Eles estão de volta!
Vários eventos ufológicos agitarão o segundo semestre
É verão na Europa, e como sempre ocorre há mais de 20 anos, a estação traz consigo um dos maiores mistérios da atualidade — os círculos ingleses —, que antes eram restritos à Inglaterra e hoje se espalham por todo o continente. Apenas neste ano já são mais de mil, registrados em dezenas de países, até mesmo na longínqua Finlândia, também vivendo dias de calor. UFO prepara uma matéria especial sobre o assunto e destacou seu correspondente na Polônia Robert Lesniakiewicz para escrevê-la. Numa de nossas próximas edições o leitor se surpreenderá com imagens belíssimas como esta, ao lado, captada pela pesquisadora Lucy Pringle, em Alton Priors, Wiltshire, no último dia 18 de julho.
O
Brasil se prepara para entrar numa verdadeira maratona de congressos, simpósios e seminários em que a Ufologia será discutida. Incentivados pelos resultados da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, vários grupos de pesquisas estão nesse instante programando intensas atividades para o segundo semestre de 2005. Além do tradicional Diálogo com o Universo, de Curitiba (PR), que terá nova versão em novembro, e da série Debates Ufológicos, que nosso co-editor Marco Petit realiza no Rio de Janeiro, inúmeros conclaves serão realizados. Há eventos programados para Rio das Ostras, litoral carioca, interior de São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza e até na longínqua Ilha de Colares, no litoral do Pará, epicentro do famoso fenômeno chupa-chupa nos anos 70 e 80. Todos esses encontros contarão com o apoio da Revista UFO, como sempre, e serão divulgados em nossas próximas edições e através de nosso site, www.ufo.com.br. Para os ufófilos que sempre cobram dos ufólogos mais atividades, os próximos meses serão um prato cheio.
Entrevista: Vicente-Juan
Ballester Olmos e sua visão pragmática da Ufologia
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Investigação: O legado deixado por visitantes ancestrais no passado
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Reflexão: É hora de
pensarmos nos próximos passos junto aos militares
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Casuística: A incrível abdução do cubano Filiberto Cardenas
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Origens: Uma estranha
coincidência nos une aos nossos visitantes
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Veja a seção Suprimentos de Ufologia, com edições anteriores, livros, DVDs e vários outros produtos na página 38
Ponto de Encontro
Tive a oportunidade de ler a edição 111 de UFO e fiquei feliz em ver que, após mais de 15 anos de luta, o dia tão sonhado por vocês e milhares de ufólogos e aficcionados pelo assunto foi de fato concretizado através do encontro entre a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e nossas Forças Armadas. É de fato um passo importantíssimo para a Ufologia, não somente a brasileira, mas também a mundial. Parabéns. Rui Robson, Americana (SP)
Simplesmente fascinante ver que vocês lograram êxito em seu intento e que continuam, como desde o início da Revista UFO, a fazer história. O encontro da CBU com a Aeronáutica é mais um exemplo disso.
Juarez Mourão Lima, Coxim (MS)
“Foi um passo tímido”, segundo as próprias palavras do editor de UFO, A. J. Gevaerd. Mas da maior importância. Toda jornada começa com o primeiro passo, e esse vocês deram com muita seriedade e determinação em 20 de maio passado, no I Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta I). Luíza Helena A. Dutra, por e-mail
Sou assinante desta revista já há algum tempo. Recentemente pude comprovar que seus antigos anseios foram realizados pela Aeronáutica Brasileira, que concordou em abrir seus arquivos para a comunidade ufológica. Entretanto, até hoje não vi nem ouvi nenhuma conseqüência ou resultado prático dessa atitude. Marcos O. Dutra, por e-mail
Há vários meses acompanho a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, para adquirir in4
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formações e registros da Aeronáutica quanto à casuística no Brasil. Quando descobri que alguns desses dados foram apresentados aos ufólogos, em 20 de maio, fiquei entusiasmado para saber o que aconteceu com tais revelações e a que conclusões os ufólogos chegaram a esse respeito. Edgar Yashiki, por e-mail
A Mensagem do Editor de UFO 112 foi show de bola. O texto de A. J. Gevaerd mostra com espantosa clareza e simplicidade a razão do não-contato com civilizações alienígenas. Ora, se não conseguirmos nos resolver apropriadamente como espécie, em nosso mundinho, como podemos ter a pretensão de sermos merecedores de confiança por parte de outras raças mais avançadas? Alice Mendonça Oliveira, Belo Horizonte (MG)
UFO 112 A edição 112 de UFO brindou os leitores com uma belíssima foto na página 03, de um UFO anelar sobre Paris. Eu já a tinha visto muitos anos atrás, pois marcou um momento de grande importância para a Ufologia Mundial, quando a França passou a admitir os UFOs. A publicação da imagem mostra que a revista está ininterruptamente antenada. Leila Maria Mahua, Sobradinho (DF)
A entrevista de Tom Cruise e Steven Spielberg, em Diálogo Aberto de UFO 112, bem que poderia ser mais completa. Nem o astro, nem o cineasta fizeram uma revelação verdadeiramente importante sobre o que os levaram a produzir A Guerra dos Mundos. Para mim, Spielberg, que sempre teve uma compulsão por fazer obras cinematográficas que mostram ETs benevolentes, está escondendo algo... Philipe Arrivan Lebat, Santos (SP)
Assisti ao filme A Guerra dos Mundos e gostei muito da entrevista com Cruise e Spielberg. Marivaldo Augusto Pinho, por e-mail
“A incapacidade que temos de lidar com nossa própria raça pode
ser um dos motivos que impede o contato”. Eis uma frase que pincei do texto Afinal, Faremos Contato Oficial com ETs?, conteúdo da Mensagem do Editor de UFO 112. Essa simples expressão diz tudo o que precisamos entender sobre o futuro da Ufologia. Célio A. Souza, Manaus (AM)
Tsunami mexicano Maussán nos surpreendeu fazendo uma interpretação da fantástica onda ufológica mexicana à luz do Calendário Maia, como se vê na entrevista que UFO fez com o jornalista em sua edição 112, A Chave para Entender os UFOs. Quero dizer que finalmente a revista trata de um assunto da maior seriedade e conseqüência para a humanidade, que é justamente a peça maia. Mas o fez com certa superficialidade. Por isso, quero sugerir que UFO trate desse tema com mais profundidade e detalhismo, pois ele pode mesmo, como crê Maussán, ser uma chave para decifrar o mistério. Divulgação
Encontro com a Aeronáutica
“
Como leitor assíduo de tudo que a UFO lança, fiquei duplamente satisfeito ao ler a edição 112, de julho, e a UFO Especial 34, sobre o Caso Varginha. É reconfortante saber que vocês são batalhadores por uma Ufologia verdadeira e que não descansam nunca, mostrando aos leitores os fatos com a profundidade e seriedade que eles exigem
”
— AUGUSTO MOUTINHO CELLES, Rio de Janeiro (RJ)
Yolanda H. Schroeder, Petrópolis (RJ)
Estou com a alma lavada! Li com atenção e com muito gosto os textos que compõem a polêmica sobre as flotillas mexicanas, em UFO 112. São realmente espantosas as filmagens e me admira muitíssimo que existam ufólogos que ainda são refratários a elas, como se vê nas listas de discussões na internet. Ora, o que mais esses pesquisadores estão esperando? Ricardo Ruiz C. Lopes, por e-mail
Agosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
Edição 113 – Ano 21 – Agosto 2005
A volta de UFO Documento Abrindo as pastas secretas da FAB
J
á se encontra em todas as ser extinta, veicular arquivos que bancas do país a primeira comprovariam que a Força Aérea edição da série UFO DocuBrasileira (FAB) pesquisa UFOs em mento, que, tal como a já consanosso país, fato que já se sabia grada UFO Especial, dará suporte mesmo na época em que a série à vasta campanha de divulgação foi lançada. Mas sua desativação ufológica que a Revista UFO faz impediu que os planos fossem ininterruptamente em nosso país. concretizados de forma ampla UFO Documene abrangente, to foi fundada restando a ophá quase duas ção de publicar décadas, em tais documen1988, mas teve tos em caráter apenas dois númuito limitado. meros e foi exMas esse protinta, para que blema deixa a direção de de existir com UFO se concena ressurreição trasse na série d e UFO Doprincipal. Sua cumento, que proposta era agora cumprirá simples: publi- A edição inaugural de UFO Do- esses objetivos. car material re- cumento, que marca o retorno A edição que esalmente docu- da série, apresenta quase 70 tá nas bancas mental sobre contém quase páginas de material oficial da o Fenômeno Aeronáutica sobre UFOs 70 páginas de UFO, no Brasil documentos e exterior. Entrariam nessa catego- oficiais e secretos da Aeronáutiria registros de casos clássicos da ca, omitidos até hoje. São revelaUfologia Brasileira, transcrições de ções que serão complementadas congressos ufológicos, apresenta- nas próximas edições da série, nas ção de métodos de pesquisa etc. quais apresentaremos mais de 400 A série teria também a função páginas de material obtido a partir de publicar documentos sobre a de fontes anônimas. Os ufólogos manifestação de ETs em nosso e ufófilos brasileiros têm, agora, planeta, em especial no Território mais uma razão para ajudar o Nacional, e foi retomada do zero, movimento UFOs: Liberdade de ou melhor, do número 01. Informação Já a conseguir uma Estavam entre os planos abertura total de nossas autoridades de UFO Documento, antes de quanto ao Fenômeno UFO. Divulgação
Parabenizo a Revista UFO por homem sincero e com verdadeiro duas coisas. Primeiro, pela iniciati- repertório de avistamentos de UFOs. va de trazer ao Brasil as informa- Se fossem apenas avistamentos, talções, altamente impactantes, sobre vez pudéssemos duvidar dele. Mas as flotillas mexicanas. E segundo, como são acompanhados de filmapor ter apresentado a questão da gens – muitas das quais analisadas casuística daquele país com tanta –, não se pode descartar suas expeseriedade, mostrando prós e con- riências tão facilmente. tras. Que há algo muito sério aconManoel Jacinto Filho, tecendo no México, isso já deu papor e-mail ra ter certeza. A questão agora é tirar proveito dessa informação A comoção provocada na popara o futuro da Ufologia. pulação mexicana e na comunidaElisângela Almir Bastos, de ufológica, diante do surgimento Rio de Janeiro (RJ) de frotas de UFOs que invadiram o país, não deve causar espanto a ninÉ notável o trabalho dos ufó- guém. Ocorrências dessa natureza logos mexicanos Jaime Maussán, estão sempre acontecendo aqui e Santiago Yturria Garza e Daniel acolá, sem que sejam, na maioria Muñoz, que nos ofereceram infor- das vezes, detectadas. E dizer que mações de grande importância so- tal fato ocorreu naquele país pelo bre fatos ufológicos em seu país. fato do mesmo não possuir estruCícero B. Moura, tura militar antiaérea adequada é Cuiabá (MT) um grande equivoco. Basta lembrar que em Phoenix, Estados UniParabéns ao Maussán por seu dos, no dia 13 de março de 1997, diligente trabalho de apresentar ao foi registrado o mesmo acontecimundo o extraordinário fenômeno mento por um cinegrafista amador. das flotillas, que a Revista UFO co- Ele flagrou dezenas de UFOs em rajosamente defende em nosso país. formação semicircular, voando em Maussán, antes muito criticado por velocidade moderada e a altitude ter apoiado casos dúbios, pode con- média. Em Fyvie, Inglaterra, país siderar-se absolvido de qualquer que também tem grande capacidasuspeita após prestar esse grande de defensiva, foram documentados serviço à Ufologia Mundial. 16 UFOs sobrevoando calmamente R. A. Castilho, a região. Portanto, essas aparições Serra (ES) não são freqüentes somente em países considerados de Terceiro Mun100, 200 e até 300 esferas voa- do e que supostamente possuem doras em formação rasgam os céus pouco potencial militar. do México a alta velocidade, desaAzir Cássia Zohrayb Filho, fiando explicação e invadindo o espor e-mail paço aéreo do país vizinho da maior potência bélica do planeta Terra? Custo a acreditar que os norte-ame- Site de UFO ricanos não tenham informações detalhadas sobre as flotillas e, coGostaria de parabenizar o mo em tudo no mundo, não estejam portal de UFO pela seriedade monitorando a situação. demonstrada na publicação do Rogério Eduardo Justino, Caso Maiquinique, cidade baiaPorto Alegre (RS) na que faz divisa com Minas Gerais. No entanto, as observações As referências que existem a de UFOs na região não param Arturo Robles Gil na internet é de por aí. A incidência desse fenôque ele é um notório fraudador de meno é muito freqüente, com até UFOs em seu país. No entanto, a mesmo relatos intrigantes. reportagem Os Contatos de Arturo Vicente de Paula Coelho, Robles Gil, de UFO 112, mostra um por e-mail
Novos consultores da Revista UFO Com muito orgulho a Revista UFO comunica seus novos integrantes. São eles José Augusto da Fonseca, destacado pesquisador de sítios arqueológicos e autor do livro Enigmas Brasileiros, que tem seu artigo inaugural nesta edição; a doutora Analígia
Santos Francisco, médica e psiquiatra carioca, pesquisadora de abduções e autora de diversos artigos em sua área; e Paulo Rogério Poian, ufólogo de Araras (SP) e acadêmico de biologia que estuda a Teoria do Criacionismo. Sejam todos bem-vindos!
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Diálogo Aberto Vicente-Juan Ballester Olmos
Uma visão pragmática do Fenômeno UFO
Colaborou Paco Morales
H
á pessoas na Ufologia Mundial que são diretamente responsáveis pelo seu desenvolvimento, sua maior aceitação pela sociedade e pela crescente credibilidade que os governos conferem ao Fenômeno UFO. Esses indivíduos não são meros figurantes da pesquisa ufológica, mas verdadeiros construtores que a edificam ininterruptamente através de ações concretas e visíveis. Uma dessas pessoas é o veterano ufólogo espanhol Vicente-Juan Ballester Olmos, reconhecido como principal articulador da abertura que seu país fez de arquivos ufológicos, na década passada, e um dos mais notáveis investigadores europeus. Nascido em Valéncia, em 1948, Ballester Olmos é um estudioso pragmático que tem uma respeitável folha de serviços prestados à Ufologia. É um dos diretores da Fundación Anomalía [www.anomalia.org], uma entidade criada por ufólogos de vários países que se dedica à pesquisa multidisciplinar de alto nível de todas as faces da casuística ufológica. O pesquisador é também representante espanhol da Mutual UFO Network (MUFON) e de vários outros centros internacionais de pesquisas. Ballester Olmos acumula mais de três décadas de investigação de campo, é autor de cinco livros e centenas de artigos em revistas da área e de cunho científico, algumas com ampla penetração no universo acadêmico. Não é exagero dizer que é um dos gran6
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des responsáveis pelo respeitável estado de desenvolvimento da Ufologia Espanhola. Especialista em casuística avançada, o estudioso é uma das mentes mais brilhantes da Ufologia Mundial quando o assunto é abdução, tema que persegue com grande entusiasmo. Outras matérias de interesse de Ballester Olmos são os casos de contato de segundo grau – especialmente as aterrissagens de UFOs – e o envolvimento governamental com o assunto. Foi graças às suas persistentes diligências que o governo espanhol acabou liberando importantes documentos que revelam que o Ejército del Aire do país, uma espécie de Ministério da Aeronáutica, registrou casos de perseguição de UFOs por pilotos militares – e vice-versa. “Todos os governos minimamente informados do mundo sabem da realidade ufológica”, declara. A Fundación Anomalía publica regularmente a revista Cuadernos de Ufologia, uma referência mundial na área que aborda recentes avanços na investigação ufológica. A entidade detém também um dos maiores acervos mundiais de imagens de objetos voadores não identificados, o Fotocat, administrado pessoalmente por Ballester Olmos. O arquivo conta com milhares de imagens de
UFOs obtidas desde a década de 40 até hoje, a maioria das quais sendo examinadas com variadas metodologias. O correspondente de UFO na Argentina Guillermo Gimenez, em sua recente visita à Espanha, conversou com Vicente-Juan Ballester Olmos e colheu a seguinte entrevista para a Revista UFO. UFO — O senhor é reconhecido como um dos maiores ufólogos do mundo. Desde quando se dedica a investigar o Fenômeno UFO?
Ballester Olmos — Desde 1964, quando li em um livro de astronomia algumas referências a UFOs supostamente perseguidos por pilotos de caça da Força Aérea Norte-Americana (USAF). Aquilo fascinou minha alma adolescente, e devo dizer que continua me fascinando no presente, ainda que devidamente ajustadas as idéias e as expectativas que tinha, com base nas realidades atuais. UFO — Sendo um ufólogo científico, como o senhor definiria a casuística ufológica? Ballester Olmos — Eu diria que se trata do conjunto de experiências reais e aparentes de fenômenos e objetos que se apresentam estranhos aos olhos do observador, mas que não o são necessariamente aos olhos do analista, o ufólogo. Globalmente, os UFOs são um fenômeno manipulável – e manipulado – tanto pelos meios de comunicação, como pelos governos. Pablo Villarrubia Mauso
Entrevista concedida a Guillermo Giménez
“
A Ufologia deve ser praticada sem radicalismos e com mente aberta às possibilidades. É importante aceitar que o que parece extraordinário, pode não sê-lo
”
— BALLESTER OLMOS pioneiro espanhol
UFO — Para o senhor é certo e definitivo que os chamados discos voadores têm origem extraterrestre e que estejam visitando nosso planeta a partir de pontos fora do Sistema Solar? Ballester Olmos — Em termos. É preciso saber quem nos visita? Primeiro, é necessário dizer que várias décadas de investigação de avistamentos de UFOs nos levaram à conclusão de que uma pesquisa objetiva é capaz de
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UFO — Sua resposta com certeza atende ao rigor que se espera da ala científica da Ufologia. O senhor está convencido de que há provas incontestáveis da presença de seres extraterrestres em nosso planeta? Ballester Olmos — O que realmente ocorre é que há muitos exemplos de relatos que descrevem fatos extraordinários em nossa atmosfera, e se eles realmente se deram como são mostrados, certamente apresentam características exógenas a Terra. Obviamente, não são fenômenos conhecidos, e isso é o que me induz a seguir estudando esse enigma até hoje. UFO — O senhor foi muitas vezes taxado de cético pelos ufólogos mais liberais. Como reage a tais acusações? Ballester Olmos — Com naturalidade. Sou um homem que gosta de provar que existem os discos voadores, mas que se deu conta de que não se pode ter crença no assunto de forma racional. Sou um apaixonado pelo espaço e crente na existência de vida inteligente no universo. Mas também sou um racional que comprovou que tal vida não necessariamente se manifesta através desses curiosos fenômenos que denominamos de UFOs e que, melhor, têm a dinâmica dos mitos em formação. UFO — Segundo suas investigações, por que ocorrem períodos em que há aumento no registro de fenômenos ufológicos? Ballester Olmos — Bem, está comprovado que os meios de comunicação e o trabalho
da internet – e as testemunhas dos mistérios. De nossa parte, cremos que a Fundación Anomalía, com suas publicações, livros e prêmios, ajudou a realizar uma mudança qualitativa na forma de enfocar o estudo do Fenômeno UFO e outros assuntos próprios do “universo do insólito”, como diriam os antropólogos.
Arquivo UFO
esclarecer a imensa maioria deles em termos comuns. Resta uma porcentagem muito reduzida de acontecimentos que resistem à explicação, e que provavelmente têm uma origem extraordinária. Essa pode ser uma resposta fria, mas é bastante razoável sob o ponto de vista científico.
Casos de aeronaves perseguidas por UFOs estão entre os mais interessantes, segundo o estudioso espanhol. “O governo de meu país liberou mais de 120 arquivos secretos, muitos dos quais envolvendo UFOs e aviões”
dos ufólogos aumenta o reporting de casos [Relatos por parte de testemunhas], assim como outros fenômenos naturais – tais como a proximidade do planeta Vênus e certos fenômenos atmosféricos e astronômicos etc. A maior parte dos casos vêm de testemunhas que confundem tais ocorrências e os relatam como avistamentos de supostas naves alienígenas. No centro dos acontecimentos, portanto, estão sempre as testemunhas. UFO — Quais o senhor considera os melhores casos de ocorrências ufológicas em todo mundo? Ballester Olmos — Quanto mais distante alguém está do lugar onde ocorreu um fato ufológico, menor é sua capacidade de raciocinar criticamente sobre ele. Os casos que mais me intrigam são os que ocorreram mais próximos de mim, aqui na Espanha, que são aqueles que posso “controlar” melhor em termos de informação. Há registros de fenômenos anômalos bastante interessantes em minhas obras Investigación OVNI [Investigação UFO, Editoral Plaza y Janes, 1984] e Enciclopédia de los Encuentros Cercanos com OVNIs [Enciclopédia de Encontros Ime-
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diatos com UFOs, idem, 1987]. Recentemente, nos anos que me dediquei a estudar os registros ufológicos do Ejército del Aire [Ministério da Aeronáutica espanhol], que foram liberados graças às minhas gestões pessoais, encontrei alguns casos que resultaram não identificados após intensa investigação – como o sobrevôo de um UFO sobre o polígono de tiro de Bárdenas Reales, em 01 de janeiro de 1975. Há muitos outros também inusitados, naturalmente. Por isso prossigo em minha dedicação ao estudo deste fenômeno. UFO — Tendo sido a pessoa que conseguiu obter de seu governo certos documentos secretos sobre UFOs, com o senhor vê a situação da Ufologia hoje na Espanha? Ballester Olmos — Intelectualmente, está pobre. Ao contrário do que eu esperava, a Ufologia não avançou. E ainda se percebe até mesmo um retrocesso em seu desenvolvimento, patrocinado por revistas comerciais e livros sem nenhum valor. Infelizmente, já não existe no país o furor dos grupos de pesquisa de antes, e só se destacam escassas organizações sérias – cujos produtos mais visíveis são páginas
UFO — O senhor acredita que a atitude do governo espanhol, de liberar documentos oficiais à comunidade ufológica, foi um passo importante? Ballester Olmos — Esse foi um processo que vivi muito de perto porque, como assinalei anteriormente, fui eu quem conseguiu que o Ejército del Aire desarquivasse quase a totalidade de suas pastas secretas sobre UFO no país, que mantinha ocultos e afastados da opinião pública desde 1962. Para mim, portanto, foi uma atitude muito positiva e deve ser comemorada. O processo de liberação, que supervisionei diretamente, durou quase oito anos e resultou na publicação de 122 informes. Esse foi um fato histórico com repercussão em outros países, que seguiram um exemplo semelhante. UFO — Os ufólogos espanhóis e o senhor contam agora com apoio oficial por parte do governo para investigar a manifestação do Fenômeno UFO na Espanha? Ballester Olmos — Não. Uma razão do desarquivamento por parte dos militares é porque eles julgam – e estão certos – que o assunto UFO não é de sua competência. Por isso, liberando as informações, as autoridades as colocam nas mãos dos estudiosos, que é a quem compete investigar o Fenômeno UFO. Em princípio, qualquer objeto voador não identificado detectado sobre a Espanha se enquadra dentro da responsabilidade do Ejército del Aire, até que se demonstre :: www.ufo.com.br ::
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U F O — O senhor considera importante receber apoio militar para investigar casos ufológicos? Ballester Olmos — Não necessariamente. O importante é o apoio científico. O apoio militar serve ocasionalmente quando os fatos tenham ocorrido em ambientes governamentais ou para solicitar informação exata de registros de radar etc. UFO — Independentemente da abertura governamental aos UFOs em seu país, o que significa para o senhor ser um investigador deste fenômeno? Ballester Olmos — Esta é uma excelente pergunta, e a resposta é: depende da motivação do indivíduo. Para mim, ufólogo é aquela pessoa, cujo modus vivendi e objetivos na vida nada têm, necessariamente, a ver com o mistério dos UFOs – mas sim com uma inclinação intelectual, científica, naturalista etc para rastrear as propriedades desse fenômeno social contemporâneo na sociedade e suprir respostas que precisamos a seu respeito. UFO — O senhor crê que a Ufologia está em mãos de pessoas experientes para compreender a grandiosidade do Fenômeno UFO? Ballester Olmos — Normalmente, a Ufologia tem estado nas mãos de pessoas in8
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Ballester Olmos — A atitude dos ufólogos, principalmente. Em inglês, o termo que melhor os descreve é publicity seeker, que significa pessoa orientada para a autopromoção, para a fútil e efêmera fama que um par de golpes de efeito na imprensa ou na TV pode conseguir. E o Fenômeno UFO tem o condão de dar notoriedade às pessoas, transformá-las em celebridades, embora essa condição não dure muito. Em nosso campo de estudo há muita intromissão de gente que tem esse estilo, que infelizmente acaba depreciando a Ufologia. Vicente-Juan Ballester Olmos
que não se trata de aeronave que configure ameaça para a segurança nacional – que é o caso dos UFOs. Durante o desarquivamento dos documentos desenvolvemos também uma metodologia para a pesquisa oficial de fenômenos ufológicos no país, sem segredos, e ela é aplicada pelas autoridades aéreas cada vez que objetos voadores não identificados forem detectados novamente sobre o país.
“
Houve uma época em que fiquei tão cético quanto ao Fenômeno UFO que cheguei a estimar que a possibilidade dele ter origem extraterrestre era próxima de zero
”
— BALLESTER OLMOS pioneiro espanhol
competentes, de gente crédula e de indivíduos que pretendem aparecer às custas do enigma. Mas ter um título de doutorado também não quer dizer que a pessoa terá as qualidades que se espera de um ufólogo. Em absoluto! No entanto, felizmente, há muitas pessoas dedicadas ao Fenômeno UFO com seriedade, inteligência e competência, que estão explorando o mistério com métodos válidos. E uma boa coisa é que a internet agora pode unir todos esses indivíduos num ambiente coletivo que reúna seus esforços em prol da dignificação da Ufologia. UFO — O que o senhor acha que teria que ser mudado na Ufologia para que ela fosse mais reconhecida pela sociedade e pelos segmentos científicos?
testemunhas, UFOs e seres extraterrestres estão relativamente próximos entre si. UFO — Desde o início de suas atividades na área até essa data, com dezenas de casos investigados, livros editados, conferências em congressos etc, o que o senhor acha que mudou no Fenômeno UFO? Ballester Olmos — Tenho que admitir que, pelo fato de investigar casos e mais casos, de estudar e ler tudo o que ocorre na área, meu ceticismo natural cresceu notavelmente. Mas essa é uma postura empírica, resultado de anos de investigação e de aprimoramento. Teve momentos que cheguei a estimar que a possibilidade de os UFOs representarem uma visita extraterrestre estaria próxima de zero. E ainda que fosse de 0,0001%, isso já seria uma coisa extraordinária.
UFO — Tendo escrito vários livros, alguns dos quais best sellers, qual deles foi o de maior impacto sobre a Comunidade UFO — Que função cumpre Ufológica Espanhola? Ballester Olmos — Bem, a Fundación Anomalía, da qual na verdade, as críticas que re- o senhor é chefe de investigações, na mudança desse cenário? cebi a todos os meus trabalhos Ballester Olmos — As finalideixaram-me mais que satisfeito. Acho que todas as obras fo- dades da entidade, como constam oficialmente, não se restringem à ram muito bem recebidas. Mas OVNIs: El Fenómeno Aterriza- questão ufológica. Elas visam o je [UFOs: O Fenômeno Aterris- estudo da influência na cultura posagem, Editorial Plaza y Janes, pular dos avanços da ciência e da 1978], que teve diversas edições, tecnologia, assim como das anomalias científicas e dos chamados apresentou impacto maior, talvez porque nunca se tinha feito nada “universo insólito”. Também nos dedicamos à preservação de arquiparecido na literatura espanhola dedicada à questão dos pousos vos científicos, à divulgação da ciência e da paraciência de nossas de discos voadores. Los OVNIs y la Ciência [Os UFOs e a Ciência, publicações, além da concessão de prêmios e bolsas de estudo paidem, 1981], que escrevi com o físico Miguel Guasp, teve tam- ra a investigação nesses campos. bém bastante repercussão pela Trata-se de uma organização profundidade de seu conteúdo. sem finalidade lucrativa, que Minha Enciclopédia de los En- reúne o mais numeroso grupo cuentros Cercanos com OVNIs de experimentados investigado[Enciclopédia de Encontros Ime- res espanhóis jamais visto numa diatos com UFOs, idem, 1987], organização ufológica. Nossa lançada em parceria com Fernán- página na internet é considerada o site ufológico mais visitado dez Peris, também teve muito em língua espanhola. sucesso porque apresentou uma completa análise dessa classe de UFO — Uma de suas princasuística ufológica – os contacipais atividades na Fundación tos de graus elevados, em que Agosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
Anomalía é a manutenção do sistema Fotocat. O senhor poderia explicar exatamente em que consiste esse programa? Ballester Olmos — O Fotocat é um catálogo internacional de imagens de UFOs, um compêndio de todos os casos ufológicos em que foram feitas fotografias, filmes ou gravações em vídeo do fenômeno. Minha pretensão é disponibilizá-lo livre e gratuitamente à comunidade mundial de investigadores, pela internet, sem quaisquer restrições. Atualmente, o arquivo alcança quase 5.000 registros e continua crescendo graças a uma considerável colaboração internacional, que pode ser vista em nosso site [www.anomalia. org/fotocat1.htm]. UFO — Para finalizar, que mensagem o senhor daria aos ufólogos que estão iniciando nessa carreira? Ballester Olmos — Bem, creio que seria presunçoso de minha parte dar mensagens desse calibre, mas pediria a todos que enfocassem o estudo do Fenômeno UFO de maneira desapaixonada e, sobretudo, sem idéias preconcebidas. Sugiro aos ufólogos, iniciantes ou veteranos, que tenham mente aberta – mas não para crer no incrível, e sim para admitir que o que parece extraordinário, pode não sê-lo. Enfim, que sigam estudando o tema sempre em contato com outros estudiosos e trocando experiências que beneficiem a todos. Espero, com esta entrevista, ter mostrado um pouco dos avanços que existem na disciplina e contribuído com meu grãozinho de areia para a elucidação do enigma. O entrevistado Vicente-Juan Ballester Olmos pode ser contatado através do email: ballesterolmos@yahoo.es. E o entrevistador, Guillermo D. Giménez, através do e-mail: gdgneco@yahoo.com. Edição 113 – Ano 21 – Agosto 2005
Agenda de eventos
Informações: redacao@ufo.com.br
Congressos ufológicos programados pelo Brasil afora I Congresso de Ufologia do Norte Fluminense Em comemoração da abertura dos arquivos secretos da FAB Rio das Ostras (RJ), 16 a 18 de setembro Temas principais: Abertura dos arquivos da Aeronáutica Revelações sobre o Caso Varginha Os bastidores da Operação Prato A invasão das flotillas mexicanas A mensagem das abduções alienígenas
Convidados: A. J. Gevaerd Fernando Aragão Ramalho Ricardo Corrêa Varela Marco Antonio Petit Rafael Cury
Informações e reservas: Ambiente Terra — Fones: (22) 2771-9726 e (22) 9906-5436 E-mail: ambienteterra@terra.com.br Realização: Prefeitura Municipal de Rio das Ostras Empresa de Turismo Ambiente Terra
Apoio: Revista UFO — www.ufo.com.br Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU)
32° Congresso Brasileiro de Ufologia Científica 5° Diálogo com o Universo — A ciência face aos ETs Evento dedicado à memória de Ademar Eugênio de Mello Curitiba (PR), 12 a 15 de novembro de 2005 Convidados especiais: Doutor Bryan O’Leary, astronauta norte-americano Tenente-coronel Ariel Sánchez, da Força Aérea Uruguaia (FAU) Major Antonio Lorenzo, da Força Aérea Brasileira (FAB) Tenente-coronel Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro Astrônomo e autor Ronaldo Rogério de Freitas Mourão Conferencistas: A. J. Gevaerd Carlos Augusto Fini Claudeir Covo Gener Silva
Gilda Moura Jan Val Ellam Jorge Bernardi Marco Antonio Petit
Nelson V. Granado Reginaldo de Athayde Ricardo Varela Wilson Picler
Informações e reservas: Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU) — Fone/fax: (41) 3324-1003 ou (41) 3324-0805 E-mail: npu@brturbo.com.br Realização: Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU) Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB)
Apoio: Revista UFO — www.ufo.com.br Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV)
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Mensagem do Editor
A. J. Gevaerd editor@ufo.com.br
Cosmos IV em Araçatuba (SP)
A importância dos eventos sobre Ufologia
U
mo fez o astronauta Pontes, desma das principais O conclave, no entanto, não trata atividades dos ufó- apenas de Ufologia e tem pou- crevendo detalhes das missões logos é a divulga- co a ver com os eventos tradi- espaciais tripuladas da Agenção da existência cionais onde o tema é abordado. cia Espacial Norte-Americana dos discos voadores “Nossa intenção é discutir Ufo- (NASA). Na segunda, ufólogos à sociedade. Tão importante logia e astronomia em alto ní- ocupam a tribuna para mostrar as novidades na pesquisa nacioquanto investigar o Fenôme- vel, junto à população”, definiu nal e internacional dos discos no UFO é informar a popula- Gener Silva, consultor de UFO ção dos fatos obtidos, dos re- e um dos mentores do progra- voadores, com espaço até mesmo para assuntos menos ortosultados encontrados, levando ma. Assim, contando com apoio doxos, como espiritualidade e até as pessoas a mensagem de do SESC local, da câmara e da reintegração cósmica. Por fim, que não estamos sós no univer- prefeitura municipais, o Inape uma “festa cósmica” encerra as so – aliás, que estamos muito tem conseguido ineditamente bem acompanhados por outras aglutinar sob o mesmo teto ex- atividades, num clima de ceraças. Num país de proporções perientes ufólogos e renomados lebração por um trabalho bem gigantescas como o nosso, em astrônomos e astrofísicos – até feito. Esta é a estrutura básica do Cosmos, que o diferencia que os meios de comunicação mesmo o astronauta Marcos dos demais encontros realizanão atingem todas as camadas Pontes compareceu ao evento da sociedade e onde há muita deste ano. Como se sabe, histo- dos em nosso país. A importância desse trabadesinformação sobre Ufologia, ricamente, essas são classes que os eventos que são realizados a pouco se misturam, exceto no lho de divulgação e popularização da Ufologia é notória. cada ano se tornam ferramen- congresso de Araçatuba. Em geral, os organizadores de tas indispensáveis no processo evento preferem realizá-los nas de popularizar a presença alie- Festa cósmica — O Cosmos é nígena em nosso planeta – em dividido em três partes. Na pri- capitais, onde a certeza de uma especial os encontros que têm meira, integrantes da comunida- boa audiência facilita as coisas. a capacidade de atrair o público de astronômica do país se reve- O Inape resolveu fazer diferente em Araçatuba e provou que se e colocá-lo frente a frente com zam na explicação técnica dos os estudiosos do assunto. mistérios do universo. Não ra- pode realizar bons congressos também em cidades do interior. É exatamente isso que se vê ro, apresentam temas de grande há quatro anos em Araçatuba, curiosidade e bem atuais – co- “O mais impressionante no Cosno interior de São Paulo, onde o Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais de Araçatuba (Inape) vem realizando com grande sucesso a série de eventos Cosmos, cuja última edição ocorreu entre 04 e 08 de julho passado.
mos é a presença de muitos jovens na platéia e o fato de que eles permanecem assistindo as palestras até quase a madrugada”, afirma o comerciante Wilson Balbo, presidente do Inape. De fato, ano após ano, nota-se que são na maioria jovens secundaristas e universitários que assistem às atividades realizadas em Araçatuba, ao contrário do que ocorre na maioria dos eventos, que têm públicos de maior idade. No Cosmos de julho, os astrônomos convidados foram Max Faúndez-Abans, que proferiu a palestra Uma Aventura no Conhecimento do Nosso Universo, e Walmir Cardoso, que falou sobre A Astronomia do Zodíaco. Faúndez-Abans é dono de um dos mais sólidos currículos na área, pesquisador titular do Laboratório Nacional de Astrofísica e gerente brasileiro de projeto do consórcio Observatório Gemini. Cardoso é professor do Departamento de Física da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e presidente da Socie-
Momentos do Cosmos IV [A partir da esquerda]: o astronauta Marcos Pontes fala sobre as missões da NASA, o ufólogo Marco Petit trata de Ufologia e espiritualidade, e Max Faúndez-Abans, do Laboratório Nacional de Astrofísica, de “tijolos cósmicos”
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Leo Benez (Inape)
dade Brasileira para o Ensino da editando o jornal Vimana, tratou Astronomia (SBEA). Junto de- de um tema polêmico dentro da les, na área de astronomia, este- Ufologia: a associação de extrave o astronauta Marcos Pontes, terrestres com espiritualidade e piloto militar, engenheiro forma- reencarnação. “Se nossos visido pelo Instituto Tecnológico de tantes são seres de uma natureza Aeronáutica (ITA) e doutor em semelhante à nossa, é possível sistemas ópticos. que sua evolução se dê através Pontes foi o primeiro brasi- de meios que conhecemos, enleiro selecionado pela Agência tre eles a reencarnação”, anaEspacial Brasileira (AEB) para lisou. O conferencista, co-editor participar do treinamento para da Revista UFO, lançou recenastronauta da NASA, realizado temente seu quinto e mais conno Johnson Space Center, em troverso livro, homônimo de sua Houston, Texas. Em agosto de conferência [Veja como obtê-lo 1998, ele passou a integrar a 17ª na seção Suprimentos de Ufoturma de astronautas da agên- logia]. Na seqüência, Albino, cia, com 32 candidatos e seis de fundador do Grupo de Estudos fora dos Estados Unidos – dois Ufológicos da Baixada Santissão da Itália, um da Alemanha, ta (GEUBS), fez uma avaliação um da França e um do Canadá, ilustrada dos 58 anos da era moalém dele. Em julho de 2004, derna da Ufologia. Pontes recebeu o enviado da Cury, presidente do Núcleo Revista UFO Wendell Stein de Pesquisas Ufológicas (NPU), para uma entrevista, na qual e Granado, autor do livro Direvelou seu interesse por Ufo- mensionais [Veja Suprimentos logia. Como resultado, acabou de Ufologia], falaram na messendo convidado e aceitou ser ma noite sobre temas opostos consultor da publicação. – “mas que se complementam”, segundo o último. Cury expôs a Espiritualidade e reencarnação — maneira como a ciência se comNa ala da Ufologia, os convi- porta frente ao Fenômeno UFO dados deste ano foram Marco e a manifestação de seres exPetit, Wallacy Albino, Rafael traterrestres em nosso planeta, Cury, Ataíde Ferreira, Nelson enquanto Granado abordou o Vilhena Granado, A. J. Gevaerd tema partindo de conceitos do e o próprio Gener Silva. Todos cristianismo e chegando a disdispensam apresentações. Petit, cutir uma eventual reintegração que desde o ano passado vem cósmica da humanidade terres-
“
A intenção do INAPE é discutir Astronomia e Ufologia no interior do Estado de São Paulo, com alto nível e participação da sociedade
”
— GENER SILVA consultor de UFO
tre. Em ambos os casos, ficou evidente que o entendimento da questão ufológica passa por muitas considerações, e que o fenômeno parece ser bem maior do que a soma de suas partes. “A busca de entendimento deve passar por uma grande reformulação de conceitos históricos, científicos e religiosos”, declarou Cury. Continuando a jornada, Gener Silva, advogado e astrônomo amador, tratou do tema antropo-
morfismo universal, mostrando que o formato humanóide, que predomina na comunidade de seres pensantes de nosso planeta, também se espalha pelo universo. O psicólogo Ataíde Ferreira, presidente da Associação Matogrossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (AMPUP), apresentou a palestra Influência da Ufologia na Psique Humana, avaliando o impacto que experiências de contatos com aliens causam nas testemunhas, especialmente em circunstâncias – não raras – em que desenvolvem algum potencial paranormal. Gevaerd, encerrando as atividades do Cosmos IV, tratou do espantoso fenômeno das flotillas mexicanas, com a conferência A Definitiva Aproximação dos UFOs a Terra: Contagem Regressiva para o Contato. Cidadania cósmica — Mais de 600 pessoas compareceram aos cinco dias do evento e receberam uma dose considerável de informação de alto nível sobre temas que têm tudo a ver com o atual estado de evolução da humanidade e dos desafios que ela enfrenta face ao seu próprio gigantismo. O resultado mais notório do Cosmos IV foi a constatação de que congressos no interior, longe dos grandes centros, como o que aconteceu em Araçatuba, estão se transformando em peças de grande importância na formação de uma cidadania cósmica na população. Esse é um processo inevitável pelo qual todos passaremos, e que tem na Ufologia uma etapa imprescindível.
Fotos Leo Benez (Inape)
O endereço do Instituto de As-
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tronomia e Pesquisas Espaciais de Araçatuba (Inape) é: Rua XV de Novembro 395,
16010-030 Araçatuba (SP). Site: www.inape.org.br. E-mail: inape. cosmos@terra.com.br.
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INVESTIGAÇÃO
O legado de visitan
Evidências em rochas indicam a ação de ETs no Bra
José Augusto Fonseca
E
sta exposição sobre as evidências ufológicas no Brasil remoto surgiu das observações feitas em minhas viagens e estudos sobre as pinturas e registros rupestres que são profusamente encontrados no Território Nacional, na qual procuro reunir sinais de um silabário primitivo. Não é incomum observar representações gráficas pré-históricas em nosso país que demonstram algo mais do que simplesmente rabiscos ou supostas letras em paredões pétreos, cavernas e locais habitados por nossos antepassados. Além disso, sua complexidade e variedade de manifestação não são casuais, permitindo que o pesquisador possa levantar impressões mais ousadas sobre seu conteúdo, apoiadas em teorias menos convencionais. Já de início, não poderíamos deixar 12 :: www.ufo.com.br ::
de citar o insigne pesquisador mineiro Antonio Lopo Montalvão, fundador da misteriosa cidade de Montalvânia, tendo ali desenvolvido um memorável trabalho de investigação nas diversas grutas que podem ser encontradas na localidade, com seus impressionantes registros rupestres. Escreveu Montalvão que “...a saúde não contagia e, igualmente, não contagia a virtude e a verdade. São condições independentes, auto-suficientes, que vivem em si e de si”. Com essa citação, gostaria de chamar a atenção para o estado sempre recluso de certos centros acadêmicos de pesquisa arqueológica, que não têm coragem de ousar, ampliar conclusões diante de seus achados e ver algo mais além de rabiscos sem importância feitos por homens ociosos e indolentes do passado, medíocres e sem critério.
Em face de certas descobertas, não podemos mais ignorar que em nossa história algo de muito importante ocorreu no planeta, incluindo nesse processo as milenares terras brasileiras. Desde que foram encontradas pelo pesquisador William Meister no Estado de Utah, Estados Unidos, duas pegadas de pés calçados fossilizados, numa camada de terra de 500 milhões de anos, oriundos da Era Paleozóica, a idéia de que os homens civilizados já estavam presentes na Terra desde seus primórdios passou a não ser mais colocada em dúvida pelos ufólogos. Esse fato ocorreu em 1968 e a certeza ficou evidenciada porque, sob o calcanhar do pé esquerdo, encontrava-se esmagado um trilobite, pequeno invertebrado marinho, parente dos caranguejos e camarões. A criatura também ali se encontrava petriAgosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
ntes ancestrais
asil há milhares de anos
ficada, juntamente com a pegada. Tal antropóide teria vivido na referida era, ou seja, há cerca de meio bilhão de anos.
Surge o realismo fantástico — A partir de então, muitos escritores ousaram romper a camisa de força que os acadêmicos da história da humanidade vinham impondo a todos. E mesmo antes dessa descoberta, os autores Louis Pauwels e Jacques Bergier já haviam exposto em sua magnífica obra O Despertar dos Mágicos [1969], questões novas na discussão da vida do homem na Terra, que na época foram intituladas de “realismo fantástico”. Depois disso vieram outros pensadores, como Peter Kolosimo, Robert Charroux, Erich von Däniken, Quixe Cardinale, W. Raymond Drake, Andrew Tomas e muitos outros, todos alentando para posEdição 113 – Ano 21 – Agosto 2005
sibilidades mais ousadas. De fato, em nosso lugares que se tornaram bem marcantes pepassado desconhecido, alguma coisa espeta- la complexidade de seus registros, demonscular parece ter acontecido no planeta, algo trando uma gama maior de sinais e repreque se perdeu quase que definitivamente sentações inusitadas ou – por que não dizer? sob o pó das gerações e dos grandes cata- – extravagantes e inexplicáveis. Dentre eles clismos que já reviraram essas terras por podemos citar o monólito da Pedra do Ingá inúmeras vezes. Entretanto, muitas evi- e de outras localidades da Paraíba, as grudências foram encontradas perenemente tas de Montalvânia e os rincões arqueológiem pedra bruta, como a que acabamos de cos de Minas Gerais, a região da Serra do mencionar, além de outros registros impre- Roncador e todo o interior de Mato Grosso, cisos ou, em alguns casos, na forma de cla- a misteriosa Sete Cidades e outras áreas do ras demonstrações que indicam que algum Piauí, além de inúmeros sítios arqueológicos fato marcante teria acontecido diante dos do Pará e Amazonas. É bom que se diga que olhos atônitos de nossos antepassados. em praticamente todos os estados brasileiÉ sobre tais achados que este artigo pre- ros também podem ser encontrados registende fazer sua abordagem, voltando seus tros de caráter desconhecido, que sugerem olhos para o que existe no Brasil, sob as mais que alguma coisa não muito comum ali teria variadas formas e em diversas localidades se passado. A evidência disso está caractede sua vasta extensão territorial. Há alguns rizada nos desenhos gravados nas paredes :: www.ufo.com.br :: 13
Imagens de J. A. Fonseca, The National Archives e de Centro Ufologico Nazionale (CUN)
Na imagem maior, a enigmática Pedra do Ingá e seus símbolos, na Paraíba. À direita, acima, o Astronauta de Tassili, como é conhecida a imagem de um humanóide descoberta numa caverna africana. Abaixo, outras figuras zoomorfas com capacete registradas por nossos antepassados, em Val Camonica, Itália
Enigmáticos registros — Atribuir ao homem primitivo sua autoria, considerando-se que este não passava de um ser mentalmente limitado e excessivamente abrutalhado, não é uma atitude fundamentada em métodos convincentes e razoáveis. Qualquer pessoa que se aproxima da Pedra do Ingá e vê sua vasta simbologia incrustada na rocha, não pode em sã consciência admitir que seus autores fossem indivíduos rudes e incultos. Quando observamos aquelas representações com cuidado, percebemos que expressam uma idéia, uma espécie de esquema de caráter avançado e inteligente, como um código que pudesse perdurar através dos tempos, preservando um conhecimento. Para efeito dessa avaliação, reproduzo ao longo deste texto algumas ilustrações encontradas na Pedra do Ingá, destacando figuras pouco comuns, apesar de entendermos que é o contexto geral do monólito que tem muito a revelar. Alguns de seus caracteres apresentam gravuras estranhas, que mais poderiam ser comparadas a equipamentos de vôo ou a uma espécie de instrumento desconhecido. Ou ainda, a uma forma de linguagem sintetizada de um grande conhecimento que teria se perdido no decorrer das eras. Outros podem ser nitidamente observados e destacados de seu conjunto, como se fossem uma síntese evidente de uma tecnologia desconhecida. A fotografia dessa colossal Pedra do Ingá [Página 12] pode fazer lembrar algum tipo de objeto não identificado, já avistado e catalogado pelos pesquisadores contemporâneos da Ufologia. Suspeita-se que o conteúdo dessa rocha esteja muito além de nossas possibilidades atuais de compreensão, e é possível que contenha uma espécie de informação de grande importância para nossa humanidade. O problema é que sua chave teria se perdido juntamente com as grandes transformações que ocorreram no passado da 14 :: www.ufo.com.br ::
Terra, e seu enigma somente poderá ser decifrado quando tivermos desvelado certos significados relacionados a símbolos específicos de caráter universal. Também próximo àquela formação rochosa, num local denominado de Saltos do Riacho Fundo, existem diversos ideogramas que foram identificados pelo pesquisador Gilvan de Brito – muitos dos quais se assemelham aos já referidos. Seus caracteres estão menos agrupados, mas também se acham esculpidos na pedra, da mesma maneira que as esculturas do monólito do Ingá, revelando estranhas figuras circulares. Outras regiões da Paraíba também apresentam grande incidência de inusitadas inscrições rupestres, com indicação de que podem estar relacionadas a um tipo de civilização mais avançada que poderia ter vivido na Terra – ou a um grande acontecimento que teria causado profundas impressões em seus assustados espectadores. A Pedra de Picuí, por exemplo, é outro registro insólito com uma simbologia complexa e representações de objetos estranhos. Hoje ela se encontra submersa após a construção de uma barragem na região, mas graças ao engenheiro Francisco Retumba, que a copiou, podemos saber de seu conteúdo. Imagens cortesia Eloir Fuchs
milenares de muitas de tais áreas, em todo o Brasil, como iremos demonstrar. A Paraíba é um lugar com riquíssimos arquivos rupestres que apresentam figuras estranhas e objetos que se assemelham a máquinas em vôo. Essas manifestações podem ser encontradas em vários locais do Estado, assim como em todo o Nordeste brasileiro. A mais importante e enigmática dessas inscrições é a Pedra do Ingá, que constitui um dos maiores mistérios da arqueologia. Ao visitar a região, percebi tratar-se de algo estranho demais para estar ali, desafiadoramente, como testemunho vivo de um passado misterioso e de difícil explicação. Talvez fosse até mais conveniente para os pesquisadores ortodoxos que ela não existisse, pois não teriam de se preocupar em tentar explicar o inexplicável.
Experimentos científicos no passado — Também próximo a Picuí podem ser encontradas gravuras intrigantes esculpidas em rocha, numa região chamada de Cachoeira do Pedro, segundo as pesquisas feitas por Brito. Seu conteúdo traz ainda grande semelhança com os que existem na Pedra do Ingá. No município de Souza, no mesmo Estado, foi encontrado um painel com figuras muito diferentes que lembram um esquema técnico, onde podem ser vistas antenas, setas indicativas de movimento, objetos em vôo e outros que parecem instrumentos de controle. Observando o mural encontrado na região, pode-se perceber que ele não se assemelha a nenhum dos conjuntos de petrogravuras encontrados regularmente. Petrogravuras ou petroglífos, por sinal, são termos técnicos que se usa para descrever as pinturas rupestres, desde que feitas em rocha. Quanto às imagens encontradas em Souza, tem-se a impressão de que seus autores pretenderam demonstrar algum tipo de
atividade não muito comum, ou relacionada a experimentos científicos num passado distante. No registro que se vê na região, algumas das figuras apresentam objetos específicos e indicações nítidas. Seguindo esse raciocínio, poderíamos compilar uma série de dados curiosos somente no Estado da Paraíba, que escolhemos para iniciar nossas demonstrações de que algo de estranho teria acontecido naquelas paragens, em tempos bem remotos. Uma viagem pelo Brasil levaria o leitor a encontrar muitos outros exemplos semelhantes aos misteriosos desenhos registrados nas plantações da Inglaterra e de outros países, os chamados círculos ingleses, que permanecem ainda inexplicados [Veja edições 81 e 97 de UFO]. Brito se refere ainda a uma série de sítios arqueológicos somente no Estado da Paraíba, onde podem ser encontradas figuras estilizadas, símbolos abstratos e representações incompreensíveis de um tempo não conhecido da história do Brasil. Sobre as inscrições no município de Souza, ele escreveu: “Aqueles que estiverem pretendendo dar asas à imaginação poderão ver nos litoglifos, que são gravuras em pedra, figuras parecidas com UFOs, tendo ao lado algo que se assemelha a duas pessoas. Na imagem, o mesmo objeto não identificado aparece com a antena recolhida no ar, antes de penetrar numa formação de nuvens. Há no alto da imagem formações que lembram duas constelações”. No Piauí também podemos encontrar muitas inscrições rupestres semelhantes a estranhos objetos em vôo, representados em meio ao seu mais diversificado acervo arqueológico. Poderíamos dizer que em todos os estados brasileiros podem ser observadas inscrições que levantam suspeitas de que alguma coisa grandiosa fora avistada pelos antigos habitantes de nosso país. Neste trabalho não podemos abordar todas, eviAgosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
A espantosa Pedra do Ingá, na Paraíba. À direita, os desenhos que a rocha contém em formato de estrelas, sistemas estelares e até de galáxias
dentemente, mas mostramos as figuras que mais desafiam a lógica ou por se encontrarem presentes em Território Nacional sem uma explicação convincente. O Piauí é um exemplo dessa situação. O Estado é riquíssimo em registros que permitem inflamar nossa imaginação e fazê-la especular sobre o que levou o homem primitivo a reproduzir, com tanta ênfase, certos símbolos circulares e estranhos desenhos na rocha viva.
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Procedência extraterrestre — Entre as imagens mais espantosas de Buriti está uma figura descomunal gravada em pedra na Toca do Morcego, em São Raimundo Nonato, no sul do Estado [Página 16]. O que pretendiam seus autores representar? Só com muita ousadia podemos imaginar. E é preciso considerar ainda que em muitas localidades espalhadas por toda a extensão do Nordeste brasileiro existem grandes concentrações de registros pré-históricos, que estamos ainda pesquisando. Certamente, eles também estarão a indicar que algo de grande relevância teria acontecido na região, forçando seus habitantes primitivos a gravar suas impressões em pedra bruta. A região Norte do Brasil sempre foi riquíssima em avistamentos de objetos estranhos no céu, chegando a ponto de obrigar a Aeronáutica brasileira a constituir uma comissão especial para estudar o fenômeno, denominada Operação Prato [Veja edição 101 de UFO]. É provável que tais acontecimentos não sejam recentes, pois a quantidade de dados encontrados no Pará, Amazonas e em outros estados da Amazônia é de surpreender a qualquer pesquisador. Mesmo que não se creia na hipótese da procedência extraterrestre desses registros, não será fácil explicar certas figuras humanóides gravadas em pedra, tampouco estranhas representações circulares e de objetos que muito se assemelham a UFOs, que têm sido amplamente avistados nos dias de hoje e noticiados em todas as partes. No do Pará, por exemplo, vamos encontrar muita coisa estranha feita em pedra bruta. Usando como fonte o livro A Arte Rupestre na Amazônia [Editora Unesp, 2003], da pesquisadora Edithe Pereira, constatamos a riqueza da manifes-
Sinais ancestrais na Paraíba
Pedra do Ingá
Saltos do Riacho Fundo
Cachoeira do Pedro
Lagoa Seca, Brejo do Cruz e Cubati
Reproduções José Augusto Fonseca
Figuras zoomorfas — No complexo arqueológico de Sete Cidades, por exemplo, é possível encontrar uma profusão de registros rupestres, mãos carimbadas, humanóides e figuras zoomorfas, além de caracteres semelhantes a letras de antigos alfabetos e outras representações de objetos desconhecidos. Em sua maioria, foram gravados pelo processo de impressão em pigmentos avermelhados e em algumas das áreas podem ser encontrados sinais inscritos de forma confusa e desordenada, parecendo tratar-se de um cenário notadamente caótico. Entretanto, outros elementos se destacam dos demais pela sua complexidade, como se tratassem de algo especial na vida daqueles homens ou tivessem despertado grande interesse, medo ou sentimento de adoração, induzindo-os a tentar representá-los. Naquele grande sítio arqueológico, como em muitos outros espalhados pelo interior da localidade, podemos destacar inúmeras imagens interessantes [Página 17]. Próximo a Sete Cidades existem ainda regiões que
foram pesquisadas por Reinaldo Coutinho e que também contêm algumas representações no mínimo curiosas, que podem ser analisadas sob o mesmo enfoque que vem sendo abordado nesta pesquisa. É provável que alguns arqueólogos pensem que seja especular a origem exógena desses sinais rupestres, um vôo alto demais e muito especulativo, mas estou convicto de que existe algo de grande significado em tais registros, resultado de acontecimentos que gravaram nas mentes daqueles homens certas inscrições que não podiam ser por eles compreendidas. A insistência de certas
formações circulares em diversas partes do globo terrestre, e de figuras estranhamente vestidas, não podem ser tratadas simplesmente como criação daquelas mentes limitadas e voltadas exclusivamente para a própria subsistência em nível instintivo. O que os teria levado a reproduzir sinais como os que foram encontrados numa região chamada Buriti dos Cavalos, no interior do Piauí? Próximo de lá, no local denominado Jardim, também podemos registrar essas estranhas gravuras.
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tação arqueológica na forma de inscrições e pinturas rupestres naquele Estado. Edithe apresenta de forma criteriosa as inúmeras representações líticas de localidades pouco conhecidas do Brasil, nas quais se destacam figuras que nos levam a imaginar que se tratassem de objetos voadores não identificados que teriam sido avistados por seus autores, num tempo muito remoto. Na região onde se localiza Monte Alegre, por exemplo, há uma grande quantidade de sítios arqueológicos, como Serra da Lua, Morro do Sol, Pedra do Mirante, Gruta Itatupaoca, Caverna e Painel do Pilão, Abrigo da Coruja, do Irapuá etc, todos localizados nas serras do Ererê e de Paituna. Na Serra do Ererê vamos encontrar desenhos interessantes que despertam a curiosidade ao mostrarem figuras estilizadas que lembram algo parecido com o que hoje são descritos como UFOs, além de estranhos desenhos humanóides. Algumas dessas inscrições existem em grande quantidade e podem ser encontradas em toda a extensão da serra. Na bacia dos rios Araguaia e Tocantins, principalmente numa região denominada Martírios do Araguaia, pode-se ver diversas gravuras em baixo-relevo que mostram uma grande variedade de objetos curiosos e figuras zoomorfas.
máquinas em vôo, como as registradas no Paredão Valha-Me Deus, no município de Altamira, também no Pará. Num local chamado de Ilha de Pedra, dentre outros obImagens de máquinas em vôo — Na bacia do jetos estranhos esculpidos, vemos várias Rio Trombetas, próximo aos rios Erepecu- imagens com formatos distintos. Na Pedra ru, Murapi, Paru d’Oeste e Igarapé Campo Gravada, em Anapu, há registros similares Grande, existem também outras represen- de estranhas reproduções. tações de caráter excepcionalmente intriObjetos surpreendentes e figuras desgantes. Algumas delas são reproduzidas concertantes também foram descobertas neste artigo por serem muito expressivas numa grande rocha do Estado de Roraima, e permitirem análise sob uma ótica não pelo pesquisador e escritor Marcel Homet, necessariamente acadêmica, pelo seu alto próximo a Serra do Parimã, na divisa do grau de estranheza. A bacia do Rio Xingu Brasil com a Venezuela. Seguramente, se é também riquíssima em registros rupes- tratam de inscrições de origem desconhecida tres. Num local denominae muito antigas, não podendo do Cachoeira de Itamaraser simplesmente atribuídas cá existe um desenho cujas a índios da região ou a hocaracterísticas não podem mens primitivos pela profuser, em absoluto, atribuídas são de símbolos tradicionais a povos primitivos, face à conhecidos do Velho Mundo. sua complexidade. Elas encontram-se registraEm 1885, Domingos Sodas, segundo o autor que as ares Ferreira Penna visitou copiou, numa grande rocha aquela região e reproduziu denominada Pedra Pintada, a enigmática figura, dandopodendo-se destacar certos nos a possibilidade de ver conjuntos de caracteres que que se parece com um eslembram letras e símbolos requema técnico – apesar de ligiosos e esotéricos, além de alguns pesquisadores querefiguras complexas similares rem lhe atribuir explicações a máquinas voadoras. O que ordinárias, como se fosse esta vasta simbologia estaria apenas representação de al- Figura rupestre gravada em fazendo em plena selva amadeias fortificadas. Também zônica? Quem as teria produpedra na Toca do Morcego, em noutras localidades pode- São Raimundo Nonato, no sul zido? Com que finalidade? mos encontrar imagens em É provável que Mondo Piauí. O que pretendiam baixo-relevo que lembram talvânia, em Minas Gerais, seus autores representar?
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seja uma das localidades de nossa terra onde mais se adensam os mistérios sobre o homem primitivo que viveu no Brasil ancestral. O fato de já existirem certas explicações acadêmicas sobre as inscrições e desenhos encontrados em suas grutas não quer dizer que sua origem e significado tenham sido esclarecidos. Alguns registros nas pedras permitem levantar hipóteses variadas e até mesmo supor que acontecimentos de transcendental importância teriam sido percebidos também por aqueles homens pré-históricos. Não podemos compreender como, em condições normais, os temerosos moradores daquela região, milhares de anos atrás, pudessem ter sido capazes de deixar gravado em pedra imagens de caráter tão controvertido, para não dizer difícil de serem reproduzidas por alguém que as tivesse criado com a exclusiva intenção de lazer. Deuses mitológicos de Montalvânia — Montalvânia é uma pequena cidade que fica quase na divisa de Minas com a Bahia. É rodeada por inúmeras formações rochosas e pequenas elevações pétreas de cor cinza escuro, onde podem ser encontradas diversas grutas e cavernas com esculturas desconcertantes. Fundada por Antonio Montalvão, suas ruas possuem nomes de filósofos e pensadores, como Descartes, Rui Barbosa, Einstein, Arquimedes, Galileu etc. O visitante que chega àquelas paragens fica sensibilizado ao passar pela Rua Zoroastro, passear na Praça Buda, caminhar na Avenida Confúcio ou conhecer a Rua Mama Cocha. As pinAgosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
Gilson Ermeneu
turas e imagens em baixo-relevo de suas Um exemplo disso é o deus com garras nas mãos e rabo de peixe que o pesquisador grutas mostram uma grande variedade de gigantes aquáticos, deuses mitológicos, afirma se tratar do imperador das águas, seres estranhos e representações que lem- Poseidon, que em sua caverna guardaria inúmeros registros pictóricos, em baixobram objetos voadores. Quando visitei a região pela primeira vez, fiquei estupefa- relevo e de grande importância. to com tamanha profusão de símbolos e figuras variadas, diferindo-se muito das Um pouco de ousadia — As teorias do pesquipetrogravuras encontradas noutros luga- sador podem parecer extravagantes, porém as petrogravuras que se acham nas grutas e res da Terra, obra de homens primitivos cavernas de Montalvânia lhe dão sustentaque, geralmente, utilizavam pigmentos em ção. São tão inexplicáveis e intrigantes que vermelho para retratar animais, cenas de lá estão aguardando um pouco de ousadia caça e sinais menos sofisticados. É certo que Montalvânia guarda mui- dos estudiosos para compreendê-las e dartos segredos a serem desvelados e que sua lhes uma explicação mais coerente sobre antiguidade é notória. Mas ao que parece, tão cedo seus mistérios não poderão ser explicados pelos pesquisadores, pelo menos em termos ordinários, face à sua insofismável estranheza e denotada expressividade. De qualquer forma, aquele acervo arqueológico tem maior chance de ser preservado da sanha Buriti dos Cavalos (PI) destruidora do mundo contemporâneo do que outros, pois seu acesso é muito difícil e só pode ser alcançado através de caminhadas por trilhas e picadas abertas pelo mato adentro. O grande investigador Montalvão afirmava que a pri Jardim (PI) meira civilização da Terra havia surgido naquele local, tomado por um grande lago que cobria a vasta região. Disse que havia três raças dominantes: branca, negra e vermelha. Esta última seria uma progênie de “gigantes seres voadores que possuí Martírios do Araguaia (TO) am força descomunal e foram os responsáveis por grandes construções em pedra”. O estudioso ainda afirmava que nas cavernas de Montalvânia existiriam “deuses gravados em rocha que muito tempo depois a Grécia adotaria em seu pan Bacia do Rio Trombetas (PA) teão e os colocaria no Olimpo”.
Centro de Arqueologia do Piauí
sua existência e o que pretenderam relatar, concorrendo assim para a elucidação de seus mistérios. A localidade e seus registros pictóricos desafiam a mente humana, exigindo até mesmo uma revisão na história dos antigos povos do Brasil. Como testemunhas vivas, suas eloqüentes gravuras pétreas preservam imagens complexas de um passado remoto que a ciência insiste em não querer aceitar. Também em muitas outras cidades mineiras podem ser encontrados desenhos estranhos, que em nada se assemelham àquilo que aqueles moradores da época do sílex pudessem conhecer ou imaginar. Algumas das imagens descobertas em paredões do norte de Minas deixam à mostra algo inusitado, como se fosse uma tentativa de apresentar coisas desconhecidas que aqueles homens estavam percebendo nos céus ou vendo descer até o chão. Coisas que vinham lhes causar incômodo e apreensão, a ponto de fazê-los registrarem seu medo e estupefação nos paredões e nas grutas onde viviam.
Sinais no Piauí e Região Norte
Edição 113 – Ano 21 – Agosto 2005
Reproduções José Augusto Fonseca
Gislaine Bastos
Fumdham
Registros excepcionais — O Estado de Mato Grosso é também muito rico em inscrições de cunho desconhecido, para não se falar dos incompreensíveis acontecimentos que ocorrem em algumas de suas regiões – principalmente nos locais mais próximos da Serra do Roncador. Existem muitas coisas naquela área que ainda não podemos entender, apesar de nossa tecnologia e conhecimentos científicos, especialmente quando nos deparamos com certas descobertas e uma aura de mistério que se adensa sobre a real condição da vida no passado da Terra. Em uma de minhas viagens, pude ver em Barra do Garças um objeto encontrado :: www.ufo.com.br :: 17
Mundos subterrâneos — Em toda a região do Roncador existem muitos inscritos rupestres excepcionais e formações rochosas interessantes, assemelhando-se a esfinges e edificações monumentais. Seu mistério se liga à crença dos mundos subterrâneos e, segundo alguns, cerPegadas de animais pré-históricos na tas representações lítiParaíba, no local conhecido como Vale dos cas são indicações que Dinossauros, situado em Souza. O lugar velam a passagem paestá encravado numa área de 700 km2 e ra tais regiões ignotas. se constitui num dos maiores mananciais Também no município arqueológicos do mundo, quase de Paranaíta, no norte de totalmente a céu aberto Mato Grosso, pesquisadores brasileiros descobriram em toda a extensão de uma grande Muitos outros estados brasileiros tamrocha calcinada, denominada Pedra Preta, bém têm mostrado, a cada dia, novas desdiversos riscos que pareciam ter sido traça- cobertas de atividades pré-históricas, repredos por hábeis mãos em um passado muito sentadas pelas mais diversas modalidades remoto. Percorrendo com giz essas linhas de petroglífos e revelando inusitadas figuras em baixo-relevo, vê-se que desvelam uma e formas de expressão. Em algumas reproplêiade de variados desenhos, alguns gigan- duções gravadas em pedra podem ser obtescos, que representavam animais, figuras servadas semelhanças com objetos em vôo, variadas, círculos e outras inscrições de ca- cujo formato se aproxima dos tão discutidos ráter desconhecido, assemelhando-se a um discos voadores. São várias as manifestagrande registro a céu aberto. ções rupestres no Território Nacional, de
norte a sul, e também muitos os mistérios que as envolvem. É curioso imaginar o que teria levado os antigos habitantes de nosso país a se preocuparem tanto com certas imagens incomuns e porque tanto desejaram que elas fossem eternizadas através de registros em pedra. Não é pretensão deste autor explicar tais manifestações como decorrentes exclusivamente de fenômenos inexplicáveis que nossos antepassados teriam presenciado ou que faziam parte de suas vidas. Porém, é minha obrigação apontálas e pesquisá-las, para que sejam observadas através de outras perspectivas, e não somente as adotadas pelo academismo oficial que insiste em não dar a devida atenção a tal situação. Não se pode ignorar as abundantes evidências de que certos sinais gravados pelo homem primitivo muito se assemelham aos famosos discos voadores e que sua presença em todo o país, sobre suas rochas milenares, são uma prova contundente de sua manifestação desde os tempos mais remotos. Equipe CPB
numa das cavernas próximas, que mais se parecia com uma espécie de fóssil de um maquinário qualquer. O mais estranho é que era constituído por várias chapas perfuradas e ajustadas com parafusos, arruelas e porcas, como as que conhecemos hoje. Porém, estava petrificada e foi encontrada numa região onde podem ser vistas outras peças semelhantes, também com origem inexplicada.
J. A. Fonseca é economista, espiritualista, escritor e
estudioso da arqueologia brasileira. É articulista do portal Via Fanzine, presidente da Sociedade Teúrgica de Itaúna (MG), que tem ligações com a Serra do Roncador e seus mistérios, e o mais novo consultor da Revista UFO. Seu e-mail é: augusto@nwnet.com.br.
Em todo o mundo as imagens se repetem Veja exemplos de pinturas rupestres que lembram descrições recentes e clássicas de seres extraterrestres, encontradas em praticamente todo o mundo. As imagens estão em grutas, cavernas e paredões rochosos, muitas vezes até expostos a céu aberto
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Austrália
Peru
Califór
Agosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
Évelin Gomes da Silva, da Equipe UFO
Esforço notável mas não reconhecido — Nas
três décadas que dedicou ao estudo dos vestígios arqueológicos na Serra da Capivara, a doutora Niéde e sua equipe apresentaram dados concretos da presença do primeiro homem americano na região, datados de até 40 mil anos e incluindo milhares de pinturas rupestres, fogueiras, urnas funerárias e ossadas de animais ancestrais. Muitos desses achados
Argélia
Edição 113 – Ano 21 – Agosto 2005
André Pessoa
P
or mais de meio século, a teoria arqueológica de que o homem chegara ao continente americano entre 12 e 15 mil anos atrás foi um dos principais dados sobre as antigas civilizações. Saindo da Ásia e atravessando o Estreito de Behring, ele teria se espalhado do Alasca para as Américas. Porém, dados encontrados no Brasil podem revelar que a pré-história pode ter sido diferente do que se acredita. No final da década de 80, a Missão Arqueológica Franco-Brasileira chefiada pela arqueóloga Niéde Guidon, 72 anos, descobriu em São Raimundo Nonato, sudeste do Piauí, vestígios de nossos ancestrais que datam de até 50 mil anos. Tal achado suscitou uma grande polêmica internacional. O cenário dessa controvérsia que pode mudar a história do homem americano é o Parque Nacional da Serra da Capivara, um lugar de rara beleza na paisagem árida da Caatinga, abrangendo uma área de 130 mil hectares. Com uma vegetação densa recortada por cânions gigantescos e morros de mármore cinza e negro, existem quilômetros de galerias subterrâneas, com lagos e fontes naturais. Nesse mesmo local, alguns milhares de anos atrás, nosso ancestral mais antigo, o Homo sapiens, dividiu o espaço com outros animais da megafauna pré-histórica.
estão reunidos na Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham). O resultado de todo esse trabalho tendo a frente a arqueóloga é uma herança cultural cuja importância é reconhecida pela Unesco como patrimônio da humanidade. Entretanto, o descaso das autoridades brasileiras, o vandalismo, depredações e caça de animais, além da falta de recursos para manter a estrutura mínima do parque, comprometem este monumental esforço. A doutora Niéde tem poucas esperanças de que o país valorize e saiba aproveitar a riqueza cultural e o potencial turístico do que poderia ser uma saída para a miséria da região. No local também acontecem inúmeras invasões de terras, pois há cerca de 20 anos, o Governo do Piauí, “doou” ilegalmente terras da área para empresas do Ceará, Pernambuco e Piauí. A Assembléia Legislativa do Estado nunca autorizou o ato e o problema perdura até hoje. A arqueóloga sugeriu que, no caso da área ser mesmo dedicada aos assentamentos, seja solicitado o apoio técnico da França, para que todos os blocos rochosos com pinturas e gravuras sejam recortados e transpor-
França
tados para um museu a ser designado pelo Ministério da Cultura, que deve também decidir para onde irá o acervo do Museu do Homem Americano. Assim, esse patrimônio mundial poder ser preservado. Mas a pesquisadora não tem recebido atenção de nossas autoridades. Sua única solicitação é a construção de um aeroporto na localidade, visando atrair turistas de todo o mundo e transformar uma região pobre em prestadora de serviços. “Isso permitirá o acesso de cerca de três milhões de turistas por ano”, diz. A idéia, infelizmente, não sai do papel. E doutora Niéde, por sua persistência em proteger o manancial arqueológico, recebe até ameaças de morte. “Eu e muitos funcionários do complexo já fomos jurados de morte devido às insistentes reivindicações que fazemos às autoridades”, desabafa. A Revista UFO está atenta à situação e fará gestão junto ao Governo do Piauí para que se pacifique a área e se garanta a integridade física dos pesquisadores.
Fonte: www.bibleufo.com
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Um patrimônio da humanidade desprezado pelas autoridades
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REFLEXÃO
E hora de pensar no ´
A necessidade de estabelecer um plano de trabalh
Rogério Chola, ombudsman
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á mais de 50 anos o Fenômeno UFO é registrado de alguma forma por habitantes do planeta Terra. Descartadas as fraudes – perto de 40% do total – e os erros de interpretação – algo superior a 57% –, as observações feitas por pessoas qualificadas e habilitadas formam um corpo de evidências consistentes e que merecem um estudo científico detalhado, imparcial e principalmente impessoal. Também é bom observar que todo estudo científico deve estar isento e necessariamente contido no conceito dos três As – aesotérico, areligioso e apolítico. O ponto central para se iniciar tal estudo seria descartar e parar de especular sobre as supostas origens para o fenômeno, descaracterizando-o, assim, de rótulos e adjetivos baseados em crenças e achismos. Em minha modesta opinião, creio que o problema básico da Ufologia* esteja na crença, quase que fanática, de que os objetos voadores não identificados – OVNIs ou UFOs – sejam sinônimo de discos voadores e que toda sua origem seja exógena, sendo, portanto, a denominada Hipótese Extraterrestre a única explicação possível e aceita por grande parte da comunidade ufológica. Partindo-se de relatos de fontes confiáveis, indícios e evidências concretas, é possível demonstrar que o Fenômeno UFO, antes de
* Nota do texto — Ufologia significa estudo – logos – dos UFOs, os objetos voadores não identificados. O termo UFO foi originalmente criado por militares norte-americanos para estudar o fenômeno de aparições de artefatos aparentemente materiais, observados em presumido trânsito pelo espaço aéreo e espacial, que não puderam, em princípio, ser adequadamente identificados ou reconhecidos pelos métodos convencionais, bem como alguns de seus efeitos ou características observadas. 20 :: www.ufo.com.br ::
um evento científico, pode ser enquadrado como um evento social, sendo estudado objetiva e racionalmente com a atual metodologia científica e tecnologias – sem que se pré-julgue ou rotule sua natureza. É necessário, portanto, que hipóteses radicais e atualizadas, baseadas em estudos multidisciplinares, sejam utilizadas para a correta compreensão da questão e que estejam isentas e distantes da limitada polarização entre o ceticismo exagerado e a crença em extraterrestres. Infelizmente, devido a vários fatores históricos e culturais, existe um descaso do setor acadêmico para com o assunto, que é justificável até certo ponto. Pode-se perceber, através de alguns sinais, as causas enraizadas desta postura. De forma geral, o pensamento científico a respeito do Fenômeno UFO é obtido ao se escutar esse ou aquele ufólogo, ou ao tomar conhecimento de algum artigo ou entrevista feita por um. Assim, o meio acadêmico, quando tem conhecimento de certas alegações – algumas beirando o ridículo –, rejeita engajar-se na investigação do tema. Rejeição à Ufologia — Uma vez que não existam provas ou evidências concretas de que a fenomenologia ufológica seja de fato sinônimo de atividade extraterrestre superior inteligente, muitos cientistas se afastaram dela, pois não querem ser vistos como parte de um suposto acobertamento ou ocultamento de informações, nem ter seus nomes associados a algo que sequer pode ser devidamente identificado. Só que esta atitude acaba ocasionando um mal muito maior à Ufologia e ao próprio meio acadêmico. E assim, como se observa um certo afastamento científico da cultura popular, também se nota um descaso para com o Fenômeno UFO, que acaba por possibilitar o surgimento de especuladores, pseudocientistas e aproveitadores da boa fé alheia. A problemática ufológica é, portanto, um caso de abandono cultural que já atingiu grandes proporções. Nos debates psicossociológicos atuais, muitos deles Agosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
os próximos passos
ho após o encontro histórico entre ufólogos e militares
Arquivo UFO
encontrados em listas de disda segunda de serem “poucussão na internet, duas são co científicos, incoerentes, as correntes principais pelas isentos de provas, deliranquais se canalizam as idéias tes, fantasiosos, farsantes e sobre qual deve ser a postura ingênuos”. Os simpatizantes de estudo e conhecimento do da segunda linha acusam os desenvolvimento humano e da primeira de “ególatras, tudo o que dele deriva – uma limitados, sem imaginação seria a ciência e, a outra, o e flexibilidade, demasiado misticismo ou esoterismo. cartesianos e racionais, num Seus conceitos possuem mundo há muito tempo quântrês limitações básicas. PriA Ufologia precisa tico!” E tudo isso é lamentámeiramente, não represenvel. Coitados daqueles que, aprender a conviver no íntimo, se julgam os detam todas as possibilidades de expressão e avaliação, o tentores da verdade. Pobres com a crítica, por que seria o mesmo que limisão os que assumem a atitumais que ela seja tar as possibilidades de code mundialmente conhecida ofensiva à idéia de dos três macacos: não ouço, nhecimento do tema. Entendo também que duvidar ou que somos visitados não falo e não vejo. Infelizes rejeitar uma hipótese qualque se consideram por seres de outros aqueles quer é, a princípio, limitar o cavaleiros missionários numundos estado de consciência. Em ma luta do bem, pela verdade, segundo lugar, são conceicontra o mal, a mentira. tos parciais, em transição Enfim, é penalizada a — STANTON FRIEDMAN, e de significação variável, grande maioria das pessoas físico nuclear e um dos dependente da conotação e maiores nomes da chamada leigas e interessadas no tema referência que se atribua a que passivamente, como uma Ufologia Científica essas linhas de pensamento. rede num jogo de pingue-ponPor fim, seus porta-vozes – defensores gue, vê a bola passar de um lado ao outro, e propagadores – estão, em sua maioria, regozijando-se e vibrando quando, num ermuito aquém de uma real formação acadê- ro de um dos competidores, ela resvala ou mica e pessoal nas ditas correntes. Observo toca na rede. Quanta ignorância e quanto a existência de vários “cientistas” e “mes- egocentrismo! Até quando teremos que sutres ascencionados” espalhados por sites portar esse jogo sem graça? Sim, porque e listas da internet, cujo poder intelectual os competidores gritam e rugem como se acaba no mesmo instante em que o meca- fossem da categoria de jogadores olímpicos, nismo de buscas do site Google.com sai do quando no fundo não passam de amadores ar. Na maioria dos casos, o que é verbali- que mal resistiriam a um saque de muito zado não corresponde à conduta adotada efeito. Afinal, para os que defendem uma por essas mesmas pessoas. Na Ufologia Ufologia Científica, deveríamos perguntar a situação não é nada diferente. quem é realmente um cientista dentro desse tema? Quem sabe o que a palavra e o Luta do bem contra o mal — Pelas verdades conceito de ciência realmente significam? pessoais de alguns poucos, o grande fluxo Por acaso existe alguém por aí que seja do estudo, análise e debate do enigmático formado em Ciência Ufológica ou Ph.D. Fenômeno UFO foi dividido em duas fren- em Ufologia Científica Forense? Mais destes antagônicas e adversárias – a científica perdício de tempo mental e humano. e a esotérica ou mística. Os defensores da Por outro lado, os que defendem uma primeira linha de pensamento acusam os Ufologia Mística já descobriram quem
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Alexandre Jubran
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Fantástico
realmente tenha penetrado no âmago do conhecimento? Quem de verdade sabe discernir entre sonho, viagem astral, interferência dimensional, desdobramento, projeção astral, bilocação, visão remota e passo quântico? Se tanta gente é tão íntima assim de “mestres ascencionados” e “seres de luz”, por que existe tanta briga e discussão? Não têm certeza do que viveram e sentiram? Ou suas experiências e conhecimentos somente funcionam quando estão sozinhos e isolados? Será que os seres de luz, quase sempre “extraterrestres bem intencionados”, não perceberam que nós, os “seres inferiores”, não temos mesmo jeito? Contudo, já que segundo alguns, os tais seres extraterrestres criaram a vida sobre a Terra, não seria melhor acabar com toda ela e recomeçar de novo, numa tentativa de agora acertar o processo? Se for assim, por que não o fazem? Não podem interferir no desenvolvimento de um “planeta inferior”? E um contato extraterrestre ou a visão de um disco voador seria o quê, uma “interferência não-interferente”? Não seria melhor pedir um tempo aos nossos visitantes, unir esforços, admitir que muito pouco ou quase nada sabemos, preparar melhor as raquetes, planejar com cautela as jogadas e, aí sim, sair e jogar contra aquele que sempre foi o nosso grande inimigo em comum – nossa ignorância? Satisfação e transformação — Como última reflexão, lembro que o melhor exercício não é a subida ao pódio para ganhar o almejado prêmio. Mas, sem dúvida, apenas ficar de pé para aplaudir aqueles que conseguem quebrar seus próprios limites e compreender o quanto foi valiosa sua própria experiência de conquistar o melhor índice. Para o atleta, a conquista jamais será o que os outros pensam de sua forma ou modo de ganhar o prêmio, mas sim o que ele próprio precisou modificar em si para estar ali naquele momento ímpar de satisfação e transformação. O trabalho de compreensão de um fenômeno como o ufológico jamais deverá ser de imposição ou de homéricas discussões de temas profundos e até quânticos, muitas vezes partindo de entendimentos falhos e incompletos. Seria muito mais simples se todos apenas pudessem compreender sua 22 :: www.ufo.com.br ::
O major-brigadeiro Azambuja, comandante do Comdabra, para quem a Força Aérea Brasileira (FAB) não tem como missão a investigação de UFOs. “Muitas vezes se faz uma leitura dos fatos e não se chega a qualquer conclusão. Noutras, sequer realizamos uma investigação completa, porque nós não temos capacidade técnica e científica para isso”
te de nossas autoridades, mostra também que casos envolvendo as Forças Armadas e pessoal capacitado podem estar sujeitos a erros de avaliação e julgamento como qualquer outro. Ainda nas palavras do comandante do Comdabra, “a gente verifica o acontecido através dos relatos e das coisas que os nossos radares registram, e se junta tudo numa pasta. Muitas vezes se faz uma leitura dos fatos e não se chega a qualquer conclusão. Noutras, sequer realizamos uma investigação completa, porque nós não temos capacidade técnica, científica para isso”. Bem, se eles, os militares, que possuem os equipamentos adequados para se detectar esse tipo de fenômeno não têm capacidade técnico-científica e nem recursos financeiros para tal empreendimento, quem teria? Não há dúvidas de que o meio acadêmico poderia ter a qualificação e o conhecimento necessários para realizar esta tarefa, além de possivelmente conseguir alocar os recursos financeiros de grandes universidades e da iniciativa privada. Afinal, não é um dos ideais de qualquer cientista fazer descobertas?
própria evolução desde quando iniciaram alguma consciência desta, que fossem atletas o suficiente para entender que existem alguns limites e grandes recordes, e que não adianta valorizar uma corrida apenas para fazer parte da turma. É preciso preparar-se para a participação. A dica subliminar aqui é: pesquisadores de Ufologia, atualizem-se! O importante é ter a consciência de que os que estiverem participando da corrida serão os melhores a representar a oportunidade de ultrapassar os limites e impor novos recordes. Se, em seu grau de consciência, o atleta entender que não conseguirá vencer, deve participar de outra prova, mas jamais ocupar a vaga de outro. O grande percurso será sempre de resistência, não de teimosia. Em nosso mundo, a insistência inconseqüente e arrogante qualifica uma falta de consciência de caminhos alternativos que facilitem uma melhor compreensão do momento e futuro dos resultados. No recente episódio do encontro dos ufólogos da Comissão Brasileira de Ufó- Leitura dos fatos — Mesmo sabendo que logos (CBU) com militares da Aeronáutica, isso pode não valer para todos os casos tivemos um momento para reflexão. A reu- – pois o objetivo dos cientistas seria desennião, realmente, não produziu mais do que volver as teorias existentes e não buscar os ufólogos já tinham em mãos há tempos, novidades, o que faz um certo sentido –, pois examinaram praticamente a mesma constata-se que, de modo geral, cientisdocumentação já conhecida. E ficou claro tas não buscam novas descobertas e sim algo que venho tentando alertar de forma trabalham em cima das teorias existentes enfática e constante: o meio militar não para explicar novas questões. Entretanestá preparado técnica e financeiramente to, nesta investida, surgem questões que para lidar com fenômenos e situações que não podem ser explicadas pelo paradignecessitem de conhecimento e habilidades ma vigente e, assim, nascem momentos específicas em várias áreas do conhecimen- de crise, quando outras conquistas são to humano. Isso foi claramente afirmado feitas e outros paradigmas são criados pelo comandante do Comando de Defesa ou adequados. Creio que a questão da Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), ma- rejeição da Ufologia por parte do meio jor-brigadeiro Atheneu Azambuja. Esse é acadêmico está também numa certa crise realmente um fato inédito no Brasil e que de paradigmas preconceituosa sobre o asdevia ser melhor explorado. A admissão sunto UFO, fruto de problemas pregressos pública de tal incapacidade técnica, por par- de definição do fenômeno. Agosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
Essa situação inédita, verbalizada pelo comandante do Comdabra, nos leva a pensar em duas situações que poderiam – ou poderão – ocorrer. Primeiro, não seria este o momento ideal para os movimentos céticos, cientistas, universidades e centros de pesquisa reagirem e pedirem uma satisfação para o comando da Aeronáutica, que admitiu sua incapacidade técnica? Afinal, não é todo dia que uma instituição militar de grande porte admite registrar por meios diversos e de forma concreta fenômenos desconhecidos e anômalos por pessoal qualificado e habilitado, e ainda assumir publicamente que não sabe como lidar com o assunto. Por outro lado, em segundo lugar, se o comando da Aeronáutica diz não possuir recursos financeiros e científicos para fazer seu trabalho de averiguação do Fenômeno UFO, não seria o momento dos ufólogos também reconhecerem suas deficiências e, através de suas campanhas, aproximarem-se dos cientistas e do meio acadêmico? Será que os ufólogos que representam a Ufologia Brasileira teriam maturidade suficiente para elaborar e propagar uma nova iniciativa, como a UFOs: Liberdade de Informação Já, conclamando o meio acadêmico e seus representantes a pesquisarem oficialmente o assunto, criando assim uma tríplice comissão de ufólogos, cientistas e militares, todos juntos objetivando descobrir e esclarecer o que de fato existe por trás do Fenômeno UFO? Ou será que os ufólogos brasileiros ainda acreditam que são as pessoas mais indicadas e capacitadas científica e financeiramente para preencherem os requisitos necessários para atender a honesta e humilde declaração do comando da Aeronáutica? Enfim, qual será o próximo capítulo dessa odisséia espacial versão planeta Terra? Por fim, deixo uma última reflexão para quem quiser se aprofundar ou se iniciar no estudo sério da Ufologia, com consciência, bom senso e propriedade: a Ufologia Científica necessita do ceticismo e dos céticos, como qualquer outra ciência ou área do conhecimento humano. Porém, esse ceticismo tem de ser capaz de reconhecer quando um caso ufológico simples ou complexo não pode ser explicado por qualquer explanação simples ou prosaica!
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Rogério Chola é formado em eletrônica e tecnologia da informação. É presidente do Instituto de Pesquisas Científico-Militares de OVNIs e Fenômenos PSI (IPECOM) e consultor técnico do National Aviation Reporting Center on Anomalous Phenomena (NARCAP). Na Revista UFO, atua como consultor e ombudsman. E-mail: rogerio.chola@ufo.com.br. Edição 113 – Ano 21 – Agosto 2005
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e todo o Fenômeno UFO, os casos que mais intrigam, assombram e desconcertam são os de contato imediato. A maioria deles acontece inesperadamente e sem aviso, além de faltar com a anuência do indivíduo com quem se estabelece contato, motivo pelo qual tais casos se qualificam como seqüestros. Um evento desses ocorreu a Filiberto Cardenas e mudou sua vida definitivamente. O caso remonta ao entardecer de 03 de janeiro 1979 e ocorreu nos arredores de Miami, Estados Unidos. Eram aproximadamente 18h00 quando ele e alguns amigos, o casal Martí e sua filha de 12 anos, voltavam para casa depois de terem tentado sem sucesso comprar um leitão para celebrar um jantar no domingo seguinte. Inesperadamente, o carro no qual viajavam parou na redondeza da estrada de Okeechobee, na Flórida. Aparentemente, o veículo estava desligado, sem bateria. Mas quando Cardenas e Fernando Martí saíram para verificar o motor, se viram repentinamente cobertos por uma luz violeta-azulada, acompanhada de um zumbido misterioso, semelhante ao de um enxame de abelhas. O automóvel passou a vibrar e a senhora Martí e sua filha começaram a gritar. Cardenas tentou aproximar-se delas, mas não pôde se mover, pois estava completa e inexplicavelmente paralisado. Nesse momento, ele começou a subir no ar en-
volto naquela luz desconhecida, desaparecendo rapidamente da vista dos amigos apavorados. “Não pude me movimentar e quando estive a uns três metros de altura, perdi os sentidos”, recorda o jovem, um cubano que se refugiou há muitos anos nos Estados Unidos. Enquanto isso, Martí se recusava corajosamente a ser sugado pela mesma luminosidade, agarrando-se como podia ao motor do carro, até que a força de atração que tinha levado Cardenas desapareceu. O rapaz decidiu olhar para cima e viu o amigo gritando: “Não me levem! Não me levem!” Finalmente, percebeu que Cardenas entrava em algo indefinível, vendo apenas uma forma escura que permanecia parada no céu. Momentos depois, aquele objeto saiu da área voando para oeste. Em seguida a esta alucinante experiência, os gritos de sua esposa e da filha fizeram Martí reagir, embora a única coisa que poderia dizer-lhes foi que uma luz havia levado seu amigo. Isso as deixou ainda mais atônitas. “Eles levaram Filiberto”.
o desaparecimento de Cardenas. Após explicarem o fato aos integrantes de uma viatura policial, decidiram começar uma busca pelo amigo que estava sumido, que poderia estar perdido ou inconsciente pelas redondezas. A polícia solicitou à Base Aérea de Homestead, na Flórida, para que enviasse aviões e helicópteros com luzes para a região. A busca foi intensa e, duas horas depois, Cardenas foi encontrado na mesma rodovia, mas dizia não se lembrar de nada. Ele foi então interrogado pelo agente William Christian, da polícia de Miami, que classificou seu relato como sendo de um contato imediato do terceiro grau. Essa foi a primeira vez que as autoridades dos Estados Unidos expediram um documento com esse tipo de conteúdo e explicação para um caso. Depois do interrogatório, Cardenas foi conduzido ao Hospital Jackson Memorial, no qual foi examinado e submetido a um teste de radioatividade. Os resultados foram negativos e ele foi liberado. No dia seguinte ao acontecimento, foi recrutada uma equipe Início da investigação — Após várias para a investigação do fato, contendo tentativas desesperadas, Martí queria médicos, psicólogos, neurologistas e partir com o carro, mas sentia muita hipnoterapeutas, além do ufólogo e endificuldade para fazê-lo. Somente ao genheiro eletrônico Mário Rodrigues alcançar alguns quilômetros e avançar D’Agostino, representante da Mutual pela Rodovia 27, de onde viera, o veí- UFO Network (MUFON) no Uruguai, culo voltou a funcionar normalmente. que na época estava nos EUA. TamJá próximo a Miami, a família parou bém tomou parte no grupo o doutor J. em um posto de gasolina e de lá Martí Allen Hynek, então professor de astrochamou a polícia para informar sobre nomia da Universidade de Ohio. Um
CASUÍSTICA
A incrível abdução d
Homem levado por ETs em Miami conseguia prever
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exame meticuloso inicial revelou que Cardenas tinha cerca de 108 marcas de queimaduras pequenas por todo o corpo, que coincidiam com pontos de acupuntura. Alguns dias depois de seu incidente, o abduzido começou a manifestar estranhos sintomas, como transpiração excessiva, muita sede, mudanças violentas de temperatura, cheiro forte de enxofre, perda de memória, aumento de desejo sexual e numerosos episódios de alterações das leis espaço-temporais.
Regressão hipnótica — Finalmente, submetido à regressão hipnótica, Cardenas pôde narrar os detalhes de sua aventura fantástica. De acordo com seu relato sob hipnose, ele fôra levado a uma nave na qual havia três seres de aspecto humanóide. Eles se dirigiam a uma praia próxima, local onde o UFO se uniu a outros objetos para entrar no mar. O abduzido narrou que o veículo em que estava fez uma volta para a direita e começou a perder velocidade. Diante do UFO, Cardenas pôde ver que surgia um túnel de paredes iluminadas, aparentemente fosforescentes. O objeto adentrou aquele túnel e acabou parando em um lugar totalmente seco, que parecia ser uma caverna, pois era muito grande. Nela ele notou a existência de um assento de pedra e dois símbolos. Um deles tinha a forma de uma serpente, sendo do tamanho de um poste de iluminação pública, e o outro semelhante ao pri-
Virgílio Sánchez-Ocejo, convidado especial
de Filiberto Cardenas Edição 113 – Ano 21 – Agosto 2005
Alexandre Jubran
r o futuro com grande percentual de acertos
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meiro, mas menor. Naquele lugar, os seres desceram a vítima e o sentaram. Deram-lhe um líquido com aspecto de mel e falaram que aquilo era para alimentá-lo. Uma porta enorme se abriu como uma parede completa, de onde saíram várias “pessoas”. Cardenas sentia uma pressão constante no tórax, como se lhe faltasse ar ao respirar. As sensações que tinha e os odores daquele ambiente eram muito estranhos. Naquele momento, alguém se aproximou e disse: “Bemvindo”. Esse indivíduo conversou com ele em espanhol e tinha o aspecto de um terráqueo. Informou-lhe que era da Terra e tinha estado durante muito tempo entre seres extraterrestres, e que agora retornara ao nosso planeta. Também falou que Cardenas deveria se alegrar, porque iria receber instruções de um ser humano, o que ele presumiu que seria melhor do que recebê-las de ETs. Depois o levaram até a porta principal daquele ambiente, de onde podia avistar o que parecia ser a “rua” de uma grande cidade. Ao fim de um curto trajeto, os seres entraram em uma pequena casa. Naquele lugar, Cardenas sentiu-se sugado contra a parede, que fazia uma volta e se tornava um tipo de mesa. Paralisado, o abduzido observou o telhado e percebeu que havia algumas figuras que se moviam ao seu redor.
Ditadores e facínoras estariam na m Wikipedia
Pure Voodoo
Arquivo UFO
ram que ele havia ficado com eles por cerca de 18 meses, período em que era alimentado com pílulas. Por um momento, o rapaz pensou estar louco, pois havia desaparecido há apenas alguns instantes. Cardenas fora levado em seguida a um quarto no qual havia dois indivíduos que também pareciam terráqueos. Eles vestiam casacos cinzas, como os usados por pesquisadores em laboratórios. Terráqueos e ETs juntos — Nesse instante, os Dirigiram-no para outro cômodo, onde estaabdutores puseram uma luz em seus olhos e va acontecendo o que ele entendeu ser uma algo em seu ouvido, que mais tarde disseram reunião. Depois, o levaram a uma grande saser um rádio para que pudessem se comunicar la onde havia uma nave em posição vertical, com ele. Das paredes daquela “casa” saíam parecida com nossos foguetes. braços com ventosas que cobriram quase o “Dentro dela havia mais três extraterrescorpo inteiro de Cardenas. Ele não sentia dor, tres, que me fizeram sentar num assento de mas não podia se movimentar. Ao terminar sucção, como os anteriores. Após alguns seo suposto exame, o abduzido entrou em um gundos, decolamos. Não pude ver nada no local semelhante à sala de controle de um lado de fora”. Depois de uma curta viagem, grande veículo, talvez a nave-mãe. Havia ali a porta do objeto voador se abriu e ele desceu. um assento alto e um indivíduo com uma Antes de irem embora, os seres abriram sua capa. Nas paredes Cardenas notou telas de boca e lhe deram algo de beber. Enquanto televisão, através das quais lhe mostraram a nave se afastava, o seqüestrado começou diferentes acontecimentos. “Apresentaram- a se sentir mal e não sabia onde realmente me imagens no chão, como três triângulos estava, já que desconhecia o ambiente. Ao ou pirâmides unidas por um fino halo de luz. longe, viu uma claridade e foi imediatamente Explicaram que aqueles eram os controles até ela. Eram as luzes dos carros que viajaque tinham em nosso vam na rodovia. Já de mundo, localizados volta a Miami, Carno Oceano Pacífico, denas começou a ser Atlântico e no interior personagem principal da Terra”, afirmou de diversos fenômeainda sob hipnose. nos paranormais que Outro extraterocorriam ao seu redor restre se aproximou – como ver através de do seqüestrado e o paredes ou saber com levou a um lugar diprecisão o que uma ferente, onde aprepessoa estava fazendo, sentou uma espécie mesmo que estivesse de livro com fotos de Segundo o estudioso J. A. Hynek, da força- longe dela. “Em válugares distintos. De tarefa que investigou o Caso Cardenas, os rias ocasiões, ao cheacordo com Cardenas, implantes poderiam ser colocados entre as garmos em casa, após seus abdutores disse- células dos abduzidos minha esposa e eu vi26 :: www.ufo.com.br ::
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sitarmos o local no qual Cardenas havia sido abduzido, recebíamos uma ligação sua perguntando: ‘O que vocês estavam fazendo no lugar onde eles me levaram?’”, declarou Martí aos investigadores, confirmando a alteração paranormal de seu amigo. Cardenas também teria recebido implantes dos seres extraterrestres, colocados, segundo descreveu sob hipnose, em seus ouvidos. Através deles, os abdutores faziam-no ver imagens e ouvir sons sobre coisas que ocorreriam no futuro. Integrante da força-tarefa que investigou o caso, o veterano pesquisador J. A. Hynek sugeriu que esses minúsculos dispositivos – também chamados de chips – poderiam ter sido colocados entre as células do abduzido, algo que não seria possível de realizar com os aparelhos de que dispõe nossa atual tecnologia. Cardenas também manifestava ou estava no centro de manifestações de distorções espaço-temporais sem explicação. Esse é um efeito menos comum das abduções, que com o rapaz pôde ser examinada de maneira mais aprimorada. Uma dessas manifestações mais interessantes ocorreu com um relógio de ouro que Cardenas levava no pulso quando fora abduzido. Toda vez que ele voltava ao ponto onde ocorreu o fato, os ponteiros se aceleravam sem qualquer explicação. Acompanhado da esposa — Outro fenômeno que foi presenciado pelas testemunhas que conviviam com o abduzido era sua capacidade de poder ver objetos do outro lado de paredes, com impressionante clareza. Em 21 de fevereiro de 1979, um mês e meio após o seqüestro, uma voz determinou a Cardenas que fosse para o mesmo lugar onde havia ocorrido sua abdução. Ele descreveu aos investigadores que consultou os alienígenas, a quem atribuía a origem da voz, sobre Agosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
mira dos extraterrestres, segundo o abduzido Cardenas Dictators Online
levar sua esposa ao encontro, já que ela se recusava a acreditar na veracidade de sua história. Os extraterrestres consentiram e Íris acompanhou seu marido. Naquela mesma manhã aconteceu o avistamento de um disco voador presenciado por inúmeras pessoas que estavam próximas do Aeroporto Internacional de Miami, precisamente na mesma altura onde Cardenas e sua mulher disseram ter o encontro com a voz. O rapaz passou a receber estranhas mensagens, muitas das quais transmitidas por um dos seres que havia contactado na nave, que se apresentara como Kiostros. O conteúdo de tais comunicações foi objeto de estudo de muitos ufólogos norte-americanos, e algumas são verdadeiramente impressionantes. Uma delas, por exemplo, revela o trágico fim que teria o presidente do Egito Annuar Sadat, que aconteceria em 1981. Outra tratava da surpreendente eleição de um artista de cinema para a presidência dos EUA, o que aconteceu em janeiro daquele mesmo ano, quando o ator Ronald Reagan chegou ao poder. O suposto alienígena também anunciou uma guerra no Oriente Médio, da qual participariam Arábia Saudita e Israel, que acabaria banindo do mapa “nações da energia”, como foi descrito por Kiostros, o então quase desconhecido Kuwait. O mais significante dessa predição específica é que foi realizada há quase 25 anos, quando não se atribuía qualquer importância ao referido país. Ainda de acordo com Cardenas, segundo o que lhe havia sido informado, os extraterrestres poderiam controlar o modo de pensar e agir dos governantes das grandes potências mundiais. “Eles têm muito poder, incluindo o de eliminar qualquer um que ousar interferir em seus planos. Algumas pessoas desaparecerão durante essas mudanças, embora eles não queiram chegar a esse extremo. Na China, por exemplo, eles Edição 113 – Ano 21 – Agosto 2005
Cuba Heritage
Curiosamente, no processo de abdução de Filiberto Cardenas, este recebeu poderes paranormais de prever acontecimentos. Também alegou estar em constante comunicação com seres extraterrestres, que lhe relatavam fatos. Os mais estranhos eram as quedas de ditadores da América Latina e das Filipinas. A partir da esquerda, foram previstas as derrocadas dos seguintes ditadores: o filipino Ferdinand Marcos, o haitiano François Duvalier, o chileno Augusto Pinochet, o paraguaio Alfredo Stroessner, o panamenho Manuel Noriega e o cubano Fidel Castro. “Eles também falaram que, antes deste último, iriam à Europa para apresentar algumas mensagens importantes ao papa”
possuem equipamentos de controle locali- aconteceu um terremoto que destruiu boa zados no monumento de uma grande praça. parte da Cidade de México e outras regiões No lugar há uma tumba de onde podem pa- mais afastadas – como partes do litoral da ralisar povos e cidades”, destacou. Muitas Califórnia, que foram engolidas pelo mar, outras profecias foram reveladas por Carde- segundo divulgado na revista Newsweek de nas, como a queda de ditadores da América 28 de março de 1983. Cardenas afirmara ainda que, até aquele ano, os alienígenas Latina e das Filipinas. As mensagens faziam tinham 81 fetos obtidos com material genéreferência a François Duvalier, conhecido como Papa Doc, que instaurou feroz ditadu- tico humano de abduzidos espalhados pela ra baseada no terror e exploração do vodu Terra, e que a maioria deles já havia cumno Haiti, o presidente chileno Augusto Pi- prido missões importantes. Entretanto, eles nochet, o general paraguaio Alfredo Stroes- planejavam ter mais três mil fetos híbridos, que seriam usados para melhorar sua raça. sner, o ditador panamenho Manuel Noriega e o presidente cubano Fidel Castro. “Eles “Muitas pessoas serão seqüestradas e insetambém falaram que, antes deste último, minadas por eles. Algumas retornarão as iriam à Europa para apresentar algumas suas casas, mas não se lembrarão de nada do que lhes aconteceu”. Segundo os abdumensagens importantes ao Papa”. tores teriam dito a Cardenas, um novo experimento seria feito por eles desde o norte do Tragédias para a humanidade — Após várias sessões hipnóticas, Cardenas afirmou que Canadá até a Patagônia. “Mas sua intenção os alienígenas lhe disseram que os próprios é boa. São esses seres que impulsionariam terráqueos seriam responsáveis por sua des- a humanidade até agora”, revelou. O caso descrito é realmente impressiotruição. “Há uma cidade distante que se nante e todos os dados apresentados, embochama México, onde surgirá o fim. Isso vai ocorrer em pouco tempo”. Segundo o ab- ra em detalhes, foram criteriosamente anaduzido, eles ainda enfatizaram: “Não sere- lisados pelos investigadores, em busca de mos nós os responsáveis. Queremos apenas contradições. Elas não ocorreram. Para se prevenir os acontecimentos”. Cardenas afir- analisar um acontecimento assim, é importante lançarmos mão da chamada Ufologia mou sob hipnose que teria perguntado aos seus contatos extraterrestres se eles pode- Comparada, que possui uma grande base riam fazer algo para reverter ou impedir tais científica de informações para o estudo do trágicos acontecimentos, e a resposta teria fenômeno da abdução pela análise de ocorrências semelhantes. É evidente que existe sido negativa, que nada podiam fazer – mas que gostariam de alertar os habitantes de tal em todos esses episódios de seqüestros uma pesquisa e um estudo aprofundados, tanto localidade para deixarem os territórios e se da área onde o fato se deu como das pessorefugiarem em locais seguros. “Questionei também sobre tais aconte- as envolvidas direta e indiretamente. Com cimentos serem um castigo contra os mo- base nos dados apurados no Caso Cardenas, muitos pesquisadores podem estimar que radores dos locais atingidos, mas apenas outras abduções estejam ligadas à sua exme revelam que era algo natural e que se tivesse que acontecer, aconteceria”. É inte- periência. Em 28 de junho do mesmo ano, ressante destacar que esse presságio foi fei- por exemplo, na cidade de Mirassol, em to em 1979, sendo que no término de 1985 São Paulo, o guarda-noturno Antônio Car:: www.ufo.com.br :: 27
los Ferreira foi seqüestrado por seres extraterrestres. Horas depois, ele foi encontrado apresentando marcas similares e fazendo as mesmas descrições dadas por Cardenas. Experiências assim também foram relatadas por diversos abduzidos, como o norteamericano Travis Walton, no clássico caso da Ufologia Mundial, ocorrido em 05 de novembro de 1975, e o soldado brasileiro José Antônio da Silva, do chamado Caso Bebedouro, de 1969. Walton esteve com seres de diferentes aspectos, alguns dos quais puseram uma máscara em seu rosto, e Silva apresentou as mesmas características dos efeitos sentidos por Cardenas. Capacetes comunicadores — Na ocasião de sua abdução, o brasileiro seqüestrado fora colocado num compartimento cúbico e se sentiu forçado a sentar numa cadeira , quando lhe fixaram um capacete na cabeça. Na Argentina, a testemunha principal do Caso Urruti, ocorrido em 1976, revelou que viu um flash luminoso e que pensou estar sendo tragado por uma espécie de ostra, que penetrava por um túnel de cor intensamente amarela e violeta. “Senti que me colocavam um capacete na cabeça com vários cabos, que apertava os ossos parietais e do maxilar”. Em alguns desses acontecimentos, os seres conversavam em espanhol com suas vítimas e os levaram a bases submarinas onde também havia humanos. Se continuássemos enumerando casos desse tipo, a lista seria infinita. Muitos desses seqüestros extraterrestres mantêm estreita ligação entre si, embora os seres aparentemente não sejam os mesmos. Resta uma incógnita sobre a razão de suas atitudes serem coincidentes. Ainda de acordo com Cardenas, o último encontro que teve com seus raptores aconteceu em 1989 – ele teve vários até então –, quando mais uma vez teria sido levado a um lugar no fundo do mar e voltou a sentir uma pressão muito grande no tórax, não podendo respirar adequadamente. “Logo entramos por algumas passagens e, ao fim, vi novamente humanos”, afirmou. Naquela ocasião, teve um encontro terrível com um ser de olhar relampejante e voz de trovão que, segundo mencionou, fará uma aparição para todo o planeta em breve. Para Cardenas, sua experiência com seres extraterrestres ainda não acabou. Virgílio Sánchez-Ocejo é advogado e ufólogo desde 1956. Doutor pela Universidade de Havana, Cuba, é presidente do Miami UFO Center (MUFOC) e integrante do Center for UFO Studies (CUFOS) e da Mutual UFO Network (MUFON). Seu endereço é: Caixa Postal 960.771, 33296 Miami, Flórida. Tradução feita por Marcos Lopes, da Equipe UFO. 28 :: www.ufo.com.br ::
Ocorrências envolvendo objetos da noite. Os barcos pararam para que as pessoas pudessem ver do que se tratava. O comandante Equipe UFO da embarcação que ia à frente acendeu o holofote da mesma, dirigindo-o para o clarão e piscando uando são vistos entrando ou saindo diversas vezes na tentativa de obter um sinal code grandes extensões de água — co- mo resposta. De repente, surgiu um objeto cuja mo rios caudalosos, grandes lagoas, forma assemelhava-se a dois pratos, um virado mares e até oceanos –, os UFOs são sobre o outro, com cerca de 12 m de diâmetro. muitas vezes chamados pelos estudiosos de “Aquilo apareceu num vôo vertical, por trás da maobjetos submarinos não identificados ou OS- ta. Emanava uma luz branca, não emitia qualquer NIs. A Ufologia já tem como praticamente cer- ruído e em volta dele havia várias janelinhas, todas ta a capacidade dos seres extraterrestres de iluminadas”, disse o farmacêutico. O objeto parou trabalharem nas áreas submersas de nosso meio ambiente, talvez mantendo bases de operação submarinas, de onde podem sair Objetos entrando e saindo de grandes para suas atividades em terra firme. Veja a extensões de água são mais comuns seguir alguns casos notórios que os ufólogos do que se pensa e podem indicar que crêem estar ligados a OSNIs. certas civilizações alienígenas tenham bases subaquáticas na Terra Observação em Newport Beach — Em abril de 1961, na cidade de Newport, no Estado norte-americano de Rhode Island, John Gallagher observou em plena luz do dia um objeto não identificado que era impulsionado pelo mar. Ele estava trabalhando em sua casa quando viu uma esfera vermelha balançando sobre as ondas. Intrigado, subiu ao segundo andar para ter melhor visibilidade e só então pôde notar que a bola se encontrava à cerca de 180 m da orla marítima e era arrastada mar adentro. De repente, o objeto se elevou a uma altura aproximada de 20 m da água, acelerou bruscamente e voou em direção ao alto mar, a uma velocidade de 160 km/h. Gallagher garante que não se tratava de balão, já que seus movimentos e velocidade não eram comparados com os de um objeto movido pelo vento, mas sim de algo controlado inteligentemente.
Q
UFO no Rio Tapajós — Durante o verão do
ano de 1979, às margens do Rio Tapajós, o farmacêutico José Carlos avistou um fenômeno não identificado de grandes proporções. Ele e mais 90 pessoas voltavam divididos em três barcos de um casamento em uma fazenda, distante três horas de navegação de Santarém (PA). As embarcações formavam um pequeno comboio, navegando uma atrás da outra, quando, por volta das 19h00, com Lua cheia e céu claro, todos avistaram um UFO. Ao se aproximarem de uma das ilhotas existentes no rio, os viajantes observaram um clarão fora do comum por trás da mesma. A luminosidade era tão intensa que se assemelhava ao nascer do Sol, clareando toda a mata, de forma a distinguir o contorno das árvores na escuridão
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s submarinos não identificados sobre os barcos e depois seguiu vagarosamente em direção ao horizonte, desaparecendo entre as nuvens. A luminosidade da nave ainda pôde ser vista por alguns instantes.
Quebra-Gelo na Suécia — Em 30 de abril de
1966, às 17h30, três testemunhas observaram um objeto cinza escuro de 10 m de comprimento avançar pelo Lago Siljan, na Suécia, abrindo na camada de gelo um canal com 3 m de largura por 800 m de comprimento. Enquanto o artefato se precipitava na neve, a uma velocidade de
100 km/h, ia soltando por ambos os lados blocos de gelo e água em forma de cascata. Oito anos antes, em 05 de abril de 1968, o jornal Times noticiou em suas páginas que um intrigante objeto produziu um enorme buraco na camada de gelo em um lago da parte central da Suécia e que os cientistas e especialistas militares não sabiam ao certo do que se tratava. Duas pessoas residentes no local haviam localizado a abertura perto de Malung, que tem uma área de 590 m quadrados. O fato do gelo, com um metro de espessura, haver sido levantado por baixo, parecia indicar que algo incrivelmente poderoso havia saído debaixo da camada. No entanto, os estudiosos que exploraram os fundos barrentos do lago não encontraram nada que explicasse o mistério. Dias depois se descobriu outro grande orifício na camada de gelo em um lago situado nas cercanias de Serna. As autoridades supuseram que os buracos haviam sido originados pela queda de algum objeto na água, possivelmente um meteorito. Mas não conseguiram provar a hipótese.
Objeto em rio londrino — O motorista e os pas-
sageiros de um ônibus de Londres observaram um OSNI prateado e em forma de cigarro submergir no Rio Lea, depois de haver arrebentado alguns cabos telefônicos e ter deixado uma marca na margem de cimento que rodeia o rio. Bob Falí conduzia seu ônibus em direção a Tottenham, em 13 de abril de 1964, quando o objeto atravessou a estrada na frente da condução e pousou no rio, que tem apenas alguns metros de profundidade. Após algumas investigações no local, nada foi encontrado. A polícia sugeriu que as testemunhas tinham visto um bando de patos selvagens, o que com certeza não explica os cabos rebentados nem os sinais que ficaram marcados no solo...
James Nichols
Caso Montoya — Em 30 de julho de 1967, o
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oficial Jorge Montoya encontrava-se de serviço a bordo de um navio argentino, navegando a 190 km da costa brasileira. Os oficiais dispensados do trabalho e a tripulação estavam jantando na parte de baixo da embarcação, e tudo parecia totalmente normal. Ao olhar o mar a estibordo, Montoya teve um sobressalto ao ver uma estranha nave em forma de cigarro deslizar silenciosamente pela água, à cerca de 15 m de distância do navio. Embora estivesse pasmo com o que estava observando, alertou o capitão Julián Ardanza pelo intercomunicador. Quando o mesmo chegou ao deck da embarcação, a misteriosa nave seguia movendo-se paralelamente. Ela manteve-se naquele local por aproximadamente 15 minutos. “Possuía uma luz branco-azulada e brilhante, e seu comprimento oscilava entre 32 e 34 m”, explicou. Depois de alguns minutos, sem
aviso prévio, o OSNI submergiu por debaixo do navio, desaparecendo rapidamente nas profundezas do oceano. “Acredito que não se tratava de um submarino convencional nem de uma baleia, pois em 20 anos de serviço nunca vi nada igual”, afirmou o capitão.
Esplendor Verde — Este caso registra
OSNIs vistos próximos à costa da América do Norte. Uma das testemunhas foi Wesley Gruman, 19 anos, que na noite de 27 de março de 1979 se dirigia para Oak Bluff, no Estado de Massachusetts. Ao observar um resplendor verde por cima de umas dunas, viu à cerca de 60 m da orla marítima um cilindro luminoso de uns 9 m de comprimento que flutuava sobre a água. Quando o objeto se elevou silenciosamente, Gruman parou o carro e desceu para observá-lo, ao mesmo tempo em que tentava pegar uma lanterna trazida no automóvel. Mas sentiu que só podia mover a cabeça, pois uma paralisação inexplicada em seu corpo durou até que objeto se afastasse. O jovem contou também que se produziram outros estranhos fenômenos no momento da observação – o rádio do carro emitiu um estranho zumbido e seu relógio de pulso se mostrou três dias adiantado.
Acoplamento em Natal — Na noite de 26
de julho de 1980, o rebocador Caiobá efetuava uma viagem pelo Oceano Atlântico, próximo a cidade de Natal (RN), quando o contramestre viu um objeto cinza de 10 m de diâmetro flutuando no mar, ao mesmo tempo em que uma luz brilhante avançava rapidamente em sua direção. Diante daquela situação, o marinheiro virou rapidamente o rebocador para evitar o choque com o objeto, que acendeu diversas luzes. O OSNI tinha cores que variavam do amarelo para o vermelho, passando pelo verde e azul. Instantes depois, a segunda luz já havia alcançado o objeto, que flutuava no oceano. Era possível distinguir um corpo resplandecente, de forma ovalada, que se mantinha suspenso silenciosamente à cerca de 60 m acima do objeto flutuante. Os motores do rebocador haviam parado inexplicadamente e a tripulação inteira contemplava, com medo e fascinação, o acoplamento da estranha luz ao OSNI estático. Em seguida, a luminosidade do conjunto se desfez e os dois corpos se elevaram conjuntamente. Depois de permanecerem ainda alguns minutos flutuando, o OSNI se afastou rapidamente do outro objeto, seguindo em direção ao alto mar. Este acontecimento motivou uma investigação que desencadeou entre os ufólogos brasileiros inumeráveis especulações. Teria a tripulação do rebocador testemunhado a operação de resgate de um UFO por outro?
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ORIGENS
Estranha coincidência Uma curiosa relação nos une aos nossos visitantes alienígenas
P
elo que sabemos, os extraterrestres têm sido observados pelo homem desde as mais remotas épocas de nossa existência. Há fartas evidências de que sempre interagiram com nossos antepassados, muitas vezes chegando a influenciar suas religiões, tradições e hábitos. Também já documentamos exaustivamente que acompanham de perto todos os nossos avanços nos mais diversos campos. Quando há guerras ou conflitos, lá estão eles. Quando fizemos nossas descobertas – desde a chegada de Cabral à Bahia e da ida do homem à Lua – lá estavam. Quando há eleições, copas do mundo, olimpíadas e movimentos sociais, lá aparecem os ETs para observar-nos. Por outro lado, quando temos terremotos, maremotos e outras tragédias, eles também surgem para conferir. Tais visitas, no entanto, aumentaram significativamente somente após 1942, quando foram feitas as primeiras experiências com bombas atômicas, nos desertos dos Estados Unidos. Ou seja, se já nos observavam desde nossos primórdios, esses seres devem ter se surpreendido com nossas novas capacidades bélicas, usando energia nuclear. Passaram a perceber que atingimos estágio suficiente para a autodestruição e, assim, extinguir a raça humana na Terra. De lá para cá, segundo estimativas, foram registradas mais de 8 milhões de ocorrências ufológicas pelas forças armadas de cerca de 180 países. Mas 30 :: www.ufo.com.br ::
Manipulação genética — Achar a resposta a esta pergunta fica mais fácil quando se leva em consideração que, em 90% dos casos de seqüestros de mulheres e cerca de 60% das abduções de homens, os alienígenas realizam um procedimento peculiaríssimo – a mani-
pulação genética dos abduzidos. Como num exame médico delicado, das mulheres são extraídos ou manipulados óvulos, às vezes de forma dolorosa, e dos homens esperma, muitas vezes com auxílio de tubos e instrumentos. Em alguns casos já registrados, homens copulam com extraterrestres fêmeas ou híbridas dentro de UFOs. Unindo um ponto ao outro fica cada vez mais evidente o que querem os seres que nos visitam com tamanha persistência. Ora, se o Fenômeno UFO é mundial e se manifesta desde a Antigüidade, quase sempre em silêncio e com intensa interação por parte dos ETs, se seu ponto central são as abduções de humanos, que têm majoritariamente o objetivo de coleta e uso do nosso material genético, se o acervo genético humano serve para produzir bebês, então não é tão difícil assim termos uma idéia do que desejam os alienígenas! Junte-se a todos esses fatos assombrosos um detalhe cuja importância muitos ufólogos ainda não conseguiram ver – os ETs têm formato humano, o que é extremamente significativo. Podem ser baixos ou altos, gordos ou magros, cinzas ou pálidos, calvos ou cabeludos, com olhos penetrantes ou não etc. Nada disso importa, mas sim o fato de que nossos visitantes têm exatamente a morfologia humana – cabeça sobre um pescoço preso ao tronco, no qual também estão ligados dois membros inferiores e dois superiores, articulados de forma exatamente igual a de nossos corpos. Ora, não seria muita coincidência constatar que seres iguais a nós nos visitam com tanto interesse e buscam algo primordial à vida e que temos em abundância? Columbia Tristar Studios
A. J. Gevaerd, editor
muito mais assombroso deve ser o número das manifestações não documentadas... Com o agravamento da situação, as abduções passaram a chamar a atenção cada vez mais de ufólogos de todo o mundo. Especialistas no assunto crêem que pelo menos 1% da humanidade já tenha sido seqüestrada por ETs. Esse número espantoso resulta cerca de 60 milhões de seres humanos – 99% dos quais não têm a menor idéia de que viveram tais experiências. A pesquisa das abduções, cada vez mais avançada, também já comprovou que cerca de 80% dos que passam por tal experiência o faz inúmeras vezes. Ou seja, 8 a cada 10 abduzidos são seqüestrados de forma reincidente. Muitas vezes, filhos, pais, irmãos e cônjuges enfrentam o mesmo drama. Mas o que pretendem os ETs com suas abduções?
Cena do filme Contatos Imediatos do Terceiro Grau [1977], em que se vê que a ficção imita a realidade quanto ao aspecto físico dos ETs
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Antes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) ir a Brasília, o abaixo-assinado do Manifesto da Ufologia Brasileira (abaixo) já tinha cerca de 40 mil assinaturas. Nossa petição foi levada às autoridades em 20 de maio e agora estamos aguardando suas providências. Enquanto isso, a campanha continua a receber adesões. Você já aderiu a esta causa? Não? Então, não espere mais. Se você concorda com o Manifesto, seja nosso convidado e firme o abaixoassinado no site de UFO — www.ufo.com.br — ou através do formulário ao lado A Comunidade Ufológica Brasileira, representada por ufólogos individuais e grupos de pesquisas, investigadores, estudiosos e simpatizantes da Ufologia, que firmam o presente abaixo-assinado, reúne-se através deste documento, sob coordenação da Revista UFO, para se dirigir às autoridades brasileiras, neste ato representadas pelo excelentíssimo senhor presidente da República e pelo ilustríssimo senhor comandante da Aeronáutica, para apresentar os seguintes fatos: 1 — É de conhecimento geral que o Fenômeno UFO, manifestado através de constantes visitas de veículos espaciais à Terra, é genuíno, real e consistente, e assim vem sendo confirmado independentemente por ufólogos civis e autoridades militares de todo o mundo, há mais de 50 anos. 2 — O fenômeno já teve sua origem suficientemente identificada como sendo alheia aos limites de nosso planeta. Os veículos espaciais que nos visitam de forma tão insistente são originários de outras civilizações, provavelmente mais avançadas tecnologicamente que a nossa, e coexistem conosco no universo, ainda que não conheçamos seus mundos de origem. 3 — Tais civilizações encontram-se num visível e inquestionável processo de contínua aproximação à Terra e de nossa sociedade planetária e, assim agindo em suas manobras e atividades, na grande maioria das vezes não demonstram hostilidade para conosco. 4 — É notório que as visitas de tais civilizações não-terrestres ao nosso planeta têm aumentado gradativamente nos últimos anos, segundo comprovam as estatísticas nacionais e internacionais, tanto em quantidade quanto em profundidade e intensidade, representando algo que requer legítima atenção.
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MANIFESTO DA UFOLOGIA BRASILEIRA Versão ampliada após o I UFO Minas 5 — Em função disso, é urgente que se estabeleça um programa oficial de conhecimento, informação, pesquisa e respectiva divulgação pública do assunto, de forma a esclarecer à população brasileira a respeito da inegável e cada vez mais crescente presença extraterrestre na Terra. Assim, considerando atitudes assumidas publicamente em vários momentos da história, por países que já reconheceram a gravidade do problema, como Chile, Bélgica, Espanha, Uruguai e China, respeitosamente recomendamos que o Ministério da Aeronáutica da República Federativa do Brasil, ou algum de seus organismos, a partir deste instante, formule uma política apropriada para se discutir o assunto nos ambientes, formatos e níveis considerados necessários. A Comunidade Ufológica Brasileira, neste ato representada pelos estudiosos nacionais abaixo-assinados, com total apoio da Comunidade Ufológica Mundial, deseja oferecer voluntariamente seus conhecimentos, seus esforços e sua dedicação para que tal proposta venha a se tornar realidade e que tenhamos o reconhecimento imediato do Fenômeno UFO. Como marco inicial desse processo, e que simbolizaria uma ação positiva por parte de nossas autoridades, a Comunidade Ufológica Brasileira respeitosamente solicita que o referido Ministério abra seus arquivos referentes a pelo menos três episódios específicos e marcantes da presença de objetos voadores não identificados em nosso Território:
(a) A Operação Prato, conduzida pelo I Comando Aéreo Regional (COMAR), de Belém (PA), entre setembro e dezembro de 1977, que resultou em volumoso compêndio que documenta com mais de 500 fotografias e inúmeros filmes a movimentação de UFOs sobre a região Amazônica, da forma como foi confirmado pelo coronel Uyrangê Bolívar Soares de Hollanda Lima. (b) A maciça onda ufológica ocorrida em maio de 1986, sobre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, entre outros, em que mais de 20 objetos voadores não identificados foram observados, radarizados e perseguidos por caças a jato da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo afirmou o próprio ministro da Aeronáutica na época, brigadeiro Octávio Moreira Lima. (c) O Caso Varginha, ocorrido naquela cidade mineira em 20 de janeiro de 1996, durante o qual integrantes do Exército brasileiro, através da Escola de Sargentos das Armas (ESA), e membros da corporação local do Corpo de Bombeiros capturaram pelo menos dois seres de origem não-terrestre, segundo farta documentação já obtida pelos ufólogos e depoimentos comprobatórios oferecidos espontaneamente por integrantes do próprio Exército, que tomaram parte nas manobras de captura, tratamento e remoção das criaturas. Absolutamente conscientes de que nossas autoridades civis e militares jamais descuidaram da situação, que tem sido monitorada com zelo e atenção ao longo das últimas décadas, sempre no interesse da segurança nacional, julgamos que a tomada da providência acima referida solidificará o início de uma próspera e proveitosa parceria.
Comissão Brasileira de Ufólogos Agosto 2005 – Ano 21 – Edição 113
Recorte ou xerografe e envie para: Revista UFO — Caixa Postal 2182 — 79008-970 Campo Grande (MS) — Fax (67) 341-0245
Ficha para recolhimento de assinaturas para a campanha nacional
UFOs: LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JÁ 2005 Petição ao Governo Federal para liberação de documentos sobre Ufologia relativos à manifestação do Fenômeno UFO em nosso País e à tomada de medidas que permitam aos ufólogos civis brasileiros participarem de suas atividades oficiais na área
Edição 113 – Ano 21 – Agosto 2005
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Imprensa Ufológica
Desvendando a tecnologia dos antigos e as novas armas eletromagnéticas
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Aleph
Editora Aleph [www.editoraaleph.com.br], uma das mais consagradas organizações editoriais brasileiras, que há anos disponibiliza um completo e respeitado catálogo de livros em diversas áreas do conhecimento, acaba de lançar duas publicações extraordinárias da série Novo Pensamento, da qual também fazem parte os livros O Mistério de Marte [2004] e A História Secreta da Raça Humana [2005], já comentados em edições anteriores. As novas obras trazem assuntos nunca antes abordados com tanta A Incrível Tecnologia profundidade no país, como a verdadeira origem da tecnolodos Antigos gia dos povos antigos e as noDavid Hatcher Childress vas armas eletromagnéticas em Editora Aleph, 2005 desenvolvimento nos Estados 360 páginas, R$ 48,00 Unidos. Tais títulos já podem ser encontrados em nossa seção tor da famosa coleção Cidades Suprimentos de Ufologia. Perdidas, Childress nos leva ao Com uma linguagem re- inusitado mundo da tecnologia veladora, o arqueólogo David pré-histórica, explorando esHatcher Childress apresenta na truturas que até hoje desafiam a obra A Incrível Tecnologia dos ciência – como os grandes moAntigos fascinantes indícios de numentos de pedra de várias que civilizações há muito de- partes do planeta [Megalitos] saparecidas atingiram, ou até – e analisando inúmeros tipos excederam, nosso moderno es- de artefatos “impossíveis”. O tágio de desenvolvimento. Au- pesquisador busca na literatura,
nos símbolos e objetos antigos provas da existência de civilizações avançadas, que teriam convivido e até mesmo influenciado o desenvolvimento de nossos antepassados. A obra convida a uma leitura agradável, mas é aconselhável que os leitores se desarmem de suas idéias preconceituosas sobre a história da humanidade, para não terem surpresas. Temas como aeronáutica antiga, guerras atômicas ancestrais, eletricidade e outros parecerão estranhos para muita gente habituada às explicações convencionais da história. Entretanto, em A Incrível Tecnologia dos Antigos o autor apresenta muitas evidências apontando para um período tecnologicamente avançado em tempos remotos. Todos aprendemos que a humanidade progrediu ao longo de um caminho linear desde o passado primitivo até o presente, mas claras e gritantes referências achadas em sítios arqueológicos, gravados em rochas e cavernas, revelam que os antigos dispunham de tecnologia que sequer podemos reproduzir hoje.
Invenções modernas — Teria sido a Grande Pirâmide do Egito uma gigantesca estação de energia? Ou talvez a Arca da Aliança seria um aparelho elétrico? Quem sabe a humanidade tenha se aproximado da destruição atômica no passado? “Separar fato de ficção é a parte mais difícil. Uma cronologia coerente do passado antigo também seria útil para compreendermos a história real da humanidade. Mas como os mais antigos artefatos humanos são monumentos em pedra, eles nos permitem datar com precisão as magistrais mentes construtoras de megalitos e a aurora de suas civilizações desaparecidas”, acredita Childress. Para abordar a questão da tecnologia de nossos ancestrais com profundidade, o autor tomou como exemplo procedimentos simples utilizados pelos homens, como a irrigação, água tratada e redes de esgoto – misteriosamente presentes na cultura de povos que viveram há milhares de anos –, até a combinação básica de metalurgia com eletricidade. O objetivo de seu livro é fazer com que o leitor admita a probabilidade dos antigos te-
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Armas inimagináveis — O que aconteceria se uma única nação dispusesse de uma arma capaz de destruir todos os satélites inimigos em órbita da Terra de uma só vez? Para começar, tal país melhoraria enormemente a capacidade de movimentar suas forças militares sem que fossem percebidas. Essa vantagem seria incalculável caso tal governo estivesse projetando um ataque surpresa a qualquer outro país do planeta. E o que ocorreria se essa mesma arma fosse capaz de proteger uma parte da Terra de quaisquer ameaças, por meio de um escudo impenetrável? Ataques ou retaliações se tornariam impossíveis contra os detentores de tal engenhoca. E o que poderia uma nação em guerra fazer com um equipamento que pudesse redirecionar os ventos sem ser detectado? O clima poderia ser controlado sobre continentes inteiros, causando inundações e secas conforme a operadora. Tal nação, enfim, teria o controle do mundo. Tais questões são apresentadas na obra Armas Eletromagnéticas – Seria o Projeto HAARP a Próxima Ameaça Mundial? [2005], de Jerry E. Smith, que
trata de um dos programas mais controversos já empreendidos pelo governo dos Estados Unidos. Oficialmente, o Programa de Pesquisa de Ativação de Alta Freqüência Auroral [High Frequency Active Auroral Research Program ou HAARP], situado no Alasca, é a maior e mais poderosa instalação militar do Departamento de Defesa norte-americano. Trata-se de um complexo de antenas cuja finalidade oficial seria promover estudos de caráter puramente científico. Segundo planos do governo, quando for completada – a previsão é para 2007 –, será a maior estação transmissora de ondas de rádio de todo o mundo, com um poder de irradiação efetivo de 3,6 bilhões de watts. Isso é cerca de 72 mil vezes mais poderosa que a maior rádio comercial legalmente autorizada dos EUA. Entretanto, tais transmissões não se destinam aos ouvidos humanos. O propósito do HAARP é injetar toda essa freqüência em um único ponto localizado na região superior da atmosfera, uma faixa denominada ionosfera. O governo norte-americano, seus comandos militares, cientistas e acadêmicos afirmam que o projeto é apenas uma instalação para pesquisas destinadas a aumentar nossa compreensão sobre as camadas superiores da atmosfera. Porém, muitos pesquisadores questionam essa versão e denunciam que o que os Estados Unidos pretendem mesmo é usar o HAARP como uma arma, uma poderosíssima e imbatível arma. Sonegação de informações — Uma das principais questões levantadas por Smith para sustentar a tese conspiratória é o motivo pelo qual um projeto não militar desenvolveria uma tecnologia capaz de criar uma super arma eletromagnética, que promoveria modificações climáticas e comprometeria todo o meio ambiente global. Com uma lin-
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guagem clara e acessível, o autor de Armas Eletromagnéticas explica que o HAARP pode vir a ser utilizado como espantosa e terrível engenharia de destruição em massa. Revela ainda um plano militar secreto com finalidade bélica e conduz o leitor por uma trilha de evidências que levam a teorias verdadeiramente assustadoras. Mesmo antes que tal projeto começasse a efetuar seus primeiros testes, em 1995, estudiosos já investigavam seu potencial
Uma ameaça real Apesar dos militares dos EUA insistirem que o HAARP é um projeto científico, a verdade é que ele é uma arma poderosíssima com capacidade de destruição nunca antes vista na Terra. O programa representa a fase final e mais extrema de uma ciência fora de controle, que pode ser o artefato mais perigoso jamais criado pelo ser humano, numa indicação clara de que a próxima corrida armamentista do século XXI já começou
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rem tido máquinas complexas, além de fantásticas aeronaves e sistemas de operação que lhes permitia acesso ao poder. Muitas das invenções comuns do mundo moderno, como motores a vapor, relógios, máquinas automáticas, bombas hidráulicas etc, já eram conhecidas na Antigüidade. Childress também destaca que, no segundo século antes de nossa era, os templos egípcios tinham máquinas acionadas por moedas para liberar água benta. “A quantidade de líquido que saía da torneira era regulada pelo peso da moeda jogada em uma ranhura. Com isso, fica evidente que os sacerdotes daquele período estavam envolvidos com a tecnologia desde o começo”, afirma.
Armas Eletromagnéticas
Seria o Projeto HAARP a Próxima Ameaça Mundial? Jerry E. Smith Editora Aleph, 2005 380 páginas, R$ 49,50
de realização. Alguns acreditam que o HAARP seja o protótipo de um sistema de armas similar ao Guerra nas Estrelas, antigo programa militar que tinha em Ronald Reagan seu principal defensor. Outros afirmam que seria usado para controle climático, podendo provocar catástrofes ambientais de proporções inimagináveis. Há cientistas que ainda preconizam sua capacidade de influenciar o comportamento humano. Especulações à parte, Smith começou a escrever esse livro com a intenção de separar a verdade da ficção quanto às múltiplas e contraditórias afirmações sobre o que o HAARP poderia ou não fazer, e rapidamente descobriu que o projeto era somente a ponta de um iceberg muito mais perigoso. Corporações de fachada— Apesar de os militares norte-americanos insistirem que tal pesquisa é um simples projeto científico, muitos dos arquivos relacionados ao programa HAARP estão em posse de corporações particulares, que não têm a menor obrigação de partilhar seus segredos com o público em geral. Tal artifício foi adotado para manter secreto alguns dos detalhes técnicos de suas operações. “O HAARP representa a fase final e mais extrema de uma ciência fora de controle, que pode ser o artefato mais perigoso jamais criado pelo ser humano, numa indicação clara de que a próxima corrida armamentista do século XXI já começou”, diz Smith. Ele é um autor independente, ativista das liberdades civis há mais de três décadas e atualmente vive no Estado do Nevada. Pesquisa e escreve sobre geopolítica e tecnologias emergentes que ameacem nossa liberdade. Seu site é: www.jerrysmith.com. Os livros descritos nesta seção foram incorporados ao catálogo Suprimentos de Ufologia da Revista UFO.
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Encontros Cósmicos
Estranho objeto em Maceió
te confusos por uns 15 minutos. A cena era diferente de tudo o que já havíamos visto, sendo que a cor dos objetos era indescritível e sua velocidade, impressionante. O movimento daqueles artefatos parecia confuso mas, ao mesmo tempo, sincronizado. Ia um deles mais à frente e os demais atrás, cortando o firmamento em mais
Francisco Zorzenon
Gostaria de informá-los de um acontecimento em minha cidade e oferecer meu depoimento sobre o que vi numa manhã de domingo em 1996. Naquele dia acordei às 08h00 para ir à missa em uma igreja católica perto de minha casa, junto de meus pais e irmãs. Já na igreja, estávamos assistindo ao sermão quando eu e meu pai, Manoel Rego, resolvemos tomar um pouco de ar do lado de fora. Era uma manhã muito bonita e de Sol forte, com poucas nuvens no céu. Nós observávamos uns garotos que empinavam Disco brilhante em Jundiaí pipas ao lado da igreja quando vi um objeto briAcompanho o trabalho da Equipe UFO há lhante de forma triangualgum tempo, pelo qual lhes dou parabéns. Enlar, a uma altura superior caminho fotos de minha autoria para sua anália dos aviões que passam se e elucidações técnicas, se possível. Acredito por ali. Logo mostrei aquiserem UFOs que foram avistados por mim ao lo a meu pai e ficamos junentardecer de 09 de julho passado, em Jundiaí, tos observando. no interior de São Paulo. Eles estavam muito De repente, avistalonge e aproximei-os ao máximo com o zoom mos mais dois artefatos da câmera, uma Sony Cybershot F717 com com as mesmas carac5.2 megapixels. O disco era brilhante e sumiu terísticas que o primeiro, segundos após eu ter feito as fotos. que o estavam seguinFrancisco Zorzenon, do. Ficamos paralisados Jundiaí (SP) diante daquilo e totalmen-
ou menos 30 segundos, até desaparecerem no horizonte. Sempre comentamos o fato com nossos amigos, alguns dos quais acreditam, enquanto outros ficam curiosos. Mas o que sabemos é que os objetos daquela manhã de domingo nos fizeram acreditar muito em UFOs e no fato de que não estamos sós no universo. Wagner e Manoel Rego, Maceió (AL)
Triângulo em Minas Estou com 48 anos, sou casada e tenho três filhas. Escrevo-lhes para oferecer o relato do que me aconteceu há alguns anos, pois acho importante contribuir com informações. Em 25 de dezembro de 1990, voltando de carro da casa de minha sogra, por volta de 02h30, eu, meu marido Sérgio Moreira da Silva e minha filha Débora da Cruz Moreira, então com três anos, tivemos uma experiência. Quando íamos descendo de carro a Rua Jéquia, no Bairro Renascença, avistamos no céu um objeto parecido com uma bola
de fogo. Conforme íamos andando, ele nos acompanhava numa velocidade incrível. Quando chegou bem próximo, a altura de um avião voando baixo, meu esposo parou o automóvel para ver o que era aquilo. Foi quando avistamos com bastante nitidez que tal artefato não tinha forma de bola, mas sim de um triângulo vermelho com bordas e com um arco com muitas luzes bem claras. Chegamos a pensar que fosse um avião ou um balão, mas não era nada disso, com certeza. Nenhum deles teria formato triangular e não voam com tal velocidade. Ficamos parados por uns cinco minutos admirando aquele objeto tão bonito e, ao mesmo tempo, tão estranho. Era algo que eu, naquela época com 34 anos, nunca tinha visto igual. Meu esposo então manobrou o carro para voltar até a casa de minha sogra para mostrar aquilo a ela. Quando estávamos retornando, o UFO continuou nos acompanhando, e antes de chegarmos a residência, com uma velocidade surpreendente, o objeto desapareceu. Desde então passei a me interessar por Ufologia. Acredito que não estamos sozinhos e que existe vida extraterrestre, e espero que tenha contribuído com meu depoimento. Odete da Cruz Moreira, Belo Horizonte (MG)
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Agora você pode ter as filmagens das flotillas mexicanas. UFO recebeu autorização para fornecer cópias do documentário apresentado no 14º Congresso Internacional de Ufologia, onde o jornalista Jaime Maussán fez revelações extraordinárias. São imagens num DVD exclusivo no Brasil, legendado em português pela Milagro Produções. O documentário de 90 minutos já pode ser obtido seguindo-se as instruções abaixo.
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Espaço do Ombudsman Rogério Chola ombudsman@ufo.com.br
Uma Hiroshima ufológica no lugar do pretendido tsunami mexicano Ora, temos pouco mais de 200 anos de história tecnológica, apenas. O que não teremos em mais 200 anos? Também é perigoso tentar analisar os objetivos da provável inteligência extraterrestre com base em nossa lógica e nos nossos anseios. O Fenômeno UFO envolve duas vertentes de busca – uma de natureza científica e outra de inteligência, no sentido de confronto de informação versus contra-informação. Se vamos precisar reunir todos os dados a respeito “deles” para quando chegarem, isso somente dependerá “deles”.
Saída de emergência — A matéria
Um Tsunami Ufológico no México, na realidade, é uma verdadeira “Hiroshima ufológica”. Entendo que o sentimento dos ufólogos é de que os UFOs que aparecem em várias filmagens feitas naquele país – e noutros – sejam realmente naves de origem extraterrestre. Mas até o momento não vimos nenhuma análise técnica por parte dos que defendem essa explicação. Não é porque um fenômeno acontece do outro lado do mundo ou na Lua que não possa ser analisado por qualquer pessoa, em qualquer local. Também, se nenhuma explicação razoável foi estabelecida até o momento, a “saída de emergência” da Ufologia é concluir que são mesmo naves extraterrestres tentando fazer contato? Ainda sobre o cenário ufológico mexicano, apresentado em UFO 112, a entrevista concedida por Jaime Maussán esclarece vários pontos polêmicos sobre sua atuação. Quem tinha dúvidas ou desconhecia o jornalista deve agora estar mais esclarecido a seu respeito. Mas cito três afirmações que me parecem incorretas quanto ao Caso Campeche. Uma com
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relação aos ufólogos Claude Poher e James Smith, de como as hipotéticas chamas das refinarias do Golfo do México seriam visíveis. Elas não estariam, pois, obviamente, a distância não permitiria observá-las a olho nu. Os objetos sobre Yucatán somente foram registrados pela radiação térmica que emitiam, captada pelo equipamento Flir. Já sobre a calibragem do equipamento, o que Maussán alega não é um erro no funcionamento do mesmo, e sim sua relação com o plano horizontal – inclinação – da aeronave. Também não é verdade que ninguém além de Bruce Maccabee analisou o material sobre o Caso Campeche, assim como a assertiva de que Maussán possui o maior arquivo de imagens de UFOs no mundo. E daí?
Crises de ego e preconceitos — Sobre a matéria Bastidores da Invasão Mexicana, de Santiago Yturria Garza, correspondente de UFO naquele país, é de extrema importância conhecer os detalhes apresentados pelo autor – embora, infelizmente, o tenha feito tardiamente. Não vou entrar em pormenores no momento sobre as acusações infundadas de Garza sobre meu trabalho e
minha conduta, que extrapolaram o que poderia ser considerado como crítica literária. Apenas lamento que a Revista UFO ceda seu precioso espaço para divulgação de crises de ego e preconceitos emotivos. Espero que a publicação, fazendo isso, não se torne um palco para desabafos pessoais. Fiquei surpreso com a declaração atribuída a Bruce Maccabee, na página 28 de UFO 112, que contrasta com outra que ele mesmo apresentou em listas especializadas em Ufologia na internet, como pode-se ver no endereço http://members.aol.com/tprinty2/ Mexico04i.html. É bom tentar esclarecer no que de fato ele acredita. Por fim, a matéria sobre o polêmico Arturo Robles Gil [Foto abaixo] explica muitos pontos controversos que tenho observado em listas de discussão ufológicas de nosso próprio país. Porém, é importante lembrar mais uma vez que uma coisa é duvidar da realidade do Fenômeno UFO – algo que realmente não tem mais sentido – , e outra bem diferente é afirmar que sua origem é e somente pode ser extraterrestre. Nem mesmo os ufólogos podem permanecer céticos a outras possibilidades. Se todos os relatos apresentados por Gil na referida edição são mesmo de origem extraterrestre, esse homem é um abençoado. Finalizo com um comentário sobre a UFO Especial 34, cuja chamada de capa indica Toda a Verdade Sobre a Captura de ETs em Minas, o que não condiz com a realidade, já que nem o principal investigador do caso afirma isso. Santiago Yturria Garza
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nicio este pequeno espaço de reflexão chamando a atenção dos leitores para o constante exagero na utilização de termos inadequados e sensacionalistas na Revista UFO, como “casuística” e “invasão alienígena”, entre outros, nos títulos de artigos e chamadas de capa de suas edições. Não dar margem a erros de interpretação deve ser uma constante no meio ufológico. Isso poder ser visto particularmente na seção Mensagem do Editor da edição 113 – Afinal, Faremos Contatos com ETs? –, onde a ênfase sobre a quantidade de casos ufológicos de um país dá ao leitor a idéia de que há uma “olimpíada ufológica” entre nações. Afinal, se esse ou aquele país se recicla na quantidade de casos, ou se as supostas abduções são raras, o que realmente se pode concluir? Na referida Mensagem do Editor, embora ao longo do texto existam pensamentos lógicos e válidos, logo no início são colocadas perguntas e apresentadas incertezas para depois se fazer afirmações com convicção quase fanática. Quem duvida ou questiona as assertivas o faz porque desconhece os fatos. Lembro que, até o momento, não tivemos nenhum ser extraterrestre contatando algum ufólogo e lhe dando uma entrevista esclarecedora... Até que isto ocorra, o espaço para a dúvida e o questionamento sempre deverá existir. Também é irritante a constância com que a revista se refere às realizações tecnológicas humanas como “rudimentares”, “primitivas”, “limitadas” ou “insignificantes”, além de ainda afirmar que “só” conseguimos explorar algumas partes do Sistema Solar.
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VEJA COMO FAZER PEDIDO E A NOVA FORMA DE COBRANÇA DE FRETE Você pode adquirir os produtos da seção Suprimentos de Ufologia através do cupom abaixo ou no site da Revista UFO [www.ufo.com.br]. Nesse caso, siga as instruções contidas nele. Para fazer seu pedido através do cupom abaixo, preencha-o de maneira bem legível com os códigos e preços dos itens desejados e escolha a forma de pagamento. Você pode pagar seu pedido de várias formas, à vista ou em 3 parcelas iguais (nos cartões Visa, Mastercard e Diners). Depois de preenchido, recorte ou xerografe
o cupom e encaminhe ao Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), no endereço abaixo. A remessa dos produtos é imediata e o recebimento se dá em média entre 8 e 14 dias após o envio, como encomenda registrada. A partir de agora você paga taxa única de R$ 12,50 como frete, por qualquer quantidade de itens solicitados. Os associados ao CBPDV têm 20% de desconto em todas as compras. Veja na hora de fechar o pedido como proceder para garantir seu desconto.
Formas de Pagamento: Cheque nominal — Ao Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV). Pode ser colocado dentro do mesmo envelope que você usar para enviar seu cupom de pedido. Não aceitamos cheques pré-datados.
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Vale postal — Ao Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), que deve ser obtido nas agências dos Correios. Não confundir com reembolso postal, que não é aceito. Boleto bancário — O Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) pode enviar se você indicar essa opção no cupom. Você terá então 15 dias para pagá-lo, quando então encaminharemos os produtos. Cartão de crédito — São aceitos todos, exceto American Express. Com Visa, Master ou Diners você pode parcelar em 3 vezes. Em qualquer caso, preencha os dados do cartão. Depósito bancário — Nas contas do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) nos bancos Bradesco ou Itaú, abaixo relacionadas. Depois remeta o comprovante do depósito no envelope que você usar para enviar seu pedido, ou por fax. Bradesco — Agência 2634 — Conta 12800-7 Itaú — Agência 1023 — Conta 32760-2 CNPJ — 07.006.291/0001-74
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