RESPONSABILIDADE SOCIAL
solidariedade
Programa capacita jovens para artes visuais
CSN ajuda vítimas em Congonhas
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matéria-prima Nº 14 k ano 3 k janeiro_fevereiro | 2012 k www.csn.com.br
jornal da csn
arqueologia
tesouro
revelado Escavações na região da nova Transnordestina trazem à luz objetos e utensílios antigos que ajudam a contar a história do Brasil® pág. 4
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editorial
Ferrovia para um novo Brasil As análises sobre o momento atual da economia mundial se dividem entre as pessimistas, que apostam numa virulenta crise global, e as otimistas, capazes de enxergar os países emergentes - entre os quais o Brasil - sustentando o consumo e permitindo que os países europeus se reorganizem. Eu me enquadro no time dos otimistas, principalmente quando direciono meu olhar para a economia doméstica. Só no ano passado, em meio à crise na Europa, nosso país foi capaz de criar quase 2 milhões de empregos formais. E se olhar para o Nordeste brasileiro fico ainda mais animado, pois vejo uma região com muitas oportunidades. Uma delas é fundamental para entender como está se organizando esse novo eixo de desenvolvimento: a Nova Transnordestina. A ferrovia, em construção, vai interligar os estados do Piauí, Ceará e Pernambuco, num eixo de 1.728 quilômetros de trilhos. Quando concluída, até 2014, permitirá o escoamento da produção agrícola do cerrado do Nordeste pelos portos de Suape (PE) e Pecém (CE), e vai criar milhares de novos empregos. É uma obra monumental, da qual a CSN tem orgulho de ser a realizadora. Nesta edição do Matéria-Prima você conhecerá uma nova faceta da Transnordestina: além de ajudar a construir o futuro do país, ela também conta a nossa história, através de achados arqueológicos. Essa ponte entre o passado e o futuro foi vista de perto pela presidenta Dilma Rousseff, que vistoriou as obras no mês de fevereiro e acompanhou a colocação dos trilhos que levarão o Nordeste a novos tempos.
Benjamin Steinbruch Diretor-Presidente da CSN ©2
sumário capa
Patrimônio arqueológico
logística
Nos trilhos Dilma Rousseff visita as obras da Transnordestina ........................................ 3
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Expediente
Diretor-Presidente: Benjamin Steinbruch Diretores-Executivos: David Salama, Enéas Garcia Diniz, José Taragano, Juarez Saliba e Luis Fernando Martinez
sustentabilidade
Mais e melhor Sede da CSN em São Paulo aperfeiçoa a coleta seletiva de lixo................................13 responsabilidade social
Arte transformadora Programa abre novas perspectivas para jovens do Sul Fluminense ................. 11 solidariedade
Campanha de ajuda CSN organizou doações às vítimas das chuvas em Congonhas........................ 12
matéria-prima jornal da csn
Nº 14 • Ano 3 •janeiro_fevereiro • 2012 Direção Editorial: Marcelo Behar e Fabio Schivartche Editor: Helton Fraga heltonfraga@csn.com.br Coordenação Editorial Stefan Gan Editor Adjunto: Alexandre Agabiti Fernandez Projeto Gráfico: Fabio Silveira Direção de Arte: Carolina Godefroid Reportagem: Chico Spagnolo, José Roberto Gomes e Ricardo Zanirato Revisão: Roberto Alves Conselho Editorial: Alexandre Campbell, Caio Ferrari, Camila Quiles, Carlos Lima, Cristiano Alves da Silva, Edma Nogueira, Eglantine Cavalcante Pearce, Fanny Busato Baptista, Flávia Ferreira da Silva, Flávia Rodrigues, José Luiz Brandão, Luciana Shoji, Luiz Henrique Pimentel, Marcelo Behar, Márcio Lins, Odete Guerreiro, Priscila Boccia, Ricardo Costa, Rosana Lovato, Thaís Amoedo e Ulysses Sousa Jornalista Responsável: Stefan Gan ( MTB 35401) Preparação e Impressão: Ipsis Tiragem desta edição: 25.000 exemplares
entrevista
Importância arqueológica Presidente do Iphan destaca o papel do setor privado em pesquisa................... 14
Arte ©4
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Bailarina volta-redondense sonha em dançar na Rússia.
fotografia
Revele seu talento CSN lança concurso: inscreva-se em sua unidade e participe ....................... 15
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fale com a redação jornalmateriaprima@csn.com.br O jornal matéria-prima é produzido pela editora
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Online Você já pode ler o jornal Matéria-Prima no computador. Na intranet, é só clicar na capa do jornal (em versão PDF). E na internet, acesse www.materiaprimaonline.com.br para ler o jornal e outras notícias referentes ao universo CSN. © foto capa: felipe varanda, 2 e 3 felipe varanda, 4 wALLACE fEITOSA, 5 divulgação
logística
Priorizamos o compromisso com os acionistas
Eixo de desenvolvimento Em visita às obras da Transnordestina, presidenta Dilma destaca importância do projeto para a economia regional
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A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da TLSA, Tufi Daher, inspecionam as obras da ferrovia.
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presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, visitou as obras da Ferrovia Transnordestina no dia 9 de fevereiro e destacou a importância do projeto para o transporte de cargas na região Nordeste. O empreendimento – que atravessará o sertão, ligando os portos de Suape (PE) e de Pecém (CE) – é de responsabilidade da Transnordestina Logística, empresa controlada pela CSN. “Uma ferrovia como esta só existia no Sul, no Sudeste. Agora, com a Transnordestina, temos um eixo de desenvolvimento muito grande no Nordeste”, disse Dilma em Parnamirim (PE), primeira etapa da visita às obras. “Queremos uma infraestrutura adequada à região. Onde tem ferrovia, tem transporte acessível e barato”, acrescentou a presidenta. Na segunda parte da visita, em Salgueiro (PE), Dilma reuniu-se com diretores da Transnordestina Logística no canteiro industrial da ferrovia. No encontro, a presidenta discutiu o andamento do projeto e aproveitou a ocasião para conversar com trabalhadores envolvidos nas obras. Dilma afirmou esperar que a construção ocorra sem interrupções até a entrega do empreendimento, prevista para dezembro de 2014. A Transnordestina é um dos principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), canteiro de investimentos apoiado pelo Governo Federal. A ferrovia terá extensão total de 1.728 km, sendo que 852 km estão em obras no momento. O custo do projeto é de R$ 5,4 bilhões. Desse total, R$ 3 bilhões já foram investidos.
“Queremos garantir que o interior do Brasil se ligue aos portos. Isso significa maior capacidade de comercializar a produção e explorar o potencial da região” Dilma Rousseff
Competitividade em alta A nova Transnordestina vai mudar a realidade da região Nordeste. Com a moderna logística que une uma ferrovia de alto desempenho e portos de calado profundo – aptos a receber navios de grande porte –, o projeto vai elevar a competitividade da produção agrícola e mineral da região, além de atrair novos investimentos produtivos. A mineração, por exemplo, demanda uma capacidade de transporte de cerca de 15 milhões de toneladas por ano nos estados de Piauí e Pernambuco. Já o agronegócio movimenta em torno de 5 milhões de toneladas de grãos por ano. As obras estão divididas em 11 lotes e 25 frentes de trabalho. Atualmente, cerca de 10 mil trabalhadores estão envolvidos na construção da ferrovia.
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história milenar Transnordestina Logística comanda pesquisa arqueológica que revela a formação do sertão brasileiro, por onde passa a ferrovia
Fragmentos de vasilhas de cerâmica indígena, encontrados no sertão nordestino.
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lém de ser responsável pela união e desenvolvimento dos estados do Nordeste, a Transnordestina está ajudando a contar parte da história do Brasil. Desde 2006, um projeto de pesquisa arqueológica é realizado simultaneamente às obras de construção da ferrovia, que atravessará os estados de Pernambuco, Piauí e Ceará. Desenvolvido pela parceria entre a Transnordestina Logística S/A (TLSA) e a empresa Zanettini Arqueologia, o projeto já trouxe à luz milhares de peças pré-históricas, como ferramentas e machadinhas de pedra lascada, com alguns milhares de anos, e objetos de cerâmica indígena bastante antigos.
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© fotos: 1 e 3 felipe varanda, 2 divulgação
Valorizamos a gestão integrada e o trabalho em equipe
As escavações trouxeram à luz um rico conjunto de objetos que datam de até 6 mil anos. O acervo será mantido no Nordeste.
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A nova Transnordestina vai ligar o sertão aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE).
BA O estudo se divide em quatro principais frentes de trabalho: resgate arqueológico, monitoramento, educação patrimonial e programas de socialização. A primeira etapa, que envolve o resgate, já identificou e coletou mais de 89 mil peças, que variam de objetos pré-históricos, com 6 mil anos, como utensílios de pedra lascada, até elementos que remetem a populações indígenas da etnia tupi, como objetos de cerâmica para vários usos, com idades que variam entre 400 e de 1.500 anos. “São peças que nos ajudam a determinar as características da população local e a forma pela qual se deu a ocupação do semi-árido brasileiro”, aponta Ludmila Ladeira Alves de Brito, gerente de Meio Ambiente da TLSA. De acordo com Ludmila, todo o material coletado será conservado. “Temos a obrigação legal de manter esse patrimônio. A ideia inicial é fazer um museu para cada um dos três estados por onde passa a ferrovia”, comenta a gerente de Meio Ambiente. “Não faria sentido montar qualquer tipo de instalação fora daqui, pois todos esses objetos pertencem à história da construção da região e devem ficar no local de origem”, acrescenta. Essa conduta respeita os conceitos da chamada arqueologia preventiva, que basicamente consiste em proteger o material arqueológico e devolvê-lo em forma de patrimônio cultural. “Há também a preocupação com a manutenção ambiental, no sentido de preservar a paisagem cultural da melhor maneira possível durante os trabalhos desenvolvidos pela pesquisa”, explica Ludmila. As peças encontradas nas escavações ajudam os arqueólogos a conhecer os costumes e a vida que levavam as comunidades habitantes do território brasileiro há milhares de anos. Atualmente, a pesquisa se encontra na segunda fase, de monitoramento. “Aos pou-
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cos, conseguimos substituir o vazio de conhecimento que há sobre a região por um estudo detalhado que revela vários sertões dentro do sertão brasileiro”, comenta o arqueólogo Paulo Zanettini, que comanda a pesquisa com mais de 100 assistentes.
Evolução e conscientização De 2006 para cá, os trabalhos evoluíram e se concentraram em cinco segmentos da ferrovia: os trechos de Missão Velha (CE) a Salgueiro (PE), de Trindade (PE) a Salgueiro, de Eliseu Martins (PI) a Trindade, do Porto do Suape (PE) a Salgueiro, e de Missão Velha ao Porto do Pecém (CE). Nesses locais a pesquisa encontrou 503 sítios arqueológicos: 108 estão no Piauí, 224 em Pernambuco e 171 no Ceará. Segundo Paulo, este projeto é o que apresenta o maior número de sítios entre todos os projetos de pesquisa arqueológica atualmente em andamento no Brasil. As duas últimas fases do projeto se referem à educação patrimonial e aos programas de socialização. “Há um desconhecimento sobre a arqueologia no Brasil, atividade muito ligada ao âmbito acadêmico. Por isso, é importante que essa pesquisa seja compartilhada com as comunidades para que elas tenham noção da importância de conhecer e preservar os objetos coletados”, comenta Paulo. Para ser efetivo, os processos de socialização e educação patrimonial devem ser transformados em ações interativas com os moradores do semi-árido brasileiro. “Com o decorrer do projeto, temos a intenção de promover mostras itinerantes pelas cidades do sertão. Outro plano é ministrar oficinas de formação de agentes arqueológicos, para criar a cultura de preservação de patrimônio”, revela Ludmila.
Novinha em folha
A capela do Esmeril antes (à esq.) e depois (à dir.) da reforma.
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O interesse da CSN pela preservação do patrimônio cultural também está presente em Congonhas (MG), onde fica a mina de Casa de Pedra. Em janeiro foi concluída a reforma interna e externa de uma capela na Comunidade do Esmeril. “O edifício tem cerca de cem anos e estava bastante deteriorado. A capela é importante pois também sedia reuniões dos moradores do Esmeril e serve de posto de atendimento médico”, explica Neri Senra de Oliveira, coordenador de Serviços Gerais. Para melhorar a qualidade do serviço médico, a CSN está construindo um posto ao lado da capela. A reforma da capela e a construção do posto custaram R$ 30 mil, totalmente bancados pela CSN.
fotos: divulgação CSN
Suplemento do Jornal Matéria-Prima Nº 14 | Ano 3 k janeiro_fevereiro | 2012 k www.csn.com.br
a vitrine dos nossos talentos
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RUMO AO ESTRELATO Patrocinada pela Fundação CSN, a volta-redondense Giovanna Silva Mariano quer voar cada vez mais alto® págs. 8 e 9
2012 < janeiro_fevereiro < matéria−prima 7 Conheça Roger Peres, destaque no basquete adaptado ® pág. 10
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a vitrine dos nossos talentos
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Um sonho na ponta Giovanna Silva Mariano começou a dançar no Centro Cultural da Fundação CSN. Hoje, estuda na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville (SC), e sonha em fazer carreira na Rússia
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“Todo dia ela faz tudo sempre igual.”
O primeiro verso de Cotidiano, de Chico Buarque, um clássico da MPB, define perfeitamente a rotina da jovem Giovanna Silva Mariano, de 15 anos, que dedica quase todo o seu tempo ao balé e aos estudos. Em 2008, a volta-redondense deixou, ao lado da mãe e dos três irmãos, sua cidade natal e o convívio diário com o pai para viver em Joinville (SC). Talentosa e dedicada, Giovanna recebeu patrocínio da Fundação CSN e acabou selecionada para a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, a única escola fora da Rússia do mais aclamado balé do mundo. “Desde 2005 nós investimos em balé no Centro Cultural de Volta Redonda. A Giovanna já fazia aulas conosco, a professora Luciana Almeida identificou que ela tinha muito talento e a incentivou a fazer a prova de seleção para o Bolshoi. Como já esperávamos, ela foi aprovada. É a primeira bailarina da Fundação a ir para a conceituada Escola”, diz André Leonardi, gerente de Projetos da FCSN. “Depois que ela passou a fazer o curso em Joinville, a CSN se tornou uma das empresas incentivadoras do balé Bolshoi”, completa André. Para entrar na escola que vai ajudar a realizar seu sonho de se tornar bailarina profissional, Giovanna, então com 12 anos, passou por uma série de rigorosos testes que duraram três dias. Depois da batalha, veio a comemoração. Ela foi a única representante do estado do Rio de Janeiro entre as 20 garotas aprovadas. Um grupo
© foto capa: 1 wallace feitosa; ©2 divulgação
que deixou mais de 300 candidatas para trás. Com a vocação reconhecida pelos mais exigentes padrões da dança clássica mundial, não seria surpreendente algum deslumbramento da jovem. Mas Giovanna surpreende pela maturidade. “É bem difícil eu ter hora vaga. Divido meu tempo entre os estudos e o balé. Ensaio até nos finais de semana. Quando tenho folga na dança, eu estudo para as provas”, diz Giovanna, que em janeiro curtiu seu mês de férias em Volta Redonda. Férias mais do que merecidas. Todos os dias, ela acorda às sete horas, toma café, pega o ônibus e vai para o Bolshoi. Ao meio-dia, volta para casa, almoça e às 13h30 entra na escola. “Depois da aula, volto para o Bolshoi e só chego em casa às nove horas da noite”, detalha. “É tomar um banho, tentar estudar alguma coisa e dormir.” Daqui a três anos, esse estafante cotidiano vai ter um ponto final, pois ela se formará na filial brasileira da escola coreográfica de Moscou e pleiteará uma vaga na matriz, veneranda instituição fundada em 1773. “Eu posso me formar e ficar aqui no Brasil, tentando me colocar em alguma companhia, mas o que eu quero mesmo é ir para o Bolshoi da Rússia. Já tem três brasileiros lá, quem sabe eu serei a quarta”, disse a garota que até recentemente ensaiava com outras 250 colegas da Fundação CSN, em Volta Redonda. Em relação às diferenças no dia a dia, tanto da Rússia para o Brasil, quanto de Santa Catariana para Volta Redonda, Giovanna também mostra maturidade e desenvoltura. “O Sul do Brasil é muito diferente do Rio de Janeiro. No começo foi um pouco complicado, não conhecia ninguém. Mas agora estou adaptada, conheço bastante gente e está tudo bem”, conta. “Como o meu sonho está na Rússia, acho que seria ainda mais fácil me adaptar à vida de lá, pois esta experiência no sul está me ensinando muito”, afirmou Giovanna, que se habituou a renunciar a muitas coisas para investir na difícil carreira que escolheu. Um dos grandes sacrifícios que faz é só ver o seu pai um mês por ano. “Só nas férias.” Para contribuir com o sonho da Giovanna e fortalecer a dança clássica no Brasil, a CSN, por meio de sua Fundação, investiu até 2011 mais de R$ 20 mil por ano. Mas não é só a dança que recebe apoio da CSN. “Investimos no balé desde 2005, mas no Centro Cultural oferecemos à comunidade aulas voltadas para as artes em geral. Temos dança contemporânea, teatro, artes visuais, música, enfim, diversas áreas da cultura. E, de vez em quando, como no caso da Giovanna, aparecem talentos. Nós identificamos e criamos oportunidades que contribuam para o crescimento pessoal e, futuramente, profissional”, diz Leonardi. Na foto à esquerda (a sexta bailarina de frente), a jovem em apresentação na ópera Giselle. Abaixo, na peça Dom Quixote (a primeira da esq. à dir.).
dos pés
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a vitrine dos nossos talentos
Bola pra frente O analista de tecnologia Roger Peres superou as dificuldades e reencontrou o prazer de competir
Roger Peres tem o apoio de seus superiores para progredir no basquete adaptado.
O que era para ser uma tarde de diversão acabou mudando para sempre a vida do jovem Roger Peres, então com 19 anos, em 1994. Uma desatenção fez que com pisasse em falso e escorregasse, caindo em uma cachoeira. Essa infelicidade tirou os movimentos das pernas do rapaz, que adorava praticar esportes. “Na época do acidente, eu morava no Rio de Janeiro. Pegava onda, andava de skate, jogava futebol”, conta o analista de tecnologia da informação da CSN, que trabalha na Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ). Mas Roger não se deixou abater pela adversidade e resolveu continuar cultivando seu amor pelos esportes. Ele começou a praticar tênis em cadeira de rodas, encarando a modalidade apenas como lazer. “Eu jogava com a minha mulher, que é fisioterapeuta, para manter alguma atividade física regular.” Em 2007, ele reencontrou o prazer da competição, ao integrar o VR Sobre Rodas, time de basquete em cadeira de rodas de Volta Redonda. “Sempre me convidaram para jogar basquete, mas eu não me interessava. Até que um dia eu fui à quadra conhecer o basquete adaptado e me amarrei. Descobri que era o que eu precisava fazer”, afirma, emocionado. Agora, com quase cinco anos de treinamento, Roger, único empregado da CSN a fazer parte da equipe, já tem no currículo a disputa de algumas edições de campeonatos estaduais e regionais (com equipes mineiras, fluminenses e capixabas). Para continuar progredindo na modalidade, o analista conta com o apoio de seus superiores. “Tenho toda a cooperação da minha equipe para flexibilizar meus horários e conseguir treinar bem”, comenta. Além disso, busca referência nos ídolos. No esporte em geral, como bom brasileiro, aponta Ayrton Senna como o exemplo a ser seguido. No esporte da bola laranja, ele não tem dúvidas: “O melhor brasileiro, para mim, é o ala Alex Garcia, do Brasília e da Seleção Brasileira”, aponta. Já dentro do garrafão e sobre cadeira de rodas, o melhor é o canadense Patrick Anderson. “Ele é o melhor do mundo no basquete adaptado”, afirma. Dentro de quadra, Roger se transforma: “Adoro competir.” Mas fora das quatro linhas é um rapaz boa praça que cultiva a amizade de todos. “Aqui na CSN sou bem tratado por todos os colegas, ninguém faz qualquer distinção por eu ser cadeirante. Todo mundo brinca e trabalha igual, sem nenhum preconceito.”
basquete adaptado contribui para autonomia e socialização O basquete adaptado para cadeira de rodas surgiu nos Es- portadores de necessidades especiais. Mas o basquete adaptados Unidos, logo após a Segunda Guerra Mundial. Na épo- tado só cresceu para valer nos últimos anos, impulsionado ca, o país experimentava um grande aumento no número de pela ideia de inclusão social e pelo aumento da popularidade pessoas portadoras de alguma dee divulgação do esporte para-olímficiência física por conta do enorpico. A prática de uma modalidade me contingente de feridos durante esportiva adaptada pode ser uma o sangrento conflito. porta de reentrada da pessoa defiA modalidade teve um papel basciente na sociedade. tante importante como agente faciPor meio do basquete para calitador no processo de reabilitação deirantes, muitas delas retomam dos lesionados. Os primeiros jogos ideias e sonhos antes esquecidos. de basquete adaptado aconteceram Desta forma, o esporte permite por iniciativa da PVA – Paralyzed Vetrabalhar a motivação e a autoesterans of America (Veteranos Paratima, dois aspectos fundamentais lisados da América), organização de da integração social. veteranos de guerra –, no estado da A maior autonomia possibilitada Nova Inglaterra, em 1946. pela atividade física é muito imO esporte surgiu nos EUA após Dois anos depois, em 1948, foi reportante para a socialização e para a Segunda Guerra Mundial. alizado o primeiro campeonato naeliminar preconceitos, permitindo cional da PVA, com a participação uma reflexão mais saudável sobre o de seis equipes. A modalidade chegou no Brasil pouco depois, comprometimento da deficiência, fortalecendo a personaliem meados dos anos 1950, trazida dos EUA por Sérgio Del dade do portador para que ele possa estabelecer um projeto Grande. Foi o primeiro esporte a ser praticado no Brasil por de vida com confiança no futuro.
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© foto: wallace feitosa
responsabilidade social Incentivamos o respeito às pessoas e a confiança mútua
OPORTUNIDADES CONCRETAS
O Capacitar Galeria de Artes está transformando a vida dos jovens.
Inclusão pela arte Programa da Fundação CSN apresenta elementos das artes visuais a jovens do Sul Fluminense
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arte e a Fundação CSN (FCSN) estão mudando a vida de Ítalo Cosme Freitas Claudino, de 18 anos, um jovem que teve conflitos com a lei. Depois de frequentar as aulas do Capacitar Galeria de Artes, ele foi contratado pela própria Fundação para trabalhar na montagem de exposições. “Sempre gostei de desenhar e no Capacitar Galeria de Artes aprendi novas técnicas que aumentaram as possibilidades de trabalho. O curso permite que os alunos aprendam de tudo, desde a montagem da exposição até marcenaria”, comenta Ítalo. Voltado a estudantes do Sul Fluminense, o programa tem 50% das vagas reservadas a alunos da Fundação Educacional de Volta Redonda (Fevre), entidade ligada à Prefeitura da cidade, e também recebe jovens encaminhados pelo Departamento Geral de Ações Sócio-Educativas (Degase), que colabora na inclusão social de adolescentes, caso de Ítalo. Para o juiz Alberto Pontes Garcia Júnior, titular do Juizado da Infância e Juventude e do Idoso de Volta Redonda, os resultados do projeto são excelentes. “Acompanhei o caso do Ítalo, e posso dizer que é clara a transformação pela qual passam os jovens deste programa. Ele entra como uma pessoa que é um incômodo para a sociedade e, com apenas uma oportunidade, sai como alguém útil e devidamente capacitado para o trabalho. É um processo extraordinário esse da Fundação e espero que ele incentive outras iniciativas do meio privado no campo social”, afirma. A FCSN planeja abrir em março um processo seletivo para novas turmas. Lançado no ano passado, o programa Capacitar Galeria de Artes tem cursos de três meses com oficinas práticas, palestras, workshops e até formação em montagem de exposições e empreendedorismo. As duas primeiras turmas do projeto, que reuniram 30 jovens de 15 a 21 anos, se formaram no dia 15 de dezembro, em cerimônia no Salão Branco do Hotel Escola Bela Vista, em Volta Redonda (RJ). Todos os formandos haviam completado o ensino fundamental na rede pública, uma das exigências para se inscrever no projeto. Depois de inscritos, os jovens passam por um processo seletivo, que inclui prova de português e matemática, e análise socioeconômica. Uma das formandas conheceu o Capacitar Galeria de Artes enquanto cursava a última série do ensino fundamental na Fevre. “Quando fiquei sabendo do programa, corri para me inscrever. Durante o curso eu fui ganhando outra visão sobre a arte”, afirma Jéssica de Sousa Silva, de 16 anos, a oradora da turma do projeto do período vespertino.
Era preciso agir depois que a Promotoria de Justiça de Volta Redonda (RJ) constatou a falta de oportunidades para adolescentes do Degase, sucessor da FEBEM. Desafiados, a Prefeitura Municipal, a Promotoria, o Degase e a Fundação CSN acreditaram nos jovens e vislumbraram a introdução no mundo do trabalho como a chance para que eles reescrevessem seus projetos de vida. Em pouco tempo, lá estavam os adolescentes participando da solenidade de certificação da sétima turma do curso de capacitação em técnicas de hotelaria no Hotel-Escola Bela Vista. Com duração de seis meses e carga semanal de oito horas/aula, eles foram preparados com conhecimento teórico e estágios práticos. Outros jovens foram igualmente certificados no curso técnico de arte e cultura, outra modalidade do Projeto Capacitar, que, por um lado, procura criar possibilidades de atuação no mercado da Cultura, tendo como porta de entrada o universo das exposições de artes e, por outro, busca despertar interesse para a atuação em mercados como o turismo, produção de eventos, marcenaria e manutenção. Esses certificados são passaportes concretos de oportunidades, uma vez que o Capacitar se tornou referência para empresas da região que buscam profissionais qualificados. De olho no futuro e com ações voltadas para o aqui e o agora, o Projeto Capacitar, nestas duas modalidades, já certificou 477 jovens, sendo 41 do Degase. Com sensibilidade, diálogo e ousadia, a Fundação CSN experimentou métodos e novas tecnologias, reuniu esforços das várias áreas de conhecimento e estabeleceu parceria com atores que acreditam no valor do trabalho para que estes jovens possam construir uma nova história de vida. Ao oferecer estas oportunidades, a Fundação CSN desempenha relevante função social com iniciativas que fazem da educação e da qualificação profissional instrumentos para a transformação social.
André Leonardi Gerente de Projetos da Fundação CSN © fotos: divulgação
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solidariedade Consideramos a cultura CSN o alicerce da nossa atuação
A mobilização durou três semanas e arrecadou cerca de duas mil cestas básicas.
CSN ajuda as vítimas da chuva em Congonhas Doações foram realizadas em todas as unidades e empresas do grupo
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problema das chuvas em Congonhas (MG) teve seu momento mais agudo no dia 2 de janeiro, quando os rios Santo Antônio e Maranhão, que passam pela cidade, transbordaram e inundaram 11 bairros, fazendo centenas de desabrigados. As enchentes provocaram vários deslizamentos de terra e foram consideracas como as maiores da história pelas autoridades locais. A CSN e a Namisa logo se mobilizaram, disponibilizando mão de obra e equipamentos para auxiliar a Prefeitura e a Defesa Civil nas ações de emergência e de desobstrução e limpeza do município. De acordo com Sílvia Naschenveng, gerente Institucional, a CSN e a Namisa colocaram à disposição das autoridades até 58 trabalhadores e 23 caminhões-pipas, além de hidrojato, caminhão de sucção, ambulância e outros equipamentos. “Essa resposta rápida e bem sucedida só foi possível porque temos uma boa interlocução com a Prefeitura”, explica Sílvia. O município de Belo Vale, vizinho à mina de Casa de Pedra, igualmente atingido pelas chuvas torrenciais, também recebeu assistência e ações emergenciais da CSN. Além desta ajuda, a CSN lançou uma campanha de doações para os moradores de Congonhas afetados pelo volume intenso de chuvas no primeiro mês do ano. Os empregados foram convidados a doar o valor correspondente a uma cesta básica às pessoas que perderam suas casas com as enchentes e inundações na região de Congonhas.
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A campanha durou três semanas e conseguiu um ótimo resultado, arrecadando o equivalente a aproximadamente mil cestas básicas. Essa quantia foi duplicada pela CSN, assim como foi feito na campanha de ajuda às vítimas das chuvas da Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, no começo do ano passado. “Ao todo, as cestas básicas doadas por nós e nossos empregados representam o equivalente a mais de R$ 100 mil”, afirma a gerente Institucional.
patrimônio histórico Além de desabrigar moradores, as chuvas puseram em risco o riquíssimo patrimônio histórico da cidade – como o Santuário Bom Jesus de Matosinhos. O santuário abriga as célebres esculturas em pedra sabão dos 12 profetas, feitas por Aleijadinho na virada do século 18 para o 19, Patrimônio Mundial reconhecido pela Unesco. O grande volume de chuva interferiu bastante nas operações das unidades da CSN e da Namisa no município. “A chuva reduz a produção de minério de ferro na mina de Casa de Pedra e pela Namisa”, comenta Sílvia. O transporte do minério, feito por via ferroviária pela MRS Logística, também enfrentou problemas, como quedas de barreiras e outras dificuldades na linha”, afirma Sílvia. “No entanto, isso já é em parte previsível para o período, tradicionalmente chuvoso. O mais importante, neste ano, foi ter conseguido prestar pronto auxílio aos moradores, que foram particularmente afetados”, completa. © Foto: Nilton Gouveia
sustentabilidade
Reciclagem a pleno vapor em São Paulo
Projeto nas unidades da CSN é reformulado com a chegada de novos coletores
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s escritórios da CSN em São Paulo reforçam as ações sustentáveis. Desde o dia 6 de fevereiro, a sede da empresa e a unidade CSN no bairro de Santo Amaro trocaram as antigas lixeiras de aço por dois novos coletores: uma lata para lixo e outra para recicláveis. O objetivo foi readequar e melhorar a coleta seletiva já feita nos dois locais. Idealizado pela área de sustentabilidade da CSN, o projeto começou no final de 2011, com a produção das lixeiras personalizadas na Prada. “Já fazemos isso em outras unidades da CSN e é um sucesso. Tenho certeza de que será também em São Paulo”, diz a analista de meio ambiente Flávia Andreotti. Para garantir 100% de adesão ao projeto, um curso foi dado a todos os empregados da limpeza, detalhando o novo processo de recolhimento dos resíduos. Além disso, os empregados receberam uma cartilha e um adesivo explicativo. “Na próxima etapa do treinamento vamos ouvir as críticas e as sugestões para aprimorarmos o projeto”, comenta Flávia. Ao todo, os escritórios da CSN em São Paulo receberam 2.002 novas latas. “O projeto veio ao encontro do que todos queriam. Foi uma forma de escutarmos a opinião dos empregados, que têm consciência da importância da reciclagem, e de valorizarmos as equipes de limpeza como agentes importantes do processo”, diz Michelle Shayer, gerente de Sustentabilidade da CSN. Até o final do ano, o programa de coleta seletiva será disseminado em todas as empresas CSN.
TUDO SE TRANSFORMA
O aço das lixeiras recolhidas (763 no total) será integralmente processado pela Prada e enviado à Usina Presidente Vargas (UPV), onde será reaproveitado, fechando o ciclo. Não há desperdício de material, mas transformação. “Primeiro vamos selar as latas. Depois verificamos o material, fazemos a compactação e enviamos para a UPV”, explica Claudiney Santos da Cruz, supervisor de armazenagem da Prada. “Até agora, já processamos 100 kg de metal, mas chegaremos a 200 kg.”
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entrevista Defendemos uma atuação social e ambiental responsável
“O patrimônio arqueológico ajuda no desenvolvimento social” Presidente do Iphan fala sobre o avanço da arqueologia no Brasil e destaca a importância da iniciativa privada no setor
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arqueologia é uma disciplina fundamental para conhecer o passado. Nos últimos anos, a pesquisa arqueológica vem tendo grande expansão no Brasil, como afirma o arquiteto Luiz Fernando de Almeida, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão governamental que gere o patrimônio arqueológico brasileiro. Nesta entrevista, Luiz Fernando ressalta a necessidade de se ter um projeto arqueológico no Brasil capaz de integrar o conhecimento da formação da sociedade brasileira com a preocupação ambiental – cada vez mais disseminada no Brasil e no mundo –, difundida pela arqueologia preventiva.
Para Luiz Fernando de Almeida, o setor privado é fundamental para a proteção do patrimônio cultural.
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Em 2010, o Brasil registrou 969 projetos arqueológicos, número 28% superior ao de 2009. Qual foi o panorama em 2011? O número de pesquisas arqueológicas continua aumentando. Em 2011, o Iphan autorizou 1.022 novos projetos. Cerca de 10% deles correspondem a pesquisas acadêmicas e 90% a pesquisas realizadas no âmbito do licenciamento ambiental. Vê-se, com isso, que o crescimento das pesquisas está relacionado à potencialização do cumprimento da legislação de proteção do patrimônio arqueológico, proporcionada pela criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente que, por sua vez, instituiu o processo de licenciamento ambiental no país. Com o sistema criado e o aumento de empreendimentos e projetos de infraestrutura, o número das pesquisas arqueológicas cresceu. Ou seja, a quantidade de pesquisas arqueológicas é diretamente proporcional ao volume de obras e empreendimentos licenciados. O Iphan é responsável por disciplinar o trato com a questão do patrimônio arqueológico em áreas de empreendimentos causadores de impacto ambiental. Quais os resultados imediatos e a longo prazo dessa medida? Até 2002, o Iphan não dispunha de um instrumento normativo específico para a proteção do patrimônio arqueológico no âmbito do licenciamento ambiental. Aplicava-se a lei federal 3.924, de 1961, que dispõe sobre a proteção do patrimônio arqueológico e pré-histórico, e uma portaria estabelecida na década de 1980, concebida para a arqueologia acadêmica. Como o licenciamento
ambiental possui as suas especificidades, foi preciso criar um instrumento também específico que pudesse disciplinar, de forma sistemática, as ações de proteção ao patrimônio. Em 2002, com a portaria 230, o Iphan criou regras de compatibilização entre as ações de proteção ao patrimônio arqueológico e a implantação de obras causadoras de impacto ao meio ambiente. Pode-se dizer que os resultados imediatos dessa normativa foram permitir a implementação de ações de proteção em diversas fases, já que o licenciamento ambiental se dá por etapas (licença prévia, licença de instalação e licença de operação), e a criação de um procedimento padronizado a ser observado por todos os atores envolvidos com a questão: gestores, técnicos e fiscais do Iphan, empreendedores, empreiteiras, consultores e arqueólogos contratados pelos empreendimentos, entre outros. Isto permitiu que o Iphan pudesse acompanhar um volume de pesquisas que há 20 anos não passava de 10 por ano e hoje ultrapassa 1000. Como o senhor vê a participação das empresas em projetos arqueológicos? Não há duvidas quanto ao fato de que o aumento das pesquisas arqueológicas no Brasil se deve à chamada “arqueologia preventiva”, que é a arqueologia de mitigação de danos ao patrimônio. O aumento das pesquisas significa o aumento do conhecimento sobre o tema. Hoje, com todas essas pesquisas, temos um quadro muito mais amplo e complexo do patrimônio arqueológico brasileiro do que tínhamos há alguns anos atrás. No entanto, se por um lado a legislação brasileira levou os empreendimentos e empreendedores a custearem as ações de pesquisa e preservação, por outro lado esses mesmos empreendimentos são responsáveis pelo desaparecimento de muitos sítios arqueológicos. Nesse contexto, as ações são sempre de mitigação de impactos. Como a empresa deve lidar como o patrimônio arqueológico encontrado? A ênfase na apropriação social do patrimônio é um caminho sem dúvida essencial para a sociedade brasileira. O comprometimento do setor privado brasileiro é fundamental para a perspectiva necessária de proteção do nosso patrimônio cultural. © Foto: divulgação
UMA ATITUDE VERDE QUE AMADURECE NA CSN A CSN implantou a Coleta Seletiva na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, no seu escritório corporativo, em São Paulo, e está planejando ampliar o projeto para as unidades que ainda não possuem Coleta Seletiva. Reciclando, ajudamos a criar um mundo melhor. Faça sua parte depositando o lixo no coletor certo. Juntos vamos diminuir a poluição do solo, da água, do ar, economizar energia e reduzir resíduos nos aterros sanitários. COLETA SELETIVA. É BOM PARA VOCÊ. É BOM PARA A EMPRESA. É BOM PARA O PLANETA.
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