A obra sugere uma viagem teórica refinada sem se desconectar, em momento algum, de sua dimensão pragmática. A autora aposta no diálogo e na gestão criativa de conflitos, como competências indispensáveis, básicas e universais, para qualquer sujeito que deseje intervir e influenciar processos de transformações pessoais e sociais. Propõe uma concepção de conflito não como elemento de negação mútua, mas sim como recurso cognitivo, sinalização de que estamos diante de outra visão de mundo, outra forma de atribuir valor à mesma coisa.
O conflito, na perspectiva de Vivina Machado, surge como uma oportunidade para conhecer, aprender, acessar outras dimensões de realidade, de percepção de nós mesmos, do outro e da sociedade, numa perspectiva inclusiva, reformulando conceitos, preconceitos, confrontando contradições e paradoxos, encontrando novas alternativas de ação e de interdependência, fundamentais em contextos complexos e nos seus processos de transformação.