Revista Stab - Setembro / Outubro - Edição Especial 10 Congresso Nacional STAB

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CATÁLOGO OFICIAL


BIG TECNOLOGIA


EDITORIAL A família STABIANA, particularmente da regional Sul, dá as boas-vindas aos congressistas, palestrantes e amigos nesta edição que é o guia oficial do 10º Congresso Nacional da STAB. Outras palavras não cabem que não sejam as de reforçar a nossa satisfação de poder escrever, mais uma vez, outra linha na história dos Congressos da STAB. Para a STAB que é a porta de entrada para os participantes e para os membros da diretoria, comitê organizador e colaboradores que foram o suporte para chegar até aqui, um longo caminho de trabalho foi percorrido, mas temos a certeza de que, estamos prontos e Ribeirão Preto nos recebe de braços abertos.

ÍNDICE EMPRESA: 04. PROZYN -Líder na Aplicação de Enzimas e Biosoluções Para Processos Mais Eficientes e Sustentáveis. EVENTO: 10º CONGRESSO NACIONAL DA STAB “CÍCERO JUNQUEIRA FRANCO” 08. Programação Oficial 14. Programa Oficial de Resumos VISÃO: 34. Cenário Sucroalcooleiro 38. Gerenciamento e Custos 40. CTC

Nossa intenção, ao realizar este congresso, que conta com tão expressivos palestrantes de todas as áreas da agroindústria e com a apresentação de importantes trabalhos selecionados, a de permitir que se meça o constante avanço tecnológico. No intercâmbio benfazejo que acontecerá nestes três dias, discutiremos pontos de vista, examinaremos fórmulas ideias, experiências e soluções. Esperamos que esses dias tragam lições e exemplos que elevem o padrão de eficiência e produtividade, que são os objetivos fundamentais deste congresso de experiência e saber. Com as mentes abertas e receptivas, registraremos todos os sinais de progresso e inovações. Vamos discutir e ouvir para melhor avançar e progredir. Esperamos que em cada apresentação todos levem lições de alto valor tecnológico.

42. Falando de Cana 44. Tópicos de Fisiologia 46. IAC 48. GIFC 50. Gerenciando Projetos 56. Falando de Fábrica 58. Conversando com a Cana 60. Soluções de Fábrica NOTÍCIAS DA STAB: 62. Fenasucro&Agrocana 2016

Apresentamos aqui o guia oficial do evento, trazendo informações que servirão de orientação para os participantes com a publicação da programação geral e de todos os resumos dos trabalhos que serão apresentados. Queremos exprimir, mais uma vez, a nossa admiração pelo apoio, colaboração e entusiasmo de todos que estão cooperando para o êxito deste congresso. Também, agradecer a entidades CANAOESTE, CANAPLAN, COPLACANA, CEISE, CTC, CPQBA/UNICAMP, CTBE, DATAGRO, EMBRAPA, ESALQ/USP, IAC, ORPLANA, RIDESA, UNESP, ÚNICA, cujo apoio institucional, engrandece a credibilidade e ratifica a importância do evento. Para nós da STAB, tudo isso representa prestígio, motivação e grande satisfação. Sejam muito bem-vindos!

diretoria stab

CONSELHO EDITORIAL Ailto Antonio Casagrande, Antonio Carlos Fernandes, Beatriz Helena Giongo, C ­ arlos Alberto Mathias Azania, Enrico De Beni Arrigoni, Érika N. de ­Andrade Stupiello, ­Florenal Zarpelon, Giovani A.C. Albuquerque, Hermann Paulo Hoffmann, João Gustavo Brasil Caruso, João Nunes de V ­ asconcelos, José Luiz I. Demattê, José Tadeu Coleti, Leila L. ­Dinardo Miranda, Marcelo de A ­ lmeida Silva, Márcia Justino Rossini M ­ utton, Maria da Graça S­ tupiello ­Andrietta, Miguel Angelo Mutton, Newton Macedo, Nilton Degaspari, Paulo de Tarso Delfini, ­Paulo Roberto de Camargo e Castro, Oswaldo ­Alonso, Raffaella R ­ ossetto, R ­ omero Falcão, Rubens do Canto Braga Junior, Sílvio ­Roberto Andrietta, Sizuo Matsuoka, Udo Rosenfeld e Victório Laerte Furlani Neto. EDITOR TÉCNICO José Paulo Stupiello. JORNALISTA RESPONSÁVEL Maria de Fátima P. Tacla MTB 13898. fatima@stab.org.br EDITORAÇÃO GRÁFICA Diego Lopes. diego@stab.org.br IMPRESSÃO IGIL - Gráfica Itu - SP. Indexada na Base PERI Divisão de Biblioteca e Documentação ESALQ-USP. http://dibd.esalq.usp.br/peri.htm


EMPRESA SOCIEDADE DOS TÉCNICOS AÇUCAREIROS E ALCOOLEIROS DO BRASIL - STAB DIRETORIA DA STAB NACIONAL E REGIONAL SUL Presidente: José Paulo Stupiello - Secretário/­Te­sou­reiro: Raffaella Rossetto

PROZYN – LÍDER NA APLICAÇÃO DE ENZIMAS E BIOSOLUÇÕES PARA PROCESSOS MAIS EFICIENTES E SUSTENTÁVEIS.

- Conselheiros: Fernando Antônio da Costa Figueiredo Vicente, Florenal Zarpelon, Márcia Justino Rossini Mutton e Oswaldo Alonso.

REGIONAL CENTRO Presidente: Nelson Élio Zanotti - Secretário/Tesou­ reiro: José de Sousa Mota - Conselheiros: Jaime de Vasconcelos Beltrão Júnior, José Emílio Teles Barcelos, Luiz Antônio de Bastos Andrade, Marcelo Paes Fernandes e Márcio Henrique Pereira Barbosa.

REGIONAL LESTE Presidente: Cândido Carnaúba Mota - Secretário/Tesoureiro: Luiz Magno Epaminondas Tenório de Brito - Conselheiros: Antônio José Rosário de Sousa, Celso Silva Caldas, Cícero Augusto Bastos de Almeida, Jorge Sandes Torres e Meroveu Silva Costa Júnior.

REGIONAL SETENTRIONAL Presidente: Djalma Euzébio Simões Neto - Secretá­rio/Tesoureiro: Tiago Delfino de Carvalho Filho - Con­selheiros: Antônio José Barros Lima, Emídio Cantídio Almeida de Oliveira, Henrique Joaquim Ferreira Cruz Filho, Jair Furtado Soares de Meireles Neto e Marlene de Fátima Oliveira.

CONSELHOS ESPECIAIS DA STAB NACIONAL Antonio Maria Cardoso Rocha, Aloysio Pessoa de Lu­ na, Carlos Alberto Cruz Cavalcanti, Franz O. Brie­ger, Geraldo Veríssimo de Souza Barbosa, Giovani Cavalcante de Albuquerque, Guilherme Barreto do Livramento Prado,

Jacques Y. J. Miocque, João

Gui­ lherme Sabino Ometto, João Gustavo Brasil Caruso, José Adalberto de Rezende, José de Sousa Mota, José Paulo Stupiello, Luiz Antonio Ribeiro Pinto, Luiz Chaves Ximenes Filho, Paulo de Campos Torres de Carvalho, Raffaella Rossetto e Sérgio Bicudo Paranhos.

REGIONAL CENTRO Adilson Vieira Macabu, Aldo Alves Peixoto, Carlos Al­berto Barbosa Zacarias, Cláudio Martins Marques, Fernando de La Riva Averhoff, James Pimentel Santos, José Adalberto de Rezende, José de Sousa Mota e Vidal Valentin Tuler.

REGIONAL LESTE Alfredo Durval Villela Cortez, Antonio Maria Cardoso Rocha, Cariolando Guimarães de Oliveira, Geraldo Verí­ssimo de Souza Barbosa, Giovani Cavalcante de Albu­querque, Luiz Chaves Ximenes Filho, Paulo Roberto Maurício Lira e Roberto Gomes Macias.

“Até 2050 a população mundial deverá aumentar 50%, atingindo cerca de 10 bilhões de habitantes. O maior desafio do planeta será produzir alimentos e energia limpa de maneira eficiente e sustentável.” Pensando nesse enorme desafio, a Prozyn vem investindo em biosoluções para produção de energia limpa, alimentos mais saudáveis, processos industriais mais eficientes e susten-

táveis, além da transformação de subprodutos em produtos de alto valor agregado. Especializada na aplicação de enzimas e outros bioingredientes a Prozyn é uma empresa dinâmica, com mais de 25 anos de experiência. Uma das poucas empresas no cenário mundial a desenvolver inovações com base na tecnologia de enzimas. Diariamente, estamos em contato com produtos que possuem a tecnologia Prozyn: o pão mais fresquinho, a carne mais macia, o suco mais saboroso, a cerveja mais clara com espuma cremosa, o leite sem lactose, até a ração preferida de cães e gatos e o etanol que abastece nossos carros são exemplos de produtos com biosoluções. Comprometida com o sucesso de seus clientes, a Prozyn atua de forma flexível e customizada. Possui um banco de dados com mais de

REGIONAL SETENTRIONAL Adailson Machado Freire, Aloysio Pessoa de Luna, Carlos Alberto Cruz Cavalcanti, Carlos Eduardo Ferreira Pereira, Carlos Eduardo Lins e Silva Pires, Francisco de Melo Albuquerque, João Isaac de Miranda Rocha, Josué Felix Ferreira, Marcos Ademar Siqueira e Ricardo Otaviano Ribeiro de Lima.

REGIONAL SUL Franz O. Brieger, Guilherme Barreto do Livramento Prado, Homero Correa de Arruda Filho, Jacques Y. J. Miocque, João Guilherme Sabino Ometto, João Gus­tavo Brasil Caruso, José Paulo Stupiello, Luiz Antonio Ribeiro Pinto, Paulo de Campos Torres de Carvalho, Paulo Nogueira Junior, Raffella Rossetto e Sérgio Bicudo Paranhos.

SÓCIOS HONORÁRIOS †Hélio Morganti, †Jarbas Elias da Rosa Oiticica, João Gui­lherme Sabino Ometto, †Luiz Ernesto ­Correia Maranhão. STAB - Açúcar, Álcool e Subprodutos é uma publicação bimestral da STAB - Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil Sede Nacional - Av. Carlos Botelho, 757, Caixa Postal 532 - Fone: (19) 3433-3311 - Fax: (19) 3434-3578 - Site: http://www.stab.org.br - E-mail: stab@stab.org.br - CEP 13400-970 - Piracicaba - SP - Brasil. Os conceitos emitidos nos trabalhos aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. A citação de empresas ou produtos promocionais não implica aprovação ou recomendação técnica ou comercial da STAB. Permite-se a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Para os artigos assinados, a reprodução depende de prévia autorização dos autores. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Pede-se Permuta On Demande l’échange - Exchange is solicited - Se solicita el cange - Si sollecita intercambio - Wir bitten um ausstaussch.

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STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

Em constante crescimento, a Prozyn expandiu seu complexo industrial para maior capacidade de produção, seguindo o mais alto padrão internacional de qualidade e segurança. Certificada com selo FSSC 22.000, consolida o compromisso com a melhoria contínua e passa a fazer parte de um seleto grupo de empresas de classe mundial.


300 enzimas que são selecionadas após uma profunda análise do processo e necessidades de cada cliente. Apoiada nessa tecnologia, a Prozyn desenvolve soluções para seus clientes sob a ótica do custo de formulação, eficiência de processo, aumento do rendimento, qualidade e inovação. Segue também o caminho da diversificação e ampliação de seu portfólio com outros ingredientes especiais, que em sinergia com as enzimas, agregam valor ao setor sucroenergético. Para manter os mais altos níveis de qualidade e constante inovação, a Prozyn também investe continuamente em seu Centro de Inovações Tecnológicas com ampliações e novos equipamentos de alta tecnologia, além da capacitação de seus profissionais através de parcerias com universidades, empresas e centros de pesquisa ao redor do mundo.

DEXTRANASES

UTILIZAÇÃO DE ENZIMAS NA INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA

A aplicação de dextranases no processo de produção de açúcar é considerada uma das mais recentes do setor.

As enzimas são catalisadores biológicos naturais importantes por contribuírem para uma produção industrial mais eficiente e sustentável. Substituem produtos químicos, reduzem o consumo de água e energia e minimizam a emissão de poluentes, além de possibilitar a criação de produtos inovadores.

A primeira geração de dextranases não era termoresistente e não suportava as condições do decantador e do evaporador. Por isso eram dosadas na moenda, em condições de temperatura adequada; mas não com tempo suficiente para ação, sendo necessária uma dosagem elevada de enzima, inviabilizando seu uso.

ALFA AMILASES

Atenta a essa necessidade, a Prozyn desenvolveu uma linha de dextranases de média termoresistência que podem ser dosadas no último estágio do evaporador, onde possuem o tempo e a temperatura adequados para a sua atuação. O uso de dextranase foi viabilizado, pois as doses diminuíram e a eficiência no processo aumentou.

A aplicação de amilases em usinas começou no refino do açúcar com amilases de média termoresistência. Porém essa aplicação não sanava os problemas do processo de fabricação, mas melhorava a etapa de refino do açúcar. O amido continuou sendo alvo de pesquisas, e então uma amilase termoresistente foi utilizada no último estágio do evaporador. Esse processo permitiu a fabricação de açúcar VVHP com melhor controle do amido que é um parâmetro crítico de qualidade. Após estudos a Prozyn desenvolveu uma nova geração de amilases termoresistentes para aplicação na decantação. Como nesta etapa a temperatura é mais elevada, esse novo ponto de dosagem permitiu uma redução significativa na dose de enzima e uma melhor eficiência. Porém, as amilases desenvolvidas até essa geração não são totalmente inativadas durante o processo. Desta forma, quando este açúcar é aplicado em produtos alimentícios que utilizam amido como estabilizantes, esses produtos desestabilizam e perdem sua qualidade. A Prozyn com seu DNA inovador, mais uma vez desenvolveu uma sinergia de enzimas para esse desafio da indústria: StarMax Zero, um produto que possui uma termoestabilidade ajustada, dosado antes do aquecedor, que quebra o amido sem deixar residual de amilase no produto final.

RECUPERAÇÃO DE AÇÚCAR Com a mudança da colheita manual para mecanizada, mais folhas e pontas entraram no processo. Desta forma, houve um aumento na quantidade de polissacarídeos no caldo, interferindo no processo e na qualidade do açúcar. O amido, dextrana, arabinogalactanos, levana e outros polissacarídeos, aumentam a viscosidade do xarope e causam problemas de cristalização, aumentando o tempo de lavagem na centrífuga e consequente perda de açúcar no processo. Diante desta nova realidade, a Prozyn desenvolveu o RendiMax Sugar, uma sinergia entre várias enzimas que quebram os polissacarídeos, reduzindo a viscosidade do xarope. Desta forma, possibilita redução no tempo de lavagem com consequente diminuição das perdas. RENDIMENTO ALCOÓLICO O subproduto da fabricação do açúcar é o melaço, que pode ser diluído na água ou caldo para compor o mosto para fermentação alco-

ólica. Esse melaço possui em sua composição alguns açúcares fermentescíveis como a sacarose, glicose e frutose, além de polissacarídeos que não são fermentescíveis pela levedura. As enzimas que hidrolisam esses polissacarídeos em açúcares fermentescíveis geram mais substratos para a levedura, possibilitando um maior rendimento alcoólico. USO DE ANTIMICROBIANOS NATURAIS Na fermentação alcoólica a contaminação microbiana está muito presente. As bactérias e as leveduras competem pela sacarose que seria transformada em etanol. Por isso é necessário um bom controle microbiológico da fermentação. Esse controle é realizado com antibióticos como a monensina, penicilina, virginamicina, dentre outros. Esses antibióticos são eficazes, porém geram resistência na bactéria e contaminam a levedura que serão posteriormente tratadas para comercialização e utilização em nutrição animal. Por esse motivo, os antimicrobianos naturais vêm sendo desenvolvidos e estão se tornando realidade nas usinas brasileiras. APLICAÇÃO DE ENZIMAS EM LEVEDURAS Durante a fermentação alcoólica ocorre a produção de um excedente de levedura que pode ser tratada enzimaticamente, gerando produtos de maior valor agregado como a levedura seca, extrato de levedura e parede celular. Esses produtos possuem diversas aplicações como fonte de nutrientes para alimentação animal e substituto de antibiótico para rações. Por tudo isso, pode-se dizer que a Prozyn tem conseguido agregar mais valor ao setor sucroenergetico, beneficiado por melhores produtos para um processo mais eficiente e com produtos de melhor qualidade.

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Efeito Alion Um patamar superior de resultados no manejo de plantas daninhas.

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STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nยบ1


Mais possibilidades para seu canavial. Alion é a plataforma inovadora da Bayer para o manejo de plantas daninhas. Sua molécula inédita de ação seletiva pré-emergente oferece mais conveniência para o manejo, combate um amplo espectro de plantas daninhas e, com seu residual prolongado, permite o fechamento do canavial livre do mato. Você reduz o repasse, os custos operacionais e pode dedicar seu tempo a outras atividades da lavoura.

Alion. O mato some, seu trabalho aparece.

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STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

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13h50 - 14h40

13h30 - 14h20

13h30 - 13h50

Victorio Laerte Furlani Neto Tiago Delfino Miguel Mutton

SALA 01 - SAFIRA

SALA 02 - RUBI

SALA 03 - ÁGATA

João G. B. Caruso

SALA 05 - OPALA Fernando Vicente

Ericson Marino

SALA 06 - TURQUESA

Miguel Mutton

SALA 03 - ÁGATA

Tiago Delfino

SALA 02 - RUBI

SALA 04 - TOPÁZIO

Victorio Laerte Furlani Neto

SALA 01 - SAFIRA

GERAL

INDUSTRIAL

MECANIZAÇÃO

RH / GERAL

DIVERSIFICAÇÃO

INDUSTRIAL

GERAL

INDUSTRIAL

MECANIZAÇÃO

Tema

Biomassa e Energia - Antonio Alberto Stuchi

Qualidade de açúcar – Uma visão pontual - Danilo Tostes

Preparo de Solo com Canteirização e Definição de talhões para Mecanização - Luiz Carlos Dalben

Desenvolvimento de lideranças como ferramenta de gestão sustentável. Quem pratica faz a diferença - José Darciso Rui

Caracterização do melaço de cana-de-açúcar para aproveitamento como nutriente de microrganismos produtores de celulase - Luan Maia de Araújo

Adição de impurezas vegetais na cana crua e influência na qualidade do caldo e da cana - Leonardo Lucas Madaleno

Co-digestão anaeróbia e potencial de produção de biometano de vinhaça e torta de filtro - Lays Fabiana dos Santos Costa

Floculantes orgânicos no tratamento do caldo de cana - Gustavo Henrique Gravatim Costa

Produtividade de cana-de-açúcar e biomassa de raízes em diferentes configurações de plantio e tráfego de máquinas - Guilherme Adalberto Castioni

Trabalhos

ALMOÇO

Coordenador

12h00 - 13h30

Local

10h00 - 12h00

Horário

Salão Topázio Sessão de Abertura: Abertura - Presidente da STAB Nacional Homenagem ''Cícero Junqueira Franco'' - Luiz Carlos Correa Carvalho Algumas oportunidades da bioenergia no Brasil: seu potencial e dificuldades - Luís Cortez Avanços no setor sucroenergético - Roberto Rodrigues

20 DE SETEMBRO


18h00

17h30 - 17h50

17h00 - 17h20

16h40 - 17h30

16h40 - 17h00

16h20 - 16h40

15h50 - 16h20

15h10 - 16h00

15h00 - 15h50

14h40 - 15h00

14h20 - 15h10

13h50 - 14h40

Tiago Delfino

SALA 02 - RUBI

João G. B. Caruso

Tiago Delfino

SALA 02 - RUBI

SALA 05 - OPALA

Fernando Vicente

SALA 06 - TURQUESA

Miguel Mutton

Ericson Marino

SALA 04 - TOPÁZIO

SALA 03 - ÁGATA

Tiago Delfino

SALA 02 - RUBI

Victorio Laerte Furlani Neto

SALA 01 - SAFIRA

João G. B. Caruso

SALA 05 - OPALA Fernando Vicente

Fernando Vicente

SALA 06 - TURQUESA

DIVERSIFICAÇÃO

João G. B. Caruso

SALA 05 - OPALA

SALA 06 - TURQUESA

Inovação biológica e a evolução da produtividade da cana de açúcar no Estado de São Paulo - Raquel Castellucci Caruso Sachs

Desenvolvimento de uma rota tecnológica para produção de etanol celulósico de segunda geração a partir do bagaço da cana-deaçúcar - Alexei Barban do Patrocínio

Análise de viabilidade econômica do recolhimento e uso da palha de cana-de-açúcar - Terezinha de Fátima Cardoso

Caracterização químico-tecnológicas de cultivares de sorgo sacarino com desponte de panículas - Aline Ferreira Silva

Difusores: Performance e Desafios - Walter Ventura Ferreira Junior

Cozimento Qualidade e Recuperação do Açúcar - Fernando Medeiros de Albuquerque

CIA: um minicomputador de bordo recém-lançado com preço 90% menor do que os demais e com maior eficácia na gestão ativa de tratores e máquinas agrícolas - Ricardo Pinto e Tereza Peixoto

Avaliação da produtividade agrotecnologica do sorgo sacarino em diferentes épocas de semeadura e sistema de plantio na reforma do canavial - Luis Fernando Sanglade Marchiori

Quantidades de palhada retirada do solo e impactos no sistema radicular e produtividade de cana-de-açúcar - Gisele Silva de Aquino

Avaliação da enzima α-amilase no tratamento do caldo de sorgo sacarino - Cristhyane Millena de Freitas

O programa nacional do álcool, proálcool – breve histórico década a década do etanol no Brasil - Rubismar Stolf

Multiplicação de Rhodotorula rubra em meio de glicose, suplementado com micronutrientes para produção de carotenóides - Márcia J. Rossini Mutton

Eficiência e rendimento industrial das usinas - Carlos Magno Evangelista

Colheita mecanizada de cana bisada: influência na qualidade da matéria-prima - Juliana Pelegrini Roviero

COFFEE BREAK

Expectativas para o futuro do setor sucroenergético– Resultados parciais da Safra 16/17 e impactos na cadeia produtiva - Marcos A. Françóia

Caldeiras projetadas para utilizar palha de cana e outras biomassas corrosivas - Tércio M. Dalla Vecchia

Os nossos custos agroindustriais estão ok? - Ivan Chaves

Aspectos agroindustriais do processamento da cana crua - Marcia Mutton e José Paulo

Evolução dos processos mecânicos no manejo sustentável da cana-de-açúcar - Oscar Braunbeck

Emissões de CO2 observadas durante a reforma de canavial - Nilza Patrícia Ramos

Armazenamento da cana crua picada e efeito sobre a qualidade do caldo e da cana - Leonardo Lucas Madaleno

Torta de filtro in natura e compostada como substrato para procução de biometano - Mariana Guimarães Silva

Avaliação do açúcar comercial por granulometria e filtrabilidade - Erika Adriana Santana Gomes

Variação do número de máquinas e implementos agrícolas com a área de produção das unidades de açúcar e álcool e o proálcoolRubismar Stolf

Os impactos da nova norma ISO 9001 versão 2015 nas organizações-alterações e mudanças substanciais - Benito Felet Jr.

Gestão sustentável da reconversão produtiva do complexo sucroenergético do nordeste do Brasil: rendimensionamento do espaço canavieiro de Alagoas - Vera Lúcia Dubeux Torres

Revisando conceitos: conceitos revisados no passado (histórico); extração: indústria x campo; novo preparo de cana: DVU; inovações tecnológicas (mancais sem consumo de óleo); moagem: cana com palha; moagem: sem entressafra; moagem: cana energia - Sidnei Brunelli e Ricardo Brunelli

Salão Topázio - ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIA NACIONAL DA STAB

DIVERSIFICAÇÃO

GERAL

INDUSTRIAL

RH / GERAL

INDUSTRIAL

INDUSTRIAL

MECANIZAÇÃO

RH / GERAL

DIVERSIFICAÇÃO

RH / GERAL

GERAL

INDUSTRIAL

MECANIZAÇÃO

RH / GERAL

INDUSTRIAL

GERAL

INDUSTRIAL

MECANIZAÇÃO

DIVERSIFICAÇÃO

INDUSTRIAL

GERAL

INDUSTRIAL

MECANIZAÇÃO

RH / GERAL

DIVERSIFICAÇÃO

INDUSTRIAL

Miguel Mutton

SALA 03 - ÁGATA

Victorio Laerte Furlani Neto

SALA 01 - SAFIRA

Fernando Vicente

Ericson Marino

SALA 04 - TOPÁZIO

SALA 06 - TURQUESA

Tiago Delfino Miguel Mutton

SALA 01 - SAFIRA

SALA 02 - RUBI

Victorio Laerte Furlani Neto

SALA 05 - OPALA

SALA 03 - ÁGATA

Ericson Marino João G. B. Caruso

SALA 04 - TOPÁZIO

Tiago Delfino Miguel Mutton

SALA 02 - RUBI

Victorio Laerte Furlani Neto

SALA 01 - SAFIRA

SALA 03 - ÁGATA

Fernando Vicente

João G. B. Caruso

SALA 05 - OPALA

SALA 06 - TURQUESA

Ericson Marino

SALA 04 - TOPÁZIO


Raffaella Rossetto Paulo A. Figueiredo Marcos Viana Tiago Delfino

SALA 03 - ÁGATA

SALA 04 - TOPÁZIO

SALA 05 - OPALA

SALA 06 - TURQUESA

IRRIGAÇÃO

Supressividade de Nematoides em cana-de-açúcar por adição de vinhaça ao solo - Elvira M. R. Pedrosa

Estratégias no manejo da adubação nitrogenada visando altas produtividades da cana-de-açúcar - Paulo Cesar O. Trivelin

As variedades de cana fantásticas existem. Onde estão? - José Alencar Magro

Estratégias de seleção e manejo varietal, para otimização de ganhos agroindustriais regionais na canavicultura brasileira - Marcos Guimarães de A. Landell e Rubens L. do Canto Braga Jr.

Balanço energético com fermentação em baixa temperatura - Celso Procknor

Novo método para determinação de açúcares redutores por titulação potenciométrica - Celso Silva Caldas

Produtividade e qualidade tecnológica da cana-de-açúcar fertirrigada com diferentes doses de n e inoculadas com bactérias diazotróficas - William José Dellabiglia

Impacto das épocas de corte na produtividade da cana - Rubens Leite do Canto Braga Junior

Produção de colmos e biomassa radicular em diferentes espaçamentos de plantio da cana-de-açúcar - João Rossi Neto

Cinquenta anos de contribuição da serra do ouro para o desenvolvimento de variedades RB de cana-de-açúcar - João Messias dos Santos

13h30 - 13h50

Ericson Marino Djalma E. Simões Neto

SALA 01 - SAFIRA

SALA 02 - RUBI

INDUSTRIAL ENGNHARIA AGRÍCOLA MELHORAMENTO

Análise de trilha visando seleção de genótipos com elevado rendimento de sacarose em fases iniciais do melhoramento da cana-de-açúcar - Danilo Eduardo Cursi

Uso do eucalipto na entressafra do setor sucroenergético - Aristides Bobroff-Maluf

ALMOÇO

Marcos Viana

SALA 05 - OPALA

NUTRIÇÃO

AGRÍCOLA MELHORAMENTO AGRICULTURA DE PRECISÃO

CONTROLE INDUSTRIAL INDUSTRIAL ENGNHARIA

IRRIGAÇÃO

NUTRIÇÃO

AGRICULTURA DE PRECISÃO

AGRÍCOLA MELHORAMENTO

Avaliação operacional de centrais cogeradoras de energia visando maximizar a eficiência energética das plantas industriais - Leonardo Parente Buranello

COFFEE BREAK

Uso da cromatografia liquída em usinas de açúcar e álcool - Achiles Aparecido Mollon

CONTROLE INDUSTRIAL INDUSTRIAL ENGNHARIA

Manejo integrado de pragas em canaviais e fertirrigados, com ênfase em cigarrinha e broca - José Rossato Junior

Perdas de nitrogênio e viabilização de fontes nitrogenadas misturadas a vinhaça concentrada - André Vitti

Fundamentos necessários para sistematização sustentável em cana-de-açúcar - Jairo Mazza

A dinâmica da participação das variedades da cana-de-açúcar nas lavouras comerciais - Hermann Hoffmann

Ganhos & Perdas: Sistemas de Evaporação em Triplos, Quádruplos, Quíntuplos e Sêxtuplos Efeitos - Carlos Alberto Pedrosa

Aplicação de alfa amilase no processo e residual zero de enzima no açúcar - Rafael de Araújo Borges

Acúmulo e participação de biomassa da cana-de-açúcar submetida a diferentes regimes hídricos na região no cerrado - Vinicius Bof Bufon

Densidade aparente em latossol vermelho cultivado com cana-de-açúcar com biofertilizante líquido - Michender Werison Motta Pereira

IRRIGAÇÃO

NUTRIÇÃO

CONTROLE INDUSTRIAL INDUSTRIAL ENGNHARIA AGRÍCOLA MELHORAMENTO AGRICULTURA DE PRECISÃO

IRRIGAÇÃO

NUTRIÇÃO

Determinação de grade amostral de solo por meio de ferramentas de agricultura de precisão baseada na variabilidade espacial da argila - Henrique Coutinho Junqueira Franco

Revisão do índice de concentração varietal para cana-de-açúcar - Rubens Leite do Canto Braga Jr.

Evaporador de tubo longo EVTL- uma interessante alternativa para evaporadores de caldo de cana - Marcelo Paes Fernandes

Trabalhos

12h00 - 13h30

Paulo A. Figueiredo

SALA 04 - TOPÁZIO

Tema INDUSTRIAL ENGNHARIA AGRÍCOLA MELHORAMENTO AGRICULTURA DE PRECISÃO

Salão Topázio - Conferência: Perspectivas setoriais de curto prazo - Luiz Carlos Correa Carvalho

Raffaella Rossetto

Djalma E. Simões Neto

SALA 02 - RUBI

SALA 03 - ÁGATA

Ericson Marino

SALA 01 - SAFIRA

Marcos Viana

SALA 05 - OPALA Tiago Delfino

Paulo A. Figueiredo

SALA 04 - TOPÁZIO

SALA 06 - TURQUESA

Raffaella Rossetto

SALA 03 - ÁGATA

Djalma E. Simões Neto

Djalma E. Simões Neto

SALA 02 - RUBI

SALA 02 - RUBI

Ericson Marino

SALA 01 - SAFIRA

Ericson Marino

Tiago Delfino

SALA 06 - TURQUESA

SALA 01 - SAFIRA

Marcos Viana

Raffaella Rossetto

SALA 03 - ÁGATA

SALA 05 - OPALA

Djalma E. Simões Neto

SALA 02 - RUBI

Paulo A. Figueiredo

Ericson Marino

SALA 01 - SAFIRA

SALA 04 - TOPÁZIO

Coordenador

Local

10h50 - 12h00

10h00 - 10h50

09h40 - 10h30

09h40 - 10h00

09h10 - 09h40

08h20 - 09h10

08h00 - 08h20

Horário

21 DE SETEMBRO


Raffaella Rossetto Paulo A. Figueiredo

SALA 03 - ÁGATA

SALA 04 - TOPÁZIO

SALA 05 - OPALA

SALA 04 - TOPÁZIO

17h30 - 17h50

20h00 - 23h00

SALA 04 - TOPÁZIO

17h00 - 17h50 Paulo A. Figueiredo

Marcos Viana

Paulo A. Figueiredo

Raffaella Rossetto

SALA 03 - ÁGATA

16h40 - 17h00

Djalma E. Simões Neto

SALA 02 - RUBI

Ericson Marino

SALA 01 - SAFIRA

16h40 - 17h30

Tiago Delfino

SALA 06 - TURQUESA

16h20 - 17h10

Marcos Viana

Paulo A. Figueiredo

SALA 04 - TOPÁZIO

SALA 05 - OPALA

Djalma E. Simões Neto

SALA 02 - RUBI

16h20 - 17h00

16h20 - 16h40

15h50 - 16h40

15h10 - 16h00

Tiago Delfino

Djalma E. Simões Neto

SALA 02 - RUBI

SALA 06 - TURQUESA

Ericson Marino

SALA 01 - SAFIRA

15h00 - 15h50

Marcos Viana

SALA 05 - OPALA

Marcos Viana

SALA 05 - OPALA

15h30 - 15h50

Paulo A. Figueiredo

14h50 - 15h30

SALA 04 - TOPÁZIO

Djalma E. Simões Neto

SALA 02 - RUBI

14h40 - 15h00

Marcos Viana

SALA 05 - OPALA

14h30 - 14h50

Tiago Delfino

SALA 06 - TURQUESA

Paulo A. Figueiredo

SALA 04 - TOPÁZIO

14h20 - 15h10

Raffaella Rossetto

SALA 03 - ÁGATA

Marcos Viana

Djalma E. Simões Neto

SALA 02 - RUBI

SALA 05 - OPALA

Ericson Marino

SALA 01 - SAFIRA

Marcos Viana

SALA 05 - OPALA Tiago Delfino

Paulo A. Figueiredo

SALA 04 - TOPÁZIO

SALA 06 - TURQUESA

Raffaella Rossetto

SALA 03 - ÁGATA

13h50 - 14h30

13h50 - 14h40

13h30 - 14h20

13h30 - 13h50

NUTRIÇÃO

NUTRIÇÃO

IRRIGAÇÃO

NUTRIÇÃO

CONTROLE INDUSTRIAL INDUSTRIAL ENGNHARIA AGRÍCOLA MELHORAMENTO AGRICULTURA DE PRECISÃO

IRRIGAÇÃO

Prêmio Saccharum

Modelagem de sistemas de produção e previsibilidade da produtividade de biomassa energética e de alimentos em rotação na reforma do canavial, na plataforma cropsyst - Fábio Cesar da Silva Jantar de Confraternização

Irrigação de Cana de Açúcar no Brasil - Udo Rosenfeld

Eficiência do fertilizante organomineral e micronutrientes quelatizados aplicados via foliar em cana-de-açúcar - Antonio F. Pino Junior

Ambientes de produção edafoclimáticos para a cultura da cana-de-açúcar - Antonio Celso Joaquim

Variedades CTC: Presente e Futuro - William Lee Burnquist

Mitos, verdades e dúvidas sobre a capacidade e extração das moendas - Paulo de Tarso Delfini

Caldeira de alto rendimento térmico e ambiental para Cogeração - Iso Lima Brasil e Josmar Davilson Pagliuso

Análise econômica sobre irrigação em cana-de-açúcar - Ricardo Pinto

Uran como fonte de nitrogênio na soqueira de cana - Fábio Luis Ferreira Dias

Identificação de cruzamentos promissores de cana-de-açúcar, fase um de seleção (FS1), com base nos teores de BRIX do caldo, determinado no campo - Victor Hugo Pavelqueires

COFFEE BREAK

Processos de refinação de açúcar - Zailer Astolfi Filho

AGRÍCOLA MELHORAMENTO

Fertilizantes organominerais: avanços e perspectivas - Edgar G. F. de Beauclair

NUTRIÇÃO

Reforma total de canaviais falhados ou inserção de MPB (mudas pré brotadas) em falhas de soca?- José Tadeu Coleti

Cana energia, inovação revolucionária - Sizuo Matsuoka

Ocorrências e falhas em caldeiras a bagaço: Causas e Correções- Ney Prieto Perez

Avaliação de soqueira de cana-de-açúcar inoculada com bactérias diazotróficas no plantio - José Octávio Rocca

Vantagens operacionais da irrigação localizada - Leandro Lance

Contribuições de sistemas do preparo do solo para a produção e acúmulo de carbono na biomassa da cana-de-açúcar, sob plantio de novembro em Guaíra-SP- Tamires E. Ferreira

Evolução do cultivo de variedades dos tipos de cana-de-açúcar em Alagoas de 1970 a 2015 - João Messias dos Santos

CONTROLE INDUSTRIAL

INDUSTRIAL ENGNHARIA AGRÍCOLA MELHORAMENTO AGRICULTURA DE PRECISÃO

IRRIGAÇÃO

IRRIGAÇÃO

NUTRIÇÃO

AGRÍCOLA MELHORAMENTO

Aplicação foliar de fertilizantes no desenvolvimento, produção e qualidade de soqueira de cana-de-açúcar - Bruno Nicchio

Produção de Açúcar: Qualidade e Produtividade - Eduardo Calichman

IRRIGAÇÃO

Manejo de nematoides em áreas irrigadas e fertirrigadas - Pedro Luiz Soares

CONTROLE INDUSTRIAL

Aspectos de nutrição e fertilizantes na cultura de cana-de-açúcar : passado, presente e perspectiva futura - José Luiz I. Demattê

Plantio mecanizado e produtividade da cana-de-açúcar - Ivo Francisco Bellinaso

Censo de variedades na região Centro-Sul - Rubens L. do Canto Braga Junior

A destilação do etanol no Brasil - Florenal Zarpelon

Aumento da capacidade analítica com melhoria da qualidade e redução de custos - Wokimar Teixeira Garcia

Inoculação de Azospirillum brasiliense na produção de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar - Paulo Eduardo Martins Miguel

Impacto na produtividade da cana-de-açúcar em nitossolo com horizonte a preservado e erodido - Anderson Gomes Ramos

Efeito da rotação de culturas e do preparo do solo na biomassa radicular da cana planta - Leandro Carneiro Barbosa

IRRIGAÇÃO

NUTRIÇÃO

CONTROLE INDUSTRIAL INDUSTRIAL ENGNHARIA AGRÍCOLA MELHORAMENTO AGRICULTURA DE PRECISÃO

IRRIGAÇÃO

NUTRIÇÃO

AGRICULTURA DE PRECISÃO


MUDAS PRÉ-BROTADAS

Cândido Carnauba Mota

MUDAS PRÉ-BROTADAS

Cândido Carnauba Mota Jaime Finguerut Marcia Mutton

SALA 06 - TURQUESA

SALA 01 - SAFIRA

SALA 02 - RUBI

MUDAS PRÉ-BROTADAS

Cândido Carnauba Mota

Trabalhos

Marcia Mutton

SALA 02 - RUBI

AGRÍCOLA

INDUSTRIAL

Bioestimulantes no perfilhamento, produção e qualidade tecnológica da cana-de-açúcar - Gustavo Alves Santos

Aplicação do carvão vegetal para tratamento da vinhaça e uso do filtrado na fermentação etanólica - Leonardo Lucas Madaleno

ALMOÇO Jaime Finguerut

12h00 - 13h30

SALA 01 - SAFIRA

Salão Topázio: UM NOVO MOMENTO: Avaliação dos mercados de cana, açúcar, etanol Brasil e Mundo - Guilherme Nastari

Produtividade de cana-de-açúcar em função de fontes e doses de N no sistema de plantio com mudas pré-brotadas - Laerte Rocha Neves Pinto

Avaliação de substratos para produção de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar - Mauro A. Xavier

Sistematização e preparo de solo visando melhoria na performance da mecanização agrícola da cana-de-açúcar - Antonio Luiz Gazon

Alternativas de adubação para cana de alta produtividade - Gaspar Henrique Korndorfer

Principais Doenças da cana-de-açúcar - Modesto Barreto

Aspectos fisiológicos que podem contribuir para melhoria do plantio da cana-de-açúcar - Paulo Alexandre M. de Figueiredo

Biofilmes - Estrutura de proteção para as bactérias - Maria da Graça S. Andrietta

Cana-de-açúcar para a produção de material de propagação nos sistemas de mudas pré-brotadas (MPB) e tradicional - Gabriela Aferri

Ausência de efeito residual do nitrogênio na produtividade de cana-de-açúcar em ensaio de longa duração - Leandro Carolino Gonzaga

Avaliação da produtividade agrícola da cana-planta e as soqueiras sob diferentes espaçamentos e arranjos entre plantas - Fábio Cesar da Silva

Parâmetros genéticos e seleção de clones de cana-de-açúcar para resistência à broca-da-cana - Mateus Teles Vital Gonçalves

Resposta de maturadores sobre a produtividade e rendimento do açúcar em diferentes cultivares de cana-de-açúcar - Renato Ferreira da Rosa

Influência do armazenamento dos colmos de cana sobre o desempenho de fermentações destinadas a produção de cachaça - José Humberto de Oliveira Filho

COFFEE BREAK

Avaliação morfológica e nutricional de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar cultivadas em diferentes substratos - Paulo H. Pizzi De Santi

Crescimento e eficiência no uso da água de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar em diferentes substratos - Augusto Yukitaka Pessinatti Ohashi

Manejo químico e sua seletividade para canaviais cultivados com MPB - Carlos Alberto M. Azania

Alternativas para melhorar a eficiência da adubação da cana-de-açúcar - Claudimir Pedro Penatti

Antracnose da cana-de-acucar (Colletotrichum falcatum ), novos sintomas de uma velha doença - Álvaro Sanguino

Importância dos nutrientes na maturação da cana-de-açúcar - Carlos Alexandre Costa Crusciol

Fisiologia da Fermentação Alcoólica: Fatores Limitantes da Produtividade Industrial - Luiz Carlos Basso

Modelagem matemática associada ao banco de dados na estimativa da safra canavieira - Maximiliano Salles Scarpari

Manejo da adubação nitrogenada em cana-de-açúcar de acordo com a época de colheita no centro sul do Brasil - Sérgio Gustavo Quassi de Castro

Avaliação da resistência de progênies de irmãos completos à broca-da-cana - Adriano Cirino Tomaz

Aplicação de etefom em sorgo sacarino (Sorghum bicolor ) visando qualidade tecnológica da materia-prima - Silvio Mesquita Carreira

Uso da água condensada da vinhaça concentrada na diluição do mosto e influência no processo fermentativo - Leonardo Lucas Madaleno

10h50 - 12h00

SALA 06 - TURQUESA

10h20 - 10h40

MUDAS PRÉ-BROTADAS

Cândido Carnauba Mota

SALA 06 - TURQUESA

FITOTECNIA

Nelson Zanotti

SALA 05 - OPALA

NUTRIÇÃO

Oswaldo Alonso Raffaella Rossetto

SALA 03 - ÁGATA

SALA 04 - TOPÁZIO

PRAGAS E DOENÇAS

AGRÍCOLA

INDUSTRIAL

FITOTECNIA

Nelson Zanotti

SALA 05 - OPALA

NUTRIÇÃO

PRAGAS E DOENÇAS

Raffaella Rossetto

Oswaldo Alonso

SALA 03 - ÁGATA

AGRÍCOLA

INDUSTRIAL

SALA 04 - TOPÁZIO

Marcia Mutton

SALA 02 - RUBI

10h00 - 10h20

10h00 - 10h50

09h40 - 10h00

Jaime Finguerut

SALA 01 - SAFIRA

SALA 06 - TURQUESA

MUDAS PRÉ-BROTADAS

Cândido Carnauba Mota

08h50 - 09h10

FITOTECNIA

Nelson Zanotti

SALA 05 - OPALA

NUTRIÇÃO

PRAGAS E DOENÇAS

Oswaldo Alonso Raffaella Rossetto

SALA 03 - ÁGATA

AGRÍCOLA

SALA 04 - TOPÁZIO

Marcia Mutton

SALA 02 - RUBI

INDUSTRIAL

FITOTECNIA

Nelson Zanotti Jaime Finguerut

SALA 05 - OPALA

SALA 01 - SAFIRA

NUTRIÇÃO

Raffaella Rossetto

SALA 06 - TURQUESA

09h10 - 09h40

AGRÍCOLA PRAGAS E DOENÇAS

SALA 04 - TOPÁZIO

Marcia Mutton

SALA 02 - RUBI

INDUSTRIAL

Oswaldo Alonso

Jaime Finguerut

SALA 01 - SAFIRA

Tema

SALA 03 - ÁGATA

Coordenador

Local

08h30 - 08h50

08h20 - 09h10

08h00 - 08h20

Horário

22 DE SETEMBRO


MUDAS PRÉ-BROTADAS

Cândido Carnauba Mota Jaime Finguerut Marcia Mutton

SALA 06 - TURQUESA

SALA 01 - SAFIRA

SALA 02 - RUBI

MUDAS PRÉ-BROTADAS AGRÍCOLA

Raffaella Rossetto Nelson Zanotti Cândido Carnauba Mota

SALA 04 - TOPÁZIO

SALA 05 - OPALA

SALA 03 - ÁGATA

Raffaella Rossetto

Oswaldo Alonso

NUTRIÇÃO

PRAGAS E DOENÇAS

SALA 06 - TURQUESA

SALA 04 - TOPÁZIO

MUDAS PRÉ-BROTADAS

17h30 - 17h50

FITOTECNIA

NUTRIÇÃO

Nelson Zanotti

Raffaella Rossetto

SALA 04 - TOPÁZIO

AGRÍCOLA

PRAGAS E DOENÇAS

Cândido Carnauba Mota

Marcia Mutton

SALA 02 - RUBI

NUTRIÇÃO

AGRÍCOLA

FITOTECNIA

NUTRIÇÃO

PRAGAS E DOENÇAS

NUTRIÇÃO

PRAGAS E DOENÇAS

SALA 05 - OPALA

Oswaldo Alonso

SALA 03 - ÁGATA

Raffaella Rossetto

SALA 04 - TOPÁZIO

Nelson Zanotti

SALA 05 - OPALA

Marcia Mutton

Raffaella Rossetto

SALA 04 - TOPÁZIO

SALA 02 - RUBI

Marcia Mutton Oswaldo Alonso

SALA 02 - RUBI

SALA 03 - ÁGATA

SALA 06 - TURQUESA

FITOTECNIA

Oswaldo Alonso

SALA 03 - ÁGATA

17h10 - 18h00

16h40 - 17h30

16h20 - 17h10

16h20 - 16h40

15h50 - 16h20

15h00 - 15h50

14h50 - 15h10

14h40 - 15h00

AGRÍCOLA

Marcia Mutton

SALA 02 - RUBI

INDUSTRIAL

Jaime Finguerut

SALA 06 - TURQUESA

14h30 - 14h50

SALA 01 - SAFIRA

SALA 06 - TURQUESA

Cândido Carnauba Mota Cândido Carnauba Mota Cândido Carnauba Mota

14h10 - 14h30

Nelson Zanotti

SALA 05 - OPALA

SALA 06 - TURQUESA

MUDAS PRÉ-BROTADAS MUDAS PRÉ-BROTADAS MUDAS PRÉ-BROTADAS

Raffaella Rossetto

SALA 04 - TOPÁZIO

NUTRIÇÃO FITOTECNIA

Oswaldo Alonso

SALA 03 - ÁGATA

PRAGAS E DOENÇAS

AGRÍCOLA

INDUSTRIAL

FITOTECNIA

Nelson Zanotti

SALA 05 - OPALA

NUTRIÇÃO

PRAGAS E DOENÇAS

Raffaella Rossetto

Oswaldo Alonso

SALA 04 - TOPÁZIO

13h50 - 14h10

13h50 - 14h40

13h30 - 13h50

SALA 03 - ÁGATA

Formas de aplicação de n-fertilizantes em soqueira de cana-de-açúcar - Henrique Coutinho Junqueira Franco

Princípios do manejo de pragas e de nematoides em cana - Leila Dinardo-Miranda

Cenários climáticos atual e futuros e os efeitos no desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar Exemplos-Brasil- México - Orivaldo Brunini

Avaliação de falhas em cana-de-açúcar utilizando imagens aéreas de alta precisão obtidas por VANT/DRONE - Rubismar Stolf

Manejo agronômico de cana-de-açúcar: sustentabilidade da produção & produtividade - Jorge Luis Donzelli

Observações sobre maturação e maturadores - Miguel Angelo Mutton

Manejo sustentável da broca da cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis - Luiz Carlos de Almeida

Eficiência de uso de nitrogênio em genótipos de cana-de-açúcar na fase inicial de crescimento - Oriel T. Kölln

Variáveis fisiológicas da cana-de-açucar fertirrigada com diferentes doses de n-fertilizante e inoculadas com bactérias diazotróficas William José Dellabiglia

COFFEE BREAK

Panorama da Agricultura de Precisão no Brasil e seu futuro próximo - Leonardo A. A. Menegatti

Emissão de gases de efeito estufa associados ao manejo da adubação da cana-de-açúcar- Heitor Cantarella

Sphenophorus : onde estamos na curva de aprendizado? - José Antonio Rossato Jr.

Biorregulares em cana-de-açúcar- João Domingos Rodrigues

Seletividade de herbicidas aplicados em pós-emergência sobre mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar - Carlos Alberto Mathias Azania

Determinação da dose letal de irradiação em gemas germinadas de cana-de-açúcar (Saccharum Spp) - Luis Fernando Sanglade Marchiori

Efeitos da aplicação de vinhaça "in natura " ou concentrada associado ao n-fertilizante em soqueira de cana-de-açúcar - Fábio Cesar da Silva

Reação de genótipos de cana-de-açúcar a Meloidogyne javanica - Leila Luci Dinardo-Miranda

Uso de maturadores à base de silício e boro na cultura da cana-de-açúcar - Thiago Prudente Siqueira

Uso do efluente da produção de biogás para dilução do mosto de melaço e influência na fermentação - Leonardo Lucas Madaleno

Influência da arquitetura do Dossel, espaçamento entre linhas e distância entre mudas pré-brotadas na produtividade agrotecnológica da cana-de-açúcar - Fábio Cesar da Silva

Fertilizantes de liberação controlada na formação de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar - Julio César Garcia

Mudas pré-brotadas (MPB) e produtividade de cana-de-açúcar - Mauro A. Xavier

Resultados da aplicação da agricultura revitalizadora na cultura da cana-de açúcar - Leontino Balbo Junior

Uso eficiente do enxofre na cultura da cana-de-açúcar -Godofredo Cesar Vitti

Manejo Integrado das Pragas da cana-de-açúcar - Conhecimento e gestão - Enrico Arrigoni

Fisiologia da cana-de-açúcar - Paulo de R. C. Castro

Processo de fermentação alcoólica com e sem reciclo de células. Quando utilizar? - Silvio Roberto Andrietta

Produtividade de cana-de-açúcar em fases iniciais de seleção de programa de melhoramento genético utilizando o método de multiplicação por mudas pré brotadas - Mauro A. Xavier

Produção de cana-de-açúcar e extração de macronutrientes em experimento de longo prazo associado a doses de N - Iracema Alves Manoel Degaspari

Acúmulo de matéria seca e nitrogênio em cana-de-açúcar fertirrigada com diferentes doses de N e inoculadas com bactérias diazotróficas - Glauber José de Castro Gava

Investigação do perfil de metilação de duas cultivares de cana-de-açúcar sob infecção com o Sugarcone mosaic virus (SCMV)- Rib 1 Marcel F. da Silva


10º CONGRESSO NACIONAL STAB RESUMOS

MECANIZAÇÃO SALA 01 - SAFIRA

20.09.2016 ( TERÇA )

COORDENADOR: Vitorio L. F. Neto

13:30 - 13:50

(SAFIRA)

16:20 - 16:40

(SAFIRA)

COLHEITA MECANIZADA DE CANA BISADA: INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA *J. P. Roviero; *G. H. G. Costa, *I. S. Masson, *M. J. R. Mutton, *M. A. Mutton, *L. A. de Freitas, *C. M. de Freita, *A. F. da Silva, *V. Teixeira *FCAV/Unesp Jaboticabal-SP A qualidade da matéria-prima é fator que interfere diretamente sobre o processo de industrialização da cana-de-açúcar. A cana bisada é a matéria-

PRODUTIVIDADE DE CANA-DE-AÇÚCAR E BIOMASSA DE RAÍZES EM DIFERENTES CONFIGURAÇÕES DE PLANTIO E TRÁFEGO DE MÁQUINAS

prima que permanece no campo por mais de uma safra, podendo carrear

*G. A. Castioni, **Z. M. de Souza, **O. T. Kölln, **J. R. Neto, *L. C. Barboza, **H. C. J. Franco

tivamente a produção do açúcar e de etanol. Objetivou-se avaliar a qualidade

*UNICAMP, Campinas - SP **CTBE – CNPEM, Campinas - SP Esse trabalho teve como objetivo verificar o impacto da redução do espaçamento e tráfego máquinas nos atributos da cultura de cana-de-açúcar plantada em diferentes configurações de plantio. Avaliou-se a distribuição das raízes e a produtividade de colmos da cana-de-açúcar durante duas safras agrícolas, o experimento foi implantado na região de São Paulo-SP no mês de Outubro de 2012, onde foram avaliados os seguintes tratamentos: 1- Espaçamento de referência (ER) –1,50m entrelinhas; 2- espaçamento combinado duplo (ECD) – espaçamento de 0,90m x 1,50m; 3- espaçamento combinado triplo (ECT) – espaçamento de 0,75 x 0,75 x 1,50m entrelinhas; 4- plantio geométrico de precisão (PGP) de 0,75 x 0,75m entre plantas e entrelinhas. O espaçamento PGP apresentou maior biomassa radicular e produtividade (TCH) nos dois anos de cultivo. A área não trafegada apresentou uma distribuição mais uniforme do sistema radicular no perfil.

maior quantidade de impurezas vegetais e minerais. Com o sistema de colheita mecanizada a quantidade de impurezas pode aumentar, influenciando negada matéria-prima de duas cultivares de cana bisada, SP80-3280 e SP83-2847, em comparação com uma cultivar de cana soca, RB855156 colhidas mecanicamente. Foram avaliadas as características tecnológicas BRIX, POL, Pureza, pH, Acidez, Açúcares Redutores, Açúcares Redutores Totais, Fibra e Impurezas Minerais. Os resultados obtidos indicam que a variedade SP80-3280 (bisada) apresentou qualidade tecnológica inferior quando comparada com demais variedades estudadas. A quantidade de impurezas minerais influenciou negativamente a qualidade tecnológica da variedade RB855156, não bisada.

INDUSTRIAL SALA 02 - RUBI

20.09.2016 ( TERÇA )

COORDENADOR: Tiago Delfino

14:40 - 15:00

(SAFIRA)

VARIAÇÃO DO NÚMERO DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS COM A ÁREA DE PRODUÇÃO DAS UNIDADES DE AÇÚCAR E ÁLCOOL E O PROÁLCOOL *R. Stolf e A. **P. R. de Oliveira *UFSCar, Araras - SP **Engenheira, Brasilia - SP Na década de 1960, a abertura do mercado de açúcar dos Estados Unidos originou a modernização da agroindústria. O Instituto do Açúcar e do Álcool ( IAA) criou a “Divisão de Exportação”. Houve a fundação de importantes entidades: Copercana, CTC e Planalsucar. Em 1975, criou-se o Proálcool. O etanol saltou de 0,6 para 3,4 bilhões de litros na safra 1979/80. Exatamente na citada safra o Planalsucar realizou um levantamento da maquinaria da lavoura da cana-de-açúcar em 67 unidades. O objetivo deste trabalho foi proporcionar um registro histórico do levantamento da época e analisar a “variação do número de implementos por 1000 ha” em função da área agrícola, para cada implemento, por meio do coeficiente de correlação linear e equação de regressão. Todos os coeficientes de correlação significativos mostraram uma diminuição do “número de máquinas e implementos por 1000 ha” com o aumento da área cultivada: tratores de pneus, grades, arados, sulcadores, carregadoras e cultivadores. Portanto, com o aumento da área maximiza-se o uso da maquinaria pela redução do número de equipamentos por unidade de área, conclusão válida para a época. Observa-se que a escala de produção das unidades tem aumentado continuamente, até a atualidade. Este trabalho evidenciou a atuação de um processo de economia de escala no sistema de produção de cana-de-açúcar.

14

STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

13:30 - 13:50

(RUBI)

FLOCULANTES ORGÂNICOS NO TRATAMENTO DO CALDO DE CANA *G. H. G. Costa; **C. M. de Freita; **F. Q. Mendes; **V. Teixeira; **M. J. R. Mutton *Universidade do Sagrado Coração, Bauru - SP, **Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal - SP Este trabalho objetivou avaliar a ação coagulante do tanino presente na casca da árvore acácia negra, e da proteína 2S-Albumina presente nas sementes da moringa, no caldo de cana. Para isso realizou-se em escala de laboratório, a clarificação do caldo extraído da variedade de cana CTC4, que foi filtrado, caleado até pH7,0, fervido até ebulição, e disposto em sistema de decantação aquecido por lâmpadas, onde dosou-se 4 floculantes. Após 40 minutos em repouso, o caldo clarificado foi recuperado por sifonação e caracterizado. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 4 tratamentos (floculante sintético comercial, floculante orgânico comercial, extrato de sementes de moringa e testemunha) e 4 repetições. Observou-se que os auxiliares de sedimentação promoveram precipitação das impurezas, com destaque para o polímero sintético e o extrato de sementes de moringa. Não houve remoções de açúcares do caldo. Somente a concentração de ácidos orgânicos presentes no caldo foi afetada pela utilização de floculantes. Desta maneira, conclui-se que o processo de clarificação se utilizando extrato de moringa como auxiliar de sedimentação apresenta resultados satisfatórios quando comparado ao uso de polieletrólito sintético.


14:40 - 15:40

(RUBI)

AVALIAÇÃO DO AÇÚCAR COMERCIAL POR GRANULOMETRIA E FILTRABILIDADE *L. M. de Araújo; *M. R. L. Azevedo; *L. C.S. Medeiros; *L. C. C. Xavier; *E. A. S. Gomes; *S. M. Vasconcelos; *P. N. Moreira *Universidade Federal da Paraíba – UFPB / João Pessoa - PB A produção de açúcar de qualidade depende de vários fatores dentre eles: matéria-prima, solo e condições de processamento. O açúcar é um alimento, porém algumas etapas da produção são subestimadas, acarretando no comprometimento da qualidade e da quantidade de cristais. O controle da cristalização do açúcar é realizado com relação à granulometria do tamanho médio dos cristais (AM) e a sua uniformidade (CV). O objetivo desse estudo foi avaliar qualitativamente o açúcar comercial (açúcares cristal, demerara e VHP), quanto à regularidade dos cristais através da análise granulométrica e a filtrabilidade. A realização desse estudo trouxe resultados qualitativos quanto ao tamanho dos cristais e ao CV, 0,42 mm e 48,8% para açúcar cristal, 0,42 mm e 30,3% e 0,71 mm e 48,8% para o VHP e demerara, respectivamente, constatando irregularidades. A filtrabilidade média foi de: 66,7; 37,7 e 30% para o açúcar cristal, VHP e demerara, respectivamente, confirmando a presença de impurezas. Considerando que para o açúcar ter qualidade são necessários 60% dos cristais uniformes e que a filtrabilidade está relacionada com a impureza os produtos avaliados não estão dentro das especificações exigidas pelo mercado. Portanto, é necessário otimizar o controle termodinâmico da fabricação do açúcar.

16:20 - 16:40

(RUBI)

EFICIÊNCIA E RENDIMENTO INDUSTRIAL DE USINAS *C. M. Evangelista *Engenheiro Químico A partir de balanços de massa de açúcares redutores totais em uma usina obtém-se expressões algébricas para importantes parâmetros amplamente utilizados como a Relação de Paridade Técnica, a Eficiência Industrial e Rendimentos Industriais em função das eficiências da extração, das fábricas de açúcar e de álcool e do mix de produção (ø), além de outros fatores. Enfatiza-se a importância de se determinar tais eficiências para a avaliação do desempenho das usinas e se propõe uma eficiência industrial “média” (E para mix produção 50%) como parâmetro alternativo auxiliar.

17:30 - 17:50

(RUBI)

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO RECOLHIMENTO E USO DA PALHA DE CANA-DE-AÇÚCAR

é economicamente vantajosa na fase agrícola, com menor custo para cenários com 70% de recolhimento (R$52,82/t palhabase seca). O enfardamento apresenta custos elevados (R$88,60/t palhabase seca) para pequenas frações de recolhimento (30%), devido à menor eficiência na execução das operações agrícolas. A análise do modelo verticalizado de produção (fase agrícola e industrial) mostrou que a baixa eficiência da estação de limpeza a seco e a umidade da palha interferem nos rendimentos industriais, aumentando os custos dos produtos (etanol e eletricidade) e diminuindo a vantagem econômica da colheita integral, tornando o enfardamento mais atrativo para maiores taxas de recolhimento. A escolha do sistema de recolhimento da palha requer uma análise integrada das tecnologias utilizadas no campo e na indústria.

GERAL

SALA 03 - ÁGATA

20.09.2016 ( TERÇA )

COORDENADOR: Miguel Mutton

13:30 - 13:50

(ÁGATA)

CO-DIGESTÃO ANAERÓBIA E POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE BIOMETANO DE VINHAÇA E TORTA DE FILTRO *L. F. S. Costa; *W. M. Leandro; *M. G. Silva; *R. C. A. Ribeiro; *A. M. B. do Nasimento *Universidade Federal de Goiás, Goiânia - GO Numerosos resíduos são gerados a partir do processamento da cana-de-açúcar, nas etapas da cadeia produtiva de açúcar e etanol. Estes resíduos vêm sendo utilizados pela própria indústria, seja para produção de energia com a queima do bagaço ou aplicados na lavoura como fonte de nutrientes ao solo. Apesar de hoje serem chamados de subprodutos, não é realizado o bom manejo destes resíduos aproveitando também seu potencial energético. O presente trabalho teve como objetivo, verificar a produção de biometano de resíduos gerados pelo processamento da cana-de-açúcar. O trabalho foi realizado no Laboratório de Biomassa e Biogás da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás. Foram realizados testes em batelada para avaliar o potencial de produção de biogás de cada resíduo. Os tratamentos foram: inóculo + vinhaça, inóculo + torta de filtro e o blend (mistura de torta de filtro e vinhaça) + inóculo. Os resultados mostraram que a co-digestão apresentou resultados satisfatórios, uma vez que a produção de biometano foi superior nos testes de avaliação do potencial de rendimento de metano, o que aponta para uma opção viável para o tratamento desses resíduos, produzindo energia limpa, renovável e o biofertilizante podendo ser usado nas lavouras sem nenhum prejuízo quanto ao poder fertilizante dos resíduos.

14:40 - 15:00

(ÁGATA)

*T. F. Cardoso; *M. F. Chagas; *M. D. B. Watanabe; *O. Cavalett, *H. C. J. Franco; *O. A. Braunbeck; *M. R. L. V. Leal; *A. Bonomi.

TORTA DE FILTRO IN NATURA E COMPOSTADA COMO SUBSTRATO PARA PROCUÇÃO DE BIOMETANO

*Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) - Campinas, SP

*M. G. Silva; *W. M. Leandro; *L. F. S. Costa; *R. C. A. Ribeiro; *A. M. B. do Nasimento

O Brasil tem a cultura de cana-de-açúcar como principal fonte de biomassa para produção de energia. A colheita de cana crua permite que parte da palha seja recolhida e enviada para a indústria, onde pode ser utilizada para geração de eletricidade e/ou para produção de etanol de 2ª geração. Este estudo tem como objetivo analisar a viabilidade técnico-econômica do aproveitamento da palha de cana-de-açúcar, considerando as fases agrícola e industrial de forma integrada, para produção de eletricidade. Verificou-se que a colheita integral

*Escola de Agronomia - Universidade Federal de Goiás, Goiânia - GO Estudos e o desenvolvimento de alternativas energéticas viáveis para minimizar os impactos causados pela queima de combustíveis fósseis ao meio ambiente vêm crescendo, assim como a preocupação em encontrar substitutos que diminuam valores gastos com as constantes variações de preço desses produtos, principalmente o petróleo. Nesse cenário, as discussões sobre energias renová-

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EVENTO

veis retornam mais fortes, aproveitando a linha de pensamento, esse trabalho foi realizado com o objetivo de comparar a produção de biometano entre a torta de filtro in natura e a torta de filtro após o processo de compostagem. A pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Biomassa e Biogás da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás. Primeiramente foi realizado a coleta dos resíduos, torta de filtro in natura e compostada, gerados pelo processamento da cana-de-açúcar. Os materiais passaram por análise química antes da montagem do experimento, este foi composto por 3 tratamentos: inóculo + torta de filtro in natura, inóculo + torta de filtro compostada e a amostra controle (inóculo). Ao final do experimento, os resultados mostram que a torta de filtro in natura obteve maior produção acumulada de biometano, demonstrando que o uso desse resíduo sucroalcooleiro é uma opção viável para o processo de biodigestão.

16:20 - 16:40

(ÁGATA)

MULTIPLICAÇÃO DE Rhodotorula rubra EM MEIO DE GLICOSE, SUPLEMENTADO COM MICRONUTRIENTES PARA PRODUÇÃO DE CAROTENÓIDES

*L. A. de Freita, *Banzatto, *C. M. de Freita, *L. F. Tralli, *A. F. Silva, *V. Teixeira, *J. P. Roviero, *M. J. R. Mutton *Laboratório de Tecnologia do Açúcar e do Álcool, Departamento de Tecnologia, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal-SP Carotenóides são pigmentos amplamente encontrados na natureza, responsáveis pelas cores laranja, amarela e vermelha em frutas, tubérculos e flores. Eles apresentam funções de pró-vitamina A, antioxidante e anti-carcinogênico, além de anular os radicais livres. A levedura Rhodotorula rubra tem capacidade para sintetizar os diferentes tipos de terpenoides em diferentes condições de desenvolvimento. Com base nesse contexto, foi avaliada através de base de glicose, com a suplementação de nutrientes, a produção de carotenóides em um ambiente adaptado, á avaliação das condições ambientais, á quantificação da produção de biomassa e, subsequentemente, de rendimento. A utilização da suplementação do meio de cultivo com Zinco+Magnésio+Manganês eleva a quantidade de massa seca e volumétrica da estirpe L18 e, consequentemente da produção de carotenóides.

17:30 - 17:50

(ÁGATA)

DESENVOLVIMENTO DE UMA ROTA TECNOLÓGICA PARA PRODUÇÃO DE ETANOL CELULÓSICO DE SEGUNDA GERAÇÃO A PARTIR DO BAGAÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR *S. Soares, **A. B. do Patrocínio, ***F. C. da Silva. *Universidade de São Paulo – ESALQ, Piracicaba - SP. **Faculdade de Tecnologia “Deputado Roque Trevisan”, Piracicaba -SP ***Embrapa Informática Agropecuária, Campinas - SP O objetivo deste trabalho foi avaliar o pré-tratamento ácido no bagaço de cana-de-açúcar com planejamento fatorial 23 com os parâmetros: tempo, temperatura e razão sólido/líquido (bagaço/ácido) para determinar quais desses parâmetros são significativos e suas interações em relação ao rendimento em AR (açúcares redutores). Foram determinados os seguintes parâmetros neste trabalho através das metodologias usuais do setor sucroalcooleiro: Açúcares Redutores (AR), compostos fenólicos, holocelulose, celulose e lignina. O principal resultado desse estudo foi um valor de rendimento em atividade nas condições otimizadas de 3780%. O rendimento previsto variou em função do experimental em 1,4%, estando o mesmo dentro dos valores esperados. O pré-tratamento separou a matriz da lignina, reduziu a cristalinidade da celulose, aumentou a amorfa da mesma e solubilizou a hemicelulose, como se esperava, apresentando um rendimento de conversão de 89,54 % de celulose.

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INDUSTRIAL

SALA 04 - TOPÁZIO

20.09.2016 ( TERÇA )

COORDENADOR: Ericson Marino

13:30 - 13:50

(TOPÁZIO)

ADIÇÃO DE IMPUREZAS VEGETAIS NA CANA CRUA E INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DO CALDO E DA CANA *L. L. Madaleno, **E. H. Ferri, **R. V. Franzé, **C. A. Fermino, *J. R. Teixeira, *M. R. de Carvalho *Fatec Nilo De Stéfani – Faculdade de Tecnologia de Jaboticabal - SP, **Usina Santa Fé S.A – Nova Europa - SP Uma lacuna no setor é a definição do impacto do aumento das impurezas vegetais (folhas, palmito e palhas) sobre a produção do açúcar e etanol. O objetivo do presente trabalho foi estudar a crescente adição de impurezas vegetais em duas variedades e verificar a influência na qualidade da cana e do caldo. O delineamento experimental utilizado foi em fatorial (2x5) em blocos casualizados, com 4 repetições. O primeiro fator foram as duas variedades, RB867515 e SP83-2847, de primeiro corte. O segundo fator foi: a adição de impurezas, a saber: testemunha (colmos limpos), 3, 6, 9 e 12% de impurezas com folhas, palmito e palha adicionadas de forma conjunta. O experimento foi realizado em julho, durante a safra 2015/2016, em área da Usina Santa Fé, Nova Europa-SP. Foram feitas análises tecnológicas no caldo extraído e na cana. Houve aumento de 47% no AR, na comparação da cana limpa em relação ao nível de 12% de impurezas vegetais, 32% para acidez sulfúrica e 9% para o teor de cinzas. Para o volume do caldo houve redução da extração pelo aumento de fibra, principalmente na variedade RB867515. Para a Cor ICUMSA e amido não houve diferenciação para as impurezas vegetais adicionadas.

14:40 - 15:00

(TOPÁZIO)

ARMAZENAMENTO DA CANA CRUA PICADA E EFEITO SOBRE A QUALIDADE DO CALDO E DA CANA *L. L. Madaleno, **E. H. Ferri, **R. V. Franzé, **C. A. Fermino, *N. N. Ribeiro, *C. A. Rateiro *Fatec Nilo De Stéfani, Jaboticabal-SP. **Usina Santa fé S.A., Açúcar Itaquerê, Nova Europa-SP. Uma das operações mais importantes para as usinas está na colheita e a entrega da cana. Para reduzir o custo da colheita foi idealizado, por várias unidades industriais, o sistema “bate e volta” que diminui o tempo de espera dos caminhões dentro da usina. O objetivo do presente estudo foi avaliar o armazenamento da cana crua picada e o efeito sobre a qualidade do caldo e da cana. O delineamento experimental foi o em parcelas subdivididas (4x3) em blocos casualizados, com 4 repetições. O tratamento principal foi os tipos de armazenamento, a saber: testemunha (horário de chegada da cana na usina, com processamento imediato, sendo este o tempo zero), 6, 12, 18 e 24h. O tratamento secundário foram épocas de colheita: maio, agosto/setembro e novembro/dezembro, para simulação do início, meio e final de safra. Esses tratamentos foram avaliados durante a safra 2015/2016. Foram feitas análises tecnológicas da cana e do caldo extraído. Os resultados revelam que o efeito do armazenamento sobre a qualidade da matéria-prima é complexo, no entanto, se observa que há redução da qualidade do caldo através da acidez, perda de massa da cana armazenada e, quando há precipitação sobre a carga, ocorre a lixiviação da sacarose.


DIVERSIFICAÇÃO SALA 05 - OPALA

16:20 - 16:40

(OPALA)

20.09.2016

O PROGRAMA NACIONAL DO ÁLCOOL, PROÁLCOOL – BREVE HISTÓRICO DÉCADA A DÉCADA DO ETANOL NO BRASIL

COORDENADOR: João G. B. Caruso

*R. Stolf; **A. P. R. de Oliveira

( TERÇA )

*UFSCar, Araras - SP **Banco do Brasil, Brasília - DF

13:30 - 13:50

(OPALA)

CARACTERIZAÇÃO DO MELAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA APROVEITAMENTO COMO NUTRIENTE DE MICRORGANISMOS PRODUTORES DE CELULASE *L. C. S. Medeiros; *L. M. de Araújo; *M. R. L. Azevedo; *E. A. S. Gomes; *S. M. Vasconcelos; *P. N. T. Moreira *UFPB, João Pessoa - PB O melaço de cana-de-açúcar é a porção resultante da separação dos cristais de açúcar por centrifugação da massa cozida, caracterizando-se como mel final contendo diferentes teores de sacarose, açúcares redutores e quantidades significativas de minerais. As celulases são uma classe de enzimas capazes de quebrar ligações glicosídicas da celulose, revelando grande potencial para aplicações tecnológicas. Esse estudo visa à caraterização do melaço para avaliação do seu aproveitamento como fonte de carbono para microrganismos produtores da enzima celulase. Para que seja absorvida pelos microrganismos a sacarose do melaço precisa ser hidrolisada em açúcares redutores, dentre os quais o mais importante é a glicose. Foram analisadas amostras de melaço comercial, artesanal e de usina de açúcar. A caracterização dos melaços foi feita pelos parâmetros: Pol, BRIX, Pureza em Sacarose, AR, ART, umidade, goma, acidez e cor. O resultado mostrou que os melaços comercial e artesanal são mais ricos em açúcares redutores, com menor degradação. O melaço de usina de açúcar quanto ao AR e à cor pode-se concluir que ocorreu um esgotamento mais eficiente da sacarose, entretanto, a cor elevada demonstra o aquecimento excessivo no processo. É necessário acompanhar a termodinâmica do esgotamento, pois o aquecimento excessivo degrada os compostos orgânicos, fazendo aparecer substâncias corantes que prejudicam a qualidade do açúcar e deixam resíduos no melaço que são pouco absorvidos pelos microrganismos produtores de celulase.

14:40 - 15:00

(OPALA)

EMISSÕES DE CO2 OBSERVADAS DURANTE A REFORMA DE CANAVIAL *O. M. R. Cabral; *N. P. Ramos; *A. P. Packer; *C. A. de Andrade; **H. C. de FREITAS; ***C. Pires *Embrapa Meio Ambiente **Universidade de São Paulo-IAG-DCA, São Paulo - SP ***Fazenda da Aeronáutica, Pirassununga - SP

Os fluxos de CO2 de um solo muito argiloso foram medidos utilizando-se o método da covariância de vórtices durante a reforma de um canavial realizada com operações de preparo convencional ao longo de 42 dias, entre agosto e outubro de 2015, em Pirassununga (SP). O total acumulado dos fluxos foi 165,7 g C m-2 (607,6 g CO2 m-2), representando 4% do estoque de carbono na camada superficial de 0,2 m de solo, estimado em 4.142 g C m-2. A dependência dos fluxos de CO2 com a umidade e a temperatura do solo indicaram que os fluxos foram menores para o solo mais seco e maiores temperaturas do solo, demonstrando que os efeitos destes fatores individualmente não são multiplicativos.

O Programa Nacional do Álcool (Proálcool) foi um programa estratégico do governo do Brasil de substituição dos combustíveis veiculares derivados de petróleo por álcool (etanol). Pela compatibilidade do etanol com motores ciclo Otto, a finalidade estabelecida foi substituir a gasolina e não substituir o óleo diesel, outro combustível fóssil utilizado em grandes motores do ciclo Diesel, especialmente em caminhões. Nos 500 anos de cana-de-açúcar no Brasil, esta cultura atingiu o segundo decênio do Século XXI com extraordinária força e prestígio; alcançou a maior produção de sua história com tendência de crescimento; líder da produção de açúcar e etanol de cana no mundo; agroindústria com independência energética; cogeração de energia elétrica para exportar o excedente para o mercado nacional; efluentes e resíduos poluentes transformados em insumos de alto valor (vinhaça, torta de filtro e outros); ações em relação ao meio ambiente: interrupção da queima de canaviais; retirada das atividades braçais do corte da cana-de-açúcar; produção de biocombustível em substituição à queima equivalente em gasolina, reduzindo a emissão de CO2 na atmosfera. No Brasil, essa indústria lidera ainda a busca da “pedra filosofal”: ações para transformar a celulose (no caso, o bagaço) em um pote de ouro (de açúcar). Isto é, lidera a pesquisa sobre as cadeias de sacarídeos entrelaçados que formam polissacarídeos (celulose) que, se destravados por processos químicos e/ou físicos, transformam a matéria orgânica em açúcar fermentável para produção de etanol de segunda geração. O objetivo do presente trabalho é apresentar um histórico do desenvolvimento do Proálcool e as ações que levaram o Brasil a assumir tão significativa liderança, por meio de uma abordagem década a década.

16:40 - 17:00

(OPALA)

QUANTIDADES DE PALHADA RETIRADA DO SOLO E IMPACTOS NO SISTEMA RADICULAR E PRODUTIVIDADE DE CANA-DE-AÇÚCAR *G. S. de Aquino; *C. C. Medina; **A. L. Porteira Junior; **D. A. Silvestre; **E. C. Gomes; **D. C. Costa; ***A. C. Benitez Cunha; ***D. A.O. Kussaba; ***J. H. Dos Santos Júnior, ***L. F. Almeida *Departamento de Agronomia - Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR **Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR ***Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR A quantidade de palhada de cana-de-açúcar necessária permanecer no campo para sustentabilidade do sistema de produção e quanto poderia ser utilizado em setores como cogeração e produção de bioetanol, otimizando a geração de energia, são questões não esclarecidas. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes quantidades de palhada sobre sistema radicular e a produtividade da primeira soqueira de cana-de-açúcar, var SP 801816. Foram testados os efeitos de seis tratamentos: cana-queimada, 0%; 25% (5 t ha-1); 50% (10 t ha-1); 75% (15 t ha-1); 100% (20 t ha-1) de massa seca de palhada sobre o enraizamento e a produtividade da cana-de-açúcar (TCH). O sistema radicular foi avaliado na colheita, a 0,45 m de distância horizontal da touceira, até 0,60 m de profundidade. Obteve-se a produtividade na colheita, pesando-se todos os colmos de cada parcela. Em períodos de deficiência hídrica, os tratamentos 50, 75 e 100% de palhada proporcionaram maior massa de raízes até os 0,20 m de profundidade, não interferindo abaixo dessa camada. Os tratamentos 50 e 75% de palhada não diferiram entre si e apresentaram produtividade 43% maior que cana-queimada, podendo se retirar 50% de palhada excedente do campo sem que ocorram prejuízos à produtividade da cultura.

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EVENTO

17:30 - 17:50

(OPALA)

INOVAÇÃO BIOLÓGICA E A EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE DA CANA DE AÇÚCAR NO ESTADO DE SÃO PAULO *R. C. C. Sachs e **J. B. S. Ferreira Filho *APTA, Piracicaba - SP. **ESALQ/USP, Piracicaba -SP. Esse estudo teve como objetivo analisar a contribuição das inovações biológicas, consideradas como a introdução de novas variedades de cana-de-açúcar, para a produtividade agrícola dessa cultura no estado de São Paulo para os anos de 1998 a 2009 devido à disponibilidade de dados. Para atingir o objetivo proposto foi construído um índice de novidade varietal para medir o ritmo de adoção de novas variedades de cana-de-açúcar tendo como base o censo varietal do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). A metodologia empregada foi a de Efeitos Fixos com seis regiões para o estado de São Paulo. Os resultados indicaram que as variáveis mais importantes para explicar a produtividade da cana-de-açúcar foram as variáveis produtividade atingível e o estágio médio de corte, seguido pelo preço da cana-de-açúcar. Em relação à contribuição das inovações biológicas para a produtividade da cana, os resultados indicaram que a introdução de novas variedades não contribuiu significativamente para o aumento da produtividade dessa cultura no estado de São Paulo no período analisado. O ritmo de adoção de novas variedades durante esse período foi baixo, pois a maior parte da área cultivada com cana-de-açúcar no estado de São Paulo ainda são ocupadas com variedades desenvolvidas na década de 1980.

RECURSOS HUMANOS / GERAL SALA 06 - TURQUESA

20.09.2016 ( TERÇA )

COORDENADOR: Fernando Vicente

16:40 - 17:00

(TURQUEZA)

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE AGROTECNOLOGICA DO SORGO SACARINO EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA E SISTEMA DE PLANTIO NA REFORMA DO CANAVIAL *L. F. S. Marchiori ; *L. Stenico; **F. C. da Silva; K. Pamela *R. de Campos. * Fatec Piracicaba, Piracicaba –SP *** Embrapa Informática Agropecuária, Campinas -SP A utilização do sorgo sacarino na reforma do canavial apresenta algumas vantagens como ciclo curto, fácil mecanização, alto teor de açúcar, produção de massa verde, além de o processamento ser idêntico ao da cana- de- açúcar. O objetivo foi determinar a melhor época de semeadura, como o melhor tratamento quanto à adubação, buscando uma alta produtividade de massa verde e bom índice de sacarose. Os experimentos foram realizados no campo em quatro épocas diferentes (Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro), com três tratamentos e quatro repetições: T1-Adubação convencional (P - superfosfato simples - 250 kg.ha-1), T2-Torta de Filtro (20 t.ha-1)+Vinhaça (60 m3.ha-1), T3-Torta de filtro (20 t.ha-1). Após vinte dias foi realizada adubação de cobertura em todos os tratamentos com a formulação 10-20-20 (200 kg.ha-1) e ureia (200 kg.ha-1). De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que os tratamentos apresentaram diferenças entre si dentro de cada época, bem como as épocas apresentaram valores diferentes para as variáveis estudadas de colmos, Pol, massa verde e produção de fibra. Observou-se também, diferenças na altura das plantas na ocasião da colheita em relação aos tratamentos e às épocas.

17:00 - 17:20

(TURQUEZA)

CARACTERIZAÇÃO QUÍMICO-TECNOLOGICAS DE CULTIVARES DE SORGO SACARINO COM DESPONTE DE PANÍCULAS

16:20 - 16:40

(TURQUEZA)

AVALIAÇÃO DA ENZIMA α-AMILASE NO TRATAMENTO DO CALDO DE SORGO SACARINO *C. M. de Freita; **O. F. Emerenciano; *L. A. de Freita; *V. Teixeira; *F. Q. Mendes; *A. F. Silva; *M. J. R. Mutton * UNESP, Jaboticabal-SP **Universidade Estadual de Minas Gerais Campus de Frutal (UEMG). O sorgo sacarino é biomassa complementar da cana-de-açúcar, graças a compatibilidade de processamento. De modo semelhante requer o tratamento do caldo, podendo ser feito com adição de enzimas. Entre elas destaca-se as α-amilases que são enzimas com grande aplicação nas indústrias têxtil, farmacêuticas, alimentícias e sucroalcooleira, representando aproximadamente 25% do mercado mundial. Considerando-se a possibilidade da utilização desta matéria-prima no sistema de produção do etanol, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os reflexos da utilização de enzima α-amilase no tratamento de caldo de sorgo sacarino, colhido em 3 épocas, com e sem folhas. O experimento foi realizado no Laboratório de Tecnologia do Açúcar e do Álcool, da FCAV/UNESP, Jaboticabal-SP. O genótipo de sorgo sacarino utilizada foi a CVSW 800007, colhida da Fazenda Experimental da mesma faculdade. Em três diferentes épocas de amostragem (100, 110 e 135 dias após a semeadura). Os colmos foram processados com e sem folhas e panículas. Os colmos foram submetidos a moagem, e o caldo extraído foi avaliado quanto ao Brix, pH, Acidez Total, Amido e Compostos Fenólicos Totais. Após caracterizados, os caldos foram clarificados por caleagem simples, sendo empregado no decantador enzima α-amilase. A seguir, o sobrenadante (caldo clarificado) foi recuperado por filtração, e caracterizado quanto ao teor de BRIX, pH, Acidez Total, Amido e Compostos Fenólicos Totais. Os resultados foram submetidos a análise de variância pelo teste F, e as médias comparadas segundo o teste de Tukey (5%). Observou-se que a adição da enzima α-amilase promove grande remoção de amido e não altera as características químico tecnológicas do caldo de sorgo sacarino para produção de etanol.

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STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

*A. F. Silva; *O. E. Ferreira; *V. Teixeira; * L. A. de Freita; *J. P. Roviero; *C. M. de Freita; *M C. de Oliveira;*M. A. Mutton; *M. J. R. Mutton *Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal – SP Dentre as diversas matérias-primas renováveis disponíveis para a produção de bioetanol, o sorgo sacarino (Sorghum bicolor (L.) Moench) é uma das opções mais promissoras devido à sua ampla adaptabilidade em diferentes climas e solos, além do grande acúmulo de açúcares em seus colmos. A viabilidade de seu uso depende de práticas que otimizem o seu rendimento energético. O experimento foi instalado na área experimental do Departamento de Produção Vegetal- FCAV/UNESP Jaboticabal-SP na safra 2012/2013 e conduzido no Laboratório de Tecnologia do Açúcar e do Álcool da mesma instituição. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com parcelas sub-subdividas e quatro repetições. Os tratamentos primários corresponderam aos genótipos de sorgo sacarino (CV147, CV198 e BRS508), os secundários, ao manejo dos colmos (com desponte prévio das panículas e colmos integrais, sem desponte) e os terciários às épocas de colheita (102 e 116 dias após semeadura). Aos 70 d.a.s. foi realizada a remoção manual com uso de tesouras de poda, do último entrenó do colmo, inibindo assim o desenvolvimento das panículas. Nas parcelas controles as panículas foram mantidas intactas. O caldo extraído foi clarificado através de processo de defecação simples, e a seguir ajustou-se o Brix para 16º e pH para 4,5 (mosto). Os resultados foram submetidos à análise de variância (teste F), teste de comparação de médias (Tukey 5%). Os resultados da caracterização do caldo clarificado e mosto mostraram que o desponte afetou positivamente alguns parâmetros como amido e fenol que tiveram menores teores, porém para as outras características o desponte afetou negativamente a qualidade tecnológica do sorgo sacarino. A época de colheita que resultou em valores mais satisfatórios para os constituintes químico-tecnológico foi aos 102 dias após a semeadura.


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EVENTO

INDUSTRIAL / ENGENHARIA SALA 01 - SAFIRA

21.09.2016 ( QUARTA)

COORDENADOR: Ericson Marino

08:00 - 08:20

(SAFIRA)

EVAPORADOR DE TUBO LONGO EVTL - UMA INTERESSANTE ALTERNATIVA PARA EVAPORADORES DE CALDO DE CANA.

incertezas. Como resultado obteve-se uma energia elétrica excedente de 535,13 kWh/teuc , por um período de 3 meses (2.160 h). Supondo o custo do eucalipto de R$ 70,00/t , o custo da bioeletricidade é de R$ 160,09/ MWh. Na entressafra, o eucalipto é uma alternativa para exportação da bioeletricidade excedente.

AGRÍCOLA MELHORAMENTO SALA 02 - RUBI

21.09.2016 ( QUARTA)

COORDENADOR: Djalma E. Simões Neto

*Marcelo Paes Fernandes Ponticífia Universidade Católica, PUC - RJ O objetivo deste trabalho é relatar o desenvolvimento do projeto de um evaporador de caldo com máxima eficiência térmica e mínima perda de açúcar por inversão. Os modelos mais usuais de evaporadores empregados na indústria canavieira brasileira são os Roberts e os multireboilers, que não satisfazem a esses requisitos. O desafio foi projetar um modelo de evaporador que privilegiasse essas características antagônicas, máxima eficiência térmica e mínima perda de sacarose. O evaporador desenvolvido atendeu todas as premissas de projeto, com robustez, fácil operação e oferecendo máxima segurança para os operadores.

09:40 - 10:00

(SAFIRA)

AVALIAÇÃO OPERACIONAL DE CENTRAIS COGERADORAS DE ENERGIA VISANDO MAXIMIZAR A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS PLANTAS INDUSTRIAIS ESTUDO DE CASO: SUCROENERGÉTICO L. P. Buranello Com a evolução das tecnologias dos materiais e, consequente, aumento das pressões e temperaturas nos equipamentos destinados à geração de energia elétrica, as adaptações e evoluções tecnológicas foram inevitáveis para poder acompanhar os níveis de eficiência exigidos. Materiais especiais e novos conceitos dos sistemas de controle em turbinas foram desenvolvidos para aumentar a eficiência, bem como a disponibilidade e confiabilidade de operação destes equipamentos. Uma nova tendência surge em busca da máxima eficiência, o retrofit através da eficiência energética. Em meio ao mundo competitivo entre as diversas formas de geração, além do crescente valor do custo da fonte primária de energia, muitas vezes por escassez, o ganho de 0,1% na eficiência do ciclo pode representar a viabilidade da implantação de um projeto.

13:30 - 13:50

(SAFIRA)

USO DO EUCALIPTO NA ENTRESSAFRA DO SETOR SUCROENERGÉTICO *A. Bobroff-Maluf *EEP - FUMEP, Piracicaba - SP O eucalipto (euc) tem importância na matriz energética nacional como mitigador dos gases do efeito estufa (GEE). Contudo, outros biocombustíveis, como o capim elefante, o sorgo sacarino etc. também podem ser usados. O objetivo deste trabalho é valorizar o uso do eucalipto na entressafra para a geração de bioeletricidade. Apresenta-se uma metodologia que objetiva analisar a viabilidade técnico-econômica da produção da bioeletricidade para exportação. São feitos balanços de massa e Energia, usando o simulador Cycle-Tempo. É elaborada a folha de balanço energético para fornecer a energia elétrica consumida e a exportada pela planta. O fluxo de caixa indica a viabilidade econômica ou não da planta, e o estudo da sensibilidade mostra a variação do custo da bioeletricidade produzida, devido às

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STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

08:00 - 08:20

(RUBI)

REVISÃO NO ÍNDICE DE CONCENTRAÇÃO VARIETAL PARA CANA-DE-AÇUCAR *R. L. C. Braga Jr., **M. G. A. Landell, ***V. Nardy *Consultor, ** IAC – Instituto Agronômico, Campinas - SP, ***CTC– Centro De Tecnologia Canavieira, Piracicaba - SP Assim como em outros setores da economia, o uso de indicadores nos permite mensurar a eficiência de práticas agronômicas na cultura da cana-de-açúcar. Isso pode ser aplicado, por exemplo, com a finalidade de avaliar a diversificação e qualidade do plantel varietal utilizado nos canaviais brasileiros. O presente artigo visa apresentar os índices de atualização e concentração varietal bem como retratar uma revisão deste último, eliminando possíveis vieses que uma análise simplificada poderia apresentar. Assim, o Índice de Concentração Varietal Ajustado (I.C.V.A) mostrou-se adequado ao reclassificar 13 unidades produtoras e permitir uma análise mais adequada da situação das mesmas.

09:40 - 10:00

(RUBI)

CINQUENTA ANOS DE CONTRIBUIÇÃO DA SERRA DO OURO PARA O DESENVOLVIMENTO DE VARIEDADES RB DE CANA-DE-AÇÚCAR *J. M. Santos; *G. V. S. Barbosa; *C. A. Diniz; *M. M. Cruz; *A. J. R. Sousa; *C. A. G. Ribeiro; *A. J. A. Viveiros; *F. S. Filho; *I. Teodoro; *L. Soares; *V. L. D. Torres; *B. F. C. Nascimento. *Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Campus Delza Gitaí, Rio Largo, AL Este trabalho objetiva descrever os resultados de cinquenta anos de pesquisa da Estação de Floração e Cruzamento Serra do Ouro no desenvolvimento de variedades RB. Em 1966 os rendimentos agroindústrias da cana-de-açúcar no Brasil eram muito baixos, com pouca adoção de tecnologias. Nesse ano a classe produtora de Alagoas em convênio com o Instituto do Açúcar e do Álcool implantou o banco de germoplasma da Serra do Ouro, em Murici-AL, para realizar cruzamentos e obter variedades RB (República do Brasil). De 1971 a 1990, a Serra do Ouro foi administrada pelo PLANALSUCAR; em 1990 passou para o Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas. Durante cinquenta anos a Serra do Ouro produziu espiguetas/cariopses de cana-de-açúcar que deram origem a 94 variedades RB. Dessas, 19 foram desenvolvidas e liberadas pelo PLANALSUCAR, 35 desenvolvidas inicialmente pelo PLANALSUCAR e liberadas pela RIDESA e 40 desenvolvidas e liberadas exclusivamente pela RIDESA. Em 2015 as variedades RB ocuparam 68% da área canavieira do Brasil, evidenciando que as atividades de pesquisa realizadas na Serra do Ouro têm significativa participação na produção de açúcar e na matriz energética brasileira.


13:30 - 13:50

(RUBI)

ANÁLISE DE TRILHA VISANDO SELEÇÃO DE GENÓTIPOS COM ELEVADO RENDIMENTO DE SACAROSE EM FASES INICIAIS DO MELHORAMENTO DA CANA-DE-AÇÚCAR *D. E. Cursi; **H. P. Hoffmann; **R. G. Chapola; ** A. R. Fernandes Júnior; ***R. Gazaffi; *A.A.F. Garcia; *ESALQ – “Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz”, Piracicaba – SP **RIDESA/UFSCar, São Carlos – SP ***Universidade Federal de São Carlos, Araras - SP O objetivo do presente trabalho foi identificar os principais caracteres a serem considerados durante a seleção em fases iniciais do melhoramento da cana-de-açúcar. Para isso, utilizaram-se dados provenientes de um experimento de seleção de família, instalado em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo a unidade experimental constituída por dois sulcos com 5 m de comprimento. Os principais caracteres agronômicos foram avaliados em 7.360 indivíduos, pertencentes a 92 famílias de irmãos-completos. De posse dos dados, formulou-se o diagrama de trilha. A predição dos valores genotípicos foi obtida por meio da abordagem de modelos mistos. Observou-se que os efeitos diretos dos dados genotípicos das variáveis altura e número médio de colmos apresentaram maiores efeitos para o incremento do rendimento de cana por hectare (TCH). Por outro lado, a seleção direta via Brix incrementou de forma indireta o componente Pol cana, ou seja, Brix pode ser utilizado como um bom indicador do potencial em se produzir PC. De forma conjunta, observou-se que as variáveis, altura, número médio de colmos e Brix apresentaram os maiores efeitos e as maiores correlações totais, indicando haver grande contribuição destas variáveis para o aumento do rendimento de Pol por hectare (TPH). Portanto, recomenda-se a seleção indireta para estes três caracteres objetivando o incremento do rendimento de Pol em fases iniciais do melhoramento da cana-de-açúcar.

14:40 - 15:00

(RUBI)

EVOLUÇÃO DO CULTIVO DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR EM ALAGOAS DE 1970 A 2015 *G. V. S. Barbosa; *C. A. Diniz; *J. M. Santos; *M. M. Cruz; *A. J. R. Sousa; *C. A. G. Ribeiro; *A. J. A. Viveiros; * F. S. Filho; *I. Teodoro; *L. Soares; * V. L. D. Torres; *B. F. C. Nascimento. * UFAL - Universidade Federal de Alagoas - Rio Largo - AL Na safra 1970/1971, Alagoas cultivou 175 mil hectares de cana-de-açúcar, a moagem era de 6,4 milhões de toneladas de cana, que se transformaram em 0,6 milhão de toneladas de açúcar e 12,4 milhões de litros de etanol. Predominava o cultivo das variedades Co331 e CB45-3, com baixos rendimentos em açúcar. Investimentos realizados pelos setores públicos e privados desenvolveram variedades modernas. Com área de 385,3 mil hectares na safra 2014/2015, foram colhidas 22,4 milhões de toneladas de cana, que se transformaram em 1,9 milhão de toneladas de açúcar e 516,9 milhões de litros de etanol. Este trabalho pretende registrar a evolução do censo de cultivo de variedades da cana-de-açúcar em Alagoas, entre as safras 1970/1971 e 2014/2015. Cinco variedades lideraram a área de cultivo: Co331, CB45-3, RB72454, SP79-1011 e RB92579. O melhoramento genético deu grande contribuição para essa cadeia produtiva, uma vez que em 2015 as variedades RB atingiram quase dois terços da área cultivada.

16:20 - 16:40

(RUBI)

IDENTIFICAÇÃO DE CRUZAMENTOS PROMISSORES DE CANA-DEAÇÚCAR, FASE UM DE SELEÇÃO (FS1), COM BASE NOS TEORES DE BRIX DO CALDO, DETERMINADO NO CAMPO *V. H. P. da Silva; **M. A. Xavier;*** L. A. de B. Andrade; ***A. R. de Morais *FUNDAG – Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola – Campinas, SP **IAC/APTA – Centro de Cana-de-açúcar – Ribeirão Preto, SP ***UFLA – Av. Doutor Sylvio Menicucci – Lavras, MG

Dos fatores de produção de cana-de-açúcar, a variedade ocupa lugar de destaque. Por isso, novas e melhores variedades têm sido disponibilizadas a cada ano no Brasil pelos programas de melhoramentos. O objetivo deste trabalho foi o de identificar cruzamentos promissores do Programa de Melhoramento de Cana-de-açúcar do IAC-SP, que apresentavam na fase F1, maiores teores de BRIX caldo, auxiliando na formação de um banco de germoplasma. O material utilizado originou-se de seleção a partir de cruzamentos realizados em estação de hibridação na Bahia, série 2007, fase um de seleção. Foram avaliados três cruzamentos diferentes (“Cruz. 10”, “Cruz. 510” e “Cruz. 557”), através de estudos de análise de variância, distribuição normal e probabilidade verificou-se que o “Cruz. 10” mostrou-se como mais promissor para auxiliar na composição de um Banco de germoplasma.

AGRICULTURA DE PRECISÃO SALA 03 - ÁGATA

21.09.2016 ( QUARTA )

COORDENADORA: Raffaella Rossetto

08:00 - 08:20

(ÁGATA)

DETERMINAÇÃO DE GRADE DE SOLO POR MEIO DE FERRAMENTAS DE AGRICULTURA DE PRECISÃO BASEADA NA VARIEDADE ESPACIAL DA ARGILA *G. M. Sanches; *P. S. G. Magalhães; *O. T. Kolln; *S. G. Q. Castro; *H. C J. Franco *Laboratório Nacional de Ciências e Tecnologia do Bioetanol (CTBE - CNPEM), Campinas - SP Um dos fatores limitantes para se fazer uma adequada caracterização da variabilidade espacial do solo é a necessidade de uma amostragem densa da área, o que inviabiliza o mapeamento devido à grande demanda de tempo e custos. Este estudo teve como objetivo principal avaliar a variabilidade espacial do solo por meio do conteúdo de argila, testando diferentes densidades amostrais e interpoladores geoestatísticos. Utilizou-se duas metodologias de amostragem do solo, sendo uma em grade regular (método padrão) e outra orientada pela informação da condutividade elétrica aparente (CEa) do solo (método otimizado). O estudo foi realizado em área de 100 ha localizada em Nova Europa–SP. Os resultados mostraram que o melhor caminho para mapear o conteúdo de argila do solo é por meio de uma amostragem de solo orientada e “economicamente praticável” (1 amostra a cada 3 ha), em que a variabilidade espacial foi mapeada com adequada precisão (R2 = 0,83) por meio de uma krigagem com deriva externa. Em todas as densidades amostrais avaliadas a metodologia de orientação amostral apresentou os melhores resultados de validação. Com esta abordagem é possível criar grades amostrais orientadas de alta precisão para o manejo localizado de nutrientes e corretivos, reduzindo custos e aumentando a sustentabilidade da produção de biomassa.

09:40 - 10:00

(ÁGATA)

PRODUÇÃO DE COLMOS E BIOMASSA RADICULAR EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS DE PLANTIO NA CANA-DE-AÇÚCAR *J. Rossi Neto; **Z. M. de Souza; ***O. T. Kölln; *G. A. F. Castioni;*L. C. Barbosa; ***S. G. Q. Castro; ***João Luís Nunes Carvalho; ***Henrique Coutinho Junqueira Franco. *Feagri/Unicamp, Campinas - SP **UNICAMP/FEAGRI, Campinas - SP ***Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Campinas - SP O sistema radicular das plantas desenvolve-se conforme o ambiente em que se encontra. Em razão disso, a alteração na configuração de plantio pode proporcionar às raízes melhor aproveitamento dos recursos do solo, impactando dire-

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EVENTO

tamente na produtividade da cultura. Assim, o objetivo dessa pesquisa é avaliar a produção de colmos e a biomassa do sistema radicular da cana-de-açúcar em diferentes espaçamentos de plantio. O experimento foi instalado em outubro de 2012, com a cultura em condições de campo, localizado na Usina Guaíra, Município de Guaíra-SP. O experimento apresenta delineamento experimental em blocos e os tratamentos foram quatro espaçamentos, sendo: 1) EC - espaçamento convencional, espaçamento de 1,50 m entrelinhas; 2) EA - espaçamento alternado duplo – espaçamento de 0,90 x 1,50 m entre linhas duplas; 3) PP 1,0 m - plantio de precisão com espaçamento de 1,00 x 1,00 m entre plantas e entrelinhas; 4) PP 0,75 m - plantio de precisão com espaçamento de 0,75 x 0,75 m entre plantas e entrelinhas. O espaçamento PP 0,75 m apresentou maior produção de colmos por hectare, sendo semelhante aos demais, no terceiro corte. A produção de biomassa radicular foi completamente distinta entre os tratamentos e entre os cortes avaliados.

13:30 - 13:50

(ÁGATA)

EFEITO DA ROTAÇÃO DE CULTURAS E DO PREPARO DO SOLO NA BIOMASSA RADICULAR DA CANA PLANTA *L. C. Barbosa, **Z. M. de Souza, ***H. C. J. Franco, ***J. Rossi Neto, ***G. M. Sanches, ***O. T. Kölln, ****S. A. Q. de Castro, ***S. Q. Castro, *G. A. F. Castioni, ***J. L. N. Carvalho *FEAGRI/UNICAMP, Campinas - SP **UNICAMP/FEAGRI, Campinas - SP ***CTBE/CNPEM, Campinas -SP ****ESALQ/USP, Piracicaba - SP As práticas de cultivo e tratos culturais na cana-de-açúcar podem modificar o desenvolvimento aéreo e radicular da planta e assim influenciar na produtividade da cultura, dessa forma torna-se necessário compreender a relação intrínseca entre o desenvolvimento da planta e do sistema radicular. O objetivo desse trabalho foi avaliar a biomassa e a distribuição no perfil do solo do sistema radicular da cana-de-açúcar (cana planta) submetida a diferentes sistemas de preparo do solo (plantio convencional e plantio direto) e manejos culturais (com e sem rotação de cultura prévia ao plantio). Quatro experimentos foram instalados para avaliar esses tratamentos em condições contrastantes de clima e solo, localizados na região Centro Sul do Brasil (Quatá-SP, Chapadão do Céu-GO, Quirinopólis-GO e Iracemapólis-SP). O manejo cultural adotado e o sistema de preparo do solo não promoveram diferença na biomassa radicular e na produtividade da cana-de-açúcar em nenhuma das quatros condições de plantio. Independente do manejo adotado no plantio da cana-de-açúcar, 70% do sistema radicular se concentrou nos primeiros 0,40 m, mais especificamente no sulco de plantio.

NUTRIÇÃO

SALA 04 - TOPÁZIO

21.09.2016 ( QUARTA )

COORDENADOR: Paulo A. Figueiredo

08:00 - 08:30

(TOPÁZIO)

DENSIDADE APARENTE EM LATOSSOLO VERMELHO CULTIVADO COM CANA-DE-ACÚCAR COM BIOFERTILIZANTE LÍQUIDO *M. W. M. Pereira; **S. P. Venzke Filho; ***M. A. Marinho; *R. L. Cobra. Unicamp programa de pós-graduação em Eng. Agrícola. **Consultor da Rotar – Crop Production System; ***Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp. O objetivo do trabalho foi avaliar a densidade aparente do solo cultivado com cana-de-açúcar em áreas com e sem aplicação de biofertilizante líquido, que recebeu 75% da dose de fertilizantes minerais. O trabalho constitui em três locais: i) Mata: área de mata nativa (referência de estrutura do solo preser-

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vada); ii) área cultivada com cana-de-açúcar do cultivar CTC 15 com aplicação do biofertilizante líquido; e iii) área cultivada com cana-de-açúcar do cultivar CTC 15 sem aplicação biofertilizante. A densidade do solo (Ds) apresentou diferença estatística entre as áreas na profundidade de 0-0,25m para as três áreas analisadas, de tal forma que o menor valor de densidade do solo foi encontrado na mata (1,02 kg m-3), seguida pela área cultivada com aplicação do biofertilizante líquido (1,31 kg m-3) e, por último para área cultivada sem aplicação do produto. Nas demais profundidades analisadas (0,25 a 0,5 m e 0,5 a 0,8 m), as densidades do solo das áreas cultivadas com cana-de-açúcar foram estatisticamente iguais, com tendência numérica menor para a área com aplicação do biofertilizante líquido. Com os resultados pode-se concluir que em área de cana-de-açúcar com aplicação de biofertilizante a densidade do solo é menor na camada superficial (0 - 0,25 m), sendo a densidade nesta área com valores mais próxima da mata (referencia neste estudo).

09:40 - 10:00

(TOPÁZIO)

IMPACTO DAS ÉPOCAS DE CORTE NA PRODUTIVIDADE DA CANA *R. L. C. Braga Jr., **R. A. Sordi, *H. Arizono , *Consultor **Grupo São Martinho A época de colheita é um fator importante para o alcance de um maior retorno econômico e para explorar de forma mais efetiva o potencial genético de uma cultivar de cana-de-açúcar. No sistema tradicional de colheita, a prática comum entre os produtores é iniciar a safra a partir da cana-planta e os primeiros estágios de corte, para depois passar a colher as socas e estágios mais avançados. Com o propósito de elucidar a influência da época de colheita na produtividade média da cana-de-açúcar, quatro ensaios foram conduzidos nos estados de São Paulo e Goiás. Considerando a média de quatro cortes, os resultados revelaram que a colheita iniciada pelos estágios de corte mais avançados e finalizando nos estágios de corte iniciais (sistema invertido), proporcionou um ganho significativo de 15%, em toneladas de pol por hectare, em relação ao sistema tradicional.

13:30 - 13:50

(TOPÁZIO)

IMPACTO NA PRODUTIVIDADES DA CANA-DE-AÇÚCAR EM NITOSSOLO COM HORIZONTE A PRESERVADO E ERODIDO *R. P. de Araújo; **G. Z. de Andrade; **A. G. Ramos; ***A. C. Vitti; ****H. do Prado; ****T. A. B. do Prado *CATI Regional Botucatu, Areiópolis - SP **Usina Zilor – Lençóis Paulistas - SP ***IAC / APTA, Piracicaba - SP, *****IAC / APTA, Ribeirão Preto - SP A cultura da cana-de-açúcar é destaque no cenário agrícola do Brasil, sendo cultivada em vários tipos de ambiente. O solo entra como um importante componente desses ambientes, destacando-se por fornecer às plantas suporte físico, água e nutrientes. Este trabalho tem como objetivo avaliar a produtividade da cana-de-açúcar nos ambientes de produção de Nitossolo Vermelho (NVef) em duas situações: com horizonte A preservado e horizonte A erodido. A pesquisa foi desenvolvida, em parceria com o projeto AMBICANA, na fazenda Agrícola Pouso Alegre, em Macatuba-SP. A área foi dividida em dois blocos, ambos com o mesmo tipo de solo, se diferenciando pela presença ou não do horizonte A, onde foram plantadas cana de ano-e-meio, nos meses de fevereiro/março, em ambos blocos. As épocas de colheitas no Nitossolo com A preservado foram 26/05/2008, 10/08/2009, 17/05/2010, enquanto no Nitossolo com A erodido 11/06/2008, 14/08/2009 e 12/05/2010. A produtividade no canavial com horizonte A preservado foi maior em 39 % em relação ao horizonte A erodido, considerando média de três cortes. Houve redução da nota de Ambiente passando de A2, com produtividade, para uma média de 5 cortes, variando de 6-99 ton. ha-1(solo não errodido) para E1(71-68 ton.ha-1) quando o horizonte A do Nitossolo foi erodido.


STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nยบ1

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EVENTO

14:40 - 15:00

(TOPÁZIO)

CONTRIBUIÇÕES DE SISTEMAS DE PREPARO PARA A PRODUÇÃO E ACÚMULO DE CARBONO NA BIOMASSA DA CANA-DE-AÇÚCAR, SOB PLANTIO DE NOVEMBRO EM GUAÍRA-SP *N. P. Ramos, **R. Ramos, ***T. E. Ferreira, ****D. F. De Souza, ***H. Vasquez, *****M. S. G. Da Silva; *****R. P. Alves; *****G. V. Gomes, *A. P. C. Packer *Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna-SP **Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas-SP ***Universidade Estadual Paulista – FCA-Botucatu-SP ****Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Inconfidentes-MG *** Usina Açucareira Guaíra-UAG Guaíra-SP O trabalho teve como objetivo avaliar a contribuição do preparo do solo para a produção e acúmulo de carbono na biomassa de cana-de-açúcar, sob plantio de novembro em Guaíra-SP. O período experimental foi de novembro de 2013 e agosto de 2014, após pousio, sob latitude 20°30’33’S, longitude 48°11’18’’W. Foram testados três tratamentos (convencional, reduzido e plantio direto) de preparo/plantio com a variedade IAC 95-5000, em blocos casualizados, com quatro repetições. Como parâmetros avaliou-se: número de perfilhos (nº m-1), altura (m), diâmetro (mm), produtividade de colmos (Mg ha-1), acúmulo de carbono (Mg ha-1) nas folhas verdes, secas, colmo, total e na palha. Usou-se análise de variância e Tukey para comparação de médias. Foi possível concluir que sob condição de estresse hídrico prolongado a produtividade de colmos em cana de plantio de novembro não se altera nos preparos reduzido e convencional; o acúmulo de carbono na biomassa total e na palha não se modifica com o preparo do solo, porém a qualidade da biomassa da palha gerada é superior no preparo reduzido e plantio direto, em relação ao convencional, devido à biomassa mais significativa de folhas verdes.

16:20 - 16:40

(TOPÁZIO)

URAN COMO FONTE DE NITROGENIO NA SOQUEIRA DE CANA *F. L. F. Dias, *R. Rossetto, *M. D. Avila, ***L. I. Prochinow, ***E. Francisco, ***F. Coelho *IAC/APTA - Pólo Regional Centro Sul – Piracicaba-SP, ** International Plant Nutrition Institute, ***Usina Iracema – Grupo São Martinho O estudo foi realizado em área comercial com variedade RB96-6928 colhida mecanicamente sem queima, pertencente a Usina Iracema no município de Iracemápolis (SP) na safra 2014/2015 em um Latossolo Vermelho distrófico. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados seguidos por 4 repetições em esquema fatorial triplo (3x3x2), três fontes (Uran, Nitrato de Amonio e Ureia), três doses (60, 120 e 180 kg/ha) e dois modos (aplicação incorporada e na superfície) + 4 tratamentos adicionais. Foram avaliados os parâmetros de estabelecimento da cultura e stand, bem como os tecnológicos e de produtividade agroindustrial. As seguintes conclusões puderam ser obtidas: o Uran é uma fonte com potencial para ser usado na lavoura de cana-de-açúcar, podendo ser aplicado em superfície mantendo as mesmas recomendações técnicas de adubação para a lavoura, no entanto, outros estudos são necessários para verificação do melhor manejo (época, dose, variedade).

16:40 - 17:00

(TOPÁZIO)

EFICIÊNCIA DO FERTILIZANTE ORGANOMINERAL E MICRONUTRIENTES QUELATIZADOS APLICADOS VIA FOLIAR EM CANA-DE-AÇÚCAR *A. F. Pino Jr.; R. Rossetto; F. L. F. Dias, S. Tavares *APTA – Polo Regional Centro Sul, Piracicaba - SP Para avaliar o efeito de aplicações foliares de fertilizante organomineral e micronutrientes em fontes quelatizadas e aplicados via foliar foi realizado um

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STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

experimento em vasos em casa de vegetação. No plantio foi aplicado ao solo adubação NPK contendo em todos os tratamentos, exceto o tratamento controle. Após 2 meses foram aplicados os seguintes tratamentos: NPK+ aplicação foliar de organomineral; NPK+ aplicação foliar de Mo; NPK+ aplicação foliar de B; NPK+ aplicação foliar de Zn; NPK+ aplicação foliar de Mo, B, Zn; NPK+ aplicação foliar de Mg; NPK+ aplicação foliar de organomineral + Mo, B, Zn. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da cana quando se aplicou fertilizante organomineral via foliar e também micronutrientes, Ca e Mg em forma quelatizadas aplicadas via foliar. Foram avaliados: matéria seca da parte aérea, colmos, matéria seca de raízes, leituras spad, área foliar, o número, altura e diâmetro dos perfilhos. A resposta da adubação NPK no plantio e foliar com micronutrientes aumentaram entre 20 e 25% a produtividade em relação ao controle sem adubação. O fertilizante organomineral aplicado via foliar não apresentou efeito no aumento da produtividade da cana-de-açúcar em relação ao tratamento adubado (NPK).

17:30 - 17:50

(TOPÁZIO)

MODELAGEM DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO E PREVISIBILIDADE DA PRODUTIVIDADE DE BIOMASSA ENÉRGETICA E DE ALIMENTOS EM ROTAÇÃO NA REFORMA DO CANAVIAL, NA PLATAFORMA CROPSYST *F. C. da Silva, *A. Castro, **P. L. de Freitas, ***P. A. Vieira Junior, ****E. L. Finoto *Embrapa Informática Agropecuária, Campinas – SP. **Embrapa Solos, Rio de Janeiro – RJ. ***Secretaria de Inteligência e Macroestratégia da Embrapa, Brasília DF. ****Polo Regional Centro Norte da Apta, Pindorama –SP. No presente trabalho é avaliado o desenvolvimento da cana-de-açúcar, variedade RB86-7515, cultivada após a colheita de soja ou amendoim, em sistemas de preparo do solo convencional e plantio direto, cultivados em áreas de renovação de canaviais, em Pindorama, Guairá, Promissão e Castilho – SP. Os experimentos foram instalados em locais com características pedológicas e climáticas distintas – ambientes de produção nas regiões de Pindorama (Usina Colombo), Guairá (Usina Guairá), Lins (Usina Mahdu/Renuka) e Castilho (Usina Viralcool), que condiciona diferentes capacidades produtivas locais. O delineamento experimental utilizado foi de blocos inteiramente casualizado com 5 tratamentos básicos (pousio, PD-soja, PC – soja, PD - amendoim e CV – amendoim) com 6 repetições. Os ensaios no formato de unidade de observação (UO) formam conduzidos em áreas de reforma de canavial em distintos ambientes, no estado de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul no período de 2009/11. Foram testadas e selecionadas oito variedades de soja nas unidades de Guairá, Colorado e Mandu (Guaíra/SP), Cleaalcol (Clementina/SP), Nardini (Aporé/GO), e outra em Araçatuba / SP e em Sonora/MS. A avaliação de produtividade de soja e amendoim e o efeito sobre a cana-planta ocorreu em colheita mecanizada de agosto e setembro de 2009 (Safra 2009/10) e 2010 (Safra 2010/11) em área de aproximadamente 10 ruas de 150m para cada variedade por parcela. Também foram avaliados o crescimento e a produtividade da cana de ano e meio nas parcelas por tratamento. A rotação da cultura associada ao plantio direto proporcionou um aumento de 10 a 15% na cana-planta, em comparação ao pousio (testemunha). A modelagem do crescimento e da produtividade foi realizada por meio do software CropSyst desenvolvido pela Washington State University. O CropSyst foi utilizado para estimar a produtividade de cana-de-açúcar, soja e amendoim em áreas de reforma do canavial em experimentos conduzidos em Guairá, Castilho, Promissão e Pindorama – SP. As curvas de crescimento descritas pelo software nas calibrações de biomassa apresentaram comportamento similar às curvas de crescimento experimental. Os parâmetros obtidos na calibração para a variedade de cana-de-açúcar em estudo, assim como para a soja e amendoim são compatíveis com os disponíveis na literatura, mostrando a eficácia do modelo de simulação CropSyst.


IRRIGAÇÃO

SALA 05 - OPALA

21.09.2016 ( QUARTA )

COORDENADOR: Marcos Viana

08:00 - 08:20

(OPALA)

ACÚMULO E PARTIÇÃO DE BIOMASSA DA CANA-DE-AÇÚCAR SUBMETIDA A DIFERENTES REGIMES HÍDRICOS NA REGIÃO DO CERRADO *V. B. Bufon, *N. C. Marcante, **J. M. dos Santos, ***R. Z.Sousa, *R. S. Santos, *I. C. Rosa * Embrapa Cerrados, Brasília – DF.. ** Universidade Federal de Viçosa, Viçosa – MG. *** COFCO Agri, Votuporanga - SP. O cultivo da cana-de-açúcar tem se expandido para o Cerrado brasileiro. No entanto, pouco se sabe sobre os valores de produção e particionamento da biomassa de cana-de-açúcar quando submetida a diferentes regimes hídricos nessa região. Partindo da premissa que esse tipo de informação é de extrema importância para parametrização de modelos de crescimento de cana-de-açúcar, e auxilia nas tomadas de decisões sobre as estratégias de irrigação, esse trabalho teve como objetivo avaliar a produção de biomassa e partição da biomassa da cana-de-açúcar submetida a diferentes regimes hídrico na região do Cerrado brasileiro. Os tratamentos foram compostos por cinco regimes hídricos, (i) sequeiro; (ii) 25%; (iii) 50%; (iv) 75% e (v) 125% de reposição da demanda de irrigação e duas cultivares (CTC18 e RB966928). Foram avaliadas a produção total de biomassa e o particionamento da biomassa em componentes biométricos, tais como folha verde, folha seca, palmito e colmo. Os resultados indicaram que os regimes hídricos tiveram efeitos significativos sobre a produção de biomassa. O regime hídrico de 75% da demanda de irrigação foi o que proporcionou maior acúmulo de matéria seca de todos os componentes. A cultivar RB966928 foi mais responsiva à irrigação.

09:40 - 10:00

(OPALA)

PRODUTIVIDADE E QUALIDADE TECNOLÓGICA DA CANADE-AÇÚCAR FERTIRRIGADA COM DIFERENTES DOSES DE N E INOCULADAS COM BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS *W. J. Dellabiglia, **G. J. De C. Gava, *C. A. A. Mendonça Júnior, *A. B. Arlanch, **V. C. S. Cruzeiro *UNESP, Faculdade de Ciências Agronômicas, FCA/Botucatu, SP, **APTA, Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Jaú, SP. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da inoculação de bactérias diazotróficas e da fertilização nitrogenada na produtividade e qualidade tecnológica da cana-de-açúcar (cana-planta), nos manejos: irrigado por gotejamento subsuperficial e de sequeiro. O experimento foi conduzido na Unidade de Pesquisa Hélio de Moraes, da APTA, no município de Jaú, SP, (22°17’ S 48°34’ O, em Latossolo Vermelho). A variedade de cana-de-açúcar foi a RB92579. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, composto por fatorial de 2 manejos de irrigação: irrigado (I) e não irrigado (NI), 2 manejos de inoculação: com inoculação (CD) e sem inoculação (SD) com bactérias diazotróficas (BDs); e com 4 níveis de disponibilidade de nitrogênio (0, 70, 140, 210 kg ha-1 de N), compondo assim 16 tratamentos com 4 repetições. O experimento teve duração de 365 dias, quando então foram realizadas as análises tecnológicas

e determinou-se a produtividade de colmos (TCH) e de açúcar (TPH). A cana-de-açúcar elevou sua produtividade com a elevação das doses de nitrogênio. Nos tratamentos irrigados essa elevação foi maior comparando-se com os tratamentos não irrigados.

13:30 - 13:50

(OPALA)

INOCULAÇÃO DE AZOSPIRILLUM BRASILENSE NA PRODUÇÃO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS DE CANA-DE-AÇÚCAR *L. E. Girotto; **J. C. Garcia; **M. A. Xavier; ***R. H. Petri; ***P. E. M. Miguel. *Fafram; **IAC/APTA - Centro de Cana-de-açúcar, Ribeirão Preto - SP ***Fundação de Apoio à Pesquisa, Campinas - SP A cana-de-açúcar é um dos principais produtos agrícolas do Brasil, possui uma múltipla utilização e pode ser empregada in natura, na alimentação animal ou como matéria prima na indústria. O presente trabalho teve como objetivo integrar práticas mais sustentáveis de produção da cana-de-açúcar com o uso de promotores de crescimento, avaliando sua expressão nesta cultura. O experimento foi dividido em sete tratamentos, contendo ou não a presença do inoculante em cada tratamento, a fim de observar à Altura dos Perfilhos, Peso Fresco da Parte Aérea, Peso Fresco da Raiz, Peso Seco Parte Aérea e Peso Seco Raiz, aos 41 e 62 dias após plantio. Concluímos que ao considerar as condições específicas deste experimento para a produção de mudas de cana-de-açúcar dentro do sistema de Mudas Pré-Brotadas, bem como a influência ambiental e as características intrínsecas da variedade utilizada, o incremento proporcionado pela ação do inoculante foi destacável apenas na segunda fase do processo (aclimatação). Não obstante as diferenças estatísticas entre os tratamentos inoculados pela bactéria Azospirillum brasilense, essas diferenças notadas, por serem pequenas, não justificam a inclusão da inoculação como uma prática rotineira dentro do processo de produção de muda pré-brotada de cana-de-açúcar.

14:30 - 14:50

(OPALA)

APLICAÇÃO FOLIAR DE FERTILIZANTES NO DESENVOLVIMENTO, PRODUÇÃO E QUALIDADE DE SOQUEIRA DE CANA-DE-AÇÚCAR *B. Nicchio; *G. A. Santos; *L. A. Santos; *H. S. Pereira; *G. H. Korndörfer; *Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Os macro e micronutrientes desempenham função importante no desenvolvimento e produtividade da cana-de-açúcar e aplicação foliar pode ser considerada uma ótima alternativa como adubação suplementar. Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento, a produção e a qualidade tecnológica na soqueira de cana-de-açúcar submetida à aplicação de diferentes fertilizantes via foliar. Foram conduzidos três experimentos em áreas distintas, localizadas em áreas de unidades produtoras de cana-de-açúcar. Os experimentos foram instalados apresentando delineamento experimental de blocos casualizados, sendo cinco tratamentos (testemunha com água, controle visando fornecimento de N, B, Zn e Mn, Micro Foliar + N-Foliar nas doses de 1,0 kg ha-1 + 3,0 L ha-1, 2,0 kg ha-1 + 6,0 L ha-1 e 3,0 kg ha-1 + 10,0 L ha-1, respectivamente) e quatro repetições. As variáveis analisadas foram: altura de plantas, diâmetro de colmos, produtividade, açúcar por hectare, açúcar teórico recuperado (ATR), brix, pol da cana e teor foliar de N, B, Mn, Zn e Cu. Nos experimentos avaliados não houve resposta a aplicação dos fertilizantes aplicados via foliar na produtividade, açúcar por hectare, açúcar teórico recuperado, brix e pol da cana. aplicação dos tratamentos apresenta resposta nos teores foliares de nitrogênio (N), cobre (Cu) e zinco (Zn) na usina Vale do Tijuco. Além disso, a aplicação de doses crescentes de Micro Foliar + N-Foliar (1, 2 e 3 kg ha-1 e 3, 6 e 100 L ha-1) aumenta os teores foliares de nitrogênio (17,7 g kg-1), zinco (28,8 mg kg-1) e boro (7,2 mg kg-1) até o tratamento Micro Foliar 3,0 kg ha-1 + N-Foliar 10 L ha-1.

STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

25


EVENTO

15:30 - 15:50

(OPALA)

08:00 - 08:20

(SAFIRA)

AVALIAÇÃO DE SOQUEIRA DE CANA-DE-AÇÚCAR INOCULADA COM BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS NO PLANTIO.

USO DA ÁGUA CONDENSADA DA VINHAÇA CONCENTRADA NA DILUIÇÃO DO MOSTO E INFLUÊNCIA NO PROCESSO FERMENTATIVO

*J. C. Garcia; **L. E. Girotto, *M. S. Scarpari; ***P. E. M. Miguel; **J. O. Rocca;.

*N. N. Ribeiro, *J. R. Teixeira, *L. L. Madaleno

*IAC/APTA – Ribeirão Preto – SP **FAFRAM *** Fundação de Apoio à pesquisa Agrícola – Campinas - SP Avaliou-se a primeira soqueira de cana-de-açúcar inoculada com bactérias fixadoras de nitrogênio no plantio, RB 867515, em área da Usina da Pedra, Serrana, SP, em Blocos Casualizados, com 7 tratamentos e 4 repetições. As parcelas foram constituídas de 5 linhas de 10 metros. Os tratamentos foram T1:0 kg.ha-1 N no plantio + 0 kg.ha-1 N na 1ª soqueira; T2: 30 kg.ha-1de N no plantio +30 kg.ha-1de N na 1ª soqueira; T3: 60 kg.ha-1de N no plantio + 60 kg.ha-1de N na 1ª soqueira; T4: 90 kg.ha-1de N no plantio + 90 kg.ha-1de N na 1ª soqueira; T5: Inoculação Padrão Embrapa Imersão dos toletes em solução durante 1 hora no plantio + 0 kg.ha-1 N na 1ª soqueira; T6: Pulverização com solução Padrão Embrapa no plantio + 0 kg.ha-1 N na 1ª soqueira; T7: Pulverização com inoculante liquído no plantio + 0 kg.ha-1 N na 1ª soqueira. A inoculação de bactérias diazotróficas por imersão em solução por uma hora no plantio e não fertilizada com N na soqueira, proporcionou maior rendimento de colmo e menor fibra na primeira soqueira comparado com o tratamento não fertilizado com N em ambos os ciclos.

CONTROLE INDUSTRIAL SALA 06 - TURQUESA

O reuso das águas residuárias, produzidas nos processos indústrias, é importante para contribuição da diminuição da utilização de água obtida em recursos naturais. A vinhaça, um dos subprodutos mais importantes na produção de etanol, poderia ser reutilizada na fermentação etanólica, no entanto, apresenta restrições por inibir o processo fermentativo. O presente estudo teve como objetivo promover a evaporação da vinhaça e posterior uso da água condensada obtida na diluição do mosto de melaço e avaliar os efeitos na fermentação etanólica. Foi utilizado delineamento experimental em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram: a água condensada da vinhaça; mosto preparado com vinhaça “in natura” (controle negativo); água tratada com cloro de uma usina na região de Ribeirão Preto-SP e água deionizada (controles positivos). Foi verificada a qualidade do mosto preparado, processo fermentativo e qualidade do vinho. Verificou-se que o tratamento com água evaporada da vinhaça precisa ser mais bem explorado, pois esta água, apesar de ser limpa visualmente, apresentou quantidade de ácidos e provavelmente, compostos fenólicos elevados que impediram a realização da fermentação em comparação com os tratamentos com água deionizada e tratada com cloro.

09:40 - 10:00

(SAFIRA)

21.09.2016

INFLUÊNCIA DO ARMAZENAMENTO DOS COLMOS DE CANA SOBRE O DESEMPENHO DE FERMENTAÇÕES DESTINADAS A PRODUÇÃO DE CACHAÇA

COORDENADOR: Tiago Delfino

*J. H. de Oliveira Filho, **A. M. Bortoletto; **A. R. Alcarde

( QUARTA )

08:00 - 08:20

(TURQUESA)

APLICAÇÃO DE ALFA AMILASE NO PROCESSO E RESIDUAL ZERO DE ENZIMA NO AÇÚCAR *R. A. Borges; *D. T. de Oliveira; *J. M. de Oliveira; *D. F. G. Oliveira *Prozyn

O uso de alfa amilases na fabricação de açúcar tem sido feita com sucesso para redução de amido no processo de produção. Essa redução traz benefícios para o açúcar como maior qualidade, e ao processo como melhoria na recuperação de sacarose. Porém, as enzimas convencionais geram um problema que é o residual de enzima no açúcar, o que limita o seu uso para alimentos em que o amido está presente na fórmula. Esse estudo teve como objetivo a comparação da eficiência de uma nova enzima com a de uma enzima convencional na redução de amido e a capacidade de deixar residual de enzima no açúcar final. Os resultados confirmaram em cada período de teste um teor de amido no açúcar inferior a 50 mg/kg, e um residual de enzima de 0,0 mg/kg em 100% das amostras analisadas, quando usada a nova enzima.

INDUSTRIAL

SALA 01 - SAFIRA

*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, Uberaba - MG **Universidade de São Paulo/Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, Piracicaba - SP

Esta pesquisa teve como objetivos, avaliar as características tecnológicas e microbiológicas do caldo de cana colhida e armazenada, assim como seus reflexos na condução dos processos fermentativos destinados a produção de cachaça. Os colmos de cana foram armazenados a temperatura ambiente (20 – 32°C) por períodos de 0, 24, 48, 72 e 96 horas, sendo o mosto preparado após extração do caldo. As fermentações foram conduzidas em processo batelada, por cinco ciclos fermentativos. Foram analisadas as características tecnológicas e microbiológicas do caldo e do processo fermentativo. O armazenamento dos colmos de cana causou significantes perdas na qualidade tecnológica e microbiológica do caldo, ocasionando aumento na concentração de sólidos solúveis, açúcares redutores, acidez e bactérias láticas, e redução na porcentagem de Pol, Pureza e açúcares redutores totais. O processo fermentativo foi significativamente afetado, apresentando decréscimo na viabilidade de células e brotos de leveduras. A utilização de matéria-prima armazenada por períodos superiores a 48 horas contribuiu com a redução do pH e aumento da acidez total e açúcares redutores residuais dos vinhos, refletindo em menor produção de álcool.

13:30 - 13:50

(SAFIRA)

22.09.2016

APLICAÇÃO DO CARVÃO VEGETAL PARA TRATAMENTO DA VINHAÇA E USO DO FILTRADO NA FERMENTAÇÃO ETANÓLICA

COORDENADOR: Jaime Finguerut

*J. R. Teixeira; *N. F. de Paula; *P. A. S. Faustino; *L. L. Madaleno *Fatec Nilo De Stéfani – Faculdade de Tecnologia de Jaboticabal, Jaboticabal-SP. O objetivo do presente estudo foi realizar o tratamento da vinhaça com carvão

( QUINTA )

26

*Fatec Nilo De Stéfani – Faculdade de Tecnologia de Jaboticabal, Jaboticabal - SP

STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1


vegetal (utilizado como meio físico filtrante), obtido de resíduos da agroindústria da cana-de-açúcar (bagaço e palha) e observar o efeito no processo fermentativo do filtrado usado como água de diluição do mosto de melaço. Foi utilizado delineamento em blocos casualizados com cinco tratamentos e três repetições. Os tratamentos foram: o uso do carvão vegetal feito de bambu, bagaço e palha para tratamento da vinhaça in natura, controle negativo (vinhaça in natura) e controle positivo (água deionizada), todos usados como água de diluição do mosto de melaço. Foram avaliados a qualidade do mosto, processo fermentativo e do vinho. No mosto não houve diferença entre o filtrado e a vinhaça in natura para acidez e ART. Para o vinho, foi observada diferença significativa para os filtrados em relação à vinhaça in natura para sólidos solúveis finais e ARRT (menores), teor alcoólico e eficiência fermentativa (maiores). Há a necessidade de realização de mais estudos para aprimorar o uso do carvão vegetal para tratamento da vinhaça, para posterior aplicação do filtrado no preparo de mosto.

14:40 - 15:00

nos teores de açúcares de três híbridos de sorgo sacarino e em duas áreas distintas, Mato Grosso e Goiás. Os resultados demonstram que o etefom aumentou o Brix, o teor de fibras e diminuiu o acamamento.

09:40 - 10:00

(RUBI)

RESPOSTA DE MATURADORES SOBRE A PRODUTIVIDADE E RENDIMENTO DE AÇÚCAR EM DIFERENTES CULTIVARES DE CANA-DE-AÇÚCAR *R. F. da Rosa, **C. A. M. Azania *Grupo Vale do Verdão; ** Instituto Agronômico de Campinas

(SAFIRA)

USO DO EFLUENTE DA PRODUÇÃO DE BIOGÁS PARA DILUIÇÃO DO MOSTO DE MELAÇO E INFLUÊNCIA NA FERMENTAÇÃO *M. A. Kesserlingh, *J. R. Teixeira, **R. A. de Oliveira, *R. M. Duda, L. L. Madaleno *Fatec Nilo De Stéfani – Faculdade de Tecnologia de Jaboticabal, Jaboticabal-SP. **Unesp de Jaboticabal – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, Jaboticabal-SP

O objetivo do presente estudo foi utilizar o efluente da produção de biogás para diluição do mosto de melaço e avaliar a influência no processo fermentativo. O delineamento utilizado foi o em blocos casualizados com quatro tratamentos e três repetições. O primeiro tratamento foi o efluente da produção de biogás em reator UASB, o segundo o efluente do reator + tratamento com FENTON. A vinhaça in natura foi o controle negativo e água deionizada o controle positivo para preparo do mosto de melaço. Foi avaliada a qualidade do mosto, processo fermentativo e do vinho. Houve redução de acidez do mosto para os tratamentos com o efluente em comparação a vinhaça in natura e, menor do que com a água deionizada. Para o ART, os níveis foram semelhantes ao controle positivo. No tratamento efluente + FENTON houve redução da viabilidade inicial, porém, na final não houve diferença entre os tratamentos. No vinho, o teor de álcool e a eficiência fermentativa foram semelhantes entre os tratamentos com efluente e água deionizada. O uso do efluente da produção de biogás na diluição é possível, necessitando de mais estudos e aprimoramento para reuso da água entre os processos de produção dos dois biocombustíveis.

AGRÍCOLA

SALA 02 - RUBI

22.09.2016 ( QUINTA )

COORDENADOR: Marcia Mutton

08:00 - 08:20

Calcado na premissa de que a paralisação no crescimento e o acúmulo de sacarose nos colmos da cana-de-açúcar, proporcionados pelos maturadores, é diferente para cada cultivar, objetivou-se estudar o sulfumeturon-metil, etil-trinexapac e fluazifop-P-butilico nas cultivares RB85 5453, SP81-3250, IAC86-2210, IAC87-3396, RB83 5486, SP80-3280, RB86 7515, IAC91-2195 e RB85 5156. Foram desenvolvidos respectivamente 8, 10 e 6 experimentos em 2003, 2004 e 2005, em São Joaquim da Barra, SP, entre março a junho e em soqueiras do primeiro e segundo corte. Para cada cultivar, aplicou-se o T1-testemunha; T2-sulfumeturonetil (15 g ha-1); T3-etil-trinexapac (200 g ha-1) e T4-fluazifop-P-butilico (300 g ha-1) com auxílio de uma barra de aplicação terrestre, com CO2 e volume de calda de 50 L ha-1 em parcelas de 90 m2. Após 50 dias da aplicação, avaliou-se a produtividade média das parcelas com auxílio de dinamômetro e o ATR (CONSECANA). Nas cultivares, observou-se perdas de produtividade e ganhos em ATR, respectivamente de 2,7 t ha-1 e 3 kg t para sulfumeturonmetil (15 g ha-1); 1,8 t ha-1 e 4 kg t para etil-trinexapac (200 g ha-1) e 3,1 t ha-1 e 9 kg t para fluazifop-P-butilico (300 g ha-1).

13:30 - 13:50

(RUBI)

BIOESTIMULANTES NO PERFILHAMENTO, PRODUÇÃO E QUALIDADE TECNOLÓGICA DA CANA DE AÇÚCAR *G. A. Santos; *G. H. Korndörfer; *H. S. Pereira; *B. Nicchio; * L. A. Ramos *Universidade Federal de Uberlândia, Uberlandia - MG O uso de bioestimulantes em cana-de-açúcar pode incrementar produtividade e qualidade. O objetivo do trabalho foi avaliar o desenvolvimento de perfilhos, a produção e a qualidade tecnológica da cana-de-açúcar submetida à aplicação de diferentes tipos e doses de bioestimulantes via tratamento de toletes. Foram instalados experimentos em delineamento de blocos casualizados com quatro repetições, com plantio das variedades CTC 2, RB867515, RB92579 e CTC 4 e aplicação dos produtos BIO1, BIO2, BIO3 e BIO4 em jato dirigido nos toletes, mais uma testemunha. Foram analisadas quantidade de perfilhos, produtividade de colmos e de açúcar e o teor de açúcar teórico recuperado. O uso dos bioestimulantes não afetou o perfilhamento para nenhuma variedade testada. A aplicação de BIO2, BIO3 e BIO4 resultou em incrementos na produção de colmos e de açúcar para as variedades CTC 2 e RB867515. Para a variedade CTC 2 os valores de ATR foram superiores à testemunha, exceto pela aplicação de BIO3 (3,0 L ha-1).

(RUBI)

APLICAÇÃO DE ETEFOM EM SORGO SACARINO (Sorghum bicolor) VISANDO QUALIDADE TECNOLÓGICA DA MATÉRIA-PRIMA

14:40 - 15:00

(RUBI)

*C. Fortes; *S. A.M. Carreira; *M. A. Donegá * Nexsteppe Sementes do Brasil

USO DE MATURADORES À BASE DE SILÍCIO E BORO NA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR

O sorgo sacarino é uma cultura complementar a cana-de-açúcar para fabricação de bioetanol e bioenergia. Devido seu rápido ciclo e por ser uma cultura mecanizável, pode ser incluída no processo de produção agroindustrial das usinas. Um dos desafios da cultura é garantir que a matéria prima seja entregue na unidade industrial com o máximo de açúcares fermentescíveis por tonelada. Reguladores de crescimento e/ou inibidores de florescimento são comumente aplicados à cana-de-açúcar visando flexibilizar o planejamento da colheita e processamento da matéria prima. Portanto o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do regulador de crescimento etefom

*T. P. Siqueira; *A. C. P. de Vasconcelos; *B. Nicchio; *G. A. Santos; *L. A. de Oliveira; *H. S. Pereira; *G. H. Korndörfer *Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia - MG O objetivo desse trabalho foi avaliar o uso de maturadores na cana por meio dos ganhos de ATR. Foram realizados dois experimentos, em delineamento em blocos casualizados, em diferentes áreas produtoras de cana-de-açúcar, (1º) Usina Guaíra (Guaíra/SP) e (2º) Usina Vale do Tijuco (Uberaba/MG). O 1º experimento, foi

STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

27


EVENTO

composto de 7 tratamentos, compostos por diferentes produtos combinados ou não, em diferentes doses, mais a testemunha e 3 repetições. No 2º experimento, foram utilizados 9 tratamentos, compostos por diferentes produtos combinados ou não, em diferentes doses, mais a testemunha e 4 repetições. Foram coletados colmos, que foram enviados para análise, sendo submetidos à análise tecnológica, gerando resultados de ATR (kg TC-1), Pol e pureza (%). Os maiores ganhos de ATR e Pol resultaram das aplicações de etil-trinexapac (0,8 L ha-1) e silicato de potássio (0,5 L ha-1), no entanto não superaram os resultados obtidos pela testemunha. Esses tratamentos apresentam comportamento semelhante aos demais na análise de pureza, exceto para as aplicações de ácido bórico (1,5 kg ha-1) e boro etalonamina (0,5 L ha-1), as quais apresentam resultados inferiores nessa e nas demais avaliações, inclusive quando comparados à testemunha.

16:20 - 16:40

(RUBI)

VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS DA CANA-DE-AÇÚCAR FERTIRRIGADA COM DIFERENTES DOSES DE N-FERTILIZANTE E INOCULADAS COM BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS *W. J. Dellabiglia; **G. J. C. Gava; *A. B. Arlanch; *C. A. A. Mendonça Júnior; **S. C. Bassetto *UNESP, Faculdade de Ciências Agronômicas, FCA/Botucatu, SP, ** APTA, Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Jaú, SP O objetivo deste estudo foi verificar possíveis diferenças de parâmetros fisiológicos na cana-de-açúcar (cana-planta) por meio da aplicação de água e diferentes doses de N via irrigação (fertirrigação) e de bactérias diazotróficas (BDs). O experimento foi conduzido na Unidade de Pesquisa Hélio de Moraes, da APTA, no município de Jaú, SP, (22°17’ S 48°34’ O, em Latossolo Vermelho). A variedade de cana-de-açúcar foi a RB92579. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, composto por fatorial de 2 manejos de irrigação: irrigado (I) e não irrigado (NI), 2 manejos de inoculação: com inoculação (CD) e sem inoculação (SD) com BDs; e com 4 níveis de disponibilidade de nitrogênio (0, 70, 140, 210 kg ha-1 de N), compondo assim 16 tratamentos com 4 repetições. O experimento teve duração de 365 dias e ao longo do ciclo da cultura foram realizadas avaliações sequenciais, aos 123, 207, 305 e 365 DAP, para determinação da estimativa do conteúdo de clorofila aparente por clorofilômetro e, da condutância estomática e temperatura foliar via porômetro. Constatou-se diferenças nos parâmetros fisiológicos devido a diferentes doses de N e da aplicação de água.

PRAGAS E DOENÇAS SALA 03 - ÁGATA

22.09.2016 ( QUINTA )

COORDENADOR: Oswaldo Alonso

08:00 - 08:20

(ÁGATA)

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE PROGÊNIES DE IRMÃOS COMPLETOS À BROCA-DA-CANA *A. C. Tomaz, *M. T. V. Gonçalves, *G. A. M. Araújo, *A. E. Coutinho, **B. P. Brasileiro,**M. H. P. Barbosa *Universidade Federal de Viçosa, **Departamento de fitotecnia e fitossanitarismo, Universidade Federal do Paraná- PR A broca-da-cana Diatraea saccharalis Fabr. (Lepidoptera: Crambidae) é uma das principais pragas da cana-de-açúcar no Brasil. O uso de variedades resistentes é uma alternativa para minimizar às perdas causadas por esta praga. Programas de melhoramento genético da cana-de-açúcar nos Estados Unidos da América tem obtido sucesso na seleção de variedades resistentes à esta praga. No entanto, a falta de estudo sobre parâmetros genéticos e métodos de seleção no Brasil tem dificultado o desenvolvimento de variedades resistentes por programas de melhoramento gené-

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STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

tico nacionais. O objetivo desse trabalho foi estimar parâmetros genéticos para a resistência à broca em famílias de cana-de-açúcar, na primeira fase de teste (T1) pela avaliação do índice de infestação de 46 famílias de irmãos completos. A herdabilidade para média de famílias foi mais alta do que a herdabilidade entre individuos, indicando que a seleção de famílias é mais eficiente do que a seleção massal. O efeito genético aditivo foi mais importante do que o efeito de dominância, indicando que a seleção de genitores potenciais pode ser feita apenas pelo efeito genético aditivo dos genitores. A seleção de genitores potenciais e de progênies mais resistentes pode aumentar a resistência de populações de cana-de-açúcar à broca-da-cana.

09:40 - 10:00

(ÁGATA)

PARÂMETROS GENÉTICOS E SELEÇÃO DE CLONES DE CANA-DEAÇÚCAR PARA RESISTÊNCIA À BROCA-DA-CANA *M. T. V. Gonçalves; *A. C. Tomaz; *M. H. P. Barbosa; **B. P. Brasileiro; *A. E. Coutinho; *G. A. M. Araújo. *UFV - Universidade Federal de Viçosa. Viçosa - MG ****UFPJ - Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR A broca-da-cana Diatraea saccharalis Fabr. (Lepidoptera: Crambidae) é uma das principais pragas da cana-de-açúcar no Brasil. O uso de variedades resistentes é uma alternativa para minimizar as perdas causadas por esta praga. Programas de melhoramento genético da cana-de-açúcar nos Estados Unidos tem obtido sucesso na seleção de variedades resistentes a esta praga. No entanto, a falta de estudo sobre parâmetros genéticos e métodos de seleção no Brasil tem dificultado o desenvolvimento de variedades resistentes por programas brasileiros de melhoramento genético. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi estimar parâmetros genéticos e comparar métodos de seleção para resistência à broca pela avaliação do índice de infestação de 27 clones e três variedades de cana-de-açúcar plantados em três municípios de Minas Gerais. A variância genotípica foi significativa apenas em ambientes com altas infestações naturais, indicando que a seleção para resistência à broca-da-cana em locais com baixas infestações naturais é menos eficiente. A interação genótipo x ambiente não é importante para resistência de cana-de-açúcar à broca-da-cana. Sendo assim, a seleção de clones para resistência à broca pode ser realizada em apenas um ambiente. Os resultados deste trabalho podem auxiliar no desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar resistentes à broca-da-cana por programas de melhoramento genético.

13:30 - 13:50

(ÁGATA)

INVESTIGAÇÃO DO PERFIL DE METILAÇÃO DE DUAS CULTIVARES DE CANA-DE-AÇÚCAR SOB INFECÇÃO COM O SUGARCANE MOSAIC VIRUS (SCMV) – RIB1 *`***Marcel F. da Silva, **Marcos C. Gonçalves, *Cibele Nataliane Facioli Medeiros, *Michael dos Santos Brito,*Silvana Creste, *Luciana Rossini Pinto * Instituto Agronômico, Centro De Cana Iac, Ribeirão Preto - SP ** Instituto Biológico, Centro P&D Sanidade Vegetal, Laboratório De Bioquímica Fitopatológica, São Paulo - SP *** Universidade Estadual Paulista, Departamento De Produção Vegetal, Jaboticabal - SP Processos epigenéticos como metilação de DNA podem estar envolvidos na relação patógeno/hospedeiro e regular a expressão de genes responsivos à infecção pelo Sugarcane mosaic virus (SCMV) agente causal do mosaico e uma das principais viroses da cana-de-açúcar. O presente trabalho teve como objetivo avaliar mudanças no padrão de metilação em duas cultivares de cana-de-açúcar (IAC911099, e IACSP955000, suscetível e resistente ao SCMV, respectivamente) por meio da técnica MSAP (Methylation-sensitive amplified polymorphism), quando inoculadas com o vírus. Após a avaliação de quatro combinações seletivas de primers foram obtidos 150 locos, dos quais 92 foram suscetíveis a metilação (MSL) e 58 não apresentaram metilação (NML). O polimorfismo ocasionado pela interação com o SCMV e entre cultivares foi de 48% para MSL, enquanto o polimorfismo entre cultivares em NML também foi de 48%. As cultivares se diferenciaram de forma significativa quanto ao


nível de metilação genômica (Phi_ST = 0,4517; P= 0,0012) e também nos locos sem metilação (Phi_ST = 0,8155; P= 0,0067). A análise por coordenadas principais (PCoA) revelou maiores alterações em MSL no cultivar suscetível, sugerindo que o vírus pode causar maior instabilidade em seu genoma.

14:40 - 15:00

(ÁGATA)

REAÇÃO DE GENÓTIPOS DE CANA-DE-AÇÚCAR A MELOIDOGYNE JAVANICA *L. L. Dinardo-Miranda, *J. V. Fracasso *IAC / APTA, Ribeirão Preto - SP Para avaliar a reação de novos genótipos de cana-de-açúcar, oriundos do Programa de Melhoramento Genético do IAC, à espécie Meloidogyne javanica, foram conduzidos quatro experimentos, usando vasos de 64 L, contendo solo arenoso, previamente tratado para eliminar prováveis populações de nematoides, e mantidos a céu aberto. Em cada experimento, de 11 a 13 genótipos foram avaliados, em comparação com a SP81-3250, utilizada como padrão de suscetibilidade. As plantas foram inoculadas com ovos e eventuais juvenis de segundo estágio do nematoide e cinco meses depois, foram cuidadosamente arrancadas dos vasos. As raízes foram então lavadas e pesadas e de cada planta retirou-se uma amostra de raízes para extração e contagem dos nematoides. Assim, os seguintes parâmetros foram obtidos: número de nematoides por grama de raízes e número de nematoides no sistema radicular, usado do cálculo do fator de reprodução. Entre os 48 genótipos estudados, as cultivares IACSP93-3046, IACSP94-4004 e IACSP97-4039 foram consideradas resistentes a M. javanica, por apresentarem fator de reprodução menor que 1, enquanto os demais comportaram-se como suscetíveis. Os fatores de reprodução registrados na SP81-3250 variaram de 1,2 a 7,5, variação atribuída às condições ambientais, especialmente temperatura, ocorridas durante o período de condução dos experimentos.

09:40 - 10:00

(TOPÁZIO)

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DA CANA PLANTA E AS SOQUEIRAS SOB DIFERENTES ESPAÇAMENTOS E ARRANJOS ENTRE PLANTAS *F. C. da Silva; **A. Antoniolli; *** H. B. Zotelli;**** L. A. Borges; *****P. L. De Freitas; *****G. K. Donagemma; ******S. V. Cuadra. *J. R. P. De Carvalho; ****R. F. Pires. *Embrapa Informática Agropecuária, Campinas - SP **Universidade do Norte do Paraná no Polo Piracicaba, Piracicaba -SP ***Alcoeste Destilaria, Fernandópolis - SP ****Renuka do Brasil, Promissão - SP *****Embrapa Solos, Rio De Janeiro - RJ ******Embrapa Clima Temperado, Pelotas - RS Para avaliar a influência da mudança no espaçamento e no arranjo entre plantas na produtividade e na qualidade da cana-de-açúcar para produção de etanol ou açúcar foi instalado um experimento em área de reforma de canavial na área agrícola da Usina Renuka – Unidade Madhu, localizada em Guaiçara – SP. O experimento foi instalado em blocos ao acaso com parcelas com largura de 8 linhas de comprimento de 15 metros e 6 repetições, sendo os tratamentos: T1 – Convencional (1,5m x 1,5m); T2 – Duplo (0,9m x 1,5m); T3 – Base Larga (0,8m x 1,8m) e T4 – Base Larga (0,8m x 2,0m). Os resultados obtidos permitem concluir que não houve diferença estatística entre médias dos tratamentos na produtividade medida em pesagem colhido por máquina e a biometria para crescimento da cana-planta, a exceção do perfilhamento. Na cana soca, a maior produtividade foi observada no sistema duplo alternado (0,90 x 1,5m), na ordem de 122 TCH, enquanto os sistemas de base larga na ordem de 81 a 82 TCH e o espaçamento tradicional de 1,5m com 84 TCH. A

NUTRIÇÃO

melhor extração de nutrientes e alocação na parte aérea da cana planta ocorreu no T3 (0,8 x 2,0m).

SALA 04 - TOPÁZIO

22.09.2016

13:30 - 13:50

( QUINTA )

(TOPÁZIO)

COORDENADORA: Raffaella Rossetto

08:00 - 08:20

(TOPÁZIO)

MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA EM CANA-DE-AÇÚCAR DE ACORDO COM A ÉPOCA DE COLHEITA NO CENTRO SUL DO BRASIL.

ACÚMULO DE MATÉRIA SECA E NITROGÊNIO EM CANA-DE-AÇÚCAR FERTIRRIGADA COM DIFERENTES DOSES DE N E INOCULADAS COM BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS *G. J. C. Gava; **W. J. Dellabiglia; ***F. V. Scarpare; ***M. V. de Luca; **R. L. Villas Boas

*S. G. Q. Castro; *H. C. J. Franco; *G. M. Sanches; **S. A. Q. Castro; *O. T. Kölln; *P. S. G. Magalhães.

* APTA – Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Jaú-SP ** UNESP - Faculdade de Ciências Agronômicas, FCA/Botucatu-SP *** UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP

*Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE – CNPEM), Campinas - SP **ESALQ -USP- Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba - SP

O objetivo deste trabalho foi verificar a contribuição das bactérias diazotróficas (BDs)

Na cultura de cana-de-açúcar devido à dificuldade do diagnóstico do estado nutricional da cultura em relação ao nitrogênio (N), a aplicação do N-fertilizante é manejada sem padronização do estádio de crescimento da planta. O objetivo do trabalho foi avaliar a produtividade da cana fertilizada com doses de N em diferentes épocas de aplicação ao longo da safra, utilizando sensor de refletância do dossel de plantas como possível método de diagnose da demanda de N pela cultura. Foram instalados três experimentos em área com a mesma variedade e idade, colhidas em distintas épocas da safra. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com parcelas subdividas, sendo cinco épocas de aplicação após a colheita (logo após o corte da soqueira; aos 30, 60, 90 e aos 120 dias após o corte - DAC) e cinco doses de N (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1 N). Houveram diferenças entre as produtividades (TCH) dos experimentos colhidos em diferentes épocas. A época de aplicação do N teve impacto na TCH, sendo a maior resposta ao N-fertilizante quando não houve estresse hídrico. O momento para utilizar o sensor de refletância está associado a ausência de déficit hídrico, e canavial apresentando altura entre 0,4 a 0,6 m.

na eficiência de uso do nitrogênio na cultura da cana-de-açúcar (cana-planta), em dois ambientes de produção (irrigado e não irrigado); quantificar o possível efeito de sinergismo entre a adubação nitrogenada e a aplicação de água via irrigação por gotejamento subsuperficial na cultura de cana-de-açúcar. O experimento foi conduzido na Unidade de Pesquisa Hélio de Moraes, da APTA, no município de Jaú, SP. A variedade de cana-de-açúcar foi a RB92579. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, composto por fatorial de 2 manejos de irrigação: irrigado (I) e não irrigado (NI), 2 manejos de inoculação: com inoculação (CD) e sem inoculação (SD) com BDs; e com 4 níveis de disponibilidade de nitrogênio (0, 70, 140, 210 kg ha-1 de N), compondo assim 16 tratamentos com 4 repetições. O experimento teve duração de 365 dias e ao longo do ciclo da cultura foram realizadas avaliações sequenciais para determinação do acumulo de matéria seca e de nitrogênio nas plantas de cana-de-açúcar, aos 123, 207, 305 e 365 (DAP). Verificou-se que houve efeito positivo da irrigação e da adubação nitrogenada, mas não da inoculação das bactérias diazotróficas.

STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

29


EVENTO

14:40 - 15:00

17:30 - 17:50

(TOPÁZIO)

EFEITOS DA APLICAÇÃO DE VINHAÇA “IN NATURA” OU CONCENTRADA ASSOCIADO AO N-FERTILIZANTE EM SOQUEIRA DE CANA-DE-AÇÚCAR *G. S. P. L. da Silva; **F. C. da Silva; ****B. J. R. Alves ;*E. Tomaz; ***L. F. S. Marchiori; *****R. S. Berton; ***F. G. da Silveira; *UNICAMP, Campinas - SP **Embrapa Informática Agropecuária, Campinas - SP ***FATEC, Piracicaba - SP ****Embrapa Agrobiologia, Seropedica - RJ *****IAC/Centro de Solos, Campinas - SP. O objetivo do trabalho foi a avaliação da fertilização com vinhaça “in natura” ou concentrada e do fertilizante nitrogenado na produtividade, qualidade da cana-de-açúcar e dinâmica de N, refletindo na melhoria da fertilidade do solo pela adição de nutrientes, verificar se há influência dos tratamentos aplicados no crescimento da planta e também avaliar se a suficiência nutricional da cultura foi alcançada, observado pelos teores de macro nutrientes na folha +1 (folha mais alta com colarinho visível – TVD) aos quatro meses após

aplicação. O experi-

mento foi realizado em campo com cana soca no 2º corte, utilizando como delineamento experimental blocos ao acaso, sendo no total 30 parcelas, onde se

(TOPÁZIO)

FORMAS DE APLICAÇÃO DE N-FERTILIZANTE EM SOQUEIRA DE CANA-DE-AÇÚCAR *C. D. Borges, *O.T. Kölln,*S. G. Q. Castro; *G. M. Sanches;* H. C. J. Franco *Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE – CNPEM) – Campinas, São Paulo -SP A cana-de-açúcar apresenta baixa eficiência de utilização do nitrogênio (EUN) quando comparada as demais culturas, assim, faz-se necessário buscar alternativas para o aumento da EUN e a produtividade de colmos (TCH) da cultura. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes formas de aplicação do N-fertilizante na produtividade de colmos e açúcar da cultura. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados com quatro repetições, com os seguintes tratamentos: 1) controle (sem aplicação de N); 2) aplicação superficial sobre a palha paralela à linha de cana-de-açúcar; 3) aplicação abaixo da camada de palha ao lado da linha; 4) aplicação incorporada ao solo a 0,1 m de profundidade no lado da linha. O experimento foi conduzido por duas safras agrícolas, em Latossolo Vermelho Eutroférrico, sendo avaliado a produtividade de colmos e açúcar ao término de cada ciclo de soqueira. A aplicação do N-fertilizante promoveu acréscimo de 21% na TCH e TPH da cana-de-açúcar quando comparado ao tratamento controle, além de ter ocorrido diferença entre as formas de aplicação. A aplicação incorporada ou sob a palha promoveu acréscimo na TCH e TPH da cana-de-açúcar, respectivamente, de 23 Mg ha-1 e 5 Mg pol ha-1, quando comparado à aplicação superficial, na soma de duas safras.

tem 5 tratamentos com 6 repetições, as aplicações dos tratamentos foram realizadas conforme as proporções a seguir: T1- Vinhaça “in natura” (120 m3/ha), T2Vinhaça (120 m3/ha) + 60 Kg de N na forma de uréia, T3- Vinhaça concentrada (20 m3/ha), T4- 60 Kg de N na forma de uréia/ha e T5- Testemunha. Constatou-se que não houve diferença significativa para a qualidade tecnológica da cana de açúcar, entretanto para a qualidade do caldo e na produtividade houve, visto que os tratamentos T1, T2 e T3 apresentaram concentração de K (potássio) superior aos tratamentos T4 e T5. Entre os tratamentos de fertilidade foliar constataram-se valores que atendem a suficiência da cultura. Para a fertilidade do solo temos dife-

FITOTECNIA

SALA 05 - OPALA

22.09.2016 ( QUINTA )

COORDENADOR: Nelson Zanotti

renças significativas de K, entre profundidades, localização e tratamentos.

16:20 - 16:40

(TOPÁZIO)

08:00 - 08:20

(OPALA)

EFICIÊNCIA DE USO DE NITROGÊNIO EM GENÓTIPOS DE CANA-DE-AÇÚCAR NA FASE INICIAL DE CRESCIMENTO

MODELAGEM MATEMÁTICA ASSOCIADA AO BANCO DE DADOS NA ESTIMATIVA DA SAFRA CANAVIEIRA

*O. T. Kölln; *H. C. J. Franco; *G. M. Sanches; *C. Caldana; *S. Q. Castro; *M. C. Martins; **L. Mattiello; *L. P. Cruz; ***P. C. O. Trivelin

*Rubismar Stolf; **Ana Paula Rodrigues de Oliveira

*Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol – CTBE **Instituto de Biologia Unicamp – IB ***Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA/USP

A estimativa da produtividade da cana-de-açúcar nas áreas a qual normalmente é feita de forma visual pelos técnicos, ganha atualmente fortes aliados com o uso das modernas técnicas como a modelagem matemática associada ao uso das imagens de satélite. Da junção destas técnicas, cria-se uma poderosa ferramenta capaz de auxiliar nas tomadas de decisões objetivando sempre uma estimativa correta da produtividade baseada nas condições climáticas de cada ano. O modelo PREVCANA vem sendo aperfeiçoado desde os anos 2000 com o objetivo principal de estimar a produtividade, e o estágio atual de desenvolvimento após dezesseis anos de calibração e uso nas unidades vem avançando justamente com o banco de dados das unidades e a possibilidade atual do uso das imagens de satélite. O modelo simula o crescimento potencial da cana-de-açúcar baseado em parâmetros fotossintéticos da planta e edafo-climáticos de cada local de produção sendo radiação solar, índice de área foliar, coeficiente de extinção, taxa fotossintética, temperatura, respiração, idade da planta, disponibilidade hídrica e partição de fotoassimilados. Com o histórico de cada área produtiva extraído do banco de dados, simula-se o potencial de crescimento apoiado nas condições climáticas de cada ano possibilitando a construção de cenários de produtividade normal, favorável ou desfavorável na safra. Dessa forma, temos uma estimativa ao longo da safra para cada área produtiva.

O objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência de utilização em N (EUN) de diferentes genótipos de cana-de-açúcar na fase inicial de crescimento. Desenvolveu-se um experimento em condições controladas em casa de vegetação com 18 genótipos e dois níveis de N, sendo baixo N (10 mg kg-1 - limitante) e alto N (270 mg kg-1 - dose elevada). Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. Depois de 60 dias de crescimento quantificou-se o acúmulo de massa seca e de N na parte área e raízes. Verificou-se grande variação EUN pelos genótipos de cana-de-açúcar. Dos 18 genótipos avaliados, seis foram classificados como responsivos e eficientes na utilização de N, três foram não eficientes e responsivos; dois foram eficientes e não responsivos, e sete não eficientes e não responsivos. O genótipo que obteve a maior EUN tanto para alto N como para baixo N foi o RB975375. Por meio da análise de correlação de Pearson e de Componentes Principais, verificou-se que a principal característica associada a EUN é a massa seca de raízes (MSR). Esse resultado preliminar comprova, em parte, que a recomendação de adubação utilizada atualmente, sem considerar a eficiência de utilização do N, pode estar equivocada.

30

STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

*UFSCar, Araras - SP **Banco do Brasil, Brasília - DF


09:40 - 10:00

(OPALA)

AUSÊNCIA DE EFEITO RESIDUAL DO NITROGÊNIO NA PRODUTIVIDADE DE CANA-DE-AÇÚCAR EM ENSAIO DE LONGA DURAÇÃO *L.C. Gonzaga; * Z.F. Montezano; *H. Cantarella; *A.C. Vitti; *R. Rossetto; *J. R. Soares; *L.R.N. Pinto; , *I.A.M. Degaspari *IAC/APTA - Centro de Cana-de-açúcar - Ribeirão Preto-SP A crise econômica que se instalou sobre o setor sucroenergético nos últimos anos faz com que produtores de cana-de-açúcar busquem maneiras de reduzir custos, uma delas é a redução na adubação mineral. Após quatro ciclos de cultivo de cana-de-açúcar com adubações regulares com P, K e micronutrientes, além de níveis de N aplicados ao solo, objetivou-se avaliar o efeito residual dessa adubação na nutrição e produtividade da cana-de-açúcar nos dois ciclos subsequentes sem aplicação de fertilizantes. O estudo foi iniciado em abril de 2010 em Latossolo Vermelho Álico em Piracicaba, SP. A variedade CTC 14 foi plantada em parcelas com cinco sulcos espaçados em 1,5 m e com 10 m de comprimento. A adubação de plantio consistiu nas seguintes doses de N de 0, 30, 60 e 90 kg ha-1. Os níveis de adubação com N nas três soqueiras subsequentes foram de 0, 50, 100 e 150 kg ha-1. As adubações foram realizadas até o 3º ciclo de cana-soca, colhida em outubro de 2014 e suprimidas a partir da quarta soqueira. Houve aumento linear da produtividade de colmos acumulada dos anos em que foi realizada a adubação, a qual variou de 390 t ha-1 sem a aplicação de N, a 470 t ha-1 com 540 kg ha-1 de N na somatória dos quatro ciclos. No entanto, com a supressão da adubação não houve diferença estatística para a produtividade e teor de N foliar, indicando a ausência de efeito residual da adubação nitrogenada mesmo em área que recebeu doses bastante contrastantes de N (de 0 a 540 kg ha-1). Conclui-se que a aplicação de N não deve ser suprimida mesmo após um histórico de aplicações de altas doses do nutriente.

13:30 - 13:50

(OPALA)

PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR E EXTRAÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM EXPERIMENTO DE LONGO PRAZO ASSOCIADO A DOSES DE N *I. A. M. Degaspari; * Z. F.Montezano; *J. R. Soares; *H. Cantarella; *A.C Vitti; , **R. Rossetto; *L. R. N. Pinto; *L. C Gonzaga; *H. W. Joris *IAC/APTA - Centro de Cana-de-açúcar - Ribeirão Preto-SP

A produtividade e longevidade dos canaviais depende, dentro outros fatores, do correto manejo da adubação. Há poucas informações na literatura sobre adubações sucessivas com doses diferenciais de nitrogênio em experimentos de longa duração. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de doses de N na nutrição, produtividade e extração de macronutrientes, em ciclos de produção subsequentes à renovação do plantio de cana-de-açúcar em um experimento de longo prazo, mantendo sempre os mesmos tratamentos. O experimento foi conduzido em campo com a variedade IACSP95 - 5094, em cana planta (safra 2013-14), e duas safras de cana soca (2014-15 e 2015-16), com cana colhida sem despalha a fogo em Piracicaba-SP. O experimento foi instalado em blocos ao acaso, com quatro repetições, com tratamentos com quatro doses de N, 0-30-60-90 kg/ha em cana planta, e 0-60-120-180 kg/ha, em cana soca. Anteriormente, por quatro ciclos de soqueiras, as parcelas receberam as mesmas doses de N das soqueiras do presente estudo, dando a oportunidade de avaliar o efeito residual da adubação nitrogenada de longo prazo. A alta variabilidade experimental não permitiu observar resposta a N nos ciclos da cana planta e da primeira soca; no entanto, a análise conjunta da somatória das duas colheitas indicou resposta linear à adubação com N, com aumento de produtividade de 136 kg/ha de colmos por quilograma de N aplicado em dois anos, ou 37 t/ha de colmos com a adição de 270 kg/ha de N. Nas parcelas testemunhas, que não receberam N, a produção de colmos atingiu 204 t/ha em dois anos. Pelo menos 113 kg/ha de N seriam necessários para repor o N exportado

14:40 - 15:00

(OPALA)

DETERMINAÇÃO DA DOSE LETAL DE IRRADIAÇÃO EM GEMAS GERMINADAS DE CANA DE AÇÚCAR (SACCHARUM SPP) *L. F. S. Marchiori; **V. Arthur; ***F. C. da Silva; ****M. S. Raposo; *G. S. P. L. da Silva; ****T. G. Goia. *Faculdade Fatec Piracicaba, Piracicaba – SP **Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), Piracicaba – SP ***Embrapa Informática Agropecuária, Campinas - SP **** Agência Inova Paula Souza, Campinas - SP Com o intuito de aumentar e melhorar a produtividade da cana-de-açúcar (Saccharum spp.), se faz necessário o uso de técnicas de melhoramento da cultura. Uma dessas técnicas é o uso de doses de radiação a fim de causar mutações genéticas e fenotípicas no indivíduo. Para determinação da dose letal, ou seja, a menor dose que apresenta alto índice de mortalidade foi separada gemas germinadas em 13 grupos contendo 32 gemas cada da variedade SP 803280 obtidas de soqueira de terceiro corte cultivada na Fazenda Areão da ESALQ - USP, sendo que 12 desses grupos receberam radiação gama obtida do Cobalto-60 (Co60) e um grupo foi usado como testemunha. As taxas variam em 25 Grey (GY) = Joules/Kg, sob tempos diferentes, onde a menor taxa foi de 25 e a maior foi de 300 GY. Após a irradiação, os resultados mostraram que a dose letal encontra-se entre as taxas de 25 e 50 GY, ou seja, nesse intervalo estão as menores doses que apresentam pelo menos 50% de mortalidade.

MUDAS PRÉ-PROTADAS SALA 06 - TURQUESA

22.09.2016 ( QUINTA )

COORDENADOR: Cândido Carnauba Mota

08:30 - 08:50

(TURQUESA)

CRESCIMENTO E EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA DE MUDAS PRÉBROTADAS DE CANA-DE-AÇÚCAR EM DIFERENTES SUBSTRATOS *A. Y. P. Ohashi, **M. A. Xavier, **J. C. Garcia, ***R. H. Petri, ****L. P. M. Silva, *****R. C. M. Pires. *Instituto Agronômico (IAC). **Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana/IAC. ***Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola, Campinas - SP. ****Biotecnologia. *****Centro de P&D em Ecofisiologia e Biofísica do Instituto Agronômico O uso de substrato tem por finalidade favorecer a produção de plantas com qualidade. O objetivo deste experimento foi avaliar o crescimento, consumo de água e eficiência no uso da água na produção de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar em diferentes substratos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, no núcleo de produção de mudas, nas dependências do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio da Cana-de-Açúcar do IAC, em Ribeirão Preto - SP. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com 10 tratamentos e três repetições. Os tratamentos adotados foram diferentes substratos, dos quais 9 resultantes de combinações de torta de filtro compostada, fuligem e substrato comercial, e um substrato comercial. Foi avaliada a densidade dos substratos, a altura, massa seca da parte aérea e radicular, assim como consumo de água e eficiência no uso da água. Maiores porcentagens de fuligem aumentaram a densidade do substrato, o que prejudicou o crescimento das mudas. Os tratamentos com menores porcentagens de fuligem obtiveram maiores valores de altura e massa seca da parte aérea. A maior eficiência no uso da água foi observada nos tratamentos com menores porcentagens de fuligem e maiores de substrato comercial.

STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

31


EVENTO

08:50 - 9:10

(TURQUESA)

AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA E NUTRICIONAL DE MUDAS PRÉBROTADAS (MPB) DE CANA-DE-AÇÚCAR CULTIVADAS EM DIFERENTES SUBSTRATOS *`***P. H. P. de Santi; *`***A. L. Scavazza; *`***A. L. Belloni; *`***M. R. Soares; *`***J. C. Casagrande; *S. D. Sartório; *`***K. S. S. Rocha; *`***J. A. L. Lavorenti; *`***C. A. Santana; *`***J. A. Ferreira; **A. C. S. Zina *Universidade Federal de São Carlos, Araras - SP **Universidade Estadual Paulista, (UNESP-FCAV), Jaboticabal - SP *** GEMASO – Grupo de Estudo e Pesquisa em Manejo do Solo. O objetivo deste estudo consistiu em avaliar o desempenho de substratos nas características morfológicas e nutricionais de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar. Minirrebolos das variedades RB92579, RB966928 e RB867515 foram cultivados em areia, em areia+solução nutritiva e em três substratos comerciais (S1, S2 e S3). O delineamento experimental foi o inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 5x3,

10:00 - 10:20

(TURQUESA)

AVALIAÇÃO DE SUBSTRATOS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-AÇÚCAR. *M. A. Xavier; *J. C. Garcia; *M. G. A. Landell; **R. H. Petri; **L. P. M. Silva *IAC/APTA - Centro de Cana-de-açúcar, Ribeirão Preto - SP **FUNDAG – Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola,Campinas - SP O cultivo de mudas em ambientes controlados nas fases de brotação e aclimatações empregam substratos como suporte para a planta. Os substratos podem ter diferentes fontes de matéria-prima e de acordo com a composição, as características variam quanto à granulometria, densidade e química. Tendo em vista a necessidade de cada cultura, no presente trabalho foram realizadas avaliações para avaliar o substrato que proporcione a produção de mudas pré-brotadas (MPB) de melhor qualidade. Para isso, foram avaliados quatro substratos: padrão com 1mm de granulometria, granulometria 5,0 mm, granulometria 6,5 mm e granulometria 12 mm. As análises consistiram em determinações de altura, massa fresca e seca de parte aérea e massa fresca e seca de raiz. Com os resultados obtidos nesse trabalho conclui-se que o substrato padrão e o de granulometria 6,5 mm proporcionaram os melhores resultados para as fases de produção de MPB.

com cinco repetições. Avaliou-se a altura, diâmetro (Ø) do colmo, massa seca da parte aérea (MSPA) e da raiz (MSR), Índice de Qualidade de Dickson (IQD) e a eficiência de utilização de N-P-K. Ocorreram interações significativas entre os substratos

10:20 - 10:40

(TURQUESA)

e variedades para todas as variáveis, exceto para EUP e EUK, dificultando generalizações sobre qual substrato promoveu melhor desenvolvimento das MPBs. O IQD indicou que o S1 proporcionou maior equilíbrio da distribuição da biomassa das mudas de todas as variedades, sendo necessários estudos em campo para atestar se este indicador é um bom parâmetro para mensurar a qualidade das MPBs. A EUN foi maior para mudas de RB92579 e RB 867515 cultivadas nos substratos comerciais. A EUP e EUK foram maiores nos tratamentos com areia e areia+solução, evidenciando a adaptação ao estresse nutricional e a importância da reserva do tolete para a sobrevivência das MPBs.

09:40 - 10:00

(TURQUESA)

CANA-DE-AÇÚCAR PARA A PRODUÇÃO DE MATERIAL DE PROPAGAÇÃO NOS SISTEMAS DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) E TRADICIONAL *M. P. Campana; **M. A. Xavier; ***G. Aferri;****D. Perecin; **P. E. Miguel; **H. R. Carregari; **M. G. A. Landell *IAC, Ribeirão Preto - SP **IAC/APTA - Centro de Cana-de-açúcar - Ribeirão Preto-SP *** APTA, Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Jaú, SP ****UNESP Campus Jaboticabal, SP O objetivo deste ensaio foi avaliar duas formas de plantio de cana-de-açúcar, em MPB ou toletes, com quatro espaçamentos entre mudas (0,25, 0,50, 0,75 ou 1,00m) e duas densidades de gemas em toletes (com 15 ou 30 gemas/m), para a formação de viveiros de mudas das cultivares RB867515, IAC91-1099 e IACSP95-5000. As cultivares foram plantadas em toletes de três gemas ou MPB, em parcelas de cinco sulcos de 15m de comprimento. Os perfilhos foram contados aos 150 e 240 dias. Antes da colheita foi medida a altura de colmos e contadas as gemas. O perfilhamento da IAC91-1099 foi superior, seguida pela IACSP95-5000 e a RB867515. As maiores densidades de plantio (30 gemas/m, 0,25 e 0,50m entre MPB) tiveram o maior número de perfilhos por metro aos 150 dias. A cultivar RB867515 teve maior altura de colmos que as cultivares IAC91-1099 e IACSP95-5000, que não diferiram entre si. As cultivares produziram quantidades semelhantes de gemas/ha e o plantio em toletes ou MPB, não influenciou esta característica. O plantio de cana-de-açúcar para a formação de viveiros pode ser favorecido pelo uso do sistema de MPB. O espaçamento de MPB a 0,75m produziu a melhor relação entre mudas plantadas e gemas produzidas.

32

STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

PRODUTIVIDADE DE CANA-DE-AÇÚCAR EM FUNÇÃO DE FONTES E DOSES DE N NO SISTEMA DE PLANTIO COM MUDAS PRÉ-BROTADAS *Soares, J.R.; *Montezano, Z.F.; *Cantarella, H.; **Vitti, A.C.; Rossetto, **R.; *Pinto, L.R.N.; *Degaspari, I.A.M ; *Gonzaga, L.C. *IAC, Campinas - SP **APTA, Piracicaba - SP Na cultura de cana-de-açúcar tem sido estudado recentemente o sistema de plantio com mudas pré-brotadas (MPB). Um aspecto importante e pouco abordado é sobre a exigência de nitrogênio deste sistema. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a produtividade da cultura de cana-de-açúcar em função de fontes e doses de nitrogênio em sistema de MPB. O experimento foi realizado em dois ciclos de cana com a variedade IACSP95-5000, cana planta e cana soca, em uma área da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) em Piracicaba-SP. O esquema experimental foi um fatorial duplo, com quatro doses de N (0, 30, 60 e 90 kg/ha em cana planta e 0, 60, 120 e 180 kg/ha em cana soca) e duas fontes, ureia e nitrocálcio. O delineamento foi de blocos ao acaso com quatro repetições. No ciclo de cana planta não houve resposta à adução nitrogenada. Por outro lado, no cultivo de cana soca ocorreu resposta à dose de N aplicado, atingindo o máximo de produção de colmos próximo à dose de 120 kg/ha de N. Não houve diferenças entre as fontes de N, ureia e nitrocálcio.

13:30 - 13:50

(TURQUESA)

PRODUTIVIDADE DE CANA-DE-AÇÚCAR EM FASES INICIAIS DE SELEÇÃO DE PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO UTILIZANDO O MÉTODO DE MULTIPLICAÇÃO POR MUDAS PRÉ-BROTADAS *M. A. Xavier; *M. G. A. Landell; *M. P. Campana; *G. Aferri; **D. Perecin *Centro De Cana-de-Açúcar – Instituto Agronômico – Ribeirão Preto - SP **Universidade Estadual Paulista – FCAV – Unesp – Jaboticabal - SP As instituições de P&D e o setor sucroenergético diagnosticaram a necessidade de resgatar os benefícios da utilização de material de propagação de alta qualidade, “muda”. Nessa visão foi e continua em constante desenvolvido pelo Programa Cana do Instituto Agronômico o sistema de multiplicação identificado como mudas pré-brotadas – MPB.O sistema foi apresentado aos produtores em 2012 e com isso inúmeros projetos foram implantados e ampliados nesses últimos anos, a partir de uma plataforma de ampla cooperação. Esse conjunto de ações poderá no médio prazo estruturar uma base tecnológica que represente ganhos econômicos e qualitativos em todo o processo de produção e etapas do melhoramento da cana-de-açúcar. O objetivo


desse estudo foi aplicar o MPB em uma fase inicial do processo de desenvolvimento, FS2, e propor a ampliação do tamanho das amostras que compõem as unidades experimentais. Com essa prática foi possível garantir um padrão de uniformidade na instalação docampo experimental e ampliou-se a área de amostragem em 400%. A produtividade gado

agrícola

contribuíram

dos para

clones a

e

o

precisão

delineamento

estatístico

experimental.

Dessa

empre-

forma

é

possível utilizar tais informações para identificar clones parentais que poderão abastecer mais rapidamente as coleções de trabalho em estação de hibridação de cana-de-açúcar, acelerando a seleção recorrente como estratégia dos programas de melhoramento.

13:50 - 14:10

(TURQUESA)

MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) E PRODUTIVIDADE DE CANA-DE-AÇÚCAR *M. A. Xavier; *M. G. A. Landell; *G. Aferri; *M. A. P. Bidoia; *R. H. Petri; *H. R. Carregari; *D. N. Silva; ** L. G. Teixeira; *** D. Perecin * Centro de Cana-de-Açúcar – Instituto Agronômico: Ribeirão Preto - SP ** Grupo São Martinho – Usina São Martinho: Pradópolis – SP *** Universidade Estadual Paulista – Unesp: Jaboticabal - SP O presente trabalho teve como objetivo avaliar a produtividade de três cultivares em três espaçamentos de plantio em MPB e duas distribuições de gemas. Foram utilizadas parcelas de quatro linhas de quinze metros. As cultivares foram escolhidas unicamente em função do padrão de perfilhamento. A produtividade TCH não diferiu entre tipo de plantio, espaçamentos de MPB ou quantidade de gemas por metro de sulco e entre as variedades. Também não foi verificada interação entre variedade e tipo de plantio. A quantidade de colmos por metro linear foi diferente (P=<0,0001) entre as variedades, como era esperado, devido ao perfil de cada cultivar. A IAC91-1099 teve a maior média por metro (16,1colmo/m), seguida da IACSP95-5000 (15,1 colmo/m) e o menor valor foi observado para a RB867515 (12,0 colmos/m). O conhecimento e caracterização do número de colmos pode ser um dos critérios para indicação do espaçamento mais adequado para o sistema MPB. No presente estudo, o maior valor para número de colmos observado para a IAC91-1099 pode estar associado à produtividade 8,0% superior a RB867515, o que também foi observado para a IACSP95-5000 que teve 12,3% a mais de TCH. A diferença entre a IAC91-1099 e a IACSP95-5000 foi de 3,8%.

14:30 - 14:50

(TURQUESA)

INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA DO DOSSEL, ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS E DISTÂNCIA ENTRE MUDAS PRÉ-BROTADAS NA PRODUTIVIDADE AGROTECNOLÓGICA DA CANA-DE-AÇÚCAR *F. C. da Silva; **S. V. Cuadra; *G. Rodrigues; *A. Luchiari Junior; ***P. L. de Freitas; ****H. C. P. Rossetto; *****G. Hipolito. *Embrapa Informática Agropecuária, Campinas - SP **Embrapa Clima Temperado, Pelotas - RS ***Embrapa Solos, Rio de Janeiro - RJ ****PHD Cana, Lençóis Paulista - SP *****BASF do Brasil, Santo Antonio de Posse - SP Foram avaliados os efeitos de diferentes arranjos de plantas (espaçamento e população de mudas pré brotadas) na produtividade de cana de açúcar, bem como em outros aspectos agronômicos. Para tanto, um experimento foi planejado e executado pela EMBRAPA, em parceira com as empresas BASF e PHD Cana/Grupo Zilor, implantado em meados de setembro de 2014. Foram considerados o delineamento experimental de blocos ao acaso em parcelas subdivididas em esquema fatorial (variedade x preparo do solo/espaçamento), foi estudado a influência do fator variedade na interceptação de luz diferenciada em função da arquitetura de folha (prostradas/ CTC 9001 ou eretas/ CTC 9003), sendo cada parcela foi subdividida em 4 sub-parcelas cujos tratamentos são densidades na linha de plantio com mudas MPB: 40, 60 e 80 cm entre mudas. A recomendação da distância entre mudas foram os de 0,55 e 0,70 m, mas a principal informação é a capacidade de suporte do ambiente em receber uma população acima de 100 mil colmos na colheita, sendo a população ideal de MPB variável com as variedades de distintas arquiteturas de folhas que chegaram as populações: 11500 a 13000 plantas para folhas mais prostradas (CTC 9001) e de 15000 para folhas mais eretas (CTC 9003). Em relação ao preparo do solo, foram obtidos maiores valores de produtividade os tratamentos sob o sistema Penta em relação ao sistema convencional.

14:50 - 15:10

(TURQUESA)

SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PÓS-EMERGÊNCIA SOBRE MUDAS PRÉ-BROTADAS DE CANA-DE-AÇÚCAR *C. A. M. Azania; *S. D. Carlin; *M. A. Xavier; **I. S. Borges; **R. Vitorino; ***A. P. M. Azania

14:10 - 14:30

(TURQUESA)

FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO CONTROLADA NA FORMAÇÃO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS DE CANA-DE-AÇÚCAR *J. C. Garcia; **R. M. de Souza; ***A. Y. P. Ohashi; ****L. P. M. Silva; *****R. C. M. Pires; *M. A. Xavier. *Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana/IAC. **Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola, Campinas - SP ***Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical do Instituto Agronômico (IAC). ****Biotecnologia. *****Pesquisadora O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de fontes de fertilizantes de liberação controlada no desenvolvimento de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar. O ensaio foi conduzido em casa de vegetação, no Centro de Cana-IAC, em Ribeirão Preto - SP. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, envolvendo 2 fontes de fertilizantes de liberação controlada (Fonte I e Fonte II), 4 doses (3, 6, 9 e 12 kg. m-3) e uma testemunha composta por fertilização convencional. De acordo com os resultados pode-se concluir que os fertilizantes de liberação controlada não influenciaram o desenvolvimento inicial em altura de MPB de cana-de-açúcar. A Fonte II proporcionou maiores valores de Peso Fresco de Raiz e Parte Aérea de MPB de cana-de-açúcar.

*IAC, Ribeirão Preto - SP; **FAFRAM, Ituverava - SP; ***Consultora

O objetivo da pesquisa foi estudar a seletividade dos herbicidas hexazinone, ametryn, metribuzin, mesotrione e 2,4-D aplicados em pós-emergência da cana-de-açúcar, cv IACSP95-5000, cultivada nos sistemas de plantio convencional (tolete) e mudas pré-brotadas (MPB). Foram instalados três experimentos em condições de vasos (45 L), preenchidos com terra de barranco de textura argilosa, alocados em ambiente aberto no CC-IAC em Ribeirão Preto, durante os meses de outubro/14 a maio/15. O primeiro experimento foi constituído por plantas de cana-de-açúcar com 40 dias após o plantio por toletes, o segundo por plantas com 40 dias após o transplante de MPBs e o terceiro por plantas com 7 dias após transplante de MPBs. Para cada experimento utilizou-se do delineamento inteiramente casualizado com os tratamentos herbicidas (hexazinone (337,5 g ha-1), ametryn (3500 g ha-1), metribuzin (1920 g ha-1), mesotrione (144 g ha-1), 2,4-D (1000 g ha-1) e testemunha) em quatro repetições. Os herbicidas foram aplicados em pós-emergência com vazão de 220 L ha-1. Os herbicidas hexazinone, ametryn, metribuzin, mesotrione, 2,4-D foram seletivos à cana-de-açúcar, cv IACSP95-5000, no plantio tradicionalconvencional e no plantio com MPB, independente da aplicação pós-emergente ter ocorrido com a planta mais jovem (7 dias do plantio) ou mais desenvolvida (40 dias do plantio).

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VISÃO

Cenário sucroalcooleiro “ O novo sempre vem...”

Luiz Carlos Corrêa Carvalho caio@canaplan.com.br

O Caminho da Inovação Cultivo muito antigo, aqui com a idade do Brasil, vindo da Indonésia, a cana-de-açúcar foi a efetiva experiência não extrativa da coroa portuguesa na Terra do Pau Brasil, e, vale dizer, em larga escala naquele tempo em que o açúcar era especiaria. Na teórica procura pelas Índias, Cabral descobriu o Brasil, relatando ao rei de Portugal que aqui era um lugar onde em se plantando tudo daria... Ledo engano! Temos solos pobres e que necessitam de muita tecnologia para produzir bem economicamente. Talvez fosse esse o primeiro errado diagnóstico da agricultura brasileira. Nesse rápido balanço histórico é interessante observar na abertura das Olimpíadas a apresentação da importante valorização da evolução do Brasil com à chegada dos imigrantes e sua decisiva contribuição ao país, muito na cana-de-açúcar. Da mão de obra escrava vinda da África, explorada e base da produção canavieira e um fato que até hoje nos envergonha, tendo o Brasil sido um dos últimos a libertá-los, aos europeus imigrantes e suas inovações, o Brasil canavieiro tinha imensas dificuldades de competir, principalmente quando uma inovação europeia, a beterraba açucareira, transformou a especiaria açúcar em commodity. O Brasil foi buscar no etanol uma saída aos baixos preços do açúcar, lá por 1920. E assim foi, até chegar ao Proálcool, com intervenção total do governo, até chegar ao carro flexível, pela via do mercado, em setor totalmente desregulamentado. Longa história, positiva, que orgulha. Esse texto resume os últimos 30 – 35 anos, para falar da inovação e dos seus impactos na agroindústria canavieira. A agricultura canavieira enfrenta longo período entre o plantio e a colheita, passando por todas as estações do ano e sofrendo, portanto, muito mais riscos que as culturas de cereais e outras de ciclo curto. Além disso, tem longevidade de vários anos com a brotação das chamadas socas, que em países asiáticos tem em média 2 cortes e aqui, 5 a 6 cortes. Essa longevidade de ciclo, no Brasil, significa que anualmente se reforma algo ao redor de 15 a 18% ao ano, ou seja, as mudanças tecnológicas demoram muito mais que as culturas anuais de ciclo curto. Assim sendo, as taxas de crescimento anual de produtividade são bem maiores em cereais e na própria beterraba açucareira, que na cana-de-açúcar. Até 1983, a indústria comprava a cana, no Brasil, por peso; passou-se a pagar por qualidade, o que valorizou os esforços na obtenção de novas variedades de cana, mais ricas, reduzindo sensivelmente os custos de produção. Com a desregulamentação do setor canavieiro em 2002, através do Consecana passou-se a se pagar a cana com base em fórmula paramétrica baseada em índices técnicos a serem constantemente atualizados e tendo como parâmetro econômico os preços de mercado dos produtos setoriais, levantados pela ESALQ/USP. Esses dois exemplos de rupturas na inovação do sistema de pagamento da cana são uma forma de impacto que estimula a produtividade e a competitividade. Durante esse período, muito aconteceu no campo da inovação, com atuação dos institutos oficiais e empresas, salientando a nova negativa onda global, que vem se mostrando mais

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protecionista. Esse fato, reforçado pelo que ocorre na Europa e mesmo nos EUA, mostra que o caminho essencial e independente é o da constante busca da inovação. Se olharmos rapidamente nos últimos 60 anos de evolução mundial, baseados em Arthur Lewis (1954), vamos ver que naquela época, a oferta ilimitada de trabalho levava a salários mais baixos e se viu concentração da terra e da renda que acirrou ideologias e que teria sido mais impactante, no Brasil, não fosse a revolução de 1964 que acabou segurando a pressão. Na lógica clara de Lewis o modelo efetivado do impacto do trabalho deixaria de existir quando o excedente de mão de obra se esgotasse o que levaria a salários subindo acima da subsistência. É o que temos hoje. Segundo o Dieese, nos últimos dez anos foram perdidos 4 milhões de postos de trabalho nas atividades rurais do Brasil. É claro que isso levou à reorganização da atividade produtiva agropecuária e que o processo de mecanização agrícola se acelerou no país. A prioridade econômica sempre se impõe e acaba efetivando as mudanças, como no caso da mecanização de plantio e da colheita da cana verde nos canaviais. Foi uma combinação de pressão ambiental (velocidade de implantação) e da realidade das dificuldades de mão de obra. Em recente documento, Zander Navarro aborda o mundo rural no Século XXI onde mostra preocupação consistente com o que chama de deserto demográfico em partes do Brasil face a fuga dos jovens em direção das cidades, com crescente escassez do fator trabalho e custos mais altos de contratação. O caminho é, portanto, a mecanização. No caso canavieiro, esse fato é crucial e irá cada vez mais demandar tecnologia. A questão da mecanização de precisão na agricultura é um exemplo claro de inovação de grande impacto em custos e produtividade. A área com agropecuária cresceu mais de quatro (04) vezes, entre 1975 e 2014. No valor da produção agropecuária total, a cana-de-açúcar ganhou participação e as áreas com lavouras, pastagens e cana-de-açúcar mostraram a seguinte evolução: No período de 40 anos a produtividade foi o carro-chefe do crescimento da oferta de produtos do agronegócio, numa lógica de “poupar-terra”. Houve a expansão da área


cultivada, por exemplo, com grãos, nos últimos 6 anos, mas em ritmo bem inferior que o da produtividade. Para a cana-de-açúcar, infelizmente, isso não aconteceu, pois o índice de área e produção apresentado na tabela como crescimento ao ano, foi igual! Isso aconteceu na média, mas claramente prejudicado pelo período 2009/10 a 2015/16. Para grãos, a viabilização da segunda safra de verão (safrinha), o plantio direto, a genética e insumos modernos, foram relevantes. Para a cana-de-açúcar, em grande expansão, os baixos preços recebidos, o elevado endividamento decorrente disso e o clima volátil derrubaram a produtividade agrícola enquanto a rápida expansão da colheita mecanizada e seu aprendizado aumentaram as impurezas totais e derrubaram a recuperação dos açúcares nas indústrias processadoras de cana. Também pesou o plantio mecanizado e seu aprendizado.

TABELA 1. EVOLUÇÃO DA ÁREA: LAVOURAS, PASTAGENS E CANA-DE-AÇÚCAR (MILHÕES DE HECTARES)

Entre 2004 e 2011, Bacha (2013) caracteriza a bonança externa e o boom das commodities como o principal fato do aumento espetacular das exportações do agronegócio (acima de 18% ao ano!) e, com isso, a valorização da moeda Real. Foi um período de enorme valorização do agronegócio e de sua pronunciada importância à economia do país. A visão prospectiva de curto e médio prazos, no entanto, não é tão positiva. Estima-se o baixo crescimento econômico global, que já vive isso desde 2014, com a queda dos preços das commodities no mercado externo. Nessa perspectiva os aumentos de remuneração do trabalho impactarão fortemente os custos de produção e, logo, o emprego. Ou seja, seguirá a tendência de longo prazo de preços reais cadentes. Dessa forma, sem dúvida, a produtividade segue como fator chave! O agronegócio em geral e, especialmente, açúcar e etanol, dependerá dela. Afinal, commodities com preços mais baixos e maior realismo cambial trazem uma nova e mais difícil competitividade.

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VISÃO Para o setor sucroenergético os preços tenderão a ser melhores, mas o câmbio não irá facilitar. A inovação será essencial. Neste campo é fundamental aumentar o uso da agricultura de precisão, uso dos insumos modernos e inovar o plantio, baixando o hoje elevado CAPEX. Também reduzir o nível de impurezas será imprescindível. Há uma teoria econômica que os ciclos caracterizam a economia, com ênfase em N.D. Kondratieff. Segundo o autor, a dinâmica da economia capitalista não se desenvolve linearmente, mas sim em ciclos, com período alternados de crescimento elevado e períodos de crescimento lento, onde as revoluções tecnológicas levam a novos modelos produtivos que se expandem, amadurecem, declinam e são substituídos. No caso do setor canavieiro os últimos 30 a 40 anos mostram isso (Gráfico 1):

GRÁFICO 1 Queda do preço do petróleo

Período de enorme ganho de produtividade

Elevada alavancagem setorial

PT

E100

FFV 1980

?

Volta da gasolina Explosão do preço do petróleo

Eliminação das Políticas

2017

Fator Meio Ambiente

GRÁFICO 2. EVOLUÇÃO PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA MENSAL - SAFRAS SECAS X SAFRAS ÚMIDAS

A questão, no ar, é: iniciaremos a partir de 2017 no setor sucroenergético uma nova expansão ou revolução tecnológica? Os pontos essenciais quais serão? O que se espera? A inovação, além do uso da correta tecnologia, será fundamental para a competitividade setorial para os próximos anos onde teremos restrições de crédito e um mundo potencialmente mais protecionista. Isso deverá ocorrer num esforço de uma maioria no setor produtivo na redução do endividamento, o que pressupõe crescimento muito pequeno, se houver, no curto prazo. Também se espera um processo de consolidação setorial, que é o oposto da expansão, nas próximas 2 a 3 safras. Esse cenário deve levar a preços maiores face estagnação global da oferta de açúcar e, no Brasil, do etanol, o que atrairá investimentos internos e externos para o Brasil. A virada de página que veremos no campo político, principalmente a partir de setembro/16, no pós – impeachment da Presidente Dilma, é de difícil mensuração no curto prazo. No entanto, a volta da confiança na economia do país já começa a se caracterizar e, juntamente com ela virá a coragem, o investimento, o crescimento setorial. É fundamental acreditar nisso e fazer girar a roda da prosperidade. O que se espera do setor na ótica da redução dos custos, para um novo ciclo do setor canavieiro deve passar por fases como as citadas recentemente por Zander Navarro (O Mundo Rural no Novo Século): 1. Inicio da expansão ou revolução tecnológica (novo modelo produtivo); 2. Desenvolvimento dessa revolução tecnológica; 3. Amadurecimento das novas técnicas e fim da fase de expansão na forma anterior. Enquanto a fase 1 vem se delineando no campo agrícola com o uso em larga escala do GPS em mecanização agrícola, variedades geneticamente modificadas, crescimento da terceirização dos serviços, crescimento da oferta do volume de canas por terceiros com redução das chamadas canas próprias, cana energia, mecanismos privados de financia-

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FONTE: CANAPLAN

mento e irrigação, no campo industrial o uso integral da biomassa cana, com etanol de 2º geração, plásticos, etc, agregando valor, deverá ser a tônica pois boa parte disso já estaria no preparo da fase 2. O caminho da inovação setorial estaria traçado, renovando a efetiva capacidade competitiva da produção canavieira brasileira, numa nova fase de ganhos de escala industrial e de maior preparo de seus recursos humanos, em nova perspectiva de logística e de infraestrutura. Deve-se salientar, sempre com o impacto do clima (Gráfico 2). Na cadeia produtiva da cana-de-açúcar, os elos fundamentais de bens de capital deverão ser revigorados, o dos insumos modernos terem agilidade na atuação até então medíocre do governo federal e a relação do setor com o meio ambiente seguirá sempre muito pressionada.


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VISÃO

Gerenciamento e Custos Ivan Chaves de Sousa ivan@chavesconsultoria.com.br

Preços Versus Eficiência Convidamos o nobre leitor, com a devida paciência, a acompanhar um exercício que faremos adotando duas hipotéticas agroindústrias, idênticas a princípio. Usaremos números próximos aos resultados médios de nossas pesquisas de custos que realizamos anualmente com o apoio de 32 usinas localizadas na região centro-sul, adiantando que se baseiam no ocorrido no ano-safra 2015/2016. A partir de cada TCM (tonelada de cana moída) produziram estas usinas 51,3 Kg de açúcar e mais 46,0 litros de etanol (convertidos como anidro), em média, naquela safra. Se assumirmos preços (na condição PVU, livre de impostos) equivalentes a R$ 48,00/ saco de 50 Kg e R$ 1,42 por litro, respectivamente, então ambas teriam auferido uma receita igual a R$ 114,57 por TCM. Ainda a princípio, os indicadores destas duas unidades hipotéticas seriam idênticos, conforme destacados a seguir: produtividade agrícola igual 83,8 t cana por ha-corte, teor de ATR equivalente a 131,70 Kg/t cana, enquanto seus custos agroindustriais teriam resultado em R$ 115,31 por TCM, fruto da contribuição da matéria-prima (assumindo cana de produção exclusivamente própria) a um custo igual a R$ 85,61/t, industrialização a R$ 21,60/TCM e administração agroindustrial equivalente a R$ 8,10/TCM. Portanto, com participações equivalentes a 74%, 19% e 7% do custo total, respectivamente. Confrontando custos e receita, em termos unitários, concluiríamos que ambas estariam no prejuízo, embora de pequena monta: 74 centavos de reais negativos por TCM. Mas, a título de exercício, façamos a primeira distinção entre estas duas agroindústrias: enquanto a primeira permanecerá com estes números citados, arbitraremos que a segunda tenha, de fato, uma produtividade 5% superior. Portanto, 88,0 t/ha-corte contra os 83,8 t/ha-corte da primeira. Pelos nossos cálculos (canavial estabilizado com cinco cortes), encontramos uma redução no custo de produção da matéria-prima equivalente a R$ 2,51 por tonelada (custo igual a R$ 85,61/t para a primeira empresa e equivalente a R$ 83,10/t para a segunda). Claro, com igual reflexo no custo agroindustrial e, consequentemente, saindo do prejuízo e entrando na faixa de lucro (R$ 1,77 por TCM). Mas imaginemos que a segunda agroindústria, além desta vantagem na produtividade agrícola, também demonstre um teor de ATR superando em 5% frente ao obtido pela primeira empresa. Esta então permanece com o seu teor original (131,70 Kg/t cana) ao passo que a segunda terá seus canaviais apresentando teor médio igual a 138,29 Kg/t cana. Esta diferença não afetará os custos expressos em R$ por TCM. Mas assumindo que o perfil de produção (Kg de açúcar mais litros de anidro produzidos por TCM) aumentará na mesma proporção da cana algo mais rica em açúcares para a segunda agroindústria, então a receita unitária desta resultará em R$ 120,30/TCM, enquanto a primeira permanecerá com os R$ 114,57/TCM já destacados inicialmente. Ou seja, a primeira permanecerá com o prejuízo de R$ 0,74/TCM enquanto a segunda verá o seu lucro subir para R$ 7,50/TCM.

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Prossigamos juntos, caro leitor, dando vazão à criatividade e desta feita – mantendo as vantagens já citadas para a segunda agroindústria (TCH e ATR) – assumindo que os seus custos de produção agrícola (todas as fases do processo, incluindo a remuneração do fator terra) mostram-se 5% abaixo dos custos equivalentes praticados pela primeira. Quando assumimos produtividade agrícola maior em 5% para esta segunda empresa, seu custo de produção de cana baixara de R$ 85,61/t para R$ 83,10/t. Agora, agregando esta nova pressuposição de redução de custos, teremos que seu custo unitário resultará em R$ 78,95/t. A nova vantagem auferida na produção de matéria-prima (R$ 6,66 a menos por tonelada de cana) fará com que o seu custo agroindustrial agora se reduza para R$ 108,65/TCM, obviamente também com a mesma diferença dos R$ 6,66/TCM. Se lembrarmos que por conta do melhor ATR (melhor rendimento industrial) lhe proporcionou uma vantagem de R$ 5,73/TCM em sua receita unitária, então concluiremos que o seu lucro por TCM resultará em R$ 12,39/TCM maior que o da primeira empresa, estacionada com os seus parâmetros desde o início deste exercício. Vamos conceder uma última vantagem à segunda empresa assumindo que, além dos itens melhores já destacados anteriormente, seu custo de industrialização e também seu custo de administração agroindustrial sejam 5% inferiores aos praticados pela primeira agroindústria. No tocante ao custo de industrialização, portanto, ele seria igual a R$ 20,52/TCM (o custo da primeira permaneceria no já citado R$ 21,60/TCM). E quanto ao custo de administração, enquanto a primeira estaria incorrendo em R$ 8,10/TCM, a segunda agroindústria demonstraria um valor unitário equivalente a R$ 7,70/TCM. Tudo isto posto, poderíamos sintetizar assim os resultados de custos unitários para as duas agroindústrias, expressos em R$ por TCM, citando os valores na ordem matéria-prima, industrialização e administração: para a primeira, custos


iguais a R$ 85,61 + R$ 21,60 + R$ 8,10, ou seja, totalizando R$ 115,31. E para a segunda teríamos R$ 78,95 + R$ 20,52 + R$ 7,70 com total equivalendo a R$ 107,17. Portanto, pelo lado dos custos uma vantagem de R$ 8,14 por TCM para a segunda agroindústria. E lembrando que pelo lado da receita havíamos já computado uma vantagem de R$ 5,73/ TCM (melhor ATR, melhor rendimento industrial), deduzimos que no resultado final o lucro por TCM da segunda usina superará o da primeira empresa em R$ 13,87/TCM. Pouco relevante esta vantagem? Parece, mas não é. Pressupondo que as duas agroindústrias processem um contingente de 3,0 milhões de toneladas de cana por safra, enquanto a primeira usina estará tendo um prejuízo da ordem de R$ 2,2 milhões por ano-safra, a segunda – com os melhores indicadores destacados – auferirá lucro anual correspondente a R$ 39,4 milhões.

seu lucro unitário sairá dos R$ 13,13/TCM computados anteriormente, alcançando confortáveis R$ 38,97/TCM nesta condição de mercado mais generoso. Se voltarmos a considerar que ambas estariam esmagando 3,0 milhões de toneladas de cana por safra, constataríamos que a segunda usina neste novo cenário demonstraria um lucro anual superando o da primeira agroindústria em R$ 47 milhões, aproximadamente. Sim, porque o lucro total desta primeira usina resultaria em R$ 70 milhões/ano-safra enquanto o da segunda alcançaria o montante de R$ 117 milhões por ano-safra. O que poderíamos concluir destas simulações? Primeiramente que, sim, o mercado é muito importante. Vimos que a primeira usina, “sem fazer nada”, saiu de uma situação negativa para demonstrar um lucro generoso, quando evoluímos de situação de preços adversos para preços mais remuneradores. Mas julgamos a segunda constatação muito mais importante: mesmo mantido o primeiro cenário de preços “ruins” para os produtos finais, graças às (pequenas) vantagens em seus indicadores de produtividade, maturação dos canaviais e de custos, conseguiu a segunda usina a proeza de alcançar lucros significativos neste contexto adverso. E mais: quando simulamos a reação do mercado, uma elástica vantagem sobre a primeira usina “parada no tempo” foi claramente explicitada. Em suma, óbvio, nós devemos torcer por preços realmente remuneradores. Mas mais importante será reconhecermos que empresas mais eficientes, além de suportar melhor os períodos adversos, têm o privilégio de ver os seus ganhos potencializados quando se apresentam os ventos favoráveis no mercado.

Mas façamos agora uma suposição que traga benefícios a ambas: uma melhoria dos preços. Ao invés de R$ 48,00/saco de 50 Kg e R$ 1,42/litro de etanol anidro, o mercado demonstra uma evolução para R$ 65,00/saco e R$ 1,65/litro, respectivamente (também preços PVU, livres de impostos). Neste novo cenário, a receita unitária da primeira usina sairá dos R$ 114,57 por TCM e alcançará R$ 142,59/TCM. Já computando o maior custo de arrendamento (maior preço moeda “tonelada de cana” por conta do aumento provocado no valor do Kg de ATR neste novo patamar de preços de açúcar e etanol), fugirá esta primeira usina do desconforto da zona de prejuízo (R$ 0,74/ TCM) e alcançará um lucro equivalente a R$ 23,33/TCM. Um progresso bem razoável, temos que reconhecer. Mas... e quanto à segunda usina, neste novo patamar de preços? Sua receita unitária, que no cenário de preços anterior correspondia a R$ 120,30/TCM, subirá para o patamar de expressivos R$ 149,72/TCM. Adotando o mesmo procedimento de considerar o incremento no custo do fator terra, concluiremos que

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VISÃO

Luiz Carlos de Almeida - Entomol Consultoria almeida.entomologia@hotmail.com Nesta edição, o CTC trouxe aos leitores artigo veiculado na mídia sobre o alto impacto da broca da cana de açúcar, uma das piores pragas do setor canavieiro.

Prejuízos Bilionários Causados Pela Broca da Cana Justificam Novas Medidas de Controle CONTROLE DA BROCA DA CANA-DE-AÇÚCAR, DIATRAEA SACCHARALIS. No Brasil, a cana-de-açúcar ocupa cerca de 9 milhões de hectares, sendo a terceira cultura em área cultivada. Na safra 2016/17, estima-se que serão moídas 691 milhões de toneladas de cana, com produção de 30,3 bilhões de litros de álcool e 37,5 milhões de toneladas de açúcar. O setor sucroalcooleiro ocupa posição de destaque no cenário socioeconômico brasileiro, dada sua importância na geração de renda, empregos e divisas para o País. Mas poderíamos estar produzindo muito mais, e sem aumento da área cultivada. Dentre as diversas pragas que ocorrem nas diferentes regiões produtoras de cana-de-açúcar, e que em conjunto causam perdas econômicas bilionárias ao setor, destaca-se como a principal a broca da cana, Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae). Esta ocorre em todo o território nacional e em diversos países da América do Sul, Central e do Norte. Outras espécies pertencentes ao mesmo gênero são citadas e ocorrem esporadicamente em algumas regiões do país. A broca da cana causa danos na cana planta a partir do terceiro mês após o plantio, quando ocorre a formação dos primeiros internódios basais. Inicialmente os danos são observados em brotos ou perfilhos novos que têm sua região de crescimento afetada pelas larvas da praga, resultando na morte da gema apical, secamento das folhas mais novas e morte do broto ou perfilho atacado. Este sintoma é conhecido como “coração morto” e permite visualizar a condição inicial de infestação de um canavial. A morte da gema apical também pode ocorrer em colmos em desenvolvimento, causando o secamento das folhas e induzindo a brotação das gemas laterais e o enraizamento aéreo, fatos que comprometem negativamente a produção e a qualidade da matéria-prima. Outro tipo de dano é causado pela praga no interior do colmo, escavando galerias e alimentando-se dos tecidos. As galerias longitudinais nos colmos provocam a perda em açúcar, porém as galerias circulares escavadas nos colmos causam a quebra das canas, o que interfere, de maneira mais significativa, na produção de cana e no teor de açúcar. Através dos orifícios abertos pelas larvas, ocorre a penetração de fungos dos gêneros Fusarium e Colletotrichum, que causam a podridão vermelha e provocam a inversão da sacarose, com a conseqüente redução nos teores de açúcar.

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Para controlar uma praga nativa como a broca da cana, deve-se lembrar que ela já existe no local há dezenas de milhões de anos, e seu monitoramento é o primeiro passo para que a Unidade Produtora possa acertar na decisão do controle, e garantir a sustentabilidade da cultura. Um dos componentes do monitoramento da broca é o levantamento da Intensidade de Infestação (I.I.) da praga. Os levantamentos são realizados por ocasião da colheita, analisando-se ao acaso 20 canas por hectare. Em seguida é feita a contagem dos entrenós totais, e rachando-se longitudinalmente os colmos efetua-se a contagem dos entrenós danificados pela broca, calculando-se então a Intensidade de Infestação percentual (I.I.%), que é a porcentagem dos entrenós brocados em relação ao total examinado. Atualmente as ferramentas de controle de broca da cana são os inseticidas químicos e o controle biológico, sendo que este último é a principal tática do manejo integrado de pragas por apresentar características fortemente ecológicas para manter e aumentar os inimigos naturais no agroecossistema, e é comparável aos melhores sistemas biológicos implantados no mundo. No entanto, estas ferramentas estão sendo suficientes para se minimizar as perdas econômicas na cultura? E, afinal, como quantificar estas perdas? Os primeiros parâmetros de perdas agrícola e industrial por I.I.% de broca foram obtidos na década de 90 em testes de resistência de clones e variedades conduzidos em condições de telado, em função da impossibilidade de se obterem parcelas em condições de campo com infestações nulas ou próximas de 1,0% de entrenós brocados, que seriam a base de comparação com as parcelas de maior I.I.%. Estes testes em telados foram bem sucedidos neste aspecto, porém verificou-se que as


CTC POSSUI TECNOLOGIA PARA canas apresentavam perfilhos e que RECOLHIMENTO E APROVEITAo sombreamento provocado pela tela MENTO SUSTENTÁVEL PALHA provocava o estiolamentoDA das plantas, DA CANA-DE-AÇÚCAR impedindo que as canas atingissem o ponto de maturação. Mesmo assim os experimentos conduzidos em atelado Inaugurada em setembro de 2015, planta e campodesenvolvida possibilitaram determinar, industrial na Usina Ferrari ainda que na com parcial precisão, quea demonstra prática como funciona para nova cadatecnologia 1% deCTC, intensidade de mais o Palha Flex. infestação canainovação pela broca ocorreTrata-se dedauma tecnológica riam operdas de 0,77% na produção para recolhimento e processamento da de colmos, acrescidaspara de geração 0,25% na palha da cana-de-açúcar de produção de Por açúcar 0,20% na bioeletricidade. meio ou dessa solução, produção de etanol. as usinas terão a biomassa necessária para a cogeração de energia elétrica Em função disso, visando uma adicional ou o Etanol Celulósico.

melhoria na obtenção dos índices de perdas por broca, foram esquematiA Usina Ferrari por meio da tecnologia do zadosFlex estudos delineamentos Palha é capaz com de processar 100.000 experimentais estatísticos em durante conditoneladas de biomassa adicional ções de ascampo, quatromédios, níveis a safra, quais, com em termos de infestação de larvas da broca e podem produzir energia elétrica adicional seis repetições noscidade anos de 2000, 2002, para abastecer uma aproxima2004, 2005, 2007, 2009 epraticamente 2011, para damente 125 mil habitantes, 3 clones, 15 variedades SP e(São 25 o dobro da cidade de Pirassununga variedades CTC (CTC1 a CTC24 e CTC9004), no total de 1.152 parcelas analisadas em cana planta e soca e assim puderam ser estabelecidos novos índices de perdas mais ajustados ao manejo da cultura a campo. A média de perdas entre estas variedades, e considerando primeiro e segundo cortes cada uma, a cada 1% de Intensidade de Infestação de broca, foi de 1,21% na produção agrícola de colmos, adicionada de perdas no processamento industrial de 0,38% na produção de açúcar e 0,27% na produção de etanol. Estas perdas são equivalentes a uma redução de 2,53% na Margem de Contribuição Agrícola e 2,05% na Margem de Contribuição Industrial a cada 1% de Intensidade de Infestação da cana pela broca. Vale salientar que outros autores, trabalhando com variedades de diferente programa de melhoramento, obtiveram índices de perdas médios ainda maiores para cada 1% de intensidade de infestação de broca.

O nível de dano potencial da broca das áreas de cana-de-açúcar do CentroPaulo), por exemplo. -Sul, ou seja, aquele que seria encontrado nos canaviais caso nenhum controle de broca fosse efetuado, é ao redor de 10%, em média. Isto significa que, se nenhum método de controle for utilizado em cana-de-açúcar, na área agrícola o prejuízo potencial da broca é de 12,1%Entre de redução na producão de cana. Ao os principais diferenciais do Palha se levar a cana colhida à indústria, a cana moída teria uma redução de 3,8% Flex,naestão: flexibilidade – atende de na produção de açúcar e redução de 2,7% produção de etanol. forma completa e diferenciada as princi-

Após o tratamento de controle da broca, seja com inseticida químico ou controle biológico, nossos canaviais apresentam residual, de ou palha seja, pais rotas um de I.I.% recolhimento pós-controle, que apresenta uma grande amplitude de usina para usina, indo (em fardos; sistema de limpeza a seco de 1,5% a 9% de I.I.% residual pós-controle (média das áreas de cana da usina). Tomando o mercado total, este ou I.I.% médio se aproxima de 3,5% de sistema híbrido); maior planta para entrenós atacados pela broca da cana. processamento de palha instalada no

Estes dados, acrescidos dos gastos anuais com os métodos de controle, nos Brasil com capacidade de 25 toneladas permite estimar perdas causadas pela broca da cana de R$ 4,88 bilhões em Margem de Contribuição Agrícola e Industrial portoneladas ano, se por considepor hora(MCAI), ou 100 mil safra; rarmos a área total cultivada de cana. Dividindo-se este valor pela MCAI increintegração Agroindustrial solução que mental de 1 ha sem ataque de broca (receita adicional gerada –por 1 hectare de cana menos custos variáveis de CCT e insumos industriais), obtém-se que opera de forma otimizada a atuação no as perdas equivalem a uma área cultivada de 521.392 hectares de cana, caso não houvesse o dano causado pela praga. campo e na indústria e melhor custo-bedo mercado. Desta maneira, mesmo após o controlenefício realizado ainda estamos com prejuízos anuais bilionários apenas considerando a broca da cana.

Os estudos econômicos de perdas são importantes porque permitem quantificar o valor econômico da ação das pragas e avaliar os recursos que podem ser empregados para o seu controle, logicamente quando propiciam retorno econômico vantajoso ao produtor. Apesar de alguns autores citarem a possibilidade de se utilizar a resistência natural de plantas como uma medida a ser incorporada no manejo integrado de pragas como a broca da cana D.saccharalis, até o momento o comportamento de novas variedades obtidas em programas convencionais de melhoramento não se mostram satisfatórios em relação a essa praga, no Brasil. Assim os estudos atuais estão concentrados na área de Biotecnologia, sendo a principal linha de desenvolvimento a obtenção de eventos com expressão de proteína Bt que apresentem efeitos deletérios sobre as populações de larvas recém eclodidas da broca da cana. O exemplo mais comum e eficaz é a introdução de genes que codificam para proteínas Cry de Bacillus thuringiensis (Bt). Resultados bastante promissores foram obtidos no desenvolvimento a nível de campo da primeira variedade geneticamente modificada para tolerância à broca da cana, mostrando que essa tecnologia poderá estar disponível para utilização em escala comercial, pendente da avaliação e aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Esta nova tecnologia, aliada a um manejo integrado com as ferramentas já existentes, especialmente o controle biológico, poderá representar ao Brasil um marco de tecnologia e colaborar na recuperação do setor Sucroenergético. STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

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VISÃO

Falando de cana

Paulo Alexandre Monteiro de Figueiredo paulofigueiredo@dracena.unesp.br

Fisiologia da Produção Agrícola “Aspectos fisiológicos da cana-de-açúcar cultivada em solos salinos” O Brasil apresenta inúmeras regiões com excelentes condições climáticas para o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar. No entanto, a atividade sucroenergética vem se expandindo para regiões semiáridas que, em muitos casos, apresentam uma acentuada salinidade do solo, o que causa grande preocupação aos produtores rurais. No solo, a ocorrência de altas concentrações de cálcio, magnésio, enxofre, cloro, sódio, entre outros, é tratada como salinidade, representando o excesso de sais solúveis no ambiente radicular ocupado pelas plantas. Os solos salinos ocorrem em locais onde o lençol freático encontra restrição de drenagem; e as aguas ricas em sais, por capilaridade, ascendem à superfície do terreno. Quando a percentagem de sódio trocável no solo é superior a 15%, a predominância de cátions promove uma considerável expansão das partículas de argila, o que acarreta a dispersão das mesmas, formando camadas impermeáveis que perturbam a movimentação de água e ar ao longo do perfil. Como resultado, o solo pode apresentar-se muito duro, o que dificulta o seu preparo e o desenvolvimento radicular das plantas. Por outro lado, dependendo da composição e da concentração dos sais, o efeito da salinidade nas propriedades físicas do solo pode, até mesmo, resultar em uma melhor estrutura das camadas aráveis, em função da floculação das partículas ali presentes. Em condições normais, a água pura conduz pouca corrente elétrica, em decorrência da pequena presença de íons livres em solução. No entanto, quanto mais alta a concentração de sais na água, maior é a sua condutividade elétrica, consequentemente, menor é o potencial osmótico, levando ao déficit hídrico. Em termos gerais, um baixo potencial osmótico significa menor disponibilidade de liberação de solvente pelo solo. Dessa forma, nos solos salinos há uma marcante diminuição da disponibilidade de água, o que faz com que as plantas tenham inibido seu crescimento e desenvolvimento, pois na medida em que a salinidade do solo aumenta, a absorção de nutrientes pelas raízes é reduzida. Como resposta ao significativo decréscimo do potencial de água da solução do solo, um dos primeiros efeitos da salinidade é a redução das taxas de expansão e divisão e celular. O potencial de água da solução é a disponibilidade das moléculas de água em promover um movimento ou deslocamento.

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As plantas absorvem água quando as forças de embebição dos tecidos das raízes são superiores às forças com que a água é retida das partículas sólidas do solo. O excesso de sais solúveis pode atingir níveis onde as plantas não tenham forças de sucção suficientes para absorver água, mesmo em um solo aparentemente úmido. Esse fenômeno é conhecido como seca fisiológica. Em casos extremos, dependendo do grau de salinidade, a planta ao invés de absorver água, pode, até mesmo, perdê-la. Outros aspectos que permeiam a salinidade encontram-se na redução da condutividade hidráulica das raízes, o que limita o fluxo de água e sais para a parte aérea vegetal. O acúmulo excessivo de sais pode levar à morte dos tecidos e órgãos, em decorrência dos distúrbios provocados, principalmente pelos efeitos dos íons sódio e cloro acumulados nas células. De maneira geral, as plantas cultivadas, como é o caso da cana-de-açúcar, não toleram grandes quantidades de sais presentes no citoplasma das células que compõem os tecidos, sendo, portanto, consideradas espécies glicófitas. Contrapondo-se às glicófitas aparecem as halófitas, espécies vegetais que possuem condições fisiológicas para ajustar-se osmoticamente, como modo de sobrevivência em meio altamente salino. Nas halófitas, a compartimentalização dos sais em determinados espaços intracelulares permite que eles sejam utilizados sem causar efeitos tóxicos ou deletérios. Outras ações envolvem mudanças na rota fotossintética, alterações na estrutura das membranas celulares, indução de enzimas antioxidantes e produção de hormônios vegetais. Em condições normais, nas glicófitas a quantidade de íons que atinge as folhas deve ser limitada, para não ultrapassar a capacidade de armazenamento dos mesmos nos vacúolos, estruturas


celulares de contenção. Como estratégia

Quando íons sódio encontram-se em excesso nas folhas pode ocorrer o surgimento

de sobrevivência ao severo estresse

de manchas necróticas, com consequente queima de suas pontas. A absorção de

salino, as plantas podem controlar a

cloro em demasia provoca injúrias nas folhas e inibição da fotossíntese provocada

absorção e exclusão desses íons.

por seu acúmulo nos cloroplastos.

Nesse contexto, um solo é considerado

Vale lembrar que, genótipos de cana-de-açúcar susceptíveis ao estresse salino

salino quando a quantidade de sais existentes

é

capaz

de

prejudicar

as reações fisiológicas, de modo a afetar a modulação ultraestrutural dos tecidos, consequentemente dos órgãos vegetais. É um tipo de estresse que afeta virtualmente todos os aspectos ligados à fisiologia e metabolismo das plantas, como a atividade enzimática, respiração,

fotossíntese,

elaboração

proteica, formação de ácidos nucleicos,

demonstram uma diminuição do teor de carotenoides, que são fortes indicadores fisiológicos, além de outros pigmentos fotossintetizantes como clorofilas A e B. É interessante destacar que, os carotenoides são importantes acessórios do processo fotossintético, protegendo as antenas de captação de luz contra moléculas reativas, que podem danificar muitos componentes celulares, como por exemplo, lipídeos. Além da queda no teor de clorofila, os efeitos da salinidade sobre as plantas incluem restrições na assimilação do gás carbônico, o que logicamente prejudica a incorporação de matéria seca ao vegetal. Em decorrência dos inúmeros efeitos prejudiciais provocados pela salinidade sobre as

dentre muitos outros. Quando acontece,

plantas cultivadas, é importante que os programas de melhoramento visem a seleção

as plantas afetadas exibem distúrbios

de variedades de cana-de-açúcar mais tolerantes à salinidade acentuada. Ademais,

nutricionais em resposta à competição

é fundamental o constante aprimoramento de técnicas relacionadas ao manejo do

iônica que se estabelece.

solo e da água, de modo a diminuir os efeitos da salinidade às lavouras canavieiras.

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VISÃO

Tópicos de fisiologia

açúcar. Em experimento com duas variedades de cana-de-açúcar (SP813250 e RB867515), a utilização de Bacillus subtilis AP-3 realizou o controle biológico dos nematoides Meloidogyne spp. e Pratylenchus spp. no solo, quando aplicado no sulco durante o plantio; Marcia E. A. Carvalho e Paulo R. C. Castro apresentando eficiência semelhante ao prcastro@usp.br controle químico com Carbofuran. Quanto às doenças, foi demonstrado que estirpes isoladas da rizosfera da cana-de açúcar inibiram ao menos um dos fungos A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é a matéria-prima mais produzida no mundo patogênicos R. solani, Verticilium dahliae (1.842.266.284 Mt); Brasil, China e Índia são responsáveis por mais de 65% da e Sclerotinia sclerotiorum. produção total. Atualmente, é a cultura bioenergética mais eficiente de regiões tropicais e subtropicais, sendo também a principal fonte de açúcar (80%) do globo. É ainda Duas estirpes endofíticas de Bacillus utilizada para a produção de ácido acético, butanol, alimentação animal e como isoladas de raízes (H15) e colmos potencial fonte celulósica para produção de fibras têxteis. Devido à sua importância (H14) de uma variedade indiana de fundamental e diversificada, altos investimentos têm sido aplicados no melhoramento, cana-de-açúcar apresentaram atividade produção de mudas e no cultivo desta cultura visando o aumento da rentabilidade. Este antifúgica contra Colletotrichum falcatum. pode ser obtido através do incremento da produtividade, aumento da qualidade da Adicionalmente, foi mostrado que G. matéria-prima e redução de custos. diazotrophicus apresentou potencial para Considerando tais objetivos, a utilização de microrganismos promotores de crescimento o controle de C. falcatum e Xanthomonas vegetal é uma alternativa em potencial. Há décadas os efeitos dos microrganismos albilineans, organismo causador da promotores de crescimento na cultura da cana-de-açúcar vêm sendo estudados. Estes escaldadura das folhas em cana-demicrorganismos podem favorecer o desenvolvimento vegetal por vários mecanismos, açúcar. As rizobactérias também podem diretos e indiretos. As bactérias promotoras de crescimento podem aumentar a mitigar os efeitos de estresses abióticos produtividade vegetal por disponibilizarem nutrientes, tais como nitrogênio (N), fósforo no crescimento das plantas através da (P), potássio (K) e zinco (Zn) às plantas. modificação de reações bioquímicas, no interior da planta ou na rizosfera, Estima-se que, no Brasil, aproximadamente 70% do nitrogênio necessário para resultando na alteração da fisiologia e algumas variedades de cana-de-açúcar são oriundos de fixação biológica. Estudos aumento da tolerância vegetal. demonstraram que os microrganismos podem disponibilizar N através de compostos orgânicos e inorgânicos às plantas. Estirpes de Beijerinckia, Enterobacter e Klebsiella Em um estudo conduzido em São Paulo, isoladas da rizosfera e do interior de tecidos radiculares de cana-de-açúcar foram testou-se a hipótese de que rizobactérias capazes de sintetizar e disponibilizar vários tipos de aminoácidos no meio. No entanto, inoculadas na cana-de-açúcar atenuariam é mais relatado o uso de compostos inorgânicos (especialmente amônia) como fonte de N em cana-de-açúcar.O potencial de fixação de nitrogênio de estirpes de Pseudomonas os efeitos da seca no crescimento e na spp. (10) e Azotobacter spp. (2) isoladas de raízes e rizosfera da cana-de-açúcar foi fisiologia das plantas. Relatou-se que, embora a rizobactéria tenha diminuído estudado em testes in vitro. os danos causados pela seca, as plantas As estirpes de Azobacter apresentaram habilidade para fixação de nitrogênio, sendo tratadas não diferiram do controle quanto mostrado que tal atividade deve-se potencialmente à presença de genes relacionados ao crescimento vegetal. à enzima nitrogenase. Quando inoculadas em mudas de cana-de-açúcar plantadas em vasos, foi observado aumento da massa seca da parte aérea e raízes (até 144 e O desempenho da cana-de-açúcar sob 96%, respectivamente), além do incremento da área e comprimento radicular (até 348 estresse hídrico devido a interação e 179%, respectivamente). Também foi observado que 46 de 50 bactérias isoladas da planta-bactéria também foi demonstrada. rizosfera, raízes, colmos e folhas de cana-de-açúcar foram capazes de solubilizar P em Para tanto, foram utilizadas variedades testes in vitro. contrastantes, uma adaptada à uma ampla condição edafoclimática (R 570) e outra Quatro estirpes do gênero Pseudomonas e Bacillus retiradas de raízes e colmos de desenvolvida para tolerar regiões secas cana-de-açúcar também solubilizaram P em testes in vitro e, quando avaliadas em (M 1176/77). Adicionalmente, foi testada a experimento em campo, afetaram positivamente o desenvolvimento vegetal [aumento da germinação (55%), número de colmos (20%), altura (18%), circunferência e peso eficiência da bactéria Azospirillum sp. em de colmos (8 e 51%, respectivamente), produtividade (39%) e a porcentagem de promover o crescimento vegetal quando açúcares disponíveis (6%) quando comparados ao controle]. Além de disponibilizar as mudas foram submetidas ao déficit nutrientes, as bactérias promovem o controle de nematoides e doenças em cana-de- hídrico, do 35º ao 103º dias após o plantio.

Microrganismos Estimulantes

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A inoculação da rizobactéria em mudas de cana-de-açúcar ‘R 570’ submetidas ao estresse hídrico afetou negativamente o crescimento da parte aérea (redução de 19% na altura) quando comparado ao desempenho de plantas estressadas, mas que não receberam o inóculo. Entretanto, a inoculação de Azospirillum sp. influenciou positivamente o desenvolvimento da parte aérea de cana-de-açúcar M 1176/77 em condições estressantes, aumentando a altura (14%) e a massa seca radicular. Adicionalmente, sabe-se que vários compostos utilizados nos tratos culturais da cana-de-açúcar podem afetar a microbiota do solo onde são cultivadas as plantas.

dois biorreguladores bastante utilizados no atual modelo de produção agrícola, com a

O uso de reguladores vegetais e de resíduos da cadeia produtiva desta cultura (como a vinhaça e a torta-de-filtro) podem ser agentes estressantes tanto para as plantas quanto para os microrganismos que são promotores de crescimento vegetal. Etil-trinexapac e ethephon são

Conclui-se que a utilização de microrganismos pode ser uma alternativa potencial,

finalidade de incrementar a produção, melhorar a qualidade da matéria-prima e facilitar a colheita. Considerando tal fato, um estudo avaliou os efeitos, diretos e indiretos, da aplicação dos reguladores vegetais ethephon (Ethrel) e etil-trinexapac (Moddus) sobre o crescimento da cana-de-açúcar (variedades RB72454, RB835486 e RB855156) devido às modificações da microbiota rizosférica. No estudo da ação residual destes compostos após a aplicação foliar, foi observado que os microrganismos presentes em solo tratado com os biorreguladores foram capazes de aumentar a massa seca radicular (até 70%) em duas variedades de cana-de-açúcar (exceto para RB855156), sendo que etil-trinexapac apresentou o melhor desempenho. Contudo, a altura da parte aérea teve maior redução devido aos microrganismos selecionados após o uso dos biorreguladores, mas o número de brotações não foi influenciado.

sustentável e de baixo custo para o aumento da produtividade de espécies vegetais com importância agronômica. Contudo, a utilização de microrganismos promotores de crescimento deve ser testada a campo antes de seu uso ser difundido ou recomendado, pelo fato de que a maioria dos resultados originarem de estudos in vitro e por ter efeitos dependentes de muitos fatores.

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VISÃO

Centro de Cana-de-Açúcar Mauro Alexandre Xavier, Marcos G. A. Landell, José A. de S. Rossato Junior, Pablo H. Silva, Renata Morelli, Rômulo Petri e Igor V. Pizzo contato@iac.sp.gov.br

Sistema Integrado de Desenvolvimento e Produção de Mudas Pré-Brotadas (MPB) e a Atualização do Plantel Varietal de Cana-de-Açúcar O sistema de mudas pré-brotadas (MPB) foi desenvolvido, como um sistema de multiplicação de cana-de-açúcar a partir de gemas individualizadas. É uma tecnologia que tem como característica a associação de produção rápida de mudas, elevado padrão de fitossanidade, vigor e uniformidade de plantio. O MPB está posicionado e direcionado para aumentar a eficiência e os ganhos qualitativos na implantação das diversas categorias de viveiros, replantio de áreas comerciais e, possivelmente, a expansão e renovação de áreas de cana-de-açúcar. No processo de produção das MPBs são necessárias seis etapas: corte do minirrebolo, tratamento químico, brotação, individualização ou repicagem, aclimatação fase 1 e aclimatação fase 2. Essas etapas são realizadas em um período estimado de 60 dias e tem como principal característica a simplicidade do método. A utilização do MPB e dos demais sistemas de pré-brotados (PBs) transforma um conceito de séculos de plantio, ao retirar o colmo semente da linha de cultivo e introduzir uma planta (MPB). Por sua vez, essa planta é produzida em um ambiente controlado pela aplicação de metodologias e processos. Um dos objetivos do método é reduzir o volume de mudas necessário para a multiplicação em relação ao sistema convencional, proporcionando maior uniformidade e tornando a operação de plantio mais leve, lógica e com menor consumo de energia. No sistema convencional, o consumo de mudas é da ordem de 18 a 20 toneladas por hectare, enquanto no sistema MPB, é de 1,8 a 2,0 toneladas. Portanto, uma redução de até 90% em material de propagação, que poderá ser aproveitada para a produção de etanol, açúcar, energia elétrica, enfim transformando-se em receita direta ao produtor. FIGURA 1. TAXA DE MULTIPLICAÇÃO

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O sistema também permite aumentar a taxa de multiplicação dos materiais de propagação, o que o torna uma importante ferramenta de atualização do plantel varietal com incorporação rápida dos ganhos obtidos pelos programas de melhoramento através de suas novas variedades. Os desdobramentos e a qualidade do sistema MPB estão sendo rapidamente incluídos às rotinas das unidades de processamento, as usinas, as quais instalaram seus núcleos de produção de MPB ou os adquiriram por meio do serviço de empresas especializadas. Porém, para o produtor, fornecedor de cana, independente da escala de produção é necessário um modelo que lhe permita fazer uso de tal tecnologia ao menor custo possível, assegurando a esse o papel de protagonista na nobre missão de produzir de forma competitiva e alicerçada em novas tecnologias varietais. Nesse contexto, o Programa Cana IAC em conjunto com a COPLANA e SOCICANA facilitaram o acesso dos produtores aos pacotes tecnológicos: novas variedades e mudas pré-brotadas. Os pacotes tecnológicos, associados a inúmeros treinamentos e capacitações tornou-se um projeto-piloto, denominado de “+ Cana”. Projetos de pesquisa e desenvolvimento caracterizados pela interação horizontal entre instituições e usuários são modelos que dinamizam e tornam eficientes as ações de transferência de tecnologia. A disseminação do sistema de multiplicação de cana de açúcar, mudas pré-brotadas (MPB), a partir da ação integrada entre uma instituição de pesquisa, IAC, uma cooperativa, COPLANA e uma associação de produtores, SOCICANA parece ser um exemplo desse modelo. Objetivos comuns, naturalmente tendem a gerar sinergias e o desenvolvimento e validação de pacotes tecnológicos que atendam as demandas e necessidades do setor de produção de cana de açúcar. Projetos dessa natureza, aplicados no ambiente do produtor de cana e contemplando a sua capacitação possibilitam o resgate para o produtor da gestão técnica operacional sobre atividades básicas do processo produtivo. O sistema de multiplicação, mudas pré-brotadas (MPB), desenvolvido pelo Programa Cana do Instituto Agronômico, IAC, promove altas taxas de multiplicações, 1:77, o que significa até 20 vezes superior ao plantio tradicional mecanizado ou 5,5 ao método da MEIOSI, podendo inclusive ser utilizado na implantação do mesmo.


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VISÃO

Marco Viana, Leonardo Viana, Lucas Viana e Gustavo Cansian gustavo@gifc.agr.br

Uma introdução sobre Irrigação em Cana-de-Açúcar O melhor uso da água disponível e o manejo do plantio e da colheita são, sem dúvida, práticas agronômicas que darão sustentação à elaboração de um PDA (Plano Diretor Agrícola), que pode levar o fornecedor de cana ou uma unidade de produção agroindustrial a atingir o máximo potencial genético da cultura, considerando as condições edafoclimáticas regionais e o manejo operacional de plantio e de colheita comumente praticados nas principais regiões produtoras de cana-de-açúcar no Brasil. Os plantios no Centro-Sul do Brasil, por exemplo, são realizados de fevereiro até meados de novembro, portanto ao logo de 9,5 meses. A colheita tem início em março, podendo ir até dezembro em alguns casos, sendo realizada ao longo 10 meses. Essa lógica operacional faz com que o planejamento dessas duas atividades observe as condições de água disponível: que pode vir da chuva; estar armazenada no solo; ou até mesmo ser transferida dos mananciais para as áreas de cultivo, nesse caso em especial, respeitando os limites de outorgas legais. A melhor Gestão das Águas Disponíveis é fundamental para se atingir altas produtividades e custos de produção por tonelada economicamente viáveis. FIGURA 1. PRODUTIVIDADE

Considerando o aspecto operacional e comparando com a lógica agronômica, fica evidente a importância da irrigação consciente e ambientalmente correta para a produção de cana-de-açúcar no Brasil. Sabe-se que a lógica agronômica deve obedecer basicamente o que se expressa na (Figura 1), ou seja, a produtividade agrícola depende da disponibilidade de energia, do genótipo e arranjo na área de cultivo (população de plantas, espaçamento, sistema de cultivo), sendo esses os fatores que definem a produtividade potencial (PP). A partir do momento em que fatores limitantes passam a atuar, entre eles a deficiência hídrica, a cultura começa a diminuir seu potencial produtivo, levando ao que chamamos de produtividade atingível (PA). Tanto PP como PA consideram em suas premissas um manejo agrícola ótimo. Não sendo realizado um manejo agrícola ideal, além de fatores limitantes, atuam também fatores restritivos, associados ao manejo da cultura (controle de pragas, doenças e plantas daninhas entre outros), e assim teremos o que chamamos de produtividade real. Assim, a lógica agronômica trata-se de reduzir ao máximo a ação dos fatores limitantes e restritivos para que a PR se aproxime da PP. O papel da irrigação, neste contexto, é reduzir o déficit hídrico, além interferir totalmente no manejo da cultura, sendo a mesma irrigada exigirá mudanças em seus padrões de manejo. As características edafoclimáticas, interação entre clima e solo, como já citado, são a base para toda e qualquer definição de estratégia agronômica que se pretende adotar e também para as definições de ações agrícolas, operação e logística.

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A irrigação, sendo considerada uma pratica agrícola voltada para os tratos culturais de cana planta e soca, sofre grande influência da caracterização e definição das potencialidades regionais. Existem vários tipos de solos no Brasil que apresentam diferentes características morfológicas, entre elas a Capacidade de água disponível no solo (CAD). A CAD associada à evapotranspiração potencial e o KC da planta, irá definir a lamina de irrigação e o turno de rega. Áreas com alta incidência de ventos, por exemplo, aumentam ainda mais a necessidade de irrigação, causando maior déficit hídrico. Pois a planta sempre leva a água do maior ponto de concentração, para o menor, ou seja, das raízes para os estômatos, que se encontram ressecados, devido à alta incidência de ventos.

Dessa forma o aproveitamento dos adubos e corretivos pela planta deve ser significativamente maior, fazendo com que os tratos culturais de cana planta sejam mais eficientes, sendo essa uma das principais vantagens da irrigação Como sabemos o déficit hídrico não é limitado apenas às regiões áridas e semiáridas do mundo, uma vez que, mesmo em regiões consideradas climaticamente úmidas, a distribuição irregular das chuvas pode, em alguns períodos, limitar o crescimento. Diante desse cenário produtivo da cana-de- açúcar, fica evidente que para a obtenção de produtividade elevada atingindo o potencial genético da cultura, o uso da tecnologia de irrigação é uma prática imprescindível. Em suma o melhor uso da água disponível, considerando a transferência das águas dos mananciais, chamada comumente de irrigação, pode contribuir significativamente para o aumento da produtividade (ATR por hectare), produzindo mais em uma área relativamente menor e com custos de produção que irão garantir a perpetuação de um setor produtivo que tem potencial para gerar energia, não somente para o Brasil, mas para o mundo.

A umidade do ar também se apresenta como um fator muito importante, pois quando se encontrar em níveis baixos pode provocar um aumento do estresse hídrico através dos ventos, agravando ainda a situação e contribuindo para isoporização do canavial. Ao se irrigar uma cana-de-açúcar que foi recentemente plantada, a mesma passa do estado embrionário para o estado ativo de forma mais rápida, devido a maior presença de água, acelerando assim o metabolismo da futura planta. Em canas soca, a utilização da irrigação certamente acelera a formação das raízes novas, sem que aconteça a morte das raízes mais velhas, possibilitando assim uma rebrota mais precoce e um consequente melhor aproveitamento dos tratos, adubação, que poderá acontecer imediatamente após o corte independentemente da época de colheita. STAB | SETEMBRO/OUTUBRO 2016 | VOL.35 Nº1

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VISÃO

Gerenciando Projetos

Podemos ser grandes exportadores de biomassa na forma, por exemplo, de pellets ou ainda fornecedores de produtos de alto consumo energético (tipo alumínio, vidro, produtos produzidos por eletrólise e outros), reduzindo a demanda energética de outros países que privilegiariam a aquisição destes produtos. Neste artigo, vamos tratar os problemas na

Tercio Marques Dalla Vecchia utilização de palhas como combustíveis e tercio@reunion.eng.br as soluções encontradas em países com tradição nesta atividade.

Caldeiras Projetadas Para Utilização de Palha de Cana e Outros Combustíveis Corrosivos Não há como negar a importância da biomassa como fonte de energia no mundo inteiro. A China tem um programa de substituição de carvão mineral brutal. Centenas de caldeiras para a produção de biomassa estão sendo implantadas no mundo inteiro. Biomassas de todos os tipos podem ser utilizadas como combustível para produção de vapor e geração de energia elétrica. A palha da cana faz parte do universo das biomassas. Outras biomassas importantes são restos florestais, madeira, palhas de todos os tipos de cereais (arroz, canola, trigo, milho, aveia etc.). Resíduos industriais do processamento da palma, cocos, arroz etc. também fazem parte do conjunto das biomassas. O bagaço de cana é, de longe, a biomassa mais utilizada na produção de energia elétrica no Brasil. Esta tecnologia é utilizada por aqui há mais de 100 anos!!! A utilização das biomassas não está restrita à produção de energia. Elas podem ser utilizadas de outras maneiras, como na síntese de vários produtos químicos. Por exemplo: na produção de etanol 2G e, futuramente, na síntese de diversos produtos provenientes de gás de síntese, que podem ser produzidos a partir da gaseificação da biomassa. Hoje, na matriz energética brasileira, a biomassa da cana-de-açúcar (bagaço mais palha) representa 7,5% da disponibilidade e 4% do consumo de energia. Temos potencial para atender 129 TWh anuais de energia. Hoje, fornecemos apenas 19 TWh [1], apenas com biomassa de cana-de-açúcar. “Considerada uma das metas mais ambiciosas na COP21, a INDC do Brasil prevê que até 2030 haverá a participação de 18% de biocombustíveis na matriz energética, bem como um aumento de 10% para 23% no uso de energias renováveis (solar, eólica e biomassa) na matriz elétrica. De forma geral, nos próximos 10 anos, o país deverá cortar 37% das suas emissões de GEEs (com base nos níveis de 2005), com reais possibilidades de ampliar esta redução para 43% até 2030” [2].

A PALHA E SUAS CARACTERÍSTICAS Aprodução de palha é de aproximadamente 140 kg (base seca) por tonelada de cana. A recomendação agrícola de quanta cana deve ser deixada no campo é motivo de discussão entre os técnicos. Em lugares como o Peru, onde não há nenhuma umidade no solo, a palha não degrada e, portanto, não pode ser deixada no campo, pois só virá a atrapalhar o crescimento na cana. Em lugares de alta umidade e alta temperatura, a palha degrada muito rapidamente, melhorando muito as características do solo. Como média, podemos considerar que apenas 50% da palha pode ser utilizada para outros fins sem atrapalhar a produtividade da cana, ou seja, 70 kg (base seca) por tonelada de cana. A palha é um material que, apesar de bem caracterizado em diversos estudos e artigos, possui características muito variáveis, em função de diversos fatores: • Variedade de cana • Sistematização do solo • Qualidade do canavial (produtividade, regularidade, stand etc.) • Estágio de maturação da cana • Tipo de solo • Clima ao longo do crescimento da cana • Clima durante a colheita • Umidade do solo época da colheita, • Do modelo e regulagem das colheitadeiras • Se segue junto com a cana ou se é enfardada • Do tipo de enfardamento • Da umidade da palha • Do treinamento dos operadores (muito importante) • Etc…

A Europa, com suas limitações na utilização da energia atômica e combustíveis fósseis, já está anos à frente do Brasil e outros países na utilização de energias alternativas. Geradores eólicos enfeitam as serras e planícies infindáveis por todos os pontos por onde se viaja naquelas bandas. Automóveis movidos a eletricidade passeiam por todos os lados. As vagas de estacionamento nas ruas dispõem, acopladas aos parquímetros, de estações de carga elétrica tipo “auto service”. O fulano vai trabalhar e seu carro fica carregando enquanto estacionado na rua. Haja eletricidade para atender esta nova demanda. Sem gás, óleo ou urânio, a coisa vira para as energias alternativas. O Brasil Vamos tratar, em primeiro lugar, da ganha com isso, pois devemos ser um dos países com a maior disponibilidade de presença de terra na palha. A palha da energia renovável neste planeta [3]. cana, quando na cana, é praticamente

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isenta de terra. A terra é composta de matéria mineral, compostos orgânicos (voláteis e não voláteis) e água. Levar terra para a usina tem diversos inconvenientes. Tem usina que está conseguindo levar 25% de terra junto com a cana!!!

Figura 1. Principais rotas de coleta e utilização da palha de cana no cenário brasileiro.

O primeiro aspecto negativo da presença da terra (e areia) é o desgaste acentuado de todos os elementos com os quais ela tem contato. A (Figura 1) mostra as rotas mais usadas de coleta e uso da palha de cana utilizada no Brasil. Na rota A, a palha vai para a usina juntamente com a cana. A separação é realizada na usina em sistemas mecânicos de limpeza. Os inconvenientes dessa etapa são: • Sistemas de separação na indústria são de baixa eficiência (abaixo de 60%); • Assim, 40% da palha trazida é moída junto com a cana. Isto aumenta a demanda de potência

dos acionamentos do preparo e moagem e reduz a capacidade de processar os colmos da cana (aumento do teor de fibra); • A palha processada junto com a cana interfere, negativamente, no processo (extração, tratamento do caldo, cozimento, fermentação, cor do açúcar e outros); • A palha coletada é úmida (aproximadamente de 40% até 60% de umidade). Com 40% de umidade, o poder calorífico inferior (PCI) é cerca 2310 kcal/kg (apenas 30% a mais do que o PCI do bagaço); • Considerando 60% de eficiência de separação na usina, 40% da palha acabam saindo com o PCI do bagaço (1750 kcal/kg). Assim, o ganho efetivo total de PCI passa a ser de apenas 20% em relação ao bagaço (aproximadamente 2088 kcal/kg).

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A palha separada, por não ter secado no campo, é rica em “Cl”, que é o principal elemento causador de corrosão. Depois de a palha ter sido separada, ela é triturada para ficar na mesma condição física do bagaço e, assim, poder ser alimentada nas caldeiras, projetadas para bagaço de cana. A potência consumida é muito alta, cerca de 7KW/t de palha.

carga por eixo. Este argumento é falso, pois o custo de transporte é pela massa de material. Assim, qualquer quilo de palha a ser adicionado ao caminhão, um quilo de cana (colmos) deverá ser retirado da carga. Na rota B, a palha é separada da cana no campo e deixada no solo. Após a secagem da palha, a mesma é enleirada e, posteriormente, enfardada. A palha é levada para a usina, desenfardada e triturada. Ela vem seca e com um PCI muito mais alto que o do bagaço (umidade de 10 a 20%). O cloro também é reduzido, consideravelmente, já que é um elemento volátil que se dissipa muito durante a secagem.

Figura 2A. Disposição da palha de trigo após a colheita [5].

Figura 2B. Máquina colheitadeira de trigo [5].

Figura 3. Operação de enleiramento de palha de cana[6].

Há um argumento em favor desta modalidade de coleta, que defende o enchimento da carreta com material mais leve (palha) dos caminhões devido à lei que limita a

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As maiores dificuldades de se utilizar a palha enfardada em caldeiras a bagaço se refletem nos seguintes inconvenientes: • Necessidade de desenfardar, picar, transportar e alimentar a caldeira na mesma condição física do bagaço; • Operação industrial de desenfardamento, picagem e manuseio: R$ 8-20/t palha [4]; • Potência consumida no sistema: 300 HP para 40t/h de palha; • Dificuldade de dosagem da palha na mistura com o bagaço; • Alimentadores da caldeira não preparados para palha; • A palha misturada com o bagaço (50% de umidade) pode degradar na entressafra quando acumulados em pátios; • Sobrecarga nos transportadores de bagaço; • Variação no PCI do combustível, o que ocasiona redução na eficiência da caldeira que é projetada para uma média; • Corrosão menor do que a palha fresca, mas ainda acentuada; • Desgaste na parte final da caldeira (condensação parcial nos gases de combustão); • Recomendação de aumentar a temperatura dos gases para 180oC, o que só pode ser feito reduzindo a eficiência das caldeiras para 85-86%

. Talvez, os maiores problemas sejam a operação de desfazimento do fardo e a trituração da palha. Mesmo a cordinha que segura os fardos enrosca no triturador, causando a paralisação do processo. A potência consumida também é bastante alta.


A palha da cana expelida pela colheitadeira é espalhada no canavial, o que implica em ser conveniente executar a operação de enleiramento da palha. Os sistemas disponíveis recolhem muita terra junto com a cana.

Figura 4. Efeito da proporção S/Cl e conteúdo de cloro na corrosividade para diferentes biomassas [7].

Há um grande trabalho agronômico a ser realizado na melhoria do sistema, desde a escolha das variedades de cana, sistematização dos solos, operação de plantio e desenvolvimento de máquinas agrícolas apropriadas. As (Figuras 2A, 2B e 3) mostram a diferença entre a forma que a palha é colocada no solo pela colheita de trigo e a de cana. Os fardos de trigo vêm praticamente isentos de terra. A palha da cana, em compensação, vem com uma quantidade intolerável de terra. A principal causa disso é a operação de enleiramento da palha ser realizada independente da colheita. É um desafio agronômico. Vamos supor que a palha consiga vir sem terra para a usina. Ainda assim, isto será um problema. A palha é altamente corrosiva, suas cinzas têm características muito particulares de comportamento reológico e a físico-química de combustão é diferente do bagaço. A presença de enxofre e cloro é a grande responsável pela corrosividade deste combustível. A proporção S/Cl e a temperatura de fusão da fuligem (característica de cada palha) são os principais itens que definem a agressividade do combustível. A (Figura 4) mostra a corrosividade em função do tipo de biomassa, do teor de cloro e da relação S/Cl e a tendência a incrustação de diferentes biomassas. Estes aspectos negativos da palha têm destruído muitas caldeiras de bagaço. A recomendação é limitar a proporção palha/ bagaço a 30%, no máximo. O bagaço é muito menos corrosivo que a palha por seu menor teor de elementos minerais que causam corrosão e incrustação. PALHA NÃO É BAGAÇO As duas rotas mostradas na Figura 1 pressupõe a trituração da palha com a finalidade de fazê-la “parecida”

fisicamente com bagaço. Isto tem sido uma tremenda fonte de dores de cabeça. Quantas caldeiras já foram destruídas e quantas ainda serão pela adição da palha ao bagaço? Além dos inconvenientes acima citados, há o inconveniente da própria queima. Quando a palha é adicionada ao bagaço, a mistura não é perfeita. Portanto, as caraterísticas do combustível são variáveis, impossibilitando a correta regulagem da caldeira. Temos que lembrar que o bagaço é aspergido ao longo da fornalha e sua queima é praticamente em suspensão. Primeiramente, o bagaço é secado e, depois, queimado. A palha seca tende a ser leve e, quando aspergida no alto da fornalha, a tendência é queimar imediatamente e subir como os gases de combustão. A TECNOLOGIA DINAMARQUESA Pesquisando fora do Brasil, fui apresentado às caldeiras mais exitosas na utilização de biomassa. Encontrei na Dinamarca caldeiras de biomassa que possuem diversas características de projeto desenvolvidas especificamente para palhas em geral. Para se ter uma ideia, na Dinamarca não se queima quase nenhum combustível fóssil e “zero” de energia nuclear. A energia de Biomassa tem um papel fundamental na matriz energética desse país. Em termos energéticos, as plantas de biomassa da Dinamarca são altamente eficientes, pois o vapor que sai da turbina de condensação aquece as residências das cidades próximas. Nós teremos que continuar a jogar a maior parte da energia do combustível para o ar... São coisas da termodinâmica. A caldeira que conheci foi desenvolvida para operar diretamente com os fardos, conseguindo alto desempenho e eliminando os problemas enfrentados com a queima da palha nas caldeiras a bagaço. Esta caldeira possui sistema diferenciado de alimentação que elimina a necessidade de desenfardar. Os fardos são arrastados por correntes para dentro dos túneis de alimentação. Estes túneis têm portas de vedação que impedem a penetração de ar falso na caldeira. Os fardos entram na câmara de desagregação através de um sistema simples de helicoides que rasgam as cordas de fixação e liberam a palha para a parte de baixo da câmara, onde ficam as roscas que alimentam efetivamente a caldeira. Esta câmara de alimentação pode ser adaptada para operar com outros tipos de combustíveis em conjunto com a palha, particularmente o bagaço de cana.

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VISÃO A palha é forçada por roscas alimentadoras

Figura 5. Influência do teor de cinzas na incrustação para diferentes biomassas [7].

e, em seguida, aspergida para o interior da fornalha e é queimada sobre uma grelha vibratória resfriada a água. Como a palha é bem seca, a queima é imediata e de alta eficiência. A grelha tem um desenho especial apropriado para esta queima à

alta

temperatura.

Periodicamente,

a grelha é submetida a uma vibração intensa e as cinzas são lançadas para o lado contrário da alimentação. São coletadas e descartadas. A (Figura 6) mostra o esquema da caldeira. Muito interessante é a maneira como eles reduziram a corrosão, principalmente nos superaquecedores. Ao estudar os

Figura 6. Esquema de funcionamento da caldeira [7].

pontos de fusão das fuligens de diversas biomassas, observa-se que a fuligem se solidifica nos superaquecedores e forma uma camada protetora que é mantida naturalmente com a mesma espessura, pois a parte mais distante do tubo continua na forma líquida e escoa. Foi me assegurado que existem superaquecedores que estão operando por mais de 20 anos. O restante da caldeira é similar a outras caldeiras. As pressões não são limitantes para o projeto da caldeira. Com este tipo de grelha, ela opera muito bem com 5% de impurezas minerais. Acima desse valor, a caldeira continuará operando, mas com um desgaste maior. Se um ciclo regenerativo for utilizado, é possível operar a caldeira com 92% de eficiência. Apenas com o aumento de eficiência, consegue-se uma produção 7% maior de energia. Utilizando uma caldeira dedicada para palha, melhora-se a eficiência da caldeira a bagaço (que passará a operar com apenas um combustível uniforme e apropriado). Com ambas as caldeiras operando no máximo de eficiência, consegue-se um aumento significativo de energia gerada.

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Outro aspecto bastante importante é a possibilidade de armazenar os fardos fora da unidade industrial. O armazenamento nos talhões reduz os riscos de incêndio (o risco fica à palha daquele talhão). Evidentemente, ao tornar o processo independente da moagem da cana, é possível operar durante o ano inteiro. Outra vantagem importante é que é possível separar a UTE de palha do processo, evitando interferências e disputas indesejáveis. Essa tecnologia é, sem sombra de dúvidas, mais inteligente, segura e eficiente do que as formas de utilização da palha da cana que estão em uso aqui no Brasil. O investimento torna-se mais atrativo para usinas que tem caldeiras de 21 kgf/cm2, cuja vida útil venceu e necessita ser trocada. O rearranjo fica muito mais adequado tanto do ponto de vista de eficiência como de arranjo físico, já que o excesso de palha não vem para a usina. As usinas que querem começar o processo de queima de palha não podem deixar de analisar esta alternativa. Todas as biomassas disponíveis no Brasil são compatíveis com esta tecnologia.

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VISÃO

Falando de fábrica

Florenal Zarpelon fz7@uol.com.br

As Especificações do Etanol Combustível no Brasil Por várias vezes discorremos este tema que até parece desnecessário continuar. Mas, como dizia Tancredo Neves, “meus inimigos chamam isso de teimosia; meus amigos chamam isso de tenacidade”. Sejamos tenazes e voltemos ao assunto! As Especificações do Etanol Combustível estabelecidas pela ANP vêm evoluindo para melhorar o padrão de qualidade do álcool brasileiro, como também para corrigir eventuais contradições que são evidenciadas através do tempo. Como exemplo, pode-se citar a atual Especificação constante da Tabela V da atual Resolução ANP nº 19, de 15/04/2015, em que o Teor Alcoólico do Hidratado passou para a faixa de 92,5%m a 94,6%m. Para lembrar, a Especificação anterior estabelecia a faixa de 92,5 a 93,8 e isto criava a necessidade do produtor adicionar água se por acaso tivesse produzido um produto de maior teor alcoólico, por exemplo Álcool Industrial, destinado ao mercado “outros fins” (um mercado mais exigente, portanto, um produto de melhor qualidade e com teor alcoólico mais alto), e que na hipótese de não tê-lo vendido, para vender como combustível teria que adicionar água para entrar na Especificação. Um absurdo, mas agora corrigido, pois com a elevação do limite superior para 94,6%m (96,5%v) qualquer álcool de alta qualidade (inclusive neutro) pode ser vendido como Etanol Combustível. Um avanço! Outra boa melhoria foi eliminar a unidade ºINPM que não significava absolutamente nada, ao contrário, só confundia a cabeça até de técnicos, como por exemplo, de fornecedor brasileiro ofertar para o exterior aparelhos de destilação e, pelo hábito aqui, citar ºINPM para pessoas do exterior que não têm vivência com este termo. Mas, vale evidenciar que há mais tópicos que necessitam ser melhorados, e aqui citamos o teor alcoólico do Anidro, a determinação da Acidez e o teor de Sulfatos Há pelo menos uns 15 anos temos reinvindicado que o grau alcoólico do Anidro é demasiadamente alto, 99,3% m (99,6%v). No artigo que aqui publicamos, edição Mai/Jun 2016, cujo tema era a Octanagem do Etanol, comentamos sobre dois artigos recentes publicados pela revista da SAE (Society of Automotive Engineers), artigos estes de grande valor técnico e que voltamos agora a citá-los: “Octane numbers of ethanol-gasoline blends: measurements and novel method from molar composition” e “Effect of heat of vaporization, chemical octane, and sensitivity on knock limit for etanol-gasoline blends”. Como citamos antes, são artigos extensos e complexos, escritos por vários autores das empresas Ford Motor Co., GE Energy, BP Products e AVL Powertrain Energy.

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Estes estudos mostraram que a evolução dos motores para a obtenção de alta eficiência termodinâmica caminhou para motores com a tecnologia turbo e com injeção direta e mostraram que a presença de um pouco de água pela adição de etanol na gasolina “faz bem” aos motores. E não é por acaso que a especificação americana do Etanol Anidro Combustível permite até 1%v de água, ou seja, um teor alcoólico de 99,0%v (mínimo, claro). Note que um teor alcoólico de 99,0%v é equivalente a 98,4%m. Então, por que no Brasil é 99,3%m? A primeira especificação de álcool combustível no Brasil após a criação do programa Proálcool foi coordenada e estabelecida pelo então IAA (Instituto do Açúcar e Álcool), e na qual fomos representantes da Copersucar. Naquele momento muito pouco se sabia sobre o comportamento do etanol na mistura com gasolina, apenas que a combinação era boa para aumentar a disponibilidade de combustível do ciclo Otto, aí adotou-se o teor alcoólico que era praxe naquela época. É conhecido que a mistura de pequenas quantidades de um álcool com “muita” água, em baixas temperaturas, pode provocar a separação da água, mas, isto vale especialmente para um hidratado, e para um Anidro 99%v há boa quantidade de literatura provando que neste nível não ocorre a separação da água. Nós mesmos já fizemos várias vezes em laboratório esta comprovação para confirmar o que tínhamos lido. Mas, o melhor exemplo é a própria especificação americana. Portanto, concluindo esta parte, pensamos que o teor alcoólico do Anidro deveria ser reduzido a níveis de 99,0%m, ao invés do atual 99,3%m, até porque produzir um etanol anidro de um teor alcoólico um pouco mais baixo reduz o custo de produção, pois, um aparelho de desidratação consegue produzir entre 15 a 20% mais quando opera com grau na faixa de 99,0%m. A questão da Acidez calculada pelo método titulométrico. A Química nos ensina que quando se tem ácido fraco


no copo, a titulação da acidez deve ser feita com uma base forte, o hidróxido de sódio, utilizando-se o indicador fenolftaleína que vira em pH da ordem de 8,2. É que como a base é forte e até no caso em solução bem diluída, qualquer pequena gota faz o pH subir confirmando que a acidez livre foi neutralizada. Esta é a tradicional metodologia ASTM D1613, consagrada também na Especificação ASTM D4806 para o Etanol Combustível nos Estados Unidos. Mas, por que no Brasil foi especificado o indicador Alfanaftolftaleína? Como mencionamos acima, éramos o representante da Copersucar nas reuniões que resultaram na primeira especificação do Álcool Combustível após o Proálcool. O coordenador do projeto, funcionário do IAA, num certo momento, trouxe a ideia de utilizar um indicador cujo ponto de viragem fosse em pH mais baixo, portanto, produzindo números de Acidez mais baixos, porque

em certas áreas do Brasil o álcool produzido teria acidez mais alta e o padrão de 30 mg/L máximo estaria fora de especificação. Assim nasceu a Alfanaftolftaleína, de viragem a pH 7,2 que na época uma grama era mais cara que uma grama de ouro. Hoje uma grama de ouro custa cerca de R$ 145 e uma grama de Alfanaftolftaleína custa algo como R$ 85, mas a fenolftaleína (antigo componente do Lacto Purga) custa cerca de R$ 0,34. De lá para cá nossas destilarias melhoraram muito no tocante a qualidade do álcool (e há espaço para mais melhorias!), e como o uso da Alfanaftolftaleína está tecnicamente incorreto e é cerca de 250 vezes mais cara que a fenolftaleína, entendemos que o Método NBR 9866 necessita ser revisado. Por fim, a especificação Sulfato. Os sulfatos são ânions pesados e um flegma vindo da coluna destiladora mesmo que tenha trazido para a coluna retificadora algum traço de sulfato (arraste de vinho), na retificadora não sobem cerca de 40 pratos para sair no álcool. O que existe no Álcool são compostos orgânicos contendo enxofre, um deles o etanotiol (CH3CH2SH) composto volátil bastante amarelado e de cheiro peculiar, resultante da reação de etanol com o H2S (gás sulfídrico) formado na decomposição de leveduras devido ao processo de reciclagem de leveduras adotado no Brasil e em outros países. Portanto, melhor seria expressar o teor de Sulfatos unicamente como teor de Enxofre, como aliás já indica a Resolução ANP nº 19, de 15/04/2015. Seria até didático, evitando mal-entendidos desnecessários!

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Conversando com a cana José Paulo Stupiello jospielo@terra.com.br

Polissacarídeos: considerações sobre I.S.P. Nas determinações de polissacarídeos totais são encontrados valores que não coincidem com os valores encontrados pelos, tradicionalmente, pesquisados como dextrana e amido e enquadrados como gomas (denominação genérica dos polissacarídeos). A literatura mostra a presença de compostos não vistos em rotina, como sarkarana, pululana e scleroglucana. Que outros polissacarídeos tiveram influência no processamento e no produto final? Dentre estes compostos se destaca o I.S.P, também denominado nativo que foi isolado na década de 60 em cana fresca. A concentração do I.S.P. nos caldos pode variar de 0,5 a 1,0 % BRIX. Os maiores teores de polissacarídeos estão nos nós quando comparados com os internódios. Esta afirmação se constata com relação ao amido, o que leva a refletir que o maior teor de I.S.P. pode ocorrer em cana que sofreu estresse hídrico. Este composto é considerado um produto natural da cana-de-açúcar como o amido (elemento de reserva da planta) e ocorre sem deterioração da matéria-prima, ao contrario da dextrana e a levana que resultam da atividade de microrganismos (Leuconostoc mesenteroides e Leuconostoc levanicum). Em sua estrutura aparecem vários monossacarídeos e que por hidrolise fornece galactose, arabinose, glicose, manose e outros monossacarídeos (Figuras). Figuras. Estrutura de Polissacarídeos I.S.P de Cana de Açúcar

1

GAL

1

o

GA 1

6

GAL 1

ARAB f

o3

GAL

o

o

o

o

1

ARAB f

o

1

6

4

GAL

6 GAL

1 3

1

6 GAL

o3

6 1 GAL

o

o

1

ARAB p

GAL

1 3

o 1 3

o

o 1

6 GAL

6

6

GAL

GAL: α-D-Galactosa

5

4

OH

O OH 1 2

3 6

G A : α- D- Ácido Glucuronico

4 HO

58

OH 3

5 HOCH 2

OH 1

OH 3

2 OH

OH

CO OH 5

O

4

ARAB f : α-L- Arabinosa

1o

GAL

1o 3

CH2OH 6 HO

o

HO

O OH 1 2

ARAB p : α-L- Arabinosa

OH

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4

5 OH 3

O OH 1 2 OH

Conforme relatos, o teor de I.S.P. depende da variedade e da idade da planta. O I.S.P complexa com compostos fenólicos, ácidos aconíticos e ácidos graxos conferindo uma cor que varia de amarelo a marrom. Dessa maneira se constata que os ácidos aconíticos não são somente responsáveis pela presença de cálcio e coloração nos açúcares. Mas também pode conferir coloração nos açúcares. Isto porque este polissacarídeo não é removido totalmente após purificação, sendo detectado em outros produtos do processo e está presente em açúcares não refinados, com valores de 0,1 a 0,5 % BRIX. O I.S.P. tem uma rotação especifica negativa (levo rotatória -46 a -50°) diferente da dextrana, por exemplo, que tem uma rotação especifica positiva (dextrorotatória maior do que 200°C). Algumas vezes com valores baixos de dextrana e amido aparecem flocs, desorientando os técnicos, levando a crer que haja um erro de determinação dos polissacarídeos clássicos (dextrana e amido), mas as informações afirmam que o I.S.P contribui para a formação do “floc” em bebidas. Este polissacarídeos deveria ser objeto de estudos os quais poderiam fornecer caminhos para solucionar os problemas, especialmente, com refrigerantes. Estas considerações tem como fonte: Larrahondo, 2012.


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Soluções de fábrica Celso Procknor celso.procknor@procknor.com.br

Regeneração de Calor: Aquecimento X Secagem Cada vez mais a humanidade necessita buscar a máxima eficiência energética para garantir a sustentabilidade do nosso planeta. O mesmo princípio vale para o setor agroindustrial no qual atuamos. A eficiência dos ciclos termodinâmicos que utilizamos nos processos das usinas depende fundamentalmente da máxima conversão específica do combustível em vapor e do mínimo consumo de vapor de processo por tonelada de cana processada. Considerando que já estejam otimizados os consumos específicos em cada operação unitária (por exemplo, o consumo de vapor na destilação), existem basicamente dois truques para reduzirmos o consumo de vapor de processo. O primeiro é utilizar o máximo possível de sangria de vapor vegetal da evaporação. O segundo é maximizar a recuperação de calor, ou seja, evitar perdas de energia para a atmosfera que ocorrem através de torres de resfriamento, de flash de vapor e de efluentes aquecidos, líquidos e gasosos. A recuperação desta energia que está sendo perdida é a operação unitária que usualmente denominamos de regeneração de calor, a qual sempre depende da existência de fontes quentes e de fontes frias. A quantidade de energia disponível nas fontes quentes e frias e a temperatura destas fontes determinam se o processo de regeneração de calor estudado poderá ser técnica e economicamente exequível. Quanto mais alta for a temperatura da fonte quente e mais baixa for a temperatura da fonte fria, mais barata e viável poderá ser a instalação de processo de regeneração de calor. As fontes quentes disponíveis com temperatura acima de 80ºC podem ser caldo quente para a fermentação, flash de vapor vegetal, condensados de vapor vegetal, vinhaça, flegmaça e água quente do lavador de gases. As fontes frias disponíveis com temperatura baixa podem ser caldo misto, água tratada para caldeira e ar para combustão e para secagem de açúcar. De uma forma geral, nas usinas de cana temos mais energia recuperável nas fontes quentes do que a energia requerida pelas fontes frias, respeitando as diferenças de temperatura para a troca de calor. Tomando como exemplo simplificado uma destilaria autônoma processando 500 t/h de cana, para aquecer 525 t/h de caldo misto de 35ºC até 75ºC necessitamos de aproximadamente 80 MJ/h.

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Se quisermos utilizar tubulações de plástico mais baratas para distribuir 425 t/h de vinhaça, precisamos reduzir a sua temperatura de 90ºC até 50ºC, necessitando assim “perder” aproximadamente 70 MJ/h, quase 90% da energia necessária para aquecer o caldo misto. Mas ainda fica sobrando muito calor no caldo tratado a ser resfriado e nos condensados de vapor vegetal. E se a extração de caldo for por meio de difusor a situação fica ainda mais complicada, pois o caldo misto já deixa o equipamento com temperatura 75ºC. Quando existe produção de açúcar a comparação muda um pouco, há menos caldo a ser resfriado e mais condensado de vapor vegetal. Mas a situação costuma ser sempre a mesma, muitas fontes quentes, poucas fontes frias. Desta maneira se queremos aumentar a eficiência energética será indispensável procurar no processo por o que chamamos de “caixas de gelo”, fontes frias que poderiam aproveitar o calor sobrante com aumento da eficiência energética global do processo agroindustrial. A nossa procura por caixas de gelo nos leva, pelo menos, a duas possibilidades.   A primeira possibilidade busca por redução do consumo de vapor de processo, procurando operar a fermentação com temperatura efetivamente controlada e eventualmente em níveis abaixo dos valores praticados atualmente. Para atingir este objetivo necessitamos produzir água gelada por meio de chillers, cuja energia primária pode ser térmica ou elétrica, ou até uma combinação das duas. Esta caixa de gelo nós já discutimos com mais detalhes na edição da Revista STAB de Julho/Agosto de 2015, lembrando que neste caso a redução de volume de vinhaça permite reduzir o consumo de energia no setor agrícola.


A segunda possibilidade busca por maior conversão específica do combustível em vapor, procurando operar com umidade mais baixa no bagaço, já que o nosso combustível tem normalmente 50% de água. Este tipo de caixa de gelo é representada por secadores de biomassa que utilizam energia térmica residual com temperatura entre 80ºC e 90ºC, muito utilizados na agroindústria da Europa, onde a energia térmica costuma ser cara. A capacidade de uma fonte quente qualquer para secar bagaço depende sempre da temperatura ambiente e da umidade relativa do ar, variando ao longo do dia e ao longo dos meses. No caso de processamento de cana no Brasil felizmente não precisamos operar justamente durante os meses de verão quando a umidade relativa é muito alta. Tomando agora como exemplo um estudo elaborado para uma usina processando 875 t/h de cana com difusor e com uma sobra de 200 t/h de condensado vegetal a 90ºC, verificamos que seria possível evaporar até 13 t/h de água do bagaço. A umidade média do bagaço deixando o difusor poderia ser reduzida de 52,5% para 49,5%, o que ocasiona uma redução 6,0% da massa de combustível. Mas como o poder calorífico do combustível aumenta em 8,6%, a mesma moagem anual de cana proporciona a produção de 2,0% a mais de vapor motriz com alta pressão e alta temperatura, sem contar os ganhos de capacidade da caldeira que provavelmente ocorrerão com a mesma queimando combustível mais seco. Neste caso em particular o aumento potencial de venda de energia elétrica foi estimado em 2,5 kWh/tc.

Chegamos então à questão proposta no título deste texto. Uma fonte quente disponível traz melhores resultados se for usada para aquecer correntes do processo ou para secar combustível? A resposta vai depender de cada condição específica, como responderia todo engenheiro. Se estivermos limitados na capacidade de produção de vapor, o aquecimento de correntes do processo será mais recomendada, com a finalidade de reduzir o consumo de vapor de processo, o qual define a capacidade de moagem. Se estivermos limitados na disponibilidade de combustível, a secagem de bagaço será mais recomendada, com a finalidade de garantir a capacidade de moagem e eventualmente aumentar o potencial de venda de energia elétrica. Mas é importante lembrar que correntes de processo para serem aquecidas são limitadas, já baixar a umidade do bagaço para 45% a 48% é uma operação cuja fonte fria estaria garantida de antemão. Naturalmente secar biomassa custa mais caro que aquecer correntes do processo, mas tudo é questão do retorno do investimento. Nem sempre as soluções mais baratas são as mais rentáveis. Por outro lado, estudos conceituais específicos devem ser desenvolvidos, já que a produção relativa entre açúcar e etanol, bem como a capacidade e os contratos existentes de venda de energia elétrica, são fatores que pesam para um lado ou outro da escolha.

Ao contrário da primeira caixa de gelo mencionada acima, esta não traz vantagens para a redução de consumo de energia no setor agrícola, mas em compensação traz vantagens na geração de energia elétrica, pois o calor recuperado da fonte quente vai direto “na veia”, ou seja, melhora a primeira operação unitária fundamental que é a conversão de combustível em vapor motriz.

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NOTÍCIAS DA STAB EVENTOS

FENASUCRO & AGROCANA 2016 A 24ª edição da Fenasucro & Agrocana reuniu, entre os dias 23 e 26 de agosto de 2016, toda cadeia produtiva do setor sucroenergético, envolvendo a agroindústria, transporte e logística e bioenergia para conhecerem as novidades sobre o preparo do solo, plantio, tratos culturais, colheita, industrialização, mecanização e aproveitamento dos derivados até a industrialização do produto final e sua distribuição.

PAULO GALLO

C

om um público de mais de 30.000 a feira é a porta de entrada das empresas fornecedoras do setor, além de estimular a transferência de tecnologias através de eventos técnicos organizados por entidades, cooperativas e institutos de pesquisas. Estão ainda entre as atribuições da maior feira especializada do mundo do setor sucroenergético, apresentar as oportunidades de investimento, prospectar novos negócios, disponibilizar informações que contribuam para o desenvolvimento do setor, além de promover a imagem do Brasil no exterior como destino de investimentos e recepcionar delegações estrangeiras que neste ano recebeu delegações de 46 países de todos os continentes entre eles, EUA, Austrália, Cuba, Argentina, Caribe, Angola, Bélgica, Filipinas, Argentina, Colômbia, Guatemala entre outros. A Fenasucro & Agrocana contou com mais de 450 expositores que ofereceram produtos, equipamentos, soluções e tecnologias para toda a cadeia produtiva. Além disso, a feira focou especialmente na troca de conhecimento e difusão de informações, com mais de 200 horas de eventos de conteúdo, onde se discutiu tendências sobre o setor sucroenergético.

ARNALDO JARDIM

AUTORIDADES NA ABERTURA O setor sucroenergético é uma cadeia produtiva

além de oferecer isenção fiscal para o retroit de

completa, pois contribui para o desenvolvimen-

caldeiras e turbinas para incentivar a cogeração,

to econômico, social e sustentável. A afirmação

simplificando a cadeia tributária do setor.

foi do governador do Estado de São Paulo, Ge-

GERALDO ALCKMIN

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raldo Alckmin, durante seu discurso. Alckmin

O segmento também contribui para ser a van-

ressaltou que o Estado de São Paulo é o maior

guarda da economia verde. O Estado de São

consumidor e produtor de açúcar e etanol do

Paulo tem potencial para ser líder na geração

País. “A história de São Paulo se confunde com

de bioenergia (ou biomassa) a partir do bagaço

a da cultura da cana-de-açúcar. Dois terços da

e da palha da cana-de-açúcar. No Brasil, cerca

produção de açúcar, e mais da metade do etanol

de 80% da bioenergia é originada de resíduos

produzido no Brasil são paulistas. Isso se deve

da cana-de-açúcar, o que garante autossufici-

aos esforços de toda cadeia produtiva”, comen-

ência energética das usinas durante o período

tou. O governador explicou que o Estado tem o

de safra. “Precisamos converter os desafios em

menor ICMS para a venda do etanol hidratado

oportunidades. Temos capacidade de sermos re-

do Brasil, de 12%,

ferência em energia limpa”, disse Alckmin.

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PRESIDENTES DE HONRA

A pujança do setor também foi destacada pelo secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Arnaldo Jardim. Ele comparou a cadeia produtiva a ave mitológica fênix, por causa da sua capacidade de se recuperar, mesmo diante a crise econômica do País. “Estamos falando de um segmento formidável, capaz de crescer com inovação e tecnologia, como é o caso da cana, que pode ser cortada várias vezes antes de ser

JOSÉ PAULO STUPIELLO E PAULO MONTABONE

replantada”, disse. “O setor sucroalcooleiro evolui permanentemente, com melhoramento genético, novas tecnologias de plantio e manejo do solo, aperfeiçoamento dos tratos culturais e evolução da colheita”, complementou o titular da Pasta. Arnaldo Jardim lembrou que a Secretaria de Agricultura vem desenvolvendo pesquisas para a melhoria dos cultivares e da produtividade agrícola da cana-de-açúcar. “Intensificamos as ações de pesquisa desenvolvidas pelos institutos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), especialmente o sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB), que já conta com uma linha de financiamento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap)”, disse. O presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise-BR), Paulo Gallo, destacou que as expectativas são positivas, como o fato do segmento iniciar pela primeira vez em vários anos, uma safra com preços do etanol e do açúcar em patamares que permitem às usinas obterem receitas acima de seus custos de operação, com geração de caixa positivo. “Isto permitirá que boa parte das unidades produtoras obtenha um reequilíbrio financeiro, já que o setor foi duramente castigado desde 2009”, disse. Entre os motivos estão o consumo de etanol, que vem crescendo a largos passos, em todo o País, e a necessidade de gerar recursos por parte da Petrobrás, que deverá manter os preços da gasolina em alta, independente dos preços internacionais do petróleo, explicou Gallo. “O que vemos é um cenário promissor, apontado para um futuro de retomada de investimentos, ampliação de plantas e, um pouco mais adiante, a retomada de construções de novos projetos”, completou.

Durante a abertura da feira, o presidente do CEISE BR, Paulo Gallo, entregou aos presidentes da Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (STAB), José Paulo Stupiello, e da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Copercana), Antonio Eduardo Tonielo, os títulos de presidentes de honra da Fenasucro e Agrocana 2016. Outra homenagem merecida foi feita a José Felix Silva Junior, onde o Presidente da STAB emocionado discursou. Em suas palavras José Paulo Stupiello destacou:

“Excelentíssimas Autoridades que compõem a Mesa Diretora; Ilustríssimos Familiares e Amigos; Ilustres Senhoras e Senhores que vieram partilhar conosco este momento: Hoje nos reunimos aqui para celebrar a vida de José Felix Silva Júnior, cuja ausência se transforma em saudade, mas a amizade sempre será mais viva que o esquecimento. A razão por que a despedida nos dói tanto é que nossas almas estiveram ligadas. A morte do meu amigo e PAULO GALLO E ANTONIO EDUARDO TONIELO companheiro de trabalho, desfalca a vida do setor sucroenergético de uma de suas figuras mais exemplares e cobre de pesar familiares, colegas de trabalho, amigos e admiradores. Além de batalhador do setor, deixou a marca de sua competência e devoção ao setor em sua passagem pela Cpersucar, Unica, afastando-se para tratar da enfermidade que o levou. Se por um instante Deus esquecesse de que somos uma marionete e nos presenteasse com mais um pouco de vida ao lado de quem admiramos, possivelmente não diríamos tudo o que pensamos, mas definitivamente pensaríamos em tudo o que dissemos. Entretanto, pensando no que dissemos, fizemos e sentimos, percebemos que os momentos de história que realizamos juntos foram mais grandiosos do que pequenos. Trabalhamos muito quando o destino nos colocou na Copersucar. Felix é um belo exemplo de que, com garra, vamos enfrentando os desafios que a vida nos impõe. Neste momento palavras perdem o sentido diante das lágrimas contidas na saudades que sentimos, mas sorriso é o que demonstraremos neste instante ao Felix, por ser o motivo deste até logo, a realização de mais uma vitória em sua vida. Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos... Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre... Agora quero dirigir-me em particular a Lucia, esposa e companheira fiel, que em tantos momentos soube abrir mão de seu conforto. Mais que isso, que lhe deu o apoio tantas vezes necessário para enfrentar os embates da vida. Seu marido, Lucia, não teria realizado tudo que o realizou sem seu apoio, carinho e companhia. Sem sua amizade. Receba, portanto, esta homenagem como alguém que também a fez merecida. Não nos esqueça. Aos discípulos e colegas de Felix, desejo também que continuem a obra por ele iniciada e que a levem a novos e mais altos patamares. Assim ele se fará presente nas gerações futuras. Prezados, agradeço a atenção de todos e solicito que saudemos o Félix com as nossas palmas, que, por serem de reconhecimento, representam nosso elogio e gratidão”. FERNANDO E LUCIA SILVA E JOSÉ PAULO STUPIELLO

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NOTÍCIAS DA STAB EVENTOS

FENASUCRO & AGROCANA 2016

JOSÉ PAULO STUPIELLO

ELIZABETH FARINA

Já a presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, reforçou que para o segmento se manter forte e competitivo é preciso ter estabilidade fiscal e equilíbrio econômico, para que investidores possam retomar a confiança e fazer com que o setor sucroalcooleiro volte a crescer, impulsionando crescimento econômico, social e ambiental”. SUPERAÇÃO DE EXPECTATIVAS O representante da TGM, Adalberto Marchiori, disse que a participação na feira superou as expectativas da empresa, principalmente, em relação à procura de serviços como o planejamento dos processos de manutenção. “Muito positivo, a qualidade do público está melhor, tivemos muitos negócios fechados e temos um número significativo de projetos em andamento com boa perspectiva de concluir a venda. Percebemos também um aumento significativo de empresas interessadas em já agendar o processo de manutenção, o que também é muito positivo”, afirma Marchiori. Na edição deste ano, a TGM comemorou entre outras negociações, a venda de quatro redutores para um grupo de usinas brasileiro e um pacote de produtos para empresas da Argentina. O diretor da Reunion Engenharia, Jorge Luiz Scaff, disse que a edição deste ano da FENASUCRO & AGROCANA teve uma melhora

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significativa em relação ao volume de visitantes, o que possibilitou contatos importantes com investidores que apresentam potencial de negócio. “Nesses dias foi possível fechar um grande negócio, que valeu por todos os dias da feira, e temos outros quatro projetos em negociação”, afirma Scaff. Para a SEW Eurodrive, a feira foi estratégica para fortalecer relacionamentos comerciais. “Tivemos a visita de clientes importantes e prospecção de novos negócios, além de receber clientes como Odebrechet e Cerradinho”, afirma Sarah Leitão, representante da empresa. O gerente geral da feira, Paulo Montabone disse: “estamos otimistas que o número de R$ 2,8 bilhões em negócios deve ser superado, mas isso se confirma na próxima semana quando divulgarmos o levantamento oficial”, comenta. “Esta FENASUCRO & AGROCANA foi marcada por um clima bastante positivo e realmente acreditamos que a feira representou a ponte para a retomada do setor sucroenergético”, completou Paulo Gallo, presidente do CEISE Br.


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PARTICIPAÇÃO STAB Com o objetivo de construir e compartilhar conhecimentos para uma agroindústria mais eficiente e produtiva, foi realizado pela STAB – Regional Sul, com a promoção da Reed Exhibitions Alcantara Machado e o apoio do: CEISEbr, nos dias 24 e 25, no espaço Conferencia Fenasucro os seminários, Industrial – homenageando “José Felix Silva Júnior” e Agrícola homenageando: “Godofredo Cesar Vitti”. Contando com a presença de mais de 250 participantes, as palestras apresentadas foram:

JOSÉ PAULO STUPIELLO RAFFAELLA ROSSETTO

DIA 24 – INDUSTRIAL QUALIDADE FINAL DO AÇÚCAR “Impurezas nos Cristais” - José Paulo Stupiello – STAB; “Qualidade de Produtos e Processos” - Oscar Francisco T. Paulino - Grupo São Martinho e “Roteiro para produção de açúcar de qualidade” - Florenal Zarpelon – Consultor. DIA 25 – AGRÍCOLA NUTRIÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR “Manejo de Micro Nutrientes para altas produtividades da Cana-de-Açúcar” - Godofredo Cesar Vitti - ESALQ / USP; “Manejo da Adubação Nitrogenada para altas produtividades da Cana-de-Açúcar” - Rafael Otto - ESALQ / USP e “Reflexões sobre o Manejo da Adubação de Cana-de-Açúcar” - Pedro Henrique de Cerqueira Luz - USP / FZEA. Também STAB, em seu 14º de parceria com a Fenasucro & Agrocana, confeccionou o catálogo oficial da feira através da revista STAB e montou um estande, onde fez a divulgação de suas atividades, recebendo mais de 2.000 pessoas. Dentre elas, o grupo de 35 profissionais mulheres e trabalhadoras do setor, monitoradas pela CanaOnline. Lá as profissionais foram recepcionadas com um coquetel pelo Presidente, José Paulo Stupiello e pela Secretária/Tesoureira, Raffaella Rossetto, onde receberam além de elogios, uma rosa simbolizando a delicadeza e a importância do sexo feminino no setor sucroenergético.

RAFAEL OTTO

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PEDRO LUZ

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OSCAR PAULINO

FLORENAL ZARPELON

GODOFREDO VITTI


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