608 pessoas. Numa visão geral da indústria nessa Diretoria Regional, foram registrados, em 2013, 10.499 empregados em 665 empresas. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), somente a indústria de transformação era constituída por 279 empresas, tendo gerado 6.208 empregos. O principal destaque foi Aracruz, com 172 indústrias e 4.563 empregos gerados. Já a indústria da construção contemplou 171 empresas, empregando 2.938 trabalhadores nos municípios pertencentes à Diretoria Regional de Aracruz. Nesse segmento, Aracruz também é o município com maior número de empresas industriais (104) e 2.202 empregos gerados, seguido de Fundão com 38 empresas e 433 trabalhadores. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Barra de São Francisco e Região Inovação

Barra de São Francisco é sede da nova base da Findes no noroeste

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extração e a produção de rochas ornamentais são o carro-chefe da economia industrial de Barra de São Francisco, município-sede da nova Diretoria Regional do Sistema Findes. Desde dezembro, a nova Diretoria responde por outras cinco cidades, que antes faziam parte das regionais em Nova Venécia e Colatina. A importância econômica do noroeste capixaba motivou a Federação das Indústrias a intensificar sua presença e atuação nessa área geográfica. Barra de São Francisco já desponta como polo regional, ao lado de Nova Venécia, mas em alguns números o primeiro município supera o segundo. A cadeia produtiva de extração e fabricação de produtos de minerais não metálicos é mais representativa em Barra de São Francisco, que conta, por exemplo, com 56 indústrias extrativas, empregando 884 trabalhadores, enquanto Nova Venécia registra 23 empresas, com 338 postos de trabalho. “A indústria de rochas, com extração de mármore e granito, é a que mais se destaca nessa parte do Espírito Santo, mas também há outros tipos de empreendimentos. A visão da Findes é de que todos os municípios podem contribuir para o desenvolvimento industrial e econômico do Estado e, para isso, realizamos um importante trabalho de interiorização das ações do Sistema Indústria, estimulando a qualificação profissional e a inovação”, esclarece o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra. Além de Barra de São Francisco, a nova Diretoria Regional é composta pelos municípios de Águia Branca, Água Doce do Norte, Alto Rio Novo, Ecoporanga e Mantenópolis. “Criamos uma Diretoria Regional em Barra de São Francisco para podermos acompanhar de forma mais precisa as demandas dos industriais desse município e dos que fazem parte dessa nova Diretoria”, complementa o presidente.

Perfil industrial Nos seis municípios da Regional, foi registrada em 2013 a presença de 418 empresas de segmentos representados pela Findes. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego e apontam a existência de 4.660 postos de trabalho nesse

Indústria de rochas é destaque na região

Municípios abrangidos:

Ecoporanga

Água Doce do Norte Barra de São Francisco Mantenópolis Alto Rio Novo

Águia Branca

conjunto de indústrias. A extração e produção de rochas ornamentais é a principal atividade de destaque, e além dos blocos de granito, há também empreendimentos que fabricam produtos com maior valor agregado, como as chapas. A indústria de transformação é o segmento mais representativo da Regional de Barra de São Francisco, registrando 181 empresas nos sete municípios, o que significa a geração de 1.973 oportunidades de trabalho. Nesse contexto, Barra de São Francisco é o que mais se destaca, principalmente na fabricação de produtos de minerais não metálicos. As 51 empresas que atuam nesse ramo no local geram 1.214 vagas. Já a indústria extrativa se destaca na economia regional com a presença de 104 empresas, empregando 1.530 trabalhadores nos municípios pertencentes a essa Diretoria Regional. Nesse segmento, Barra de São Francisco e Ecoporanga são os com maior número de empresas industriais (56 e 26, respectivamente), que geram, respectivamente, 884 e 417 postos de trabalho. Alto Rio Novo e Mantenópolis ainda não registravam a presença desse tipo de empreendimento. Apesar de ter um número menor de representantes, a indústria da construção emprega 641 pessoas na região, com 65 empreendimentos nesses municípios em 2013. Barra de São Francisco e Ecoporanga reúnem a maior parte dessas indústrias, sendo que o primeiro conta com 28 empresas, que respondem por 445 vagas de trabalho, e o segundo apresenta 19 empreendimentos que, juntos, empregam 167 trabalhadores.

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Cariacica e Viana

Incentivar a juventude ao trabalho é a meta para Cariacica e Viana

A

nova divisão das Diretorias Regionais da Findes criou uma unidade para atender os municípios de Cariacica e Viana. Até dezembro do ano passado, as cidades eram abrangidas pela sede, em Vitória. A intenção da nova base da Federação das Indústrias é incentivar os jovens a se qualificarem para conquistar uma vaga no mercado de trabalho. O panorama da indústria em Cariacica e Viana é formado por 1.610 empresas, que oferecem 17.055 postos de trabalho, destacando-se a indústria moveleira, a de gêneros alimentícios e a da construção civil. “Cariacica e Viana caracterizam-se por um polo industrial diversificado, que engloba indústrias de vários segmentos, como móveis, recauchutagem de pneus, gráfico, químico, construção civil e pesada, rochas e pedreiras, confecção, metalmecânica, plástico, calçados, reparação automotiva, alimentos e bebidas; formado por empresas de pequenos e médios portes”, informou o vice-presidente institucional da Findes em Cariacica e Viana, Rogério Pereira dos Santos. As parcerias que a Regional pretende firmar não são apenas aquelas com a participação de indústrias ou de entidades ligadas ao setor. Para Santos, é necessário fazer contato com variados tipos de organizações e até mesmo com igrejas e outros espaços onde há a presença forte da juventude. “O Sistema Findes realiza um bom trabalho na região da Grande Vitória, que poderá ser potencializado com a nova Diretoria Regional em Cariacica e Viana e a participação do empresariado industrial local. Esperamos ampliar os serviços oferecidos pelo Sistema Indústria a partir de parcerias, especialmente com o setor público e outras lideranças, inclusive religiosas, esportivas, culturais e empresariais, para que, juntos, possamos mobilizar e sensibilizar os jovens para a importância dos estudos, da qualificação e do amor ao trabalho”, disse Santos.

Municípios abrangidos: Cariacica

Viana

Vice-presidente institucional: Rogério Pereira dos Santos Diretor adjunto: Álvaro José Bastos Miranda

Oportunidades para a indústria Está prevista para o município de Cariacica a chegada de diversos investimentos do setor privado, além do anúncio da construção da 4ª Ponte, que vai trazer um novo acesso à capital. Entre os investimentos, estão a instalação, na Rodovia do Contorno, de uma empresa especializada em engenharia submarina para atuar na área de petróleo e gás offshore.O município pode receber também uma montadora de veículos e uma fábrica de tecidos. Perfil industrial Em 2013, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quanto aos segmentos industriais, a região contabilizava no ramo da indústria de transformação a existência de 580 empresas, tendo gerado 8.630 empregos. Os principais destaques são para a fabricação de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos), a produção de móveis, a confecção de artigos do vestuário e acessórios, além da indústria de alimentos. A indústria da construção também é muito forte, principalmente em Cariacica. Naquele ano, havia 424 empresas, a maioria delas de construção de edifícios e de serviços especializados para a construção. O setor era responsável por manter 4.006 postos de trabalho. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Cachoeiro Inovação de Itapemirim e Região Com as capacitações, a Regional visa tornar os trabalhadores locais aptos a ocupar as vagas de emprego que estão surgindo juntamente com novos empreendimentos

Novo Centro Integrado amplia o acesso a cursos profissionalizantes Municípios abrangidos:

A

Diretoria da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região comemora a construção de um novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL no município. O novo espaço deve ser entregue no 1º semestre de 2016 e possibilitará um aumento na oferta de capacitação de mão de obra para os moradores locais. Além disso, a Regional também será contemplada com a modernização de laboratórios e salas de aula. Capacitar profissionais para a indústria, aliás, é a grande meta da diretoria. O objetivo é tornar trabalhadores aptos a ocuparem as vagas de emprego que estão surgindo juntamente com novos empreendimentos. Os cursos técnicos mais demandados pela população são os de Eletrotécnica e Mecânica, e entre os de qualificação, os de Soldador e Torneiro. “Sedimentamos, de 2013 para 2014, nossa atuação a todos os municípios que compõem nossa Regional e crescemos a oferta de cursos técnicos. Nossa unidade do Senai em Cachoeiro tornou-se pequena para atender à demanda da região e, por isso, também é importante a construção do novo Centro Integrado”, informou o vice-presidente institucional da Findes em Cachoeiro de Itapemirim e região, Áureo Vianna Mameri. A Regional implantou em Guaçuí, município pertencente a essa Diretoria até 2014, uma Agência de Treinamento Municipal (ATM) que registrou nos primeiros seis meses de funcionamento o total de 419 matrículas em diversos cursos técnicos. A ATM tem como objetivo qualificar

Castelo

Jerônimo Monteiro

Vargem Alta

Cachoeiro de Itapemirim Rio Novo

Muqui Mimoso do Sul

do Sul

Atílio Vivacqua Itapemirim Marataízes Presidente Kennedy

Vice-presidente institucional: Áureo Vianna Mameri Diretor adjunto: Ubirajara Tavares Dias

mão de obra em diversas áreas de interesse da indústria e melhorar a competitividade das empresas do interior capixaba, ampliando as oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Projetos realizados com parceiros, como sindicatos patronais (a exemplo do Sindirochas, Sindifer, Sindicalçados e Sindirepa) e as prefeituras dos 11 municípios abrangidos pela Diretoria Regional em Cachoeiro, têm sido essenciais para ampliar o acesso da população aos cursos profissionalizantes. Uma das ações de sucesso é realizada junto à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), e tem levado cursos para diversas comunidades e até para presídios.

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A Regional abrange os municípios de Atílio Vivacqua, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Itapemirim, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muqui, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul e Vargem Alta. Com previsão de inauguração no primeiro semestre de 2016, o novo espaço conta com salas de aula, laboratórios e oficinas

Desenvolvimento Com seus 11 municípios e grandes investimentos anunciados para todo o seu território, a Diretoria Regional em Cachoeiro de Itapemirim representa uma das áreas geográficas economicamente mais importantes do Espírito Santo, com forte demanda por mão de obra de qualidade, especialmente para a indústria. Por isso mesmo, de 2013 para 2014, a oferta de educação profissional por meio do Sistema Findes cresceu de dois para seis cursos técnicos.

Novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL Bloco 1 - B iblioteca e depósito central; Laboratório de Calçados Bloco 2 - Administrativo - Central de atendimento Bloco 3 - Laboratório de Automobilística Bloco 4 - Laboratório Eletroeletrônico Bloco 5 - Laboratório de Rochas Ornamentais Bloco 6 - Laboratório de Mecânica Bloco 7 - Laboratório de Construção civil • 2º pavimento: 16 salas de aula/estacionamento • Área do terreno: 34.888 m²

Perfil industrial O arranjo produtivo de rochas ornamentais do Polo de Cachoeiro é o principal destaque econômico da região, onde se encontra o maior beneficiamento de mármore e granito do Estado. As atividades voltadas para o setor de exploração e produção de petróleo e gás já se constituem em uma das âncoras para o desenvolvimento da Diretoria Regional, particularmente em Presidente Kennedy. Nos 11 municípios, existiam em 2013, 29.627 empregados em 2.686 empresas industriais localizadas na Regional. Dentre os segmentos presentes na economia local, a indústria de transformação é a que mais tem peso em número de empreendimentos (1.399) e de empregos gerados (20.978). Segundo os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2013, os principais destaques foram os municípios de Cachoeiro de Itapemirim, com 933 indústrias e 13.912 empregos gerados, e Castelo com 122 indústrias e 1.757 empregados. Já a indústria extrativa é mais representada no município-sede da Regional, além de Castelo e Vargem Alta. No total da Diretoria, essa indústria aparece com 154 empreendimentos, proporcionando 1.863 empregos. Cachoeiro se destaca com 1.263 pessoas empregadas em 68 empresas. Vargem Alta conta com 29 indústrias desse tipo, e Castelo, 27. A maior parte desse total de indústrias extrativas é representada pelas firmas que realizam a extração de minerais não metálicos, com 148 indústrias. Quando analisamos o perfil da indústria de transformação, sobressa em a fabricação de produtos de minerais não metálicos, fabricação de produtos alimentícios, confecções de artigos do vestuário e acessórios e fabricação de produtos de metal. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Colatina Inovaçãoe Região Moderno centro de inovação, design e formação profissional, o Senai Centromoda Colatina veio para suprir a carência de trabalhadores qualificados para atuarem na indústria têxtil e do vestuário

Municípios abrangidos: São Gabriel da Palha

Vila Valério

São Domingos do Norte Pancas Governador Lindenberg

De olho no desenvolvimento

Marilândia

Colatina

A

expectativa da chegada de novos empreendimentos industriais à região de Colatina fez a Diretoria Regional da Findes no município dar ainda mais atenção aos esforços de qualificação de mão de obra – somente nos últimos dois anos, mais de 7.000 profissionais foram qualificados –, além dos investimentos que estão sendo feitos nas obras de reforma e ampliação do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL Colatina. O Grupo Tecnovidro vai instalar uma unidade em Colatina, que deve gerar 150 empregos diretos e 500 indiretos. A empresa Solar-Par Participações também vai aportar no município, gerando 250 vagas diretas na fase de implantação e 440 na de operação. A meta é fazer com que as chances de emprego sejam ocupadas por moradores locais e, para isso, a Diretoria Regional está firmando parcerias e investindo pesado na capacitação. A qualificação profissional aconteceu nos últimos anos, principalmente nas áreas de metalmecânica, eletricidade e mecânica de automóveis, além de vestuário, marcenaria e construção civil. Ganharam novos equipamentos os laboratórios do Senai nas áreas de Automobilística, Elétrica, Ensaios Destrutivos, Pneumática, Informática, Marcenaria, Mecânica, Metrologia, Solda e Vestuário. E, para obter plena capacidade e estrutura de atendimento, foi assinada a ordem de serviço para o início das obras de reforma e ampliação do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL Colatina. Serão feitas obras de construção de um almoxarifado com 250 m²; ampliação da iluminação externa; reforma dos muros e instalação de uma nova central de atendimento ao cliente; adequação da portaria; melhoria da acessibilidade geral da unidade; e construção de oito novas salas, com capacidade de atender mais 320 alunos. Os investimentos incluem ainda a modernização, com instalação de novos equipamentos, dos laboratórios de Automobilística, Elétrica,

Baixo Guandu

São Roque do Canaã

Vice-presidente institucional: Manoel Antonio Giacomin Diretor adjunto: Valkinéria Cristina Meirelles Bussular

Ensaios Destrutivos, Hidráulica, Marcenaria, Mecânica, Metalografia, Metrologia, Solda, Pintura e Vestuário, que já atendem quase mil alunos dos cursos técnicos. O Sesi Colatina também está contemplado com investimentos em obras de ampliação do estacionamento, adequação da sala de jogos e do parquinho; reforma da cantina e pátio; e adequação dos banheiros. A previsão é de que tudo esteja pronto em julho de 2015. A saúde do trabalhador é outro campo que está merecendo investimento robusto na Regional em Colatina. “Estamos tirando toda a área de saúde de dentro da sede do Sesi no município e levando para o bairro São Silvano, em um local já definido, mais centralizado e de melhor acesso e visibilidade para atender as empresas e os trabalhadores. Esse projeto foi aprovado pelo Sistema Findes, com determinação de urgência do presidente para sua execução”, diz o vice-presidente institucional da Findes em Colatina e região, Manoel Antonio Giacomin.

Parcerias Como se vê, a unidade está em pleno desenvolvimento. E para conseguir resultados cada vez mais satisfatórios, vem unindo forças com diversas entidades. Entre esses parceiros estão o Sindicato das Indústrias de Cerâmicas do Espírito Santo (Sindicer), o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)

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Sesi Colatina: espaço terá iluminação externa e acessibilidade melhoradas, ampliação do estacionamento, adequação dos banheiros, entre outros benefícios

e o Senai. Juntos, vão atuar na criação de um laboratório para estudo de argilas – mistura, queima e até aproveitamento de resíduos de outras indústrias, como mármore e granito, dando-lhes uma destinação final adequada e assim contribuindo com a preservação do meio ambiente. De acordo com os termos da parceria, o Senai fornecerá os equipamentos, o Ifes, os professores e técnicos, e o Sindicer vai construir o prédio dentro do campus do Ifes. “Esse laboratório vai alavancar a inovação e o desenvolvimento de novos produtos, para oferecê-los com maior qualidade e em condições de competir com empresas de outros estados na disponibilidade de produtos especiais, que chegam em abundância, principalmente na construção civil”, declara Manoel Giacomin. Por iniciativa da Regional em Colatina, foi solicitada ao presidente da Findes, Marcos Guerra, a compra de uma moderna unidade de marcenaria móvel que os capixabas conheceram na Olimpíada do Conhecimento, em Belo Horizonte. “A compra dessa unidade foi autorizada. Ela virá para Colatina para atender os municípios de Marilândia, São Roque do Canaã, São Gabriel da Palha, Baixo Guandu e outros que já têm vocação para o arranjo produtivo de mobiliário”, garante o vice-presidente. A Regional também trabalha, em parceria com prefeitura e sindicatos patronais, para ampliação do polo industrial local, por meio da aquisição de novas áreas junto ao Governo Estadual para realocação de empresas que estão situadas em áreas impróprias do município, instalação de outras empresas que têm novas plantas, e ainda, de empreendimentos de fora que pretendem implantar-se em Colatina e região. Além de Colatina, a Regional abrange também os municípios de Baixo Guandu, Governador Lindenberg, Marilândia, Pancas, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã e Vila Valério.

Perfil industrial Em 2013, os municípios que fazem parte da Diretoria Regional em Colatina contavam com 1.761 empresas vinculadas ao Sistema Findes, que se destacam pelos arranjos

A Regional em tópicos • Investimentos já realizados: Senai Centromoda e Escola Móvel em Baixo Guandu. • Investimentos que receberam ordem de serviço: reforma, modernização e ampliação do Centro Integrado Sesi/Senai/IEL, modernização dos laboratórios do Senai. • Sesi – Ampliação do estacionamento, adequação de sala de jogos e parquinho, reforma da cantina e pátio e adequação dos banheiros. • Senai – Construção do almoxarifado e ampliação da iluminação externa, reforma de muros e nova central de atendimento, adequação da portaria, novo layout da unidade, construção de oito salas e acessibilidade geral da unidade.

produtivos de confecções, extração e beneficiamento de rochas ornamentais e granito, entre outras atividades. Os empreendimentos, somados, representam 20.828 postos de trabalho. Segundos informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quanto aos segmentos industriais na Regional em Colatina, o segmento mais representativo é o da indústria de transformação, constituído por 857 empresas, responsáveis por gerarem 14.768 empregos. As atividades mais presentes na região são a fabricação de vestuários e acessórios, a produção a partir de minerais não metálicos e as indústrias de produtos alimentícios e de madeira. Colatina conta com 482 indústrias de transformação 8.674 empregos gerados, e São Gabriel da Palha, com 180 indústrias e 3.325 empregados. No total de indústrias, os municípios de Colatina e São Gabriel da Palha são os que mais se destacam em número de empresas e empregos. O primeiro com 936 microempresas e 4.087 empregados, 126 pequenas empresas com 4.904 empregos, e 13 empresas de médio porte com 2.500 empregados. O segundo com 216 microempresas e 1.045 empregados, 58 pequenas empresas com 2.324 empregados e três empresas de médio porte com 578 trabalhadores. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Guaçuí e Região Inovação

Nova Diretoria Regional já atua no Sul Caparaó Sucesso: com apenas seis meses de implantação, a Agência de Treinamento Municipal de Guaçuí recebeu mais de 400 matrículas

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os 18 municípios que compunham a Diretoria Regional em Cachoeiro de Itapemirim, sete foram desmembrados para integrar, desde dezembro de 2014, a Diretoria Regional em Guaçuí e região, que abrange uma parte do Caparaó capixaba e da porção sul do Estado. Apesar de tímida, a presença da indústria no conjunto de municípios é de 423 empresas, que geram um total de 2.401 postos de trabalho. O desafio agora é identificar o perfil dos empreendimentos industriais e montar um grupo para diagnosticar as necessidades e as oportunidades, planejando ações que estimulem o desenvolvimento local. Segundo o vice-presidente institucional da Findes em Guaçuí e região, Bruno Moreira Balarini, a Diretoria está agora em um período de identificar e convidar representantes das indústrias para montar o grupo e começar a discutir a situação do setor nos municípios. “O desafio inicial é se aproximar desses representantes para incentivá-los a participar dos sindicatos que compõem o Sistema Findes. Assim, começaremos a discutir necessidades e qualidades da região para identificar as soluções e as potencialidades. Precisamos formar um grupo unido e forte para realizarmos esse trabalho”, explicou.

Perfil industrial A economia dos municípios da Diretoria Regional em Guaçuí gira basicamente em torno das cadeias produtivas do agronegócio, e há empreendimentos industriais de micro e pequeno portes em toda a região. Não há registros de empresas de grande porte atuando na área, e apenas os municípios de Alegre e Bom Jesus do Norte contam com uma indústria de média estrutura cada um. Em 2013, segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), das 423 empresas industriais, o segmento mais representativo foi o da indústria de transformação, constituída por 105 empresas, tendo gerado 1.070 empregos. Desse total, Guaçuí abriga 42 empresas, que geram 343 postos de trabalho, e Alegre conta com 22 indústrias, que empregam 261 pessoas. A maior parte trabalha com a fabricação de produtos alimentícios. Quanto aos setores industriais, o que apresenta maior número de empresas é o da construção de edifícios, que somente em

Municípios abrangidos:

Ibitirama

Dores do Rio Preto

Divino de São Lourenço Alegre Guaçuí

São José do Calçado Apiacá Bom Jesus do Norte Vice-presidente institucional: Bruno Moreira Balarini Diretor adjunto: Elias Carvalho Soares

Guaçuí conta com 81 representantes. Alegre também se destaca, com 33 empreendimentos. Esse segmento está dentro da indústria da construção, e ao todo é composto por 167 organizações, responsáveis por 767 vagas de emprego, e dele fazem parte, além das construtoras de edifícios, as empresas de obras de infraestrutura e de serviços especializados para construção.

Qualificação da mão de obra Bruno Balarini considera que a participação dos representantes das indústrias em debates e discussões é fundamental para que se conheçam os gargalos e o tipo de mão de obra qualificada de que a região necessita. “Para ter algo significativo, precisamos conscientizar as empresas a participarem e darem opinião, até mesmo para saber quais cursos devemos oferecer e para não ofertarmos capacitações que formam profissionais que o mercado não tem condições de absorver”, explicou. A intenção da nova Diretoria é trazer o desenvolvimento para essa região, investindo na qualificação profissional. Um braço de trabalho importante em Guaçuí foi a implantação da Agência de Treinamento Municipal (ATM), em julho do ano passado. Para se ter uma ideia do sucesso da iniciativa, até o final do ano já haviam sido realizadas 419 matrículas. Os cursos ofertados foram os de Padeiro, Costureiro Industrial Do Vestuário, Mecânico de Automóveis Leves, Operador de Retroescavadeira, Operador de Computador e Auxiliar Administrativo.

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Linhares Inovação e Região

Qualificação profissional: solução para fortalecimento e desenvolvimento econômico Serão feitos investimentos na modernização dos oito laboratórios existentes: Automobilística, Ensaios Destrutivos, Mecânica, Meio Ambiente, Metalografia, Metrologia, Solda e Vestuário

A

té dezembro de 2015, Linhares contará com o Centro Integrado Sesi/Senai/IEL do município reformado e ampliado para atender, entre outras, às áreas de educação básica e qualificação profissional. Entre as obras, estão a criação de três laboratórios e 16 novas salas de aulas, inclusão de banheiros, e duas salas de aulas da educação infantil. A expectativa é de que, com as melhorias no complexo, sejam atendidos 960 alunos da educação regular e 400 da educação profissional, que utilizam os ambientes à noite. Entre os cursos mais procurados pelos moradores da região estão os das áreas de Reparação Automotiva, Setores Moveleiro e Metalmecânico, Construção Civil e Eletroeletrônica. No Sesi, serão construídos uma nova Central de Atendimento ao Cliente e um novo auditório, e feita a reforma da piscina. A unidade também ganhará nova quadra poliesportiva, vestiário e copa para funcionários, instalações de ar-condicionado e reforma geral do bloco principal e da cantina, além da instalação de um novo castelo d’água. No Senai, em atenção a uma demanda do setor moveleiro, a Oficina de Marcenaria receberá um sistema de filtragem e exaustão de poeira, melhorando as condições de ensino e aprendizagem para os 440 alunos atendidos. Além disso, também serão feitos investimentos na modernização dos oito laboratórios existentes: Automobilística, Ensaios Destrutivos, Mecânica, Meio Ambiente, Metalografia, Metrologia, Solda e Vestuário. O Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que oferece aos gestores das indústrias cursos e treinamentos como desenvolvimento

Municípios abrangidos: Sooretama

Rio Bananal Linhares

Vice-presidente institucional: Paulo Joaquim do Nascimento Diretor adjunto: Wilmar Barros Barbosa

gerencial, programa de capacitação de líderes e estratégias de negociações, entre outros, terá um espaço mais amplo para atender aos empresários. “Linhares tem recebido muitos investimentos privados, ganhando ainda mais relevância no Estado. Com os investimentos em qualificação profissional e saúde do trabalhador que realizamos, estamos preparando a cidade para continuar crescendo. A Federação está à disposição dos industriais para ouvir suas demandas e construir novos projetos para o desenvolvimento da região e a melhoria da qualidade de vida”, declara o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra. Integração A Regional em Linhares aposta na qualificação profissional para o fortalecimento e desenvolvimento econômico. E acredita também que, para ter sucesso nas ações realizadas, é fundamental a integração com os

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O Centro Integrado Sesi/ Senai/IEL de Linhares vai passar por obras de reforma e ampliação. Entre as melhorias está a criação de três laboratórios e 16 novas salas de aulas

empresários locais no debate das demandas e necessidades das indústrias da região. “Nosso desafio é agregar mais empresários e mostrar a importância da união e do coletivo para o desenvolvimento de todos”, declara o vice-presidente institucional da Findes em Linhares e região, Paulo Joaquim do Nascimento. Exemplos do bom trabalho que vem executando são as parcerias de sucesso que a Regional já firmou com empresas como a Manabi (convênio assinado para realização de serviços com as entidades Sesi/Senai/IEL, a serem definidos de acordo com as necessidades), Weg (convênio para realização de cursos na modalidade de aprendizagem industrial) e Leão Alimentos e Bebidas (parceria para capacitação de mão de obra e em negociação para instalação de equipamentos específicos na unidade, para cursos no setor), além de entidades como o Sindimol (parceria para capacitação de mão de obra para o setor moveleiro) e a Prefeitura Municipal de Linhares (cessão de espaço físicos para realização de cursos). Linhares, Sooretama e Rio Bananal, municípios que integram essa Diretoria Regional da Findes, configuram uma região importante para a indústria capixaba e vêm recebendo grandes investimentos em plantas

Regional em tópicos • Sesi - reforma da piscina, novo auditório, nova quadra poliesportiva, vestiário e copa para funcionários, climatização ambiente, reforma geral do bloco principal, cantina e parquinho, 16 salas de aula e novo castelo d’água. • Senai - instalação do sistema de filtragem e exaustão de poeira da oficina de Marcenaria, novos laboratórios: Automobilístico, Automação Industrial, Meio Ambiente, Metrologia e Solda.

produtivas, como a CN Auto, Bramam Brasil, Weg, Puratos, Librelato e Colormaq. “Com a vinda de grandes plantas industriais e o aumento da população trabalhadora, estamos realizando esforços conjuntos com as entidades organizadas, como prefeituras e indústrias, para que a cidade possa melhor atender à população, trazendo oportunidades para os moradores e, consequentemente, maior produtividade para as empresas”, revela Paulo Joaquim do Nascimento. Perfil industrial O parque industrial da Regional em Linhares é variado e composto pelos setores de minerais não metálicos, produtos metalúrgicos, alimentos, linha branca, madeira e móveis, confecções, telhas e lajotas, polpa de fruta e sucos, destilaria e petróleo. O município de Linhares é o que concentra a maior parte das atividades industriais, ou até mesmo aquelas ligadas à indústria, como a produção de eucalipto para a fabricação de celulose. Essa Regional se destaca como grande produtora de petróleo e gás natural, e as jazidas exploradas em Linhares colocam o município em destaque no setor energético nacional. As informações do Ministério do Trabalho e Emprego para o ano de 2013 apontam a existência de 1.062 empresas dos segmentos atendidos pelo Sistema Findes, as quais empregam 18.031 pessoas. O principal destaque local são as indústrias de transformação, ramo constituído por 445 empresas, tendo gerado 13.247 empregos. A maior participação é de Linhares, com 380 indústrias e 12.215 empregos gerados. Analisados de acordo com o porte das suas indústrias, os municípios que pertencem à Diretoria Regional em Linhares abrigam, em sua maioria, micro e pequenas empresas (1.038). Apenas 19 empresas são de porte médio e cinco são de grande porte, que juntas geram 9.010 vagas de emprego. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Nova Venécia e Região Inovação A aposta é em parcerias com indústrias locais, igrejas e prefeituras municipais para executar programas de geração de renda, inclusão digital, formação para o trabalho e também educação inclusiva pelo esporte

Novo núcleo vai alavancar a qualificação profissional em Nova Venécia e região Municípios abrangidos:

A

oferta de mão de obra qualificada para a indústria em Nova Venécia e municípios vizinhos aumentará com a inauguração do novo Núcleo Regional do Sistema Findes, prevista para ocorrer ainda em 2015. Com as novas instalações e o oferecimento adicional de capacitações, nas mais diversas áreas profissionais, a expectativa é de atender mais de 1.200 alunos por ano, contribuindo para solucionar um dos maiores gargalos da região, que é a falta de mão de obra qualificada, ampliando-se também as oportunidades de trabalho e geração de renda. A meta é preparar os profissionais para que estejam aptos a ocupar os numerosos postos de trabalho que serão gerados a partir da instalação, até 2018, de empresas como a Paranapanema (metalúrgica), em São Mateus; Placas do Brasil (fábrica para produzir MDF), em Pinheiros; e o grupo Wine (fábrica de café em cápsulas), em Jaguaré. Parcerias importantes foram firmadas com indústrias, sindicatos, prefeituras e com o Governo Federal, com o apoio do qual o Núcleo de Nova Venécia já qualificou, através do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), 120 alunos em 2014. “Realizamos ainda diversas ações, como o torneio de futebol entre as empresas, promovendo a integração entre os trabalhadores. E, junto à comunidade, oferecemos diversas oficinas, como as de artesanato e culinária”,

Mucurici Montanha

Ponte Belo

Pinheiros Boa Esperança Vila Pavão Nova Venécia

Vice-presidente institucional: José Carnieli Diretor adjunto: Delson Zampirolli

enumera o vice-presidente institucional da Findes em Nova Venécia e região, José Carnieli, acrescentando que a entidade atua ainda com o PAF (Programa Atleta do Futuro, do Sesi Nacional), levando lazer a crianças de comunidades carentes..

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Inaugurado novo Núcleo de Treinamento na Regional em Nova Venécia

Obras em execução • Reforma e adequação da sede • Construção de recepção e central de atendimento • Construção de sete salas de aula multiuso - Sesi/Senai/IEL

Muitos projetos também são desenvolvidos em conjunto com indústrias da região, igrejas e prefeituras municipais, por meio das Secretarias de Assistência Social e de Educação, para a execução de programas de geração de renda, inclusão digital, formação para o trabalho e também educação inclusiva pelo esporte. Grandes empresas O Núcleo Regional em Nova Venécia abrange também os municípios de Boa Esperança, Montanha, Mucurici, Pinheiros, Ponto Belo e Vila Pavão e tem como forte vocação os segmentos de rochas ornamentais e o agroindustrial. Mas o perfil econômico da região está passando por mudança, com o anúncio da instalação de novos empreendimentos industriais, em segmentos ainda inexplorados na área, gerando mais empregos e dinamizando a economia local. José Carnieli aponta como um dos pontos fortes a parceria com duas empresas de grande porte: a Laticínios Veneza, com receita anual de R$ 108 milhões, uma das maiores produtoras de queijo do Brasil e oitava colocada no ranking setorial da indústria de alimentos do Espírito Santo, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado (Findes); e a Thor Granitos, a maior exportadora de rochas ornamentais da América Latina. Perfil industrial A extração e a produção de rochas ornamentais são atividades de destaque em municípios que compõem a

Diretoria Regional em Nova Venécia. Além dos blocos de granito, há também empreendimentos que fabricam produtos com maior valor agregado, como as chapas. Nos sete municípios abrangidos, registrava-se, em 2013, a presença de 490 empresas industriais. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego e apontam a existência de 4.185 postos de trabalho nesse conjunto de indústrias, com destaque para as de transformação – segmento mais representativo, com 181 empresas e 2.239 postos de trabalho. Nesse quesito, Nova Venécia é o município que mais se destaca, principalmente com a fabricação de produtos de minerais não metálicos. As 59 empresas que atuam nesse ramo geram no local 659 vagas. Já a indústria da construção participa da economia regional com 96 empresas, empregando 548 trabalhadores. Nesse segmento, Nova Venécia e Montanha são os municípios com maior número de empresas industriais (35 e 15, respectivamente), mas a geração de empregos é maior em Nova Venécia e Pinheiros, com 185 e 117 postos de trabalho gerados, nessa ordem. Apesar de ter um número menor de representantes, a indústria extrativa emprega 679 pessoas na região. Em 2013, o número de empreendimentos registrados nesses municípios era de 63, com destaque para Nova Venécia e Vila Pavão, sendo que o primeiro conta com 23 empresas, que respondem por 338 vagas de trabalho, e o outro apresenta 29 empreendimentos que, juntos, empregam 313 trabalhadores. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Santa Maria de Jetibá e Região Inovação

Nova Diretoria amplia atuação do Sistema Findes na região serrana

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região serrana central do Estado é conhecida por ter uma economia baseada na agricultura e seus negócios associados, principalmente a produção de café e hortifrutigranjeiros. Desde dezembro de 2014, essa área do Espírito Santo passou a contar com a presença institucional do Sistema Findes, a partir da criação da Diretoria Regional em Santa Maria de Jetibá, fundada em função da importância econômica da região e destinada a incentivar os empreendimentos industriais nos municípios que a integram. A nova Regional abrange ainda os municípios de Itaguaçu, Itarana, Laranja da Terra, Santa Leopoldina e Santa Teresa. Apesar da imagem geral de cidades essencialmente agrárias, as indústrias estão presentes em todas elas e chamam a atenção pela diversidade de sua produção. “O Sistema Findes vem realizando um trabalho de interiorização de suas ações e, com isso, decidiu criar sete novas Diretorias Regionais no Estado, entre elas a de Santa Maria de Jetibá, que engloba outros municípios daquela região serrana. As indústrias alimentícias e de ração são muito características nesses locais, mas os municípios serranos constituem também um polo importante e com diversidade industrial – tanto que lá está presente a única fábrica de rodas no Espírito Santo, por exemplo. Por essa razão, o Sistema Findes busca oferecer a atenção necessária e adequada a cada região, e com isso vem aumentando sua representatividade junto aos industriais do interior”, declarou o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra.

Perfil das indústrias A economia dos municípios que integram a Diretoria Regional em Santa Maria de Jetibá gira basicamente em torno das cadeias produtivas do agronegócio, mas há também empreendimentos industriais de micro e pequeno portes em boa parte da região. Não há registros de empresas de grande porte atuando na área e apenas Itarana registra uma indústria de médio porte. Em 2013, segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), das 498 empresas industriais, o segmento

ATM de Santa Teresa foi inaugurada em agosto de 2014

Municípios abrangidos:

Itaguaçu Laranja da Terra

Itarana

Santa Teresa

Santa Maria de Jetibá

Santa Leopoldina

mais representativo foi o da indústria de transformação, constituído por 195 empresas, que geram 1.686 empregos. Desse total, Santa Maria de Jetibá responde por 88 empreendimentos, que criaram 661 postos de trabalho, e Santa Teresa conta com 69 indústrias, que empregam 718 pessoas. A maior parte trabalha com a fabricação de produtos da madeira e alimentícios. Quanto aos setores industriais, destaca-se, em número de empresas, o campo da construção de edifícios, que somente em Itarana conta com 35 representantes. Santa Teresa vem em seguida, com 24 empreendimentos. Esse segmento está incluído na indústria da construção, que ao todo é composta por 86 organizações, responsáveis por 641 vagas de emprego, e dele fazem parte, além das construtoras de edifícios, as empresas de obras de infraestrutura e de serviços especializados para construção.

Qualificação profissional O Sistema Findes inaugurou em agosto de 2014 duas Agências de Treinamento Municipais (ATMs) na Diretoria Regional em Santa Maria de Jetibá. Uma delas está instalada em Santa Teresa, cidade que pertencia, na época, à Regional em Aracruz. Já a outra está em Itaguaçu, que então fazia parte da Diretoria em Colatina.

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São Mateus e Região

Torre para treinamentos práticos de trabalho em altura: a única do Espírito Santo e uma das cinco instaladas no país

Novidades na qualificação na Regional em São Mateus

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entro do Plano de Investimento da Findes, a Diretoria Regional em São Mateus foi contemplada com a modernização dos laboratórios de Elétrica, Hidráulica e Metrologia, além da instalação de uma torre para treinamentos práticos de trabalho em altura, equipamento integrante do Centro de Treinamento de Trabalho em Altura (CTTA). A Regional também promove parcerias com empresas para a oferta de cursos profissionalizantes, conquistando a credibilidade e o apoio da população. “A instalação dessa torre foi realizada em parceria com a Petrobras, e é a única do Espírito Santo e uma das cinco instaladas no país”, afirma o vice-presidente institucional da Findes em São Mateus e região, Nerzy Dalla Bernardina Junior. Ele explica que a estrutura atende à Norma Regulamentadora 35 de segurança do trabalho em altura e vai propiciar aos profissionais ali treinados unir à teoria a vivência prática nas atividades que desenvolverão, além do senso crítico quanto às questões de segurança para as mais variadas possibilidades de trabalho em ambiente vertical. A Regional em São Mateus também tem atuado intensamente em prol da população local, oferecendo diversas capacitações gratuitas, em várias áreas, inclusive na automotiva, que tem tido grande demanda em função da implantação da Volare Veículos no município. E a nova empresa já é parceira da Regional na qualificação profissional e no comodato de equipamentos. De 2013 para cá foram capacitadas cerca de 4 mil pessoas, e os laboratórios de Metalmecânica e Informática foram modernizados. “Um ponto forte da nossa Regional é a credibilidade junto à comunidade em relação aos cursos profissionalizantes”, declara Nerzy Dalla Bernardina Junior.

Regional em tópicos • Investimento em qualificação inédita: torre para treinamentos práticos de trabalho em altura • 4.000 profissionais qualificados entre 2013 e 2014 • Parceria com grandes empresas, como Petrobras, Fibria e Volare Veículos, além dos governos federal e estadual e sindicatos patronais

Municípios abrangidos:

Pedro Canário Conceição da Barra

São Mateus

Jaguaré

Vice-presidente institucional: Nerzy Dalla Bernadina Junior Diretor adjunto: Cássio Borges Caldeira

O sucesso é fruto de muito trabalho e de parcerias com entidades como os sindicatos industriais, governos, empresas e projetos sociais. Além de São Mateus, a Diretoria Regional engloba os municípios de Conceição da Barra, Jaguaré e Pedro Canário.

Perfil industrial Nos municípios que pertencem à Diretoria Regional em São Mateus encontram-se atividades voltadas à exploração e à produção de petróleo e gás natural. Quanto às divisões dos setores, na indústria extrativa (19 empresas) o maior peso ficou com a extração de minerais não metálicos, com 10 indústrias, em queSão Mateus se destaca com sete empresas. No geral, a indústria extrativa emprega na região mais de 600 pessoas. No cenário geral da indústria local, os dados de 2013 mostram um total de 5.416 empregados em 523 empresas localizadas nos municípios pertencentes à Regional. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesse mesmo ano a indústria de transformação respondia por 175 empresas, tendo gerado 2.134 empregos. O principal destaque foi São Mateus, com 122 indústrias e 1.099 empregos gerados. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Serra Inovação

Serra investe na saúde do trabalhador

Município abrangido:

Reforma e ampliação da unidade de saúde do trabalhador estão no Plano de Investimentos 2014-2017

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ntre os municípios da Grande Vitória, a Serra é o que conta com o maior número de trabalhadores da indústria. Ao todo 44.882 pessoas estão empregadas em 2.371 empresas, sendo a maior parte delas dos ramos de fabricação de produtos de minerais não metálicos, de metalurgia, de fabricação de produtos de metal e da indústria da construção. Tamanho peso fez o Sistema Findes criar, em dezembro de 2014, uma Diretoria Regional específica para o município, que antes era vinculado à sede, em Vitória. O objetivo da nova base é atender ainda melhor aos anseios dos industriais, aproximando ainda mais a Federação das Indústrias dos pequenos e médios empreendimentos. “A Serra é o município com o maior número de indústrias do Estado. Concentra grandes plantas industriais, especialmente do setor metalmecânico, mas também abriga pequenas empresas, de diversas áreas. Já entramos em contato com a prefeitura para pedir indicação de projetos em implantação no município, para que a Regional possa oferecer serviços e consultorias. Futuramente, vamos capacitar os profissionais de acordo com as demandas das empresas. Também vamos identificar as micro, pequenas e médias empresas. Queremos aproximá-las do Sistema Findes, mostrar-lhes todos os benefícios que oferecemos”, afirmou o vice-presidente institucional da Findes na Serra, José Carlos Zanotelli. Dentro do Plano de Investimentos 2014-2017, a Federação das Indústrias já contempla o município com uma obra importante para atender às demandas dos colaboradores da indústria. A Serra está recebendo recursos para reforma e ampliação da Unidade Saúde do Trabalhador, em Laranjeiras. Com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2015, o espaço, que vai contar com 16 salas, oferecerá consultas médicas e odontológicas e coleta de materiais para exame, entre outros serviços. Além da saúde, a qualificação profissional também tem prioridade nos investimentos do Sistema Findes. “Na Serra, o Centro Integrado Sesi/Senai/IEL está sendo ampliado, e, consequentemente, vai gerar mais vagas em capacitações

Serra

Vice-presidente institucional: José Carlos Zanotelli Diretor adjunto: Romário José Correa de Araújo

e também no ensino regular. O Sistema Findes está fazendo o seu papel e, por meio da oferta de educação regular e profissionalizante, está contribuindo para o desenvolvimento do município”, considerou Zanotelli. As obras de reforma e ampliação do Senai Civit, que conta com uma área de 2.400 m², contemplam 10 salas de aula e laboratórios de Tecnologia da Informação, Segurança do Trabalho, Medidas Elétricas, Eletroeletrônica, Eletrotécnica, Caldeiraria, Eletricidade Predial e Industrial, Movimentação de Carga, Serralheria e Soldagem. A expectativa é de concluí-las também na primeira metade do ano.

Perfil industrial Do total de 2.371 indústrias, de acordo com dados de 2013 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a indústria de transformação era constituída por 861 empresas, tendo gerado 21.657 empregos. Já a indústria extrativa na Serra aparece com 18 empresas industriais, proporcionando 349 vagas. A indústria da construção, por sua vez, contava com 787 empresas e 17.859 trabalhadores. Nesse segmento, destacam-se as indústrias que realizam obras de infraestrutura, que empregam 8.535 pessoas em 147 empresas. Mas também são bem representativos os empreendimentos voltados à construção civil, com 310 indústrias que geram 4.905 vagas de trabalho, e os serviços especializados para construção, setor que registra 4.419 colaboradores em 330 empresas.

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Venda Nova do Imigrante e Região Inovação Escola Móvel: As capacitações oferecidas qualificam a mão de obra local e aumentam sua competitividade

Atuação garante qualificação a milhares de profissionais

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stamos conseguindo alcançar nosso objetivo de trazer para o interior todos os benefícios que a Findes, o Sesi, o Senai e o IEL têm a oferecer”. A declaração é do vice-presidente institucional da Findes em Venda Nova do Imigrante e região, Sérgio Brambilla, que comemora o resultado positivo do trabalho que a Regional vem executando com o apoio do Sistema Findes. Segundo ele, a atuação mais intensa tem sido na capacitação da mão de obra local, além do atendimento a demandas específicas e ações do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e do Senai, sempre voltadas para o desenvolvimento da indústria. A qualificação dos moradores eleva o valor agregado e a competitividade da indústria local, pois aumenta a produção e reduz os custos das empresas. “Os cursos profissionalizantes mais procurados pela população são os das áreas de Construção Civil, Elétrica e Metalmecânica, além dos cursos de formação para o trabalho e geração de emprego e renda”, afirma.

Plano de desenvolvimento A Regional vai elaborar ações em parceria com os empresários que têm ligação com a entidade e os secretários de Desenvolvimento dos municípios integrantes.

Regional em tópicos: • Meta: implantação de Agências de Treinamento Municipais (ATMs) em Afonso Cláudio e Domingos Martins • Mais de 1.300 pessoas capacitadas este ano, nos diversos cursos de Educação Continuada do Sesi • Agroindústria em desenvolvimento

Municípios abrangidos:

Afonso Cláudio Brejetuba Ibatiba Irupi

Iúna

Conceição Venda do Castelo Nova do Imigrante

Domingos Martins

Muniz Freire

Marechal Floriano

Vice-presidente institucional: Sérgio Brambilla Diretor adjunto: Valter Braun Kebis

“Juntos, vamos direcionar estrategicamente todas as nossas ações, de acordo com as necessidades demandadas”, explica Sérgio Brambilla. A Diretoria Regional também vai estudar a possibilidade e a necessidade da implantação de duas Agências de Treinamento Municipais (ATMs) – uma em Afonso Cláudio e outra em Domingos Martins. É uma parceria realizada entre as prefeituras municipais e o Sistema Findes, por meio de Sesi, Senai e IEL, tendo como meta ampliar o acesso da população aos cursos profissionalizantes. A Diretoria Regional em Venda Nova do Imigrante abrange também os municípios de Afonso Cláudio, Brejetuba, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Ibatiba, Irupi, Iúna, Marechal Floriano e Muniz Freire.

Perfil da indústria Nos municípios pertencentes à Diretoria Regional em Venda Nova do Imigrante encontram-se atividades voltadas, principalmente, para o setor de alimentos e bebidas, madeira e minerais não metálicos, sendo que os destaques da região são Venda Nova do Imigrante e Domingos Martins. As indústrias presentes nessa região somavam, em 2013, 872 empreendimentos, responsáveis por empregarem 6.477 pessoas. No mesmo ano, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a indústria de transformação era constituída por 307 empresas, sendo responsável por 2.912 empregos. Os municípios com participação mais robusta nesse segmento são Venda Nova do Imigrante, com 81 indústrias e 784 trabalhadores, e Domingos Martins, com 55 empresas que empregam 615 pessoas.

78 Indústria Capixaba – Findes

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Vila Velha

Nova Regional vai focar qualificação e parceria com indústrias locais Município abrangido: Centromoda Vila Velha: expectativa é que sejam qualificadas mais de duas mil pessoas por ano

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importância econômica do município estimulou o Sistema Findes a criar uma Diretoria Regional específica para Vila Velha, no último ano – antes, a cidade era vinculada à sede da Federação, em Vitória. Já com vice-presidente institucional definido, a nova base da Federação ficará responsável por fazer, primeiramente, uma análise aprofundada para identificar mais a fundo o perfil industrial desse município. “O primeiro passo da Regional é fazer um diagnóstico das empresas localizadas em Vila Velha para identificar, de fato, quais são as atividades industriais. Vamos ouvir os sindicatos atrelados à indústria para fazermos essa avaliação, que será realizada em curto prazo, para então planejar as ações da Regional. Sabemos, por exemplo, que há empresas fortes no segmento alimentício, nos ramos de sorveteria e panificação”, explicou o vice-presidente institucional da Findes em Vila Velha, Vladimir Rossi. De acordo com ele, a Regional está montando um conselho que terá como integrantes empresários e gestores indicados pelos sindicatos para auxiliar no diagnóstico. Quando se fala de indústria em Vila Velha, logo vem à mente a imagem de confecções e fábricas de produtos alimentícios. Mas essa visão é só parte da realidade, pois a indústria canela-verde é diversificada, abrangendo também a construção civil e a atividade moveleira, entre outros segmentos importantes. Destaque no município, as indústrias ligadas ao ramo da moda empregam 3.771 trabalhadores em 303 empresas, divididas entre confecção de artigos do vestuário e acessórios e fabricação de produtos têxteis, artefatos de couro, artigos para viagem e calçados.

Centromoda em Vila Velha O Sistema Findes está implantando no município o Senai Centromoda, uma extensão do Centro Integrado Sesi/Senai/ IEL Araçás, que oferecerá qualificação profissional de acordo com as demandas das indústrias da moda levadas até a Diretoria Regional. A expectativa é que sejam qualificadas mais de duas mil pessoas por ano. O Centromoda terá salas de aula, auditório, estacionamento e local para desfiles, tudo com acessibilidade geral. A obra deve ser entregue no final deste ano.

Vila Velha

Vice-presidente institucional: Vladimir Rossi Diretor adjunto: Luis Carlos Azevedo de Almeida

O Senai Centromoda vai manter o curso de Técnico em Vestuário, já existente, e oferecer os de Confeccionador de Lingerie e de Moda Praia e Fitness, Alfaiate, Supervisor de Produção de Vestuário, Bordado Industrial, Risco e Corte de Confecção Industrial, Modelagem e Costura de Bolsas, Ajuste e regulagem de máquinas especiais, desenvolvimento de Matriz Serigráfica, Efeitos Especiais em Estamparia, Impressão Serigráfica, Planejamento e Controle de Produção e Estoque (Lean Manufacturing), Cronoanálise e Cronometragem, Moulage, Desenho de Estampas em Corel Draw, Mecânica e Manutenção de Máquinas de Costura Industrial Eletrônica. O município de Vila Velha também recebe investimento para a reforma e a ampliação do Sesi de Cobilândia. Com previsão de entrega no primeiro semestre de 2015,a unidade terá novas salas de aula e laboratórios e reformados os vestiários, a guarita e a cantina.

Perfil industrial No conjunto dos sindicatos que compõem o Sistema Findes, existia em 2013 um total de 27.259 empregados em 2.401 empresas localizadas em Vila Velha. No mesmo ano, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), industriais, a indústria de transformação era constituída por 935 empresas, sendo o maior destaque da Grande Vitória, e gerou 11.978 empregos, superado somente pela Serra. As principais atividades dessas indústrias no município são a fabricação de produtos alimentícios, têxteis, de minerais não metálicos, de metal (exceto máquinas e equipamentos), a confecção de artigos do vestuário e acessórios, e a produção de móveis. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Vitória Inovação

Investimentos para fomentar cultura, saúde e tecnologia

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té o ano passado, a Diretoria Regional em Vitória era composta por seis municípios, sendo cinco da região metropolitana e um da região serrana. Em dezembro, esse conjunto foi dividido em diversas diretorias na Grande Vitória e em Santa Leopoldina e passou a compor uma nova base da Findes em Santa Maria de Jetibá. Apesar da divisão, o Plano de Investimento 2014-2017 garante à capital obras para beneficiar o atendimento de saúde do trabalhador e para a criação de um espaço cultural na sede da Federação. Um dos objetivos do Sistema Findes é estimular o desenvolvimento econômico em todos os municípios capixabas. “A consolidação da presença da Findes no interior, com a criação de novos núcleos regionais, possibilita uma maior autonomia

Município abrangido: Vitória

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Instituto Senai de Tecnologia: mais competitividade e serviços de maior valor agregado para a indústria capixaba

às indústrias dessas regiões. Percebendo isso, a Federação atendeu aos anseios dos industriais da Grande Vitória, e desmembramos a Regional que abrangia a Região Metropolitana em quatro Diretorias, para ampliar a atenção aos demais municípios. Com a nova divisão, esse processo de regionalização do Sistema Findes começa na sede, em Vitória, e vai em direção ao interior do Estado”, explicou o presidente da entidade, Marcos Guerra. Uma das principais novidades do Plano de Investimento é o Instituto Senai de Tecnologia (IST), uma estrutura inédita no Espírito Santo. “O IST vai contribuir para a formação do perfil da nossa indústria, como foco na prestação de serviços para o setor metalmecânico. Estamos investindo em inovação, ampliando nossa participação nas cadeias globais de valor, buscando ter mais competitividade e produtos de maior valor agregado”, enfatiza Guerra. Em Vitória, uma das obras em curso vai proporcionar melhorias no Centro de Atividades Albina da Silva Neves (Sesi Centro). No local, são realizados serviços como atendimento médico e laboratório de análises clínicas. Os investimentos estão sendo direcionados a adaptação

O Espaço Cultural, que está sendo construído no topo do edifício-sede da Findes, vai contar com ambiente para exposições e eventos culturais e um restaurante giratório com capacidade para 90 pessoas

O que vem por aí • Melhorias no Centro de Atividades Albina da Silva Neves (Sesi Centro) • Espaço Cultural • Instituto Senai de Tecnologia (IST)

do imóvel, reforma dos banheiros e rampas de acesso, além da implementação do projeto ViraVida, criado em 2008 pelo Conselho Nacional do Sesi para apoiar meninos e meninas entre 16 e 21 anos que sofreram violência sexual. Ainda na capital, será entregue em 2016 o Espaço Cultural Sesi, que está sendo construído no topo do edifício-sede do Sistema Findes, na Avenida Nossa Senhora da Penha, em Santa Lúcia. Com investimento de R$ 15 milhões, o local vai contar com ambiente para exposições e eventos culturais e um restaurante panorâmico giratório com capacidade para 90 pessoas.

Perfil industrial Apesar de ter uma área de apenas 98 km², com o terceiro menor território dentre os municípios capixabas, Vitória registou em 2013 o total de 1.983 empresas industriais, ocupando a terceira posição nesse ranking. Esses empreendimentos foram responsáveis por 32.939 postos de trabalho. Dentre as grandes indústrias da capital estão as usinas de pelotização de minério de ferro da Vale e de placas e bobinas de aço da ArcelorMittal. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) relativos a 2013, a indústria da construção é a mais numerosa e a que mais emprega na capital, com 790 empresas e 12.758 trabalhadores JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Encerramento Inovação

Planejar e investir Com seu arrojado plano de investimentos, Sistema Findes busca atender às necessidades de capacitação da mão de obra do Espírito Santo, com foco em educação básica, profissional e executiva, saúde e segurança, tecnologia, inovação e gestão, e apresenta projetos que somam R$ 200 milhões

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e acordo com o levantamento “Investimentos Anunciados para o Espírito Santo”, realizado anualmente pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) desde 2000, a carteira de projetos previstos para o Estado capixaba alcançou o montante de R$ 120,2 bilhões para o período de 2013 a 2018. Desse total, 25,3% são capitais privados nacionais; enquanto 39,3% são mistos; 22% correspondem a capital estrangeiro e 13,4% se referem a capital público. Dentre os investimentos previstos, destacam-se a empresa Agrale, que assinou protocolo de intenções com o Governo do Estado e o município de São Mateus em julho do ano passado; a Volare, primeira montadora de veículos a se instalar no Estado; e o Porto Norte Capixaba - Manabi, a ser implantado em Linhares, além de obras de expansão de grandes plantas industriais já instaladas, como Vale, Samarco e ArcelorMittal. A expectativa é de que essas empresas funcionem como âncoras e sejam indutoras de investimentos complementares, ampliando e diversificando as cadeias produtivas locais. Ainda segundo o levantamento do IJSN, são 1.278 projetos previstos, sendo que todos os 78 municípios

capixabas foram contemplados com, no mínimo, dois deles. Por microrregião, a Litoral Sul receberá 44,8% dos investimentos, enquanto a Metropolitana ficará com 23,5%, e a Rio Doce, com 20,3%. Com o seu Plano de Investimentos 2014-2017, o Sistema Findes busca resolver um problema “que está a seu alcance”, como afirma o presidente da entidade, Marcos Guerra. “Estamos fazendo a nossa parte. O restante, estamos demandando e cobrando. Se os demais órgãoseentidadesdoEspíritoSantofizeremseu‘deverdecasa’,

“Ao realizar seu Plano, além de atrair novos investimentos, o Sistema Findes contribui com a retenção dos já existentes” Luis Carlos Vieira, diretor-executivo do Sistema Findes

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“As medidas que vêm sendo adotadas pelo plano de investimentos têm base nos levantamentos realizados pelo Ideies, que mostram como acontece o desenvolvimento da indústria nos municípios e quais são os investimentos previstos para as diversas regiões” Doria Porto, diretor-executivo do Ideies

Qualificação para atender às demandas da indústria

o Estado vai aproveitar a oportunidade criada nos próximos cinco anos”, avalia. Para laboratórios, oficinas, unidades móveis e equipamentos para Agências de Treinamento Municipais (ATMs) o Plano destina R$ 62 milhões. Guerra avalia que os investimentos realizados pelo Sistema Findes irão contribuir com a economia capixaba, gerando emprego e renda, além de promover a fixação das pessoas no interior. “É um movimento verdadeiro de interiorização, com valorização da indústria local e presença marcante do Sistema Findes nos 78 municípios. O Espírito Santo já é atraente para negócios. O que precisamos fazer é torná-lo mais efetivo, menos burocrático, com mão de obra disponível e de qualidade, infraestrutura adequada e administrações públicas municipais comprometidas com o desenvolvimento do Estado”, reforça. O Sistema Findes tem buscado garantir um esforço coletivo de políticas voltadas para a educação profissional em todos os seus níveis, incluindo a educação executiva oferecida pelo IEL-ES. “Existe uma demanda para formar trabalhadores para ofícios mais tradicionais, como padeiros e marceneiros, mas também para os de alta tecnologia, como realizar solda subaquática ou parar um

alto-forno, por exemplo”, comenta a superintendente do Sesi-ES e diretora regional do Senai-ES, Solange Siqueira. Para alcançar esse objetivo é que a base tecnológica das oficinas e dos laboratórios do Senai está sendo atualizada, “criando ainda um ambiente propício à inovação, estimulando a indústria criativa e modernizando o parque tecnológico a serviço do segmento industrial capixaba”, acrescenta Solange. Além disso, a Findes já lançou em 2014 uma série de cadernos que trazem um completo guia sobre o perfil econômico e as particularidades das regiões, que servem para nortear a chegada de possíveis investimentos para o Estado. Os dados foram levantados pelo Ideies (Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo), e o resultado foi a divulgação de 10 cadernos. “Eles traçam o perfil do desenvolvimento socioeconômico dos 78 municípios capixabas e servem como base de informação tanto para o Sistema Findes, como para investidores industriais que queiram investir em empreendimentos no Estado”, informou o diretor-executivo do Ideies, Antonio Fernando Doria Porto.

Um milhão de vagas Os projetos anunciados para o Estado justificam o investimento do Sistema Findes em educação básica, profissional e executiva, saúde e segurança, inovação, tecnologia e gestão, já que a oferta de vagas de emprego é fundamental para que o cidadão se interesse pelas capacitações. “Nossos projetos para qualificar a mão de obra capixaba trabalham para resolver essa carência num prazo de cinco anos. Hoje, 82% dos recursos do Plano de Investimentos do Sistema Findes são aplicados em educação. Estamos trabalhando nos 78 municípios capixabas e investindo em obras físicas para melhorias nos laboratórios, criação de ATMs e unidades móveis e aumentando o número de matrículas no Senai, no Sesi e no IEL-ES para enfrentar a escassez de trabalhadores qualificados. Somente em 2014, as três entidades ofereceram aproximadamente 220 mil matrículas e, até 2017, serão quase 1 milhão de vagas disponíveis em diversos cursos de capacitação e qualificação profissional, distribuídos por todas as regiões do Estado”, explica o presidente Marcos Guerra. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Encerramento Inovação Projetos e investimentos anunciados para o Espírito Santo, por microrregião (2013/2018) Total de projetos: 1.278 Total dos investimentos: R$ 120,247 bilhões Metropolitana

2,6% 0,3%

Sudoeste Serrana Litoral Sul Central Sul Caparaó Rio Doce Centro-Oeste Nordeste Noroeste

28,21 bilhões 33 368,7 milhões

5,7%

73

0,9%

1, 14 bilhão 98

7,7%

53,84 bilhões

44,8%

92

7,2% 1,3% 4,5% 0,3%

1,58 bilhão 58 419,7 milhões 100

7,8%

24,43 bilhões

20,3%

91

7,1% 1,5%

1,81 bilhão 108 7,44 bilhões

8,5% 6,2% 5,6% 0,8%

Investimentos (R$)

553

43,3% 23,5%

Central Serrana

Número de projetos

72 978 milhões

Fonte: Documento “Investimentos Anunciados para o Espírito Santo 2013-2018” - Coordenação de Estudos Econômicos - CEE/Instituto Jones dos Santos Neves

É uma proporção significativa para um Estado do tamanho do Espírito Santo, cuja população estimada em 2014 é de 3,9 milhões de habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outros tempos O diretor-executivo do Sistema Findes, Luis Carlos Vieira, acrescenta: “Essa história de incentivo fiscal, de oferecer terreno, está muito limitada. Dois fatores que influenciam muito a competitividade das empresas são a logística e a qualificação da mão de obra. Ao realizar seu Plano, além de atrair novos investimentos, o Sistema Findes contribui com a retenção dos já existentes”.

Unidade de Saúde Ocupacional: investimentos alcançam diversas frentes

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O superintendente do IEL-ES, Fábio Dias, reforça que a importância dessa iniciativa se dá por sua execução de forma estratégica. “O Plano de Investimentos dialoga com as melhoras práticas, começando a partir de uma demanda real ou uma leitura realizada pela área de inteligência do Sistema Findes, que mapeia os investimentos e sua evolução. Tudo isso é monitorado para que possamos saber o que empresas como Volare e Marcopolo, por exemplo, irão precisar, para podermos antecipar a oferta dessa mão de obra, sempre que possível”, explica. Esse trabalho de inteligência, essencial na elaboração do Plano, é realizado pelo Ideies para traçar o perfil industrial dos diferentes municípios e regiões capixabas. “As medidas que vêm sendo adotadas pelo Plano de Investimentos

“A empresa precisa de funcionário qualificado, mas também deve ter um ambiente saudável e seguro” Solange Siqueira, superintendente do Sesi-ES e diretora regional do Senai-ES

Cursos, palestras e acesso às novas tecnologias: capixabas mais bem preparados para o mercado de trabalho

têm base nos levantamentos realizados pelo Ideies, que mostram como acontece o desenvolvimento da indústria nos municípios e quais são os investimentos previstos para as diversas regiões. Com esses estudos estratégicos setoriais, constatamos, por exemplo, quando há a necessidade de mão de obra em um determinado local ou, ainda, quais as qualificações profissionais que esse município precisa”, explicou o diretor-executivo da entidade, Antonio Fernando Doria Porto. Segundo a superintendente do Sesi-ES e diretora regional do Senai-ES, Solange Siqueira, quem visita as instalações de ambas as instituições se surpreende com a estrutura oferecida. “Contamos com salas de aulas confortáveis, laboratórios climatizados e tecnologia avançada, como lousas digitais, tanto no Sesi quanto no Senai. JAN/FEV 2015 ▪ 316

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Encerramento Inovação Esse investimento demonstra que o Sistema Findes acompanha e quer dar o melhor para a indústria capixaba” destaca Solange. Outro campo de atuação do Sesi e do Senai é a área de saúde e segurança do trabalhador, cujas ações estão sendo ampliadas. De acordo com Solange Siqueira, serão instaladas quatro clínicas: em Laranjeiras, na Serra; Cachoeiro de Itapemirim; Colatina; e Linhares. O investimento será de R$ 23 milhões em 2015. “Prestamos serviços como saúde ocupacional, exames admissionais, demissionais e periódicos, enfim, tudo o que é determinado em normas regulamentadoras, para todas as indústrias”, diz. Solange acrescenta que a gestão em saúde integral do trabalhador é uma necessidade para as indústrias. “A empresa precisa de funcionário qualificado, mas também deve ter um ambiente saudável e seguro”, ressalta. Entre os programas oferecidos pelo Sesi na área de saúde e segurança do trabalhador, estão o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), campanhas, curso de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida (DSEV), Odontologia Clínica e Ocupacional, Programa de Conservação Auditiva (PCA), Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais (PPRA), Sesi Espaço Saudável e Sesi Mais Saúde.

“O Plano de Investimentos dialoga com as melhoras práticas, começando a partir de uma demanda real ou uma leitura realizada pela área de inteligência do Sistema Findes” Fábio Dias, superintendente do IEL-ES Para promover esse processo de transformação no quadro da qualificação profissional e da saúde e segurança do trabalhador da indústria, o Sistema Findes se fez presente no Espírito Santo inteiro, de norte a sul. “Todas as empresas, desde as micro até as grandes plantas industriais, estão recebendo o mesmo tratamento. Além disso, buscamos dar uma resposta ágil para todo o processo estratégico de concepção desses investimentos. Foi com a profissionalização desses processos que conseguimos ouvir toda a cadeia industrial e dar continuidade às obras que estão sendo executadas, com muita responsabilidade”, garante o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra.

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