Sam Crescent - Bulliend by The Alpha 9 ( Serie The Alpha Shifter)

Page 1



Tradução: Ayanami Revisão Inicial: Cláudia Carolino Revisão Final: Silvia Helena Leitura Final: Anna Azulzinha Formatação: Lola



Abusada e expulsa de sua matilha por ser gorda, Cassie precisa encontrar um novo alfa, aquele que estará disposto a aceitá-la com suas falhas. Ouviu falar de Abel, um alfa mal-humorado, que foi expulso de sua matilha original e criou a sua própria de alguma maneira misteriosa. Esperava que ele a aceitasse. Cada pessoa que Abel tem em sua matilha, tem algum defeito que foi rejeitado por outros, mas ele não vê falhas, apenas beleza. Quando encontra Cassie pela primeira vez, ele a quer. Sente a escuridão e a força dentro dela e não tem escolha a não ser usar todos os meios possíveis para fazê-la se abrir, para que possa usar

a

força

que

agora

a

aterroriza.

Apenas

empurrando-a, ele é capaz de penetrar em sua pele e liberar o poder que ela tem. Mas as necessidades de Abel vêm inundando-o. Ele é o alfa, destinado a ser forte. Nenhuma mulher jamais conseguiu lidar com ele. Encontrou essa mulher em Cassie? Ela conseguirá lidar com o controle dele? Sua necessidade de proteger?




— Abel não é um alfa ruim. É sempre muito justo, mas isso não significa que seja fácil conviver com ele. É difícil e exige excelência. Algumas pessoas não gostam da ideia de trabalhar pesado, então precisam ir e se arriscar a serem renegados. — Disse Jessica. Cassie Sanders mordeu o lábio, imaginando o que estava fazendo ali então. Sabia o motivo, mas quanto mais Jessica falava, mais difícil era para ela não pensar em se arriscar e tornar-se renegada, selvagem seria uma opção melhor. Ouviu dizer que Abel era o último recurso para uma matilha sem líder. Havia

rumores

de

que

ele

foi

expulso

quando

adolescente e não teve escolha a não ser criar sua própria matilha, transformou um humano para que não ficasse selvagem. Ela

não

sabia

se

esse

boato

era

verdadeiro. Transformar humanos em lobos era algum tipo de mito urbano. Nunca soube de alguém que teve sucesso, mas sabia que se alguém pudesse fazê-lo seria um alfa. — O que aconteceu com as pessoas que foram renegadas? Todos ficaram selvagens? — Perguntou. — Nós somos destinados a fazer parte de uma matilha. A única pessoa que teve êxito foi Abel. Ele aceita os


desgarrados, os lobos que foram expulsos de suas matilhas ou banidos. Todo mundo pode dizer todas as coisas ruins que quiserem, mas ele tem um bom coração. Não é fácil de perceber. Então, o que a traz ao bando de Abel? Cassie

olhou

para

mulher

bonita

na

sua

frente

enquanto caminhavam para a grande casa de Abel. Precisava pedir permissão para fazer parte da matilha e se ele a aceitasse poderia encontrar sua própria casa, mas primeiro precisava passar pelo menos dois meses dentro da matilha, sendo parte dela para que pudessem aceitá-la como ela os aceitou. Era muito tempo, mas esperava ter sucesso. Não queria morrer. Lobos selvagens eram caçados, capturados e mortos. A morte não era uma opção para ela. — Minha matilha me expulsou por ser gorda. — Disse ela olhando para Jessica. —Você está brincando comigo. Cassie olhou para sua forma gorda. Estava acostumada a ser ridicularizada, ter o dedo apontado em sua direção constantemente e com as provocações intermináveis. Todos pensavam que era engraçado ser uma loba gorda. Como poderia ser possível ser gorda? Não sabia. Antes que se transformasse em uma loba, era gorda e cada pessoa dentro de sua antiga matilha a fazia se sentir assim. —Não. Eles não gostam de gordos, então não havia lugar para mim. Forçou um sorriso nos lábios.


Ao crescer, chorou muito, mas agora, a menos que tivesse um dia muito ruim, como o pior dia, então se permitia chorar, mas não tanto quanto antes. — O que sua família acha disso? — Os braços de Jessica estavam cruzados e ela parecia chateada. — Eles ajudaram a arrumar minhas malas. — Quantos anos você tem? — Tenho vinte e três anos de idade. — Quando você fez a transição? — Dezoito. Eles me deram vários anos para perder peso. Era como um jogo para eles, vendo-me trabalhar e fazer tudo o que queriam que fizesse. Não era inadequada. Fiz tudo o que pediram e ainda assim me expulsaram. — Uau, isso foi muito cruel. — Você foi expulsa de sua matilha? — Sim, eu tenho um olho verde e o outro azul. Eles achavam que manchavam a perfeição da matilha. — Jessica encolheu os ombros. —Eram assim antes, então não vi uma razão para ficar ali. Cassie sorriu. Jessica parecia legal, mas já esteve errada antes e isso sempre acabou mal para ela. —Eu disse para você nunca virar as costas para seus inimigos! A voz alta ecoou pelo corredor e os pelos nos braços de Cassie se levantaram. Jessica estremeceu. — Este é Carl. Fazer parte da matilha de Abel vem com alguns requisitos. — Quais são eles?


— Sempre aparecem alfas e matilhas no território de Abel

com

a

esperança

de

matá-lo

ou

fazê-lo

se

submeter. Nenhum deles conseguiram, mas por causa da ameaça, ele gosta de manter todos no auge de sua consciência. Deve aprender a lutar, lutar com ele e ao seu lado. — E os que são mais fracos? — Pergunta Cassie. — Certamente eles não conseguem lutar. — Carl foi expulso de sua matilha por ser fraco e Abel ainda o faz treinar mesmo que seja para salvar sua própria vida. Ele não quer que nenhum de nós morra porque não nos treinou. Venha, você o verá em ação. Cassie seguiu Jessica para uma sala grande que parecia um ginásio de ensino médio. O comprimento do cômodo era enorme e olhando para cima, viu que as janelas eram de vidro, à noite permitia que a lua se filtrasse. Uma vez dentro do ginásio, havia arquibancadas em ambos os lados, mas o olhar de Cassie ficou preso no centro. Um homem com mais de um metro e oitenta de altura, músculos em abundância e um dos homens mais brutais que já viu, estava olhando para um cara menor do que ele em estatura. Ambos os homens apenas vestiam um short justo e estavam cobertos de suor. Havia quase cem pessoas dentro do ginásio assistindo a luta. — Por que estão todos assistindo? — É preciso. — Disse Jessica. — É o que Abel exige. Hoje nem está tão cheio. Raramente estamos todos


aqui

ao

mesmo

tempo. Ele

não

faz

nada

sem

um

motivo. Precisa se defender, treinar e provar a si mesmo do que é capaz. Ninguém jamais será melhor do que Abel, então tudo bem, mas ele quer que você se mantenha seguro. O olhar de Cassie não pode se mover enquanto ela observava o homem menor atacar o maior. Estremeceu quando o homem maior estendeu a mão, agarrou o pescoço do menor, levantou-o e o bateu de volta derrubando sobre o tapete. Bem, se fossem humanos, a força do impacto o mataria. — Carl ficará bem? — Ele tem a capacidade de se curar rápido. É por isso que foi expulso de sua matilha. Sua capacidade de se machucar e estar novo em folha dentro de uma hora os assustava. Decidiram que ele não era um lobo, mas um monstro. — Todo mundo que está aqui, foram rejeitados pela matilha de alguma maneira? — Perguntou Cassie. —

Ou

foram

expulsos. Somos

uma

mistura,

Cassie. Espero que você possa lidar com isso. — Não me importo. — Cruzou os braços e estremeceu quando Carl gritou por tempo. — Você não pode pedir tempo. Ninguém dará à mínima se estiver no campo de batalha. Precisa aprender a continuar lutando e não desistir. — Abel avançou em sua direção e Carl correu para longe, quando cruzou os braços a sua frente, enrolou-se em uma bola, Abel parou.


— Por favor, eu preciso de tempo. — Disse. — Sinto muito. Sinto muito. — Balançou como uma bola. — Sabemos que Carl se machucou muito por causa de sua capacidade de se curar. Embora de todos nós, é o que está levando mais tempo para treinar. — Ferido? — Eles usaram tudo que puderam encontrar para ver como seria sua cicatrização. As feridas em seu corpo foram as que eles fizeram antes que pudesse se transformar em um lobo. Depois disso, as cicatrizes que tentaram fazer em seu corpo sempre se curavam. Aquelas estão lá agora, mas os piores estão em sua mente. Muita dor para lidar. — Jessica parecia triste e Cassie entendia o porquê. Ela mesma passou fome. Foram alguns dos testes que fizeram. A

matilha

toda

fez

piadas

sobre

isso. Eles

a

acorrentaram, apenas permitindo sua liberdade na lua cheia. Sem comida, ficou fraca, mas mesmo assim não conseguiu perder peso. Ainda era a mesma garota com o corpo grande no final do ano. Depois disso, passou mais e mais tempo longe de sua família. Ver o olhar de nojo em seus rostos não era o suficiente para sentar-se à mesa deles para jantar. Quanto mais tempo passava longe da matilha, mais feliz ficava. Claro, tudo isso mudou quando chegou a lua cheia e todos quiseram caçar. Eles a tratavam como um coelho e a atacavam em todas as oportunidades que tinham, mas não importava o que


faziam, mesmo quando a deixavam para morrer, ela sempre se curava. Esfregou os braços quando se lembrou da última caçada e

imaginou

as

dolorosas

razões

pelas

quais

a

expulsaram. Empurrando esses pensamentos para o fundo de sua mente, viu quando Abel ofereceu sua mão. O poder que ele exalava ainda estava lá, apenas que desta vez, mostrava bondade, pegando-a de surpresa. — Continuaremos com os treinos. Entenda Carl. Isso não é crueldade com você. — Eu sei. Preciso ser forte. — Você precisa ser. Neste mundo, há várias pessoas que querem que fracasse. Não pode se permitir fazer isso. Nem sequer uma vez. Carl assentiu e foi embora. Ela observou quando Abel levantou a cabeça farejando o ar e seu olhar foi em direção a elas. — Quem é essa? — Perguntou Abel. Ela não gostou do medo repentinamente a dominando. Abel era um dos maiores homens que já viu e o pensamento de estar perto dele a enchia de pavor.

Baunilha era um dos aromas favoritos de Abel e no momento em que a mulher misteriosa entrou em sua academia, soube. Ela estava um pouco atrás de Jessica. Era


bem gorda para um lobo, mas estava ali. Seu próprio lobo dentro dele deu um pequeno grunhido de aprovação. — Olá, alfa. — Disse Jessica caminhando para frente, seus quadris balançando sedutoramente. Várias das fêmeas da matilha queriam se acasalar com ele, Abel apenas não estava

interessado

nelas.

Gostava

que

suas

mulheres

fossem... doces. Ele não tinha tempo para mulheres que lutavam para entrar em sua cama. Não estava procurando uma mulher frágil, por assim dizer, apenas que não despedaçasse uma à outra por seu afeto. Era parte do traço lobo, pelo menos entre aqueles que foram expulsos ou rejeitados de sua matilha. Ficavam mais selvagens, precisando se acasalar. Seu olhar caiu sobre a linda ruiva enquanto ela seguia Jessica em direção a ele. Suas mãos estavam entrelaçadas e viu que os nós dos dedos estavam brancos. Estava nervosa. — Esta é Cassie Sanders. Recentemente expulsa de sua matilha. Ela parecia aterrorizada e ele sabia que alguém fraco não ocupava lugar algum em uma matilha. — Você causou problemas? — Perguntou Abel. Finalmente, o olhar de Cassie foi para ele e seus olhos verdes eram os mais bonitos que já viu. Eram muito expressivos, mostrando um pouco da dor dentro dela. — Não. — Há quanto tempo foi expulsa de sua matilha? — Ele perguntou. Quanto mais tempo ficassem fora da matilha,


maior o risco de ficarem ferozes e ele gostava de defender sua matilha de quaisquer ameaças em potencial. — Uma semana. — Isso não é muito tempo. — Eu não queria me arriscar a ficar feroz e ser morta. Não tenho vontade de morrer. — Quantos anos você tem? — Vinte e três, alfa. Com quarenta anos de idade, Abel olhou para a jovem mulher, notando suas abundantes curvas. Toda sua matilha tinha algo de errado com eles ou algo que a matilha anterior julgou errado. Os olhos de Jessica eram de cores diferentes e Carl tinha a capacidade de curar-se. Havia até alguém que não gostava de sexo em grupo e vendo que a matilha deles era assim, o expulsaram. Tantas razões diferentes, mas dentro de sua própria matilha, Abel os reuniu como uma família. — Por que eles a expulsaram? — Ele perguntou. — Sou muito gorda. — Disse ela. Abel inclinou a cabeça para o lado para olhá-la. Disse as palavras como se não significasse nada para ela e ainda assim, no momento em que disse gorda, sentiu seu lobo se erguer como se quisesse protegê-la. Sua tristeza o afetava profundamente e não gostou disso. Ela era um novo membro e cada um passava pelos mesmos testes rigorosos. Ele não tinha favoritos. — Preciso saber se você pode cuidar de si mesma. — Disse ele. —Faz parte das minhas regras. Deve ficar aqui por


cerca de um mês, até mesmo dois, como já perdeu a última lua cheia. Não gosto de entrar em conflito com outras matilhas porque um dos meus homens ou mulheres se tornaram ferozes. — Odiava ter que lidar com outros grupos de alfas e o modo como o olhavam, como se fosse a razão pela qual tudo estava errado no mundo. — O que devo fazer? — Cassie perguntou. — É simples. Ataque-me. Esfregou

os

braços

e

ele

esperou

enquanto

ela

balançava a cabeça. — Não. — Exijo que minha matilha esteja apta para a guerra, caso

aconteça. Fomos

expulsos

porque

nos

julgaram

inferiores. Podemos ser fracos, mas quero saber se meus homens e mulheres podem lutar por si e pela matilha. Deve me atacar. — Ele ficou ali esperando. Normalmente, suas exigências

eram

sempre

atendidas,

então

quando

ela

balançou a cabeça, ele ficou aborrecido. Não queria lidar com isso agora. Sua matilha estava observando, então foi em direção a ela e Cassie não se afastou. — Você lutará comigo. Ela apertou os dentes e balançou a cabeça. — Eu não posso. — Acha que é muito especial para lutar? Que tem um maldito dom? Abra os olhos, mulher. Você foi expulsa de sua matilha e seguirá as minhas regras ou seu traseiro estará na fila dos selvagens. Agora, lute. — Ele não gostava de bater em


mulheres, mas para estar preparado e pronto, precisava que elas fossem capazes de lutar. Nunca teria uma pessoa fraca demais para se defender e mesmo se fossem incapazes de lutar, encontraria maneiras de se defender por tempo suficiente para fugir. Ele não tinha vontade de ferir uma mulher, mas isso as deixava mais fortes. Observou quando Jessica a empurrou para frente e quando finalmente ela ficou de costas para ele, Abel se moveu em direção a ela. Esta era a primeira vez que fazia isso, mas o sua loba estava à superfície e precisava provar a ela o valor de suas ações. Quando estava prestes a empurrá-la e não muito forte, Cassie de repente girou e segurou seu braço. No momento em que ela o tocou, o prazer percorreu cada parte de seu corpo. Todos no ginásio desapareceram e os únicos que importavam eram eles. Sequer sabia se Jessica estava lá. — Não... me... toque... — Disse Cassie. Ele sentiu o poder em seu toque e até mesmo seu próprio lobo ficou chocado com a força pura dela. Ele era um alfa. Abel nunca se submeteria. Foi uma das muitas razões que o fez deixar sua matilha. Sempre que seu alfa pedia para se submeter, não conseguia fazer isso. Ele tentou por muito tempo, muitas vezes brigou consigo mesmo, mas não conseguiu. Ajoelhar-se diante de um alfa era algo que não faria por ninguém.


Ela lhe deu um pequeno empurrão e ele recuou alguns passos, mas foi o suficiente. Olhando para Cassie, viu o medo em seus olhos, mas não era medo dele, era medo de atacá-lo. — Por que você deixou sua matilha? — Eles não gostavam que eu fosse gorda. Não

era

uma

mentira. Sempre

podia

sentir

uma

mentira. Mas algo mais aconteceu com ela também. — Saiam! — Falou, deixando todos saberem que eles não deveriam discutir. O feitiço que estava ao redor deles se rompeu quando ela olhou para a esquerda e para a direita, os sons de passos ecoando pelo ginásio. — Jessica, coloque as coisas de Cassie em um quarto. — Alfa? — Nós vamos conversar um pouco. Jessica assentiu e se virou para sair como o restante deles. Cassie colocou o cabelo atrás da orelha, parecendo querer sair com eles. Uma vez que a porta se fechou com um eco, caminhou em sua direção sem deixar de olhá-la. Ela não se moveu um centímetro. Entrelaçou

as

mãos

mais

uma

vez

a

sua

frente. Era forte, não havia dúvidas sobre isso. — Eles a expulsaram com a desculpa de que você é gorda, mas eu quero saber o que mais aconteceu. Você não ganhou peso rapidamente. O que aconteceu? Ela olhou para ele e seus lábios estavam pressionados juntos.


— Eu sou gorda e sou por muito tempo. Eles... eles tentaram

muitos

produtivos. Nada

métodos

que

funcionou. Toda

acharam lua

divertidos

cheia,

eles

e me

matavam de fome e me obrigavam a correr pela floresta perto de onde a nossa matilha descansava, então me atacavam. Por um longo tempo... aceitei os ataques. Não lutava. Não os impedia. Seu olhar verde estava nele novamente. — Mas nesta última vez o que você fez? — Perguntou de pé na sua frente, com os braços cruzados. — Eu… não consegui me conter. Fui agarrada pelo tornozelo. Eles não me deram tempo para virar e... tudo é meio que um borrão. Anos de ser chamada de coisas, de ser tratada como lixo, apenas reagi. Eu os machuquei. — Disse. — Foi muito fácil assustá-los. Nem sequer… não houve… esforço. Apenas me defendi e no dia seguinte fui expulsa da matilha com meus poucos pertences. O lobo dentro dele se enfureceu, exigindo que a ajudasse, que a protegesse. — Você não me machucará. — Disse ele. — Sou o alfa aqui. Sou mais forte e fará o que eu pedir, caso contrário... Não conseguiu terminar quando ela o empurrou com força e ele não estava prestando atenção. Esse simples empurrão o jogou para trás do outro lado do ginásio e ele caiu de bunda no chão. Rolando olhou para ela. — Eu não quero machucá-lo. — Disse ela.


Sorriu. Esta era a primeira vez que uma mulher o desafiava, atacava-o assim e ele adorou. Seu pau estava duro como pedra e seu lobo estava muito feliz agora.


— Não haverá muitas pessoas aqui depois de hoje. — Disse Jessica. Cassie

mordeu

o

lábio,

tentando

manter

sua

preocupação para si mesma. Depois que empurrou Abel, ele deu a ela um sorriso estranho e disse que era o suficiente. Sua força sempre foi algo que a assustou. Nunca mostrou esse lado para sua matilha antes, não até que todos se juntaram ao seu redor e soube que o sofrimento estava chegando. Suas reações a assustou e temia que a pessoa errada sentisse sua dor. Abel pareceu divertido com a explosão repentina dela, o que era estranho. — Por que as pessoas não ficarão? — Cada um tem sua vida e outras coisas para voltar. Estamos aqui para a lua cheia e sempre que Abel chama para as reuniões e treinamento. Haverá algumas pessoas ao redor. Você os verá. Curt ficará, porque não conseguiu passar no teste essa manhã e é importante para Abel que todos consigam. Sabe cozinhar? — Hum sim, um pouco.


— Bom. Abel gosta de fazer uma boa e gostosa refeição todos os dias, mas não tem uma cozinheira ou uma faxineira, então nós fazemos. Haverá deveres para você e depois um treinamento. O

que

você

achou

de

Abel?

Jessica

perguntou, parando na escada e se virando para sorrir para ela. — Ele é intenso. Cassie viu o olhar sonhador em seus olhos. — Eu sei. Quer dizer, ele apenas fica parado ali, queria que pudesse me escolher. — Você e Abel não estão juntos? — Não. Abel ainda precisa escolher uma fêmea da matilha. Ele

recusa

a

se

estabelecer

com

qualquer

uma. Claro, de bom grado todas fariam uma fila para que ele escolhesse com quem gostaria de passar o tempo. — Suspirou novamente. O pensamento de ficar em uma fila enquanto Abel escolhia a mulher com quem queria ficar, era apelativo demais para Cassie. Na verdade, achava muito grosseiro. Sexo não era algo no qual estava interessada agora. Não era virgem. Perdeu sua virgindade quando tinha dezoito anos e estragou seu baile de formatura. No fundo, sabia que a matilha tornaria sua vida difícil, então ficou com um humano antes de se transformar em um lobo. Foi... interessante. Um pouco de dor, muita espera chata e um empurrão no quadril, então acabou.


Uma coisa da qual se lembrava da experiência, foram os beijos molhados e sem jeito, algo que a lembrava um cachorro. Jessica

continuou

caminhando

e

mantendo

seus

pensamentos para si mesma, Cassie seguiu em um ritmo constante enquanto também observava a grande casa. Tinha um cheiro e antiga e notou muitas obras de arte nas paredes. Ela não chamaria de casa. Estava mais para uma mansão quando passaram por várias salas e portas. — Caso você precise dele, o quarto de Abel fica no último andar. Ele gosta de privacidade e eu não recomendaria incomodá-lo, a menos que realmente precise. Cassie não tinha intenção de perturbá-lo. — Deixarei você se instalar e então a levarei para um tour. Como isso soa? — Parece adorável, obrigada. Entrando no quarto, fechou a porta. Jessica já havia saído. Puxando

os

grampos

dos

cabelos,

parou

e

o

sentiu. Instantaneamente seu olhar seguiu o caminho e lá estava Abel de pé. — Como você entrou aqui? — Perguntou. — Deixei a academia antes de você e ouvi Jessica conversando. — Estava no canto. Trocou suas roupas de ginástica e agora usava um jeans rasgado nos joelhos e uma camiseta branca que se esticava sobre os músculos de seus braços. Sua tatuagem contrastava com a cor branca.


— Jessica gosta de você. — Disse sentindo seu rosto ficar vermelho. — Ela sabe que você está aqui? — Não. Jessica é muitas coisas, mas seu olfato não é bom. A não ser que deixe minha matilha saber, costumo aparecer sem ser detectado. Ele inclinou a cabeça para o lado. — No entanto, você me sentiu. — Apenas quando entrei no quarto. — Ainda é uma grande coisa você saber que eu estava aqui. — Não acho que é. — Disse ela. — Você gosta de minimizar suas habilidades? — Eu não gosto de falar sobre elas. — Ela estava no processo de tirar os grampos de seus cabelos, e agora se sentia tão boba por não terminar. Abel era o alfa ali e ainda olhando-a, então começou a remover os grampos, mantendo-os em uma mão enquanto passava os dedos pelos cabelos. No momento em que terminou, sentiu-se muito melhor. As mechas vermelhas eram longas e além de um corte para remover pontas duplas, gostava de mantê-lo assim. Todo o tempo em que fez isso, Abel a observou. — Posso ficar nesse quarto? — Perguntou. — Esse é o seu quarto. Ela assentiu com a cabeça, sentindo-se um pouco desconfortável sendo observada. Era a primeira vez que ficava sozinha com um alfa. — Você não está acasalado. — Mais uma vez, suas bochechas estavam queimando e ele continuou olhando-a.


— Não, nenhuma mulher seria capaz de lidar comigo. — Você é um péssimo namorado? Ele bufou. — Não. Eu sou forte, Cassie. Machuquei mulheres que disseram que poderiam lidar com o que faço com elas, no entanto, todas mentiram. Engoliu o nó na garganta enquanto olhava para ele. Seus olhos azuis mostravam muita dor e ainda assim ela viu a morte dentro dele. Como constantemente pensavam em formas de ferir alguém. Lambendo os lábios repentinamente secos, esperou que se virasse ou se movesse, mas ele não o fez. Apenas ficou ali parado, esperando. — Você não está curiosa? — Não, não estou. Ele riu. O som não tinha muito humor. — Sua matilha tinha medo de você, não é? Desta vez ela não olhou para longe dele. Manteve o olhar fixo, recusando-se a desviar o olhar, embora quisesse. — Por causa do meu peso. Seu olhar desceu pelo corpo dela. Estava acostumada com os homens olhando para ela com certo desdém, mas esse homem, não a olhava desta forma. Havia apreciação ali e ela viu uma chama de desejo? Apertando as mãos em punhos, esperou. — Alguns homens são idiotas e muitas mulheres são vadias. Eles gostam de encontrar a fraqueza de uma pessoa e explorá-la. Não vejo problema com seu peso. Estou ciente de que muitas matilhas têm problemas com certas coisas. Carl,


por exemplo, ele pode se curar. Os olhos de cores diferentes de Jessica. A necessidade de sentir dor de Richard e como ele gosta de suportar. Cada um de nós tem um defeito. A coisa é que você poderia ter sido expulsa há muitos anos, quando não perdeu peso. Entendo que não pode? — Não importa o quanto eles tentassem me fazer passar fome e trabalhar comigo, nunca perdi um quilo. — Meu corpo permanecia o mesmo. Sua loba perdeu peso, o que era estranho, mas não disse isso. Mais uma vez, ele a observou e desta vez afastou-se da parede. Ela ficou imóvel, não querendo mover um centímetro, no caso dele atacá-la ou seu lobo sair, era nestes momentos que coisas ruins aconteciam. Estou bem. Não estou com medo. Está tudo bem. Ela tentou parecer tão pequena quanto possível, o que era meio engraçado considerando uma das razões pelas quais estava ali. — Posso senti-la. — Disse Abel. — Sua matilha gostava de

abusar. Aposto

que

eles

começaram

a

provocá-la,

esperando que você se quebrasse. Acreditando que seu peso a enfraquecesse. Acariciou seu braço com o dedo e sua loba não respondeu a isso como ela esperava. Gostou. E se fosse uma gata com certeza iria ronronar, mas não era felina de forma alguma.


— Suponho que eles se livraram de você Cassie, porque é muito forte e não gostaram disso. A maneira como segurou minha mão, se fosse qualquer outra pessoa na matilha teria quebrado o pulso deles. Senti o poder que está dentro de você. — Ficou atrás dela, muito perto, talvez perto demais. As mãos dele foram para seus quadris e ela fechou os olhos. — Eu sinto seu medo. Aposto que evita tocar muito, não é? — Machuquei a maioria dentro da matilha e nem tentei. Todos caíam ao meu redor como se não fossem nada. — Isso é porque eles não são nada, Cassie. Não podiam lidar com você. Assustou-os e é por isso que a forçaram sair. Provocaram

e

machucaram

você

por

anos. Então

mostrou a eles o que é a verdadeira escuridão. Seus lábios estavam contra o ouvido dela. —Não quero morrer. — Disse ela. — Não quero ficar feroz e não quero machucar ninguém. — Então vou ensiná-la como lidar com sua força. Vou ajudá-la a controlar sua loba e provarei que eles não tinham o direito de fazer essas coisas com você. Seu calor a rodeava e ela não queria que ele se afastasse. Claro, no momento em que ela não queria, ele se foi. — Gosto do meu bife malpassado e adoro muito tempero. — Disse ele. — O que?


Minha

comida. Durante

sua

estadia,

estará

cozinhando para mim e nem pense em cuspir no meu café. Eu saberei.

Abel estava em seu escritório com o arquivo que foi deixado para ele. Sempre que um novo lobo se juntava à sua matilha,

pagava

por

um

dossiê

detalhado

de

cada

pessoa. Isso o ajudava a manter o controle e também a descobrir cada segredo que alguém escondia. Estava ciente de que isso fazia as pessoas quererem matá-lo. Os rumores e mitos sobre sua força e ameaça enviavam homens para sua matilha para tentar se infiltrar e matá-lo. Eles sempre foram enviados de volta, perdendo uma ou duas partes do corpo. Ele não pegava leve com impostores ou farsantes. A maioria de sua matilha foi expulsa por ser diferente. Desde o início, Abel era diferente, mesmo quando criança, então quando traçou um novo caminho sozinho, prometeu

levar

aqueles

que

ninguém

queria. Sempre

encontrou valor em coisas que ninguém mais gostava. Abrindo a pasta, viu a foto de Cassie. Foi tirada de seu anuário do ensino médio há vários anos e viu uma pequena nota dizendo que ela não gostou da foto. Aos dezoito anos, parecia... triste, quase vazia por dentro.


Era gorda então, mas claramente estava ferida. Ele não gostava de matilhas que infligiam dor aos outros. Claro que havia uma linha que aceitava. E se a dor causada fosse algo que a pessoa queria, então não se importava. Passando a mão pelo rosto, pensou em Cassie. Ela estava quebrada por dentro, assustada. Sua loba estava desesperada para se libertar e também para ser cuidada. Descobriu muitas coisas sobre Cassie, a achava uma das mulheres mais intrigantes que se lembrava de aceitar. Folheando as anotações, viu que ela era uma estudante interessada, mas não havia detalhes reais com relação às descrições de trabalho. Toda matilha funcionou de alguma forma ou de outra. Ele próprio lidava com ações e investimentos. Foi como conseguiu

passar

a

maior

parte

do

tempo

longe

da

cidade. Odiava a vida da cidade, o dinheiro e o modo como isso afetava as pessoas. Estava mais feliz com as coisas simples da vida, mas também sabia o quão importante era o dinheiro. Sua vida ficou muito mais fácil por tê-lo. Além disso, ajudava sua matilha. Quando as pessoas eram expulsas ou rejeitadas pelos seus grupos, precisavam de um lugar para ficar. Sua casa os ajudava a fazer a mudança de uma matilha para outra e se


houvesse o risco de um deles ficar feroz, ele tinha quartos no porão com correntes reforçadas que ajudariam. Passando um dedo pelo lábio, viu que não havia nada muito além dos detalhes de sua matilha, seus rendimentos escolares e alguns testes sobre si mesma feitos por ela. Um de seus maiores medos, em suas próprias palavras, era ser solitária. Essa era a ruina para um lobo. Estar sozinho era um dos piores sentimentos do mundo. — Aqui está. — Disse Jessica, entrando em seu escritório. Ela carregava uma bandeja com café do jeito que ele gostava junto com alguns biscoitos. Eram, claro, os comprados em lojas. Ainda precisava encontrar um lobo que fizesse os biscoitos do jeito que gostava. Sua mãe costumava assar o tempo todo antes de morrer. Ela foi a única a ajudá-lo a se separar do bando junto com seu pai, mas foi mais difícil para seu pai do que para sua mãe. Quando ele foi deixado de lado porque não conseguia se submeter, seus pais foram com ele e juntos formaram um vínculo

de matilha. Estiveram

ao seu lado por

muito

tempo. Sua mãe faleceu há dois anos. Foi um período difícil. Ela pediu a ele que quando a mulher certa aparecesse, que não a afastasse e tentasse amá-la. Mais uma vez, afastou esses pensamentos e olhou para Jessica.


Tudo o que precisava fazer era estalar os dedos e esta mulher estaria no chão com as pernas abertas e disposta a montar seu pau. Era uma mulher bonita. Achava seus olhos lindos, mas então, ele conseguia ver a beleza em todas as falhas de sua matilha. Não sentia nenhum interesse por Jessica. Sob seu exterior disposto, não era a mulher ideal para estar ao seu lado. Queria ser a mulher para conquistar seu coração. Ela nunca abusou de sua posição dentro da matilha, mas de jeito nenhum poderia tê-la sem arruiná-la. Eles não eram compatíveis. Seus lobos nem gostavam um do outro e certamente não a achava atraente. Era muito fraca e ele a quebraria com um único movimento. — Obrigado, Jessica. — Disse ele. — O que você achou de Cassie? — Ela perguntou com um sorriso brilhante. — Parece se encaixar, não é? — Ela não disse muito e tenho uma sensação horrível de que foi ferida, disse que você é duro, mas justo. Ele ergueu uma sobrancelha e ela fez uma careta. — Você é difícil e nos diz para informar a todos os novos membros da matilha sobre isso. Ele odiava conversa fiada mais do que qualquer coisa. Lidar com novos recrutas não era algo que gostasse de fazer. — Então, estava pensando...


— Não. — Ele pegou o café e tomou um gole. — Não? — Jessica, você está nisso há algum tempo e a resposta é não. — Você precisa de uma mulher. — Eu não posso. — Você tem necessidades que precisam ser atendidas. — Quando encontrar a mulher que preciso, deixarei você saber. Ela fez beicinho e não foi uma visão bonita. — Eu posso ser o que você precisa. — Você não pode. — Bem, se você me levar para o seu calabouço, eu posso... — Eu disse não, entendeu? Você acha que seria capaz de lidar comigo, mas está errada. Jessica, eu a valorizo como parte da minha matilha. Então ir para cama comigo não é uma opção. Não para ninguém. Por favor, está é minha decisão e aceite. Não me dê uma razão para expulsála. Ouça-me claramente. Você não é a mulher que eu quero. É

muito

bonita

e

conheço

vários

homens

que

gostariam de estar com você, que teriam prazer. Eu não sou um deles. Ela assentiu com a cabeça. Não era a primeira vez que tinham essa conversa ou mesmo a segunda. Na maioria das vezes, depois de uma lua cheia, sempre vinha até ele, cheirando a outro macho.


Jessica não se guardou para ele, então mesmo que parecesse triste, essa não era sua preocupação. Não

estava

para

fazê-la

se

sentir

melhor. Ela

continuava se oferecendo e ele não estava interessado, nem um pouco. Não significava nada para ele. — Sinto muito por incomodá-lo, meu alfa. — Não precisa se desculpar. Saia. Não precisou pedir duas vezes e ele a viu sair do escritório. Tomando

seu

café,

pegou

um

dos

biscoitos

rançosos e mordeu. Estavam muito secos e não tinham absolutamente nenhum amor neles. Sua mãe era uma cozinheira e confeiteira incrível. Ela o estragou com isso. Suas refeições sempre variavam com a matilha se revezando. Ele provou algumas coisas terríveis em sua vida e Jessica era uma cozinheira terrível. Queimava tudo. Para o Dia de Ação de Graças, ela serviu um peru tão seco que até seus cachorros franziram os narizes para ele. Mergulhando o biscoito em seu café quente, olhou para a foto de Cassie e se perguntou como ela seria sob as camadas de roupa. A nudez não era algo que a matilha se preocupava demais. Caminhando pelo muitos corredores via homens e mulheres completamente nus. Era natural para eles estarem perto um do outro. Estava curioso sobre ela e queria descobrir cada pequeno detalhe, o que era um choque. Ela era a primeira mulher em muito tempo a fazê-lo querer um segundo e até um terceiro olhar. Passando a mão


pelo

rosto,

tentou

limpar

os

pensamentos

de

sua

mente. Queria saber se ela ficaria tão bonita completamente nua com algemas ao redor de seus pulsos. Abel gostava de controle. Ansiava por uma mulher que se submetesse a ele, mas também queria uma mulher que o tomasse, saboreasse suas mordidas, o aperto de suas mãos. Não era um Dominante dentro do BDSM. Não usava couro nem tinha ferramentas especiais. Sendo um lobo, essas ferramentas eram inúteis e eram impessoais demais. Suas mãos faziam todo o trabalho e sua voz também. Havia algo de viciante em ordenar uma mulher a fazer o que queria. Seu pau, mais uma vez duro pressionou contra a frente de seu jeans. Levantando o biscoito, xingou quando percebeu que tomou quase todo o café e o deixou cair na xícara com um respingo.


Por três dias Cassie evitou o alfa. Onde quer que ele estivesse, assegurava-se de evitá-lo. Sua casa era tão grande que foi capaz de fazer isso e notou vários cômodos que ele nunca parecia se aventurar. O primeiro era a cozinha que se tornou sua nova melhor amiga. Mais uma vez, isso era meio estranho, já que a cozinha foi seu inimigo uma vez. Sua matilha a proibiu de usar a cozinha em sua antiga casa. Seus próprios pais ordenaram que se mantivesse longe e não tinha permissão para preparar um lanche, muito menos cozinhar. Vários dos membros da matilha aqui permitiram que ela usasse o lugar para fazer o que quisesse. Desde

que

começou

a

cozinhar,

fez

amigos. Eles

entravam para cumprimentá-la e alguns dos homens se ajoelhavam dizendo que não eram dignos e perguntavam se ela poderia cozinhar o tempo todo. A campainha do alarme tocou no forno e ela abriu a porta, o aroma de biscoitos de canela enchendo o ar. Fazia anos desde que assou ou tentou. Sua boca se encheu d’água. Preparou para si uma xícara de café. Colocando os biscoitos no balcão, deixou esfriar e depois de alguns minutos começou a tirá-los de lá. Uma vez que


tudo foi feito, colocou as assadeiras no balcão perto da pia, sentou-se, segurou um biscoito e provou. Fechou os olhos quando o sabor explodiu em sua língua e ela soltou um pequeno gemido. —Eu gosto desse som. Cassie chiou, engasgando com o biscoito em sua boca. Engoliu rapidamente e deu uma batidinha em seu peito. — Sinto muito. Não sabia que isso era uma coisa particular. — Disse Abel. — Você nunca aparece na cozinha. — Nunca senti cheiro de biscoitos antes. — Ele se moveu

em

direção

ao

balcão

onde

os

biscoitos

descansavam. Pegou um e mordeu. Ela o observou fechar os olhos e saborear a mordida. — Eles são fantásticos. — Disse ele. — Obrigada. — Não precisa me agradecer. Você quem fez? Eles não estavam em um pacote? —

Não. Carl

me

disse

que

compraram

todos

os

ingredientes, mas ninguém teve tempo para isso. Estavam sempre jogando fora o fermento e as outras coisas velhas, reabastecendo

as

prateleiras. Pensei

que

não

houvesse

problema em usá-los. Caso contrário seria um desperdício. Ele ficou em silêncio por um segundo. — Posso tomar uma xícara? — Apontou para a cafeteira e ela riu. — Claro. É todo seu. — Tomou um gole de café.


Abel se juntou a ela colocando um biscoito ao seu lado. — Eu não queria estragar o seu prazer com o biscoito. — Está tudo bem. —

Não

está

merda. Deveria

e

você

aceitar

deveria

quando

parar

tiver

um

de

aceitar

pedido

de

desculpas. Melhor ainda, exigir um. Sua

voz

subiu

em

cada

palavra

e

ela

acabou

concordando. — Obrigada. — Bom. Você tem me evitado. Nem tentou negar. Ela não podia. — Não aceito você tentando se esconder de mim. Precisa aprender a lidar com sua força e se não puder me mostrar o seu melhor então esta matilha não é para você. Seu coração acelerou. — Eu não quero sair. — Seria difícil se livrar de você. Ouvi todos falando. Sua comida nos últimos três dias os conquistou. Algumas das mulheres não estão felizes, mas não se importe com elas. Não aceito isso. Aprenda a se defender, entendeu? — Sim. — Eu realmente gostei da comida também. — Você gostou? — Sim. Eu não tenho uma boa comida caseira assim desde que minha mãe morreu. — Sinto muito por sua perda. Ele assentiu, mas não disse nada. — E se você não puder me controlar? — Ela perguntou.


— O que? — E se eu ficar feroz ou você não puder me controlar, não puder me trazer de volta. O que... como... eu não quero morrer. Ele assentiu. — Siga-me. Quando viu que pegou seu café, ela o seguiu, comendo seu biscoito como ele. Eles foram para o ginásio e ela notou uma porta que assumiu levar a um depósito. Não era. Abel abriu a porta acendendo a luz e permitindo que ela entrasse. No instante em que estavam dentro, ela sentiu o calor. Seu lobo gemeu contra ela e pareceu se aquecer no súbito rubor. Ele não disse nada enquanto se moviam por um longo e antigo lance de escada que levava a um calabouço. — Você tem um calabouço aquecido? — Perguntou. — Há muito tempo percebi isso com muitos lobos que se ferem em lutas entre matilhas e o calor ajuda a acalmálos. Acalmá-los é sempre um desafio, mas esses quartos ajudam a relaxá-los, atraí-los. O frio apenas os deixa mais violentos e sua raiva está sempre em força total. Os quartos aquecidos são caros, mas necessários. Quando se trata da matilha, não poupo despesas. Abriu uma das portas e ela entrou. Não havia janela, apenas paredes e quando foi até lá, viu as correntes. Eram bem grossas. Ela as ergueu, sentindo o peso. — Você mantém lobos aqui?


—Sim. Depois de sedá-los, mesmo quando tentam mudar, os lobos permanecem algemados à parede. E se vierem escapar, as portas são reforçadas. Todos estarão protegidos a todo custo. Cassie sentiu aliviada quando olhou para as correntes e a sala. —Isso é incrível. — Obrigado. Vou protegê-la, Cassie. Prometo a você. — Acredito em você. — Segurou as correntes em suas mãos imaginando se poderiam segurá-la. — Você gostaria de tentar? — Perguntou Abel. Caminhou

em

direção

a

ela

abrindo

uma

das

correntes. Seu coração mais uma vez estava acelerado quando a segurou lá. — Coloque sua mão dentro e será capaz de sentir. Ela colocou a mão na corrente e ele a fechou, fazendo o mesmo com a outra. Completamente presa, olhou para as mãos. Era pesado e para a maioria das pessoas isso seria suficiente para mantê-los imóveis, sem lutar. Na verdade, se ela não fosse tão forte teria caído no chão apenas para aliviar a pressão. Não foi difícil para ela segurar as correntes. — Tente se soltar. Respirando fundo ela pressionou para frente. Continuou puxando as correntes tentando se libertar. Nada se mexeu e suspirou aliviada. Não importava o quão forte puxasse, não conseguiria fugir. As pessoas estavam seguras e ela não machucaria ninguém.


Sorrindo, virou-se para Abel. — Sente-se bem? — Sim. Estou com uma sensação estranha por estar feliz com isso. — Você gosta de cozinhar? — Perguntou. Franziu a testa. — Sim. Isso... me acalma. — Eu realmente gostei das refeições. Quero que cozinhe todos os dias para mim e para a matilha. — Oh. — Sim, esse será seu trabalho. Bem, de agora em diante não quero que se esconda de mim. Precisa aprender a lidar com sua raiva e manter sua força sob controle. — Eu nunca ataquei com raiva. — Não? — É preciso muito para que faça isso e ninguém nunca foi capaz de fazê-lo. Não acho que isso será um problema. Olhou para ela e não gostou do jeito que ele fez. Era como se estivesse a avaliando, tentando encontrar uma fraqueza. — Você apenas perdeu o controle durante o medo? — Sim. — Ok. Ele se moveu em direção a ela, removendo as correntes que a prendiam à parede. Ela pegou o café que colocou no chão enquanto olhava para a sala. Eles saíram e ela olhou ao redor, vendo pelo menos seis quartos. Havia uma sala embaixo da escada.


— Todos esses quartos são para lobos? — Não. Há um que é o meu quarto pessoal. — Ele se virou para ela. — Você não pode vê-lo ainda. A promessa em suas palavras a fez franzir a testa. Por que Abel teria um quarto no calabouço? E por que estaria disposto a mostrar a ela?

— Envie essa merda de volta. Está muito salgado! — Não há açúcar suficiente nesses biscoitos? — Diga a esta mulher que é melhor limpar a cozinha corretamente. Abel não cedeu em sua missão de irritar, frustrar e aborrecer Cassie. Teve tanta certeza no calabouço que estava tudo sob controle, mas não estava. Nunca foi empurrada para o ponto de ruptura e ele estava determinado a fazê-la explodir para ver quanto controle realmente tinha e sabia que ela estava

se

patéticas. O

segurando jantar

por

um

fio. Suas

foi

superestimado

queixas

eram

por

causa

dele. Manteve-se empurrando e empurrando. As bolachas estavam mais do que boas, mas também as mergulhou em sua bebida para que elas caíssem por toda parte. Ele reclamou da limpeza da cozinha quando ouviu dizer que ela gostava que as coisas estivessem no seu devido lugar. — Eu não gosto de manteiga de amendoim. Diga a ela que não pode ter esta porcaria na minha casa.


Cada pessoa dava a ele aquele olhar horrível, mas não se importava. Era o seu trabalho tomar as decisões erradas, empurrar a matilha para que fossem melhores. Cassie era... impressionante. Em mais de uma semana, ela não se quebrou. No domingo, exigiu o almoço e que sua matilha viesse para visitar, então haveria mais pessoas para ver. O cheiro de frango estava incrível. Os pedidos que lhe foi enviado eram de dez frangos para serem assados para a matilha, para desfrutarem de um agradável e longo almoço de domingo. Estava salivando e não parou desde que Cassie entrou na cozinha. Sua torrada matinal nem sequer foi queimada. Sentado à mesa, viu um por um de sua matilha se juntando a ele. Eles sentiam que algo aconteceria hoje. Não disse a eles o que estava fazendo e não entendiam seus atos súbitos de crueldade para com a nova mulher. Ele não dava a mínima para o que pensavam. Cassie foi provocada por toda sua vida. Foi ferida e nenhuma vez permitiu que a raiva explodisse dentro dela. Queria quebrá-la, vê-la explodir e uma vez que isso acontecesse, pretendia ajudá-la, atraí-la para mais perto dele, para que pudesse mostrar que não queria mal a ela. Tudo o que queria fazer era ajudá-la, torná-la confiante. Odiava ver essa negatividade ou medo. Todos os dias se via atraído por seu arquivo e queria descobrir o máximo sobre ela quanto possível. Não havia um


momento em que não pensava nela. Quando conseguia dormir, lá estava ela em seus pensamentos e o mesmo quando acordava. Não havia intervalo. Era

a

estrela

em

muitas

de

suas

fantasias. A

necessidade por ela era constante dentro dele e não conseguia parar, não que quisesse. Tomou muitos banhos frios, o que resultou nele segurando seu pau e lidando com sua excitação. Ela era a primeira mulher a intrigá-lo assim ou a chamar sua atenção. Jessica sentou-se no lado oposto da mesa. Seu olhar estava nele, enquanto três homens a observavam. Ainda achava que havia uma chance de ficarem juntos. Ele foi maldoso, decisivo e se ela não fosse cuidadosa, seria cruel para mostrar seu ponto de vista. Um por um, a matilha chegou à mesa no momento em que alguns voluntários saíram da cozinha. Colocaram os pratos e ele sorriu. A comida parecia incrível. A pilha de batatas assadas estava dourada, crocante e vapor subia delas. Ela também fez algumas folhas verdes, cenouras, purê de batatas, então os frangos chegaram. Notou que estavam arrumados

e

expostos

nas

bandejas

para

que

todos

pudessem desfrutar. Cassie foi a última a entrar na sala de jantar principal, carregando duas panelas de molho. O único assento disponível era perto dele e fez isso de propósito para que pudesse tê-la ali, para observar suas reações.


Nem toda a matilha estava presente hoje, mas tudo bem. Ela mordeu o lábio enquanto se sentava. Ele fez com que todos dessem graças antes de começarem a comer. Segurando o prato à sua frente, ele viu o lábio tremer, mas ela não disse nada quando começou a colocar a comida em seu prato. Sua mão tremia um pouco. — Está tudo cozido? — Perguntou. — Sim. — E o frango? Sei que somos lobos, mas até nós podemos ter uma dor de estômago por causa da comida. A mão dela estava branca quando apertou a faca e ele viu que se inclinou um pouco. — Você tem algum problema com a minha comida? — Ela perguntou. — Apenas estou me certificando de que você não sirva coisas ruins para minha matilha. — Nunca faria isso. — Eu não sei disso, certo? — Perguntou. — Nem a conheço e você é nova aqui. A dor brilhou em seus olhos e ele se odiou por suas palavras, mas precisava fazê-lo. Era preciso. Comendo uma porção, franziu o nariz mesmo quando sua boca se encheu d’água. — Muito alecrim. Ela não disse ou fez nada, apenas continuou comendo.


Ele

estava

ciente

da

matilha

observando

cada

movimento seu. Empurrando um pouco de sua comida ao redor do prato, comeu a cenoura. — Isto está muito doce. Estava divino. Essa mulher podia cozinhar e tinha muitas opções para escolher o que comer. Mais uma vez, ela apenas respirou fundo e continuou comendo. Embora suas mãos estivessem tremendo neste momento. Seu lobo sentiu a loba dela vindo à tona, esperando para atacar. Esperando por um momento que ele estragasse tudo, apenas

para

que

pudesse

atacá-lo. Seu

próprio

lobo

gostou. Queria que ela atacasse e jogasse. Cutucando seu frango, ele franziu o nariz e dessa vez adicionou mais pimenta e mais sal. — Sem graça. — Disse ele. Tudo tinha um gosto incrível, mas queria brincar com ela, empurrá-la. — Por que está brincando com a comida? — Ela perguntou. — Bem, se você não gosta então me impeça de cozinhar. — Alguém precisa fazê-lo, mesmo que seja horrível. Houve silêncio na mesa. Todos sabiam que a comida estava excelente. Eles não comeram tão bem desde a morte de sua mãe e isso já faz algum tempo. De fato, havia pessoas ali que não comeram a comida de sua mãe. — Eu não posso fazer isso.


Ela se levantou e estava prestes a pegar o prato como se fosse sair. Antes que pudesse fazê-lo, ele agarrou seu pulso. — Não sairá. Você se sentará nesta mesa e fará o que eu disser. Isso é o que bons lobos fazem, o que eu mando. — Pare com isso. — Disse ela. A violência estava lá. Anos de raiva trancados, sem saída. Medo mantendo-a no lugar. Você não precisa ter medo, lobinha. Estou aqui. — Parar o que? Você tem sorte por permitir que coma. Eles não deixavam que o fizesse, deixavam? Deve ter custado uma fortuna mantê-la. Isso desencadeou a fúria. Ele não pode conter o braço dela quando se afastou e então jogou a cadeira para ele. — Saiam! — Ele gritou para todos dentro da sala saírem enquanto agarrava Cassie e a jogava através da sala longe de sua matilha. Ela caiu com facilidade de pé, jogando a cabeça para trás. Ele viu o âmbar em seus olhos quando a loba chegou tão perto da superfície. Provavelmente não se transformaria, mas o risco estava lá. A fera queria sair. Sua loba queria atacar. Com o canto do olho, viu a matilha sair, levando o máximo de comida possível com eles. Ela não esperou a última pessoa sair enquanto se dirigia para ele. Não tinha intenção de machucá-la. Simplesmente evitou seu ataque, certificando-se de mantê-la segura no processo. Quando se afastou, levantou a


mesa e jogou para fora de seu caminho para chegar até ele. Notou pratos quebrados, madeira quebrada e outros itens que poderiam machucá-la. Finalmente, pegando-a em seus braços, ele a pressionou no chão tirando seu fôlego. Abraçando sua cintura, segurou suas mãos e as pressionou acima de sua cabeça mantendo-a para baixo. Cassie não desistiu facilmente. Ela continuou lutando, convencida de que poderia fugir, mas ele não a deixaria. Estava à sua mercê e agora ele era o único responsável. Depois de vários minutos de luta, ela finalmente cedeu e apenas quando viu o âmbar em seus olhos desaparecer, soube que ela estava no comando de sua loba mais uma vez. Lágrimas brilhavam em seus olhos e olhou para ele em choque. — Está bem. Eu tenho você. Então ela começou a chorar, se enrolando de lado e soluçando em suas mãos.


A garganta de Cassie doía do choro e ela não conseguia olhar para ninguém, já que a vergonha era demais. Sabia que ele estava tentando chamar sua loba, fazê-la atacar, fazer com que fizesse algo que não queria. Hoje foi um dia ruim, um dia muito ruim. De pé na frente da grande piscina com vista para o céu noturno, ela respirou fundo, sentindo o peito apertar com a dor. Não conseguia se lembrar de alguma vez ter chorado tanto em sua vida. Nunca esteve tão envergonhada quanto agora. A água parecia tão reconfortante que começou a tirar as roupas. Ninguém se aproximou dela desde que perdeu o controle no jantar. Perguntava se deveria correr o risco de ficar sozinha. Talvez a morte por se tornar feroz não fosse uma coisa tão ruim. Uma vez que ficou completamente nua, entrou na água e suspirou, amando a calma que veio sobre ela. Mergulhando na piscina, fechou os olhos antes de chegar à superfície com um gemido. Pelo menos Abel a manteve e a sua matilha em segurança. Não machucou ninguém e isso significava muito. — Você sabia que eu estava mentindo.


Ela se mexeu na água e se virou para ver Abel. Ele vestia uma cueca boxer e nada mais. — O que? A nudez era algo com que ela estava acostumada, mas perto deste homem, um homem que ela tentou ferir, não parecia certo. Abel estaria em seu direito de exigir sua morte. — Sua comida é deliciosa. Eu não poderia culpá-la. — Eu sabia que você estava mentindo. — Você precisa aprender a controlar sua raiva. Conter isso tudo é bom e nobre, mas chegará um ponto em que não poderá fazê-lo. Onde, de repente, a menor coisa a deixará louca e essa raiva aumentará. Isso a levará a fazer coisas que não quer. — Ele se ajoelhou perto da piscina e ela se aproximou um pouco mais. — Você fez de propósito. — Ela disse, não era realmente uma pergunta. — Não tive escolha. Você não estava enfrentando os riscos. Há tanta coisa que posso fazer e não vou machucá-la e nem a matilha. Sentiu-se triste naquele momento. Essa não era sua matilha ainda. — Está é sua matilha. — Disse ele. Cassie olhou para ele com uma careta. — Como você... — Sabe? Você não é tão difícil de ler. Sua matilha fez um estrago grande, verdade? — Não importa. — Sim, importa. Precisa aceitar o que eles fizeram, fique irritada, furiosa com eles, mas saiba que é apenas com


eles. Que sua raiva tem um foco e então poderá seguir em frente. Ela se afastou enquanto Abel descia na água. Desviou o olhar quando ele tirou a boxer e se manteve de costas para ele. — Foi isso o que você fez? Aceitou o motivo de sua matilha virar as costas para você? — Não tive escolha. Eles me pediam para fazer coisas que eu não podia fazer. — Como o que? Olhou para ele, curiosa para saber a verdade. Ele se aproximou e dessa vez, ela ficou parada, esperando para ver mais. — Eu não me submetia ao alfa. Não era por ele ser um alfa ruim, eu simplesmente não conseguia fazer isso. Não consegui fazê-lo. Tentei. Toda vez que o via, tentei me curvar, mas não importava o quanto quisesse minha perna não dobrava. Era como se minha vontade não me permitisse. Que estava destinado a ser um alfa desde o começo e por isso que fui rejeitado pela matilha. Ele não parecia triste com isso. — Os rumores são verdadeiros sobre você? Abel começou a rir. — Sobre eu transformar um ser humano para não enlouquecer? — Sim. —Não. É engraçado, embora. Sei que sou legal e incrível, mas não foi o que aconteceu. Meus pais vieram comigo. Eles não queriam que morresse, já que era seu único filho. Nós formamos uma matilha juntos. É meio estranho ser o alfa de


seus pais, mas eles não nasceram naturalmente assim. Mas eu sim. — Ah, então é assim que você sobreviveu como um selvagem? — Sim. Não foi nada estranho. — Encolhe os ombros. — Não sei se funcionará com todas as pessoas. Tive sorte porque sou um líder natural. Afastou-se dele, não gostando da atração que seu corpo estava mostrando. Não olhava para os homens para seu próprio prazer físico. Como lobos, eles precisavam disso o tempo todo. Mas depois de ser ferida por sua matilha, essas necessidades nunca foram um problema para ela. Com Abel perto, ela o queria. Sua loba gostava de ser pressionado por ele. Seu controle a excitava. Isso a fazia se sentir segura. — O que há de errado? — Ele perguntou. — Você está se afastando. — Não estou. — Você também não precisa esconder sua nudez de mim. Eu não zombarei de você. — Mesmo que eu seja gorda. — Você não é gorda. — Eu não sou magra. — Então? — Ele perguntou. — Não é nada. — As pessoas têm suas próprias ideias de gordas e magras, bonitas e feias. Eu não sigo a norma. Deveria ver


isso com minha matilha. Somos todos falhos de alguma forma. — Em minha antiga matilha todos eram magros e bonitos. Meus cabelos eram muito vermelhos ou meus olhos muito verdes. Meus quadris muito largos, meus seios grandes demais. Eles encontravam falhas em cada pequena coisa. Eu os odiava. — Disse olhando para ele. — Pensei… pensei em machucá-los muito. Sobre fazê-los se sentir como eu me sentia. — Lágrimas mais uma vez surgiram em seus olhos. — E odeio que tenham chegado até o ponto de me sentir assim. Não gosto disso. — Quando percebeu sua força pela primeira vez? Eu não acho que foi apenas uma vez. Deve tê-la controlado. Ela assentiu. — Foi... não muito depois de completar dezoito

anos. Estava

passando

por

um

treinamento

rigoroso. Fui forçada a correr na floresta repetidamente. Um dia fiquei com raiva e estava sentada em uma pedra com vista para o lago. Perdi o controle e apenas abaixei minhas mãos em um único golpe. — Ela se lembrou de ver a pedra se dividir em duas e cair na água. — Depois disso, continuei testando minha força e observando outras pessoas na matilha. Não

queria

que

eles

descobrissem. Claro,

não

percebi que minha loba tem vontade própria, então, ela cuidou dos negócios para mim. — Não quero que esconda essa parte de você aqui. — E sobre sua matilha?


— Eles são nossa matilha e vão admirá-la. Precisa aceitar essa parte de você para poder se curar, Cassie. Neste momento não está se curando. Ele estava mais uma vez perto e ela fechou os olhos. Não pode evitar. Estava tão perto e não queria perder essa parte dele. Seu dedo se arrastou por seu braço e ela segurou um suspiro. — Promete que fará o que eu pedir? — Vai parar de fazer comentários desagradáveis sobre a minha comida? Ele riu. — Sim. — Bom. Isso me chateou. Não estou na cozinha há muito tempo. Perdi muito disso. Você começou com nada além de elogios, mas sempre havia algo errado. —

Queria

provar

que

precisava

ser

testada. Que

precisava entender o que estava acontecendo com você. — Sua mão descansou contra seu peito. Seu toque era quente e apertou os dentes para se impedir de gemer. Ela não queria que ele soubesse que a afetava tanto. — O que está aqui dentro é o que conta, Cassie. Você precisa se manter feliz e saber que, como uma matilha, sempre a protegeremos. Você entende? Assentiu. — Bom. — Ele beijou o topo de sua cabeça antes de se afastar. Ela o viu sair da piscina. Desviou o olhar enquanto ele vestia sua cueca boxer.


Seu pau estava tão perto dela e ainda assim não o sentiu. — Você precisa superar sua timidez enquanto estiver aqui. Há muitos homens e mulheres que não compartilham seus ideais sensatos. — É tudo novo para mim. — Sempre esteve sozinha com sua antiga matilha. Com o modo como a tratavam, não havia sentido em se aproximar de ninguém. — Boa noite, Abel. — Ela disse. — Boa noite, Cassie.

— Você gosta dela. — Disse Carl. Abel olhou para seu adversário enquanto Cassie se movia em direção aos cachorros. Ele notou que ela amava seus cães e eles a adoravam, seguindo-a ao redor da casa e do lado de fora onde quer que fosse. Desta vez ela estava lavando roupa com Jessica. A outra mulher continuava olhando em sua direção, mas ele apenas tinha olhos para Cassie. Ela usava jeans, muito parecido com o mesmo que sempre usava. A camiseta grande caia sobre sua bunda e ele odiava o quão feio era. Ela não tinha muitas roupas e depois de algumas perguntas de Jessica, ele descobriu que Cassie tinha uma mala e isso era tudo. Não gostou disso. Sua antiga matilha a


tratou pior do que qualquer cachorro. Queria encontrá-los e eliminar a cada um deles. — Sim, eu sei. — Disse Abel, não se importando que seu amigo engasgasse. — Por que parece tão surpreso? Você perguntou. —

Não

esperava

que

fosse

honesto. Você

gosta

dela. Esta é uma notícia incrível. Ela gosta de você? — Carl perguntou. — Não sei. Eu ficaria contente se ela não me odiasse agora. — Ah! Você quer dizer depois do fiasco da refeição de domingo. Sim, eu totalmente não entendi isso. Tudo estava perfeito. Estamos todos comendo muito mais agora do que nunca. Foi um choque ouvi-lo ser um bastardo. Quer dizer, não é tão difícil pensar nisso. Você é um idiota com a maioria das pessoas. — Seu ponto é? — Você gosta dela, então por que foi maldoso? — É meu trabalho garantir que todos dentro da minha matilha atinjam seu pleno potencial. Ela precisava de ajuda, eu forneci. — Sim, mas ser maldoso tem consequências. E se ela não quiser você porque foi um idiota? — Precisamos trabalhar em seu treinamento, não de quem eu gosto. — Mas meu treinamento é chato. Sua vida amorosa ou a falta dela, é totalmente legal. Prefiro falar de você.


Abel se virou para Carl e suspirou. Eles se aproximaram nesses últimos meses em que ele passou a fazer parte da matilha e o considerava um bom amigo. Era simpático e ele viu as cicatrizes que cobriam seu corpo, que ocorreram antes de sua transição e aquelas que não foram curadas. No começo, pensou que Carl fosse um espião, mas não. Por um longo tempo o manteve a certa distância para que não se machucasse. — Você precisa ter uma treinadora. Abel começou a rir. — Uma treinadora? — Você sabe, um alfa feminino. Cassie seria legal. Mas não acho que seria bom. Você tem Jessica, Sarah e Linda disputando seu afeto. Elas querem seduzi-lo. Abel revirou os olhos. — Mais uma vez, vamos lá. — Eu não quero atacá-lo. Você apenas me fará ficar mal na frente das fêmeas. — Disse Carl. — Elas o acharão adorável. — Adorável não é para homens como eu. Preciso parecer forte. Talvez você possa me levar para o time. — Para o time? — Você sabe, fazer parecer que eu o peguei de surpresa? Abel cruzou os braços e se recusou a levar adiante o assunto. — Vamos lá, cara. — Qualquer mulher que não o aceite do jeito que você é, não é digna de sua atenção e digo isso sobre as mulheres dentro da matilha. Lutará por quem é e fará com que elas vejam que é um bom companheiro.


— Isso vem do homem que poderia ter todas as mulheres em sua cama com apenas o estalar dos dedos. — Eu não quero todas as mulheres. — Apenas uma. Não

falou

seus

pensamentos. Não

havia

necessidade. Durante a hora seguinte, ele treinou com Carl, certificando-se de que seu amigo pudesse ao menos se defender. Quando terminaram, Carl estava exausto e se desculpou. De pé sozinho no jardim, Abel foi para a parede de tijolos que cercava sua casa. Sua mãe encontrou esse lugar e disse que seria a base perfeita para qualquer matilha. No começo zombou dela, dizendo que era grande demais para os três. Seu

pai

particularmente

foi

o

primeiro

velho,

quase

a

vir, cem

mas anos

ele

em

era

idade

humana. Humanos envelhecem mais rápido. Abel sentia-se culpado quando pensava na morte de seu pai, se culpava. Sua mãe disse para não se preocupar, mas sem a matilha, seu pai começou a perder a vitalidade, quase como uma flor. Ele realmente não aceitou seu filho como seu alfa e ao fazê-lo, tornou-se uma casca do homem que era. Empurrando esses pensamentos de lado, Abel olhou para Elle, seu lindo Labrador que simplesmente amava. Agachou-se ao nível dela e começou a fazer um barulho quando ela se aproximou dele, suas costas pressionando contra sua frente e sua língua pendendo para fora de lado. — Você é uma boa menina, não é? Muito bonita. — Ela rolou de costas, patas no ar e deu uma batidinha levantandose enquanto Cassie caminhava para ele. Ela carregava uma


pequena bandeja e levou toda força dentro dele para não alisar o cabelo ou para ter certeza de que estava bem. — Pensei que você poderia querer uma bebida quente e um lanche. — Parece maravilhoso. — Disse ele. Eles foram para a mesa mais próxima. Estava frio, mas como lobos, o sangue deles eram mais quentes, então, a menos que fosse menos dez graus do lado de fora, não o sentiam realmente. Ela se sentou com ele, então fez aquela coisa fofa novamente de mordiscar o lábio. — Pode ficar. Eu não mordo a menos que precise. — Ele piscou para ela e por dentro xingou a si mesmo por estar falando agora. Ela riu. — Tenho certeza que há muitas mulheres aqui que adorariam que você as mordesse. — Colocou uma xícara e um bolinho na frente dele. — Eu não tenho interesse nelas. — Na verdade, estava realmente começando a irritá-lo que elas não aceitassem o não como resposta. Não queria uma de suas fêmeas, bem, além dessa mulher em sua frente. —

Um

dia

você

terá

que

encontrar

uma

companheira. Acalmar-se, ter filhos, esse tipo de coisa. — Por quê? — A matilha precisa continuar. Sem potenciais alfas de sua linhagem, toda a matilha poderá acabar morta ou não se preocupa?


— Eu me preocupo. Não é que me acho o maioral. Estou muito ciente do que pode acontecer, mas não tenho interesse nas mulheres que se jogam em mim. Ela assentiu. — Entendo. Você já pensou em usar um site de namoro? — Não vou usar um serviço de namoro. Eu não tenho interesse em mulheres humanas. Quando estiver pronto, encontrarei uma mulher por mim mesmo. Toda essa conversa sobre encontrar mulheres para acasalar não o deixava de bom humor. — Sinto muito. Eu apenas o queria animar. — Estou perfeitamente bem. Vamos conversar sobre você e seu companheiro em potencial? Seu rosto simplesmente empalideceu. Qualquer indício de sorriso desapareceu. — Não tenho intenção de me acasalar. Sinto muito por invadir seu espaço. — Ela pegou seu bolinho e seu café afastando-se dele. Abel a observou ir e não se incomodou em chamar de volta. Passou a mão pelo rosto, estava chateado agora. Ele estava interessado nela. Cassie era a única mulher que já esteve sob sua pele em tão pouco tempo e ainda assim, ali estavam os dois. Ela tentando encontrar outra mulher enquanto ele a queria. Essa coisa toda era muito engraçada para se colocar em palavras. Na verdade, não era engraçado nem um pouquinho. — Absurdo isso. — Ele tirou o pequeno embrulho que envolvia seu muffin e deu uma grande mordida.


Não tinha a mínima ideia do que estava fazendo com aquela mulher. E se ela continuasse tentando colocá-lo com outras pessoas, como seria capaz de lidar com essa atração? Ela estava nervosa demais e isso o irritava. Cassie puxava seu lado protetor e tudo o que queria fazer era matar sua matilha. Esses sentimentos nunca o afetaram antes. Deveria agradecer a sua matilha por chutar sua bunda para fora e ela vir até ele. Olhando para Elle, observou sua cachorra lamber seus lábios olhando o muffin. — Tem chocolate, então não terá nada. O que devo fazer, hein? Devo ignorá-la? Ignorá-la não era uma opção. Ela estava em todo lugar. Seu perfume se tornou parte da casa. Bem, de onde estava, viu quando mais um casal começou a sair. Estavam colocando suas malas no carro. Quando o viram, acenaram e ele acenou de volta. Sua casa parecia um hotel. As pessoas iam e vinham quando queriam. Claro, poderia exigir a presença deles sempre que quisesse. Sempre havia um pouco de sua matilha ao redor o tempo todo. Desde que sua mãe morreu a casa parecia muito solitária. Esfregando a nuca, levantou-se e entrou. Podia imaginar sua mãe achando sua situação hilária.


Cassie olhou para o porão onde estavam os quartos seguros e trancados. Por várias noites sonhou com este lugar e isso a deixava louca. Olhou para trás e viu que ninguém mais estava olhando. Fechando a porta, manteve a luz acesa enquanto descia a escada em direção às portas principais. Todas as noites sonhava com Abel. Ele segurando-a com força enquanto a puxava para o andar de baixo. Não, não puxando, mas levando-a. Não estava com medo também. Sua mão estava sempre ao redor de seu pulso e no seu sonho ela sentia sua excitação. No último degrau, olhou ao redor para cada um dos quartos que estavam lá para lobos selvagens. Estavam vazios. Jessica disse a ela que todos seriam alertados se houvesse lobos selvagens na propriedade. Olhando para cada um dos quartos, o olhar de Cassie pousou no dos fundos da escada. Abel não queria mostrar a ela e ainda assim, em seus sonhos, era onde ele a levava todas as vezes. De pé exatamente na mesma posição de seu sonho, tentou olhar para dentro, mas não adiantou.


Sabia que este era o quarto de Abel, que ele confiava na matilha para não entrar, mas sua curiosidade falou mais alto. Estendendo a mão e pegou a chave da fechadura e a segurou ao seu alcance. Ele sempre abria a porta. Ela passou o polegar pela ponta da chave e respirou fundo. — É apenas uma porta. — Colocando-a na fechadura, girou enquanto seu coração acelerava. Todas as noites sempre acordava quando a porta se abria. Ela não tinha a menor ideia do que havia por trás dessa porta e não conseguia se conter. Era

como

se

estivesse

sendo

levada

para

dentro. Movendo-se, encontrou o interruptor e tocou-o. Antes que pudesse se afastar, entrou no quarto e fechou a porta. O que ela viu... a surpreendeu. Havia uma cama grande no final do quarto. Lençóis pretos com aspecto de seda estavam na cama de dossel. Ela viu as correntes presas em cada poste. Entrando no quarto, viu algemas penduradas no teto e estendeu a mão, tocandoas. Parecia uma sala de BDSM, mas não era. Não havia brinquedos, chicotes ou floggers. Viu alguns vibradores em uma prateleira com lubrificantes, mas fora isso, nada. Ela se moveu para a outra parede que tinha um banco de surra e ofegou quando ouviu a porta se abrir. Abel estava na porta, observando-a. Sua raiva era clara de se ver e ela continuou olhando fixamente.


— Tenho algumas regras na minha vida e para minha matilha. Não entrar neste quarto e mantê-lo privado é parte dessas regras. Você não recebeu o memorando? — Recebi. — Então por que você está aqui? Ela estremeceu com a violência em sua voz. — Não consegue seguir instruções simples? Não pode ler? É isso? — Não é isso. — Então por que está invadindo meu quarto? — Porque na semana passada eu sonhei com este lugar. — Lá está ela apenas jogando conversa fora. Não queria que ele soubesse que desempenhou um grande papel em todos seus sonhos. Lambendo os lábios, inclinou-se contra o banco de surra. Na verdade, era um quarto muito modesto, não muito em termos de equipamento, mas parecia espaçoso, sexy e fechado. Ela notou os espelhos ao redor para que pudesse ver o que estava fazendo de todos os ângulos. — Como? — Ele perguntou. Ela passou os dedos pelos cabelos. — Você está sozinha quando está aqui? — Não. — Então o que acontece? —Sempre começa da mesma forma. Uma escada sem fim. No meu sonho, isso dura horas e você sempre está lá. Está segurando meu pulso e está me prendendo, mas não é nada disso. Você está me tomando.


— Como você se sente no seu sonho? — Ele pergunta. Sua voz parecia profunda e mais calma. — Estou excitada. É como se soubesse o que está por vir.

Suas

bochechas

se

aquecem

com

a

possível

referência. Olhando ao redor, foi para todos os cantos menos para ele. Não se sentia confortável com ele no quarto. — Então o que acontece? — Nós sempre chegamos a essa porta, você parece feliz, como se eu tivesse passado por algum tipo de teste. Está com a chave em sua mão e segurando meu pulso. Eu mal posso esperar você abrir a porta. Acordo e fim. Estou sonhando com isso há muitos dias. Eu sei que esse é seu quarto particular, mas precisava saber o que estava por trás dessa porta. — E agora? — E agora, é bem interessante. Também é um pouco estranho você me trazer para o seu quarto no calabouço. Será que exagerei no sal do seu purê de batatas ou algo assim? — Tentou fazer piada disso, desse modo ele não ficaria ofendido por ter invadido sua privacidade. — Você sabe o que é esse quarto. — Fechou a porta e ela o notou colocar a chave na fechadura do lado de dentro, trancando-a e os prendendo juntos. Seu corpo se aqueceu e não pode evitar o pequeno sentimento de excitação que passou por ela. Abel não avançou dentro. Ele se encostou na porta, observando-a, esperando. — Eu sei. É como uma sala dominante e submissa, certo? Você apenas não tem muitos chicotes e outras


coisas. Vi o filme e toda essa loucura que

agitou o

mundo. Você está perdendo muita coisa. — Eu não me descreveria como um Dominante. — Então, como se descreveria? Ele entrou no quarto e estendeu a mão, segurando as algemas. —gosto de estar no controle. Gosto que a minha mulher se submeta a mim. Engoliu forte. — É por isso que não está interessado em nenhuma das mulheres da matilha? Elas não podem se submeter a você? — Eu… minha força torna difícil eu estar com uma mulher. Gosto de causar certo nível de dor e gosto do controle total. Sou o único responsável. Dou as ordens, não a mulher. — E se você gosta de dor onde estão todas as outras coisas? — Eu sou um lobo, Cassie. Tenho minhas mãos e minha boca. Não gosto de nada impessoal quando estou aqui embaixo. Gosto de me satisfazer com uma mulher, não a sentir através de algum couro. Ela estava molhada. Olhar para as grandes mãos e imaginá-las em seu corpo era quase demais para pensar. — Sinto muito que tenha invadido o seu espaço. — Não queria sair. Com apenas os dois dentro do quarto, parecia íntimo. Sentia-se perto dele. — Está bem. Posso entender sua necessidade com o sonho.


Sorriu e deu um passo em direção a ele. — Você já trouxe uma mulher aqui? Ele balançou sua cabeça. — Não. Jessica sabe a respeito porque bisbilhotou quando veio aqui pela primeira vez, mas nunca trouxe uma mulher aqui. Cassie ouviu a tristeza em sua voz. — Você queria? — Este quarto faz parte de quem eu sou. Vou me certificar de que qualquer mulher que pense em me reivindicar veja este lugar. E se não puderem me entreter aqui, então não as quero ao meu lado. Afastou-se da porta e virou a chave, abrindo-a. Ela saiu do quarto e foi em direção à escada. Quando ele fechou a porta, o eco a fez pular e estremecer. Finalmente olhou para trás e sentiu uma necessidade, uma compulsão de voltar para o quarto, fazê-lo abrir a porta e compartilhar mais de si mesmo com ela. Em vez disso, voltou para o andar de cima, deixando o ginásio junto com ele. Alguns da matilha estavam jogando basquete e ela rapidamente

saiu

da

frente,

voltando

para

a

cozinha. Somente quando estava dentro de seu domínio, foi capaz de entrar em colapso contra a porta. Seu coração estava acelerado, calor percorria todo seu corpo. O quarto dele a intrigou, embora estivesse coberto de espelhos, sentiu uma pressão dentro dela. Quando se tratava de Abel, se via atraída para onde quer que ele estivesse. Era por isso que lavava suas roupas ou limpava um cômodo onde ele estava. Sua loba e seus próprios desejos não


a deixavam partir e isso a assustava. Estava agindo contra seus próprios desejos. Era possível que sua loba quisesse Abel? Empurrando esses medos de lado, começou a trabalhar fazendo o jantar.

Cassie estava mais uma vez na piscina e Abel se afastou, observando-a. Ela flutuava de costas, olhando para o céu através do vidro que ele mantinha no lugar. Adorava quando a lua estava cheia e brilhando sobre ela. Eles treinaram hoje e ele queria ver se ela estava bem. Ele a fez atacá-lo, liberar toda a força de sua raiva. Não tinha um único hematoma nele, mas viu alguns nela que ainda não tinham se curado. Seu pau respondeu à visão dela nua. Ela não sabia que ele estava lá ou se sabia não demonstrou na maneira como se exibia. Seus seios eram grandes, com grandes mamilos que ele queria apertar juntos enquanto os lambia. Era uma mulher completa, arredondada em todos os lugares certos. Desde que a pegou em seu quarto privado, ela estava o evitando. Raramente a via perto de sua casa, e hoje foi a primeira vez que precisou chamá-la para levá-la para perto dele.


Olhando para seu corpo, viu a faixa de pelos entre suas pernas. Suas coxas estavam fechadas enquanto flutuava ao longo da água, o que era uma vergonha. Ele adoraria ver sua linda e rosada boceta. Saindo de seu lugar isolado, recriminou-se por um voyeur ou um tarado. Ela ofegou no momento em que o viu e rapidamente se escondeu na água. — Você não precisa se esconder de mim. — Disse ele. Abel nem sequer tentou cobrir sua excitação. — Mantenha seus olhos em mim. — Disse ele. Não desviou o olhar quando tirou sua cueca boxer, descobrindo seu pau para ela ver. Envolvendo seus dedos ao redor da ereção, ele bombeou a mão para cima e para baixo antes de soltá-lo. Descendo na água, ele andou em direção a ela. Não tentou escapar e ele ficou bastante impressionado com ela. De pé na frente dela, segurou seu queixo e a forçou a se levantar, indo em sua direção. Não a machucou. Não havia necessidade. Cassie seguiu sua instrução como se fosse algo que ela tinha que fazer e adorou isso, realmente. Passando o polegar pelo lábio inferior, olhou em seus olhos verdes e esperou. — Eu não quero mais que você me evite. — Disse ele. — Eu não estou. — Você vai mentir para mim?


Ela apertou os lábios, nenhum som saindo quando ele a olhou. Passando um dedo por seu pescoço, sentiu sua pulsação rápida contra ele, e ele sorriu. — Você gostou do meu quarto? — Sim. — O que você gostou? — Eu não sei. Ele levantou uma sobrancelha, esperando. — É... diferente. — Você me surpreendeu com a calma que olhou ao redor. A maioria das mulheres correria para o outro lado. — Eu não sou como a maioria das mulheres. — Não, você não é. É incrivelmente forte. Sentiu o poder que ela possuía e se perguntou se o destino a trouxe para ele, como sua companheira. Não saberia até a lua cheia que ainda estava a uma semana de distância. Abel não sabia se poderia esperar tanto tempo para têla. Seu pau agora estava muito duro. Quando Cassie estendeu a mão colocando em seu estômago, seu lobo ficou alegre, seu toque o acalmava enquanto

sua

excitação

permanecia

a

mesma. Sua

necessidade por ela estava aumentando a cada segundo que passava. — Eu gostei. Eu... meus sonhos estão ficando mais intensos.


— Eu a levei para o quarto? — Sim. — O que acontece quando eu abro a porta? — Você está lá nos trancando por dentro. Não há nenhuma interrupção quando estamos lá dentro. Tornou-se nosso lugar seguro. — Suas bochechas estavam vermelhas. — O que eu faço com você? — Você sabe o que faz. — Disse ela. — Não precisa de mim para dizer. Afundando os dedos em seus cabelos, ele a puxou para perto ao mesmo tempo em que inclinou sua cabeça para trás. Houve uma pontada de dor em seu toque e ela ofegou. Seus mamilos estavam duros pressionados contra seu peito. Eles se sentiam como no maldito paraíso e ele não queria deixá-la ir. — O que eu faço? — Você me fode, Abel. Você me faz olhar, assume o controle. Não me permite encobrir ou me esconder. Naquele quarto sou sua e você se certifica de que saiba. E se não, então sua mão está sempre batendo na minha bunda, me fazendo saber que eu pertenço a você. Que quando estou ali, não sou nada além de sua. Seu pau pulsou. Isso era o que ele queria também. Ele ansiava por ela. Seus lábios pareciam tão convidativos que ele não pode resistir. Beijando-a, ele a segurou apertado contra si, tirando


sua escolha enquanto ela o beijava de volta. No início, ela não respondeu, quase como se estivesse chocada por ele ter decidido beijá-la. Não podia não ter os lábios dela nos dele. Quando deslizou a língua pela boca dela, ela abriu e ele mergulhou dentro, provando-a. Seu lobo estava perto da superfície, incitando a continuar, a reivindicá-la, a possuir cada centímetro dela. Cassie gemeu e as mãos em seu peito subiram, circulando seu pescoço, segurando-o perto. Passando as mãos pelas costas dela, ele agarrou sua bunda, acabando com os últimos poucos centímetros entre eles. Seu pau pressionou contra seu abdômen. Ela nem tentou lutar contra ele enquanto a abraçava. Ela era puro fogo em seus braços. Apenas o som de alguém limpando a garganta fez com que ele parasse. Era Carl. Ele era um dos poucos da matilha a não sair. Seu treinamento ainda era intenso. Cassie pressionou o rosto contra seu peito e ele a sentiu tremendo. Acariciando seus cabelos olhou para seu amigo, que sorria parecendo muito feliz. — O que quer, Carl? — Ele perguntou. — Há um alfa aqui e ele quer vê-lo. — O olhar de Carl pousou em Cassie. — É o antigo alfa de Cassie. Ele se chama David.


Cassie ergueu a cabeça olhando por cima do ombro para Carl. —O que? — Ele não quer vê-la, Cassie. Está aqui para conversar com Abel. Abel acenou para ele. — Obrigado. — Sem problemas. Carl os deixou e Abel voltou seu olhar para Cassie. — Não sei por que ele está aqui. Eu juro. — Acredito em você. — Ele afastou alguns fios de cabelos do ombro dela. — Bem, se quiser que isso continue quando eu terminar a reunião com esse David, vá para o meu quarto. E se estiver lá, então considerarei que quer explorar isso. — E se não estiver? — Ela perguntou mordendo o lábio novamente. Ele puxou o lábio da boca dela. — Então sei que não quer mais e não irei persegui-la. Estará livre para fazer parte da minha matilha e continuarei treinando-a. Nada mudará. Apenas teria que lutar contra seu interesse por ela. — Não quero ouvir uma resposta. — Disse ele, pressionando um dedo em seus lábios. — Estarei esperando. Saiu da piscina vestindo a cueca boxer antes de pegar a calça. Ele teria optado por uma camiseta, mas decidiu que esse idiota estava em suas terras sem ser convidado. Caminhando em direção ao escritório, viu Jessica de pé do lado de fora de sua porta. — Você quer que eu entre? Mostrar força dentro da matilha?


— Não, obrigado. — Entrou na sala e teve certeza de fechar a porta. David parecia... culpado. Ele também não estava sozinho e Abel não gostou disso. Havia uma mulher com cabelos ruivos e olhos verdes, semelhante aos de Cassie. Deveria ser sua mãe. — Eu não fiz um convite. Você corre um grande risco ao vir aqui. — Abel disse cruzando os braços. — Sim, bem, foi trazido ao nosso conhecimento que Cassie está aqui. Ele viu que a mulher estava torcendo as mãos parecendo nervosa. Seu lobo ficou em alerta máximo. Eles olhavam para todos os lados, parecendo uma matilha problemática, mas algo lhe dizia que estavam longe disso. — Cassie agora faz parte de minha matilha sim e foi aceita por todos aqui. Todos gostam dela e sua comida. Houve uma leve contração em seus rostos com a menção de comida. Ele não gostou disso, nem por um segundo. — Agora me diga o que você está fazendo em minhas terras sem tê-los convidados?

— Perguntou Abel. Esta era

sua matilha e ali ele era o alfa. — Nós gostaríamos que Cassie voltasse para sua matilha. Seu lobo rosnou. Essas pessoas não estavam ali para cuidar de Cassie. Apenas queriam sua vítima de volta. — Isso não acontecerá.


— Ela é parte de nossa matilha. Você não pode mantê-la aqui. — Ela não faz parte de sua matilha depois que a rejeitou. Seu lugar conosco já está garantido. Você não tem nada com o que se preocupar. Ela não ficará selvagem. — Cassie é diferente. — Disse David. — Ela precisa de orientação que apenas uma matilha pode proporcionar. — Quer dizer que a força dela o assustou e agora está preocupado depois dos anos de abuso, que ela usará sua força e a da minha matilha contra você? Ali estava. O flash de medo. A verdade vem à luz. — Você não sabe com o que está lidando! — Eu sei muito bem. Você é um monstro e você. — Fez questão de encarar a mãe dela. — Cassie é uma mulher bonita e você a fez se sentir indesejada e feia. Abusou dela por anos. Deixou-a com tanto medo de sua própria força que ela ficou trancada por um longo tempo. — Não, Cassie nunca foi forte. — Sua mãe disse. — A força de Cassie estava lá quando ela tinha dezoito anos. Por um longo tempo, estava vivendo com uma bombarelógio. Constantemente

provocando,

machucando-a. Era

apenas uma questão de tempo antes que ela se rompesse e o fez. — Abel sorriu. — Deve ter sido uma visão aterrorizante para todos vocês verem sua vítima finalmente ser a vencedora.


— Isso é ultrajante. Suas mentiras contra minha matilha... — Você me insulta vindo à minha terra e fazendo exigências. Insulta-me dizendo que um dos meus é um mentiroso, mas suas mentiras também envergonham a si mesmo. Posso sentir seu medo. Saia de minhas terras e faça isso tranquilamente. Ouse se aproximar de mim, trarei toda a força e a força de mil Cassies batendo à sua porta. — Aproximou-se de David, olhando nos olhos do outro alfa. Ele não viu nenhuma liderança dentro dele. Este homem era fraco. — E não sou um homem que você possa empurrar. Teste minha ameaça. Veja até onde isso o leva.


Cassie caminhou pelo quarto antes de se sentar na beirada da cama. Ela não sabia por que seu antigo alfa estava ali. Ele parecia um pouco convencido da última vez que o viu enquanto tirava seus direitos dela. Expulsá-la foi um prazer para

ele. Depois

de

anos

a

humilhando,

abusando,

machucando-a, ele finalmente teve a última risada quando apontou para porta e ela foi rejeitada pela matilha. Uma matilha onde ela queria apenas ser amada e aceita. Suas mãos tremiam enquanto esperava por Abel. Ela passou os dedos pelos cabelos repetidamente. De repente, a porta se abriu e ela olhou para cima para ver

Abel

parado

na

porta. Ele

segurava

a

chave

mão. Fechou a porta e viu quando a trancou. Levantando-se, olhou para ele, esperando, insegura. — O que ele queria? — Conheci o seu alfa e sua mãe. — Minha mãe estava aqui? — Sim. — O que eles queriam? — Você de volta, Cassie. Ela balançou a cabeça. — Não.

na


— Não se preocupe. Não vai a lugar nenhum. — Encostou-se à porta. — Eles tem medo de você. — Medo de mim? — Sim. Evidentemente eles veem o seu poder e quão forte é, isso os torna fracos. Todos esses anos que a machucaram, agora teme que se vingue deles. Ela sentou-se na cama. — Então, eles apenas vieram por mim provavelmente para me matar. — Você está triste? — Ele perguntou. — Não. Não quero voltar para eles. Deixá-los foi a melhor coisa que me aconteceu. Sai apenas há algumas semanas, mas já parece uma vida inteira. Sou mais feliz aqui do que em vinte e três anos com eles. — Cassie, eu nunca a deixaria voltar. Lutarei ao seu lado e se eles tentarem ferir nossa matilha, eu os matarei. — Você acha que eles atacarão a matilha? — Sempre me preparo para tudo. Enviei um alerta para a matilha que os quero de volta em casa dentro de vinte e quatro horas. Atualizarei todos sobre o que aconteceu e garantirei que estejam seguros. — Você é um bom alfa. — Agora eu não me sinto como um. — Por quê? — Porque não poderia dar a mínima para mais nada além de ver você tirar a roupa. — Afastou-se da porta e se aproximou dela. —Levante-se.


Ela o fez sem hesitar. Seus mamilos endureceram enquanto seu olhar percorria seu corpo. Vestia um jeans e uma camiseta grande. Era o que sempre usava. — Odeio suas roupas. — Disse ele. — Comprarei para você um novo guarda-roupa e então quero que use o que eu deixar de fora para me agradar. Ficou em silêncio enquanto se aproximava dela. Sua mão foi para seu abdômen, fazendo-a ofegar. Rodeou seu corpo e depois ficou de frente a ela. Ambas as mãos foram para a camiseta rasgando o tecido e jogando-a no chão em pedaços. — Não gosto de qualquer maneira. — Disse com um sorriso. — Bom. — Puxou seu jeans e se ela não se segurasse em seus ombros largos, teria caído de bunda. —E esse corpo não foi feito para ser coberto. — Seu sutiã e calcinha estavam no chão também, suas roupas completamente destruídas. Afastou-se e seu primeiro instinto foi cobrir o corpo. Abel segurou suas mãos impedindo-a. — Não e para garantir que você não esconda o que é agora meu, acho que isso será útil. Ele a levou para as correntes penduradas. Prendeu uma ao redor de um pulso e depois a outra. Estava excitada enquanto olhava para ele esperando. — Você está com medo? — Precisará muito mais do que correntes para me assustar, alfa. — Sorriu para ele. Seus olhos pareceram


mudar, um flash de seu lobo brilhou para ela, fazendo-a derreter por ele. — Você é toda minha agora, Cassie. Está a minha mercê. — Virou seu corpo e quando olhou para os espelhos, apreciou como era bonito. Conseguia ver cada centímetro dele. Apenas usava um jeans, mas mesmo assim, era um espetáculo para se ver. Abel era muito maior do que ela, seus músculos grossos, fortemente definidos. Olhou cada parte do alfa. — O que você quer fazer? — Ela perguntou. Sua mão foi para seu ventre e ele ficou atrás dela, sua presença a enchendo de calor. Nada mais importava naquele momento, apenas ele e o que eles estavam fazendo juntos. — Quero que olhe para si mesma no espelho. Não queria fazer isso, mas como ele estava no comando, seguiu suas instruções. Ficou por trás e a visão que encontrou em seu olhar a surpreendeu. Estava completamente nua, as algemas de metal em contraste contra sua pele pálida. Ele a manteve presa. Não poderia lutar contra o que ele queria fazer com ela. — Você é virgem, Cassie? — Não. A mão deslizou por seu corpo, tocando sua boceta. Foi o primeiro toque real que ela recebeu. Perder sua virgindade foi um fracasso total e não permitiu que nenhum outro homem se aproximasse dela.


— Quantos homens? — Um. Já faz algum tempo. Isso o fez parar. Com a outra mão, segurou seu rosto e a forçou a olhá-lo. — Você só esteve com um homem? Ela assentiu. — Sim. Não foi uma boa experiência. Não vi razão para repetir. Soltou uma maldição e ela o sentiu se afastar. — Não pare. — Disse ela. Seu olhar estava novamente no dela. — Eu sei que sou inexperiente, mas isso pode ser uma coisa boa. — Cassie, quero colocar meu pau dentro de você para que

esqueça

absolutamente

tudo. Que

me

sinta

profundamente dentro por dias e semanas. Para ela isso soava muito bom. — Gostaria disso. —Quero fodê-la. Não quero fazer amor. — Fazer amor está fora de moda. Gostaria de saber como é uma boa foda. — Suas bochechas queimavam com essa conversa suja. —Por favor, Abel. Não sou feita de vidro. Não vou quebrar. Sou muito forte. Ela viu sua batalha e odiou que ele se sentisse assim. Não queria que lutasse contra. — E se for muito eu pedirei para você parar. Prometo. Abel se aproximou dela e sentiu como se tivesse ganhado alguma coisa. Ela não sabia o que, até que sua mão se moveu entre suas coxas. — Algum homem adorou essa boceta?


— Não. — Eu farei tudo com você, Cassie. Terei sua boca, sua boceta, sua bunda. Quero tudo e quero apagar cada maldita lembrança daquele bastardo. Você entende? — Sim. — Sim, o que? — Sim, alfa. — Boa menina. No momento em que entrou neste quarto, tornou-se minha. Meu pequeno brinquedo. Você é minha mulher e eu farei o que quiser. — Sim. — Suas promessas sombrias estavam a enchendo com necessidade e um desejo muito profundo. Seus dedos se moveram entre sua fenda e ele os mergulhou dentro dela. Ela estava molhada e isso facilitou, mas era apertada, então estremeceu com sua aspereza. Mas não o fez parar. Começou com dois dedos, bombeando-os para dentro e para fora, puxando-os de volta para o clitóris. Ela viu a mão dele trabalhar em seu corpo, os espelhos mostrando tudo. Até o jeito que ele a olhava. O queixo dele contra seu ombro. Seus lábios roçando sua orelha. — Acho que você é uma das mulheres mais sexy que já vi, Cassie. — Sua outra mão subiu por seu corpo, tocando seus seios. — Passei muito tempo imaginando isso em minhas mãos ou se movendo na frente do meu rosto enquanto a fodo. Girou seu clitóris e voltou para baixo, empurrando dentro dela.


Acariciou seus seios, movendo-se atrás dela para tocar sua bunda. — Sua antiga matilha era idiota. Fico feliz que eles a expulsaram, Cassie. Estou tão feliz que foram cegos para a mulher que me excita. Não posso esperar para reivindicá-la como minha, para ter essa boceta apertada no meu pau. Isso me deixa mais duro só de pensar. Aproximou-se de modo que seu pau estava contra suas costas. O cume duro de sua ereção a surpreendeu com seu tamanho. Não deveria, pois já o viu na piscina. Abel não era um homem pequeno, não de maneira alguma. Ele era grande. — Enquanto estivermos aqui, quero que você fique completamente nua. Ninguém mais é permitido aqui, então estará sempre segura. Quero que se sente na cama, abra essas coxas suculentas e brinque com você mesma. Toda vez que estiver aqui, eu a quero molhada. Alcançou as algemas que prendiam seus braços e as abriu. Soltando seus braços, ele a levantou e levou-a para cama. — Eu não me importo. — Disse ela. Preferia ficar ali. — Eu sei, mas quero você nessa cama. Ele a colocou na beirada e se inclinou sobre ela, segurando suas mãos e mantendo-as presas na cama enquanto tomava posse de sua boca.


— Temos todo o tempo do mundo para explorar e pretendo ter cada parte sua.

O cheiro da excitação dela encheu o quarto e Abel achou o cheiro inebriante. Sua boca encheu de água quando interrompeu o beijo, moveu os lábios por seu pescoço, chupando seu pulso. Suas pernas se apertaram ao redor de sua cintura, mas ele não se importou. Descendo, lambeu um mamilo antes de chupar com força. Usando os dentes, criou uma explosão de dor antes de acalmá-la com um movimento da língua. Abel fez o mesmo com o outro mamilo, indo e voltando entre eles. Eram tão grandes que não podia deixar de pressionar os seios dela juntos e apenas trabalhar entre os dois. Eram incrivelmente saborosos. Ela soltou um gemido e se debateu na cama. Amava senti-la se contorcer sob ele. Isso o deixou louco, nunca querendo parar. — Você é tão sexy, baby. — Disse ele. Desceu beijando seu abdômen, ajoelhou-se no chão e sentou-se

um

pouco

para

ficar

no

nível

de

sua

boceta. Levantou as pernas dela, abriu os lábios de sua boceta. Seu clitóris escorregadio estava aparecendo. Movendo


a língua chupou, amando seus gritos enquanto enchiam seu quarto. Deslizando um dedo entre a abertura, começou a pressionar dentro dela, maravilhado com o quão apertada ela realmente era. Adicionou um segundo dedo a esticando. Seu pau não era pequeno e queria prepará-la para tomar tudo dele sem causar qualquer dor. Ela empurrou ao encontro de seus dedos e quando acrescentou outro, abriu os dedos trabalhando sua boceta ao mesmo tempo em que movia sua língua. Olhando ao longo de seu corpo, viu seus seios balançarem enquanto se contorcia sob ele, seus gemidos ecoando pelo quarto. Seu pau estava molhado com o pré-sêmen enquanto o gosto e a visão dela o deixavam louco por sua própria liberação. Não havia como encontrar algum prazer até que a fizesse gozar. Quis dizer cada palavra. Queria que ela esquecesse completamente todos os outros homens com quem esteve, de modo que seu único foco fosse sobre ele e o que poderia fazer. — Por favor, Abel. — Disse ela. — Você quer gozar? — Ele perguntou, afastando-se de sua boceta tempo suficiente para falar. — Sim. Por favor. Parecia tão desesperada e ele queria dar a ela essa experiência. Haveria tempo para prolongar isso mais tarde, mas agora passou a língua repetidamente através de seu


clitóris e em poucos segundos ela gozou gritando seu nome, implorando para parar e continuar. Segurou suas mãos, enquanto prolongava seu orgasmo o máximo que podia. Quando ela não aguentou mais, ele parou pressionando um beijo contra seu clitóris antes de se levantar. Abrindo seu jeans, ele o empurrou para o chão, junto com a cueca. Envolvendo seus dedos ao redor de seu pau, ele olhou para ela. Cassie ficou nos cotovelos, seu peito ruborizado com seu orgasmo. Ela lambeu os lábios enquanto olhava para seu pau. Trabalhando para cima e para baixo, olhou para a sua boca. — Quero que você chupe meu pau. — Disse ele. Ela sentou-se e ele deu um passo em direção a beirada da cama mais uma vez. Segurando suas mãos, colocou ao redor de seu pau, mostrando o que queria. Ela abriu a boca e ele colocou a ponta nos seus lábios. Sua língua lambeu a ponta, provando seu sêmen. Ele gemeu com a visão e ficou imóvel enquanto engolia a cabeça inteira. Cassie o chupou. Seus gemidos vibraram em sua ereção quando começou a empurrar em sua boca. Empurrou até sua garganta, apenas para retirar novamente antes de fazer o mesmo, indo fundo e depois se afastando. Ela estabeleceu um ritmo constante chupando seu eixo.


Sua saliva cobria seu comprimento e ele não podia desviar o olhar da visão de seu pau em sua boca. Mesmo o espelho com o ângulo das costas era altamente erótico para ele, mostrando-a se afastando. Passando os dedos por seus cabelos, ele a viu olhando enquanto apertada seus cabelos ao redor do punho. Com o controle que tinha, inclinou a cabeça para trás e começou

a

fodê-la,

empurrões

lentos

no

começo,

acostumando-a com o comprimento e a largura, quando acostumou, ele foi mais fundo. Ela soltou seu pau e suas mãos foram para suas coxas, segurando enquanto continuava fodendo sua boca. Seu orgasmo estava perto, suas bolas apertadas. Não queria parar, então encheu sua boca com seu sêmen. Cassie engoliu tudo. Seus olhos se arregalaram um pouco, mas não lutou, aceitando cada gota de sua liberação. Quando terminou, afastou-se a pegando em seus braços, deitando-a na cama. Sua cabeça descansou em seu peito e ele acariciou seus cabelos sentindo sua confusão. — O que acontece agora? — Ela perguntou. — O que você quer dizer? — Com tudo? Você? Eu? Isto? Minha antiga matilha? — Inclinou a cabeça para trás olhando para ele. — Não sei o que estou fazendo aqui. Nesse quarto. Tenho... não tenho certeza se posso ser tudo o que você quer que eu seja.


Sorriu. — Não há nada que eu queira em definitivo, Cassie. Nós podemos apenas nos divertir aqui. — Jessica quer você. Abel suspirou. — É isso que você fará? Trará outra mulher quando estou com você aqui na minha cama? — Não parece justo que eu esteja aqui e ela não. — Não quero Jessica, Cassie. Não deixarei que uma mulher pense que eu a quero quando claramente não o faço. — Ele passou os dedos para cima e para baixo nas costas dela antes de parar em seu quadril. Nas poucas horas em que esteve com ela ficou viciado em seu corpo e não pode resistir em tocá-la. — Ela está aqui há mais tempo. — Disse Cassie. — Não dou a mínima para o tempo que esteve aqui. Não ficarei com ela, Cassie. Não mesmo. Você é a única com quem quero estar. Ninguém mais. — Viu a indecisão em seus olhos. — Esse é o nosso momento. Não há ninguém mais e não pedirei para você estar com outra pessoa. Essa merda não acontecerá. — O que acontecerá quando voltarmos? — Perguntou. — Nada muda. Não esconderei minha necessidade por você. Não fingirei que algo não está acontecendo entre nós quando está claro. Quando estivermos neste quarto, você se torna minha. Quando você não estiver aqui, terá tempo para si mesma. — Jessica irá me odiar. — Não, ela não irá. Pode ter qualquer outro homem na matilha. Disse a ela mais de uma vez que nós nunca


ficaríamos juntos. — Inclinando a cabeça para trás, olhou em seus olhos verdes. — Você não conseguirá fazer o que aconteceu entre nós acabar, Cassie. Pode muito bem parar de tentar. Você é minha agora. Eu disse no momento em que passou por aquela porta, que era minha. — Você tem certeza que não tem muitas mulheres passando por aquela porta? — Eu sei que sou um grande partido aqui, mas não, apenas você. — Pressionou os lábios nos dela, silenciando qualquer protesto. —Acho que sei o jeito perfeito de calar sua boca. — Ele disse. — Oh, sim e como é isso? — Mantendo-a ocupada. Ele a prendeu na cama, tomando seus lábios, beijando seu corpo inteiro e tirando as dúvidas de sua mente. Eles não podiam passar o dia todo lá, já que ainda tinha alguns compromissos com outros membros da matilha, mas era difícil se afastar dela. Cassie era sua agora e ele não tinha intenção de deixá-la ir. Apenas esperava que ela percebesse isso.


Cassie olhou para a cama desfeita, em seguida, verificou

o

armário

banheiro. Passou

a

antes tarde

de toda

ir

novamente

cozinhando

ao

depois

da reunião com Abel. Não sabia como chamar e agora que estava de volta em seu quarto não conseguia encontrar suas coisas. — O que você está fazendo aqui? — Perguntou Abel, fazendo-a suspirar. Ela se virou para encontrá-lo com os braços cruzados, encostado no batente da porta. — Onde estão minhas coisas? — Tentou não pensar em quão sexy e gostoso parecia ou que ele a fazia doer de maneiras que não podia descrever. — Suas coisas agora estão no meu quarto. Isso a fez parar e olhar para ele. — O que? — Eu levei suas coisas para o meu quarto. — Piscou para ela. —Você compartilhará uma cama comigo a partir de agora. Colocou uma mão na cabeça e simplesmente olhou para ele. — Você não deveria vir e levar minhas coisas sem perguntar. Minha nossa! A matilha sabe?


— Tenho certeza que sim. Pedi a Carl que organizasse tudo enquanto lidava com outra coisa. Ela sentou-se na beirada da cama. Cassie realmente não pensou sobre isso, sobre a matilha descobrir ou qualquer outra coisa. — Isso é... minha nossa. — Disse ela. — Eles me odiarão? — Não. Não é possível odiá-la. Você é muito fofa para ser odiada. — Isso não é engraçado, Abel. — Foi estranho entrar em seu calabouço. Queria entrar ali, ver como era. A tentação foi demais para negar a si mesma. Foi a primeira vez que foi egoísta com alguém. — Eu não estou rindo. Não vejo qual é o problema. — Entrou no quarto parando bem na sua frente. — Você não vê? Sou a nova garota e você é o alfa. Tudo isso está errado. Segurou o rosto dela entre as mãos e a ajudou a se levantar. Com o toque dele, ela se esforçou para pensar. Olhá-lo também não era fácil. Ela viu o jeito que a tocava, seus reflexos no espelho ou a sensação de seus lábios entre suas coxas, lambendo-a. — Você precisa relaxar. Eu não a esconderei. — Não sou nem parte de sua matilha ainda, Abel. — Você será. É parte da matilha agora. Dá para sentir fluindo em suas veias. O chamado para se submeter a mim, para me ouvir. — Pressionou seus lábios nos dela e não pode deixar de gemer com o beijo dele. — Porra, não sei o que está acontecendo

agora,

mas

eu

a

quero,

Cassie. Quero


muito. Sofro por você. Não há como permitir que durma em qualquer outro lugar da minha casa além da minha cama. — Nós precisamos falar sobre isso. — Nós podemos. Outra hora. — Alfa, você tem uma ligação. — Disse Carl aparecendo de repente na porta. Abel rosnou beijando sua cabeça. — Preciso ir. Você está no meu quarto. No último andar. Falamos em breve. Afastou-se dela e ela sentiu sua perda no momento em que saiu do quarto. Carl ainda estava lá e sorriu para ela. Envolvendo os braços ao redor de si mesma, devolveu o sorriso. — Ele gosta de você. — Disse Carl. — Mudá-la para o quarto dele, o jeito com fica ao seu redor, eu nunca o vi assim. — Vocês são amigos íntimos? — Ela perguntou. — Sim. No começo ele não gostava de mim. Pensou que fosse um espião. É um bom homem. Perdeu muito em sua vida e eu quero que seja feliz. — Por que você está me contando isso? — Porque percebo que não está tão contente em ceder. Que você sente pressionada. — Eu sou a garota nova. — Sim, bem, você é a garota nova, o que isso importa, Cassie? Nenhuma outra mulher o fez reagir como você. — E as outras mulheres? Elas não importam?


Claro

que

importam,

mas

não

são

você,

Cassie. Contentaria com algo inferior quando sabe que há algo melhor pronto para ser tomado? Ela não respondeu. Não havia mais nada a dizer. Não brigou ou tinha razão suficiente para refutá-lo. Carl a deixou sozinha e não vendo razão para perder tempo, foi até o quarto de Abel. Não passou por ninguém no caminho e ficou aliviada com isso. Não achava que poderia lidar com uma discussão agora ou com a culpa. Jessica foi legal com ela e ali estava, roubando o alfa. Entrando em seu quarto, ficou impressionada com o cheiro dele, puramente masculino. Com a mão na maçaneta da porta a fechou atrás dela. Caminhando pelo quarto, viu suas coisas na cama e uma nota em cima. Pegando a nota, encontrou suas roupas completamente rasgadas. — Elas são feias. — Disse Abel a fazendo pular enquanto girava para vê-lo esperando no quarto. —

E

daí? Pensei

que

estivesse

em

uma

ligação

importante. — Estava. Pedi a Carl que desse essa desculpa para poder estar aqui antes de você chegar. Apertou a mão em seu coração e olhou para ele. — Isso não foi engraçado. — Pegou a roupa rasgada e olhou para ele. — Estas são minhas únicas roupas. — É por isso que o computador está ligado. Nós podemos olhar juntos. — Não vai comprar roupas novas.


— Você não tem escolha. Ela cruzou os braços enquanto ele jogava suas roupas no lixo. —Por que fez isso? Por que trouxe para cá se iria rasgá-las como se não significassem nada? — Não significam nada, Cassie. Você merece mais do que isso. Caminhou na direção dela e segurou sua bunda. — Como minha mulher, quero vesti-la com roupas que gosto de olhar. — Escolho minhas próprias roupas. — Você escolheu algumas delas? — Ele perguntou. — Não minta para mim. Sua desprezível matilha estava sempre cheia de maldade. Você merece mais do que eles oferecerem. Ela esfregou as têmporas. — Não posso lidar com isso. Beijou sua cabeça. — Lidará com isso. Não

escolheu

nenhuma

das

roupas

que

ele

arruinou. Eram os itens que foram jogados nela como se não fosse nada além de lixo. Ela as usava porque não tinha dinheiro próprio. Quando se sentou no computador Abel segurou sua mão e a puxou para o colo. Viu um site de roupas na tela e enquanto

ele

olhava,

sua

obstinação

era

difícil

de

acompanhar. Apontando para algumas camisetas, jeans, saias e vestidos, resmungou enquanto Abel colocava alguns itens que gostou para ela também. Todo o tempo a mão dele ficou em sua coxa, como uma marca constante em sua mente. Gostava muito do seu toque.


Eles ainda não fizeram sexo e ela se viu atraída por ele, imaginando-o. Depois que terminou e clicou no botão para finalizar as compras, o viu colocar as informações antes de enviar o pedido. — Isso não foi tão difícil, foi? — Ele perguntou. — Não gosto que você gaste dinheiro comigo. — Virou a cabeça para olhá-lo. — Eu gosto de gastar dinheiro com você e terá que se acostumar com isso. Sua mão continuou acariciando-a, subindo e descendo por sua coxa. Sua mente ficou em branco quando o olhou. — Você faz isso o tempo todo? — O que? — Manipular as pessoas para conseguir o que quer? — Eu não estou manipulando você, baby. Estou apenas a guiando e sei o que é bom. — Não tenho tanta certeza agora. Sorriu. — Verá que eu apenas quero o melhor para você. Seus lábios estavam tão perto dos dela e quando se tocaram, sua loba pressionou contra ela, forçando-a envolver os braços ao redor de seu pescoço. Em um momento ela sentava em seu joelho, segurandoo. No seguinte, em seu colo pressionando sua boceta contra ele, mesmo com o jeans entre eles. Agarrou sua bunda segurando com força.


— Sua loba gosta muito de mim e acho que posso conseguir o que eu quero. — Cale a boca. — Disse ela beijando seu pescoço e chupando sua pele. Nosso! O pensamento era tão chocante que fez seu estômago revirar. Sua língua passou pelo pescoço dele. A vontade de mordê-lo era forte, marcá-lo de tal forma que todas as mulheres

daquela

matilha

soubessem

que

ele

foi

reivindicado. Abel envolveu seus cabelos ao redor do punho, puxando sua cabeça para trás. — Você está pronta para fazer essa declaração agora? — Perguntou. — Para fazer com que todas as mulheres desta matilha tenham ciúmes? Ela balançou a cabeça. — Não. Eu não sei o que está acontecendo comigo. — Seu corpo estava em chamas, sua necessidade por ele era tão forte que vibrava até o núcleo. Engolindo o nó que estava em sua garganta, gritou quando ele se inclinou para frente chupando seu pescoço. — Eu não tenho problema em fazer isso. Quero que cada homem veja que você é minha. Que sua boceta pertence a

mim.

Mordiscou

seu

pescoço,

chupando

e

mordendo. Seus seios ficaram pesados e ele a levantou, levando-a para a cama. Ele a soltou e ela pulou um pouco. — Uma vez que você for minha, Cassie, não há como voltar atrás, nem mesmo por um segundo.


Ela não queria voltar atrás. Quando ele tirou a calça jeans ela soube que sem dúvida este era o único lugar que ela queria estar.

Tirando suas próprias roupas, Abel observou a reação de Cassie. Sabia que ela não estava pronta para fazer essa afirmação sobre ele. O medo e a culpa pesavam sobre ela. Apenas precisava empurrar isso de lado, para que pudesse tê-la só para si. — Por favor. — Disse ela. Ele passou as mãos por suas coxas sem tocar sua boceta. Foi para cima e para baixo, tomando seu tempo com ela. Adorava fazê-la esperar. — O que você quer? — Perguntou. — Eu quero você. — Você me quer? — Sim. Por favor, preciso de você. — Quer que a toque? — Sim. — Onde quer que a toque? — Perguntou. — Por toda parte. Por favor, preciso disso. — Você quer o meu toque em todo o seu corpo. — Passou por sua boceta, acariciando seu abdômen, em seguida foi para os seios. Realmente eram belos seios. — Por favor, preciso de você.


— Onde? Ela apertou os dentes, mas essa era uma batalha de vontades na qual ele era um especialista e um mestre. Sabia o que ela queria e ansiava, mas não faria nada até que pedisse, ou melhor, implorasse. — Por favor, Abel. — Diga-me o que você quer. Ela gemeu. — É só você e eu aqui. Diga-me o que você quer, baby. — Eu quero você, por favor, eu o quero muito. — Onde? — Mais uma vez não tocou sua boceta e viu as mãos dela se apertarem. — Eu o quero na minha boceta, por favor, Abel. Preciso de você. Tocou

sua

boceta,

sentindo

como

estava

molhada. Deslizou um dedo entre sua fenda, entrou e suas paredes o pressionaram. Afastando o dedo circulou seu clitóris, acariciando o firme feixe de nervos. — Oh, merda! — Isso mesmo, baby. Deixe-me ouvi-la gemer. — Sua boceta empurrou contra sua mão o fazendo sorrir enquanto ela continuava se contorcendo em seus dedos, pegando o que queria. Amava a visão dela montando seus dedos. Na verdade, não havia nada melhor do que vê-la tomá-lo e logo ela estaria em seu pau. Deslizando dentro e fora dela, ele continuou fodendo-a com mais força, fazendo-a tomar mais de seus dedos até ter três dentro dela.


Estava tão escorregadia que sabia que não teria problema em tomar seu pau. Movendo-a para cima da cama de modo que sua cabeça ficasse contra os travesseiros, ele elevou-se, seu pau já pingando. Nunca ficou tão excitado ao ter uma mulher em sua cama, nem sequer sobre os lençóis nos quais Cassie agora estava deitada. Isso era tudo dela e não havia como ter outra mulher em sua cama. O cheiro dela era muito bom. Nunca seria capaz de ter mais ninguém. — Quero que você me diga se isso é demais. Bem, se não conseguir lidar com o que estou prestes a fazer. — Ok. Parecia tão confiante, tão disposta, que estava mexendo com sua cabeça. Colocou a ponta de seu pau em sua entrada, deslizou para dentro, um centímetro de cada vez enquanto a esticava ao redor de seu eixo. O suspiro de Cassie ecoou pelo quarto e quando já tinha alguns centímetros dentro dela, agarrou a cabeceira da cama, segurou

e

empurrou

tudo

dentro

dela. Suas

pernas

envolveram ao seu redor enquanto seu grito de prazer enchia o ar. — Você está bem? — Perguntou. — Isso é incrível. Não pare. Saindo, começou pequenos impulsos, fazendo-a tomar todo seu pau. Foi cauteloso enquanto a fodia. Não era um homem pequeno e não queria machucá-la.


Suas

mãos

foram

para

sua

bunda,

suas

unhas

afundando em sua carne. Amou aquela picada de dor quando exigiu que ele a enchesse. — Foda-me, Abel. Não sou feita de vidro. Eu não vou quebrar. Ele não queria machucá-la, nem um pouco, mas vendo a

luxúria

em

seus

olhos,

o

desejo

que

estava

lá,

entendeu. Não havia como se segurar mais. Movendo as pernas para que estivesse no ângulo perfeito, entrou nela com a força total de seu pau. Ela gritou encontrando-o no meio do caminho e continuou fodendo-a, ouvindo seus gritos de prazer quando a abraçou com força. A cama bateu contra a parede com a força de seus impulsos, mas não se importou. A única coisa que queria ou precisava era sentir Cassie ao redor de seu pau, sua boceta apertando seu eixo quando estava perto de gozar. Sem sua instrução, ela alcançou entre seus corpos e começou a provocar seu clitóris, deslizando seus dedos sobre o feixe apertado de nervos. Cada vez que acariciava seu cerne, sua boceta o apertava, transformando o prazer em algo mais

profundo. Não

podia

conter

seu

prazer,

nem

queria. Gozou com um grunhido, forçando cada centímetro de seu pau dentro dela e Cassie não reclamou, seus gemidos de liberação ecoando pelo quarto misturando-se com os dele. Caindo sobre ela, afundou os dedos em seus cabelos segurando-a perto. Ela era a primeira mulher a tomá-lo sem reclamar

e sentiu

como se

estivesse

em um

surreal. Nunca se divertiu tanto com seu prazer.

mundo


Recuando um pouco, olhou em seus olhos, esperando. Sorriu para ele. — Isso foi muito melhor do que a minha primeira vez. Seu lobo rosnou. — Não quero ouvir sobre qualquer outro homem com quem esteve. — Seu lobo não gosta disso? — Acariciou seu braço. — Você o sente? — Você é o alfa, Abel. Eu não deveria ser capaz de sentilo? Sabia que sua matilha o sentia, especialmente seu humor, mas nunca teve uma mulher tão próxima a ele. — Eu também não quero ouvir falar sobre nenhuma de suas mulheres. Não gosto disso. — Ela franziu o nariz. — Não há outra mulher, Cassie, apenas você. Permaneceu dentro dela, não querendo deixar o prazer de sua boceta. Ele se moveu para o lado com as pernas dela sobre as dele, de modo que ficassem juntos. Descansando a cabeça na mão sorriu para ela. — O que? — Não sei. Gosto de você. — Disse. Sorriu. — Sinto-me estranha. Esquisita. — É o sexo. — Foi muito bom. — Disse ela deixando cair o rosto nas mãos. —Uau, eu me sinto tão boba. Estendendo a mão ele colocou os fios de cabelos ruivos atrás das orelhas. Ela descansou o rosto contra a palma da mão dele.


Sentiu

um

aperto

no

abdômen

enquanto

a

observava. Algo o percorreu enquanto a olhava. — O que há de errado? — Ela perguntou. — Você parece com medo. — Não, estou bem. Não tenho nada para me preocupar. Ela segurou seu rosto. Seu toque mais uma vez fazendo coisas estranhas com ele. — O que acontecerá agora? — Ela perguntou. — Você continua perguntando isso. Mora aqui. Eu não manterei nosso relacionamento em segredo, Cassie. Sei que se sente nervosa e culpada, mas não dou à mínima. É assim que quero que fique conosco. Não há impedimentos nisso. — Tudo bem. Embora não o tenha marcado, sinto-me como se estivesse esfregando em suas caras. — Um dia você terá que fazê-lo, caso contrário elas tentarão

lutar

com

você

por

mim. Pode

até

não

ser

intencional. Não estarei lá para parar todas as brigas, Cassie. — Acariciou seu pescoço passando por seu braço. — Não quero machucar ninguém. — Então você terá que me marcar como seu. Será a maneira certa de garantir que nenhuma das mulheres veja isso como um desafio pessoal para elas me tomarem. — Não que queria isso. Para ele, Cassie era sua companheira e de jeito nenhum seria substituída, não por ele ou por qualquer outra pessoa.


— Quando está treinando e ajudando os outros, como você mantém o controle de sua força? Como se impede de machucá-los? —Perguntou. Sabia que ela temia sua força. — Você aprende a se segurar. É a única no controle, Cassie, ninguém mais. — Eu não sei. Às vezes, quando fico com raiva, é como se a loba assumisse o controle. — Ela o faz. Eu a vi e faz isso para mantê-la segura. Você não a abraçou. Está com muito medo e precisa aprender a lutar contra esse lado seu para abraçá-la. Posso ajudá-la, treinando-a, ensinando. — Você será rígido comigo? — Perguntou, mordendo o lábio. Ele riu. — Não comentarei sobre sua comida e se é exagerada ou não. — Segurou seu rosto e beijou seus lábios. —

Mas

é

importante

que

você

aprenda

a

ter

controle. Especialmente porque está sempre por perto e se eles disserem alguma coisa para irritá-la, precisa ser capaz de lidar com isso. — Então me treine. Ensine-me. — Tudo bem. Posso fazer isso. — Ele o faria. Ela era sua companheira e a queria ao seu lado na matilha.


Estava muito frio, mas isso não impediu que Abel a mandasse para a água. Cassie usava um short de corrida e uma de suas camisetas, eles começaram uma jornada para a floresta na parte de trás de sua casa. Ela sabia por experiência que a maioria das matilhas tinha suas bases perto de uma floresta ou bosque ou algum tipo de terra aberta. Eles precisavam da terra, a liberdade de vagar e de não se sentirem completamente presos pelas restrições da cidade. — O que você está achando disso? — Perguntou. — Está frio. —Oh, vamos lá, Cassie, você é um lobo. Não pode sentir o frio. — E se você é tão esperto, entre e junte-se a mim. — Disse ela. Não sabia por que concordou em deixá-lo ajudar a lidar com seus problemas de raiva. Agora, era a principal fonte de seu ódio e isso a irritava porque ele estava fazendo com que fizesse isso. — Tudo bem. Pensou que ele se queixaria de estar no frio.


Caminhou em direção a ela com os braços cruzados, parecendo calmo, senhor de si. — Qual é o problema? — Você não pode sentir isso? —

Está

frio,

Cassie. Deixe

disso. Pare

de

ficar

obcecada. Foco. Ela se abraçou e ele estendeu a mão pegando-a pelos braços e mantendo-os estendidos. Estava com muito frio. — Estou congelando. —Eu sei, mas não morrerá do frio. Os lobos geram mais calor. Você pode lidar com certo nível de dor e claro, medo. Feche seus olhos. — Posso ser puxada para baixo. Não posso fechar meus olhos. —Ela disse. — Você é um lobo forte, Cassie, tem isso. A corrente não a está afetando. Confie em mim. Apertando os dentes, ela o olhou, vendo que ele realmente fechou os olhos. Não gostava de ficar aberta ou exposta a fúria em curso, mas fechou os olhos. No começo, pareceu muito escuro e assustador. Tudo o que conseguia ouvir era a água correndo e isso a assustou. — É a única no controle. Ninguém a pode levar embora. Você é forte, Cassie. Sinta essa força, sinta sua loba. Com os olhos fechados e a água correndo ao seu redor, ela ouviu os sons da floresta ao redor deles. O farfalhar das árvores, os insetos na terra, os peixes abaixo dela. — Você pode sentir isso?


Sentia-se muito calma, serena e então ao mesmo tempo. Sem abrir os olhos, segurou o pulso de Abel quando ele estava prestes a empurrá-la para baixo. Abrindo os olhos, olhou para os seus olhos azuis e não entrou em pânico. Segurou seu pulso, sentindo sua força e quão calmo e controlado ele estava. Afastou a mão e sorriu para ela. — Viu, não é difícil de fazer. Ele se afastou da água e desta vez, ela o seguiu com relutância. Não queria sair, mas o seguiu até onde ele tinha uma toalha esperando por ela. — Como você sabia o que fazer e como fazer? — Perguntou ela. — Meu pai. — Ele o ensinou? —Sim. Depois que deixamos a matilha, não teve muita escolha além de me ensinar como me controlar. A raiva queimava sob a superfície. — Você queria deixar sua matilha? — Ela perguntou. Balançou sua cabeça. — Não. O alfa era muito bom. Por um longo tempo, não pude me curvar a ele ou me submeter. Mesmo

quando

criança,

era

algo

que

não

conseguia fazer. Ele poderia ter exigido minha remoção. Não fez

isso. Permitiu-me

ficar,

mesmo

eu

continuando

a

desrespeitá-lo. Claro, deixei claro que não queria desrespeitálo. Na

verdade,

o

admirava

muito. Simplesmente

não

conseguia me submeter. Quando fiquei mais velho, ele soube o que eu era e ainda assim, permitiu que crescesse em sua


matilha até que chegasse a uma idade que seria muito perigosa. Sabia que ele ficou chateado por perder a mim e a minha família, até ofereceu votos de que encontrasse uma matilha. Sentou-se ao lado do lago. Ainda estava frio, mas ela não estava pronta para voltar para casa. Jessica a evitou hoje, assim como a maioria das mulheres que visitavam a cozinha. — Ele parece bom. —

Enviou

suas

condolências

quando

meus

pais

morreram. — Ele ainda é o alfa? — Não, passou para seu filho quando chegou a hora. Ainda estamos em contato, mas não nos vemos muito. Viu uma tristeza ali com a menção de seus pais. — Você sente falta deles? —

Sim. Eles…

sacrificaram sua

matilha

para me

salvar. Meu pai amava seu alfa e faria qualquer coisa por ele. Minha mãe também e não consegui acreditar que me escolhessem. Mamãe sempre ria e dizia que poderia não ser seu alfa, mas era seu filho e não queria que nada de ruim acontecesse comigo. Que no momento em que ela deu à luz a mim, fez um voto para sempre me proteger. — Aposto que ela sabia que tinha alguém especial. — Disse ela. — Eu sinto muito. Estou falando da minha família e a sua...


— São monstros? Você não precisa se preocupar com isso. É bom saber que, mesmo que tenha sido expulso de sua matilha, ainda era amado por seus pais. Isso significa que há esperança. — Esperança? — Nem todos os lobos rejeitam seus filhos. Não é uma regra inerente que devem acreditar no que sua matilha quer para ficar. Minha família teve uma escolha e eles escolheram não me amar. Ela achou que doeria dizer a verdade, mas isso não aconteceu. Não havia razão para se esconder. Eles não a amavam, nem a queriam. — Você seria uma boa mãe. — Ele disse. — Você acha? — Sim. Você quer ter filhos? Ela assentiu. — Sim, por um longo tempo foi tudo em que pensei. Queria uma grande família. Acho que é por isso que tentei tanto na minha antiga matilha. Queria o amor deles e fazer com que lutassem por mim. Estava errada em pensar que poderiam me amar. Esse foi o meu erro. — Não, o erro foi deles não verem o quão incrível você é. Nunca mais faça das falhas dos outros sua própria. Não é eles, Cassie. Eu, pelo menos, estou feliz por eles não a quererem. Tenho você só para mim. Ele segurou seu braço, puxando-a contra ele. Ela caiu em seu peito e sorriu. Beijando seus lábios, colocou alguns fios de cabelo atrás da orelha. — Você é muito bobo.


— Apenas com você. — Ambas as mãos dele ficaram em sua nuca e ela o olhou. — Obrigada por fazer tudo isso. — Disse ela. —Ajudarme. — Não há mais nada que possa ver como mais importante do que ajudá-la. — Eu sou uma mulher em necessidade. — Sorriu. — Está com medo? —

Eu

não

estou

com

medo

nem

nada. Estou

preocupada. — Sobre o que? — Jessica me disse que poderia ficar em sua casa por alguns meses. Para ter essa conexão com a matilha. — Sim? — O que acontece depois desses dois meses? — Cassie baby, odeio dizer isso, mas para mim não é uma conexão casual. Não a estou usando e não a deixarei ir quando seu tempo acabar. Quero que você fique. — Ele disse. — Você tem certeza? — Sim. Você é minha, Cassie. Nunca desisto do que é meu e não tenho intenção de começar agora. — Segurou seu rosto, acariciando seus lábios. Lambeu seu dedo enquanto ele pressionava contra sua boca. Quando empurrou para dentro, ela o chupou. — Como você está se sentindo? — Ele perguntou. — Bem, por quê? — Você não está dolorida? Sua boceta apertou. — Não, eu não estou dolorida.


Em um segundo, ele a virou de costas e passou sobre ela. Puxou o short de seu corpo, abrindo suas pernas. Seu pau entrou profundamente, já tão duro que a fez suspirar. — Porque eu quis fazer isso a manhã toda, mas queria ser um cavalheiro. Saiu dela apenas para entrar profundamente, indo ao máximo. Colocou os braços ao redor de seu pescoço, puxando-o para ela, beijando-a enquanto a fodia. Os sons ao redor deles encheram-na de paz enquanto Abel fazia amor com ela. Ela se sentiu inteira pela primeira vez em sua vida e sabia que era tudo sobre ele e a matilha. Essa era sua casa, onde queria estar. Abel de alguma forma consertou seu coração partido, porque quando chegou ali, estava realmente quebrada. Também achava que estava se apaixonando por ele e muito.

Abel verificou as cercas de segurança ao redor de sua propriedade. Ele possuía vários acres de terra e a floresta circundante. Para se certificar de que ninguém confundisse suas terras com a que estava disponível para caçar, colocou cercas metálicas ao redor que também continham rolos de arame farpado sobre cada linha da cerca. — Você está bem? — Carl perguntou.


Seu amigo sempre cuidava de sua segurança. — Sim. — Será lua cheia em alguns dias. — Eu sei. — Ele segurou a cerca e deu um pequeno puxão, satisfeito com ela. Movendo-se ao longo da linha, estava ciente de Carl e o que estava chegando. A lua cheia era um grande evento dentro da matilha. Era onde os lobos se declaravam companheiros. Para sua matilha, era uma cerimônia de acasalamento. — O que Cassie acha da próxima lua cheia? — Carl perguntou. Ele se virou para o amigo e cruzou os braços. — Eu não perguntei a ela. — Você ainda quer se acasalar com ela. Ele se acasalava com Cassie todas as noites, várias vezes e até mesmo quando encontravam algum quarto isolado durante o dia. Não conseguia manter as mãos longe dela, nem queria. — É a primeira lua cheia dela com a matilha. Não a pressionarei, Carl. — Mas vocês dois querem isso. Quer dizer, está sempre comendo-a com os olhos. Até mesmo as mulheres notaram sua atenção para ela e vamos ser sinceros, normalmente não é influenciado por qualquer mulher, mas no momento em que Cassie entra é como, boom, ela tem sua atenção. Abel continuou caminhando. Desta vez, estavam na borda da floresta que levava a uma estrada principal. As


cercas estavam escondidas atrás de muitos arbustos e espinheiros. Parou quando notou uma curva dentro da cerca. Carl, percebendo sua atenção e foi para frente. Afastando os arbustos do caminho, Abel passou o dedo pela curva. — Alguém fez isso. — Disse Carl. — Eu sei. — Ele segurou a cerca e soube que era um lobo. —Alguém está tentando entrar em nossas terras. — Você cheira alguma coisa? Balançou a cabeça. — Quem quer que seja, usou água sanitária para cobrir seus rastros. — Poderia ser um lobo renegado? — Antes do antigo alfa de Cassie, eu diria que sim. No momento, não acho que seja uma coincidência que a queriam de volta e agora minha segurança ser comprometida. — Apertou as barras e sabia que teria que amarrá-las. — Reúna alguns homens. Eu os quero fora para que possamos consertar o estrago e reforçar tudo. Ele tinha uma fiação de metal que poderia envolver ao redor de cada um dos postes que ajudariam a proteger a cerca. Era apenas uma solução rápida e não impediria ninguém de tentar entrar em sua propriedade, mas isso o irritou. Uma vez que os homens se juntaram a ele, todos começaram a trabalhar. As mulheres levaram bebidas e trabalharam bem durante a noite para consertar o estrago.


O

que

você

acha?

Cassie

perguntou

se

aproximando. Ele estava ciente da matilha o observando. Envolvendo o braço ao redor de suas costas, ele a puxou para perto pressionando o nariz contra o pescoço dela. — Acho que sua matilha está tentando encontrar uma fraqueza para tirar você de mim. — Isso não faz sentido. — Disse ela. — Eles me odiavam, Abel. Não se importavam comigo. — Bem, eles estão procurando uma maneira para se importarem. Não se preocupe com isso. Posso consertar. — Ele viu a preocupação em seus olhos. — Sempre fui muito cauteloso sobre a segurança da matilha. Há muitos alfas por aí que não gostaram da minha partida e que fosse forte o suficiente para começar minha própria matilha. Jessica se aproximou deles. — É parte de nós agora, Cassie. Nós não deixaremos nada acontecer com você. Ele sorriu para Jessica e deixou sua mulher com ela. Uma vez que todas as cercas foram amarradas com metal, ele se certificou de que qualquer um que tentasse entrar em sua propriedade sofresse algum dano sério. Tinha um portão e um telefone. Poderiam marcar uma visita ou entrar pela porta da frente. Esse não era o modo para chamar sua atenção. No caminho de volta, segurou Cassie perto dele e ela descansou a cabeça contra seu peito. Sentia a preocupação da matilha. Não estavam preocupados com sua capacidade


de protegê-los, mas agora todos sabiam que precisavam ficar atentos. Isso era o que ele vinha os treinando para fazer. Entrando em sua casa, Cassie começou a ir em direção a escada, mas a impediu. — Vá para o meu calabouço. Ela franziu a testa para ele. — Não me faça dizer duas vezes. Cassie acenou com a cabeça indo na direção oposta. Indo para seu escritório, abriu o grande mapa em sua mesa. Cassie mostrou onde estava sua matilha e colocou uma régua marcando sua própria localização. No mapa estavam

todas

as

outras

matilhas

próximas

que

conhecia. Nenhum deles tinha um problema com ele, mas Cassie sim. Também aconteceu de ser a mais próxima. Houve uma batida na porta e olhou para cima para ver Jessica. — Entre. — Disse ele. Ela entrou na sala e não fez nenhum movimento para fechar a porta. — Você acha que é por causa de Cassie? — Jessica perguntou. — É a única pessoa que faz sentido. Nós não temos inimigos. Tenho outros alfas que estão chateados, mas não iriam transgredir assim. Eles sabem o código. — Ele olhou para ela. — O que você quer? — Queria me desculpar pelo jeito que eu... — Ela limpou a garganta. — O jeito como me joguei em você. — Não precisa se desculpar.


— Eu também disse a Cassie que sinto muito. Eu a ignorei quando soube que a levou para o seu quarto. Fiquei com raiva e com ciúmes. Não sabia o que ela tinha que nenhuma de nós tinha. Ele suspirou encarando Jessica. — Você quer deixar a matilha? —

Não. Eu…

pensei

que

seria

uma

boa

companheira. Sou forte e estou aqui há muito tempo. — Nunca dei nenhum motivo para acreditar que poderíamos ser mais do que amigos, Jessica. Você está certa, Cassie é nova, mas é diferente. Ela é minha. Quando estou com ela, é o que sinto, que é minha e a protegerei a todo custo, entendeu? — Sim. Ela é parte de nós agora. Sua felicidade é claramente vista nos poucos dias em que estiveram juntos e nas poucas semanas que ela esteve com a matilha. O ciclo da lua cheia era como uma vida inteira para um lobo. Seus

sentimentos

por

Cassie

não

deveriam

ser

ignorados e ele não ignoraria suas necessidade por ela também. — Nenhum dos homens mencionou qualquer outra invasão dentro das cercas. — Jessica disse olhando para o mapa. Ele seguiu o olhar dela. — Está correto. — Apontou para a localização no mapa. — Esse é o lugar onde a cerca estava estragada. Ela pegou a régua e a alinhou com a casa. — Enquanto você estava trabalhando, fiquei onde eles comprometeram a


cerca. Quando olha através da floresta tem uma visão clara da

casa,

Abel. Não

acho

que

essa

posição

foi

aleatória. Fizeram isso para que pudessem ver tudo. O que acha que eles querem? — Nós sabemos o que querem, Jessica. Anos de abuso e negligência. Uma mulher que é mais forte que o alfa. Esse medo forçou-os a empurrá-la para fora na esperança de que outras matilhas a rejeitassem. — No entanto, ela veio para a única matilha que é conhecida por pegar lobos estranhos, todos com pequenas falhas. — Disse Jessica com a raiva evidente em sua voz. — Eles vão nos atacar ou tentarão tirar Cassie de mim, não deixarei essa merda acontecer. Não agora, nem nunca. — Vou pegar Carl e faremos o primeiro turno. É nossa matilha, Abel. Você é nosso alfa, mas isso nos deu vida quando nossas próprias matilhas no abandonaram. — Disse Jessica. — Farei tudo que estiver em meu alcance para protegê-lo. Apertou sua mão e a observou sair. Olhando para o mapa, sentiu raiva apenas de pensar em David, o antigo alfa de Cassie. E se aquele homem tentasse machucar sua mulher, iria matá-lo,

mas

matilha. Sabia

primeiro que

os

mataria alfas

cada

estavam

membro ligados

à

da sua

matilha. Ele sentiria a perda enquanto matava cada um dos bastardos abusivos. Seu lobo queria sangue, mas não seria o primeiro a começar essa guerra, seria o único a acabar com isso.


O calor do calabouço era um alívio bem-vindo ao clima externo, como uma tempestade furiosa que começava a chegar. Cassie sentou-se na beirada da cama sem vontade de se tocar, embora Abel exigisse que se tocasse. Excitar-se era a última coisa em que poderia pensar com o que toda a matilha fez o dia todo. Sua antiga matilha não a suportava e ela sabia que eram eles. O cheiro de alvejante era o cartão de visitas deles. Mordeu o lábio, não foi capaz de dizer isso a Abel, mas ele sabia quem era. Não precisava dela para dizer a verdade. — Pensei ter dito para brincar com sua boceta. — Disse Abel entrando no quarto. As lágrimas que estava segurando escorreram por seu rosto. — Eu sei que foram eles. — Disse Cassie. — O alvejante...

foi

um

deles...

eles

jogavam

sobre

mim,

derramando a água sanitária na minha pele como se pudesse limpar a sujeira. Cobriu o rosto e estremeceu quando lágrimas caíram de seus olhos. Eles a expulsaram e tudo o que queria fazer era encontrar uma vida longe deles.


A porta se fechou e Abel estava lá com os braços ao seu redor, segurando-a perto. Seu calor a rodeava e ela o abraçou. — Não os deixe me levarem. — Não tenho intenção alguma de deixá-la ir. Não deixarei nada acontecer com você, Cassie. É minha agora. — Sim. — Então me diga o que quero ouvir. — Sou sua. Afastou-se segurando seu rosto, forçando-a a olhar para ele. — A quem você pertence? — Você Abel, meu alfa. — Está certo. Você é minha e eles perderam esse direito quando começaram a machucá-la. E se pensam em tirá-la de mim, perderão a vida, entendeu? — Não quero que a matilha se coloque em perigo por minha causa. — Eles não irão. Eu não sou um idiota, Cassie. Eu os treino e exijo excelência. Não perca essa luta. Lembre-se, você é mais forte. É a única no controle, não eles. Assentiu com a cabeça olhando em seus olhos. Ele a ajudou a se acalmar. O pânico que estava sentindo evaporou-se e ela foi capaz de pensar claramente. Ela respirou fundo. — Obrigada. Ele pressionou um beijo em seus lábios. — É para isso que estou aqui. Ela segurou seu rosto, mas ele segurou as mãos dela, balançando

a

cabeça. —

Não,

eu

dei

uma

instrução,

Cassie. Você precisa aprender a confiar em mim e saber que


cuidarei de tudo. Quando estiver neste quarto, não tem nada para se preocupar. Todos esses medos são meus. — Sim, alfa. — O que eu pedi para você fazer? — Perguntou. — Para vir ao nosso quarto. — E o que isso significa? — Isso significa que venho aqui e fico nua. — Então o que você faz? — Devo brincar comigo mesma para que veja como estou molhada para você. — E o que você não fez? — Perguntou. —Eu estava preocupada com você. — Acho maravilhoso você se importar comigo Cassie, mas

aqui

eu

cuido

de

tudo. Brincará

com

sua

boceta. Pensará no meu pau dentro de você e não se preocupará com mais nada. Entendeu? — Sim. — Bom. Agora, curve-se sobre aquele banco. Segure a alça e não se mova. Ela não discutiu. Ficando de pé, fez o que ele pediu, segurando as alças que estavam lá. Olhando para frente, viu que Abel estava apenas a observando, seu olhar se movendo por todo seu corpo, passando por sua bunda e voltando. — Eu amo olhar para o seu corpo, Cassie. Isso me faz pensar em todas as coisas que quero fazer com você. — O que você quer fazer comigo? — Perguntou. Saiu da cama avançando em direção a ela. Seu coração acelerou quando ele ficou atrás dela. Suas mãos se moveram


por toda a sua bunda depois pelas costas antes de voltarem para baixo novamente. — Vamos ver se você está molhada para mim. Ele moveu a mão entre suas coxas provocando sua boceta e sorriu. — Claro que está. Você me quer, não é, Cassie? — Sim. — Quem você quer? — Você, alfa. Abel bateu a mão com força na sua bunda, fazendo-a gemer. A dor criou uma explosão de prazer e sua boceta pulsou querendo mais. Observando pelo espelho, ele levou a mão para trás e desta vez bateu na outra face. Alternou entre cada curva de sua bunda, indo para a esquerda e depois para a direita, cada tapa deixando sua bunda em um tom de vermelho. Ela gritou quando sua bunda ardeu, mas também sentiu excitação quando ele lhe deu tudo e aceitou. Seu toque a possuía em cada parte. Nesse momento, sentiu-se ligada a ele, entendia sua necessidade de que fizesse o que dizia, para pertencer a ele. Queria

lhe

dar

prazer,

tirar

todos

os

medos

e

preocupações que a dominaram durante a maior parte de sua vida. Em sua matilha, em seus braços, era capaz de ser ela mesma, porque era dele. Abel lhe daria força, a faria trabalhar e por sua vez a tornaria melhor. Ela queria tudo o que ele tinha para oferecer


e quando deu-lhe ouro tapa antes de segurar sua boceta, ela sentiu alívio. Sua confiança por ele aumentou naquele momento. Era assustador como ela nunca se permitiu ter fé em outra pessoa, não por um longo tempo. Abel possuía cada parte sua e não havia nada que não fizesse por ela. Ficou por trás e ela virou a cabeça quando ele puxou seu pau para fora, o tamanho feroz com a veia descendo na lateral parecia furioso. Pressionou entre suas coxas, a fazendo gritar quando entrou completamente. Suas mãos foram para seus quadris, segurando-a perto quando começou a estocar em sua boceta. Dentro e fora, ele a fodia com força, seu corpo tocando seu traseiro quente. Teria

hematomas

no

dia

seguinte,

mas

não

se

importava. Abel afundou dentro dela a segurando ainda quando alcançou entre eles, seus dedos provocando seu clitóris. — Eu quero que você goze em todo o meu pau, baby. Essa é a única maneira de ver isso funcionando. Eu quero seu gozo me absorvendo. Gritou quando ele beliscou seu clitóris. Fechando os olhos sentiu o orgasmo se aproximar, dominar, elevar ainda mais com prazer do que julgava ser possível. Mordendo o lábio gemeu precisando de mais. Abel não queria deixar seu clitóris. Seus golpes eram persistentes, a sensação de seu pau dentro dela quase era demais quando gozou forte.


Seu nome deixou seus lábios em um suspiro e quando abriu os olhos, viu o sorriso dele antes que seu aperto voltasse para seus quadris. Ele não se afastou, bateu forte dentro dela, segurando firme o banco enquanto pegava o que queria. Mesmo quando empurrou para frente, enchendo-a toda com seu pau, ele a puxou contra ele. Foderam forte e estava tão profundo dentro dela que tinha certeza que ela o sentia em seu ventre. — Tão apertada, minha, tão bom. Você me tem, Cassie, sou seu. Mais e mais se movia, marcando-a de maneira que apenas ele podia. Quando seu orgasmo chegou, ela ofegou com a força de seus pulsos quando ele gozou, inundando sua boceta com seu sêmen. Não a soltou quando terminou. Ele ficou perfeitamente imóvel, seu pau profundamente dentro dela. — Eu não sei o que é que você faz comigo, baby. Mas perco o controle rapidamente. Ela ofegou e olhou para trás. — Nunca fiz nada disso antes. Com você parece natural. Seus dedos brincam na base de suas costas. Seu olhar foi para onde a estava tocando. Uma de suas mãos desceu e seu polegar acariciou o buraco enrugado de seu ânus a deixando tensa. — Relaxe, Cassie. Não farei nada para machucála. Prometo.


Forçou-se

a

relaxar

enquanto

ele

provocava

seu

ânus. Pressionou apenas a ponta do polegar dentro e ela gemeu com o ardor instantâneo. — Um dia foderei essa bunda, baby. Eu quero tudo. — Eu sei. Algum dia em breve, ela sabia que lhe daria tudo. Não havia

nenhuma

completamente. Em

dúvida tão

sobre pouco

isso. Abel tempo

a

possuía

encontrou

uma

felicidade que a surpreendia e encantava. Apenas esperava que não fosse tirado dela. Cassie estava determinada a fazer o que pudesse para proteger a matilha que passou a amar, mesmo que isso significasse dar a própria vida.

— Você acha que eles atacarão está noite? — Richard perguntou. Abel estava do lado de fora no frio, olhando para a área que foi violada. O metal que ele prendeu ao redor de cada cerca ainda estava de pé e não mostrava indícios de alteração. Ele mesmo verificou o perímetro. Sempre tinha pessoas com ele. Essa noite era lua cheia e sua matilha gostava de correr. Não cancelou a corrida porque não queria permitir que a outra matilha vencesse a batalha. Nunca teria medo em sua própria de terra, nem agora, nem nunca.


— Não sei. Eu duvido. — O que você acha que eles querem? — Richard perguntou. — Cassie. — O que você acha que querem com ela? Abel tinha várias ideias, nenhuma delas boa. — Acho que querem matá-la ou usá-la como arma contra outras matilhas. A matilha estava ciente dos maus-tratos que Cassie sofreu. Eles compartilharam os detalhes de sua expulsão e rejeição. — Você não acha que alguém daqui está ajudando-os, não é? — Não, eu não sei. — Achava que a antiga matilha de Cassie não era confiável, mas confiava em seu povo. Eles não fariam isso com ele ou com sua companheira, isso era exatamente o que Cassie era, sua companheira. — Acredito que eles nos veem como fracos, já que somos uma matilha composta de várias matilhas. — Disse ele. — Acham que somos fracos? — Richard perguntou. — Sim. Evidentemente não perceberam que, quando nos tornamos parte de uma nova matilha, eles ainda continuam sendo a família. Richard

esfregou

cara. Realmente eles

me

a

nuca. —

deixam

tão

Odeio irritado. Não

isso, nos

quiseram e preferiram arriscar a nos enlouquecer a nos aceitarem. Odeio isso.


Abel colocou a mão no ombro de Richard. — Acalmese. Não permita que seu lobo assuma o controle. — Protegerei você e Cassie com a minha vida. — Não tenho dúvidas e espero que não chegue a isso. — Bem, de qualquer forma, estou aqui para você, alfa. — Richard inclinou a cabeça mostrando sua submissão e respeito. — Obrigado. — Todos nós estamos. — Disse Jessica. Sua matilha chegou e sorriu para todos eles. — Seguimos você e ninguém mais. — Disse Carl. Ele viu Cassie e a chamou. Balançou a cabeça parecendo nervosa. Ele a olhou e ela revirou os olhos, mas caminhou em sua direção. Segurando sua mão quando chegou ao seu lado, ele sorriu. Tocando seu rosto permitiu que a matilha visse o que ela significava para ele. — Eu sei que Cassie está conosco há pouco tempo e que alguns de vocês estão preocupados. Quero que fique claro, ela é minha companheira, será minha parceira e se alguém tiver algum problema comigo por tomá-la, então deve sair agora. Minha matilha estará sempre aberta e terão que aceitar quem eu escolhi. Isso é tudo que preciso. — Abel? — Não. Não esconderei mais isso. Cassie, eu sei que é um curto período e que sentimentos podem levar muito tempo, mas não estou errado sobre isso. Você é minha companheira. É a mulher que quero e farei tudo que estiver


ao meu alcance para torná-la minha. Essa matilha é sua, eu sou seu e lutarei por você. — Beijou-a puxando-a para mais perto, não querendo deixá-la ir. — Você é minha e foi desde o primeiro momento em que a vi no ginásio. Ela sorriu e ele viu os olhos dela se encheram de lágrimas. — Eu quero você também. — Esta matilha é sua e todos cuidarão de você. Afastando-se dela, transformou-se em lobo e quando o fez, o mesmo aconteceu com sua matilha. Ele viu Cassie fazer o mesmo. Dentro da matilha não havia nenhum receio, apenas aceitação. Incitando Cassie a sair em direção à floresta, observou quando ela saiu. Sua matilha fez o mesmo, correndo, aproveitando a lua cheia enquanto todos uivavam para ela. Permitindo que seu lobo assumisse o controle, ele avançou em direção a sua mulher, observando-a enquanto se dirigia para clareira, passando pelo lago onde eles treinaram para ir até o final de sua terra ignorando a cidade onde os humanos viviam. Ele raramente interagia com os humanos preferindo ficar com sua matilha. Abel observou enquanto Cassie mudava de volta para sua forma humana, sentava-se no pequeno morro e olhava para a cidade. Certificando-se de que estavam seguros, mudou para a forma humana e ficou atrás dela. — Isso foi um pouco assustador. — Disse ela.


— Eu sei. Não queria que você continuasse se escondendo. — Não é sobre me esconder. E se isso... desaparecer? E se em algumas semanas ou mesmo meses você decidir que já teve o bastante e não me quiser mais? — Perguntou. Passou os braços ao seu redor, colocando o queixo sobre sua cabeça. Comparado a ele, Cassie era tão pequena e delicada. Nunca a mandaria embora. Ela tomava tudo o que ele dava e não recuava. Encontrou sua alma gêmea e não havia dúvidas. — Há muitos anos minha mãe me disse que quando encontra seu companheiro, você sabe sem sombra de dúvida. Quando

se

trata

de

você,

Cassie,

não

tenho

dúvidas. Você se liga a mim de tantas maneiras. Não posso evitar estes sentimentos e sabe o que? Não quero. Não quero deixar de querê-la ou pensar em você durante o dia. É minha vida e quero construir um futuro ao seu lado, ter uma família. Filhos. Ele sabia que ela queria filhos e adiou a ideia até que viu o quanto ela queria. Seria uma mãe incrível, tinha certeza. Colocando a mão em sua barriga, sentiu-se tão protetor, querendo tornar sua vida melhor. — Sua matilha é tão maravilhosa e você é um homem incrível, Abel. Sabe que é. — Suspirou. — Minha antiga matilha é horrível, eu os conheço. Não quero que você ou qualquer outra pessoa seja ferida por minha causa. — Não. —Eu poderia voltar, assim não haveria mais ameaça.


Ele rapidamente a puxou contra ele, prendendo as mãos sobre sua cabeça, mantendo-a no lugar. — Não. — Não quero que você ou qualquer outra pessoa que me importo seja ferido. —

E

não

seremos. Somos

uma

boa

matilha,

Cassie. Demorará muito para nos machucar, eu juro. Ela fez beicinho e ele segurou seu lábio com os dele. — Não discuta comigo. — Vocês são boas pessoas. — E estamos juntos, por isso não arriscarei. Você vai embora Cassie, irei atrás. Eu a trarei de volta. E se eles a machucarem não ficarei parado e deixarei acontecer. Lutarei por você. Sei que pensa estar fazendo a coisa certa, mas não está. — Moveu-se entre suas coxas, movendo seu pau contra seu sexo. Ambos estavam nus. — Dê-me um motivo para prendê-la no calabouço. Sorriu. — Você gostaria disso, não é? — Sim. Teria você à minha mercê vinte e quatro horas por dia. Como não gostar? Ela inclinou a cabeça para o lado e suspirou. Ele viu o medo em seus olhos e seu lobo queria ferir quem o colocou lá. — Você confia em mim? — Perguntou. — Sim. — Confie então que farei tudo o que puder para mantêla segura. —Por que ainda não atacaram, Abel? Estou com medo por você e por nossos amigos.


— Acho que fizeram isso para me afastar da casa. Eu não iria sozinho. Esperavam que fosse até eles com meus homens e mulheres mais fortes. Enquanto estivesse fora, atacariam a casa. — Você não fez o que esperavam? — Ela perguntou. — Não. Nunca faço aquilo que é esperado e nunca deixo minha casa para ir e lutar contra outro homem. David quer me pegar, fará isso em meu território, em nenhum outro lugar. — Ele olhou em seus olhos vendo o medo lentamente desaparecer. — Agora que esclarecemos esse assunto, acho que é justo que eu a marque para mostrar a todos os outros homens que você foi tomada. — E você? — Você pode afundar seus dentes em mim quando quiser. Não vou reclamar. Ele amava seu sorriso e também fez uma nota para ter certeza de nunca a deixar sozinha. O medo dela poderia forçá-la a fazer escolhas erradas e não pretendia deixar isso acontecer.


Uma semana depois Nada

aconteceu

e

agora

Cassie

estava

ficando

maluca. Chutando sua perna, Jessica a empurrou para o lado e a atacou. Agarrando-a prendeu no chão. Cassie sorriu e foi a coisa errada a fazer quando a outra mulher pegou seu braço mudando de lugar e a colocou em um estrangulamento no chão. — Lembre-se de nunca subestimar o seu adversário. — Disse Jessica. Cassie caiu de bunda quando Jessica a soltou. Abel estava ocupado com outros negócios da matilha e treinava todos os dias para se acostumar à sua força e controlá-la. Jessica era uma das mulheres mais fortes da matilha e se ofereceu para ajudá-la. No começo, Cassie estava nervosa. Não queria machucá-la, mas depois de uma semana de treinamento viu que não tinha nada a temer. — Toda vez que acho que estou aprendendo algo, estrago tudo. — Disse bebendo a água que Jessica lhe entregou.


— Ele faz bem a você, não é? — Jessica perguntou acenando com a cabeça em seu pescoço. Cassie tocou a marca de mordida que Abel deixou em seu pescoço durante o acasalamento e sexo selvagem no alto da colina. Apenas ao pensar no que fizeram a fez corar. Como sempre, Abel ganhou, não que tivesse alguma dúvida. Suas habilidades eram incríveis e nunca seria superado. Ela o adorava. Você não apenas o adora. Empurrando esses pensamentos de lado, sorriu para Jessica. —Isso não é estranho para você? Eu sei que não estou aqui por muito tempo... —No começo fiquei chateada. Não há como negar isso. Acabou de chegar e sem nenhum esforço ele estava dando em cima de você, então fiquei com ciúmes. Mas quando

os

vi

juntos,

foi

diferente. Quer

dizer,

de

verdade. Ruboriza sempre que ele diz alguma coisa. Estão sempre se tocando ou fazendo algo. Os olhos dele gritam que está pensando em fodê-la. Não posso ficar com inveja. Isso mostra que ele precisava de algo diferente. — Encolhe os ombros. —

Nada

demais. Você

encontrou

seu

companheiro. Eu sei isso. — É… surreal às vezes. Um segundo estava me pressionando dizendo horrores sobre minha comida e tudo o que fazia. Pensei que me odiasse. — Nós nunca o vimos agir assim antes. Realmente isso foi a primeira pista. — Primeira pista sobre o que?


— Que ele realmente gostava de você. Sua comida é o máximo sem dúvida nenhuma. Todos nós amamos boa comida e sobrevivemos sem isso por tanto tempo. Então você veio e ele reclamava de tudo, enquanto escondia sua comida também. A razão pela qual seus biscoitos estão sempre desaparecendo, verifique o escritório dele. Está tudo lá. — Sério? — Cassie começou a rir. — Eu não fazia ideia. — É por isso que estão desaparecendo. — Jessica se sentou no tapete. — Você acha que sua antiga matilha atacará? — Não sei. Pensei que fariam isso logo. Não tenho ideia do que estão esperando. — Eles são idiotas, Cassie. Eu não me importaria com isso. Nós estaremos prontos para eles. — Jessica se alongou e Cassie deitou-se no chão do ginásio, olhando para o teto. Tudo parecia tão grande ao seu redor. — Vocês duas estão descansando em vez de trabalhar? — Perguntou Abel. Ela sentou-se enquanto Jessica permanecia no tatame. — Nós estamos trabalhando. Apenas dando um tempo para aproveitar tudo o que realizamos. Qual é a situação, alfa? Abel

sorriu

para

ela. —

As

cercas

ainda

estão

intactas. Nenhum sinal de alguém tentando invadir minhas terras. — Sabe, me pergunto se eles estão esperando por todos saírem ou por Cassie ficar sozinha por tempo suficiente para que a levem para longe de nós? — Jessica perguntou, rolando


e

sentando-se. —

A

lua

cheia

foi

um

desastre

total. Estávamos todos juntos e a menos que o antigo alfa tenha sua matilha toda por perto, não seriam capazes de nos atacar. — Acho que está esperando por uma oportunidade em que ela fique sozinha; — Disse Abel. — Não há problema com isso. Eu nunca estou sozinha. Jessica disfarçou olhando para seu pulso. — Olhe as horas. Realmente preciso sair e alimentar os cachorros. — Eu já sei que você precisa ficar de olho em mim. — Disse Cassie. — Amo você, mas preciso ir. Jessica saiu do ginásio os deixando sozinhos. Ela notou que a academia estava de fato vazia. — Você sabe como limpar um lugar. — Eu posso ter sinalizado para as pessoas saírem para que pudesse ter alguns momentos a sós com a minha linda mulher. — Minha linda mulher? Isso não parece certo. — Ele se inclinou mordendo o ombro dela. — Ei, sem morder. — Disse ela. — Olha o que você fez no meu pescoço. Parece que fui atacada por uma fera selvagem. — Você foi atacada por uma fera selvagem. Todos os homens sabem que sua bunda tem dono. — Ele a pressionou contra o tatame e ela colocou os braços ao seu redor, rindo. — Você gosta disso, baby? Gosta da ideia de ser completamente possuída? — Sim. Eu gosto.


Ele

apertou

a

mão

contra

sua

boceta

e

ela

gemeu. Esticando as pernas, se abaixou para acariciar seu pau que já estava duro como pedra. — Você tem pensado em mim? — Todo dia, caralho. Ele a beijou, colocando a língua para dentro. Movendo a mão para seu short, segurou seu pau movendo a mão para cima e para baixo enquanto ele a acariciava através de seu short também. De repente, ele a levantou e estavam contra a parede, o peito dele pressionando o dela. Ele segurou suas mãos, levantando-as

sobre

a

cabeça

e

as

prendendo

no

lugar. Colocou a outra mão entre suas coxas e a acariciou. — Esse maldito short está me atrapalhando. Está sempre no meu caminho. Ele o puxou para baixo e ela rosnou. — Estou ficando sem roupas. Você continua rasgandoas. — Quando entenderá que eu gosto de você nua? — No entanto, você não me quer correndo nua pela casa. Tem algo a dizer sobre isso? Suspirou quando ele estapeou sua boceta, gemendo imediatamente depois que pressionou dois dedos dentro dela. Não precisou esperar muito para que ele tirasse seu próprio

short

e

guiasse

seu

pau

a

enchendo

profundamente. Não havia espelhos, então não conseguia vêlo, mas queria, ansiava muito.


Abel a segurou contra a parede enquanto a fodia com força, entrando fundo. Eles estiveram juntos essa manhã, mas parecia uma vida inteira. Seu calor a consumia, a mordida

em

reivindicação,

seu

pescoço

sentindo

a

cada

deixava parte

ciente

dele

de

enquanto

sua a

incendiava por mais. — Você me deixa tão selvagem, Cassie. Eu a quero a cada dia mais. — Por favor, não pare. Não pare. Mais e mais ele bateu dentro dela, sua mão provocando seu clitóris até que ela gozou. Os sons deles ecoavam pelo ginásio. Ele a fodeu forte, empurrando profundamente com um grunhido. Seu gozo pulsando profundamente dentro dela desencadeou outro orgasmo. Ela desmoronou contra ele e Abel a segurou. E se não estivesse lá, cairia no chão. — Não acho que temos nada com que nos preocuparmos quando se trata da nossa necessidade um do outro. Eu não me canso de você. — Beijou seu pescoço. — Eu preciso ir e fazer o jantar. — O que teremos esta noite? — Frango assado. Será quente e picante. — Mal posso esperar. — Beijou seu pescoço e mesmo assim não fez nenhum movimento para deixá-la ir. — Quero você no calabouço hoje à noite. Ela riu. — Estarei lá, mas teremos um tumulto em nossas mãos se não fizer o jantar primeiro.


Ele gemeu beijando seu pescoço uma última vez antes de sair dela. Sentiu seu sêmen escorrer pela parte interna das coxas. — Precisamos começar a usar preservativos. — Disse ela. — Há risco de engravidar. — Não é o seu período fértil e nós queremos filhos, não é? — Ele puxou-a contra ele, com as mãos em sua barriga. — Eu posso imaginá-la neste momento, inchada, nosso bebê aqui, esperando para sair. — Segurou seus seios e ela gemeu. — Eles estarão tão cheios, prontos para alimentar nosso bebezinho. Ela fechou os olhos o imaginando com seu filho ou filha ou ambos, do lado de fora e seus cachorros brincando ao redor deles. O pensamento a deixou feliz. — Eu quero isso. — Disse ela. — Então teremos isso, Cassie. O que você quiser, eu darei. Apenas precisa pedir. — Eu quero um futuro com você. Um feliz. — Então considere concedido. — Ele beijou sua bochecha. No fundo de sua mente, ela queria que a ameaça de sua antiga matilha acabasse. Depois que eles fossem embora, poderia ter uma vida feliz.


— Você parece ter uma coisa pela minha bunda. — Disse Cassie. Abel passou as mãos sobre a carne gorda, sorrindo enquanto abria as bochechas de sua bunda, olhando para o ânus e a boceta dela. O dia todo ele pensou neste momento, quando estavam sozinhos em seu quarto no calabouço. Verificou novamente as cercas ao redor da propriedade e notou o mesmo ponto de entrada. O metal fora dobrado e exposto. Ele disse a Carl, que estava com ele no dia, para não mencionar a Cassie. Notou pequenos problemas na semana passada que passariam

despercebidos

para

quem

não

conhecia

as

terras. Porem Abel notou e sabia que o que quer que a matilha de Cassie estivesse planejando, aconteceria em breve. Eles claramente esperavam que ele deixasse Cassie sozinha ou mostrasse uma fraqueza em algum lugar, mas isso não aconteceria, não sob a sua vigilância. — Você tem uma bunda muito bonita. — Colocou um dedo entre suas bochechas encontrando sua boceta molhada e espalhando seu creme ao redor do ânus. Ela não ficou tensa quando ele a provocou, acariciando seu buraco antes de deslizar a ponta do dedo para dentro. No início, seus músculos tensos o mantiveram fora, mas ele não cedeu. Empurrou para frente e ela gemeu. — Quero foder sua bunda, Cassie. Quero reivindicar cada parte de você como minha. — Beijou seu ombro e ela se virou para ele.


— Eu quero pertencer a você, Abel. De todas as maneiras que importam. Ele

se

moveu

atrás

dela,

abrindo

suas

coxas

amplamente. Trouxe mais de sua excitação estimulando o ânus, deixando-a escorregadia. Seu pau já estava duro e ele pressionou a ponta contra sua boceta, deslizando para dentro de modo que seu pau molhou de seu orgasmo anterior. Colocando a ponta em seu ânus, lentamente começou a empurrar contra sua bunda. Cassie ficou tensa e ele a ergueu de forma que seus joelhos estivessem debaixo dela, deixando sua bunda perto da cama e exposta. O ângulo iria impedi-la de ficar tensa e deixá-la aberta para ele. Lentamente, brincou com seu ânus o deixando-a se acostumar com a sensação dele antes que colocasse dentro o primeiro centímetro em seu traseiro quente. Ela ofegou e levantou a mão, o deixando saber que precisava de um minuto. Acariciou suas costas esperando, apenas quando abaixou a mão ele continuou colocando dentro os últimos centímetros de seu pau. Minha! Cassie pertencia a ele, cada parte dela era sua para possuir. Sua

mãe

sempre

disse

que

ele

saberia

quando

encontrasse a mulher certa e a tinha neste momento em seus braços. Cassie era sua mulher.


Sua companheira. Ele não podia deixar nada acontecer com ela. — Por favor. — Disse ela. — Toque você mesma, Cassie. Quero sentir você gozar enquanto fodo sua bundinha linda. — Ele viu as bolas do seu pau quase dentro dela. Quando ela começou a acariciar sua boceta, sua bunda apertou ao seu redor. Incapaz de resistir, saiu apenas para empurrar de volta. Ele não conseguia parar. Cada parte dele sentiu a necessidade de marcá-la novamente. Ela era seu mundo inteiro. Não havia como deixar que alguém a levasse para longe dele. — Você é minha. — Disse ele. — Eu sou sua. — Ela ofegou. Empurrou mais forte dentro dela, saboreou seu pequeno suspiro. — Sim baby, eu cuido do que é meu. — Encheu sua bunda, esperando pelo momento em que ela gozasse. Quando o fez, seu nome encheu o ar com seus gritos. Foi tão poderoso que empurrou profundamente em sua bunda a enchendo com seu sêmen. Envolvendo os braços ao seu redor, ele ficou quieto, aproveitando os tremores de sua libertação. — Cassie, há algo que quero dizer. — Disse ele. — O que? Ele passou as mãos por seu corpo, amando a sensação dela ao seu redor. — Eu... — Ele foi cortado por alguém batendo em sua porta. Estava trancada e ele precisou sair de sua bunda.


— Eu pensei que ninguém o incomodasse aqui. — Disse Cassie. Ela rapidamente puxou o lençol sobre o corpo e ele vestiu uma calça de moletom. Estava irritado. Abrindo a porta, viu Carl e Jessica ali, ofegantes. — Eles violaram o perímetro, senhor. Seis lobos, nenhuma matilha vista entrando. Ele assentiu. Cada instinto de luta e proteção levantou-se dentro dele. Ninguém levaria sua mulher para longe dele. —

Estou

indo. Ninguém

pode

se

aproximar

de

Cassie. Vocês a manterão segura? — Ele perguntou. Eles assentiram. Fechando a porta, virou-se para Cassie. Ela já estava vestindo suas roupas e ele foi para o seu lado. — Pare. — Eu não o deixarei sair sozinho, Abel. Não ficarei sentada. — Eu te amo. — Disse ele. Isso a fez parar. Pressionando um beijo em seus lábios, ele

sorriu. —

Eu

nunca

disse

isso

a

outra

pessoa

antes. Apenas você. — Ele olhou em seus olhos verdes. — No momento em que entrou no ginásio, eu a senti, Cassie. Quis você com uma paixão que me abalou profundamente. Não reconheci isso imediatamente. Tentei lutar contra. Eu sou o alfa e não tenho tempo para pensar sobre meus sentimentos por você. Apenas pude reagir. Durante todo o processo você


me fez sentir dor, desejar e precisar, com uma paixão que eu não sabia que era capaz. — Eu também o amo, Abel. Por favor, estou implorando, não faça isso. Não vá lá para eles. — Acabarei com isso de uma vez por todas. Não terei você com medo deles e não há nenhuma maneira do caralho de deixá-los atacar minha matilha. — Ele a beijou e ela derreteu contra ele enquanto a segurava com força. Precisava fazer isso. Por um longo tempo, esteve esperando e agora era a sua vez. — Jessica, fique com ela. Não deixe nada acontecer. — Ele disse saindo do quarto. Com o cheiro de Cassie sobre ele, deixou o calabouço e encontrou sua casa cheia com a matilha. — Nós não o deixaremos você fazer isso sozinho, alfa. — Disse Richard. — Estamos todos aqui ao seu lado. Abel sentiu uma enorme sensação de amor inundá-lo enquanto olhava para sua matilha, as pessoas que ele amava mais do que qualquer coisa no mundo. Para todos os outros, eram

falhos. Ninguém

os

queria,

mas

para

ele

eram

perfeitos. Eram sua matilha e faria tudo ao seu alcance para mantê-los seguros. — Cassie precisa de nós. — Disse ele. — Ela precisa de todos nós. Um por um, ficaram ao seu lado.


Olhando sobre seus homens, ele os dividiu e os mandou sair da casa para vigiar enquanto levava vários outros com ele. Deixando a casa, viu David, a mãe de Cassie e outro homem que assumiu ser seu pai. Eles estavam perto e pareceram surpresos ao ver tantos homens e mulheres com ele. — Entregue-nos Cassie e isso não terá que acabar assim. — Disse David. — Ela é minha companheira. — Abel sorriu quando viu o choque em seus rostos. — Não há como tirar minha mulher de mim. Espero que esteja pronto para dar seu último suspiro. — Aquilo não é uma mulher. — Disse sua mãe. — É um maldito monstro. Um monstro gordo, feio e nojento. Seu lobo atacou e Abel olhou para cada um deles, o amor de seus pais ecoando em sua cabeça. Ninguém jamais amou Cassie. Passou a vida toda acreditando que havia algo errado com ela e ele pretendia mudar isso. Sua mulher apenas conheceria o amor quando ele terminasse. Apressando-se para frente, sentiu sua matilha se juntar a ele quando foi direto para David. O outro alfa mostrou medo por uma fração de segundo, mas isso foi tudo que Abel precisava para o seu ataque. Agarrando David pelo pescoço, ele o bateu no chão, esmagando sua traqueia.


O outro alfa não caiu tão facilmente. Com uma torção rápida, Abel foi jogado no ar e ele caiu rapidamente sobre seus pés. David correu em direção a ele enquanto os grunhidos de morte enchiam o ar. Abel não se concentrou nisso. Quando seu oponente bateu nele, usou a força total de suas mãos para baixo nas costas do homem, derrubando David na terra. Virando, ele estava prestes a atacá-lo quando três lobos o atacaram,

empurrando-o

para o chão, seus

dentes

afundando em sua carne, fazendo-o rosnar. David levantou-se com um sorriso e através dos lobos, Abel viu o trapaceiro e a verdade. David não era realmente um alfa. Ele era apenas um homem que fazia com que outras pessoas fizessem seu trabalho por ele. Era forte e provavelmente tinha instintos alfa, mas era um covarde. Quando Abel bateu com o punho contra um lobo, outro veio para ele e isso continuou acontecendo. Sua matilha ainda estava lutando lá fora. Ele não podia decepcioná-los. Seu lobo sabia que esta não era sua luta. A única maneira de acabar com isso era deixar sua mulher lidar com a situação. Jogando de lado o lobo, poderia ficar nisso por horas, sem sequer piscar. Eles não eram nada para ele. Mais lobos vieram e ele continuou afastando-os com facilidade. Não eram fortes comparados a ele. Três lobos mais uma vez o cercaram e atacaram juntos, seus dentes mordendo sua carne. A dor percorreu seu corpo.


E de repente, uma força atingiu todos os três lobos, jogando-os de lado, dando-lhe tempo para se levantar. Um grunhido feminino irrompeu fazendo os pelos de seus braços ficarem de pé. Cassie estava lá e quando se agachou no chão, parecia absolutamente linda. Seus cabelos vermelhos em cascata emoldurando seu rosto. Seus olhos verdes agora estavam âmbar, mostrando seu lobo. — Você não pertence aqui. — Disse a ela. Sua antiga matilha deu um passo para trás e quando o fizeram, viu que toda sua matilha estava lá agora. A luta parou e ele observou vários corpos no chão. — Todos vocês são abominações. Cassie levantou e aproximou-se. — Você! — Sua voz estava cheia de ódio quando olhou para David. — Nós acabamos isso agora. Abel foi para frente, mas Jessica segurou o seu braço. — Ela precisa lidar com isso, alfa. Ela quer fazê-lo. Para a matilha, por você, por ela mesma. Precisa fazê-lo. Cada instinto dentro dele gritava para que a impedisse, mas quando David avançou todo arrogante, Abel também queria que a sua mulher chutasse o traseiro desse filho da mãe. Ela não precisava dele agora. Esse era o seu momento e deixaria que o tivesse. Não houve palavras e quando David atacou, Cassie rolou de costas chutando-o para baixo.


Rolando, David a pegou pelo pescoço a puxando para o chão, mas apertando com força, Cassie agarrou seu braço e em vez de controlar sua força, ela torceu até ouvir um estalo. David uivou de dor quando se afastou. Nenhum alfa deveria mostrar esse tipo de fraqueza, mas ele segurou seu braço, de repente parecendo assustado. — Não sou mais um alvo no qual escolhe jogar coisas. Para usar como seu saco de pancadas pessoal. — Aproximou-se de David. — O que é fraqueza, David? Nunca mais será chamado de alfa novamente. Poderia ter vivido uma vida longa e feliz longe de nós. Estava feliz, mas estando aqui essa noite, você perdeu o direito. — Ela parou atrás de David, sua mão indo para o rosto dele. — Vocês todos riam quando ele

me

machucava. A

maioria

de

vocês

se

juntou

à

diversão. Fui expulsa, rejeitada e segui em frente. Encontrei uma matilha que me ama e eu os amo. As pessoas dizem que temos falhas. Não temos falhas. Com um rápido estalo quebrou o pescoço de David. — Mas vocês têm. Sem alfa, Cassie condenou sua matilha à morte, a menos que eles pudessem encontrar outro alfa disposto a aceitá-los. Ela se afastou e pegou a mão de Abel, ficando de pé ao seu lado. — Saiam da minha propriedade. Antes mesmo de fugirem, seus próprios homens e mulheres os perseguiram, certificando-se de que os intrusos soubessem que tratava de acerto de contas.


Cassie lançou-se contra Abel. — Você está irritado comigo? — Não, não estou. Você precisava fazer isso. — Eu realmente precisava. — Lágrimas estavam em seus olhos. — Conheço David. Ele luta sujo e quando disse a Jessica, ela soube que eu precisava vir aqui, para ajudálo. Acabei de encontrá-lo, Abel. Não quero perdê-lo. Ele afastou alguns fios de cabelos do rosto e sorriu para ela. —

Eu

nunca

pensei

que

amaria

alguém

tão

profundamente quanto amo você. É minha vida, Cassie, para melhor ou para pior. — Na saúde e na doença? — Até que a morte nos separe. — Ele reivindicou seus lábios e ela gemeu contra ele. — Sim. — Ela disse. — Sim para o que? Sorriu. — Eu aceito me casar com você. — Ela colocou os braços ao redor de seu pescoço. — Mesmo achando que você gosta mais da minha comida. Piscou e ele agarrou sua bunda, segurando-a perto. — Eu não posso esperar pelos próximos cem anos com você. — Será muito divertido. Sua matilha voltou e eles foram cercados pelo amor deles. Pressionando a cabeça contra a de Cassie, Abel sabia, sem sombra de dúvida, que era o alfa mais sortudo do mundo.


Cinco anos depois — Golpes de karatê! — Buster disse abaixando o braço, seu rosto fofo de bebê se erguendo no ar. Cassie sorriu quando Clinton, o filho de Jessica e Carl, abaixou o braço. Os dois garotos fingiam saber alguns movimentos perversos de karatê. — Eles são tão fofos. — Disse Jessica. Olhou para sua melhor amiga, que estava grávida do segundo filho de Carl. Eles estavam casados há quatro anos e o romance deles era doce. Cassie estava tão feliz por sua amiga. Pensando em sua própria felicidade, observou seu marido na churrasqueira virando os hambúrgueres. O cheiro no ar fez sua boca se encher de água. —

Vá.

Jessica

disse. —

Posso

ver

que

você

quer. Ficarei de olho em nossos garotos. Cassie se levantou e ao fazê-lo cumprimentou a todos que chegaram para o churrasco de verão. Aproximou-se de seu homem passando as mãos por suas costas antes de envolver os braços ao seu redor.


— Você está tentando furar a fila? — Perguntou a puxando para o lado e beijando seus lábios. — Não. — Por favor, você quer provar meus hambúrgueres horríveis. — Sua mão desceu da sua cintura até a bunda. — Sei que minha comida nem chega perto da delicia que provarei esta noite. — Abel. — Disse ela. — Esse é um evento familiar. — E daí? Essa é a comemoração em que minha esposa e minha companheira, decidiu se casar comigo. Vou celebrar e é por isso que Buster terá todas as babás do mundo, para que eu possa fazer amor com minha esposa perto do nosso precioso lago, olhando para as estrelas. Ela sorriu. — Como tive tanta sorte? — Eu não sei, mas se você descobrir, pergunte por mim também. Desde o ataque em que sua antiga matilha tentou matála, ouviu dizer que ninguém mais quis abrigar os que sobreviveram. Não soube o que aconteceu com eles, nem se importava. Nos últimos cinco anos, ela e esta matilha prosperaram. Sua matilha não olhava para os defeitos, enxergavam a pessoa. Era por isso que sua matilha estava em constante expansão

e

crescimento. Quando

seu

filho

atingisse

maioridade, herdaria o legado do pai para sempre. — Eu amo você, Cassie.

a


— Eu também o amo, seu grande valentão. Mesmo com seus hambúrgueres salgados. Ele reivindicou seus lábios e ela sabia que era apenas um gosto do que estava por vir. Não podia esperar. Eles tinham o resto de suas vidas juntos e pretendia aproveitar cada segundo.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.