Recursos humanos
negócio
Programaintegra portadoresdedeficiência
CSNrecebeprêmio daGeneralMotors
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matéria-prima Nº 10 k ano 2 k maio_junho | 2011 k www.csn.com.br
jornal da csn
produto
aço
cidadão
UPAs e UPPs do Rio de Janeiro utilizam o Aço Pré-pintado da CSN PÁG 4
editorial
Orgulho e superação A CSN é uma empresa socialmente responsável, ninguém tem dúvidas. E mais uma vez testemunhamos a nossa empresa fazendo parte de uma iniciativa inovadora no Estado do Rio de Janeiro, que começa a ser exportada para as outras unidades da federação: as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e de Pronto Atendimento 24 horas (UPAs). O aço pré-pintado, fabricado na planta de Araucária, no Paraná, é usado na construção desses exemplos de cidadania. Como é praxe, a CSN nos enche de orgulho. O tema, desconhecido para grande parte da população, ilustra a reportagem de capa desta edição do Matéria-Prima. Igualmente importante é a gravação do primeiro CD da Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação CSN, um momento histórico vivido em Volta Redonda, em meados de abril. Com a participação especial de artistas consagrados da música popular brasileira, os jovens músicos integrantes deste projeto apoiado pela CSN participaram do histórico registro. Cantaram e tocaram ao lado de Dori Caymmi, Renato Braz e Nelson Ayres. O resultado será conhecido ainda este ano, com o título de “Novos Brasis”. O assunto é o tema principal do suplemento Gente. Nesta mesma linha de responsabilidade social, implementamos na organização o Programa Incluir, cuja reportagem deve ser lida na página 10. A partir de Volta Redonda, a CSN cria uma estratégia para a inclusão de pessoas com deficiência. Uma iniciativa inédita na empresa, que merece elogio e apoio de todos. A “setentona” CSN também é um exemplo constante de superação. Boa leitura.
Benjamin Steinbruch Diretor-Presidente da CSN ©1
sumário recursos humanos
Cultura CSN
Expediente capa
Novos executivos têm processo de integração especial .........................3
Diretor-Presidente: Benjamin Steinbruch Diretores-Executivos: Alberto Monteiro, Enéas Garcia Diniz, José Taragano e Paulo Penido.
produto
Infraestrutura CSN Porto Real inaugura novo centro de serviços................................11 entrevista
Música Dori Caymmi elogia instrumentistas da Orquestra Jovem da FCSN........12 negócio
Parceria CSN recebe prêmio Supplier of the Year da GM.............................................13 inovação
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Aço pintado na comunidade
matéria-prima jornal da csn
Nº 10• Ano 2• Jornal Bimestral • maio_junho • 2011 ©2
gente a vitrine dos nossos talentos
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Processos Casa de Pedra terá primeiro Seminário Teconológico..................14 momentos históricos
A passos largos Construção da UPV avançava rapidamente em 1945.......................15
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Direção Editorial: Marcos Barreto Editor: Helton Fraga heltonfraga@csn.com.br Coordenação Editorial Stefan Gan Editor Adjunto: Alexandre Agabiti Fernandez Projeto Gráfico: Fabio Silveira Direção de Arte: Fabiana Rodrigues Reportagem: Carlos Lima, Chico Spagnolo, Edma Nogueira, Felipe Vilasanchez. Revisão: Roberto Alves Conselho Editorial: Alexandre Campbell, Caio Ferrari, Camila Quiles, Cristiano Alves da Silva, Eglantine Cavalcante Pearce, Fanny Busato Baptista, Flávia Rodrigues, José Luiz Brandão, Luciana Shoji, Luiz Henrique Pimentel, Márcio Lins, Odete Guerreiro, Priscila Boccia, Ricardo Costa, Rosana Lovato, Thaís Amoedo e Ulysses Sousa. Jornalista Responsável: Stefan Gan ( MTB 35401) Preparação e Impressão: Ipsis Tiragem desta edição: 20.000 exemplares
fale com a redação jornalmateriaprima@csn.com.br ©3
Som brasileiro Orquestra Sinfônica Jovem da FCSN grava primeiro disco com melodias brasileiras populares e eruditas.
O jornal matéria-prima é produzido pela editora
comunicação
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RH
Rápidas CSN adquire empresas do grupo Alfonso Gallardo Cinco empresas da companhia espanhola Alfonso Gallardo passam a fazer parte da CSN: a fábrica de cimentos e clínquer Cementos Balboa, as unidades produtoras de aços longos Corrugados Azpeitia, Corrugados Lasao e Stahlwerk Thüringen (SWT), e a distribuidora Gallardo Sections. A compra totalizou 543 milhões de euros e reforça o portfólio de projetos de classe mundial.
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O novo diretor de Logística Operacional, João Mário Lourenço Filho, ficou muito satisfeito com o processo de integração.
Boas-vindas corporativas
© foto capa: Maria navarro, 1 Felipe Varanda , 2 Maria navarro, 3 leandro joras, 4 ricardo toscani
Processo de integração de novos executivos criado pela Diretoria de Recursos Humanos apresenta a cultura e a visão de negócio do Grupo CSN
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m 2009, a Diretoria de Recursos Humanos (DIRH) idealizou um processo de integração voltado aos executivos recém-contratados pela CSN. Já existe um Programa de Integração local que funciona como a primeira interface entre os novos empregados e a empresa, onde é apresentado vídeo institucional da CSN, bem como particularidades de cada Unidade de Negócio. “O público alvo para este Programa é o novo executivo que chega à empresa e precisa conhecer a cultura CSN e ter uma ampla visão do negócio, facilitando assim a aderência a missão, visão e valores do Grupo”, diz Rosana Lovato, gerente de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Com periodicidade bimestral, o programa reúne de seis a dez executivos por turma. “Eles visitam as unidades de negócio e conhecem os processos produtivos e as pessoas com quem, direta ou indiretamente, terão interface”, resume Rosana. Um dos executivos que recentemente passou por esse processo foi João Mário Lourenço Filho, o novo diretor de Logística Operacional. A primeira etapa da apresentação aconteceu no escritório administrativo da empresa, em São Paulo.
“Serviu para que eu me situasse no mundo CSN e confirmasse a ideia grandiosa que tinha da empresa”, comenta. Em seguida, João seguiu para Volta Redonda (RJ), onde visitou a Usina Presidente Vargas e conversou com diretores executivos sobre as metas logísticas que a empresa pretende atingir no setor siderúrgico. “Os diretores têm muito conhecimento da empresa e isso facilita a transmissão dessas informações”, observa. “Para mim, é muito interessante fazer parte de uma companhia na qual eu consigo saber o que foi feito no passado e o que está por vir.” A integração continuou até a segunda semana de maio. Nesse período, João Mário visitou as unidades de Casa de Pedra e Arcos, ambas em Minas Gerais, de Porto Real (RJ) e de Araucária (PR). No final do processo, ele fez uma avaliação da integração, na qual considerou o programa uma ótima maneira de conciliar a apresentação da empresa com elementos que o novo empregado encontrará em sua rotina de trabalho. “Além disso, é importante destacar que a integração não foi somente passiva, ou seja, eu não fiquei apenas ouvindo as informações”, destaca. “Também pude perguntar e tirar minhas dúvidas.”
Universidade GGPS Com o objetivo de transmitir o conhecimento adquirido por seus especialistas, a Gerência Geral de Processos Siderúrgicos (GGPS) criou o espaço de treinamento Universidade GGPS. São palestras e minicursos para os empregados da GGPS. O primeiro curso, sobre Produção, Aplicação e Patologias de Blocos Intertravados foi dado pelo engenheiro especialista José Ricardo de Oliveira, da Coordernação de Reciclagem de Resíduos. Novidades na Feicon O CSN Steel Deck e o GL Framing, lançamentos da CSN para a construção civil, estiveram na 19ª Feicon Batimat - Salão Internacional da Construção, um dos maiores do setor. Realizado de 15 a 19 de março no Pavilhão de Exposições do Anhembi (SP), o salão teve 70 marcas de todo o mundo e mais de 125 mil visitantes, que também conheceram produtos da CSN Siderurgia, CSN Longos, CSN Cimento e Prada Distribuição.
va lores C S N Valorizamos a gestão integrada e o trabalho em equipe 2011 < maio_junho < matéria−prima
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capa
A UPA do Complexo do Alemão mudou a vida da comunidade
Construindo a
cidadania Pré-pintado da CSN é usado na construção de UPAs e UPPs no Rio de Janeiro, que levam saúde e segurança à população Fotos • Maria Navarro
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ançado há oito anos e continuamente desenvolvido desde então, o aço pré-pintado CSN é um sucesso no mercado. Fabricado pela CSN Paraná, o produto é empregado em segmentos como linha branca, indústria automobilística, embalagens e construção civil. Neste último setor, por sinal, está provocando uma mudança de paradigma – principalmente em relação a fachadas, paredes e coberturas. A grande novidade é o uso do pré-pintado CSN na construção e montagem das Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPAs) e Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Estado do Rio de Janeiro. “Por meio dos projetos inovadores da Metalúrgica Barra do Piraí (MBP), o nosso produto está sendo usado na construção e montagem das UPAs e UPPs no Estado do Rio de Janeiro”, diz o gerente geral de Desenvolvimento de Produto da CSN, José Luiz Brandão, destacando que os conceitos foram recentemente aprovados pelo Governo Federal para implantação em todo o território nacional. “Não vai nos faltar mercado”, comemora. Além de possuir tecnologia que proporciona excelente proteção contra a corrosão e um acabamento estético impecável, o pré-pintado CSN oferece agilidade na construção e uma logística que implica em diminuição de custos e menor impacto ambiental. A antiga relação da MBP com a CSN ajudou a viabilizar a aplicação do pré-pintado nos projetos cidadãos. “A MBP começou usando o
pré-pintado CSN para fabricar telhas. Depois, usou a telha-sanduíche, que oferece isolamento térmico e acústico. Esse conceito de isolamento foi transposto para a parede nos projetos das UPAs e UPPs”, detalha a gerente comercial de Pré-Pintado, Eneida Jardim. “A MBP desenvolveu a tecnologia com base no conhecimento que tinha do nosso produto.” O presidente da Metalúrgica Barra do Piraí, Ronald Carvalho, não economiza elogios ao pré-pintado CSN. “É um produto espetacular, de alta qualidade, com grande durabilidade e grande opção de cores, que permite uma arquitetura diferenciada,” comenta Ronald Carvalho, cuja empresa já entregou, desde o fim de 2008, 36 UPAs no Estado do Rio e em Brasília, com área média de 1.540m². Além disso, brevemente a MBP deve montar cinco UPPs nas favelas pacificadas do Rio de Janeiro. O projeto está em fase final de adequação aos terrenos. Quando da ocupação do Complexo do Alemão, a MBP construiu, em poucas semanas, o Comando da Força Pacificadora – um conjunto de 6 mil m² que conta com alojamentos para as tropas do Exército que atuaram na pacificação da região, rancho, delegacia e centro de imprensa, entre outras instalações. “Visitamos várias dessas infraestruturas em operação na cidade do Rio de Janeiro e ficamos muito impressionados pela agilidade da montagem, mobilidade, estética e limpeza dessas novas edificações, inclusive das salas de atendimento médico, odontológico e de pequenas cirurgias”, conta Brandão. “São iniciativas que levam cidadania, bem-estar, saúde e segurança
Evolução permanente As inovações trazidas pelo pré-pintado não se limitam à construção civil. Para o segmento automotivo, a CSN desenvolveu o produto para aplicação em tanques de combustível organo-metálicos, juntamente com a Fiat/Aethra. “Estes tanques são utilizados desde 2009 nas linhas de montagem do Palio, Siena e Novo Uno, com redução de custos nas etapas dos processos de fabricação”, enumera o gerente geral de Desenvolvimento de Produto da CSN. Mais de 650 mil tanques já foram montados e existe potencial de estender o projeto para outros modelos e outras montadoras. “A especificidade do projeto é a geometria complexa da peça, o que exige um aço de elevada estampabilidade e também uma tinta mais flexível, especialmente desenvolvida, que permite solda, representando uma evolução importante para o produto”, explica José Eduardo Ribeiro de Carvalho, gerente de desenvolvimento de produtos.
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capa para a comunidade do Complexo do Alemão. E a CSN se orgulha de estar presente com o seu aço pré-pintado”. Outra obra que vai mudar a vida de muita gente é a maternidade que a MBP está levantando no subúrbio carioca de Mesquita, na qual também será usado o pré-pintado CSN. “A rapidez do processo de construção é um diferencial importante do produto”, diz o presidente da MBP. “Como é uma estrutura modular, no canteiro não há obras propriamente ditas, mas apenas a montagem dos diferentes módulos”, explica Ronald Carvalho. “Isto agiliza muito o trabalho.” Com o mesmo sistema de construção a MBP edificou, em tempo recorde, um prédio para a Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). “É um edifício de dois andares com edificações sólidas de salas de aula, auditório, laboratório e sanitários, uma obra limpa e com poucos espaços para estocagens”, observa Brandão.
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As UPAs se destacam pela agilidade da montagem, mobilidade, estética e limpeza, inclusive das salas de atendimento médico”
A CSN participa da democratização do acesso à saúde.
José Luiz Brandão, gerente geral de Desenvolvimento de Produto
Polivalência O aço pré-pintado CSN tem múltiplas aplicações. Na construção civil é usado em telhas, painéis termoacústicos, portas e portões, painéis decorativos, forros, eletrocalhas, estruturas metálicas leves, persianas, esquadrias, entre outras. No segmento de linha branca, é empregado em gabinetes de refrigeradores, freezers, lavadoras de roupa e de louça, fornos de microondas, secadoras, condicionadores de ar e eletroeletrônicos. No setor de embalagens, o pré-pintado é usado na fabricação de latas e baldes para tintas, vernizes e lubrificantes, além de embalagens decorativas e bombonas metálicas. O produto também está presente em móveis, gabinetes para computadores, luminárias e divisórias.
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valore s CSN Buscamos a satisfação e o reconhecimento dos clientes
Suplemento do Jornal Matéria-Prima Nº 10 | Ano 2 k maio_junho | 2011 k www.csn.com.br
gente a vitrine dos nossos talentos
"Novos
Brasis" Sinfônica Jovem da FCSN grava CD com grandes músicos ® págs. 8 e 9
Os instrumentistas da orquestra superaram com brilho o desafio.
Programa Incluir valoriza contribuição de deficientes ® pág. 10
gente
A V I T RINE DOS N O S S OS TALENTOS
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epois de inúmeras apresentações pelo Brasil afora, estava na hora de a Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação CSN ter um registro da trajetória musical trilhada pelo grupo ao longo de seus quase cinco anos de existência. Nada melhor do que aproveitar as comemorações dos 70 anos da CSN, junto com os 50 anos da FCSN, e gravar o primeiro CD da formação de jovens bolsistas. Para tanto, um palco foi especialmente montado no antigo escritório central da CSN, em Volta Redonda (RJ). Nomes ilustres da música brasileira, como o maestro Nelson Ayres, o músico Dori Caymmi e o cantor Renato Braz, foram convidados para acompanhar e participar da gravação, produzida por Rodolfo Stroeter – outra figura importante do nosso cenário musical. Batizado de “Novos Brasis”, o disco tem nove canções que caminham entre o popular e o erudito. “Pensamos em criar uma identidade para a orquestra. Deixá-la com uma cara brasileira e escolher músicas que outras sinfônicas não costumam tocar”, conta Rodolfo. Uma vez fechado o repertório, os músicos da OSJ tiveram dois meses para ensaiar as novas peças. “Os arranjos escritos pelo Dori e pelo Nelson têm muita dissonância e os
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nossos jovens não têm muito o costume de trabalhar com isso”, afirma Ciron Silva, subcoordenador da orquestra. Mas isso não foi problema, já que a orquestra foi elogiada por toda a equipe envolvida com a gravação. “É incrível a oportunidade que a CSN dá a esses meninos de entrarem em contato com a música erudita, porque isso é quase inédito aqui no Brasil”, garante Renato Braz, que cantou duas músicas com os jovens. As gravações aconteceram entre os dias 17 e 20 de abril, de manhã e à tarde. A última música a ser gravada foi “Condessa”, acompanhada de perto por seu arranjador, Nelson Ayres, que gostou do que viu e ouviu. “Eles se saíram muito bem. Eu já havia trabalhado com a orquestra há três anos e estou surpreso pela evolução que tiveram nesse período”, elogia Nelson Ayres, responsável pelos arranjos de outras três composições do disco. O material gravado seguiu para São Paulo, onde acontece a mixagem e a pós-produção. A previsão de lançamento do disco é para setembro, com direito a um concerto especial da orquestra. “Eu, que pretendo seguir na carreira musical, gostei muito de ter esse contato com o Dori, o Nelson e o Renato. Eles nos ensinaram bastante e também contaram como é levar a vida de um músico profissional”, conta Marlon Lazaro
de Carvalho Almeida, percussionista da OSJ. O presidente da Fundação CSN, Marcos Barreto reafirma a qualidade técnica da orquestra: “Foi um grande desafio para nossos jovens e não há dúvidas de que eles foram capazes de executá-lo”, afirma. Além do disco, a Orquestra Sinfônica Jovem ganhou outro presente da Fundação CSN: o palco adaptado para a gravação no escritório central passará a sediar os ensaios da formação. “Uma das ideias é fazer espetáculos abertos para nossos empregados e para a comunidade de Volta Redonda”, diz Marcos Barreto.
valores C S N Incentivamos o respeito às pessoas e a confiança mútua
© foto capa: leandro joras. 1 e 2: leandro joras
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Dori Caymmi (centro), Renato Braz (à dir.) e a Orquestra Sinfônica Jovem durante a gravação: identidade brasileira. No alto, trecho inicial da partitura de “O Trenzinho do Caipira”, de Heitor Villa-Lobos.
um repertório original
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Nelson Ayres regeu a orquestra e escreveu três arranjos
Quando começou a escolher as músicas que fariam parte do primeiro disco da Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação CSN, o produtor Rodolfo Stroeter pediu uma relação do atual repertório executado pelos jovens músicos. “Eles trabalhavam com muita composição clássica, como obras de Schubert e Beethoven, mas também faziam versões sinfônicas dos Beatles. Pensando nisso, fiz uma escolha que misturasse esse espírito jovem com a música brasileira clássica e popular”, diz. O repertório final conta com sete arranjos escritos especialmente para o disco, três de Dori Caymmi, três de Nelson Ayres e um de Ruriá Duprat. O repertório mescla peças bastante populares com obras menos conhecidas, mas igualmente importantes. São elas: “O Trenzinho do Caipira” e “Condessa”, de Heitor Villa-Lobos; “Batuque”, de Alberto Nepomuceno; “Tico-Tico no Fubá”, de Zequinha de Abreu”; “Canoeiro” de Dorival Caymmi; “Gabriela”, de Tom Jobim; “Valsa de Eurídice”, de Vinicius de Moraes; “O Cantador”, de Dori Caymmi e “Mantiqueira”, de Nelson Ayres. As duas últimas são interpretadas por Renato Braz, que dividiu os vocais com Dori Caymmi em “O Cantador”.
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A V I TR INE D OS N OSSOS TALE NTOS
Superação com eficiência
Valorizando a capacidade de seus empregados, CSN lança o Programa Incluir e abre vagas para pessoas com deficiência
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m 2010 a CSN idealizou o Programa Incluir, com o objetivo de criar estratégias para a inclusão de pessoas com deficiência em toda a empresa, além de proporcionar plena adaptação e integração destes profissionais a suas áreas e equipes. As contratações começaram em março, na Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ). Ao longo do ano, o programa será estendido às demais unidades. Para auxiliar na implementação do programa, a CSN contratou consultoria especializada para mapear as áreas em que os profissionais com deficiência poderiam atuar. “Além disso, um arquiteto checou as condições de acessibilidade da UPV”, conta Rosana Lovato, gerente de Desenvolvimento de Recursos Humanos. A iniciativa não se resume à contração dos deficientes: estão sendo realizados workshops sobre a importância da inclusão na empresa. “Funciona como um mecanismo de conscientização, uma maneira de desmistificar a gama de funções que a pes-
soa com deficiência pode realizar”, afirma Rosana. “Estamos divulgando o programa para a comunidade, através de jornais e entidades parceiras. As pessoas com deficiência interessadas em trabalhar na empresa também podem ser indicadas por nossos empregados. Além disso, os interessados podem se cadastrar em nosso site (www. csn.com.br, na seção Recursos Humanos, dentro da página “A Empresa”), onde as inscrições ficam abertas o ano inteiro”, diz Rosana. Para Alyne Casalli, auxiliar administrativa do Centro de Desenvolvimento Operacional da UPV, o tratamento que a CSN dispensa a seus novos empregados é diferenciado do resto do mercado. “O deficiente é geralmente visto como a pessoa que não teve possibilidades, então ele é colocado nas empresas só para preencher cota. Mas na CSN, desde o princípio, acontece uma avaliação criteriosa para ter empregados eficientes aqui dentro”, compara. Alyne, que é portadora da deformidade de Sprengel, uma deficiência na formação da escápula, acredita que o programa dá a oportunidade de o empregado evoluir dentro da empresa. “Essas pes-
va lo r e s CSN Incentivamos o respeito às pessoas e a confiança mútua soas têm deficiências? Têm, mas eles vão trazer valor à empresa e vão se beneficiar desse crescimento também. Mais do que contratar deficientes, o programa busca pessoas com qualidade.” O auxiliar administrativo Rafael Queiroz, portador de osteogênese imperfeita, que causa maior fragilidade nos ossos, também destaca a boa recepção no trabalho. “Desde a entrevista, sempre se preocuparam bastante em relação à minha história de vida, como eu me sinto, com o que eu quero estando aqui. O contato e o cuidado são muito mais próximos e frequentes do que em outras empresas”. O coordenador de Serviços Gerais do RH em Volta Redonda, Rafael de Paiva Lima, contratou 14 deficientes para atuar em sua equipe e diz que se surpreendeu durante o processo seletivo. “Encontramos pessoas cuja vontade de superar limitações transborda, e isso nos anima muito para exercer nosso papel na sociedade”, observa Rafael. “Eles são um grupo que supera as dificuldades e estão muito motivados em participar da nossa empresa. É impressionante ver essa vontade”, completa.
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Rafael Queiroz e Alyne Casalli foram muito bem recebidos na CSN e têm muito a contribuir para o crescimento da empresa.
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Centro das atenções Ampliação da unidade em Porto Real reforça posição da CSN na indústria brasileira
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o mesmo dia em que comemorou treze anos de atuação, 26 de maio, a unidade da CSN em Porto Real (RJ) inaugurou seu novo centro de serviços. Instalado em uma área de 50 mil metros quadrados, a obra contou com um investimento de US$ 36 milhões e levou oito meses para ficar pronta. Com a reforma, a capacidade anual de aço beneficiado foi triplicada e ultrapassou as 180 mil toneladas, montante capaz de gerar 240 mil toneladas de rolos, chapas e blanks. “O centro de serviços representa um marco na verticalização do setor siderúrgico e torna a CSN mais competitiva na indústria brasileira, afirma o gerente geral de Operações, Milton Picinini. A opinião é reforçada pelo diretor Comercial, Luis Fernando Martinez, que ressalta o desenvolvimento da companhia especialmente no setor automotivo. “Quando começamos no ramo, dominávamos 12% desse mercado. Chegamos a 33% e, com esta obra, esperamos que esse número cresça”. Para compor o centro, foram adquiridas duas novas linhas de corte transversal e uma linha de inspeção, ambas provenientes da empresa espanhola Fagor. Também fez parte da ampliação a compra de uma lavadora robotizada de blanks, da norte-americana Atlas. Ambos os equipamentos passam por testes de desempenho desde março. De acordo com Picinini, estão entre os objetivos da unidade a melhor integração entre o centro e a Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda
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Segundo Milton Picinini, o novo centro de operações torna a CSN mais competitiva. (RJ), a facilidade no fornecimento para clientes e a ampliação do mix de produtos com alto valor agregado, para atender aos mercados interno e externo. “Com a inauguração, estaremos aptos a acompanhar a crescente demanda por parte dos setores automobilístico, linha branca, construção civil e distribuição”, enfatiza. Durante os próximos meses, a unidade contratará 120 novos empregados para a operação das novas linhas, totalizando 480 pessoas na unidade de Porto Real. “Além das contratações, nossos atuais empregados já passaram por treinamentos oferecidos pelos próprios fabricantes, o que aperfeiçoa o processo de aprendizado”, aponta Picinini. Outro diferencial trazido pelo novo centro de serviços é o atendimento just in time, conceito de produção por demanda que reduz os estoques e entrega produtos e serviços de acordo com as necessidades do cliente. “Isso representa uma grande vantagem, porque é uma redução de custo logístico para nós e para nossos clientes”, avalia Picinini.
solenidade
Representantes dos 44 clientes da CSN Porto Real compareceram à inauguração do novo centro de serviços. A cerimônia teve vários discursos. Milton Picinini homenageou o supervisor de Produção Ronaldo Ramos Rodrigues, figura importante na ampliação. Luis Fernando Martinez viu na obra uma demonstração do crescimento da CSN. O diretor executivo de Produção, Enéas Garcia, destacou a importância da ampliação. A solenidade teve ainda os timbres inconfundíveis da Orquestra de Tambores de Aço da CSN.
Prático e versátil
O Steel Deck, novo produto da Prada Distribuição, oferece solidez, agilidade e economia para a construção civil
© foto 1 e 2 wallace feitosa
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m março, a Prada Distribuição colocou no mercado sua nova solução para construções resistentes, rápidas, sustentáveis e econômicas: o Steel Deck, uma forma de aço, que é também uma estrutura, utilizada juntamente com o concreto na construção civil. Produzido com aço galvanizado CSN, o Steel Deck tem como principal característica a versatilidade, pois atua ao mesmo tempo como forma e estrutura de sustentação para lajes de concreto, dispensando as formas de madeira durante sua solidificação, e, concluído o processo, auxilia o concreto na sustentação e reforço da estrutura, o que dispensa o uso de vergalhões. “Ele é uma ótima opção para edifícios comerciais, principalmente aqueles feitos em estrutura metálica e em que a construtora tem interesse em acelerar a obra, e
também para a construção de lajes, mezaninos e plataformas”, explica Heuler de Almeida, gerente geral Comercial da Prada Distribuição. “Steel Deck, traduzindo livremente para o português, é o mesmo que forma-laje”, explica Heuler. “O que a gente acaba conseguindo com a forma-laje é uma obra mais limpa, com menor geração de resíduos sólidos, e ágil, pois serve também como piso e possibilita que se construa simultaneamente em mais de um andar”. Além disso, o Steel Deck garante a edificação de lajes uniformes em espessura, pois ele não deforma como as formas de madeira, e também cria uma plataforma de trabalho segura. Antes de lançar sua versão do Steel Deck, produto que vem sendo desenvolvido em diferentes países desde a década de 1960, a CSN submeteu
sua tecnologia a testes e a refinou, definindo com exatidão sua resistência e estabelecendo tabelas de carga que servem de auxilio aos cálculos dos engenheiros. “Fizemos aprimoramentos para garantir que esse produto, reconhecido e testado pelo mercado, tivesse um desempenho melhor”, explica o gerente. “Hoje, o mercado caminha para o aumento das construções em sistemas industrializados, portanto são necessárias soluções tecnológicas que permitam uma construção em ritmo acelerado e que reduzam o desperdício”, avalia Heuler. “Embora seja um produto conhecido da engenharia, o número de fabricantes de Steel Deck no Brasil é muito reduzido. Queremos colocar mais produtos no mercado para que haja oportunidade de ele ser utilizado”, completa. 2011 < maio_junho < matéria−prima
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entrevista
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Para Dori Caymmi, a Orquestra Jovem da Fundação CSN tem músicos de ótimo nível , cheios de vontade, e é muito afinada.
“Ótimamúsicaforadocircuito” O músico Dori Caymmi participa da gravação de “Novos Brasis”, primeiro CD da Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação CSN e se anima com o desempenho dos músicos bolsistas
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ompositor, arranjador, instrumentista e cantor, Dori Caymmi respira música desde que nasceu. Filho de Dorival Caymmi (1914-2008) e da cantora Stella Maris, Dori estudou piano, violão e teoria musical na infância. Além da música do pai, as principais influências que recebeu vieram da bossa nova e do jazz americano. Começou a carreira profissional em 1959, acompanhando ao piano a irmã Nana. Desde então, mantém uma atividade incessante como músico e produtor musical. Trabalhou com grandes nomes da MPB, como Edu Lobo, Eumir Deodato, Francis Hime, Vinicius de Moraes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulo César Pinheiro e Joyce. Além disso, participou dos festivais da canção nos anos 1960, compôs trilhas sonoras para filmes, novelas e peças de teatro. Vive em Los Angeles (Estados Unidos) há pouco mais de duas décadas, onde consolidou sua reputação como arranjador e compositor. Nesta entrevista, Dori discute a importância da iniciativa privada no apoio à cultura e conta como foi participar da gravação do primeiro disco da Orquestra Sinfônica Jovem da Fundação CSN, do qual foi o arranjador das canções “O Cantador”, “Pescaria” e “Modinha para Gabriela”, além de intérprete, junto com Renato Braz, em “Cantador”.
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Como você avalia o desempenho dos bolsistas e como foi fazer parte dessa gravação? Para mim foi muito bacana participar. A orquestra está bonita de se ver e muito afinada. Eles estão em um ótimo nível e, apesar de eu não ter acompanhado de perto a trajetória da orquestra, ouvi dizer que eles evoluíram muito. Esse processo gradativo é importante para um conjunto, para um grupo musical. Aqui, eu percebi que eles são jovens com uma vontade danada e que se acostumaram com a ideia de seguir a carreira de músico. Falei com alguns deles e me disseram que estão fazendo exames para outras orquestras ou prestando vestibular para música. Isso é muito importante para o Brasil, onde o gosto musical dominante ainda está mais para carnaval do que para Villa-Lobos. Você acha que o Brasil ainda carece de investimentos culturais? Sem dúvida. Aqui nós não temos a preocupação cultural que a Europa e os Estados Unidos têm. Isso é fruto de um problema muito anterior, que tem a ver com a nossa formação como país. O resultado é essa falta de incentivo e interesse pelo que realmente vale a pena na música e em outras artes. Eu moro nos Estados Unidos desde os anos 1990 e a coisa lá é muito diferente, não tem politicagem
envolvida. Lá as fundações particulares têm interesse em montar orquestras, em investir na cultura. Você defende a entrada da iniciativa privada nesse sentido? Quando é bem feito, eu defendo. Isso que a CSN está fazendo, por exemplo, é uma boa iniciativa. Estamos em Volta Redonda, um lugar que não faz parte do circuito cultural do país, uma cidade que gira em torno da usina. E veja o que está acontecendo aqui: temos uma orquestra de ótima qualidade, que recebe um incentivo para gravar seu primeiro disco e que pode fazer concertos pelo país afora se quiser. Isso é importante tanto para contribuir com a formação musical do Brasil, quanto para mostrar que música boa não vem só de São Paulo ou do circuito batido. Qual dica você dá aos jovens da orquestra? Apesar do contexto brasileiro em relação à arte, eu os incentivo. Toda profissão tem seus prós e contras, então eu acho que o cara que quer ser músico precisa entender que é um trabalho complexo, com muitas dificuldades, mas que também têm várias ramificações. Então é isso: sempre estudar, praticar, se desenvolver e, se pintar uma oportunidade, sair do país para sentir o ritmo das orquestras de fora.
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Parceria promissora Premiação da GM destaca a CSN como melhor fornecedor de material direto
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ela primeira vez em onze anos, a CSN recebeu o prêmio Supplier of the Year, oferecido anualmente aos melhores fornecedores da GM. A 39ª edição do evento aconteceu no dia 7 de abril, em São Paulo, e foi disputada por 6.800 empresas locais e internacionais, divididas nas categorias de logística, peças de reposição e materiais indiretos e diretos, esta última vencida pela CSN. Ao todo, 37 fornecedores foram homenageados durante a solenidade de entrega do prêmio, que contou com a participação de Jaime Ardila, presidente da GM na América Latina, e do campeão mundial de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi. De acordo com Richard Boarin, gerente geral comercial de Indústria, a premiação representa o reconhecimento de um trabalho que começou há cinco anos, quando a CSN retomou a atuação no
mercado automotivo. “Nós passamos a entender a necessidade específica do setor automotivo e, a partir disso, desenvolvemos um pacote destinado ao segmento. Hoje, eles nos passam a quantidade de carros que pretendem produzir e nós traduzimos isso em aço”, afirma Boarin. Como parte dessa retomada, a CSN investiu em algumas estratégias que foram decisivas para a conquista do prêmio da GM. “Podemos destacar o nosso posicionamento interno em relação à política de mercado das montadoras e a incorporação da área comercial com foco no atendimento de autopeças”, aponta. Com a conquista do prêmio, a tendência é de que o investimento no setor automotivo e a parceria entre a CSN e a GM continuem crescendo. A análise é feita pelo gerente comercial de Automotivos, Lúcio Pereira, que destaca a construção do novo centro de serviços em Porto Real (RJ)
va lo r e s CSN Buscamos a satisfação e o reconhecimento dos clientes
como propulsor do desenvolvimento. “Atualmente, fornecemos muito material galvanizado para a GM e, por meio do centro de serviços, a quantidade de produto oferecida será maior. Além disso, nosso sistema de fornecimento passa a ser no modelo just in time, que atende às especificações do cliente e reduz o nosso estoque e o da montadora”, ressalta Lúcio. Outro fator que evidencia a tendência de crescimento para o setor é a proximidade técnica entre a parte de engenharia da montadora e o centro de desenvolvimento de produto da CSN. Isso permite que os materiais oferecidos à GM cheguem com maior valor agregado, facilitando a montagem e representando um diferencial econômico para as duas empresas. “Por conta dessas razões, a CSN deve se tornar o maior fornecedor de aço da GM nos próximos anos”, resume Lúcio.
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O diretor comercial Luis Fernando Martinez; (centro) e Jaime Ardila, presidente da GM na América Latina (quinto da esq. à dir.), posam com o prêmio. 2011 < maio_junho < matéria−prima
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inovação
Ideiaspremiadas Casa de Pedra realizará seu primeiro Seminário Tecnológico que premiará trabalhos de destaque Consideramos a cultura CSN o alicerce da nossa atuação
Energia nova Duas importantes ações voltadas para profissionais em início de carreira aconteceram no primeiro trimestre: o programa de trainees e o inédito Jovens Profissionais. Os processos seletivos começaram em novembro passado e, juntos, somaram mais de 15 mil inscritos, que passaram por dinâmicas de grupo, entrevistas com os gestores e testes de raciocínio lógico, inglês e atualidades. Na etapa final, os candidatos simularam a rotina de uma empresa usando a técnica do Business Games. “É uma metodologia de simulação gerencial que permite avaliar conhecimentos e habilidades na área de gestão, além de avaliar competências como: visão integrada de futuro; liderança; atuação como membro do time; comunicação assertiva; otimização dos resultados; capacidade analítica e negociação”, afirma Rosana Lovato, gerente de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Foram contratados 38 trainees e 85 jovens profissionais. A primeira edição do Jovens Profissionais tem como objetivo preparar recém-formados de forma ágil e direcionada para que atendam a necessidades técnicas, dando suporte ao plano de expansão da CSN. “O programa oferece oportunidades de desenvolvimento em áreas que receberão grandes investimentos nos próximos anos”, aponta Rosana. Durante 18 meses, o jovem profissional trabalhará em projetos e terá a oportunidade de dar contribuições efetivas aos negócios da companhia. Já o programa de trainees visa à atração, retenção e desenvolvimento de jovens para atuar em posições estratégicas, a médio e longo prazo, e agregar valor a todas as empresas do grupo CSN. O programa possibilita ao trainee compartilhar experiências em equipe por meio da rotatividade entre áreas e, assim, obter uma visão ampla dos cinco negócios em que a CSN atua. “Ao longo dos 24 meses do programa, o trainee passa por diferentes projetos e atividades que serão desafiantes para seu desenvolvimento profissional”, aponta Rosana.
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ntre os dias 27 e 29 de junho, a CSN realiza o Primeiro Seminário Tecnológico (SETEC) de Casa de Pedra, em Congonhas (MG). Com o objetivo de incentivar a criação de soluções inovadoras para os atuais desafios nos processos de mineração, o evento é a etapa final de um concurso de estudos, aberto para os empregados. O seminário consiste na apresentação dos trabalhos inscritos de maior relevância, que serão avaliados e premiados. Os organizadores do seminário entendem que podem ser feitas melhorias nos processos, que podem aumentar a produção e gerar valor para a empresa. “Quando surgiu a notícia da realização do SETEC, aproveitamos a oportunidade para colocar as ideias que tínhamos no papel para ver se dava certo. Deu, e nos inscrevemos”, explica Lorene Rezende, operadora de Beneficiamento 2, que participa de um grupo da Gerência de Tratamento de Minério. Estudante do último período de Engenharia de Minas, Lorene vai aproveitar a experiência do SETEC também para seu trabalho de conclusão de curso. Este é o primeiro Seminário Tecnológico realizado fora da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ), onde é uma tradição, pois acontece anualmente desde 1970. “Em 2010 conhecemos o SETEC da UPV, de onde veio a idéia
de implementá-lo na Mineração Casa de Pedra”, conta Angélica Gonçalves, analista de Garantia de Qualidade, da Gerência Geral de Administração e Controle. “Vimos que muitos trabalhos de melhoria em Casa de Pedra, apesar de desenvolvidos, não são divulgados. Queremos conhecer e reconhecer os talentos da mineração que buscam soluções em prol da empresa”, completa. No total, foram entregues 57 trabalhos, nas categorias Melhoria da produção; Energia, utilidades, segurança do trabalho e meio ambiente; Desenvolvimento de novos processos; Automação, tecnologia da informação e gestão e Matérias-primas e insumos. Os trabalhos devem atender os seguintes critérios: serem economicamente viáveis, ecologicamente corretos, socialmente justos e culturalmente aceitos. Antes do evento, haverá uma pré-seleção, feita por uma comissão de representantes dos diferentes setores da empresa, e uma avaliação final feita por uma comissão formada por representantes de diferentes áreas da CSN, além de convidados, da União Brasileira da Qualidade (UBQ) e de empresas afins. Os grupos autores dos melhores trabalhos ganharão prêmios de R$ 5.000, para o primeiro lugar, R$ 3.000 para o segundo, e R$ 2.000 para o terceiro.
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Lorene Rezende apresentará ideias inovadoras no primeiro Seminário Tecnológico de Casa de Pedra.
© foto 1 pedro silveira, 2 Arquivo CSN
va lo r e s C S N
momentos históricos
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Bases sólidas
Em setembro de 1945, as obras na futura Usina Presidente Vargas – em Volta Redonda – avançavam a todo vapor, pois a industrialização do país não podia esperar. A imagem mostra as fundações da unidade ALA-4 e a construção do laminador desbastador.
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