Blind Attraction - Eden Summers (Reckless Beat 01)

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Ele seduz com um único olhar. Olhando para baixo em um mar de fãs, a estrela do rock Mitchell Davies não pode negar a beleza inocente de uma mulher na primeira fila. Ele não para até conhecê-la. Quando uma briga pública a deixa fraca e indefesa, ele aproveita a oportunidade para ser seu salvador.

Ela foi protegida do mundo. Alana Shelton quer abrir suas asas e experimentar a vida longe de sua educação restritiva. Mas ela não está preparada para um estranho maravilhoso se aproximar dela quando ela está mais vulnerável.

A atração os unirá, mas seus passados tentarão separá-los. Ele quer ensiná-la a confiar, mas ela irá mostrar a ele como amar. Em um mundo glamoroso de rock-and-roll, só o tempo vai dizer se eles estão à altura do desafio.

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Capítulo Um Alana Shelton cambaleou com a vibração da multidão. Seus quadris foram esmagados contra a barreira de proteção que segurava as fãs em volta do palco. Os choques de dor quando seus ossos entravam em confronto com a grade de metal a mantinham acordada, apesar de um longo dia de viagem. Seu corpo doía como se ela estivesse na casa dos oitenta anos em vez de na casa dos vinte, seus músculos cansados latejavam por dentro. Se não fosse pela adrenalina correndo em suas veias, uma mistura de medo e excitação, ela teria desabado contra sua melhor amiga há muito tempo. — Isso vai ser incrível! — Kate gritou do lado dela, saltando na ponta dos pés, embora seus pés estivessem em calçados que desafiavam a gravidade com saltos altos. Com um sorriso voraz, sua amiga balançou as sobrancelhas e voltou sua atenção para a cortina escondendo o palco. Kate ganhou ingressos para a primeira apresentação da banda Reckless Beat para o seu novo álbum, um evento que as pessoas

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pagavam muitos dólares para assistir, se os bilhetes realmente estivessem à venda. Os membros da banda, e sem dúvida o gerente deles, decidiram compartilhar o grande evento com uma pequena multidão de suas fãs mais dedicadas... ou fanáticas enlouquecidas, como queira chamá-las. E Alana foi pega no meio, seu corpo compactado entre Kate, um homem horrendo e mal encarado e uma mulher com um par de pulmões que rivalizava com o agudo de Mariah Carey. Alana não estava acostumada a estar perto de tantas pessoas. Inferno, ela não estava acostumada a estar perto de homens e o terror que ela pensou que experimentaria com a interação não apareceu. Ainda. Os cerca de mil fãs olhavam para a cortina fechada, observando com seus sorrisos patetas. Ela não pôde deixar de sorrir junto com eles. Não que

a

cortina

tivesse

qualquer

charme.

A

sala

simplesmente

transbordava uma euforia contagiante. Os dois seguranças, um em cada extremidade do palco, eram as únicas pessoas com expressões severas. Estavam em pé, os braços cruzados sobre o peito enquanto observavam a multidão. Ela não podia culpá-los. Com a mistura de hard rock e canções de amor apaixonadas, as emoções na sala variariam de um extremo ao outro. Os Reckless Beat ficaram famosos por seus ritmos intensos e letras emocionais. A voz profunda e penetrante do vocalista fisgou o coração de Alana em mais de uma ocasião e ela só ouvia no rádio. Seu primeiro contato com a música ao vivo profissional deixaria uma impressão duradoura. Na verdade, toda a semana consistiria em uma estreia. O seu primeiro concerto ao vivo. Seu primeiro voo de avião. Seus primeiros grandes passos para o mundo real por si mesma. Uma façanha para seus 27 anos de idade. Não havia muitas mulheres com sua idade por perto, com a experiência de vida limitada que ela possuía. Hoje à noite e nos próximos dias, ela mudaria isso. Ela só tinha que rezar para que o esgotamento e o enjoo passassem.

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— Bem-vindos, fãs do Reckless. Vocês estão prontos para balançar? — A voz do locutor saiu das inúmeras caixas de som ao redor do lugar. Gritos e exclamações soaram combinados em um zumbido alto, que ecoaram em sua cabeça. O som vibrou em seu peito e lhe deu arrepios. Ela lutou contra o desejo de cobrir seus ouvidos e riu. Kate agarrou sua mão e apertou. Elas pulavam para cima e para baixo enquanto seus corpos empurraram com mais força contra a grade, as fãs ansiosas por trás delas disputando uma posição melhor. — Eu não consigo ouvir! — Ele zombou. A cacofonia cresceu, fazendo a emoção em suas veias zumbirem para a vida. Talvez ela conseguisse passar pela performance sem cair no sono afinal de contas. Luzes piscavam com brilho ardente, iluminando a cortina com quatro silhuetas brilhando por trás. — Bem, eu não vou deixar vocês esperando por muito mais tempo, — a voz riu. A cortina subiu - a poucos metros das mãos de Alana - para revelar os membros da Reckless Beat em toda sua glória, bronzeados e musculosos. Os quatro estavam perto, quase ao alcance. O vocalista segurava o microfone no centro do palco, com dois guitarristas de pé ao lado, um à esquerda e o outro à direita. Se ela se inclinasse contra a Mariah Carey ao lado dela, poderia ver por trás dele o baterista, seus dedos talentosos girando as baquetas mágicas no ar. Alana não tinha ideia dos seus nomes. Só sabia versos atrapalhados de alguns dos seus maiores sucessos. Mas quando o guitarrista sedutor e sexy começou com uma carícia delicada nas cordas, seu coração derreteu e adrenalina inundou seu sistema. Ele olhou para a multidão por debaixo de cílios grossos. Seus lábios inclinados com um sorriso malicioso enquanto segurava seu instrumento vermelho-cereja com confiança. A primeira música se afogou sob a histeria das fãs. As letras eram penetrantes. Uma canção de amor, ou de perda, ela não podia determinar, e ela não se importava. Seu coração ecoou com a bateria, seu

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corpo vibrava com o contrabaixo, e a voz do vocalista viajou sobre sua pele como mel quente. Quando era adolescente, ela não foi autorizada a ir a shows. Na verdade, ela não podia sair da propriedade de sua mãe em Monument, Colorado, sem receber um olhar de desaprovação. Com o tempo, ela aprendeu a aceitar sua vida isolada e tornou-se contente com o que ela tinha. Sua casa foi um refúgio para mulheres em recuperação de abuso. Um lugar calmo, e às vezes muito emotivo, que sua mãe abriu quando Alana era criança. Ela fechou os olhos, inclinando a cabeça para trás para deixar a música afundar em sua alma. As palavras desvaneceram conforme uma por uma das fãs decidiram aproveitar que eles estavam aqui. — Beije-me uma última vez. Deixe-me provar o amor em seus lábios... Um empurrão em suas costas a fez abrir seus olhos e ela agarrou a grade de apoio. Se ela chegasse mais perto da grade, estaria montada nela. Ignorando o empurrão constante em suas costas, ela olhou para o palco e encontrou o guitarrista olhando para baixo em sua direção. Seus dedos deslizaram sobre as cordas, movendo-se em padrões intrincados, e ainda assim seu olhar intenso nunca vacilou de onde ela estava. Seu coração pulou uma batida, e ele continuou olhando para ela. Então a realidade bateu à tona. Ele deveria estar focado em outra pessoa. Ou melhor, Kate, com seus belos cabelos loiros e seios mal escondidos, ou uma das inúmeras fãs em volta dela. Era tolice ela pensar que a atenção dele repousava sobre ela. Quem sabe, talvez ele adorava um bom cabelo estilo mullet e gostava de brincar com a porta dos fundos. Seria uma vergonha, embora. Toda a sensualidade digna de baba reivindicada por seu próprio sexo não seria justa. Por um breve momento ela sorriu de volta, desejando que aqueles olhos castanhos lindos a devorassem, e não outra pessoa. Para não cair em um devaneio envolvendo seus dedos hábeis provocando seu corpo, ela virou-se para o vocalista. Sua testa tinha linhas de concentração, com as mãos delicadamente moldando o

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microfone no suporte. Ela podia ver por que ele fazia as mulheres desmaiarem. Ele era o prazer personificado – cabelo louro que enrolava nas extremidades, barba por fazer áspera que as mulheres matariam para roçar na sua pele, e belas feições que desafiavam a voz cantando coisas perversas saindo de sua boca. Ela ouviu cada palavra sincera que ele cantava, mas sua mente permaneceu na imagem do guitarrista. A memória de sua boca sedutora brincava com ela para olhar novamente. Depois de alguns momentos de hesitação e restrição, seu olhar se voltou para ele. Sua cabeça estava abaixada, sua concentração no belo instrumento em suas mãos. Suas pernas vestidas com jeans balançavam com a batida e ela teve a sensação de que ele não só tocava a música, mas a vivia. Ela respirou fundo. Seu cabelo descansava sobre os ombros como uma verdadeira estrela do rock, marrom escuro brilhando sobre as luzes. O tecido de sua camiseta preta colava em seu peito e agarrava seus músculos. Ele tinha uma sobra de barba preta cobrindo o queixo e embora ele pegasse sua guitarra com braços masculinos esculpidos, seu rosto tinha um encanto de menino. Lábios gentis, pele lisa e olhos suaves. Muito, muito, bom. Ela não protestou quando seus mamilos formigaram com o primeiro sinal de excitação. Sim, ela caiu na categoria sexualmente carente. Mas ela não foi a primeira pessoa a entrar no trem vertiginoso para um dos membros da banda. As mulheres ao redor dela haviam partido da estação há muito tempo. Seu olhar deslizou até a cintura magra, sob a camiseta com algo indecifrável escrito em branco, passando pela boca que a incentivava a lamber seus próprios lábios e os olhos agora olhando para ela. O tempo parou. Ela congelou no lugar, um calor aquecendo suas bochechas. Ela mordeu o lábio para conter o sorriso prestes a se libertar e falhou miseravelmente. Por que não ter o prazer de sonhar acordada? Ela nunca falaria com ele ou chegaria perto o suficiente para tocar seu corpo duro. Ela podia muito bem liberar a fantasia e desfrutar. Kate espetou-a nas costelas. — Mitch está olhando para você!

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Alana balançou a cabeça em negação. A menos que ela tivesse algo sobrenatural colado no seu rosto, ele não tinha nenhuma razão para se interessar por ela. Por outro lado, sua falta de histeria provavelmente tornou óbvio que ela não deveria estar aqui. As competições para ganhar ingressos haviam sido apenas para fãs incondicionais. Se Kate não tivesse oferecido um bilhete a ela, Alana estaria sentada em casa, ainda sem noção de como os membros da banda pareciam. — Não seja estúpida. — Alana gritou de volta, dando a amiga uma colisão de quadril bem-humorada. Kate inclinou-se mais perto. — É o que me parece. — Ela virou a cabeça na direção de Mitchell e Alana seguiu o exemplo de Kate, seu olhar faminto caindo de volta em seu rosto. Desta vez, ela sabia que suas covinhas estavam aparecendo. Sua garganta secou e ela lutou para manter contato visual. Ele era muito malditamente desejável, sua expressão fazia cada centímetro de sua pele ficar em chamas. E então um lado de seus lábios levantaram no sorriso mais bonito que ela já vira. Antes que ela explodisse em um ataque de risos, ela se distraiu, olhando para o baterista, o vocalista e as luzes do palco. Ela precisava ter cuidado ou iria embora sem se lembrar de nada do show. As últimas notas da música soaram, e novamente a multidão explodiu em som. Ela riu com a histeria, no auge da excitação. — Obrigado, pessoal. Vocês são demais! — O vocalista terminou sua apreciação em um grito. — Vocês estão gostando do novo álbum até agora? — Alana estava surda. Nada além de sinos tocando em seus ouvidos. — Eu acho que isso é um sim. Olhando de relance para o palco, ela percebeu que Mitchell a olhava fixamente novamente. Ela sorriu e colocou os dedos em seus ouvidos. Ele respondeu com um encolher de desculpas e deu de ombros. O vocalista pigarreou. Uma vez. Duas vezes. — OK, OK. Nós entendemos. — Ele riu e o barulho em torno dela diminuiu. — Vamos fazer uma pequena pausa e estaremos de volta em vinte minutos para mostrar o resto do álbum.

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Os lábios de Mitchell inclinaram em uma curva deliciosa, que fez suas entranhas queimarem. Ele puxou a correia da guitarra sobre a cabeça. Ela resistiu à vontade de abanar o rosto aquecido quando ele se virou para entregar sua guitarra a um dos gerentes de palco. Até a visão de suas costas era impecável. Ombros fortes, uma cintura magra e a bunda mais definida que ela já tinha visto. Ele girou a parte superior de seu corpo ao redor e passou o olhar ao longo da primeira fila com um olhar impassível. Quando chegou ao lugar onde ela estava, ele parou. Um dos lados de seus lábios se levantaram e ele piscou em sua direção, em seguida, virou-se para sair do palco. Ela piscou... e piscou novamente. O mundo desapareceu enquanto ela revivia o momento, tentando determinar se ela tinha ganhado o cara quente na loteria. Ela nem percebeu a cortina cair ou que as pessoas tinham parado bruscamente de empurrar contra ela. — Jesus Cristo, Alana! — Kate agarrou seu ombro e lhe deu um empurrão. — Mitchell Davies piscou para você! Alana engoliu. — Eu... Eu... O que ela poderia dizer? Com certeza parecia que ele o fez, no entanto, ela não tinha nenhuma experiência com esse tipo de coisas. Seus momentos íntimos com homens envolveram três noites isoladas de grude e suor que um dia ela esperava esquecer. Ela ainda não conseguia entender o exagero sobre sexo. Ela tentou, e a terceira vez não era a que fazia a mágica, como dizia o ditado. Desde então, as coisas estiveram mais secas que o Saara. Ela até se acostumou a seu estilo de vida monástico. — Ele totalmente piscou para você, — continuou Kate, pulando na ponta dos pés. — Merda, eu tenho que fazer xixi. Você consegue guardar nosso lugar? Alana assentiu e agarrou a grade de apoio. Uau. Um cara atraído por ela a deixou tonta. Kate tentou explicar a emoção de flertar para ela em um e-mail quando eram adolescentes, mas Alana só tinha experimentado a emoção de forma indireta através de filmes ou livros. A

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vida real não se comparava. Ela perdeu muitas coisas por ser educada em casa. Encostada na grade, ela baixou a cabeça e tomou longas respirações profundas para se acalmar. — Desculpe-me, senhorita. — Alana levantou o olhar do chão, esperando que a voz masculina estivesse se dirigindo a outra mulher nas proximidades. Dois homens estavam do outro lado da barreira de frente para ela. Um deles era um segurança que estava em pé na frente do palco. O outro era desconhecido, vestindo jeans, um boné de beisebol e uma camiseta branca que dizia “Equipe Reckless Beat”. O segurança não lhe deu qualquer atenção. Ele olhava por cima da multidão, deslizando para trás e para frente. O outro homem se aproximou, a ponta de seu boné chegando a poucos centímetros de seu rosto. Ela manteve um olho no homem corpulento com o temperamento mal-humorado, enquanto ela se inclinou para trás conforme o cara continuava a rastejar mais perto dela. — Me encontra nos bastidores depois? A voz profunda sussurrou junto a sua pele e seu corpo cantarolava em apreciação. Ela virou seu foco para os olhos sombreados sob o boné. Mitchell Davies. Ela abriu a boca para soltar uma respiração irregular e seu cérebro se recusava a funcionar para além de enviar a instrução para encarar. Seu rosto se iluminou com um sorriso e pequenas rugas de riso apareceram em torno de seus olhos castanhos profundos. No palco, sob as luzes brilhantes, ele era lindo. De perto, ele deixou sua garganta seca e as palmas das mãos suadas. Até seu cheiro a deixou viciada, uma mistura de jasmim e sândalo. — Isso é um sim? — Ele sorriu. ***

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Mitch se inclinou para a beleza de cabelos chocolate e inalou seu aroma floral. Ele virou o rosto para o dela, escondendo-se de curiosos. Por enquanto, tudo bem. Ninguém havia notado a estrela do rock em pé entre eles. Não era incomum para ele ou os outros membros da banda convidar fãs para os bastidores após o show. Até os últimos doze ou mais meses isso foi a regra. Agora eles estavam cansados de mulheres fáceis. Infelizmente, seus estilos de vida não permitiam muito mais, e nenhum deles era monge. Ele preferia conseguir sexo da maneira antiga, através do flerte e sedução. Embora às vezes, como agora, uma coceira precisava ser coçada. Bem, o que ele sentia não era realmente uma coceira, era mais como uma compulsão, um desejo irresistível de tocar a pele delicada da mulher a sua frente. A equipe de palco geralmente tinha o trabalho de se aproximar das fãs. Colocar-se nas proximidades de uma horda de mulheres gritando não era sua ideia brilhante. Ele sabia por experiência própria que o primeiro lugar que elas agarrariam não era o seu braço, e elas não apertavam levemente. Hoje à noite, a curiosidade teve o melhor dele. A mulher que estava à sua frente roubou sua atenção desde o primeiro dedilhar da sua guitarra. Ela se destacou como um farol, os olhos arregalados e sorriso tímido, fazendo-o perder o foco. Ele percebia que ela não era uma garota do tipo mostre-seus-bens-para-ganhar-umpasse-para-os-bastidores. Na verdade, ele não achava que ela era uma fã incondicional de modo algum. Não houve gritaria, piscada ou calcinha voando no palco quando ele sorriu para ela. Em vez dos olhares sedutores típicos aos quais ele estava acostumado, ela lhe deu um vislumbre de suas lindas covinhas e quebrou o contato visual. A visão angelical o agarrou pelas bolas e ainda não tinha soltado. Seu passeio para a barreira de segurança foi um esforço para ele se assegurar de que ela não era tão atraente como as luzes do palco a fizeram parecer. Então ele seria capaz de se concentrar na segunda metade do show.

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O único problema? Cada passo mais próximo dela deixou sua beleza mais evidente. Ela era a mulher mais deslumbrante que ele já vira. E ele já viu uma porrada de mulheres. Com roupas e sem. Não foram seus olhos verdes brilhantes, sua pele impecável ou os lábios exuberantes que ele já se imaginou beijando. Sua beleza veio da emoção em suas feições, e do jeito como ela se apresentou. Seus olhos estavam enormes, como uma virgem na noite de núpcias. Ele viu seu choque, seu entusiasmo, e até um pouco de medo na escuridão. Suas roupas eram modestas - jeans desbotado e uma camiseta roxa solta, escondendo o que ele fantasiava ser uma agradável imagem. E botas de cano alto preta até os joelhos. Não botas vulgares. Não como os saltos agulha finos que as fãs bem-dispostas usavam. Eram botas resistentes e elegantes de uma mulher cujo foco não estava em conseguir um pedaço de bunda de alguma estrela do rock na cama. Ele sequer podia ver seu decote, pelo amor de Cristo. Após anos olhando para baixo, para uma multidão de mulheres parcialmente vestidas, seus seios saltando ao redor para todo mundo contemplar, ele pensou ter virado um homem de peitos. Não. Aparentemente não. Ele queria um vislumbre sob a camiseta desta mulher. Ele queria correr as mãos para cima de seu estômago, sentir o tamanho de seus seios entre suas mãos, e puxar seus mamilos até que eles estivessem duros e doloridos. Puta que pariu. Suas calças apertaram só de pensar nisso. — Eu... — A única palavra que escapou de seus lábios em um suspiro. Ele formigava para mover a boca sobre a dela, para determinar se ela teria o sabor tão doce por dentro quanto parecia ter do lado de fora. Ela limpou a garganta e inclinou a cabeça para trás para olhar em seus olhos. — Eu não tenho certeza... Steve bateu em seu ombro e Mitch franziu o cenho. Ele percebeu o problema se armando antes que uma palavra fosse dita e ele não apreciava o contato físico.

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— É melhor voltar. Você tem muitos olhares no momento. Mitch acenou para o segurança e colocou a mão sobre os delicados dedos femininos descansando sobre as grades. — Vou mandar Steve vir te buscar após o show. Podemos tomar uma bebida. Nos conhecer melhor. — Ele disse a mesma fala que ele dizia à sua equipe quando ele queria oferecer passes para os bastidores. Só que desta vez não funcionou. Em vez de olhar para ele com excitação, os olhos dela cresceram para o tamanho de um pires. Ela balançou a cabeça e sua garganta convulsionou com uma inspiração profunda. — Eu não acho que... — Oh, meu Deus. Mitch, eu te amo! — Como um bando de gaivotas, as fãs começaram a amontoar para a frente, empurrando a beleza cada vez mais forte contra a grade. Seu rosto se contorceu de dor e não importava o quanto ele desejava ouvir o nome dela, ele teve que sair. Steve o agarrou pelo seu ombro e o empurrou para o lado. Os olhos verdes não olharam em seu caminho enquanto ele recuava. Seu foco permaneceu na grade, com os braços tensos, seus músculos se esforçando para empurrar-se para trás. — Merda. — Ele continuou a se afastar em passos largos e começou uma corrida. Quanto mais cedo ele desaparecesse da vista das fãs, mais cedo ela estaria segura. Com um aceno para a multidão, ele se moveu em torno do palco e entrou na sala privada, onde o resto da banda relaxava. Antes de Steve seguir, Mitch virou e bloqueou a entrada. — Vá verificar se ela foi machucada. O segurança olhou com raiva. — Tenho certeza de que ela está bem. — Isso é ótimo. Suas habilidades psíquicas me deixam tranquilo. — Mitch deu um sorriso longe de ser amigável. — Mas você vai voltar para verificar de qualquer forma. O lábio superior de Steve torceu. Sem dizer uma palavra, ele girou nos calcanhares e se afastou violentamente. — Babaca arrogante. — Mitch bateu a porta e virou-se para uma sala cheia de pessoas olhando para ele. — O quê? Temos que nos livrar dele. Já tive o suficiente.

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Sua assessora, Leah Gorman, pegou sua camiseta preta do sofá e jogou em cima dele. — Eu sei. Eu estava justamente informando os caras sobre uma denúncia apresentada contra ele mais cedo nesta noite. Uma mulher alega que ele a maltratou e está ameaçando processar. Ele resmungou enquanto tirava a camiseta reserva da equipe e colocava a sua de volta. — Falo com ele depois da performance, — Leah continuou. — Não se preocupe, ele não vai trabalhar com você novamente. — Ele não deve trabalhar com ninguém nunca mais. O cara é um babaca, — Sean acrescentou de uma cadeira no canto, enquanto coçava o corte de cabelo curto com uma de suas baquetas. — Então, ela ainda era uma gostosa de perto? — Mason levantou uma sobrancelha em sua direção. — Ela parecia tão bonitinha da minha posição no microfone. Mitch deu de ombros e caminhou até a mesa do café para pegar uma garrafa de água. — Ela é boa. — Ele não queria que eles soubessem o quão perfeita ela parecia de perto. Isso significaria a banda inteira olhando para ela pela segunda metade da performance. — Eu poderia comprar uma bebida depois do show, se ela estiver com sorte. Os quatro homens riram dele, e Leah sorriu. Fodam-se eles. — Você é tão transparente como as calcinhas da Britney Spears. — Ryan continuou rindo. Abrindo a tampa de sua garrafa, Mitch olhou para o guitarrista. — Ela não usa calcinhas, idiota. — Ele tomou um gole de sua água, resignando-se a mais humilhação. — Exatamente. — Mason e Sean responderam em uníssono. Ele continuou bebendo sua água, enquanto ele lhes mostrava o dedo do meio. — Muito bem caras, cinco minutos. Vamos começar esse show. — Leah caminhou para o meio da sala. — Vou lidar com a questão de Steve. Vocês só continuem com o sucesso dessa performance. As fãs adoram. Trinta minutos depois, ele estava de volta ao palco, a meio da segunda parte da performance. Seu corpo zumbia do estado elevado de

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consciência que sempre vinha ao se apresentar na frente de uma multidão ao vivo. Bem aqui, agora, era o que ele vivia, o que ele amava mais do que a vida, a euforia de segurar uma plateia na palma da sua mão. Hoje foi melhor do que o normal. Eles estavam mais próximos de suas maiores fãs. Algo que eles não chegavam a experimentar com um estádio lotado. Ele estava a poucos metros das pessoas que tornaram o Reckless Beat uma sensação mundial. Só que ele não conseguia tirar sua atenção de um rosto em particular. Ele estava preso com a metade de sua mente na música e a outra metade em uma fantasia envolvendo o spa do hotel e muito menos roupas. Ele olhou de volta em sua direção, como fizera a cada dois minutos, na esperança de vislumbrar o leve toque de suas covinhas. Sim, lá estavam elas. Ele estava determinado a lamber os profundos sulcos, fazêla gemer e chamar seu nome. A loira peituda ao lado dela acenou os braços na frente do rosto da beleza, ganhando a atenção dele. Ele franziu a testa quando ela apontou para a mulher dele, acenou com a cabeça vigorosamente, e apontou para a saída. Ele podia não ser perito em língua de sinais, mas ele assumiu que suas ações significavam que ele teria um encontro mais tarde. Sacudindo a cabeça em compreensão, ele concentrou-se na liderança do seu solo favorito. Quando a voz de Mason caiu, ele deu um passo para frente, posicionando-se na frente de sua futura conquista e tocando para ela. Para ela. Seus dedos deslizaram sobre as cordas, batendo cada nota com facilidade, enquanto Sean martelava os tambores e Blake e Ryan o apoiava com suas guitarras. Quando o último acorde soou, ele recuou e segurou o olhar dela. Seu rosto estava iluminado com um brilho angelical e um sorriso impressionado inclinou seus lábios. Seu sangue engrossou sabendo que ele tinha causado aquela reação hipnotizante. No momento em que a última música começou, suas palmas das mãos suavam e ele deliberadamente tinha parado de olhar na direção da

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mulher. Ele a queria. Muito. Ele culpou o aumento monstruoso da libido na emoção da caçada. Ele sabia que ela não seria uma presa fácil. Calcinhas e sutiãs forravam o palco, e nenhuma era dela. Ela as observou voando por ela, sua boca aberta como se as fãs da Reckless Beat fossem pervertidas sexuais enlouquecidas. Talvez fossem. Sua mulher ficou certinha durante toda esta cena. A ideia de seduzir a aparente inocência dela, gostoso e devagar, fez seu pau surgir à vida. A visão de pegá-la duro e rápido contra a parede do elevador o fez morder o interior de sua boca para diminuir o entusiasmo. Ele nunca se sentiu assim sobre uma groupie antes. A multidão diante dele sempre pareceu de fácil alcance, como pegar uma maçã de uma árvore. Estavam ali porque achavam que amavam os membros da banda, ou desejavam a emoção de foder com alguém famoso. Ele não podia imaginar esta mulher agindo da mesma maneira. Ela pode até recusar. Um sorriso puxou seus lábios. Ele estava pronto para a perseguição. Quando a última música terminou em um flash de luz, Mitch puxou a correia da guitarra sobre a cabeça e caminhou diretamente em direção ao seu técnico de guitarra. Ele entregou seu bebê nas boas mãos do homem e caminhou para os integrantes da banda, agora escondidos atrás da cortina abaixada. Eles se chocaram no ombro e bateram nas costas uns aos outros para marcar a performance perfeita. — Vocês estão caindo fora imediatamente? — Mitch ergueu a voz sobre os gritos contínuos da multidão e concentrou sua atenção em Mason, Sean e Ryan, que tinham família para encontrar em Richmond. — Sim, Leah disse que ela teria a segurança de prontidão e os carros esperando. — Mason limpou o suor da testa. — Você está pronto para fazer uma corrida para o seu quarto? Mitch olhou para Blake e levantou uma sobrancelha. Sendo os únicos que não eram originais de Richmond, eles estavam com um quarto reservado no andar de cima. Meses atrás, todos eles decidiram permanecer na cidade por alguns dias após o show. Eles queriam criar

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campanhas publicitárias sobre o lançamento do álbum e aquele era o melhor lugar para começar a sua turnê promocional: Richmond, Virginia, a cidade onde o Reckless Beat se originou. — Eu estou pronto para ir. — Blake passou os dedos pelo cabelo preto espetado e fez uma careta. — Preciso de um banho. — Vamos lá então. Estou pensando em comer uma porrada de comida da minha mãe antes de ir dormir. — Sean empurrou sua barriga inexistente para fora e a massageou. — Ninguém supera a comida da minha mãe. — Parece bom para mim, — Ryan acrescentou. — Estou pensando em rastejar até que a minha esposa me deixe dormir na cama ao lado dela. Sean bufou e bateu suas baquetas na bunda de Ryan. — Boa sorte, amigo. Acho que você vai precisar. — Foda-se. — Ryan bateu as baquetas para longe. — Vigie suas costas, Sean. Se ela acabar me chutando para fora, você pode acordar comigo deitado ao seu lado. O relacionamento de Ryan com sua esposa havia se deteriorado ao longo dos anos. Um casamento que já foi cheio de amor e paixão havia morrido com a pressão constante de estar no olho do público. — Com o meu período de seca ultimamente, eu provavelmente não o expulsaria, — Sean cutucou o ombro de Ryan e foi em direção os degraus que levavam ao espaço privado nos bastidores. — Você vai se encontrar com a gostosa? — Mason perguntou, com uma pancada no ombro de Mitch. — Sim. Pedi a Steve para levá-la depois do show. — Steve? — Mason franziu o cenho. — Leah o demitiu, lembra? Porra. Mitch esqueceu totalmente. Ele se virou para a cortina escondendo a multidão. Não havia nenhuma maneira de ele ir lá fora. Ele gostava de seus membros intactos e sua pele não prejudicada pelas garras das coroas. — Consiga alguém da equipe para encontrá-la, — Mason ofereceu. — Hey, Tim, — ele chamou um dos técnicos de guitarra.

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Tim ergueu o olhar de um dos alto-falantes do palco e deu um movimento de cabeça em questão. — Você pode fazer um favor para Mitch? — Mason continuou, como se Mitch precisasse de ajuda. — Claro. — Tim tirou a poeira de suas mãos e caminhou em direção a eles. — Do que você precisa? — Havia uma mulher, — Mitch disse com pressa, em seguida, limpou a garganta para tentar esconder sua ansiedade. — Na primeira fila. Grandes olhos verdes, longos cabelos castanhos. Vestida com jeans e botas até o joelho. Tim olhou para ele com uma expressão vazia. — Ela estava ao lado de uma loira com peitos grandes, — acrescentou Mason. — Ahh, — Tim assentiu. — Lembro dos peitos. Mitch franziu o cenho. — Sim, OK. Bem, você pode ir encontrar a garota com peitos e levar ela e a amiga até minha suíte? Tim sorriu e fez uma saudação. — O prazer é meu. — Sem outra palavra, ele caminhou em direção à cortina e desapareceu por trás dela. — Ótimo, — Mitch murmurou. O cara desejava a atenção de segunda mão que receberia das fãs do Reckless Beat. Mitch esperava que ele estivesse totalmente parado no hall de entrada posando para fotos em vez de encontrar a mulher. — Eu não fixaria minhas esperanças naquela. — Blake deu um tapinha no ombro dele. A garganta de Mitch apertou um pouco. Ele tinha a mesma chance de encontrar uma bola de neve no inferno. Fazendo um esforço consciente para não deixar seus ombros caírem, ele seguiu Mason e Blake para o camarim. Eles foram recebidos por uma Leah sorridente e um enxame de seguranças, todos lotando o pequeno espaço. — Bom trabalho, caras. — Ela se moveu para a frente e deu-lhes um beijo na bochecha de cada um enquanto passavam. — Eca. Vocês todos precisam de um banho.

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— Eu tenho certeza que você faz isso depois de cada performance. — Blake riu e puxou-a para um abraço de urso. Mitch bateu o pé. Eles ainda precisavam que passar pela formação para ficarem longes das fãs com todos os seus pedaços intactos. Ele só queria estar em outro lugar... em qualquer outro lugar, com sua gostosa de olhos arregalados ao lado dele. — Oh, rude, Blake! — Leah empurrou seu peito. Blake levantou sua pequena estrutura do chão e a colocou de volta em pé. Quando suas mãos caíram, ela deu um passo para trás e balançou a cabeça em desgosto simulado. — Vamos para casa, meninos. Ela ajeitou seu terno e olhou ao redor da sala. — OK, Ryan, Mason e Sean. Vocês serão escoltados para os carros esperando na parte de trás do prédio. Apenas para lembrá-los, há pessoas em todos os lugares. O salão de eventos pode ter comportado apenas mil fãs, mas eu acho que todas as outras pessoas em Richmond estão lá fora esperando para ter um vislumbre de vocês. Então estejam preparados para confusão. Sua atenção voltou-se para Mitch, então Blake. — Tenho quatro homens esperando para levá-los lá em cima e em qualquer outro lugar que vocês precisem, até de manhã. Haverá também segurança adicional do hotel se vocês precisarem. Quando eles foram levados da sala, ele examinou o hall, tentando espionar um rosto familiar na massa de pessoas inclinadas em torno da saída do salão de eventos. — Você a vê? — Blake perguntou, parando ao lado dele no meio do lobby. Mitch se encolheu. Sentia-se como um fã obsessivo esperando por um vislumbre especial. — Não. Talvez ela esteja no bar. Ele jogou com calma, apesar de sua garganta apertada. A loira e sua amiga não estavam à vista. Tudo o que ele poderia fazer é esperar que Tim a encontrasse. Girando sobre seus calcanhares, eles fizeram o seu caminho para a suíte compartilhada no andar de cima. Mitch correu para o chuveiro para lavar o suor de seu corpo. Ele não deu a si mesmo a chance de descer da

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alta adrenalina. Uma vez que sua frequência cardíaca estabelecesse, a parte meio dura de sua anatomia animaria e quereria brincar. E ele não tinha a intenção de brincar sozinho esta noite. Seu banho durou minutos. Tempo suficiente para lavar e sair. Ele puxou a cueca, puxou calças cargo creme, e abotoou uma camiseta azul marinho de colarinho. Quando ele saiu do banheiro, começou a secar seu cabelo com uma toalha, secretamente esperando que Tim pudesse estar no quarto com a mulher. Ele precisava descobrir seu maldito nome. — Eu percebo pela sua expressão decepcionada que não era eu quem você esperava ver sentado aqui? — Blake perguntou do sofá, seu laptop apoiado em suas coxas. O baixista não ia a lugar nenhum sem ele. — Sim. Achei que Tim poderia tê-la trazido até aqui. Talvez ele não tenha conseguido encontrá-la. Ou ela não estava interessada. — Ele deu de ombros através da decepção. — Bem, acho que somos eu e você hoje à noite, amigo. Blake tirou o laptop de suas coxas e se levantou. — Deixe-me pegar algumas roupas decentes, e eu desço com você. Nenhum mal em verificar. — Ele fechou o aparelho e o colocou na mesa de café. — A não ser que sejamos molestados por um bando de fãs mais entusiasmadas. Mitch deu um suspiro desanimado. A ideia de sexo sem sentido com uma fã vertiginosa fez seu estômago revirar. Sua mente já estava definida em uma conquista particular. Ele só não queria que Blake soubesse como ele estava ansioso. — Parece um bom plano para mim.

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Capítulo Dois As pernas de Alana tremiam enquanto ela caminhava pela passarela de cimento em frente ao hotel. — É apenas uma bebida, Al. — Kate ficou na beira da grama, olhando para ela enquanto ela ia para trás e para frente, para trás e para frente. — Se você não for lá vê-lo, vai se arrepender pelo resto de sua vida. Verdade. Hoje à noite já tinha sido a noite mais emocionante de sua existência. A oportunidade de se encontrar com um dos mais famosos guitarristas mundiais nunca viria de novo, especialmente se ela continuasse vivendo reclusa na propriedade de sua mãe. — Mas e se... — Havia muitos “e se” correndo em sua mente. E se ele esperava mais do que uma bebida? E se ele não aceitasse um não como resposta? E se a banda toda estivesse lá e eles quisessem compartilhá-la como uma garrafa de refrigerante no aniversário de uma criança?

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Ela perdeu a conta de quantas calcinhas minúsculas foram jogadas no palco durante a performance. Em um ponto Alana se preocupou se toda a multidão estaria nua até o final do show. E nenhum dos membros da banda deu qualquer atenção. Ser alvo de roupas íntimas femininas usadas deve ser uma ocorrência comum. — E se o quê? — Kate bateu o pé. — Eu vou estar lá com você. Não é como se ele pudesse te obrigar a fazer algo que você não quer fazer. Sua mãe lhe fez uma lavagem cerebral para pensar que os homens são babacas. E na maioria das vezes ela está certa, mas você não pode passar a vida se escondendo atrás de suas más experiências. Alana rosnou em frustração e cerrou os punhos. Kate estava certa. Ela precisava endurecer. Sua amiga não estava intimidando-a, ela estava tentando afastar a incerteza e inseguranças que a mãe de Alana amontoou nela desde o nascimento. Cristo. Ela já sabia chutar a bunda de um atacante. Seu spray de pimenta estava firmemente em seu bolso da calça jeans ao lado de seu celular, e eles estariam em um hotel altamente populoso no meio da cidade. O que poderia dar errado? — Tudo bem. — Ela suspirou. — Vamos fazer isso. — Já estava na hora, — Kate resmungou e virou para caminhar em direção à entrada do hotel. Alana faria isso. Ela entraria no lobby, procurar uma celebridade que parecia muito mais impressionante do que qualquer outro homem que ela tinha visto na vida real e tentar como o inferno não vomitar em seus sapatos. — E se ele não quiser me ver? — Oh, pelo amor de deus. — Kate virou e colocou as mãos nos quadris. — Você está falando sério? — Ele me disse antes que o segurança me pegaria, e ele não apareceu. Talvez ele tenha mudado de ideia. Kate respirou uma respiração calmante. — Mitchell Davies é uma lenda do rock. — Ela levantou as sobrancelhas. — Ele é a personificação do sexo. Ele faz os meus ovários suspirarem. E você ficou aqui reclamando como uma aluna da quinta série pelos últimos vinte minutos. Com toda esta ansiedade em relação a um homem, qualquer mulher

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sensata estaria lá dentro transando agora. — Kate deu um sorriso forçado. — Você vai lá. Vai explodir sua mente e não vai voltar a menos que eu diga. Pelo menos ela manteve a parte da explosão na região acima do cinto. Alana assentiu devagar. — Ohh Ok. Elas caminharam lado a lado no lobby glamoroso, ao redor da cafeteria fechada, e passaram os pequenos grupos de fãs saindo do hotel. Não havia nenhum sinal de Mitchell ou qualquer um dos outros membros da banda. Com cada momento que passava, ela ficava mais ansiosa para encontrá-lo, só para ver seu sorriso sedutor uma última vez e seus olhos, ele tinha os olhos mais doces. Depois de quinze minutos de busca, Alana suspirou e parou alguns metros das portas de entrada. — Ele se foi e também o segurança de mais cedo. — Ela deu uma última varredura visual da sala antes de se concentrar de volta em Kate. — Eu acho que é hora de encerrar a noite. Kate olhou para o relógio e deu de ombros. — Sim. Já é uma. Vamos para casa para que eu possa ter algumas horas de sono antes que eu tenha que me levantar para o trabalho. Alana não havia dado mais que dois passos em direção à saída quando os cabelos da sua nuca levantaram. — Ei! — O grito masculino veio do outro lado do lobby. Ela sabia de quem a voz pertencia antes que ela olhasse por cima do ombro. Seus pés enraizaram no lugar enquanto Kate virava de volta. A expressão de sua amiga iluminou com um sorriso entusiasmado. — É ele, — Kate sussurrou, seus lábios mal se movendo. Alana assentiu devagar, e engoliu a náusea reunindo em sua garganta. Ela poderia agir de forma calma. Ela não tinha muita experiência em conversar com homens. Na verdade, ela só havia falado com cinco pessoas do sexo oposto nos últimos doze meses. Mas ela poderia fazer isso.

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— Comece a respirar antes de desmaiar... e sorria. Você vai se sair bem. — Kate apertou seu ombro, encorajando-a a encará-lo com um pequeno empurrão. Alana girou na ponta dos pés, enquanto o tempo passava em segundos excruciantes. Ele caminhou em direção a ela usando o mesmo boné de mais cedo e uma nova muda de roupas. Seus olhares se encontraram. Ele olhou para ela com olhos brilhantes cor de avelã e um grande sorriso que fez seu interior derreter. E ele não estava sozinho. Outro membro da banda caminhava ao lado dele, o guitarrista com o cabelo preto espetado e tatuagens que marcavam os dois braços. Seus olhos eram mais negros do que a noite, escuros e cativantes, mas ele tinha um sorriso arrogante que a fez sorrir. — São Blake e Mitch! — O grito veio de um grupo de cinco mulheres pairando perto do corredor para o salão de eventos. Nenhum dos dois vacilou com a atenção. Não foi até então que ela percebeu que outros quatro homens caminhavam atrás deles, protegendo as estrelas de rock à distância. Blake deu um aceno para as mulheres hiperventilando que estavam sendo incentivadas a ficar para trás pela segurança do hotel. Ele se inclinou para Mitchell, falou algo em seu ouvido, em seguida, mudou de direção e caminhou em direção à multidão crescente. Alana olhou para Mitchell, agora apenas alguns metros de distância, e engoliu em seco pela intensidade em seu olhar. Seus olhos a devoravam, acariciando seu corpo dos cabelos aos pés. — Ei. — Seu tom suave fez seus seios formigarem e ela não tinha ideia do porquê. — Oi, Mitch. — A voz de Kate era alegre e fora de afinação. Alana olhou para ela e perguntou se a amiga percebeu que ela estava pulando na ponta dos pés como uma criança com alto teor de açúcar. Ela franziu o cenho para Kate e recebeu um olhar em troca. Kate virou a cabeça em direção a Mitchell, instruindo Alana sem palavras para cumprimentar o músico mundialmente famoso.

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— Olá, — ela ofereceu, estendendo-lhe a mão antes de pensar melhor. As pessoas ainda apertam as mãos? Ele olhou para ela e devolveu seu cumprimento. Seus dedos eram grandes, fazendo os dela parecer infantis. Em vez de cumprimentá-la da maneira que ela esperava, ele levantou a mão aos lábios e beijou-lhe os dedos. Fogo cortou seu peito, e um gemido ecoou entre eles. Mais de três segundos se passaram antes que ela percebesse que foi Kate quem fez o barulho, não ela. — Posso pagar uma bebida a ambas? — Ele não soltou sua mão, apenas continuou olhando em seus olhos. Ela olhou para Kate, quebrando a conexão e respirando através de sua ansiedade. Ela esperava que ele não pudesse sentir a forma como a palma da sua mão começou a suar. Kate ergueu as sobrancelhas. — Cabe a você, Al. — Al. — Seu nome veio de seus lábios em um sussurro quase inaudível, e ela voltou o olhar para ele. — Desculpe. Fiquei me perguntando qual era o seu nome a noite toda. Ela apertou os lábios para esconder sua euforia. Mitchell Davies, um homem melhor concebido do que parecia humanamente justo, estava pensando em seu nome. Durante a noite toda. Seu interior vibrou em uma mistura de excitação e apreensão. Sua mãe lhe ensinou a não confiar em um rosto lindo, mas ela facilmente derreteu em seu toque. — Alana Shelton. — Ela corrigiu, e se alegrou por dentro quando sua voz não vacilou. Ele apertou a mão dela antes de deixá-la ir. — Prazer em conhecêla corretamente, Alana. *** — Vamos pegar aquela bebida. — Mitch precisava se concentrar em outra coisa que não os mais claros olhos verdes que ele já tinha visto. Eles eram mais do que impressionantes. Eram intoxicantes. Ele se sentia drogado, incapaz de desviar o olhar.

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— Ei, Mitch. — Blake chamou, e correu em direção a eles. — Damas, — ele cumprimentou com um aceno. Ciúme tomou conta dele, espesso e opulento, quando Alana brilhou suas covinhas para o seu melhor amigo. — Oi, — ela cumprimentou. Ele fechou os olhos por um breve momento ao ouvir o som doce. Ele estava com problemas. Um grande, enorme e gigantesco problema do caralho. Teria feito realmente muito tempo que ele esteve apaixonado por uma mulher? Ele olhou para Alana e continuou a se perguntar se alguma vez uma mulher tinha ganhado seu interesse tão rápido, ou tão completamente. — Oh, meu Deus. Blake Kennedy. Oi... eu sou Kate. Blake riu da amiga de Alana. Ela era a típica groupie. Ambos se acostumaram com esta resposta das pessoas. Eles aprenderam como reagir e mantiveram suas bocas fechadas sobre fofocas da banda. O melhor curso de ação era convencer as fãs de que elas estavam encantadas com a música, não com os membros da banda. Ele ainda não fora capaz de classificar Alana nessa categoria. Ele não podia determinar se sua natureza tímida vinha de estar animada para conhecê-lo ou era algo completamente diferente. — Alana, este é Blake, o baixista da Reckless Beat. — Prazer em conhecê-lo. — Alana ofereceu a mão e Blake deu-lhe um aperto firme. — Você também, Alana. Eu beijaria seus dedos como meu garoto Mitch fez, mas acho que ele pode me castrar enquanto durmo. Blake piscou para ele, e Mitch olhou em volta. O filho da puta espertinho esteve observando-o enquanto dava autógrafos com o seu bando de fãs. Alana abaixou aqueles olhos brilhantes com um sorriso e ele avistou suas covinhas. Porra, ela era atraente. Ele se aproximou, passou a mão ao longo de seus ombros e a puxou para seu lado. Ela ficou rígida, suas costas estalando eretas, preparada a ponto de correr. Seu coração parou.

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Talvez não devesse ter tocado nela de novo. Ele olhou para ela e esperou pelo melhor. — Hora para tomar uma bebida? Ela deu um aceno espasmódico e manteve o olhar abaixado. — Eu estou indo lá em cima. — Blake deu-lhes um aceno. Mitch mordeu o lábio para não rir de Kate. O rosto da pobre mulher mudou de desenho animado eufórico para tristeza. Ele suprimiu uma risada e virou-se para Blake, secretamente inclinando a cabeça para a mulher sofrendo, esperando que ele entendesse o recado. — Ahh. — Blake olhou para ele com o cenho franzido, e então olhou para a terceira roda. — Humm. — Ele ergueu as palmas das mãos em questão. — Quer ir lá em cima e... — Ele deu de ombros para Kate com uma expressão confusa. Blake não bebia. Assim, além de ficarem nus ou assistirem televisão, não haveria muito mais para que eles fizessem. Embora Mitch estivesse certo de que ela não protestaria se pedisse para tirar as roupas dela. Alana respirou fundo, e ele não tentou agarrar com mais força em conforto. — Sim. — A nova melhor amiga de Blake assentiu com entusiasmo. — Você vai ficar bem, Al? O coração de Mitch parou pelos segundos que levou para ela dar um aceno suave. — Eu não vou morder, — ele sussurrou em seu ouvido. Suas palavras não tiveram o efeito que ele esperava. Em vez de receber um sorriso ou pegar outro vislumbre de suas covinhas, ela engoliu em seco e deu um aceno espasmódico. Eles ficaram no meio do hall de entrada, dois seguranças pairando a metros de distância, enquanto Blake e Kate caminhavam até o elevador. Quando apertou o botão e as portas se abriram, Alana suspirou e olhou para ele com um sorriso vacilante. — Vou precisar daquela bebida. Ele riu e continuou a olhar para ela. Fios soltos de cabelo castanho quente emolduravam o seu rosto e seus lábios rosados profundos pediam para ser beijados. Ao invés de cumprir a necessidade do seu corpo de

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prová-la, ele deixou cair o braço do ombro, agarrou a mão dela e levou-a em direção ao bar do hotel. — Davies, seu idiota! — Uma voz gritou atrás deles. Mitch virou. Steve caminhou em direção a eles, com o peito arfando. Os dois seguranças cortaram sua abordagem, a força empurrando os ombros para fazê-lo recuar. — Você me despediu, seu idiota arrogante. Alana engasgou e ele avançou para bloqueá-la do ponto de vista. Ele não confiava no olhar vidrado nos olhos do homem. — Vá para casa, Steve. — Vá se foder. — Steve cuspiu no chão e deu-lhe os dois dedos do meio. Mitch balançou a cabeça em desgosto e virou as costas, pegando o ombro de Alana para incentivá-la a entrar no bar. Antes que atravessasse a porta de entrada, um grito dos seguranças o deixou tenso. — Mitch! Por instinto, ele protegeu as costas de Alana e impulsionou-os para a frente. Um grande vaso de vidro voou passando ao lado de sua cabeça, na parede em frente a eles, acertando com uma pancada alta. Ele recuou quando pedaços de vidro salpicaram seu rosto deixando pequenas picadas de dor. A mão sobre Alana soltou, e ela caiu no chão. Ela gemeu, o som suave dissolvendo seu choque e afiando seu foco. — Alana, você está machucada? — Ele olhou para ela caída sobre seus joelhos, com os cabelos, ombros e costas atualmente cobertos com cacos brilhantes do vaso quebrado. Seus pulmões se apertaram a cada segundo que ela não respondeu. Ele abaixou atrás dela e estremeceu com a punhalada de vidro através de suas calças cargo. Pairando sobre ela, ele cobriu seu corpo e olhou por cima do ombro. Seus seguranças estavam arrastando Steve para o chão, seus joelhos nas costas dele. Quando a ameaça à sua segurança desapareceu, ele se moveu diante dela, o vidro quebrado triturando sob seus pés. Ele olhou para as mãos trêmulas, cobrindo seus olhos, e seu peito começou a pulsar. A pele

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visível em torno de seu rosto tinha pequenos arranhões com sangue vermelho brilhante. — Alana? Ainda sem resposta. Ele colocou a mão em seu antebraço, e ela empurrou com o toque. Porra, o que diabos ele deveria fazer? — Querida, me diga qual o problema. — Ele pegou pedaços de vidro de seu cabelo e limpou-os de seus ombros. Alívio inundou quando ela não continuou a recuar. Ele precisava manter-se ocupado, caso contrário as fraturas em seu pânico aprofundariam, e ele faria uma cena maior. Sua respiração veio aos poucos. Ela puxou as mãos uma polegada longe de seu rosto e levantou os olhos para olhar diretamente através dele com os olhos piscando rapidamente. Ele apoiou seus ombros e tentou soprar o brilho de partículas de vidro de suas bochechas. O escovar de sua respiração puxou outro grito de dor sua garganta e ela cobriu as mãos sobre o rosto. — Cristo. — Ele era inútil, sem noção do que fazer. — Alana, por favor, querida. Diga-me qual o problema. — Ele tentou protegê-la e não conseguiu. — Meus olhos, — sua voz quebrou. — Ela está bem? — Mitch olhou para um dos funcionários do hotel que se ajoelhava ao lado deles. Ela deixou escapar um soluço. — Eu não consigo ver.

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Capítulo Três Dor cortou através da visão de Alana. Sua reação foi muito lenta quando o vaso pesado bateu a poucos centímetros da parede a sua frente. Vidro cortou seu rosto e voou em seus olhos. E o seu pior erro foi esfregálos para tentar desalojar os fragmentos. — Ela precisa de uma ambulância. — A voz de Mitchell veio do seu lado, firme e exigente. Ela manteve os olhos bem fechados e estendeu a mão para agarrar sua camiseta. Ele respondeu imediatamente, puxando-a para o calor do seu abraço protetor. Ela não conseguia ver. Sempre que ela abria os olhos, uma queimadura de fogo a cumprimentava e tudo vinha à tona em um caleidoscópio de imagens tremidas. Até a brisa suave do ar condicionado a fez fechar suas pálpebras novamente. Se isso fosse permanente, ela não seria capaz de trabalhar e perderia a independência limitada que ela tanto amava.

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Um estalo de luz veio através da escuridão. Uma, duas, três vezes. Ela estremeceu com cada explosão de iluminação. — Tire esses idiotas daqui. E eu quero que cada foto seja destruída! — O latido feroz de Mitchell a fez estremecer. — Desculpe, querida. Vou tirar você daqui em um segundo. — Ambos seus braços a abraçaram, e ela afundou ainda mais nele. — Alguém chamou uma ambulância? — Humm, desculpe-me, Sr. Davies. Se os olhos são o problema, seria melhor ela ver um oftalmologista. — A voz do homem era jovem e cheio de inquietação. — Os hospitais não estão equipados para lidar com problemas de visão complicados e geralmente só dão o cuidado mínimo. — Eu não acho que qualquer oftalmologista estará aberto a... — Mitchell liberou seu aperto com um braço, — uma e meia da manhã. Alana ouviu a troca em silêncio, tentando acalmar sua respiração desenfreada para que ela pudesse pensar direito. — Minha mãe é oftalmologista. Tenho certeza de que ela ficaria feliz em se encontrar com você, não importa a hora. — A voz do jovem cresceu em força, a confiança que tinha em sua mãe brilhando claramente. Alana balançou a cabeça e agarrou a camiseta de Mitch. Ela precisava de alguém familiar para ajudá-la, alguém com quem ela não teria vergonha de chorar, ou ficar apreensiva sobre agarrar. — Eu preciso de Kate, — ela sussurrou e limpou a garganta seca. — Você pode me levar até ela? Ela pode me ajudar a lavar os olhos. Pode desalojar o que está obscurecendo minha visão. — Será que lavar vai ajudar? — Mitchell não tinha dirigido a pergunta para ela. — Acho que não. Não com água da torneira de qualquer forma. — O estranho jovem respondeu. O outro braço de Mitchell veio ao redor para mantê-la de novo, puxando-a com força. Sua preocupação vibrou com ele, aumentando seu alarme. — Leve-a para longe das pessoas olhando estupidamente e leve-a para encontrar sua amiga. Vou ligar para a minha mãe.

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A cabeça de Mitchell esfregou contra seu cabelo, como se ele assentisse em resposta. — Estaremos na minha suíte. Ligue para o quarto assim que a localizar. Os braços dele moveram ao redor de suas costas e o calor de seu peito desapareceu. Mãos fortes envolveram seus ombros, apoiando-a mais do que um nível físico. — Você está bem com isso, querida? Ela continuou a apertar os olhos fechados, tentando não agitar as pálpebras e agravar os detritos ainda lá dentro. — Sim. Kate será capaz de cuidar de mim. O aperto em seus ombros aumentou. — Eu vou cuidar de você. Ela respirou fundo, sobrecarregada com... tudo: seu cheiro, seu toque, seu conforto. Ele colocou um beijo carinhoso na sua testa, e seu controle quebrou. Ela deixou escapar um soluço e apertou suas pálpebras mais forte. A queimadura das lágrimas era insuportável. Sua bondade era demais. Homens não foram feitos para serem assim. Eles não tinham bom coração ou eram suaves ou protetores. Especialmente estranhos... ou assim sua mãe a levou a acreditar. — Sinto muito. Isso é minha culpa. Eu sabia que vê-la novamente era bom demais para ser verdade. Sua angústia lhe deu a determinação para ser forte. Erguendo o queixo, ela sorriu e colocou a mão em seu peito, pressionando contra o músculo duro. — Não é culpa sua. Pelo menos eu vou ter uma grande história para contar aos meus amigos de volta para casa. Seria moralmente aceitável contar uma mentira se parte da declaração era verdadeira? Ela sinceramente não acreditava que a situação era culpa dele, mas ela nunca contaria a seus amigos. Se sua mãe descobrisse, ela se preocuparia a ponto de ter um AVC. Não importava quantos anos Alana tivesse, sua mãe nunca deixou de tratá-la como uma peça frágil de porcelana esperando ser quebrada por um homem.

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Mitchell se inclinou para perto e roçou sua bochecha contra a dela. — Espero que na hora em que eu te deixar ir, você tenha uma história muito melhor para contar. A antecipação deslizou sobre sua pele, deixando um rastro de arrepios que a distraiu da dor. Ela estava se apaixonando por um homem que ela não conhecia e sequer podia ver. Ele deu um passo para trás, e uma ligeira sensação de vertigem atingiu sua mente. Ela vacilou, balançando no espaço. Em poucos segundos, as mãos estavam de volta em seu corpo, levantando-a do chão. Ela gritou enquanto seus braços se debateram por algo para segurar. — O que você está fazendo? Ele começou a andar, certo e determinado, seu peso não impedindoo, no mínimo. — Estou indo lá para cima. Cochichos passaram por seus ouvidos de pessoas no lobby enquanto ele a embalava em seus braços contra seu peito duro. Ele ignorou seus protestos, e no momento em que chegaram ao elevador, ela relaxou e apoiou as mãos em volta de seu pescoço. Lentamente, ela abriu suas pálpebras, esperando por alguma melhoria para o grosseiros arranhões em seus olhos, mas o desconforto e a falta de visão não tinham mudado. Medo borbulhava em sua barriga e ela deixou escapar um longo suspiro silencioso, precisando acalmar a ansiedade que tentou recuperar posse. — Eu tinha um tio cujos olhos foram danificados por lascas de metal quentes. Ele queimou suas pálpebras e as sobrancelhas chamuscaram também. — Sua voz saiu suave e doce, enquanto o elevador subia. — O dano parecia terrível no momento. Lembro de ouvir meus pais dizendo que ele provavelmente perderia um olho ou ficaria cego. Alana esfregou fora o fio de cabelo fazendo cócegas em sua bochecha. Ela não queria ficar absorta em uma história que poderia ter um final que quebraria seu coração. — Algumas semanas depois ele estava bem. Ela suspirou de alívio.

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— Eu era jovem na época, mas tenho certeza que ele não teve qualquer cirurgia. Então tenho certeza que você não tem nada com que se preocupar. — Espero que sim, — ela sussurrou e apoiou a cabeça no ombro dele. Além de ajudar no abrigo de sua mãe, Alana tirava imagens de paisagens deslumbrantes com sua câmera e as vendia a uma galeria de arte local. Se ela não puder ver, não haveria como fazer o dinheiro extra. Ela não achava que haveria muito mercado para fotógrafos cegos. O elevador apitou a chegada, e ela ouviu o sussurro suave da abertura das portas. Mitchell andou para a frente, sem precisar reposicioná-la em seus braços nenhuma vez. — Você sabe que minhas pernas ainda estão totalmente funcionais, certo? Ele riu, e o som masculino profundo a fez sorrir. — Sim, eu sei. Mas o quão legal foi agir como o herói macho na frente de todos no lobby quando eu galantemente corri com você em meus braços? Ela soltou uma gargalhada e bateu-lhe no peito. — Eu sempre quis ser um cavalheiro. É que eu nunca tive a oportunidade. Alana não podia imaginá-lo sendo nada além de cavalheiro. No pouco tempo que passaram juntos, ele pareceu genuíno. Aberto. Confiável. Todos os traços que sua mãe tentou convencê-la de que não existia em um homem. — Quem sabe, talvez eu pudesse derrubar Lynch do pedestal de popularidade por um tempo. — Lynch? — Ela franziu o cenho, desejando poder ver seus olhos enquanto falava. Outra risada soou. — Você não é fã da Reckless Beat, não é? — Ela mordeu o lábio, sem saber se sua honestidade iria perturbá-lo. — Sim, acho que não. Você não era o tipo de groupie gritante. — Ele contorceu os dedos contra sua caixa torácica, e ela engasgou com a sensação de cócegas disparando por todo seu corpo. Antes de hoje à noite, ela teria concordado que ela não era o tipo de groupie gritante. No

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entanto, agora seus pulmões queimavam com algo quente e carente, implorando para ser libertado. — Lynch é o vocalista. Mason Lynch. Blake, que eu apresentei antes, é o baixista. O cara no palco com o cabelo ondulado na altura dos ombros é Ryan. Ele toca guitarra. Depois, há Sean na bateria. Mas pelo amor de Deus, se você alguma vez encontrar o cara, não diga a ele que eu mencionei o nome dele por último. Ele tem um complexo de inferioridade. Ele parou, segurou-a mais apertado em seus braços, e chutou sua perna. Seu sapato bateu contra o que ela assumiu ser a porta da suíte. — Mitchell! — ela se contorceu, tentando fazê-lo colocá-la para baixo, mesmo ela não querendo estar fora de seus braços. — Me solta, assim você pode bater na porta. — Eu estou bem. Blake vai atender a porta em um segundo... desde que ele não esteja no meio de aumentar a popularidade da banda com sua amiga. — O que você... Oh. — Suas bochechas aqueceram. — Desculpe. Eu sou um pouco lenta. — Ela era uma idiota. Não era como se esperasse que Kate estivesse lá jogando Paciência. Alana estava saboreando as alegrias de viver através da amiga há anos. Ele deu outro pontapé na porta novamente. — Oh, pelo amor de Deus, me coloca no chão. Ela ouviu a maçaneta da porta e o som da porta raspando sobre o tapete em seguida. — Al. — A voz de Kate tinha uma nota de pânico. Alana tentou abrir os olhos, apenas para fechá-los segundos mais tarde, quando o arranhar e visão turva foram demais. — Eu estou bem. Mitchell andou a passos largos para a frente, e a luz por trás de suas pálpebras escureceu. — Ela não está bem, — ele rosnou, de repente soando mais protetor e territorial. — Onde está Blake? — Ele está no telefone do hotel. Ele começou a tocar alguns segundos antes de você bater na porta.

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Alana girou e virou através da escuridão até que Mitchell a baixou. A parte de trás de suas pernas bateu em algo firme, mas macia e ela estabeleceu-se no sofá. Grandes mãos apertaram os seus joelhos e ela apertou os lábios, segurando um suspiro. Eram as mãos de Mitchell. Suas mãos quentes, fortes e talentosas. — Você vai ficar bem por um minuto? Posso pegar uma bebida ou algo assim? Ela balançou a cabeça e esperou que sua voz não saísse rouca. — Eu estou bem. — Vou ver o que está acontecendo com o telefonema. Já volto. Ela assentiu e soltou um suspiro profundo quando ele se afastou. Era estupido, louco e insensato, e mesmo assim ela já sentia falta de sua proximidade. — O que diabos aconteceu? — A voz de Kate veio ao seu lado quando o sofá afundou. Apertando as pálpebras mais forte com a tontura repentina, Alana recostou-se na poltrona. — Ligeira briga no térreo. — Ligeira briga? Ela sentiu Kate pairando perto de seu rosto, olhando para ela. A voz de Blake veio suave do outro lado da sala, junto a sussurros frenéticos de Mitchell. A conversa era muito tranquila para ela compreender, então ela passou os minutos solitários recitando o que aconteceu com sua amiga. — Posso dar uma olhada? — A respiração de Kate roçou junto de sua bochecha. Respirando fundo, Alana tentou abrir os olhos novamente. Quando ela levantou as pálpebras, uma sensação de arranhar a fez piscar rapidamente, o que só piorou o desconforto. Tudo o que podia ver eram diferentes tons de sombra que ficavam perto de seu rosto. — Desculpe, — Kate sussurrou. — Eu pensei que eu poderia ser capaz de ver alguma coisa.

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Um armário rangeu do outro lado do quarto, e momentos depois uma mão familiar segurou a dela. — Aqui está um copo de água. Você pode pegá-lo para mim? Seus dedos tocaram quando ela pegou seu copo e um burburinho de hiper consciência correu por suas veias. — A oftalmologista estará pronta para nos ver em cerca de vinte minutos. O destino era cruel. Mais cedo, ela esteve relutante em se encontrar com ele, agora ela não queria ir embora. Alana passou um dedo para cima e para baixo no vidro, procrastinando, comprando mais alguns momentos na sua presença. Ela tinha que dizer adeus. Um músico famoso tinha coisas melhores para fazer com seu tempo. — Kate pode me levar. — As palavras soaram relutantes até mesmo para seus ouvidos. — Si- — Kate parou no meio da palavra. Alana virou a cabeça em direção a Kate, em seguida, para Mitchell, e vice-versa. Eles estavam se comunicando silenciosamente, e Alana não gostou disso. — Não, eu vou levá-la. — Mitchell apertou seu joelho, e ela lutou contra a vontade de apertar as coxas. Certamente devia haver uma hierarquia de prioridades em uma situação como esta, e desejo sexual não deveria estar no topo da lista. — Eu já tenho um motorista esperando. Outro incômodo silêncio se seguiu, quebrado apenas por Blake limpando a garganta. Ela queria rosnar de frustração, e até piscou seus olhos abertos para experimentar ver o que eles estavam fazendo, mas foi inútil. — Talvez eu possa ficar aqui e ter um rápido cochilo enquanto Mitch leva você. Não vai demorar muito até que eu tenho que me levantar para trabalhar e eu poderia dormir um pouco. Alana enfrentou Kate. Sentia-se como um fardo para todos e não sabia como se intrometer. Ela deveria confiar em seus instintos e ir com

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o estranho intenso que queria cuidar dela, ou pedir a sua amiga para dar-lhe a opção mais segura? — Desculpe, eu esqueci que você tem que trabalhar de manhã. — Tecnicamente, é agora, mas eu não estou muito preocupada. Eu posso funcionar com algumas horas de sono. — Uma mão macia descansou em seu ombro e apertou. Alana puxou mentalmente sua calcinha de menina grande e ergueu o queixo. Ela confiava em Kate para ajudar a tomar a decisão certa, e se Mitchell estava determinado a levá-la, seria estupidez protestar. — Tudo bem. Ela estendeu o copo e alguém o pegou. A mão de Mitchell apoiou seu cotovelo quando ela se levantou, e seu perfume inebriante encheu suas narinas. — Eu acho que isso significa que você estará me ajudando a lavar o meu rosto e usar o banheiro também.

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Capítulo Quatro Mitch levou Alana para o carro com um braço em volta de suas costas, e sua outra mão entrelaçada com a dela. Ele tinha cavado para si mesmo um buraco só em lutar pela oportunidade de levá-la ao oftalmologista. Quando Kate começou a concordar em levar Alana, ele a encarou com o cenho franzido e balançou a cabeça. Ela olhou para ele questionando, mas não disse uma palavra. Não até que Alana foi ao banheiro. Foi quando as palhaçadas de fã começaram. — Você se sente obrigado a ajudá-la, não é? Alguns segundos cansativos passaram antes que ele entendesse o que diabos ela estava falando. — Eu assisti a entrevista que você fez com a Sandra Waters, há alguns anos. Você ajudou a ressuscitar a groupie que teve uma overdose em seu ônibus de turnê. Mitch apertou a mandíbula e levantou uma sobrancelha enquanto ela continuou.

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— Lembro do seu comentário espontâneo sobre sempre querer ajudar as pessoas. Você disse que se sentia obrigado a ficar por perto até que as coisas fossem resolvidas. Você mencionou que você aprendeu com sua mãe, que é uma voluntária de caridade. Oh, Mitch lembrava também. Toda a situação foi um golpe publicitário. Bem, até certo ponto de qualquer maneira. Uma de suas fãs tinha chegado perto de partir no ônibus. Em vez de deixar o foco da mídia sobre a má influência de músicos usando drogas, falsificaram os fatos. Com sua mãe sendo uma defensora por longo tempo servindo e voluntariando para várias instituições de caridade, eles o usaram como bode expiatório e transformaram a história em algo edificante de como ele salvou a vida de uma fã. No momento da entrevista transmitida nacionalmente, ele ainda estivera em choque assistindo uma mulher quase sufocar até a morte em seu próprio vômito. Nenhum deles estava ciente do uso de drogas. Ele ficou tão traumatizado que ele repetiu exatamente o que sua assessora de Relações Pública sugeriu. No final, isso o fez parecer um bom samaritano, em vez da aberração sob pressão que ele era. Mas ele não podia dizer a Kate que isso era um monte de mentira, então ele balançou a cabeça. Tecnicamente não era uma mentira. Para começar, ele se sentiu obrigado a ajudar Alana. Ele também precisava descobrir por que ela parecia importante para ele, por que ele não queria vê-la ir embora. O fato de que ele desejava tê-la nua e ouvi-la suspirar seu nome no prazer veio em logo em terceiro. As luzes do oftalmologista brilhavam na escuridão da madrugada, uma mulher magra, de cabelos grisalhos caminhou para as portas de correr ao encontro deles. — Você deve ser o Sr. Davies e Sra. Shelton. Eu sou Louise Pierce. Ele sorriu para ela. — Por favor, me chame de Mitch. E esta é Alana. — Ele teria oferecido sua mão, mas ele não tinha nenhuma intenção de abandonar o pacote quente em seus braços tão cedo.

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— Prazer em conhecê-lo, Mitch. — Ela indicou para eles se deslocarem para dentro e fechou a porta atrás deles. — Então, como você está, Alana? Ele apertou Alana mais forte ao redor da cintura, oferecendo seu apoio. — Eu estou bem. Um pouco preocupada. Eu estou esperando que o dano não seja permanente. Louise caminhou ao lado deles, ajudando a liderar Alana para a parte de trás do prédio. — Bem, vamos dar uma olhada. Você pode esperar aqui, Mitch. Ele deixou cair os braços ao redor do corpo de Alana, e um frio repentino tomou conta dele. As mulheres se afastaram, indo para a primeira porta depois do corredor. Palavras abafadas escovaram seus ouvidos quando ele inspecionou as vitrines cheias de óculos, cada passo trazendo-o mais perto de onde Alana e Louise falavam. — Essas gotas vão ajudar a mostrar qualquer dano a sua córnea. Elas podem doer um pouco. Mitch fez uma pausa, esperando por um suspiro, um xingamento, um gemido. Quando nada aconteceu, ele relaxou um pouco, ainda avançando pelo corredor. — Agora eu vou apagar a luz e dar uma olhada. Ele se aproximou, certificando-se de que seus passos eram silenciosos. — Ouch. Sim, você tem feito um pouco de dano, não é? — O que significa isso? — Oh, querida, não é nada para se preocupar. Há arranhões em ambos os olhos, mas nenhum deles é suficientemente profundo para causar danos permanentes. Mitch pairava ao lado da porta. — Há estilhaços de vidro? É uma sensação horrível e eu não consigo manter meus olhos abertos. Seu coração doía em seu desconforto, e, ainda assim, ele não tinha ideia do porquê. Aqueles momentos fugazes em que ele olhou para ela do

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palco

se

arrastaram

debaixo

de

sua

pele

e

se

estabeleceram

desconfortavelmente em seu peito. Ele queria ajudá-la. Confortá-la. Fazer amor com ela. E sua alma exigiu que ele fizesse isso agora. — Não, não há detritos. A dor vem de mover suas pálpebras sobre os arranhões ao abrir e fechar os olhos. É temporário. As córneas curarão rapidamente. A luz acendeu, e Mitch recuou fora da vista. — Agora eu vou fazer você usar algumas lentes de contato terapêuticas. Elas vão cobrir os arranhões, por isso não machucará quando piscar os olhos. Elas também aceleram o tempo de recuperação e diminuir o risco de infecção. — Tudo bem. — A voz de Alana veio suave e hesitante. — Você já usou lentes antes? Armários abriram e fecharam, seguidos por papelão rasgando e o guincho de plástico rasgando. — Não, nunca tive problemas na visão. — OK, deite a cabeça para trás e tente manter os dois olhos abertos, o máximo que você puder... Lá, o primeiro já foi... e... o segundo também. Você é uma profissional. Alana riu. — Já está melhor, mas não ajuda com a visão. — Não, não vai ajudar com isso. — A cadeira rangeu. — Você vai precisar que alguém cuide de você por pelo menos um dia ou dois. Até que o dano comece a cicatrizar e você possa ver de novo. Um silêncio ensurdecedor encheu o ar. Ele espiou o batente da porta para dar outra olhada. Alana sentou na cadeira hidráulica, a testa enrugada com preocupação, os olhos abertos e olhando para a frente. Ele quase esqueceu como aquelas claras íris verdes eram lindas. Louise parou de rabiscar em um pedaço de papel em sua mesa e olhou por cima do ombro. — Está tudo bem, querida? Alana balançou a cabeça e passou os dedos através dos fios soltos do cabelo dela. — Eu não sou de Richmond, e a amiga com quem eu estou hospedada vai trabalhar amanhã. — Ela baixou a voz. — Não sei como vou lidar sozinha.

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Mitch apertou um punho fechado contra a boca para segurar sua oferta para ajudar. Para começar, ele não pretendia ficar pairando na porta. — E o seu namorado? Tenho certeza de que Mitch ou um dos membros de sua família não se importariam de ter você por perto por um tempo. Um sorriso puxou seus lábios quando os topos das bochechas de Alana escureceram. — Ele não é meu namorado, — ela sussurrou. — Ele é... — Ela mordeu o lábio inferior. — Ele não pode cuidar de mim. Como diabos ele não podia. — Você pode ficar comigo. — Ele pisou no meio da porta e Louise virou para sorrir para ele. Alana balançou a cabeça, e ele só agora notou as olheiras de cansaço sob os olhos dela. — Podemos discutir o assunto no hotel. — Ele pegou o pedaço de papel que Louise estendeu e leu o nome do colírio que ele precisava repassar para que o porteiro comprasse. — Já passou das três horas. Precisamos dormir. Alana esfregou as pálpebras e começou a se levantar. — Muito obrigada por me ver no meio da noite, Louise. Mitch apressou para agarrar o braço dela, firmando-a enquanto ela saia da plataforma de cadeiras. — Sem problemas. Meu filho estava emocionado de poder ajudar um de seus ídolos. — Eu vou me certificar que a banda lhe envie algo como agradecimento. — Ele olhou para Louise, que abriu um sorriso brilhante e levou Alana da sala. Ele parou no balcão de recepção, fez com que Alana estivesse estável, e tirou sua carteira. Ele pegou algumas notas, mais do que suficiente para cobrir um pedido de ajuda a esta hora insana, e deixou na mesa. — Obrigado por tudo. Louise olhou para o dinheiro, em seguida, de volta para ele e balançou a cabeça, com os olhos arregalados.

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Antes que ela protestasse, ele agarrou o cotovelo de Alana e levoua para a noite fria de primavera. O motorista ligou o carro em sua aproximação e saiu para abrir a porta de trás. — Tudo vai bem, Sr. Davies? Mitch colocou a mão em cima da cabeça de Alana para garantir que ela não batesse ao subir no carro. — Em poucos dias, ela estará de volta ao normal. — Poucos dias em que ele planejava saciar seu desejo por ela e tirar de seu sistema a necessidade enjoativa de proteger uma frágil estranha. *** Os olhos de Alana não queimavam com cada roçar de suas pálpebras, mas ela ainda não podia suportar tê-los abertos. Sua visão ficava fora de foco. Ela podia distinguir claro e escuro e tons de cor, mas nada mais. Cada objeto exauria para o próximo, de perto ou longe, não importava. Nada era claro. E isso a deixava tonta. Fechando os olhos, ela se aninhou ainda mais no ombro de Mitchell. Seu braço descansava atrás de seu pescoço. O lado de seu corpo pressionado contra o dela, proporcionando calor e conforto. Ela inalou o cheiro dele, puxou-o profundamente em seus pulmões, e suspirou. Ele era um conto de fadas. Um conto de fadas bonito e forte e protetor, e ela não estava pronta para que que terminasse. O couro macio, refrigerado do banco de trás a fez lembrar de lençóis frescos em uma agradável cama limpa. Ou talvez seus pensamentos estavam no quarto por causa do homem lindo ao lado dela. Ela queria vê-lo nu. Conhecer seu corpo, tocar, acariciar e arranhar. Ela queria os lábios dele nos seus, não em sua testa. Seus dedos em seus seios, e não em seus ombros. Um sorriso puxou seus lábios e ela colocou os braços em volta da cintura dele. A escuridão do sono puxou-a com mais força, fazendo sua consciência vacilar. Suas mãos se moveram em torno de suas costas, debaixo de seus joelhos e ela empurrou a consciência.

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— Shh, — ele falou perto de seu ouvido. — Deixe-me levá-la lá em cima, e você pode voltar a dormir nos meus braços. Suas palavras foram confusas e fizeram cócegas em seu pescoço. Ela deveria estar sonhando. Ela relaxou na força de seus braços e se estabeleceu em seu peito quando ele levantou. Esta manhã, ela acordou com o medo do desconhecido. Esta noite ela dormiria com sonhos celestiais no abraço de um estranho. — Não. — Ela resmungou e piscou os olhos. — Eu tenho que acordar. Kate precisa nos levar para casa, e eu não quero estar meio dormindo quando ela fizer isso. — Você não vai sair hoje à noite, querida. — Suas palavras eram suaves, ainda não tolerando nenhum argumento. — Faltam apenas algumas horas até o amanhecer. Você já disse que Kate tem que trabalhar hoje. Deixe-a dormir, e podemos resolver tudo na parte da manhã. Ela não discutiu. Ela não queria. Sua necessidade de ir embora era apenas cortesia comum. Melhor deixar os braços de uma estrela do rock com uma nota boa, do que ser lembrada como a mulher cega que não o deixou ir. Ela permaneceu em silêncio, até que chegou a sua suíte. — Por favor, me coloque no chão. Ele a apertou com força antes de deixar o braço debaixo de suas pernas cair. Um clique soou, em seguida, um zumbido, seguido de um deslizar da porta. Seus dedos pousaram sobre a parte baixa de suas costas, e ele segurou a outra mão, levando-a para a frente. — As luzes estão apagadas, — ele sussurrou. — Kate não está no sofá. Ela deve estar no quarto de Blake. Alana invejava sua amiga de espírito livre e a forma como ela se divertia com os homens. Kate não era fácil com o seu corpo, ela não tinha medo de compartilhar a si mesma em nome do prazer. Mais importante, Kate adorava sexo. Alana achava que a coisa toda de intimidade era um pouco de um anticlímax. Talvez as coisas fossem diferentes em um relacionamento

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sério. Com o passar do tempo, um homem iria aprender os desejos e anseios de uma mulher. Mas na idade dela, ela ainda não tinha experiência com um parceiro. — Este é o meu quarto. Ela respirou fundo antes que pudesse suprimir seu choque. — Não se preocupe, — ele falou perto de seu ouvido, causando arrepios sobre sua pele. — Eu vou dormir no sofá. Sofá? Seu humor mudou de um frenesi de antecipação para o aumento da decepção. A raiva de si mesma e pela forma como sua mãe a tinha levado a ficar na defensiva perto de um homem tão gentil borbulhava baixo em sua barriga. Ela cerrou os punhos em seus lados e torcia para que o quarto fosse escuro o suficiente para Mitchell não notar. Qualquer outra mulher teria montado nele ou mostrado os seios, apresentando-se como um prato para ser devorado. Ela precisava superar a si mesma, sobre as inseguranças que sua mãe tinha amontoado em seus ombros e experiência de vida para si mesma. Os erros e tudo mais. — Com o que eu vou dormir? — ela perguntou, esforçando-se por um tom sedutor. Tinha que haver uma maneira de ela mostrar seu interesse sem parecer um idiota. — Humm. Merda. — Seus passos recuaram. A luz brilhante iluminou a parte de trás de suas pálpebras. — Eu acho que tenho uma camiseta e uma boxer que você pode usar. Isto é, se você não se importar de usar minhas roupas. No momento ela não se importava de estar debaixo de sua pele, e muito menos de suas roupas. — Isso parece bom. — Porra, ela não tinha ideia de como flertar. As palmas das mãos umedeceram, e ela discretamente enxugou-as em seus jeans. Quem ela estava enganando? Mitchell não seria atraído por ela em seu atual estado de desordem. Cega, arranhada, com os olhos de guaxinim sem dúvida. Ela não queria nem pensar sobre o que tinha

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acontecido com o toque leve de rímel que ela colocou mais cedo. Definitivamente não era um de seus momentos mais atraentes. Oh, Deus, por que mesmo ela estava aqui? — O que há de errado? — Suas mãos agarraram as dela. — Você está franzindo o cenho. Ela limpou a frustração de seu rosto e sorriu. — Eu estou cansada. — E confusa. E necessitada. E devassa. — Você quer que eu te ajude a se vestir? Seus mamilos endureceram e uma faísca de excitação acendeu em seu ventre. — Uma ajudinha seria legal. — Ela podia ter se vestido sozinha. Ela era uma mulher adulta, afinal de contas, mas a oferta de ter suas mãos em seu corpo não poderia ser recusada. Ele soltou uma respiração profunda, e ela se preocupou pois parecia aborrecimento. Tomando-lhe a mão, ele a levou aos pés da cama e a ajudou a sentar. Ele puxou a bota esquerda, uma vez, duas vezes, em seguida, deve ter percebido que havia um zíper e começou a puxar um para baixo, depois o outro. — Eu gosto de suas botas. — Gosta? — Ela não tinha muitas roupas ou calçados. Variedade não era necessária quando se vivia na propriedade de sua mãe. — Elas são sexy, sem ser de vadia. Ela riu, mas cobriu a boca para acalmar o barulho. — Você gosta de sexy, mas não de vadia? — Estou cansado de vadia. Eu lidei com vadias por muito tempo. Ela deu um aceno solene. — Bem, eu definitivamente não sou do tipo vadia. — Se ele soubesse até que ponto. Ele riria na cara dela. — Eu sei. — Ele tirou uma bota, e a próxima. — Eu acho que foi isso o que me atraiu em você. Seu coração gaguejou, produzindo um som explosivo como um carro sem gasolina antes de decolar em super velocidade. Ele passou as mãos até suas panturrilhas, sobre os joelhos, e ela respirou fundo quando ele chegou a suas coxas.

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— Eu gosto do seu cinto também. — Ele deu um puxão suave no cós de sua calça. Seu peito se expandiu e pequenas doses de pânico deslizaram em sua corrente sanguínea. Ela estava na cama de um estranho, incapaz de ver, e completamente alheia. Santo inferno, o que ela devia fazer? Não! Cresça. Viva um pouco. Ela estava na cama de uma estrela do rock, incapaz de ver seus olhos cativantes e sorriso bonito, e, por uma vez, ela tinha uma desculpa para se atrapalhar. Ela deveria estar festejando. Bem, talvez não sobre a falta de visão, mas a situação era definitivamente a ideal. Antes que ela perdesse a confiança, ela se atrapalhou com a parte inferior de sua camiseta e puxou-a sobre a cabeça. Alana antecipou um elogio, nada extravagante, apenas algo doce, como os homens sempre diziam nos filmes. Nada veio. Ela se sentou na beirada da cama, vestindo nada exceto a calça jeans e sutiã, e ele ofereceu silêncio. Mortificação pesava nela, e ela colocou os braços ao redor de seu estômago para evitar. — Você pode me entregar sua camiseta? Mitchell dormiu com mulheres glamorosas, mulheres lindas, mulheres que tinham um motivo para serem confiantes. Ela era estúpida em pensar que seu corpo seria qualquer coisa que valesse a pena reclamar. Só porque ela estava orgulhosa de seus seios totalmente naturais, alegres e cheios, não significava que ele estaria. O aperto dele soltou de sua cintura, e ela ergueu o queixo, mascarando seu desapontamento. Dedos leves arrastaram ao longo da parte baixa de seu abdômen, traçando o material de seus jeans e delicadamente se movendo para circundar sua barriga. Ela mordeu o lábio e engoliu. Por favor, Deus, não deixe ele parar. — Você tem o corpo mais bonito. — Sua voz era baixa, um ressoar sobre sua pele.

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Grandes, cálidas mãos correram até suas costelas, e pairaram na parte inferior do sutiã. Ela nunca foi tocada tão delicadamente com tanta reverência e desejo. Sim, ela teve amantes, mas nenhum se preocupou em apreciá-la. Ela deixou cair a cabeça para trás, afundando no prazer. Suas coxas foram empurradas, algo pesado vindo repousar no meio de um lado enquanto uma mão corria entre seus seios. Ele deslizou seu toque para o peito, o pescoço dela, e segurou seu queixo. Sua respiração roçou seus lábios, mas ele continuou a pairar, matando-a lentamente com a dor da espera. — Vocês deveriam fechar a porta, a menos que queiram que as pessoas se juntem. — Ela ofegou. Mitchell xingou. — Saia daqui, Blake. — Mitchell se afastou, deixando-a seminua e vulnerável na cama. — A luz estava acesa. Eu pensei em checar Alana. Não é minha maldita culpa que você deixou a porta aberta, seu filho da puta malhumorado. — Eu estou bem... A porta bateu, assustando-a. — Desculpe. Eu não pensei. — Ele deixou escapar um suspiro. — Eu sequer considerei em acordá-los. Eu deveria ter... — Apenas serviu para mostrar quão sedento de sexo você está, irmão. — Blake brincou através da porta. — Seduzindo uma garota que sequer pode ver sua cara feia. Alana apertou os lábios, segurando o riso que queria se libertar. — Vá se foder, Blake. — A perna de Mitchell se inclinou contra a dela. — Vou fazer isso. — A voz de Blake era distante. — Noite, Alana. — Noite, — ela gritou, sorrindo. Algo tocou sua cabeça e ela recuou. — É a minha camiseta. — Ele puxou-a para baixo sobre seu rosto e com os membros entorpecidos, ela levantou os braços para os buracos.

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Qual era com as roupas? Eles não estavam prestes a... Cristo, ela estava confusa. — Vou arrumar uma cama no sofá. Ela inclinou o rosto na direção da voz dele e franziu o cenho. — Mitchell? — Certamente ele não poderia levar o comentário de Blake a sério. Ele a ignorou. — A boxer está na cama ao seu lado. Você acha que consegue vesti-la sozinha? Sua garganta secou. Ela estendeu o braço e sentiu ao redor até que ela achou o material sedoso. — Claro. — Eu estarei de volta para apagar a luz em poucos minutos. — Sem outra palavra, ele saiu, o fechar suave da porta anunciando sua partida. Tentando ignorar o que aconteceu, ela se levantou e arrancou sua calça jeans. Ela a jogou no chão, junto com suas meias e sutiã, em seguida, puxou a sua boxer. As roupas eram muito grandes e cheirava, como ele, sedutor e masculino, e o modo também irritante como ela sabia que ele não estaria dormindo perto dela. Ela estava sentada de volta no canto da cama quando uma batida leve veio da porta. — Estou decente. — Embora ela não quisesse estar. A porta se abriu, e ela cruzou as mãos no colo, os olhos ainda fechados. Ela esperou sua confiança construir, por sua abertura para pedir-lhe para ficar ou até mesmo deitar-se ao seu lado por um tempo. Ela se recusava a ser lembrada como a mulher que fez a famosa estrela do rock dormir no sofá. — Tudo bem, vou apagar a luz para que você possa dormir. — Não há necessidade de você dormir no sofá. Tenho certeza de que a cama é grande o suficiente para nós dois. O trinco da porta clicou. — Estamos ambos cansados, Allie. Seus olhos precisam de descanso para se recuperar e não quero correr o risco de incomodar. — Rejeitada.

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Ela nunca bancou a carente antes. Infelizmente esta noite ela tinha que fazer isso. — Mas e se eu precisar de alguma coisa antes do amanhecer? E se eu acordar e precisar ir ao banheiro ou pegar um copo de água? Silêncio. — Eu não quero gritar e acordar todo mundo. Ele limpou a garganta. — Eu posso dormir aqui no chão então. — Não. — Ela balançou a cabeça com um bufo. — Você pode dormir na cama. Se está preocupado comigo apalpando você, ou cheirando seu cabelo durante a noite, você pode ter certeza de que vou ficar do meu lado. Ele riu, muito e alto, o som se aproximando a cada segundo. Seu peso voltou entre suas coxas, o fôlego em sua pele. — Não é com você que eu estou preocupado. — Seus dedos correram por seu cabelo e ela se inclinou para a sua carícia. — Você provavelmente está ainda em estado de choque. E Blake está certo. Você não me conhece, e nem mesmo pode me ver. Eu não quero que você se arrependa de alguma coisa quando acordar. — Nada precisa acontecer. — Ela encontrou os lados das coxas dele e moveu as mãos para cima para descansar em sua cintura. — Só dormir. Seus lábios roçaram sua bochecha. — Se eu ficar, você pode ter certeza que eu não vou ter um pingo de sono, porque tudo o que eu quero fazer é apalpar você e cheirar o seu cabelo.

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Capítulo Cinco Mitch socou seu travesseiro e mudou de posição pela octogésima quinta vez. A tentação de beijá-la, não só o deixava inquieto, mas deixava seu pau duro. Nunca existiu um par de lábios mais convidativos. Ele podia vê-los claramente em sua mente, deliciosos e cheios, ainda brilhantes do último toque de sua língua. Ele fez bem em se deter. E puta merda, se ele não conseguisse um ingresso para o céu por fazer isso, ele ficaria puto. Toda vez que ele olhava para ela, ele ficava encantado com seu longo cabelo castanho, sua boca, suas covinhas. Então seu olhar se concentrava em seus olhos e ele se encolhia. Blake estava certo. Ele precisava se afastar. Alana não era uma vadia. Lembrou do jeito como ela se assustou ao seu toque quando se conheceram. Ela foi cautelosa, não do tipo vadia tímida arrogante. Ele não podia ignorar isso. Se ele a beijasse agora e ela derretesse em seus braços, ele não tinha certeza de onde o consentimento dela viria de desejo, cansaço ou até mesmo delírio.

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Sua mudança indesejável não significava que ele deixaria de querer dormir com ela. Ele só precisava se conter de seduzi-la, até que ela pudesse ver com quem ela estava dormindo. Ou, pelo menos, descansar o suficiente para garantir seu melhor julgamento. — Você não está confortável? — Sua voz estava cansada. Ele empurrou um suspiro. — Confortável o suficiente. — Você não consegue dormir porque quer me apalpar e cheirar o meu cabelo, certo? — Ela bufou e ele quis sufocar a si mesmo. Ele estendeu a mão debaixo das cobertas e a cutucou nas costelas. — Você está cega na cama de um predador. Eu pararia de atormentar o urso se fosse você. Não só os traços distintivos faciais a faziam parecer angelical, mas sua atitude, sua inocência, o jeito como ela o fazia rir. Ela não o bajulava ou o tratava como um deus. E ele gostava. — Você... não me assusta. — Ela parecia confusa. — E isso te surpreende? Ela soltou um longo suspiro, parou por um momento, depois deu um escárnio irônico. — Eu sou diferente, Mitchell. Eu não estou acostumada a... pessoas. Eu não estou familiarizada com o mundo real. Ele franziu o cenho. — O que você quer dizer? Ele virou-se para encará-la, usando a oportunidade para chegar um pouco mais perto antes de se se inclinar sobre um cotovelo. — Eu vivo em um retiro fora de Monument, Colorado. Minha educação foi... diferente. Eu não tive a oportunidade de viajar para a cidade muitas vezes, e minha interação com as pessoas só vieram daqueles que permaneciam na propriedade, ou o motorista de entrega ocasionais. Então eu pensei que eu estaria mais... nervosa e desconfortável em um lugar desconhecido, cercada por estranhos. E sim, me surpreende eu não estar. Mitch não poderia contemplar a solidão. Ele cresceu no Brooklyn, Nova York, e quando a Reckless Beat estorou, ele se mudou para

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Manhattan, para estar mais perto dos outros membros da banda e seu estúdio. Ele não sabia sobre a natureza ou serenidade ou isolamento. — Você gostou? Segundos se passaram. — Durante a maior parte da minha vida isso era tudo que eu conhecia. Eu estava estudando em casa, então não havia muitas crianças para brincar. Quando me formei, eu fiz um curso de fotografia online, e as poucas vezes que eu deixei a propriedade para ir a Monument ou Colorado Springs, eu não ficava muito tempo. Ele sentiu o movimento da cama quando ela encolheu os ombros. — Mas agora eu estou começando a achar que esse estilo de vida não será suficiente para mim. Ela ficou em silêncio e sua mente derivou da beleza da natureza para a beleza de seu corpo. Ele brigava com sua libido e tentou convencer-se a rolar. No momento, Alana estava bem na frente dele, suas características sombreadas pela luz incandescente dos dígitos vermelhos do despertador. Ele olhou para ela, seu olhar percorrendo o aperto do lençol em seus seios e coxas e voltou para seu rosto. Sua respiração mudou, cada expiração vindo mais longa, cada inalar mais profundo até que não houve nenhuma dúvida quanto ao som de sono. Droga. Ele caiu de costas, esperando, perguntando quando seu pau entenderia e pararia sua saudação à perfeição. Com um acesso de raiva, ele rolou, socou o travesseiro e se resignou a recitar acordes, letras ou contagens de basebol até a sua mente e corpo entorpecerem ao ponto de inconsciência. Mitch abriu os olhos com um susto, e ele se inclinou-se sobre um cotovelo para determinar o que o acordou. Alana estava deitada tranquila ao lado dele, descansando em sua barriga, abraçando o travesseiro. — Desculpe. — A voz de Kate chamou sua atenção. Ela tinha a cabeça enfiada dentro da porta, seu corpo fora de vista. — Eu preciso acordar Alana para que eu possa ir para casa e ficar pronta para o trabalho.

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Ele colocou um dedo sobre os lábios e saiu da cama. Quando a alcançou, ele sacudiu a cabeça em direção à sala de estar. Ela franziu o cenho, virou-se na ponta dos pés, e andou à frente. — Eu vou cuidar dela hoje. — Ele sussurrou, sua voz grogue de sono. Kate olhou para ele por cima do ombro. Ele ergueu as mãos para deter sua resposta. — Ela não pode cuidar de si mesma, e eu não tenho nenhum plano. Basta ligar quando você terminar o trabalho e eu a levarei. Ela se virou para ele e estreitou seu olhar. — Ela não é uma groupie. Ela não vai gostar de ser tratada como uma. Ele levantou o queixo, irritado com sua suposição. Mais ainda no fato de que ela estaria certa supondo que eles discutiriam o tratamento de qualquer outra mulher em seu passado. — Eu sei. Kate abriu e fechou a boca novamente. — Olha, eu gosto de Alana e não me importo de passar o tempo com ela, enquanto você está no trabalho. — Ele deu de ombros, atuando indiferente quando se sentia longe disso. — Ela está segura aqui comigo. Ela deu um sorriso coquete. — Duvido. É. Assim como ela, mas ele não ia admitir isso. — Tudo bem. — Ela abriu a bolsa, vasculhou o conteúdo, e tirou um cartão de visita. — Aqui está o meu número. Se houver algum problema, ligue para mim e eu vou tentar arranjar alguém para me cobrir no trabalho. Ele estendeu a mão para o cartão rosa, mas ela segurou firme. — Prometa que vai tratá-la com respeito. Ele bocejou, passou a mão pelo cabelo, e puxou seu olhar cansado até encontrar o dela. — Sem problema.

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Kate o examinou, as sobrancelhas aprofundando a cada segundo que passava, até que ela soltou o cartão e virou-se com um suspiro. — Certifique-se de me mandar uma mensagem mais tarde, para que eu tenha o seu número. Ele viu sua deixa, tentando não cair no sono no meio da porta de entrada. Depois que ele fechou a trava de segurança atrás dela, pegou um copo de água, usou o banheiro, e foi para o quarto na ponta dos pés. Seu anjo ainda dormia em paz, seu corpo agora de lado, enrolado no travesseiro. Os arranhões em seu rosto haviam perdido sua pungência, não se destacando em sua pele bonita. Tomando cuidado para não acordá-la, ele subiu na cama. Ele olhou para ela, observando-a tremular suas pálpebras, seu peito subindo e descendo. Ele prometeu ser respeitoso, e ele não tinha a intenção de renegar, no entanto não era culpa dele, se a definição de Kate variasse da sua. Com um beijo de despedida em seu escoteiro interior, ele embaralhou para a frente, respirando seu aroma floral quando ele se aproximou. Ele curvou seu corpo no dela, coxa com coxa, de costas para seu peito. Não havia nada de desrespeitoso sobre conchinha. Ambos tinham roupas, não havia nenhum interesse sexual. Bem, seu pau endurecido discordou, mas ele tinha o grande homem sob controle. Ele só queria estar perto dela. Apreciar sua pele delicada e as curvas suaves de seu corpo. Quando ela acordasse, ele iria culpar sua proximidade em seus movimentos durante o sono. Até então, ele ia acariciar sua nuca e torcer para que ele recebesse outra oportunidade de estar tão perto dela. Respeitosamente, é claro. *** Alana acordou gradualmente de um sono profundo, subindo camadas sucessivas de sonolência até que a consciência cumprimentou. Um delicioso calor persuadiu-a de volta ao sono, mas o travesseiro estava duro como pedra e fez seu maxilar doer.

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Ela piscou abrindo os olhos à luz brilhante e visão turva. Pânico roubou o fôlego. Ela não podia ver. Por que ela não podia ver? Ela empurrou algo duro embaixo dela, piscando em sucessão rápida para aliviar a secura, enquanto seu batimento cardíaco trovejava em seu peito. — Querida, está tudo bem. Grandes mãos agarraram seus pulsos. — É Mitch. Seu coração gaguejou e depois desacelerou quando as memórias de ontem começaram a clarear. Mitchell Davies. Vidro quebrado. Respiração quente e palavras sussurradas docemente. Ela olhou para onde suas mãos descansavam. Oh não. Ela havia atacado seu peito. — Travesseiro humano, ao seu serviço. Ela gemeu e se afastou, querendo mergulhar debaixo das cobertas para esconder o calor aquecendo seu rosto. — Oh, não, você não vai. — Braços fortes envolveram sua cintura e a puxaram para seus braços. Outro gemido escapou enquanto ela descansava o rosto em seu peito duro mais uma vez. — Eu aposto que estou fazendo uma impressão duradoura. Seu peito convulsionou com riso. — Eu não me importei em aconchegar, mas não sou fã de baba. Um suspiro explodiu de seus lábios e ela se endireitou. — De jeito nenhum. — Não haveria muita comida de conforto em seu futuro próximo se ela tivesse babado todo o peito de uma celebridade. Sua risada cresceu. — Eu estou brincando... Estou brincando. Você deveria ver a expressão em seu rosto. Alana o golpeou, forte, e sorriu quando sua alegria morreu com um "umph". No segundo seguinte, ela estava de costas, com o corpo em cima dela, suas coxas escarranchando uma dela. Seu peso fez sua respiração

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parar, não porque ele era muito pesado, porque ele era muito delicioso. Malditamente convidativo também. Forte e poderoso, mas suave na forma como ele apertou seus pulsos para cima de sua cabeça. Ela queria moer contra ele, conseguir o mínimo de fricção sobre as partes de seu corpo que ansiavam por atenção. O desejo de ver se um homem podia levá-la ao prazer a fez doer. — Isso não foi legal, — ele rosnou, e seus mamilos se apertaram em resposta. Seu rosto era um borrão de cor, uma mistura de luz e escuridão que a confundiu, então ela fechou os olhos e o imaginou do jeito como ela se lembrava. Seus olhos castanhos encheram sua mente, seu cabelo na altura dos ombros caindo para emoldurar seu rosto. — Você não deveria provocar a garota cega. Algo suave roçou sua pele, então uma coisa áspera. Sua bochecha? Sua barba por fazer? — Que tal eu fazer as pazes com você? — Ele sussurrou em seu ouvido. Ela abriu a boca, mas excitação roubou sua resposta. Infelizmente, seu estômago não tinha problemas em vocalizar. Começou com um baixo resmungo que se transformou em uma chamada selvagem. — Puta merda. Você engoliu um leão? Ela deixou escapar um soluço e virou a cabeça. — Sinto muito, — ele sussurrou e deu um beijo na base de seu pescoço. — Chega de provocar a linda garota cega. Alana engoliu a explosão de prazer ameaçando explodir dentro dela. Ele a estava seduzindo. Essa coisa entre eles não era sobre amor ou emoção ou compromisso. Era sobre gratificação e paixão e luxúria. Não poderia haver futuro com Mitchell, mas seu coração já tinha começado a se juntar a ele, tirando força do toque dele a cada palavra sedutora. — Eu vou pedir café da manhã... ou almoço. O que você prefere? Ela abriu os olhos, não que isso ajude a responder suas perguntas. — Que horas são? Ele moveu seu corpo e ela conteve um gemido de decepção.

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— Doze e vinte e cinco no relógio de cabeceira. Droga! — Onde está Kate? — Ela sentou, tirou o cabelo do rosto e fugiu para o lado da cama. — Não há motivo em levantar. Ela saiu horas atrás. — O colchão saltou, então se acalmou e ela seguiu sua sombra escura ao redor do quarto. — Eu vou cuidar de você até que ela termine o trabalho. Então, deite-se e descanse. Volto em um minuto. Ela caiu de volta para o travesseiro e ouviu seus passos partindo. A hora do almoço significava que ela ainda tinha horas até que Kate terminasse o trabalho. Quase metade de um dia para passar com o homem além de seus sonhos. Ela olhou para o teto e lutou para segurar o sorriso. Até a pintura branca simples aparecia distorcida em sua visão deformada, mas pelo menos a coceira havia diminuído. Não havia dor, apenas um leve desconforto que ela ficaria feliz em ignorar durante a companhia de Mitchell. Sua voz profunda sussurrou através da suíte e sua barriga encheu de borboletas ansiosas. Ele a beijou. Ela torcia para que ele fizesse isso novamente. Nos lábios desta vez. Ela queria se afogar em seus braços, devorar sua boca, e perder o fôlego com ele. Sentindo a necessidade de usar o banheiro, ela fugiu da cama e sentiu seu caminho ao longo do colchão. A partir daí, ela estendeu os braços até que ela chegou a parede. Ela passou a mão ao longo do gesso liso e encontrou a entrada para o banheiro onde Mitchell a levou na noite passada. Voltar para a cama não era tão fácil. Ela não se preocupou em acender a luz quando ela entrou no banheiro, sabendo que os tons nublados de sua visão se tornaria mais confusos. Então ela não percebeu o balcão antes que batesse nele com seu quadril. — Argh. Merda! — Dor irradiava através de sua cintura. Ela agarrou seu quadril e afundou os dentes em seu lábio inferior. — Allie, você está bem?

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A forma doce e familiar como ele falou seu nome a fez sorrir através do desconforto. Não eram muitas as pessoas que a chamavam Allie, e ela amava o jeito como soava em seus lábios. — Sim. Maravilhosa, — ela riu. — Eu decidi me dar uma reconstrução do quadril. — Ela correu os dedos ao longo do balcão e parou na pia para lavar as mãos. — Posso entrar? Ela jogou água no rosto e enxaguou a boca. — Eu estou... A porta se abriu, a luz brilhante fazendo-a piscar. — Eu estou bem, Mitchell. Sua sombra se moveu para a espaço minúsculo, e ela virou o foco de volta para a água fria, tentando não hiperventilar. Ele estava atrás dela, o calor de seu corpo penetrando em suas nádegas. Mãos fortes pousaram em suas coxas e arrastram até seus quadris. — Ainda dói? Ela engoliu em seco, sem saber se ria com sua excitação ou permanecia em silêncio. — Eu disse “estou bem”. — Sua voz veio em suspiros. Ele massageava seus quadris, seu toque penetrando através do material fino da boxer de seda, fazendo com que uma corrente elétrica disparasse através de seu ventre. Sua cabeça caiu para trás para descansar em seu peito e ela fechou os olhos. — Então você quer que eu pare? — Dedos correram ao longo do cós de sua boxer, provocando-a com golpes dolorosos. Ela riu suavemente. — Eu não quis dizer isso. — Mmm, — ele murmurou em seu pescoço, as vibrações fazendo seus seios doerem. — Você é muito minucioso com atendimento ao paciente. Uma mão deslizou de seu quadril, sobre o estômago e até escovar o lado de seu seio. Um gemido escapou de seus lábios e ela agarrou o balcão

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com força. Os dedos da outra mão mergulharam abaixo de sua cintura, lentamente procurando, acariciando. Ele inclinou sua ereção em sua bunda e mordiscou seu pescoço. — Você não seria a primeira a me elogiar sobre isto. Alana endureceu e lutou para controlar o ciúme beliscando seus pulmões. Ele congelou. Depois de longos segundos de silêncio espesso, ele descansou sua testa contra o ombro. — Sinto muito. Isso foi vulgar. — Ele puxou sua mão de seu boxer e suspirou. — Eu não consigo pensar perto de você. Ela estendeu a mão para sua nuca e passou os dedos através dos longos fios de seu cabelo. — Nada demais. Eu estava oitenta e nove por cento certa de que você não era virgem. — Ela sorriu, tentando quebrar o desconforto. — Pelo menos eu estou informada agora. Ele deu uma risada irônica. — Sim, eu definitivamente não sou um santo. Ser sacana acompanha o trabalho, eu suponho. Soltando sua mão, ela se virou em seus braços e olhou para o borrão escuro de seu rosto. — Não diga isso. — Ela sentiu sua forma ao longo dos contornos rígidos do músculo em seu peito, até que ela segurou seu rosto. — Não tenha vergonha de quem você é ou o que você escolheu fazer no seu tempo livre. Sua cabeça balançou ligeiramente. — Eu não tenho, ou não tinha até... Seu coração parou, esperando que ele terminasse a frase. Queria ouvi-lo dizer “você”, não importa o quão tola soaria após o curto período de tempo que passaram juntos. — ...Recentemente. Ela soltou seu fôlego lentamente, disfarçando sua decepção. Suas mãos agarraram seus quadris e ela se aproximou em seu corpo. Ela escovou o cabelo atrás de suas orelhas, e a pressão de sua testa descansou contra a dela. Suas bochechas aqueceram com a necessidade

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de beijá-lo. Ela ansiava pela pressão de seus lábios, pelo golpe de sua língua. Se ao menos pudesse ver. Ela correu os dedos ao redor da sua nuca. — Eu quero que você me beije. Seu peito batia, a fúria de cada batimento cardíaco ecoando em seus ouvidos enquanto esperava sua resposta. Quando nada aconteceu, ela fechou os olhos e começou a rezar em silêncio. Suas mãos abaixaram para a bunda dela, cobrindo levemente. O tempo parou quando sua cabeça inclinou para baixo, e ela engoliu em seco nos segundos que levou para sua boca descer em cima da dela. A pressão era delicada, como seda contra seus lábios. Beijou-a uma vez, duas vezes, sua força crescendo a cada carícia quando ele inclinava sua cabeça para trás para melhor acesso. Ela brincou com o cabelo em sua nuca com traços afetuosos e raspou suas unhas em sua pele. Ela queria mais. Provar, tocar, paixão. Ela queria ser consumida por ele e ser levada à beira da loucura com a ferocidade de sua adoração. Moendo seus quadris no seu, ela se esfregava contra sua ereção, arqueando as costas na dureza que ela desejava ter na mão. Ele rosnou em sua boca, agarrando sua bunda com força e esmagando seu corpo no dela. Ela engasgou, todo o ar escapando de seus pulmões. Ele aprofundou o beijo, suas línguas se chocando quando ele a levantou do chão e a colocou sobre o balcão. Seu peso empurrou entre suas coxas, sua ereção cutucando contra o material fino cobrindo seu sexo. Ela girou seus quadris e puxou seu cabelo, seu corpo exigindo mais. Ele respondeu suas súplicas silenciosas por empurrar nela novamente, deixando a deliciosa fricção de seu pau esfregando seu clitóris. Cada sensação era nova. O sexo prazeroso, a intimidade apaixonada. Não havia nervosismo, nenhuma apreensão. Ela ansiava por mais. Ela queria aprender tudo que Mitchell poderia ensiná-la, não importa o quão pouco tempo teriam juntos. A dor em seu núcleo infiltrava por seu corpo inteiro, levando-a a beijá-lo profundamente, moendo de volta para suas investidas. Sua mão

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esquerda na bunda dela, viajando na frente de seu boxer, além da cintura, em sua calcinha. Ela choramingou ao toque de seus dedos contra seu pacote de nervos sensíveis e sacudiu quando mergulhou mais fundo, penetrando sua buceta. Ela quebrou o beijo, ofegante e balançando-se contra seus dedos. — Por favor, Mitchell. Eu quero você dentro de mim. Ele não respondeu, apenas plantou seus lábios nos dela de volta e roubou o ar de seus pulmões. Seu sexo puxou para ele, puxando os dedos mais fundo até que o prazer se tornou demais. Ela empurrou seu peito. — Pare. Eu quero você dentro de mim. — Não desta vez, — ele sussurrou e roçou sua boca contra a dela. Ela queria fugir, ao apelo para ele a enchesse. Ele não permitia isso, seus lábios exigindo mais de seu beijo. Seus dedos acariciaram dentro e fora, o polegar passando rapidamente sua protuberância a cada inserção. Seus seios gritavam por atrito. Seu núcleo convulsionando com os primeiros sinais de orgasmo. Ela choramingou, tão perto, no limite e prestes a subir. Uma batida distante soou e ela recuou, apoiando uma mão sobre o balcão e outra no peito dele. — Shh. — Ele acalmava, seus dedos continuando seu tormento. — É apenas o serviço de quarto. Eles podem esperar. — Mitchell se inclinou para ela, sua bochecha escovando a dela, os lábios em sua orelha. — Eu não vou atender a porta até que você goze. Ela gemeu, acreditando na sua declaração. Ela fechou os olhos, bloqueando a imagem manchada e concentrou-se na memória de seu grande sorriso olhando para ela no palco. Ele tinha as melhores características faciais, de menino, mas encantador, diabólico e ainda sedutor. Seus lábios foram pressionados contra o lado de seu pescoço e ela inclinou a cabeça para lhe permitir um melhor acesso. Ele a mordiscou, a mordida dolorosa aumentando o prazer batendo entre as coxas. Ela teve que apertar os lábios para conter um grito.

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O ritmo de seus dedos aumentou, seus golpes chegando com mais força, o polegar agora em uma massagem constante contra seu clitóris. Seu abdômen preencheu com calor, seu orgasmo formando e crescendo até que ele assumiu. Ela engasgou. Seu núcleo convulsionou em sincronia com o seu ritmo, e ela balançou os quadris contra sua mão. Ela ignorou o mundo, baixou a cabeça em seu ombro, e deixou que o êxtase conquistasse. Aos poucos, a euforia acalmou, deixando-a em uma respiração ofegante, uma bagunça palpitante no balcão. A batida soou novamente, pela segunda vez, ou a décima, ela não tinha ideia. — É melhor eu atender a porta. — Os dedos dele se retiraram, junto com seu calor. O barulho da água da torneira soou, seguido de um beijo em sua bochecha. Dois segundos depois, ela estava sozinha com apenas o seu batimento cardíaco galopante e pensamentos selvagens para lhe fazer companhia. Enraizada no local, ela piscou para o nada, enquanto seu cérebro se esforçava para processar suas emoções. Ao longo dos anos, ela começou a contemplar sua sexualidade. Talvez os homens não fossem para ela. Ela sempre os achou atraente, tinha cobiçado e fantasiado sobre eles em revistas e na televisão. Simplesmente não tinha sido uma faísca física quando se tratava de sexo. Até agora... Agora ela não conseguia tirar o alívio de sua expressão. Mitchell a havia tocado com habilidade e confiança. Reconhecia que sua experiência teria vindo de uma quantidade excessivamente saudável de experiência. Ele sabia como masturbar, como beijar, como acariciar... e ela não se importava. Ela não tinha quebrado e isso era tudo que importava. Uma lágrima caiu por sua bochecha, e ela a limpou com um suspiro de alívio. Anos de lavagem cerebral da mãe não a tinham aleijado. Ela começou a se preocupar que o trauma de ser cercada por mulheres abusadas tinha afundado nela. Ela nunca manteve o ódio ou o medo profundamente cicatrizado pelos homens como sua mãe se agarrava, mas

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ainda assim, Alana pensou que a aversão poderia ter se instalado em seu subconsciente. Sua interação com o sexo oposto era limitada, suas experiências contaminadas. No entanto, ela se tornou uma mulher que aprendeu a não ter medo das coisas por causa de pesadelos de outras pessoas. Ela ainda segurava apreensão e uma boa dose de cautela, mas seu estômago cheio de borboletas sabia que sua educação não tinha marcado sua capacidade de estar com um homem. Seu coração ficava cada vez mais ligado a Mitchell conforme os minutos passavam. Ele a cobriu com atenção, lutou para protegê-la, saiu do seu caminho para cuidar dela. E agora, ele deu a ela um presente que nenhum outro homem havia conseguido. Calor consumiu seus olhos e seu nariz formigava. Ela fungou e balançou a cabeça. Ela não ia chorar um rio de lágrimas por causa seu primeiro orgasmo terceirizado. Não. Ela ergueu o queixo e respirou fundo. Ela foi criada coberta por um manto de medos e cada dia longe de casa mostrou o quanto ela precisava se libertar e viver sua própria vida. Soltando a respiração, ela fugiu do balcão, endireitou suas roupas, e deu o primeiro passo para uma nova vida que estava clara e brilhante... mesmo que ela não pudesse vê-la.

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Capítulo Seis Mitch deu uma gorjeta ao garçom e mostrou-lhe a porta. Seu estômago roncou. Ele estava morrendo de fome, não só de comida, mas por sua fome voraz por Alana. Quando ele entrou no quarto, ela se arrastou do banheiro, com as mãos para cima enquanto dava passos cautelosos. — Não há nada na sua frente. Se você der três pequenos passos para a frente, vai bater no colchão. Ela sorriu. — Obrigada. Ele olhou para ela enquanto se aproximava da cama. Ela parecia perfeita em suas roupas, casual com seus longos cabelos descansando sobre os ombros e malditamente sexy com a forma com a camiseta enorme pendendo de seus seios. Ele nunca tiraria essa imagem de sua cabeça. Ou seria capaz de puxar a boxer de novo sem pensar nela. — Algo cheira bem. Sua vadia interior respondeu “é você”, mas em vez de expressar o flerte, ele disse:

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— Espero que você esteja com fome. Acho que eu pedi o suficiente para alimentar um time de futebol. Ela passeou junto a seu lado do colchão e sentou-se quando chegou ao travesseiro. — Eu não posso acreditar o quão rápido chegou. Eu só fiquei em alguns hotéis, mas sempre que eu pedi serviço de quarto, demorou muito. — Sim. Outra vantagem do estilo de vida de celebridade. As pessoas costumam sair de seu caminho para fazê-lo feliz. — Ele empurrou o carro mais perto da cama e sentou na frente dela. Um por um, ele colocou os pratos em cima da cama e tirou as suas tampas. Quando olhou para ela, o cenho franzido profundo gravava sua testa. — Qual o problema? — Humm, — ela esfregou a nuca. — Só estou tentando descobrir como vou comer. Ponto para Mitch Davies. — Eu vou alimentá-la. Ela se encolheu e afundou os dentes em seu lábio inferior. — O quê? — Ele riu. — Ser alimentada por meus dedos habilidosos não é atraente? — Ele estava referindo-se a suas habilidades na guitarra, mas o calor no rosto de Alana implicava que ela viu sua declaração de outra maneira. — Por mais que eu gostaria de ser completamente dependente de um total estranho, que por acaso é extremamente rico e famoso, não, eu não estou ansiosa para ser alimentada como um bebê. — Ela ergueu o olhar da colcha e olhou direto através ele. — Não consigo pensar em maneiras muito melhores para me envergonhar. Ele pegou uma panqueca do prato mais próximo, cortou em um pedaço pequeno e segurou-a na frente de seus lábios. Seus olhos se fecharam e ela soltou um gemido suave. — Aquele cheiro divino. — Ela lambeu os lábios e colocou a panqueca contra sua boca. Com educação refinada, ela abriu um pouco e permitiu-lhe alimentá-la. Ele olhou para ela mastigando e teve que engolir o nó na garganta. Ela tinha os lábios mais sexy, ambos cheios feitos para o prazer. Ele não

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conseguia parar de olhar. Precisando de uma distração, ele pegou um pedaço de bacon de um dos pratos e colocou na boca. Nem mesmo a mansidão salgada fez a sua mente vagar. Movendo-se de joelhos, ele embaralhou em direção a ela, deixando suas pernas se tocarem quando estava sentado. Ele precisava prová-la, uma última vez para tirá-la do seu sistema. Em seguida, ele iria comer. Ele se inclinou para ela, e ela inclinou a cabeça em direção a ele, sentindo sua abordagem. Ele rejeitou o avanço suave e lento, sua fome era forte demais, e foi direto para lamber a doçura de seus lábios. Ela empurrou em surpresa, com as mãos vindo a pousar em seus ombros. Ele forçou seu caminho em sua boca, acariciou sua língua contra a dela, e respirou seus gemidos femininos. Ela cedeu a sua força, beijando-o de volta com lambidas suaves que deixaram seu pau duro como pedra. Ele segurou sua nuca e inclinou-se mais para ela, a carne macia de seus seios esfregando contra seu peito. A dor de estar dentro dela crescia, a pressão sobre as bolas dele se tornaram insistentes. — Pensei ter sentido cheiro de comida. — A cama saltou com o peso de Blake. Mitch quebrou o beijo e rosnou. — Timing perfeito, mano. Blake pegou um grande pedaço de bacon e mastigou. — Nós discutimos isso ontem à noite. Se você deixar a porta aberta, eu vou me convidar para a festa, — ele terminou com uma piscadela. Mitch franziu a testa, fingindo uma expressão severa enquanto lutava para não rir. — Basta lembrar na próxima vez que vocês dois quiserem ter diversão. — Continuou Blake. — Se a porta não está fechada, eu vou tomar isso como um convite aberto para participar das festividades. A mandíbula de Alana ficou boquiaberta, e ele balançou sua cabeça como aviso para Blake, que fez uma careta resposta. — Ele está brincando, Allie. — Mitch colocou sua mão sobre a dela e deu um aperto. Ela manteve o olhar baixo e sorriu.

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— Bom dia, Blake. — Bom dia, docinho, — disse ele em volta de outro pedaço de bacon. Suas covinhas saíram em um show lindo de perfeição angelical e Mitch atirou um olhar furioso para Blake. — Você não tem algo melhor para fazer? — Do que comer? — Blake levantou uma sobrancelha. — Não. Eu não tenho nenhum plano até a entrevista mais tarde. Então, eu sou todo seu. Entrevista? — Merda! Eu esqueci completamente sobre a emissora de rádio. Que hora nós temos que estar lá? — Quatro e meia. Porra. Ele tinha planejado passar o dia na suíte seduzindo Alana. Ele não queria tirá-la de sua zona de conforto, e ele não podia deixá-la aqui para cuidar de si mesma também. Seu olhar se levantou para se concentrar diretamente nele em preocupação. — Está tudo bem. — Ele deu-lhe um aperto com a outra mão. — Vou dar um jeito. Eles não precisam de mim de qualquer maneira. O foco geralmente é em Mason. — Não. — Ela balançou a cabeça com uma careta. — Você não vai perder uma entrevista por minha causa. — Eu vou ficar aqui e cuidar dela. — Blake sorriu para ele. — Você é o guitarrista principal, lembre-se. Tenho certeza de que posso encontrar algo que posso fazer para passar o tempo. Mitch apertou a mandíbula. Por que diabos Blake estava empurrando? — Eu ficaria feliz em fazer isso, desde que você não tenha que estar lá, Blake. — Alana manteve a cabeça erguida e o coração de Mitch caiu para seu estômago. Ela já teria virado uma groupie? Ela agora quer ver o que Blake tinha para oferecer? — Acho que seria confortável ficar aqui com ele.

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Seus olhos focaram mais perto de seu rosto e seus lábios inclinaram para cima em um sorriso. — Você disse que ele era gay, certo? Blake se engasgou e estendeu a mão para a boca, enquanto estendia a mão para um copo de suco no carrinho. As veias de Mitch inundaram com alívio e ele jogou a cabeça para trás e riu. Sua garota estava um pouco provocadora. — Você disse a ela que eu sou gay? — Blake desabafou. — Não, ele não disse. — As covinhas de Alana aprofundaram com o sorriso largo. — Eu só estava tentando colocá-lo de volta em seu lugar. A risada de Mitch cresceu, ecoando nas paredes. Blake ficou em silêncio, piscando para ele com a boca aberta. Sua garota era uma provocadora e uma atrevida. Ele se inclinou, deu um beijo em sua bochecha, e deu uma piscada arrogante de volta para Blake. — Certo. Eu acho que há sempre uma primeira vez para tudo. Não me lembro de uma groupie sempre batendo de volta uma de três vias. — Ela não é uma groupie. — Mitch resmungou, e a temperatura no quarto caiu. O que estava acontecendo com Blake? Ele geralmente não era um criador de problemas e ainda assim ele não parava com as reviravoltas esta manhã. — Acho que essa é a minha deixa para sair. — Blake pegou uma panqueca e começou a levantar da cama. — Não! — Alana balançou a cabeça. Ela franziu a testa e ela estendeu a mão para detê-lo. — Eu só estava brincando. Por favor, não vá. Mitch olhou para onde sua mão estava sobre a virilha de Blake e apreciou que seu amigo não fez nenhum comentário. — Por favor, me diga que eu não estou com a mão em algum lugar inapropriado. — A voz de Alana quebrou. — Você não seria a primeira mulher que nós compartilhamos, se é isso que você vai fazer depois, — Blake ronronou. Ela puxou sua mão para trás e apertou os olhos enquanto inclinava o rosto.

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— Me de licença por um minuto. — Ela fugiu da cama e sentiu seu caminho ao longo do colchão. — Alana, espera. Ela balançou a cabeça, a cor agora drenada de seu rosto. As mulheres com que estavam acostumados teriam amado o convite de trio. No entanto, suas mãos tremiam quando chegaram na parede. Ele foi atrás dela, mas a porta do banheiro fechou antes que ele chegasse lá. — Ela está bem? — Perguntou Blake com preocupação. Mitch não tinha ideia. Ele não estava acostumado a mulheres como Alana, frágeis e imprevisíveis. Ele odiava as mulheres fáceis que encontravam um caminho para suas suítes de hotel, mas pelo menos ele sabia o que esperar delas. — Eu não sei. Ela passou por muita coisa nas últimas vinte e quatro horas. — Ele ficou na porta do banheiro e bateu suavemente. — Só me dê um minuto, sua voz vacilou. Em vez de esperar, ele girou a maçaneta, dando-lhe tempo para protestar, se ela estivesse usando as instalações. Quando nada aconteceu, ele abriu a porta e entrou, fechando-a atrás de si. Ela estava sentada no balcão, na mesma posição em que ele tinha dado prazer a ela mais cedo. Ele tentou apagar a imagem de sua mente, para se concentrar no aqui e agora, mas ele não podia desalojar a visão de suas costas arqueadas em grande deleite ou seus lábios enquanto ela ofegava uma respiração. Ela sentou em silêncio, com as pernas balançando acima do chão, com as mãos segurando a borda. Não havia lágrimas, mas seus olhos tinham inegável tristeza. — O que há de errado? — Ela balançou a cabeça e ficou com os lábios fechados preso. — Querida, eu não acho que Blake se importou que você pegou o Johnson dele. — Ele chegou mais perto, movendo-se entre suas pernas. Ela soltou uma risada derrotada, mas não falou. Ele tirou o fio de cabelo de seu rosto.

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— Diga o que está errado. — Eu não sei... Tudo. Qualquer coisa. Estou fora do meu elemento. Eu não sei o que estou fazendo, e estou cansada de tentar. — Tentar? — Ele olhou em seus olhos e desejou poder ler seus pensamentos. — Estou tentando não ficar ansiosa e apreensiva. Estou tentando não me sentir vulnerável e carente. E estou tentando muito não ser um fardo, mas eu não consigo ver nada, e eu não quero irritá-lo. — Ela limpou as mãos sobre o rosto e olhou em sua direção. — Mas acima de tudo, estou tentando parecer indiferente e agir como se não estivesse cada vez mais assustada. — Sua respiração ficou presa na garganta, e ele limpou a lágrima solitária abrindo um rastro brilhante por sua bochecha. — Eu não estou acostumada a isso, Mitchell. Eu não sou como você. Eu provavelmente não sou como qualquer pessoa que você já conheceu. Minha vida é diferente... solitária. — O olhar dela caiu e ela abaixou a cabeça. — Acho que eu deveria chamar Kate para vir e me pegar. Ele a agarrou em seu peito e silenciou suas palavras, tentando acalmá-la. Ele descobriria o que ela queria dizer mais tarde. Agora ele tinha que parar seus pensamentos de ir embora. — Você realmente quer ir? Silêncio. Ele colocou um dedo sob seu queixo e olhou em seus olhos desfocados. — Allie? Ela balançou a cabeça e engoliu em seco. — Não. Um lampejo de esperança acendeu em seu peito, como ele nunca tinha experimentado antes. Ele a abraçou durante alguns longos momentos de silêncio, apreciando o cheiro do cabelo dela e da flexibilidade de seu corpo.

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— Eu sequer tenho roupas para vestir. Ou uma escova de dente. — Ela suspirou e relaxou contra ele. — Eu estou acostumada a cuidar de mim mesma. E gosto de depender de ninguém, especialmente de você. Ele empurrou para trás, segurando seus ombros. — Especialmente de mim? — Você é famoso, e eu sou uma garota sem nome com questões paternais além de sua imaginação. Você não precisa de mim aqui perdendo seu tempo. — E se eu quiser você aqui? E se eu gostar de ter você por perto? Seu olhar caiu. — Como eu disse, eu sou diferente. Você está acostumado a passar o tempo com as mulheres e esquecê-las no momento em que vai ficar embora. Não será o mesmo comigo. Se eu ficar, vou ficar ligada, e isso é a última coisa que nós dois queremos. Ter uma mulher permanente em sua vida nunca tinha sido uma opção ou preferência. Agora, porém, ele não queria nada mais do que passar mais alguns dias com Alana. Ela estendeu a mão para acariciar seu peito levemente, os dedos delineando as linhas diferentes de músculos em seu peito e estômago. Mitch imitou a maneira simples como seus dedos traçaram ao redor de seu corpo, fazendo o mesmo com as pernas. — Por que você continua dizendo que você é diferente? Você parece normal para mim. Ela soltou uma risada irônica. — Eu vivi num casulo durante a maior parte da minha vida. — Ela falou lentamente, como se escolhendo as palavras com cuidado. — Minha mãe teve problemas no passado e não conseguiu superá-los. — Seus dedos mergulharam até sua cintura, provocando seus quadris, fazendo seu pau pulsar. — Ela queria seu próprio mundo, então acho que ela meio que criou um. Ele arrastou os dedos mais alto, para os topos de suas coxas.

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— E isso te faz diferente como? Muitas pessoas vivem em fazendas e raramente conseguem socializar. — Suas mãos mergulharam entre suas coxas, afastando-as e ela respirou fundo. Ela deixou cair a cabeça em seu peito e exalou lentamente. — Você é o quarto homem que me tocou. — Sua voz era um sussurro. — Na vida. Ele fez uma pausa, esperando por uma explicação. — E eu não estou falando apenas sexualmente. Ele parou de respirar. — Não houve nenhum tio para jogar futebol, não houve primos para perseguir ao redor do quintal, sem professores ou treinadores para me tocar no ombro por um trabalho bem feito. Você é o quarto, Mitchell, e o único homem que já me deu prazer. Seus batimentos cardíacos ecoaram em seus ouvidos, altos o suficiente para o mundo ouvir. Ele não entendia. Ela tinha uma beleza impecável, um fascínio natural que não precisa de maquiagem ou roupas extravagantes. Merda, nem mesmo dormindo com uma camiseta folgada o deixava menos duro que um saco de cimento. E, no entanto, ele foi o primeiro homem a trazer-lhe prazer? — Eu não entendo. Ela deslizou as mãos em volta de sua cintura, e traçou os padrões com os dedos na parte inferior de suas costas. — Minha mãe morava aqui em Richmond, é assim que eu conheci Kate. Nossas mães cresceram juntas. E quando minha mãe estava em seus vinte e poucos anos, ela... — Seus dedos pararam. — Ela foi atacada por um homem. Mitch tirou as mãos de suas pernas, uma lavagem súbita de desgosto caindo sobre ele. Ele passou os braços em volta dela por trás e a abraçou, desejando poder tirar sua dor. — Depois que aconteceu, ela não podia mais viver aqui e se mudou para o Colorado. Ela comprou uma propriedade com o dinheiro do meu avô falecido e criou um tipo de refúgio para mulheres em recuperação de abuso. — Allie abraçou de volta, descansando sua bochecha contra seu

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coração. — Além da viagem ocasional para a cidade, eu não estive perto de outros homens de modo algum. Sua mente girava. — Que tal... — Ele tinha tantas perguntas e não sabia por onde começar. — Você disse que eu era o quarto. Quem eram os outros? — Experiências. — Ela riu contra o peito dele, e ele estremeceu com a picada de ciúme. — Quando eu completei vinte e um anos, eu tinha um monte de perguntas que eu queria respondidas. Contra a vontade da minha mãe, eu fui para Colorado Springs algumas vezes e procurei o que eu pensei que eu estava procurando. — Ela encolheu os ombros. — Acontece que esses homens não tinham a sua sutileza. — Ele apertou a mandíbula, incapaz de falar. — Não é tão ruim quanto parece. Ele balançou a cabeça e se perguntou como ela poderia dizer isso. Ela não tinha experimentado uma paixão de infância, um baile no ensino médio, ou até mesmo namorar. — Eu tive contato com o mundo exterior através de telefone e Internet. Eu assistia filmes, lia livros, naveguei pela web, e conversei em salas de chat. Eu vivo uma vida relativamente normal, suponho. Eu só não estou acostumada com a interação com os homens. Ele deu um passo para trás, incapaz de abraçá-la por mais tempo quando a raiva de si mesmo tinha crescido em uma bola que consumia seu peito. Ela sentou-se em linha reta, com o olhar focado quase diretamente sobre o dele. — Cristo. Sinto muito. Você não quis me atender depois do show na noite passada, não é? — Ele reviveu as últimas doze horas em sua mente enquanto passava os dedos pelo cabelo. — Porra. Você não queria ter que beber comigo, e então quando eu quis levá-la para o oftalmologista, você tentou recusar, e eu a pressionei. — Mitchell, não é isso— Maldição. Eu me perguntava por que você se encolheu com o meu toque quando nos conhecemos e por que você não quer ficar por aqui. Todo esse tempo eu achei que você era tímida. — Ele passou a mão sobre a testa, chateado como o inferno que ele tinha sido intolerante para

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suas objeções. — Kate ainda tentou me avisar, esta manhã, mas eu não ouvi. — Mitchell. — Ela empurrou-se do balcão e tropeçou para a frente. Ele pegou antes que ela se corrigisse, e depois deixou cair as mãos de seus braços, não querendo piorar a situação. Ela deu um passo para ele, agarrou seus ombros e olhou para sua garganta. — Sim, eu estava com medo. Mas nunca de você. A única coisa que me assustou foi o quanto eu gostava de seu toque. — Um beijo suave no seu queixo rechonchudo o fez fechar os olhos. — Minha mãe me educou acreditando que todos os homens são... — Ela suspirou. — Você não era o que eu estava esperando. Eu gosto de você, e essas três palavras são algo que eu nunca pensei que teria a oportunidade de dizer a um homem. Então, quando eu digo que eu estou tentando me adaptar e tentando não me sentir vulnerável e carente e com medo, é exatamente o que eu quero dizer. Ele olhou para ela, odiando-se por empurrá-la em algo que ela não estava preparada. Ele nem conseguia encontrar as palavras para se desculpar. — Por favor, me toque, Mitchell. Uma última vez antes de eu ir embora. Apertando os olhos fechados, ele lutou para se controlar. O medo apoderou-se dele pelas bolas e o segurou firme. Nojo agitando sua barriga. Ele queria segurá-la nos braços e protegê-la do mundo, assim como sua mãe havia feito toda a sua vida. Suas mãos corriam pelo seu rosto e sob sua camiseta, suas pequenas unhas vasculhando uma trilha até seu peito. Cristo! Ele precisava pensar. Seu sangue queimava em suas veias, instigando-o a levanta-la nos braços e levá-la para a cama, mas como poderia? Como ele poderia afundar-se em uma mulher frágil e ignorar o medo de que ele poderia quebra-la? — Não pense. Não julgue. Basta fingir que eu não estou danificada e fazer amor comigo antes que eu vá. Por favor.

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Dedos

delicados

encontraram

seus

mamilos,

beliscando,

esfregando até que ele precisou morder a língua para permanecer no controle. Sua ereção empurrou entre eles, implorando por atenção. A necessidade construindo dentro dele, crescendo e se transformando até que ele quis cair de joelhos em sinal de rendição. — Mitchell? — Ela beijou seu pescoço, arrastando os dedos pelo peito dele, sobre seu estômago. E para baixo. Quando ela agarrou seu pênis, ele sussurrou em uma respiração e tudo dentro dele explodiu. Seus lábios encontraram os dela e uma mão segurou seu rosto. Ele abriu a porta e a arrastou para trás, para o quarto. Ele devorava, provando todas as partes de sua boca, e apertando-a contra o peito, pois não conseguiria deixá-la ir. Ela choramingou, os sons carentes afundando em sua alma, seus dedos delicados apertando sua cintura. Levantou-a, arrastando a bunda dela em suas mãos, enquanto suas pernas foram ao redor de seus quadris. O calor de sua vagina queimava através de sua boxer. Suas mãos em concha em seu rosto, mantendo os lábios nela enquanto caminhava para a cama. Quando os joelhos bateram o lado do colchão ele a soltou, deixandoa cair sobre a colcha macia. Os pratos e talheres colidiram do outro lado da cama. Sua festa de café da manhã ainda estava lá, a comida agora oscilando em ângulos estranhos com o peso. E Blake não se encontrava por perto. Não se arriscando, Mitch caminhou até a porta do quarto e encontrou o amigo sentado no sofá, laptop na mão. — Vou fechar a maldita porta. Se você se masturbar, eu vou quebrar seus dedos. Blake sorriu. — Sem problema. Eu só vou colocar meu ouvido contra a parede e ouvir. Mitch cerrou o punho e deu um passo ameaçador para frente. — Eu estou brincando. — Blake riu. — Nossa, relaxe. Mitch continuou olhando quando ele bateu a porta.

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Em três passos, ele estava na cama, andando de joelhos em direção a Alana. Ela descansava em seus cotovelos, seus olhos olhando sem foco sobre a colcha ao lado dela. Ele lamentou não poder salvá-la do mal ontem, mas agora seu desejo de tê-la olhando para ele fez seu peito doer. Ele precisava que ela visse a emoção em sua expressão, porque o pensamento de colocar seus sentimentos em palavras o assustava. As palmas das mãos começaram a suar, um nó em sua garganta. Não havia tempo para respirar. Sem tempo para pensar. Ele queria estar dentro dela e seu mundo iria acabar se ele não chegasse lá em breve. Ele agarrou a cintura de sua camiseta, a arrancou e jogou no chão. A cabeça dela virou, seguindo o barulho e quando ele sentou-se sobre os calcanhares, simplesmente olhando para seu rosto, ela franziu o cenho e piscou para ele. — Mitchell? Ele se aproximou, odiando a confusão em sua voz. — Sim, querida? — Eu... Eu não posso ver. — Ela engoliu em seco e se sentou. — Eu preciso que você me diga o que fazer. Mostre o que fazer. Ele se arrastou mais perto até que eles estavam a uma polegada de distância. — Só me toque. — Ele pegou suas mãos e as colocou sobre seu peito, uma sobre seu coração. Inclinando-se, ele mordiscou seu queixo, beijou seu pescoço. — Eu quero que você me toque em todos os lugares. Sua cabeça caiu para o lado, dando-lhe um melhor acesso para lamber e beliscar e acariciar. Seus dedos caíram para seu peitoral, escovando cada uma de suas costelas, e parou no cos de sua boxer. Sua mente gritou para ela ir mais para baixo, apertá-lo novamente e aliviar um pouco seu sofrimento. — Allie, você tem certeza que quer fazer isso? — Ele lambeu uma trilha ao longo de sua clavícula. — Sim, — ela ofegava. — É tudo que eu quero. — Ela abaixou o elástico na cintura dele. — Só você.

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Ele a ajudou a tirar o boxer, os pratos na cama colidiram quando ele puxou primeiro uma perna, depois a outra. Ele sentou-se nu diante dela, e respirou lentamente pela incerteza. As mulheres geralmente o devoravam com os olhos, os lábios, a língua. Ele não estava acostumado a ficar sem os olhares de admiração. Ele nunca tinha percebido o impulso que dava ao seu ego. Alana estendeu a mão para a barra de sua camiseta e a puxou sobre sua cabeça. Ele fechou a boca para impedir-se ficar de boca aberta e simplesmente olhou para ela, encantado em sua beleza. Ela tinha o corpo perfeito, exatamente como ele esperava. Curvilínea, seios grandes com mamilos rosa escuro, e uma cintura fina que ele mal podia esperar para pegar. — Espero que você não esteja me olhando. — Ela sorriu para ele quando ela começou a baixar o boxer solto e sua calcinha ao mesmo tempo. — Lamento decepcionar. — Sua voz estava rouca. Alana lambeu os lábios, um gesto nervoso que fez seu pau pular em um esforço para derrotar sua excitação. — Você é linda. Seu olhar baixou pra suas mãos e veio passar sobre os ombros, no pescoço. — Beije-me. Isso não precisa ser dito duas vezes. Seus lábios pegaram os dela, suaves no início, em seguida, a pressão transformou-se em uma urgência incontrolável. Eles agarraram um ao outro, com as mãos no corpo um do outro em um frenesi que ele não podia entender e não contemplou. Ele se inclinou para ela e a abraçou perto enquanto ele a abaixava para os travesseiros. Ela estava em seus braços, seu olhar desfocado em torno de seu queixo. Seus quadris pressionando nos seus, as pequenas oscilações fazendo-o esfregar sua ereção contra seu sexo. Ele resmungou e passou a mão sobre os seios que imploravam para serem acariciados e uma cintura que ansiavam por ter beijos arrastado nela. Seus dedos descansaram em seus ombros, seu aperto se tornando mais forte.

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Quando chegou ao monte de cachos entre suas coxas, ela respirou fundo. O cheiro almiscarado de sua excitação era inebriante e hipnótico no ar. Mais tarde ele iria prová-la, chupar os lábios de sua buceta em sua boca como seu banquete. Mas agora ele queria tocá-la. Ele arrastou para baixo, roçando seu clitóris e sorrindo para si mesmo quando ela resistia. — Você mencionou antes que nenhum homem jamais lhe deu prazer. Ela assentiu com a cabeça. — A não ser você. — Então me diga agora, posso fazer você se sentir bem? Ele passou o dedo indicador através dos sucos molhados de sua fenda e ela respondeu com um suspiro. — Sim, — ela ofegava, engolindo em seco. — Eu amo como você me toca. Com lentidão provocante, ele colocou dois dedos dentro de seu núcleo, em seguida, retirou. Ele repetiu o movimento, uma e outra vez, cada vez afundando um pouco mais até que suas mãos agarraram-se à cabeceira da cama e ela gemia com necessidade. Ele abaixou-se para baixo de seu corpo, lambendo um caminho até seu estômago. Uma de suas mãos segurava seu cabelo, seus dedos segurando os fios apertados o suficiente para deixar seu pau mais duro. Ele beijou seus cachos e circulou seu clitóris com a língua. — Oh, Deus, Mitchell. — Seus quadris balançaram com seus golpes, cada movimento afundando-os mais fundo. O som de seus gritos, a sucção de sua buceta, o calor de seu corpo, deixaram-no selvagem. Ele precisava pegá-la. Afundar nela. Dedicar-se a mulher mais atraente que ele já tinha visto. Ele torceu e virou os dedos a cada retirada, na esperança de encontrar seu lugar doce. Ao mesmo tempo, ele chupou seu clitóris em sua boca. Duas pancadas mais tarde, ele foi recompensado com o primeiro espasmo de seu núcleo.

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— Mitchell! — Ela gritou o nome dele e puxou seu cabelo. Ele não parou. Ele trabalhou com mais força, sacudindo e lambendo o feixe de nervos até que suas costas arquearam para fora da cama e ela engasgou com prazer. Observá-la se contorcer no orgasmo o encheu com uma emoção avassaladora. Seu coração palpitava, seu estômago virou, e sua garganta

apertou.

Ele

cerrou

os

olhos

fechados,

em

silêncio,

agradecendo-lhe pela confiança que ela tinha presenteado a ele. Aos poucos, seu corpo ficou imóvel, o único som entre eles vindo de suas respirações frenéticas. — Pronta para a segunda rodada? Ela riu quando ele fez o seu caminho até seu corpo, mordendo e lambendo sua carne salgada. Ele não podia olhar em seus olhos, não agora. Mesmo que ela não pudesse vê-lo, ele ainda se sentia exposto, com o coração na manga pronto para dar a ela. — Eu acho que eu nunca vou querer parar. Ele roçou os dentes acima de seu peito. — Não me diga isso ou eu nunca vou deixar você ir. Ela apertou os lábios em um sorriso tímido. Ele estendeu a mão para a mesa de cabeceira e pegou uma camisinha. Enquanto ele a vestia, ela correu as unhas para baixo de sua cintura, enviando arrepios em uma trilha queimando em torno de seu corpo. — Mitchell? Ele descansou entre suas coxas, acariciou a base de seu pescoço e inalou o cheiro persistente de seu perfume. — Mmm? — Podemos fazer isso de forma diferente? Ele se inclinou para trás em seus braços e olhou para ela. — O que você quer dizer? Sua garganta convulsionou engolindo. — Posso estar por cima? Ele piscou. Havia 24 horas em um dia? Claro que sim. — Eu acho que posso acomodar isso.

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Segurando-a pela cintura ele mudou suas posições, rolando-os para a borda da cama king-size e longe dos pratos barulhentos. Ela empurrou de joelhos e paiou o calor de seu sexo acima de sua ereção. — Eu nunca— Eu sei. — Ele agarrou seus quadris e aterrou seu comprimento ao longo de sua fenda. Ela subiu mais alto, permitindo-lhe posicionar a cabeça de seu pau em sua entrada. Lentamente, ela baixou sobre ele, levando-o centímetro após centímetro agonizante em sua buceta apertada. Ele gemeu, agarrou a cabeceira da cama, e fechou os olhos. Ele estava completamente perdido em sua perfeição. Suas mãos repousavam sobre seu peito quando ela começou a subir e descer. Ele apertou os dentes, tentando não deixar que o aperto confortável em seu eixo o levasse ao limite. Cada ondulação torturava-o com puro prazer, avançando-o cada vez mais perto de terminar. — Você está quieto... Estou fazendo errado? Porra. Ele era Marcel Marceau1, incapaz de dizer uma palavra, por medo de perder o controle. Ele apertou a cabeceira mais forte, respirou fundo e foi para o seu lugar feliz. — É tão bom, Allie. Não pare. Ele precisava tocá-la, se concentrar no que ela precisava antes que ele explodisse todo o seu gozo. Liberando seu aperto, ele abriu os olhos e descansou as mãos sobre suas coxas. Seus quadris balançaram mais rápido ao seu toque. Ele deslizou as mãos até seus quadris, ao longo de sua cintura, e segurou seus seios, provocando os mamilos entre os dedos. — Oh, sim. — Ela apertou com mais força. Estendeu suas mãos para segurá-la no lugar e ela gemeu, sua buceta ordenhando-o, apertando com mais força. Pratos batiam, tigelas caiam, mas ele não se importava. Seus dentes perfuram o lábio inferior e ela inclinou a cabeça para trás, montando-o como um pônei premiado. Ele contrariou dentro dela, aumentando seu ritmo. 1

Marcel Mangel, mais conhecido como Marcel Marceau ou Mime Marceau, foi o mímico mais popular do período pós-guerra.

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— Oh, Deus, você me faz sentir bem. Como o fogo e seda e o céu. Tocou-se, e ele fechou os olhos para a imagem erótica que ela fazia. Ele empurrou quando seus dedos roçaram suas bolas, não esperando o orgasmo repentino e impressionante. — Querida, não... Eu estou... Eu estou quase lá. Um sorriso inclinou os lábios, mas ela o ignorou e levemente massageou suas bolas, enquanto a outra mão mergulhou mais baixo para brincar com seu clitóris. — Provocadora. Ela sorriu para ele, mostrando suas covinhas. Droga, ele queria isso em sua boca. Sentou-se, pegando o seu ofego com os lábios e enviou a sua língua em busca dela. — Cavalgue. — Ele exigiu com um golpe de sua pélvis. Os pratos na cama pontuavam seus movimentos com um tinido. Suas pernas se moviam em torno de sua cintura e as mãos ao seu rosto. Ela chupou sua língua e se afastou, seus quadris se retirando em seguida, voltando, retirando-se em seguida, voltando. Ele fechou os olhos, concentrando-se em nada além do modo como seu calor escorregadio deslizava sobre seu pênis. Quando ela quebrou o beijo, ofegante em seu pescoço, ele agarrou sua bunda com as duas mãos e empurrou com força. Seu grito encheu o quarto e suas costas arquearam, levantando seus seios perto de seu rosto. Suas bolas começaram a apertar com um clímax iminente que não tinha esperança de controlar. Ele abaixou a cabeça contra o peito, puxou um mamilo em sua boca e chupou forte. — Mitchell! — ela gritou no clímax. Seu nome foi a gota d'água no castelo de cartas. Ele gemeu, muito e alto, sacudindo-se em seu corpo. Ele ignorou o choque dos pratos e se concentrou em Alana. Ela afundou os dentes em seu ombro, e com cada pulsar de seu sexo, a sucção de seus lábios apertaram. Montou as explosões de êxtase, segurando-a contra ele, afundando os dedos em seu cabelo.

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Aos poucos, o prazer se desvaneceu, dissipando até que seus músculos ficassem pesados e moles. Ela suspirou em seus braços, o arfar do peito desacelerando. Ele correu os dedos pelos seus cabelos e beijou sua cabeça, examinando os destroços que cobriam o outro lado da cama. — Eu acho que posso ter arruinado o café da manhã.

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Capítulo Sete — Seu cabelo é macio como seda. Alana fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás. Mitchell sentou atrás dela na cama, os dedos acariciando seu cabelo, desembaraçando o que ela sabia que deveria estar uma confusão incontrolável. — Devo usar a escova? — Sua respiração sussurrou sobre seu pescoço e ela estremeceu. Ela estava sem fôlego e sem palavras e sem sentido toda a manhã. Ela só podia assentir. A escova alisou o cabelo com movimentos suaves, acariciando. Ocasionalmente, Mitchell atingia um obstáculo, parando um momento e depois tratando-a como se ela tivesse pequenos fios de vidro crescendo em seu couro cabeludo. — Não se preocupe em ser gentil. Você vai ficar sentado aí por horas tentando desfazer os nós. — Eu não quero te machucar. — Ele puxou o cabelo para o lado e deu um beijo escaldante na base de seu pescoço.

~ 85 ~


— Você não vai, — ela sussurrou. Ele estava adorando-a desde que eles fizeram amor. Primeiro, ele encantou uma das empregadas para limpar a bagunça no quarto, pagando-a com uma quantia que fez a senhora jorrar. Ele então pediu um segundo café da manhã e alimentou Alana com a mão, provocando e seduzindo-a mais uma vez com mordidas de comida entre beijos suaves. Com a visão limitada, ela não sabia o que viria a seguir, as panquecas que se fundiam em sua boca ou os lábios quentes de um homem por quem ela estava começando a se apaixonar. — Vocês estão prontos para ir? Alana olhou para a voz de Blake e sorriu. — Ahh, eu acho que sim, — respondeu Mitchell. — O cabelo dela parece bom? Blake riu. — Ela parece gostosa. — Não é a resposta que eu estava procurando, — Mitchell murmurou. Ela levantou a mão para a escova. — Eu tenho certeza que ele está bem. Eu não vou ser o centro das atenções de qualquer forma. Ela ainda não sabia como Mitchell a havia convencido ir junto para a entrevista. Na verdade, isso era uma mentira. Ele a seduziu para concordar. Quando seu segundo café da manhã chegou, também veio uma pilha de roupas, lingerie, seus colírios necessários, e produtos de higiene. Tudo para ela. Tudo dele. Lágrimas ardiam seus olhos por sua consideração. Mas foi a maneira como ele prestou atenção a ela no chuveiro que a convenceu a ir junto com ele para a emissora de rádio. Não importou o quanto ela protestou a capacidade de tomar banho, ele não deu ouvidos. Ele a levou para o calor da água e acariciou sua pele com sabonete, suas grandes palmas viajaram sobre cada centímetro de seu corpo. Sua coxa roçou a dureza de sua ereção em várias ocasiões, mas ele nunca reconheceu sua excitação. Dedicou-se a cuidar dela e de seu coração ligado um pouco mais a ele com cada golpe contra sua carne.

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— Vamos lá, então. — Mitchell agarrou sua mão e a levou da suíte. Um turbilhão de emoção se encontrou com eles no lobby. Pessoas cumprimentaram Mitchell e Blake, fãs gritavam ao longe — muito longe para ser de dentro do hotel e a segurança murmurando instruções sobre onde andar. O ruído ensurdecedor fazia seu peito pulsar, suas mãos suarem. — Mitchell, eu não posso fazer isso. Ele apertou a mão dela. — Eu estou com você, querida. Estamos quase lá. Eles andaram rápido e ela se esforçou para se manter. Sombras escuras turvavam a visão dela, fazendo-a se agarrar em sua cintura para procurar apoio. A qualquer momento ela esperava tropeçar em alguém ou alguma coisa e cair de cara no chão. — A parte de trás está livre, querida. Você não tem nada com que se preocupar. — Blake deu um tapinha em seu ombro, seu apoio dando a ela uma dose necessária de conforto. A sala ficou mais brilhante a cada passo, as sombras se destacando contra o brilho. Passos rodeavam os deles, portas abriram e fecharam, havia o zumbido de um motor, e ainda o segurança instruindo-os, — Deixe-me mostrar o caminho. O carro está do lado de fora. Você leva o banco do passageiro, Mitch e a mulher atrás. Seu sangue engrossou com cada batida, cortando seu oxigênio, tornando difícil respirar. — Abaixe a cabeça, Allie, e suba. Ela fez como instruído, seguindo Mitchell no veículo e deslizando ao longo do banco traseiro para sentar-se ao lado dele. Ninguém falou durante o passeio. O murmúrio do rádio e o clique ocasional do indicador eram os únicos ruídos quebrando o silêncio. Ela se inclinou para ele, recuperando o fôlego e tentando não esfregar sua perna contra Tony, o segurança que estava sentado do outro lado dela. — Logo estaremos lá, — Mitchell sussurrou, acariciando atrás de sua orelha. Ela sorriu e apertou sua mão.

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— Você ainda está feliz por ter um café no andar de baixo sozinha? — Sim. Eu ficarei bem. — Alana se recusava a ser uma distração, afirmando que permaneceria no carro se necessário. O compromisso sugerido por Tony era para ela esperar no café no térreo até a entrevista terminar. Mitchell, e até mesmo Blake, tinham protestado, mas Alana não concordaria em ir de outra forma. Ela poderia sentar sozinha, beber um café, e ouvir a conversa, podia se misturar com as pessoas por um curto período de tempo. Se ela encontrasse um problema, ela pediria uma garçonete para ajudar. — Eu vou sair primeiro, — a voz grave de Tony a assustou, fazendo sua frequência cardíaca subir de novo para níveis indesejáveis. — Sem discussões aqui, — respondeu Blake. — Quando se trata das fãs, eu prefiro muito mais tê-las apalpando você do que eu. — Elas realmente apalpam? — Alana murmurou no ombro de Mitchell. Ele riu. — Infelizmente elas pegam qualquer coisa que conseguem tocar. Ela se encolheu. — Acho que vou ficar no carro até que Tony possa voltar e me pegar. Ele soltou sua mão e correu sobre os ombros, puxando-a para mais perto de seu corpo. — Eu não vou deixar nada acontecer com você... novamente. — O arrependimento em sua voz era palpável. — Ok, aqui vamos nós. — O carro parou e Tony saiu, deixando entrar uma onda de gritos antes que ele fechasse a porta. — Não há nada com que se preocupar, querida. — Blake tranquilizou. — Estamos na entrada dos fundos do prédio e há apenas algumas pessoas nas portas. Os seguranças já tem tudo sob controle. Algumas pessoas? Ela não era surda. Em vez de alertar para o fato de que ela ouvia metade de Richmond sob as sirenes no carro, ela balançou a cabeça e engoliu a bile subindo em sua garganta.

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— Tudo bem. A porta de Blake abriu, e depois a de Mitchell. — Eu pego você. — Ele segurou a mão dela e a tirou do carro. — Logo que entrar e encontrar o resto dos caras, Tony vai te levar na cafeteria. Ela tropeçou no meio fio, e mais uma vez ao longo do caminho, suspirou de alívio quando enfim passou a multidão gritando e entrou na relativa segurança do prédio. — Fácil como fãs em uma noite de show, não foi, Al. Ela se encolheu com a analogia, mas não pôde deixar de sorrir. — Sim. Tão fácil como eu suponho que fãs são nesses tipos de ocasiões, eu tenho que concordar. Uma

voz

feminina

chamou

“Mitch?”

e

Alana

ingeriu

involuntariamente. — Vocês estão prontos? — Sim, mas primeiro eu quero que você conheça alguém. Leah, esta é Alana. Allie, esta é a nossa impressionante e talentosa assessora da banda, Leah. — Prazer em conhecê-la. — Alana levantou a mão para a sombra na frente dela e esperou pelo melhor. Houve uma pausa desconfortável que fez o cabelo de sua nuca subir e uma mão macia agarrou a dela em um aperto firme. Eles estavam se comunicando por trás de suas costas... bem, provavelmente, bem na frente de seus olhos, ela sentiu isso. — Você... também, Alana. — As palavras de Leah saíram entrecortadas. — Houve um problema na noite passada com o babaca que você demitiu. Ele jogou um vaso de vidro que quebrou no rosto de Alana. No momento, ela não pode ver. — O quê? — Leah suspirou. — Por que não fui informada? Eu preciso ser informada dessas coisas, Mitch.

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— Está tudo bem. Acalmem-se. Ela está aqui para que eu possa ficar de olho nela. Vou tomar conta dela para compensar a posição em que a coloqueiAlana escondeu seu desapontamento por trás de um sorriso enquanto os dois falavam. Suas palavras arrancaram a felicidade de seus pulmões. Era isso o que ele estava fazendo? Cuidar dela para compensar o que aconteceu? Se fosse esse o caso, ele não precisava ter se preocupado. — Eu tenho que ir. — Mitchell beijou sua testa. Ela apertou os lábios para conter sua emoção, embora seu orgulho ferido pedia a ela para se afastar. — Tchau. — Ela deu um aceno indiferente. Seu calor continuava a cercando momentos mais tarde, quando as manchas de sombras ao redor deles desapareceram no fundo. Mãos agarraram apertados seus ombros e a nuvem escureceu seu rosto e encheu sua visão. — Qual o problema? Ela balançou a cabeça, não querendo abrir a boca. Se ela falasse, diria a ele para largar a atuação de cavaleiro de armadura brilhante e para chamar Kate para buscá-la. — Nós nos conhecemos a menos de vinte e quatro horas e, no entanto, já posso sentir quando alguma coisa está errada. Por favor, me diga, caso contrário, eu não poderei me concentrar na entrevista e vou acabar bancando um idiota. Por um segundo, seus lábios se contraíram em humor, mas depois lembrou-se por que ela estava chateada. — Tudo entre nós foi por obrigação? O sexo, a roupa, o chuveiro? Você estava fazendo isso porque pensou que tinha obrigação? — Sua voz quebrou na última palavra e ela torceu o nariz, lutando contra as emoções determinadas a se libertarem. Um beijo rápido e firme pousou em seus lábios, assustando-a. — Eu já lhe disse antes, eu digo coisas estúpidas perto de você, porque você me faz perder o foco. Eu não quis dizer isso dessa maneira.

~ 90 ~


— Sua boca acariciou a dela novamente. Desta vez, mais suave, mais doce. — Eu sinto muito. Quando isso acabar, eu acho que todo mundo vai voltar para o hotel para algumas bebidas. Esperemos que então eu possa relaxar um pouco e deixar de trocar os pés pelas mãos. Alana inclinou o rosto para roubar outro beijo. — OK. — Ela não estava convencida, mas ela não seria uma rainha do drama e chamá-lo de mentiroso também. No momento, ela tinha tempo na manga e gastar um pouco mais com Mitchell não seria uma tarefa árdua. Ela só esperava pelo amor de seu coração que ele estivesse dizendo a verdade. — Você está pronta para tomar um café? — A voz de Tony veio do lado dela, e o calor de Mitchell deixou seu corpo. Uma lavagem momentânea de apreensão cutucou seus sentidos com a ideia de ser levada por um outro homem desconhecido, mas ela suprimiu os julgamentos que sua mãe tinha tentado incutir nela. Mitchell, Blake e até o filho do oftalmologista lhe tinham mostrado apenas bondade. Ela faria o seu melhor para confiar em Tony também. — Com certeza. — O café seria seu salvador. Um grande balde cheio. Uma mão agarrou a dela e colocou-a para descansar na curva de um grande braço. — Não se preocupe. Vou me certificar de que você se instale. — Tony a levou para a frente, dando passos lentos para que ela pudesse acompanhar. — Eu te vejo mais tarde, querida. — A voz de Mitchell se afastava juntamente com o som de seus passos. Tony caminhou com ela para o café em silêncio, só parando por um momento para abrir a porta. Dentro o ruído cravava sua ansiedade. Vozes se fundiram, algumas em voz baixa, outras fortes e desagradáveis. A máquina de café vaiava, talheres batiam, passos soavam, e sinos tocavam. Ela teve que fechar os olhos e confiar em sua orientação, enquanto tentava se acalmar. Ele bateu a mão em segurança.

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— Aqui, querida, escolhi um lugar para você. Ele pegou seus dedos e colocou-os sobre as costas de uma cadeira. — Obrigada. — Ela sentiu a mesa, em seguida, o assento e virou-se na sua direção antes de se sentar. — Você está contra uma parede e a apenas algumas filas do caixa. Ela assentiu. Pelo menos se ela tivesse algum problema, ela sabia onde procurar ajuda. Ela ficaria bem apesar de tudo. Logo que ela tivesse um café na mão, ela poderia relaxar e simplesmente sentar e pensar. Talvez até reviver algumas das memórias sedutoras de hoje de manhã. — O que você gostaria que eu pedisse para você? — Um cappuccino com dois açúcares, por favor. — Ela pegou o dinheiro em seu bolso e tirou uma nota. — Você tem certeza que é tudo que você quer? — Ele perguntou, com a voz rouca, mas profundamente solidária. — Mas as mulheres geralmente querem

o desnatado,

soja, caramelo, mocha, duplo

descafeinado merda latte ou coisas assim? Alana riu. Tony claramente não era do tipo tagarela. Ela apreciava sua tentativa de deixá-la confortável. — Não. Eu não sou um tipo de garota de merda latte. Ele deu uma bufada de risos e lhe afagou a mão apoiada sobre a mesa. — OK. Um cappuccino padrão então. Vou fazer o pedido, mas não poderei esperar. Preciso verificar o ponto de saída e me certificar de que meus filhos estão bem. — Não é um problema. — Ela levantou a nota na mão. — Não se preocupe, querida, Mitch já me deu um bônus grande o suficiente para cuidar disso. Estou começando a pensar que ele pode realmente gostar de você. Seu coração se apertou e ela não tinha ideia do porquê. Talvez tivesse algo a ver com as outras pessoas percebendo seu interesse quando ela fisicamente não podia vê-lo, ou que ela temia que ele perderia o interesse nela a qualquer momento. De qualquer maneira, seu peito fazia coisas engraçadas só de pensar em Mitchell.

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— Vou fazê-los trazer o café para a sua mesa e pedir-lhes para manter um olho em você. — Obrigada. Ele saiu sem dizer mais nada. Ela tamborilou com os dedos sobre a mesa, brincou com os saleiros, brincou com seu cabelo. Tempo arrastando. Estabelecer contato visual sempre foi o seu forte. Não só pela clareza, ela tinha a capacidade de ver as coisas de forma diferente do que as outras pessoas. Ela encontrava beleza em configurações. A mãe alegou que era a razão pela qual as fotos de Alana vendiam tão bem. Perder sua visão cortou-lhe fundo. Ela queria ver os prédios, a linha do horizonte, as colinas. Ela coçava para capturar momentos no tempo com sua câmera e aperfeiçoá-los com efeitos especiais em seu computador. Em vez de permitir que a melancolia tomasse posse, ela se concentrou em seus outros sentidos. Café moído na hora obstruía o ar e os pulmões ansiavam a cada respiração. Em casa, ela morava perto da loja onde comprava. Era potável, mas nunca teve o perfume delicioso que, atualmente, enchia a sala. O barulho não a perturbava. Um casal de idosos conversava em voz baixa a esquerda, suas vozes exibindo a fragilidade da idade. Haviam mulheres ansiosas perto da frente da loja rindo, sem se importar que a conversa era facilmente ouvida. — Um cappuccino com dois açúcares? — Uma voz feminina veio do seu lado. — Sim, muito obrigada. — Ela ouviu o barulho da xícara, o tilintar da colher de café, em seguida, os passos quando a mulher se retirou. Alana sentiu a xícara e espalmou a louça quente em suas mãos. Quando ela levantou a caneca aos lábios, um arrepio percorreu sua espinha. As pessoas estavam olhando para ela? Falando sobre ela? Ela ignorou a paranoia e tomou um gole de café. O líquido quente queimou a língua e queimou o fundo de sua garganta, e ainda assim, ela saboreou cada segundo. O gosto era rico e cremoso, com uma pitada de perfeição

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doce. Ela não precisava de duplo, caramelo, mocha, descafeinado ou o que Tony chamou. Puro e simples era divino. Tempo escorria. No final de sua bebida, ela estendeu a mão para o celular em seu bolso, então pensou melhor. Nenhum ponto em ir em busca de um relógio se ela não podia ver. Com um suspiro, ela começou a mexer. Mitchell não poderia demorar muito mais tempo. — Desculpe. — A voz feminina veio da mesa à sua esquerda. Alana ignorou. — Sinto muito, mas meu marido e eu estávamos discutindo como você parece muito com alguém que conhecíamos. A sombra de uma pessoa se aproximou de sua mesa e Alana sentiu que as palavras foram dirigidas a ela. — Você mora por aqui, querida? — Era a mulher idosa que estava sentada na mesa próxima. — Não, desculpe. A minha mãe morava aqui há muito tempo atrás, mas esta é minha primeira visita a Richmond. — Ela balançou a cabeça em concordância e ergueu a xícara de café para seus lábios, mesmo ela estando vazia. Houve uma pausa, algumas palavras sussurradas. — Eu não quero incomodar você, mas qual é o nome de sua mãe? Alana sorriu através do desconforto de não ser capaz de fazer contato visual e manteve o olhar abaixado. — Susan Shelton. Uma cadeira raspou ao longo do chão e um homem por perto limpou a garganta. Ela esperou por uma resposta, acariciando os lados de sua xícara de café. A probabilidade de alguém aqui conhecer sua mãe era pequena, mas seu nome parecia ser uma comporta para a conversa. — E quantos anos você tem, minha filha? — A voz do homem veio agora, frágil e cheia de dicas de antecipação. — Humm. — Ela franziu o cenho, mal-estar cobrindo sua pele. — Eu tenho... vinte e sete. — Ela ouviu um suspiro e uma sensação inebriante de mau agouro obstruiu sua garganta. — Por que a pergunta?

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Outra cadeira raspou. Mais uma sombra escureceu a mesa e aproximou-se dela, sufocando-a, deixando-a claustrofóbica. — Filha, eu acho que você é a nossa neta. *** Mitch sentou em uma das cadeiras macias na sala de reuniões da emissora de rádio, esquivando-se de perguntas sobre Alana enquanto esperavam para serem levados para o estúdio. Ele olhou para Blake, tentando pensar na melhor forma de retribuir o modo como ele mantinha a adição de combustível para o fogo. — Se ela está cega, o que diabos você tem feito com ela nas últimas doze horas? — perguntou Ryan. — Rezando, — Blake respondeu com uma risada. Sean, Mason, Ryan e até Leah focaram nele com expressões correspondentes de descrença. — Rezando? — Os olhos de Leah se arregalaram. — Sim, — acrescentou Blake. — Eles ficaram com a porta do quarto fechada e Alana continuou chamando a Deus e a Jesus e a qualquer outro líder espiritual que quisesse ouvir. Roncos de riso encheram a sala. Mitch permaneceu sentado, braços cruzados sobre o peito, com as sobrancelhas levantadas. Os comentários espertinhos não acabariam por um tempo. — Eu não tenho certeza do que Mitch estava fazendo, mas sua religião parece muito divertida. — Aposto que ele bate punheta com o estoque pornô em seu laptop, — Mitch atirou de volta. Blake sorriu. — Agora que você mencionou, os gemidos de entusiasmo foram uma ótima trilha sonora para a minha punheta. — Você é um idiota. — Mitch rosnou e desviou o olhar, tentando reprimir o riso. O filho da puta sempre tinha uma resposta.

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— Sério, Mitch, eu espero que você não tenha seduzido a garota quando ela está em uma posição tão vulnerável. — Leah o fez soar tão desprezível. — Ela vai ter uma grande história para a mídia quando a diversão e os jogos terminarem. Poderia facilmente se transformar em um pesadelo de relações públicas. Alana não estava em busca desse tipo de atenção, mas ele esteve errado antes. Tony caminhou passando as janelas da sala de reuniões e abriu a porta, quebrando a fixação na vida amorosa de Mitch. — Como ela está? — Ele perguntou antes que Tony dissesse uma palavra. Mason gemeu e Mitch ignorou. Ele não escondia sua preocupação com seu bem-estar. Ele cuidou dela e teve que admitir que gostava de sua vulnerabilidade e do jeito como ela confiava nele. Sua imagem ainda não tinha deixado sua mente, seu sorriso, suas covinhas, seus lindos olhos verdes. Ele mal podia esperar para chegar no térreo para vê-la novamente. — Ela estava bem quando eu a deixei há dez minutos. — Tony encolheu os ombros. — Eu pedi-lhe um café e ela pareceu feliz em sentar lá e esperar. — Mitch assentiu em agradecimento. — Havia três caras lá embaixo olhando para ela, tenho certeza que eles vão lhe fazer companhia se ela ficar sozinha. Mitch empurrou sua cadeira e sentou em linha reta. — O quê? — Ele agarrou a mesa, pronto para ficar de pé quando o rosto de Tony iluminou com um sorriso. — Você realmente gosta dela, não é? — Mason perguntou com uma risada. — Oh, isso vai ser muito divertido. Mitch não concordou. Eles todos passaram por isso antes. Ryan costumava fazer a coisa de amor de filhote de cachorro com sua esposa Julie. Sean ainda tinha ressentimento da última mulher que quebrou seu coração e Mitch tinha certeza que a razão pela qual Blake passava muito tempo no laptop era por causa de uma mulher também.

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Ele não se incomodou em responder. Eles só torceriam suas palavras em algo que eles achassem cômico. Infelizmente, era o seu ritual, a maneira como eles eram ligados, e Mitch supôs que ele merecia um pouco de retorno pelos anos de merda que ele tinha dado. Alguém bateu na porta e Jenny Jay, o apresentador do rádio local, colocou a cabeça para dentro da sala. — Vocês estão prontos? Leah se moveu ao lado dele quando ele levantou da cadeira. — Eu vou verificar Alana enquanto vocês fazem sua coisa. Vou tentar convencê-la a voltar comigo, de maneira que possamos sair logo após a entrevista e evitar qualquer drama com fãs. — Obrigado. — Ele passou as duas mãos pelos cabelos e respirou fundo. — Vamos fazer essa merda acabar logo. Os membros da Reckless Beat seguiram Jenny pelo corredor e entraram na pequena sala do estúdio, enquanto os seguranças esperavam na área de recepção. Eles fizeram entrevista de rádio tantas vezes antes que, quando Jenny correu através de sua lengalenga sobre como as coisas aconteceriam, Mitch ficou indiferente. Sua atitude não mudou quando foram ao vivo. Mason sempre lidava com a maioria das perguntas. Sendo o vocalista, ele era o único que as fãs mais amavam. O resto deles poderia indicar com gestos de mão, se quisessem responder a algo específico, e eles mantinham Leah feliz enquanto falassem pelo menos uma vez. Hoje, Mitch esperava que seu “Olá” para os ouvintes fosse o suficiente. — Então, Mitchell... — Ele se encolheu quando Jenny Jay disse o seu nome. — ...o jornal fala de outra cena heroica. Aparentemente, você veio para o resgate de uma de suas fãs na noite passada. Como é a sensação de estar de volta no centro das atenções salvando outra mulher bonita? Ele deu uma risada desconfortável. Desconfortável porque ele não tinha ideia do que dizer. Ele não tinha visto o jornal e só podia imaginar a forma como os idiotas teriam distorcido a verdade.

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— Humm, bem... eu suponho. Lá, ele tinha feito sua parte. — Já me disseram que você passou a noite cuidando da mulher em questão, correndo com ela para conseguir atendimento médico nas primeiras horas da manhã. É este outro caso de não ser capaz de recusar uma mulher em dificuldade? Blake bufou suavemente ao lado dele, e Mitch queria fazer o mesmo. Essa maldita entrevista iria assombrá-lo pelo resto de sua vida. — Eu acho que a maioria das pessoas reagiria da mesma maneira a uma mulher em dificuldade. Alana ficou impotente para deter seus ferimentos e incapaz de cuidar de si mesma depois. Eu apenas fiz a coisa certa. — Ele deu um aceno de cabeça firme, feliz com sua resposta. Jenny Jay sorriu para ele antes de voltar sua próxima pergunta para Ryan e os rumores de seu casamento fracassado. Ale-fodida-luia. Pela primeira vez, ele não tinha cavado o buraco ainda mais. Blake se inclinou em direção a ele e cobriu o microfone na frente deles. — Cara, Leah vai ficar puta por você não ter aproveitado essa oportunidade de relações públicas. Mitch acotovelou seu melhor amigo e ignorou o comentário. Leah ainda lhe devia pelo último pesadelo de relações públicas. Ele não se preocupava com a reação de sua assessora de qualquer maneira. Sua atenção repousava sobre como iria convencer Alana a passar mais uma noite com ele. Um nó se formou em seu peito. Ele precisava segurá-la um pouco mais, memorizar suas características, e esperava marcar um pouco mais de tempo para rezar também. O único problema? Ele não achava que seria fácil convencê-la.

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Capítulo Oito — Filha, eu acho que você é a nossa neta. Uma mão veio descansar em cima de Alana, e ela se encolheu. — Eu sinto muito, mas você está enganado. — Ela deslizou a mão por baixo do peso. — Meus avós já morreram. A mulher idosa soltou um soluço suave. — Shh, shh. — O homem consolou. — Qual é o seu nome, filha? Alana franziu o cenho e olhou por cima do ombro, na esperança de que uma garçonete fosse resgatá-la. Ela sentiu pena do casal de idosos. Eles deviam ser solitários. — Alana, — ela respondeu, esfregando o cansaço dos olhos. — E o seu pai, Alana? — A voz da mulher quebrou. Ela ficou tensa. A hora da conversa acabou. Ela agarrou o canto da mesa com as duas mãos e se levantou. Ela não sabia para onde estava indo, ou como faria isso, mas ela não podia ficar. — Eu sinto muito. Eu não sou a mulher que você está procurando. Agora, se vocês me derem licença...

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O homem agarrou seu pulso. — Seu pai é o nosso filho. A raiva ferveu seu sangue. Ele não tinha o direito de tocá-la. — Meu pai é um estuprador, — ela cuspiu e esperou os suspiros. Nenhum veio. — Filha, por favor, sente-se para que possamos discutir isso. — Ele implorou. Alana franziu o cenho e agarrou-se à mesa, conforme suas mãos tremiam. Por que eles não ficaram chocados? Ela balançou a cabeça, confusa. — Meus avós estão mortos, — ela sussurrou. — Meu pai era um estuprador. Essas duas frases foram repetidas a ela quando criança, uma e outra e outra vez, até que finalmente ela parou de perguntar sobre sua família. — Nosso filho tem feito algumas coisas lamentáveis, sim. Mas eu garanto isso Alana, que somos os seus avós. Bílis subiu até sua garganta. — Eu sinto muito. — Ela piscou, incapaz de acreditar. Com as pernas dormentes, ela empurrou sua cadeira para trás e manobrou ao redor da mesa, batendo neles em seu esforço para fugir. — Por favor, Alana. — A mulher se engasgou. Ela não parou. Com os dedos estendidos na frente dela, Alana se atrapalhou para frente, colidindo com mesas e cadeiras, fazendo com que as mesas sacudissem e as pessoas xingassem. Sua visão clareou a cada passo, levando-a para a frente da loja. — Onde é a porta? — Ela implorou. Uma mão suave aterrissou na parte baixa das suas costas, sacudindo seu coração. — É a poucos metros à frente. — O homem idoso respondeu. Ela empurrou de seu toque. Eles tinham que ser vigaristas. Tinham que ser. E com sua visão como empecilho, ela era um alvo fácil. — Deixe-me em paz. — Ela olhou por cima do ombro, esperando que o seu olhar acertasse o alvo.

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O barulho no café baixou para sussurros antes de falar novamente. — Desculpe-me, senhor, você poderia ajudar esta senhora a sair por favor? Agora ele queria ajudá-la? Outra cadeira arrastou ao longo do chão. — Não tem problema. — A voz era mais jovem, mais reconfortante do que a do homem que tinha começado a realmente assustá-la. Talvez os temores de sua mãe fossem justificados. A mão macia agarrou seu pulso e ela lutou para segurar o terror em seu toque. Ela nunca esteve tão vulnerável ou fraca. Sua mãe havia lhe ensinado a se defender, como atacar um atacante. No entanto, agora, ao lado de um homem que parecia muito velho e frágil, ela estava com medo. O homem a levou para a frente. — Cuidado com o degrau. — Sua cabeça inclinou em sua direção enquanto caminhavam para a brisa quente do dia. Carros zumbiam ao longe. O som de mulheres gritando o nome de Mason e ecoando gritos de “Reckless Beat” vinham de sua esquerda. Saltos clicando, homens falando, telefones tocando. A desorientação deixou seus joelhos fracos. Sua garganta secou. Em vez de vacilar, ela inclinou os lábios em um sorriso e inclinou a cabeça para seu ajudante. — Obrigada. Seu aperto caiu de seu pulso. — Sem problema. Então ele se foi. E ela ficou sozinha. Ela fechou os olhos, respirou fundo e tentou ganhar sua orientação. O prédio estava alto atrás dela. Ela poderia recuar um passo, andar sozinha por outra entrada e pedir ajuda. Ou poderia fazer o que deveria ter feito em primeiro lugar. Ser amante de Mitchell Davies não era um papel que ela deveria estar fazendo. Logo que ela encontrasse um lugar calmo para descansar, ligaria para Kate e sairia daqui. Ela deixou o ar sair de seus pulmões, girou sobre os dedos dos pés e olhou para a sombra escura da parede. Ela se aproximou do prédio,

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dando pequenos passos para que não tropeçasse. Estendendo a mão, tocou a janela de vidro frio e arrastou os dedos para a frente. Lentamente, ela avançou até sua mão deslizar para fora da borda e no ar. Ela reprimiu um grito quando seus passos vacilaram. — Maldição. — A vertigem ameaçava arrastá-la de joelhos, mas ela segurou no prédio, inclinando a cabeça, até que ela prendeu a respiração. Assim que a ameaça de lágrimas e a tontura diminuíram, ela se moveu pelo canto. As palmas das mãos ralando contra algo áspero cimento ou pedra, não vidro. Quando o barulho em torno dela diminuiu, ela inclinou as costas contra a parede e deslizou para o chão. Sua bunda bateu no cimento duro com uma sacudida. Ela fechou os olhos, apoiou os cotovelos sobre os joelhos, e cobriu o rosto para afastar o colapso nervoso. Seu peito arfava, a constrição apertando a cada respiração. Algo não estava certo. Sua mente continuava repassando as reações do casal. Como eles não vacilaram quando ela mencionou o estupro. Como eles permaneceram inflexíveis sobre a conexão familiar. E se eles não eram vigaristas, e as palavras que eles falaram fossem verdade? Ela balançou a cabeça, determinada a ficar forte. Soltando suas mãos, ela se inclinou para o lado e tirou o celular do bolso da calça. Kate a animaria. Ela sempre conseguiu. Não poderia faltar muito tempo para que sua terminasse o trabalho também. Depois elas iriam para casa juntas e relaxariam com alguns coquetéis como tinham planejado fazer desde o mês passado. Alana segurou o dispositivo na mão, o coração batendo mais forte a cada segundo, e olhou para o borrão preto. Por que não tinha configurado o aplicativo de reconhecimento de voz? Ela podia ver os tons escuros de sua calça jeans, a penugem e o tom creme de seu braço, e apenas uma grande mancha negra onde seu telefone deveria estar. Fechando os olhos, ela desbloqueou a tela pelo toque. Essa parte foi fácil, ela tinha feito isso milhares de vezes antes, sem pensamento ou visão. O próximo passo seria mais difícil. Não havia muitos contatos na

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agenda dela, mas ela não tinha como saber onde o nome de Kate estava ou o quão longe se deslocar para chegar a ele. Ela colocou o dedo no canto inferior esquerdo, onde o ícone do catálogo a levaria para os números armazenados. Com uma respiração profunda, ela começou a se deslocar lentamente, tentando contar cada pessoa listada e qual o tamanho de cada ícone feito. Quando chegou à posição que ela pensou que estaria perto, ela apertou sua tela, e pressionou novamente onde ela achava que o botão de conexão seria. Elevou o telefone no ouvido, e esperou. Nada. Ela baixou o telefone de novo, levantou o aparelho direito diante de seus olhos e tentou ver onde ela precisava pressionar, mas foi inútil. Novamente, ela cegamente pressionou a tela e colocou-o no ouvido. Ela prendeu a respiração e suspirou quando o toque começou. Um toque, dois. — Alana. Merda. — Mamãe? Tão perto. O nome de Kate estava diretamente acima do de sua mãe. — O que está acontecendo? — Uma pitada de pânico veio do outro lado da linha. — Eu desliguei o telefone com a mãe de Kate não muito tempo atrás, e ela me disse que você estava na segunda página do jornal Richmond. — Humm. — Não havia nada que ela pudesse dizer que sua mãe aprovaria. — Eu prometi que não ligaria e verificaria você, então Patty achou isso na Internet. Nós estivemos ouvindo a estação de rádio Richmond e o homem falou sobre você no ar, Alana. Ele mencionou o seu nome. Mitch falou sobre ela durante sua entrevista? Por meio do pânico e vulnerabilidade, o peito despertou com uma emoção muito mais palpável do que ela jamais experimentou antes. Ela queria perguntar a sua mãe o que ele disse, mas ficar sobre o tema não seria seguro. — Como é que os meus avós morreram, mãe?

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— O quê? Por favor, Alana, o homem disse que estava machucada, e ele tinha tomado conta de você a noite toda. O que significa isso? Você está bem? Ele te machucou? Ela não podia dizer se o pânico de sua mãe aumentou por Alana não responder às perguntas ou porque ela tinha mencionado os avós falecidos. — Eu conheci um casal de idosos não muito tempo atrás. Eles tentaram me convencer de que eram os pais do meu pai. Silêncio. — Mamãe? — Você deveria voltar para casa. Não. Além de ser deficiente visual, ela amava a liberdade de estar longe do retiro. Ela já tinha aprendido muito com suas experiências. Os homens não eram criaturas horríveis. Bem, a maioria de qualquer maneira. Ela percebeu que não era lésbica, o que foi um bônus, e verdade seja dita, ela contemplou ficar em Richmond por mais tempo do que sua data do voo de regresso. Muito mais tempo. — Como é que os meus avós morreram? — Ela agarrou o telefone, pedindo uma resposta honesta. — Eu não quero discutir isso por telefone. Quando chegar em casa, podemos sentar e conversar sobre isso. — Sua mãe estava inflexível, o pânico anterior substituído pela determinação. — Mamãe... — Alana engoliu sobre o cascalho na garganta. — Apenas me diga. Os meus avós estão ainda vivos? Ela não ouviu nada além dos carros passando e pessoas conversando ao longe enquanto ela esperava. — Eu não sei, — sua mãe sussurrou. — Você não sabe? — Ela repetiu com uma voz suave. Todos os anos ela esperava uma família para se conectar, algo fora da vida reclusa no retiro, e lhe foi dito que elas estavam sozinhas. Que a única pessoa que ela tinha em sua vida era sua mãe. — Você não sabe? Ela repetiu mais alto. — Você me disse que eles morreram. Você me disse desde a infância que eu não tinha família.

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— Alana, por favor. Venha para casa e nós podemos discutir isso. Casa? Casa não era um lugar cercado de mentiras e enganos. — Não. — Ela esfregou a testa para aliviar um pouco a tensão. — Eu não acho que vou voltar. Alana tinha seu próprio dinheiro. Não muito, mas seria o suficiente para mantê-la em Richmond por um tempo e darlhe a oportunidade de descobrir o que ela queria para seu futuro. — Falo com você mais tarde. — Não! Espere. Agora ela não achava que a mãe merecia uma audiência. — Tchau, mãe. — Ela tirou o celular do ouvido e apertou a tela várias vezes na esperança de apertar o botão de desligar. Agora ela não tinha como entrar em contato com Kate e não sabia como encontrar Mitchell. Fantástico. Empurrando-se contra a parede para se levantar, ela balançou as mãos, tentando desalojar a vulnerabilidade que fez seus membros tremerem. Ela poderia fazer isso. Um homem pigarreou alguns metros de distância, o som mais próximo que ela tinha ouvido desde que se escondeu deste lado do prédio. Em alerta, ela estalou a cabeça na direção de onde veio. — Alana, eu sinto muito. Ela soltou a respiração restringindo seus pulmões. O homem idoso tinha mais determinação do que ela esperava. — Eu não sabia que você estava cega quando a vi pela primeira vez e me aproximei de você no café. Eu não queria assustá-la a fugir. Eu apenas a segui para me certificar de que estava tudo bem. — Está tudo bem. — Ela tentou sorrir. O homem que podia muito bem ser seu avô era o seu único aliado na busca de Mitchell ou entrar em contato com Kate. Obrigada, destino. Ao longe, as mulheres gritavam mais alto, mais histéricas, cantando uma massa de palavras indecifráveis. O pânico voltou. A entrevista da Reckless Beat deve ter terminado e a banda estava, provavelmente, no hall de entrada ou saída, fazendo com que a multidão ficasse selvagem.

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— Posso ajudá-la a chegar onde você precisa estar? — A voz se aproximou. Ela assentiu e se adiantou cegamente. Mitchell não poderia vir aqui fora para procurar por ela. Seria suicídio... por fãs. Seus seguranças podiam até mesmo incentivá-lo a sair e voltar para o hotel sem ela. Ela sabia que ele se importava. Ele já tinha deixado isso óbvio. Ele só não seria capaz de andar pelas ruas, quando haviam mulheres gritando e fãs dispostas a empurrá-lo para o chão em um esforço para tocá-lo. — Sim. Por favor. Eu preciso me apressar. *** — Mitch, eu não consegui encontrá-la. Os olhos de Leah seguravam uma pitada de pânico que se infiltrou em sua pele e chutou seu coração em marcha acelerada. — O que quer dizer, você não conseguiu encontrá-la? Ela estava na cafeteria lá embaixo. Ela engoliu em seco e balançou a cabeça. — Alana não está lá. Ele aumentou o ritmo de sua descida para o hall da emissora de rádio, e Leah se esforçou para acompanhar. — O que está acontecendo? — Blake perguntou atrás. — Alana sumiu. — Ele falou por cima do ombro, sem parar seu impulso. — Eu vou encontrá-la. — Você não pode apenas andar por aí, Mitch. — Leah agarrou seu braço, tentando retardar seu progresso, mas ele não parou até chegar ao elevador. — Há uma multidão do lado de fora. Eles vão comê-lo vivo. Ele estalou os dedos contra o botão para baixo e se virou para a expressão preocupada de Blake. No fundo Mason, Sean, Ryan e Tony caminharam em direção a eles encontrando com os outros dois seguranças que estavam esperando na área de recepção. — Qual é a da pressa? — Ryan parou ao lado dele. — Alana não está na cafeteria. Eu não sei onde ela está.

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— Talvez ela teve uma oferta melhor. — Mason riu, depois limpou o sorriso do rosto quando Mitch olhou para ele. — Desculpe. — Mason murmurou e quebrou o contato visual. — O que você vai fazer? — Sean perguntou. — Vou encontrá-la. — Ele virou para o elevador e bateu os dedos no botão para baixo de novo e de novo e de novo. — Você não pode. — A voz de Leah aumentou. — Fique olhando. — Ele estalou e um desconfortável silêncio caiu sobre eles. — Espere, buceta chicoteada. — Mason quebrou o desconforto. — Por que não chamamos Dan e Pete... — Ele fez um gesto para os outros dois seguranças, — ... para sair comigo, Sean e Ryan. O segurança do prédio já está lá fora, por isso a loucura deve ser controlável. — Mason olhou para Leah quando ela balançou a cabeça, mas ele ignorou sua desaprovação. — Vamos conversar com as fãs, dar alguns autógrafos e mantê-las ocupadas enquanto você, Blake, e Tony vão procurá-la. Ela não poderia ter ido muito longe andando por aí como Stevie Wonder. O elevador apitou. Mitch não esperou que as portas abrissem totalmente, antes que ele avançava para abri-las. — Isso ajuda, mas com ou sem você, eu vou encontrá-la. — Acalmem-se, Maverick, esta não é a zona perigosa. — Sean sorriu enquanto seguia todos no elevador. — Ela ainda pode estar no prédio. O dedo de Mitch teria uma cãibra se ele mostrasse desse o dedo do meio toda vez que sentisse vontade. — Bem, sua segurança estará definitivamente em perigo, — Leah resmungou. Eles desceram em silêncio enquanto seu sangue gelou. Onde ela estava? — Você checou os banheiros? — Sim, — respondeu Leah. — Eu chequei os banheiros. Olhei lá fora e chequei duas vezes no lobby. Merda.

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Quando o elevador chegou no piso térreo, ele mordeu o lábio esperando que todos na frente dele saíssem. — faremos nossa parte. — Mason afirmou quando um coro de gritos soou fora. — Voltamos a nos encontrar aqui dentro em quinze minutos. — Eu não vou voltar até encontrá-la. — Mitch respondeu e girou de seu círculo improvisado para iniciar a busca. Uma mão firme agarrou seu braço. — Nos encontramos aqui em quinze minutos e reavaliaremos se você ainda não a tiver encontrado. — Mason olhou para ele com preocupação. — Não faça nada estúpido, Mitch. Ela vai ficar bem. Mitch inclinou a cabeça e a mão de Mason caiu de seu braço. — Vejo você em quinze minutos. Ele checou cada polegada do lobby antes de se empurrar através da entrada da cafetaria, Blake e Tony a tiracolo. Tony falou com a barrista, dando simultaneamente olhares de morte a qualquer pessoa que se aproximava de Mitch e Blake. Ele ainda segurou as fãs ofegantes que imploravam por um autógrafo com um aperto firme de sua cabeça. O cara tinha um núcleo mole e pegajoso, mas do lado de fora era um filho da puta assustador. — Ela saiu há um tempo atrás. — A senhora atrás do balcão disse com um olhar preocupado no rosto. — Acho que houve um problema— Problema? — Mitch não queria gritar. O rosto da mulher caiu. — Eu sinto muito, estávamos ocupados, e eu não tive a oportunidade de verificar se ela precisava de ajuda. Ela saiu pela porta da frente, enquanto dizia a um senhor idoso para deixá-la em paz. Eu não vi os dois desde então. Pânico preencheu os pensamentos passando pela cabeça de Mitch. O que um idoso queria com Alana?? — Ele a seguiu? — Blake perguntou. A mulher acenou com a cabeça. — Eu acho que sim. — Ela torceu as mãos. — Olha, eu sinto muito.

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— Não é sua culpa, — acrescentou Mitch e começou a ir para as portas dianteiras. — Espere! Ele parou e girou ao redor de volta. Blake e Tony fizeram o mesmo. A mulher ficou na ponta dos pés, olhando por cima de suas cabeças. — Acho que a senhora ali estava com ele. Os três seguiram seu olhar. Na terceira mesa a partir da janela estava uma mulher de cabelos grisalhos, com a cabeça baixa, as mãos descansando na frente dela. Sem olhar para trás, ele se dirigiu para ela, ignorando os olhares excitados que o seguiram por onde passava. — Desculpe-me. — Mitch ajoelhou-se ao lado da mesa, e olhos avermelhados viraram para encará-lo. — Você viu uma mulher jovem, de cabelo castanho chocolate, olhos verdes? Ela tinha problemas de visão. O olhar da mulher tornou-se distraído com alguma coisa atrás dele, do lado de fora da janela. Ele começou de novo. — Sinto muito incomodá-la, mas— Mitch. — Tony bateu-lhe no ombro. Ele olhou para Tony, que estava olhando para a mesma direção para fora da janela. Seu coração pulou uma batida quando ele se virou e ficou de pé. Lá estava ela, banhada em uma auréola de luz do sol, a mão apertada ao redor da dobra do cotovelo de um idoso, enquanto caminhavam pelas janelas da cafeteria. — Porra, obrigado por isso, — Blake murmurou. Mitch se impediu de correr para ela. Ele não se importava de ser chamado de buceta chicoteada, ou como os seus amigos queriam classifica-lo. A única coisa que se instalou desconfortavelmente em seu peito era o vício arranhando suas entranhas. Depois de apenas uma noite juntos, a ideia de perde-la transformou seus membros em agitados pedaços de chumbo. Não era normal. Ou natural.

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— Por que você está tão feliz? — Ele perguntou por cima do ombro. Blake deu de ombros. — Eu estou me sentido espiritual hoje. Estava esperando ouvir outra sessão de reza mais tarde. — Você é um idiota. — Mitch balançou a cabeça e deu o primeiro passo para a frente para reivindicar sua garota. Devorou a distância, seu ritmo acelerado, até que finalmente chegou a porta, abriu-a, e ficou uma jarda longe dela. — Alana. Sua cabeça virou em sua direção, seu foco voltado para o rosto dele, mas não diretamente em seus olhos. Um sorriso inclinou seus lábios. — Mitchell. — Sua voz estava ofegante, exatamente do jeito como ele sentia. Ela deu um passo para longe do homem em seu braço e fez uma pausa. — Mitchell? Ele foi até ela, agarrou-a em seus braços, e segurou-a contra o peito. — Onde diabos você estava? — Ele sussurrou em seu cabelo. Ela abraçou sua cintura e apertou. — Houve um pouco de... drama. — Foi totalmente minha culpa, — uma voz envelhecida informou. Mitch levantou o olhar para o homem que estava logo atrás dela. Depois de ouvir sobre o assunto na cafeteria, ele queria castrar o estranho aparentemente inofensivo, não importava o pesar que o homem segurava em seus olhos. — Não, não é. — Alana balançou a cabeça e girou para longe do peito de Mitch. — Eu estava apenas ... atordoada. Olhos do velho brilhavam com lágrimas não derramadas quando ele olhou para Mitch. — O que está acontecendo? — Ele esfregou a testa, tentando esconder o rosto e afastar um pouco de sua ansiedade. Ele não podia esperar. Eles precisavam sair. — Eu não quero discutir isso agora. Falo sobre isso mais tarde. Eu só quero sair daqui. O homem abaixou a cabeça em derrota.

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— Mitchell, você pode por favor pegar o número de telefone do Sr. Bowen para mim? Mitch olhou para o Sr. Bowen, que agora tinha um sorriso esperançoso no rosto, as mãos tremendo quando ele vasculhou sua carteira. — Claro, querida. — Aqui estão as minhas informações pessoais de contato. — Sr. Bowen arrastou para a frente e entregou o cartão para ele, antes de se virar para Alana. — Rose e eu gostaríamos de conversar com você. Por favor, não hesite em ligar a qualquer momento. Alana inclinou a cabeça. — Eu gostaria disso. Espero que possamos nos encontrar novamente antes de eu deixar Richmond. Sr. Bowen pegou a mão dela e envolveu entre as suas. — Gostaríamos disso, Alana. Isso nos faria muito feliz. Mitch recuou e observou, totalmente confuso a respeito de porquê um idoso estaria ansioso para encontrar com Alana novamente. Como é que eles se conheceram quando ela nunca esteve em Richmond antes? Toda a situação estava fazendo-o se sentir confuso. — Me faria feliz, também. Seu olhar baixou quando a mão trêmula do idoso segurou seu rosto. — Estou feliz por ter conhecido você. — E com isso ele começou a se afastar, passando Tony que estava alguns passos atrás em alerta, em direção à porta da cafeteria que Blake mantinha aberta. Mitch deu um passo perto dela, desta vez levantando seu queixo com um dedo delicado para que ele pudesse olhar em seus olhos. — Você me assustou. — Ele deu um beijo fugaz em seus lábios, negando seu corpo, consumindo por completo aquilo que ele ansiava. — Você está bem? Ela assentiu com a cabeça e a beijou novamente. Desta vez, quando ele foi recuar, ela serpenteou sua mão ao redor de seu pescoço e o abraçou, aprofundando o beijo. Sua língua procurou a sua, os lábios se

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movendo em um ritmo aquecido que em breve iria deixá-lo incapaz de ir embora sem reajustar seu pau. — Oh, vamos lá! — Blake gritou. — Já basta. Esta merda vai estar em todo o Facebook. Mitch queria rosnar. Infelizmente, Blake estava certo. Havia muitos olhos sobre eles. — É melhor irmos embora. — OK. Algo não estava bem no mundo de Alana. Seus sorrisos não eram tão brilhantes, sua expressão menos alegre. Ele a agarrou pelo braço e a colocou na dobra do cotovelo. — Diga-me o que está errado, e eu vou corrigir. Ela deixou escapar um suspiro de riso suave, mas sua felicidade desvaneceu-se rapidamente. — Só me leve de volta para o hotel. Eu estou cansada. Ele supôs que ela estaria cansada. Seu corpo não estava exausto ao final da noite como o dele. — Sem problema. — Logo que eles estivessem de volta à suíte, ele lhe daria tempo para descansar. Ela precidaria, porque ele não tinha planos de deixá-la ir para casa com Kate hoje à noite.

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Capítulo Nove Alana esticou os braços acima da cabeça e se aconchegou em seu travesseiro. Ruído registrou nos limites mais distantes do seu cérebro e levou alguns momentos para ser compreendido. Quando o som de vozes masculinas barulhentas ficou claro, ela se ergueu e abriu os olhos para a escuridão. Ela piscou, piscou novamente, então acordou o suficiente para se lembrar de onde estava e por que seus olhos pareciam cascalho. Deixando o subsídio confuso, ela começou a ouvir a conversa, e um sorriso se ergueu em seus lábios. Ela ouviu a risada de Mitchell, seguida de palavras abafadas de Blake, e algumas que ela adivinhou serem Mason. Este cenário era um completo contraste com o que sua mãe havia descrito a ela durante sua vida inteira. Homens deveriam ser enganosos, desprezíveis, ofensivos, degradantes e mais. Mitchell não nada disso. Sim, ele era sexual e sensual, mas ela gostava dessas partes dele. Ele havia mostrado a ela que a intimidade pode ser gratificante para uma mulher. Ele também teve tempo para dar-

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lhe prazer, quando ele não estava recebendo nenhum em troca. E, embora ela nunca fosse saber com certeza, ela não achava que ele tinha um osso desonesto em seu corpo. O cuidado que ele demonstrou derreteu seu coração. Ele foi acima e além para garantir seu conforto. Movendo as pernas para o lado da cama, ela estava sobre o tapete macio. Luz já não escoava pelas bordas das cortinas. A noite já tinha caído. Ela deve ter dormido mais do que a hora solitária que ela planejou. Mitchell a convenceu a descansar, e até se deitou ao lado dela. Mas agora ele se foi. Ela não queria desperdiçar as últimas horas que tinham juntos. No entanto, logo que sua cabeça bateu no travesseiro com seu braço quente descansado em sua cintura, suas costas se aconchegaram em seu peito e ela se sentiu à deriva no sono. Alana fez seu caminho até o banheiro, arrastando os pés caso suas canelas entrassem em contato com algo duro. Depois de usar as instalações, tomou medidas cautelosas para a porta do quarto, liderada pelo brilho suave da infiltração de luz sob o quadro. A conversa barulhenta morreu quando ela entrou na sala de jantar, e uma cadeira raspou contra o azulejo. Ela sorriu para a figura sombreada familiarizada caminhando em sua direção. — Ei, querida. — O braço de Mitchell correu ao redor de sua cintura, e ele deu um beijo em seu cabelo. — Dormiu bem? — Mmm. — Ela assentiu e se aconchegou no calor de seu pescoço. — Por que você não me acordou? — Você precisava descansar. — Sim, mas eu queria passar mais tempo com você antes que Kate viesse para me pegar. Ele a puxou para um abraço, e ela ouviu sua inspiração profunda quando ele se aninhou em seu cabelo. — Eu já falei com Kate. Ela está feliz em dormir aqui, se você estiver. Ela empurrou de volta em seus braços e apertou os olhos para se concentrar em seu rosto. Suas feições estavam mais claras do que a penugem de ontem à noite, ainda mais acentuada do que sua visão esta

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manhã, mas seus olhos ainda estavam uma mancha escura nublada entre sua pele levemente bronzeada. — Você falou com Kate? — Sim, ela está na varanda, bebendo vinho com Leah e a esposa de Ryan. — Eu deveria ir vê-la. Eu preciso falar com ela. — Mais tarde. — Ele deu um beijo em seus lábios, e apertou seu aperto em sua cintura. O calor de sua virilha aumentou através do algodão curto do que ele comprou para ela, a sensação como fogo ascendendo em seu ventre. Ela chegou na ponta dos pés, beijou-o de volta com fervor e derreteu em seus braços. Logo que seus mamilos começaram a arder e seu estômago ficou tenso com antecipação, ele quebrou o beijo. — Posso pegar uma bebida? Algo para comer? Nutrição da variedade de alimentos e bebidas estava longe de sua mente. No entanto, se Mitchell era forte o suficiente para quebrar a ligação e se afastar, ela supôs que ela devesse ser capaz de fazer o mesmo. Enquanto ela disse suas saudações a Ryan, Mason, Sean e Blake sentados na mesa de jantar jogando baralho, Mitchell dirigiu-se à cozinha, voltando minutos depois. Ele a levou para a sala de estar escura. As luzes estavam apagadas, dificultando ainda mais sua visão. Ele também fez o seu piquenique privado no sofá mais íntimo. Sentaram-se lado a lado, suas coxas se tocando enquanto um prato de comida irreconhecível descansava em seu colo. Ele se inclinou para ela e a beijou no pescoço. — Há queijo, biscoitos e algumas frutas. Apenas sinta até encontrar algo que goste. — Ele embalou um violão, ela só conseguia ver o bronzeado do exterior. Ela desejou ter sua visão para apreciar o instrumento que ele tocava preguiçosamente, para memorizar a perfeição do momento. Em vez disso, ela ouviu com atenção, deixando a música seduzi-la. Entre mordidas de maçã e goles de vinho, ele tocava suavemente. As notas eram uma bela trama de intensidade e paixão requintada. O som

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fez cócegas em seus nervos, encheu seu coração, e a fez estremecer com a sobrecarga sensorial. — Você quer um cobertor? — A música parou, e sua mão percorreu sobre seu pulso e por seu braço. — Você está arrepiada. Sua pele formigava com seu toque. — Hum, sim. — Ela não queria contar que a sensibilidade vinha da proximidade dele. — Por favor. Ele levantou, apoiando o violão de encontro ao lado do sofá e se afastou, retornando minutos depois com um cobertor que ele envolveu debaixo do prato em seu colo. — Melhor? — Ele sentou ao lado dela, apoiando o braço sobre o encosto do sofá. Ela

assentiu,

tentando

decifrar

sua

expressão

e

falhando

miseravelmente com todas as sombras. Dedos leves arrastaram por seu cabelo solto, atrás da orelha, e fizeram seu peito apertar. — O que vamos fazer? — Ele perguntou, sua voz um murmúrio suave. Alana permaneceu em silêncio por um momento, sem saber a que ele se referia, e sem querer parecer uma idiota. — O que você quer dizer? — Ela pegou o prato em seu colo e o ergueu até encontrar a mesa para colocá-lo. Ele continuou a brincar com fios de seu cabelo enquanto ela puxava os joelhos para descansar no sofá entre eles. — Quero dizer a nosso respeito. Suas sobrancelhas se ergueram. Por dentro, seu sangue corria como lava por suas veias. Ela tentou suprimir sua esperança, não querendo ficar animada com a perspectiva de um futuro entre eles só para ter que esconder sua decepção depois. — Quando eu sair amanhã nesta turnê promocional, você se importaria se eu te ligasse? — Sua voz não demonstrava emoção para que ela lesse. — Você vai me deixar ir te ver?

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— Sim. — Ela mordeu o lábio e assentiu. — Eu adoraria ligar para você também. — Sua mãe não vai se importar? Eu estava pensando que eu poderia alugar um carro e ir te ver quando estivéssemos na área do Colorado. Ou se tivéssemos um ou dois dias de folga. Preciso verificar a agenda. Alana se encolheu. Na idade dela, ela não deveria ter que se preocupar com sua mãe. No entanto, não havia como ele ir até sua casa. — Não, você definitivamente não pode ir para o retiro. Minha mãe não permite nenhum homem na propriedade a menos que seja necessário, mas eu estou realmente pensando em ficar em Richmond por um tempo. Seus dedos pararam de acariciar o cabelo dela, para que ela continuasse. — Eu quero ver os Bowen novamente e descobrir se eles são meus avós. Minha mãe não vai me dizer nada. Eu sei que ela não vai, por isso é algo que eu preciso fazer por mim. E se o que eles dizem for verdade, então eu não tenho planos imediatos de voltar ao Colorado. — Você vai mudar para Richmond? Ela deu de ombros, ainda não incerta de seus planos, e não queria dizê-los em voz alta até que ela confirmasse as coisas com Kate. — Talvez. — Talvez, — ele repetiu, passando os dedos pelo seu cabelo uma última vez. Ela sacudiu um pouco quando as duas mãos agarraram suas coxas. Ele virou seu corpo, girando-a no sofá para que suas pernas descansassem sobre as dele. O cobertor veio também. Sua pele roçou o material duro da calça jeans, e o calor de suas entranhas a fez queimar. Ela o queria. Não queria nada mais do que aconchegar em seu corpo e ser um com ele. Nenhum outro homem tinha feito isso. Ela poderia não ter muita experiência, mas ela sabia que o que ela sentia por ele, provavelmente, era limitado no lado insalubre. Era normal se apaixonar por alguém tão rápido? Talvez a coisa toda de fama e fortuna a tenha afetado.

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— Virginia é um inferno de muito mais perto de Nova York do que o Colorado. — Ele sussurrou e se inclinou para beijar seu pescoço. — Mmm. — Ela gemeu com a maneira como seus mamilos se apertaram em seu toque. — Minha mãe nunca achou que eu fosse boa em geografia, mas sim, eu tinha determinado a mesma coisa. Ele riu e sua respiração deslizou por suas costas fazendo cócegas, sob uma outra das camisetas de Mitchell, e atirou direto para sua buceta. — Vou sentir sua falta. Leve-me com você, estava pronta na ponta da língua, mas ela engoliu a estupidez, concentrando-se na mão movendo-se sob o cobertor em seu tornozelo. Ele brincou com sua carne, fazendo-a querer gemer na forma requintada como seus dedos se arrastavam sobre sua panturrilha, atrás de seu joelho, até o meio da coxa. — Mitchell. — Ela ofegava seu nome, tentando alertar para parar, mas a palavra saiu mais como uma súplica. — Sim, querida? — Sua boca ainda estava em seu pescoço, sua língua lambendo, seus lábios acariciando. Sua mão foi mais para cima, o formigamento dos dedos que passam sobre o músculo sensível de suas coxas. — Pare. — Ela sussurrou e estendeu a mão para apertar o material de sua camiseta em seu punho. As vozes dos outros homens vieram de apenas metros de distância. Eles estavam absortos na conversa, só que ela não podia vê-los para saber onde sua atenção estava. E se eles estivessem observando? — Você realmente quer que eu pare? — Ele violou o limite de seu short, passando sob o material para esgueirar diretamente para baixo no calor de sua calcinha. Ela agarrou sua camiseta apertada e vacilou com a explosão de êxtase desconhecido. — Você está tão molhada. — Sua voz veio de baixo, ao lado de sua orelha, tão baixa que ela mal ouviu. — Eu posso sentir seus sucos. Um gemido escapou de seus lábios e ela estava grata que não era alto o suficiente para parar a brincadeira da mesa de jantar.

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— Alguém vai ver. — Ela moveu-se para ele, inclinando-se em seu ombro enquanto seus dentes sugeriam roçar seu queixo. — Ninguém está prestando atenção. — Ele beijou o lado de seus lábios, depois o outro, enquanto seus dedos continuavam a atormentar sua buceta através do material úmido de sua calcinha. — E além disso, o cobertor está cobrindo tudo. Eles não saberão o que estou fazendo. — Claro que não. — Ela arfava e apertava suas coxas quando sua calcinha foi empurrada para o lado. — Eles pensariam automaticamente que você estava procurando suas chaves. Ele lambeu a emenda de seus lábios, e ela abriu a boca para ele, ansiosa e esperando, mesmo que ela tenha acabado de dizer a ele para parar. — Exatamente. — O calor da respiração dele entrou em sua boca, seguido pelo deslizamento delicado de sua língua. — Adoro ver você. Eu amo saber que eu sou o único homem a fazer você se sentir assim. Ela moeu em seus dedos, deixando-os na entrada de seu sexo. Cada movimento para a frente era como um golpe do céu, a sensação não só fazendo-a apertar seu núcleo, mas fazendo todo o seu corpo estremecer. — Eu quero você, Mitchell. — Você me tem, querida. — Seu beijo era doce contra seus lábios, a gentileza em completo contraste com a maneira erótica que dava prazer ao seu corpo. — Não. — Ela balançou a cabeça e quebrou o beijo. — Eu quero você dentro de mim. Agora. Ele se afastou e segurou sua nuca com a palma da mão firme. — Deus, eu quero isso também. — Ele apertou seu pescoço e descansou sua testa contra a dela. — O que há com você, Allie? Por que não consigo tirar você da minha mente? Eu não consigo dar uma respiração sequer sem pensar em tocar você. Seu coração criou asas e subiu direto do seu peito. Ele sentia isso também. Agarrando o material em seu punho apertado, ela o puxou para ela. — Leve-me ao seu quarto e me mostre.

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Seus dedos deixaram seu sexo em um instante e o cobertor voou de suas pernas em um floreio. Antes que ela colocasse os pés no chão, empurrou-se do sofá e a pegou em seus braços. Ela guinchou e juntou as mãos em volta de seu pescoço. O peso dos olhares pasmos da mesa de jantar agora tranquila fixaram-se nela e ela apoiou a cabeça no ombro de Mitchell, determinada a não corar. Eles não disseram uma palavra. Ela não tinha o luxo de ler suas expressões e agora ela estava agradecida por isso. Mitchell era tudo o que importava. Sua visão limitada desapareceu quando ele a levou para o quarto às escuras, colocando os pés no chão antes que ele fechasse a porta com um empurrão duro. A luz se acendeu e ela fechou os olhos com um estalo. — Desculpe. — Ele se moveu diante dela, seu cabelo escuro e rosto sombreado ficando à vista. Ela estendeu a mão e sorriu quando a palma da mão roçou a barba áspera de sua bochecha. Sua visão estava melhorando. Ela podia ver a cor mais escura de seus lábios e ver o a dica fraca de um sorriso. Sua mão deslizou em torno de sua cabeça e puxou-o para mais perto. — O que você está esperando? Ele não precisava de instrução. Suas mãos agarraram seus quadris, e ela engasgou quando a levantou do chão. Suas pernas rodearam sua cintura, agarrando-se a ele quando seus braços agarraram seu pescoço. — Em poucos minutos, você estará desejando que eu não me apresse. — Ele a apoiou na parede, os ombros pressionando no gesso liso e frio com um baque. — Shh. — Ela se agarrou apertado em pânico. Seus companheiros de banda não precisam ser videntes para saber o que eles estavam fazendo. Ela só não queria indicá-lo com um grande sinal de néon. — Um pouco tarde para isso, — Mason chamou detrás da porta. Alana se encolheu e descansou a cabeça contra a parede.

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— Esqueça-os. — A respiração de Mitchell soprou seu rosto. — Somos só nós aqui dentro. — Ele beijou seus lábios, passando a língua em sua boca. — Só eu e você. Ela gemeu e moeu os quadris contra ele. — Cristo, eu quero você, Allie. — Ele abaixou as pernas no chão e começou a puxar seu short para baixo, deixando-a nua da cintura para baixo. — Você é tão quente. Tão malditamente perfeita. Ela mordeu o lábio, presa em um torpor de elogios que ela nunca tinha experimentado antes e deixando-o se despir. O rasgar de uma embalagem de camisinha rompeu-a do transe e seu coração aumentou de um galope a uma corrida em pleno desenvolvimento. Ela podia ver os empurrões frenéticos enquanto ele colocava a proteção ao longo de seu comprimento, em seguida, se reclinava contra ela. — Por mais que eu ame quando você usa as minhas camisetas, eu acho que você precisa tirá-la. — Sua voz era suave como mel. Sedutora. Deliciosa. Tentadora. Ela o queria tanto que seus joelhos ficaram fracos. Ele agarrou a barra do material e puxou-o sobre sua cabeça. Ele não poupou um segundo olhar, já que estava fora de seu corpo e jogada no chão. Suas mãos encontraram os quadris, desta vez movendo-se para a bunda dela e levantando-a para descansar por cima de sua cintura. A cabeça de seu pau cutucou sua entrada, mas não penetrou. Seu núcleo convulsionou em retaliação à provocação, ordenando mais. Ela sugou em uma respiração profunda, querendo expressar a demanda de seus corpos. — Por favor, favor, por favor, por favor. Seus mamilos estavam duros como pedra e sensíveis a cada roçar de seu peito contra o dela. — Você realmente me quer, Allie? — Ele cutucou para a frente e a dureza de sua ereção deslizou na sua entrada. Ela gemeu e cravou as unhas em seu ombro, incapaz de formar palavras. Deus, ela o queria. Ela não sabia como ela ficará sem a sua paixão.

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Suas mãos correram até suas coxas, segurando-a firme enquanto ele a inclinava para a parede, com o rosto acariciando seu pescoço. — Vou aceitar isso como um sim, — ele murmurou em seu ouvido. Ele empurrou duro, por toda a extensão de sua ereção deslizando profundamente dentro de sua buceta. A invasão foi mais suave do que a seda. O desejo já reunido entre suas coxas tornou fácil para ele entrar. — Porra. Ela apertou os lábios, lutando contra outro gemido, um grito, um apelo por mais. Sentiu-o através de cada centímetro de seu corpo, desde os dedos dos pés às pontas dos dedos das mãos. Ele devastava seus sentidos, devorava seu autocontrole, e ela só ansiava por mais. Com sutileza dolorosamente lenta, ele recuou. Seu núcleo convulsionou e suas coxas apertaram, seus dedos cavaram mais fundo. Desta vez, quando ele deslizou para casa, o prazer ardente na garganta estourou livre, e ela gritou. Seus avanços aumentaram, bateram mais forte, mais rápido. Seus retiros tornaram-se mais rápidos, mais frenéticos. Ele empurrou mais de seu corpo contra a parede e as omoplatas esfregaram com cada impulso. Ela beijou sua bochecha, ao lado de seus lábios, sua boca, seu rosto, e não conseguiu o suficiente. A tensão em seu sexo subiu a uma altura que nunca tinha alcançado antes, suas paredes pulsando ao redor de seu eixo rígido, sugando-o mais profundo. — Oh, Jesus, Mitchell, por favor. — Ela fechou os olhos. Ela esperava que evitar o contato visual atrasaria seu clímax, mas a imagem deles estava absorta na sua mente, a lembrança de seu sorriso e confiança no palco apenas deixando-a mais perto da borda. Fôlego deixou seus pulmões com cada mergulho de seu pau e cada vez que ele se afastava, ela engasgava por ar. Um braço forte foi em torno de sua cintura, e até suas costas. Sua mão agarrou seu cabelo e puxou, arrastando a cabeça para trás com ele. Ele devorou a pele exposta do pescoço dela, beijando, lambendo e quando ele chupou, adicionando a picada de dor, ela veio desfeita.

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Seu núcleo convulsionou em pequenos espasmos do mais delicioso prazer. Dentro e fora, dentro e fora. Suas penetrações tornaram-se menos frenéticas, mais fortes, até que seus ouvidos encheram com um rugido que ela sentia por todo o caminho até o centro do peito. Eles sacudiram um no outro, a aderência de seu suor agora fundindo sua pele. O mundo voltou à vista entre as respirações ofegantes e membros trêmulos. — Uau. — Ele soprou a palavra. Ela não sabia como ele ainda estava segurando seu peso. Seus pés ainda não tinham tocado o chão e as coxas já latejavam pelo esforço. Colocando os braços em volta de seu pescoço, ela se encostou na parede e baixou uma perna de cada vez para suportá-la. O comprimento amolecido de Mitchell deixou seu corpo e ele agarrou a camisinha. — Volto em um segundo. — Seu calor desapareceu, deixando-a cair contra a parede. Ela fechou os olhos e ficou presa ao chão, seus membros pesados demais para se mover. O barulho da sala de jantar chegou em sua bolha de recuperação e ela encolheu-se com o pensamento de voltar lá fora. Mitchell não foi silencioso. Ela não foi silenciosa. Quando voltou momentos depois, Alana estava no mesmo local, a leve brisa do ar condicionado secando o suor em sua pele. — Você ainda parece boa o suficiente para comer. Seus olhos se abriram, e ela se endireitou. — Oh, não. Eu definitivamente não sou comestível no momento. — E por mais que ela quisesse passar a noite fazendo coisas barulhentas e suadas com Mitchell, ela não podia ignorar o fato de que eles estavam em uma suíte com muitas outras pessoas. Pessoas que não eram surdas e mudas. Ela também queria que Mitchell lembrasse que ela não era uma fã que só queria uma coisa. Ela era gananciosa. Ela queria ele todo, o aconchego no sofá, as conversas profundas e significativas, e os momentos confortáveis passados juntos em silêncio.

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— Já arrependida das coisas, querida? — Ele caminhou para ela e tomou fôlego com o mais doce e mais terno beijo de sua vida. Não havia pressa, sem fome, apenas uma mistura delicada de lábios e línguas. Quando ele se afastou, ela balançou a cabeça. — Não. Sem arrependimentos. — Ela sorriu e segurou seu rosto para trazê-lo mais perto para um último beijinho. — Eu só não quero ser lembrada como mais uma de suas fãs. Ele zombou e descansou sua testa contra a dela. — Eu sei que você não é uma fã, e as minhas memórias de você sempre serão respeitosas. Suas palavras tocaram seu coração, apesar de terem a nota mais fraca de um adeus. Ele se inclinou, pegou a camiseta que ela estava usando e entregou a ela. — Essa vai ser sua primeira caminhada da vergonha? Ela se encolheu e tentou engolir todo o nó na sua garganta. — Infelizmente, sim. — Ela puxou o material sobre sua cabeça e pegou a calcinha e seu short quando ele os entregou. Ele riu. — Bem, esteja preparada para a humilhação de proporções titânicas. Tenho certeza de que Blake gosta de você, e ele nunca se retém em falar merda para as pessoas que ele mais gosta.

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Capítulo Dez Após Alana se refrescar, Mitch segurou a mão dela e a levou do quarto. A conversa na mesa de jantar se suavizou. Mesmo Leah, Kate e a esposa de Ryan, Julie, que estavam reunidas na cozinha, tinham se virado de sua sessão de fofoca para olhar para eles. Alana apertou a mão dele, e ele sorriu. A atmosfera era diferente de qualquer outro momento em que ele levou uma mulher nos bastidores com a banda. Normalmente, eles nem dariam atenção ou reconheceriam os frágeis ruídos pornográficos que teriam sido a pista para retornar a conversa. Desta vez, o quarto agitou com duas partes de silêncio desconfortável e oito partes de risadas suprimidas. — Olha se não é a minha garota safada. — Kate chamou da cozinha, erguendo o copo de vinho meio vazio em saudação. Julie suspirou, Leah tomou um gole do seu copo para esconder seu sorriso, e seus amigos mais próximos riram. — Veja, eu não fui a primeira pessoa a notar a sessão de reza mais recente. — Blake lançou um sorriso. — Eu não sabia que você era religioso, mano.

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Mitch sorriu de volta, sem se deixar abater. — Eu definitivamente encontrei o céu. Alana gemeu. Ele olhou para baixo para ver o rosto escurecido e seu olhar focado no chão em frente a eles. — Eu estou do seu lado, se você não notou. — Ela sussurrou, mal movendo os lábios. Ele se inclinou e deu um beijo abaixo da orelha dela. — É um ritual de passagem, querida. Apenas siga com ele. Quando ele se afastou, ela estava com uma sobrancelha levantada, e seus ombros estavam retos, prontos para dar a sua rejeição. — Eu não culpo você, amiga. — Continuou Kate. — Agora que você finalmente experimentou sobre o que é excitação, eu duvido que você vá continuar com o celibato. — Oh, Cristo. — Alana murmurou, soltando a mão dele. — Eu preciso de uma bebida. — Ela deu um passo ao redor dele, com os braços estendidos ao lado do corpo enquanto manobrava e esbarrava em volta do mobiliário. Mitch encarou sua forma, do cabelo longo bonito caindo em cascata pelas costas, a maneira como seus quadris balançavam. Um nó se formou em seu peito, e ele lutou contra a vontade de acaricia-la. Kate estava certa. Ele não sabia por que não pensou nisso antes... provavelmente porque seu pau havia tomado conta de sua vida. Alana não tinha experimentado o prazer que o sexo proporcionava antes. Lembrou-se de como ele foi quando um adolescente. Quando ele experimentou cerveja pela primeira vez, e saindo por aí para estourar todos as outras. Era uma experiência nova, emocionante. Algo que ela gostaria de experimentar. Algo que ela não gostaria de esperar. Algo que Alana não deveria ter que esperar. Ele exalou lentamente, na esperança de aliviar a pressão em seu peito. Ele não poderia pedir a ela para colocar sua vida em espera, enquanto ele fizesse o novo álbum promocional. Ou a próxima turnê.

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Quem ele estava enganando? Seu estilo de vida não vinha com um pacote de felizes para sempre. Ryan e Julie eram a prova. Mitch continuou observando quando Alana tomou um copo de vinho branco de Leah e começou a agitar o conteúdo. Ele ignorou o deslizar de uma cadeira contra o chão de ladrilhos e não dirigiu o olhar para longe dela até que Blake cutucou seu ombro. — Qual o problema? Mitch olhou com raiva e balançou a cabeça. Ele não queria falar sobre isso. Ele não queria nem pensar no que aconteceria quando partissem amanhã. — Alana parece ser uma garota legal. Você já fez planos para o que vai acontecer quando ela for embora? — Blake o lia como um livro. — Estamos apenas nos divertindo. — Mitch mentiu. Era mais do que diversão. Mais do que paixão. Mais do que o vício. Alana estava debaixo de sua pele, e ele não queria deixá-la ir. Blake deu um suspiro de escárnio. — Oh, OK. Então você não vai se importar se eu tentar ter um pouco de diversão com ela também? Mitch virou-se para a expressão de satisfação no rosto de seus amigos. Blake estava tentando forçá-lo a admitir como se sentia sobre Alana, mas Mitch não era tão ingênuo. Não quando a probabilidade de ter um futuro era quase nula. Ele gozava a humilhação, tanto quanto as pessoas próximas. Ele se virou, focalizando sua atenção em Alana e no jeito como ela falava suavemente com as outras mulheres na cozinha. — Diga a ela como você se sente. — Blake murmurou. — Eu nunca vi você assim sobre uma mulher antes. Não a deixe ir. Ela parece ser incrível. Mitch passou as mãos sobre seu rosto, esfregando a tensão. Embora sua carreira não permitisse, ele sentiu o desejo... soava muito maricas, mas algo semelhante lhe disse que era hora de sossegar. O pensamento de voltar para casa depois de meses em turnê, para uma esposa e família, parecia uma fantasia sempre fora de alcance.

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Podia se imaginar com Alana. Ele nunca contemplou um futuro com mais ninguém antes, no entanto, veio facilmente com ela. Com grande clareza, ele imaginou como ela ficaria linda de branco, o brilho em seus olhos quando ele a levasse acima do limite, e do jeito como ela cuidaria de um filho. Balançando a cabeça, ele rangeu os dentes. Ela pode ser a imagem perfeita para o seu futuro, mas o momento não poderia ser pior. Sua vida tinha apenas começado. Ela ainda não seria capaz de compreender plenamente as oportunidades que o mundo tinha para oferecer ou os homens que ansiosamente cairiam a seus pés. — Não é tão simples assim. — Ele desejava que fosse. Deus, como ele desejava. Se ele tivesse uma vida normal e uma carreira normal, as coisas poderiam dar certo. Mas ele não tinha. Sua vida estava na estrada, ao longo de vários países, e dentro e fora de estúdios de gravação e sessões de ensaio. — O amor nunca é. — Blake deu um tapinha no ombro dele e se afastou, dirigindo-se para as damas na cozinha. Mitch seguiu, ignorando a mordida de ciúmes quando seu amigo falava com Alana e trazia um sorriso radiante a seu rosto. Não. As coisas entre eles seriam muito complicadas. Exatamente o tipo de cenário que ambos não precisavam agora. O melhor que ele poderia esperar era um pouco mais de tempo gasto com ela em seus braços e uma despedida amigável. *** Duas horas mais tarde, Alana sentou na varanda da suíte de hotel com outro copo de vinho na mão. Ela não conseguia se lembrar de quantos já foram, mas seu rosto estava corado e seu coração batia em uma valsa lenta em vez do destacado estrondoso que ela tinha experimentado nos últimos dias. Desde que deixou o quarto, ela só falou algumas palavras com Mitchell, e sua mente gostou do alívio do bombardeio constante de luxúria e pensamentos cheios de amor. Ela também tinha desistido de

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tentar convencer a si mesma a não amá-lo. Precisou de muita força. Eles se encaixavam muito bem. Eles funcionavam perfeitamente. — Está tudo bem entre você e Mitch? Alana ergueu o olhar do copo em sua mão para o rosto escurecido de Leah. A voz da mulher carregava uma pitada de preocupação. — É... acho que sim. Por quê? Leah olhou para longe. — Não existe uma verdadeira razão, eu suponho. Ele apenas parece para baixo. Alana observava o brilho de um copo de vinho sendo erguido para os lábios de Leah antes que descesse novamente. — Antes, quando vocês dois... ah... saíram do quarto, ele estava feliz. Mais feliz e despreocupado que o normal. Mas, ao longo das últimas horas, toda vez que vou para a cozinha, ele está mal-humorado e distante. Alana tomou um gole de sua bebida e olhou para o lado do rosto de Leah, tentando aguçar a imagem escura. A incapacidade de ler as expressões das pessoas a deixava louca. Ela teve que aprender a se concentrar mais na emoção em sua voz. — Você quer que eu fale com ele? — Ela se sentiu estúpida ao perguntar a alguém que conhecia Mitchell melhor que ela. — Não. — Leah balançou a cabeça. — Provavelmente não é nada. Eu só fico nervosa quando os caras não são eles mesmos, especialmente quando estamos prestes a ir para a estrada. A esposa de Ryan, Julie, soltou uma gargalhada e ambas viraram em sua direção. A risada suave de Kate veio do outro lado da varanda. — Uau, — Leah sussurrou. — Eu não consigo me lembrar da última vez que ela riu. Inferno, eu não consigo me lembrar da última vez que ela sorriu. — Sério? — Alana só tinha sido capaz de distinguir os detalhes vagos de uma mulher magra alta, com cabelos loiros. Julie estava quieta desde a sua apresentação.

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— Achei que ela estaria chateada com Ryan saindo para a turnê promocional. Leah riu sem humor. — Não. Ela prefere quando ele está longe. Durante o ano passado, eles não fizeram nada além de brigar. — Oh. — Alana não tinha mais nada a dizer. Ryan parecia um cara legal. Um cara legal malditamente atraente, rico e talentoso. — Vamos. — Leah levantou da cadeira e estendeu a mão na frente do rosto de Alana. — Vamos entrar e conversar com os meus garotos. Talvez Mitch se anime com você por perto. A vibração destacada voltou à vida em suas costelas. O simples pensamento de estar perto dele fez seu sangue correr. — Soa bem. — Ela agarrou seu copo de vinho agora vazio em uma mão e permitiu Leah a ajudá-la com a outra. Meia hora depois, ela entendeu o que Leah quis dizer sobre Mitchell. Alana não precisava de sua visão para perceber a diferença nele. Ele estava distante, mesmo agora sentados lado a lado no sofá. Ele ainda a tocou, ainda beijou a bochecha dela com carinho e falou com ela muitas vezes, mas cada vez que ele fazia, ele não tinha seu entusiasmo habitual, como se seu coração já não estivesse totalmente envolvido. Talvez a mudança de humor fosse resultado da pressão de seu próximo lançamento do álbum e as noites que ele passaria longe na turnê promocional. Ela não o conhecia bem o suficiente para julgar. Ela desejou conhecer, no entanto. — O que você vai fazer antes de ir amanhã? — Ela aninhou a cabeça em seu ombro e se aconchegou perto. Eles não tinham discutido nada além de hoje à noite e seu coração tornou-se mais exigente, a necessidade de determinar se eles passariam mais tempo juntos antes de ele ir. — Eu tenho obrigações promocionais durante a maior parte do dia. Seu peito apertou e ela balançou a cabeça para se distrair da decepção. Ele deslizou o braço em torno do ombro dela e a puxou um pouco mais.

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— No final da manhã vamos fazer uma pré-gravação para uma entrevista no programa matutino Daybreak. Mason se recusa a aparecer a qualquer coisa antes das onze, por isso temos que gravar amanhã para o programa do dia seguinte. Ela virou a cabeça para olhar para ele e levantou uma sobrancelha. Ele deu de ombros. — Quando você tem tanto dinheiro e poder como Mason Lynch, você pode fazer qualquer tipo de demanda que desejar. Depois vamos visitar o centro de reabilitação de drogas e álcool local. — Sério? — Todos os dias, quase todas as horas, ele a tinha maravilhado com o quão diferente ele era da imagem de sua mãe dos homens. Orgulho derreteu seu coração. — É algo que tentamos fazer com frequência. Especialmente desde a overdose daquela fã. Gostamos de mostrar nosso apoio e reiterar que o Reckless Beat não tolera o abuso de álcool ou o uso de drogas ilegais. — Não, este homem definitivamente não era o que sua mãe descreveu. — Não olhe para mim desse jeito. — Ele riu. Alana focou em seu sorriso brilhante e franziu o cenho. Ele já a lia tão bem. — É principalmente sobre a exposição e para ter os inimigos em nossas costas. Os que pensam incentivar as crianças a usar drogas. — O sorriso desapareceu, e as sombras da luz atrás dele tornavam difícil para ela ler sua expressão. — Eu gosto disso, embora. Coloca as coisas em perspectiva. E se passar algumas horas com as pessoas que estão tornando isso difícil é tudo o que preciso para aliviar a merda na vida delas, mesmo que por pouco tempo, então eu estou feliz em fazê-lo. — Você é um homem maravilhoso, Mitchell. — Ela virou ainda mais para ele e deu um beijo em sua bochecha. Ele agarrou a parte de trás de sua cabeça e a abraçou, seus lábios mal uma polegada de distância. — Eu amo como você diz o meu nome. — E eu adoro dizer. — Ela colocou outro beijo suave em seus lábios. — Você abriu meus olhos e mudou minha vida em apenas alguns dias.

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Eu não posso agradecer o suficiente por isso. Eu só posso imaginar o que você faz para os outros. Ele não respondeu com a sua paixão de sempre. A explosão de luxúria não bateu. Em vez disso, ele passou a mão por seu cabelo e soltou um suspiro pesado. — Você é especial, Allie. Seu estômago caiu, não com suas palavras, mas com o tom resignado. — Me diga qual o problema. — Ela pediu, segurando seu rosto com a palma da mão. — Nada, querida. — Ele inclinou sua cabeça em sua mão. — Só cansado, suponho. Era mais do que a falta de sono. Ele estava fechando-a para fora e ela não sabia o porquê. — Você quer que eu vá? Kate e eu podemos chamar um táxi. — Não. Ela inalou lentamente. Profundamente. Pelo menos seu tom tinha uma firmeza reconfortante. Se não fosse por seu humor sombrio, ela poderia realmente acreditar nele. — Quais são seus planos para amanhã? Ela franziu o cenho para a mudança de assunto, mas resolveu ignorar. — Eu preciso voltar ao oftalmologista para um check-up. — Merda. Eu esqueci completamente. — Está tudo bem. Minha visão está melhorando, e Kate tem o dia de folga, então eu consigo chegar lá. — Ela esfregou seu peito para aliviar a tensão que irradiava dele. — Eu também preciso verificar se viver em Richmond por alguns meses é viável... e pretendo ligar para os Bowen e marcar uma reunião com eles novamente. Minha mãe era a única família que eu já conheci, e eu preciso saber se realmente sou relacionada a estas pessoas. Eu não me perdoaria se eu fosse embora sem realmente saber se eles estavam dizendo a verdade. Sua postura endureceu.

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— Quando você planeja vê-los? Você não deve ir sozinha. — Eu vou ficar bem. Verdadeiramente. Eu não vou fazer nada estúpido. A tensão em seu corpo relaxou um pouco, e ela continuou a acalmálo com traços leves de seus dedos em seu peito. — Planeje na hora do almoço. Vou tentar sair da apresentação do programa o mais rápido possível e ir com você. Sua mão parou, emoção congelando seus movimentos. Sua sinceridade e preocupação tocou mais do que ela pensou que o interesse de um homem jamais faria. — Você não precisa fazer isso. — Por favor, Allie. — Ele apertou-a com força. — Deixe-me fazer uma última coisa para você antes de eu ir embora. A lembrança de sua partida secou a garganta a ponto de doer. Ela encolheu-se com as coisas que ele poderia aprender com ela a partir do encontro com os Bowen. Embora ela não tivesse escondido nada de Mitchell, ela não gostava de anunciar ao mundo que a vida dela foi forjada a partir de uma adversidade hedionda. — Me prometa que não vai sem mim. — Ele levantou seu queixo e olhou para ela. Ela assentiu, engolindo em seco. — OK. — Ele roçou seus lábios nos dela. — Vamos para a cama. Quero fazer amor com você neste momento. — Ele correu os dedos pelos cabelos e a segurou no lugar. — Eu quero tomar meu tempo. Eu quero te provar, saborear você, e tê-la adormecendo nos meus braços. Alana piscou a queimadura das lágrimas se formando. Embora ele não tivesse dito, ela ainda ouviu pela última vez no final de sua declaração.

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Capítulo Onze Mitch agarrou a mão de Alana enquanto se levantava. — Estamos indo para a cama, — ele anunciou aos seus amigos. Leah saiu mais de uma hora atrás, indo para seu quarto de hotel a poucos andares abaixo para dormir cedo. Kate fez o mesmo, optando por dormir no sofá de Leah em vez de na suíte lotada. E Julie ainda estava sentada fora na varanda, antissocial como sempre. Blake e Mason levantaram seus olhares da mesa de jantar, ambos com sorrisos conhecedores. Blake abriu a boca, depois fechou de novo, a expressão jovial desaparecendo de seu rosto. Mason seguiu o exemplo. Estes homens eram como seus irmãos, mais próximos na verdade. Eles podiam ver a dor que ele estava sofrendo sobre precisar deixar ir Alana. Isto arranhava seu peito, fazia suas mãos suarem. Seu tempo juntos não tinha sido longo, mas seu corpo estava se preparando para afundar com a ideia de deixa-la, semelhante uma abstinência por drogas. Sean não levantou a foco das cartas de pôquer na mão. — Divirta-se. Esteja seguro. Apenas mantenha os vocais no mínimo, eu tenho ouvidos sensíveis.

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Ryan riu, colocando duas das suas cartas na pilha no meio da mesa e pegando mais duas. — O que ele disse. Blake franziu o cenho para ele, inclinando a cabeça em uma pergunta silenciosa. Quando Mitch não respondeu, Blake se empurrou da mesa e fez o caminho até eles. — Boa noite, Alana. — Ele deu-lhe um abraço de um braço só em volta dos seus ombros, enquanto o seu olhar focava em Mitch. — Posso falar com o sacerdote antes dos dois irem e fazer suas coisas? — Seu tom tinha perdido o humor. Ela respondeu com um gesto suave de sua cabeça. — Claro. — Ela se ergueu na ponta dos pés e deu um beijo na bochecha de Mitch. — Eu estou indo escovar os dentes. Ele deixou os dedos deslizarem de suas mãos e estremeceu com a ideia de fazê-lo para sempre em um futuro próximo. Ele olhou para Blake, ambos em silêncio e imóveis até que Alana saiu da sala e fechou a porta do quarto com um clique suave. — Você seria estúpido em deixá-la ir. Mitch levantou uma sobrancelha. — Você seria estúpido em ter opinião sobre assuntos que você não sabe nada. — Ele não tinha a intenção de ser um idiota. Blake estava apenas tentando cuidar dele. Mitch estava farto do nó que se formou em seu peito. Um nó que crescia e fortalecia toda vez em que ele pensava em largar a mulher por quem ele estava se apaixonando. O olhar que Blake deu para ele, lendo seus pensamentos, o fez doer mais com sua simpatia evidente. — Quando foi a última vez que você quis estar com uma mulher por mais de uma noite? — Mitch bufou e passou a mão pelo cabelo. — Pegar o número dela e dizer a ela que vai ligar não é um compromisso para uma vida inteira. É uma oportunidade. Se você se sair antes mesmo de ter uma chance, você é um fodido idiota. E eu posso ser estúpido em dar a minha opinião, porque eu não sei qual seu negócio, mas você é um covarde se deixá-la ir embora.

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— Você não sabe de nada. — Mitch virou as costas e se afastou. Blake não tinha a menor ideia sobre a sua vida ou a falta dela. Ele não sabia que ela estava começando a partir do zero. Que ela não tinha tempo para esperar por um cara que só estaria em sua vida por pedaços de cada vez. Ela precisava de alguém constante. Alguém para lhe dar a atenção que ela merecia. Blake agarrou seu ombro e o puxou de volta. Pode ter sido a raiva, as poucas cervejas que ele tinha consumido, ou a necessidade de voltar para Alana depressa, mas algo o tirou de equilíbrio e ele tropeçou, batendo na parede com um baque. — Oh, merda. — Mason xingou da mesa e três cadeiras rasparam em todo o azulejo. Ele endireitou-se e olhou para Blake, não por causa do empurrão, não porque seu amigo ainda estava tentando provar um ponto, mas porque agora havia uma cena desnecessária que o impedia de estar com Alana. — O quê? — Ele ergueu a voz para Blake. — O que diabos você quer de mim? Blake levantou as mãos em sinal de rendição e recuou. — Eu sinto muito, mano. Eu não sabia que você tinha bebido tanto. Falo com você de manhã. — Não. Você não vai. — Mitch estalou. Ele tinha passado por isso uma e outra vez. Eles não eram um para o outro. Vidas diferentes. Educações diferentes. Futuros diferentes. Ela precisava de um homem que estaria por perto. Um homem que estaria ali para amá-la 24 horas por dia, sete dias por semana. Sean se colocou entre eles e virou-se para Mitch. — Recue. — Você está brincando comigo? — Seu sangue ferveu. — Blake é o único jogando Dr. Phil2 ou alguma merda assim, e você está me dizendo para recuar? Eu não tenho tempo para isso. Estou indo para a cama. 2

É um psicólogo dos Estados Unidos que tornou-se conhecido do grande público ao participar nos programas de Oprah Winfrey como consultor de comportamento e relações humanas.

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Quando ele se virou, Alana estava lá, metade de seu corpo fora do batente da porta, com os olhos brilhando de emoção, a testa preocupada. Ele fechou os olhos por um momento, respirou fundo e caminhou em direção a ela. Uma vez que ambos estavam no quarto, ele fechou a porta atrás deles, bloqueando o resto do mundo. Ele queria confortá-la, pedir desculpas por colocar a expressão preocupada em seu rosto, mas ele estava muito emocional. Em vez disso, ele se dirigiu ao banheiro, abriu a torneira e lavou o rosto várias vezes, esperando sua frequência cardíaca diminuir. Quando ele se acalmou a ponto de civilidade, ele voltou para o quarto e encontroua sentada ao pé da cama, com a cabeça baixa, as mãos no colo. Ele caminhou até a porta do quarto, apagou a luz e foi até ela. Seus olhos levaram uns momentos para se ajustar à escuridão, o brilho suave vindo de debaixo da porta. Quando chegou à cama, ele cutucou entre suas pernas, e as coxas se separaram sem protestar quando ele aninhou entre elas. Com dedos gentis, ele ergueu o queixo e olhou para baixo em suas feições sombreadas. — Eu sinto muito. — Ele desejou ter as palavras perfeitas para ela. Tudo que ele tinha era um anseio desconfortável que não podia aliviar. — Eu não sou... confortável com a violência. — Eu sei, querida. Não foi nada. — Ele acariciou sua bochecha com o polegar, em seguida, seus lábios. — Estamos todos estressados no momento e... não é desculpa para nada, mas eu juro que você não tem nada com que se preocupar. — Você precisa ser honesto comigo. — Sua voz enviou uma lâmina em brasa em seu peito, destruindo tudo em seu caminho. — Eu não estou familiarizada com isso, com a gente, e eu não tenho ideia do que está acontecendo. Fiz algo errado? Você quer que eu vá embora? Eu... — Ela soltou um suspiro. — Eu realmente gosto de você, Mitchell... — Hey. — Ele se ajoelhou entre suas coxas, e colocou as mãos nos seus quadris. Seu calor rodeava. O perfume inebriante do seu corpo misturado ao aroma do sabonete do hotel afundou em seus pulmões como uma droga hipnótica. — Você não tem nada que se desculpar. — O

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desejo de derramar seu coração tornou-se avassalador. Ele poderia dizer a ela como se sentia, e ela iria consolá-lo e convencê-lo a acreditar que as coisas entre eles funcionariam. Que ela estaria sempre esperando por ele, sempre disposta a colocar sua vida em espera para que eles pudessem ficar juntos. E isso era o que ele mais temia. Que ele não tivesse força para morder a língua. Para ser um homem e ir embora para o bem dela. Para dar a ela a vida que ela merecia. — Eu sinto muito, Allie. — Ele a puxou para mais perto da borda da cama e colocou seus braços em suas costas. — Estou cansado e estressado, e oprimido. Eu costumo ficar um pouco estranho antes de turnês promocionais ou shows. Não tem nada a ver com você. — A mentira picava no fundo de seu peito, como um tapa de Deus advertindoo de sua inevitável viagem ao inferno. — Ela não respondeu. — A última coisa que eu quero é que você vá embora. Suas mãos deslizaram para seu pescoço. Prendendo a respiração, sentiu o puxão de seu pau quando ele endureceu, e contente com o zumbido que ricocheteava através de seu corpo quando suas unhas se enterraram na parte de trás de sua cabeça. Um gemido vibrou em sua garganta, e ele se inclinou em seu toque. — Você deveria ir para a cama. — Ela murmurou. — Mmm, talvez eu devesse. — Ele ficou de pé e agarrou suas mãos, puxando-a com ele. — Quer se juntar a mim? — Sim. — A palavra era um sussurro sem fôlego. Inclinando-se, ele roçou seu nariz com o dela e pairou os lábios sobre o cetim quente dela. Ele fechou os olhos e deixar tudo infiltrar. Seu cheiro, sua essência, sua emoção. Ele a inalou em seus pulmões e a trancou longe no fundo de sua alma, para nunca ser liberado. Seu coração continuou a ameaça-lo, piscando imagens de um futuro perfeito em sua mente. Um com paixão e compromisso e amor. Ele queria estender a mão e agarrá-los. Abrir sua boca e beijar seu amor dentro dela, mas ele endireitou os ombros e se manteve firme. Alana encontraria um homem. Um homem melhor.

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E a realização doeu mais do que a ideia de deixá-la ir. Ele ignorou a turbulência que ameaçou destruí-lo e se inclinou, levantou-a, um braço sob os joelhos, enquanto o outro apoiava suas costas. Ela não protestou, não disse uma palavra quando seus braços vieram em torno de seu pescoço. Levou-a ao redor da cama e se deitou. Quando ela fugiu para longe, ele puxou para perto, trabalhando-a ao pé da cama enquanto ela manobrava sob o lençol. Ele tirou a roupa. Uma por uma. Calça jeans. Sua boxer. Sua camiseta. Até que ele ficou completamente nu na frente dela, fisicamente e emocionalmente. Ele não sabia se ela poderia vê-lo, mas seu olhar queimava seu corpo, sobre cada centímetro de sua pele. Ele agarrou uma camisinha da mesa de cabeceira e a colocou debaixo do travesseiro. Subindo na cama, ele se moveu sob o lençol e se posicionou ao lado dela. Ela estava deitada de lado com o rosto virado para ele. — Você devia dormir um pouco. — Sua voz não tinha nenhum humor, só resignação. Foda-se o sono. Seu cansaço era uma desculpa para cobrir seu humor ranzinza. Ele queria passar a noite inteira amando-a, tocando-a, devorando-a. Pela primeira vez, seus compromissos da banda poderiam vir em segundo. As últimas horas com Allie eram tudo o que importava para ele. — Neste momento, eu deveria estar fazendo um monte de coisas, mas a única coisa que eu quero é você. — Ele moveu-se para ela, colocando um braço sobre sua cintura, deixando a dureza de sua ereção no algodão macio de seu short. Ele ouviu sua profunda inspiração e inclinou-se antes que ela suspirasse, tomando sua boca em um beijo apaixonado. Seus lábios, suas línguas dançavam e, lentamente, a rigidez de seu corpo escoou, deixando-a maleável em seus braços. Suas mãos encontraram seu cabelo, sempre seu cabelo, sempre a sua ruína, e deslizou os fios cobrindo o rosto atrás de sua orelha. Ele não

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costumava permitir que alguém brincar com ele. Ele nunca gostou da sensação, mas com Allie era diferente. Cada traço fez seu couro cabeludo arrepiar, cada arranhar e puxão disparava o desejo direto através de seu corpo para seu pau duro dolorido. Ele moeu dentro dela, gemeu sobre a deliciosa fricção, e beijou-a com mais força. Ele era louco por ela, seus pensamentos e desejos deixando-o louco. Droga. Ele queria ir devagar, saborear e degustar cada centímetro dela. Afastando-se, ele ofegou por ar e tentou se acalmar. — Tire a roupa. Eu quero sentir você... cada parte sua, contra mim. Ela obedeceu, retirando sua camiseta, em seguida, arrastando os pés sob o lençol antes de tirar seu short e a calcinha e jogá-los longe. Ficaram em silêncio, sua ereção pressionando em seus cachos, seu braço sobre sua cintura, os seios descansando contra seu peito. Ele brincava com a pele no inferior de suas costas, passava seus dedos ao redor em padrões intrincados enquanto eles desfrutavam o calor um do outro. Uma de suas mãos percorria seu corpo. Ela arrastou os dedos sobre seu braço, abaixo das costelas, ao longo de sua coxa. Sua pele queimava onde quer que ela tocasse, transformando seu sangue em lava, seu pau em pedra. Ele queria mudar de posição, fazê-la se contorcer de prazer, distraí-la com sua própria necessidade em vez da sua própria. Inclinando-se, ele chupou seu mamilo, rolando a língua em torno do pico rígido. Ela choramingou, esfregando sua virilha contra ele, e cravou as unhas em sua bunda. A reação dela só o deixou mais quente. Ele se moveu para o outro seio, dando-lhe a mesma atenção enquanto sua mão deslizava até sua cintura para seu sexo que ele tinha acabado de saborear. Ela arqueou as costas, gemeu seu prazer, mas ainda não era suficiente. Ele precisava dela tão quente como ele estava, tão carente, tão louco de desejo e adoração. Ele beliscou seu mamilo, saboreou seu suspiro, e depois soltou. Lentamente, ele passou a mão por seu ventre, sobre seu abdômen, e através do trecho de cachos no ápice de suas coxas.

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Sua respiração aumentou, roçando em seu rosto quando ele moveu sua boca de um seio para o outro. Ele brincou com sua buceta, deslizando seus dedos ao redor de seus lábios inchados, para frente e para trás, até que ela estava ondulante contra ele. — Mitchell... Mitchell. — Ele olhou para cima para ver a beleza de seu rosto escurecido. — Ela se aninhou em seu pescoço e provou sua pele com a língua. — Por favor. Oh, Deus, por favor! — O quê, querida? — Ele aplicou mais pressão nos dedos circulando seu clitóris. — Diga o que você quer. Ele desejava as palavras, ansiava ouvir a desordem em sua voz. — Diga o que você precisa. Ela moeu contra ele, passando as unhas por suas costas. — Você. — Ela sussurrou em seu ouvido, enviando um arrepio percorrendo sua espinha que se reuniu em suas bolas. — Eu quero você, Mitchell. — Ela chupou a pele de seu pescoço. — Só você... Por favor. — Ele acariciou seus dedos pelo centro de sua buceta, em linha reta através dos sucos de sua excitação. — Eu quero você dentro de mim agora. Ele não podia esperar também. Inclinando-se para trás, ele pegou a camisinha de debaixo do travesseiro e embainhou a si mesmo. Gentilmente posicionando seu corpo sobre o dela, ele descansou em seus antebraços para que ela não tomasse todo o seu peso. Ele estabeleceu sua ereção contra suas dobras molhadas, seu estômago pressionando no dela. O quarto ficou em silêncio enquanto suas mãos estavam em seus ombros e por longos momentos, eles apenas se olharam. Os olhos dela estavam escuros demais para decifrar, também sombreados para ver a luz das írises verdes que ele tanto amava. Seu coração batia com força contra o peito, a sucessão rápida combinando as batidas que ecoavam em seus ouvidos. Droga. Ele estava apaixonado. Mesmo em tons de cinza, ela era linda. E antes ele nunca tinha desejado fazer amor. Ele não conseguia se lembrar de ter sexo lento, emocional. Quando era adolescente, ele se concentrou em seu mantra de “isto é uma maratona, não uma corrida de alta velocidade. Isto é uma maratona, não uma corrida de alta velocidade”, e passou seu tempo concentrando-se em suas parceiras do

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outro lado da linha, de um jeito ou de outro. E depois que a Reckless Beat se tornou famosa, as mulheres correram para ele. Elas não se importavam se ele lhes dava prazer ou como a situação terminava, enquanto elas tivessem a oportunidade de dizer a seus amigos que tinham fodido com uma estrela do rock. Ele nunca procurou a intimidade da posição do missionário, mas agora ele não queria outra coisa. Para sentir a respiração dela, o toque de seus seios contra o peito dele, para ver o contorno escuro de seu rosto. Com uma ligeira inclinação de seus quadris, ele balançou dentro dela, a cabeça de seu pênis encontrando sua entrada escorregadia. Suas mãos agarraram seus ombros com mais força, e ele fechou os olhos para pressionar seus lábios contra o dela. Ele empurrou em seu sexo e gemeu sobre o êxtase apertado. Seu beijo era preguiçoso e deliberado, traços suaves de línguas, pressão afetuosa de lábios, e ele imitou o ritmo com cada impulso suave de seus quadris. Com cada deslizar, ele deu o seu coração e alma para ela, e suas entranhas esmagaram sob o peso do amor. Eu te amo... Eu te amo... Eu te amo. Ele não conseguia dizer as palavras em voz alta, mas ele mostrou com cada toque. Suas coxas se abriram ainda mais, e suas pernas subiram para cercar sua cintura. Com o próximo impulso de seus quadris, eles gemeram em uníssono, a penetração mais profunda levando-o tão perto do limite que ele pensou que iria ultrapassar. Ele quebrou o beijo, fez uma pausa e inclinou-se sobre um cotovelo para quebrar a conexão que sua alma parecia ter feito com esta mulher. O prazer não tinha apenas reunido em sua zona habitual imponente, ele correu ao longo de seu estômago, por meio de seu peito, apertando seu coração. Ela consumiu-o da cabeça aos pés, mente e alma. — Não pare. — Ela puxou-o de volta ao peito. — Só me dê um minuto. — Ele descansou sua testa contra a dela. — Não. — Ela sussurrou e erguendo os quadris, fez seu pau afundar profundamente dentro de seu núcleo. — Eu estou tão perto.

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— Cristo. — Ele gemeu, mordendo o lábio para controlar o orgasmo ameaçando explodir. Ele manteve seus movimentos lentos, deliberados, mas batendo mais forte, afundando até o fim. Cada vez que ele se retirava, ele fazia uma pausa para tomar fôlego e reconstruir sua contenção. — Mitchell. — Seu apelo foi sua ruína. Ele estendeu a mão ao redor de sua nuca e esmagou seus lábios contra os dela. Esse beijo não era suave, não era doce. Ele libertou sua paixão, sua fraqueza, e o deixou cru e vulnerável. Suas coxas agarraramno ao ponto de dor, com as costas arqueadas, e com cada impulso forte de seus quadris, ela arquejou. — Mitchell, eu vou gozar. Sua liberação bateu em um instante, sua buceta ordenhando-o mais forte com cada deslizar entre suas paredes apertadas. Ele disparou sua semente e gemeu com cada pulsação rítmica, até que suas pernas arderam com a tensão. Enterrando a cabeça em seu pescoço, ele deixou os sons femininos de orgasmos lavarem as últimas explosões do paraíso. Suas coxas começaram a relaxar, afrouxar seu aperto de sua cintura, para cair para trás em cima da cama. Sua mente era um borrão frenético, preso entre seu desejo de fazer Alana sua, e sua consciência lutando para deixá-la ir. A luta rasgou-o em pedaços enquanto ele ofegava em seu pescoço. Ele desejou ter todas as respostas e saber qual caminho escolher, o que era certo para ambos. Mas quando a exaustão se estabeleceu, puxando-o para o sono, ele percebeu que não importava o que acontecesse entre eles, mesmo que ele a deixasse, ele nunca realmente seria capaz de deixá-la ir.

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Capítulo Doze Alana acordou quente, saciada e ainda com o sorriso com o qual ela adormeceu na noite anterior. Mitchell estava atrás dela, a dureza de seu quadril descansando contra suas nádegas. O calor de sua mão estava contra a parte superior de sua coxa. Ela começou a ressuscitar da bem-aventurança do sono para a realidade, e a felicidade deslizou do rosto dela. Ela não queria abrir os olhos e começar o dia. Começar o dia significava que ela se aproximava do final, onde ela teria que dizer adeus ao homem que adorava. O pensamento de seu próximo último beijo fez seu estômago revirar. Deslizando a mão de seu travesseiro, ela correu sob o lençol, sobre sua cintura nua para descansar em cima de Mitchell. Tocou-o para apoio. Acima de tudo, ela queria ser capaz de dizer adeus sem drama. Não haveria um momento garota fã. Ela não iria chorar. Por mais que os olhos queimassem e suas mãos tremessem, ela não derramaria uma lágrima na frente dele. Ela agarrou os dedos, assustada com o gemido que se seguiu. Um gemido que vibrava na frente dela, não atrás. Seus olhos se abriram. Ela

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seguiu a protuberância sob o lençol ao lado dela, todo o caminho até o braço tatuado saindo do cobertor, para o cabelo escuro espetado de um homem descansando o rosto no travesseiro. Um grito agudo escapou de sua garganta. — Blake, — ela sussurrou e engoliu para aliviar a boca seca. Ele gemeu de novo. — O quê? — Sua voz saiu ilegível do travesseiro. — Sua mão está sobre minha coxa. — Ela não se moveu e manteve sua voz baixa, não querendo acordar Mitchell. — Mmm. — Blake! — Ela implorou. Sua pele zumbia ao seu toque, fazendo-a hiperventilar. — Estou nua, e sua mão está na minha coxa. Ele inclinou a cabeça, deu-lhe um lampejo de seu sorriso torto e deslizou sua mão. — Desculpe, eu não tinha notado. — Seu tom e os olhos brilhantes diziam exatamente o oposto. Ele se esticou e virou-se de costas, colocando seus braços cheios de tatuagens atrás da cabeça. Ela levantou uma sobrancelha com sua arrogância, mas não conseguiu reunir qualquer aborrecimento. Blake foi gentil com ela. Insolente às vezes, mas junto ao homem deitado atrás dela, ambos reiteravam a mensagem de que o sexo oposto não era o inimigo. Ele era o eco à perfeição de Mitchell, a pessoa que apoiava com carinho e confiança. — Por que você está aqui? — Sua voz estava ofegante. Ela queria acreditar que veio do choque de acordar com um convidado indesejável na cama. A forma como seus mamilos se apertaram disseram o contrário. Não que ela fosse atraída por Blake. Ele tinha os olhos castanhos escuros mais lindos que ela já viu, mas ele não encaixava com ela como um quebra-cabeça como Mitchell fazia. Ele manteve os olhos fechados. — Ryan e Julie pegaram minha cama... mesmo que eles não façam bom uso dela. E Mason e Sean beberam demais e desmaiaram no sofá e no chão. Eu não tinha nenhum lugar para dormir.

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— E a sua mão na minha coxa? Seu sorriso se alargou e ele abriu um olho para olhar para ela. — Eu me aconchego enquanto durmo. Ela balançou a cabeça para ele e desviou o olhar para seus braços. Ela seguiu os desenhos intrincados marcando a pele de seus pulsos até os ombros e seu coração acelerou com lenta compreensão. Ela podia ver. Ainda haviam manchas difusas, partes de sua visão que derretiam em outras, mas durante a noite, sua visão melhorou o suficiente para ela decifrar os detalhes mais sutis. Se Mitchell não estivesse dormindo, ela colocaria o rosto dele o mais próximo possível do seu para olhar em seus olhos para sempre. Como se lesse seus pensamentos, ele gemeu atrás dela e balançou o colchão enquanto se movia sobre a cama. Ele mudou de posição, de forma que eles estivessem de conchinha, cutucando sua ereção contra a sua bunda, seu braço movendo para abraçar sua cintura e estabelecendo em sua barriga. Ele apertou contra ela, uma vez, duas vezes, em seguida, permaneceu lânguido contra ela. Ela permaneceu em silêncio até que sua respiração ficou pesada contra o pescoço dela. Quando ela estava convencida de que tinha caído no sono, ela virou seu olhar para Blake, que agora olhava para ela. — Você gosta dele. Ela respirou fundo e puxou o lençol até a clavícula, tendo momentos extras para se recompor. — Sim. — Não havia necessidade de elaborar. Ela não tinha certeza do que seus sentimentos por Mitchell significavam. Ela só sabia que seu coração transbordava, tudo por causa dele. — Vocês dois falaram sobre o que vai acontecer quando partimos? Sua voz era monótona, e ela odiou a gravidade estranha em seu tom. Ele não sorriu, o humor tinha deixado seu rosto completamente. A mudança nele a deixou inquieta. Ela se preparou para o discurso de melhor amigo, onde ele pediria para ela ir embora calmamente. Ou

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explicar para ela que o tempo todo com Mitchell não era nada mais do que uma aventura. Ela se concentrou no lençol branco do hotel e fez padrões circulares com os dedos contra o algodão. — Não. — Ela deu de ombros. — Ele mencionou que talvez me ligasse. Mas, além disso, nós não discutimos nada. Seu coração batia mais forte esperando pela sua resposta. Quando chegou, suas palavras eram quase inaudíveis. — Ele gosta de você. — Seu olhar agarrou a ele, precisando ler sua expressão. O que viu fez seu peito apertar. Seus olhos tinham uma angústia que ela sabia que ecoavam nos dela. Ela não esperava que ele expressasse as esperanças que ela engarrafou dentro. Ela imaginou que ele a deixaria ir suavemente. — Não o deixe ir, Alana. — Ele implorou ela. — Ele quer você tanto quanto você o quer. Não deixe que os obstáculos que cercam a carreira dele fiquem em seu caminho. Alívio e esperança explodiram para a vida, inundando-a de felicidade. Sua carreira nunca tinha a assustado tanto quanto ele a fazia se sentir fora de sua liga. Ela estava em silêncio, imaginando como o seu futuro seria se eles se dedicassem um ao outro. Ele estaria muito ausente, o que seria difícil de lidar quando ela não queria nada mais do que passar cada segundo do dia com ele. Mas sua vida parecia estar evoluindo. Ela tinha tantas coisas que queria fazer e tinha certeza que a emoção de finalmente viver seria maçante com a solidão de estarem separados. Ela nunca foi uma pessoa dependente. Apesar de ela crescer de forma isolada, ela forjou sua própria carreira e fez sua própria renda. Estar separados poderia dar-lhes tempo para se conhecerem sem a luxúria que atualmente os fazia cair entre os lençóis a cada oportunidade. — Eu não vou. — Ela sorriu e Blake devolveu o gesto com uma ligeira inclinação de seus lábios. — Eu gosto dele também. Mitchell respirou fundo e se moveu contra ela de novo, sua ereção deslizando entre a fenda de suas nádegas. Ele gemeu, e ela corou, seu

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olhar ainda focado em Blake. Ela agarrou o lençol apertado e fez com que o material cobrisse seus seios, que agora formigavam de desejo. — Cristo. — Blake murmurou e voltou a olhar para o teto. Mitchell sobressaltou e sua mão apertou com força contra sua barriga. Em seguida, ele estava sobre um cotovelo, pairando sobre ela e olhando para Blake. — O que diabos você está fazendo aqui? Blake esfregou as mãos pelo rosto e gemeu. — Me torturando. Ela se virou no calor de Mitchell e colocou as mãos em volta de seu pescoço, puxando-o de volta para o travesseiro. — Ele não tinha outro lugar para dormir. — Ela o beijou suavemente nos lábios. Ela se inclinou para trás e levou o seu tempo apreciando suas feições, memorizando as coisas que ela não foi capaz de ver corretamente antes. A barba por fazer, o cabelo solto e sexy que sombreava seu rosto, a boca sensual que prendeu sua atenção e a fez querer ficar na cama o dia todo para prová-lo. Oh, rapaz. Ela estava perdendo com a sua falta de visão. Suas lembranças não faziam justiça a ele. Mitchell arqueou uma sobrancelha e um sorriso inclinou seus lábios. — Você caiu mesmo nessa? — Ela franziu o cenho e olhou por cima do ombro para Blake, que agora estava rindo sozinho. — Querida, essa não é a primeira vez que ele usou essa desculpa. — Mitchell deu um beijo em seu pescoço estendido, a sensação desaparecendo rapidamente quando ela se virou totalmente para Blake. — Essa foi uma desculpa? — Ela lhe deu um tapa no peito e apreciou o estalo alto de carne contra carne. Sua risada aumentou até que ele estava segurando as costelas. — Ele usou a desculpa de aconchegar enquanto dorme? — Aconchegando. — Ela resmungou, tentando manter o sorriso do rosto. Ela deslizou os pés para cima da cama e manobrou em torno dele.

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Mitchell começou a rir enquanto Blake ria tanto que mal conseguia pensar. Certificando-se de que ela não iria machuca-lo, ela descansou suavemente seus pés contra a boxer de seda no quadril de Blake e o empurrou com toda sua força. Seus braços voaram no ar e ele caiu da cama, caindo no chão com um baque. O impacto não interrompeu sua risada. Só fez crescer. Mitchell esfregava contra suas costas, e a lembrança de sua grossa ereção a fez se contorcer de prazer. — Você pode retribuir. — Ele sussurrou em seu ouvido. O escovar de sua respiração enviou um arrepio na espinha dela, e ela engoliu em seco antes de responder. — Sim? Como eu poderia fazer isso? Sua mão deslizou ao redor de seu quadril, ao longo de sua cintura e seus dedos encontraram seu clitóris. Ela respirou fundo e fechou os olhos enquanto ele moía dentro dela. — Provoque-o com algo que ele não pode ter. O ar em seus pulmões congelou e ela soltou o ar em uma longa corrida. Não havia dúvida sobre a implicação. Ela abriu os olhos e encontrou Blake ajoelhado no chão, seu olhar faminto fazendo seu corpo explodir vivo com uma mistura turbulenta de apreensão e excitação. — Alana é boa demais para provocar, não é Alana? — A voz de Blake mantinha uma pitada de excitação, algo que ela não tinha ouvido falar dele antes. Sim, ele flertava com ela de vez em quando, mas isso era diferente. Isto era cru e primitivo e emocionante. Ela engoliu o nervosismo e lutou para ordenar seus pensamentos dispersos. — Alana pode ser muito boa para provocar, mas eu definitivamente não vou dividi-la. Blake virou seu foco para Mitchell e levantou uma sobrancelha. — Então você apenas vai foder com ela na minha frente? Alana conteve um gemido de êxtase. A imagem de Mitchell profundamente dentro dela enquanto Blake testemunhava o ato íntimo fez a umidade entre suas coxas aumentar. Ela não queria ninguém mais,

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exceto Mitchell, mais ter uma audiência fez seu corpo romper em arrepios. — A escolha é sua Allie. Desta vez, ela choramingou. Blake olhou para ela enquanto Mitchell passava os dedos entre os lábios de sua buceta, zombando de sua entrada com golpes lentos. Ele apertou seu pau duro em sua bunda e ela arqueou as costas, ainda segurando o lençol contra o peito. — O que é que vai ser, querida? — Blake ficou de pé e se ajoelhou na cama, sua ereção visível na frente de seu boxer. — Você vai ser minha pequena bonita exibicionista? Poderia? Sua mão se moveu perto para tirar os fios de cabelo de seu rosto. Ela estremeceu, seu corpo inteiro pegou fogo com o toque de seus dedos. Mitchell mordeu suavemente o oco sensível na base de seu pescoço e ela choramingou sua afirmação. Ela confiava nele e, em troca confiava em Blake, mas acima de tudo, sua confiança jazia dentro de seu próprio julgamento. Eles não a pressionariam. Era isso que a vida era, experimentar coisas novas para determinar o que você gostava e o que não gostava. Pelo modo como Mitchell fazia sua alma cantar para os céus, ela duvidava que notaria a presença de Blake. Ela assentiu para reiterar. Mitchell recompensou chupando forte seu pescoço e mergulhando dois dedos profundamente em sua buceta. Ela agarrou o lençol, mordeu o lábio, e deixou suas pálpebras se fecharem. — Você tem certeza, querida? — Ele sussurrou em seu ouvido. — Você não precisa. Eu não vou deixar ele te tocar de qualquer maneira, mas cabe a você decidir se ele vai ou fica. Ela abriu os olhos e se concentrou em Blake. Ele olhou para ela com uma expressão semelhante a adoração. Não havia nenhuma petulância, nem superioridade ou arrogância. Apenas calor cru e paixão e luxúria. A imagem a teria feito sorrir se seu corpo não estivesse tão excitado com prazer.

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— Sim. — Ela suspirou. Blake se aproximou, de joelhos. — Eu quero. — Ela gemeu. Mitchell rosnou em seu cabelo. Os sons animalescos enviaram eletricidade através de suas veias. Seu corpo se afastou e ela ouviu o deslizar da gaveta da cabeceira, o rasgar de uma embalagem, e em seguida, sentiu os empurrões conforme ele colocava uma camisinha. Instantes depois, ele foi contra ela novamente, seu peito duro moldando contra suas costas. Blake se deitou ao lado dela, seu olhar intenso em seu rosto, enquanto Mitchell deslizou sua mão sobre a parte inferior, entre as pernas, e acariciou sua buceta por trás. Ele trabalhou seu sexo com penetrações deliberadamente lentas, seus dedos entrando e saindo, enquanto a cabeça de seu pau descansava em sua abertura, cutucando onde seus dedos já enchiam. Ela se esticou para acomodá-lo e a pitada de dor foi melhor do que ela esperava, afiada e doce. Fez seu núcleo reprimir os dedos e sua bunda moer forte nele. Suas costas arquearam enquanto os dedos de Blake deslizaram em sua direção e foram parar contra sua mão apertando o lençol. — Deixe-me vê-la. Ela balançou a cabeça em pânico, a excitação escorregando de sua mão. Ela não estava pronta para estar em exibição. Uma parte de sua mente ainda permanecia no presente, em vez do avião apaixonado onde o resto de sua consciência pairava. Até que ela estava perdida na sensação, e não sabia se ela poderia permitir isso. — Tudo bem. — Ele assentiu e puxou a mão de volta, movendo-a para o cós de sua boxer. Ele virou de costas, levantou sua bunda da cama e tirou a única peça de material cobrindo seu corpo tonificado. Ela não tomou nota de onde a roupa pousou. Seus olhos estavam fixos em sua ereção. Seu comprimento e largura a fizeram piscar. Uma e outra vez. E ela se apertava contra os dedos de Mitchell. Incrível. — Não fique muito animada, querida. — Mitchell aconchegou-se em seu pescoço. — Você é minha.

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Ela assentiu com a cabeça e gemeu quando ele acariciou seu clitóris. Não foi até que ela comparou mentalmente to amanho de Blake contra Mitchell que ela percebeu que não tinha visto seu amante nu. Sua única experiência foi através do toque e por si só já tinha sido muito profunda. Precisando vê-lo, ela se virou de costas para Blake e rodeou a cintura de Mitchell em um abraço. Ela lamentou seu toque deixando sua carne mais sensível, mas ela ansiava a imagem de seus lábios, agarrar seu cabelo sexy. — Eu odiei não ser capaz de vê-lo. — Ela olhou para seu rosto e apaziguou a maneira como ele olhava para ela com intensidade. — Sua visão está melhor? Ela assentiu. — Quase de volta ao normal. Ele beijou sua mandíbula e a puxou para que seus corpos se tocassem dos pés ao peito. Ela se aconchegou contra ele, seus mamilos duros no atrito da pele dele. — Você não está desapontada? Ela se inclinou para trás e examinou sua expressão. A leve inclinação dos lábios tentou convencê-la de que ele estava fazendo uma piada, mas seus olhos falavam de inseguranças que ela não tinha notado antes. — O que quer dizer com “eu estou desapontada”? Seu olhar piscou para Blake, em seguida, retornou para ela enquanto ele se debruçava mais perto de seu ouvido. — Comigo. Seu coração se apertou com a sua vulnerabilidade. — Não. — Ela acariciou sua bochecha com sua mão e sorriu. — Você é perfeito. O homem mais lindo que eu já vi. Era verdade. Ela nunca esteve mais apaixonada. Nem mesmo durante a sua adolescência, quando ela experimentou sua primeira paixão por uma boy band. Mitchell Davies havia roubado seu coração, e ela não acreditava que iria querê-lo de volta algum dia.

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Blake pigarreou. — Exceto por mim, ela quer dizer. Seu sorriso se alargou, assim como o de Mitchell. Ignorando Blake, ela deu um beijo na carne suave do peito de Mitchell e acariciou seu braço com seus dedos, seguiu ao longo de sua cintura, e agarrou sua ereção. Ele vaiou em um fôlego e empurrou nela por apoio. Ele continuou a pulsar em sua mão, para frente e para trás, cada movimento trazendo-o mais perto de onde ela queria que ele estivesse. — Eu quero você. — Ele segurou a parte de trás de sua cabeça. — Eu estou bem aqui. Ele estava em cima dela antes de ela terminar as palavras, o peso de seu corpo afundando nela. Ele empurrou entre suas coxas e seu pau grosso deslizou para a entrada de seu sexo. Ele fez de novo e de novo, sua excitação brincando com ela deslizando através de seus sucos, até que finalmente ele inclinou seus quadris e afundou nela. Ela ofegou e arqueou as costas, a sensação balançando todo seu corpo, sua adoração consumindo-a. Blake gemeu do lado deles, e ela o olhou, desviando sua atenção imediatamente para a ereção que ele trabalhava em sua mão. Ele acariciava-se com deliberação preguiçosa. Seu olhar rastejou até seu peito tatuado, para seu rosto esforçando com determinação, enquanto Mitchell recuava e empurrava nela repetidas vezes. Os olhos de Blake não focavam em seu rosto. Eles estavam mais para baixos, pairando sobre seus seios que agora estavam esmagados contra o peito de Mitchell. Ela não se acovardou, não sofreu um pingo de vergonha ou constrangimento. Em vez disso, ela se virou para Mitchell e engatou as pernas ao redor de sua cintura, dando-lhe uma penetração mais profunda e fazendo o lençol deslizar ainda mais para baixo sobre seus corpos. Ele se inclinou e beijou seu ombro enquanto empurrava e moveu os lábios para seu ouvido. — Você já foi tomada por trás? — Suas palavras eram baixas, o volume também baixo para Blake ouvir.

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Ela fechou os olhos com a imagem mental dela deitada de bruços enquanto ele afundava profundamente dentro de seu núcleo, e balançou a cabeça. Não. Missionário era tudo o que tinha experimentado com seus ex-amantes, e essas experiências foram estéreis em comparação com a forma como ele dava prazer a ela na mesma posição. — Deixe-me ser o primeiro. — Ele deixou um rastro de beijos ao longo de seu ombro, cada pressão de seus lábios seguido por um impulso de seus quadris. — Eu quero te mostrar coisas que ninguém mais tenha. Ela rodeou seu pescoço com as mãos e segurou-o perto. — Sim. Ele continuou a fazer amor com ela, suas penetrações nunca hesitando. A pulsação forte e iminente do clímax começou a infiltrar em seu núcleo e ela lançou seu poder sobre ele, perguntando quando ele iria virá-la e levá-la da maneira que ele desejava. — Mitchell. — Ela segurou na cabeceira da cama tentando aterrarse. — Estou perto. — Ohh, Jesus. — Blake murmurou, e ela virou a cabeça para encontrá-lo segurando a base de seu pênis. Seus olhos se fecharam. Sua respiração profunda e medida. Mitchell deslizou para fora dela e ficou de joelhos levando o lençol com ele. Por um momento, ela ficou exposta, inteiramente exposta. Em vez de se encolher sob o olhar de dois homens intensos, ela usou os poucos segundos para saborear a perfeição do corpo de Mitchell, o tamanho assustador de sua excitação, antes dele agarrar seu quadril e virá-la sobre sua barriga. Ela esperou pela instrução, para ele dizer se ela deveria ficar de quatro. Ele não disse uma palavra. Ele se moveu para deitar em cima dela, seu peso mal registrando enquanto ele descansava em seu antebraço e guiando-se de volta para dentro de seu calor. — Porra, Allie. Você se sente bem. Palavras lhe escaparam. Seu foco firmemente concentrado em suprimir seu clímax. A nova posição trouxe uma penetração mais profunda, um prazer mais gratificante. Quando seu braço roçou seu

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quadril, seus dedos encontrando seu clitóris, ela teve que morder o lábio para lutar por controle. As sensações eram demais. Seus mamilos contra o lençol, a boca dele em seu pescoço, seus dedos em seu clitóris, seu pau em sua buceta. Ela ofegou, sugando respiração por respiração, e se ergueu sobre seus cotovelos. Blake gemeu. — Oh, Jesus, Maria e José, esses são os melhores seios que eu já vi em toda a minha vida. Alana virou a cabeça para trás, seu cabelo solto caindo em cascata sobre os ombros e, sem dúvida, no rosto de Mitchell. Ele rosnou em seu ouvido, batendo dentro dela com força e levando-a diretamente de volta à beira do clímax. O olhar intenso de Blake focou em seus olhos, e não na parte feminina de sua anatomia que ele evidentemente apreciava. O suor escorria em sua testa e suas sobrancelhas estavam vincadas com restrição. — Você tem que me deixar tocar. — Não. — Rosnou Mitchell, reiterando sua recusa com uma batida forte em seu calor. Blake jogou a cabeça no travesseiro e passou a mão áspera através dos comprimentos curtos e espetados de seu cabelo. — Vamos. Só um toque. Ou um gostinho. Você tem que me dar alguma coisa. Alana continuou a ofegar, seus pulmões lutando sob a pressão da estimulação inflexível. Os dedos de Mitchell desceram de seu clitóris até a sua entrada e apertaram dentro de seu núcleo. Ela estava tão deliciosamente cheia que teve que empurrar o rosto no travesseiro e prender a respiração para parar de gritar. A pressão desapareceu e Mitchell se apoiou em seu ombro, esticando-se em direção a Blake. — Isso é tudo que você terá.

~ 155 ~


Ela inclinou a cabeça no travesseiro e olhou para Blake. A visão lhe enviou para o limite. Suas paredes apertaram e começaram a ter espasmos ao vê-lo lamber seus sucos nos dois dedos de Mitchell. Ele fechou os olhos, gemeu e masturbou seu pênis. — Vou gozar. — Ela gemeu, virando o rosto de volta para a suavidade. Ambos os homens xingaram. Mitchell se posicionou de volta sobre ela, suas estocadas combinando com as convulsões de seu sexo. Momentos depois, ele rosnou, baixo e selvagem, e a seguiu para o abismo negro do orgasmo. Quando sua libertação desapareceu e seus movimentos diminuíram, ela caiu na cama. Mitchell rolou de cima dela, sua ereção amolecida deslizando de seu corpo. Ela sentiu a cama afundar onde Blake estava ao lado dela, em seguida, endireitou novamente, mas ela não tinha energia para ver o que ele estava fazendo. — Você é incrível. — Mitchell beijou seu ombro. — Oh, merda. — Blake xingou do outro lado do quarto e ambos Mitchell e Alana viraram para olhar para ele. — Nós temos trinta minutos antes precisarmos estar no estúdio. — Ele caminhou de volta para a cama, completamente imperturbável por sua nudez. — Porra! — Mitchell deu um beijo firme em seu ombro e saiu da cama. — Precisamos acordar os outros. — Ele jogou o lençol da parte inferior da cama e sorriu. — Você pode querer se cobrir antes de eu abrir a porta. Ela pegou o material e puxou-o sobre seus seios enquanto sentava. A bunda sexy de Mitchell flexionava a cada passo enquanto caminhava até a porta. Alana não sabia o que ele encontrou do outro lado, mas o fez xingar e fechar a porta novamente. — Eles estão acordados? — Perguntou Blake. — Sim. — Mitchell assentiu, com os olhos arregalados. — E eu tenho certeza que Julie acabou de ter uma visão cheia do meu pacote.

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Capítulo Treze Não houve tempo para dizer o adeus adequado para Mitch. Depois que eles correram para tomar banho e tomar café da manhã, Leah arrastou ele e Blake para fora da porta. Ele só teve a chance de dar um beijinho rápido nos lábios de Alana e digitar seu número de celular para o celular dela antes que ele tivesse que ir o mais rápido possível. Eles ainda planejavam encontrar-se entre seus compromissos promocionais. Ele não queria que ela fosse ver os Bowen sozinha. Mas não tê-la ao seu lado, depois do tempo que passaram juntos, deixou-o vazio. — Suponho que você vá tentar o relacionamento a longa distância então. — Blake ergueu as sobrancelhas do sofá na frente dele. Os cinco estavam sentados ao redor de uma pequena mesa de café. Mason, Ryan e Blake em um de três lugares, Mitch e Sean no outro enquanto esperavam a apresentadora de televisão do lado do set. Mitch trabalhou sua mandíbula e balançou a cabeça. — Você supôs errado. — Sua opinião não mudou desde seu último confronto com Blake. Nem mesmo o

~ 157 ~

sexo fantástico...

-

sexo


verdadeiramente fantástico

- mudou sua opinião. Alana estava

começando uma nova vida. Ela precisaria de estabilidade, algo que ele não poderia fornecer com sua agenda. Para não mencionar o quão fodido um relacionamento sério poderia entrar em uma rotina. Ele não queria arruinar o que eles tinham compartilhado. É melhor acabar com isso agora, antes que se transformasse em Ryan e Julie. — Que diabos, Mitch. É óbvio que você ama a garota. Por que você não pode tirar a cabeça da bunda e dar uma chance? Mitch o olhou feio. — Não é da tua conta. Seu amigo deu um sorriso sarcástico. — Eu estou fazendo que isto seja da minha conta. — Só porque você é um imbecil filho da puta intrometido não significa que você pode tornar da sua conta. — Ele rosnou, lutando para manter seu tom de voz baixo, quando os membros da equipe do estúdio se viraram para ver sobre o que era a confusão. Blake voltou o olhar, com os olhos castanhos escuros ficando pretos. — E você acha que a sua atitude fodida e idiota não vai respingar em todos nós quando deixarmos Richmond? — Ele fez uma careta. — Eu posso te dizer agora que se você romper as coisas com Alana, eu vou querer golpear a sua cara com um martelo antes de chegarmos a Nova York. — Caras, acalmem-se. — Mason murmurou de sua posição ao lado de Ryan. Mitch mostrou o dedo do meio a Blake e recuou com um pesado estrondo. — Realmente maduro. — Blake revirou os olhos. — Você acha que eu quero deixá-la? — Ele ficou de pé e Blake seguiu o exemplo. — Caras. — Mason alertou. — Eu acho que você está sendo um covarde e precisa criar coragem. Tente tomar o caminho difícil pelo menos uma vez. A vida não é para ser fácil.

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Mitch zombou. — Como se você soubesse alguma coisa sobre tomar o caminho difícil. Blake endireitou os ombros, e seus olhos brilharam, desta vez não com raiva, mas com angústia. — Eu sei o suficiente. — Suas narinas inflaram. — E quanto a Alana e o que ela quer? Você só vai quebrar seu coração e esquecê-la? Um balão de chumbo se estabeleceu no peito de Mitch e expandiu a cada respiração. — Ela não sabe o que quer. — Ele contornou a mesa de café, ficando no rosto de Blake. — Esta é a primeira vez dela no mundo real. O que ela sente é paixão, nada mais. — Ele convenceu-se da verdade durante a noite... quando ele passou cada minuto deitado acordado, sentindo o cheiro floral do cabelo dela. — Ela ama você, imbecil. — Blake cuspiu. Ele engoliu a bile subindo em sua garganta. Não. Alana nunca estivera em um relacionamento antes, ela não teria a menor ideia do que era amor. Nem ele tinha certeza disso. Tudo o que sabia era que o que sentia por ela era o mais próximo que ele já tinha chegado da emoção. Evidentemente, não perto o suficiente para querer sossegar. — Sim, bem, eu tenho certeza que ela vai sentir o mesmo sobre o próximo cara que retribuir sua atenção também. — As palavras duras queimaram sua garganta, e sua auto aversão rasgou em suas entranhas. Havia muitas razões para se separarem e seguirem em frente com sua vida. Ele não queria acabar como Ryan -amargo e ressentido de seu estado civil. — Parem com isso! — Leah silvou do outro lado do palco de estúdio. Ele olhou para ela com o canto dos olhos e ignorou a raiva que irradiava de sua direção. Ela virou a cabeça em direção a uma das câmeras e balançou a cabeça para eles com nojo. Ótimo. Outro pesadelo de relações públicas do caralho. Ele sentou e olhou feio para a lente da câmera, na esperança de que o homem atrás do aparelho parasse de gravar. Não teve essa sorte.

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— Bom trabalho, mano. Vermelho brilhou através da sua visão e com toda sua força, ele se conteve de socar seu melhor amigo. Ele apertou sua mão, mordeu a língua, e rangeu os dentes. Ele nunca bateu em ninguém em sua vida, provavelmente

nunca

o

faria,

mas

Blake

estava

ficando

consideravelmente muito perto de estar no lado receptor de seu punho. Mitch não tinha escolha a não ser tomar as decisões difíceis para que Alana não precisasse. Ele fez a escolha para melhorar seu futuro. Para poupar sua mágoa. E as escolhas estavam rasgando sua alma. Blake não podia ver isso? Kate havia dito que Alana estava apenas começando a viver. Ela ansiava experimentar outros homens, outras situações aquecidas. A pressão de não ser o suficiente para ela seria demais. Seu trabalho fornecia ansiedade suficiente. Ele não precisava de mais. Não, uma separação era melhor para ambos. Seu estilo de vida não permitia relacionamentos. A separação, as mulheres fáceis e os paparazzi sempre os rasgariam em pedaços. Os dois ficaram em silêncio, os outros caras falaram entre si até que a entrevistadora subiu na plataforma do palco. Meia-idade, vestida com calças de terno e sufocada em maquiagem, ela olhou para Blake, em seguida, em direção a Mitch, como se calculasse um plano em sua mente. Ele desejou não ter que fazer essa merda. Ele vivia para a música. Não para questões intermináveis que não tinham nada a ver com suas músicas. Quem eles fodiam e onde eles escolhiam passar seu tempo livre não deveria ser objeto de discussão. A mulher se apresentou, Sarah ou Sally ou algo assim. Ele não se importava. Ele zoneou para fora do discurso sobre a forma como as coisas aconteceriam e voltou seus pensamentos para Alana e como ele diria adeus sem quebrar seu coração. A tagarelice ecoou ao redor dele. Mason fez

mais

do

que

falar,

como

de

desconfortavelmente calmo. — Mitchell?

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costume.

Então

tudo

ficou


Ele levantou o olhar da mesa de café para a mulher solicitando sua atenção. — Sim? — Eu estava dizendo, ouvi uma conversa entre você e Blake antes. Eu queria saber, e eu tenho certeza que suas fãs estão morrendo de vontade de saber também, quem é a mulher misteriosa com quem você foi visto ultimamente. Primeiro surgiu o artigo de jornal, em seguida, a menção no rádio. Você está oficialmente fora do mercado? Mitch afundou no papel de um cervo nos faróis. Seu cérebro ainda estava lá, dentro do que pareceu uma pequena ginga insignificante, mas nenhum pensamento útil estava estourando para se libertar. — Ahh... Ele olhou para Blake, que tinha um sorriso superior em seu rosto, em seguida, para Mason, cuja carranca se aprofundou, em seguida, de volta para a entrevistadora. — Não, absolutamente. Meus fãs sabem que eu nunca vou sossegar. Não está no meu sangue, e os relacionamentos na indústria da música raramente duram nos dias de hoje. Estou apenas me divertindo. Ela assentiu solenemente. — Sim, sempre parece haver separações de celebridades nos noticiários,

no

entanto,

Ryan

tem

um

casamento

feliz.

Seu

relacionamento não lhe dá esperança que você possa sossegar algum dia? Primeiro de tudo, ele queria dizer a ela que "casamento feliz" era um oxímoro, e o "relacionamento" de Ryan estava longe de ser felicidade conjugal. Em vez disso, ele deu um sorriso preguiçoso. — O casamento de Ryan nos afetou de formas diferentes. Mas seu relacionamento com Julie está sempre no fundo da minha mente quando estou com uma mulher por quem me encontro afeiçoado. Nosso estilo de vida é difícil de aturar, e a tentação não está apenas ao virar da esquina, está em nossos camarins, no ônibus da turnê, e até mesmo em nossas suítes de hotel. — Ele encolheu os ombros. — Eu renunciei muito pela banda. Todos nós renunciamos. E estar em um relacionamento não é uma distração que eu preciso. — Ele observou Blake balançar a cabeça

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com aborrecimento com o canto do olho. — Neste momento, de qualquer maneira. — Acrescentou como uma reflexão tardia. — Distração a minha bunda. — Blake entrou. Mitch respirava pelo nariz, sua mandíbula agora batendo com raiva quando ele se virou para Blake. Ele deu-lhe um olhar mortal. Aquele que dizia: "Ah, não, você não fez isso, porra" e "É melhor você calar a boca," tudo em um olhar de soslaio duro de seus olhos. O estúdio ficou em silêncio, até que Sean começou a sussurrar em um tom quase inaudível, “dah, dah, dah, dahhhh”. Sarah ou Sally, quem quer que fosse, pigarreou. — O que quer dizer, Blake? As narinas de Mitch queimavam, e ele deu uma sacudida imperceptível de sua cabeça. Se o filho da puta dissesse algo sobre Alana, ele acabaria em um mundo de dor logo que eles estivessem sozinhos. Blake esfregou o queixo de forma preguiçosa. Seu peito subia com uma respiração profunda, e ele virou seu foco para a mulher. — Eu estava comentando sobre a escolha de palavras de Mitch. — Ele deu um de seus sorrisos de bad boy que eram sua marca registrada. — Estar na estrada é difícil. A comida é uma merda. Dormir no ônibus da turnê, e dentro e fora dos hotéis é uma dor na... é uma dor. Eu não consigo pensar em nada melhor do que saber que você tem alguém que... — Blake voltou a olhar para Mitch, — te ama esperando por você em casa. Eu aceitaria a distração sobre a solidão em qualquer dia. — Ohh. — A entrevistadora supostamente profissional derreteu em seu assento, praticamente deslizando para a chão em uma grande poça de simpatia. — Não é de todo ruim. — Blake voltou a sorrir para ela. — Há muitas damas adoráveis lá fora. — Ele piscou para ela, e Mitch revirou os olhos. — Eu só acho que é hora do meu garoto Mitch aproveitar a oportunidade e dar uma chance. — Então você está procurando um relacionamento? — Ela levantou uma sobrancelha, agora completamente no assunto.

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Mitch prendeu a respiração, o coração batendo fora do tempo estipulado, enquanto esperava para ser enviado de volta para o modo de cervo no farol. Esta merda lhe dava náuseas. — Não exatamente procurando, mas se eu encontrar alguém que me faça feliz, eu não jogaria isto fora. — Mitch se inclinou para o sofá e suspirou de alívio quando ela dirigiu sua atenção para Mason e algumas das letras eróticas em seu próximo álbum. As vozes começaram a desaparecer de novo e ele se acomodou em seus próprios pensamentos, concentrando-se em nivelar sua respiração. Ele fodidamente odiava entrevistas. Ele odiava o horror que enchia a barriga quando era feita uma pergunta. Blake sabia disso, e ainda assim seu amigo não conseguiu manter a boca fechada. Quando se apresentavam ao vivo, a confiança o consumia. O palco era sua casa. Sua guitarra uma extensão do seu corpo. As músicas uma parte de sua alma. Nada o arrastava para baixo. Lugares como este eram diferentes. A atmosfera era estéril. As perguntas intrusivas. Calma desceu novamente, e as luzes brilhantes queimando suas retinas apagaram, deixando-os com as luzes ofuscantes. — Obrigada por tudo, pessoal. — A mulher levantou, e os cinco seguiram. Ele pegou o celular do bolso de trás da calça jeans e ligou. Ele prometeu ligar para Alana quando a entrevista terminasse, e dane-se, ele precisava vê-la. Ele deu um passo para fora do palco e começou a procurar seus contatos pelo seu número. Não só ele queria falar com ela, mas ele tinha que ficar longe de Blake. Ele não tinha a restrição para confrontá-lo. — Eu pensei que você gostasse dela. — Sean disse atrás dele. Mitch soltou um suspiro impaciente e continuou andando em torno das câmeras para a saída dos fundos onde seus seguranças esperavam. — Eu gosto dela, mas como eu disse, eu não preciso de distração no momento. Nenhum de nós precisa. É difícil o suficiente me manter focado

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na merda promocional sem ficar obcecado por uma mulher 24 horas por dia e 7 dias por semana. Sean bateu-lhe no ombro. — Sério, você precisa pegar alguns tampões na próxima vez que irmos às compras. Você está começando a soar como uma garota. — E mesmo assim eu ainda tenho um pau maior do que o seu. — Ele encolheu os ombros para afastar o toque de Sean e pressionou o nome de Alana no índice do seu celular. Sean deu uma risadinha. — Você está indo vê-la? Ele colocou o celular no ouvido, escutando o toque da chamada conectando quando ele se virou para Sean. Já era depois do almoço, e ele esperava que terminassem mais cedo. Ele esperava que ela tenha tido a paciência de esperar e não ir sem ele. — O que é isso para você? — Não precisa ficar agressivo, doce de ameixa. Achei que você pudesse querer algum apoio. Eu posso ir com você e ajudar se ela virar uma fã psicótica. — Ela não vai. — Ele tinha certeza disso. Ela não tinha um osso irracional em seu corpo. Ele abriu a porta de saída, olhou de soslaio para o sol brilhante do meio-dia, e fez seu caminho até as escadas de entrada de volta para o carro que o esperava. Fãs gritavam seu nome atrás da cerca. Seu entusiasmo cresceu quando Sean seguiu-o para fora. A chamada conectou e ele fez uma pausa, seu peito apertando um pouquinho com o som de sua voz. — Ei, Allie. A entrevista terminou. Você entrou em contato com os Bowen? — Sim, entrei. Na verdade, estou de pé em frente à casa deles neste momento. Ele odiou que seu coração tenha começado a bater forte. Ele era malditamente muito protetor com ela. — Você disse que ia esperar por mim. Onde você está?

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— Está tudo bem. Kate e eu fizemos nossa pesquisa esta manhã. Bowen é um advogado aposentado de uma das maiores empresas em Richmond. Eu não estou mais preocupada com a sinceridade dele. Eu não teria vindo se eu não me sentisse segura. — Dê-me o endereço e eu vou direto aí. Com um suspiro, ela transmitiu os detalhes, que ele falou em voz alta, na esperança de que Sean se lembraria. — Tudo bem, eu estou a caminho. — Eles se despediram e ele desligou o telefone. — Você pode me dar as direções? — Eu pareço com o tipo de cara que memoriza endereços? — Mitch bufou e virou as costas para Sean. O carro teria um GPS. Ele andou para a frente e abriu a porta do motorista para o carro alugado. — Não significa que eu não possa ajudar. — Sean acrescentou, falando sobre o teto do carro. — É o mesmo bairro onde os pais de Mason vivem. Posso não saber os caminhos, mas sei como chegar lá. Mitch olhou para a tela do computador no meio da corrida, então olhou para Sean. Ele não precisava de ninguém segurando sua mão, mas se Sean viesse com ele, ele não se esqueceria de manter seu mantra de manter a separação. Nada tornava um cara mais corajoso do que ter um amigo observando. — Tudo bem. Você vai junto. Mas você vai ficar no carro.

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Capítulo Quatorze Alana sentou no sofá dos Bowen, tomando café na porcelana fina. Seu olhar curioso chicoteando ao redor deixou-a atordoada. Inicialmente ela esperava uma casa em ruínas de um casal que planejou enganá-la com uma fortuna inexistente. A realidade não chegou perto de suas suposições. Eles tinham uma mansão de dois andares, aos jardins impecavelmente limpos com mobília extravagante. Mas ela veio preparada. Logo que ela deixou Mitchell esta manhã, Kate a levou de volta para a casa dela com a pesquisa sendo um dos principais itens na sua agenda. Primeiro, Alana marcou um horário com a oftalmologista, que a recepcionista gentilmente agendou para ela em menos de uma hora. Então, ela ligou para os Bowen, que a encorajaram a vir após a consulta para salvar Kate de ter que dirigir para ir e voltar. Isso deixou pouco tempo para bisbilhotar a vida dos Bowen. Kate procurou na Internet, finalmente achando uma imagem de Bowen no site do escritório de advocacia Channing, Slater & Bowen. Alana não esperava um homem rico e altamente educado. Quando se conheceram, ela ainda

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não tinha sido capaz de determinar se ele estava vestido com roupas baratas. Graças à World Wide Web, ela descobriu que ele era um advogado de defesa criminal aposentado que morava em um bairro rico com sua esposa e dois terrier maltês. — Existe alguma coisa que você gostaria de discutir, Alana? A Sra. Bowen a tratava com fragilidade, mantendo distância, sem fazer muitas perguntas ou mantendo contato visual por muito tempo. Seu sorriso brando e olhar gentil adicionou ao apelo saudável de sua natureza amigável. Alana deu uma risada irônica. — Eu quero saber tudo... Como você conheceu a minha mãe? Ela teria conhecido seu filho antes do... incidente? E como ele morreu? Sra. Bowen ficou boquiaberta e ela virou a expressão de olhos arregalados para o marido, cujo rosto estava definido em uma carranca profunda. Ela disse algo de errado? Marido e mulher se entreolharam por alguns segundos intermináveis, comunicando-se em um nível que Alana não conseguia decifrar. Ela só poderia assumir que a morte de seu filho, seu pai, ainda os afetava. Talvez a lembrança das ações de seu filho não fosse um tema para discussão. — Há muitas coisas que precisamos discutir. — Sr. Bowen voltou sua atenção para ela com um sorriso sério. Ele deslizou para a frente em sua cadeira, inclinando-se na direção dela, e cruzando as mãos no colo. — A maioria das quais serão difíceis para todos nós... mas, criança, seu pai não está morto. Chris está vivo e ainda vive em Richmond. Seus pulmões restringiram, cortando o oxigênio. Ela cravou as unhas no sofá de couro macio e engoliu em seco, uma e outra vez, tentando aliviar a dor. — Não. — A palavra raspou de sua garganta. Ela balançou a cabeça. — Não. — Sua mãe não teria mentido sobre algo tão importante. Tinha que haver um engano. O azul brilhante dos olhos de Bowen virou cinza.

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— Eu sinto muito que você foi enganada, Alana. Sua mãe passou por muito trauma mental por causa das ações do nosso filho, o que resultou em sua saída da cidade. Mas ele ainda está vivo. Seus olhos ardiam, e ela piscou para afastar as lágrimas. Toda a sua vida era uma mentira. Ela foi levada a acreditar que ela não tinha família, sem avós, sem pai. No entanto, o que os Bowen disseram contradizia tudo o que foi dito quando era criança. — Ele a estuprou? — Sua voz falhou. Emoção tomou conta dela. Pânico, desespero e desesperança que vieram com a realização de que sua mãe não apenas era protetora, mas que sofria de problemas mentais além do alcance de Alana. Sra. Bowen fungou e limpou o nariz com um lenço de renda branco. — Isso é verdade. — Sr. Bowen olhou para um ponto no tapete creme. — Chris e Susan namoravam no colegial. Ela passou muito da sua juventude aqui, estudando e brincando na piscina. Eles eram inseparáveis. — Ele deu-lhe um olhar rápido. Seus olhos se encheram de lágrimas, e depois voltaram a olhar para o chão. — Não estávamos cientes de que ele usava drogas até a noite em que a polícia apareceu em nossa porta. Eles estiveram na festa de um amigo. Chris estava bebendo e também roubaram alguns Valium do meu armário de remédios. A combinação de álcool e drogas alterou sua percepção e emoções. A cabeça de Alana assentiu por conta própria. Ela estava vazia, completamente desprovida de sensação, exceto pelo grande buraco onde seu coração costumava ficar. Sua mente, sua alma, suas emoções, tudo entorpecido. — Sua mãe notou sua mudança de humor e quis ir para casa. Na viagem de volta para casa de seus paisEla levantou as mãos, incapaz de ouvir mais. Seus braços tremiam, sua visão desfocou, em seguida, a campainha tocou, assustando-a a ponto de vomitar. Eles permaneceram em silêncio, todos sem se mover durante muito tempo, os batimentos cardíacos altos até que a Sra. Bowen levantou da

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cadeira e saiu da sala. Quando ela voltou, Mitchell estava ao seu lado, seu olhar frenético buscando o rosto de Alana quando ele se aproximou. Ela ficou com as pernas trêmulas e se afundou no calor de seus braços, precisando de sua força e proteção. — Qual o problema? — Ele sussurrou em seu cabelo, apertando seu corpo contra o peito. — Você está tremendo. Ela balançou a cabeça, incapaz de falar. Ela descansou as palmas das mãos contra o músculo do peito e fechou os olhos. — Lamento ter perturbado você, Alana. Ela se afastou do abraço de Mitchell, olhou para o Sr. Bowen e acenou em resposta. — Eu-eu sei. Mitchell ergueu seu queixo com um dedo delicado, ganhando seu foco. Seu olhar examinou suas feições, seus olhos implorando por respostas enquanto segurava seu braço com um aperto suave. — Diga, Allie. O que aconteceu? Ela engoliu o nó na garganta e estremeceu com a dor que se seguiu. — M-meu pai. — Ela balançou a cabeça, respirou fundo. “Pai” era a palavra errada. “Pai” implicava um vínculo familiar, uma conexão, algo que ela nunca teve, e nunca sentiria pelo homem. — Meu pai. O homem que estuprou minha mãe está vivo. Seus olhos se arregalaram, e ele recuou, como se tivesse sido atingido. — Você foi... Ela não tinha mencionado o ataque à sua mãe antes. Vergonha a impedia de admitir como ela foi concebida. Todos os dias de sua vida foram uma constante lembrança do evento traumático. Toda vez que ela olhava nos olhos de sua mãe, ela vislumbrava a dor da lembrança. — Eu sou o resultado um estupro. — Ela o olhou nos olhos e esperou que o desgosto cruzasse suas feições, para que ele percebesse que metade do seu DNA vinha de alguém capaz de um ato tão horrendo. Ele franziu o cenho, seu aperto no braço aumentou, e ele piscou, uma, duas, três vezes, afastando a umidade de seus olhos. Ele a puxou

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para seus braços, abraçando-a e dando um beijo firme no topo de sua cabeça. — Eu sinto muito. — Seu aperto aumentou. — Allie, eu sinto muito. Uma lágrima queimando rompeu livre, deixando um rastro ardente pelo seu rosto. Ela se inclinou para ele e agarrou o que ele ofereceu, o calor, o apoio, a proteção. Ele deu a ela o que ela precisava, sem uma única palavra. A campainha tocou novamente, o círculo maçante como uma explosão de pólvora através do silêncio. Sra. Bowen deu um olhar de desculpas e saiu da sala. Alana deu um passo atrás do aperto de Mitchell. — Eu preciso sair daqui Ele balançou a cabeça e deixou cair os braços para os lados. Ela se virou para o Sr. Bowen, que agora estava na extremidade do sofá. — Me desculpe, mas preciso ir embora. Ele inclinou a cabeça em reconhecimento. — Eu entendo. Sinto muito por ter sido o portador da notícia... indesejável. O arrependimento era evidente em seu sorriso triste e olhar perturbado. — Não é culpa sua. Parece que eu fui enganada a minha vida toda. Mitchell apertou-lhe a mão, entrelaçando seus dedos e levando-a da sala para o hall de entrada. Sra. Bowen falava em um sussurro abafado com um homem de meia-idade. Seu tom ficou alarmado, seu olhar em pânico, uma vez que se voltaram para Alana. Palavras não eram necessárias. O instinto lhe dizia que o estranho no terno caro de costas para ela significava algo. Ele era um tio, um primo, um amigo de escola de sua mãe? Ela desviou o olhar para o chão de mármore enquanto o tempo desacelerava. Cada passo em direção à porta fazia seu pulso bater, seus nervos escorregar, e seu estômago rolar. A mão de Mitchell veio descansar no ponto baixo de suas costas, e ela percebeu que tinha parado. Mesmo que seus joelhos ameaçassem cair

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de debaixo dela, ela olhou por cima do ombro e focou no homem que agora a confrontava. Ele tinha um rosto magro, o cabelo castanho escuro de uma cor semelhante à sua. Mas não havia nenhuma dúvida nos olhos. As mesmas írises verde-claras correspondentes às que ela via sempre que se olhava no espelho. Mitchell entrou na frente dela, bloqueando sua visão. — Precisamos ir, querida. — Ele levantou a mão para indicar a porta. — Alana. — O homem falou o nome dela com reverência. Ela soube por essa única palavra. Sem dúvida, este homem era o pai dela. *** Mitch manteve os olhos treinados sobre o homem fazendo com que a hostilidade palpável agitasse na entrada. A Sra Bowen parecia à beira de um colapso, com a pele úmida, com a mão tremendo quando ela abriu a boca com horror. Ela sentiu o marido parar tarás dela e a sua apreensão sobre o visitante inesperado. Mitch deu um passo em direção à porta, a mão ainda no ponto baixo das costas de Alana, e segurou a maçaneta. — Espere. — A voz do homem quebrou, e Mitch olhou por cima do ombro para pegar o imbecil que se aproximava. — Para trás. — Ele rosnou e sentiu a espinha de Alana endurecer quando ela cambaleou para a frente. — Ela é minha filha. Mitch deixou a raiva em suas veias tomar posse. Ele virou, endireitando seus ombros e ficou no rosto do homem. — Ela vai ser sua passagem para a inconsciência, se você se atrever a tocá-la. — Mitchell. — O apelo de Alana agiu como uma coleira, puxando-o de volta. Olhou furioso, e suas narinas inflaram. Seu pai pode parecer inocente com seu olhar de remorso e terno profissional, mas Mitch não dava a mínima. Um homem capaz de estuprar era um homem indigno de vida.

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— Vamos. — Ele falou com Alana, seu olhar ainda perfurando o homem diante dele. Seus saltos clicaram no ladrilho, e quando a porta rangeu com sua saída, ele seguiu, caminhando da casa e descendo os degraus da frente. O ar fresco bateu-lhe como uma explosão de claridade, a luz do sol dando-lhe perspectiva. Isso estava longe de sua realidade normal. Drama familiar dava-lhe urticária. Ele lembrou de Ryan e seu casamento infeliz. — Não. — O pai dela esbarrou nele, batendo no ombro de Mitch em seu esforço para chegar até ela. Ele agarrou o cotovelo de Alana, e ela virou com um suspiro. Mitch estalou. Ele não pensou, não contemplou. Ele entrou em ação, batendo com o punho no rosto do homem. A dor foi imediata, a agonia abrasadora percorrendo os nós dos dedos, até seus dedos, e todo o caminho até seu braço. Alana gritou. A porta do carro bateu, depois outra. Sr. e Sra. Bowen correram para a frente, ajudando seu filho a se levantar. E Mitch estava ali, congelado no lugar. O rosto de Sean moveu diante do seu, fazendo perguntas que ele não podia ouvir. Seu olhar buscou Alana. Ela se afastou dele, olhando por cima do ombro em choque enquanto Kate a conduzia pela calçada. O barulho dos Bowen não se registrou sobre a estática em sua cabeça. O casal de idosos ajudou seu filho a se levantar, evitando o contato visual e correndo para dentro. — Mitch. — Sean segurou seus ombros e balançou. — Mitch! Eles provavelmente estão chamando a polícia, mano. Precisamos sair daqui. Ele tentou piscar a confusão para longe. Onde foram todos? O que ele fez? A porta do carro bateu, sacudindo-o de volta à vida. — Merda. Alana. Ele encolheu os ombros da retenção de Sean e caminhou pela calçada, seu ritmo acelerado a cada passo. — Apresse-se. — Eu tenho tentado fazer você se mover por cinco minutos, idiota. — Os passos de Sean batiam atrás dele. — Por que a súbita necessidade de velocidade?

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Ele se concentrou em Alana e a expressão torturada que encarava da janela do lado do passageiro do carro compacto vermelho de Kate. Ele murmurou para ela parar e ergueu as mãos. Em vez de reconhecer suas súplicas, ela olhou para o lado, cravando uma faca direto em seu coração. — Puta que pariu. — Ele não queria gritar. Ele não podia evitar. Todo o seu corpo doía, seu peito, seus pulmões, seus braços, todo o caminho até os dedos. E isso não incluía a dor pulsante nos dedos da mão direita. — Apresse-se, Sean. Ele começou a correr, indo em direção ao seu carro alugado e abrindo a porta do motorista, assim que Sean a destrancou. — Qual é a porra da pressa? — Perguntou Sean, deslizando para o banco do passageiro e batendo a porta. — Eu não tenho ideia de onde Kate mora. Se Alana está muito chateada para me deixar pedir desculpas, ela provavelmente vai estar muito chateada para responder a seu celular antes de irmos embora daqui. O carro de Kate passou quando Mitch prendia o cinto de segurança e girava a chave na ignição. Antes que ele saísse do meio-fio, ele arrancou o celular do bolso e atirou-o para Sean. — Ligue para ela. Se ela responder, descubra onde elas estão indo. — Maravilhoso. Eu sempre quis ser o seu secretário. Ele dirigiu pela rua seguindo Kate, seus pneus cantando. Até o momento que ela virou a esquina, ele estava bem atrás, mas teve que parar e esperar o tráfego. Carro azul, carro verde, caminhão branco. Ele acelerou com uma explosão de velocidade, o pequeno carro vermelho pouco visível à frente. — Ela não está respondendo. — Sean entregou o telefone de volta. — Tente outra vez. — Eu não acho que ela vai responder. Ela parecia muito chateada quando você bateu naquele cara. Mitch empurrou o celular de volta. — Tente. Mais uma vez. — Tudo bem... Quem era o cara, afinal? — Sean ligou novamente.

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Um suspiro de pesar escapou dos lábios de Mitch. — O pai dela. — Ele colocou o pé no acelerador mais forte. A risada de Sean encheu o carro. — Isso é foda. — Sim, foda demais, considerando que eu praticamente paralisei minha mão. — Ele mexeu os dedos e estremeceu com os mil tiros de dor que se seguiram. — Como é que você nunca me disse o quanto doía socar um cara? — Porque você sempre foi muito certinho para querer quebrar uma unha. Se eu sequer contemplei a ideia de que você socaria alguém, eu já lhe disse para mirar no estômago para evitar machucar sua mão. Boa sorte em tocar durante a turnê promocional com os nós dos dedos inchados. Sean agarrou o apoio de braço da porta quando Mitch fez uma curva acentuada, sem abrandar. — Como está se sentindo? — Como se eu tivesse as lâminas do Wolverine incorporadas sob a minha pele. — Sim. — Sean riu. — Isso soa quase certo... e você pode querer ir mais devagar. Droga. Onde diabos tinha ido o carro vermelho? Ele estava preso no subúrbio, com apenas duas faixas de tráfego. Por que não podia estar fazendo o piloto de corrida na autoestrada? Ele desviou para a pista contrária e desviou direto de volta, quando ele avistou uma van se aproximando. — Puta que o pariu. Você vai me matar. — Sean choramingou, agarrando o traço com a mão livre. — Eu sou bonito demais para morrer. — Você ainda está tentando ligar para ela? — Mitch lhe lançou um olhar incrédulo. — Eu não tenho mais o uso de meus dedos. Eles estão congelados de medo. Mitch balançou a cabeça e segurou o volante com a mão inchada, pegando o celular dele com a outra.

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— Oh, o inferno não. — Sean ergueu a voz, agarrando-o de volta. — Sua condução é ruim o suficiente sem outra distração. — Bem continue tentando. Oh merda. — Ele percebeu tarde demais que o carro de Kate virou a rua e começou a passar. Ele não pensou, não vacilou. Ele virou o volante para a esquerda, quase esbarrando em um carro estacionado quando ele se endireitou para a nova rua. — Eu vou chutar você assim que sair do carro. — Sean murmurou, sua atenção agora nos carros riscando atrás deles em um borrão de cor. Mitch fechou a distância entre eles e Kate. Ele deu um suspiro de alívio quando, poucos minutos depois, ela entrou na garagem de uma pequena casa de tijolos. Ele a seguiu até à calçada e fez uma parada brusca a meras polegadas do carro de Kate. Ah merda. Agora, o que ele devia fazer? Apreensão obstruía sua garganta. Ele adorou a ironia de ter que correr aqui para fazer algo que ele detestava fazer em primeiro lugar. Ele arrancou as chaves da ignição e soltou o cinto de segurança. Era isso. A última vez que veria Allie. A dor explodiu na parte de trás de sua cabeça e ele caiu para a frente, segurando o volante. — Filho da pu— Se eu não me sentisse tão triste por você, teria mais do que um tapa. Mitch olhou para Sean, então aliviou a aspereza de seu olhar quando ele percebeu as gotas de suor na testa de seu amigo. Ele inalou profundamente e soltou o ar fora em um suspiro. — Me deseje sorte. — Boa sorte, amigo. — Sean sustentou o olhar de simpatia. — Alana parece realmente ser uma mulher incrível. Tem certeza que ainda quer romper? Alana saiu do carro, os cabelos longos e castanhos fluindo sobre seus ombros, enquanto ela lentamente virou para encará-lo. Não, ele não queria romper seus vínculos com ela. Ele queria ficar aqui e fazer o que fosse preciso para ganhar seu perdão.

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— Oh, merda, o que eu estou fazendo? — Ele sussurrou para si mesmo. Ela era tão linda. Seus lábios cheios, suas covinhas, seus olhos brilhantes e pele impecável. Ela era corajosa e amorosa e confiável e atenciosa e, oh, Cristo ele precisava conseguir algum controle. Ambos viviam em mundos diferentes. O dela estava apenas começando. A sua era uma máquina de lavar de drama, mentiras e sexo desprezível. — Não. Eu tenho que fazer isso. — Ele abriu a porta do carro e seu coração caiu a seus pés quando se levantou. *** Alana ergueu o queixo enquanto vagava pela frente do carro, arrastando os dedos ao longo do capô. Ela precisava de alguns minutos para se recompor. A vida foi tão corrida nos últimos dias. Ela foi de lagarta para borboleta, mas ainda não tinha aprendido a usar suas asas. O mundo real era duro. Primeiro, a violência do segurança de Mitchell demitido, em seguida, traição sobre traição de sua mãe, seguido de mais violência do homem que ela havia começado a confiar. Os pontos baixos balançaram seus fundamentos emocionais, mas os altos eram mais do que ela jamais sonhou. Se ela pudesse superar a vertigem que havia entre o êxtase e a apreensão. — Eu sinto muito. — Ela levantou o olhar da calçada de cimento para seus lindos olhos castanhos. Mitchell estava diante dela, as mãos nos bolsos, o rosto sombrio com pesar. Ela tentou sorrir, mostrar que estava tudo bem, mas isso só fez seus olhos arderem. — Eu não entendo o que aconteceu comigo, Allie. Eu apenas bati. Isso foi o que a assustou mais. Ela não havia pensado que Mitchell poderia ser um homem violento. Dois dias juntos e ela achava que o conhecia. Dois dias em que ela ainda não tinha sido capaz de vê-lo ou ler sua expressão. Oh, como ela foi ingênua e delirante. Ela entendeu a raiva protetora, mas não podia desculpar a reação violenta. Ele olhou para sua mão e virou para frente e para trás. Os nós

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dos dedos estavam vermelhos e inchados, e ela sentiu o desejo de confortá-lo. A situação toda era uma bagunça. — Eu nunca bati em ninguém antes. — Ele falou em voz baixa. — Eu... eu... — Ele balançou a cabeça e caiu contra o carro. Seu coração doeu por ele, no entanto, e a confortou descobrir que a explosão violenta não era uma ocorrência comum. Ela caminhou os passos restantes ao redor do capô e parou na frente dele. — Os últimos dias têm sido emocionais. Eu tenho sobrecarregado você. Nós não dormimos muito. Você está lidando com o início de sua turnê promocional e com o lançamento do álbum... e você estava me protegendo. — Ele olhou para ela por baixo de seus cílios escuros. — Eu não estou dando desculpas para você. — Ela balançou a cabeça. — Eu não tolero violência. É o jeito como eu fui criada e essa parte de mim nunca vai mudar. Mas eu entendo por que você fez isso. — Ela deu um passo para ele, precisando de uma conexão, e gentilmente levantou a mão machucada na sua. — Obrigada por cuidar de mim. — Ela esfregou um dedo delicadamente sobre a pele inchada. — Está doendo? — Como um filho da... Sim, dói. — Ele deu um triste, sorriso torto. — Eu não tenho certeza se acidente de trabalho cobre por meus atos de estupidez. Seus olhos se arregalaram. — Você não vai conseguir tocar? — Ela não tinha percebido que ele se arriscou na tentativa de protegê-la. — Eu não sei. — Ele deu de ombros. — Eu espero que um pouco de gelo possa ajudar. Ele se afastou do capô do carro e caminhou para ela, rodeando sua cintura em um abraço. Ela descansou a cabeça em seu peito e colocou os braços em volta dele. Ele suspirou, longo e fortemente. — Eu tenho que ir.

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Ela apertou sua mão. Blake a tinha preparado para uma luta para manter Mitchell, mas no momento ela estava muito desanimada, quebrada demais para mostrar entusiasmo por qualquer coisa. — Eu acho que é melhor se eu não ligar para você. Não era o que ela estava esperando, e, embora ela tivesse se preparado, isso não impediu seu coração de rachar sob a rejeição. — Eu gosto de você, Allie, mas você tem muita coisa acontecendo em sua vida, e eu estou constantemente voando de um lugar para o outro. Não vale a pena estender o inevitável. Ela colocou as mãos sobre o peito dele e se apoiou para olhá-lo nos olhos. — Eu também gosto de você, mas não importa o quanto eu tenho acontecendo na minha vida, eu sempre vou encontrar tempo para você. Se você realmente se importa comigo, nós podemos fazer funcionar. Ele franziu o cenho e quebrou o contato visual, focando seu olhar sobre a grama verde atrás dela. — Eu sou uma pessoa independente. — Ela continuou quando ele não respondeu. — Eu posso lidar com o tempo separados. Eu só quero a chance de ver se as coisas entre nós pode ser algo mais. Seu pomo de Adão balançou os braços e caiu de sua cintura. — Eu não sou o que você precisa neste momento. Ela estremeceu e tentou não levar sua suposição de que ele achava que ela precisava muito pessoalmente. — Do que você tem medo? — Ela sussurrou, inclinando a cabeça para sua linha de visão. — Eu não estou com medo. — Ele bufou e recuou. — Então por que você está me afastando? — Porque eu não sou o que você precisa! Ela recuou. — A suposição de que você me conhece melhor do que eu me conheço é um insulto. — Você está começando uma nova vida, Allie. Você precisa de apoio constante, e eu não posso te dar.

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— Pare de me dizer o que eu preciso! — Ela suspirou, irritada por estar ficando frustrada a ponto de levantar a voz. — OK, tudo bem. — Ela levantou as mãos em sinal de rendição. — Eu não sou tão virginal que eu não posso ver a rejeição bem diante dos meus olhos. — Não, não é isso... — Mitchell, eu me diverti nos últimos dias, e agradeço de todo o coração. Eu gostei de passar tempo com você e admito que meus sentimentos por você são muito mais do que amizade. Ela piscou mais e mais rápido, na esperança de conter o fluxo de lágrimas, pelo menos até que ele a deixasse. — Mas eu já tive o suficiente de pessoas me dizendo o que fazer e tentando moldar minha vida. Eu sei o que eu preciso, e mais importante, eu sei o que eu quero. Eu não sou criança, e posso tomar decisões por mim mesma. — Ela ergueu o queixo e tomou uma respiração profunda. — Desejo-lhe tudo de melhor. — Sua voz falhou, e antes que caíssem as primeiras lágrimas, ela se virou e caminhou em direção à casa. A cada passo ela rezava para que ele a chamasse, mas nem uma palavra foi sussurrada. Silêncio reinava enquanto abria a porta da frente e se trancava dentro. Ela descansou as costas contra a madeira grossa, seu coração batendo, ainda segurando a esperança de que ele mudasse de ideia. Quando ouviu o som de uma porta de carro batendo, seguido pelo ronco de um motor, ela permitiu que a ruína dos últimos dias tomasse posse e caiu no chão em lágrimas.

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Capítulo Quinze — Pode me emprestar seu laptop? — Mitch parou na frente de Blake, as sobrancelhas levantadas, coração em sua manga. Eles mal tinham se falado desde que deixaram Richmond mais de uma semana atrás. As habilidades sociais de Mitch precisavam de civilidade aparentemente, por isso ele passou a maior parte de seu tempo livre sozinho. — Ahh, sim. Claro. — Blake franziu o cenho. — Dê-me dois minutos para acabar a minha sessão de chat e é seu. Mitch sentou-se ao lado dele no sofá suíte da cobertura. — Com quem você está conversando? Blake lhe lançou um olhar antes de voltar para o computador, os dedos batendo loucamente nas teclas. — Um amigo. Ceeertoo. Se Mitch não estivesse no fundo de sua própria bolha de auto aversão deprimida, ele teria feito mais perguntas. — Aqui está.

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Ele agarrou o laptop estendido, colocou-o sobre suas coxas e olhou para a tela enquanto seu coração deu um rufar de tambores. — Por que você precisa disso? — Blake reclinou no canto do sofá, esticando as pernas e cruzando-as na altura dos tornozelos. Mitch pigarreou e continuou a piscar em frente ao computador. — Eu só... pensei em me divertir na internet. — Pesquisar Alana, você quer dizer. — Acrescentou Mason da cozinha. Ele não respondeu. Seus amigos o conheciam muito bem. — Por que não liga para ela? — Mason caminhou e sentou na frente dele na mesa de café. — Eu já liguei. — O quê? — Blake se endireitou. — Quando você fez isso? — O que ela disse? — Perguntou Mason. Ele deu de ombros, abrindo a página inicial do Google e digitando o nome de Alana. — Desliguei. — Eles riram. Babacas. — Você é um marica. — Mason levantou da mesa e caminhou de volta para a cozinha, pegando uma cerveja na geladeira. — Uma buceta idiota mal-humorada. — Eu não estou mal-humorado, porra. — Mitch retrucou. — Humm, você se lembra da garota que queria que você assinasse seus peitos e você disse para ela “tirar sua bunda vadia de longe de você”? — Blake ergueu as sobrancelhas. — Eu acho que implica mal-humorado. — E tinha um grande par de peitos também. — Mason acrescentou. — E daí? Eu não tenho tempo para essa merda. — Ele não tinha. Mulheres fáceis estavam fora de seu menu. Para sempre. Ele não iria no lixo novamente, não depois de Allie. A pesquisa trouxe à tona uma página cheia de links contendo as palavras Alana Shelton. Ele clicou no de cima “Minha Vida em Foco, uma viagem fotográfica através dos meus olhos”. A tela rosa carregada, o título do blog destacando em escrita negrito. Ele rolou para baixo e respirou fundo em sua imagem na barra lateral. A foto era preta e branca, em um

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campo ou um parque infantil. Ela sorria para a câmera, mostrando suas covinhas, as mechas de cabelos escuros emoldurando seus belos olhos. Por que seu desejo por ela não havia desaparecido? Ele dependia disso, tinha ido dormir todas as noites na esperança de acordar de um jeito diferente. Mas, não. A pedra dura do arrependimento que estava alojada em seu peito no dia em que ele disse adeus tinha crescido. Para o tamanho de uma porra de um melão. — Porra, ela é gostosa. Mitch empurrou Blake para longe, ignorando o comentário. Ele rolou além, para a primeira postagem que dizia “Seguindo Em Frente”. Não havia palavras, apenas imagens. Uma de Kate em uma casa noturna, usando um vestido vermelho brilhante com homens de cada lado dela. As luzes coloridas brilhavam no fundo, as pessoas dançavam. A próxima era de Alana, os mesmos caras na imagem. Suas deliciosas curvas estavam abraçadas por um corpete rosa apertado, sua mão segurava um drinque. Ele se concentrou em seus lábios. Seus lindos, cheios e adoráveis lábios, e tentou ignorar o homem ao seu lado, que estava com o braço em volta da cintura, com a boca na bochecha. — Se você jogar meu laptop, eu vou te machucar. Cale-se, Blake. — Ligue para ela, — Mason sentou na mesa de café e bebeu sua cerveja. — Assim que terminar a turnê promocional, você vai ter algumas semanas para alcançá-la novamente. Algumas

semanas.

Mitch

zombou.

Semanas

nunca

seriam

suficientes. Ele precisava de mais. Ele precisava de sempre. Infelizmente, não era uma opção quando sua carreira o fazia voar pelo mundo. Ele moveu mais abaixo na página para uma postagem anterior “Danificada, não esmagada”. Sob o título estava outra foto de Alana. Seus olhos brilhavam, uma única lágrima em sua bochecha enquanto ela se concentrava ao lado da câmera. O fundo era borrado atrás dela e mesmo com a angústia distorcendo suas feições, ela ainda era de tirar o fôlego.

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— Uau, meio que agarrou você pelas bolas, não é? — Blake murmurou. Mitch franziu o cenho e torceu seu nariz, tentando expulsar o formigamento indesejável. Sua visão embaçou e ele piscou para recuperar o foco. O peso do arrependimento aumentado, esmagando seus pulmões. Como ele superararia isso? Ele sequer tinha embarcado no jato em Richmond antes que a dúvida começasse a roer suas entranhas. Ele não tinha percebido o quanto o seu tempo juntos o tinha afetado. Bem, não até que fosse tarde demais, de qualquer maneira. Antes que ele amarelasse, ele clicou no link para a última postagem e colocou o cursor na seção de comentários. Sinto sua falta, Allie. Ele digitou seu nome com as mãos trêmulas, em seguida, pressionou enviar, não se permitindo tempo para contemplar suas ações. — O que você está fazendo? — Blake aproximou-se mais, esfregando seu ombro. — Oh, não, você não fez. Mitch lançou lhe um olhar furioso. — O quê? Eu queria enviar uma mensagem para que ela soubesse que eu estou pensando nela. — Perseguidor. — Mason riu. — Desliga a ligação, persegue online... Tem certeza que não tem um par de calcinhas suas escondidas debaixo do travesseiro? Mitch desejava. — Eu só quero saber se ela está bem. Ele precisava começar. Talvez sua consciência não lhe permitisse seguir em frente porque a despedida foi hostil. Ele nunca quis machucála. Seu futuro feliz sempre foi a razão para as decisões que tomou. Terminar as coisas em condições ruins quase o matou. Nada mais parecia certo. Com Alana sua vida estava completa. Agora... agora nada importava. Ele não queria sorrir, ele não queria tocar, ele sequer tinha a motivação ou o desejo de ficar bêbado e foder com as fãs. Ele estava quebrado. Perdido.

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E azar dele, ele tinha jogado fora a única coisa capaz de mudar sua vida. *** Alana tinha feito um excelente trabalho ocupando-se durante os últimos 10 dias, mas de vez em quando ela precisava parar, respirar e pensar. Aqueles eram os tempos em que Mitchell invadia seus pensamentos e não a deixava. O dia seguinte de sua rejeição foi o pior. Ela tinha acordado ao som da voz estridente de Kate ecoando pelo corredor. A entrevista do Reckless Beat no programa matutino soava na televisão e aparentemente acordava Alana chamando-a como uma banshee3. Ela embaralhou para a sala de estar, sua mente ainda meio dormindo, enquanto o ouvia anunciar ao mundo que ela era uma "distração". Suas palavras não só fraturaram as rachaduras em seu coração, despedaçaram completamente, expondo seu coração partido para quem quisesse observar. Ela estupidamente pensou que ele tinha muito medo de se apaixonar, ou o compromisso pode ter sido a questão. Agora ela sabia melhor. Uma distração. Cristo. No mínimo isto transformou o humor dela de desespero pesado para fúria energizada. Ela queria lembrá-lo de que ela nunca pediu sua ajuda. Ele forçou ser seu cavaleiro de armadura brilhante, e não o contrário. Exceto

que

ela

não

tinha

o

celular

dele

para

retrucar.

Ele

convenientemente pegou o dela e não compartilhou o dele. — Você ainda está olhando para suas mensagens? — Kate entrou no quarto de Alana e olhou para baixo na tela de seu computador. Alana suspirou e leu a linha novamente. Eu sinto sua falta, Allie.

3

As Banshee são criaturas da mitologia Celta, que são da mesma família das fadas, no entanto diferentes das criaturas brilhantes e belas que ouvimos falar, elas também são conhecidas como Deusas da Guerra e da Morte.

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— Eu não consigo evitar. — A raiva foi sua companheira constante. Encontrar o comentário só piorou as coisas, rasgando-a em pedaços tudo de novo. Fale sobre uma maldita distração. Ela começou o blog na noite em que deixou Richmond. Ela não conseguia dormir, não conseguia comer, então se jogou no trabalho. Um novo blog, uma nova vida, uma nova perspectiva. Mitchell acabou de arruinar isso também. — Exclua. Alana assentiu. Ela deveria, mas o que ela realmente queria fazer era forrar a parede do quarto com essas poucas palavras simples. — Eu vou remover tudo. O blog inteiro. Todas as postagens. — O quê? De jeito nenhum! Eu não vou deixar você fazer isso. — Não. — Ela inalou profundamente, enchendo os pulmões de força. — Eu preciso. Comecei o blog para superá-lo, e funcionou por um tempo, mas agora cada vez que eu verificar meu e-mail vou querer saber se ele deixou outra mensagem. E cada vez que eu começar outra postagem, vou me perguntar se ele vai lê-la. — Ela virou-se para Kate e deu um sorriso triste. — Eu preciso excluir toda essa porcaria. Kate fez uma careta. — Que saco! — Ela se aproximou, e deslizou a bunda na mesa de Alana, sentando para encará-la. — Por que não fazer um post sobre o porquê de brinquedos sexuais serem superiores aos homens? Ou um cara em particular. Eu posso comprar o vibrador Rabbit4 que eu te prometi como presente de rompimento, e você pode analisá-lo. Diga ao mundo como apenas o mais fino silicone de grau médico é melhor do que o famoso Mitchell Da... — O telefone da casa tocou, e Kate deslizou para fora da mesa. — Vamos acabar com isso em um segundo. Alana suspirou e olhou para as palavras. Eu sinto sua falta, Allie. Seu coração se apertou. Ela sentia falta dele também.

4

Também conhecido como vibrador Jack Rabbit ou vibrador Jessica Rabbit é um brinquedo sexual vibração rotativa e geralmente feita na forma de um falo com um estimulador clitoriano ligado ao eixo.

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Com uma respiração profunda, ela clicou no painel de controle do seu blog e foi até a guia de configurações. Kate foi gentil o suficiente para parar de tocar a música da Reckless Beat e removeu qualquer coisa relacionada de vista. O mínimo que Alana poderia fazer era tirar as distrações. Havia apenas algumas postagens de qualquer forma. Nada que ela não pudesse replicar quando suas memórias de Mitchell desbotassem. Ela moveu o cursor do mouse, pairando sobre o botão “Excluir o Blog” e fez uma pausa. — Alana? Ela olhou por cima do ombro para Kate, que estava na porta. Seu rosto estava preocupado com o cenho franzido, sua pele pálida. — O que foi? — Sua boca secou. Ela ficou de pé, com as pernas tremendo quando tropeçou para frente e agarrou o telefone estendido. — É Patty do retiro da sua mãe. Houve um acidente.

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Capítulo Dezesseis Uma semana depois Mitch esfregou as pálpebras, tentando afastar a tensão. Sua vida estava um inferno. Não exatamente um inferno escaldante de existência desconfortável, mas uma alma dissonante, alterações de humor, uma realidade fodida que o fez querer abrir sua caixa torácica com suas próprias mãos e retirar seu próprio coração com uma colher. — Estamos quase em casa. — Blake falou baixinho de sua posição ao lado de Mitch no sofá de couro do jato. Casa. Ele zombou de si mesmo. O pensamento de ir ao seu apartamento vazio em Manhattan lhe deu calafrios. Ele não sabia mais onde era sua casa. Não era isso que se destinava o lugar onde seu coração estava? Ele inconscientemente o deu a Alana antes de deixar Richmond... sem ter o bastardo de volta. — Eu não quero ir para casa. Blake não disse uma palavra. Mitch abriu os olhos e olhou ao seu lado, não ficou surpreso ao ver seu amigo olhando de volta com uma expressão desprovida de emoção.

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— Eu estou indo para Richmond com Mason. Blake assentiu lentamente. — Você quer companhia? Eu não tenho planos para o nosso tempo de folga. Mitch cutucou o ombro de seu amigo do jeito masculino, não-verbal de mostrar agradecimento. — Você acha que pode lidar com mais alguns dias comigo? Blake levantou uma sobrancelha e encolheu os ombros. — Eu já tive a minha dose diária de vingança. Estive limpando os banheiros do hotel com sua escova de dentes todas as noites. Uma gargalhada se soltou e Mitch cutucou novamente, mais forte. — Então, qual o plano? Ele soltou o ar lentamente. — Ir de carro até a casa de Kate e ficar lá até eu conseguir o que eu quero. — O que é? — Alana. — Ele soprou o nome dela e fechou os olhos, deixando a sensação de buceta chicoteada cair sobre ele. — Ela é tudo que eu quero agora. — Bem, vamos buscá-la. Duas horas depois, eles pararam na calçada de Kate. Mitch abriu a porta do passageiro e saiu antes que o carro parasse. A noite já tinha firmemente se estabelecido, e as ruas estavam quietas. Luzes estavam acesas na casa, mas onze horas ainda era muito tarde para aparecer sem avisar. Ele subiu os degraus que levavam até a varanda em um salto e bateu forte na porta. Seu coração martelando, batendo violentamente atrás de sua caixa torácica. Ele não podia esperar para vê-la, mesmo que ela o cumprimentasse com hostilidade. Ele seria paciente. Ela merecia um pedido de desculpas completo e se ela não aceitasse suas palavras, ele teria certeza de que ele passasse mais tempo para convencê-la de sua sinceridade.

~ 188 ~


Passos ecoaram pelo corredor, e ele olhou por cima do ombro para onde Blake estava no carro com o braço apoiado na janela lateral do motorista. — Alguém está vindo. Blake um sinal de positivo e aumentou o volume da música, sua maneira sutil de dizer a Mitch que ele não queria ouvir a conversa deles. Não que Mitch se importasse. Ele não esconderia seus sentimentos por Alana novamente. A fechadura clicou para abrir e a madeira pesada se abriu. A luz brilhante do corredor perfurou seus olhos, e ele piscou para se concentrar em quem estava diante dele. — Mitch? — Oi, Kate. — Ele limpou as mãos em seu jeans preto para remover o suor. — Como você está? — Ele não tinha nenhum interesse na resposta. O peito dele apertava ainda mais a cada segundo que passava. — Tudo bem. — Ela o examinou. — Posso falar com Alana? — Ele olhou para trás, na esperança de ter um vislumbre de longos cabelos castanhos e olhos verdes. — Humm... não infelizmente... você não pode. — Suas palavras hesitantes acionaram um alarme que deixou seus nervos em pânico. — Eu-Ela está em um encontro? — Ele estava fodidamente gago. O pensamento dela sozinha com outro homem lhe dava náuseas. — Eu posso voltar amanhã... Ou esperar. — Sim, ele poderia esperar pelo beijo inevitável na porta da frente. Isso seria fantástico. — Não. Ela não está aqui. — Seu estômago agitou. — Ela voltou para casa. — E lá se foram suas bolas, mergulhando no chão da varanda. — Por quê? Eu pensei que ela queria começar uma vida nova? EuEu pensei que ela estava feliz aqui? Kate ergueu as sobrancelhas e, pela primeira vez ele percebeu a desaprovação em sua expressão. — Talvez se você tivesse ligado, ela teria dito sobre isso. Ele merecia isso. — Ela vai voltar?

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Seu olhar severo se aprofundou e ela cruzou os braços sobre o peito, elevando seus seios, embora ele tenha tentado não notar. — Não é meu lugar para contar, e mesmo que fosse, eu não sairia do meu caminho para facilitar para você entrar em contato com ela. Você. Tem. O. Número. Dela. — Ela pontuou cada palavra com uma inclinação de cabeça. — Entendi. Você me despreza e não quer me ver de volta com ela. — Ele balançou a cabeça em derrota e voltou-se para as escadas da varanda. — Espere. — Faltou convicção no comando e ele não contemplou voltar atrás. — Eu não te odeio. Ele girou na ponta dos pés e deu um sorriso pesaroso. — Eu não tive a intenção de machucá-la. — Bem, você machucou. Muito. E essa merda não será corrigida com um flash de seu sorriso famoso ou deixando um comentário com quatro palavras no blog. Ele fez uma careta. Seu arrependimento duplicou a cada dia que Alana não respondia à sua mensagem estúpida. — O que você precisa é de algumas joelheiras para rastejar e joias caras. Muito caras, Mitchell Davies. Ele riu e inclinou a cabeça em aceitação. — Anotado... Então, isso significa que você vai me dar o endereço dela? — Nem morta. *** Alana deitou na cama, olhando para a pintura branca descascando em seu teto. Exaustão consumia seus ossos, cada músculo doía, e seu coração batia com uma melancolia preguiçosa. Uma batida na porta arrancou-a da auto piedade, e ela passou a mão áspera sobre a lágrima perdida deslizando pelo seu rosto. — Oi, mãe. — Sua mãe deu um sorriso triste e entrou no quarto. — Tudo embalado? Alana assentiu.

~ 190 ~


— A maior parte, de qualquer maneira. Ela não tinha planejado voltar para casa. Suas emoções ainda estavam cruas da traição. No entanto, assim que ela recebeu o telefonema dizendo que sua mãe estava no hospital, ela correu para pegar o próximo voo de volta ao Colorado. — Como está o braço? Sua mãe levantou o punho coberto de gesso e encolheu os ombros com um estremecimento. — Não está tão dolorido quanto meu peito. Ela tinha uma ulna quebrada e três costelas fraturadas. Tudo caindo para trás, enquanto saia do trator. Alana estava cética sobre o acidente em primeiro lugar. Por mais de uma semana, sua mãe havia se recusado a falar com ela sobre as informações que os Bowen compartilharam. Ela não confirmou nem negou que seu pai pagou pela propriedade em que ela vivia atualmente, ou que ele enviou dinheiro a cada quinze dias até Alana completar dezoito anos. Ela não discutia a relação que ela uma vez teve com Chris Bowen e se recusava a reconhecer sua existência. Bem, ela se recusou até que ela não teve escolha senão responder enquanto restrita a uma cama de hospital. — Eu acho que o carma está finalmente chegando para reclamar vingança. — Sua mãe deu uma risada irônica e sentou na extremidade da cama. Simpatia a subjugou. As cicatrizes emocionais de sua mãe sempre foram visíveis para qualquer pessoa que a conhecia bem o suficiente. Por que Alana não tinha percebido como elas eram tão profundas? — Não. — Alana falou baixinho. — Eu não acho que é esse o caso. Nos últimos dias, elas tinham compartilhado um milhão de lágrimas, discutiram o valor de uma vida inteira de memórias, e saíram no outro lado um pouco mais forte. Sua mãe precisava de ajuda e prometeu ir para o aconselhamento. O passo na direção certa não compensaria uma infância cheia de mentiras, mas era um começo. — Eu não posso convencer você a ficar?

~ 191 ~


— Eu sinto muito. — Alana balançou a cabeça. Essa não era mais sua casa. Ela não podia nem olhar para trás em seu passado, sem uma pontada de decepção disparando através de sua alma. Ela entendeu as razões pelas quais a mãe tentou mudar a história, mas apenas levaria tempo e espaço para perdoar. — Eu quero conhecer os Bowen e talvez conhecer meu pai corretamente. Sua mãe recuou em choque, então sua expressão se tornou derrotada e olhou para o chão acarpetado. Ela soltou um suspiro aflito, olhou para cima, abriu a boca, e então se concentrou no carpete novamente. O silêncio ficou espesso e Alana deu a sua mãe o tempo que precisava para responder. — Eu... — Sua mãe engoliu em seco. — Eu sei que você não entende meus medos e que você tem a sua própria vida para levar. Eu só estou com medo por você. Eu não consigo dormir quando você não está aqui. Eu não consigo pensar. Estou preocupada que você repita os meus erros. Estou petrificada que algum homem machuque o meu bebê. Alana deslizou para a frente na cama e agarrou a mão boa de sua mãe, apertando firme. — Eu sei que você está com medo. Você é minha mãe, você está destinada a se preocupar comigo. Mas eu não sou uma criança. Eu preciso construir a minha própria vida e fazer meu próprio futuro. — Sua mãe olhou para cima, com os olhos vidrados. — Eu quero me apaixonar e me casar e ter filhos. Eu adoraria trabalhar em uma cidade e ter meu próprio estúdio. Há tantas coisas que eu quero, e eu estive interrompendo a oportunidade de consegui-las. Alana seguiu o rastro de lágrimas caindo pelo rosto de sua mãe quando ela balançou a cabeça. — Eu só quero que você seja feliz. — Eu serei. Estou com medo também, e eu já tive o coração partido por um homem, acredite ou não. — Ela deu de ombros. — Sentir o coração partido é melhor do que não sentir nada. A postura de sua mãe endireitou e ela franziu o cenho.

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— O músico quebrou seu coração? — Um pouco. — Ela mentiu. O trinado agudo de uma ligação soou. Ela pegou o celular de seu travesseiro e rejeitou a chamada sem a verificar o número. — Talvez você pudesse vir me visitar em Richmond. O sangue escorreu do rosto de sua mãe, transformando sua pele em um tom de branco. — Eu... Isso vai ser difícil para mim, Alana... Se você prometer que será paciente comigo, eu prometo que vou tentar. — Isso é tudo que eu peço. Elas olharam uma para a outra em silêncio. Sua mãe afogou-lhe a mão suavemente e se levantou. — Eu vou deixar você terminar de embalar antes de eu virar uma bagunça chorona. — Soa como um plano. — Já tinha passado das nove e seu corpo não cooperaria muito mais tempo sem descanso. Sua mãe caminhou até a porta e parou no corredor. — Eu sei que eu te disse que vou tentar mudar, e eu prometo dar o meu melhor. Basta ter em mente que muitas mulheres aqui ainda são sensíveis. Eu preciso que você tenha certeza de que os homens do caminhão de mudança não cheguem perto da casa principal? Alana assentiu. — Eu já disse que eu vou encontrá-los na entrada da propriedade e escolta-los para dentro. — Ela também informou às residentes do retiro que haveria homens na propriedade de manhã. Com seu chalé privado situado a algumas centenas de metros da casa principal, ninguém mais deveria ser perturbado. — Oh, bom. — Satisfação aliviou as linhas de tensão no rosto de sua mãe. — Vejo você no café da manhã então. — Sim, eu vou acordar cedo. — Esperançosamente, depois que seu corpo descansasse de puxar, empurrar, e embalar dos últimos três dias. Seu telefone interrompeu com outra chamada e sua mãe acenou antes de desaparecer no corredor. Alana agarrou o celular e olhou para o número na tela que dizia Número Privado. Alguém com um número

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privado estava ligando para ela depois das nove da noite? A ideia de falar com qualquer pessoa naquele momento fez aumentar a exaustão, assim ela rejeitou a chamada pela segunda vez. Ela planejava passar as próximas 24 horas embalando o resto de seus pertences e se despedir das mulheres que ela considerava sua família. Alternando seu celular para o modo silencioso, ela deitou no colchão e lutou para manter os olhos abertos. O resto do mundo poderia esperar por agora. Alana acordou antes do sol. Como prometido, ela compartilhou o café da manhã com a mãe dela, que estava inquieta na mesa. Sua ansiedade em ter homens na propriedade era claramente visível e nenhuma quantidade de consolo acalmava seus nervos. Um pouco antes do almoço, Alana encontrou o caminhão de mudança no portão da frente e os levou para baixo no caminho de cascalho no carro de sua mãe. Os homens eram grandes e volumosos, com os braços mais bem definidos do Colorado e as boas maneiras sua mãe apreciaria se ela parasse de se esconder e aparecesse para dizer Olá. A interação com o sexo oposto faria bem para as mulheres. Alana não tinha um diploma de psicologia, mas se afastar completamente dos homens não parecia saudável. Bem, não por tanto tempo como sua mãe fez, de qualquer forma. — Minha senhora, você está bem? Ela olhou para cima da limpeza da pia da cozinha para ver um dos carregadores franzindo o cenho para a porta da frente. Ela seguiu seu olhar e encontrou sua mãe em pé do lado de fora da tela, sua postura reta, o queixo erguido. — Mamãe? — Sua mãe piscou para Alana uma rápida olhada antes de trazer seu foco de volta para o homem de pé no meio da sala com uma grande caixa em suas mãos. — Desculpe. — Alana murmurou baixinho. — Ela não é acostumada com.... estranhos. — Ela empurrou do balcão e saiu da casa, deixando a porta de tela fechar com um tapa. — O que está acontecendo?

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— Eu... — O foco de sua mãe desviou para dentro. — Hum... Kate tocou o telefone da casa. Alana entrou na sua linha de visão e reclamou a atenção dela. — E? — Ela descansou a mão no ombro de sua mãe para conduzila para o quintal da frente. Sua mãe a ignorou, inclinando-se para a frente, tentando alcançar algo encostado na parede. — Você trouxe uma arma! O rifle pendia da mão boa de sua mãe. — Eu tenho o direito de me proteger. — Ela deu um passo para trás, e elas caminharam lado a lado pelo caminho de cascalho que conduzia à casa principal. — Eu vim aqui para dizer Kate ligou. Ela disse que tentou ligar para você ontem à noite e quer que você ligue para ela. O olhar de Alana afastou da arma para a expressão séria de sua mãe, em seguida, de volta para a arma. — O... K... Ambos os homens saíram de seu chalé carregando caixas, e o aperto de sua mãe no rifle aumentou. — Mãe, você precisa voltar para a casa. Tudo está bem aqui. Vou ligar para Kate mais tarde. Sua mãe deu um aceno espasmódico, seu foco remanescente sobre os homens, até que ela girou na ponta dos pés e se dirigiu para a casa principal. Conforme a tarde caia, os carregadores saíram com seus pertences e ela sentou no assoalho empoeirado comendo um sanduíche que ela tinha feito anteriormente. — Oh, merda. — Ela limpou as mãos e mancou até a cozinha, seus músculos protestando enquanto pegava seu celular do balcão. Ela se esqueceu de ligar novamente o toque e encontrou o anúncio de oito chamadas não atendidas em sua tela. Clicando sobre o registo de chamadas, ela leu os detalhes de três das chamadas de Kate e cinco de um número privado. Ela colocou seu dedo sobre o ícone para retornar a chamada de Kate, mas os sons de gritos histéricos distantes a fizeram deixar cair o celular e correr para a porta.

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A tela fechando com um tapa a fez saltar. Ela saiu da frente de sua casa de campo, em direção à casa principal, e encontrou um carro branco desconhecido estacionado na garagem. Sua mãe estava na varanda, rifle posicionado e pronto para disparar. Ela mirava para o veículo com dois no interior. — Saiam da minha propriedade! — A voz de sua mãe era frenética, desconhecida. Alana focou para trás sobre os homens quando ela começou a correr, seu estômago caindo a cada passo. Oh. Deus. Mitchell.

~ 196 ~


Capítulo Dezessete Mitch levantou as mãos em sinal de rendição. — Sra. Shelton? Encontrar Alana foi um esforço coletivo. Mitch teve a sorte de pegar seus pilotos antes de saírem de Richmond e convencê-los a fazer um voo para Colorado Springs logo de manhã. Leah também foi gentil o suficiente para responder a sua ligação tarde da noite para ajudar a localizar o retiro de mulheres. Agora eles estavam aqui, indesejáveis, e olhando para o cano de uma espingarda. Ele deveria ter prestado mais atenção à placa de “Nenhum homem é permitido a menos que esteja autorizado” em cima do muro da frente. — Saia da minha propriedade! — A mulher lamentou, com a voz trêmula de emoção. — Puta. Merda. — Blake sussurrou sobre o capô do carro. — Acho que este é o lugar onde eu jogo fora o cartão de amizade e corro para longe.

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— Por favor, só me deixe ver Alana. — Eu não vou dizer mais uma vez, amigo. — Sua voz subiu. Não era como se eles chegassem inesperadamente. Mitch esteve ao telefone com ela apenas minutos antes. Ele tinha ligado para o número do retiro no portão da frente e pedido permissão para entrar antes. Não que isso importasse. Ele não tinha planejado aceitar um não como resposta de qualquer maneira. — Por favor, minha senhora. — Blake contornou o capô com os braços levantados, suas tatuagens brilhando ao sol. — Percorremos todo o caminho de Nova York. Queremos apenas alguns minutos com ela. Ela espreitou Blake com desdém. Mitch sabia exatamente o que ela via, um bandido com a pele tatuada, cabelo espetado e jeans desgastados. Uma porta bateu ao longe, seguida por passos esmagando no cascalho. A mulher olhou para a direita, depois para Blake, que ainda se aproximava. — Pare! — Ela gritou. Ele deu outro passo. — Eu sinto muito, estou... Um pop oco explodiu no ar e Mitch se abaixou. Blake tropeçou na frente dele, com as mãos caindo para seu quadril e segurando apertado. Mitch agarrou-o pelos ombros antes de cair, mantendo-o na posição vertical. — Ela atirou em mim! — Blake olhou para suas mãos trêmulas. Oh, merda. Para o que Mitch tinha arrastado seu amigo? Adrenalina chutou, acelerando seu coração, limpando a mente. Passos ecoaram atrás deles e Mitch moveu-se para proteger Blake com seu corpo antes de olhar por cima do ombro. Alana. Ela correu em direção a ele, seu cabelo castanho selvagem balançando em volta dos ombros, olhos arregalados, boca aberta. Ele encarou, choque agarrando-o pelas bolas encolhidas. Ela poupou-lhe um olhar fugaz antes de olhar de volta para a varanda, onde sua mãe se agarrou a suas costelas.

~ 198 ~


— Mãe, entre. — Ela gritou quando ela chegou ao lado dele e lhe deu uma cotovelada para fora do caminho. — Chame a Patty. Agora. — Eu.... É só bala de borracha. Não é um rifle de verdade... — Sua mãe respondeu, o medo evidente em sua voz. Blake deslizou para o chão, com as costas apoiadas contra o pneu do carro. Alana caiu de joelhos. — Me mostre. — Ela levantou sua camiseta e vaiou em um fôlego pelo sangue. Sua cabeça estalou para a casa, para sua mãe, que ainda esperava na varanda, a arma agora abaixada. — Pode não ser um rifle de verdade, mas causou um estrago de verdade. Agora vá buscar a Patty. — Ela se virou para Blake. — Eu sinto muito. Mitch deu um passo atrás e permitiu que a culpa assumisse seu corpo. Sua cabeça latejava, fazendo sua visão nadar e ele tropeçou de lado. Ele colocou a mão contra o metal frio do carro e respirou fundo. Líquido vermelho cobria o estômago de Blake e as mãos de Alana. Não é muita coisa, apenas o suficiente para deixar Mitch tonto. — É só um arranhão. — Ele ouviu Alana sussurrar. Ele olhou para ela e a pegou olhando para ele, com as sobrancelhas levantadas. — O que você está fazendo aqui? A porta da frente bateu, e Mitch saiu do caminho quando uma senhora de cabelo castanho avermelhado se ajoelhou ao lado de Alana com um kit de primeiros socorros. — Oi. Eu sou Patty. Blake encolheu para trás, seu olhar piscando de Alana para a outra mulher. — Eu estou bem, sério. — Ele ergueu as mãos. — É apenas um arranhão. — Não seja bobo. — Patty abriu seu kit de primeiros socorros e tirou um par de luvas. — Está tudo bem, Blake. Patty é uma enfermeira. Ela trabalha aqui. — Alana apertou seu ombro e ele inclinou com uma respiração profunda.

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Patty agarrou seu cotovelo. — Por que não o levamos para dentro da casa para que eu possa dar uma olhada em você? — Humm. — Seu olhar passou de Patty, para Alana, para Mitch, e de volta para Alana. — Sem ofensa, mas sua mãe é todos os tipos de louca. Eu prefiro ficar aqui fora, se está tudo OK. Alana fez uma careta e Patty riu. — Um grande cara tatuado como você tem medo de uma senhora com um braço quebrado e uma espingardinha de chumbo? — Patty ergueu as sobrancelhas e se levantou. — Vamos. — Ela estendeu a mão. — Eu te protejo. Blake ficou de pé com um estremecimento. — Eu espero que sim, porque aqueles projeteis ferem como uma cadela. Alana continuou de costas para Mitch, seu corpo de frente para Patty e Blake enquanto eles faziam o caminho até os degraus da frente e entravam na casa principal. Sua coluna estava tensa, seus ombros rígidos. — Eu sinto muito, Allie. Seu queixo se levantou e ela soltou um suspiro pesado. — Por que você está aqui? — Eu precisava ver você. Eu precisava pedir desculpas. Silêncio. Ele gravitou em direção a ela, fechando a distância, e colocou as mãos em seus ombros. Ela estremeceu com o toque dele, e ele não sabia se deveria se afastar ou agarrar com mais força. — Eu sinto muito. Ela deu um passo para a frente, deslocando de seu aperto. — É melhor eu ir ver Blake. — Ela caminhou em direção à casa, fazendo rapidamente o seu caminho para a varanda. — Allie.

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Ela fez uma pausa, a porta de tela mantida aberta em sua mão, e olhou sobre seu ombro. Seus olhos estavam vidrados, os lábios apertados em numa linha fina. Ele gostaria de poder limpar sua angústia com um toque suave de seus lábios. — Prometa que você vai me dar uma chance de explicar mais tarde? Ela baixou os olhos e balançou a cabeça. — Não há necessidade. Você deixou sua posição clara naquela entrevista. — Ela levantou o queixo. — Eu não sou a distração de ninguém, Mitchell. Eu acho que é melhor você ir. *** Alana caminhou pelo corredor até a sala de primeiros socorros, sacudindo as mãos para desalojar o domínio que Mitchell tinha sobre ela. Ele estava sob sua pele, em seu coração, nublando sua mente. Era sufocante, nauseante. Isso fazia sua garganta seca e os olhos arderem. Por que aparecer do nada, sem sequer um telefonema? Ela ansiava por ouvir sua voz, ou mesmo uma mensagem. De amizade ou amor, não teria importância. Agora muitos dias haviam se passado. Ela merecia um homem que tinha tempo para ela quer estivessem dentro ou fora da cidade. Um homem que a amava de todo o coração e prometesse fidelidade através de semanas de distância. Não alguém que aparecia quando tivesse algumas horas sobrando. Ela colou um sorriso e entrou na pequena sala onde Patty estava com Blake encurralado em uma maca de hospital. Ele sentou em linha reta, nu da cintura para cima, a obra de arte de seu corpo em plena exibição. Ela admirava a definição dos músculos finamente esculpidos e se concentrou nas imagens marcando sua pele. Quando seu olhar chegou ao seu rosto, ele estava olhando para ela, com os olhos arregalados de um apelo silencioso. — Como está o paciente? Patty zombou. — Para um homem coberto de tatuagens, ele é muito arisco perto de agulhas.

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— Se eu achasse que suas picadas deixariam uma imagem legal, talvez eu não me importasse tanto. — Ele murmurou. — Ele recusou o meu melhor uísque, também. O homem afeminado não quis nem uma dose de coragem. Alana deu um suspiro falso. — Patty! Se a mãe descobrisse que você tem bebida, ela ficaria louca. — Você não vai tagarelar sobre mim, garota. É meu esconderijo secreto que guardo em um armário trancado. Não precisa perturbar sua mãe ainda mais. E eu não me lembro de você reclamando quando eu dei o seu primeiro gosto do álcool na adolescência. Alana estalou a língua e balançou a cabeça antes de virar para o paciente. — Precisa de mim para segurar sua mão, Blake? — Eu tenho certeza que você poderia me distrair com alguma coisa melhor do que dar as mãos, doce. — Ele piscou, então estremeceu e respirou fundo. — Puta que paaaariu! Eu acho que você acabou de costurar o meu rim. — Desculpe, minha mão escorregou. — Patty retrucou. — Por favor, seja gentil com ele. Alana puxou a cadeira da mesa de escritório no canto e arrastou-a para sentar-se ao lado de Patty. — Sob a bravata, ele é um grande molenga. Blake fixou seu sorriso doce e pegou a mão dela. — Você falou com o Mitch? Ela balançou a cabeça e controlou suas feições, fingindo que o som do nome de Mitchell não apertava seu coração como um vício. — Você está pensando em falar com ele? — Blake. — Ela deixou seus ombros caírem e implorou com os olhos. Ela não podia falar sobre isso. Talvez quando a loucura fosse resolvida, ela pudesse pensar direito novamente. Ele entendeu o recado e mudou de assunto, aderindo a temas triviais como o clima. Quando Patty terminou de enfaixar o ferimento, ele agarrou a camiseta de lado e deslizou para fora da maca em um flash.

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— Vamos sair logo daqui antes que sua mãe encontre as facas. — Ele pegou a mão dela, colocando-a na dobra do cotovelo, e levou-a da sala. Alana

suspirou

e

preparou-se

para

as

duas

conversas

desconfortáveis que ela teria que suportar. A mais fácil primeiro. — Você vai prestar queixa? Ele olhou para ela enquanto caminhavam pelo corredor. — Contra a sua mãe? — Ele balançou a cabeça com uma careta. — Não. Estou feliz em culpar unicamente Mitch por isto. Se eu soubesse que ela o avisou sobre dirigir na propriedade antes, eu teria esperado na rodovia. Alana fez uma pausa, e ele deu mais um passo antes de fazer o mesmo. Sua mão caiu de sua posição em seu braço, batendo de volta para seu lado. — Mitch falou com ela antes de você chegar? — Sim. Ele estava tentando entrar em contato com você desde ontem à noite. Primeiro fomos para a casa de Kate, mas tudo o que ela disse foi que você voltou para o Colorado. Ele está ligando por favores de todos os lugares para tentar encontrá-la. Então antes de nós dirigimos para a propriedade, ele falou com sua mãe no telefone. — O que ela disse? — Algo na linha de “você não é bem-vindo porque você quebrou o coração da minha filha. E se ela quisesse falar com você, ela teria atendido suas ligações”. — Eu não deixei de atender as ligações de propósito. — Ela murmurou. — Meu telefone estava no silencioso. Ela olhou para Blake e ele perfurou-a com seus profundos olhos castanhos. — Eu provavelmente não teria atendido de qualquer maneira. Ele assentiu. — Sim, nós dois pensamos assim. Mitch não planeja desistir, no entanto. Ela franziu o cenho. — Por quê?

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— Eu lhe disse semanas atrás, antes de sairmos de Richmond. Ele gosta de você. Eu avisei que ele a empurraria para longe e você não lutaria por ele. Ela colocou as mãos nos quadris e fez uma careta. — Ele acha que sabe o que é melhor para mim. Ele tentou me dizer o que eu precisava e o que não precisava. Eu nunca vou me desrespeitar o suficiente para ficar com um homem assim, não importa o quanto eu goste dele. Blake levantou uma sobrancelha. — E por que você acha que ele disse essas coisas? — Porque ele é um idiota! Seu coração pulou em um batimento forte. Ela precisava acreditar que ele era um porco chauvinista. Caso contrário, ela acabaria se arrastando de joelhos para pedir outra tentativa para o relacionamento. — Não, querida. Ele disse isso porque ele sabia que isso faria deixalo sem lutar. E no caso de você não saber, esse tempo que passamos juntosEla franziu a testa em confusão e ele balançou as sobrancelhas para ela. — Ohh... sim. — Ele quis dizer o momento em que eles estavam todos juntos. Suas bochechas aqueceram com a lembrança. — Mitch nunca fez isso antes. Toda a coisa de protetor-ciumento, eu quero dizer. Ele cuida de você, Alana. Eu nunca o vi assim. — Eu não entendo. Por que ele precisa que eu o deixe ir antes? Blake deu um passo em direção a ela e segurou sua mão. — Eu não sou a pessoa para quem você precisa perguntar. — Ele a puxou para si. — Vamos. Vamos descobrir onde ele está se escondendo. Ela o seguiu em transe, sua mente ponderando possibilidades que a fizeram sorrir. Mitchell estava aqui por ela. Ele voou por meio país por ela. Eles viraram o canto para o hall de entrada e encontraram sua mãe andando perto da porta. Seu olhar saltou para eles, depois baixaram para suas mãos entrelaçadas. Seu rosto empalideceu e seus dedos tremiam quando eles subiram para cobrir sua boca.

~ 204 ~


— Eu peço desculpas. O coração de Alana aqueceu com apreço. Ela não esperava que sua mãe reparasse seu erro com risco de vida, sem a ameaça de ação judicial caindo em jogo. — Eu não sei o que aconteceu... Eu só... não havia muito... Eu não queria... Eu... Eu. — Ela começou a chorar, seu peito arfando com grandes soluços que ecoaram fora das paredes. Soltando a mão de Blake, Alana abraçou sua mãe. Ela tornou-se pedra, segurando forte, enquanto lágrimas umedeciam sua regata branca. — Você precisa de ajuda. Sua mãe assentiu em seu ombro. — Vou ver um conselheiro. Faz muito tempo. Eu não posso continuar assim. — Ela apertou Alana mais forte. — Ele vai prestar queixa? Alana olhou para Blake e ele balançou a cabeça. — Não, mãe. — Ele não vai apresentar queixa. — Você o ama? — O quê? — Alana se reclinou. — Não. Este é Blake, não Mitchell. — Você atirou no cara errado. — Blake riu, em seguida, fez uma careta e apertou seu lado. Sua mãe se afastou do abraço de Alana e enfrentou Blake. — Eu espero que você possa aceitar meu pedido de desculpas. — Não se preocupe. — Ele sorriu e abriu os braços. Sua mãe olhou para ele com os olhos arregalados. Alana prendeu a respiração esperando que sua mãe fugisse. Ao contrário, ela se adiantou, fez uma pausa, então fez isso de novo, e de novo, até que finalmente ela estava nos braços de Blake. Com a postura rígida de sua mãe e a expressão desconfortável no rosto de Blake, eles não declarariam esse como o abraço mais confortável do mundo, no entanto, aqueles poucos passos eram uma jornada permanente para sua mãe. Alana fungou e piscou as lágrimas.

~ 205 ~


— Você quer participar, querida? — Ela revirou os olhos e Blake liberou seu abraço. — Você está pronta para ir encontrar Mitch? — Ele ofereceu a mão dele e ela pegou a sua oferta. — Sim. — A esperança a mataria se ela não falasse logo com ele. Ele a levou pela porta da frente e parou na varanda. Mitch descansava contra seu carro, com as pernas cruzadas nos tornozelos, enquanto olhava para os sapatos. Ele olhou para cima quando a tela se fechou e franziu o cenho quando seu foco abaixou para suas mãos entrelaçadas. Blake se inclinou para perto, sua respiração sussurrando contra sua bochecha quando ele deu um beijo em sua têmpora. — Só para não perder a oportunidade. — Ele sussurrou. Ela se esforçou para não rir. — Você é um amigo horrível. — Ela repreendeu. — Não se preocupe, ele vai me agradecer por isso um dia. Ela suspirou e ergueu a mão dele para sua boca. Ela beijou os nós dos dedos, em silêncio, agradecendo-lhe com os olhos. — Só para não perder a oportunidade. — Ela sussurrou, e então apertou os lábios para parar de choramingar. — Agora, desta vez, não desista. Prenda essas mãos delicadas no pescoço dele se precisar. Não o deixe de ir até que todas as suas perguntas sejam respondidas. — Eu estou pretendendo isso. — Ela baixou a mão e se afastou descendo as escadas, seu peito se expandindo a cada passo. Ela não tirava seu olhar de Mitchell, nem mesmo para verificar se Blake a seguia. A sua atenção permanecia sobre o homem que segurava seu coração.

~ 206 ~


Capítulo Dezoito Mitch se afastou do carro e limpou as mãos em seu jeans. Ele esperou até que Alana parasse na frente dele e olhou para o mais belo tom de íris verdes claras que ele já tinha visto. — Como o Blake está? — Ele está bem. — Sua voz era gentil, doce e suave e feminina. — Patty deu-lhe alguns pontos. Ele tem sorte por ser somente um arranhão. Mitch soltou um suspiro aliviado. Ele já estava se sentindo mal por arrastar seu amigo para cá. Deveria ser ele recebendo pontos... e Alana cuidando. — Isso é bom. — Ele queria alcançá-la, segurar sua mão, assim como Blake tinha feito. — Eu não vou embora, Allie. Não até que você me dê uma chance para explicar. — Ele tentou implorar com o seu olhar. — Eu sou contra ser baleado na bunda, mas vou arriscar. — OK. — Seus lábios se inclinaram em um leve sorriso. — OK? Seu sorriso se alargou. — OK.

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— Existe algum lugar que podemos ir para conversar? De preferência, fora do alcance de tiro? — Sim, eu moro lá. — Ela olhou por cima do ombro e apontou para um pequeno chalé de tijolos. — Bem, eu costumava qualquer maneira. Virou-se para Blake na varanda da casa principal e atirou-lhe as chaves do carro. — Vamos ali por um tempo. — Ele sacudiu a cabeça na direção do chalé. — Você quer dirigir o carro para a estrada e esperar por mim? Blake assentiu. — Sem problema. Vou para a Monument tomar um café. — Vocês estão hospedados em Colorado Springs? — Perguntou Alana. Ele se concentrou nela por um momento, lendo incerteza em suas feições. — Isso depende de você. — Ela ergueu as sobrancelhas. — Vamos conversar, então. Ele seguiu alguns passos para trás, enquanto caminhavam para seu chalé. Sem uma palavra, ela segurou a porta de tela aberta para ele e lhe permitiu liderar o caminho. Ele caminhou para o que ele assumiu ser a sala de estar com uma pequena cozinha na parte de trás. Tudo estava vazio, sem fotos, sem tapetes, nem mobília. A única coisa na sala era uma bolsa no balcão da cozinha. — Eu... gosto do que você fez com o lugar. Ela riu e bateu suavemente sobre em seu peito enquanto ela passava. — O caminhão de mudanças. Ele agarrou a mão dela e puxou-a de volta. Ela suspirou e afundou nele. Ele segurou-lhe os pulsos sobre seu peito, seus corpos unindo na cintura. Seus olhos arregalados o observavam através de grossas pestanas escuras. — Eu... Os motoristas pegaram minhas coisas esta manhã. — Você vai se mudar?

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Ela mordeu o lábio e assentiu. — Para Richmond. — Eu achei que você tinha voltado para cá permanentemente. — Não. — A palavra sussurrou sobre sua pele. — Mamãe caiu feio, e quando eu descobri que ela estava no hospital, eu vim direto para casa. — Ela respirou fundo e soltou o ar lentamente. — Eu não vou ficar. Este lugar não é para mim. Ele nunca foi. — Alguma vez você já esteve em Nova York? Ela baixou os olhos para olhar para o chão. — Por que você está aqui, Mitchell? Seu coração se apertou, enterrando de um modo mais profundo em seu peito. — Eu fui estúpido em afastá-la. — Ele soltou seu pulso e segurou seu rosto com a palma da mão, chamando sua atenção de volta para seu rosto. — Você estava certa. Eu estava com medo... O que eu sinto por você me assusta. O tempo que passamos juntos... — Ele respirou fundo e mediu sua expiração, precisando de cada segundo adicional para acalmar seus nervos hipersensíveis. — Eu não tive uma mulher me tratando do jeito que você fez desde antes de me tornar parte da Reckless. Você estava cega, mas podia me ver melhor do que ninguém. Você não estava comigo pela minha fama, ou o meu dinheiro ou meu sucesso. — Você é... — Ele engoliu em seco para limpar o desconforto entupindo sua garganta. Ele segurou sua outra bochecha na palma da mão e olhou profundamente em seus olhos. — Você é mais do que perfeita. E eu fui um tolo por pensar que eu poderia deixá-la ir. — Então por que deixou? — Ela sussurrou. — Não é fácil viver sob os holofotes. Eu pensei que se deixasse você ir agora, enquanto as coisas entre nós eram boas, seria melhor do que esperar até você começar a me ressentir. Você foi a primeira a admitir que teve uma vida protegida. Eu não queria estragar sua primeira experiência fora de casa com o drama da banda. — Seus olhos se encheram de umidade, e seus próprios queimaram em resposta. — Eu assisti a uma linha interminável de relacionamentos desabarem à minha

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volta, com cada detalhe sórdido divulgado para o mundo. Eu não podia suportar machucar você desse jeito. Ela olhou para ele, suas írises verdes nadando em lágrimas não derramadas. — O que fez você mudar de ideia? — Deixá-la ir quase me matou. Eu vi suas postagens. Cada uma me fez querer jogar fora os meus compromissos e voar de volta para você. Eu disquei o seu número mil vezes porque eu sentia falta do som da sua voz. Você nunca saiu da minha cabeça, Allie. — Ele roçou os lábios nos dela. — Eu não vou deixar que sejamos apenas parte das estatísticas. — Ele descansou sua testa contra a dela. — Eu não vou. O tempo que nós passaremos distantes por causa do trabalho será uma tortura, mas eu tenho planos para torná-lo mais fácil. Eu posso lidar com isso, desde que eu saiba que sempre vou voltar para você. Uma única lágrima riscou sobre sua pele impecável e ele se inclinou para beijá-la. — Você não terá que se preocupar com os meus medos novamente. A minha única preocupação agora é que eu poderia assustar você. Ela moveu os braços em volta de sua cintura para que seus corpos se tocassem da coxa até o estômago. — Eu não estava com medo, em primeiro lugar. — Sim, eu sei. Mas você pode ficar agora. — Ele enfiou a mão no bolso e tirou um anel de ouro branco que ele comprou há uma semana. Ele colocou-o no meio da palma da mão e estendeu-o para ela. Ela respirou fundo e recuou. Seus olhos estavam arregalados conforme levantava a mão para cobrir sua boca. — Não entre em pânico. — Seu foco disparou do anel para o seu rosto. — Eu não estou propondo casamento. Ela soltou um suspiro pesado e seus ombros relaxaram. — Não precisa estar tão aliviada, querida. — Ele riu. — É um anel de compromisso. Eu queria te mostrar o quão sério eu sou sobre nós. Sua mão caiu e ela sorriu.

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— Você me assustou. Não nos conhecemos muito tempo e, apesar de eu te amar, uma proposta de casamento me faria correr. Ele agarrou a mão dela e puxou-a de volta em seu corpo. — Você me ama? — Ele examinou seu rosto enquanto seu coração ameaçava explodir. O sorriso dela se alargou, trazendo duas belas covinhas à tona. — Com todo o meu coração. Agarrando sua bunda, ele a levantou do chão. Ela gritou com o riso, circulando sua cintura com as pernas. — Deus, você não sabe como isso me deixa feliz. — Ele a beijou com força, uma vez, duas vezes, na terceira vez, deslizou sua língua em seus lábios. Ele a levou até o balcão da cozinha, colocou-a para baixo, e segurou o anel para ela pegar. — Fique comigo, Allie. Me torne o homem mais feliz do mundo. Ela mordeu o lábio e olhou para a sua oferta. Sua mão tremia quando ele levantou para limpar asperamente as lágrimas do rosto. — Eu não sei o que dizer. Ele agarrou-lhe a mão e acariciou o dedo anelar da sua mão direita. — Digamos que você será minha. Ela assentiu balançando a cabeça para cima e para baixo, enquanto as lágrimas continuaram a fluir. Ele empurrou o anel de seu dedo para cima e estremeceu o ajuste frouxo. — Bem, mesmo ele não se encaixando, você ainda vai ser minha? Alana fungou e se inclinou para dar um beijo em seus lábios. — Sempre.

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Epílogo Alana ergueu a câmera e capturou a foto das três mulheres sorrindo para ela. — Obrigada, senhoras. Espero que tenham gostado do show. A foto será enviada para o site da Reckless Beat dentro de uma semana, se vocês quiserem dar uma olhada. Esta noite marcava a última noite da turnê pelos EUA. Os fãs foram selvagens, os gritos continuaram muito depois do segundo bis. As mulheres davam-lhe pouca atenção. Elas estavam empolgadas demais, a adrenalina pulsando delas em ondas conforme falavam alto e rápido sobre seus aspectos favoritos do show. Alana virou e caminhou até a entrada dos funcionários atrás do palco. Enquanto caminhava, ela analisava as fotos que acabou de tirar através da tela da câmera. Um forte conjunto de mãos envolveram a cintura dela e ela gritou quando começaram a fazer cócegas. — Estava procurando por você.

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— Mitchell, pare com isso! — Ela a câmera agarrou com força em uma mão e bateu nele com a outra. — As pessoas vão ver você. Ele parou de fazer cócegas e virou-a em seu corpo. — Oh, rapaz. Quem escolheu esse disfarce? — Ela perguntou. Ele usava uma longa peruca preta e um tapa-olho sobre seu olho esquerdo. — Blake me desafiou a usá-lo. — Ele encolheu os ombros. — É uma coisa de código de homem. — Claro que é. — Ela sorriu e deu um beijo suave em seus lábios. — Tirou alguma foto boa? — Ele olhou para a câmera, em seguida, de volta para os olhos. Admiração estava em seu olhar e ela teve que lutar contra as emoções que sempre batiam nela quando estava em seus braços. — Eu tenho algumas fotos ótimas suas no palco e um monte de fãs enquanto deixavam a arena. — Desde o início de sua turnê mais recente, Mitchell providenciou para que o jatinho particular da banda fosse buscá-la todo fim de semana para que eles pudessem passar algum tempo juntos. Quando ele estava ocupado compondo, ou ensaiando, ou no palco, ela usava o tempo para tirar fotos. Algumas eram de cidades, com muitas das melhores imagens já sob contrato em uma das galerias de arte em Richmond. Outras eram da banda e seus fãs, pelas quais Mason tinha mostrado um interesse imediato. Ele usou suas fotos como material promocional em seu site e insistiu em pagar por seus serviços. — Você foi incrível esta noite. — Mmm. — Ele a beijou de volta. — A grandiosidade não acabou, querida. Estou pensando em levála de volta para o hotel e ser ainda mais incrível. — Ainda mais incrível? Isso é possível? — Ela riu. Ela sentiria falta dele como uma louca quando ele saísse para sua turnê mundial em poucas semanas.

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— Eu tenho que continuar melhorando minhas habilidades no quarto, caso contrário minha linda namorada pode começar a procurar alguém para fazer o trabalho. Ela assentiu. — É verdade. Ele retaliou, levantando-a do chão e carregando-a por cima do ombro. Ela gritou e se contorceu, apertando firmemente a câmera enquanto ele fazia cócegas em sua cintura. — Oh, você quebrou meu coração. E justo quando eu tinha uma surpresa especial para você. — Ele estalou a língua. — Uma surpresa? Ele parou de torturá-la enquanto esperava por seu segurança abrir a porta dos funcionários que levava aos camarins nos bastidores. Quando a porta se fechou atrás deles, ele começou novamente, correndo os dedos de uma mão até a parte de trás de suas coxas, fazendo com que o calor queimasse em sua barriga. — A menos que a surpresa seja uma sala de abastecimento vazia, você realmente precisa parar de me tocar assim. Ele soltou e a deixou deslizar para baixo de seu corpo e de volta para seus pés. — E por que isso? — Ele deu-lhe um sorriso de lado e a apoiou na parede do corredor, prendendo-a entre seus braços. Ela lambeu seus lábios sem pensar, em seguida, mordeu com força para parar de encorajá-lo. Ignorando sua pergunta, ela colocou as mãos em torno do pescoço dele e bateu os cílios. — Qual é a minha surpresa? Ele riu e se inclinou para esmagar seus lábios contra os dela para um beijo rápido. — Vamos descobrir. Ele agarrou a mão dela e a levou pelo corredor e para a sala dos bastidores. O resto da banda estava lá, descansando com garrafas de cerveja nas mãos, exceto Blake e Leah, que bebiam refrigerantes. Tony

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sorriu para ela do braço de um dos sofás, e alguns da equipe de palco acenaram e sorriram para ela em saudação. — Ei, Alana. — Ei, Mason. Grande show. O resto da Reckless Beat caminhou em sua direção. — Eu tenho uma proposta para você. Ela levantou uma sobrancelha. Sua mente correu selvagem com possibilidades, então ela manteve a boca fechada para manter a compostura. — Como você se sente sobre ser nossa fotógrafa oficial? A sala ficou em silêncio, à espera de sua resposta. Alana sorriu e assentiu. — É claro. — Ela se virou para Mitchell. — O que quer que vocês querem, eu estarei feliz de fazer. Ela já se sentia como sua fotógrafa oficial. Sempre que possível, ela participava de seus shows e até mesmo acompanhava a eventos promocionais para tirar fotos adicionais para o site. — Então você pode estar pronta em dez dias para entrar em turnê mundial conosco? Seu olhar estalou de volta para Mason, e Mitchell apertou a mão dela. — Você quer que eu vá com vocês em turnê? — Seu estômago encheu com borboletas. — Eu nunca quero que você saia do meu lado. — Mitchell sussurrou em seu ouvido. Seu peito se expandiu com muitas emoções para nomear. — Eu... — Viajar pelo mundo seria um sonho tornado realidade. Ser paga para fazer isso era inimaginável. — Eu... Sério? Você realmente quer que eu vá com vocês? — É claro. — Blake anunciou do sofá. — Suas fotos são ótimas. — Mason continuou. — As fãs não podem ter o suficiente no site e há sempre a possibilidade de você vender as fotos. Eu tenho muitas ideias que eu quero executar com você, não só

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com as suas fotos, mas sobre administrar um blog para a banda também... Alana esfregou seu peito tentando desalojar a emoção construindo até o ponto de dor. — E levando-a junto também vai garantir que não teremos que lidar com um guitarrista idiota mal-humorado. — Mason voltou seu olhar para Mitchell e sorriu. — Ha ha, você é tão engraçado. — Mitchell retrucou. Ela olhou ao redor para os rostos na sala, precisando garantir que todos concordavam. Todos sorriram de volta para ela, fazendo com que o calor enchesse seu peito. Ela se virou para seu homem e engoliu em seco diante da felicidade em sua expressão. — Você tem certeza que quer que eu vá junto? — Querida, eu sempre quero você comigo. — Ele afagou seus dedos através do cabelo solto em seu rosto e colocou atrás de sua orelha. — Quando chegarmos em casa em alguns meses, eu estou esperando que você venha morar comigo. Seu interior queimava com euforia esmagadora. — Tudo bem. — Ela assentiu e colocou os braços ao redor de sua cintura. — Tudo bem você vai vir em turnê, ou tudo bem você vai morar comigo? — Ambos. — Seu rosto machucou de tanto sorrir quando a sala encheu com palavras de entusiasmo e incentivo. — E que tal se eu lhe pedisse em casamAlana se inclinou para trás e bateu com a mão sobre sua boca. — Mitchell Davies, não se atreva a propor nos bastidores enquanto você está vestido como um pirata. — Elegante, mano. — Sean chamou de sua posição ao lado de Blake no sofá. Leah estalou a língua com desaprovação. Mitchell riu, seu hálito quente aquecendo a palma de sua mão. — Tudo bem, tudo bem. Eu vou trabalhar nisso.

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Alana deixou cair sua mão e olhou para os olhos castanhos do homem que amava. — Trabalhe nisso. — Ela sussurrou. — E talvez da próxima vez eu diga sim.

Fim

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