Esporte Inscrições para Taça Papagaio vão até dia 31
Menos cultura Prefeitura corta verbas da Consciência Negra
Abuso Alckmin é condenado por violência da PM
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Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região
Nº 848 2ª edição de outubro de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP
CEP 18030-320 Filiado a CUT, CNM e FEM
METALÚRGICOS DA REGIÃO Foguinho
66% já tem acordo salarial
Dos 38 mil metalúrgicos de Sorocaba e região, 25.600 (66,2%) já conquistaram acordos coletivos que garantem reajustes salariais e cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Desse total, 8 mil trabalhadores foram beneficiados por acordos firmados diretamente entre o Sindicato dos
Metalúrgicos (SMetal) e as empresas. Foi esse o caso da Bosch (foto), na qual os trabalhadores aprovaram a proposta em assembleia na tarde desta quarta-feira, dia 26. Os outros 17.600 foram contemplados por acordos negociados pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM),
à qual o SMetal é filiado e participa da direção. O reajuste salarial previsto nos acordos e convenções repõe a inflação de 9,62% na remuneração dos metalúrgicos. Nas fábricas ainda sem acordo garantido, o Sindicato sugere mais mobilização aos trabalhadores. PÁG. 3
Foguinho
Inscrição para cursos no Instituto Federal vai até o dia 10 O Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus Sorocaba, oferece cursos gratuitos nas áreas de administração e eletroeletrônica PÁG. 4
O IFSP em Sorocaba funciona junto com um núcleo da UFSCar, no bairro Santa Rosália
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Folha Metalúrgica - Outubro de 2016 - Ed. 848
editorial
Não vote contra sua própria classe Domingo haverá segundo turno das eleições municipais em 55 cidades brasileiras. Uma delas é Sorocaba. Recomendamos aos metalúrgicos sorocabanos, com quem tantas vezes batalhamos juntos por melhores salários e melhores condições de trabalho e de vida, que exerçam seu direito de voto. Direito esse também conquistado com suor e sangue de milhares de brasileiros nas últimas décadas. Justamente pelo valor da democracia, recomendamos aos metalúrgicos que, além de irem às urnas, não engrossem o cordão dos omissos que votam em branco ou anulam o voto. Recomendamos ainda que o metalúrgico honre a trajetória memorável da categoria e não vote no candidato do DEM, partido que representa o golpismo, o elitismo financeiro e o desmonte da legislação social e trabalhista no Brasil. Votar no DEM é permitir que o projeto da direita, que transformou o Brasil num atoleiro de perseguições, ódio e intolerância nos últimos anos, estenda ainda mais seus tentáculos sobre a nossa cidade e a nossa região. Sorocaba demorou 20 anos para se livrar do domínio do PSDB, que durante anos apostou no pior para o Brasil só para poder tirar o PT do governo. Inconcebível que agora, menos de um mês após o primeiro turno das eleições, o eleitor
Inconcebível que, menos de um mês após o primeiro turno, o eleitor sorocabano resolva andar em círculos sorocabano resolva andar em círculos. PSDB e DEM, embora as vezes tenham rixas regionais, compartilham desde criancinhas o mesmo projeto político, social e econômico. Feitas essas considerações, resta uma indicação a fazer: se você tem orgulho de sua condição de trabalhador, vote na outra possibilidade para o segundo turno, o candidato do Psol, que representa uma mentalidade mais progressista, democrática e popular para Sorocaba. Esclarecemos que a direção do SMetal não tem atrelamento com a candidatura que recomenda, mas vê nela chance maior de diálogo entre a Prefeitura e a sociedade civil, além de mais compromisso com a manutenção de di-
reitos e serviços públicos para a população. Essa opção se torna ainda mais necessária porque a representação dos trabalhadores no poder público vem diminuindo nos últimos anos. Este ano, a categoria metalúrgica perdeu uma de suas mais importantes vozes na Câmara: Izídio de Brito não foi reeleito vereador. Ainda temos dois bons representantes dos ideais progressistas na Câmara, Francisco França, companheiro de longa data das lutas sindicais e sociais; e a combativa Iara Bernardi (ambos do PT). Mas o petista Izídio fez a diferença em dois mandatos e fará falta para tocar demandas e projetos democrático-populares no legislativo a partir de 2017, especialmente na área da saúde. Seja quem for o novo prefeito, a instituição SMetal vai manter sua posição de independência. Vamos criticar e nos opor sempre que virmos prejuízos sociais, bem como vamos sugerir e apoiar iniciativas que atendam aos interesses dos trabalhadores e seus familiares. Mas, das duas opções que se apresentam, apenas a candidatura do Psol compromete-se com a defesa da classe trabalhadora, o repúdio à mentalidade fascista, a formulação de políticas públicas igualitárias, com atendimento a um número maior de faixas de renda e segmentos sociais.
governo alckmin
Sorocaba
Justiça proíbe PM de usar balas de borracha em manifestações
Estudantes realizam ato contra o Governo Temer
A Polícia Militar de São Paulo está proibida de utilizar balas de borracha e gás lacrimogênio em manifestações. A decisão, divulgada no último dia 19, condena ainda o governo Geraldo Alckmin (PSDB) a pagar R$ 8 milhões de indenização pelos excessos cometido pela PM em 2013. A sentença determina que o governo do Estado elabore um plano de atuação policial em protestos; proíbe o uso de armas de fogo, balas de borracha e gás lacrimogênio (exceto em situações especiais em que os manifestantes usem de clara violência); impõe que os policiais sejam identificados com nome em local visível e cobra as condições que justifiquem a dispersão do ato. No despacho, o juiz Valentino
“Michel Temer, a culpa é sua, hoje a aula é na rua”. Esse foi o recado dos mais de 200 estudantes de 15 escolas que se reuniram, nesta quarta-feira, dia 26, na Praça Coronel Fernando Prestes, em Sorocaba. O ato teve apoio da União Sorocabana dos Estudantes Secundaristas (USES), do Levante Popular da Juventude e do Novo Comando Estudantil (NCE). A concentração foi na Praça Coronel Fernando Prestes e seguiu pelo centro comercial até a Praça da Bandeira, onde uma aula de conscientização sobre as mudanças do governo Temer foi realizada. O repúdio à PEC 241, aprovada nesta terça-feira, dia 25, em segundo turno pelos deputados, e à reforma do ensino médio deu o tom ao ato, que também serviu como protesto contra a homofobia, machismo, racismo e o projeto escola sem partido.
Aparecido de Andrade, da 10ª Vara da Fazenda Pública da Capital, afirma que “o elemento que causou a violência nos protestos foi o despreparo da Polícia Militar”. Elaborada pela Defensoria Pública, na ação são citadas oito manifestações realizadas em 2013. “A desproporcional violência policial também atingiu, individualmente, diversas pessoas, caso, por exemplo, dos jornalistas que foram atingidos gravemente por balas de borracha”, destaca o juiz. A sentença estabelece prazo de 30 dias para o cumprimento das medidas, com multa diária em caso de não atendimento da ordem judicial fixada em R$ 100 mil. A Procuradoria Geral do Estado afirmou que irá recorrer da decisão da Justiça.
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São Paulo: Para o juiz, o que tem causado a violência é o despreparo da PM de Alckmin
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Folha Metalúrgica - Outubro de 2016 - Ed. 848
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campanha salarial
Foguinho
Metalúrgicos de mais sete empresas conquistam acordos locais
No Grupo ZF, Metal Borracha e Bosch — localizada no mesmo complexo industrial em Sorocaba — as propostas foram aprovadas pelos trabalhadores em assembleia nesta quarta, dia 26
Mais acordos
Nas últimas semanas, o SMetal já firmou acordos salariais diretamente com aproximadamente 140 empresas, nas quais trabalham em torno de 8 mil metalúrgicos. Outros milhares de trabalhadores do setor na região garantiram os reajustes por meio de negociações lideradas pela Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT), à qual o SMetal é filiado e membro da direção. Nas empresas ainda sem acordo, o SMetal continua convocando os trabalhadores para a mobilização, a fim de forçar as fábricas a negociar. Leia nesta página notícias sobre o total de metalúrgicos com acordo garantido por fábrica e via Convenções Coletivas estaduais negociadas pela FEM/CUT.
Assinadas Convenções Coletivas com Grupo 2 e Fundições A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) assinou nesta quarta-feira, dia 6, as Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) com os Grupos 2 e das Fundições. A CCT garante reajuste salarial e cláusulas sociais e abrange as bases metalúrgicas da CUT no estado de São Paulo, como é o caso de Sorocaba. O Grupo das Estamparias também aceitou os termos do acordo, mas a assinatura deve acontecer nos próximos dias. O reajuste salarial previsto repõe os 9,62% de inflação do período (setembro de 2015 e agosto de 2016), medida pelo INPC, no rendimento dos trabalhadores. Semelhante a outros acordos já firmados, a reposição será em duas parcelas, sendo a maior parte retroativa a 1º de setembro, que é a data-base da categoria. As CCTs trazem avanços nas cláusulas sociais. Um número maior de empresas terá que conceder o auxílio-creche, o auxílio funeral foi desburocratizado, haverá mais vagas para trabalhadores com deficiência, aumentam as garantias às mulheres vítimas de violênca doméstica ou que sofrerem aborto.
Vagner Santos
pelos trabalhadores da Prysmian (duas fábricas) Bosch, Grupo ZF do Brasil (duas fábricas), Metal Borracha, todas em Sorocaba; e do Grupo Vic, em Araçariguama. Juntas essas sete indústrias empregam cerca de 3.850 metalúrgicos.
Em breve, a Folha Metalúrgica trará um resumo detalhado das cláusulas sociais. O G2 é formado por fabricantes de máquinas e de eletroeletrôncos.
Outros grupos
Os Grupos 3, 8 e 10 ainda não apresentaram propostas de reposição salarial e renovação da CCT. Mas na semana passada o G8 rachou e três sindicatos patronais desse grupos aceitaram fazer acordo nos parâmetros mínimos exigidos pela FEM. Os três sindicatos patronais do G8 que garantiram acordos foram os de equipamentos ferroviários e rodoviários; artefatos de metais não ferrosos; e artefatos de ferro, metais e ferramentas em geral (Simefre, Siamfesp e Sinafer, respectivamente). O G8 reúne também empresas de laminação, trefilação e refrigeração, entre outras. O G3 é composto por autopeças, forjarias e fábrica de parafusos. Do G10 fazem parte fabricantes de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação e material bélico.
A assembleia de aprovação na Prysmian aconteceu nesta terça Vagner Santos
Enquanto metade dos sindicatos patronais metalúrgicos no estado continua emperrando a campanha salarial da categoria, o SMetal em Sorocaba lidera mobilizações e negociações locais que têm garantido, fábrica por fábrica, a reposição da inflação nos salários dos trabalhadores. Desde a semana passada, metalúrgicos de mais sete empresas da região aprovaram, em assembleias, propostas de reajuste salarial e garantia de renovação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva. Os reajustes negociados garantem, no mínimo, a reposição da inflação de 9,62% nos salários. Esse índice é referente aos 12 meses anteriores à data-base da categoria, que é 1º de setembro. Na maioria dos casos, os acordos por fábrica prevêem a reposição em parcela única, retroativa a setembro. Já os acordos estaduais permitem o pagamento do maior percentual (entre 6,5% e 6,62%) em setembro e o restante no início de 2017. Os mais recentes acordos foram aprovados
Na Hurth-Infer os trabalhadores referendaram o acordo da FEM
REAJUSTE JÁ ESTÁ GARANTIDO PARA 66,2% DA CATEGORIA A reposição da inflação nos salários e as garantias sociais exclusivas da categoria já estão asseguradas para 25.600 metalúrgicos de Sorocaba e região, que representam 66,2% dos 38 mil trabalhadores do setor nas 14 cidades da área de abrangência do Sindicato (SMetal). Dos 25.600 metalúrgicos com acordos, 8 mil foram contemplados por acordos negociados diretamente entre o SMetal e 134 empresas. Essas negociações tiveram apoio da federação da categoria, a FEM/CUT, e buscaram superar os entraves que os patrões estavam impondo no âmbito estadual. Os demais 17.600 trabalhadores foram beneficiados pelas Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) negociadas entre a FEM e os sindicatos patronais de alcance estadual nas bases metalúrgicas da CUT. Dos seis grupos patronais metalúrgicos organizados na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), três deles chegaram a um acordo com a FEM. Foram eles o Grupo 2, o grupo das Estamparias de Metais e o das Fundições. Além disso, três sindicatos patronais romperam com o Grupo 8 e atenderam as reivindicações dos trabalhadores. Leia nesta página a notícia sobre a assinatura dos acordos e convenções.
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Folha Metalúrgica - Outubro de 2016 - Ed. 848
educação
O Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus Sorocaba, está com as inscrições abertas para o processo seletivo 2017 1ª semestre. Os interessados devem se inscrever até 10 de novembro pelo site do instituto e pagar uma taxa de R$ 20. Os cursos oferecidos em Sorocaba são: administração, com 40 vagas (manhã / noite), e eletroeletrônica, também com 40 vagas (tarde / noite). Os candidatos devem estar cursando ou ter concluído o ensino médio. A prova acontece no dia 4 de dezembro, a partir das 13 horas, na mesma cidade onde está localizado o curso escolhido pelo candidato. Outras informações podem ser obtidas pelo site, pelo email sac@cetroconcursos.org.br ou pela central de atendimento telefônico (11) 3146-2777, de segunda a sábado, das 7h às 19h, e aos sábados, das 9h às 13h.
IFSP elege novo diretor geral
O Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus Sorocaba, terá novo diretor geral. O se-
Vagner Santos
IFSP Sorocaba está com inscrições abertas até 10 de novembro
Sorocaba: Campus tem vagas para cursos de administração e eletrônica
gundo turno das eleições para o cargo aconteceu nesta quarta-feira, dia 26. O primeiro turno teve quatro concorrentes à direção do IFSP. Agora, dois nomes disputam a vaga, os professores Carlos Trombini e Denilson Mirim. A votação aconteceu no prédio que o IFSP ocupa na cidade, localizado na rua Maria Cinto
de Biagi, 130 - Jardim Santa Rosália. Todos os alunos e funcionários do instituto puderam votar. Até o fechamento desta edição, a apuração ainda não havia sido concluída. O resultado e anúncio do nome do novo diretor geral do IFSP – Sorocaba será publicado nesta quinta-feira, dia 27, no site www.smetal.org.br
A decisão da Prefeitura em cortar R$ 45 mil destinados à Semana da Consciência Negra gerou protesto em Sorocaba. A Feira Crespa e a Semana do Hip Hop também foram afetadas pelo cancelamento da verba. O corte foi anunciado no começo do mês pela Secretaria de Cultura. Do montante, R$ 22,5 mil iriam para Semana do Hip Hop e o restante para Semana da Consciência Negra e para a Feira Crespa. Ao invés do dinheiro, a pasta ofereceu ajustar a semana com projetos e estruturas já disponíveis. A proposta não agradou, como explica o rapper Márcio Brown. “A Semana é lei e tem o objetivo de valorizar o movimento. O evento tem que ser de graça para o público. O artista tem que receber cachê porque é uma forma de valorização”. Enquanto aguarda nova resposta da prefeitura, o movimento apresentou aos vereadores e ao poder executivo uma carta de repúdio e realizará um protesto na Praça Coronel Fernando Prestes, às 8h, no sábado, dia 8.
Foto: Paulo Ochandio - Secom Sorocaba
Cancelamento da Semana da notas Consciência Negra gera protesto Inscrição para futsal Foram prorrogadas até segunda-feira, dia 31, as inscrições para a 12ª Taça Papagaio de Futsal do SMetal. Os interessados devem se inscrever no Clube de Campo dos Metalúrgicos, no Éden, ou pelo e-mail livofus@gmail.com. O congresso técnico também será no dia 31, às 19h. O início do campeonato está marcado para dia 6 de novembro. A 12ª Taça Papagaio de Futsal é uma realização do SMetal em parceria com a Liga Votorantinense de Futsal (Livofus).
Fala, pesquisador O golpe que derrubou a presidenta Dilma e o avanço de pauta neoliberal, a ser implantada pelo golpista Temer, faz parte de um projeto de restauração de poder das classes dominantes. “Com a PEC 241, tudo indica que a balança irá pender contrariamente aos interesses dos trabalhadores e da população em geral, que é uma característica neoliberal”, diz Pedro Henrique Schneider Parreiras. Leia a íntegra em smetal.org.br Sorocaba: Prefeitura cortou R$ 45 mil destinados a eventos
Deputados aprovam PEC 241 A PEC 241, que congela os investimentos públicos por 20 anos, foi aprovada em segundo turno nesta terçafeira, dia 25, com votos dos deputados da Região Metropolitana de Sorocaba. Jefferson Campos (PSD), Herculano Passos (PSD), Missionário José Olímpio (DEM) e Vitor Lippi (PSDB) votaram sim, junto com outros 355 deputados. A educação e a saúde serão as áreas mais prejudicadas, assim como o salário mínimo. Leia a íntegra em smetal.org.br