Unimed Beneméritos

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Projeto Memória

Os 40 anos de uma das p do cooperativismo médico No final dos anos de 1960, os médicos brasileiros viviam sob um impasse que ameaçava o caráter liberal e ético do exercício da profissão. A falência progressiva dos sistemas assistenciais públicos abria caminho para as empresas de medicina de grupo, impondo um modelo que ao mesmo tempo “proletarizava” o médico e mercantilizava o setor. Várias entidades representativas da classe, entre associações regionais, sindicatos e a própria Associação Médica Brasileira (AMB) passaram então a estudar e a discutir alternativas para a atuação profissional, em benefício de toda a sociedade. Entre as opções levantadas, a criação do cooperativismo médico foi a melhor resposta encontrada. Em 18 de dezembro de 1967, na cidade de Santos (SP), o médico Edmundo Castilho, um dos mais enfáticos críticos da medicina de grupo, criou a primeira cooperativa de trabalho médico do Brasil, a Unimed. Anos antes, Dr. Castilho havia conhecido o modelo cooperativista e, após alguns anos de uma verdadeira “peregrinação” entre as entidades médicas de todo o estado, conseguiu o apoio tanto da AMB como da Associação Paulista de Medicina (APM), além das entidades santistas, para levar a ideia adiante. Reuniu duas dezenas de médicos e contratou uma empresa especializada em planejamento de negócios para traçar as linhas mestras de uma organização com base no cooperativismo: uma sociedade civil, sem fins lucrativos, totalmente aberta, que deveria operar com livre escolha de médicos e atendimento em consultório, clínicas e hospitais. Em três anos, as cooperativas médicas começaram a se multiplicar. Em 1970, chegou a outras importantes cidades paulistas, Piracicaba e Campinas. No ano seguinte, a São José dos Campos. Ainda em 1971 o cooperativismo médico rompeu a barreira estadual, instalandose no Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina, Paraíba e Rio Grande do Sul, implantando-se nas capitais e em várias cidades do interior. Nos anos seguintes, as cooperativas atingiram praticamente todo o território nacional e, em uma década, já eram

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pioneiras o ao mesmo tempo, agente e resultado dessa história de sucesso. Ao completar 40 anos, a Unimed São José dos Campos consagra-se como a maior rede de assistência médica da região do Vale do Paraíba e do Litoral Norte de São Paulo. Da mesma forma como ocorreu em Santos, a intenção inicial foi a defesa de classe. Em 1970 chegavam a São José dos Campos as primeiras empresas de medicina de grupo, atraídas pelo forte ciclo de industrialização do Vale do Paraíba, impondo aos médicos locais um regime de assalariamento que comprometia a atuação como profissionais liberais. Inspirado na experiência santista, um grupo de 32 médicos se reuniu em assembleia no dia 13 de fevereiro de 1971, e criou a Unimed São José dos Campos, a quarta Unimed do País. A primeira fase de seu desenvolvimento foi marcada A força do Sistema, porém, está pela luta em busca da afirmação da cooperativa, numa disputa apoiada na atuação de cada Unimed. A Unimed São José dos com poderosos grupos Campos, com a responsabilidade privados que, por estarem mais estruturados, conseguiam praticar de ser uma das pioneiras é, mais de 60, numa incontestável demonstração da viabilidade do modelo. Ao longo do tempo, a Unimed se transformou em um Complexo Empresarial Cooperativo, formado pelo conjunto de todas as Unimeds do País e diversas empresas de suporte. Em 2010, o Sistema detinha 37% de participação no mercado nacional de planos de saúde, atendendo a 17 milhões de clientes, com mais de 109 mil médicos cooperados, com uma ampla rede própria: 101 hospitais, 89 pronto-atendimentos, 54 laboratórios e 456 ambulâncias, além da maior rede de serviços credenciados no Brasil. A Unimed é a marca Top of Mind em Planos de Saúde desde 1993, segundo pesquisa anual realizada pelo Instituto Datafolha. A força da marca é tão expressiva que é considerada a 31ª mais valiosa do Brasil, na avaliação da consultoria internacional BrandFinance.

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preços mais competitivos, acirrando a concorrência. Em 1978 foi dado um importante passo para consolidação da empresa, com a aquisição da carteira de uma operadora de planos de saúde. Mesmo assim, existiam muitas dificuldades a serem vencidas para que a Unimed-SJC se expandisse de forma mais consistente. Dificuldades internas, como eram prementes em todo o Sistema, para conscientizar a classe médica e estimular sua participação efetiva em torno da cooperativa; dificuldades externas, diante dos descaminhos do quadro macroeconômico do país, naqueles tempos de crise e recessão generalizada e, em particular, as questões relativas ao setor de saúde, quando o País ainda esboçava modelos assistenciais compatíveis. Apesar de importantes conquistas, o período entre os anos de 1980 e 1990 foi marcado ainda pela luta incessante para manter a cooperativa estável, ampliar sua competitividade e disseminar sua proposta. Ao final da década de 1990, grandes mudanças


Projeto Memória

se impunham no sentido da profissionalização, tanto pelas demandas internas como por exigência conjuntural. Além da aprovação da Lei 9.656/98, que regulamentou o setor de saúde suplementar, impondo novas regras a todo o segmento, entrou em vigor uma nova lei de tributação, mudando o cenário de isenções fiscais para o sistema cooperativista, uma vez que alguns desses benefícios não foram mais reconhecidos pela Receita Federal. Em 2000, foi também criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), autarquia especial vinculada ao Ministério da Saúde, com o objetivo de regulamentar e fiscalizar o setor. Sem diferenciar empresas de medicina de grupo das cooperativas médicas, a ANS impôs regras rigorosas de atuação, definindo o prazo de sete anos para que todas as operadoras se adequassem ao novo modelo. Isso levou a uma total reorganização do mercado e somente as empresas mais eficientes conseguiram obter bons resultados e manter sua carteira.

Em 26 de março de 2003 um novo grupo assumiu a direção da Unimed-SJC, apoiado por uma equipe de profissionais com experiência em gestão. O primeiro passo foi alinhar-se à nova realidade do mercado, sanear as finanças da cooperativa e desenvolver uma política de remuneração e serviços mais ampla em benefício do cooperado. Contando com o apoio da Unimed-Campos do Jordão e da Federação das Cooperativas Unimed de São Paulo (Fesp) e com a consultoria da Fundação Unimed, foi promovida uma ampla reestruturação voltada à busca da excelência empresarial, inspirada na bem sucedida experiência da Unimed Belo Horizonte. A reformulação do quadro gerencial e do modelo de gestão da cooperativa aliada a força do trabalho desenvolvido numa rede sintonizada, em 2005 a Unimed SJC voltava a crescer, em todos os aspectos do negócio, até posicionar-se na liderança regional de forma inconteste. Com a determinação peculiar de empreendedorismo e visão de

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futuro, mesmo diante de uma crise econômica de proporção mundial e de divergências internas na própria rede credenciada, um importante símbolo de prosperidade surgiu em 2009: foi inaugurado o Santos Dumont Hospital. Uma instituição moderna, com características únicas e equipamentos de última geração, cuja gestão é norteada pelos princípios da sustentabilidade. Rapidamente, o Santos Dumont se tornou referência em atendimento em toda a região, criando um importante diferencial para a Unimed-SJC. Os resultados obtidos até agora, quando a cooperativa atravessa o marco de seus 40 anos de existência, demonstram que a Unimed-SJC tem grande potencial de crescimento. Os números reiteram essa constatação: com as melhorias implantadas, a carteira de clientes saltou de 105 mil vidas, em 2003, para 185 mil em 2010. E já são previstos novos investimentos na rede própria e em serviços para melhor atender à região do litoral norte, que apresenta significativas carências assistenciais.


Neste início de 2011, a Unimed-SJC completa seus primeiros 40 anos de vida e como legado, pereniza uma empresa cooperativista sólida e em plena ascensão, com a convicção de tudo o que foi empreendido até aqui terá continuidade, com a conquista de uma posição ainda mais privilegiada. Esse orgulho não tem outro sentido que não o da certeza de que, acima dos talentos e esforços individuais, está o trabalho em equipe, de pessoas que, em diferentes momentos da história, deram sua parcela de contribuição – em apoio, em suor, em ideias e até em questionamentos – para a Unimed-SJC comemorar essas quatro décadas de vida entre as mais sólidas singulares do Sistema Unimed. Aquela ideia de cooperativismo médico germinada no início dos anos 70, que se transformou na realidade que a Unimed-SJC representa nos dias de hoje, é sinônimo de muita audácia, muito esforço, muita perseverança e muita fé do corpo de profissionais médicos que, com pleno espírito de orgulho explícito de pertencer à Cooperativa, abdicaram de objetivos individuais para construírem um bem maior para a coletividade. Esta obra não é apenas para comemorarmos os 40 anos da Unimed-SJC. Nem tão pouco uma singela homenagem àqueles que nos brindaram com suas memórias, aqui honrosamente registradas. Mas sim, uma mostra às novas gerações daquilo que foi realizado, com dignidade e competência, por profissionais médicos – alguns que já partiram – que enxergaram muito além do horizonte. Sonharam e desejaram. E mais do que isso, idealizaram, empreenderam e conquistaram. É, portanto, inspirados na dedicação absoluta e no profundo comprometimento desses protagonistas dessa história de sucesso que compartilhamos com todos, nesta data, o sentimento de que pra quem cuida bem da saúde, 40 anos é só o começo! Unimed São José dos Campos Fevereiro de 2011

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Projeto Memória

Os pioneiros Imaginar que no dia 13 de fevereiro de 1971 um grupo de médicos se reuniu para, juntos num mesmo ideal e visão de futuro, constituir uma sociedade cooperativa em São José dos Campos, é algo que podia parecer pura utopia. Muito pelo contrário, diante da considerável capacidade de realização e, principalmente, do comprometimento desses pioneiros que passaram pela Unimed-SJC ao longo destes 40 anos, não é de se estranhar que ela, além de ser a quarta singular do Sistema Unimed, ainda se tornou na maior rede de assistência médica do Vale do Paraíba (SP). Que o exemplo desses incansáveis precursores seja sempre a força motriz que impulsione os atuais cooperados e colaboradores para superarem os enormes desafios que vem pela frente, na criação de soluções inovadoras, sustentáveis e capazes de atender aos anseios da sociedade não só de São José dos Campos, mas de um Brasil como todo.

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Adelmo de Oliveira (In memorian) Alfredo Mauro Bertolini Anestaldo F. Oliveira Bolivar Zinsly Cyro Guimarães (In memorian) David Diamante (In memorian) Dilson Lara Domingos Maldonado Campoy (In memorian) Edmirson Aparecido Francischini Estevão Nador (In memorian) Farid Jorge Faustino Nelson D´Avilla (In memorian) Fausto Ivan Pinheiro Vilas Boas (In memorian) Francisco Paula Carvalho Rodrigues Silva (In memorian) Ivan Silva Teixeira (In memorian) Jackie Maroni João Reis Quaglia (In memorian) Jorge Cury (In memorian) José Alvarenga Barreto José Augusto Anderson José de Castro Coimbra José Fernando Scalli (In memorian) Luiz Carlos Rosa (In memorian) Mauricio B. Menandro Orlando Campos (In memorian) Orlando Feirabend Raul Camargo Viana Rodolfo Zuppardo Rubens Savastano (In memorian) Syogi Shinzato Virgilio de Barros Franco Walcy A. Souza Lima

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Linha do Tempo

18/12/1967

13/02/1971

Baseada nos princípios do cooperativismo, é fundada por Dr. Edmundo Castilho a primeira Unimed em Santos.

A partir da união de 32 médicos, é fundada a Unimed - São José dos Campos, sob o nome de Sociedade Cooperativa de Serviços Médicos Hospitalares. A cooperativa foi a quarta a ser fundada dentro do Sistema Unimed, após as cidades de Santos, Piracicaba e Campinas. Sua área de atuação envolvia então os municípios São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, São Sebastião, Caraguatatuba e Campos do Jordão.

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1982

1986

Mudança da razão social da cooperativa, que passa a se chamar Unimed de São José dos Campos Cooperativa de Trabalho Médico.

Pela primeira vez é discutida em assembleia a ideia de a Unimed-SJC investir em serviços próprios para substituir os prestadores de serviço.

1983

1989

Unimed-SJC compra imóvel da Rua Vilaça, nº 820, onde instala sua nova sede.

Inauguração do Seclin – Serviços de Análises Clínicas, do qual a Unimed-SJC é sócia. O Seclin passa a atender os clientes da Unimed-SJC por meio de serviços terceirizados.

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2004

2006

2008

A Unimed-SJC inicia um amplo processo de profissionalização da gestão. Como parte desse processo, o Seclin passa a ser denominado Laboratório Unimed, vinculando o nome do Laboratório à marca Unimed.

É implantado o Núcleo de Atenção Integral à Saúde (Nais), departamento de medicina preventiva da Unimed-SJC e inaugurada a Unidade de Ubatuba, inicialmente chamada de clínica Iperoig.

Unimed-SJC inaugura ambulatório e laboratório na cidade de Caraguatatuba e realiza ampla reforma no Hospital Dia de São José dos Campos. Implantada a Ouvidoria do Cooperado, um canal cujo objetivo é fortalecer o relacionamento com os médicos cooperados.

24/04/2004 A Unimed-SJC assina o contrato de locação do imóvel da Av. Dr. Nelson D’Avila, 1365, onde passa a ser a nova sede da cooperativa.

26/11/2006 Inaugurada a Unidade Estação Jacareí que contemplava Pronto Atendimento, Farmácia e Fisioterapia.

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20/05/2009 É inaugurado o Santos Dumont Hospital, considerado o mais moderno do Vale do Paraíba.


1972

1979

1980

Ao encerrar o segundo ano de operações, a cooperativa possui 41 empresas em sua carteira de clientes, totalizando cerca de 13 mil pessoas cadastradas, sendo a Johnson & Johnson seu principal cliente.

De acordo com exigência da Federação de Unimeds do Estado de São Paulo, a Unimed-SJC decide vender os postos de atendimento e os imóveis do Pronval, sendo os convênios transferidos para a cooperativa.

A cidade de Caçapava, até então atendida pela Unimed-SJC, cria sua cooperativa médica, fundando a Unimed-Caçapava.

31/03/1978 Conselho da Unimed-SJC aprova a compra do Pronval, uma empresa de medicina de grupo.

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1993

2000

2001

Inauguração do Pronto Atendimento de São José dos Campos, o primeiro serviço próprio da Unimed-SJC.

Unimed-SJC implanta o serviço de Home Care e a Central de Atendimento ao Cliente (0800).

É criada a Farmácia Unimed-SJC, que vende medicamentos a preços reduzidos para os clientes Unimed. No mesmo ano, a Unimed-SJC adquire o Seclin, com unidades em São José dos Campos e cria o Setor de Promoção de Saúde, com o objetivo de estimular o relacionamento da Unimed com seus clientes por meio de várias ações, como programas de vacinação e acompanhamento de pacientes.

29/07/1993 A cidade de Campos do Jordão, até então atendida pela Unimed-SJC, cria sua cooperativa médica, fundando a Unimed-Campos do Jordão.

09/12/2010 As duas unidades da Farmácia Unimed são fechadas. Unidade Unimed-SJC de Ubatuba é reinaugurada. O ambulatório médico e o posto de coleta do laboratório passam por ampla reforma estrutural.

2011 Com 40 anos de existência, a Unimed-SJC é a maior cooperativa médica do Vale do Paraíba, com mais de 750 médicos cooperados e cerca de 180 mil clientes.

00 Diretores Presidentes 02/1971 Dr. Orlando Campos

08/1980 Comissão diretora: Dr. Jorge S. Yamashiro Dr. Hélio Alves de Souza Lima Dr. José Sérgio Faria

(In memorian)

(In memorian)

05/1971 Dr. Raul Camargo Viana

09/1980 Dr. Jorge Sussumo Yamashiro

1972 Dr. Rubens Savastano

03/1999 Dr. José Eduardo de Oliveira

(In memorian)

1975 Dr. Manoel da Costa Pinto Jr.

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Desde 03/2003 Dr. Lauro Benedito Hanna


BenemĂŠritos

105 vidas dedicadas ao cooperativismo

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Beneméritos

“Eu me dediquei de corpo e alma à medicina” DR. ABRÃO GASSUL

Ainda criança admirava alguns médicos na região em que morava no Rio Grande do Sul. Tinha grande prazer em observar a maneira como esses profissionais tratavam seus pacientes com otimismo, e também pela cultura que eles possuíam. Este foi o primeiro passo para estudar e viver a medicina. Em 1969, com 25 anos, formouse pela Faculdade Federal de Pelotas no Rio Grande do Sul, onde adquiriu conhecimento com grandes mestres da medicina e com pacientes extremamente necessitados que buscavam auxílio, tanto clínico quanto psicológico. Essas experiências foram essenciais para sua formação, complementada com as especialidades que viria a fazer, já residindo em São Paulo. “Além da leitura, a convivência com verdadeiros profissionais de ilibado caráter e bondade, me fez enxergar uma chance para desenvolver meus objetivos até torná-los reais”. Sempre dedicado, Dr. Abrão Gassul tirou poucas vezes férias e afirma que em nenhum

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momento deixou de exercer a medicina com motivação e amor. Ele acredita que talvez essa seja uma das melhores profissões para exercer a solidariedade, além do vínculo que se estabelece entre o médico e o paciente. “Eu me dediquei de corpo e alma à medicina”. Sobre a Unimed, ele destaca o cooperativismo eficiente que a operadora vem desenvolvendo ao longo dos anos e o atendimento diferenciado que oferece aos seus clientes. “Assim foi fundada e persiste até hoje e, entre altos e baixos, sempre prevaleceram os acertos, pois a Unimed é uma das instituições de saúde no Brasil que equivale aos grandes centros internacionais”. Visionário, crê que a cooperativa será uma entidade cuja assistência irá abranger pesquisas, a busca de tecnologia própria, tornando-se totalmente independente. Sobre o futuro, pensa em continuar exercendo a profissão, transmitir para os filhos sua determinação e usufruir tudo o que plantou até aqui.


“A sensação de ver um bebê nascendo é indescritível!” dr. Ademir Pinoti de Morais Natural de São José dos Campos (SP), ele descobriu sua vocação para medicina provavelmente nos anos 60, ao observar um grande amigo de seu pai, Dr. Adelmo de Oliveira, tenente coronel da aeronáutica e médico oficial do Centro Técnico Aeroespacial (CTA). “Ele era uma pessoa ímpar, era um exemplo e eu quis ser médico como ele!” Aos 28 anos, graduou-se pela Faculdade de Medicina de Taubaté e, da época de universitário ele guarda ótimas lembranças, sem hesitar que foi uma das melhores fases de sua vida. “Eu organizava festas, fazia churrasco na república na república, fiz vários amigos... Pena que isso se perde com o tempo!” A vontade de se especializar em ginecologia e obstetrícia surgiu a partir do quinto ano, por influência de um grande mestre, Dr. Xenofonte. Ele revela que pensava em ser pediatra, mas ao fazer plantões na maternidade, acabou mudando de idéia. “Além de mais oportunidade de trabalho, a sensação de ver um bebê nascendo é indescritível, é muito gostoso! Para cada criança que nasce, é um momento diferente!” Para o Dr. Ademir Pinoti, a medicina

representa tudo em sua vida e mesmo sem mensurar o tamanho da responsabilidade de ser médico, seguiu em frente para viver muitas emoções em sua profissão. “Eu não tinha idéia do que era ser médico, do trabalho de ser médico e um dos momentos mais marcantes foi ouvir uma sobrinha muito querida, que se formou em medicina, fazer o juramento do médico... Foi quando percebi a importância deste juramento!” Membro da Unimed-SJC há 32 anos, ele se sente agradecido por ter sido convidado pelo Dr. Villa Boas a participar do sistema cooperativista. “Ele abriu as portas para mim na cooperativa o que me ajudou muito na profissão.” Realizado com a profissão, ele afirma que faria tudo de novo e que não pretende parar de trabalhar tão cedo, apesar de querer aproveitar um pouco mais de sua vida com viagens. E, consciente de que a religião às vezes caminha na direção oposta à medicina, ouviu uma frase que lhe chamou muito sua atenção e reafirmou o significado e a importância da profissão que ele exerce com tanto amor: “Mãe, Maria grávida!”

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“Eu sou assim, com dedicação total à medicina!” DR. Ailton Bonani Freire A medicina surgiu por acaso em sua vida, ele havia decidido fazer engenharia, mas não havia em seu colégio e acabou optando por outra área. Ao decidir pela medicina, acabou se apaixonando pela profissão. Natural de Lorena (SP), ele diplomou-se aos 25 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté. Esportista nato, ele dividia os estudos com a prática de esportes e a bagunça da torcida. “Eu gostava muito de correr e participava da ‘Imunda’, uma torcida organizada que existe até hoje na faculdade.” Aluno aplicado, ele dedicou-se aos estudos na universidade e reforçou o aprendizado com diversos cursos pelo Brasil e exterior, e até hoje mantém esse hábito. Professor universitário há 37 anos, Dr. Ailton Bonani Freire, ensina que a medicina é um sacerdócio e quem quer ser médico só pelo dinheiro deve parar. “É preciso 24 horas de disposição e eu sou assim, com dedicação total à medicina!” Para ele é importante viver a medicina todo dia e estar sempre em atividade. “Já fiz uma cirurgia cardíaca e o pior

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sofrimento foi ficar parado!” Ele revela que sua vida profissional foi influenciada por seus pacientes, alunos e professores que indicaram a seguir uma especialidade. “Fui o primeiro médico no Vale do Paraíba a fazer especialidade de joelho, graças aos meus mestres que me orientaram a fazer essa especialidade dentro da ortopedia”. Diretor da Unimed por 13 anos, ele sempre confiou na cooperativa e apesar de hoje comparar o sistema cooperativista com o nacional, ele acredita na atual diretoria que está investindo e melhorando a cada dia, a qualidade do atendimento tanto para clientes quanto aos cooperados. Sobre o futuro, ele ressalta que a medicina deve ser voltada para a saúde e não para o enriquecimento. “O dinheiro é consequência do trabalho, o caminho é preparar bem as novas gerações”. E para sua vida pessoal, quer se tornar avô e admirar o crescimento da família e afirma que “essa sequência não pode parar, está na bíblia, crescei e multiplicai!”


“Entre erros e acertos, procurei saber escolher” Dr. Airton Aguilar Sanchez

A medicina surgiu naturalmente na vida desse paulistano que a considera como um sacerdócio, pelo devotamento que esta profissão exige. A certeza da dedicação que deveria ter, ele conheceu no vestibular ao produzir uma redação sobre esse tema. Formado em 1973 pela Escola Médica do Rio de Janeiro da Universidade Gama Filho, envolveu-se com os estudos e com os médicos mais experientes que o influenciaram de forma muito positiva. “Foram longas caminhadas, com pessoas de alta qualidade médica e técnica e, acima de tudo, de uma humanidade intensa”. Conviver com profissionais que lhe ofereceram mais do que ensinamentos médicos foi essencial para a formação de seu caráter, mas ele ressalta que também serviu para distinguir a quem seguir. “Também convivi com pessoas com quem aprendi o que não copiar, e durante a vida, entre erros e acertos, procurei saber escolher”. Não hesita em afirmar que os momentos mais especiais em

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sua carreira, não têm relação com a sua especialidade. “Eu tive a ventura de cortar o cordão umbilical de dois dos meus três netos, foi emocionante!” Ele acredita que a Unimed é a única alternativa da classe médica para recuperar o respeito e a dignidade que a profissão merece, e que está sendo vulgarizada ao longo dos anos. Salienta que é preciso retomar também o valor do estudo. “Eu vejo a Unimed como forma de resgatar tudo isso e garantir um atendimento de qualidade”. Ele acredita que o cooperativismo é uma forma de trabalho muito justa, porém ao longo dos anos, aconteceram algumas coisas que distorceram a real filosofia desse sistema, sendo necessário repensar em tudo que já foi feito até agora.


Beneméritos

“A medicina foi tudo que planejei” dr. Alair Maciel de Carvalho Nascido em 1942 na bucólica cidade de Bocaina de Minas, aos 12 anos de idade mudou para Aparecida (SP), quando iniciou sua alfabetização, deixando para trás toda a saudosa vivência interiorana mineira. Concluiu o curso colegial em 1965, já com vocação para a medicina, mas precisou interromper os estudos. Em 1968, com o objetivo de ingressar na faculdade de medicina, voltou aos livros, e em 1969 alcançou seu intento ingressando na Faculdade de Medicina na cidade de Valença (RJ). Com a ajuda de seus irmãos mais velhos e de uma família em Valença que o acolheu como filho, concluiu o curso superior em l974. Além dos anos da faculdade, seu aprendizado foi reforçado pelo carinho que sentia por crianças, levando-o a fazer especialização em pediatria. Aprovado em concurso público para o Estado SP, iniciou sua profissão. Sua dedicação representa seu amor pela medicina e não hesita em afirmar. “Foi minha vida, foi tudo que

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planejei e acho que deu certo”. Sua esposa e filhos vieram para concretizar seu sonho. O reconhecimento e gratidão de muitas mães são as maiores motivações deste médico. “Sempre procurei dar o melhor de mim para aqueles que necessitavam”. Apesar de desconhecer o futuro das cooperativas, ele acredita que a Unimed está no caminho certo, desenvolvendo há anos um excelente trabalho. Reconhece que o progresso da ciência e o desenvolvimento da medicina são excelentes e vai melhorar cada vez mais a qualidade de vida das pessoas.


“Eu ajo em benefício do paciente, esta é a minha vocação” DR. Aloísio Carlos Ferraz A sua ligação com a medicina veio a partir da construção de uma maca hospitalar, aos 12 anos, no curso para torneiro mecânico, em sua cidade natal, Floresta, em Pernambuco. “Eu me perguntei por que essa escolha e a partir daí, comecei a refletir, as coisas foram acontecendo e me levou a tomar essa decisão de ser médico”. Mudou-se com a família para Recife e lá formou-se em 1970, pela Universidade Federal de Pernambuco. Ao deixar a faculdade, foi para Campinas (SP) fazer especialização na Unicamp. Entre tantos desafios e conquistas, reconhece que a influência dos pais e de seus professores foi imprescindível para continuar seu aprendizado. “Havia muita carência em termos financeiros no tempo de faculdade e isso me motivou muito a progredir”. A medicina, além de profissão, é o revigorante na vida deste oftalmologista que atua há mais de 40 anos e ainda tem a sensação de estar no início de sua carreira. “A sensação é de quem está começando, é o

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grande capital acumulado”. A família é a força motriz deste médico que conseguiu sair do sertão pernambucano e se tornar um profissional reconhecido pela comunidade e pela cooperativa que participa há mais de 35 anos. “O reconhecimento da Unimed é um marco que vai ficar como exemplo para os outros que virão para a cooperativa”. Participativo, sempre apoiou e valorizou a Unimed, evitando o convite de outras operadoras. “Se eu tivesse aceitado atender outros convênios, talvez fosse bom financeiramente, mas à minha realização profissional e pessoal eu creio que não”. Hoje, ele consegue enxergar um futuro promissor na medicina preventiva e aprendeu que ganho financeiro não é tudo e que antes de qualquer coisa, é preciso valorizar o paciente e acreditar que este é o ponto para o crescimento pessoal e profissional. “Em primeiro lugar, eu ajo em benefício do paciente. Esta é a minha vocação!”


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“Pretendo ir assim até onde puder, aliviando o sofrimento das pessoas” DR. ÁLVARO MACHUCA Graduado pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, em 1975, Dr. Álvaro Machuca sempre teve a medicina como vocação e, por amor ao próximo, buscou em 35 anos de trabalho, contribuir de forma efetiva para amenizar o sofrimento das pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Dentre tantos momentos importantes de sua vida profissional, a formatura foi uma data marcante. Foi o marco de uma missão cumprida passo a passo, no aprimoramento técnico profissional e no acúmulo de experiências nas intervenções cirúrgicas, nos atendimentos clínicos e emergenciais. Cooperado da Unimed, há mais de 30 anos, Dr. Machuca cresceu profissionalmente e vislumbrou que além da medicina intervencionista e pretensamente curativa, havia a possibilidade da medicina preventiva e homeopática. “A cooperativa está caminhando bem, mas tem muita coisa que pode melhorar ainda mais. A diretoria é responsável, com pessoas sérias e confiáveis, e assim posso acreditar que a Unimed-SJC vai ter solução

para seus problemas internos e resolução financeira satisfatória. É preciso avançar na força de trabalho de seus cooperados com melhor valorização e distribuição dos lucros e ter uma máquina administrativa eficiente e enxuta. A medicina preventiva é um dos focos a serem administrados e alcançados plenamente”. Com o avanço de equipamentos e conceitos médicos, o doutor reconhece a importância da medicina na sociedade e constata que o conhecimento técnico é necessário, mas a humanização no atendimento é fundamental. Para isso, conta com a Unimed-SJC, na incansável busca de excelência nas questões de saúde. “Não podemos deixar de ver o lado humano de nossos pacientes, que são pessoas fragilizadas e merecem toda nossa atenção. Sei que o poder do médico é muito grande, porém ele não pode se julgar um deus diante da ciência e das pessoas”. Além das cirurgias, há anos vem atuando com a homeopatia, método terapêutico que leva

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a ver os pacientes de forma holística trabalhando o paciente como um todo. “Só a prescrição de medicamentos e um possível diagnóstico podem não ser suficientes, é preciso entender o paciente na sua concepção física, psicológica e mental e no contexto da sociedade. Dessa forma o paciente passa a ser o centro das atenções, não somente a sua doença”. Hoje, quer trabalhar com mais sossego, curtir os filhos formados, fazer um curso de mergulho, pintar em telas, viajar com a esposa e aprender a dançar e tocar um instrumento. Mas, para este incansável médico, sua vida vai seguir sempre com o intuito de aliviar o sofrimento das pessoas.


“Temos que renovar constantemente pra acompanhar a medicina” DR. Anestaldo Ferreira de Oliveira

Quando pequeno, saía da escola e passava as tardes em uma farmácia e, antes mesmo de terminar o primário, já aplicava injeções. Nascido em Pureza, distrito do município de São Fidélis (RJ), foi assim que Dr. Anestaldo descobriu sua vocação para a medicina. Com muito esforço, formou-se aos 25 anos, pela Faculdade Fluminense de Medicina, em Niterói (RJ), em 1958. No período em que cursava medicina, chegou a ter quatro empregos internos acadêmicos para poder arcar com as despesas. A partir do segundo ano, passou a morar e a trabalhar no Hospital Infantil Getúlio Vargas Filho. “Pra mim foi uma beleza porque eu tinha direito à remuneração e à alimentação”. Sempre contou com o apoio de sua mãe, que não chegou a vê-lo formado e, mais uma vez, teve que aprender a se virar sozinho. Logo após a formatura, casou-se, assim recebeu todo o apoio e compreensão de sua esposa. “Ser esposa de médico, não é fácil!” Dedicado à profissão, lidou com todas as especialidades, mas se realizou como anestesista. Relembra emocionado de

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inúmeras situações, entre elas, um atendimento às vitimas de um acidente ocorrido na Via Dutra. Havia uma criança ferida, mas o pai em situação bem pior, pediu que o filho fosse atendido primeiro. A criança foi salva, mas o pai não resistiu. “Eu fiquei muito emocionado por fazer uma coisa pelo filho dele e não pode fazer por ele”. Além do dia a dia da profissão, enfrentou muitos desafios também com a Unimed, logo no início da cooperativa. “Quem era da Unimed era estigmatizado, prejudicado no hospital, era perseguido pelas outras prestadoras de serviço”. Mas, ele sempre acreditou no trabalho de todos os cooperados e afirma que a Unimed é hoje uma referência em investimentos na área de saúde. Para ele, o futuro é incerto, mas tem a certeza de que é preciso sempre recomeçar. “É muito difícil acertar, mas diante da evolução tecnológica, nós não sabemos como vamos trabalhar, medicar e tratar determinados pacientes e temos que renovar constantemente pra acompanhar a medicina”.


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“Trabalhar com a alma, com o espírito é que faz o verdadeiro médico” DR. Antônio Carlos Corrêa Natural de Itamonte (MG), ele chegou a São José dos Campos ainda criança. Sempre sonhou em ser médico e mesmo com dificuldade decidiu que iria realizar esse sonho, sem se preocupar com os comentários alheios. Ele partiu do Vale do Paraíba, acompanhado por amigos que também queriam estudar medicina e, com muita força de vontade e dedicação, formou-se aos 29 anos pela Universidade Federal de Santa Maria. Desta época, guarda muitas lembranças, entre elas, o fato que mudou o rumo de sua profissão. Até o quinto ano de medicina, ele queria especializar-se em ginecologia, mas ao auxiliar seu professor, Dr. Flávio Bissacotti, renomado cirurgião ortopédico do Rio Grande do Sul, ele acabou se encantando com a especialidade. “Me empolguei e em um ano já sabia que seria ortopedista. Fiz a especialização e voltei para São José e montei a Orthoservice com meus amigos”. Para Dr. Antônio Carlos Corrêa, a medicina e a família representam muito e ele afirma que os

maiores ensinamentos de sua vida, teve com seu pai, um de seus grandes amigos. “Meu pai sempre me disse que se eu me entregasse, me doasse e trabalhasse honestamente, as realizações viriam tranquilamente”. E foi com tranquilidade e doação que ele sempre encarou a sua profissão e, sereno relembra de um atendimento marcante, durante um plantão, de uma senhora grávida de oito meses, com parada cardíaca, que chegou já falecida ao hospital da Vila Industrial. Na ortopedia também viveu muitos casos emocionantes em mais de 30 anos de profissão e afirma que foram momentos de engrandecimento para sua alma. “Nessas horas, vem a certeza que trabalhar com a alma, com o espírito é que faz o verdadeiro médico!” Cooperado Unimed há 30 anos, ele afirma que aderir ao sistema foi um processo quase que natural, pois 99% do corpo clínico da Santa Casa era da cooperativa. “Eu entrei e não me arrependo, pois a Unimed se consolidou e é uma força

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que não vai parar nunca, temos apenas que sempre fortalecê-la”. Sobre o futuro da medicina e da humanidade, ele crê que se cada um fizer sua parte, o mundo vai ser melhor. “Não adianta trabalhar se não há um respaldo emocional, um respaldo de homem sério e trabalhador. Se buscarmos o trabalho com honestidade, a Unimed e qualquer outro setor vai bem”. Dr. Antônio Corrêa afirma que realizou praticamente tudo o que desejou na vida: criou e deu muito amor às filhas, aprendeu muitas lições de vida com seu pai e se tornou médico, um dom que veio Deus para tentar amenizar o sofrimento das pessoas.


“É muito importante tratar o paciente como um ser da própria família” DR. Antonio Carlos Teixeira Andrade Este médico mineiro de 64 anos, nem precisou sair da cidade para se formar. Acostumado a brincar com as galinhas, suas primeiras “pacientes” que recebiam tratamento e injeções, graduouse pela Faculdade de Medicina de Juiz de Fora em 1960. Daquela época, relembra da vida social intensa, e de como as aulas e os plantões, que começou a fazer logo no segundo ano da faculdade, influenciaram na sua vida profissional. “Não foram somente as aulas, o que muito me ensinou na atividade acadêmica, mas a dedicação e a intensidade com que eu fazia desde ginecologia, obstetrícia, cirurgia geral e ortopedia”. Assim, Dr. Antonio Carlos Teixeira Andrade foi gostando cada vez mais da sua profissão e hoje tem a certeza de que a medicina representa tudo em sua vida. Satisfação para este médico é quando realiza uma cirurgia e é bem sucedida, mas os momentos com a família também são fundamentais na sua vida. Pai de quatro filhos e

casado com Soraia, ele valoriza a convivência familiar. Sobre a Unimed, o doutor não hesita em afirmar que hoje a cooperativa representa muito mais do que uma grande operadora de saúde. “A Unimed deu um grande passo com a inauguração do Santos Dumont Hospital, e isso irá beneficiar não só a classe médica, mas também os pacientes e toda a região do Vale do Paraíba”. Para o futuro, ele só pensa em aprimorar cada vez mais na sua vida, seja profissional e humanitariamente. “Com mais de 30 anos de formado eu estou até hoje em busca de melhor aprimoramento seja aqui no Brasil ou no exterior, é muito importante tratar o paciente como um ser da própria família”.

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“Realizo a medicina de forma humanitária” DR. Antonio Celso Escada O desejo de seu pai era ter um filho engenheiro, mas o interesse pelas pessoas falou mais alto do que o conjunto de técnicas da construção civil. Natural de Lorena (SP) formouse em 1957 na Faculdade de Ciências Médicas no Rio de Janeiro, atual UERJ. Entre as lembranças dessa época, destaca a união dos estudantes para transformar esta instituição particular em uma faculdade pública. Tais ações produziram um efeito modernizador no sistema universitário público, beneficiando todos os estudantes daquela instituição. Seu aprendizado como médico teve grande influência de alguns padres dominicanos, entre eles, o frei Romeu Dale, um religioso experiente, intelectual, generoso, exemplo prático da fusão da fé com a política. A medicina para este dedicado médico foi encarada como um serviço prestado à comunidade que necessariamente deve ter qualidade. Sempre atuando em hospitais filantrópicos, buscou durante toda sua vida a excelência nos serviços hospitalares. “A construção de alguns serviços

de anestesia na Santa Casa de São José dos Campos foi muito importante, porque além de equipar com melhores aparelhos da época, foi uma abertura para outros colegas trabalharem aqui, todos com o espírito empreendedor”. Foi professor de medicina preventiva na Universidade de Taubaté e, com outros professores da USP, da Santa Casa Paulista, batalharam juntos a ideia de se concretizar o Sistema Único de Saúde (SUS). Dr. Antonio Celso Escada acredita que o cooperativismo é um contraponto à medicina de grupo e recorda que outras empresas que atuavam na cidade promoviam um “leilão” para tentar ganhar o cliente. “Já a Unimed era uma cooperativa em que o médico era o dono e garantia um bom atendimento em seu consultório e não em ambulatórios, e se mantém até hoje, saudável e cooperando”. Realizando a medicina da forma mais humanitária possível, o doutor reconhece que se tornou um construtor social, sempre com o espírito de luta durante todos esses anos.

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“Quero viver aprendendo para cuidar cada vez melhor”

DRA. Aparecida Pena Souto Nacif Relembrar de sua infância e de seu pai atuando como médico, além de emocionar, traz a certeza de que ela seguiu o caminho certo. Nascida em Miracema (RJ), passou no vestibular na Federal Fluminense, mas pediu transferência e formou-se em 1976 pela Universidade de Taubaté, pois casou e veio morar no Vale do Paraíba. Desta época, a maior lembrança é ter passado num concurso para genética, no primeiro lugar, ainda no primeiro ano da faculdade. A Dra. Aparecida Nacif afirma que não conseguiria viver sem a medicina porque a vontade de ajudar é a maneira que encontrou para servir as pessoas. “Essa profissão exige uma responsabilidade muito grande, a de cuidar do outro, tem que viver cuidando e quero viver aprendendo para cuidar cada vez melhor”. Em 36 anos de medicina, ainda se emociona com o nascimento de bebês. Relembra que em uma ocasião atendeu uma senhora japonesa que não falava uma palavra

sequer em português. Ela trouxe até a doutora seu filhinho com traumatismo craniano, relatar esse fato ainda a deixa com os olhos cheios d´água. “Ela ajoelhou e entregou a criança para mim, aquilo foi muito difícil, mas tudo deu muito certo e eles voltaram para o Japão, mas antes ela veio se despedir e me agradecer novamente”. Entre tantos desafios, venceu também o preconceito quando veio para a cooperativa. “Cheguei grávida e não me deixavam entrar em lugar nenhum, mas a Unimed me acolheu, na época era o Dr. Wilson Maciel“. Reconhece que hoje a Unimed está melhorando, mas acha que ainda pode ficar muito melhor. A sua meta para o futuro é viver com qualidade de vida e doar-se cada vez mais à comunidade, através da terapia comunitária e terapia familiar. “Quero me dedicar a quem não tem condições e acesso a esses serviços”.

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“A medicina é uma doença que não tem cura!” DR. Arlindo Celso Cabral Cardoso Com várias crises de asma, ia constantemente ao consultório dos tios médicos. Assim, o pequeno Arlindo, que nasceu em Jacareí (SP) em 1945 começou a se encantar com a profissão e a achar que aquele era um bonito caminho a seguir. Formou-se aos 24 anos pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, localizada na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Da época de estudante, repassa toda a sua história daqueles dias, o tradicional trote, a sua turma que andava pelo Rio de Janeiro, uma cidade agradável e bela, com crianças brincando pelas ruas. E com saudades, relembra do prédio onde funcionava a faculdade, hoje demolido. Talvez, dessas andanças é que tenha surgido a vontade de ser pediatra. “Eu sempre gostei muito das crianças e, vendo-as por aí afora, sempre me deu vontade de fazer algo por elas”. A medicina é o seu mundo e ele nem pensa em parar de trabalhar, acreditando que um médico só se aposenta quando morre, e bem humorado afirma: “A medicina é uma doença que

não tem cura!” Em mais de 40 anos de profissão, transitou por diversas áreas da medicina e alegra-se ao perceber que sempre teve satisfação em cuidar de seus pacientes, mas seu prazer maior é atender crianças especiais de uma entidade em Jacareí, há 38 anos, onde conheceu uma assistente social, com quem se casou em 1973. “Eu e minha esposa estamos lá até hoje, ela como administradora e eu como médico assistente, aquilo já faz parte de nós!” Constata o pioneirismo da Unimed na região e reconhece a importância da cooperativa na sua trajetória profissional: “Há mais de 30 anos venho lutando com a cooperativa e eu não poderia ter a condição de trabalho que eu tenho hoje se não fosse a Unimed”. Com a família sempre em primeiro lugar, ele vê o futuro com otimismo e quer ver sua filha caçula formada, assim como as outras duas que já clinicam. Essa é a meta que ele quer atingir pra saber que cumpriu sua missão.

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“A medicina faz parte da história de vida de minha família”

DR. Arnoldo Virgílio Magalhães Jambo Do pai herdou, além de uma biblioteca com mais de seis mil livros, o gosto pelo conhecimento e literatura. Da mãe, a vocação para a medicina. O alagoano de 64 anos formou-se em 1974, pela Universidade Federal de Pernambuco, de onde guarda lembranças de Recife, a cidade histórica, berço de escritores, poetas e músicos. Seu aprendizado como médico foi aprimorando a cada ano e a cada novo desafio. “A minha aprovação no curso de residência no Rio de Janeiro, a minha passagem pelo Hospital Souza Aguiar e o término no Hospital de Bom Sucesso, no INPS, fizeram grande diferença na minha vida profissional”. Reconhece a medicina como algo além de sua sobrevivência, e considera que isso faz parte da história de vida de sua família. Em mais de 30 anos de profissão, o momento memorável foi o nascimento de seu primeiro neto, mas não deixa de citar a abertura política do país. “Com isso deu-se a condição de respirar melhor dentro de uma atmosfera de liberdade e democracia, importante não só

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como cidadão e médico, mas em todas as profissões”. Sua visão sobre a Unimed é muito positiva e considera a cooperativa um exemplo de organização e parceria aos médicos. “Eu entendo a Unimed como uma bandeira de luta contra todos esses convênios médicos que tentam destruir o médico. A Unimed é coisa nossa!” Para o futuro, Dr. Arnoldo Jambo quer continuar a desenvolver a prática médica de uma maneira acessível, sempre em busca do bem comum para a sociedade.


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“A medicina é o que me move e não ficar parado é o que me motiva!” DR. Carlos Alberto Gatto Bijos Até o fim do colegial, a dúvida entre arquitetura e medicina ainda rondava seus pensamentos, mas a vontade de ser médico foi amadurecendo e assim surgiu a certeza de que essa era a sua vocação. Natural de Guaratinguetá (SP), formou-se aos 23 anos pela Faculdade de Medicina de Taubaté. Dos tempos de estudante, ele relembra da oportunidade de fazer novos amigos, facilidade que a faculdade proporcionava, por ser no interior. “Foi um período muito feliz, além de estudar muito, nós tínhamos tempo para cultivar amizades, sair juntos”. Desde o término da faculdade,

Dr. Bijos já estava certo de que seguiria uma especialidade cirúrgica e, apesar de ter feito um ano de plantão em cardiologia no Unicor em São Paulo, ele optou por outra especialidade. ”A cirurgia oftalmológica foi me cativando, é de minúcias e delicadeza maiores, que são mais de acordo com a minha natureza”. O apego pela medicina foi aumentando com o passar dos anos, conforme os resultados foram aparecendo e, apesar das dificuldades na profissão, o desafio sempre foi um grande estímulo para ele. Na década de 80, surgiu a cirurgia de miopia com bisturi e ele aprendeu as técnicas, se especializou até chegar à transição para a cirurgia a laser. “O início da cirurgia de bisturi já foi bastante interessante, mas a transição para laser foi muito estimulante, eu estava muito dedicado a isso, essa época foi marcante!” Hoje em dia, a cirurgia oftalmológica é muito segura, mas não deixa de ser um procedimento que envolve risco, como qualquer intervenção.

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“Em geral, os resultados são excelentes e acaba passando uma falsa ideia de que é fácil, mas não é, é muita responsabilidade!” Cooperado há 30 anos, entrar para a cooperativa foi um caminho natural e, apesar da trajetória não linear que Unimed seguiu, hoje está muito mais sólida e ele se sente satisfeito por fazer parte desse sistema. Mas, está descontente com o rumo que a medicina está tomando e, afirma que a urgência da organização da sociedade compromete a atuação dos médicos. “Fomos educados para sermos médicos com uma ética muito rígida, um compromisso muito grande com o paciente, mas a medicina está perdendo este lado humanista”. Dr. Bijos afirma que sua aspiração profissional é continuar atualizado com o momento, pois “a medicina é o que me move e não ficar parado é o que me motiva!”


“Eu vou continuar sempre tentando aprender” DR. Carlos Alberto Gonçalves Desde os tempos de colégio, já se interessava pela medicina, e no cursinho, acabou ficando claro que esse seria o caminho a seguir. Paulistano, formouse em 1977 pela Universidade de Medicina de Taubaté, atual Unitau. O período em que esteve na faculdade foi fundamental para seu crescimento pessoal e profissional. “Convivi com profissionais de psiquiatria desde cedo que influenciaram positivamente no meu aprendizado”. A profissão e a família são seus alicerces que facilitaram a transição do estudante de medicina ao médico formado, e assegura que foi fundamental para a sua carreira. “O primeiro contato com o paciente, a primeira dificuldade ao lidar com o paciente, tudo isso acaba marcando”. “Reconhece também a influência do Dr. José Ferreira Guimarães, médico que lhe abriu as portas na cidade. “Ele é uma pessoa a quem eu devo muito, mas infelizmente se foi precocemente”. Desde que se tornou um cooperado, criou a expectativa

de crescer junto com a Unimed. ”Quando eu comecei na Unimed, a cooperativa já existia há sete ou oito anos, mas já deixava vislumbrar a possibilidade de crescimento. Durante todos esses anos, sua evolução foi fantástica!” Modesto, afirma que ainda precisa aprender muito e que seu futuro será de constante aprendizado. “Eu vou continuar sempre tentando aprender”. Consciente de que ainda tem muito a realizar, sonha com os próximos 30 anos. “Eu acho que tenho muito que fazer, tanto do ponto de vista profissional, quanto do pessoal”.

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“Na medicina é necessário amor, dedicação e muito trabalho” DR. Carlos Eduardo de Godoy Estudar medicina ou arquitetura? Essa era a sua dúvida e, para escolher a profissão em uma época em que a informação não chegava tão fácil às pessoas, o importante era se valer de amigos para conhecer os serviços que existiam. ”Visitei um amigo que trabalhava na Santa Casa de Misericórdia de SP e fiquei impressionado com a área médica, mas aquele prédio estilo gótico me comoveu também, fiquei impressionadíssimo com o conjunto arquitetura e medicina”. Assim, este paulistano decidiu seguir a carreira médica e formou-se aos 25 anos pela UNIFESP/EPM - Escola Paulista de Medicina. Dos tempos de estudante, ele relembra a fase de

crescimento pela qual passou. Dr. Carlos Eduardo de Godoy preparou-se para ser cirurgião, mas ao trabalhar com um renomado patologista ainda como estudante, pôde ter contato com a especialidade e sua importância médica, destacando-se o senso de profissionalismo e precisão. Decidido a seguir essa carreira, fez residência em Patologia Cirúrgica no Hospital das Clínicas da USP. Foi professor universitário na USP, UNESP e Universidade de Taubaté nas décadas de 80 e 90. E até hoje participa de inúmeros cursos de educação continuada nas sociedades de patologia e citopatologia, bem como intercâmbio com instituições nacionais e internacionais. Para este dedicado médico, a medicina é mais que uma atividade, é a possibilidade de suavizar o sofrimento das pessoas, já que com a patologia, é possível oferecer o diagnóstico definitivo, dando ferramentas para o clínico ou cirurgião conduzirem à terapêutica. “Na medicina é necessário amor, dedicação e muito trabalho. E,

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além de trabalho, é preciso se envolver!” Como médico, a época mais marcante de sua profissão aconteceu em São José dos Campos, onde mora desde 1978. É um dos fundadores do laboratório de Patologia Cirúrgica da cidade de São José dos Campos, atual Cipax Medicina Diagnóstica, instituição de reconhecida qualidade, com acreditação plena pela ONA – Organização Nacional de Acreditação. “Aqui tive a oportunidade de aplicar meus conhecimentos, oferecer diagnósticos precisos e rápidos, implementando técnicas de complexidade crescente e ganhando o reconhecimento da classe médica”. Cooperado Unimed há 30 anos, reconhece que a criação da cooperativa foi uma alternativa para praticar a medicina de forma adequada, em contrapartida às medicinas de grupo. Ao longo dos anos, acompanhou o crescimento da cooperativa e as mudanças na medicina. E, reconhece que a medicina evoluiu muito, mas que ainda há muitos desafios a serem vencidos.


“Grande parte do sucesso de um médico é resultado da empatia” DR. Carlos Humberto Ferreira Banys Natural de Santo André (SP), desde o ginásio sabia que levava jeito para a medicina. Com o passar dos anos, veio a certeza e a vontade de ser médico. Diplomou-se em 1977, aos 23 anos, pela Faculdade de Medicina de Taubaté, e ainda tem na memória seu primeiro dia de aula, o trote e todas as histórias que ali viveu. Além da universidade, o que mais influenciou seu aprendizado como médico foi a convivência com colegas mais velhos e com professores experientes, fazendo com que ele se entregasse realmente à profissão. “Primeiro foi uma empatia e depois a certeza de estar fazendo o que realmente eu gosto!” Hoje, a medicina representa muito em sua vida e Dr. Carlos Humberto dedica, pelo menos, 12 horas diariamente para cuidar de seus pacientes. E, mesmo com mais de 30 anos de experiência, afirma que tem muito que aprender com a profissão. Entre tantos momentos importantes de sua carreira, ele não consegue destacar

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apenas um, mas reconhece que é muito gratificante quando consegue resolver um caso muito difícil. “Quando consigo resolver uma coisa que parecia impossível é muito marcante!” Brincando, afirma que ninguém da sua família faz parte da “máfia branca” e revela ser a primeira e única ovelha branca da família. “Ainda não consegui fazer discípulos, meus filhos já estão formados, mas nenhum é médico”. Sobre a cooperativa, ele tece muitos elogios e afirma que a Unimed atingiu seus objetivos, buscando a excelência cada vez maior nos atendimentos. Pensa no futuro e como será a relação médico/paciente, já que com a Unimed exerce seu lado humanitário diariamente e não quer que a tecnologia transforme numa relação paciente/robô. “Não pelo lado positivo que esse avanço vai trazer, mas pela descaracterização dos ritos, pois todo médico, em qualquer especialidade, sabe que grande parte do sucesso é resultado da empatia”.


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“Não dá pra desassociar a medicina de mim” DR. Carlos Rayes Ortiz de Carvalho A vocação e o fascínio pela medicina surgiram na adolescência, resultado da admiração pela profissão. Natural de São José dos Campos, ele formou-se aos 23 anos pela Faculdade de Medicina de Itajubá (MG). Da vida universitária ele sente saudade e confessa que “a faculdade é outra família, a gente cria vínculos e quando se faz uma amizade verdadeira, fica pra sempre”. Durante os estudos, ele aprendeu a separar problemas pessoais da medicina e, nesta época, muitas pessoas o influenciaram de forma positiva. “Eu tive muita sorte, meus professores eram idealistas... Só dá saudade de não ter aproveitado mais!” Apesar dos altos e baixos da medicina, ele revela que ser médico é quase tudo em sua vida e que jamais trocaria de profissão. “Faz parte da minha vida, não dá pra desassociar a medicina de mim”. Ao longo de sua carreira, Dr. Carlos Rayes já amenizou a dor de muitos pacientes e salvou

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muitas vidas, mas sua maior dificuldade é elencar qual foi o momento mais marcante em profissão. “Na vida do médico, acho que todo dia tem alguma coisa que marca!” Cooperado há 30 anos, ele afirma que a cooperativa lhe permitiu praticar a medicina de forma ética, sem restrições. ”Na Unimed é possível exercer a medicina como ela tem que ser: liberal”. Sobre o futuro, ele crê que a Unimed irá sempre buscar a excelência, para se adaptar aos rumos da economia, da política, do crescimento e das atualizações médicas. Satisfeito com a profissão, mas não realizado, Dr. Carlos Rayes afirma que não há como enxergar um limite na medicina, porque sempre haverá o que realizar para tentar amenizar o sofrimento das pessoas. “Isso é infinito!”


“A medicina é muito importante, tornou-se minha cúmplice”.

DR. Carlos Roberto Aguilar da Silva Aos seis anos começou sinalizar que seria médico, a partir daí os presentes sempre eram relacionados à profissão: estetoscópio, maleta de médico, pinças, etc. Certo é que Dr. Carlos Aguilar nunca pensou fazer outra, se não medicina. Nascido em São Paulo, em novembro de 1.947, fez parte da 2ª turma de medicina da atual Universidade de Taubaté, e graduou-se aos 26 anos. Dos tempos de estudo, lembra emocionado, de seu pai deixando-o em frente à faculdade; dos anos em que foi presidente da Atlética; dos cargos diretivos do então Diretório Acadêmico Benedito Montenegro e do seu

envolvimento com a política estudantil. “Naquela época tínhamos que tomar cuidado até com o nosso pensamento, mas mesmo assim, consegui “sobreviver” dentro da faculdade, mesmo fazendo política. Conheci gente que “sumiu” e até morreu por esse motivo.” Algumas pessoas o influenciaram durante o curso da faculdade, entre elas Dr. Gerhard, hoje neurocirurgião em Lorena, que o levou para fazer residência em neurocirurgia no Rio de Janeiro e uma tia materna austera (austríaca de nascimento) que com toda sua rigidez, o ensinou a ter disciplina e conduzir a vida com responsabilidade e retidão. Para ele, a medicina é uma paixão que se tornou amor, mas que, em algumas vezes acaba complicando a sua vida. “Se eu falar que é a coisa mais importante da minha vida, serei injusto e indelicado com a minha família, mas a medicina para mim é muito importante, tendo se tornado verdadeira cúmplice”. Em mais de 30 anos de carreira, ele testemunhou o avanço da neurocirurgia e, desde 1.994, vem fazendo e desenvolvendo

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neurorradiologia intervencionista, um procedimento considerado de ponta, e afirma que sempre buscou obter os melhores resultados aos seus pacientes. “Mesmo fazendo tudo certo, o sucesso da cirurgia ou do procedimento não está garantido, mas, na maioria das vezes, a família agradece muito pelo trabalho, e isso, para nós, não tem preço.” A favor do trabalho em grupo, ele considera notável a atuação da Unimed ao longo dos anos, e define a filosofia da operadora. “Como cooperativismo, como atendimento, a Unimed é perfeita!” Ele reconhece que a Unimed existe não só por causa dos médicos, mas pelo pacientes que acreditam e confiam na cooperativa. E, para o futuro, pensa em oferecer um atendimento cada vez melhor, e mais humano para eles. Em sua vida pessoal, quer continuar estudando a Arte Mágica para brincar com a sua netinha e outras crianças e, praticar, cada vez mais, o seu contrabaixo elétrico e divertir os amigos nos finais de semana.


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“Quero continuar trabalhando até o fim!” DRA. Carmen Thereza Prícoli Quaglia Nascida em 1936, em Mococa, (SP), desde pequena observava o pai realizar todas as especialidades da medicina nesta pequena cidade do interior e, ao acompanhar a vida do médico com entusiasmo, resolveu seguir seus passos. Formou-se aos 25 anos pela Escola Paulista de Medicina e enfrentou alguns obstáculos para chegar à capital. “O mais importante foi entrar em uma faculdade em São Paulo, o que era muito difícil”. Há mais de 40 anos exercendo a profissão, considera importante o dia a dia do médico, e relata que vir para São José dos Campos foi um momento determinante para sua carreira. Mesmo sem condições financeiras, abriu em parceria com seu marido, também médico, um laboratório em 1962. “Morávamos numa casa onde a porta do meu quarto dava para o laboratório, era uma casa pequena e não tínhamos nenhum funcionário. Nós fazíamos o atendimento, os exames, elaboração de laudos, enfim, tudo!” Integrante da diretoria da Associação Paulista de Medicina da Regional SJC e de um grupo

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de médicos católicos que se reúnem no Sanatório Maria Imaculada, a doutora divide seu tempo entre o trabalho e a família, mas não se queixa da vida corrida que leva. Casada com um dos fundadores da Unimed-SJC, Dr. João Reis Quaglia, acompanhou toda a luta dos médicos para a criação da cooperativa e também para a sua expansão, com novas unidades pelo Vale do Paraíba. “Sou cooperada desde o início e busco acompanhar a excelência médica que a operadora oferece, pois sei da importância da Unimed na região”. Considera importante a continuidade dos estudos e afirma que todo médico deve participar de congressos e batalhar para vencer os obstáculos que estão por vir, num futuro próximo. ”Acho importante o médico se atualizar, pois o futuro será de muita luta para a medicina!” Realizada profissionalmente, Dra. Carmen quer aproveitar a vida com sua família e com amigos. Mas, enfatiza que o trabalho ainda é muito importante. “Quero continuar trabalhando até o fim!”


“A medicina me proporcionou participar da vida de muitas pessoas, isso é maravilhoso!” dr. Celso de Queiroz Prado IN MEMORIAN

Dr. Celso de Queiroz Prado faleceu antes desta publicação. Agradece mos a dedicação deste saudoso cooperado.

A escolha pela medicina aconteceu em um jogo de azar, tirando par ou ímpar entre ser médico e militar. Natural de Santa Branca (SP), ele formou-se em 1956 na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Extrovertido, ele se relacionava bem com todos da faculdade e acabou trazendo a sua turma toda para conhecer a cidade em que nasceu. O amor pela medicina acabou acontecendo durante os estudos. “Foi crescendo sem que eu percebesse, quanto mais aprendia, mais queria exercer a medicina!” Para ele, hoje sua profissão representa o bem e o mal, e ele afirma que não tolera ver tanto sofrimento da população brasileira e não poder ajudar muito. Mas, por outro lado, fica satisfeito por exercer a medicina há 54 anos e já ter atendido em seu consultório várias gerações de uma mesma família. “A medicina me proporcionou participar da vida de muitas pessoas, isso é maravilhoso!” Dedicado, trabalhava até pouco tempo, uma média de 10 horas diariamente e mesmo com um

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grande número de pacientes atendidos, ele não consegue elencar qual foi o momento mais marcante de sua carreira. Porém, não hesita ao afirmar que seus pais e suas esposas foram as pessoas que mais influenciaram a sua história. “Tive a infelicidade de ficar viúvo duas vezes, mas a minha atual esposa é um anjo pra mim, me apoia e compreende minha profissão.” Satisfeito com a Unimed, ele só tem elogios à cooperativa e agradece a assistência que tem recebido para tratar de sua saúde. “Sempre acreditei na excelência do atendimento da Unimed e agora estou comprovando isso.”


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“Para viver a medicina plenamente é preciso muita dedicação!” DR. Chiguenari Simezo Nascido em Pedregulho, interior de São Paulo, veio para a capital continuar seus estudos. Formou-se em 1970 pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na cidade de Sorocaba, na qual participou da organização do evento “Japão Arte & Cultura”. Fez residência médica na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa Misericórdia de São Paulo, onde obteve o título de especialista em pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Em 1977, mudou-se para Jacareí (SP) onde reside até os dias de hoje. Casado e pai de dois filhos, divide sua vida entre a família e ao amor pela profissão. Foi diretor da Unidade de Avaliação e Controle (UAC) do antigo INAMPS do Ministério da Saúde. Na Associação Médica de Jacareí, atuou como secretário e presidente dessa instituição, com o intuito de fortalecer as ações políticas em defesa do exercício da medicina. Tornou-se cooperado da Unimed-SJC em 1978 e, desde então, compartilha o ideal de

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cooperativismo e luta contra a atuação da medicina de grupo. “Esta é a busca de todo médico e a Unimed vem concretizando isso a cada dia!” Hoje, com 40 anos de formação médica ele afirma que a medicina representa muito em sua vida e que o exercício da profissão, vai além da prevenção ou da cura de doenças. “Para viver a medicina plenamente é preciso muita dedicação!” E, mesmo com tantas mudanças na sua medicina, como conceitos, ambientes, instrumentos de trabalho, dentre outros, ele afirma que “a essência do comportamento profissional ainda é a mesma”, e anseia pela melhoria de sua especialidade.


“A medicina é amor ao próximo, a busca da melhora do outro, tem que ser essa a força motriz!” DR. Claudio Marcelo Tavares Pessoa de Melo O seu desejo era estudar geologia, mas por questões locais optou pela medicina e logo teve a certeza de que havia tomado a decisão certa. Natural do Recife, ele formou-se aos 24 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco. Nos plantões acadêmicos em maternidades e hospitais, ele descobriu que não tinha inclinação para cirurgia e, teve a certeza de que seguiria uma especialidade que exigisse mais conhecimento e leitura. Após a comemorada formatura, ficou por dois anos no Rio de Janeiro onde se especializou no melhor instituto de hematologia e hemoterapia do país, e logo depois frequentou a Escola Paulista de Medicina. “A hematologia foi a especialidade que mais me despertou por algumas características próprias, e eu sempre gostei de saber o porquê das coisas, e foi nesse ramo da biologia que surgiram as primeiras respostas objetivas em relação à fisiopatologia de algumas doenças”. Para o Dr. Claudio Marcelo Tavares Pessoa de Melo, a

medicina lhe proporcionou muitas oportunidades profissionais e conquistas pessoais. Chegou a São José dos Campos no final de 1979 para trabalhar no Banco de Sangue da Santa Casa e, com o advento da AIDS no início dos anos 80, houve uma grande transformação não somente no Banco de Sangue da cidade, mas em todo o país. “Deixamos de ser uma estrutura acanhada, pequena, dependente. Havia dois caminhos, crescer e atender às novas demandas ou parar com o serviço”. A sede do Serviço de Hematologia e Hemoterapia foi construída, avançou em tecnologia e tornou-se um centro de excelência na região. A atividade foi regulamentada no Brasil, sendo criada uma legislação rigorosa que se tornou exemplo para outros países da América Latina. Paralelamente à atividade de hemoterapeuta, exerceu a especialidade de hematologia durante todo este período. Anualmente frequentava congressos médicos nacionais e internacionais algumas vezes como ouvinte e, em outras, como palestrante levando a experiência

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adquirida em sua instituição. Cooperado Unimed há 30 anos, ele afirma que a criação da cooperativa foi a forma encontrada pelos médicos para dar atendimento assistencial à população e não ser explorado por terceiros. “O médico usufrui o que o seu próprio trabalho rende, e mesmo que haja algumas situações de dificuldades, até agora nos atendeu muito bem!” Com o avanço da tecnologia na área médica e o alto custo que vem agregado a isso, sua única inquietação é saber como e quanto será possível absorver de toda essa tecnologia disponível no mercado. “A medicina é amor ao próximo, a busca da melhora do outro, essa e que tem que ser a força motriz!”


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“Eu me realizo e cresço exercendo a medicina” DR. CLEBER NACIF

Seu pai queria que ele fosse jogador de futebol, assim como seu irmão, mas a admiração e veneração que sua mãe tinha pelos médicos, fizeram despertar neles, a vontade de se tornarem médicos. Nascido em Itaperuna (RJ), formou-se em 1971 pela Faculdade de Ciências Médicas do Rio de Janeiro. Sua vida universitária foi marcada por muitos esforços, pois seus pais não tinham recursos financeiros para arcar com os gastos dos estudos de dois filhos que faziam medicina, e ele se dedicava cada vez mais para se destacar entre os alunos. “Eu e meu irmão sempre fomos os melhores alunos da faculdade!” A solidariedade sempre o acompanhou e ele afirma que só teve benefícios com a profissão. “Sou um privilegiado por exercer a medicina, porque ajudando aos outros, acabo sendo beneficiado!” Atuando há quase 40 anos como cirurgião, ele confessa que um dos momentos mais empolgantes de sua carreira foi sua entrada para o Colégio Brasileiro de Cirurgiões, pois

era muito difícil ser titular da maior associação cirúrgica da América Latina. Hoje ele é também especialista em cirurgia geral, gastroenterologia, ultrassonografia e, mais recentemente, especialista em hepatologia. Mais duas conquistas orgulham Dr. Cleber Nacif, sua clínica a Hepatoclin (Clinica do Fígado e Aparelho Digestivo) e a idealização e a criação do Serviço de Transplante de Fígado da Santa Casa durante sua gestão como diretor clínico, sendo hoje referência para o Vale do Paraíba. Casado com a Dra. Aparecida Nacif, médica e grande companheira, tiveram três filhos maravilhosos (Marcelo, Lucas e Tiago) que se tornaram médicos. E eles desejam que os filhos tenham o mesmo carisma dos pais, desempenhando a medicina com o objetivo maior que é o de ajudar ao próximo. Com confiança no trabalho desenvolvido pela Unimed, ele acredita que a cooperativa irá colaborar e auxiliar cada vez mais os cooperados, oferecendo um atendimento

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com excelência. Para o doutor, o grande desafio da próxima década será realizar diagnósticos com recursos cada vez mais sofisticados, agregando resultados de diferentes exames com custos cada vez maiores. “Esse é o desafio que a Unimed terá que enfrentar com a evolução da medicina para se manter nos padrões de qualidade que sempre a norteou”. É realizado com sua profissão, uma medicina humanizada que ele vem exercendo ao longo dos anos. “Sempre fiz uma medicina diferenciada porque gosto de ajudar os outros. Eu me realizo e cresço exercendo a medicina!”


“Sou muito feliz por ser médico!” DR. Daniel Monteiro Lino Nunca pensou em fazer outra coisa que não fosse medicina, provavelmente influenciado pelo pai, que sempre teve muita vontade de ser médico e nunca conseguiu. Natural de Jacareí (SP), ele resolveu realizar o sonho de seu pai e foi estudar medicina. Formou-se aos 26 anos pela Universidade Estadual de Campinas e, considerava a medicina bem romântica, mas mudou logo de ideia e teve a certeza de que essa profissão era bem mais que ajudar pessoas. Estudando durante a época da ditadura, e vivendo num regime de exceção, se viu envolvido com a política, o que mudou a sua visão de mundo. “Foi muito importante ter vivido nesta época, pois fez com que eu me interessasse pela literatura e crescesse do ponto de vista cultural”. Feliz com a profissão, Dr. Daniel se diz realizado com a medicina e por ter concretizado o sonho de seu pai. Além de atender em seu consultório, trabalha em órgãos públicos e afirma que, apesar de muito trabalho,

é possível colaborar de forma humanitária com a comunidade. “Há muito que fazer no serviço público, eu não sei fazer nada além da medicina e sou muito feliz por ser médico!” Ao longo de sua carreira, afirma que foram muitos os momentos felizes e que sua especialidade só lhe traz alegrias. “A ginecologia e a obstetrícia me proporcionam um contato bem próximo com a paciente, e trazer uma criança ao mundo é o momento de satisfação para mim e para toda a família!” Mas, o momento mais especial foi o nascimento de sua única filha que influenciou na sua maneira de ver o mundo e o fez constatar a grande responsabilidade que é cuidar de outra pessoa. Sua visão sobre a Unimed é de uma grande operadora que proporciona ao médico cooperado participar de forma ativa da sua empresa. “A Unimed cresceu muito e nos dá a oportunidade de opinar no desenvolvimento da cooperativa.” Sobre o futuro da Unimed, ele salienta que é necessário deixar

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de lado essa visão romântica que quase todo médico tem sobre a medicina, pois neste mercado competitivo, o que conta é a profissionalização e a humanização no atendimento. Para sua vida pessoal, quer diminuir o seu ritmo de trabalho e ter uma vida mais tranquila no litoral, e aproveitar para estudar um pouco de violão e pintura, mas sem jamais abandonar a medicina.


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“Eu não sei fazer outra coisa, a medicina representa tudo em minha vida!” DR. Dilberto Portela Tavares Durante a juventude sua inspiração era toda para a música e mesmo sem saber de onde veio a vocação para medicina, entregou-se de corpo e alma à profissão. Nascido em São José dos Campos, (SP), ele nunca encarou a medicina como forma de ganhar dinheiro e sim como uma profissão que iria dar lhe muito prazer. Formou-se pela antiga Faculdade de Medicina de Taubaté, em 1976 e relembra da república em que morou com os irmãos Coppio e das bagunças que aprontavam nesta época. Outro colega costumava dizer que não queria formatura, porque ser estudante de medicina era a melhor coisa do mundo. Hoje todos são excelentes médicos e atuam no Vale do Paraíba. Durante a faculdade, foi vendedor de carros e, já formado, cursou Direito e tornouse advogado, mas a medicina sempre foi a sua primeira opção. “Eu não sei fazer outra coisa, a medicina representa tudo em minha vida!” Entre tantos momentos importantes de sua carreira,

ele destaca a escolha da especialidade e da proposta que recebeu de um oftalmologista de Taubaté. Este médico queria que seu irmão fizesse oftalmologia e me garantiu ensinar tudo que ele sabia, e ainda me ajudaria a fazer residência no Rio de Janeiro, nesta especialidade. Promessa feita e cumprida, Dr. Dilberto não se arrepende e afirma que faria tudo do mesmo jeito, novamente. Ele crê que a Unimed pode melhorar o atendimento que oferece aos seus clientes e buscar ainda mais qualidade e excelência nos serviços, o que tornaria a cooperativa ainda mais competitiva. Com a inauguração do Santos Dumont Hospital, presume que irá fortalecer ainda mais a marca, fazendo crescer a cooperativa. Sobre o futuro, ele realça a importância do trabalho e pretende continuar exercendo sua profissão valorizando mais o trabalho médico e a cooperativa. A sua maior preocupação para o futuro é não ficar parado!

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“A Unimed é minha, vou lutar por ela!” DRA. Djanete Barbosa de Melo Prestativa e sempre disposta a ajudar, sua vida sempre foi norteada pelo servir, características relevantes para se tornar médica. Formada aos 24 anos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ela revela que a medicina sempre foi uma paixão que a fascinou desde menina. Nascida em uma família humilde, não possuía recursos para estudar em colégios particulares e seu sonho era estudar no Lyceu Paraibano, tradicional e conceituada escola pública da Paraíba. Determinada, fez o teste de admissão e, passou a fazer parte da história do colégio. Aos 17 anos, teve seu primeiro emprego foi no Laboratório de hematologia da UFPB e seu primeiro chefe o Dr. Gilson Guedes, foi quem a influenciou a se especializar em hematologia. “Eu o admirava muito, pois era estudioso, competente e humano acima de tudo. Quando passei no vestibular, ele me promoveu a responsável pelo laboratório e passou a me envolver mais em

seu trabalho diário”. Após residência em Hematologia no Rio de Janeiro, chegou a São José dos Campos em 1974, e começou a trabalhar no banco de sangue da cidade, que ainda era um ‘apêndice’ do Laboratório Quaglia. Procurou participar de tudo que envolvia a cidade no meio médico, e tornou-se membro da direção clínica da Santa Casa e também foi presidente da Associação Paulista de Medicina (APM) na cidade. Para a Unimed ela vê um futuro brilhante e a considera como uma instituição médica que se firma cada vez mais. Conselheira da cooperativa, crê que é necessário todo médico se revestir da sensação plena de ser dono da sua empresa e afirma que seria ótimo ouvir todos os cooperados dizendo: “A Unimed é minha, vou lutar por ela e ficar feliz cada vez que a cooperativa tomar uma atitude e se sobressair”. Realizada profissionalmente, agora vive em função do futuro da filha, que cursa Nutrição.

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“A medicina é a única coisa que eu faço!” DR. Edmilson Leão

Influenciado pelo irmão, decidiu ser médico ainda no colegial. Formou- se em 1976, pela Universidade de Mogi das Cruzes. Apaixonado pela medicina, mesmo com tantos obstáculos a serem superados durante os estudos, resolveu encarar outra paixão. “Casei-me no quarto ano de medicina com uma estudante de pedagogia, terminei o curso casado e com filho”. Obstinado, afirma que sua teimosia sempre foi marcante, pois acabou escolhendo como especialidade a disciplina que tirava as piores notas. Além da universidade, seu aprendizado como médico foi reforçado por cursos de pósgraduação e sua experiência de vida. Dr. Edmilson afirma que a medicina não é a representação de seu modo de viver, é a sua vida. “É a única coisa que eu faço, não há nenhuma outra atividade paralela”. Sua família também ocupa um lugar muito importante, pois sempre o influenciou de maneira positiva em sua profissão, servindo de exemplo

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em diversas situações. Ele crê que a Unimed poderia ser ainda melhor no atendimento e mais marcante na excelência em saúde, se todos os cooperados entendessem que a cooperativa lhes pertence. Para o futuro, espera que a visão do cooperativismo seja compreendida por todos os envolvidos. Ao ser questionado sobre o que considera importante ainda a ser realizado na sua vida, não hesita em discordar de um velho adágio que diz que o homem só sente realizado quando escreve um livro, planta uma árvore e constitui família. “Eu já tenho essas três coisas, mas mesmo assim não me sinto realizado, realização pra mim é quando você serve de exemplo pra alguém!” E com sua elogiosa teimosia, certamente servirá de exemplo para os novos colegas que surgirão na medicina.


“O que há de mais valioso em minha vida é o carinho e o reconhecimento das pessoas que coloquei no mundo” DR. Edmirson A. Franceschini O convívio e a admiração pelo padrinho, um médico excepcional, o apoio de sua mãe e a vontade de ajudar ao próximo suscitaram nele a vontade de querer ser médico. Nascido em Pirangi, interior de SP, ele pertenceu à sexta turma da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, onde formou-se em 1962 aos 26 anos e onde fez sua especialização em ginecologia e obstetrícia, anestesiologia e estágio no Hospital do Câncer (SP). Quando estudante, para custear sua faculdade, trabalhou em várias atividades, entre elas, propagandista de laboratório e plantonista no Pronto Socorro Municipal de Ribeirão Preto. Casou-se em 1966 e teve três filhos. Começou a exercer sua profissão na cidade de Batatais (SP) e, em 1969 transferiu-se para São José dos Campos (SP). As lembranças dessa época ainda estão muito vivas em sua memória e, para ele, exercer sua profissão lhe permitiu conviver no seu dia a dia com um dos mistérios mais sublimes da vida que é “o nascimento de uma criança”. Determinado a ajudar o próximo,

Dr. Franceschini quebrou alguns paradigmas no setor da saúde em São José. Em 1979 criou uma instituição beneficente, a Associação Joseense de Assistência à Mulher (AJAM), que em parceria com a Prefeitura Municipal (durantes três anos) instituiu o programa da Saúde da Mulher, cujo objetivo era atender a mulher em todas as fases de sua vida. Ao longo de aproximadamente 18 anos de atividades, a AJAM realizou mais de 55 mil exames de prevenção do câncer ginecológico e participou de uma pesquisa supervisionada pela UNICAMP sobre um novo anticoncepcional. Apoiado por sua esposa Cleophe e com a participação das estudantes de enfermagem da Faculdade de Taubaté, a AJAM foi pioneira na orientação educativa sobre planejamento familiar e no atendimento a adolescentes grávidas. “A criação da AJAM foi uma das coisas mais importantes que fiz na minha vida”. Desde 1966, Dr. Franceschini pertence ao Lions Clube, onde ocupou diversos cargos de diretoria e também participou

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da fundação de vários outros clubes. Atualmente pertence ao Lions Clube SJC Centro, a quem representou no Conselho Municipal de Saúde (COMUS) no período de 2004 a 2010. O seu espírito contestador e sua força de vontade para mudar foram essenciais para Dr. Franceschini fundar a Unimed em 1971, onde foi membro do Conselho Fiscal, durante vários anos. “A cooperativa veio para combater a medicina de grupo e dar aos médicos uma possibilidade de trabalho digno e ético”. Junto com outros cooperados superou dificuldades ao longo dos anos e hoje reconhece que a Unimed tem um futuro promissor.


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“Eu consegui tudo que eu quis com a medicina até hoje” DR. Edson Rodrigues Pinheiro Antes mesmo de aprender a ler e a escrever, já afirmava: “Com seis anos vou entrar na escola para ser médico!” Nascido em Piraí, (RJ) em 1948, formou-se aos 24 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudando durante a ditadura militar, lembra que foram momentos marcantes, pois caminhava entre os militares sempre com a sensação de censura e repressão. Mas, isso nunca foi superior aos momentos felizes que ali viveu. “Afinal, não é todo jovem que realiza aquilo que sonha!” Além da universidade, seu aprendizado adquiriu mais força ao vivenciar o dia a dia da medicina. Relembra de uma história quando cuidava de um recém-nascido prematuro, no berçário em Nilópolis (RJ). “Estava muito empolgado com a medicina e fiquei um mês em cima daquela criança e ela sobreviveu. Mantive contato com esse paciente até vir para São José dos Campos”. Satisfeito com sua carreira e com o que conseguiu realizar, revela que sua família sempre

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o influenciou muito nesta trajetória. “Duas coisas me mantêm, a educação esmerada que recebi de meus pais, sempre pautada em princípios éticos, e a família que constitui, estou casado e feliz há 34 anos”. A Unimed é motivo de orgulho para este médico, ele crê que a cooperativa foi a melhor maneira de se valorizar como profissional e ter condições de lutar por tudo o que há de melhor. Apesar das discordâncias, ele acredita que isso é que motiva e impulsiona o desenvolvimento e o progresso. Aos 61 anos, continua trabalhando em um ritmo acelerado para realizar o sonho de ter seu hospital para crianças como referência na região e ver seus filhos progredindo em suas profissões. “Eu consegui tudo que eu quis com a medicina até hoje, acho que vou conseguir isso também. ”


“O médico não se aposenta, é o paciente que aposenta o médico, quando este não se mantém atualizado.” DR. Enrique Antonio Velasquez Escobar

Em uma família de engenheiros que admiravam o bisavô, vindo da Alemanha para construir a principal ferrovia da Nicarágua, ele seguiu a carreira de seu tio, até então, único médico na família. Nascido na capital Manágua em 1943 veio estudar medicina no Brasil em 1962. Formouse em 1967, aos 24 anos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Enfrentou alguns desafios, entre eles, não falar absolutamente nada de português e ter conseguido se entrosar totalmente com os colegas. “Mesmo com a dificuldade inicial com o idioma, acompanhei o curso de medicina, sem nunca repetir uma matéria!” A universidade influenciou no seu aprendizado, mas foi ao se tornar um paciente que compreendeu a exata dimensão da grandeza da profissão de médico. “É uma situação muito dolorosa, mas ensina bastante!” Um dos momentos mais marcantes em sua vida profissional e pessoal aconteceu quando voltou a morar na Nicarágua, no início dos anos 70. Trabalhando com seu tio, dono

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de uma das melhores clínicas do país, estava progredindo rapidamente em sua profissão. Porém, em 1972 um terremoto arrasou Manágua, matando 20% da população. Ele e sua família sobreviveram, mas perderam tudo. Com dois filhos pequenos, resolveu voltar para o Brasil e recomeçar. “Viemos em um avião da Força Aérea Brasileira e começamos a refazer nossa vida com muito sacrifício!”. Mudou-se para São José dos Campos em 1976 e passou a ser cooperado Unimed no ano seguinte. Com uma visão crítica sobre o cooperativismo, ele reconhece que mesmo a Unimed tendo crescido de maneira forte, ainda há muito a ser feito, principalmente pelos cooperados. Manter a qualidade de vida com saúde é o objetivos deste médico para o futuro, além de aproveitar seus netos e a família. Revela que quer trabalhar até que “alguém” o aposente. “O médico não se aposenta, é o paciente que aposenta o médico, quando este não se mantém atualizado.”


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“A medicina te ensina a enxergar a vida com outros olhos!” DRA. Fátima Fernandes Alves Para ser médico é preciso duas coisas: ter amor ao próximo e uma disposição natural e espontânea que orienta a pessoa para uma atividade. Assim aconteceu com Dra. Fátima Fernandes Alves, desde pequena sentia uma vontade grande de ser médica para cuidar das pessoas. Paulistana, formou-se aos 25 anos pela Santa Casa de São Paulo. Desta época, ressalta a mudança que acontece com quase todos os universitários. “Você entra criança e sai adulto, a faculdade de medicina te ensina a enxergar os outros e a vida com outros olhos.” Trabalhou durante anos na Rede Pública de Jacareí, no atendimento a pacientes com hanseníase e o exercício da profissão lhe ensinou também a lidar com o sofrimento humano. “Eu sou o que sou porque sou médica.” Considera o seu dia a dia muito especial, casada há 35 anos, mãe de três filhos e avó de três netas. Ela conta que um dos momentos mais emocionantes de sua vida foi a formatura de seu filho mais velho.

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“Ter um filho médico é muito especial!” Sobre a Unimed, ela acredita que a cooperativa surgiu para enfrentar o crescimento da medicina de grupo e oferecer melhores condições de trabalho e remuneração do médico, contudo esse objetivo não pode ser perdido. Otimista, ela tem confiança no constante progresso da medicina, na melhoria do atendimento aos pacientes e no benefício que a população terá. Com quase 60 anos, quer diminuir o ritmo de trabalho, fazer coisas que ainda não fez, como um curso de História da Arte e muitas viagens.


“Recebi muito da medicina e preciso doar um pouco de mim para os outros!” DR. Francisco Antonio Sanches Molina O desejo de ser médico sempre existiu, mas a leitura o influenciou muito, e foi o livro “A Cidadela”, do Cronin, uma obra da literatura médica que despertou a sua vocação para a medicina. Joseense, ele trocou o interior de São Paulo pela cidade fluminense para se tornar médico. Formou-se aos 26 anos pela Faculdade de Medicina de Vassouras, e experimentou a movimentação de grandes centros ao fazer plantões no hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, atendendo pacientes que chegavam ao pronto socorro. ”Onde é possível atender todo tipo de acidente, traumatizados, baleados... Foi assim difícil o começo, a emoção de estar

trabalhando com pessoas, mas eu gostava!” Hoje, médico anestesiologista, na ativa, está dedicado a promover o bem estar de seus pacientes, e aos 64 anos de vida, pretende fazer trabalhos voluntários quando surgirem oportunidades. “O médico, na verdade, passa a vida toda assim, ele é médico na essência! É casado com a medicina, faz parte do seu ser, está na sua alma o relacionamento e o cuidar do bem estar do próximo”. Relembra de alguns momentos, entre tantos que viveu, que marcaram sua carreira e, emocionado, conta sobre um dentista que sofreu um acidente na estrada de Campos do Jordão, foi encaminhado para a Santa Casa e atendido por ele. “O paciente fez uma parada cardíaca e depois teve várias outras, mas se restabeleceu com RCP. Quando o encontrávamos, ficávamos felizes pelo trabalho que tínhamos feito!” Entre tantos momentos marcantes de sua vida profissional, ele não deixa de citar sua família que sempre o apoiou, principalmente

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sua esposa e filhas que compreendiam sua ausência. Para ele, duas palavras definem a Unimed: excelência e segurança. “A cooperativa está no caminho certo e a inauguração do Hospital Santos Dumont nos proporciona um excelente local para trabalho, com muita segurança.” Sobre o futuro da cooperativa, ele crê que a Unimed irá crescer cada vez mais, e na sua vida pessoal, pretende prestar um trabalho voluntário. “Eu devo isso, recebi muito da medicina e preciso doar um pouco de mim para os outros!”


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“A medicina é a minha vida!” DR. Guilherme Milward Primavera Paulistano, desde criança já pensava em ser médico e sua brincadeira preferida era aplicar injeções em laranjas. Por influência do pai, também médico, Dr. Guilherme Primavera tinha como brinquedos estetoscópios e seringas. Formou-se com a 5ª turma da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, hoje UNESP e tem boas lembranças da república em que morou. Voltou para São Paulo, onde foi residente e assistente de clínica até 2006 no Hospital do Servidor Público Municipal. Dois fatos marcaram a sua vida durante a faculdade: conhecer Marta, sua grande companheira e ingressar na Antiga Mística Ordem Rosa Cruz (AMORC). “Minha vida mudou ao conhecer a Marta e tomar conhecimento da mística da vida, o lado de dentro do homem”. Ao se tornar um Rosa Cruz, reforçou a sua vocação em amparar com fraternidade a todos, e aprendeu com muitos tombos, que a vida é um processo evolutivo. Em mais de 30 anos de medicina, lembra de sua

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formatura como um dos momentos marcantes de sua carreira. “A sensação hipocrática de se tornar uma criatura que vai ser participativa na sociedade e ao fazer o juramento emocionado, pois ali se configurava uma verdade”. Veio para São José dos Campos nos anos 70, atuar como um dos primeiros dermatologistas na Pronval que mais tarde foi vendida e incorporada à Unimed-SJC, acompanhando assim toda a trajetória da cooperativa desde o princípio. “Compartilhei de todo o processo evolutivo, das turbulências à estabilidade empresarial”. Sempre empenhado em prol da cooperativa, reconhece que, assim como o corpo trabalha em benefício próprio, uma célula não é desagregada do todo, a UnimedSJC está alicerçada e fundamentada de uma forma perfeita. Hoje, Dr. Guilherme Primavera é um médico realizado e quer continuar atuando e crescendo, de forma contínua e prolongada. “Isso para mim é o mais importante, um trabalho de realce, mas um trabalho de bastidor que possa aparecer, mas no coração de cada um”.


“A medicina é a minha vida e a exerço com amor!” DR. Gustavo Irigoitia Ele sempre gostou da medicina e sonhou em ser médico, o que foi confirmado através de um teste vocacional. É assim que começa a história com a medicina deste médico paraguaio que chegou ao Brasil em 1968. Mesmo enfrentando as dificuldades de um estrangeiro no país, graduou-se em 1974 pela Universidade Federal do Espírito Santo, onde aprendeu a valorizar o idioma português e a tratar com muita seriedade e respeito o ser humano, recebendo também toda a bagagem necessária para o exercício digno e honrado da medicina. “A realização plena de um médico é contribuir para a saúde perante a humanidade”! Ele aprendeu a trabalhar com amor e dedicação com seus pais e exerce sua profissão sempre pedindo a proteção e a benção de Deus, acreditando que sem ela o caminho se torna mais difícil. Conta sempre com o incentivo de sua esposa Maria Tereza e dos seus filhos, e trilhando os seus passos, tem uma filha

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cursando medicina. Cooperado Unimed há 35 anos, ele afirma que a cooperativa veio para socializar a medicina de uma forma competente tanto para o paciente, quanto para o médico. “Eu acredito na Unimed e sei que estamos no caminho certo!”


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“Procuro fazer a medicina da melhor forma possível!” DR. Hildebrando Negrão Palma A admiração pelo Dr. Pioli, um médico de sua cidade natal no interior de Minas, foi a sua maior motivação para viver a medicina. Na pequena Brasópolis, ele começou a alimentar este sonho e o tornou realidade ao se graduar, aos 24 anos, pela Faculdade de Medicina de Itajubá. Relembra saudoso dos tempos de estudante e afirma que esta foi uma das melhores fases de sua vida. Além dos estudos, seu aprendizado como médico foi reforçado pela formação que recebeu de seus pais, grandes mestres. Exercendo a profissão há 37 anos, Dr. Hildebrando Palma diz que a medicina representa tudo em sua vida e que sempre buscou exercê-la de forma produtiva. “Procuro fazer a medicina da melhor forma possível!” Em sua rotina médica, sempre enfrenta casos diferentes. “Nunca fico estático na anestesia, sempre atento para encarar condições adversas.” E a parte de maior contentamento são os inúmeros partos que ele já ajudou a realizar.

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Cooperado desde 1975, ele recorda que havia pouco mais que 60 médicos nesta época e fica feliz por ter crescido junto com a Unimed-SJC. Reconhece a grandeza da operadora, mas acredita que ainda há muito que fazer. “Cooperativa é isso mesmo, uma busca incessante pela excelência!” Para ele, o futuro da medicina é incerto e com a concorrência acirrada entre cooperativas e medicina de grupo, a Unimed terá que enfrentar essa batalha para continuar crescendo. Em sua vida pessoal, quer continuar trabalhando e está na torcida para que algum dos seus filhos o torne avô.


“Atribuo meu sucesso como médico ao dom de saber escutar” DR. Iberê Ferreira Machado Ao fazer sua inscrição para o científico, certo de que faria engenharia, mudou de ideia optando por biológicas. A vontade de ser médico estava escondida e veio aflorar naquele momento. Paulistano, cursou medicina pela Universidade Estadual de Campinas e graduou-se aos 25 anos. Desta fase, além de muito estudo, Dr. Iberê Machado se lembra das festas e shows de calouros dos quais participava, dos grandes amigos que conheceu durante a faculdade. Foi também nesta época que conheceu sua esposa, outra colega de classe. Relata que além do conhecimento médico adquirido na universidade, aprendeu a importância da humildade e da paciência para ouvir e entender o próximo. “Atribuo meu sucesso como médico ao dom de saber escutar”. Exerceu durante anos a pediatria como homeopata e agora está se dedicando à acupuntura e está satisfeito com a nova especialidade. Ele não destaca nenhum momento especial em sua carreira, pois afirma

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que todos tiveram a mesma importância. Porém, ao lembrarse de um colega que lhe incentivou no início da profissão, emociona-se. “Dr. Gilson de Cássia Marques Carvalho foi um dos mais dedicados, se não o mais dedicado pediatra com o qual tive a felicidade de conviver em São José dos Campos. Sempre o admirei pela dedicação, esforço, capacidade e humildade!” Sobre a Unimed, ele reconhece que o trabalho da cooperativa é bom, mas pode melhorar e valorizar cada vez mais os seus cooperados para que todos façam como ele, que atribui boa parte de seus atendimentos graças à Unimed. “A Unimed tem um futuro muito promissor, porque tudo o que construí até hoje é fruto do meu trabalho com a cooperativa.” Realizado pessoal e profissionalmente, ele quer exercer a medicina e continuar o seu caminho.


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“A medicina é o que realmente eu gosto de fazer!” DR. Irmo Kelmann

A vontade de ser médico era um desejo que ele alimentava desde criança e este paulistano conseguiu realizar aos 24 anos. Graduou-se pela Universidade de Mogi das Cruzes, em 1976. Durante a universidade, momento em que muitos estudantes consideram propício para festas e relações descomprometidas, Dr. Irmo Kelmann casou-se no quarto ano da faculdade. Segundo ele, estar casado influenciou até na escolha de sua especialidade. “Por ser casado, eu pensava na família, trabalhava muito e isso foi importante até para escolher a pediatria.” Exercer a medicina é mais que uma profissão para este médico, é estar realizado por trabalhar com o que gosta. “É feliz aquele que faz o que gosta, e a medicina é o que realmente eu gosto de fazer!” Considera importantes todos os momentos vividos entre a faculdade e já no exercício da medicina, afirma que uma das pessoas que o influenciaram foi um professor de clínica médica. “Fora da faculdade, fazíamos um ambulatório aos sábados, o que me levou a aprender cada vez mais com ele.”

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Ele relembra de outros professores que o influenciaram positivamente e também de sua família que sempre colaborou com sua profissão, com muita paciência e amor. Incansável, encontra-se com outros médicos uma vez por semana em um grupo de estudos que mantém por considerar importante aperfeiçoar-se cada vez mais em sua profissão, sem perder a humanização no atendimento. “Me entristece a figura do médico tecnocrata, que se esquece de olhar a totalidade do ser humano!” Para ele, valorizar as relações humanas é muito importante, por isso acredita cada vez mais na relação estabelecida entre a Unimed e os cooperados. “A busca pela excelência no atendimento não é somente para os clientes, ela se estende até os cooperados, eu creio que a Unimed é a grande oportunidade para diminuir a exploração do trabalho médico!” Para o futuro, ele não pensa em descanso e só pensa em trabalhar. “Eu não aguento férias prolongadas, sinto prazer em trabalhar e o meu objetivo é construir um mundo melhor!”


“A evolução da medicina tem sido fantástica!” DR. Isnard Coppio

Além da facilidade para lidar com assuntos relacionados à saúde e à biologia, a admiração pela medicina também colaborou para que ele se tornasse médico. Nascido em Lorena (SP), apostou na profissão que ele sempre acreditou e foi estudar medicina na Universidade de Taubaté, onde graduou-se em 1976. Desta época, relembra que para ele era tudo uma grande novidade, pois além de estudar, participava de muitos cursos e jogos universitários. “Era diferente de tudo o que eu estava acostumado a viver, foi muito bom!” Além da universidade, o que mais influenciou seu

aprendizado como médico, foi a convivência com os pacientes e os diversos congressos que participou. Ele afirma convicto que a medicina é sua vida e que nesta profissão é preciso estar sempre atento para diagnosticar casos simples que, às vezes, podem ser confundidos com outras enfermidades. Ele conta que certa vez, atendeu uma pessoa que estava desacordada, se alimentava através de sonda e usava fraldas. E com alguns exames e constatou que era apenas uma infecção urinária muito forte e com a medicação correta o paciente voltou a se alimentar, a conversar. “Chegaram a falar em milagre, mas não foi milagre, foi a medicina!” Muitas pessoas o ajudaram nesta caminhada e afirma que sempre esteve rodeado pela sua família e pessoas interessantes, entre elas, a esposa que sempre o apoiou. Suas filhas também seguiram a carreira e hoje ele comemora em já ter uma filha formada e outra que está no quinto ano de medicina.

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“Quero ser para elas uma referência e mostrar o caminho certo, assim como fizeram comigo.” Considera a administração da Unimed inteligente e muito ética e crê que a cooperativa irá crescer a cada dia, pois há união. “Quando surge algum problema no percurso, todos se unem para encontrar uma solução, caminhando pra frente!” Para o futuro, ele quer ver suas filhas seguindo seu caminho com êxito, e continuar estudando para acompanhar a medicina que vem se desenvolvendo numa velocidade muito grande. “Não dá pra só trabalhar, é preciso ter um tempo para aprender essas novidades, porque a evolução da medicina tem sido fantástica!”


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“A medicina é um dos meus grandes amores” DR. Itamar Coppio

Desde pequeno, gostava de cuidar das pessoas, aos 15 anos sua mãe faleceu e passou a ajudar seu pai a cuidar de nove irmãos. Natural de Lorena (SP), ele fez parte da 5ª turma de Medicina na Universidade de Taubaté e formou-se em 1976. Durante seus estudos, foi eleito vereador aos 21 anos, e começou a ver as dificuldades da população em questões de saúde e de saneamento básico. “Me envolvi com a política para buscar qualidade de vida, porque apesar das mazelas, eu sempre vi um país rico e forte, que poderia mudar!” Sua profissão faz parte de um tripé que representa as coisas mais importantes de sua vida: a família, a medicina e a política. “São meus amores, as três grandes causas da minha vida, que faço com muita firmeza!” Ele relembra de muitos momentos marcantes em sua carreira, mas um deles foi também o que lhe mostrou que não basta oferecer o melhor de si, como profissional, é preciso saber

lidar com as adversidades. Há 32 anos, atendeu uma criança na Santa Casa de Ubatuba que havia sido baleada no tórax pelo seu irmão também uma criança, por engano. Sem grandes recursos, conseguiu fazer os primeiros socorros estabilizando a criança e a colocando em condições de ser transferida para Taubaté onde deveria ser submetida a uma cirurgia de tórax, tal a gravidade do caso. Mas, ao solicitar uma transfusão de sangue, foi informado de que não havia sangue disponível na cidade e a criança não resistiu por falta de sangue, deixando-o inconformado. A política sempre influenciou sua vida pessoal e profissional e colaborou para que ele e um grupo de médicos assumissem o Hospital Municipal de São José dos Campos e oferecessem um atendimento mais humanizado à população. “Eu me imagino como o paciente, acho até que por isso eu me dou bem na medicina. Independente de condições financeiras, particular, SUS, não interessa, todo mundo é igual

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para mim!” Dr. Itamar Coppio afirma ter um compromisso muito sério com o cooperativismo e que sempre acreditou na Unimed, mesmo nos momentos mais difíceis. Hoje ele reconhece que a cooperativa está no caminho certo. Otimista, sabe que será preciso unir todos os esforços para melhorar a qualidade de vida de seus semelhantes e desabafa que “criticar é fácil, mas construir é difícil”.


“Minha vida está baseada na medicina!” DR. Jansen de Albuquerque Rosa Influenciado por seu irmão, estudante de medicina, e por uma coleção de revistas de saúde, desistiu do vestibular de engenharia para ser médico. Mineiro de Ubá, ele foi estudar no interior do Rio de Janeiro e formou-se aos 29 anos pela Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda. Dois momentos foram marcantes na sua vida acadêmica: a primeira cirurgia que participou e o primeiro parto que assistiu. “Foi tudo muito chocante!” Seu aprendizado foi reforçado no dia a dia dos hospitais, nos estágios e nas residências que fez. Ele crê que a medicina, além de ser uma vocação, foi uma opção que faz toda a diferença, pois sua vida está baseada nisso. Algumas pessoas foram muito importantes, entre elas, seus irmãos mais velhos e sua mãe; uma mulher obstinada que sempre mostrou aos filhos que o melhor caminho era o da educação. Ela faleceu antes que pudesse vê-lo se formar. Após esse fato, seu irmão Mauro, que também é médico, o acolheu e sempre o apoiou.

“Ele me ofereceu mais do que apoio financeiro, me deu segurança emocional, num momento de vital importância na minha vida!” E completa que com um objetivo e uma família unida, foi possível caminhar seguro e atingir sua meta. Após concluir a residência médica em ortopedia, pósgraduação em medicina do trabalho e também em fisiatria, ele veio para São José dos Campos a convite de seu irmão. Entrou para um novo emprego, conheceu a Unimed e hoje reconhece o quanto a cooperativa evoluiu. “Quando eu fui fazer minha inscrição de cooperado, havia uns três ou quatro funcionários, e hoje está do tamanho que se vê aí, e se ela cresceu é porque produziu, e essa produção é prova de que deu certo.” Seu objetivo hoje é continuar trabalhando, sem grandes preocupações e viver cada momento de sua vida, como se fosse único. “O que eu consegui ou que vier a realizar é o momento mais importante!”

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“A medicina me permite fazer o bem e ajudar a quem tem dor” DR. João Batista Corrêa Servir ao próximo sempre foi um prazer para este mineiro de Itamonte, que decidiu ser médico para poder cuidar de seus semelhantes. Participou da primeira turma da Faculdade de Medicina de Taubaté e graduou-se em 1972. Ainda estudante, frequentava o hospital, o pronto socorro e o centro cirúrgico para estar próximo aos pacientes. “Aprofundei-me na profissão, foi marcante e uma base muito bonita para começar a exercer minha profissão!” Ele também lembra, aos risos, que foi durante a universidade que conheceu sua esposa Júlia. “Eu tinha dificuldade em uma matéria e precisava “colar”, ela deixava e eu acabava tirando notas melhores que ela!” Hoje, completamente integrado na profissão, ele afirma que a medicina lhe permite fazer o bem e ajudar a quem tem dor, além da sensação de missão cumprida, pois todos os momentos vividos em sua carreira foram importantes. As palavras de seu pai, o apoio de sua família e a colaboração de alguns colegas de profissão,

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foram determinantes para o sucesso deste médico. “Eles me dão forças para continuar a lutar diariamente!” Durante 16 anos, Dr. João Batista Corrêa, foi um dos diretores da Unimed e conhece bem o desafio de dirigir uma instituição. Satisfeito e orgulhoso pelo trabalho que ali realizou, reconhece que colaborou para a consolidação dos objetivos da cooperativa. “Nós plantamos a semente de tudo isso que temos hoje.” Sobre o futuro, ele sugere que o caminho seguro é seguir adiante com muito trabalho e honestidade. “Quero dar continuidade no que fiz até hoje, como médico, como pai... eu já me sinto realizado!”


“Ser reconhecido pelo meu trabalho como médico é uma grande satisfação!” DR. Joaquim Alves Ferreira Na adolescência decidiu que seria médico e que essa seria a profissão ideal para cuidar das pessoas. Natural de Ribeirão Preto (SP), ele formou-se aos 26 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná. Seu aprendizado ganhou novo vigor com as aulas e as visitas que ele fazia todos os sábados para o Dr. Renato Voisk. “Com ele eu conversava sobre os pacientes e aprendia muito”. Mas, durante os estudos sempre sobrava um tempo para diversão e ele participava de um grupo que fazia várias apresentações. “Tocávamos em muitos palcos e, certa vez, fizemos um programa para os leprosos que foi um sucesso!” Em 57 anos de profissão, já passou por diversas situações em que foi necessário buscar respostas para a cura de seus pacientes. Uma delas aconteceu com uma criança que apresentava febre alta e muita tosse e, apesar de estar em tratamento, não se recuperava. “Fiz o diagnóstico de pneumonia por bactérias gram negativas que podem

destruir com muita rapidez o tecido pulmonar, mas com o tratamento adequado, a criança se recuperou”. Para ele o maior contentamento é ter seu trabalho reconhecido, e relata que já recebeu o carinho de pacientes que ao se tornarem adultos, voltaram ao consultório para manifestar gratidão. De um deles recebeu uma placa de agradecimento com os seguintes dizeres: Ao Dr. Joaquim, em tantos anos de missão tão espinhosa, merece uma lembrança singela, na passagem deixou um pouco de si levando um pouco de nós. “Ser reconhecido pelo meu trabalho como médico é uma grande satisfação!” Dr. Joaquim Alves Ferreira foi um dos fundadores da clínica Pró Infância e relata que a maioria dos clientes atendidos ali era encaminhada pela Unimed. O envolvimento com a cooperativa vem crescendo ao longo dos anos e ele reconhece o esforço de todos os cooperados para oferecer a excelência no atendimento. “A Unimed é uma das grandes prestadoras de serviços em

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saúde, com excelentes médicos, comprometidos com seus pacientes”. Sobre seu futuro profissional, ele acredita que será feito de muito estudo para acompanhar a evolução da medicina. Já no âmbito pessoal, quer desfrutar da companhia de sua mulher Maria Angélica e aguardar a formatura de seus netos, esperando que algum deles leve adiante a medicina, paixão que já contagiou um de seus filhos.


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“A medicina é o meu sopro de vida!” DR. Jordano Souza Andrade Filho Ao optar pela medicina, mesmo contrariando a vontade de seu pai que ansiava ter um filho engenheiro, ele fez por gostar muito de crianças e por acreditar que esse dom vem das mãos de Deus. Paulistano, aos 26 anos formou-se em Ciências Médicas, pela Santa Casa de São Paulo. O início dos estudos, a emoção do trote, a incerteza do que vem pela frente e a convivência com professores de renome, foram momentos e sensações marcantes na vida universitária do Dr. Jordano Filho. Porém, a maior delas foi participar do Projeto Rondon, em que universitários realizam atividades assistenciais em comunidades carentes e isoladas, onde conheceu sua esposa Marina e viu de perto o que é passar por necessidade. “Sou um sujeito meio socialista, gosto de pessoas carentes para atender, ajudar e ver melhora de condições”. A medicina significa para ele muito mais que uma profissão, pois passou por muitas provações em sua vida. Acostumado a viver tranquilamente, praticando

esportes e rodeado de amigos, não acreditava que um dia teria graves doenças, porém enfartou duas vezes, teve coma diabético e um quadro depressivo grave, o que o afastou do trabalho por três anos. “Se não fosse a minha família e meu amor pela profissão, a coisa teria degringolado... A medicina é o meu sopro de vida!” Ser médico também lhe rendeu reconhecimento e satisfação e ele relembra com carinho todas as dificuldades que já passou para cuidar das crianças. “Não havia recursos, mas eu não desistia. Algumas crianças que atendi, são avós hoje e levam seus netos para eu atender, é uma satisfação!”

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Ele participou de todas as fases da Unimed, e sempre acreditou no cooperativismo para prestar um atendimento diferenciado, que seria reconhecido também pelos pacientes. “Nós, cooperados, acreditamos na Unimed e constato que a cooperativa está numa das melhores fases, e isso não sou eu quem fala, é todo mundo!” Para ele, o futuro deve ser de luta para fortalecer a saúde, não só da Unimed, mas de todo sistema público. Quer também estudar mais e se atualizar com os novos médicos. “É uma grande troca de experiências que vai fazendo tudo ir pra frente, compartilhar é um grande estímulo!”


“Ter um médico por perto é sempre bom!” DR. Jorge Susumu Yamashiro Inspirado por um primo recémformado em medicina, aos 10 anos de idade decidiu que seria mais um descendente de japoneses a se tornar médico da cidade onde nasceu, Campo Grande (MS). Formou-se aos 26 anos pela Faculdade de Ciências Médicas do antigo Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Relembra orgulhoso de ser um dos estudantes daquela universidade, já que na década de 50, não existia faculdade particular e eram oferecidas apenas 300 vagas para medicina no Estado da Guanabara. Sua vida universitária foi marcada pelo incentivo de seu pai. “Ele era um típico imigrante japonês que veio ao Brasil para ganhar dinheiro e, mesmo com sete filhos para criar, fez com que todos se formassem em nível superior”. Acompanhou a transformação da medicina ao longo de mais de 46 anos, e se entristece ao admitir que, sua profissão perdeu muito do respeito e da gratidão que antes existiam. “Desapareceu aquela medicina

que eu conhecia quando criança, ela evoluiu muito em tecnologia, mas o reconhecimento pelo trabalho do médico está desaparecendo”. Mudou-se para São José dos Campos em 1969, a convite de um colega e salienta que esse foi um momento muito marcante em sua carreira, pois além de receber todo apoio para se instalar na cidade, passou a atender também os clientes deste médico. “Tenho muita gratidão pelo Dr. Syogi Shinzato, pois quando optou exercer somente a oftalmologia, deixou todo o material e todo fichário de seus pacientes de otorrinolaringologia para mim”. Em meados de 1970, houve uma mudança radical (para pior) na medicina da cidade, com a chegada de medicinas de grupo que fizeram contrato com as grandes empresas e, os pacientes passaram a ser atendidos em ambulatórios e com médicos assalariados. Com a chegada dessas empresas, os consultórios esvaziaram em mais de 40%. Foi então fundada a Unimed, em 1971, para combater essas empresas e preservar os

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consultórios dos médicos, já que o atendimento dos pacientes da Unimed era realizado nos consultórios dos cooperados e não nos ambulatórios. Para ele, o ideal seria uma parceria entre o Estado e as operadoras dos planos de saúde, onde o Estado arcaria com os procedimentos de alto custo, deixando para as operadoras, os procedimentos comuns. Com isso, os prêmios cobrados pelas operadoras dos planos de saúde seriam bem menores e um maior número de usuários poderia ter acesso aos planos privados, remunerando melhor os médicos e prestadores de serviços, já que a saúde é um direito de todo cidadão brasileiro e um dever do Estado. Quando aposentar, Dr. Jorge Yamashiro pretende continuar praticando a medicina dentro da sua especialidade, como voluntário, atendendo pacientes idosos carentes. “É necessário que os idosos tenham cada vez mais, uma melhor qualidade de vida e ter na velhice um médico por perto é sempre bom.


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“Na medicina é preciso entender o paciente como um todo!” DR. Jorge Zarur Junior A vocação para medicina ele ainda não consegue definir se aconteceu por mero acaso ou um forte pressentimento. No começo do colegial, a professora lhe perguntou se ele queria ir para biológicas ou exatas, como já estava na sala de biológicas, resolveu ficar. “Talvez por comodismo ou intuição, não sei, mas assim comecei a caminhar para a medicina!” Natural de São José dos Campos (SP), ele formou-se aos 24 anos pela Faculdade de Medicina de Taubaté e relata que viveu momentos memoráveis nesta época. “Foram os melhores anos da minha vida, relembro de muito estudo, mas também das

inúmeras vezes em que fomos vencedores dos campeonatos da Intermed, evento que reunia todas as faculdades de medicina de São Paulo”. Mas, hoje ele tem a certeza de que fez a opção correta e revela que sente como se já tivesse nascido médico, com muitas qualidades para ajudar a quem necessita. Reconhece que a vida e o contato com pacientes lhe ensinaram muito sobre a profissão. “A medicina não é só abordagem física, é preciso entender o paciente como um todo”. Em sua carreira, um dos momentos mais marcantes foi receber o título de especialista em cardiologia e ecocardiologia em menos de três meses, estando afastado da universidade há mais de 15 anos. E na sua vida pessoal, seu casamento lhe proporcionou maturidade. “Muito do que eu sou hoje, devo à minha esposa e a essa união, sempre equilibrada”. Ele exalta as qualidades da Unimed ao longo dos anos, e a capacidade de superar muitos momentos de dificuldades. “Eu tenho a Unimed como o

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grande norteador da minha carreira, quando tudo estava em dificuldade, a cooperativa sempre esteve ao meu lado”. Sobre o futuro da profissão, Dr. Jorge Zarur teme a “americanização” da medicina no Brasil e a perda da humanização no atendimento. “Estamos perdendo a capacidade de se relacionar com os pacientes e isso é extremamente importante manter.” Mas, acredita que a saúde está caminhando para a qualidade e que a Unimed será uma grande parceira nesta empreitada. Ele confessa que tem inúmeros projetos profissionais e pessoais, alguns deles bem simples, como jogar bola com seus netos. ”Eu acho que a simplicidade é inversamente proporcional ao prazer que me dá!”


“Amo minha profissão e faço o melhor que posso!” DR. José Alvarenga Barreto Desde criança, sempre acreditou que Deus havia determinado que ele fosse médico e, mesmo com muita dificuldade saiu de Paraibuna (SP) para fazer o ginásio e o científico em Taubaté. Ver seu nome na lista de aprovados no vestibular foi uma das melhores coisas de sua vida. Graduou-se em medicina aos 29 anos pela Universidade Federal Fluminense e, da vida universitária guarda boas lembranças, entre elas, a “Mansão dos Afortunados” - república em que morava com mais nove estudantes - e o carnaval carioca. Ele trabalhava em um laboratório na principal avenida de Niterói, onde desfilavam as escolas de samba. “Estávamos no 4º andar, peguei um frasco de sangue e despejei lá de cima, caiu aquela sangueira na multidão, uma correria desenfreada, a polícia veio e foi uma confusão danada!” Além da universidade, as práticas nos hospitais e os plantões em um sanatório da Tijuca lhe renderam muito aprendizado e boas histórias. Ele relembra de uma história ao ajudar um enfermeiro aplicar uma injeção

de glicose em um paciente que ia fazer eletrochoque. Mas, o paciente surtou, tomou a seringa da mão do enfermeiro e correu atrás dos dois. “Saímos do sanatório, na rua pegamos um bonde e o ‘maluco’ subiu também, assustando a todos. Foi inacreditável!” Em 1965, chegou a São José dos Campos para trabalhar na Santa Casa. Naquela época, além de atuar como ginecologia na cidade, ele frequentava a Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da USP e chegou a realizar mais de 10 mil cirurgias. Frequentou também o departamento de endocrinologia e fez o curso de coloscopia, ambos na USP. Estagiou no departamento de ginecologia do Hospital St. Louis, da St. Louis University em Missouri, Estados Unidos. Dr. José Barreto afirma que a fundação da Unimed foi algo muito importante para São José dos Campos, para sua carreira e que a insistente busca pela excelência é o que faz a cooperativa crescer a cada ano. “Sabemos o quanto foi gasto com o Santos Dumont Hospital, mas eu não me queixo, temos

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um local que é referência em qualidade.” Hoje, ele aposta no trabalho da Unimed e atende apenas em seu consultório. “Eu trabalho pouco e não gosto de ficar ocioso, mas eu amo minha profissão e faço o melhor que posso.” Na expectativa de resolver um problema de saúde, ele segue adiante, sem perder a esperança de que esse infortúnio logo passará.


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“Me dá gosto na vida de trabalhar do jeito que eu trabalho!” DR. José Antonio Mercadante A facilidade na área de biomédicas e o trabalho desenvolvido aos 14 anos em um laboratório em Jacareí, cidade em que nasceu, foram essenciais para despertar a sua vocação pela medicina. Formou-se aos 24 anos pela Faculdade do Estado do Rio de Janeiro, em 1975, um período que exigiu muito esforço e dedicação. “Tive muita dificuldade nessa época porque eu perdi meu pai muito cedo, aos 21 anos de idade, eu vivia com a mesada que a fábrica em que meu pai trabalhava me dava pra eu sobreviver”. Seu aprendizado durante a faculdade foi reforçado pela imagem de professores

que haviam começado com dificuldade, assim como ele, e que haviam conseguido destaque na medicina. “Eram reconhecidos por isso, não pela pessoa que era, mas pelo trabalho e seus próprios méritos”. A medicina é tudo em sua vida e Dr. Mercadante já acorda pensando nas suas atividades, estudando e trabalhando muito, superando as dificuldades. Quando a pergunta é o que mais lhe marcou na vida como médico, não consegue identificar um momento específico, em meio a tantas situações de trauma e acidentes de todos os tipos, entre eles de veículos, de trabalho e residenciais. Até hoje, depara-se com situações que o surpreendem, em muitos sentidos. Sobre os 30 anos de colaboração com a Unimed, ele acredita que poderia ter participado mais e reconhece a importância da cooperativa para a excelência no atendimento aos pacientes. “A Unimed está no caminho certo e vou continuar batalhando por essa necessidade” Hoje ele vive o presente e tem

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a certeza de que cumpriu sua missão. Sua preocupação agora é com os netos e com a clínica de especialidades em ortopedia que criou com o filho - também ortopedista- para oferecer aos seus pacientes, o que há de melhor em medicina. Essa é uma grande realização e em cinco anos de funcionamento, já são duas clínicas e muitos elogios. Incansável, Dr. Mercadante já chegou a atender mais de 100 pacientes em um só dia e afirma. “Isso ai é que me dá gosto na vida e trabalhar do jeito que eu trabalho, não tem depressão, não tem nada... A gente supera tudo!”


“A medicina sempre traz algo marcante e te dá grandes emoções” DR. José Augusto Costa Rocha Para este mineiro de Juiz de Fora, a medicina é a profissão que lhe dá a oportunidade de trazer a felicidade às pessoas e ele nunca teve dúvidas de que seria médico. “Não sei explicar, já nasci assim, com vontade de ser médico!” Graduou-se aos 25 anos pela Universidade Federal de Juiz de Fora e, apesar de ser uma fase de muita responsabilidade e estudo, ele afirma que foi a melhor época de sua vida. A escolha pela especialidade aconteceu somente no último ano de faculdade, sua ideia inicial era fazer cirurgia plástica, mas ele começou a trabalhar em um hospital de acidentados e acabou optando pela ortopedia. Uma das qualidades de Dr. Rocha é abnegação, ele sacrificou-se em benefício da medicina ao longo dos anos. Cansado do Rio de Janeiro, ele veio trabalhar na GM em São José dos Campos em 1979 e dividia seu tempo entre a fábrica e os plantões nos hospitais da cidade e cursos em São Paulo. Ele conta que sempre trabalhou muito e que passou mais tempo

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com seus pacientes e em sua clínica Orthoservice, inaugurada em 1986, do que com sua família. “Quando inauguramos, fazíamos plantão e eu vinha pra cá na sexta feira de manhã, com mala e tudo, e só saía na terça à noite!” Ele afirma que tem mais lembranças da profissão do que qualquer outra coisa em sua vida porque “a medicina sempre traz algo marcante e te dá grandes emoções, tanto boas quanto ruins”. Cooperado há 30 anos, ele acompanhou muitas fases da cooperativa e, reconhece que entre altos e baixos, “a Unimed está com uma boa administração e uma visão empresarial maior, mais profissional e melhor preparada”. Mesmo com toda tecnologia que está à disposição da medicina, Dr. Rocha crê que é imprescindível manter a relação médicopaciente intacta. “Não podemos deixar acabar o amor e carinho pelo paciente”. Realizado profissionalmente, ele afirma que gostaria de ver o sucesso de seus cinco filhos e continuar seu trabalho.


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“A medicina é uma atividade que me deixa plenificado!” DR. José Guilherme Ottoni de Andrade

Na adolescência, ele descobriu a vocação para a medicina. Nascido em Aparecida (SP), mudou-se para a capital fluminense e, aos 27 anos, formou-se pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, atual Unirio. Sua vida universitária foi marcada pelo convívio com os colegas e as festas, mas foi a proximidade com outros médicos que influenciou seu aprendizado. “Meu tio tinha uma casa de saúde no Rio de Janeiro e eu sempre estava lá, aprendendo com os mais experientes”. Ele destaca o professor Dr. Joviano Resende, chefe da residência de oftalmologia, um excelente profissional que lhe mostrou além da medicina, pois era muito ligado às artes. “Eu participava de um coral que ele criou com médicos, residentes e enfermeiros, era um sucesso!” Recentemente, ele recebeu da viúva de Dr. Resende toda a documentação da sua época de residência, deixando-o muito emocionado. “Ele guardou com muito carinho a documentação de todos os seus residentes e ela estava devolvendo agora

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para cada um”. Surpreso ao ver seu histórico, Dr. José Guilherme reconhece hoje o quanto se sente realizado com a profissão. “A medicina é uma atividade que me deixa plenificado!” Para ele, é importante fortalecer o sistema cooperativista, pois além de defender o trabalho profissional, a Unimed colabora para agregar valor às atividades de seus cooperados e dignificar o trabalho médico. Sobre o futuro da medicina, ele oscila entre o otimismo e o pessimismo, pois crê que é preciso elevar o nível da formação médica, criar espaços para um trabalho médico digno, fortalecer o sistema cooperativista, mas sem perder o amor e a fé na sua profissão.


“Difícil é perder um paciente, mas aprendi muito com isso também!” DR. José Ledson da Silva A vocação para a medicina, ele descobriu com 15 anos ao excluir a engenharia e direito de suas opções de estudo. Nascido em Irupi (ES), graduou-se aos 28 anos pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Do tempo de estudante, o que ele relembra com saudade foi o período de residência. “Éramos um grupo, ficávamos no hospital, dormíamos lá e, apesar de trabalhar bastante, aprendi muito!” Especialista em anestesia, ele afirma que além da universidade, a psicologia lhe ensinou muito e influenciou na sua vida profissional. Por causa da sua especialidade, já viveu momentos marcantes. “Difícil é perder um paciente, mas aprendi muito com isso também!” A medicina representa para ele mais que uma profissão e se pudesse faria tudo novamente e, entre muitas pessoas que o influenciaram e colaboraram para sua carreira, ele destaca o Dr. José Afonso Zugliani, que conseguiu trazê-lo para o Vale do Paraíba e sua esposa. “Ela é o meu braço direito, companheira

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e compreensível!” Em São José dos Campos, Dr. José Ledson tornou-se um cooperado da Unimed e afirma que associar-se ao sistema cooperativista, só lhe trouxe benefícios. “A Unimed está num bom caminho e a diretoria tem se empenhado em sempre melhorar, não obstante as grandes dificuldades que surgem, especialmente no que diz respeito ao relacionamento conosco, médicos-cooperados“. Afirma que, ao deixar a anestesia, pretende trabalhar em especialidades afins, um “mix” de medicina global ocidental e oriental, porém que só dependa da presença do paciente e ele. Não haverá grandes preocupações financeiras e essa prática será, mais do que tudo, por satisfação pessoal. O grande fator limitante advirá, naturalmente, com o avançar senil. Mas, conta com os amigos e familiares e tem confiança de que saberá o momento certo de parar. E espera que esse dia esteja bastante distante, visto ter imenso apreço pelo trabalho.


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“Na medicina é preciso estar sempre muito preparado e atento a todos os detalhes!” DR. José Lino Torres Masciotti Qual a razão para escolher uma profissão em que se convive com a dor e sofrimento, que exige um estudo exaustivo e, com uma pressão que poucos suportariam? Ele não quis responder essa dúvida, mas decidiu seguir em frente com o desejo de ser médico. Natural de Cuzco, Peru, ele veio estudar medicina no Brasil e formou-se pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná. Da faculdade, guarda lembranças de muito estudo e da vida acadêmica. A universidade lhe forneceu a teoria para exercer a profissão, mas ele afirma que exercer a medicina diariamente e o dia a dia com os pacientes, lhe ensinaram muito mais. “O que mais influenciou o meu aprendizado foi a vida!” Trabalhar no Pronto Socorro da Santa Casa de São José dos Campos foi um momento marcante em sua carreira. “A sensação de diminuir ou até mesmo acabar com a dor dos pacientes, justifica anos de estudo!” Atuou também nas Santas Casas de Caçapava, Jacareí e no Pronval

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em São José dos Campos. A rotina da profissão e o trabalho desempenhado diariamente com dedicação, compensam a pressão diária, e só há uma maneira de diminuí-la. “Na medicina é preciso estar sempre muito preparado e atento a todos os detalhes!” Cooperado há 35 anos, ele afirma que a Unimed veio colaborar com os médicos, oferecendo um trabalho mais completo, com hospitais, laboratórios e programas de atenção à saúde. Para o futuro, ele quer continuar trabalhando para o bem do seu próximo, e espera que haja paz no mundo, com pessoas mais responsáveis pelas suas atitudes.


“Amar a medicina é o mais importante de tudo!” DR. José Shinzato

Nascido em Campo Grande (MS), sua vocação veio da admiração pelos irmãos mais velhos. Filho de lavradores, seus pais sempre trabalharam em função da educação dos filhos e a recompensa foi ter oito médicos, três engenheiros e uma professora na família. Formou-se aos 31 anos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e, da vida universitária, ele guarda boas lembranças de todo o seu esforço para concluir o curso e a especialização. Confessa que frequentou muitos plantões para aprender cada vez mais sobre a medicina, porém a maior lição foi aprender a admirar a profissão. “Amar a medicina é o mais importante de tudo!” Dedicado, trabalhou em benefício da comunidade no Banco de Olhos, transplantando córneas e no Mutirão da Catarata em diversos plantões. “Não havia plantonista nesta especialidade, nos organizamos e demos plantão para assistência oftalmológica, foram momentos muito agradáveis na minha carreira”. Dr. José Shinzato conta que

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a esposa Gelci foi sua grande incentivadora e seus três filhos, que seguiram sua profissão, são seu maior orgulho. A dedicação de sua família e a sua persistência na medicina colaboraram para que ele vencesse várias fases de instabilidade na sua profissão, entre eles, o início da Unimed. “Passamos por períodos difíceis na cooperativa, mas agora de algum tempo pra cá, estamos seguindo um caminho de estabilidade,fruto de uma boa administração, e se vê na cidade que a força maior em convênio de saúde é realmente a Unimed”. Para o futuro, ele quer continuar trabalhando em grupo para oferecer melhor assistência para seus pacientes, e ver seus filhos trabalhando. “Esse é o sonho da minha vida!”


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“Exercer a medicina sempre foi uma grande responsabilidade”. DRA. Juana Montecinos Maciel Nascida na Bolívia e brasileira de coração, ela chegou a Niterói (RJ) aos oito anos. Durante sua adolescência, preparou-se para arquitetura, porém na hora da decisão optou por medicina. Graduou-se aos 24 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense e durante seus estudos, estagiou em diversos hospitais, principalmente os mais carentes onde conheceu a realidade da profissão. Foi desta maneira que teve contato com pacientes com queimaduras graves e, a partir daí decidiu que seguiria uma especialidade para amenizar a dor e tratar destes pacientes. “Atendi uma senhora que chegou carbonizada, porém com vida e ainda consciente, percebia o movimentos de todos para ajudá-la, porém o caso era gravíssimo e já sabíamos que ela iria morrer. “Então pensei qual seria a especialidade a seguir nessas situações? A cirurgia plástica”. A convite da reitoria, ela e seu marido, Dr. Wilson Marques Maciel, também médico

e colega de turma, foram trabalhar no Campus Avançado José Veríssimo da Universidade Federal Fluminense em Oriximirá (PA) durante um ano, no Hospital São Domingos Sávio, único na região. “Foi um aprendizado de vida, um crescimento profissional e pessoal, pois nós decidíamos tudo e exercer a medicina sempre foi uma grande responsabilidade”. Depois de 35 anos de profissão Dra. Juana Montecinos Maciel afirma que a medicina é uma questão de amor e que vive momentos importantes de aprendizados e grandes conquistas. Trabalhou mais de 20 anos com queimados na Santa Casa de São José dos Campos e aprendeu a recuperar não só os ferimentos como também a parte psicossomática dos pacientes que muitas vezes eram crianças. Trabalho árduo, exigente e muito gratificante. Também trabalhou durante 25 anos em ambulatório do INAMPS e, continua atendendo em seu consultório especializado, a ‘Clínica da

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Face e Corpo’, em equipe com Dr. Luis Ricardo Simi e Dr. Christovam M. Maciel. Ela apoia o cooperativismo e acredita que essa sintonia traz vantagens para todos os envolvidos. “Se a Unimed caminhar com bom senso, coerência e ética, com uma política real só trará benefícios para os usuários e médicos”. Sobre o futuro ela crê que acontecerá uma retomada de valores em que o individualismo não prevalecerá. “Está surgindo uma necessidade de pensar no todo, de uma filosofia de União e Participação”. Confessa que este é um momento de realização profissional, pessoal e familiar com seus filhos e netos. ”E só tenho que agradecer a Deus por tudo, se tudo continuar desta forma e com saúde, esse é um futuro bom para mim”.


“A medicina é uma paixão!”

DRA. Júlia Magno da Silva Corrêa Desde os tempos de colégio, dedicava-se mais às aulas de ciências e, chegar à medicina foi apenas uma questão de tempo. Paulistana, aos 25 anos, formou-se na primeira turma de medicina da Universidade de Taubaté e daquela época, recorda fatos marcantes e muitos imprevistos, como aprender a conviver com grandes mestres e colaborar na criação dos laboratórios de bioquímica. “Foi um contato muito especial pela implantação de um sistema, de convivência, de adaptações um período muito especial, muito rico”. Além da universidade, os estudos foram reforçados com a educação e estímulo de seus pais que sempre a incentivaram a ler muito, um hábito que cultiva até hoje, muito importante para sua profissão. “A medicina é uma paixão, eu e meu marido, Dr. João Corrêa, sempre nos dedicamos, desde a parte técnica e também a parte afetiva”. Ao longo de sua carreira, presenciou a evolução da medicina em São José dos

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Campos e conquistou muitos colegas que influenciaram a sua história. Cita um deles com especial carinho, porque além de recebê-la na cidade, não deixou que ela desistisse da profissão. Após o nascimento de seu primeiro filho, teve uma leve depressão e não queria voltar a trabalhar. ”O Dr. Escada, colega anestesista, me ligou dizendo que havia uma emergência e precisava de minha ajuda, mas era tudo armação só pra eu sair de casa!” Desde então, vem exercendo a profissão com determinação e cooperação. Ela crê que a saúde na região vem crescendo a cada ano, e a Unimed tem colaborado para isso. “Nós cooperados, nos empenhamos muito e os resultados são evidentes, tanto no atendimento quanto na excelência!” Para Dra. Júlia Corrêa, seu futuro profissional está sendo alcançado diariamente e, com a Unimed quer colaborar para manter as conquistas e ver as atividades da cooperativa crescerem de forma estabilizada.


Beneméritos

“A medicina me deu tudo o que eu imaginava” DR. Kumagae Hinki

Para ajudar sua mãe que havia ficado viúva, aos nove anos de idade foi trabalhar em uma farmácia, lavando vidros e ali começou a se encantar com a medicina. Natural de Glicério, interior de São Paulo, mudouse para Curitiba para estudar, e aos 29 anos formou-se na Universidade Federal do Paraná. Sua vida universitária foi marcada por muito esforço e dedicação. Para se manter, recebia o dinheiro que sua mãe ganhava como costureira e mais uma ajuda do governo, mas isso o constrangia. Saiu à procura de emprego e logo começou a trabalhar em um hospital para tuberculosos. A partir daí, ele mesmo passou a arcar com os custos de sua faculdade. Mas, com o excesso de estudo e trabalho, ele acabou adoecendo. “Fiquei internado no mesmo hospital em que trabalhava!” Em Curitiba, foi indicado para estagiar no Hospital São Lucas, em São Paulo e lá conheceu sua esposa Luzia, que estava internada para uma operação. Especialista em obstetrícia e anestesiologia, Dr. Kumagae relata que a esposa e seus

três filhos sempre foram sua maior motivação e, ser médico representa muito em sua vida. “A medicina me deu tudo o que eu imaginava, é um grande prazer encontrar pessoas nas ruas e descobrir que eu fiz parte da vida delas”. Sobre a Unimed ele tece muitos elogios e alegra-se por participar desde o início da cooperativa. “Fazer parte da Unimed sempre foi muito importante pra mim!” Emocionado, ele sentiu-se muito satisfeito por participar deste projeto e reconhece que foi um grande presente, já que se encontra enfermo, necessitando de cuidados. “É maravilhoso poder me tratar e manter a qualidade de vida!” Com mais de 50 anos de profissão dedicados aos seus pacientes, hoje ele se regozija por poder receber um atendimento humanizado e de qualidade.

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“Se fosse preciso, seria médico de novo!” DR. Lásaro de Jesus Rocha Soares A grande admiração que sentia por seu tio, Delson Castelo Branco Rocha, foi que o conduziu para a medicina e até determinou os lugares em que ele estudaria. Natural de Teresina (PI), ele foi estudar medicina em Pernambuco, onde se formou aos 27 anos, pela Universidade Federal do Recife, seguindo os mesmos passos do tio. “Só tenho boas lembranças daquela época, estudei na mesma faculdade que meu tio e morei na mais bela cidade universitária, construída por Niemeyer.” Nostálgico, ele afirma que faria tudo novamente, sem mudar nada e que a profissão é a sua grande alegria de viver. “A medicina para mim é tudo, se fosse preciso seria médico de novo, estou muito contente com a minha vida!” Dr. Lásaro Soares não é capaz de citar qual foi o momento mais importante de sua carreira, porém, destaca que o reconhecimento dos pacientes é muito gratificante. “Por vezes, eu achava que não havia feito nada, mas a família de um bebê enxergava tanta

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coisa e me agradecia, feliz!” Entre as muitas lembranças, ele ainda conserva na memória, a sua vinda para São José dos Campos e o local onde funcionava a Unimed. “Era uma sala pequena e havia apenas uma secretária, hoje tenho orgulho de ver muitas pessoas trabalhando, com um único objetivo: o de ser cada vez melhor!” Presenciar o crescimento da Unimed, nessas três décadas, e ver a melhoria da saúde na região é muito gratificante para esse médico que fez parte dessa história. Hoje ele não recebe mais pacientes em seu consultório, no entanto, faz questão de atender aos clientes da cooperativa. “Só trabalho em hospitais e quando tenho cliente Unimed, eu atendo com mais gosto!” Seu desejo atual é ter muita saúde e tranquilidade. Quanto à vida pessoal sente que pode aproveitar um pouco da vida. “Quero ter paz, amor com minha família e aproveitar mais, agora, que estou trabalhando menos!”


Beneméritos

“A medicina é tudo o que tenho, o que sou, eu sou da medicina!” DR. Lázaro Vítor Vilela dos Reis Durante a adolescência em São José dos Campos, não sabia ao certo que carreira seguir. Mas, durante o cursinho pré-vestibular, começou a imaginar-se como um médico, com gorro, máscara, e assim a vontade de prestar medicina surgiu. Começou a estudar na Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes com o objetivo de ser um cirurgião e este desejo começou a concretizar-se aos 24 anos, quando se formou em 1976. Dr. Lázaro Reis relata que a vida universitária lhe proporcionou momentos maravilhosos. “Só quem estudou e viveu uma faculdade de medicina pode contar!” Para se tornar um cirurgião, fez residência em um hospital privado pertencente a um grupo de professores da Faculdade de Medicina da USP. Ele afirma que o exercício da profissão é o que determina a sua vida. “A medicina é tudo o que tenho, o que sou, eu sou da medicina!” Aos 26 anos, mudou-se para São José dos Campos e um

dos momentos mais marcantes de sua carreira foi durante um plantão em que atendeu um paciente baleado no abdome. Ele conta que o paciente pesava uns 150 kg e necessitava de uma cirurgia de emergência, mas não queria ser atendido por ele, por ser jovem. “Eu era magrinho e jovem, mas assumi a responsabilidade e fiz a cirurgia”. Durante o ato operatório, realizado de emergência, ele descobriu uma lesão no baço e o retirou. Ao levantar a cabeça, na sala de cirurgia, havia dois médicos antigos da cidade, quando um deles falou: “Podemos ir embora que o menino sabe operar, foi neste

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momento que minha carreira começou!” Durante doze anos, participou ativamente da administração da Unimed e relata que no início foi difícil, pois a cooperativa iniciou numa época em que a medicina de grupo começava a crescer na região. “A medicina de grupo explorava o médico e a Unimed sempre tentou não fazer isso, entrou no mercado para competir mesmo!” Saudosista, afirma que às vezes não aceita algumas “modernidades administrativas”, pois viveu uma situação muito distinta da que vive hoje. Aos 58 anos, ainda tem muito que realizar e está feliz por ter se tornado um exemplo para seus três filhos que seguiram sua profissão.


“Exercer a medicina é viver” DR. Luis Carlos dos Santos Disposto a fazer arquitetura, acabou se sensibilizando com a doença do pai que padecia com câncer e ali surgiu a vontade de ser médico. Desencorajado pelo médico da família que afirmava que ele não iria conseguir, reuniu forças e seguiu em frente. Anos depois, encontrou com este médico na faculdade de medicina, onde era preceptor de propedêutica na Unitau. “Pois é, Dr. Castilho, eu estou aqui!” Formou-se aos 30 anos, na cidade em que nasceu pela Faculdade de Medicina de Taubaté e, relembra de muitos encontros e festas, mas também de muito estudo, chegando a estudar até 16 horas por dia. A universidade lhe ensinou muito, mas ele afirma que seu aprendizado veio com o dia a dia de trabalho. “Eu realmente acho que nasci pra ser médico e o meu aprendizado veio com cada um dos pacientes, é um aprendizado diário!” Em mais de 30 anos de carreira, ele se sente vitorioso quando consegue, utilizando a homeopatia, transformar

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uma família e equilibrar a vida de uma criança. “Eu trato de crianças, mas quando os pais não estão tranquilos, eu também presto minha ajuda, pois eles também precisam ficar bem”. Dedicado, ele costuma afirmar que vai morrer nos braços da medicina e que não se cansa jamais da profissão que escolheu. “Pra mim, exercer a medicina é viver”. Sua visão sobre o cooperativismo é de interação total entre médicos e clientes, pois acredita que a Unimed irá atingir um resultado ainda melhor quando essa integração acontecer. “O cliente deve ser conscientizado do que é o cooperativismo, seria interessante haver palestras e cursos”. Para o futuro da cooperativa, ele crê que essa transformação irá beneficiar a todos com uma relação mais humanista. Para sua vida, ele pretende se equilibrar a cada dia, seguir seus preceitos de uma vida saudável e desfrutar de sua família, pessoas importantes e imprescindíveis em seu modo de viver.


Beneméritos

“Eu vivo em função da medicina, esta é a minha vida!” DR. Luis Guillermo Pazos Garcia Ele não sabe de onde veio a vocação para a medicina, mas desde pequeno, sonhava em ser médico. Nascido em Lima, Peru, veio para Minas Gerais estudar e realizar seu sonho de criança. Formou-se aos 27 anos pela Faculdade de Medicina de Juiz de Fora e desta época, relembra como foi complicado se adaptar ao país e ao idioma, porém essas dificuldades não foram obstáculos para a dedicação aos estudos. Nostálgico, ele conta que trabalhou em um hospital para indigentes com Dr. Kalil Abraão Halak, seu mestre e que ali aprendeu muito mais que a medicina. “Ele era extremamente carinhoso, um ser humano fora de série, que mantinha sozinho esse hospital.” Aplicado nos estudos, fez diversos cursos e especializouse em cardiologia por influência de um colega de turma, Dr. Lair Ribeiro. “Eu fazia residência em clínica médica e não estava satisfeito, então ele me sugeriu fazer cardiologia na PUC e hoje sei que a opinião de um amigo pode ser importante para toda a vida!” Exercer a medicina para ele

é mais que uma profissão, é aprender a equilibrar sua vida pessoal com a paixão pelo que se faz. “Eu vivo em função do meu trabalho, minha esposa reclama, meus filhos cobram, mas a minha vida é a medicina!” Cooperado Unimed e com quase quatro décadas de experiência, ele se sente satisfeito por fazer parte da maior operadora de saúde do Vale do Paraíba. “A Unimed vem crescendo ano a ano, sempre buscando excelência e, todo sacrifício que fizemos para inaugurar o Santos Dumont Hospital será compensado, pois a cooperativa vai melhorar cada vez mais!” Para Dr. Luis Guillermo, o futuro é promissor e ele crê que a tecnologia irá colaborar para diagnosticar e criar novos tratamentos para diversas doenças em que não há cura. Realizado profissionalmente, ele brinca e diz que só falta uma coisa para realizar na vida: ser ganhador da Mega-Sena. Mas, com toda seriedade, afirma que gostaria de ter uma fazenda para criar um santuário para animais abandonados.

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“É uma felicidade saber que eu já trouxe ao mundo mais de 12 mil crianças!” DR. Luiz Alberto Siqueira Vantine Aos doze anos de idade, costumava passear pelo Posto de Saúde para acompanhar as atividades de um médico sanitarista. Lá se encantava, observava e aprendia sobre a profissão. Em sua família havia alguns médicos desde a época do império, por volta de 1872. Mas, a vontade de ser médico se confirmou no fim do colegial, quando conheceu alguns colegas que faziam medicina. Nascido em Pitangueiras (SP) mudou-se para Curitiba para estudar medicina e formou-se aos 26 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná. Relata que a vida de estudante foi uma época muito gostosa, com

muito estudo e muita farra. “Não é como hoje, mudou muito, mas a época da faculdade é a melhor, porque depois que se forma, tem que partir para luta!” Além dos estudos, aprendeu muito com as histórias contadas por Dr. Marco Antonio Cardoso, seu tio-avô, médico da USP. Para ele, a medicina e a especialidade que exerce, lhe proporcionam momentos marcantes. “Nesses 40 anos de obstetrícia é uma felicidade saber que eu já trouxe ao mundo mais de 12 mil crianças!” Entre esses casos, destaca um episódio hilário em que foi chamado para atender uma paciente em São José dos Campos que estava com uma cesárea marcada, mas que havia entrado em trabalho de parto. “Estava em Caraguatatuba e subi a serra, nem tive tempo de trocar de roupa, entrei no hospital de bermuda e camiseta, foi bem estranho e só troquei de roupa no centro cirúrgico.” Cooperado Unimed há 32 anos, sempre buscou a excelência nos atendimentos e lutou para que a cooperativa crescesse cada vez mais. “O trabalho

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da Unimed é diferenciado e sua finalidade é proporcionar trabalho para o médico, e com o Santos Dumont Hospital vai crescer ainda mais!” Dr. Luiz Vantine quer trabalhar e melhorar cada vez mais, e nem pensa em parar, quer apenas diminuir o ritmo de trabalho. “Pretendo estar ao lado da Unimed, lutando para que ela cresça cada vez mais”. Sua expectativa agora é esperar pela formatura do filho, que dará continuidade à tradição da família de médicos. “Sempre esperei que um dos meus filhos fizesse medicina, então minha realização esta a caminho!”


Beneméritos

“Deus incube ao médico, a nobre missão de cuidar de sua maior obra prima: o ser humano!” DR. Luiz Arturo Arevalo Crisóstomo IN MEMORIAN

Dr. Luiz Arturo Arevalo Crisótomo faleceu antes desta publicação. Agradecemos a dedicação deste saudoso cooperado.

Desde a época do colégio, já cuidava das pessoas trabalhando como voluntário no departamento médico. Atuar como auxiliar nos atendimentos, fez crescer o seu gosto pela medicina. Natural de Negritos, Peru, ele formou-se aos 28 anos pela Universidade Federal de Barcelona, na Espanha. Morador das cidades universitárias de Santiago de Compostela e de Barcelona, ele participava de todas as atividades culturais que eram oferecidas aos estudantes. “Naquela época, se dava muita atenção à formação humana, essas atividades fortaleceram meu caráter e fizeram de mim uma pessoa melhor!” Os plantões nos serviços de emergência, realizados ao lado dos professores da universidade foram essenciais para o conhecimento do jovem médico. Porém, ele queria muito mais. Ainda em Barcelona, ele tomou conhecimento do alto nível científico da Universidade de São Paulo (USP) e desejou vir ao Brasil. A oportunidade surgiu e ele ingressou como médico residente no Hospital das Clínicas, onde começou o processo de

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revalidação do diploma. Logo, Dr. Luiz Arturo foi contratado pelo Grupo de Assistência a Acidentados do Trabalho e em 1974, mudou-se para São José dos Campos. Em mais de 41 anos de carreira, um dos momentos mais impressionantes aconteceu com a explosão da caldeira de uma siderúrgica. “Durante o plantão, atendemos dezenas de pessoas em estado gravíssimo, graças à rapidez do atendimento, conseguimos salvar muitas vidas!” Com a ratificação do diploma pela USP, em 1976, e com o convite de alguns colegas, tornou-se cooperado Unimed, pois concordava com os ideais baseados na ética, na moral e no compromisso com a comunidade. Praticante do atendimento humanizado, ele gostaria de transmitir sua experiência e conhecimento acumulados ao longo dos anos aos colegas que estão começando a profissão, pois “Deus incube ao médico, a nobre missão de cuidar de sua maior obra prima: o ser humano!”


“Se eu não fosse médico, ficaria frustrado” DR. Luiz Carlos Rosa Nascido em São Gonçalo (RJ), por volta dos oito anos de idade, ao ser atendido por um pediatra sentiu vontade de ser médico. Formou-se aos 23 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). Estudava durante o dia e lecionava à noite, apesar da faculdade ser pública, e a partir do 4º ano de medicina estagiou em hospitais públicos e privados. Além desses fatos, ele relembra a efervescência política da época em que estudava (os piores anos do regime militar). Depois de formado, ele conheceu a assistente social que também comungava de seus ideais políticos, com quem se casou e teve duas filhas em São José dos Campos. Participou de atividades político-partidárias e da organização como médico ou dirigente de órgãos públicos ou filantrópicos do Sistema de Saúde do município. Para Dr. Luiz Carlos Rosa, exercer a medicina é sentir-se realizado. “Se eu não fosse médico, ficaria frustrado!” A Unimed veio de encontro aos seus ideais, pois representa uma

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proposta justa dentro do regime capitalista em que vivemos. Para ele, a cooperativa é uma forma de trabalho em que não há alguém se locupletando de sua atividade. “É a distribuição da riqueza gerada pelo trabalho de modo proporcional ao trabalho de cada um. É talvez a única forma do médico não ficar submetido à medicina mercantilista”. Sobre a profissão e a transição de tecnologias na medicina, ele acredita que haverá uma mudança na relação médico/ paciente. “O futuro será de reconstruir essa relação, distanciandose do imediatismo da atual sociedade do tipo self service”. Realizado profissionalmente, afirma estar satisfeito com sua vida e seu projeto é continuar contribuindo com sua profissão.


Beneméritos

“Além de ser um dom, a medicina é uma missão que eu nunca vou abandonar!” DR. Lutécia Accioli Aos quatro anos de idade, durante uma consulta com o médico da família, a garotinha na maca, surpreende e afirma: ”Eu vou ser doutora igual e ele”. A mãe, admirada, diz que meninas não se tornam médicas e sim professoras. Mas, o médico intervém e diz que apesar de serem poucas, algumas mulheres aceitam esse desafio. Ciente da sua vocação, Lutécia afirma que ser médica foi o que ela sempre quis. “Eu sabia a que vim no planeta!” Formou-se aos 26 anos pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos e a convivência com sua turma e professores foi um grande aprendizado para essa santista. “Sou filha única e lá eu tinha muita gente pra conviver, aprender!” O dia de sua formatura e a presença dos pais foi muito marcante para o início de sua carreira e, ela afirma que a partir daquele momento, foi se encontrando a cada dia mais, dentro da profissão. O seu caminho na medicina, ela descobriu seguindo com a neurologia e revela que essa não foi sua primeira escolha,

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mas entendeu que era preciso encontrar uma especialidade que realmente lhe tocasse. “Desde que comecei na neurologia, todas as portas se abriram e se abrem até hoje!” Emocionada, ela afirma que a medicina lhe proporcionou experimentar outras formas de amor e que seus pacientes são sua família espiritual. “Esta é a minha verdadeira família!” Para ela a medicina, é mais que uma profissão, é uma escolha para a vida toda. “Além de ser um dom, a medicina é uma missão que eu nunca vou abandonar!” Orgulhosa de participar da Unimed, ela afirma que são 30 anos de muito trabalho e evolução, e que o futuro da cooperativa é promissor. Realizada, ela sequer pensa em parar de trabalhar, com uma rotina diária de mais de 12 horas e atuando em quatro cidades diferentes, ela afirma não sentir cansaço. “Eu me sinto feliz e a energia que doo nos atendimentos, de alguma forma é reposta, com lucros e vantagem. Não existe cura ou ajuda que não seja mútua!”


“Minha vida inteira foi dedicada à medicina!” DR. Manoel da Costa Pinto Jr. Desde criança, convivia com muitos médicos por causa da bronquite crônica e, ele acredita que a vontade de ser médico deve ter iniciado nesta fase. Natural de Campinas, (SP) ele formou-se em medicina aos 25 anos pela Universidade de São Paulo (USP). Dos tempos de estudante, ele sente saudade do campeonato de futebol que acontecia entre a USP e o Mackenzie, o MacMed; dos professores Pacheco Silva e Alípio Corrêa Neto que contribuíram para seu aprendizado. No 2º ano de faculdade, ele fez um curso de psicologia no Instituto Sedes Sapientiae com a Madre Cristina e ela lhe encaminhou alguns pacientes, o que o deixou muito envaidecido, pois já estava exercendo aquilo o que ainda estudava. “Ela me influenciou muito e mostrou a importância da psicologia e da psicoterapia”. Em 46 anos de carreira, ele já viveu momentos importantes e decisivos na sua profissão. Na fase inicial da Unimed, ele foi presidente da cooperativa por duas gestões. “Era muito gratificante, entrei com 8

mil associados e quando deixei a presidência, eram mais de 90 mil!” Logo após sua saída, ele adquiriu uma empresa que prestava serviços de medicina e desde então, vem exercendo sua profissão com devotamento. “Minha vida inteira foi dedicada à medicina!” Dr. Manoel da Costa Pinto Jr. sempre lutou pelos princípios do cooperativismo e se opôs à medicina de grupo. Hoje, ele comemora o crescimento da Unimed-SJC. “Esse é o sistema ideal e fico feliz em saber que a cooperativa vem crescendo a cada ano”. Para o futuro da medicina, ele acredita que será fundamental caminhar para a prevenção e promoção à saúde e não somente o tratamento, melhorando assim a qualidade de vida da população. Baseado nisso, crê que a medicina deve evoluir em três elementos: a terceira idade, dependência química e nutrição. E na sua vida pessoal, ele quer aprimorar a prática do golfe, esporte que ele se dedica com os filhos e netos. “Eu espero melhorar no golfe, é uma higiene mental”

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“Quero melhorar a qualidade da assistência que ofereço aos meus pacientes” DRA. Márcia Dreon Gomes Corrêa Natural de Santa Maria (RS), desde criança nunca pensou em seguir outra profissão, se não a medicina. Apesar de ter médicos em sua família, seus pais não queriam que ela seguisse a carreira. Formou-se em medicina aos 24 anos na Universidade Federal de Santa Maria e, já nesta época, entre festas, amigos e muitos sonhos que ela optou pela anestesia, uma especialidade que estava desabrochando e que começava a ser valorizada, pois até os anos 50 era uma atividade pouco conhecida. Também foi durante a faculdade que descobriu o seu prazer em trabalhar com emergências. “Eu sempre gostei de trabalhar em pronto socorro, de estar perto do limite, entre a vida e a morte”. Chegou a São José dos Campos no final dos anos 70 e passou a trabalhar no Pronto Socorro da Vila Industrial e no Hospital Central, que mais tarde se tornaria o Unicor, onde permaneceu por mais de 20 anos. O fechamento do Unicor foi uma das maiores decepções em sua vida profissional.

“Depois de ter dedicado uma vida e estar próxima dos 50 anos, era complicado recomeçar, dar plantão...” Mas, logo foi inaugurada a nova sede da Orthoservice – clínica de ortopedia que foi criada em parceria com outros médicos – para compensar o desapontamento. Dra. Márcia Corrêa conta que um momento marcante de sua carreira aconteceu nos anos 80, quando a equipe da Orthoservice realizou a primeira cirurgia com a técnica “Ilizarov” no Vale do Paraíba (utilizado em fraturas expostas ou alongamento de ossos). “Foi um marco, saiu até nos jornais”. Além da anestesiologia,

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dedica-se a um novo tipo de tratamento.Recentemente, estagiou durante um ano no Serviço de Dor da USP, sob a orientação do Dr. Irimar de Paula Posso. A intenção é propor um tratamento diferenciado para pacientes que sofrem com dores crônicas. “Eu me sensibilizo a dor e quero melhorar a qualidade da assistência que ofereço aos meus pacientes”. Cooperada há 30 anos, ela afirma que a Unimed sempre buscou a excelência para seus clientes e que a cooperativa está cada vez melhor. Ela crê que a tecnologia associada à ciência irá evoluir cada vez mais, trazendo muitos benefícios à medicina e proporcionando ainda mais prazer para realizar seu trabalho. “É uma satisfação pessoal trabalhar com vontade, porque sei que dessa vida não vou levar nada, a não ser cada dia bem vivido!”


“A medicina é um sonho realizado!” DR. Márcio Daniel Rocha A admiração que sentia pelo pai de um amigo, fez surgir nele a vontade de ser médico. Natural de São José do Rio Preto (SP), ele mudou-se para Minas Gerais e formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá, aos 25 anos. Dos tempos de estudante, ele diz que as melhores lembranças são os amigos e os mestres que passaram em sua vida. “Tive um professor de psiquiatria, Dr. Cleber que me marcou muito, mas resolvi seguir a mesma especialidade do pai de meu amigo e fiz ginecologia e obstetrícia”. Exercer a medicina para o Dr. Márcio Rocha representa tudo em sua vida e com mais de 30 décadas de serviços prestados, ele não consegue ressaltar o momento mais importante que já viveu em sua profissão. “Todos os acontecimentos na minha profissão me marcaram, foram todos importantes”. Veio para São José dos Campos por conta de uma namorada na época e logo tornouse um cooperado Unimed. Participou de muitas reuniões da cooperativa e, hoje crê que

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a Unimed-SJC deverá fazer uma reestruturação para continuar a oferecer excelência pra clientes e cooperados. Sobre o futuro de sua profissão, ele é bem otimista e afirma que depende do objetivo de vida de cada um, mas “é preciso ter a possibilidade de se desenvolver, de se especializar com mais facilidade”. Ele afirma que a medicina brasileira é uma das melhores do mundo e que se sente realizado com a profissão que seguiu. “A medicina é um sonho realizado!”


Beneméritos

“Eu não sei viver sem a medicina!”

DRA. Maria Helena Pires Macedo Salgado Desde muito pequena, já sabia que seria médica. Costumava separar o olho de boi e usava o cristalino como lente de aumento. Amava tudo o que estava relacionado à saúde e aos 12 anos escreveu uma carta de compromisso com a medicina, em que citava todos os tipos de cirurgia que iria fazer. Nascida em Jacareí (SP), foi estudar medicina em Minas Gerais e formou-se aos 27 anos pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Os momentos mais marcantes de sua vida universitária foram as aulas de anatomia e as sabatinas realizadas em forma de gincana. “Tínhamos que adivinhar, em um determinado tempo, quais eram os ossos do corpo que eles indicavam”. Para Dra. Maria Helena Salgado, a medicina é doação e sente satisfação em atuar em plantões, pois acredita que é este o grande desafio da profissão. “Fiquei oito anos sem fazer plantão e foi muito difícil, pois ali é que aparecem as patologias graves, é a porta de entrada para a medicina e eu não sei

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viver sem a medicina!” Em 43 anos de profissão, ela relata que um dos momentos mais emocionantes foi realizar a sua primeira cirurgia monitorada e relembra da promessa feita na infância. Sua vida profissional foi influenciada pela família, principalmente seu pai, um homem simples e sem estudos, mas que sempre a estimulou. “Eu sou um João Ninguém, mas você é o meu grande trunfo!” Sobre a Unimed, ela destaca que a cooperativa é pioneira e desponta entre os convênios. “Temos uma base muito bem estruturada e essa diretoria está colocando-a no rumo certo!” Com a sua experiência, espera que o futuro seja diferente e que a medicina aconteça em melhores condições para as crianças, tentando sempre mostrar o melhor de tudo que acontece a elas. Amante da vida, ela gostaria de viver muito mais e melhorar a existência do ser humano. “Fisiologicamente, vivemos muito pouco, deveríamos ter tempo de fazer mais pelo próximo!”


“Aprender a ouvir as pessoas foi a minha grande lição de vida!”

DRA. Maria Margarida Fernandes Alves Isaac Nascida na Ilha da Madeira, Portugal, ela veio para o Brasil e fez parte da segunda turma da Faculdade de Medicina da Universidade da Santa Casa da Irmandade de Misericórdia de Taubaté, onde graduou-se em 1973. “Foi uma experiência diferente, não houve dificuldade de adaptação. Foi no curso de medicina e com ajuda dos bons professores que tive, que descobri o quanto amava a medicina! Com eles também aprendeu a assumir responsabilidades e a gostar da terapia intensiva. A formatura, um dos momentos mais importantes de sua vida, foi a concretização de muito esforço e dedicação. “Eu faço terapia intensiva neonatal e é o que eu realmente gosto!” Para Dra. Maria Margarida, a medicina é um desafio diário e, depois de sua família, a coisa mais importante em sua vida. Ela afirma que realmente gosta do que faz e que ao longo de sua carreira, conheceu pessoas que mudaram sua história. “Aprender a ouvir as pessoas, foi a minha grande lição de vida!” Cooperada da Unimed há 33

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anos, a médica atua como pediatra e afirma que a profissão exige muita coragem. Sobre a medicina, ela confessa que está satisfeita pela escolha e que sua vida hoje está boa, já que também lhe permite desempenhar o exercício da solidariedade. Com a família completa, conclui: “Hoje não preciso de mais nada!”


Beneméritos

“Sair para atender um paciente e sentir prazer: isso é medicina!” DR. Marino Salutti

Na década de 60, para cursar o científico era preciso optar por uma das opções oferecidas: medicina, odontologia ou advocacia. Por exclusão, ele optou pela primeira alternativa. Nascido em Jaú, interior de São Paulo, formou-se em medicina aos 27 anos pela Universidade Federal do Paraná. Enfrentou as dificuldades que encontrou, porém morar em uma das melhores cidades do país e fazer grandes amigos compensou as adversidades. “As amizades que fiz na faculdade, fizeram valer todos esses anos que passei distante da família!” A sua vida universitária foi

marcada pela vivência no Hospital das Clínicas de Curitiba, ele afirma que esse processo mudou o seu modo de ver a sua profissão, influenciando até a especialidade que ele iria seguir. “Aprendi a gostar da medicina, passei por todas as cadeiras e decidi pela obstetrícia”. Hoje, Dr. Marino Salutti dedicase à profissão e reconhece que é indispensável exercer de maneira harmoniosa a medicina. ”Não dá pra ser médico pensando economicamente, sair de casa para ganhar dinheiro é uma coisa, mas sair para atender um paciente e sentir prazer, isso é a medicina!” Um dos momentos mais emocionantes de sua carreira foi durante um plantão de pré-natal, em que realizou uma cesárea pós-morte numa paciente baleada com um tiro na cabeça. “Não havia material para fazer a cesárea, só uma tesoura de cortar soro, assim que ela faleceu, com a tesoura abri sua barriga e tirei o feto vivo”.

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Em 40 anos de profissão, relata que a Unimed é a única cooperativa criada para combater a medicina de grupo que atua de forma ética. Porém, ele se queixa que os governantes, as associações e conselhos de medicina não defenderam os direitos dos médicos, e para o futuro ele espera que haja uma mudança para que o sistema cooperativista não seja engolido pelos convênios. Na sua vida pessoal, ele espera ser reconhecido pela autoria do ‘kit cesárea’, item que ele criou em 1993 para facilitar a cirurgia. “Naquela época, eram abertos vários pacotes até encontrar o fio ideal, mas com o kit que criei, há os fios ideais, o que facilitou a vida dos obstetras”. E, apesar de ter ganhado na justiça a patente do produto, ele continua a ser comercializado por uma grande empresa.


“A medicina representa tudo para mim, é um total devotamento!” DR. Mario Mansur Conte Frayha A medicina é uma tradição em sua família e ao conviver com médicos, acabou seguindo a carreira de seus tios e primos. Natural de Santos (SP), ele estudou na Faculdade de Ciências Médicas de Botucatu, atual Unesp, e formou-se aos 25 anos. Sair da casa dos pais e ir morar numa república de estudantes, em uma cidade do interior, lhe rendeu momentos enriquecedores durante a universidade. “Era uma centena de estudantes e eu aprendi a cuidar de mim sozinho!” Além da universidade, ele relembra de seu tio, Dr. Rosário Conte, com quem aprendeu muito sobre a dedicação que a profissão exige. “Muitas vezes, ele interrompia as reuniões de família para atender seus pacientes e assim, ele criou em mim um sentido de dever em relação à medicina”. Alguns professores também foram muito importantes em sua formação, pela postura e conhecimento que lhe passaram e, a família foi a grande motivação para seguir em frente.

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Com uma carreira consolidada há mais de 39 anos, Dr. Mario Frayha afirma que não saberia ocupar-se com outra atividade. “A medicina representa tudo para mim, é um total devotamento, não saberia lidar com outra coisa que não fosse essa!” Para ele, suas vitórias são diárias e receber um paciente com uma melhora é muito gratificante. Participativo, ele acompanha a cooperativa há muitos anos, reconhece que a Unimed está em franca expansão e está convicto de que todos os cooperados serão beneficiados com isso. Para ele, com todos os recursos da tecnologia somados à atividade médica, o futuro da medicina é promissor. Já o seu futuro, ele espera a aposentadoria para tirar umas férias prolongadas, aproveitar mais a vida e, com sua filha veterinária, cuidar e montar seus cavalos.


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“Não vou me aposentar, não sei o que fazer sem a medicina” DR. Mauricio de Abreu e Silva Jr. Ser médico era o sonho de criança. Aos três anos, ele já se vestia de médico e brincava com os amigos. Para ele, não havia outra profissão que o interessasse a não ser medicina. Nascido em São Paulo, mudouse para o Vale do Paraíba e, aos 24 anos, formou-se pela Faculdade de Medicina de Taubaté. Ele relembra do encantamento de estudar medicina e da primeira vez que entrou numa sala de cirurgia. O aprendizado acadêmico foi reforçado pela experiência que adquiriu em São Paulo. Naquela época só havia um profissional da especialidade atuando em São José dos Campos, que o ajudou muito no início da carreira. Mas, quem o fez criar raízes na cidade foi sua esposa. “Se não fosse por ela eu não teria ficado”. A medicina representa tudo em sua vida e ele afirma que se um dia não puder mais operar, mudará para uma especialidade clínica só para continuar a ser médico. “Não vou me aposentar, não sei o que fazer sem a medicina e, se não puder mais operar, atuarei em uma

especialidade em que não necessite das mãos”. Em 34 anos de profissão sua grande felicidade é a satisfação do paciente, mas ele reconhece que sua especialidade tem também suas tristezas, como o tratamento de queimados, o câncer, deformidades congênitas, etc. “Ajudar a minorar a dor é uma coisa muito boa, por isso não faria outra coisa se não a medicina”. Cooperado Unimed desde que começou a trabalhar, revela orgulhoso que é um dos poucos médicos que cumprem o estatuto da cooperativa e não atende a outros convênios. “É assim que se fortalece a Unimed!” Para o Dr. Mauricio Abreu e Silva, o futuro da Unimed é promissor e com o Santos Dumont Hospital será ainda melhor. Otimista e cheio de vontade de viver, ele diz que quer chegar aos 100 anos, desde que com lucidez e trabalhando.

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“A medicina pra mim é tudo, com ela descobri quem sou!” DRa. Micélia Oliveira Salgado Desde pequena, já gostava de ajudar, de querer estar perto das pessoas e ela acredita que a vontade de ser médica começou assim. Mais tarde, com o teste vocacional, teve a certeza de que a medicina orientaria sua vida. Natural de Aracaju (SE), ela mudou-se para Pernambuco e formou-se aos 24 anos pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Ela relata que o início das aulas de anatomia foi marcante, decisivo na vida de todo estudante de medicina, pois é o prenúncio de momentos muito fortes que ainda irá viver como médico. “É quando se tem a certeza de que está fazendo o curso certo e eu tive!” Em busca de uma especialidade para se dedicar, ela experimentou de tudo um pouco. “Fiz estágio em pediatria, psiquiatria e oncologia, mas achei muito triste. Foi quando experimentei a cardiologia e me apaixonei!” Dra. Micélia refere-se à medicina com uma vibração e paixão contagiantes e, apesar de já estar 35 anos na profissão, ela demonstra uma enorme alegria

e entusiasmo. “A medicina pra mim é tudo, com ela descobri quem sou!” Ao longo dos anos, participou de inúmeros congressos, simpósios e, ficou por seis meses na Inglaterra,no Hospital Royal Brompton, estudando sobre a cardiologia infantil. E, toda essa dedicação é recompensada com o reconhecimento de muitos pacientes e ela afirma que sente quando faz a diferença na vida das pessoas. “Numa fase difícil, a humanidade do médico é tudo!” Cooperada Unimed há 30 anos, ela revela que entrar para a cooperativa ajudou muito seu caminho profissional. Já atuou como conselheira fiscal, por isso conhece de perto as dificuldades de uma gestão empresarial. Para o futuro, seu sonho de aposentadoria é ter no máximo dois dias úteis, pois quer compartilhar tudo o que aprendeu ao longo dos anos, de forma solidária. ”A medicina é muito amor! É amor ao conhecimento, ao estudo, ao próximo, ao ser humano.

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”Exercer a medicina com amor, esse é o segredo!” DR. Miguel Carlos Simões Natural de Caçapava (SP), ele afirma que a vontade de ser médico sempre existiu e afirma que “talvez tenha nascido com o dom de cuidar”. Formou-se aos 25 anos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Discreto, ele revela que sempre foi introvertido e que durante a faculdade, preferia participar dos eventos esportivos às festas. “Participava de campeonatos de futebol, sempre fui mais tranquilo, a vida toda”. A sua especialidade, ele descobriu ao experimentar e exercer a profissão em clínicas especializadas em problemas respiratórios e pneumologia. A partir daí, passou a direcionar os atendimentos para a área imunológica e alérgica. Apesar de todas as dificuldades, pelas quais todo médico recémformado passa, ele sempre teve o apoio de sua esposa Rita. “No começo fazia muitos plantões, trabalhava em hospitais, clínicas, ambulatórios, pronto socorro e ela sempre me apoiou, me deu força pra chegar até aqui!” Para Dr. Miguel Carlos Simões, a medicina é a constante

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vontade de ajudar, de cuidar do próximo. “A medicina é minha vida, e eu gosto de tentar, porque não há cura para tudo, mas eu posso ajudar a amenizar a dor, o sofrimento!” Em 37 anos de profissão, não destaca nenhum momento mais importante, pois para ele todos os casos que atendeu, foi uma nova experiência que lhe mostrou que “o aprendizado de um médico é infinito!” Com a Unimed, ele também aprendeu a lidar com os altos e baixos do sistema cooperativista e, afirma que foi e continua sendo, uma experiência que colaborou muito para a sua vida profissional. Para o futuro, ele anseia trabalhar com sua filha, que está estudando medicina. “Não sei se ela vai seguir minha especialidade, mas poderia trabalhar um pouquinho comigo, até eu me aposentar”, ele revela. Entre tantas realizações, Dr. Miguel Carlos Simões parece ter descoberto a fórmula para praticar a medicina de forma eficiente. ”Exercer a medicina com amor, esse é o segredo!”


“Quero chegar aos 80 anos trabalhando e vivendo a medicina!” DR. Moacir Martins Fernandes O talento para a medicina surgiu na adolescência, nos tempos de colégio, durante as aulas de Ciências. Nascido em Batatais (SP), deixou o interior e mudou-se para Niterói (RJ) com o intuito de estudar medicina. Formou-se aos 28 anos pela Universidade Federal Fluminense. Prestes a completar 40 anos de profissão, Dr. Moacir Fernandes relembra da vida dura de estudante com poucos recursos, mas com muitas alegrias. “A convivência com os colegas na república era muito gostoso!” Mas, conviver com os cirurgiões do Pronto Socorro também marcaram e influenciaram seu aprendizado. A sua profissão representa a sua vida e ele afirma que seu sonho “é chegar aos 80 anos trabalhando e vivendo a medicina!” Sempre guiado pela profissão, chegou a São José dos Campos a partir do convite de um colega. Com poucos médicos atuando naquela época, os desafios eram cada vez maiores e, como em qualquer outra ocupação, a medicina era marcada por bons

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e maus resultados. “Pacientes graves saiam da mesa de cirurgia e outros não, mas é porque cada um tem sua hora... São coisas da profissão!” Cooperado Unimed desde que chegou à cidade, ele vê na cooperativa a melhor alternativa para atender com excelência, mas afirma que é preciso cada médico se esmerar em qualidade técnica e humana. Para o futuro, seu objetivo profissional é crescer com qualidade. Realizado como profissional, como marido e pai, Dr. Moacir agora quer é desfrutar de bons momentos ao lado de sua família.


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“Mais do que uma profissão, a medicina é uma lição de vida!” DR. Munesigue Arisawa Para realizar o sonho de seu avô, imigrante japonês que trabalhava na lavoura, ele decidiu ainda criança que se tornaria médico. Nascido em Mirandópolis (SP), formou-se pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, aos 26 anos. Dos tempos da faculdade, lembra-se do primeiro contato com as matérias relacionadas à medicina, do primeiro estetoscópio, da primeira roupa branca e dos amigos que lá fez. “Até hoje, nos encontramos a cada cinco anos”. Na universidade, foi influenciado pela determinação do Prof. Dr. Maurício Rocha e Silva, indicado para o prêmio Nobel pela descoberta da bradicinina. Porém, foi no dia a dia dos hospitais, no sofrimento de seus pequenos pacientes e no relacionamento com eles e seus pais que obteve seu maior aprendizado médico. Em 37 anos de profissão, o Dr. Shigue, como é conhecido, afirma que o reconhecimento dos pais e avós dos pacientes pelo seu trabalho é sua maior

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satisfação, e que depois da família, a sua profissão representa muito em sua vida. “Mais do que uma profissão, a medicina é uma lição de vida!” Reitera que os convênios de saúde estão prejudicando o exercício da verdadeira medicina e, por esse aspecto, o sistema cooperativista é a opção menos ruim para os médicos, papel desempenhado pela Unimed. Sobre seu futuro pessoal e profissional, ele afirma que pretende trabalhar mais uns 20 anos, e se divertir batendo uma bola com os amigos e completa. ”Para mim está muito bom o tanto que eu ainda consigo jogar.... E dizem que japonês é ruim de bola!”


“O verdadeiro médico não consegue viver a própria vida, ele vive a dos pacientes” DR. Nelson Edi Teixeira

Sua vocação para a medicina surgiu de uma contradição, quando criança ele não podia ver sangue e tornar-se médico foi um exercício de superação. Nascido em São José dos Campos (SP), formou-se aos 25 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes. Dos tempos de estudante, ele lembra que no primeiro dia de aula chegou atrasado e viu seus colegas levando trote e pensou ter escapado. “No dia seguinte, eu era o único com o cabelo inteiro, mas não teve conversa, rasparam tudo!” Mas, as brincadeiras da vida universitária não prejudicaram o seu aprendizado, e ele afirma que a vivência com os pacientes durante os estudos, deu-lhe uma nova percepção, mostrando que a relação médico-paciente é uma simbiose. Reconhece que exercer a medicina é abdicar de seus próprios hábitos. “O verdadeiro médico não consegue viver a própria vida, ele vive a dos pacientes”. O momento mais importante de sua carreira foi o

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nascimento de seu filho e as ofertas de trabalho que surgiram nessa época, em São José dos Campos. Com diversas opções para trabalhar, abraçou as oportunidades, entre elas, ser um cooperado da Unimed. A iniciativa dos médicos de se organizarem e buscarem interesses comuns veio de encontro aos ideais dele. “Ter médicos reunidos é muito bom, inclusive para a sociedade, a cooperativa faz com que o cooperado sempre dê o melhor de si!” Sobre o futuro, ele quer aprender mais sobre a profissão e também realizar alguns desejos que abriu mão por conta da medicina. “Estou aprendendo inglês, francês e um pouco de música, meu futuro será aprender o que eu não pude na minha juventude”.


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“Na medicina, nunca vou estar satisfeito, quero sempre mais!”

DR. Newton Luiz Monteiro de Barros Natural de Jaboticabal (SP), a vocação e a vontade de ser médico surgiram aos 10 anos de idade. Após uma queda e uma operação de urgência, o pequeno Newton foi enfeitiçado pelo ambiente hospitalar. Tudo ali o encantou desde a higiene, o cheiro e as enfermeiras. E, antes mesmo de entrar para a faculdade, decidiu que se tornaria médico e iria à Amazônia para combater o imperialismo americano que influenciava aquela região. Formou-se aos 28 anos pela Universidade de São Paulo e logo se especializou em cirurgia geral. Da época de estudante, ele lembra a intensa vida acadêmica e o aprendizado na prática, adquirido num sanatório de Cotia. “Ficava um pouco frustrado porque, no fim de semana, meus colegas iam pras festinhas no Centro Acadêmico e eu tinha que dar plantão”. Já casado, recebeu alguns convites para trabalhar em outras cidades, mas acabou optando por se especializar em cirurgia pediátrica no Hospital das Clínicas. Veio para São José

dos Campos em 1970, a convite de um colega, Dr. Natanael, para reforçar o time de cirurgiões no Prontil. “Não realizei meu sonho de ir para o Amazonas, mas trabalhei com um dos médicos mais dedicados e aprendi muito com ele!” Entre tantos casos, fica difícil para este devotado médico, eleger os mais marcantes em 42 anos de profissão. “Entre muitos diagnósticos, lembro de uma criança desnutrida com Calazar que descobri a doença através de uma biópsia de fígado e, com o tratamento adequado, ela ficou corada, bonita!”. Com muito apreço, cuidou de muitas crianças nas principais instituições joseenses, entre

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elas, o Hospital Antoninho da Rocha Marmo, o qual foi diretor clínico por mais de 15 anos. “Minha vida profissional foi muito intensa, recuperávamos crianças vindas do Brasil inteiro”. Um dos fundadores da Unimed, Dr. Newton Barros afirma que a cooperativa é a melhor opção tanto para os cooperados quanto os clientes. “Das alternativas para atendimento à população, visando um acolhimento particular, o ideal é a Unimed, pois não visa lucros, é sem dúvida, bem diferente de outros convênios”. Contente com a medicina, ele revela que sua esposa Telma foi uma grande companheira que sempre o apoiou e nunca deixou que ele perdesse a paixão pela sua profissão. “A medicina é um sonho a ser realizado, porque eu nunca vou estar satisfeito, quero sempre mais!”


“Meu maior lazer é ser médico!” DR. Nilberto de Almeida Ele não recebeu a influência de nenhum parente e também não tinha o costume de brincar de ser médico, mas a vocação para medicina sempre existiu. Mineiro de Delfinópolis, aos seis anos foi morar em Franca e de lá só saiu para fazer a faculdade. Graduou-se aos 24 anos pela Faculdade de Medicina de Botucatu. Durante a faculdade, havia muita festa e diversão nas repúblicas e assim era até na hora dos estudos. “Ficávamos à noite, sempre depois do horário, tomando cerveja, estudando e dissecando cadáveres na sala de anatomia!” Conviver com os colegas e com Dr. Mario Soares, chefe da urologia no Hospital Municipal de São Paulo, foi decisivo para que ele optasse por essa especialidade. No início da carreira, fez muitos plantões para ganhar experiência e hoje, depois de sua família, sua profissão é o que há de mais importante em sua vida. Exercer a medicina exige muita dedicação e para o Dr. Nilberto

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de Almeida, ser médico ocupa a maior parte de seu tempo. “Meu maior lazer é ser médico!” Ao longo de sua carreira, atendeu muitos casos diferentes e relembra de um rapaz que ao tentar pular um moedor de cana, acabou sendo agarrado pela máquina e teve seus órgãos genitais escalpelados. “Foi um caso atípico, por não ser frequente e também pelo sofrimento desse paciente”. Sobre o futuro de sua vida profissional, ele salienta que pretende se dedicar somente a urologia daqui uns anos. Médico perito da previdência, pretende se aposentar, buscar cursos de especialização e dividir experiências com seus colegas, pois a medicina está mudando rapidamente. “É preciso se atualizar, nós os médicos mais antigos, trazemos as experiências e os mais novos, as novidades”. Em sua vida pessoal, ele busca agregar conhecimento para passar aos seus filhos, e maior entendimento e paciência para conviver melhor com as pessoas.


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“A medicina é minha vida e, se há reencarnação, quero voltar médico!”

DR. Orlando Feieraband

Desde pequeno, morando com seus pais no interior paulista, ele costumava afirmar que seria médico e estudaria em Curitiba. Nascido em Serra Azul (SP), cumpriu a promessa de menino, mudou de estado e foi estudar medicina, onde formou-se aos 27 anos na Universidade Federal do Paraná. Dos tempos de estudante, relata que sua vida foi tranquila e que teve muita sorte ao voltar para a região de Ribeirão Preto, pois a fazenda de seus pais ficava entre as indústrias da família Matarazzo, e ele acabou tornando-se médico da família. Apaixonado pela profissão, a medicina é sinônimo de dedicação e manifestação de amor. “A medicina é minha vida e, se há reencarnação, quero voltar médico novamente!” Atuando como obstetra há 47 anos, já fez mais de 30 mil partos e costuma brincar que as crianças que ele trouxe ao mundo são da família. “Sou o médico que mais fez partos no Vale do Paraíba, são muitos filhos e netos!”

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Para atualizar-se participa de até quatro congressos por ano e se sente muito feliz com essa rotina. Chefe de Especialidades da Unimed, Dr. Orlando Feieraband chegou a São José dos Campos em 1977 e, desde então dedica-se com excelência aos clientes da cooperativa. ”Somos a maior cooperativa e com honestidade e bom senso, faço meu trabalho!” Para o futuro, ele deseja ser uma referência para os novos colegas, pois sempre agiu de maneira correta, com grande disposição, interesse e a intenção de só praticar o bem ao seu próximo. Com seu ideal profissional cumprido, ele quer viver muito e se dedicar à medicina, à comunidade, filhos, netos e bisnetos médicos.


“O foco centralizador da minha vida é a medicina!” DR. Osvaldir Vieira da Silva Natural de São José dos Campos (SP), ele passou a infância no bairro de Santana e ali ficava observando os médicos e as freiras do Hospital Pio XII que passavam frente a sua casa. Assim, começou a paixão pela medicina e a vontade de ser médico. Formou-se aos 24 anos pela Fundação Educacional Severino Gomes Sombra, em Vassouras (RJ). Esforçado, ele relembra que estudava muito e que não tinha tempo para lazer e esportes, pois queria fazer uma boa graduação. Já formado, fez seis pós-graduações e nunca mais parou de estudar. Até os dias atuais, sua paixão ainda é a medicina, chegando a dedicar-se até 14 horas diárias no exercício de sua profissão. “O foco centralizador da minha vida é a medicina!” Em 33 anos de carreira, ele afirma que sua trajetória profissional pode ser comparada a uma enciclopédia, onde coletou “um artigo mais bonito que o outro”. Entretanto, lembra-se de ter vivido dias difíceis, tal como quando desempenhava um

cargo na saúde pública de São José dos Campos e foi sumariamente demitido pelo novo prefeito. “Com a mudança de prefeito, acabei sendo demitido do meu único emprego, vendo-me desempregado e com contas para pagar”. Mas não se deixou abater, especializou-se em geriatria, abriu seu consultório e passou a clinicar no hospital que lhe inspirou ainda criança. Assim começou uma nova etapa de sua vida. Sempre foi um entusiasta pela profissão de médico. “Atendia com muito amor e dedicação, sempre imaginando que isto poderia inspirar outros garotos a se tornarem médicos também!” Tornar-se um cooperado da Unimed foi outro passo importante na carreira do Dr. Osvaldir Vieira da Silva, pois lhe permitiu formar uma clientela e dali obteve o sustento para criar e instruir suas três filhas em faculdades de medicina. Satisfeito por acompanhar o crescimento da cooperativa ao longo

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dos anos, ele afirma ser um apaixonado pelo sistema cooperativista. Inquieto, afirma ter muitos planos profissionais para o futuro e entre eles, no momento dedica-se intensamente ao estudo da medicina do trabalho e das perícias judiciais. E, parafraseando um ditado, declara que um homem que perdeu a capacidade de sonhar, já morreu. “Eu nunca perco a capacidade de sonhar e a reinventar um novo dia!” Hoje, o sonho que ele quer concretizar, é ver a sua terceira filha graduar-se na faculdade de medicina. Pede ainda muito a Deus, que lhe dê tempo suficiente para conviver com suas duas primeiras filhas, já formadas em medicina; para brincar com seus netos e tempo ainda para continuar vivendo feliz com sua esposa. E continuar com humildade, a servir seu próximo e a seu Deus.


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“Eu vivo para a medicina!”

DR. Othon Ferreira da Silva Maldos O desejo de ser médico surgiu naturalmente em sua vida, não houve influência de amigos ou da família. Nascido em Lins (SP), mudou para a capital paranaense para estudar medicina e formou-se aos 25 anos pela Faculdade de Ciências Médicas de Curitiba. Dos tempos de faculdade, ele guarda a lembrança de tempos agradáveis e frutíferos na companhia de bons colegas e de grandes mestres, como Dr. Mario Abreu, professor de cirurgia geral. Ser médico é a melhor maneira para estar perto das pessoas e ajudá-las, porém é necessário privar-se de muitas coisas. “Ser médico é trazer conforto

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em momentos difíceis e eu vivo para a medicina, não tenho nenhuma outra atividade paralela”. Em 40 anos de profissão, ele relata que um dos momentos mais importantes foi a decisão de ficar em São José dos Campos, pois aqui obteve crescimento profissional, seu casamento e a construção de sua família. “Sem contar a convivência diária com Dr. Faustino Nelson D´Avila, que me ensinou muito”. Cooperado há 37 anos, ele afirma que hoje a Unimed-SJC é uma cooperativa dinâmica e preenche todos os requisitos para prestar um excelente atendimento aos seus clientes. Com os programas de medicina preventiva que a Unimed-SJC oferece, ele acredita que a cooperativa está bem preparada para o futuro. “A tendência é caminhar para a prevenção”. Aos 65 anos, ele deseja continuar exercendo a medicina por muito tempo, mas focado nas necessidades da comunidade.


“Descobri o quanto a medicina é linda!” DR. Rafael Marotta Filho Natural de Guaratinguetá (SP), ele sempre quis ser médico, mas resolveu fazer química e trabalhar numa empresa de tintas. Mas, ocupar-se num laboratório com pequenas medidas não era seu mundo. Parou a faculdade no 4ºano, fez um teste vocacional e passou em duas universidades de medicina. Graduou-se aos 30 anos pela Escola Médica do Rio de Janeiro e teve a certeza que iria seguir uma profissão brilhante. De sua turma na universidade, ele guarda boas lembranças. “Saíamos para o happy hour, mas quando era para estudar, éramos todos muito dedicados”. Seu aprendizado foi inspirado nos cirurgiões de sua cidade, mas quando começou a tratar os pacientes na clínica, viu que a medicina era um eterno trabalho de estudo e pesquisa. “Ali descobri o quanto a medicina é linda!” Com residência em clínica geral e ginecologia, ele estudou muito até se tornar um cirurgião. “Quis ser médico de verdade e a cirurgia teve que esperar um pouco”.

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Sua vida profissional foi marcada por muitos momentos emocionantes, alguns até penosos, mas Dr. Rafael Marotta afirma que a medicina lhe proporcionou mais que subsídios para criar seus filhos, é a força motriz de sua vida. Veio para São José dos Campos a convite do Dr. Domingos Campoy, e ele afirma que a vinda para a cidade foi uma transformação em sua vida. “Dr. Campoy abriu as portas para mim e foi um exemplo de vida, um médico gentil e bom caráter!” A Unimed passou a fazer parte de sua vida nesta época e desde então, a cooperativa tornou-se uma grande parceira. “Eu reputo a Unimed como uma das melhores no atendimento aos pacientes e aos cooperados, um médico que não segue um sistema cooperativista, acaba ficando sozinho”. Em quase 40 anos de profissão, ele crê que o futuro da medicina está na alta tecnologia, mas que afirma que com a modernidade, o médico não deve deixar de atender de forma humanizada. “É preciso manter o toque, ouvir e tratar o paciente como um todo!”


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“O amor e o carinho que tenho pelas pessoas vêm da minha paixão pela medicina” DR. Raul Vieira Souza Barros

Ao terminar o secundário, a vontade de lidar com pessoas foi crescendo a cada dia e assim nasceu o desejo de ser médico. Natural de Rezende (RJ), ele mudou-se para Minas Gerais e formou-se pela Faculdade de Medicina de Juiz de Fora, em 1970. Receber o diploma foi um dos momentos mais marcantes de sua vida, pois era o início de uma longa jornada de cuidados com o ser humano em todas as suas dimensões, contextos e fases da vida. Os primeiros anos da universidade foram inesquecíveis, a amizade com os colegas e as reuniões sociais colaboraram para que ele se sentisse em casa. “Minha turma era muito sociável, muito alegre, como se fosse uma família mesmo”. Religioso e muito apegado à família, para ele a medicina não é só técnica, e a forma como trata seus pacientes foi influenciada pelo relacionamento familiar. “O amor e o carinho que tenho pelas pessoas vêm da minha paixão pela medicina e pela minha família!” Além da família, recebeu grande

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apoio de colegas experientes que intervieram na escolha de sua especialidade. “Dr. Zugliani foi um professor na época da residência que me deu muito apoio e influenciou na escolha da anestesiologia”. Hoje, com 40 anos de profissão, Dr. Raul Barros exerce sua profissão com muito prazer e assume que se tivesse que recomeçar, faria tudo novamente para trabalhar a favor dos pacientes. Assim como a Unimed, que evoluiu muito nos últimos anos em atendimento humanizado e de qualidade. “A cooperativa tem uma função muito importante para o cooperado, pois acaba sendo uma equipe médica trabalhando em função do doente”. Otimista, ele acredita no rápido avanço tecnológico da medicina para proporcionar tratamentos mais eficientes, obtendo prevenção ou cura de doenças antes consideradas irremediáveis.


“A medicina é uma paixão, ou você entra ou sai, não há meio termo!” DR. Renato Sebbe

A medicina sempre esteve presente em sua vida, seu pai era médico e desde pequeno sabia que sua vocação era seguir os passos do seu genitor. Natural de São Paulo, ele morou quatro anos em Ubatuba e veio para São José dos Campos no início da década de 60, até se mudar para Mogi das Cruzes, onde se formou em medicina aos 25 anos pela Universidade de Mogi das Cruzes. Da vida universitária, ele participava de tudo, das festas aos estudos em grupo, e afirma que estudar numa faculdade no interior foi melhor. “Éramos muito unidos, na cidade grande as pessoas se afastam um pouco, mas no interior sempre concentra muito”. Sua ideia inicial era se especializar em ginecologia e obstetrícia, mas alguns professores da área cirúrgica foram pessoas marcantes em sua vida. “Acho que isso acabou mudando o meu destino e fui me especializar em cirurgia do aparelho digestivo”. Com mais de três décadas dedicadas à medicina, Dr. Renato Sebbe confessa que seu maior prazer é operar.

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“Consultório pra mim é chato e isso é complicado pra quem gosta de fazer cirurgia, mas é o atendimento no consultório que define quem é o paciente cirúrgico”. Para ele, o momento mais importante de sua carreira foi receber o Título de Especialista do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), pois precisou reorganizar toda a sua rotina. “Foi preciso me preparar, tive que voltar a estudar, mas a medicina é assim, uma paixão, ou você entra ou sai, não há meio termo!” Cooperado Unimed desde 1980, já foi diretor financeiro e vicepresidente da cooperativa, e conhece de perto os desafios administrar um sistema democrático como o cooperativista. “Não é fácil porque são cabeças e pensamentos diferentes em que a maioria decide, mas eu acredito no cooperativismo”. Complicado para ele é acompanhar a evolução da medicina, mas não hesita em dizer que quer continuar se atualizando e trabalhar até os 70 anos, pra depois, se dedicar as outras atividades. “Quero ver meus filhos formados e ter mais tempo para a minha família”.


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“Nada supera a medicina em minha vida!” DR. Ricardo Simi

Aos 16 anos de idade decidiu ser médico. Integrante da Seleção Brasileira de Natação, o jovem atleta optou por dedicar-se paralelamente aos esportes e seguir a carreira médica. Natural de Taubaté (SP), ele formou-se aos 28 anos na Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e, entre tantas lembranças, relembra que sua formatura no Teatro Municipal quase não aconteceu por conta de uma grande chuva no Rio de Janeiro. “Foi o primeiro alagamento na cidade e metade dos participantes não conseguiu chegar.” Desde o 2º ano da faculdade, ele trabalhava como assistente cirúrgico nos hospitais. Essa experiência lhe rendeu um aprendizado extra que ele pôde empregar logo que chegou a São José dos Campos, com a criação de uma clínica de queimados. Durante dois anos, ele foi o único cirurgião plástico na cidade. “Realizei esse trabalho por 20 anos e para mim foi muito marcante!” Em 45 anos de profissão, ele reconhece que a medicina é muito importante em sua vida, e administrar a clínica, a família

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e a natação não foi nada fácil. Depois de 15 anos formado, ele voltou a competir na categoria Masters e conseguiu se destacar com títulos nacionais e internacionais. “Mas, nada supera a medicina, que é praticamente a minha vida!” Cooperado Unimed há 39 anos, Dr. Ricardo Simi participou de toda a trajetória da cooperativa, e afirma que sempre considerou a melhor opção para a classe médica não ser dominada por outros administradores. Plenamente realizado com a profissão, ele planeja trabalhar até os 80 anos, “se Deus permitir exercê-la com dignidade e dedicação!”


“Eu faria tudo de novo!” DR. Ridiger Arauz Godoy Adolescente, ele demonstrava interesse pela medicina. Com um irmão médico e dois dentistas, tornar-se médico foi um caminho natural. Nicaraguense, ele veio estudar no Rio de Janeiro e formouse aos 26 anos pela UEG Universidade da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Adaptar-se a um novo país e à faculdade não foi difícil, pois logo fez amigos. “Participei de várias festas que aconteciam nas repúblicas e logo me enturmei”. Naturalizou-se brasileiro após ter concluído o curso de medicina. Ainda universitário, ele já frequentava os hospitais e assim

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conseguiu um estágio na área neurológica. “Eu aprendi muito!” Muita dedicação e estudo, esforço e cansaço não foram obstáculos. “Eu faria tudo de novo!” Para se tornar cirurgião, fez residência na área de neurocirurgia no Hospital das Clínicas, no Rio de Janeiro, com grandes mestres em neurocirurgia. “Como neurocirurgião, continuo me atualizando”. Sobre o futuro da medicina, ele brinca e afirma que “o futuro é o presente sempre bem próximo” e deseja que as inovações tecnológicas promovam maiores benefícios aos pacientes e facilitem, cada vez mais, o trabalho médico. Realizado com sua profissão, porém inquieto, ele almeja oferecer um tratamento mais humanizado aos seus pacientes.


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“É gratificante sentir o reconhecimento de meus pacientes” DR. Roberto de Camargo Vianna Natural de São José dos Campos (SP), Dr. Roberto Viana formou-se aos 26 anos pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Sorocaba, em 1972. Desde pequeno, sempre teve contato com médicos, pois acompanhava o trabalho do pai e do irmão. Mas, a sensação mais marcante com a medicina, foi ainda na época da universidade. “É memorável o momento em que passei a frequentar o hospital e que realmente entrei em contato com a medicina”. Inspirado pela vocação, sempre buscou aprender no exercício da medicina e acredita que depois da família, essa é a parte mais importante de sua vida. “Tratar das pessoas, sentir o resultado da cura em pacientes e o convívio com toda sociedade é o que me motiva a cada dia”. Em mais de 30 anos como médico, não consegue definir o momento mais importante de sua vida profissional, já que a medida que os anos foram passando, sempre foi importante o reconhecimento de seus pacientes.

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“Chego a ter toda uma família como paciente, duas, três gerações sob meus cuidados e isso é muito gratificante!” Revela que a Unimed-SJC é a entidade mais importante na busca pela excelência no atendimento à saúde, mais importante que órgãos públicos e que a grande maioria dos prestadores de serviços nesta área. Com a experiência de mais de três décadas de serviços prestados à qualidade de vida, quer ter muita saúde para continuar desenvolvendo seu trabalho.


“A medicina de hoje não é aquela que escolhi e procurava, mas ainda assim é maravilhosa” DR. Ronaldo Fialho

A medicina entrou por acaso em sua vida. Nascido em Manhuaçu, (MG) ele foi estudar em Ouro Preto (MG). Lá todos queriam fazer engenharia, mas seu pai acabou mandando-o para São Paulo para que não fosse influenciado pelos colegas. Na capital paulista, os novos colegas iriam fazer medicina e assim ele optou por medicina. Formou-se aos 26 anos pela Universidade da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro e, relembra que o momento mais feliz ao terminar o curso, foi entender que a partir dali poderia dar o melhor de si pelo bem alheio. A especialidade que ele seguiu foi influência de um colega, Dr. Ibraim Hanna, chefe de otorrinolaringologia na Santa Casa do Rio de Janeiro. “Ele me ensinou a encarar a medicina com respeito, perseverança e humildade”. Para ele, a sua profissão já não é a que ele escolheu há 46 anos. “A medicina de hoje não é aquela que escolhi e procurava, mas ainda assim é maravilhosa”. Entretanto, há instituições empenhadas em fazer a

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medicina acessível para todos, assim como a Unimed. Cooperado há 36 anos, ele ressalta que o objetivo do cooperativismo é muito digno e que a cooperativa cumpre bem seu papel. Um pouco descrente sobre o futuro, ele crê que é necessário uma revisão de valores e da qualidade de ensino. “Com essa avalanche de faculdades e médicos no mercado, há uma baixa qualidade de profissionais”. Certo de que já realizou quase tudo o que gostaria na vida, quer continuar exercendo o melhor que sabe fazer: a medicina!


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“A alegria de ser médico é continuar lutando para minimizar a dor de seu semelhante!” DR. Rubens Amâncio dos Santos

Com muitos problemas de saúde durante a infância, o médico da família estava sempre presente em sua casa. O trabalho desse profissional da saúde acabou despertando o desejo do garoto. Mineiro de Uberlândia, ele formou-se aos 29 anos pela Faculdade Católica de Ciências Médicas de Belo Horizonte. Teve diversas ocasiões marcantes em sua vida universitária, porém a primeira cirurgia que participou na Santa Casa de Belo Horizonte é a que se destaca. “Foi um momento de grande emoção!” Para o Dr. Rubens Amâncio dos Santos, a medicina é uma atividade atraente porque vai de encontro ao sofrimento alheio e todo médico quer dar sua parcela de colaboração, além de trazer uma realização incomum. “A alegria de ser médico é continuar lutando para minimizar a dor de seu semelhante e, ter a sensação de que foi credenciado para fazer o bem!” Em 46 anos de profissão, um dos momentos mais importantes de sua carreira foi deixar Belo Horizonte, em 1970, para trabalhar em Santa Isabel (SP). Para ele, mais que uma mudança

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de endereço, era a grande prova de que estava habilitado para exercer a medicina. Esse passo foi decisivo em sua profissão, e ele teve todo o apoio de sua mulher. “Foi muito gratificante, pois consegui provar a mim mesmo que estava apto a trabalhar praticamente sozinho”. Chegou a Jacareí em 1975, ano em que se tornou um cooperado Unimed e, o sistema cooperativista colaborou com seu enriquecimento profissional. Ele fez diversos cursos, entre eles, o de auditoria médica, função que exerce há 19 anos na Unimed. “Na cooperativa é exigido um aperfeiçoamento adequado com a resolutividade, assim sempre buscamos a excelência!” Para ele, o futuro da Unimed é promissor e a construção do Santos Dumont Hospital foi um grande passo rumo à excelência. Realizado com a profissão e com a família, pois tem como esposa Eugênia Beatriz, três filhos maravilhosos: Luiz Guilherme, Fernando e Ricardo e três netas. Seu projeto agora é moderar suas atividades médicas, curtir a família e viajar.


“Na medicina, o mais importante é exercer a profissão com amor!” DR. Samuel Henrique Mandelbaum Natural de Assis (SP), sempre foi fascinado pela medicina. Ele relata que antigamente, os médicos eram praticamente membros da família, iam visitar seus pacientes em casa e o contato com esses profissionais acabou encantando-o. “Ao final do colegial, decidi me tornar médico”. Formou-se aos 24 anos pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e, dessa época, ele relembra a repressão política e a efervescência cultural. “No primeiro dia de aula, fomos recebidos na faculdade e já era uma greve em apoio aos colegas que haviam sido presos”. Ele relata que seu curso foi tumultuado por conta do cenário político, porém foi uma fase de crescimento muito grande, em que aprendeu sobre música, literatura e política, além da medicina. Já formado e em busca de qualidade de vida, mudou-se para São José dos Campos e logo tornou-se um cooperado da Unimed. ”Sempre tive a ideia de incentivar o cooperativismo e a unimilitância, por isso só atendo

a Unimed-SJC. Em 36 anos de formação médica, Dr. Samuel Mandelbaum viveu momentos muito importantes em sua profissão. Desde 1983, é professor de dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté, onde tem a oportunidade de ensinar aos alunos da faculdade, e treinar no Hospital Universitário, os médicos residentes que se tornarão especialistas em dermatologia. Entre 1985 e 89, ele foi presidente da Associação Paulista de Medicina em São José dos Campos, onde liderou o movimento pela instituição da tabela de honorários médicos.

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“Um trabalho extremamente árduo que ainda não terminou”. Em 2001, com o apoio de sua esposa, ele criou o Dermacamp - um trabalho de integração social e qualidade de vida para crianças que têm graves doenças de pele. “No acampamento, essas crianças aprendem que não estão sozinhas no mundo e que podem lutar por seus direitos”. Em 2004, Dr. Mandelbaum recebeu o maior prêmio mundial de voluntariado da Academia Americana de Dermatologia e, dentre 12 médicos escolhidos, ele foi o único estrangeiro a ser agraciado. Satisfeito com a profissão, ele revela que a medicina representa uma grande parte de sua vida, mas não hesita em afirmar que não é tudo. “A medicina me deu uma experiência enorme, através dela constitui família, filho e tive reconhecimento, porém o mais importante é exercer a profissão com amor”.


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“Eu me dedico integralmente à medicina, de corpo e alma!” DR. Samuel Marcos Garcia Guacelli Na sua adolescência, sua mãe adoeceu e ele acompanhou de perto o tratamento que era realizado pelos médicos. Assim, ele vislumbrou o que era a medicina e passou a se dedicar mais nos estudos relacionados à biologia e à saúde para prestar vestibular. Natural de Jaú (SP), ele graduouse aos 24 anos pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Entre os momentos mais memoráveis, ele destaca o ingresso para a vida acadêmica e todos os rituais que acontecem nesta época. “O trote era bem leve e agradável, distinguindo que éramos calouros”. A partir do 5º ano, participava de plantões na Santa Casa de Ribeirão e contava com colegas mais experientes para enriquecer seu conhecimento. “Essa fase foi muito importante para meu desenvolvimento profissional e científico.” Dr. Samuel Guacelli afirma que ao lado da família, a medicina simboliza a sua vida. “Eu me dedico integralmente à medicina, de corpo e alma!”

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Há 42 anos exercendo a profissão, ele afirma que os agradecimentos recebidos de pacientes, de forma gratuita e inesperada, ainda o emocionam muito. Simpatizante do sistema cooperativista, ele conheceu os princípios da Unimed logo no início das atividades da cooperativa e tornou-se um membro. “Esse princípio do cooperativismo é fundamental para a excelência médica, cada colega dá o máximo de si, pois somos os patrões, os responsáveis pela Unimed”. Sobre o futuro da profissão, ele espera que com a evolução tecnológica na área da saúde, o aspecto humanitário e social da medicina se desenvolva em todos os médicos. E que Deus lhe permita exercer a medicina por muitos anos.


“O bom médico é o que aprende todo dia!” DR. Sérgio dos Passos Ramos Sua mãe queria que ele fosse engenheiro, seu avô, um renomado advogado paulista, queria que ele seguisse a advocacia, mas ele queria mesmo era seguir a carreira religiosa. Porém, ao fazer um teste com os padres missionários, o diretor espiritual lhe aconselhou a seguir a medicina. Assim, esse paulistano, passou no primeiro vestibular que prestou e formouse aos 24 anos pela Universidade Estadual de Campinas. Sua vida universitária foi repleta de momentos marcantes. Eleito presidente do Centro Acadêmico, em plena ditadura militar, muitas vezes se viu envolvido com a política acadêmica, o que lhe rendeu muita responsabilidade, mas também grandes oportunidades. “Ganhei uma bolsa e fui estudar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, onde aprendi muito sobre a sociologia e a política americana”. Logo após a formatura, atuou como médico reservista da Força Aérea Brasileira, e voava por todo o Brasil, atendendo às comunidades carentes. Após concurso público foi designado para o CTA, e ali pôde conhecer

a mais alta tecnologia voltada à medicina. “Toda vez que um aluno fazia algo ligado à medicina, como por exemplo, o bisturi elétrico, eu estava junto com o professor, orientando todo o processo”. Com 39 anos de profissão e mais de 20 mil partos realizados, Dr. Sergio Passos Ramos afirma que a vida do médico exige, além de abnegação, muito estudo e dedicação. “O bom medico é o que aprende todo dia!” Cooperado Unimed há 34 anos, ele acredita no cooperativismo e reconhece a assistência que a cooperativa proporciona aos seus membros, visando à excelência no atendimento e de seus profissionais. “A Unimed me proporcionou uma especialização em gerenciamento empresarial avançado, aprimorando ainda mais a minha formação”. Sobre o futuro, ele afirma que é necessário valorizar ainda mais a vida humana, e quando for possível mensurar o valor da vida, teremos uma saúde melhor em nosso país. “Para mim, o futuro será de trabalho e reflexão acerca dos valores.”

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“Exerço a medicina com entusiasmo!” DR. Sérgio Roberto Iague Esportista nato, sempre desejou uma profissão que estivesse ligada ao esporte, porém sentia um imenso prazer em cuidar das pessoas. Assim, decidiu fazer duas universidades ao mesmo tempo, conciliando a medicina com educação física. Nascido em São Paulo, formou-se aos 27 anos pela Universidade de Mogi das Cruzes, e mesmo com tantas responsabilidades e estudo, ele conseguiu ter tempo para participar das festas universitárias. “Eu me lembro mais das festas, pois eram muito boas!” Com satisfação, ele relata que conciliar a medicina com atividade física foi uma excelente alternativa, pois todo esporte é um meio eficaz que reage de forma positiva no corpo de qualquer pessoa. Além do esporte, algumas pessoas fizeram grande diferença em sua carreira, entre elas, sua esposa que sempre o incentivou. Dr. Sérgio Iague afirma que a medicina o afeta de maneira essencial e, em 35 anos de profissão, nunca sentiu vontade de parar. “Ainda exerço a medicina com o

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mesmo entusiasmo, continuo trabalhando no mesmo ritmo”. Cooperado Unimed há 31 anos, ele afirma que não pretende parar o atendimento aos clientes, pois a cooperativa lhe oferece muita segurança. Sobre o futuro da medicina, ele é enfático ao dizer que a saúde está intimamente ligada ao esporte. “É só observar quem leva uma vida sedentária, pois vai ficando cada vez mais dependente de remédios”. Médico e esportista, ele já participou de 25 maratonas e mais de 250 corridas curtas de rua e aos 61 anos, comprova que aliar atividade física à boa prática da medicina traz um novo vigor para a vida!


“A medicina é mais que uma profissão, é minha paixão!” DR. Sérgio roberto nacif Sem vocação para a advocacia e para a engenharia, optou pela medicina. Ele relata que não havia muita opção para escolher naquela época. A disposição espontânea para ser médico nasceu ao observar os profissionais de Itaperuna (RJ), cidade onde nasceu. Graduou-se aos 24 anos pela Faculdade Nacional de Medicina, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Da vida universitária, ele guarda boas lembranças e relata que estudava muito. No 4º ano, ele ganhou em primeiro lugar num concurso em que todas as escolas de medicina do Rio de Janeiro participavam. “Eu era um garoto simples, mas adorava estudar e isso foi muito marcante pra mim!” Nesse mesmo ano, conheceu alguns médicos que desenvolviam a Terapia Intensiva no Hospital de Andaraí. Fazer parte deste grupo entusiasta influenciou sua formação. “Eram colegas experientes que estavam iniciando a Terapia Intensiva no Brasil e foi marcante na minha profissão e na minha vida!” Toda essa experiência ele trouxe para São José dos Campos e,

na década de 70 criou com outros colegas, o atendimento de Terapia Intensiva na Santa Casa, e eles foram os primeiros a realizar ventilação e ressuscitação mecânica na região. Dr. Sergio Nacif afirma que não saberia viver sem a medicina e apesar de todas as dificuldades, ele sempre buscou novas alternativas dentro da profissão. Há cinco anos, ele participa do Ambulatório do Sono no Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo. “A medicina é mais que uma profissão, é minha paixão!” Sobre a Unimed, ele tece elogios ao excelente trabalho desenvolvido ao longo de 39 anos e afirma que a cooperativa cresceu porque oferece um excelente serviço para toda a comunidade. Otimista, ele crê que a medicina vai evoluir a cada ano e o Brasil deverá estar preparado para uma medicina de qualidade com recursos cada vez mais escassos. Realizado com a profissão, porém inquieto, ele pretende desenvolver um laboratório do sono e estar preparado para oferecer mais esse cuidado aos seus pacientes.

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“Para mim, a medicina representa a vida!” DRa. Susana Rizzi O exemplo de solidariedade veio de casa. Sua mãe, que ajudava seu pai em atividades de pecuária, mantinha um cantinho em casa onde atuava como enfermeira, aplicando injeções e cuidando de pessoas necessitadas. As caixas e os frascos das injeções viravam brinquedo e a menina Susana medicava suas bonecas, num exercício lúdico de medicina. Nascida no Paraguai, mudouse para o Brasil para cursar medicina, formando-se aos 26 anos pela Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto. Ela lembra como foi a experiência de encarar um país e uma cultura diferentes e como, apesar das dificuldades, sempre contou com o apoio dos professores e amigos. “Meus mestres e os pais de meus colegas me tratavam como uma filha, tanto para o estudo quanto para as festas!” Ela ainda se pergunta como os pais permitiram que viesse ao Brasil, e reconhece que eles estavam à frente de seu tempo ao lhe propiciarem realizar um sonho.

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“Para mim, a medicina representa a vida!” Com mais de 35 anos de profissão, ela considera impossível mencionar apenas um momento importante de sua carreira. “Tudo foi importante! Já ajudei pessoas desconhecidas que só ficaram sabendo depois que eu era médica!” Não titubeia, porém, ao citar as pessoas que mais a influenciaram em sua jornada. “Os professores Laus, Martinez e Venâncio que sempre me ajudaram, e meu pai que, ao falecer, me fez entender o verdadeiro significado da vida e de minha profissão!” A Dra. Susana Rizzi pensa que as dificuldades para exercer a boa medicina não acontecem só no Brasil e crê que o melhor caminho para resolvê-las seja o cooperativismo. “A Unimed está no caminho certo, fazendo tudo o que é possível para defender a classe médica.” Otimista sobre o futuro, ela quer colaborar e fazer o que estiver ao seu alcance. “Ajudo a quem aparece em meu consultório, a minha especialidade hoje é entender os pacientes como um todo!”


“A boa medicina ainda se faz com a ausculta” DR. Targino Garcia do Amaral Gurgel A vontade de ser médico não era um desejo de criança. Aos 16 anos, ele decidiu seguir a carreira por influência de alguns amigos. Natural de São Paulo, ele formou-se aos 29 anos pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dos tempos da faculdade, relembra diversos episódios divertidos desde o trote até a sua formatura. Para se definir o paraninfo da turma havia a disputa entre dois professores. Ele apoiou o pediatra, Prof. Dr. César B. Pernetta, seu professor, que era muito culto, acessível, simples e de fala mansa. “No dia da formatura, ele ficou por quase duas horas fazendo discurso, e apesar dele ser muito querido, vários convidados se retiraram, e eu fiquei bastante constrangido!” Dr. Targino Gurgel sempre tratou seus pacientes de forma alegre e divertida, brincando com os clientes, muitas vezes carimbando-lhes o nariz e cantando versinhos com rimas provocativas e engraçadas,

quase todos entravam na brincadeira. Porém, certa vez, a mãe de uma das crianças não encarou essa atitude como uma brincadeira e registrou uma queixa contra ele no Conselho Regional de Medicina. O CRM simplesmente desconsiderou e arquivou a queixa, não dando nenhum provimento ao assunto. “Uma criança que não ri será, muito provavelmente, um adulto agressivo e infeliz”. Em 38 anos de profissão, viveu momentos intensos com diversos pacientes. Relembra de um menino com uma síndrome hemorrágica gravíssima, causada por catapora. Com poucos recursos, se desdobrou para conseguir transferir a criança para um hospital melhor. “Ele acabou ficando 15 dias internado no Hospital Sabará em São Paulo, sobreviveu, e até hoje quando me vê , faz festa como se ainda fosse uma criança!” Cooperado há 33 anos, sempre acreditou no cooperativismo e já fez parte da diretoria como conselheiro. Reconhece que a medicina está caminhando para uma situação muito difícil e que

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a proposta de criar serviços próprios é fundamental para a cooperativa. Sobre o futuro da profissão, ele crê que seja necessário o médico manter o foco no paciente. “A boa medicina ainda se faz com a ausculta, somente os exames complementares não irão resolver, se não houver um bom relacionamento com o paciente!” E, em sua vida pessoal, quer tornar-se avô, continuar a fazer reuniões com os amigos do seu grupo de música, além de viajar para ver os filhos que moram no exterior.


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“Ser médico é um dom de Deus que nos dá qualidade para servir ao próximo” DRA. Therezinha Veneziani Silva Para ela, optar por exercer a medicina foi um dom divino e não influência de sua mãe, que era parteira. Nascida em São José dos Campos (SP), numa fazenda do Alto da Ponte, abandonou a vida bucólica para estudar no Rio de Janeiro, na Faculdade de Ciências Médicas, onde graduouse aos 26 anos. Em uma época que poucas mulheres saíam de casa para estudar, ela foi uma das sete alunas privilegiadas em uma turma com 120 homens. Além da universidade, a vivência em hospitais lhe proporcionou experiência e sabedoria para lidar com os pacientes e afirma que é preciso atenção, empatia com o enfermo e zelo como um todo e completa parafraseando Sócrates: “Assim como não se deve tentar curar os olhos separados da cabeça ou a cabeça separado do corpo, também não se deve tentar curar o corpo separado da alma. É por isso que os médicos desconhecessem a cura de muitas doenças. Porque eles não olham para o todo que também deve ser estudado, pois a parte não poderá estar bem se o todo não o estiver”.

Para a Dra. Therezinha Veneziani, tornar-se médica é poder desfrutar de um talento que precisa ser muito bem trabalhado. “Ser médico é um dom de Deus que nos dá qualidade para servir ao próximo. A medicina implica no envolvimento com a vida do paciente em sua totalidade, exigindo de nós dedicação, renúncia e muito amor”. Especializou-se em obstetrícia no Hospital Policlínica Geral do Rio de Janeiro e com a experiência adquirida, tornou-se a primeira chefe da maternidade da Santa Casa de São José dos Campos, em uma época que a maioria dos partos era feito em casa. “Eu cheguei e já encontrei a cama

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pronta, apenas segui a linha que a minha mãe havia traçado!” Em 56 anos de profissão, muitos foram os momentos que emocionaram e marcaram sua trajetória. Para ela, acompanhar uma gestação do começo ao fim, num tempo em que não existia a ultrassonografia e que os olhos do obstetra eram as suas mãos, era a maior satisfação do mundo! Cooperada há 39 anos, acompanhou todo o desenvolvimento da Unimed, pois é viúva de um dos fundadores da cooperativa, o anestesista Dr. Francisco de Paula Carvalho Rodrigues Silva.Ela salienta que é preciso trabalhar em conjunto, pois esse é o real sentido do cooperativismo. Satisfeita com a profissão e com sua vida pessoal, ela trabalha pela Pastoral de Saúde da Catedral de São Dimas e dois dias por semana no consultório. Quer curtir a melhor idade, com muitas viagens e ao lado de sua família, entre eles, Dr. Francir Veneziani Silva, reumatolgista cooperado da Unimed que seguiu a profissão dos pais.


“O exercício da medicina é amor ao próximo!” DR. Tsutomu Matsumoto Na adolescência, após presenciar uma fatalidade na família e com a influência da avó e pais, decidiu estudar medicina. Natural de Pereira Barreto (SP), ele formou-se pela Faculdade de Medicina de Marília, especializando-se em ginecologia e obstetrícia. Ele relata que o tempo de estudante foi uma época de descobertas, de praticar esportes e de muito estudo. “Eu conciliava os estudos com os campeonatos de beisebol que participava”. Mudou-se para São José dos Campos em 1979 e foi trabalhar no Hospital Pio XII onde conheceu o sistema

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cooperativista. Desde então abriu seu consultório, conciliando com plantões e cirurgias. A medicina para o Dr. Tsutomu Matsumoto é sinônimo de benevolência, exige muita dedicação, sacrifício e compreensão dos familiares. “Médico não tem feriado, muitas vezes foi preciso deixar a esposa e filhos para atender paciente”. Com três décadas de serviços prestados, não tem idéia de quantos bebês já trouxe ao mundo, mas revela que o momento mais marcante de sua vida foi o nascimento dos filhos. “O nascimento de uma criança é um mistério, é uma emoção diferente”. Dr. Matsumoto não pensa em abandonar a profissão, pois para ele ”o exercício da medicina é amor ao próximo”.


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“Exercer a medicina foi um grande desafio de vida!” DR. Valdemar Paes Barreto Ainda muito jovem, decidiu que seria médico, pela vocação e pelo interesse em ajudar pessoas. Seu objetivo era aprender e utilizar toda a sua ciência para a recuperação da saúde de seu semelhante. Nascido em São Gonçalo (RJ), aceitou o desafio de exercer a medicina e formou-se aos 30 anos pela Faculdade de Medicina de Valença. Dos tempos de universitário, a maior lembrança é o prazer que sentia ao conviver com seus colegas. Algumas pessoas foram essenciais para seu aprendizado como médico, sua mãe foi uma influência positiva. “Exercer a medicina foi um grande desafio de vida! Para Dr. Valdemar Paes Barreto, a medicina representa a realização de um ideal de vida. “Foi através dela que pude fazer diversos procedimentos cirúrgicos e também restituir a visão de muitos pacientes, o que foi muito gratificante pra mim!” Em 37 anos de medicina, sua maior satisfação é ter exercido sua profissão com muita responsabilidade e ética.

“Meu maior orgulho é nunca ter tido nenhum processo profissional ou judicial.” Ter uma família estruturada, com uma esposa compreensiva, colaborou para o êxito na sua profissão, além de ter três filhos que hoje são colegas de profissão (médicos). Cooperado há 32 anos, ele crê que a Unimed está bem estruturada e segue os princípios do cooperativismo, “uma entidade criada por médicos, para médicos.” Para o futuro, ele espera ter muita saúde para exercer a arte da medicina com paz e tranquilidade, além de muita disposição para continuar com infindável aprendizado que a profissão exige. “O médico de hoje tem que estar atualizado, solícito com os seus pacientes, pois estão cada vez mais bem informados a respeito da atividade médica e somos frequentemente questionados.”

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“Sem uma base de educação, mesmo estudando muito, não há como ser um bom profissional e vencer barreiras” DR. Vanio Pontes de Araújo A vocação para a medicina surgiu por volta dos 15 anos. Ele participava de um grupo que ia às comunidades carentes para ajudar as pessoas com alimentos e orientações. Nessas idas e vindas, conheceu toda a carência, principalmente a assistência médica. Assim decidiu que seria médico. Nascido em Sacramento (MG), formou-se aos 25 anos pela Universidade Federal de Minas Gerais. A vida universitária foi um grande aprendizado, longe de casa, ele reconheceu que a educação que recebeu foi essencial para o seu êxito profissional. “Sem uma base de educação, mesmo estudando muito, não há como ser um bom profissional e vencer barreiras”. Além da família, Dr. Hilton Rocha foi um grande exemplo para ele: Foi o mestre dos mestres!” Com quase 40 anos de profissão, ele não consegue elencar o momento mais importante de sua carreira, pois muitas foram as emoções vividas. “São muitos anos

ajudando e até hoje eu continuo reservando horários no meu consultório para os mais necessitados”. Com o avanço em recursos próprios e o foco na medicina preventiva, Dr. Vanio Araújo, constata que a Unimed foi um grande passo para a saúde na região de São José dos Campos, seja para pacientes, seja para os cooperados. “Somos os donos e atendemos nossos clientes, ser um cooperado é muito mais vantajoso para todos”. Para ele, a evolução tecnológica colaborou para agilizar o avanço na medicina, e novos procedimentos surgiram, refletindo no diagnóstico rápido e tratamento mais eficaz. “Antes a cada cinco anos aparecia uma novidade, hoje em dia, rompemos a barreira de um ano a cada seis meses!” Realizado, quer usufruir tudo o que conquistou e continuar a exercer a sua profissão. “Não tem esse negócio de aposentadoria, enquanto tiver forças continuo com a medicina!”

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“A medicina é uma profissão muito nobre” DR. Virgílio de Barros Franco O exemplo de amor à medicina ele teve em casa. Seu pai era médico e, naquela época, exercer a profissão era muito penoso. “No tempo de guerra que não tinha gasolina, meu pai carregava seu equipamento no lombo do cavalo para atender na zona rural”. E mesmo presenciando tanta dificuldade, ele decidiu estudar medicina. Natural do Rio de Janeiro, ele formou-se aos 25 anos pela Faculdade Nacional de Medicina, a famosa Faculdade de Medicina da Praia Vermelha. Orgulha-se de ter estudado na mesma universidade que seu pai e que seus tios-avós e tem ótimas lembranças. Conta que o Rio de Janeiro era mesmo uma cidade maravilhosa e, que inúmeras vezes, ele saía de ambulância para prestar socorro de madrugada. “Entrava nas favelas tranquilamente, não havia toda essa violência”. Porém, Dr. Virgílio guarda uma grande tristeza dessa época. “Logo depois que me formei, derrubaram o prédio da minha faculdade”. Em 1969, dois anos após ter

se formado, aceitou o convite da prefeitura e veio para São José dos Campos, em busca de uma melhor remuneração e de perspectiva de crescimento. “Não pensei muito, peguei meus livros, meu fusquinha e vim!” Ele revela que sempre se realizou na medicina e embora tenha vontade de saber tudo sobre a profissão, dedicou-se a cardiologia e o que mais gratifica é ouvir “obrigada, doutor, o senhor acertou, estou muito bem graças a sua atuação”. Ao longo de mais de 40 anos de profissão, ele conta que vivenciou fatos interessantes. Em um deles, estava na fazenda de seu pai e foi chamado para

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fazer um parto na roça. Como estava sem equipamentos, ele apanhou a tesoura de costura de sua mãe, as luvas dela, um punhado de algodão e barbante e foi atender. “Foi um pouquinho complicado, mas com a ajuda da parteira, tudo correu bem”. Cooperado há quase 40 anos, Dr. Virgílio foi um dos fundadores da cooperativa e ele afirma que a Unimed teve seus pontos altos e baixos, mas que o principal objetivo ela atingiu, sempre buscando a excelência. Realizado, ele afirma que sua atividade merece respeito, pois “a medicina é uma profissão muito nobre”, com a vantagem de permitir a diversidade de atividade. E ele nem pensa em ficar parado. “A medicina me permite prestar serviço para a população que precisar de mim, enquanto eu tiver perna e cabeça!”


“Com a medicina tenho a sensação de missão cumprida, com minha vida e com o Universo!” DR. Walter Ferling

Nascido na Romênia, ele mudou para a Áustria onde viveu até os 17 anos. O espírito aventureiro o trouxe até o Brasil, pois ele queria ser garimpeiro. Só encontrou insetos e acabou desistindo. Resolveu seguir a profissão do seu pai e foi estudar medicina. Formou-se aos 29 anos pela Universidade de São Paulo. Os momentos mais marcantes de sua vida universitária aconteceram na clínica médica do Hospital das Clínicas, onde descobriu que o centro da medicina é a cabeça. Hoje, exercer a medicina é uma grande realização pessoal. “Tenho a sensação de missão cumprida com a minha vida e com o universo”. Dr. Walter Ferling definese como um bom cuidador e, ao longo de 46 anos de carreira afirma que o caso mais marcante foi de um tetraplégico que sofria de uma paralisia causada por problemas psíquicos. “Era um caso grave, onde foi necessário aplicar ECT, mas a recuperação foi imediata!” Movido por curiosidade e

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com grande interesse por conhecimento, ele afirma que a sabedoria é uma aventura extremamente enriquecedora, e destaca um de seus mestres, veterano do Hospital Psiquiátrico do Juqueri, que proporcionou a ele vivenciar experiências inesquecíveis. “Dr. Mario Yahn me colocou para morar junto com os internos e isso me ensinou a não ter medo de paciente psiquiátrico”. Cooperado Unimed, já fez parte do Conselho Fiscal há 30 anos e entende que a cooperativa é uma forma interessante e democrática de promover a saúde. Aos 74 anos, ele afirma não pensar muito sobre o futuro e quer continuar trabalhando, mas a única coisa que lhe perturba é a velocidade das informações e da tecnologia. “Ainda sou do tempo da máquina de escrever!”


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“Tudo o que eu gosto de fazer e procuro aprender é a medicina” DR. Wanderson Prado Leite A primeira experiência de cura aconteceu ainda criança. Ao ouvir um piado de dor, descobriu debaixo de um jipe, um frango com o corpo atravessado por um espeto de bambu. Com a ajuda de um amigo, retirou o objeto e salvou o bichinho. “Esse fato que me mostrou como cuidar da saúde e minorar a dor. Não sei se foi isso que me fez virar médico, mas me marcou muito”. Nascido em Paraguaçu (MG) em 1949 formou-se pela Universidade Federal de Minas Gerais, aos 24 anos. Relembra o impacto ao dissecar um cadáver ou quando examinou um paciente pela primeira vez, porém o momento mais memorável da época foi durante a residência. “Foi a apoteose de minha profissão”. A troca de experiências com os colegas da Clínica PróInfância foi fundamental para entender o ser humano como um todo o que levou a ter uma conduta mais humanista. A medicina é o centro de sua vida e não hesita em afirmar. “Hoje tudo o que eu sei fazer,

o que eu gosto de fazer é medicina”, mas é categórico ao assumir que a família é a sua grande motivação. “Minha esposa é de uma compreensão muito grande e cheia de otimismo e, para minha felicidade e orgulho minhas três filhas estão seguindo a minha carreira”. Ex-diretor da Unimed-SJC, o doutor acredita que o cooperativismo é um dos melhores caminhos para se buscar a excelência na saúde. “As pessoas trabalham na própria empresa e lutam para que se ofereça a melhor qualidade de saúde para a população”. Seu sonho é transformar a sociedade para que ela se torne responsável pela própria saúde e vê na medicina preventiva, a força maior para que isso se torne realidade. “No momento, nosso sistema é de doenças e não de saúde”. Para o futuro, seu desejo é continuar estudando muito e lutando pela transformação desta política de saúde e pela responsabilidade social.

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Cooperados Beneméritos


A publicação Cooperados Beneméritos foi produzida pelo Departamento de Marketing & Comunicação da Unimed-SJC. Jornalista responsável Adriana Faria – MTB 47879. Entrevistas Luciana Souza. Projeto Gráfico e Diagramação Soul Comunicação. Fotos André Tomino, Flávio André e Arquivo Pessoal. Sobre Capa Couche fosco 170 g/m2. Capa Couche fosco 170 g/m2 e Cartão Horle nº 15. Miolo Couche fosco 170 g/m2.

SELO FSC


Sumário

Abrão Gassul 14 Ademir Pinoti de Morais 15 Ailton Bonani Freire 16 Airton Aguilar Sanchez 17 Alair Maciel de Carvalho 18 Aloísio Carlos Ferraz 19 Álvaro Machuca 20 Anestaldo Ferreira de Oliveira 21 Antônio Carlos Corrêa 22 Antonio Carlos Teixeira Andrade 23 Antonio Celso Escada 24 Aparecida Pena Souto Nacif 25 Arlindo Celso Cabral Cardoso 26 Arnoldo Virgílio Magalhães Jambo 27 Carlos Alberto Gatto Bijos 28 Carlos Alberto Gonçalves 29 Carlos Eduardo de Godoy 30 Carlos Humberto Ferreira Banys 31 Carlos Rayes Ortiz de Carvalho 32 Carlos Roberto Aguilar da Silva 33 Carmen Thereza Prícoli Quaglia 34 Celso de Queiroz Prado 35 Chiguenari Simezo 36 Claudio Marcelo Tavares Pessoa de Melo 37 Cleber Nacif 38 Daniel Monteiro Lino 39 Dilberto Portela Tavares 40 Djanete Barbosa de Melo 41 Edmilson Leão 42 Edmirson A. Franceschini 43 Edson Rodrigues Pinheiro 44 Enrique Antonio Velasquez Escobar 45 Fátima Fernandes Alves 46 Francisco Antonio Sanches Molina 47 Guilherme Milward Primavera 48 Gustavo Irigoitia 49 Hildebrando Negrão Palma 50 Iberê Ferreira Machado 51 Irmo Kelmann 52 Isnard Coppio 53 Itamar Coppio 54 Jansen de Albuquerque Rosa 55 João Batista Corrêa 56 Joaquim Alves Ferreira 57 Jordano Souza Andrade Filho 58 Jorge Susumu Yamashiro 59 Jorge Zarur Junior 60 José Alvarenga Barreto 61 José Antonio Mercadante 62 José Augusto Costa Rocha 63 José Guilherme Ottoni de Andrade 64 José Ledson da Silva 65

66 José Lino Torres Masciotti 67 José Shinzato 68 Juana Montecinos Maciel 69 Júlia Magno da Silva Corrêa 70 Kumagae Hinki 71 Lásaro de Jesus Rocha Soares 72 Lázaro Vítor Vilela dos Reis 73 Luis Carlos dos Santos 74 Luis Guillermo Pazos Garcia 75 Luiz Alberto Siqueira Vantine 76 Luiz Arturo Arevalo Crisóstomo 77 Luiz Carlos Rosa 78 Lutécia Accioli 79 Manoel da Costa Pinto Jr. 80 Márcia Dreon Gomes Corrêa 81 Márcio Daniel Rocha 82 Maria Helena Pires Macedo Salgado 83 Maria Margarida Fernandes Alves Isaac 84 Marino Salutti 85 Mario Mansur Conte Frayha 86 Mauricio de Abreu e Silva Jr. 87 Micélia Oliveira Salgado 88 Miguel Carlos Simões 89 Moacir Martins Fernandes 90 Munesigue Arisawa 91 Nelson Edi Teixeira 92 Newton Luiz Monteiro de Barros 93 Nilberto de Almeida 94 Orlando Feieraband 95 Osvaldir Vieira da Silva 96 Othon Ferreira da Silva Maldos 97 Rafael Marotta Filho 98 Raul Vieira Souza Barros 99 Renato Sebbe 100 Ricardo Simi 101 Ridiger Arauz Godoy 102 Roberto de Camargo Vianna 103 Ronaldo Fialho 104 Rubens Amâncio dos Santos 105 Samuel Henrique Mandelbaum 106 Samuel Marcos Garcia Guacelli 107 Sérgio dos Passos Ramos 108 Sérgio Roberto Iague 109 Sérgio Roberto Nacif 110 Susana Rizzi 111 Targino Garcia do Amaral Gurgel 112 Therezinha Veneziani Silva 113 Tsutomu Matsumoto 114 Valdemar Paes Barreto 115 Vanio Pontes de Araújo 116 Virgílio de Barros Franco 117 Walter Ferling 118 Wanderson Prado Leite



Abrão Gassul Ademir Pinoti de Morais Ailton Bonani Freire Airton Aguilar Anestaldo Ferreira de Oliveira Antônio Carlos Corrêa Antonio Carlos Teixeira Cabral Cardoso Arnoldo Virgílio Magalhães Jambo Carlos Alberto Gatto Bi Ferreira Banys Carlos Rayes Ortiz de Carvalho Carlos Roberto Aguilar da S Simezo Claudio Marcelo Tavares Pessoa de Melo Cleber Nacif Daniel Mont Edmirson A. Franceschini Edson Rodrigues Pinheiro Enrique Antonio Velas Guilherme Milward Primavera Gustavo Irigoitia Hildebrando Negrão Palma I de Albuquerque Rosa João Batista Corrêa Joaquim Alves Ferreira Jordano Alvarenga Barreto José Antonio Mercadante José Augusto Costa Rocha Jo Masciotti José Shinzato Juana Montecinos Maciel Júlia Magno da Silva Corrê Luis Carlos dos Santos Luis Guillermo Pazos Garcia Luiz Alberto Siqueira Van da Costa Pinto Jr. Márcia Dreon Gomes Corrêa Márcio Daniel Rocha Maria H Salutti Mario Mansur Conte Frayha Mauricio de Abreu e Silva Jr. Micélia Oli Arisawa Nelson Edi Teixeira Newton Luiz Monteiro de Barros Nilberto de A Maldos Rafael Marotta Filho Raul Vieira Souza Barros Renato Sebbe Ricard Rubens Amâncio dos Santos Samuel Henrique Mandelbaum Samuel Marc Roberto Nacif Susana Rizzi Targino Garcia do Amaral Gurgel Therezinha V de Araújo Virgílio de Barros Franco Walter Ferling Wanderson Prado Leite Sanchez Alair Maciel de Carvalho Aloísio Carlos Ferraz Álvaro Machuca An Andrade Antonio Celso Escada Aparecida Pena Souto Nacif Arlindo Celso C Carlos Alberto Gonçalves Carlos Eduardo de Godoy Carlos Humberto Ferr Carmen Thereza Prícoli Quaglia Celso de Queiroz Prado Chiguenari Simez Lino Dilberto Portela Tavares Djanete Barbosa de Melo Edmilson Leão Edm Escobar Fátima Fernandes Alves Francisco Antonio Sanches Molina Guilhe Ferreira Machado Irmo Kelmann Isnard Coppio Itamar Coppio Jansen de Al Andrade Filho Jorge Susumu Yamashiro Jorge Zarur Junior José Alvarenga B Ottoni de Andrade José Ledson da Silva José Lino Torres Masciotti José Hinki Lásaro de Jesus Rocha Soares Lázaro Vítor Vilela dos Reis Luis Carlos Arturo Arevalo Crisóstomo Luiz Carlos Rosa Lutécia Accioli Manoel da Cost Pires Macedo Salgado Maria Margarida Fernandes Alves Isaac Marino Salut Salgado Miguel Carlos Simões Moacir Martins Fernandes Munesigue Arisaw Orlando Feieraband Osvaldir Vieira da Silva Othon Ferreira da Silva Maldos Ridiger Arauz Godoy Roberto de Camargo Vianna Ronaldo Fialho Rubens A Guacelli Sérgio dos Passos Ramos Sérgio Roberto Iague Sérgio Roberto Nac


r Sanchez Alair Maciel de Carvalho Aloísio Carlos Ferraz Álvaro Machuca a Andrade Antonio Celso Escada Aparecida Pena Souto Nacif Arlindo Celso ijos Carlos Alberto Gonçalves Carlos Eduardo de Godoy Carlos Humberto Silva Carmen Thereza Prícoli Quaglia Celso de Queiroz Prado Chiguenari teiro Lino Dilberto Portela Tavares Djanete Barbosa de Melo Edmilson Leão squez Escobar Fátima Fernandes Alves Francisco Antonio Sanches Molina Iberê Ferreira Machado Irmo Kelmann Isnard Coppio Itamar Coppio Jansen o Souza Andrade Filho Jorge Susumu Yamashiro Jorge Zarur Junior José osé Guilherme Ottoni de Andrade José Ledson da Silva José Lino Torres êa Kumagae Hinki Lásaro de Jesus Rocha Soares Lázaro Vítor Vilela dos Reis ntine Luiz Arturo Arevalo Crisóstomo Luiz Carlos Rosa Lutécia Accioli Manoel Helena Pires Macedo Salgado Maria Margarida Fernandes Alves Isaac Marino iveira Salgado Miguel Carlos Simões Moacir Martins Fernandes Munesigue Almeida Orlando Feieraband Osvaldir Vieira da Silva Othon Ferreira da Silva do Simi Ridiger Arauz Godoy Roberto de Camargo Vianna Ronaldo Fialho cos Garcia Guacelli Sérgio dos Passos Ramos Sérgio Roberto Iague Sérgio Veneziani Silva Tsutomu Matsumoto Valdemar Paes Barreto Vanio Pontes Abrão Gassul Ademir Pinoti de Morais Ailton Bonani Freire Airton Aguilar nestaldo Ferreira de Oliveira Antônio Carlos Corrêa Antonio Carlos Teixeira Cabral Cardoso Arnoldo Virgílio Magalhães Jambo Carlos Alberto Gatto Bijos reira Banys Carlos Rayes Ortiz de Carvalho Carlos Roberto Aguilar da Silva zo Claudio Marcelo Tavares Pessoa de Melo Cleber Nacif Daniel Monteiro mirson A. Franceschini Edson Rodrigues Pinheiro Enrique Antonio Velasquez erme Milward Primavera Gustavo Irigoitia Hildebrando Negrão Palma Iberê lbuquerque Rosa João Batista Corrêa Joaquim Alves Ferreira Jordano Souza Barreto José Antonio Mercadante José Augusto Costa Rocha José Guilherme Shinzato Juana Montecinos Maciel Júlia Magno da Silva Corrêa Kumagae s dos Santos Luis Guillermo Pazos Garcia Luiz Alberto Siqueira Vantine Luiz ta Pinto Jr. Márcia Dreon Gomes Corrêa Márcio Daniel Rocha Maria Helena tti Mario Mansur Conte Frayha Mauricio de Abreu e Silva Jr. Micélia Oliveira wa Nelson Edi Teixeira Newton Luiz Monteiro de Barros Nilberto de Almeida s Rafael Marotta Filho Raul Vieira Souza Barros Renato Sebbe Ricardo Simi Amâncio dos Santos Samuel Henrique Mandelbaum Samuel Marcos Garcia cif Susana Rizzi Targino Garcia do Amaral Gurgel Therezinha Veneziani Silva


brão Gassul Ademir Pinoti de Morais Ailton Bonani Freire Airton Aguilar Sanch erreira de Oliveira Antônio Carlos Corrêa Antonio Carlos Teixeira Andrade Anto rnoldo Virgílio Magalhães Jambo Carlos Alberto Gatto Bijos Carlos Alberto G ayes Ortiz de Carvalho Carlos Roberto Aguilar da Silva Carmen Thereza Prí avares Pessoa de Melo Cleber Nacif Daniel Monteiro Lino Dilberto Portela T dson Rodrigues Pinheiro Enrique Antonio Velasquez Escobar Fátima Fernand Gustavo Irigoitia Hildebrando Negrão Palma Iberê Ferreira Machado Irmo Kelm orrêa Joaquim Alves Ferreira Jordano Souza Andrade Filho Jorge Susumu Yam osé Augusto Costa Rocha José Guilherme Ottoni de Andrade José Ledson da Maciel Júlia Magno da Silva Corrêa Kumagae Hinki Lásaro de Jesus Rocha Soa Garcia Luiz Alberto Siqueira Vantine Luiz Arturo Arevalo Crisóstomo Luiz Carlos Márcio Daniel Rocha Maria Helena Pires Macedo Salgado Maria Margarida Fer breu e Silva Jr. Micélia Oliveira Salgado Miguel Carlos Simões Moacir Martins e Barros Nilberto de Almeida Orlando Feieraband Osvaldir Vieira da Silva O enato Sebbe Ricardo Simi Ridiger Arauz Godoy Roberto de Camargo Vianna R amuel Marcos Garcia Guacelli Sérgio dos Passos Ramos Sérgio Roberto Ia herezinha Veneziani Silva Tsutomu Matsumoto Valdemar Paes Barreto Vanio eite Abrão Gassul Ademir Pinoti de Morais Ailton Bonani Freire Airton Aguila nestaldo Ferreira de Oliveira Antônio Carlos Corrêa Antonio Carlos Teixeira abral Cardoso Arnoldo Virgílio Magalhães Jambo Carlos Alberto Gatto Bijos Ca anys Carlos Rayes Ortiz de Carvalho Carlos Roberto Aguilar da Silva Carmen T Marcelo Tavares Pessoa de Melo Cleber Nacif Daniel Monteiro Lino Dilbert ranceschini Edson Rodrigues Pinheiro Enrique Antonio Velasquez Escobar Fát rimavera Gustavo Irigoitia Hildebrando Negrão Palma Iberê Ferreira Machado oão Batista Corrêa Joaquim Alves Ferreira Jordano Souza Andrade Filho Jorge Mercadante José Augusto Costa Rocha José Guilherme Ottoni de Andrade José Maciel Júlia Magno da Silva Corrêa Kumagae Hinki Lásaro de Jesus Rocha Soa Garcia Luiz Alberto Siqueira Vantine Luiz Arturo Arevalo Crisóstomo Luiz Carlos Márcio Daniel Rocha Maria Helena Pires Macedo Salgado Maria Margarida Fer breu e Silva Jr. Micélia Oliveira Salgado Miguel Carlos Simões Moacir Martins e Barros Nilberto de Almeida Orlando Feieraband Osvaldir Vieira da Silva O enato Sebbe Ricardo Simi Ridiger Arauz Godoy Roberto de Camargo Vianna R amuel Marcos Garcia Guacelli Sérgio dos Passos Ramos Sérgio Roberto Ia herezinha Veneziani Silva Tsutomu Matsumoto Valdemar Paes Barreto Vanio


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