Jornal SOGOPE

IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO Nº 9912189385

ECT / DR / PE Rua Gal, Joaquim Inácio, 465 - Ilha do Leite Recife – PE - 50070-270 81-3222.5112

¨Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Pernambuco¨

INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS GINECOLOGISTAS E OBSTETRAS DE PERNAMBUCO – ANO IV Nº 20 – JANEIRO|FEVEREIRO E MARÇO DE 2013

SOGOPE promove 39º Congresso Pernambucano de Ginecologia e Obstetrícia

Encontro reunirá cerca de 500 profissionais na cidade serrana de Gravatá, no Agreste Pernambucano

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Cidade de Gravatá vai sediar o Congresso da SOGOPE

ituada a 80 km do Recife, no Agreste Pernambucano, a cidade de Gravatá, que é conhecida por atrair pessoas de todas as partes do país, pelo clima campestre de serra em pleno Nordeste, sediará entre os dias 23 e 25 de maio a 39ª edição do Congresso Pernambucano de Ginecologia e Obstetrícia, encontro promovido pela SOGOPE e que deverá reunir cerca de 500 profissionais das especialidades. A programação do evento, que acontecerá no Hotel Fazenda Portal de Gravatá, será composta por debates, conferências, mesas redondas, painéis e palestras que serão proferidas por grandes nomes da Ginecologia e Obstetrícia brasileira e mundial, como André Malavasi, especialista da Ginecologia e Obstetrícia brasileira em Doença Tromboembólica na Gravidez, o sexólogo Eliano Pellini e o professor Gian Carlo Di Renzo, da Escola de Medicina da Universidade de Pádua, na Itália. O Congresso tem como meta apresentar e discutir sobre temas atuais de grande relevância para a classe médica, residentes e estudantes da área de Ginecologia e Obstetrícia. PÁGINA-03.

SOGOPE dá as boas-vindas aos novos residentes

Os avanços da mulher na ginecologia e obstetrícia

CFM se posiciona sobre ilicitude nos casos de aborto

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editorial

artigo

Prezados colegas,

Estamos preparando, com muito carinho, o 39º Congresso Pernambuco de Ginecologia e Obstetrícia com a participação de mais de 50 palestrantes, com um convidado internacional, o Professor Gian Carlo Di Renzo, e vários nacionais oriundos de outros estados, tais como: Rui Ferriani, Eliano Pellini, Edison Fedrizzi, Etelvino Trindade, André Malavasi, Alberto Zaconeta, James Cadidé, Marco Galletta, Eduardo da Fonseca e Melania Amorim.

Teremos uma abertura com queijos e vinhos e uma palestra do Professor Eliano Pellini, que é também sommelier, sobre vinho e sexualidade.

Haverá uma sala de simulação em Ginecologia e Obstetrícia, com várias estações para treinamento. Teremos seis cursos pré-congresso, abordando temas relevantes da nossa especialidade.

Haverá várias alternativas para diversão do sócio e seus familiares, com passeios organizados pelo Hotel Portal de Gravatá, além de uma festa de encerramento com forró pé-de-serra.

Contamos com a sua participação para fazer mais um evento vitorioso, que demonstra a força e a importância da nossa especialidade, além de ser uma oportunidade única de congraçamento das nossas famílias.

Defesa profissional (*) Carlos Alberto Sá Marques

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s pleitos da Comissão de Defesa Profissional da SOGOPE junto à Unimed Recife, visando a atualização dos valores dos honorários dos médicos cooperados, estão merecendo a devida atenção por parte dos dirigentes daquela entidade. Em dezembro de 2012, após reunião desta comissão com a presidente da Unimed, Dra Maria de Lourdes, foram reajustados os valores das consultas para R$ 60,00 (sessenta reais).

Tendo a fatura referente ao mês de novembro de 2012 sido paga obedecendo esse novo valor, ou seja, um acréscimo em torno de 24%.

Reconhecendo a defasagem dos valores pagos e buscando incentivar a prática da obstetrícia, a Dra. Maria de Lourdes nos comunicou, em 25 de fevereiro passado, que foram aplicados novos valores aos procedimentos parto normal e operação cesariana.

Com o reajuste, o parto normal passa a ser remunerado da seguinte forma: R$ 1.058,00 quando a paciente ocupa apartamento e R$ 561,00 quando internada em enfermaria. No caso de operação cesariana, quando a paciente se interna em apartamento, o valor a ser pago é de R$ 1.023,00 e em enfermaria o valor é de R$ 529,00. Serão esses valores acrescidos de 30% (trinta por cento) quando o procedimento for realizado em horários de urgência, feriados e finais de semana, como previsto na CBHPM. Estamos, também, acompanhando de perto as negociações para atualização dos honorários por parte dos planos de saúde credenciados pela COPEGO, com previsão para descredenciamento daqueles que não negociarem a adoção dos valores preconizados pela CBHPM.

Prof. Dr. Elias Melo Professor Adjunto de Obstetrícia – UFPE Presidente da Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Pernambuco - SOGOPE Vice-presidente da Comissão Nacional de Urgências Obstétricas - FEBRASGO

(*) Carlos Alberto Sá Marques é presidente da Comissão de Honorários Médicos e membro da comissão de defesa profissional da SOGOPE.

SOGOPE dá as boas-vindas aos novos residentes

Expediente DIRETORIA Presidente: Elias Ferreira de Melo Júnior Vice-presidente: Maria Luíza Bezerra Menezes Diretor Financeiro: Luis Andre Marinho Lippo Vice-diretora Financeira: Simone Angélica Leite de Carvalho Silva Secretário Geral: Petrus Augusto Dornelas Câmara 1ª Secretária: Isabela Cristina Coutinho Albuquerque Neiva Coelho 2ª Secretária: Sheila de Melo Leoni Localizada na rua Guilherme Pinto, 146, Salas 114/116, Graças, Telefone (81) 3423.6444 Jornalista Responsável e Edição: Seabra Neto - DRT: 2.580 - e-mail: seabraneto@rpress.com.br Redação: Scharlene Mikelle - Rayanne Silva - Marina Cilião - Revisão: Fátima Seabra Projeto Gráfico: Rpress Comunicação - Tiragem desta edição: 1.300 exemplares Periodicidade: Trimestral - Impressão MXM Gráfica

com imensa alegria que a Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Pernambuco – SOGOPE saúda os mais novos residentes das áreas de Ginecologia e Obstetrícia do estado de Pernambuco. A associação também informa que os profissionais que desejam se tornar associado da instituição e desfrutar de todos os benefícios que a entidade oferece, como o recebimento mensal gratuito de publicações de alto nível cientifico nacional da especialidade e descontos especiais nas inscrições de Congressos, jornadas, patrocinados pela FEBRASGO ou pelas suas federadas, basta acessar o site www.sogope.com.br, preencher o formulário de inscrição e, em seguida, apresentar uma declaração de Residência Médica original ou cópia autenticada. No site, também está disponível a lista completa de todas as vantagens que a SOGOPE oferece aos seus associados.

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39º Congresso Pernambucano de Ginecologia e Obstetrícia será realizado no Agreste Pernambucano

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om o propósito de cumprir com mais um dos objetivos de seu estatuto, que é o de contribuir para o progresso das especialidades, promovendo o aperfeiçoamento de seus conhecimentos através de atividades de produção de caráter científica, a SOGOPE vai realizar, entre os dias 23 e 25 de maio, o 39º Congresso Pernambucano de Ginecologia e Obstetrícia.

O encontro, que vai acontecer na cidade serrana de Gravatá, cidade situada a 80 km do Recife, no agreste de Pernambuco, deverá reunir palestrantes renomados nacional e internacionalmente, através de conferências e palestras, temas atuais de grande relevância para a classe médica, residentes e estudantes da área de Ginecologia e Obstetrícia.

Já estão confirmados, segundo a coordenação do Congresso, o famoso especialista da Ginecologia e Obstretrícia brasileira em Doença Tromboembólica na Gravidez, André Malavasi; o sexólogo Eliano Pellini e o professor Gian Carlo Di Renzo da Escola de Medicina da Universidade de Pádua, na Itália, que abordará o tema: O papel da progesterona na prevenção da prematuridade.

Além de uma extensa programação científica, será lançado durante essa edição do Congresso, o Prêmio Martiniano Fernandes, que premiará o autor da melhor Monografia de Conclusão de Residência em Ginecologia e Obstetrícia. Para participar, os interessados precisam enviar os trabalhos para o site da SOGOPE até o dia 10 de maio. Mais informações sobre o concurso e inscrição para o Congresso podem ser obtidas através do endereço eletrônico: http://sogope.com.br/39congressope/ As inscrições para participar do 39º Congresso Pernambucano de Ginecologia e Obstetrícia podem ser efetuadas no site www.sogope.com.br/39congressope até 10/05/13. Abaixo os valores das inscrições.

PACOTE DE HOSPEDAGENS 1 - Três noites com pensão completa desde o almoço do dia 23/05 até o café da manhã do dia 26/05/2013.

2 -1, 2, 3 ou 4 adultos no mesmo apartamento conforme a opção desejada.

3 - As diárias começam às 14h00 e terminam às 12h00.

4 - O pagamento poderá ser feito à vista ou através de cartões de crédito.

A reserva será concretizada com o pagamento do pacote, a vista ou nas opções oferecidas na tabela abaixo:

*Obs.: Crianças de 06 a 12 anos – R$ 208,00 cada.

Garanta já a sua reserva direto com o Hotel Portal de Gravatá através dos contatos: Tel. 81.3304-8888 / Fax.81.3442-0482 www.portaldegravata.com.br grupos@portaldegravata.com.br

39º CONGRESSO PERNAMBUCANO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA VALORES DE INSCRIÇÕES

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entrevista

(*) olímpio barbosa de moraes filho

Olímpio Barbosa assume a Gerência de Atenção à Saúde da Mulher da SES

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om uma larga experiência profissional e gestora nas áreas de Ginecologia e Obstetrícia, o médico e mestre Olímpio Barbosa de Moraes Filho acaba de ser nomeado, pelo secretário estadual de Saúde, Antonio Carlos Figueira, para coordenar a Gerência de Atenção à Saúde da Mulher, núcleo vinculado a Secretaria Executiva de Atenção à Saúde, que faz parte da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco-SES. Vice-presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) na Região Nordeste, professor da Faculdade de Ciências Médicas da UPE e conselheiro do CREMEPE, Olímpio Moraes, que durante muitos anos atuou na Diretoria do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), concedeu entrevista exclusiva do Jornal da SOGOPE, onde falou sobre seus os planos e metas na nova função, como também sobre a saúde da mulher em Pernambuco.

JORNAL DA SOGOPE: O senhor acaba de ser nomeado para coordenar a Gerência de Atenção à Saúde da Mulher, núcleo vinculado a Secretaria Executiva de Atenção à Saúde, que faz parte da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco. Como o senhor recebeu a notícia e qual será a principal meta da sua gestão?

OLÍMPIO MORAES: Recebi como uma grande surpresa. Pensei primeiramente em não aceitar pelo motivo de não ter tempo para me dedicar exclusivamente a esta função. O meu maior desafio é como conciliar esta nova missão com as atividades no CREMEPE e na FEBRASGO, além de continuar como professor da Faculdade de Ciências Médicas. No entanto, como é uma oportunidade única de contribuir para a melhoria da saúde das pernambucanas e por conhecer o compromisso da minha equipe na Gerência da Saúde da Mulher, aceitei este desafio.

JORNAL DA SOGOPE: A Gerência de Atenção à Saúde da Mulher tem como missão desenvolver, promover, coordenar, avaliar e definir as diretrizes do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher no Estado de Pernambuco. Como gerente, quais serão suas primeiras ações à frente da Gerência?

OLÍMPIO MORAES: Sei que posso parecer ambicioso, mas acredito que poderemos fazer muito. Estamos vivendo uma crise sem precedente na assistência obstétrica, mas poderemos amenizar esta situação, em curto espaço de tempo, através da regionalização de maternidades de alto risco e criação de centros de parto normais intrahospitalar. Vamos continuar o trabalho de promoção de cursos sobre Pré-natal de baixo e alto risco, além da implementação dos testes rápidos para HIV e Sífilis. Precisamos que os Comitês de Mortalidade Materna do interior funcionem, para isso vamos qualificar médicos para participarem dos seus grupos técnicos. É inadmissível que mulheres vítimas de violência precisem viajar horas para ter assistência adequada, por isso iremos capacitar e implementar, no Interior do Estado, maternidades para atendimento à mulheres vítimas de violência e para abortamento previsto em lei.

Apoiaremos e daremos condições para que os diretores dos hospitais e maternidades realizem serviços de planejamento reprodutivo, para que tenhamos pelo menos um hospital apto a oferecer este serviço em cada uma das macrorregiões. Estamos também trabalhando para capacitar 75% dos profissionais das Unidades da Saúde da Família para o controle do câncer do colo do útero, além de garantir que todas as mulheres dos nossos 185 municípios tenham acesso rápido ao exame preventivo.

(*) Olímpio Moraes é vice-presidente da FEBRASGOna Região Nordeste, professor da Faculdade de Ciências Médicas da UPE e conselheiro do CREMEPE.

JORNAL DA SOGOPE: Qual a importância da nomeação de Olímpio Morares para a SOGOPE? OLÍMPIO MORAES: É de fundamental importância o papel da SOGOPE na promoção da melhoria da assistência obstétrica e ginecológica no nosso Estado. Pretendemos, ainda, aumentar as parcerias através da realização de cursos de atualizações e treinamentos de médicos da rede.

No 39º Congresso Pernambucano de Ginecologia e Obstetrícia, que acontecerá em maio próximo, já acertamos um Curso Pré-congresso e uma mesa redonda.

JORNAL DA SOGOPE: O senhor também é vice-presidente da FEBRASGO para a região Nordeste. Como o senhor pretende conciliar essa sua função com a Gerência de Atenção à Saúde da Mulher?

OLÍMPIO MORAES: Sem dúvida, a FEBRASGO me exige muito, mas as ações da federação são confluentes com a melhoria da saúde da mulher. Muita coisa que pretendemos colocar em prática na assistência à mulher pernambucana são frutos dessas ações e posicionamentos na FEBRASGO. Também a minha atividade junto ao CREMEPE me renderam uma visão mais clara da real situação da assistência médica prestada às nossas mulheres. Como por exemplo, temos dado seguimento às recomendações do Grupo Técnico de Assistência Obstétrica do CREMEPE (2012), que identificou a necessidade de otimização dos profissionais de saúde nos municípios do Interior e formação de enfermeira (o)s obstétrica (o)s para compor as equipes das maternidades.

JORNAL DA SOGOPE: O Programa Estadual de Parteiras Tradicionais defende um tema polêmico para a comunidade de ginecologistas e obstetras; o parto domiciliar. Como o senhor avalia essa questão?

OLÍMPIO MORAES: Uma parcela pequena de nossas gestantes, principalmente,no Interior do Estado continuam parindo em casa com parteiras tradicionais. Não acredito que devamos estimular o parto domiciliar, mas o Estado deve cadastrar e treinar estas parteiras, além de garantir que haja uma maternidade de referência para atender estas parturientes.

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entrevista

(*) maria luíza bezerra de menezes

O avanço da mulher da Ginecologia e Obstetrícia em Pernambuco

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(*) Maria Luiza Bezerra Menezes é vicepresidente da SOGOPE e Prof.ª Adjunta da disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da FCM/UPE e Conselheira do CREMEPE.

endo uma especialidade médica de grande importância para a saúde feminina em todas as fases da vida da mulher, as profissionais que optarem pela Ginecologia e Obstetrícia devem exercer a profissão pautadas por duas vertentes: ter habilidade técnica das especialidades, adquirida na Faculdade e na Residência Médica; e a arte de “entender a mulher”. Essa é a visão defendida pela vice-presidente da SOGOPE, Maria Luiza Menezes, que em entrevista exclusiva para o Jornal da SOGOPE, esclarece o atual papel dessas médicas para o bem-estar da paciente, bem como defende o fortalecimento da classe e a relevância dessas áreas na medicina.

JORNAL DA SOGOPE: Comenta-se muito no meio médico o declínio de algumas especializações da medicina. Como a senhora vê o segmento atual da Ginecologia e Obstetrícia em Pernambuco e como a senhora afere o mercado de trabalho para as mulheres médicas que estão ingressando nessa área?

SOGOPE: As “sub-especializações” na Ginecologia e Obstetrícia, como Mamografia e Medicina Fetal, entre outras, vêm crescendo e atraindo, cada vez mais, um maior número de médicas. Por que elas atraem mais do que a Ginecologia e a Obstetrícia?

MARIA LUIZA: Apesar da redução da taxa de natalidade pernambucana, que segue a nacional, desde os anos 70, sempre haverá mulheres necessitando de assistência à sua saúde nas suas diversas fases, e, em especial na idade fértil, em busca de assistência pré-natal, o que torna o mercado de trabalho para profissionais especializados na Ginecologia e Obstetrícia bastante amplo e estável, tanto na rede de saúde pública quanto na privada. Com o aumento da classe média e da circulação da informação, cada vez mais elas estão se preocupando em fazer exames de pré-natal e ultrassonografias, que se encontram cada vez mais accessíveis, tornando o mercado de Medicina Fetal e da Ginecologia bastante promissores.

MARIA LUIZA: Atualmente as áreas de atuação reconhecidas pela FEBRASGO e AMB são Mamografia, Ultrassonografia em Ginecologia, Endoscopia Ginecológica, Medicina Fetal e Sexologia. É natural, e diretamente proporcional ao tempo de formado, que os médicos sigam em busca de aprofundamentos e especificações no conhecimento de certas áreas, principalmente as que tragam retorno financeiro como as relacionadas ao estudo de imagens.

SOGOPE: A senhora acredita, de fato, que a Ginecologia e Obstetrícia ainda são especialidades promissora em Pernambuco?

MARIA LUIZA: A especialidade continua promissora em nosso Estado cuja relação de especialistas/generalistas é de 0,9 e principalmente para os que fizerem opção de atuar no serviço público, uma vez que usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) contam com quatro vezes menos médicos que os do setor privado, ou para os que optarem pelas cidades do interior, com duas vezes menos médicos que na capital, dada à desigualdade no que se refere ao acesso à assistência médica.

SOGOPE: Pernambuco acompanha na Ginecologia e Obstetrícia os avanços e tecnologias dos grandes centros médicos?

MARIA LUIZA: Apesar de todas as dificuldades amplamente estampadas na mídia, relacionadas à saúde, Pernambuco representa o segundo maior polo médico do Brasil. E tanto na rede privada, quanto na pública, os avanços tecnológicos vêm sendo implantados na esfera da Ginecologia e Obstetrícia.

SOGOPE: Quais os benefícios que esses avanços trouxeram para a melhoria na qualidade de vida das pacientes e da profissional da médica?

MARIA LUIZA: Avanços tecnológicos como, por exemplo, cirurgias minimamente invasivas, tratamentos alternativos de patologias outrora exclusivamente tratados cirurgicamente, avanços nos métodos contraceptivos orais e não orais, nas técnicas de reprodução assistida, avanços na radiologia intervencionista, na biomedicina e na medicina fetal proporcionam às pacientes menos efeitos colaterais, para a profissional menos riscos e para ambas a satisfação com a resposta terapêutica obtida.

SOGOPE: A senhora, como vice-presidente da SOGOPE, poderia informar quais são as atividades e ações que a entidade vem desenvolvendo para a classe médica de Pernambuco?

MARIA LUIZA: Além do Congresso anual, que é seu “carro chefe”, a SOGOPE realiza as Jornadas do Interior (a cada ano, alternando entre Petrolina, Triunfo e Garanhuns), e na sede promove, bimestralmente, aos sábados o seu concorrido Café Científico, além do encontro Noite dos Residentes. Além disso, a Comissão de Defesa Profissional da SOGOPE negociou com a UNIMED e obteve valoração dos honorários de consultas e procedimentos relacionados com as especialidades.

SOGOPE: A senhora teria alguma dica para as ginecologistas e obstetras que têm que conciliar jornada de trabalho, marido e filhos?

Maria Luiza: Sinceramente, se tivesse esta resposta eu pessoalmente teria menos problemas nestas árduas tarefas que tanto exigem de nós mulheres (risos). Mas penso que o cerne da conciliação destes compromissos deva ser a seriedade e responsabilidade profissional, organização do tempo para desenvolver as diversas atribuições, a reserva de uma parte da semana para o lazer, para sorrir e brincar, e não deixar de gozar férias anuais. Obviamente, se faz necessária uma cumplicidade da família para entender os momentos de ausência, e, da mesma forma, um entendimento dos colegas, chefes e clientes que “também” somos “gente” e, como todos, temos igualmente nossas necessidades pessoais e familiares.

SOGOPE: Para encerrar, o que a senhora gostaria de falar, como incentivo, para as novas e futuras médicas que estão ingressando nas áreas da Ginecologia e Obstetrícia?

MARIA LUIZA: Amem sua carreira, atuem com honestidade, afinco, perseverança, conciliando sua profissão com sua vida pessoal e familiar.

Exerçam, além da habilidade técnica das especialidades, adquirida na Faculdade e na Residência Médica, a arte de “entender a mulher”.

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Artigo

Aborto Seguro: apoio ao posicionamento do CFM (*)Aníbal Faúndes O aborto provocado não é uma ocorrência desejável porque sempre significa a perda de um feto e distintos graus de comprometimento da saúde e bem estar da mulher. Nenhuma mulher gosta de abortar e preferiria ter evitado a gravidez não planejada.

A prevenção do aborto se confunde com a prevenção da gravidez não planejada: educação em sexualidade e fácil acesso a informação e serviços que ofereçam todos os métodos anticoncepcionais cientificamente aprovados. Esses critérios se aplicam na Europa Ocidental, que tem as menores taxas de aborto, todos eles seguros, porque suas leis sobre aborto são muito liberais.

Aborto seguro é aquele realizado em unidade de saúde com condições apropriadas e por profissional qualificado para realizar essa tarefa. Aborto inseguro é definido pela OMS como aquele realizado por pessoal não qualificado… ou num lugar que não apresenta as condições médicas mínimas, ou ambas.

As leis restritivas sobre aborto que existem na América Latina punem a mulher que o faz e não são eficazes para prevenir o aborto. A OMS afirma que “a situação legal do aborto não tem efeito sobre a necessidade das mulheres de abortar, mas tem um efeito dramático sobre o acesso a serviços de aborto seguro”. A taxa de abortos (por 1000 mulheres em idade fértil) é maior entre as mulheres que moram em regiões onde as leis de aborto são restritivas (como no Brasil), que entre as que moram onde o aborto é legal e acessível.

A legalização do aborto o faz seguro e reduz seu numero, porque ao realizar-se no sistema de saúde, permite informar e entregar métodos anticoncepcionais eficazes, reduzindo o aborto repetido que representa em torno de 50% do total dos abortos. Tudo isso justifica a ampliação dos excludentes de antijuridicidade sobre aborto que acaba de receber o apoio do CFM, através da circular nº46/2013, que avança na defesa dos direitos humanos e exclui a criminalização do aborto nas seguintes hipóteses: I – quando “houver risco à vida ou à saúde da gestante”; II – se “a gravidez resulta de violação da dignidade sexual, ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida; III – “comprovada a anencefalia ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida independente, em ambos os casos atestado por dois médicos”; e IV – “por vontade da gestante até a 12ª semana da gestação”.

Referências: “Aborto Seguro: Guias técnicas e de políticas para Sistemas de Saúde”.

Circular CFM nº46/2013.

Formado em Medicina pela Universidad de Chile em 1955, o ginecologista e obstetra, Aníbal Faúndes, é professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e pesquisador sênior no Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp). Em 2011 recebeu o prêmio Allan Rosenfield, concedido pela Sociedade de Planejamento Familiar de Nova Iorque (SFP), pelas contribuições ao longo de sua vida para o planejamento familiar internacional e, sobretudo, pelos seus trabalhos e pesquisas na área da saúde reprodutiva das mulheres. Aníbal atua ainda como coordenador do Grupo de Trabalho sobre Aborto Inseguro da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO)

55º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia abre inscrições

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á estão abertas as inscrições para o 55º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia, que será realizado entre os dias 13 e 16 de novembro, no Centro de Convenções de Salvador - BA. O evento, promovido pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia – SOGIBA, em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO, promete reunir um maior número de congressistas do que as edições anteriores. Para isso, o evento conta com a participação de renomados especialistas nacionais e internacionais que abordarão os temas mais atuais e relevantes para estudantes e profissionais da área de Ginecologia e Obstetrícia. Os interessados em realizar a inscrição e obter mais informações sobre o Congresso podem acessar o site http://febrasgo.org.br/55cbgo/.

Confira, na tabela ao lado, a lista completa com os valores das inscrições.

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Os aplicativos e suas aplicabilidades para meio médico

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om o lançamento do primeiro IPhone em 2007, o mercado tecnológico se deparou com uma nova oportunidade de crescimento no setor da tecnologia móvel: a produção e o desenvolvimento dos aplicativos (apps). Em franco processo de expansão, e contando com a chegada da tecnologia 4G; crescimento da banda larga; e redução dos preços dos aparelhos smartphones, os aplicativos proporcionam diversão e simplificam o dia a dia dos usuários. Na área médica, os apps vêm ganhando cada vez mais espaço com lançamentos e programas diferenciados. No segmento da Ginecologia e Obstetrícia, o app Perfect Wheel, que calcula a idade gestacional a partir da última menstruação ou pela data de um ultrassom, entre outros, vem conquistando e facilidade a vida do médico.

O coordenador de Extensão e Cultura da Faculdade de Ciências Médicas do Hospital Universitário Oswaldo cruz – HUOC, Carlos Reinaldo Marques, que é usuário deste tipo de dispositivo há três anos, comenta a utilidade dos apps em sua rotina. “Mobilidade é uma questão importante na vida de todos em uma grande cidade, e em Recife isso não é diferente. A praticidade de resolver a maior parte do seu dia de onde você estiver é o que, pra mim, torna os apps mais interessantes”, comenta.

Carlos Reinaldo

São, justamente, essas “facilidades” que tornam os aplicativos atraentes e acabam seduzindo, além dos já apaixonados pela tecnologia, também os ditos “leigos” no assunto. E para abranger cada vez mais o público a que essas ferramentas se destinam, vão se criando apps mais sofisticados e voltados a um usuário específico, como por exemplo, os aplicativos para a área médica. “Um aplicativo interessante para os obstetras é o Perfect Wheel, que calcula a idade gestacional a partir da última menstruação ou pela data de um ultrassom, o período ideal para realização dos exames de translucência nucal, além de fornecer a data da concepção, a data das 40 semanas completas, o peso e o tamanho médios esperados”, destaca Carlos Reinaldo. O médico cita ainda os aplicativos mais usados por ele, como: o iRunner, que mede a frequência cardíaca e realiza a monitorização da corrida; Lista Farma, que traz informações sobre medicamentos em geral como a composição e posologia; Aleitamento, informações e orientações para as mães sobre a amanentaçao e cuidados com o bebê; Glicocare, que é ideal para pacientes diabéticas, pois monta gráfico com a evolução da glicose; e o More BMI, que calcula e monitora o peso, IMC e gordura corporal. “Para selecionar os melhores aplicativos eu sempre leio as revistas eletrônicas relacionadas ao assunto principalmente a revista Exame”, conclui.

livros & dvds Pensar é transgredir de Lya Luft

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ya Luft é uma autora que escreve sobre os dilemas da vida nos seus diversos livros, enfocando relacionamentos, perdas, ganhos e lutas. Em “Pensar é transgredir”, a autora fala do desafio que é podermos escrever uma parte de nossa história pessoal e da dificuldade de sermos responsáveis por nossas escolhas, mas também escreve sobre ternura, alegria e perplexidade. Ser mulher é este grande desafio. Em trecho do capítulo “Canção das mulheres”, a autora retrata o conflito destas escolhas com o seu cotidiano pessoal e emocional: “ Que o outro – filho, amigo, amante, marido – não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso...”

Desejo uma boa leitura, Simone Carvalho

(*) Simone Carvalho tem Doutorado em Tocoginecologia pela UNESP de Botucatu/SP; é médica preceptora do CISAM e do IMIP e também é viceDiretora Financeira da SOGOPE.

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Violência Sexual é tema do 26º Café Científico Coordenado pelo ginecologista Olímpio de Moraes Filho, o 26º Café Científico da SOGOPE debateu o tema da Atenção à Vítima de Violência Sexual na Rede Privada. A palestra foi proferida pelo o Consultor do Projeto Superando Barreiras do Ministério da Saúde, Carlos Noronha, e a Assistente Social do CISAM, Walquíria Pereira, no dia 16 de março, na sede da SOGOPE. Na sua palestra sobre Atenção Integral a Mulher em Situação de Violência Sexual, Carlos Noronha apresentou um panorama geral sobre os atos de violência contra a mulher que, segundo as pesquisas, 70% dos casos ocorrem dentro da própria casa. “Devemos realizar um atendimento que envolva toda a família, alertando a paciente sobre a importância da denúncia e de procurar primeiramente o hospital para que se iniciem as medicações recomendadas”, alerta.

Disse ainda que qualquer ato libidinoso é considerado estupro e, nos casos de violência sexual em que a mulher venha a engravidar, a mesma tem garantido o direito ao aborto previsto em Lei. “Não é necessário que ela tenha um Boletim de Ocorrência para garantir o seu direito. Precisamos apenas que essa vítima assine alguns documentos legitimando o estupro e, em seguida, ela será encaminhada para a avaliação de uma equipe interdisciplinar capacitada para esse tipo de atendimento”, ressalta Carlos.

Para dar continuidade a temática, Walquíria falou sobre a Atenção à Vítima de Violência Sexual na Rede Pública, ganhando destaque o Hospitais do CISAM, Agamenon Magalhães e do IMIP, este último referência nesse tipo de assistência. “Essas instituições, assim como as do setor privado, devem contar com uma rede técnica capacitada, profissionais sensibilizados e estrutura física que proteja e assegure a privacidade da mulher violentada”, esclarece.

O palestrante Carlos Noronha encerrou o Café Científico apresentando uma realidade desanimadora em Recife: Os hospitais da rede privada de saúde não possuem profissionais capacitados para atender essas vítimas. “Para realizar esse tipo de atendimento é necessária uma equipe de interdisciplinar com assistente social, psicólogo, médico ginecologista e obstetra e enfermeiro, apta a prestar atendimento ágil e eficiente, essa realidade não é encontrada na rede privada”, conclui Carlos.

Walquíria Pereira

Noite dos Residentes chega a sua 15ª edição

SOGOPE promove, em abril, o 27º Café Científico

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Carlos Noronha

o dia 27 de abril, a SOGOPE convida todos os associados a participarem do 27º Café Científico, que irá discorrer sobre “Trombofilias no Ciclo Gravídico-Puerperal”.

Os convidados que irão ministrar as palestras serão: O vice-diretor Científico de Ginecologia da SOGOPE, Hélio Costa, com o tema “Quando e como investigar”; o presidente da SOGOPE, Elias Melo Júnior, ministrando a palestra “Como conduzir a gestação”; e a ginecologista, Joana Khoury, falando sobre “Como tratar os eventos tromboembólicos”.

O evento, que acontece a partir das 8h, será coordenado pelo ginecologista Hélio Costa, na sede da associação.

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ontinuando com o compromisso de está atualizado com as mais novas pesquisas cientificas na medicina, a SOGOPE promove a 15ª edição da Noite dos Residentes, que será realizada no dia 30 de abril, às 19h .

Nesta edição, os participantes vão acompanhar a palestra sobre Histerectomia abdominal minimamente invasiva via laparotômica, que será ministrada pelo ginecologista do Hospital Agamenon Magalhães, Josemir Brito, e pela ginecologista, Rogéria Catão.

CFM se posiciona a favor da ampliação dos excludentes de ilicitude em casos de aborto Durante o I Encontro Nacional de Conselhos de Medicina 2013, realizado de 6 a 8 de março, em Belém (PA), representantes (CFM) e dos 27 CRMs, concordaram com a proposta da Reforma do Código Penal Brasileiro (PLS 236/2012), que tramita no Congresso Nacional, de afastar a ilicitude da interrupção da gestação em mais três casos: quando a gravidez for por emprego não consentido de técnicas de reprodução assistida; anencefalia ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida independente, devendo ser atestado por dois médicos; e por vontade da gestante até a 12ª semana da gestação.

Atualmente, o Código Penal permite o aborto nos casos de risco

à saúde da gestante ou quando a gravidez é resultado de um estupro.

Segundo o Presidente do CFM, Roberto Luiz d'Ávila, a prática de abortos não seguros tem forte impacto sobre a saúde pública. “No Brasil, o abortamento é uma importante causa de mortalidade materna no país, sendo evitável em 92% dos casos”. afirma A entidade esclarece que é contra a descriminalização do aborto, sendo favorável à autonomia da mulher e do médico, ressaltando ainda, que os excludentes da ilicitude do aborto, previsto atualmente no Código Penal, são incoerentes com compromissos humanísticos e humanitários.