4 minute read
BRASIL SE TORNA FORNECEDOR EXCLUSIVO PARA TRATORES DE ESTEIRA DA CNHI
NO TOTAL, FORAM INVESTIDOS 18,5
MILHÕES DE DÓLARES
NO PROJETO EM MINAS GERAIS, SENDO QUE 10
MILHÕES DE DÓLARES FORAM DESTINADOS À MODERNIZAÇÃO
DA LINHA DE MANUFATURA
Desde o mês de julho, a planta da CNH Industrial na cidade de Contagem (MG) tornou-se fornecedora global exclusiva para tratores de esteira das duas marcas do grupo no segmento (Case CE e New Holland Construction). No total, foram investidos 18,5 bilhões de dólares no projeto, sendo que 10 milhões de dólares desse montante foram destinados à modernização da linha de tratores de esteira, incluindo a ampliação da capacidade produtiva para essa linha de produtos. Já os 8,5 milhões de dólares restantes foram destinados à modernização da planta e do processo de manufatura, com a introdução de novos recursos de robotização e otimização dos processos da linha de produção com novos ferramentais.
Segundo Carlos França, líder da Case CE para a América Latina, a produção de tratores de esteira vem crescendo mês a mês, com expectativa de estabilização em 2024. “Antes, a produção desses equipamentos era feita nesta planta e nos Estados Unidos, mas resolvemos concentrar nossa produção estrategicamente em Contagem visando exportar para países da América Latina, Europa e Ásia-Pacífico”, ele explica, destacando que atualmente a nova linha tem capacidade de produzir 1.100 unidades/ano do equipamento.
Conforme o executivo, a escolha da planta de Contagem como única fornecedora global de tratores de esteiras do grupo se deu por conta da capacidade física da fábrica em absorver a produção e a distribuição global do equipamento, inclusive com suporte da cadeia local de fornecedores, que – segundo França – é capaz de suprir a demanda. “Além disso, pesou a parte logística de transporte, com a proximidade do município aos grandes centros, assim como os recursos humanos da planta, que são capacitados para produzir os equipamentos com o mesmo grau de eficiência de outras unidades”, comenta.
Atualmente, as operações da CNH Industrial no Brasil contam com cerca de 8.500 funcionários, sendo que somente em Contagem são locados aproximadamente 1.600 colaboradores. De acordo com o executivo, até o momento não foram realizadas novas contratações em virtude de a planta ter virado base mundial de trator de esteiras. “O que aconteceu foi um remanejamento de colaboradores”, ele explica. “Mas, se necessário, isso será feito em 2024, com a contratação de mais pessoas quando a linha estiver funcionando de forma integral.”
Experi Ncia Do Cliente
Visando atender às necessidades dos clientes, a Case CE também vem desenvolvendo um projeto com foco na “Experiência do Cliente”. Ao longo dos últimos meses, a empresa ouviu clien- tes de diversas regiões do país para colher mais informações sobre a demanda de quem utiliza as máquinas e serviços oferecidos pela marca. Ao final desse período de sondagem, a fabricante reuniu em torno de 200 depoimentos, incluindo desde reclamações até sugestões e elogios. A partir dessas indicações de campo, a empresa buscou promover melhorias na oferta. Alguns dos pontos destacados na sondagem foram abordados durante o evento “Case Eagle Day”, realizado em agosto com a presença de 60 clientes de diversas regiões do país, com o intuito de proporcionar a devolutiva das opiniões expressas nas entrevistas. “Alguns argumentos eram repetidos e outros já conhecidos pela empre- sa”, afirma França. “Por consequência, realizamos alguns progressos e o resultado dessas melhorias culminou inclusive no lançamento de um novo produto.”
O executivo se refere à a retroescavadeira 580N Series 2HD, que teve pontos melhorados a partir da sondagem com clientes, incluindo a adoção de tampa antivandalismo no tanque de combustível, além de um sensor de presença de água no combustível, que acende um sinal de alerta no painel.
“Além disso, alguns itens antes opcionais passaram a ser de série, especialmente no que se refere ao conforto do operador, como coluna de direção regulável, retrovisores laterais e sistema de amortecimento do giro do braço traseiro, trazendo mais conforto para a operação”, detalha o profissional da Case CE.
De acordo com ele, a nova retroescavadeira também conta com motor mais potente e oferece força de escavação superior ao modelo anterior,
PARA EXECUTIVO DA CASE, NOVO PAC PODE IMPULSIONAR A CONSTRUÇÃO
O líder da Case CE no Brasil, Carlos França, mostra-se otimista com o anúncio de investimentos do novo PAC, com a expectativa de que 1,5 trilhão de reais, do total de cerca de 1,7 trilhão de reais em investimentos previstos no programa, sejam direcionados ao setor de construção. “O ano de 2023 deve se consolidar como o segundo melhor exercício para o mercado de equipamentos de construção, mesmo com a queda de 15% do mercado ocorrida até julho, em comparação ao mesmo período do ano passado”, diz ele. “Mas na Case, especificamente, estamos estáveis e não registramos queda.” além de trazer soluções de conectividade de fábrica, com recursos de telemetria que ampliam as possibilidades de gerenciamento da frota em tempo real. De acordo com França, a Case CE passou a entregar 100% de suas máquinas conectadas, já com recursos em telemetria.
Em âmbito global, a CNH Industrial – considerando todas as áreas de atuação, o que inclui agrícola, construção e serviços financeiros – obteve em 2022 um faturamento de 23,6 bilhões de dólares, com o segmento agrícola representando 76% do montante, seguido por construção (15%) e serviços financeiros (9%).
Aliás, outro destaque da marca durante o evento foi a inauguração do “SiteConnect Center”, uma central de dados instalada junto à fábrica de Contagem, com uma equipe de especialistas disponibilizada para dar suporte às máquinas em operação no país.
Denominado “Control Room”, o espaço inaugurado em abril reúne um ecossistema de soluções para gestão das frotas, incluindo o pacote de serviços conectados “SiteConnect”, que põe o concessionário em contato direto com o cliente para antecipar as manutenções de forma proativa, além do “SiteWatch”, por meio do qual o próprio cliente pode monitorar as informações da máquina. “O propósito é integrar a telemetria na fábrica simultaneamente com o nosso distribuidor e o cliente final”, explica Relton César, diretor de serviços da Case CE.
Segundo o especialista, o acesso ao serviço é integrado ao portal do cliente durante dois anos, enquanto a rede de concessionários tem acesso por sete anos. “Queremos entregar mais do que a telemetria, uma solução completa em que que o cliente consiga monitorar o equipamento, tornando a telemetria mais produtiva, com menos paradas para manutenção”, ressalta César. “Ou seja, o objetivo é gerar valor ao serviço atrelado à telemetria, com o equipamento trabalhando e consumindo combustível de maneira otimizada.”
Saiba mais:
Case CE: www.casece.com/latam/pt-br
CNH Industrial: www.cnhindustrial.com