Qualificação SMetal tem inscrições para cursos grátis
Reforma Palestra de Lippi vira palco de tumulto
Fique atento! Reforma trabalhista não gera empregos
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Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região
Nº 871 1ª edição de julho de 2017 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP
CEP 18030-320 Filiado a CUT, CNM e FEM
CAMPANHA SALARIAL
Foguinho
Pauta da categoria está nas mãos dos patrões
Resistência, Unidade e Luta: Dirigentes fazem gesto que simboliza a campanha, após a entrega da primeira pauta nesta terça-feira, de manhã, no sindicato patronal das autopeças (Sindipeças), em SP
Os sindicatos da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), incluindo o SMetal Sorocaba, entregaram a pauta de reivindicações da categoria aos sindicatos patronais nesta terça-feira, dia 4, com pedido de abertura imediata das negociações. As principais reivindicações da categoria este ano são
Sorocaba participou de atos contra as reformas
reposição da inflação e aumento real; jornada de 40h semanais, não à perda de direitos, não à terceirização e não às reformas. A data base dos metalúrgicos da FEM é 1º de setembro. O SMetal pede mobilização e participação da categoria para haver uma campanha salarial bem sucedida. PÁG. 3
Papa Francisco elogia papel do sindicato na sociedade
Uma série de protestos contra as reformas trabalhistas e da previdência marcaram o período da manhã em Sorocaba na última sexta-feira, dia 30. Os atos fizeram parte da mobilização nacional organizada por centrais sindicais e movimentos sociais.
O Pontífice defendeu o fortalecimento dos sindicatos que são comprometidos com os trabalhadores e com os moradores da periferia. “Não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato”, afirmou o Papa, no Vaticano, no último dia 28.
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Folha Metalúrgica - Julho de 2017 - Ed. 871
editorial Sem luta não há direito Nunca antes foi tão preciso protestar e lutar para defender nossos direitos. Ficar no sofá como mero espectador não fará o país sair da crise, pelo contrário, não fazer nada significa referendar os atos desse desgoverno, que chegou ao poder via golpe. Está em vigência um governo anti-democrático, que às pressas liberou a terceirização irrestrita – que comprovadamente causa mais acidentes no trabalho – que quer passar por cima da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e quer, a todo custo, acabar com a aposentadoria. Não se vê mais manifestantes com camisetas verde-amarelas nas ruas, nem panelaços nas janelas. No entanto, o senador Aécio Neves (PSDB) foi “liberado” pela justiça do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) e já retoma suas atividades (de defesa de Temer) no Senado. Justo Aécio que foi denunciado por corrupção e obstrução da justiça, fora o envolvimento no caso do helicóptero com 500 quilos de pasta de cocaína. A irmã de Aécio foi presa, o primo do senador também. Eles foram citados nas delações premiadas de executivos da JBS. Há provas disso tudo. Em uma gravação
Em um país que vive sob golpe, obviamente não existe espaço para a democracia
de Joesley Batista, da JBS, com Aécio Neves, o senador pede dinheiro para o executivo. Há também filmagens da Polícia Federal mostrando pagamentos realizados ao primo de Aécio. Mas em um país que vive sob golpe, obviamente não existe espaço para a democracia. Portanto, não são provas que determinam o rumo das coisas e sim, os acordos políticos envolvendo alguns juízes, uma grande parcela da mídia e claro, eles, os políticos ilegítimos. Numa ditadura a justiça fica de mãos atadas, é isso que vivemos no Brasil. Não há justiça social. Enquanto o desgoverno de Temer (PMDB)
compra (com dinheiro do povo) deputados, senadores e mídia para aprovar as reformas que farão bem para os bolsos dos grandes capitalistas (que só querem saber da taxa real de juros), os trabalhadores pagam sendo mais explorados e com menos garantias de proteção a uma vida digna. Você sabia que dívidas estratosféricas de Bradesco e Santander foram perdoadas por esse mesmo governo? Quem compra a ideia de que as reformas são precisas para conter gastos, que impossibilitam o Brasil de crescer? Sem empregos, sem garantias sociais, sem direitos trabalhistas, você consegue visualizar o seu futuro, o da sua família e a do país em alguns poucos anos? Então, precisamos arregaçar as mangas, nos juntar, ouvir as assembleias em portas de fábrica, ficar atentos contra os ataques diretos dessa elite, participarmos dos protestos, mandar e-mails para os deputados e senadores pressionando para que eles votem a favor do povo, contra as reformas. Reajuste salarial não chega se não tiver mobilização, assim como uma ditadura não cai sem o povo ir à luta.
trabalho
reforma trabalhista Palestra de Lippi em Piedade termina em confusão
Reforma não gera empregos
Foguinho
A nota do SMetal lamenta o Uma palestra do deputado federal Vitor Lippi (PSDB) em de- episódio. “Lamentamos porque fesa da reforma trabalhista reali- somos contrários à violência no zada na Associação Comercial de meio social. Mas lamentamos Piedade na noite de segunda-fei- também porque o confronto físico ra, dia 3, terminou em agressões tirou do foco o principal assunto entre assessores do parlamentar e em questão, que é de extremo interesse coletivo: os prejuízos que pessoas do público. Defensores do político tuca- a reforma trabalhista trará para a no chegaram a mencionar, sem imensa maioria da população braprovas nem indícios, a suposta sileira”. “Temos argumentos trabalhisparticipação de sindicalistas na tas, jurídicos e sociais mais do confusão, o que foi prontamente desmentido pelo SMetal, que en- que suficientes para rebater as viou nota à imprensa sobre o as- teses antissociais do deputado Lippi, sem precisar recorrer a qualsunto. Os confrontos começaram quer ato violento”, afirma a nota. Leia a íntegra da nota em quando um membro da platéia, que não era do meio sindical, te- www.smetal.org.br ceu duras críticas ao deputado quando lhe foi passado o microfone para fazer perguntas. Um assessor do deputado reagiu empurrando violentamente o rapaz, dando início à confusão, que envolveu cerca de 10 pessoas, entre agressores, agredidos e participantes que tentavam Levianas: Lippi tenta culpar sindicatos pela rejeição popular separar a briga. que está cultivando como deputado a serviço de golpistas
Diferente do que diz a elite golpista, a reforma trabalhista não gera empregos e ainda prejudica não apenas assalariados, mas também micro, pequenos e médios empreendedores. O empobrecimento da população e a falta de legislação de suporte ao mercado de trabalho trará graves consequências ao conjunto da economia brasileira. Somente as grandes corporações nacionais e multinacionais serão beneficiadas. A geração de empregos acontecerá, como defendem a CUT e o SMetal, por meio da redução da jornada sem redução de salários; a redução das horas extras e uma política sócioeconômica de desenvolvimento do país.
Comunicação SMetal Diretoria Executiva SMetal Presidente Leandro Candido Soares Vice-presidente Valdeci Henrique da Silva Secretário Geral Silvio Luiz Ferreira da Silva Secretário de Administração e Finanças: Tiago Almeida do Nascimento Secretário de Organização: Izídio de Brito Correia
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Folha Metalúrgica Impressão: Bangraf Publicação: Semanal Tiragem: 30 mil exemplares
Folha Metalúrgica - Julho de 2017 - Ed. 871
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campanha salarial
Foguinho
Pauta dos metalúrgicos é entregue nos sindicatos patronais SAIBA MAIS • Os cinco eixos da campanha deste ano são: 40 horas semanais; INPC + aumento real; não à perda de direitos; contra as reformas do governo e o projeto de terceirização.
A luta é agora: Aumento salarial, combate às reformas e à terceirização estão na ordem do dia da categoria metalúrgica
A Federação dos Metalúrgicos da CUT São Paulo (FEM-CUT/SP) entregou, nesta terça-feira, 4, a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2017 para o setor patronal, nas sedes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e também do Sindpeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), que compõe o Grupo 3. Com o slogan “Resistência, Unidade e Luta”, a campanha traz em
seus eixos centrais a luta por nenhum direito a menos e o combate à terceirização (já aprovada no Congresso Nacional) e às reformas Trabalhista e da Previdência, que estão tramitando no Legislativo. Dirigentes sindicais do SMetal acompanharam a entrega e reforçaram a importância da mobilização frente às crises política e econômica do país. “Agora, mais do que nunca, é necessária a união dos metalúrgicos para não ter retrocesso e, mais
do que isso, avançarmos nas cláusulas sociais, que dão proteção legal ao trabalhador”, afirma o secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira. De acordo com o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, devido aos ataques concretos contra os direitos dos trabalhadores, promovido pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB), neste ano será dado ainda mais centralidade para as cláusulas sociais.
CNM/CUT
Plenária da CNM-CUT aprova plano de lutas para os próximos anos
Encontro: Na abertura da Plenária, Paulo Cayres e os presidentes de três federações estaduais, Luiz Carlos da Silva Dias (SP), Jairo Carneiro (RS) e Marco Antonio de Jesus (MG), assinalaram o momento difícil pelo qual o país passa e a necessidade dos metalúrgicos se unirem
A luta contra as reformas Trabalhista, da Previdência, a Terceirização e em defesa dos direitos sociais e dos empregos foi uma das principais deliberações da Plenária Estatutária da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT), encerrada na tarde da última quinta-feira, dia
29, na sede da Confederação. Realizada sempre no meio do mandato, a plenária foi realizada entre os dias 28 e 29, com 150 delegados de todo país e estabeleceu a recomposição da direção do mandato 2015 / 2019. Com o tema: “Em defesa da Democracia. Nenhum direito a
menos”, o primeiro dia do evento, contou com análise de conjuntura e painel sobre política industrial e Indústria 4.0, com representantes do Dieese. À noite, um ato solene celebrou os 25 anos da Confederação. No dia 29, os metalúrgicos discutiram o plano de luta para os próximos dois anos.
• A Campanha Salarial 2017 “Resistência, Unidade e Luta” traz em sua identidade visual o resgate do Construtivismo Russo, linguagem estética e artística usada durante o período revolucionário russo para dialogar com a população através de cartazes e panfletos.
notas Debate com Mino Carta Nesta terça-feira, dia 4, o jornalista e diretor da Carta Capital, Mino Carta, esteve presente na sede da CUT/SP para o ciclo de debates sobre o tema: “Liberdade de Expressão em Tempo de Golpe”. No evento, voltado para dirigentes sindicais, e que contou com a participação de diretores do SMetal, ressaltou-se a necessidade de se fortalecer os instrumentos de comunicação, que tem como viés a justiça social, principalmente no contexto atual do país, com uma mídia golpista. O jornalista também discutiu o atual cenário político e econômico do Brasil, que tem retirado direitos da classe trabalhadora.
Suspensão da terceirização O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para que a Corte considere inconstitucional a lei de terceirização, sancionada em março pelo presidente Michel Temer. A lei liberou a terceirização de atividades-fim e triplicou o prazo máximo dos contratos temporários de trabalho (de três para nove meses). Para Janot, a nova regra contraria o caráter excepcional do regime de terceirização e viola o “regime constitucional de emprego socialmente protegido”. De acordo com o STF, a relatoria da ação foi distribuída a Gilmar Mendes.
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pressão popular
Reformas de Temer são temas de protestos em Sorocaba No setor metalúrgico, cerca de 60% da categoria em Sorocaba não foi para o trabalho nas primeiras horas da manhã. Na chamada nova zona industrial, que envolve a Toyota e suas fornecedoras, a adesão chegou perto de 100%, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos (SMetal). O SMetal destaca, porém, que recebeu denúncias sobre várias formas de pressão exercidas por algumas empresas do setor para que os funcionários chegassem ao trabalho a qualquer custo. A direção do SMetal vai apurar as denúncias e tomar providências em casos comprovados de pressão e assédio.
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Fábricas metalúrgicas
Dia 30: Concentração no centro foi o auge das manifestações em Sorocaba na sexta-feira Gabriela Guedes
Novos protestos contra as reformas Trabalhista e Previdenciária foram realizados em Sorocaba na manhã de sexta-feira, dia 30. Transporte coletivo, comércio, serviços e setores da indústria pararam suas atividades durante várias horas. Para encerrar o ato, por volta das 13h, os manifestantes se reuniram no centro, onde houve discursos de lideranças e apresentações culturais. A organização do ato, formada por integrantes de sindicatos de diversas centrais sindicais, da Frente Brasil Popular e outros movimentos sociais, estima que mil pessoas participaram das manifestações no centro. Houve também uma concentração de jovens, a partir das 8h30, na Avenida Itavuvu, Zona Norte, na altura do bairro Maria Eugênia. Esses manifestantes foram a pé da Zona Norte para se juntar ao protesto no Centro. O transporte coletivo, incluindo ônibus urbanos, fretados e transporte de cargas, ficou parado das 0h até às 13h.
MOBILIZAÇÃO NACIONAL A mobilização teve caráter nacional e foi convocada pelas centrais sindicais CUT, CGTB, CSB, Conlutas, CTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT, além da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo. Houve protestos, passeatas, atos e greves em dezenas de cidades brasileiras.
Pautas: Não às reformas e à terceirização; Fora Temer! e Diretas Já! foram os temas dos protestos
INSCRIÇÕES ABERTAS
Papa Francisco defende sindicatos comprometidos com os trabalhadores
SMetal e Rise oferecem cursos gratuitos de qualificação profissional
Em Roma: Papa defendeu que a economia tenha finalidade social; e não exclusiva ao capitalismo
Em mensagem proferida no Vaticano na quarta-feira, dia 28, o Papa Francisco voltou a criticar a exploração capitalista, a injustiça social e os projetos políticos que retiram direitos da população. O Pontífice defendeu o fortalecimento dos sindicatos que são comprometidos com os trabalhadores e com as causas da periferia. “Não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato. E não há um bom sindicato que não renasça todos os dias nas periferias”, afirmou o líder da Igreja Católica em sua reflexão sobre o tema “Pela
pessoa, pelo trabalho”, que está sendo debatido em Roma. O Papa Francisco também criticou as tentativas de desqualificar e criminalizar o movimento sindical. “O capitalismo do nosso tempo não compreende o valor do sindicato, porque esqueceu a natureza social da economia”, afirmou. Ele abordou ainda a questão do direito à aposentadoria e definiu como “míope” uma sociedade que obriga os idosos a trabalhar por muitos anos. Veja a íntegra da reportagem no portal SMetal (www. smetal.org.br).
Continuam abertas até o dia 27 de julho as inscrições para cursos gratuitos e pagos na sede SMetal, em parceria com a escola Rise. Os cursos são abertos para toda a comunidade, exceto metalúrgicos não sindicalizados. Os interessados devem se inscrever na sede do Sindicato, de segunda a sexta, das 8h às 11h e das 14h às 19h. A vagas serão definidas por sorteio e sócios e dependentes do SMetal têm prioridade. O sorteio acontece dia 28 de julho, na sede do Sindicato. Os cursos gratuitos são: Informá-
Gabriela Guedes
Portal Na Nuvem
FÉ E JUSTIÇA SOCIAL
tica Essencial; Informática e TI para Adolescentes; Informática Básica para Terceira Idade; Artes Gráficas Virtuais; Operador de Mídias Sociais; Auxiliar Administrativo; Gestor Financeiro com ênfase em Excel; Auxiliar de Produção e Gestor da Qualidade. Há também vagas para cursos de Desenho em CAD 2D e Excel Avançado, que são pagos. O valor é R$ 420 para ambos (3x R$ 140). Sócios e dependentes do SMetal têm 50% de desconto e pagam R$ 210 (3x de R$ 70).
Saúde pública
Palestra sobre prevenção e dependência química aconteceu na manhã da terça-feira, dia 4 de junho, com o escritor Hélio Rodrigues (à direita na foto) na Associação de Metalúrgicos Aposentados de Sorocaba (AMASO). À esquerda, o presidente da Associação, Evanildo Amâncio.